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Título: Plano Estratégico de Desenvolvimento do Desporto do Município de Torres
Vedras
© 2020, CÂMARA MUNICIPAL DE TORRES VEDRAS
EDIÇÃO:
ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR
AVENIDA DR. MÁRIO SOARES, N.º 110
2040-413 RIO MAIOR
RIO MAIOR, JULHO 2020
O presente estudo é resultante de um contrato-programa estabelecido entre a
Câmara Municipal de Torres Vedras e a Escola Superior de Desporto de Rio Maior |
Instituto Politécnico de Santarém para a criação de um Plano Estratégico de
Desenvolvimento do Desporto do Município de Torres Vedras 2020 - 2025. Os
resultados apresentados decorrem da metodologia estabelecida e aprovada em
julho de 2017. Equipa de estudo: Abel Santos (coordenação); Alfredo Silva; Elsa
Vieira. Colaboração operacional: Diogo Martins
Citação:
Câmara Municipal de Torres Vedras (2020). Plano Estratégico de Desenvolvimento
do Desporto do Município de Torres Vedras. ESDRM, Rio Maior: Santos, A. (coord.),
Silva, A., Vieira, E.; Martins, D..
Agradecimentos
4
Agradecimentos
Para a concretização do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Desporto
do Município de Torres Vedras adotou-se, desde a fase de programação do projeto,
uma perspetiva colaborativa, pelo envolvimento de responsáveis, individuais e
institucionais, na identificação e exploração de problemas de desenvolvimento,
para encontrar soluções agregadoras e exequíveis na melhoria do desporto e da
atividade física do concelho; estimulou-se a cooperação, pelo recurso à troca de
informação de modo a construir-se um quadro fiel do que se realiza e do que se
gostaria de alcançar; e envolveu-se as diferentes partes interessadas
(stakeholders), pessoas e as organizações que podem ser influenciadas e influenciar
as ações de desenvolvimento e recorreu-se também à avaliação das motivações e
expetativas da população. Acresce que o presente trabalho foi realizado com base
em evidências, pela recolha e tratamento de dados, a partir da aplicação de
inquéritos, realização de entrevistas e grupos de discussão.
Assim, às 1.719 pessoas ouvidas (578 jovens 10 e os 14 anos e 1.059
indivíduos 15 e os 74 anos, das treze freguesias; 71 responsáveis presentes nos
grupos de discussão; 6 responsáveis do desporto escolar; e 5 elementos da CMTV)
gostaríamos de agradecer a colaboração, o envolvimento e todo o contributo
proporcionado. De forma particular pelo empenho, apoio e total disponibilidade
para a concretização operacional do trabalho um sentido agradecimento:
À Exma. Vice-Presidente e Vereadora da C.M. de Torres Vedras Eng.ª Laura
Rodrigues;
Ao Exmo. Chefe da Divisão de Educação e Atividade Física da C.M. de Torres
Vedras, Dr. Rodrigo Ramalho e aos técnicos da divisão: Dr. César Costa, Dr.Paulo
Serra e Dr. Hugo Cordeiro;
Ao Prof. Carlos Filhó, da Escola Secundária Madeira Torres, bem como à
turma do curso Técnico de Apoio à Gestão Desportiva, da Escola Secundária
Madeira Torres, do ano letivo 2017-2018;
Aos alunos da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, da lic. em Gestão
das Organizações Desportivas: Afonso Brilha; Cristiana Santos; David Ribeiro;
Gonçalo Batista; Henrique Cordeiro; Rafael César; Victor Andrade; André Machado
e Ricardo Barbosa;
Agradecimentos
5
Aos Exmos. Senhores Presidentes das Juntas de Freguesia de A dos Cunhados
e Maceira; Campelos e Outeiro da Cabeça; Carvoeira e Carmões; Dois Portos e
Runa; Freiria; Maxial e Monte Redondo; Ponte do Rol; Ramalhal; Santa Maria, São
Pedro e Matacães; São Pedro da Cadeira; Silveira; Turcifal e Ventosa;
Aos Exmos. Senhores Presidentes dos clubes desportivos do concelho de
Torres Vedras;
Aos Exmos. Senhores Proprietários e gestores dos ginásios e health clubs do
concelho de Torres Vedras;
Aos Exmos. Senhores Proprietários e gestores de escolas de surf concelho de
Torres Vedras;
Aos Exmos. Senhores Diretores de Agrupamento de Escolas: Padre Vítor
Melícias; Henriques Nogueira; Madeira Torres; São Gonçalo e Externato de
Penafirme.
Sumário executivo
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Sumário executivo
O Plano Estratégico de Desenvolvimento Desportivo de Torres Vedras (PEDD
TV), estabelecido para o horizonte temporal de 2020 a 2025, resulta de um
trabalho de pesquisa constituído pelo diagnóstico e análise estratégica do sistema
desportivo concelhio e pela formulação de propostas de desenvolvimento do
desporto para o concelho.
O Sumário executivo é um resumo, com os benefícios e limitações de uma
síntese, que procura evidenciar alguns resultados de um trabalho bastante
abrangente, integra oito (8) estudos parcelares e análises comparativas em vários
domínios. Desta forma, dever-se-á considerar que qualquer apreciação sobre o que
aqui se destaca requer uma melhor leitura no desenvolvimento do trabalho.
Na fase de diagnóstico do sistema desportivo concelhio, partiu-se de uma
identificação dos principais fatores que, do ambiente geral, podem condicionar o
sistema desportivo local. Através de uma identificação das condições macro de
natureza política, económica, social e tecnológica, constituiu-se um quadro
interpretativo do que podem ser oportunidades ou ameaças ao desenvolvimento do
desporto concelhio. Seguidamente, de acordo com o modelo de análise estratégica
proposto, realizou-se o diagnóstico da situação de prática e procura desportiva,
considerando dois grandes grupos de população, entre os 10 e os 14 anos e entre os
15 e os 74 anos. Em paralelo, interpretou-se a oferta de atividades e serviços
desportivos avaliados pelas principais partes interessadas (stakeholders) do
concelho, através de grupos de discussão (focus group), e constituíram-se, com
recurso a análise documental e a inquéritos aplicados por questionário e
entrevistas, recolhas de dados sobre a atividade desportiva em seis (6) domínios de
intervenção: na Câmara Municipal de Torres Vedras (CMTV); nos clubes; nos
ginásios e health clubs; nas escolas; nas atividades de mar e nas instalações
desportivas do concelho. A aplicação de inquéritos de rua, entrevistas aos
responsáveis das organizações e análise documental, decorreu entre outubro de
2017 e novembro de 2018. O tratamento e análise dos dados decorreram entre os
meses de dezembro de 2018 e Março de 2019.
Dos indicadores de diagnóstico, de âmbito geral, sobressaem os seguintes
aspetos: a população residente no concelho, de acordo com as Estimativas Anuais
da População Residente, em 2017, era de 78.518 pessoas, 20% tinha então até 19
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7
anos, 16% entre os 20 e os 34 anos, 43% estava entre os 35 e os 64 anos e 21% tinha
65 ou mais anos. O índice de envelhecimento é de 146 idosos por cada 100 jovens
(para o país este valor é de 153,2).
Tomando em consideração os valores das despesas em atividades e
equipamentos desportivos dos municípios (em euros), por localização geográfica
(NUTS - 2013), e por tipo de despesa e atividade e/ ou equipamento desportivo
(INE, 2018), verificamos que, no total anual, as despesas do município de Torres
Vedras aumentaram de 2013 para 2017 em 44%. Na despesa que é comum nos cinco
anos, despesas correntes em atividades desportivas, houve um diferencial no valor
de aumento da despesa em 190%, respetivamente de 327.656,00€ para
951.853,00€.
Em Torres Vedras, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de
outrem, relativo ao ano de 2016, foi de 954,1€, na sub-região do Oeste de 830,1€ e
em Portugal de 1.105,6€.
Segundo os Censos 2011, o nível de escolaridade da população residente do
concelho de Torres Vedras era caracterizado da seguinte forma: 9,6 % da população
tinham um curso de ensino superior; 0,8% um curso pós-secundário, 13% um curso
secundário, 56,8% tinha concluído o ensino básico (3.º ciclo) e 20% não tinha nível
de escolaridade concluído.
A promoção do desporto e da atividade física é uma das responsabilidades do
Estado, regiões autónomas e autarquias locais, visando a sua generalização
enquanto instrumento essencial para a melhoria da educação, da saúde, da
qualidade de vida e para reforço da identidade social e territorial dos cidadãos. A
criação de ferramentas que incentivem a prática regular de atividade física e o
acompanhamento da evolução do desempenho do praticante, pelo acesso a
formatos digitais, acesso a redes de dados e ligação à internet, é recomendável
face à evolução da ligação entre a informação, os equipamentos e a tecnologia.
Dos principais resultados da fase de diagnóstico, destaca-se que a prática
desportiva dos jovens entre os 10 e os 14 anos, de forma organizada (numa
entidade/ clube e sob a supervisão de uma pessoa, treinador/ monitor) é realizada
por 47,1% dos jovens. A amostra do estudo desta população foi obtida do universo
de 4.772 jovens, selecionados com base no método de estratificação por ano de
estudos e proporcionalidade em função da escola frequentada. O tamanho da
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8
amostra foi de 578 jovens, o que corresponde a um erro de amostragem inferior a
4%, para uma probabilidade de erro <0,05.
A regularidade da prática de atividade física e desportiva fora da escola
evidencia que a maioria dos jovens (34,9% dos praticantes fora da escola) realiza
atividades pelo menos 2 a 3 vezes por semana ou mais. A maioria dos jovens do
concelho que praticam desporto de forma organizada (55,2%) participa em
competições. As competições que apresentam maior regularidade, as federadas
realizadas fora da escola, desenvolvem-se 1 a 2 x por semana para 38,9% dos
jovens. Nas atividades desportivas no âmbito do desporto escolar, a atividade
realizada ao nível do grupo/ equipa externa revela que a participação dos jovens
do concelho é de 29,1%. Fora da escola, a prática de atividade física e desporto é
realizada por 50,7% dos jovens, de forma livre (sem ser numa entidade / clube e
sem supervisão de uma pessoa, treinador / monitor).
As modalidades mais praticadas no grupo/ equipa de desporto escolar pelos
jovens são o voleibol e o badminton, sendo referidas por 23,2% e 13,4% dos jovens,
respetivamente. Em terceiro lugar, surge o ténis de mesa com 10,4%. Futsal, golfe
e atletismo são as seguintes modalidades mais praticadas. Sucedem-se mais 6
modalidades com valores superiores a 2%: btt, andebol, desportos gímnicos,
multiatividades de exploração da natureza, basquetebol e natação.
Entre as raparigas, o voleibol (38,3%) surge de forma destacada como a
modalidade mais praticada, seguido pelo badminton (13,4%). Os rapazes praticam
sobretudo o ténis de mesa (19,3%) e o futsal (16,9%).
As atividades físicas e desportivas que os jovens praticam
predominantemente fora da escola são: futebol (16,3%), natação (13,9%), danças/
ballet (12,2%), btt e ciclismo (8,1%), aulas de grupo/ fitness (6,0%), artes marciais
e de combate (5,7%) - aikido, jiu-jitsu, judo, karaté, krav maga, taekwondo –
ginástica/ trampolins (5,7%), basquetebol (4,3%) e futsal (4,3%).
As principais razões consideradas para os jovens praticarem atividade física e
desportiva, considerando a diferença entre as respostas discordantes e
concordantes, foram as seguintes: em primeiro lugar, “Porque o desporto permite
divertir-me” (2,5% vs. 93,8%); em segundo lugar, “Porque gosto de desporto” (3,1%
Sumário executivo
9
vs. 92,5%) (nos dois casos motivos de afiliação) e, em terceiro lugar, “Porque o
desporto permite-me estar em forma” (4,3% vs. 85,7%).
Na atividade física e desportiva da população entre os 15 e os 74 anos, a
prática regular (últimas 4 semanas) abrangeu 41,1% dos inquiridos. A prática
regular de atividades físicas e desportivas é superior nas freguesias urbanas
(46,1%), nos homens até aos 49 anos (56,5%) e nos indivíduos com formação
superior. A taxa de feminização geral é de 48,0%. Os locais mais referidos para
realizar a prática de atividade física e desportiva são o meio natural (mar, rio,
campo, montanha) e o parque ao ar livre (40,0%). O enquadramento organizacional
mais referenciado para praticar atividade física e desportiva são os clubes
desportivos ou associações/ recreativas (24,7%) e os ginásios (24,1%).
Para este segmento, a amostra foi obtida de um universo de 79.465
indivíduos (CMTV, 2015; INE, 2012), dos quais 59.705 com idades entre 15 e 74
anos, residentes em freguesias designadas urbanas (32,4%) e não urbanas (67,6%).
Os indivíduos que integraram a amostra foram selecionados com base no método de
estratificação por quotas segundo o sexo, a idade e a proporcionalidade
habitacional em função do tipo de freguesia de residência. O tamanho da amostra
foi de 1.059 indivíduos, o que corresponde a um erro de amostragem inferior a 3%,
para uma probabilidade de erro <0,05. A matriz de seleção da amostra reproduziu a
estrutura sociodemográfica da população residente no território do concelho de
Torres Vedras.
Os ginásios enquadram a atividade física e desportiva para 24,1% dos
praticantes e 15,7% da população. O desporto de competição federado enquadra
18,9% dos praticantes e 8,1% da população.
A larga maioria dos indivíduos (77,2%) frequentou ou utilizou instalações
desportivas/ espaços naturais no concelho para praticar alguma atividade física
desportiva.
As instalações desportivas/ espaços naturais mais utilizados para praticar
atividade física desportiva foram o Parque Verde da Várzea (20,6%). O nível de
satisfação com as instalações desportivas/ espaços naturais utilizados para a
prática de atividades físicas e desportivas foi apreciado como favorável para 82,1%
dos inquiridos.
Sumário executivo
10
A participação em competições (na escola, nos campeonatos ou provas
municipais ou em competições federadas) é realizada por 20,0% dos praticantes
regulares de atividades físicas e desportiva. As competições com maior nível de
regularidade são as federadas, 60% delas realizam-se entre 1 a 2 vezes por semana.
O grau de afiliação no associativismo desportivo, sócio de algum clube ou
associação desportiva, é de 36,4%.
As atividades físicas e desportivas mais praticadas, nas últimas 4 semanas,
são as atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida) para 22,4% da
população, as atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop, musculação, step,
etc.) para 21,1%, a natação e hidroginástica com 8,4%, seguindo-se o futebol, com
7,6%, o ciclismo/ cicloturismo/ btt, com 6,6% e o atletismo com 4,2%.
Os gastos médios dos agregados familiares com o desporto, incluindo o
equipamento, durante o último ano foram de 55,30€ por mês. Com gastos entre
20,00€ e 40,00€ encontra-se a maioria dos indivíduos (34,0%).
A população de Torres Vedras perceciona que no concelho existem
numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas (77,1%)
(concordo e concordo totalmente) e 65,4%, dos indivíduos consideram que os clubes
desportivos e outras entidades locais oferecem numerosas possibilidades de
praticar atividades físicas e desportivas. Contudo, 52,8% dos indivíduos reconhece
que não tem tempo para as praticar. Sobre o desempenho da Câmara Municipal e
da Junta de Freguesia, 54,5% dos indivíduos consideraram que estas entidades
estão a fazer o suficiente pela população relativamente à atividade física e
desporto.
O programa de promoção da atividade física com maior nível de notoriedade
foi considerado o “Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” (83,2%), seguido do
“Programa Mexa-se - Aulas no Parque Verde da Várzea” (77,0%) e do programa
“Night Run” (74,2%). Os programas com níveis de notoriedade mais reduzidos foram
“No Domingo a Rua é Nossa” (26,9%) e “É hoje! Dia fitness” (22,7%).
Foram referidos três obstáculos principais à existência de mais atividade
física e desportiva entre a população de Torres Vedras: a inércia das pessoas, falta
de vontade, interesse, motivação, falta de tempo com 29,6% das referências; as
instalações, piscinas municipais, instalações desportivas públicas, espaços para a
Sumário executivo
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prática desportiva, manutenção, segurança, iluminação com 15,1% das referências;
e os custos, preços das atividades e do acesso às instalações com 12,6% das
referências.
Para aferir a perspetiva das diferentes partes interessadas no desporto
concelhio, foram realizados sete (7) grupos de discussão (focus group), com a
participação dos representantes de clubes/ desporto federado, agrupamentos de
escola, ginásios, juntas de freguesia (do centro, litoral e interior do concelho) e de
organizações com desportos de mar, na totalidade foram ouvidos setenta e um (71)
representantes dos diferentes setores que proporcionam atividades físicas e
desportivas no concelho. A seguir destacam-se as ideias como maior expressão,
pela percentagem de unidades de texto, recolhidos nos diferentes painéis.
Assim, constatou-se uma opinião globalmente positiva sobre o desporto, com
“muita diversidade de atividades no concelho de Torres Vedras (5 Unidades de
Texto (UT) DespFederQ1)”; a “perceção de que existe muita gente a praticar
desporto em Torres Vedras nas várias modalidades”, que a “qualidade tem evoluído
bastante (UTDespFederQ1)”, “há uma visão muito positiva do desporto em TV
(2UTDespFederQ1)”, “boa relação de apoio da CMTV com os clubes, através dos
subsídios que proporciona.” (12UTDespFederQ3), “…existe preocupação por parte
da CMTV em querer fazer mais pelo desporto e pela atividade física” (14-
18UTDespEscolaQ1). A generalização, a multidisciplinaridade e a diversidade da
oferta de modalidades desportivas (30% das UT) é uma característica do concelho.
A construção da pista de atletismo; o início da atividade do râguebi; do
futebol feminino; o campeonato municipal de atletismo e de futebol e o evento
“gimnoeste” foram destacados como algumas das principais iniciativas de
referência. Relativamente ao desporto na escola, elogiaram a existência de
“desporto escolar” em todas as escolas (06UTDespFederQ2) “Existem 4 equipas de
desporto escolar federadas de voleibol feminino no concelho.” (07UTDespFederQ2),
e “…vários grupos de desporto adaptado através do desporto escolar”
(09UTDespFederQ2).
Os inquiridos consideram, em 17 UT, 29,4% das unidades, que se devia
melhorar a cooperação entre os diferentes agentes desportivos locais, e
recomendam que seja a CMTV a mediar essa relação.
Sumário executivo
12
Foi ainda referida a necessidade de se realizar formação para os agentes
desportivos locais (6,7 UTDespFederQ3), a necessidade de melhorar a informação
sobre desporto para a população, no sítio na internet da CMTV (18UTDespFederQ3).
Relativamente às principais limitações identificadas, a intensidade das
repostas coloca maior importância nos seguintes aspetos: instalações desportivas;
dinâmica social e desportiva dos clubes nas suas sedes; melhorar a oferta de
formação, qualificação dos técnicos; necessidade de técnicos e dificuldades em
atrair mais praticantes.
As recomendações proporcionadas, pelas partes interessadas auscultadas,
vão para uma maior preocupação com o aumento dos praticantes, diversificação da
oferta e melhor exploração dos espaços verdes para a prática desportiva, sugerindo
a “criação de um grupo de trabalho entre os vários clubes e a CMTV para, em
conjunto, conseguirem resolver os problemas comuns” (04UTDespFederQ5);
formação de treinadores e de outros recursos humanos do desporto (árbitros,
dirigentes e pais) e atração de mais técnicos qualificados, “… a criação de quadros
competitivos de desporto escolar mais regionais” (13UTDespFederQ5) e para o
desenvolvimento do associativismo na escola.
Relativamente ao grupo de discussão sobre o desporto na escola, os
inquiridos incidiram as principais referências nas instalações desportivas, 23,5% das
UT, em meio escolar (1-4UTDespEscolaQ4), justificando que, nalguns casos, ainda
faltam instalações, em número e diversidade, e que, noutros casos, há
desajustamentos, entre o existente e o que é necessário, e há falta de avaliação do
estado de conservação e manutenção (20UTDespEscolaQ1), “…existem polos
educativos com muitas lacunas de espaços desportivos interiores e exteriores (…)”.
Por outro lado, sugerem o “… enriquecimento dos espaços exteriores das escolas do
primeiro ciclo, ao nível de recursos e até da própria dimensão dos espaços…”(8-
11UTDespEscolaQ5).
Ainda sobre a escola, expressaram referências a modalidades que deviam ter
um melhor acompanhamento na relação com os clubes, casos do voleibol e ténis de
mesa, e na dificuldade dos clubes contactarem com alunos com talento para o
desporto e que se identificam nas escolas (22-25UTDespEscolaQ1). Dado como uma
boa referência, o projeto de desenvolvimento do voleibol, na escola, e as
condições que se constituíram para tal (apoio da direção da escola, mobilização dos
Sumário executivo
13
pais, horários dos treinos, etc.) deve ser continuado, mas “…é preciso um projeto
específico para desenvolver o voleibol em TV.” (5UTDespEscolaQ2). Referiram
também que são necessárias mais modalidades nos campeonatos municipais “…que
assegurem continuidade ao trabalho que é realizado na escola” e que existam
protocolos da CMTV que possibilitem tal situação, dando exemplos: “…com
associações de diferentes desportos tais como, voleibol, andebol, golfe e
râguebi.”. Sublinharam que é necessário um plano para o desenvolvimento de cada
modalidade (3-4UTDespEscolaQ3).
Relacionado com outra faixa etária, salientaram que há “… falta de oferta
desportiva para a faixa etária a partir dos 35 anos …” (11UTDespEscolaQ4), tal
como para pessoas portadoras de deficiência, idosos (12-13UTDespEscolaQ4), e
desporto feminino (14-15UTDespEscolaQ4) e que a divulgação das atividades que a
CMTV promove precisa de ser melhorada (15-16UTDespEscolaQ4).
Das apreciações realizadas pelo grupo de discussão sobre os desportos de
mar, registou-se que “…o surf assume-se com a maior parte da oferta de desportos
de mar a nível local, apesar de haver tradição na zona em desportos como o
bodyboard e o skimboard” e a oferta de kitesurf (1-6UTDespMarQ1). Referiram
ainda um crescimento da prática de skate, longboard dancing skate (7-
11UTDespMarQ1). Por outro lado, “na zona de Santa Cruz não se verifica um
crescendo de praticantes de atividades de desportos de mar”; o “…crescimento é
da parte de praticantes turistas mas não de praticantes regionais.”, o “…turismo de
desportos de mar tem vindo a aumentar ao longo dos anos.”
Destacaram como aspetos mais relevantes, em 12 UT, dois eventos: o Santa
Cruz Ocean Spirit e uma prova anual internacional de skimboard, em Santa Cruz.
Indicaram a criação da Sealand, e a “…possibilidade de desenvolver a formação de
praticantes, que antes estava centralizada nas escolas de surf unicamente.”, a
existência de um “projeto pioneiro em Portugal que possibilita a prática do surf a
alunos do primeiro ciclo” (1-6UTDespMarQ2).
Encontraram limitações à promoção de Santa Cruz como destino de surf.
Neste caso, foram expostas apreciações relativas a dois períodos destintos: o
período fora da época balnear e o de época balnear. Consideraram que “existem
muitas barreiras que evitam a quebra da sazonalidade da prática destes desportos
na região”, apontando como exemplos infraestruturas de apoio à praia fora da
Sumário executivo
14
época balnear, a distância de Santa Cruz a Torres Vedras, o reduzido número de
habitantes, especialmente de crianças, dificuldades na oferta de habitação,
ausência de pontos de diversão noturna para os jovens (15-27UTDespMarQ4).
Sugeriram que é necessário pensar nos dois vetores das modalidades que são a
formação de base e a parte turística ” (1UTDespMarQ5), associando o surf ao estilo
de vida saudável e enfatizando todos os benefícios que a prática do mesmo traz à
saúde e bem-estar das pessoas (24UTDespMarQ5).
O grupo de discussão centrado nos serviços proporcionados pelos ginásios,
enfatizou a realização de eventos como forma de promover a atividade física e as
atividades dos próprios ginásios. Iniciativas como a “night run”, “aula de cross-fit
na Várzea” e os “openday” foram dadas como exemplos bastante positivos para os
objetivos dos munícipes, CMTV e para os ginásios (1-5UTGinQ2).
Foi positivamente destacada a realização do Programa Desporto Sénior,
promovido pela CMTV, e demonstrada a disponibilidade de colaboração dos ginásios
para poderem também intervir no programa e proporcionar intervenções mais
especializadas e dirigidas à população com patologias específicas que requerem
uma intervenção mais especializada (7- 12UTGinQ2). Os representantes dos ginásios
expressaram abertura para: 1) participarem em programas promovidos pela CMTV,
como o programa "Diabetes em Movimento” (1UTGinQ3), 2), indicar a CMTV como
mediadora na ligação à área da saúde, “…ligação à classe médica…” (2UTGinQ3),
38,4% das UT estão relacionadas com este tema (3-6UTGinQ3), 3) a CMTV possa ser
influenciadora da prática de desporto laboral nas empresas e na própria CM, 30,7%
das UT (7-10UTGinQ3) e 4) possa constituir condições para a realização de
programas em meio escolar, “…incentivar as escolas a realizar análises à obesidade
infantil.” (11 e 12UTGinQ3).
Centrados na atividade desportiva realizada ao nível das freguesias, os
constituintes dos três grupos de discussão neste domínio destacaram que não existe
público para as atividades, a oferta é grande, mas a procura deve ser estimulada
(11UTFregCentroQ1), e há redução do n.º de praticantes, devido à redução do n.º
de alunos nas escolas, pelo que existe dificuldade em constituir equipas - falta de
procura. É necessário maior apoio da CM na periferia, existem instalações
desportivas (ID) na periferia com reduzida ocupação, está tudo concentrado na
cidade, é preciso contrariar isto (12UTFregCentroQ1); “…falta de diversidade
Sumário executivo
15
desportiva nas freguesias - ao nível de desporto sénior com as atividades da CMTV
está bom - o problema são as atividades para os jovens que só têm o futebol para
praticar nas freguesias.” (10-12UTFregLitorQ1). Por outro lado, identificam um
crescimento do desporto feminino no concelho, referindo, todavia, que é
necessária maior atenção e estímulo (13UTFregCentroQ1).
Foi dado relevo ao apoio que é proporcionado ao movimento associativo
(1UTFregCentroQ3); a recomendação para que a CM hierarquize os apoios, não
apoiando todas as modalidades da mesma forma, deve ter uma estratégia e dirigir-
se mais a certas modalidades (2UTFregCentroQ3); que a CMTV assuma um papel de
mediadora nas relações entre as escolas e associações e até na própria relação
entre os diferentes clubes do concelho (3,4UTFregCentroQ3); propostas para que a
CM crie um grupo de trabalho, com os clubes/ treinadores, para discutir o
desenvolvimento de cada modalidade; (5UTFregCentroQ3); e que tenha uma
orientação para motivar e estimular a prática de atividades desportivas
(6,7UTFregCentroQ3).
Relativamente ao número de praticantes e à atividade desportiva, para a
população acima dos 30 anos, foram mencionadas as reduzidas ofertas para além
da categoria de sénior, após o término da prática de competição federada
(21UTFregCentroQ4). Esta perspetiva é delimitada na seguinte ideia: “não existe
continuidade da prática por parte do jovem que faz toda a formação numa
modalidade, mas depois chega aos 18 anos e com a universidade ou introdução no
mundo do trabalho deixa de praticar” (20-23UTFregCentroQ4). Mais referiram que
modalidades como btt, ciclismo são praticamente ignoradas, apesar de terem
muitos praticantes, principalmente a partir dos 30 anos (24UTFregCentroQ4).
Expressaram perspetivas em que “…deve-se fazer mais ao nível do desporto
no pré-escolar e no primeiro ciclo porque é a base.” (1,2UTFregCentroQ5) e “…as
AEC podiam ser muito mais potencializadas” (3,4UTFregCentroQ5).
As possibilidades de intervenção da CMTV preencheram 33% das UT, os
respondentes consideraram que a CMTV pode ter um papel de regulação, na gestão
das instalações desportivas utilizadas e não utilizadas, na formação de equipas, na
interpretação da relação entre a procura e a oferta de modalidades, com maior
preocupação com o futebol de formação (5-7UTFregCentroQ5); um papel de
promoção da atividade desportiva, utilizando meios de comunicação como
Sumário executivo
16
outdoors, difundindo o desporto como forma de promoção da saúde; projetos de
promoção da prática desportiva não competitiva, mais direcionado para os adultos
(8-12UTFregCentroQ5); um papel de promotor, no apoio aos cuidados médicos aos
clubes, na formação de treinadores (13-15UTFregCentroQ5); e um papel de
estimulador, incentivando os clubes a oferecer atividades que não sejam só a
competição federada (16UTFregCentroQ5).
Mencionaram a fraca colaboração entre clubes e que o “… fórum das
Associações é uma boa ideia, é preciso escolher uma boa data, mas deve ser
melhorado…” (16,17UTFregLitorQ3). Transmitiram a ideia que é também necessário
reforçar a relação entre os clubes e as escolas (18,19UTFregLitorQ3) e entre as
próprias freguesias (20UTFregLitorQ3). Mas consideraram existir impedimentos dos
dirigentes voluntários em disponibilizarem tempo e, em simultâneo, um menor
número de pessoas para se dedicarem aos clubes, em 28% das UT
Nas instalações desportivas, a não existência de pavilhões desportivos ou
outro tipo de recintos cobertos, em 16% das UT, foi apontada como uma limitação.
Referiram ainda dificuldades de manutenção das instalações e disponibilidade de
espaços verdes para a prática de atividades desportivas, nomeadamente o ciclismo;
e a “…falta de pessoas disponíveis para dar apoio às equipas e associações…”
(8UTFregLitorQ4).
No diagnóstico realizado sobre a intervenção e os serviços proporcionados
pela CMTV, de acordo com a análise documental efetuada aos diversos
instrumentos orientadores e reguladores da política desportiva municipal e com
recurso a entrevista aos seus dirigentes, constata-se que há uma clara e deliberada
intenção de política desportiva centrada em três principais orientações: 1)
proporcionar condições para a realização de atividade física em sentido amplo e
não só no desporto especificamente, “…com uma orientação e objetivos para a
saúde e desporto informal”; 2) “diversificar as modalidades desenvolvidas no
concelho”; e 3) proporcionar “…apoio contínuo aos clubes”, ao “… continuar a
descentralizar o apoio, fazendo com que os parceiros executem atividades com o
apoio a vários níveis da CM, em rede com esses parceiros.”
A concretização das orientações da CMTV é materializada em oito (8)
objetivos gerais: 1) aumentar o índice de prática desportiva do concelho no âmbito
dos diferentes tipos de práticas; 2) promover programas e atividades desportivas,
Sumário executivo
17
como fator de desenvolvimento de novas práticas e de implementação de novas
modalidades; 3) melhorar os níveis de formação dos agentes desportivos do
concelho; 4) melhorar as condições físicas para a prática desportiva no concelho,
através da construção e conservação de instalações desportivas e do
apetrechamento desportivo; 5) apoiar o movimento associativo; 6) promover
iniciativas que visem a qualidade das práticas desportivas e a segurança dos
praticantes; 7) desenvolver redes de colaboração, com a educação, a ação social, e
o ambiente; 8) promover a imagem do desporto e da atividade física como fator de
valorização pessoal e de desenvolvimento social.
Recorrendo às Normas de Aplicação dos Programas de Apoio ao Desporto
(NAPAD), constata-se que, globalmente, os programas estão em coerência com as
orientações de desenvolvimento do desporto para o concelho e com os objetivos
gerais estabelecidos, pelos objetivos específicos dos programas, pelo tipo de
destinatários escolhidos e pelas áreas e tipos de apoio.
No que respeita à descentralização, a CMTV proporciona atividades nas
freguesias, pois existem 75 núcleos do desporto sénior nas freguesias e AEC nas
escolas das freguesias. São concedidos apoios aos clubes, a todos, incluindo os não
urbanos, atribuindo 300€ / ano a cada clube que pretenda desenvolver atividade
física para um grupo superior a 10 pessoas (InqEntB). Cerca de “…50 clubes
candidataram-se aos apoios em 2018 (…) muitos deles das freguesias não urbanas…”
(InqEntB).
A CMTV promove diretamente nove (9) programas. Dois (2) destes
programas, o “Projeto Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” e o “Diabetes em
Movimento”, são realizados durante o ano, cinco (5) dos restantes têm um período
do ano específico em que são proporcionadas as atividades e dois (2), percursos
tanto a pé como de bicicleta todo-o-terreno (btt), são de realização em autonomia.
Estes programas são dirigidos para diferentes tipos de destinatários e dão resposta
a todas as faixas etárias. De forma original no tipo de iniciativa, a CMTV promove,
em parceria com as respetivas associações distritais de modalidade, dois
campeonatos concelhios: um de futebol e outro de atletismo, em várias
especialidades
Os eventos desportivos realizados estão também em linha com os objetivos
de promoção e dinamização de atividade física para o concelho e estão orientados
Sumário executivo
18
para algumas das principais modalidades e práticas de atividade física mais
preferidas pela população, nomeadamente as atividades de manutenção, corrida,
atividades de ginásio e ciclismo/ btt.
O número de recursos humanos que a CMTV tem, a tempo integral, para o
desporto parece estar no limiar mínimo do necessário para cumprir o plano de
atividades anual da Divisão de Educação e Atividade Física.
Considerando os investimentos, as atividades e os apoios proporcionados no
atual mandato, constata-se que os “contratos-programa de desenvolvimento
desportivo”, a “construção de instalações desportivas” e as “atividades e
programas desportivos” têm merecido os principais esforços da CMTV.
Na atividade dos clubes, foi identificada a oferta de 54 modalidades
desportivas diferentes no concelho e 39 clubes que disponibilizaram essas
modalidades, nos últimos 6 anos, com intervenção principal na formação de
praticantes. Para a interpretação da atividade dos clubes, para além do grupo de
discussão sobre o desporto federado, utilizaram-se os recursos documentais
disponibilizados pela CMTV, considerando as candidaturas públicas aos programas
de apoio à atividade desportiva e os respetivos processos submetidos para obtenção
dos apoios financeiros. A principal intenção foi organizar os dados disponíveis que,
em conjugação com a informação recolhida da procura e do grupo de discussão
sobre o associativismo, permitisse constituir inferências sobre as modalidades
proporcionadas e a evolução do número de praticantes.
Constata-se que o futebol de onze, pelo número médio de praticantes, entre
2013 e 2018, teve 50,52% dos praticantes inscritos numa federação. Atendendo ao
peso relativo do número de praticantes, face ao total, identificaram-se mais seis
modalidades com percentagens mais relevantes: hóquei em patins (6,88%)
atletismo (6,27%), ginástica (6,63%), futsal (5,67%), basquetebol (5,41%) e o ténis
(3%).
A distribuição da oferta de prática desportiva federada, nos escalões de
formação, nas freguesias do concelho, é caraterizada por uma concentração na
União das Freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago, Santa Maria do Castelo
e São Miguel) e Matacães, com as principais modalidades existentes no concelho.
Sumário executivo
19
O futebol, com exceção da União das Freguesias de Dois Portos e Runa, é
proporcionado em todas as freguesias. O atletismo é a segunda modalidade com
maior distribuição geográfica da prática, em seis freguesias, designadamente nas
freguesias: Ventosa; União das freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago,
Santa Maria do Castelo e São Miguel) e Matacães; A dos Cunhados e Maceira; Ponte
de Rol; Silveira e União das Freguesias de Dois Portos e Runa.
Na atividade desportiva não federada, com atividades regulares, na época
2017/ 2018, foram identificadas 235 atividades, segundo os registos da CMTV. A
natação, com 51% das atividades; o fitness, com 14%; e a ginástica, com 7%, foram
as modalidades com mais atividades. Registe-se a percentagem de 4% na atividade
física para pessoas com deficiência.
Na realização de eventos, promovidos pelos clubes, registaram-se 156
iniciativas, com destaque para a modalidade de golfe, com 23% de todos os
realizados, 36 em termos absolutos. Os eventos relacionados com as caminhadas
(10%), com o futebol (8%) e com o atletismo (8%) são os mais promovidos. Ainda
demonstrador das dinâmicas das atividades, destaca-se o número de eventos
realizados no ténis de mesa, btt e ciclismo.
Sobre a formação de recursos humanos do desporto, foram registadas 67
iniciativas, em 17 áreas, na época desportiva. As ações de formação foram
orientadas para os domínios do pedestrianismo (4), primeiros socorros (2), futsal
(1), saúde e condição física (1) e escalada (1).
No estudo sobre a atividade dos ginásios, constatou-se que no concelho de
Torres Vedras existem treze (13) organizações no setor ginásios, health clubs e
espaços de condição física. Os resultados apresentados neste estudo referem-se a
onze (11) organizações que responderam ao inquérito específico para o setor.
Identificou-se que o público-alvo dos ginásios é caracterizado por indivíduos
com idades entre os 25 e os 54 anos, em média 57% é do sexo feminino e 43% do
sexo masculino. A taxa de retenção média encontrada foi de 76%. Quanto ao valor
médio de mensalidade (livre trânsito) é de 30€ e o valor mínimo de mensalidade
varia entre 14,90€ e os 30 €. Oferecem essencialmente serviços de: personal
training (PT), musculação, cárdio, aulas de grupo, programas de perda de peso,
Sumário executivo
20
pilates e treino funcional. De salientar que os serviços com menor expressão são:
atividades aquáticas e artes marciais.
Questionados sobre se no último ano o ginásio/ health club colaborou com o
município, 70% responderam afirmativamente, tendo o envolvimento sido realizado
essencialmente em eventos, quase todos os ginásios avaliam esta cooperação como
muito boa. Foram identificadas outras organizações como integrantes de processos
de cooperação a nível concelhio.
Quanto ao futuro e às áreas de interesse de cooperação com o município, os
ginásios/ health clubs referem os eventos e a prestação de serviços, como muito
importantes, nomeadamente na promoção e no estabelecimento de contactos
junto de empresas, clubes e setor da saúde. As áreas de interesse principais são: a
organização de eventos, a reabilitação física, a prevenção de lesões no trabalho e a
melhoria da capacidade física de trabalhadores e de praticantes desportivos.
Sobre o desporto na escola, na generalidade, os docentes consideram “a
atividade física e desportiva oferecida pelo agrupamento é diversificada,
possibilitando aos alunos uma prática competitiva, e que, na maior parte, estes
alunos não têm possibilidade de praticar...” (Inq.DEscolaQ2). Constatou-se que há
variabilidade na adesão, por parte dos alunos, de escola para escola. As
apreciações globais sobre as ID nas escolas variam entre razoáveis, muito más e não
existentes.
As modalidades identificadas como mais praticadas e com competições, de
acordo com a perceção dos docentes, são: futsal, voleibol, ténis de mesa, goalball
natação e golfe. Existe um clube escolar federado de voleibol.
Colaboram com a escola principalmente as juntas de freguesia (União das
Freguesias de Torres Vedras; Santa Maria, São Pedro e Matacães, Campelos e
Outeiro da Cabeça) no apoio em transportes; a CMTV, no transporte, apoio
logístico, materiais/ equipamentos para organização de eventos; o Ministério da
Educação (Desporto Escolar); a Associação de Educação Física e Desportiva de TV,
cedência gratuita da piscina para alunos com NEE; os Campos de Golfe do Botado,
Campo Real, para a realização de treinos; e os Centros de Saúde, no apoio a
cuidados de saúde, são as principais entidades que colaboram com as escolas.
Sumário executivo
21
Nos últimos três anos, das atividades realizadas, as dirigidas aos “alunos com
deficiência” e “atração de novos alunos” foram as únicas consideradas como de
crescimento, as restantes mantiveram a mesma intervenção. Para os próximos três
anos, os professores inquiridos percecionam um crescimento da intervenção nas
“instalações”, “envolvimento dos professores”, “comunicação para atrair alunos”,
“atração de novos alunos” e crescimento da “relação com as instituições locais”.
Relativamente às Instalações Desportivas (ID), entre os dois períodos de
aferição (2007 e 2017), o concelho construiu trinta e três (33) novos espaços,
passando de 144 para 177 instalações. As ID de base formativa (83%) e de base
recreativa (13%) correspondem a 96% das ID do concelho. O concelho apresenta
uma ADU de 4,26 m2 por habitante, contabilizando-se somente as ID de base
formativa. Este valor está acima do valor de referência de 4 m2 de ADU por
habitante de acordo com as recomendações do Conselho da Europa.
As freguesias com menor número de habitantes têm resultados de ADU por
habitante mais altas e, ao invés, as freguesias com maior população residente têm
valores de ADU mais baixos. Nestes casos, são exemplo, A dos Cunhados e Maceira
(2,60 m2/ hab.); Santa Maria, São Pedro e Matacães (3,36 m2/ hab.) e Silveira
(2,56 m2/ hab.).
Nos anos em referência, as Instalações Desportivas de Base Recreativas
(IDBR), tiveram o maior crescimento, com dezanove (19) novas ID, pela construção
de “percursos pedestres e cicláveis”, com treze (13) espaços, e “circuito de
manutenção”, com seis (6) novos espaços. As Instalações Desportivas de Base
Formativas (IDBF) representam o segundo maior esforço de construção, catorze
(14) novas instalações. Nesta tipologia sobressai o número de “grandes campos
relvados”, com mais oito (8) campos e a construção de três (3) “polidesportivos
cobertos”.
Dos grandes campos de jogos constata-se que só as freguesias de Maxial e
Monte Redondo e Carvoeira é que não dispõem desta tipologia de ID. A tipologia de
pequenos campos de jogos tem uma distribuição com cobertura por todo o
concelho. A tipologia de pavilhões desportivos e as salas de desporto
polidesportivas não são identificadas em duas (2) freguesias: Ponte de Rol e
Ramalhal. A tipologia de piscinas é identificada somente em três (3) freguesias:
Sumário executivo
22
União das Freguesias de Santa Maria, São Pedro e Matacães; A dos Cunhados e
Maceira e na Carvoeira e Camões.
Predominam as IDBF: os polidesportivos descobertos (65, 37% do total de ID);
os grandes campos de jogos relvados (19, 11% do total de ID); os pavilhões
desportivos/ salas de desporto polivalentes (23, 13% do total de ID) e os campos de
ténis (14, 8% do total de ID). Nas IDBR, prevalecem os percursos pedestres e
cicláveis (15, 8% do total de ID) e os circuitos de manutenção (7, 4% do total de ID).
A existência de quatro (4, 2% do total de ID) centros hípicos, nas instalações
desportivas especiais, é também de destacar.
Justifica-se ainda que, sobre o valor identificado, se utilizou um referencial
de construção de ID existente em 2017, dados da CMTV, e um valor das estimativas
anuais da população residente do INE de 2018. As ID construídas após aquele ano
não foram consideradas mas suportam ainda os valores atuais da população
residente.
Da análise efetuada, a partir das evidências encontradas e das ilações
realizadas, podemos tecer as seguintes apreciações:
O sistema desportivo concelhio é caracterizado por um ambiente bastante
positivo, no qual, na globalidade, os parceiros reconhecem a intervenção realizada
pela CMTV na área do desporto e da atividade física. Como tal, importa valorizar
esta avaliação e reforçar a relação de confiança e cooperação entre os vários
parceiros do sistema desportivo concelhio. Forçosamente, os resultados obtidos, no
comparativo com indicadores nacionais, levam a esta assunção de posicionamento.
Há uma deliberada intencionalidade de opções de desenvolvimento
desportivo, concebida e operacionalizada há vários anos, que está consignada em
objetivos, em instrumentos, com estímulos financeiros congruentes para vários
sectores, em programas, atividades, eventos e numa adequação estrutural no
funcionamento da própria CM, com a constituição da Divisão de Educação e
Atividade Física. Desta forma, as escolhas estratégicas a realizar devem permitir
consolidar a orientação de desenvolvimento desportivo em curso.
Pese o facto dos resultados, ao nível da prática de desporto e de atividade
física, serem positivos, no comparativo disponível em termos nacionais, é
necessário uma maior atração de pessoas, ter mais pessoas a praticar, com maior
Sumário executivo
23
frequência, regularidade e intensidade, de acordo com as recomendações
internacionais de referência, nomeadamente a OMS. Ou seja, ser mais eficiente na
atração de potenciais novos praticantes e constituir ações de captação com
melhores resultados.
A oferta de modalidades no concelho é elevada, mas, das principais
modalidades praticadas, nem todas têm resposta ao nível da competição escolar,
federada e de lazer. A possibilidade de constituir ofertas integradas, para que,
verticalmente, as crianças, os jovens e os adultos possam ter possibilidade de
participação em vários níveis de competição, é desejável, do ponto de vista
motivacional, e eficiente no aproveitamento dos investimentos realizados.
Importa aprofundar as interações entre as entidades (escola, clubes/
associações, ginásios, juntas de freguesia e outros operadores) que promovem as
mesmas modalidades desportivas. Melhorar a coordenação das atividades
promovidas pelos vários promotores é condição essencial para a concretização do
ponto anterior. Dificuldades de articulação, cooperação e aproveitamento máximo
dos recursos existentes foram registadas, pelo que é necessário colocar um efeito
agregador e sinérgico no funcionamento das diferentes entidades.
As partes interessadas inquiridas colocam a CMTV no papel de mediação,
coordenação e articulação do sistema desportivo. Porém, uma lógica de
desenvolvimento participativo, processo em que as entidades parceiras e as
pessoas têm um papel ativo na identificação de soluções e na tomada de decisões
que influenciam a vida das organizações desportivas e a sua própria participação,
poderá contribuir para uma maior eficiência dos resultados do modelo de política
desportiva em vigor, essencialmente baseado em estimular, apoiar, cooperar e
responsabilizar as entidades pela operacionalização das suas atividades. No
entanto, os estímulos e as orientações proporcionadas, se não forem conjugadas
com a intervenção dos parceiros, obrigam a esforços muito elevados para se
obterem resultados ou tornam-se mesmo um obstáculo à sua concretização. A
coordenação da atividade realizada pelas escolas, clubes e juntas de freguesias é
de relevante importância para melhorar o funcionamento do sistema desportivo. De
forma supletiva, a atividade dos ginásios e de outros promotores privados, de
natureza comercial, deve ser conjugada.
Sumário executivo
24
Seria de ponderar a criação de novas formas de divulgação/ promoção do
benefício da atividade física e do desporto, selecionando grupos alvo específicos,
nomeadamente jovens do sexo feminino, pessoas portadoras de deficiência, jovens
na escola, mulheres dos meios rurais, população sénior.
Igualmente melhorar os canais de comunicação dos eventos e das iniciativas
realizadas no concelho pelos diferentes promotores. Contribuir também, desta
forma, para remover os fatores que condicionam negativamente o interesse das
pessoas pela atividade física e desportiva. Reforçar o conhecimento e a
comunicação das atividades e dos eventos desportivos, aperfeiçoar a interação com
os potenciais praticantes e restante população.
Identificaram-se algumas modalidades que, não sendo das mais praticadas,
podem ser consideradas como nichos, por terem um conjunto de atributos (pelo
seu impacto transversal noutros setores, pelo seu peso nas tradições e hábitos
culturais da população ou pelo que instrumentalmente permitem atingir, para se
chegarem a objetivos de maior amplitude para promoção do desporto e da
atividade física) que se devem considerar como estimuladores do desporto e da
atividade física. Neste caso, devem ser constituídos planos, tecnicamente e
financeiramente assistidos, de desenvolvimento específico de algumas
modalidades. São exemplos, o ciclismo/ btt, atletismo, surf, pedestrianismo/
caminhada, jogging, corrida (associando o desporto, o turismo e o ambiente), pois
permitem uma prática para todas as faixas etárias, diferentes géneros, diversos
níveis de competição e participação e possibilidade de serem operacionalizados por
vários parceiros.
Dever-se-ão constituir estímulos para melhorar a descentralização de
programas e atividades pelas freguesias, de forma a aumentar a oferta dirigida às
crianças e aos jovens, nas fases de formação desportiva, e aos maiores de 30 anos,
para uma prática desportiva ao longo da vida.
As condições de utilização das IDBR devem ser aprofundadas e efetuada a
sua adequação às necessidades da procura, especificamente para intensificar a
utilização dos espaços verdes/ parques/ circuitos de manutenção. Melhorar as
condições para que mais pessoas utilizem estes espaços e se preste um melhor
serviço à população é, como foi avaliado, um fator de atratividade para a prática.
Sumário executivo
25
Perspetivar a melhoria das ID e o aumento de utilização das existentes.
Reforçando o concelho com algumas instalações desportivas específicas, para
práticas formais e informais, e ter em consideração a necessidade de melhorar
prioritariamente as ID das escolas - do ensino pré-escolar, 1.º, 2º e 3º ciclo -,
reabilitar polidesportivos e espaços de acesso livre, para atividades de participação
desportiva mais diversificada e de compatibilização simultânea de utilizadores. As
ID a serem intervencionadas, para além do seu projeto de construção/
recuperação, devem ter associado um plano de promoção desportiva com os
parceiros responsáveis pelas atividades que aí se possam realizar. Por exemplo, no
caso da natação, e com aproveitamento para atividade de manutenção como a
hidroginástica, há uma modalidade que tem grupos/ equipa no DE e que é a
segunda modalidade mais praticada pelos jovens fora da escola, é a segunda
modalidade mais praticada pela população acima dos 15 anos e a que tem maior
número de atividade de forma regular na atividade desportiva não federada.
Ao nível dos recursos humanos, é necessário reforçar o papel do dirigente
desportivo voluntário, valorizar socialmente a sua intervenção, rejuvenescer as
direções associativas, atraindo mais jovens e mais mulheres para as direções dos
clubes. Ao nível da qualificação dos técnicos, é necessário constituir ofertas
adequadas às necessidades locais e ter domínios/ temas que possam ser
transversais à formação dos técnicos de várias modalidades. Uma bolsa de técnicos
e respetivas competências pode responder ao problema da atração de treinadores e
outros especialistas.
Após realizado o diagnóstico e a análise do sistema desportivo é proposto na
estratégia a seguinte Visão: pretende-se que 1 em cada 2 munícipes de Torres
Vedras pratiquem atividade física e desportiva em 2025, tendo a Missão
proporcionar condições de acesso à prática de atividade física e de desporto com
qualidade no enquadramento técnico, adequadas ao interesse, motivação e nível
de prática do munícipe.
O principal propósito é consolidar um sistema desportivo concelhio dinâmico,
propiciador do bem-estar físico, mental e social das pessoas, facilitador de níveis
de desempenho adequados às expectativas e motivações de evolução na prática de
atividade física e desporto, e que contribua para o envolvimento, coesão,
prosperidade e sustentabilidade da comunidade.
Sumário executivo
26
Os princípios orientadores desenhados são constituídos pelos seguintes
Valores: Igualdade, promover uma abordagem de desporto e atividade física para
todos e por todos, constituindo igualdade de oportunidades para acesso à
participação, assumindo que são necessárias algumas intervenções orientadas para
superar as desigualdades que podem ser sentidas por pessoas, comunidades ou
grupos; Cooperação, as parcerias e a colaboração podem fazer melhor utilização
dos recursos disponíveis, as relações intersectoriais de cooperação amplificam os
resultados; Inclusão, na promoção da tolerância, na aprendizagem de viver em
sociedade no respeito pelo outro, na colaboração, lealdade e amizade, associados
ao fair play; Flexibilidade, constituir adaptações e ajustamentos às necessidades de
evolução de partes e setores do sistema desportivo; Ética, na preocupação de
estruturar as atividades de modo a não permitir a violência no desporto, dopagem,
racismo, xenofobia ou discriminação social; Baseado na evidência, realizar
apreciações, efetuar avaliações, controlar a execução e tomar decisões apoiadas
por pesquisa e por dados relevantes.
São propostos como Objetivos Estratégicos: Obj.Estr.1) Melhorar a
articulação do sistema desportivo local; Obj.Estr.2) Promover a generalização da
prática da atividade física e desportiva da população; Obj.Estr.3) Estimular o
desenvolvimento do tecido associativo desportivo; Obj.Estr.4) Promover a saúde e
a qualidade de vida; Obj.Estr.5) Valorizar as instalações desportivas e o espaço
público para a prática da atividade física e mobilidade ativa.
Os Eixos Estratégicos de intervenção são orientados para: EE1 - Prática
desportiva de competição/ federada; EE2 - Atividade física não competitiva /
organizada; EE3 - Atividade física não organizada; EE4 - Desporto na escola; e EE5 -
Instalações desportivas e espaços públicos.
De forma transversal, constitui-se um conjunto de orientações, Fatores
Críticos de Sucesso, que se julgam facilitadoras da operacionalização do plano, do
controlo da sua execução e dos resultados a obter, centrados na organização de
eventos, na formação de recursos humanos, na comunicação, na cooperação e no
financiamento.
Por fim, são propostos cinco (5) Planos de Ação: PA1 - Governação do
sistema desportivo local; PA2 - Desenvolvimento da prática desportiva dos jovens
em formação; PA3 - Promover a generalização da prática de atividade física e do
Sumário executivo
27
desporto na população adulta; PA4 - Estimular o tecido associativo desportivo e
PA5 – Reabilitar as instalações desportivas e espaços públicos para a prática de
atividade física e de desporto
O relatório está estruturado em quatro partes, relacionadas com as quatro
etapas de desenvolvimento do trabalho, respetivamente relacionadas com: 1)
diagnóstico, 2) análise estratégica; 3) construção da estratégia, desenho da
intenção estratégica; 4) plano operacional da estratégia.
Índice
28
Índice Geral
PRIMEIRA PARTE || ORGANIZAÇÃO GERAL DO PLANO ....................................................... 3
AGRADECIMENTOS ...................................................................................................... 4
SUMÁRIO EXECUTIVO .................................................................................................... 6
ÍNDICE GERAL ......................................................................................................... 28
ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................... 29
ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................... 31
ÍNDICE DE GRÁFICOS .................................................................................................. 31
ORGANIZAÇÃO GERAL DO PLANO E METODOLOGIA ..................................................................... 33
SEGUNDA PARTE || DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DESPORTIVO ............................................. 36
I - ELEMENTOS CONDICIONANTES DO AMBIENTE ........................................................................ 37
II – PRÁTICA DESPORTIVA DOS 10 AOS 14 ANOS ....................................................................... 46
III – PRÁTICA DESPORTIVA DOS 15 AOS 74 ANOS ...................................................................... 78
IV – A PERSPETIVA DAS DIFERENTES PARTES INTERESSADAS NA ATIVIDADE DESPORTIVA DO CONCELHO ................. 125
V – A INTERVENÇÃO DO MUNICÍPIO NO DESPORTO DO CONCELHO ..................................................... 163
VI – A OFERTA DE ATIVIDADES NOS CLUBES ........................................................................... 183
VII – A OFERTA DE ATIVIDADE NOS GINÁSIOS, HEALTH CLUBS E ESPAÇOS DE CONDIÇÃO FÍSICA ......................... 196
VIII – O DESPORTO NA ESCOLA ....................................................................................... 205
IX – OFERTA DE INSTALAÇÕES DESPORTIVAS .......................................................................... 217
TERCEIRA PARTE || ANÁLISE DO SISTEMA DESPORTIVO CONCELHIO.................................. 239
I – ANÁLISE DO SISTEMA DESPORTIVO CONCELHIO .................................................................... 240
II – MATRIZ DE SUPORTE À ANÁLISE DO SISTEMA DESPORTIVO ......................................................... 264
QUARTA PARTE || PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO .................................................. 275
I – CONCEÇÃO DA ESTRATÉGIA E PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO .................................................. 276
QUINTA PARTE || PLANOS DE AÇÃO ......................................................................... 279
Índice
29
Índice de Tabelas
Tabela 1 - Por escalão etário percentagem da população residente. .................................................. 38
Tabela 2 – Despesas em atividades e equipamentos desportivos (€) do município. .................................. 39
Tabela 3 – Fatores ambientais de natureza política. ...................................................................... 40
Tabela 4 – Fatores ambientais de natureza económica. .................................................................. 42
Tabela 5 – Análise do ambiente geral fatores de natureza social. ...................................................... 43
Tabela 6 – Análise do ambiente geral fatores de natureza tecnológica. ............................................... 44
Tabela 7 - Caracterização da amostra. ..................................................................................... 48
Tabela 8 - Caracterização das habilitações literárias e situação profissional da amostra. .......................... 49
Tabela 9 - Prática desportiva do desporto escolar - atividade interna. ................................................ 51
Tabela 10 - Prática desportiva do desporto escolar - grupo equipa / externa. ....................................... 52
Tabela 11 - Prática desportiva do desporto escolar - grupo equipa/ atividade externa. ............................ 53
Tabela 12 - Prática desportiva fora da escola. ............................................................................. 53
Tabela 13 – Frequência da prática desportiva fora da escola. ........................................................... 54
Tabela 14 - Atividades físicas e desportivas mais praticadas fora da escola. ......................................... 55
Tabela 15 – Anos de prática da modalidade desportiva. .................................................................. 56
Tabela 16 – Meio de transporte para o local da prática de atividade física e desportiva. ........................... 57
Tabela 17 – Tempo de deslocação para o local da prática de atividade física e desportiva. ........................ 57
Tabela 18 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas fora do concelho. ................................ 58
Tabela 19 - Agentes de sociabilização na prática de atividade física e desportiva. .................................. 59
Tabela 20 – Utilização de instalações desportivas e espaços naturais. ................................................. 59
Tabela 21 - Instalações desportivas / espaços naturais do concelho mais frequentadas. ........................... 59
Tabela 22 - Frequência de utilização das instalações desportivas / espaços naturais. .............................. 60
Tabela 23 - Apreciação das instalações desportivas / espaços naturais. ............................................... 60
Tabela 24 – Gosto pelas competições. ...................................................................................... 60
Tabela 25 – Participação em competições. ................................................................................. 60
Tabela 26 – Frequência das competições. .................................................................................. 61
Tabela 27 – Razões para a prática de atividade física e desportiva. .................................................... 62
Tabela 28 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas. ..................................................... 63
Tabela 29 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas. ................................................ 64
Tabela 30 - Agentes de incentivo para prática de atividade física e desportiva. ..................................... 65
Tabela 31 – Tipo de agregado familiar e prática de atividade física e desportiva. ................................... 66
Tabela 32 – Prática futura de atividades físicas e desportivas. .......................................................... 66
Tabela 33 - Atividades físicas e desportivas preferidas. .................................................................. 67
Tabela 34 - Modalidades desportivas praticadas no desporto escolar, fora da escola e pretendidas. ............. 68
Tabela 35 - Acesso a jornais, rádios ou à Internet para informação sobre o desporto do concelho. ............... 69
Tabela 36 - Principais jornais consultados. ................................................................................. 69
Tabela 37 - Principais rádios ouvidas. ....................................................................................... 69
Tabela 38 - Principais sítios na internet acedidos. ........................................................................ 70
Tabela 39 - Perceção sobre as oportunidades de prática de atividade física e desportiva na comunidade local. 70
Tabela 40 - Programas de promoção do desporto / atividade física no concelho de Torres Vedras. ............... 71
Tabela 41 – Reconhecimento do nome do programa de promoção do desporto ou da atividade física. ........... 71
Tabela 42 - Assistência a espetáculos desportivos ao vivo. .............................................................. 72
Tabela 43 – Material desportivo existente em casa. ...................................................................... 73
Tabela 44 – Material desportivo existente em casa. ...................................................................... 74
Tabela 45 – Obstáculos para existir mais atividade física e desportiva entre a população. ......................... 75
Tabela 46 – Sugestões para melhorar atividade física e desportiva. .................................................... 75
Tabela 47 - Principais índices de prática de atividade física e desportiva da população jovem. ................... 77
Tabela 48 - Breve caracterização da amostra, sexo e idade. ............................................................ 79
Tabela 49 - Caracterização da amostra. .................................................................................... 80
Tabela 50 - Prática de atividade física e desportiva, nos últimos 12 meses. .......................................... 81
Tabela 51 - Prática de atividade física e desportiva nos últimos 12 meses. ........................................... 81
Tabela 52 - Prática de atividade física e desportiva, nas últimas 4 semanas. ......................................... 82
Tabela 53 - Prática de atividade física e desportiva nas últimas 4 semanas. .......................................... 84
Tabela 54 - Regularidade da prática de atividade física e desportiva nas últimas 4 semanas. ..................... 86
Tabela 55 - Atividades físicas e desportivas praticadas. ................................................................. 88
Tabela 56 - Enquadramento organizacional da prática de atividade física e desportiva. ............................ 89
Tabela 57 – Praticantes em clubes, federações e ginásios. .............................................................. 90
Índice
30
Tabela 58 – Praticantes em federações, por sexo. ........................................................................ 90
Tabela 59 – Comparativo da taxa de feminização. ........................................................................ 90
Tabela 60 – Utilização de instalações desportivas / espaços naturais no concelho de Torres Vedras. ............. 91
Tabela 61 - Instalações desportivas / espaços naturais mais utilizados. ............................................... 91
Tabela 62 – Comparativo dos locais de prática mais utilizados. ......................................................... 92
Tabela 63 - Frequência de utilização da instalação desportiva / espaço natural ..................................... 92
Tabela 64 - Satisfação com as instalações desportivas / espaços naturais. ........................................... 93
Tabela 65 - Razões para deslocação para fora do concelho para praticar. ............................................ 93
Tabela 66 - Agentes de socialização na prática de atividade física e desportiva. .................................... 95
Tabela 67 – Costuma participar em competições desportivas. .......................................................... 96
Tabela 68 – Tipo e frequência das competições desportivas. ............................................................ 96
Tabela 69 – Dimensões das razões para praticar atividades físicas e desportivas. .................................... 97
Tabela 70 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, homens e mulheres. ............................ 98
Tabela 71 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, homens. .......................................... 99
Tabela 72 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, mulheres. ....................................... 100
Tabela 73 - Comparação das três principais razões para praticar atividades físicas e desportivas. .............. 100
Tabela 74 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, homens e mulheres. ..................... 101
Tabela 75 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, homens. ................................... 102
Tabela 76 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, mulheres................................... 103
Tabela 77 - Comparação das três principais razões para não praticar atividades físicas e desportivas. ........ 104
Tabela 78 - Prática de atividades físicas e desportivas no futuro. .................................................... 105
Tabela 79 - Atividades físicas e desportivas pretendidas. .............................................................. 107
Tabela 80 - Grau de afiliação no associativismo desportivo. .......................................................... 110
Tabela 81 – Número de clubes por mil habitantes. ...................................................................... 110
Tabela 82 – Nível de interesse pelo desporto. ........................................................................... 111
Tabela 83 - Informação sobre o desporto do concelho de Torres Vedras. ........................................... 113
Tabela 84 - Assistência a espetáculos desportivos ao vivo. ............................................................ 116
Tabela 85 - Modalidades dos espetáculos desportivos assistidos ao vivo. ............................................ 116
Tabela 86 - A maioria dos espetáculos desportivos assistidos decorreu no concelho de Torres Vedras. ......... 116
Tabela 87 - Perceção sobre as oportunidades de prática desportiva na comunidade local. ....................... 117
Tabela 88 – Comparação da perceção sobre as oportunidades de prática desportiva na comunidade local. ... 118
Tabela 89 – Conhecimento de programas de promoção do desporto ou da atividade física no concelho. ....... 119
Tabela 90 – Reconhecimento do nome do programa de promoção do desporto ou da atividade física. ......... 119
Tabela 91 – Obstáculos para existir mais atividade física e desportiva entre a população. ....................... 120
Tabela 92 – Sugestões para melhorar atividade física e desportiva. .................................................. 121
Tabela 93 – - Principais índices dos hábitos desportivos da população. .............................................. 123
Tabela 94 – Caracterização dos participantes por grupo de discussão. ............................................... 127
Tabela 95 – Análise do conteúdo das entrevistas sobre a orientação política desportiva municipal. ............ 165
Tabela 96 – Programas de apoio ao desporto da CMTV. ................................................................ 170
Tabela 97 – Programas de apoio ao desporto da CMTV (cont.). ....................................................... 171
Tabela 98 – Programas de apoio ao desporto da CMTV (cont.). ....................................................... 172
Tabela 99 – Principais programas operacionalizados pela CMTV. ...................................................... 173
Tabela 100 – Principais programas operacionalizados pela CMTV. .................................................... 175
Tabela 101 – Principais eventos desportivos operacionalizados pela CMTV. ......................................... 176
Tabela 102 – Campeonatos promovidos pela CMTV. ..................................................................... 177
Tabela 103 – Colaboradores relacionados com o deporto e atividade física. ........................................ 178
Tabela 104 – Principais investimentos financeiros realizados no desporto. .......................................... 178
Tabela 105 – Modalidades praticadas (54) no concelho nos clubes. ................................................... 185
Tabela 106 – Modalidades praticadas no concelho por clubes (cont.). ............................................... 186
Tabela 107 – Modalidades praticadas (54) no concelho nos clubes. ................................................... 187
Tabela 108 – Por clube, na modalidade de futebol, tendência de atletas inscritos nos escalões de formação. 188
Tabela 109 – Por clube, principais modalidades coletivas, tendência de inscritos nos escalões de formação. . 189
Tabela 110 – Por clube, principais modalidades individuais, tendência de inscritos nos escalões de formação.189
Tabela 111 – Por freguesia e clube, prática das modalidades federadas por género. .............................. 191
Tabela 112– Por freguesia e clube, prática das modalidades federadas por género. ............................... 197
Tabela 108 – Número de sócios ativos. .................................................................................... 199
Tabela 114 – Pontos fortes e fracos do concelho para a organização. ................................................ 203
Tabela 115 – Principais modalidades praticadas nas escolas do concelho, por níveis do DE. ..................... 210
Tabela 116 – Entidades que melhor podem colaborar, no futuro, com a escola. ................................... 211
Tabela 117 – Escolas que disponibilizam o uso das instalações desportivas a clubes. .............................. 212
Índice
31
Tabela 118 – Necessidades das escolas ao nível de instalações desportivas. ........................................ 212
Tabela 119 – Intervenções realizadas nas escolas, nos últimos anos e nos próximos. .............................. 213
Tabela 120 – Aspetos que julgam ser obstáculo a maior atividade desportiva na escola. ......................... 214
Tabela 121 – Identificação das ID por tipologia e número no concelho. .............................................. 225
Tabela 122 – Tipologia das ID por dotação funcional. ................................................................... 232
Tabela 123 – Tipologia das ID por número de habitantes. .............................................................. 232
Tabela 124 – Tipologia das ID por dimensão da ADU/ SDU. ............................................................ 232
Tabela 125 – Área de influência da ID. .................................................................................... 233
Tabela 126 – Área desportiva útil das ID de base formativa............................................................ 234
Tabela 127 – Área desportiva útil das ID de base formativa por freguesia. .......................................... 235
Tabela 128 – Identificação das ID existentes e necessárias pelo critério de n.º habitantes. ...................... 236
Tabela 129 – Principais forças do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação e cada
dimensão em análise. ....................................................................................................... 241
Tabela 130 – Principais fraquezas do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação e
cada dimensão em análise. ................................................................................................. 251
Tabela 131 – Principais oportunidade do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação
e cada dimensão em análise. ............................................................................................... 256
Tabela 132 – Principais ameaças do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação e
cada dimensão em análise. ................................................................................................. 262
Tabela 133 – Esquema da matriz de análise utilizada. .................................................................. 264
Índice de Figuras
Figura 1 – Abordagem metodológica realizada. ............................................................................ 33
Figura 2 – Esquema geral de análise do sistema desportivo concelhio. ................................................ 35
Figura 3 – Enquadramento geográfico do concelho de Torres Vedras. .................................................. 37
Figura 4 - Por escalão etário representação da população residente no concelho. .................................. 38
Figura 5 – Principais expressões utilizadas sobre o desporto federado. .............................................. 128
Figura 6 – Principais expressões utilizadas sobre o Desporto na Escola............................................... 133
Figura 7 - Principais expressões utilizadas sobre Desportos de Mar. .................................................. 137
Figura 8 - Principais expressões utilizadas pelo grupo de discussão dos Ginásios. .................................. 142
Figura 9 – Principais expressões utilizadas pelo grupo de discussão das Juntas de Freguesia do Centro. ....... 145
Figura 10 – Principais ideias utilizadas pelo grupo de discussão das Juntas de Freguesia do Interior. ........... 151
Figura 11 – Principais expressões utilizadas pelo grupo de discussão das Juntas de Freguesia do Litoral. ...... 155
Figura 12 - Tipologias de ID definidas no Regime Jurídico das Instalações Desportivas de Uso Público. ........ 220
Figura 13 - População residente por freguesias do concelho de Torres Vedras em 1991, 2001 e 2011. ......... 222
Figura 14 - Densidade populacional por freguesia no concelho de Torres Vedras. .................................. 222
Figura 15 – Distribuição das instalações desportivas pelos aglomerados populacionais do concelho. ............ 224
Figura 16 – Distribuição dos grandes campos de jogos relvados no concelho. ....................................... 227
Figura 17 – Distribuição dos pequenos campos de jogos no concelho. ................................................ 227
Figura 18 – Distribuição dos pavilhões desportivos e salas de desporto polivalentes no concelho. ............... 228
Figura 19 – Distribuição das piscinas no concelho. ...................................................................... 229
Figura 20 – Distribuição do total de ID existentes, por tipologia, no concelho. ..................................... 230
Índice de Gráficos
Gráfico 1 - Regularidade da prática desportiva do desporto escolar – atividade interna. ........................... 50
Gráfico 2 - Regularidade da prática desportiva do desporto escolar – grupo equipa. ................................ 51
Gráfico 3- Atividades físicas e desportivas mais praticadas no desporto escolar ..................................... 52
Gráfico 4- Regularidade da prática de atividade física e desportiva fora da escola. ................................. 54
Gráfico 5 - Atividades físicas e desportivas mais praticadas fora da escola. .......................................... 55
Gráfico 6 - Anos de prática da modalidade desportiva, por idade. ..................................................... 56
Gráfico 7 - Meio de transporte e tempo de deslocação para o local da prática de atividade física e desportiva.
................................................................................................................................... 58
Gráfico 8 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, por dimensão. .................................... 63
Gráfico 9 – Prática de atividades físicas e desportivas, por tipo de agregado familiar. .............................. 66
Gráfico 10 - Atividades físicas e desportivas preferidas. ................................................................. 68
Índice
32
Gráfico 11 - Modalidades dos espetáculos desportivos assistidos ao vivo. ............................................. 72
Gráfico 12 - Período do ano em que pratica atividade física e desportiva. ............................................ 82
Gráfico 13 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas. .................................................................. 83
Gráfico 14 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas, por idade. ..................................................... 84
Gráfico 15 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas, por habilitação literária. .................................... 85
Gráfico 16 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas, por idade e sexo. ............................................ 86
Gráfico 17 - Atividades físicas e desportivas praticadas. ................................................................. 87
Gráfico 18 - Meios de transporte utilizados para a deslocação para o local da prática da atividade. ............. 94
Gráfico 19 – Meio de transporte e tempo de deslocação para o local da prática da atividade. ..................... 94
Gráfico 19 - Razões consideradas para praticar atividade física e desportiva, homens e mulheres. ............... 97
Gráfico 20 - Razões consideradas para não praticar atividade física e desportiva. ................................. 101
Gráfico 21 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, homens e mulheres. ..................... 103
Gráfico 22- Comportamento da população face ao desporto. ......................................................... 106
Gráfico 23 - Atividades físicas e desportivas pretendidas. ............................................................. 107
Gráfico 24 - Gastos médios mensais dos agregados familiares com o desporto. .................................... 109
Gráfico 25 – Nível de interesse pelo desporto. ........................................................................... 112
Gráfico 26 - Nível de interesse pelo desporto, por sexo. ............................................................... 113
Gráfico 27 - Principais jornais consultados. .............................................................................. 114
Gráfico 28 – Principais rádios consultados. ............................................................................... 114
Gráfico 29 - Principais sítios na internet acedidos. ..................................................................... 115
Gráfico 30 – Tipos de investimento realizados no desporto, no atual mandato. .................................... 179
Gráfico 31 – Número de organizações realizadas na atividade física não federada. ................................ 192
Gráfico 32– Número de eventos realizadas na atividade física não federada. ....................................... 193
Gráfico 33 – Ações de formação, por áreas, dirigidas aos recursos humanos do concelho. ........................ 194
Gráfico 34 – Serviços prestados pelas organizações. .................................................................... 198
Gráfico 35 – Caracterização das instalações por área. .................................................................. 199
Gráfico 36 – Tipologia de instalações proporcionadas aos clientes. .................................................. 200
Gráfico 37 – Recursos humanos por função. .............................................................................. 200
Gráfico 38 – Processos de comunicação/ marketing..................................................................... 201
Gráfico 39 – Cooperação com outras entidades. ......................................................................... 202
Gráfico 41 – Número de ID por tipologias e novas construções, diferença em duas datas. ........................ 225
Gráfico 42 – Distribuição relativa (%) de ID segundo as tipologias estabelecidas na legislação. .................. 226
Organização do estudo
33
Organização geral do plano e metodologia
O presente trabalho está orientado para a concretização dos seguintes
objetivos: 1) realizar o diagnóstico da situação da prática de atividade física e
desportiva e da oferta de atividade e serviços de desporto no concelho; 2)
identificar, analisar e validar os principais problemas e oportunidades de
desenvolvimento; 3) definir objetivos e opções estratégicas; 4) construir um plano
estratégico de desenvolvimento propriamente dito e 5) apresentar planos pelas
áreas identificadas como prioritárias.
A abordagem metodológica realizada, conforme estruturado na figura 1, foi
constituída pelo desenvolvimento de uma relação entre as cinco (5) questões-chave
do estudo, as três (3) fases e métodos de pesquisa utilizados - instrumentos e
procedimentos de recolha de dados - e as quatro (4) etapas de construção do plano
estratégico.
Figura 1 – Abordagem metodológica realizada.
Como tal, no âmbito de uma abordagem sistémica e integradora das
diferentes realidades do espaço territorial em que nos focalizámos, partiu-se de um
conceito abrangente de Desporto, definido na Carta Europeia de Desporto (Artigo
2.º) por “todas as formas de atividades físicas que, através de uma participação
organizada ou não, têm por objetivo a expressão ou o melhoramento da condição
Organização do estudo
34
física e psíquica, o desenvolvimento das relações sociais ou a obtenção de
resultados na competição a todos os níveis”. São ainda considerados os principais
instrumentos, nacionais e internacionais, de referência para estímulo a políticas
desportivas e de incentivo à prática desportiva1.
A organização do presente relatório corresponde às fases de
desenvolvimento do trabalho, em que na fase I se realizou o diagnóstico da
atividade física e desportiva realizada no concelho; na fase II, a análise do sistema
desportivo e, na fase III, a formulação das propostas de desenvolvimento
desportivo. O que corresponde às três etapas de elaboração do plano estratégico,
designadamente à de avaliação, desenho das intenções estratégicas de
desenvolvimento e de construção do plano operacional da estratégia.
Especificamente na fase I, sobre o diagnóstico e entendimento das
prioridades de intervenção, a metodologia proposta, considerou duas dimensões de
análise: a “prática e procura desportiva”, onde se incluem os atuais e os potenciais
praticantes; e a “oferta de atividades e serviços de desporto”, que integra uma
análise de sete áreas organizacionais que proporcionam prática desportiva ou têm
uma função de regulação, estímulo e promoção do desporto, tal como se apresenta
na figura 2.
1 Carta de Aalborg - http://www.aalborgplus10.dk/default.aspx
Declaração de Hanôver - http://www.anmp.pt/anmp/div2005/age21/docs/a11.pdf.European network for the promotion of health-enhancing physical activity (2008). http://www.epha.org/a/1936 Instituto do Desporto de Portugal (2009). Orientações europeias para a atividade física – Políticas para a promoção da saúde e bem-estar. http://www.idesporto.pt Parecer do Comité das Regiões (1999). “O Modelo Europeu do Desporto” Jornal Oficial das Comunidades Europeias, 23/12/99, C 374/56. Linhas orientadoras do programa do XXI Governo da República, sobre o desenvolvimento do desporto, em www.portugal.gov.pt/pt.
Organização do estudo
35
Figura 2 – Esquema geral de análise do sistema desportivo concelhio.
O diagnóstico da dimensão “prática e procura desportiva” permitiu
identificar e caracterizar a forma como se pratica desporto no concelho. Inquiriu-
se, para o efeito, uma amostra significativa da população, entre os 10 e os 14 anos,
que frequentam os estabelecimentos de ensino do 2º e 3º ciclo e a população dos
15 aos 74 anos representativa do concelho, por freguesia.
Sobre o diagnóstico da “oferta de atividades e serviços de desporto”, no
início da apresentação dos resultados de cada dimensão é efetuada a descrição
metodológica dos procedimentos, globalmente recolheu-se e tratou-se, pela
aplicação de inquéritos por entrevista, questionário e grupos de discussão, um
conjunto de dados sobre a intervenção das organizações que funcionam em cada
uma das dimensões estudadas. Na dimensão relacionada com as “Instalações
Desportivas” utilizou-se predominantemente os dados proporcionados pela CMTV. A
apreciação efetuada pelas diferentes partes interessadas foi recolhida em grupos
de discussão, constituídos com critérios para o efeito, representativos das
principais organizações promotoras de atividades físicas e desportivas do concelho.
D
Elementos condicionantes do ambiente
37
I - Elementos condicionantes do ambiente
A concretização dos objetivos das organizações está fortemente dependente da
forma como estas se relacionam com o seu meio envolvente e dele aproveitam os
recursos que podem influenciar a sua atividade e desempenho, colhendo benefícios ou
evitando ameaças. Os fatores externos interferem na atividade das organizações
desportivas e importa compreendê-los. Desta forma, consideram-se, na caracterização
do ambiente geral, macro ambiente, fatores das dimensões política, económica,
sociodemográfica e tecnológica (PEST) que podem afetar a prática da atividade
desportiva. Identifica-se, em cada uma das dimensões anteriores, os principais fatores
chave ambientais que podem condicionar a atividade desportiva, analisando as suas
implicações, a sua importância, a probabilidade de ocorrência e o impacto, positivo ou
negativo, que poderá vir a ter e os seus efeitos, tal como se descreve nas tabelas
seguintes. Para tal, recorreu-se à revisão dos principais instrumentos estratégicos de
orientação das políticas nacionais, legislação e fontes estatísticas mais relevantes.
O município de Torres Vedras, integrado na sub-região do Oeste, ocupa uma área de
407,15 km2, distribuída por treze freguesias.
É delimitado a norte pelo município
Lourinhã, a nordeste pelo Cadaval, a este por
Alenquer, a sul pelos municípios de Sobral de
Monte Agraço e Mafra e a oeste pelo Oceano
Atlântico, tendo uma costa atlântica com 20
km de extensão.
A população residente no concelho, de
acordo com as Estimativas Anuais da
População Residente do INE2, em 2017, era
de 78.518 pessoas. O número de homens era de 37.631 (48%) e de mulheres 40.905
(52%). A densidade populacional (hab/ km2) é de 192,8 habitantes por km2.
Conforme tabela 1, o grupo etário entre os 0 e os 14 anos é constituído por uma
população de 11.062 pessoas que corresponde a 14% da população, entre os 15 e os 19
2 INE (2018). Estimativas anuais da população residente. População residente (N.º) por local de residência (NUTS - 2013), sexo e grupo etário; anual.
Figura 3 – Enquadramento geográfico do concelho de Torres Vedras.
Elementos condicionantes do ambiente
38
anos a população é de 4.460 pessoas que corresponde a 6% da população, o grupo
etário entre os 20 e os 34 anos, tem 12.895 pessoas e representa 16% da população.
Entre os 35 e os 49 anos situam-se 23% dos residentes.
Tabela 1 - Por escalão etário percentagem da população residente.
Escalão etário Total H e M % da população
0-14 anos 11062 14%
15-19 anos 4460 6%
20-34 anos 12895 16%
35-49 anos 18321 23%
50-64 anos 15444 20%
65-74 anos 8415 11%
75 e + anos 7921 10%
Fonte: PEDD TV dados tratados a partir das estimativas anuais da população em 2017 (INE,2018)
Registe-se que entre os 35 e os 49 anos se encontra 23% da população. Se
atendermos à pirâmide etária, gráfico 1, constata-se que entre os 35 e os 64 anos tem-
se 43% da população residente.
Figura 4 - Por escalão etário representação da população residente no concelho.
Fonte: PEDD TV dados tratados a partir das estimativas anuais da população em 2017 (INE,2018)
Elementos condicionantes do ambiente
39
O índice de envelhecimento é de 146 idosos por cada 100 jovens, para o país
este valor é de 153,2. Registe-se que a esperança média de vida em Portugal, em 2015,
situava-se, segundo o INE, em 77,6 para o sexo masculino e 83,3 para o sexo feminino.
Tomando em consideração os valores das despesas em atividades e
equipamentos desportivos dos municípios (em euros), por localização geográfica (NUTS
- 2013), e por tipo de despesa e atividade e/ ou equipamento desportivo (INE, 2018),
recolhido pelo inquérito ao financiamento das atividades culturais, criativas e
desportivas às câmaras municipais, verificamos que, no total anual, as despesas do
município de Torres Vedras aumentaram de 2013 para 2017 em 11%. Na despesa que é
comum nos cinco anos, despesas correntes em atividades desportivas, houve um
diferencial no valor de aumento da despesa em 190%, respetivamente de 327.656,00€
para 951.853,00€.
Tabela 2 – Despesas em atividades e equipamentos desportivos (€) do município.
Considerando os valores nacionais, de despesas correntes em atividades
desportivas, face à população, para Portugal e para Torres Vedras, constatou-se que os
valores de referência são respetivamente de 7,99€ e 12,12€ por pessoa no concelho.
A taxa de desemprego, com registo no IEFP (na população 15 - 64 anos), foi, em
2017, de 5,1% em Torres Vedras e 8,7% no país.
Em Torres Vedras, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de
outrem, relativo ao ano de 2016, foi de 954,1€, na sub-região do Oeste de 830,1€ e em
Portugal de 1.105,6€3.
3PORDATA (2018). Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem: total e por sexo. Acedido em https://www.pordata.pt/Municipios/, em 22 nov. 2018.
Atividades
desportivas
Associações
desportivas
Construção e
manutenção de
recintos (inclui
salas e pavilhões
cobertos)
Construção e
manutenção de
outros equipamentos
desportivos (ao ar
livre ou com simples
Outras
atividades
não
especificadas
Atividades
desportivas
Associações
desportivas
Construção e
manutenção de
recintos (inclui
salas e pavilhões
cobertos)
Construção e
manutenção de outros
equipamentos
desportivos (ao ar
livre ou com simples
Outras
atividades
não
especificadas
2017 951 832 € 0 € 303 504 € 487 291 € 0 € 0 € 0 € 0 € 0 € 0 € 1 742 627 €
2016 15 014 € 902 021 € 0 € 0 € 1 228 € 1 536 € 369 941 € 0 € 0 € 800 € 1 290 540 €
2015 194 704 € 182 092 € 0 € 0 € 0 € 0 € 722 816 € 0 € 0 € 0 € 1 099 612 €
2014 887 793 € 0 € 0 € 0 € 0 € 0 € 0 € 240 020 € 545 091 € 0 € 1 672 904 €
2013 327 656 € 356 343 € 0 € 245 € 0 € 0 € 526 179 € 0 € 0 € 0 € 1 210 423 €
Tipo de despesa
Total anualAno
Despesas correntes Despesas de capital
Atividade e/ ou equipamento desportivo
Elementos condicionantes do ambiente
40
Tabela 3 – Fatores ambientais de natureza política.
Fatores Implicações
(Antecedentes e variáveis influenciadoras)
Importância
Probabilidade de ocorrência
Impacto (Positivo / negativo: efeitos,
resultados)
“Promoção da atividade física – Incumbe ao Estado, regiões autónomas e autarquias locais a promoção e generalização da atividade física enquanto instrumento essencial para a melhoria da condição física, da qualidade de vida e da saúde dos cidadãos.”. São adotados programas que visam: a) Criar espaços públicos aptos para a atividade física; b) Incentivar a integração da atividade física nos hábitos de vida quotidianos, bem como a adoção de estilos de vida ativos; c) Promover a conciliação da atividade física com vida pessoal, familiar e profissional Fonte: Lei nº5/2007, Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto – Artigo 6º,Promoção da Atividade Física.
Incumbe às autarquias locais responsabilidade na promoção da atividade física e na criação de condições para que a população possa praticar desporto.
Crítico: Contributo essencial para a generalização da prática desportiva junto das populações.
Considerável probabilidade, face ao interesse da população e aos benefícios públicos inerentes à prática de atividade física e de desporto.
Positivo: Estímulo à promoção da atividade física e criação de condições para que a população possa praticar desporto.
“A atividade física e a prática desportiva por parte das pessoas com deficiência é promovida e fomentada pelo Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais com as ajudas técnicas adequadas, adaptada às respetivas especificidades, tenho em vista a plena integração e participação sociais, em igualdade de oportunidades com os demais cidadãos”. Fonte: Lei n.º 5/2007, de 16 de janeiro – Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto, Artigo 29.º
Necessidade de selecionar e persuadir órgãos do Estado para a promoção e fomento de programas de atividades.
Crítico: indispensável para promoção de programas de atividades de generalização da prática desportiva
Considerável probabilidade, face a situações de propostas análogas.
Positivo: Concretizando-se a promoção e fomento pelos órgãos do Estado de atividades desportivas.
Desenvolvimento da atividade física e do desporto: “…promover mais e melhor desporto para mais cidadãos, começando a formação na escola, prosseguindo através do movimento associativo com base nos clubes e federações e generalizando a prática desportiva em parceria ativa com as autarquias…” (p. 128); “Apoiar e divulgar projetos e iniciativas que promovam a generalização da atividade física e desporto…” (p. 129). “Desenvolver, em articulação com os municípios, um programa “Territórios Inclusivos”, que assegure a acessibilidades físicas e comunicacionais, desenvolvendo um programa de acessibilidade pedonal…” (p. 243). “Aposta educativa numa escola inclusiva de 2.ª geração no âmbito da educação especial e dos apoios educativos às crianças e aos jovens; garantir o acesso das pessoas com deficiência a educação ao longo da vida, após terminarem a escolaridade obrigatória.” (p. 242). Fonte: Programa do XXI Governo Constitucional (2015-2019).
Reforço da função da escola e apoio à generalização da prática de desporto. Novo programa: “territórios inclusivos”. Aposta na educação especial.
Crítico: Contributo essencial para a generalização da prática desportiva às crianças e jovens com deficiência, garantir acessibilidades e aposta na educação especial.
Elementar probabilidade, face aos desafios propostos e aos recursos disponibilizados.
Positivo: Efeitos elevados no apoio a projetos de generalização da prática desportiva para pessoas com deficiência, sobretudo crianças e jovens em idade escolar e em enquadramento de educação especial. Melhoria das acessibilidades em municípios referência.
“A Direção Geral da Saúde (DGS), desenvolve no âmbito do Plano Nacional de Saúde, programas de Saúde prioritários nas seguintes áreas: (…) C) Promoção da Atividade Física” “Numa perspetiva nacional, é prioritário consciencializar a população para a importância da atividade física na saúde e implementação de políticas intersectoriais e multidisciplinares que visem a diminuição do sedentarismo e aumento dos níveis de atividade física” Pág. 18 – Estratégia Nacional para a promoção da atividade física, da saúde e do bem-estar. Fonte: Despacho 6401/ 2016, Diário da República n.º 94/2016, Série II de 2016-05-16.Determina o desenvolvimento, no âmbito do Plano Nacional de Saúde, de programas de saúde prioritários na (…) Promoção da Atividade Física (…).
Responsabilidade de promover a atividade física como forma de melhorar a qualidade de vida, saúde e bem-estar da população.
Crítico - Promove o acesso à atividade física por parte da população.
Elevada probabilidade de ocorrência, sendo a atividade física uma forma de melhorar qualidade de vida dos cidadãos.
Positivo: Reconhecimento da atividade física como forma de melhorar a saúde, bem-estar da população e como um contributo positivo para a inclusão social.
Elementos condicionantes do ambiente
41
Fatores Implicações
(Antecedentes e variáveis influenciadoras)
Importância
Probabilidade de ocorrência
Impacto (Positivo / negativo: efeitos,
resultados)
Investir na oferta desportiva de proximidade e que garanta uma acessibilidade real dos cidadãos à prática do desporto (p. 39); Promover mais e melhor desporto para mais cidadãos, começando a formação na escola, em parceria ativa com as autarquias (p. 39), combater a discriminação contra as crianças, jovens, adultos e idosos com deficiência ou incapacidade (p. 61), e garantir a igualdade de acesso às atividades desportivas sem discriminações sociais, físicas ou de género (p. 39). Medidas: Apoiar e divulgar projetos e iniciativas que promovam a generalização da atividade física e desporto, abrangendo a diversidade da população portuguesa…(p. 39); Articular a política desportiva com a escola, reforçando a educação física e a atividade desportiva nas escolas…(p. 39); Promover a qualificação dos técnicos e agentes que intervêm no desporto, aumentar a qualificação técnica dos treinadores…(p. 39); Implementar um programa de deteção de talentos…(p. 39); Melhorar a gestão do Centro Desportivo Nacional do Jamor, dos Centros de Alto Rendimento e das infraestruturas desportivas públicas, …(p. 40); Definir um novo quadro de compromisso … que melhore a afetação dos recursos provenientes do Orçamento do Estado, e pela fiscalidade, mecenato e fundos europeus aumente o investimento da iniciativa privada através da responsabilidade social empresarial (p. 40). Fonte: Grandes Opções do Plano para 2016 -2019, Lei n.º 7-B/2016, de 31 de março.
Acessibilidade real dos cidadãos à prática do desporto; começando na escola, em parceria com as autarquias; combater a discriminação contra pessoas com deficiência ou incapacidade; garantir a igualdade de acesso às atividades desportivas sem discriminações físicas; Formação e qualificação de treinadores, técnicos e dirigentes para o desporto para pessoas com deficiência; Conceção e implementação de um programa de identificação e seleção de talentos para as modalidades paralímpicas prioritárias IPC Tóquio 2020;
Crítico: aprofunda as possibilidades de prática desportiva às crianças e jovens com deficiência; pode garantir acessibilidades aos CAR; possibilidade de usufruir do programa de deteção de talentos e pode constituir condições mais atrativas para potenciais patrocinadores e outros financiadores.
Considerável probabilidade, pela necessidade de responder de forma satisfatória às necessidades das populações.
Positivo: Pode aumentar a base de crianças e jovens com deficiência que pratica desporto; Incentivar a apresentação e implementação de um programa nacional de iniciação à prática de desporto para crianças e jovens com deficiência; Melhorar as qualificações dos agentes que intervêm no desporto para pessoas com deficiência; Incentivar a apresentação e implementação de um programa nacional para qualificação de treinadores, técnicos e dirigentes que enquadram o desporto para pessoas com deficiência; Identificar e selecionar jovens com talento para as modalidades paralímpicas, prioritárias IPC Tóquio 2020.
Na UE a proporção de pessoas que praticam ou praticaram desporto regularmente ou com alguma regularidade é mais elevada na Finlândia (69%), na Suécia (67%) e na Dinamarca (63%). Menos propensos a praticar desporto encontra-se os cidadãos da Bulgária, Grécia e Portugal (em cada um destes países, 68% nunca praticam ou praticaram desporto), Special Eurobarometer 472, p.4. Na semana anterior à que foram inquiridos, 79% dos portugueses não fizeram nenhuma atividade física vigorosa. A proporção que praticou atividade física vigorosa, em pelo menos quatro dos últimos sete dias, foi de 7% em Portugal (Special Eurobarometer 472, p.19). Fonte: European Union (2018). Special Eurobarometer 472 - “Sport and physical activity”.
December 2017. ISBN 978-92-79-80242-3 doi:10.2766/483047.
A percentagem de pessoas que têm motivação para a atividade física e para o desporto é reduzida, tem mesmo diminuído nos últimos anos.
Crítico: é necessário um maior aprofundamento das razões que podem levar as pessoas a praticar mais desporto.
Certa: os últimos resultados atestam as limitações nacionais face aos valores anteriormente obtidos para o mesmo tipo de indicadores.
Negativo: As consequências para a saúde e bem estar das pessoas são gravosas.
Condições de acessibilidade a satisfazer no projeto e na construção de espaços públicos, equipamentos coletivos e edifícios públicos, incluindo em instalações desportivas, designadamente estádios, campos de jogos e pistas de atletismo, pavilhões e salas de desporto, piscinas e centros de condição física, incluindo ginásios e clubes de saúde. Fonte: Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de Agosto.
Cumpre à Inspeção-Geral da Administração do Território a fiscalização das instalações pertencentes à administração pública local. A não intervenção neste domínio pode contribuir para que não se cumpra o previsto em Lei relativamente à satisfação das
Crítico: inibe o acesso por insatisfação das condições de acessibilidade.
Elevada probabilidade de não cumprimento na íntegra do legislado.
Negativo: Se a fiscalização às instalações não ocorrer.
Elementos condicionantes do ambiente
42
condições de acessibilidade, com a manifesta perda para os cidadãos.
Tabela 4 – Fatores ambientais de natureza económica.
Fatores Implicações
(Antecedentes e variáveis influenciadoras)
Importância
Probabilidade de ocorrência
Impacto (Positivo / negativo: efeitos,
resultados)
O Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal, em termos homólogos, aumentou 2,8% em volume no 1.º trimestre de 2017 (2,0% no trimestre anterior). Resultado do maior contributo da procura externa líquida, pela aceleração das Exportações de Bens e Serviços. Depois de crescer 0,9 de 2013 para 2014, aumentou de 2014 para 2015 em 1,5% e a valor final de 2016 foi de 1,4%, menos 0,2 p.p. que o verificado no ano anterior. Fonte: INE (2017). Contas Nacionais Trimestrais, 31 maio 2017, p. 1.
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=281044417&DESTAQUESmodo=2 (Acedido em 01 de junho de 2017)
Crescimento económico embora com diminuição da procura interna.
Crítica: pode proporcionar economia com capacidade de gerar novos ou mais postos de trabalho.
Certa. Confirmada pelos dados existentes.
Positivo: Economia com capacidade de gerar mais apoios para a prática desportiva.
Rendimento médio mensal líquido da população empregada por conta de outrem aumentou 1,4% por ano de 2013 a 2016. Fonte: INE (2017). Contas Nacionais Trimestrais – Estimativa Rápida, p. 1 [https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=249869610&DESTAQUESmodo=2&xlang=pt]
Perceção de um clima económico positivo.
Crítica: pode oferecer mais poder de compra às famílias.
Certa. Confirmada pelos dados existentes.
Positivo: Capacidade das famílias em contribuírem mais para as despesas com a prática desportiva.
Despesas em atividades e equipamentos desportivos dos municípios portugueses de 2014 para 2015 aumento em 30 792 485€ o que representou uma diferença de 14%. Fonte: https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0008280&contexto=bd&selTab=tab2&xlang=pt, acedido a 22/09/2017 Gastos das Câmaras Municipais em atividades desportivas entre 2013 (176.808,1 milhares de euros) e 2015 (177.300,1 milhares de euros), o que representa um aumento de 0,2%. Fonte: https://www.pordata.pt/Portugal/Despesa+das+C%C3%A2maras+Municipais+em+cultura+e+desporto+total+e+por+dom%C3%ADnio+cultural+(2013+)-2755-236242 , acedido a 22/09/2017
Aumento do investimento em atividades e equipamento por parte dos municípios.
Crítica: maior verba disponibilizada para promoção de atividades e arranjo de instalações
Certa. Confirmada pelos dados existentes.
Positivo: Possibilidade de melhorar a qualidade das atividades desportivas mas também de renovação das instalações desportivas.
Uma minoria de 2,1% das empresas, cujo volume de negócios ultrapassou em 2012 os 5 M€, garante 67,7% da receita do Estado com o IRC . Fonte: Pordata. (2016). Receitas fiscais do Estado: total e por alguns tipos de impostos.www.pordata.pt
Reduzido número de empresas de grande dimensão.
Moderada: atrair apoios de maior volume financeiro pode estar comprometido.
Certa. Confirmada pelos dados existentes.
Negativo: O número de grandes empresas com elevada capacidade económica está a diminuir.
Taxa de desemprego da população ativa com idade entre 15 e 74 anos está em redução, diminuiu 7,5% de julho de 2013 a julho de 2017. Fonte: INE. (2016). Inquérito ao emprego. https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0007976&contexto=pi&selTab=tab0
Perceção de um clima económico positivo.
Crítica: famílias com melhores condições económicas.
Certa. Confirmada pelos dados existentes.
Positivo: Transmite maior segurança para as relações laborais e aumenta a possibilidade das pessoas investirem mais.
A Associação ZERO (Associação Sistema Terrestre Sustentável) anunciou as 44 praias ZERO poluição em Portugal em 2019 (7% do total das 608 zonas balneares em funcionamento), deste valor o Concelho de Torres Vedras tem 10 praias, ou seja 23% das praias do país consideradas de ZERO poluição. Fonte: Associação ZERO
https://zero.ong/44-praias-zero-poluicao-a-elite-das-aguas-balneares-em-termos-de-qualidade/ acedido em 15 de junho de 2019.
Significa que não foi detetada qualquer contaminação nas análises efetuadas às águas das praias ao longo das três últimas épocas balneares.
Moderada: na conjugação da qualidade das praias às atividade de mar, com maior importância para o surf
Certa. Confirmada pelos dados existentes.
Positivo: Pelo valor que pode ser associado à promoção do surf e outras atividades desportivas de mar.
Elementos condicionantes do ambiente
43
Subsídio por educação especial, 6.853 processos e 1.893 milhões de euros de benefícios, em Fevereiro de 2016, aumento de 3,4% em processos e 2,1% em valor. Fonte: INE. (2016). Boletim Mensal de Estatística, agosto 2016.
Maior cobertura de apoios sociais em número de pessoas e de valor investido.
Crítica: famílias com melhores condições económicas.
Certa. Confirmada pelos dados existentes.
Positivo: Capacidade das famílias em contribuírem mais para as despesas com a prática desportiva.
Tabela 5 – Análise do ambiente geral fatores de natureza social.
Fatores Implicações
(Antecedentes e variáveis influenciadoras)
Importância
Probabilidade de ocorrência
Impacto (Positivo / negativo: efeitos, resultados)
Segundo as Estimativas Provisórias da População Residente de 2015, o município de Torres Vedras apresenta uma taxa de crescimento efetivo anual de 0,1%. Fonte: INE. (2017). https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_princindic&menuBOUI=13707095&contexto=pi&selTab=tab0, acedido em 22/11/2018.
População residente em crescimento após verificação dos saldos de natalidade, óbitos, emigrantes e imigrantes.
Crítica: Implica adaptações na oferta de atividades e na disponibilidade de instalações desportivas.
Confirmada pelos dados existentes.
Negativo: A tendência é de diminuição da população.
Segundo a Pordata em 2001 o concelho de Torres Vedras contava com 4 260 pessoas portadoras de deficiência, valor mais elevado dos concelhos da zona oeste. “Cerca de 16% da população entre os 15 e os 64 anos tinham simultaneamente problemas de saúde prolongados e dificuldades na realização de atividades básicas” Fonte: “Saúde e Incapacidades em Portugal” p.3.
Existência de uma parte da população que necessita de atividades aplicadas á sua condição física.
Crítica: Necessidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas portadoras de deficiência.
Confirmada pelos dados existentes.
Positiva: Possibilidade de melhorar a qualidade de vida e inclusão social de pessoas portadoras de deficiência através da prática de atividade física adaptada.
20% da população do concelho de Torres Vedras tem mais de 65 anos, segundo as estimativas da População Residente de 2015 do INE. Fonte: INE. (2017). https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_princindic&menuBOUI=13707095&contexto=pi&selTab=tab0, acedido em 22/11/2018.
Boa parte da população envelhecida, oferta adequada de atividades e instalações.
Crítica: Boa parte da população envelhecida
Confirmada pelos dados existentes.
Positiva: Necessidade de criar programas e atividades que possibilitem aos idosos atividades ativas de forma a melhorar a saúde, bem-estar e a sua inclusão social.
O automóvel é o meio de transporte mais utilizado pela população nas deslocações casa-trabalho ou casa-estudo. Quase 62% da população, que diariamente se desloca para a realização das suas atividades, opta pelo automóvel, na condição de condutor ou passageiro, mais 16 pontos percentuais do que em 2001. Nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto essa percentagem é de 54,0% e 62,7%, respetivamente. O autocarro continuou a ser o transporte público mais utilizado pela população, mas a sua importância recuou cerca de 4 pp na última década. O tempo médio para chegar ao local de trabalho ou estudo era de 20 minutos, demorando mais de metade da população menos de 15 minutos. Nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto esse tempo médio era de 26,37 minutos para Lisboa e de 19,87 minutos para o Porto. Fonte: INE. (2017). https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_princindic&menuBOUI=13707095&contexto=pi&selTab=tab0, acedido em 22/11/2018.
Elevada valorização do transporte privado em detrimento do público, principalmente pela utilização do automóvel.
Moderada: Pode contribuir para a reduzida oferta de transportes de autocarro para as instalações desportivas.
Confirmada pelos dados existentes.
Negativo: Dificulta a quantidade e diversidade de transportes públicos, nomeadamente de autocarros que sejam facilitadores da acessibilidade a instalações desportivas.
O nível de escolaridade da população residente do concelho de Torres Vedras era: 9,6 % da população tinham um curso de ensino superior; 0,8% um curso pós-secundário, 13% um curso secundário, 56,8% tinha concluído o ensino básico (3.º ciclo) e 20% não tinha nível de escolaridade concluída. Fonte: INE. (2017). https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_princindic&menuBOUI=13707095&contexto=pi&selTab=tab0, acedido em 22/11/2018.
Percentagem da população do concelho com formação abaixo do 3.º ciclo.
Elevada: Necessidade de adaptação dos elementos de comunicação.
Confirmada pelos dados existentes.
Negativo: Menor valorização dos benefícios da atividade física e do desporto para a saúde e bem-estar dos munícipes.
O município de Torres Vedras tinha em 2016 um total de 13970 Elevado número de jovens a Elevada: Forma de Confirmada pelos dados Positivo: Jovens têm contacto
Elementos condicionantes do ambiente
44
jovens matriculados em escolas desde a educação pré-escolar até ao secundário. Fonte: INE. (2017). https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_princindic&menuBOUI=13707095&contexto=pi&selTab=tab0, acedido em 22/11/2018.
frequentar escolas do concelho. iniciar os jovens na prática desportiva e de lhes incutir um estilo de vida ativo.
existentes. com a atividade física na escola, através das aulas, atividades internas ou do Desporto Escolar.
Tabela 6 – Análise do ambiente geral fatores de natureza tecnológica.
Fatores Implicações
(Antecedentes e variáveis influenciadoras)
Importância
Probabilidade de ocorrência
Impacto (Positivo / negativo: efeitos,
resultados) Criação de ferramentas que incentivam a prática regular de atividade física e acompanhamento da evolução da performance do praticante pelo acesso a formatos digitais, acesso a redes de dados e ligação à internet. Fonte: http://www.brazilhealth.com/Visualizar/Artigo/1/Tecnologia-na-Pratica-de-Atividade-Fisica, acedido em 25/09/2017.
Impacto da tecnologia na prática de atividade física sendo uma forma de controlar a performance e até de obter prescrição de exercícios, planos de alimentação etc. Necessidade de adaptações tecnológicas das instalações desportivas para acesso às redes de wireless e internet.
Elevada: Como elemento estimulante para a prática de atividade física
Confirmada: Pela quantidade de apps e programas de apoio à atividade física já existentes.
Positivo: Estimula a prática de atividade física focando os praticantes nos seus objetivos e na evolução da sua performance.
Inovação nos wearables, roupas e utensílios tecnológicos que se colocam no corpo. Fonte: http://expresso.sapo.pt/economia/exame/2015-10-15-Como-a-tecnologia-invadiu-o-desporto, acedido em 22 de junho 2018
Maior suporte informacional biométrico em treinos e competições
Elevada: Pela introdução de melhorias nos resultados dos treinos e competições
Quase certa: a consultora Idate prevê que em 2018 serão vendidos 123 milhões, quando em 2014 foram vendidos apenas 20 milhões de unidades destes dispositivos.
Positivo: Suporte ao controlo das prestações treinos e competições.
Videojogos que permitem a prática desportiva virtual por parte de qualquer pessoa Fonte: http://expresso.sapo.pt/actualidade/videojogos-para-queimar-calorias=f500518, acedido em 23/09/2018
Criação de videojogos que recriam a prática de desporto e atividade física
Elevada: Pela disponibilização de vários desportos sem sair de casa
Confirmada: Algumas organizações desportivas já as utilizam para as suas atividades, ex. ginásios e FPF.
Negativo: Promove uma prática mais solitária, sem qualquer tipo de orientação ou prescrição o que pode levar a lesões e reduz a interação pessoal.
Aumento da popularidade e do número de jogadores que aderem aos E-sports Fonte: https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/tecnologias/detalhe/desportos_electronicos_sao_fenomeno_global_mas_em_portugal_ainda_estao_em_pause, acedido em 23/09/2018
Competições de videojogos são percecionadas como competições desportivas
Elevada pelo estímulo e contributo da CP nas fases de teste e resultados finais.
Confirmada pelos dados da Business Inside que indica que já há 70 milhões de jogadores por todo o mundo
Negativo: Apesar de estes videojogos serem vistos como competições desportivas promovem um estilo de vida sedentário.
Desenvolvimento tecnológico permite que pessoas portadoras de deficiência pratiquem determinadas atividades desportivas que até aqui não seriam possíveis. Fonte: http://observador.pt/2016/11/27/pessoas-com-deficiencia-vao-poder-praticar-desportos-de-neve-em-portugal/, acedido em 25/09/2019
Maior acesso de pessoas portadoras de deficiência a diferentes atividades físicas e desportivas
Crítica- Possibilidade de incluir as pessoas portadoras de deficiência em praticamente todas as atividades e programas.
Certa pelo vasto leque de equipamentos e atividades que permitem a inclusão de deficientes.
Positivo: Maior inclusão das pessoas portadoras de deficiência nas atividades desportivas melhorando assim a sua condição física e qualidade de vida.
Primeira Parte – Prática desportiva
46
II – Prática Desportiva dos 10 aos 14 anos
1 Nota introdutória Esta componente do estudo tem por objetivo caracterizar a procura e a
prática desportiva da população residente no território do concelho de Torres
Vedras com idades compreendidas entre os 10 e os 14 anos, que corresponde ao
grupo dos alunos que frequentam o 2.º e 3.º ciclo do ensino básico em escolas do
concelho.
Recolheu-se uma amostra significativa das opiniões, atitudes,
reivindicações e hábitos desportivos da população, que contribuem para um
diagnóstico estruturado da situação desportiva do concelho. Fornecendo
informação organizada acerca dos comportamentos e características da
participação desportiva da população, por sexo e por agrupamento de freguesias
com a finalidade de apoiar o processo de tomada de decisão relativo à conceção
das políticas, programas e projetos de desenvolvimento do desporto que, em
última análise, visam o aumento da participação da população em atividades
físicas e desportivas.
2 Metodologia
A população jovem corresponde ao número de alunos matriculados entre os
anos de escolaridade 5.º e 9.º, no ano letivo 2017-2018, nos estabelecimentos de
ensino do concelho é de 4.772 jovens (CMTV, 2018).
A amostra foi obtida do universo de 4.772 jovens, selecionados com base no
método de estratificação por ano de estudos e proporcionalidade em função da
escola frequentada. O tamanho da amostra foi de 578 jovens, o que corresponde
a um erro de amostragem inferior a 4%, para uma probabilidade de erro <0,05. A
matriz de seleção ou desenho da amostra reproduziu a estrutura por ano de
estudos da população jovem que frequenta os estabelecimentos de ensino no
território do concelho de Torres Vedras.
A técnica de recolha de informação foi o inquérito sociográfico, através de
preenchimento online. Foi obtida a cooperação dos diretores das escolas, sendo
os questionários aplicados aos alunos das turmas, em sala de aula, pelos
professores de Educação Física, aos quais foi entregue um guia com instruções
Primeira Parte – Prática desportiva
47
para aplicação. A recolha dos dados realizou-se entre 2 de março e 27 de maio
de 2018.
O instrumento de recolha da informação foi o questionário construído para o
estudo designado Inquérito dos Hábitos Desportivos da População Jovem,
registado e aprovado pela Direção Geral de Educação, em 13-11-2017, sob o n.º
0598500002.
O objetivo do questionário foi analisar o comportamento da população jovem
face ao desporto, no que respeita às seguintes dimensões: caracterização da
prática desportiva no desporto escolar; caracterização da prática desportiva fora
da escola: atividades praticadas, regularidade, transporte utilizado e tempo de
deslocação, participação em competições, sociabilidades; razões da prática
desportiva e razões da não prática desportiva; intenção futura de praticar
atividade física e desportiva; atividades pretendidas; frequência de instalações e
espaços naturais do concelho; acesso à informação sobre o desporto no
concelho; notoriedade dos programas desportivos do concelho; assistência a
espetáculos desportivos e modalidades; opinião sobre a organização do desporto
no concelho e obstáculos e sugestões para a melhoria atividade física e
desportiva no concelho.
A amostra foi constituída sensivelmente pelo mesmo número de raparigas
(52,9%) e de rapazes (47,1%). Integrou 26,8% de alunos com idades entre os 10 e
12 anos que correspondem ao 2.º ciclo (5.º e 6.º anos) e 73,2% de alunos com
idades entre os 13 e 15 anos que correspondem ao 3.º ciclo do ensino básico (7.º,
8.º e 9.º anos). O número de pessoas do agregado familiar variou entre 2 e 10,
sendo a média de 3,96 pessoas por agregado familiar. Agregados familiares
compostos por 4 pessoas foi a situação mais frequente (36,5%), seguindo de 3
pessoas (23,2%) e duas pessoas (5,2%), conforme tabela 11.
Primeira Parte – Prática desportiva
48
Tabela 7 - Caracterização da amostra.
Torres Vedras
4.772 jovens (5.º - 9.º ano): População
578 jovens (5.º - 9.º ano): Amostra
Sexo
Raparigas 52,9%
Rapazes 47,1%
Ano (Idades)
5.º - 6.º ano (10-12 anos) 26,8%
7.º - 9.º ano (13-15 anos) 73,2%
Agrupamentos de escolas
Agrupamento de Escolas de São Gonçalo 5,4%
Agrupamento de Escolas Henriques Nogueira 30,4%
Agrupamento de Escolas Madeira Torres 19,6%
Agrupamento de Escolas Padre Vítor Melícias 32,7%
Externato de Penafirme 11,9%
N.º de pessoas do agregado familiar
2 5,2%
3 23,2%
4 36,5%
5 10,9%
6 3,6%
7-8 1,6%
9-10 1,2%
NR 17,8%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q1, Q2, Q4; Q48.
O nível de escolaridade dos pais dos inquiridos foi maioritariamente o
secundário (11.º/12.º Ano), 24,9% para as mães e 18,5% para os pais. Sucede-se a
formação superior para as mães (21,6%) e 15,9% para os pais. Cerca de um
quinto dos pais (19,2%) e 15,1% das mães não possuem o Ensino Básico (9.º ano)
completo. A maioria dos pais (71,3%) e mães (63,5%) têm a condição de “É
trabalhador(a), trabalha numa atividade remunerada”. A situação de
desemprego e doméstica(o) é superior nas mães, conforme expresso na tabela
12.
Primeira Parte – Prática desportiva
49
Tabela 8 - Caracterização das habilitações literárias e situação profissional da amostra.
Habilitações Literárias Mãe Pai
Não possui o Ensino Básico (9.º ano) completo 15,1% 19,2%
Ensino Básico (9.º ano) completo 13,3% 20,2%
Ensino Secundário (11.º/12.º Ano) completo 24,9% 18,5%
Licenciatura 13,5% 8,5%
Mestrado / Doutoramento 8,1% 7,4%
NR 25,1% 26,1%
Situação Profissional
É trabalhador(a), trabalha numa atividade
remunerada 63,5% 71,3%
É doméstica(o) 8,7% 1,7%
Está atualmente desempregada(o) 5,2% 2,8%
É reformada(o), aposentada(o) 1,0% 0,9%
É estudante 0,5% 0,2%
NR 21,1% 23,2%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q46, Q47.
Primeira Parte – Prática desportiva
50
3 Resultados
3.1 Prática desportiva no âmbito do Desporto Escolar
A prática de atividade física e desportiva no âmbito do desporto escolar, ao
nível da atividade interna, é realizada por 42,9% dos jovens inquiridos. Esta
situação evidencia um índice de participação desportiva no desporto escolar de
42,9%. Pelo contrário, 57,1% dos jovens afirmaram não participar em atividades
físicas desportivas na escola, para além da disciplina obrigatória de Educação
Física, conforme gráfico seguinte.
A regularidade da prática na atividade interna é reduzida, 65,5% dos jovens
(28,1% dos praticantes) realizam a prática na atividade interna 2 a 3 x por período
escolar ou menos. A prática mais regular (2 ou mais x por mês) abrange um
segmento reduzido (9,0%) de jovens que corresponde a 20,9% dos praticantes.
Gráfico 1 - Regularidade da prática desportiva do desporto escolar – atividade interna.
1 x por ano 5,7%
1 x por mês 4,0%
2 a 3 x por ano 11,8%
2 ou mais x por mês 9,0%
2 x por período escolar10,6%
NR 1,9%
Não pratica no desporto escolar 57,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q5.
A prática de atividades físicas desportivas é ligeiramente superior nos
rapazes do que nas raparigas, sendo essa diferença superior quando a
regularidade da prática aumenta: “2 ou mais x por mês” os rapazes expressaram
11,0% e as raparigas 7,2%, conforme tabela seguinte.
Primeira Parte – Prática desportiva
51
Tabela 9 - Prática desportiva do desporto escolar - atividade interna.
Pratica no desporto escolar
1 vez /ano 2 a 3 x por
ano
2 x por período escolar
1 x por mês
2 ou mais x por mês
NR
Não pratica no desporto escolar
Torres Vedras 42,9% 5,7% 11,8% 10,6% 4,0% 9,0% 1,9% 57,1%
Sexo
Raparigas 40,2% 6,5% 11,1% 12,1% 3,3% 7,2% 2,3% 59,8%
Rapazes 41,9% 4,8% 12,5% 8,8% 4,8% 11,0% 1,5% 58,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q1, Q5.
A atividade realizada ao nível do grupo equipa revela que a participação dos
jovens do concelho é de 29,1%. Ou seja, 70,9% dos jovens do concelho não
participam neste tipo de atividades da escola, conforme gráfico seguinte.
Gráfico 2 - Regularidade da prática desportiva do desporto escolar – grupo equipa.
1 x por ano 5,7%
1 x por semana 8,1%
2 a 3 x por semana 13,7%
4 a 5 x por semana 3,8%
NR 0,5%
Não pratica no desporto escolar 70,9%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q8.
A regularidade da prática de desporto escolar evidencia que 17,5% dos
jovens praticantes realiza atividade do grupo equipa pelo menos 2 a 3 vezes por
semana ou mais. Pela negativa, 81,9% dos jovens não realiza qualquer prática no
grupo equipa / externa ou realiza 1 x por semana ou menos.
A prática de atividades físicas desportivas é ligeiramente superior nos
rapazes (30,9%) do que nas raparigas (27,5%), quando se observa a frequência da
prática as diferenças são marginais, conforme tabela seguinte.
Primeira Parte – Prática desportiva
52
Tabela 10 - Prática desportiva do desporto escolar - grupo equipa / externa.
Pratica no desporto escolar
Menos de 1 x por semana
1 x por semana
2 a 3 x por semana
4 a 5 x por semana
NR
Não pratica no desporto escolar
Torres Vedras 29,1% 2,9% 8,1% 13,7% 3,8% 0,5% 70,9%
Sexo
Raparigas 27,5% 2,6% 7,2% 13,7% 3,6% 0,3% 72,5%
Rapazes 30,9% 3,3% 9,2% 13,6% 4,0% 0,7% 69,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q1, Q8.
As modalidades mais praticadas no grupo/ equipa de desporto escolar
pelos jovens são o voleibol e o badminton, sendo referidas por 23,2% e 13,4% dos
jovens, respetivamente. Em terceiro lugar, surge o ténis de mesa com 10,4%.
Futsal, golfe e atletismo são as seguintes modalidades mais praticadas, conforme
gráfico seguinte.
Para além das modalidades apresentadas no gráfico, sucedem-se mais 6
modalidades com valores superiores a 2%: btt, andebol, desportos gímnicos,
multiatividades de exploração da natureza, basquetebol e natação.
Gráfico 3- Atividades físicas e desportivas mais praticadas no desporto escolar
31,7%
5,5%
6,7%
9,1%
10,4%
13,4%
23,2%
Outras
Atletismo
Golfe
Futsal
Ténis de mesa
Badminton
Voleibol
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q7.
Entre as raparigas, o voleibol (38,3%) surge de forma destacada como a
modalidade mais praticada, seguido pelo badminton (13,4%). Os rapazes
praticam sobretudo o ténis de mesa (19,3%) e o futsal (16,9%), conforme tabela
seguinte.
Primeira Parte – Prática desportiva
53
Tabela 11 - Prática desportiva do desporto escolar - grupo equipa/ atividade externa.
Modalidades
Torres Vedras Voleibol (23,2%) Badminton (13,4%) Ténis de Mesa (10,4%) Futsal (9,1%)
Sexo
Raparigas Voleibol (38,3%) Badminton (12,3%) Golfe (7,4%) Desportos Gímnicos
(7,4%)
Rapazes Ténis de Mesa (19,3%) Futsal (16,9%) Badminton (14,5%) Voleibol (8,3%)
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q7.
3.2 Prática desportiva fora da escola
Fora da escola (fora do horário escolar), a prática de atividade física e
desportiva de uma forma organizada (numa entidade/ clube e sob a supervisão
de uma pessoa, treinador / monitor) é realizada por 47,1% dos jovens inquiridos.
Este resultado expressa um índice de participação desportiva de 47,1%. Pelo
contrário, cerca de metade (52,9%) dos jovens afirmaram não participar em
atividades desportivas fora da escola de uma forma organizada.
Fora da escola, por sua conta, de forma livre (sem ser numa entidade /
clube e sem supervisão de uma pessoa, treinador / monitor), a prática de
atividade física e desporto é realizada por 50,7% dos jovens inquiridos.
Tabela 12 - Prática desportiva fora da escola.
Numa entidade / clube e sob a supervisão de
uma pessoa, treinador / monitor
De forma livre (sem ser numa entidade / clube e sem supervisão de uma pessoa, treinador /
monitor
Torres Vedras 47,1% 50,7%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q11, Q15.
Acresce referir que 29,0% dos jovens não participa nas atividades do
desporto escolar e também não pratica atividade física e desportiva fora da
escola (numa entidade / clube e sob a supervisão de uma pessoa, treinador /
monitor) situação que manifesta uma ausência de prática de atividade física e
desportiva, para além da disciplina escolar obrigatória de Educação Física.
A prática de atividades desportivas é superior nos rapazes (49,6%) em
relação às raparigas (44,4%), conforme tabela seguinte. A taxa de feminização da
prática do desporto fora da escola de uma forma organizada é de 47,3%.
Primeira Parte – Prática desportiva
54
Tabela 13 – Frequência da prática desportiva fora da escola.
Pratica fora da escola
Menos de 1 x por semana
1 x por semana
2 a 3 x por semana
4 a 5 x por semana
NR
Não pratica fora da escola
Torres Vedras 47,1% 1,2% 10,7% 25,4% 9,5% 0,2% 53,1%
Sexo
Raparigas 44,4% 0,7% 10,5% 23,9% 9,5% 0,0% 55,6%
Rapazes 49,6% 1,8% 11,0% 27,2% 9,6% 1,4% 50,4%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q1, Q11.
A regularidade da prática de atividade física e desportiva fora da escola
evidencia que a maioria dos jovens (34,9% dos praticantes fora da escola) realiza
atividades pelo menos 2 a 3 vezes por semana ou mais. Enquanto, 11,9% realiza
prática física fora da escola com um regime de frequência de 1 x por semana ou
menos, conforme tabela anterior e gráfico seguinte.
Gráfico 4- Regularidade da prática de atividade física e desportiva fora da escola.
1 x por ano 5,7%
1 x por semana 10,7%
2 a 3 x por semana 25,4%
4 a 5 x por semana 9,5%
NR 0,2%
Não pratica fora da escola 53,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q1, Q11.
As atividades físicas e desportivas que os jovens praticam
predominantemente fora da escola são: futebol (16,3%), natação (13,9%),
danças/ ballet (12,2%), btt e ciclismo (8,1%), aulas de grupo/ fitness (6,0%),
artes marciais e de combate (5,7%) - aikido, jiu-jitsu, judo, karaté, krav maga,
taekwondo – ginástica/ trampolins (5,7%), basquetebol (4,3%) e futsal (4,3%).
Para além das modalidades apresentadas no gráfico, sucedem-se 20
modalidades na categoria designada de “outras” (25,1%), das quais são referidas
Primeira Parte – Prática desportiva
55
com valores entre 3,6% e 2,2% as seguintes: equitação (3,6), atletismo (3,3%) e
voleibol (2,6%) e hóquei em patins (2,2%).
Gráfico 5 - Atividades físicas e desportivas mais praticadas fora da escola.
25,1%
4,1%
4,3%
4,3%
5,7%
6,0%
8,1%
12,2%
13,9%
16,3%
Outras
Ginástica /Trampolins
Basquetebol
Futsal
Artes Marciais e deCombate (Aikido,
Jiu-Jitsu, Judo,…
Aulas de grupo(fitness)
Btt e ciclismo
Danças / Ballet
Natação
Futebol
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q10.
As raparigas afirmaram praticar danças/ ballet com 22,4% de referências,
natação (14,8%) e aulas de grupo/ fitness (10,4%). Os rapazes manifestaram
praticar futebol (25,4%), natação (12,5%) e btt e ciclismo (10,5%), conforme
expresso na tabela.
Tabela 14 - Atividades físicas e desportivas mais praticadas fora da escola.
1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª
Torres Vedras Futebol (16,3%) Natação (13,9%) Danças / Ballet (12,2%) Btt e ciclismo
(8,1%) Aulas de grupo (fitness) (6,0%)
Sexo
Raparigas Danças / Ballet
(22,4%) Natação (14,8%)
Aulas de grupo (fitness) (10,4%)
Ginástica / Trampolins (8,2%)
Equitação (6,6%)
Rapazes Futebol (25,4% Natação (12,5%) Btt e ciclismo (10,5%)
Artes Marciais e de Combate (Aikido, Jiu-Jitsu, Judo,
Karaté, Krav Maga, Taekwondo)
(9,3%)
Futsal (7,3%)
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q10.
Primeira Parte – Prática desportiva
56
Da maioria dos jovens inquiridos, 29,6% pratica a modalidade desportiva
principal há mais de 6 anos. No entanto, 21,9% iniciou a prática há menos de um
ano. No segmento dos jovens com idade entre 10 e 12 anos a maioria manifestou
que iniciou a prática entre 3 e 6 anos (29,4%). Comparando os dois segmentos,
49% dos jovens com 10-12 de idade iniciou a prática há menos de 2 anos,
enquanto no segmento dos 13-15 anos o valor foi de 41,1%. Nos jovens com idade
entre 13 e 15 anos, a maior percentagem iniciou a prática da modalidade
principal há mais de 6 anos (31,5%), conforme tabela e gráfico seguinte.
Tabela 15 – Anos de prática da modalidade desportiva.
Há menos de 1 ano Entre 1 e 2 anos Entre 3 e 6 anos Há mais de 6 anos
Torres Vedras 21,9% 20,7% 27,8% 29,6%
Sexo
10 - 12 anos 23,5% 25,5% 29,4% 21,6%
13 - 14 anos 21,5% 19,6% 27,4% 31,5%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q12.
Gráfico 6 - Anos de prática da modalidade desportiva, por idade.
Há menos de 1 ano23,5%
Há menos de 1 ano21,5%
Entre 1 e 2 anos25,5% Entre 1 e 2 anos
19,6%
Entre 3 e 6 anos29,4%
Entre 3 e 6 anos27,4%
Há mais de 6 anos21,6% Há mais de 6 anos
31,5%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
10-12 anos 13-15 anos
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q12.
Primeira Parte – Prática desportiva
57
3.2.1 Deslocações para o local da prática
Na maioria das vezes, o meio de transporte que os jovens utilizam para
realizarem a deslocação para o local da prática desportiva é o carro (54,7%),
seguido de a pé (25,1%), de autocarro/ transportes públicos (9,7%) e de bicicleta
(7,3%), conforme tabela seguinte.
Tabela 16 – Meio de transporte para o local da prática de atividade física e desportiva.
Meio de transporte
Carro 54,7%
A pé 25,1%
Autocarro (transportes públicos) 9,7%
Bicicleta 7,3%
Mota 1,7%
Carrinha da equipa / clube 1,1%
Skate 0,4%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q32.
Mais de metade (54,0%) dos jovens demoram em média, menos de 10
minutos a chegar ao local da prática desportiva e 36,3% demoram entre 10 e 30
minutos, conforme tabela seguinte.
Tabela 17 – Tempo de deslocação para o local da prática de atividade física e desportiva.
Tempo
Menos de 10 minutos 54,0%
De 10 a 30 minutos 36,3%
De 31 a 60 minutos 5,5%
Mais de 1 hora 4,2%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q32.
O modo de deslocação de carro é utilizado para deslocações que demoram
menos de 10 minutos e a bicicleta é apenas utilizada por 8,9% dos jovens para
realizar deslocações inferiores a 10 minutos, contrariamente aos percursos que
demoram mais tempo, conforme gráfico seguinte.
Primeira Parte – Prática desportiva
58
Gráfico 7 - Meio de transporte e tempo de deslocação para o local da prática de atividade física e desportiva.
A pé 34,0%
A pé 15,7%
A pé 4,0%
A pé 29,4%
Autocarro 6,8%
Autocarro 9,4%
Autocarro 20,0%
Autocarro 11,8%
Bicicleta 8,9%
Bicicleta 3,1%
Bicicleta 16,0%
Bicicleta 11,8%
Carro 48,1%
Carro 68,6%
Carro 52,0%
Carro 41,2%
Mota 0,9% Mota 1,3%Mota 4,0%
Mota 5,9%
Carrinha clube 0,6%
Carrinha clube 4,0%
Carrinha clube 1,3%
Skate 1,3%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Menos de 10 minutos De 10 a 30 minutos De 31 a 60 minutos Mais de 1 hora
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q32.
3.2.2 Razões para a prática de atividades físicas e desportivas fora do
concelho
As três razões principais que levam os jovens a praticar atividades físicas
e desportivas em clubes e entidades fora do concelho de Torres Vedras foram as
seguintes: em primeiro lugar, “Porque existe disponibilidade de instalações
desportivas” (69,6% de referências concordo e concordo totalmente), em
segundo, “Porque as instalações desportivas têm melhor qualidade” (50,9%) e
em terceiro lugar, “Porque é lá que existem espaços naturais para a prática”
(49,6%), conforme exposto na tabela seguinte.
Tabela 18 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas fora do concelho.
Razões Discordo
Totalmente Discordo
Não Discordo,
nem concordo
Concordo Concordo
Totalmente
Porque é lá que existem espaços naturais para a prática
12,8% 9,6% 28,0% 33,6% 16,0%
Porque existe disponibilidade de instalações desportivas
26,2% 9,0% 19,7% 43,4% 26,2%
Porque as instalações desportivas têm melhor qualidade
5,7% 5,7% 37,7% 32,0% 18,9%
Porque a modalidade desportiva não existe aqui
23,1% 19,0% 20,7% 19,8% 17,4%
Porque os amigos vão 23,5% 15,1% 30,3% 21,0% 10,1%
Primeira Parte – Prática desportiva
59
Porque os meus pais me levam 15,6% 12,3% 30,3% 27,9% 13,9%
Por não estar satisfeito com o treinador(a) 40,8% 15,8% 25,0% 13,3% 5,0%
Outra razão: Proximidade da minha casa
5,8%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q14.
3.2.3 Agentes de sociabilização
A maioria dos jovens que realiza prática de atividade física e desportiva
desenvolve a sua prática “Com amigos” (33,9%) e “Sozinho” (18,1%). Praticar
atividade física e desportiva com os pais foi a opção escolhida por 10,1% dos
jovens praticantes, conforme tabela seguinte.
Tabela 19 - Agentes de sociabilização na prática de atividade física e desportiva.
Com amigos(as) Sozinho Com outras
pessoas Com a equipa
Com os pais Com irmãos Com outros familiares
33,9% 18,1% 13,0% 11,6% 10,1% 9,7% 3,6%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q18.
3.3 Utilização e apreciação das instalações desportivas e espaços
naturais
Fora da escola, desde janeiro de 2017, as instalações desportivas/ espaços
naturais no concelho de Torres Vedras para a prática de atividades desportivas
foram utilizadas por 49,0% dos jovens inquiridos. A opção “Não” foi indicada por
51,0% dos jovens inquiridos.
Tabela 20 – Utilização de instalações desportivas e espaços naturais. Fora da escola utilizaste instalações desportivas / espaços naturais no concelho de
Torres Vedras para a prática de atividades desportivas?
Não Sim
51,0% 49,0%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q19.
As instalações desportivas/ espaços naturais do concelho mais frequentadas
foram os “Parques Verdes das Freguesias/ Circuitos de manutenção” referidos por
23,9% dos jovens, sucede-se a “Física de Torres Vedras” (12,4%) e os “Ginásios” e
“Praia/ Mar”, ambos com 10,6%, conforme tabela seguinte.
Tabela 21 - Instalações desportivas / espaços naturais do concelho mais frequentadas.
Instalação desportiva / espaço natural
Parques Verdes das Freguesias / Circuitos de manutenção
23,9% Avenida do Atlântico (marginal em Santa Cruz)
2,1%
Física de Torres Vedras 12,4% Piscinas da Física de Torres Vedras 2,1%
Ginásios 10,6% Piscinas de A-dos-Cunhados 2,1%
Praia / Mar 10,6% Sporting Clube de Torres 1,8%
Parque Verde da Várzea 9,7% Pista de Atletismo (Paul) 1,5%
Campos de futebol de relva sintética (por todo o concelho)
7,3% Choupal 1,5%
Sport Clube União Torreense 6,3% Ecopista do Sizandro 0,6%
Percursos Pedestres Sinalizados 3,9% Parque Verde da Ponte do Rol 0,6%
Pavilhões desportivos das associações e escolas 2,7% Paisagem Protegida Local da Serra da Archeira e Socorro
0,3%
Primeira Parte – Prática desportiva
60
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q20.
A frequência de utilização, desde Janeiro 2017, das instalações
desportivas/ espaços naturais referidos por 42,0% dos jovens é 2 x por semana ou
mais. Recorda-se que certos espaços de prática são utilizados com uma
frequência reduzida – só nas férias e 1 x por mês – para 39,5% dos jovens,
conforme expresso na tabela seguinte.
Tabela 22 - Frequência de utilização das instalações desportivas / espaços naturais.
Só nas férias 1 x por mês Cerca de 15 em 15 dias 1 x por semana
2 a 3 x por semana
4 a 5 x por semana ou mais
24,3% 15,2% 6,2% 12,3% 31,3% 10,7%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q21.
A grande maioria dos jovens refere que “Gosta” (39,4%) ou “Gosta Muito”
(56,8%) dos espaços de prática/ instalações desportivas que frequenta com maior
regularidade, conforme tabela seguinte.
Tabela 23 - Apreciação das instalações desportivas / espaços naturais.
Grau de Satisfação Global
Não gosto nada Não gosto Gosto Gosto Muito
1,2% 2,5% 39,4% 56,8%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q22.
3.4 Desporto de competição
A maioria dos jovens inquiridos, nas atividades desportivas que pratica
referiu que gosta de competições (79,0%) e 21,0% não gosta de competições.
Tabela 24 – Gosto pelas competições.
Não Sim
21,0% 79,0%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q23.
A participação em competições é referida por 55,2% dos jovens, enquanto
44,8% referiu que não costuma participar em competições, conforme tabela
seguinte.
Tabela 25 – Participação em competições.
Não Sim
44,8% 55,2%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q24.
As competições desenvolvidas na escola são as que apresentam uma
frequência mais reduzida, “Menos de 1 x por mês”, 58,8% dos jovens referiu
competições com outras turmas da escola e 59,5% expressou competições com
outras escolas. As competições que apresentam maior regularidade são as
federadas realizadas fora da escola, desenvolvem-se 1 a 2 x por semana para
Primeira Parte – Prática desportiva
61
38,9% dos jovens. Os campeonatos municipais ou provas desportivas municipais
são também desenvolvidos com essa regularidade por 36,1% dos jovens, conforme
exposto na tabela seguinte.
Tabela 26 – Frequência das competições.
Âmbito das competições Menos de 1 x por mês
1 a 3 x por mês
1 x por semana
2 x por semana
Na escola, em competições com outras turmas da minha escola
58,0% 23,2% 8,7% 10,1%
Na escola, em competições com outras escolas 59,5% 26,2% 6,3% 7,9%
Fora da escola, em campeonatos municipais ou provas desportivas municipais
38,7% 25,2% 28,6% 7,6%
Em competições federadas 39,8% 21,2% 27,4% 11,5%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q25.
Primeira Parte – Prática desportiva
62
3.5 Razões para praticar atividades físicas e desportivas
Conhecer os motivos que levam a população jovem a realizar atividade
física e desportiva, permite compreender a continuidade, o abandono e
melhorar a oferta atual. De acordo com a categorização de Fernández & Solá
(2001), os motivos de realização de prática atividade física e desportiva podem
agrupar-se em três dimensões: a) Motivos de afiliação; b) Motivos de saúde, e c)
Motivos de aprovação social e demonstração de capacidade.
Tabela 27 – Razões para a prática de atividade física e desportiva.
Motivos Indicadores
Motivos de afiliação Porque gosto de desporto Porque os meus pais aconselharam-me Porque o desporto permite-me fazer novos amigos Porque os meus amigos também praticam desporto Porque o desporto permite divertir-me
Motivos de saúde Por recomendação médica Porque o desporto permite-me estar em forma
Motivos de aprovação social e demonstração de capacidade
Porque quero ser um desportista profissional Porque quero melhorar a aparência física Porque sou bom a praticar desporto
Fonte: Adaptado de Fernández & Solá (2001).
As principais razões consideradas para os jovens praticarem atividade física
e desportiva, considerando a diferença entre as respostas discordantes e
concordantes, foram as seguintes: em primeiro lugar, “Porque o desporto permite
divertir-me” (2,5% vs. 93,8%); em segundo lugar, “Porque gosto de desporto”
(3,1% vs. 92,5%) (nos dois casos motivos de afiliação) e, em terceiro lugar,
“Porque o desporto permite-me estar em forma” (4,3% vs. 85,7%), neste caso
motivo de aprovação social e demonstração de capacidade. Destaca-se que a
razão associada a uma carreira profissional no desporto recebeu 54,7% de
concordância para a prática de atividade física e desportiva (dentro do motivo de
aprovação social e demonstração de capacidade).
Primeira Parte – Prática desportiva
63
Gráfico 8 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, por dimensão.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Por
que
o de
spor
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ort
ista
pro
fiss
ion
al
Afiliação Saúde Aprov. social e dem. capac.
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q29.
As três razões consideradas menos relevantes para praticar atividade física e
desportiva foram: “Por recomendação médica”, “Porque os meus pais
aconselharam-me” e “Porque os meus amigos também praticam desporto”,
conforme tabela seguinte.
Tabela 28 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas.
Discordo
Totalmente Discordo
Não discordo, nem concordo
Concordo Concordo
Totalmente
Porque o desporto permite divertir-me 0,6% 1,9% 3,8% 22,5% 71,3%
Porque gosto de desporto 1,9% 1,3% 4,4% 23,8% 68,8%
Porque o desporto permite-me estar em forma 1,2% 3,1% 9,9% 33,5% 52,2%
Porque o desporto permite-me fazer novos amigos 1,9% 1,9% 14,9% 31,7% 49,7%
Porque sou bom a praticar desporto 3,1% 1,3% 19,5% 38,4% 37,7%
Porque quero melhorar a aparência física 3,8% 7,5% 22,6% 30,8% 35,2%
Porque quero ser um desportista profissional 8,7% 11,8% 24,8% 27,3% 27,3%
Porque os meus pais aconselharam-me 16,3% 13,1% 27,5% 27,5% 15,6%
Porque os meus amigos também praticam desporto
12,4% 22,4% 32,3% 16,8% 16,1%
Por recomendação médica 34,0% 18,2% 22,0% 13,8% 11,9%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q29.
Primeira Parte – Prática desportiva
64
3.6 Razões para não praticar atividades físicas e desportivas
As principais razões consideradas, para os jovens não praticantes
desportivos, não praticarem atividade física e desportiva (considerando a
diferença entre as respostas discordantes e concordantes) foram: em primeiro
lugar, “Porque faltam atividades adequadas às minhas preferências” (45,1% vs.
25,4%); em segundo, “Porque não gosto de fazer desporto” (49,4% vs. 24,1%) e,
em terceiro lugar, “Porque não existem infraestruturas perto do sítio onde moro”
(51,5% vs. 22,8%). As três razões consideradas menos impeditivas para praticar
atividade física e desportiva foram: “Porque os meus amigos não praticam
desporto”, “Porque tenho uma doença ou lesão” e “Porque fico cansado/
fatigado”, conforme tabela seguinte.
Tabela 29 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas.
Discordo
Totalmente Discordo
Não discordo,
nem concordo
Concordo Concordo
Totalmente
Porque faltam atividades adequadas às minhas preferências 23,1% 22,0% 29,5% 21,4% 4,0%
Porque não gosto de fazer desporto 24,7% 24,7% 26,4% 19,0% 5,2%
Porque não existem infraestruturas perto do sítio onde moro 28,1% 23,4% 25,7% 17,5% 5,3%
Porque os meus pais têm falta de tempo 24,1% 25,9% 31,0% 14,4% 4,6%
Porque fico cansado / fatigado 28,3% 25,4% 25,4% 16,2% 4,6%
Porque tenho uma doença ou lesão 46,8% 14,6% 11,1% 21,1% 6,4%
Porque é muito dispendioso 28,0% 25,1% 33,1% 12,6% 1,1%
Porque os meus amigos não praticam desporto 52,0% 24,9% 17,9% 4,0% 1,2%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q26.
Primeira Parte – Prática desportiva
65
3.7 Agentes de incentivo para prática de atividade física e
desportiva
Os hábitos desportivos dos jovens são construídos com base num conjunto
de fatores contextuais em que diferentes agentes desempenham um papel
relevante. As influências exercidas são diferenciadas no incentivo que realizam
sobre os jovens para a prática de atividade física e desportiva nos tempos livres.
Com maior registo de frequência no incentivo à prática surgem: o pai e a
mãe, 39,9% e 39,0%, respetivamente. Porém, o pai, para 21,4% dos jovens,
raramente ou nunca incentiva à prática de atividade física e desportiva, conforme
tabela seguinte.
Tabela 30 - Agentes de incentivo para prática de atividade física e desportiva. Nunca Raramente Por vezes Frequentemente Sempre
Mãe 8,1% 7,9% 24,0% 21,0% 39,0%
Pai 10,8% 10,6% 20,2% 18,6% 39,9%
Irmã(s) / irmão(s) 30,6% 9,5% 16,0% 17,1% 26,8%
Amiga(s)/ amigo(s) 15,4% 12,8% 22,8% 21,8% 27,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q30.
A família (por família entende-se as pessoas que moram na mesma casa que
que o jovem) é um modelo de referência para os jovens em idade escolar,
especialmente nas primeiras idades. Existir uma cultura de atividade física e
desportiva na família, expressa no indicador em que algum membro pratique
atividade física, é um fator influente na prática desportiva do jovem. Dessa
forma, observa-se que dos jovens que realizam atividade física e desportiva fora
da escola, em 74% dos casos, são provenientes de famílias em que alguma pessoa
realiza atividade física e desportiva, conforme gráfico seguinte.
Primeira Parte – Prática desportiva
66
Gráfico 9 – Prática de atividades físicas e desportivas, por tipo de agregado familiar.
Pessoas que vivem em casa e não praticam
ativ. física 26,0%
Pessoas que vivem em casa
e praticam
ativ. física 74,0%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q31, Q9.
Por outro lado, nas famílias em que nenhum membro realiza atividade
física e desportiva a prática desportiva dos jovens é de 37,4%, conforme tabela
seguinte.
Tabela 31 – Tipo de agregado familiar e prática de atividade física e desportiva. Pessoas que em casa praticam atividade física e desportiva, pelo menos 1 vez por semana
Não pratica fora da escola
Pratica fora da escola
Nenhuma 62,6% 37,4%
Alguma 45,7% 54,3%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q31, Q9.
3.8 Participação futura em atividades físicas e desportivas
A intenção futura de prática de atividades físicas e desportivas, no período
de tempo de 5 anos, evidencia que para 60,3% dos jovens, não praticantes, o
desporto fará parte do seu futuro. No entanto, 39,7% dos jovens afirmaram “Não
saber” e “Não” à intenção de prática atividade física e desportiva. As raparigas
(63,6%) evidenciaram uma intenção de prática desportiva futura superior à dos
rapazes (54,4%), conforme evidencia a tabela seguinte.
Tabela 32 – Prática futura de atividades físicas e desportivas.
Não, certamente Não, provavelmente Não sei Sim,
Provavelmente Sim, certamente
Torres Vedras 3,2% 5,3% 31,2% 36,5% 23,8%
Sexo
Raparigas 5,0% 2,5% 28,9% 37,2% 26,4%
Rapazes 0,0% 10,3% 35,3% 35,3% 19,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q27.
Primeira Parte – Prática desportiva
67
Na amostra de inquiridos, os valores encontrados traduzem um índice de
procura não satisfeita de 19,7%.
O índice de procura desportiva que integra os atuais praticantes
desportivos e os potenciais novos praticantes é de 66,8%. O fator de expansão da
prática desportiva, que corresponde à relação entre os potenciais novos
praticantes e os atuais praticantes, apresenta um valor de 42,0%. Ou seja, face
às intenções de prática desportiva manifestadas, o índice de participação
desportiva poderá crescer em 42,0%.
A modalidade que os jovens mais gostariam de praticar corresponde ao
basquetebol, 10,5%, seguida da modalidade de danças/ ballet que reúne 8,9% das
preferências e do futebol com 7,6%, conforme tabela e gráfico seguinte.
As três principais preferências dos rapazes são o futebol, o basquetebol e o
ciclismo/ btt. As raparigas manifestaram a preferência pela natação, danças/
ballet e ginástica/ trampolins/ acrobática.
Tabela 33 - Atividades físicas e desportivas preferidas. 1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª
Torres Vedras Basquetebol
(10,5%) Danças / Ballet
(8,9%) Futebol (7,6%)
Ginástica / Trampolins / Acrob. (6,8%)
Voleibol (6,2%)
Sexo
Raparigas Natação (13,8%) Danças / Ballet
(12,7%)
Ginástica / Trampolins / Acrob. (9,6%)
Basquetebol (9,2%)
Voleibol (7,7%)
Rapazes Futebol (14,2%) Basquetebol
(11,2%) Ciclismo / BTT
(10,4%)
Karaté / Artes marciais (9,0%)
Andebol (6,7%),
Tiro com arco (6,7%)
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q28.
Para além das modalidades apresentadas no gráfico, sucedem-se mais 26
modalidades, das quais são referidas com valores superiores a 4% as seguintes:
andebol, ciclismo/ btt, badminton, atletismo e equitação.
Primeira Parte – Prática desportiva
68
Gráfico 10 - Atividades físicas e desportivas preferidas.
10,5%
8,9%
7,6%
6,8%
6,2%
5,9%
5,4%
5,4%
43,2%
Basquetebol
Danças / Ballet
Futebol
Ginástica / Trampolins/ Acrob.
Voleibol
Natação
Karaté / Artes Marciais
Surf / Bodyboard
Outras
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q28.
Em termos de alinhamento e continuidade da oferta, da prática e da
procura das modalidades desportivas nos contextos escola, fora da escola, é
possível evidenciar que carecem de melhor alinhamento as seguintes
modalidades: basquetebol, ginástica / trampolins / acrob. e voleibol, conforme
tabela seguinte.
Tabela 34 - Modalidades desportivas praticadas no desporto escolar, fora da escola e pretendidas.
Modalidades mais praticadas no
desporto escolar Modalidades mais praticadas fora da
escola Modalidades que mais gostariam de
praticar
1.ª Voleibol Futebol Basquetebol
2.ª Badminton Natação Danças / ballet
3.ª Ténis de mesa Danças / ballet Futebol
4.ª Futsal Ciclismo / Btt Ginástica / Trampolins / Acrob.
5.ª Golfe Aulas de grupo (Fitness) Voleibol
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q7, Q10, Q28.
Primeira Parte – Prática desportiva
69
3.9 Acesso a informação sobre desporto no concelho
Para estarem informados sobre o desporto do concelho, a maioria (73,5%)
dos jovens não costuma aceder a jornais, rádios ou à Internet. Estes meios são
acedidos apenas por cerca de um quarto dos jovens (26,5%), conforme tabela
seguinte.
Tabela 35 - Acesso a jornais, rádios ou à Internet para informação sobre o desporto do concelho.
Não Sim
73,5% 26,5%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q34.
O jornal consultado pelos jovens para estarem informados sobre o desporto
do concelho foi destacadamente o “Jornal O Badaladas” (62,5%), seguido de
outros jornais de carácter nacional, conforme tabela seguinte.
Tabela 36 - Principais jornais consultados.
Jornal
Badaladas 62,5%
A Bola 18,2%
Correio da Manhã 5,7%
Record 4,5%
O Jogo 3,4%
Outros 5,7%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q35.
A principal rádio ouvida pelos jovens para estarem informados sobre o
desporto do concelho foi destacadamente a “Rádio Oeste” (50,0%), seguido de
outras rádios de carácter nacional, conforme tabela seguinte.
Tabela 37 - Principais rádios ouvidas.
Jornal
Radio Oeste 50,0%
Rádio Comercial 17,2%
Rádio RFM 17,2%
Rádio M80 6,9%
Rádio Europa 3,4%
Outras 5,2%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q35.
Os principais sítios na internet acedidos pelos jovens para estarem
informados sobre o desporto do concelho foram o “Zerozero” e o sítio da “Camara
Municipal de Torres Vedras”. Para além dos referidos na tabela seguinte,
sucedem-se outros 10 sítios de carácter nacional, exceto os relativos a: “Facebook
da Física” e “Sítio da Física”.
Primeira Parte – Prática desportiva
70
Tabela 38 - Principais sítios na internet acedidos.
Sítio
Zerozero 28,1%
Camara Municipal de Vedras 18,8%
Google 18,8%
A Bola 9,4%
Torresvedrasweb 9,4%
Outros 43,8%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q35.
3.10 Perceção sobre as oportunidades de prática de atividade física
e desportiva na comunidade local
Para além dos motivos para a não prática de atividades físicas e desportivas,
os jovens manifestaram a sua posição sobre várias questões que podem influenciar
a prática de atividades físicas e desportivas. Os horários da escola deviam
contemplar mais horas de desporto obteve a concordância de 55,5% dos jovens
inquiridos. A melhor coordenação entre as atividades desportivas da escola e dos
clubes desportivos surge como um fator que obtém 49,4% de concordância.
Metade dos jovens perceciona que no concelho existem numerosas
possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas (50,6%). Sobre o
desempenho da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia, 35,0% dos jovens
consideraram que estas entidades estão a fazer o suficiente pela população
relativamente à atividade física e desporto, conforme tabela seguinte.
Tabela 39 - Perceção sobre as oportunidades de prática de atividade física e desportiva na comunidade local.
Discordo Totalmente
Discordo Não discordo,
nem concordo
Concordo Concordo Totalmente
Não sei/ Desconheço
Os horários da escola deviam contemplar mais horas de desporto.
9,2% 7,4% 24,8% 24,4% 31,1% 3,1%
Devia haver uma melhor coordenação entre as atividades desportivas da escola e dos clubes desportivos.
5,1% 8,0% 30,5% 29,6% 19,8% 7,0%
Os clubes desportivos e outras entidades do meu concelho oferecem numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas.
6,4% 7,2% 25,4% 30,2% 20,5% 10,3%
A Câmara Municipal e Junta de Freguesia estão a fazer o suficiente pela população relativamente à atividade física e desporto.
8,6% 9,5% 33,1% 24,3% 10,7% 13,8%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q40.
Primeira Parte – Prática desportiva
71
3.11 Programas desportivos no concelho
A maioria dos jovens, 58,2%, afirmou não conhecer qualquer programa de
promoção do desporto / atividade física no concelho de Torres Vedras.
Tabela 40 - Programas de promoção do desporto / atividade física no concelho de Torres Vedras.
Conhecimento de programas
Não Sim
58,2% 41,8%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q36.
De entre os jovens que afirmaram conhecer programas de promoção do
desporto ou da atividade física no concelho de Torres Vedras, constatou-se que o
programa com maior nível de notoriedade foi o designado “Campeonatos
Municipais de Atletismo e Futebol” (63,8%), seguido do “Programa Mexa-se - Aulas
no Parque Verde da Várzea” (59,2%) e do programa “Night Run” (54,7%). Os
programas com níveis de notoriedade mais reduzidos foram “Diabetes em
Movimento” (24,3%), “No Domingo a Rua é Nossa“ (25,7%), conforme referido na
tabela abaixo.
Tabela 41 – Reconhecimento do nome do programa de promoção do desporto ou da atividade física.
Programa Não reconheço Reconheço
Campeonatos Municipais de Atletismo e Futebol 36,2% 63,8%
Programa Mexa-se - Aulas no Parque Verde da Várzea 40,8% 59,2%
Night Run 45,3% 54,7%
É hoje! Dia fitness 52,0% 48,0%
Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida 54,7% 45,3%
Passos no concelho – programa de percursos pedestres
58,1% 41,9%
No Domingo a Rua é Nossa 74,3% 25,7%
Diabetes em Movimento 75,7% 24,3%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q37.
Primeira Parte – Prática desportiva
72
3.12 Assistência a espetáculos desportivos
No último ano, uma minoria de jovens afirmaram assistir a espetáculos ou
eventos desportivos ao vivo (jogos, competições ou provas desportivas) pelo
menos 1 vez por mês ou mais (31,8%). A assistência a espetáculos desportivos
parece não ser um hábito adquirido, uma vez que mais de dois terços dos jovens
(68,2%) situaram a resposta entre o “Nunca” e “Pelo menos 1 vez por ano”,
conforme tabela seguinte.
Tabela 42 - Assistência a espetáculos desportivos ao vivo. Nunca Pelo menos 1 x por ano Pelo menos 1 x por mês Pelo menos 1 x por
semana
28,4% 39,8% 21,7% 10,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q38.
As modalidades assistidas com maior frequência em espetáculos desportivos
ao vivo são o futebol com 32,3% de referências, a ginástica/ trampolins (7,3%) e
as danças/ ballet (7,0%). Para além das modalidades referidas no gráfico seguinte,
sucedem-se em outras (20,5%) mais 15 modalidades desportivas distintas.
Gráfico 11 - Modalidades dos espetáculos desportivos assistidos ao vivo.
4,3%
5,1%
5,3%
5,8%
6,0%
6,5%
7,0%
7,3%
32,3%
Surf / Bodyboard,
Atletismo
Voleibol
Ciclismo / BTT
Basquetebol
Futsal
Danças / Ballet
Ginástica /Trampolins
Futebol
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q39.
Primeira Parte – Prática desportiva
73
3.13 Material desportivo em casa
O material desportivo que foi mais referido existir em casa dos jovens foi a
bicicleta, de tal modo que 72,1% dos jovens expressaram dispor de uma bicicleta
em casa. Sucedem-se a bola de futebol, a corda de saltar e patins com 68,5%,
56,1% e 44,8% dos jovens a manifestar a existência. Demais materiais desportivos
são indicados na tabela abaixo.
Tabela 43 – Material desportivo existente em casa. Material
Bicicleta 72,1%
Bola de futebol 68,5%
Corda para saltar 56,1%
Patins 44,8%
Trotinete 39,1%
Bola de basquetebol 37,5%
Skate 36,7%
Aparelhos para exercícios de ginásio (passadeira / bicicleta / remo)
31,8%
Bola de voleibol 28,0%
Prancha de surf / bodyboard 25,3%
Pesos e halteres 22,0%
Tabela de basquetebol 19,2%
Cana de pesca 16,6%
Bola de andebol 15,2%
Arco 13,1%
Balizas 13,1%
Equipamento de montanha 8,5%
Outros 14,4%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q41.
Entre os rapazes os materiais mais referidos serem possuídos em casa
foram: bola de futebol (72,5%), bicicleta (66,2%), bola de basquetebol (45,6) e
skate (45,2%). Entre as raparigas foram os seguintes: bicicleta (77,5%), corda de
saltar (68,0%), bola de futebol (64,7%) e patins (54,6%). As maiores diferenças
observadas entre rapazes e raparigas foram nos seguintes materiais desportivos
existentes em casa: corda para saltar (∆ 25,3%), patins (∆ 20,8%), skate (∆
16,1%) e bola de basquetebol (∆ 15,2%), conforme tabela seguinte.
Observadas as diferenças entre rapazes e raparigas, destaca-se que o
material: bicicleta, corda para saltar, e bola de futebol são globalmente mais
presentes em casa das raparigas. A bola de futebol, bicicleta, bola de
Primeira Parte – Prática desportiva
74
basquetebol e skate são predominantemente existentes em casa dos rapazes,
conforme tabela seguinte.
Tabela 44 – Material desportivo existente em casa. Material Raparigas Rapazes
Bicicleta 77,5% 66,2%
Bola de futebol 64,7% 72,8%
Corda para saltar 68,0% 42,6%
Patins 54,6% 33,8%
Trotinete 39,2% 39,0%
Bola de basquetebol 30,4% 45,6%
Skate 29,1% 45,2%
Aparelhos para exercícios de ginásio (passadeira / bicicleta / remo)
33,0% 30,5%
Bola de voleibol 29,7% 26,1%
Prancha de surf / bodyboard 20,3% 32,4%
Pesos e halteres 20,6% 22,4%
Tabela de basquetebol 14,1% 25,0%
Cana de pesca 14,1% 19,5%
Bola de andebol 13,4% 17,3%
Arco 15,0% 10,3%
Balizas 8,5% 18,4%
Equipamento de montanha 7,2% 9,9%
Outros 15,0% 13,6%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q41, QSD3.
1.1 Obstáculos para mais atividade física e desportiva entre a
população
À questão de natureza aberta sobre quais os aspetos que julga serem
obstáculo para existir mais atividade física e desportiva entre a população de
Torres Vedras? foram referidos 4 obstáculos principais: Em primeiro lugar, a
inércia das pessoas: falta de interesse, motivação, falta de tempo, não gostam
com 43,3% das referências; em segundo lugar, as deslocações, distâncias e o
tempo entre o trabalho/ escola e a prática, os horários escolares/ transportes
com 28,4% das referências, e, em terceiro lugar, com valores similares, as
infraestruturas: instalações desportivas públicas, nas aldeias, piscinas
municipais, espaços verdes ao ar livre para a prática desportiva, ciclovias; e os
custos/ preços, ambos com 20,9% das referências. Para além dos referidos na
tabela, sucede-se mais um obstáculo referido com 2,2% e uma categoria de
outros com 6,7% das referências, entre 134 referências categorizadas em 259
respondentes.
Primeira Parte – Prática desportiva
75
Tabela 45 – Obstáculos para existir mais atividade física e desportiva entre a população. Obstáculos
Inércia das pessoas: falta de interesse, motivação, falta de tempo, não gostam 43,3%
Deslocações, distâncias e o tempo entre o trabalho / escola e a prática, os horários escolares / transportes 28,4%
Infraestruturas: instalações desportivas públicas, nas aldeias, piscinas municipais, espaços verdes ao ar livre para a prática desportiva, ciclovias
20,9%
Custos, preços 20,9%
Divulgação: das atividades, mobilizar as pessoas 9,7%
Tecnologia, internet 4,5%
Estradas, circulação automóvel 3,7%
Oferta de atividades: ao ar livre, caminhadas, corridas 3,0%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q26.
1.2 Sugestões para melhorar atividade física e desportiva
As sugestões indicadas pelos jovens, para melhorar atividade física e
desportiva em Torres Vedras, foram centradas em 3 elementos: em primeiro
lugar as infraestruturas: construção, melhoria, mais espaços verdes, parques
para praticar ao ar livre, aldeias, vilas, ciclovias, aparelhos, instalações
desportivas com 27,5% das referências; em segundo lugar a oferta de mais
atividades: na escola, ao ar livre, na pista, eventos, diferentes, caminhadas,
corridas com 27,2% das referências; em terceiro lugar a divulgação:
comunicação, incentivar, motivar com 16,1% das referências. Para além das
referidas na tabela, sucede-se mais uma categoria de sugestões com valor de
1,1% e uma categoria de outros com 0,6% das referências, entre 180 referências
categorizadas em 243.
Tabela 46 – Sugestões para melhorar atividade física e desportiva. Obstáculo
Infraestruturas: construção, melhoria, mais espaços verdes, parques para praticar ao ar livre, aldeias, vilas, ciclovias, aparelhos, instalações desportivas
36,1%
Oferta de mais atividades, na escola, ao ar livre, na pista, eventos, diferentes, caminhadas, corridas 26,7%
Divulgação: comunicação, incentivar, motivar 16,1%
Horários das atividades, distâncias, deslocações rápidas, transporte escolares, mais tempo livre 7,8%
Mais entidades, ginásios / clubes 5,6%
Custos, preços mais reduzidos, gratuito 3,3%
Mais horas de atividade física e desporto na escola 1,7%
Melhorar estradas, reparar 1,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q26.
Primeira Parte – Prática desportiva
76
3.14 Síntese da prática de atividade física e desportiva da
população jovem
A população jovem do concelho de Torres Vedras envolvida na prática de
atividade física e desportiva é de 50,7%, o que traduz um índice de participação
desportiva de 50,7. O índice de participação desportiva organizada entre os
rapazes é de 49,6%, valor superior ao verificado entre as raparigas que é de
44,4%. As atividades físicas e desportivas mais praticadas pelos jovens
contemplam em primeiro lugar o futebol, a natação e as danças/ ballet.
O índice de procura desportiva que integra os atuais praticantes
desportivos e os potenciais novos praticantes é de 66,8%. Considerando as
intenções de prática desportiva futura, foi verificado o índice de procura não
satisfeita de 19,7%. O fator de expansão da prática desportiva, que corresponde
à relação entre os potenciais novos praticantes e os atuais praticantes,
apresenta um valor de 1,420. Ou seja, face às intenções de prática desportiva
manifestadas, o índice de participação desportiva poderá crescer em 42,0%.
No que se refere à prática desportiva futura da população jovem não
praticante de atividades físicas e desportivas, 60,3% manifestou o desejo de
iniciar a prática, porém essa intenção é superior no segmento das raparigas,
63,3%. As preferências pelas modalidades de atividades físicas e desportivas do
segmento de jovens não praticantes são diversas segundo o sexo, porém
globalmente, estão orientadas em primeiro lugar para o basquetebol, em
segundo lugar para as danças/ ballet e em terceiro lugar para o futebol.
No âmbito da prática de atividade física e desportiva o índice de prática
desportiva no desporto escolar – grupo equipa / externo é de 29,1% e na prática
de desporto organizado fora da escola é de 47,1%. Nos rapazes a proporção de
praticantes de desporto organizado fora da escola é de 49,6%, valor superior ao
encontrado para as raparigas. A participação em competições desportivas não
inclui todos os jovens que praticam desporto organizado fora da escola, uma vez
que o índice participação desportiva federada (competições) é de 39,8%. A taxa
de feminização no desporto organizado é de 47,3%, conforme tabela seguinte.
Primeira Parte – Prática desportiva
77
Tabela 47 - Principais índices de prática de atividade física e desportiva da população jovem.
Índice de participação desportiva
Índice de participação desportiva 50,7%
Índices de procura
Índice de procura desportiva 66,8%
Índice de procura não satisfeita 19,7%
Fator de expansão 1,420
Prática desportiva futura
Intenção de prática desportiva futura 60,3%
Intenção de prática desportiva futura raparigas 63,3%
Intenção de prática desportiva futura rapazes 54,4%
Âmbito de prática
Índice de participação desportiva no desporto escolar – atividade interna 42,9%
Índice de participação desportiva no desporto escolar – grupo equipa / externo
29,1%
Índice de participação desportiva organizada 47,1%
Índice participação desportiva federada (competições) 39,8%
Índice de participação desportiva organizada raparigas 44,4%
Índice de participação desportiva organizada rapazes 49,6%
Taxa de feminização no desporto organizado 47,3%
Primeira Parte – Prática desportiva
78
III – Prática desportiva dos 15 aos 74 anos
2 Nota introdutória
Esta componente do estudo tem por objetivo caracterizar a procura e a
prática desportiva da população residente no território do concelho de Torres
Vedras com idades compreendidas entre os 15 e os 74 anos. Recolheu uma
amostra significativa das opiniões, atitudes, reivindicações e hábitos desportivos
da população, que contribuem para um diagnóstico estruturado da situação
desportiva do concelho, proporcionando informação estruturada acerca dos
comportamentos e características da participação desportiva da população, por
sexo e por agrupamento de freguesias.
3 Metodologia
A amostra foi obtida de um universo de 79.465 indivíduos (CMTV, 2015;
INE, 2012), dos quais 59.705 com idades entre 15 e 74 anos, residentes em
freguesias designadas urbanas (32,4%) e não urbanas (67,6%). Os indivíduos que
integraram a amostra foram selecionados com base no método de estratificação
por quotas segundo o sexo, a idade e a proporcionalidade habitacional em
função do tipo de freguesia de residência. O tamanho da amostra foi de 1.059
indivíduos, o que corresponde a um erro de amostragem inferior a 3%, para uma
probabilidade de erro <0,05. A matriz de seleção da amostra reproduziu a
estrutura sociodemográfica da população residente no território do concelho de
Torres Vedras.
A técnica de recolha de informação foi o inquérito sociográfico, através
de (1) entrevistas diretas de rua realizadas por 11 colaboradores e (2)
preenchimento online do inquérito disponibilizado. A recolha dos dados e o
trabalho de campo realizou-se entre 15 de novembro de 2017 e 16 de maio de
2018, entre as 9.00 e as 18.00 horas.
O instrumento de recolha da informação foi o questionário construído para
o estudo designado Inquérito aos Hábitos Desportivos da População com o
objetivo de analisar o comportamento da população face ao desporto, no que
respeita às seguintes dimensões: prática e procura desportiva: prática desportiva
nos últimos 12 meses e prática desportiva nas últimas 4 semanas; caracterização
Primeira Parte – Prática desportiva
79
da prática desportiva: atividades praticadas; regularidade; participação em
competições; afiliação em federações; local; sociabilidades; gastos do agregado
familiar com o desporto; transporte utilizado e tempo de deslocação; frequência
de utilização de instalações e espaços naturais; razões da prática desportiva e
razões da não prática desportiva; intenção futura de praticar atividade física e
desportiva; atividades pretendidas; interesse pelo desporto e acesso à
informação sobre o desporto no concelho; assistência a espetáculos desportivos
e modalidades; afiliação no associativismo desportivo; notoriedade dos
programas desportivos do concelho; perceção sobre as oportunidades de prática
de atividade física e desportiva na comunidade local; obstáculos e sugestões
para a melhoria atividade física e desportiva no concelho.
A amostra foi composta por 53,8% mulheres e 46,2% homens. As idades
foram agrupadas, sendo o segmento de idades compreendido entre os 35 e 49
anos o que integrou maior número de indivíduos (25,9%) e o segmento com
menor número de indivíduos foi o dos 15 aos 19 anos, com 8,0%.
Tabela 48 - Breve caracterização da amostra, sexo e idade.
Concelho de Torres Vedras 59.705 Indivíduos (15-74 anos): População
1.059 Inquiridos (15-74 anos): Amostra
Sexo
Mulheres 53,8%
Homens 46,2%
Idade
15-19 anos 8,0%
20-34 anos 21,7%
35-49 anos 31,6%
50-59 anos 17,2%
60-74 anos 21,4%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, QSD1, QSD3, QSD4.
Foram inquiridos indivíduos residentes nas 13 freguesias do concelho. As
freguesias de residência são apresentadas na tabela seguinte, na qual se observa
que 64,6% dos inquiridos residiam em freguesias denominadas de não urbanas e
35,4% na freguesia designada de urbana.
O número de pessoas do agregado familiar variou entre 1 e 8, sendo a
média de 2,97 pessoas por agregado familiar. Agregados familiares compostos
por 3 a 4 pessoas foi a situação mais frequente (55,6%), seguindo de 2 pessoas
(23,5%) e uma pessoa (12,2%).
O nível de escolaridade dos inquiridos foi maioritariamente o secundário
(11.º/12.º Ano), 29,7%, seguido dos indivíduos que não possuem o 9.º ano
Primeira Parte – Prática desportiva
80
completo (22,5%). Formações de nível superior foram encontradas em 20,6% dos
inquiridos.
A maioria dos inquiridos (58,3%) enquadrava-se na situação de ativo
perante o trabalho, sendo exercida uma atividade remunerada: Os segmentos
seguintes da amostra corresponderam aos reformados (16,7%) e aos estudantes
(10,3%).
Tabela 49 - Caracterização da amostra.
Concelho de Torres Vedras 1.059 Inquiridos – 100%
Freguesia
A dos Cunhados e Maceira 20,5%
Campelos e Outeiro da Cabeça 2,9%
Carvoeira e Carmões 1,4%
Dois Portos e Runa 2,4%
Freiria 2,2%
Maxial e Monte Redondo 1,2%
Ponte do Rol 5,9%
Ramalhal 1,8%
São Pedro da Cadeira 5,5%
Silveira 15,9%
Torres Vedras e Matacães 35,4%
Turcifal 2,2%
Ventosa 2,7%
Tipo de Freguesia
Não Urbana 64,6%
Urbana 35,4%
N.º de pessoas do agregado familiar
1 12,2%
2 23,5%
3-4 55,6%
5-6 8,2%
7-8 0,4%
NR 14,6%
Habilitações Literárias
Não possui o Ensino Básico (9.º ano) completo 22,5%
Ensino Básico (9.º ano) completo 19,8%
Ensino Secundário (11.º/12.º Ano) completo 29,7%
Licenciatura 16,4%
Mestrado / Doutoramento 4,2%
NR 7,4%
Situação Profissional
É trabalhador(a), trabalha numa atividade remunerada 58,3%
É doméstica(o) 2,4%
Está atualmente desempregada(o) 4,8%
É reformada(o), aposentada(o) 16,7%
É estudante 10,3%
Outra 0,2%
NR 7,4%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, QSD5, QSD6, ASD7.
Primeira Parte – Prática desportiva
81
4 Resultados
4.1 Prática desportiva
4.1.1 Prática desportiva nos últimos 12 meses
A prática desportiva, convencionada de ocasional, abrange 48,6% da
população dos 15 aos 74 anos residente concelho de Torres Vedras. Significa que
48,6% dos indivíduos afirmaram praticar atividades físicas e desportivas nos
últimos 12 meses, enquanto 51,4% afirmaram não ter praticado qualquer
atividade nesse período de tempo. Estes resultados permitem apresentar um
índice de participação desportiva ocasional de 48,6%.
Tabela 50 - Prática de atividade física e desportiva, nos últimos 12 meses. Não Sim
Concelho de Torres Vedras
51,4% 48,6%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q1.
A prática de atividades físicas desportivas é superior nos homens (51,3%)
do que nas mulheres (46,3%), ou seja, proporcionalmente existe um maior
número de homens a praticar atividades físicas e desportivas, do que mulheres,
conforme tabela seguinte. Em cada 100 indivíduos, verifica-se a existência de
mais 5 homens do que mulheres a praticar atividade física e desportiva.
Tabela 51 - Prática de atividade física e desportiva nos últimos 12 meses. Não Sim
Concelho de Torres Vedras
51,4% 48,6%
Sexo
Homens 48,7% 51,3%
Mulheres 53,7% 46,3%
Agrupamento de Freguesias
Não urbana 55,0% 45,0%
Urbana 44,8% 55,2%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q1, QSD1, QSD3.
A prática ocasional de atividades físicas e desportivas é maior nas
freguesias denominadas urbanas (55,2%) do que nas freguesias designadas de não
urbanas (45,0%). A diferença encontrada evidencia que, em cada 100 indivíduos,
nas freguesias urbanas existem mais 10 indivíduos que praticam atividade física
e desportiva de forma ocasional do que nas não urbanas.
Primeira Parte – Prática desportiva
82
Os indivíduos que realizam prática de atividades físicas e desportivas, de
modo ocasional (nos últimos 12 meses), fazem-no predominantemente ao longo
de todo o ano (75,7%) (nenhum período do ano em especial), enquanto 4,1%
afirmaram realizar essa prática só nas férias e outro grupo que corresponde a
20,0% referiu que só pratica durante o período de trabalho, conforme gráfico
seguinte.
Gráfico 12 - Período do ano em que pratica atividade física e desportiva.
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q1 e Q4.
4.1.2 Prática desportiva nas últimas 4 semanas
A prática regular de atividades físicas e desportivas (últimas 4 semanas)
abrangeu 41,1% da população do concelho de Torres Vedras, enquanto 58,9% dos
afirmaram não ter praticado atividades físicas e desportivas nas últimas 4
semanas. O índice de participação desportiva é de 41,1%.
Tabela 52 - Prática de atividade física e desportiva, nas últimas 4 semanas. Não Sim
Concelho de Torres Vedras 58,9% 41,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q3.
A regularidade da prática de atividades físicas e desportivas de pelo
menos 3 vezes por semana ou mais, é de 19,1%, enquanto 18,5% da população
realiza atividades 1 a 2 x por semana, conforme gráfico seguinte.
Primeira Parte – Prática desportiva
83
Gráfico 13 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas.
1 x por ano 5,7%
1 a 2 x por semana18,5%
3 a 4 x por semana14,1%
5 x por semana ou mais 5,0%
Não pratica atividade física e desportiva
58,9%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q3.
No segmento dos indivíduos que praticam atividade física e desportiva nas
últimas 4 semanas, os homens (44,2%) evidenciaram uma prática de atividades
físicas e desportivas mais elevada do que as mulheres (38,4%). Porém, estes
valores permitem apurar uma taxa de feminização de 48,0%.
A prática de atividades físicas e desportivas decresce com o aumento da
idade: a maior participação desportiva é evidenciada no segmento dos 15-19
anos (58,8%), enquanto a menor é no segmento dos 60 aos 74 anos (15,9%),
conforme gráfico e tabela seguintes.
Primeira Parte – Prática desportiva
84
Tabela 53 - Prática de atividade física e desportiva nas últimas 4 semanas. Não Sim
Concelho de Torres Vedras 58,9% 41,1%
Sexo
Homens 55,8% 44,2%
Mulheres 61,6% 38,4%
Idade
15-19 anos 41,2% 58,8%
20-34 anos 45,7% 54,3%
35-49 anos 49,9% 50,1%
50-59 anos 69,2% 30,8%
60-74 anos 84,1% 15,9%
Habilitações Literárias
Não possui o Ensino Básico (9.º ano) completo 85,3% 14,7%
Ensino Básico (9.º ano) completo 62,9% 37,1%
Ensino Secundário (11.º/12.º Ano) completo 53,2% 46,8%
Licenciatura 39,1% 60,9%
Mestrado/ Doutoramento 40,0% 60,0%
Agrupamento de Freguesias
Não urbana 61,7% 38,3%
Urbana 53,9% 46,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q3, SD1, SD3, SD4.
Do segmento dos 35-49 anos para o dos 50-59 anos (apesar da diferença da
amplitude dos segmentos), verifica-se uma forte redução (19,3%) da participação
em atividades físicas e desportivas. Releva-se ainda que 45,7% da população nas
idades de 20 aos 34 anos não praticou nenhuma atividade física e desportiva nas
últimas 4 semanas.
Gráfico 14 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas, por idade.
Primeira Parte – Prática desportiva
85
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q4 e Q6.
A prática de atividade física e desportiva aumenta diretamente com o
nível de escolaridade. Ou seja, é superior nos indivíduos titulares dos mais
elevados níveis de escolaridade, atingindo 60,9% nos titulares do grau de
licenciado, conforme gráfico seguinte.
Gráfico 15 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas, por habilitação literária.
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q4 e Q6.
A prática de atividade física e desportiva nas freguesias urbanas é mais
elevada do que nas freguesias não urbanas. Os indivíduos que afirmaram
desenvolver atividade física e desportiva nas últimas 4 semanas estão
distribuídos maioritariamente pelas freguesias urbanas, na medida em que 46,1%
afirmaram praticar atividade física e desportiva, enquanto nas freguesias não
urbanas a mesma taxa evidencia um valor de 38,3%.
As mulheres, até ao segmento dos 35-49 anos apresentam um nível de
prática de atividade física e desportiva inferior aos homens, sendo a maior
diferença verificada no segmento dos 15-19 anos (- 43,2%), seguido dos
segmentos 20-34 anos e 35-49 anos. A partir do segmento 50-59 anos as mulheres
são mais ativas, manifestaram taxas superiores, em termos de participação em
atividade física e desportiva, relativamente aos homens, conforme gráfico
seguinte.
Primeira Parte – Prática desportiva
86
Gráfico 16 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas, por idade e sexo.
48,9% 48,8%45,2%
33,3%16,2%
70,0%
61,2%56,5%
28,1%
15,5%
0%
20%
40%
60%
80%
15-19 anos 20-34 anos 35-49 anos 50-59 anos 60-74 anos
Feminino
Masculino
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q3, SD3, SD4.
Os homens apresentam uma maior regularidade de prática do que as
mulheres, uma vez que 22,3% realizam atividade 3 vezes por semana ou mais,
enquanto as mulheres evidenciaram 18,7%.
A população residente nas freguesias urbanas evidenciou maiores níveis de
regularidade na prática, 24,8% pratica mais de 3 a 4 vezes por semana, enquanto
nas freguesias não urbanas o valor é de 16,5%.
Tabela 54 - Regularidade da prática de atividade física e desportiva nas últimas 4 semanas. Pratica
atividade física e
desportiva
Menos 1x por semana
1 a 2 x por semana
3 a 4 x por semana
5 x por semana, ou
mais
Não pratica atividade física e
desportiva
Concelho de Torres Vedras
41,1% 2,7% 18,5% 14,1% 5,0% 58,9%
Sexo
Homens 44,2% 4,9% 20,9% 15,3% 7,0% 55,8%
Mulheres 38,4% 3,0% 22,5% 15,4% 3,3% 61,6%
Agrupamento de Freguesias
Não urbana 38,3% 3,1% 17,8% 12,4% 4,1% 61,7%
Urbana 46,1% 4,0% 23,7% 18,1% 6,7% 53,9%
Obs. Não Responde – 0,8%. Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q4, Q5, QSD3, QSD4
Primeira Parte – Prática desportiva
87
4.1.3 Atividades físicas e desportivas praticadas
As atividades físicas e desportivas mais praticadas pelos indivíduos que
mencionaram realizar prática desportiva nas últimas 4 semanas contemplam em
primeiro lugar as atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida)
(22,4%), em segundo lugar as atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop,
musculação, step, etc.) com 21,1% e em terceiro lugar a natação e
hidroginástica com 8,4%. Por ordem decrescente, seguem-se o futebol, com
7,6%, o ciclismo/ cicloturismo/ btt, com 6,6% e o atletismo com 4,2%, conforme
gráfico seguinte. Para além das referidas, registaram-se referências a mais 34
modalidades com valores inferiores a 1,9%.
Gráfico 17 - Atividades físicas e desportivas praticadas.
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q2.
Atividades físicas e desportivas praticadas, por sexo
As mulheres, proporcionalmente, praticam mais atividades de ginásio e
atividades de manutenção do que os homens, 30,3% e 26,1%, respetivamente. A
natação e hidroginástica (11,4%) são duas atividades praticadas principalmente
por mulheres, bem como a yoga (5,3%) como a atividade praticada em 4.º lugar.
1,9%
2,6%
2,8%
3,6%
4,2%
6,6%
7,6%
8,4%
21,1%
22,4%
Danças desportivas (danças de salão)
Ginástica de manutenção
Yoga
Futsal
Atletismo
Ciclismo, cicloturismo, btt
Futebol
Natação e hidroginástica
Atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop,musculação, step, etc)
Atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida)
Primeira Parte – Prática desportiva
88
A primeira modalidade praticada pelos homens são as atividades de manutenção,
com 19,1%, que incluem a caminhada, jogging, corrida; seguidas pelo futebol
(13,6%), pelas atividades de ginásio (13,2%) e pelo ciclismo/ cicloturismo/ btt
(10,8%), conforme expresso na tabela seguinte.
Tabela 55 - Atividades físicas e desportivas praticadas. 1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª
Torres Vedras
Atividades de manutenção (Caminhada,
Jogging, Corrida) (22,4%)
Atividades de ginásio (Aeróbica, Cardio, Hip
Hop, Musculação, Step) (21,1%)
Natação e hidroginástica (8,4%)
Futebol (7,6%) Ciclismo /
cicloturismo / btt (6,6%)
Sexo
Homens
Atividades de manutenção (Caminhada,
Jogging, Corrida) (19,1%)
Futebol (13,6%)
Atividades de ginásio (Aeróbica, Cardio, Hip Hop, Musculação, Step,
etc) (13,2%)
Ciclismo/ Ciclotur./ btt
(10,8%) Atletismo (6,0%)
Mulheres
Atividades de ginásio (Aeróbica, Cardio, Hip Hop,
Musculação, Step, etc) (30,3%)
Atividades de manutenção
(Caminhada, Jogging, Corrida) (26,1%)
Natação e Hidroginástica (11,4%)
Yoga (5,3%) Ginástica de manutenção
(3,9%)
Agrupamento de Freguesias
Não urbana
Atividades de ginásio (Aeróbica, Cardio, Hip Hop,
Musculação, Step, etc) (21,7%)
Atividades de manutenção
(Caminhada, Jogging, Corrida) (21,0%)
Natação e Hidroginástica (9,2%)
Futebol (9,2%) Ciclismo/
Ciclotur./ btt (5,1%)
Urbana Atividades de manutenção
(26,4%)
Atividades de ginásio (Aeróbica, Cardio, Hip
Hop, Musculação, Step, etc) (20,6%)
Natação e Hidroginástica (7,4%)
Ciclismo/ Ciclotur./ btt
(6,8%) Futebol (5,5%)
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, SD1, SD3 e Q3.
Atividades físicas e desportivas praticadas, por agrupamento de freguesias
As atividades mais praticadas nas freguesias designadas de não urbanas
são as atividades de ginásio (21,7%), as atividades de manutenção (21,0%) e a
natação e hidroginástica (9,2%). Nas freguesias designadas urbanas prevalecem
as atividades de manutenção (26,4%), as atividades de ginásio (20,6%) e a
natação e hidroginástica (7,4%). O futebol e o ciclismo/ cicloturismo/ btt são
modalidades que sucedem, quer nas freguesias designadas não urbanas, quer nas
urbanas, conforme tabela anterior.
Primeira Parte – Prática desportiva
89
Locais habituais para praticar a principal atividade física e desportiva
Os locais mais referenciados, pelos indivíduos que praticam atividade
física e desportiva com regularidade, para realizarem a prática de atividade
física e desportiva correspondem a um clube desportivo ou associação
desportiva/ recreativa (24,7%), e “num ginásio” (24,1%). O meio natural, mar,
rio, campo, montanha com (21,1%) e num parque, ao ar livre (18,9%). Ambos
totalizaram as preferências referidas com 42,7%.
Tabela 56 - Enquadramento organizacional da prática de atividade física e desportiva.
Clube desportivo
/ associação
Num ginásio
No meio natural, mar, rio, campo,
montanha
Num parque,
ao ar livre
Em casa
No caminho entre a casa e a escola / trabalho
.
Na escola ou na
universidade
No trabalho
Outro local
24,7% 24,1% 21,1% 18,9% 4,7% 2,4% 2,0% 0,5% 1,7%
Sexo
Homens 27,5% 13,9% 24,7% 22,2% 4,1% 2,5% 1,9% 0,9% 2,2%
Mulheres 21,4% 33,5% 16,8% 15,2% 5,3% 2,2% 2,2% 0,0% 3,4%
Agrupamento de Freguesias
Não urbanas 27,3% 24,3% 20,7% 14,6% 5,0% 2,8% 2,2% 0,3% 2,8%
Urbanas 21,0% 23,6% 21,0% 24,4% 4,4% 1,8% 1,8% 0,7% 1,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q7.
Os homens (27,5%) evidenciaram praticar atividade física e desportiva
com maior frequência no clube desportivo/ associação do que as mulheres
(21,4%), enquanto as mulheres referem preferência pelos ginásios (33,5%). Os
homens também utilizam com maior frequência do que as mulheres o espaço ao
ar livre: no meio natural, mar, rio, campo, montanha (24,7% vs. 16,8%) e num
parque, ao ar livre (22,2% vs. 15,2%).
Os indivíduos residentes em freguesias urbanas manifestam realizar a
prática de atividade física e desportiva preferencialmente pelos parques ao ar
livre (24,4%), num ginásio (23,6%) e num “clube desportivo/ associação” (21,0%),
enquanto os residentes em freguesias não urbanas referem preferir em primeiro
lugar um clube desportivo/ associação” (27,3%) e em segundo lugar os ginásios
(24,3%), conforme expresso na tabela anterior.
Os clubes/ associações desportivas para realização de prática de atividade
física e desportiva são frequentados por 24,7% dos indivíduos que praticam
Primeira Parte – Prática desportiva
90
atividade física e desportiva regular, o que evidencia um índice de 24,7%. Os
clubes enquadram 16,1% da população residente para a prática de atividade
física e desportiva.
O índice de prática desportiva no âmbito do desporto federado, que
contempla a relação dos praticantes de desporto federado na população total, é
de 8,1%, enquanto o índice de prática desportiva do desporto federado em
relação aos praticantes é de 18,9%. Os ginásios são frequentados por 24,1% dos
indivíduos que praticam atividade física e desportiva. No concelho enquadram
15,7% da população, conforme tabela seguinte.
Tabela 57 – Praticantes em clubes, federações e ginásios. É praticante num
clube / associação desportiva
É federado numa federação desportiva
É praticante num ginásio
Concelho de Torres Vedras 16,1%
8,1%
H – 13,5%
M – 3,5%
15,7%
Portugal 5,0%
8,0%
H – 11,8%
M – 4,6%
10,0%
União Europeia 15,0% - 13,0%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q7, Q18; A; B; E; European Commission. (2018). Special Eurobarometer 472/ Wave EB88.4: Sport and Physical Activity. European Commission, Directorate-General for Education and Culture and co-ordinated by Directorate-General for Communication. DOI:10.2766/483047, p. 48; European Commission. (2019). Portal de dados abertos da EU - Special Eurobarometer 472: Sport and physical activity, 2018. Retrieved from https://data.europa.eu/euodp/pt/data/dataset/S2164_88_4_472_ENG/resource/ec73e184-29b5-4dda-9fe9-7bc81a185d22, QB10; IPDJ. (2019). Estatísticas do desporto. Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. Retrieved from: http://www.idesporto.pt/conteudo.aspx?id=103
A proporção de mulheres praticantes de atividade física e desportiva que
se encontra filiada em federações desportivas é de 9,2%, valor que permite
apurar uma taxa de feminização no desporto federado de 21,9%.
Tabela 58 – Praticantes em federações, por sexo.
Filiado numa federação
desportiva Não filiado
No concelho de Torres Vedras
18,9% 81,1%
Sexo
Homens 32,7% 67,3%
Mulheres 9,2% 90,8%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q18, QSD3.
Comparada a taxa de feminização, entre Torres Vedras, Portugal e os
valores médios para a União Europeia, constata-se que é superior no concelho.
Sendo, todavia, menor quando se refere ao desporto federado (21,9%).
Tabela 59 – Comparativo da taxa de feminização.
Prática de
atividade física e desportiva
Taxa feminização Taxa feminização
no desporto federado
Concelho de Torres
Vedras 41,1% (A) 48,0% 21,9%
Primeira Parte – Prática desportiva
91
Portugal 32% (B) 43,4% 29,7%
União Europeia 54% (B) 46,1% _
A - Praticou nas últimas 4 semanas: de menos de 1 x semana até 5 x por semana ou mais. B – Praticou: de 3 x por
mês ou menos até 5 x por semana ou mais.
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q4, Q5, QSD3, QSD4; European Commission. (2018). Special Eurobarometer 472/ Wave EB88.4: Sport and Physical Activity. European Commission, Directorate-General for Education and Culture and co-ordinated by Directorate-General for Communication. DOI:10.2766/483047, p. 10; B - IPDJ. (2019). Estatísticas do desporto. Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. Retrieved from: http://www.idesporto.pt/conteudo.aspx?id=103
Utilização de instalações desportivas/ espaços naturais
No último ano, a larga maioria dos indivíduos (77,2%) frequentou ou utilizou
instalações desportivas/ espaços naturais no concelho de Torres Vedras para
praticar alguma atividade física desportiva, enquanto 22,8% dos inquiridos referiu
realizar a prática desportiva fora do concelho.
Tabela 60 – Utilização de instalações desportivas / espaços naturais no concelho de Torres Vedras.
Não Sim
22,8% 77,2%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q18.
As instalações desportivas/ espaços naturais mais utilizados para praticar
atividade física desportiva no concelho de Torres Vedras, foram o Parque Verde
da Várzea (20,6%), os Ginásios (20,0%) e os Pavilhões desportivos das associações
e escolas (7,7%), conforme tabela seguinte.
Em outras instalações/ espaços foram identificas 28 referências (5,6%),
das quais se destacam: instalações de outros clubes (39,3%), caminhos e estradas
do concelho (25,0%), Parque do Choupal (14,3%) e Ciclovia (Porto Novo - Santa
Cruz) (10,7%).
Tabela 61 - Instalações desportivas / espaços naturais mais utilizados.
Instalação desportiva / espaço natural Referências à
utilização
Parque Verde da Várzea 20,6%
Ginásios 20,0%
Pavilhões desportivos das associações e escolas 7,7%
Ecopista do Sizandro 6,2%
Física de Torres Vedras 5,6%
Outras instalações 5,6%
Avenida do Atlântico (Marginal em Santa Cruz) 5,5%
Praia / Mar 4,7%
Parques verdes das freguesias / Circuitos de manutenção 4,4%
Percursos pedestres sinalizados 4,2%
Pista de atletismo (Paul) 2,9%
Campos de futebol de relva sintética (por todo o concelho) 2,9%
Piscinas de A-dos-Cunhados 2,6%
Primeira Parte – Prática desportiva
92
Paisagem protegida local da serra da Archeira e Socorro 2,6%
Piscinas da Física de Torres Vedras 2,0%
Sport Clube União Torreense 1,5%
Sporting Clube de Torres 1,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q8.
Comparativo de utilização de instalações desportivas/ espaços naturais
Tabela 62 – Comparativo dos locais de prática mais utilizados.
Nos praticantes de atividade física e desportiva Concelho de
Torres Vedras Portugal União Europeia
É praticante num clube / associação desportiva 24,7% 7% 13%
É praticante num ginásio 24,1% 27% 15%
No meio natural, mar, rio, campo, montanha; Num parque, ao ar livre
40,0% 43% 40%
Em casa 4,7% 17% 32%
No caminho entre a casa e a escola / trabalho. 2,4% 17% 23%
Na escola ou na universidade 2,0% 6% 5%
No trabalho 0,5% 12% 13%
Outro local 1,7% 5% 5%
Obs. A - Praticou nas últimas 4 semanas: de menos de 1 x semana até 5 x por semana ou mais. B – Praticou: de 3 x por
mês ou menos até 5 x por semana ou mais.
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q4, Q5, QSD3, QSD4; European Commission. (2018). Special
Eurobarometer 472/ Wave EB88.4: Sport and Physical Activity. European Commission, Directorate-General for Education
and Culture and co-ordinated by Directorate-General for Communication. DOI:10.2766/483047, p. 43; European
Commission. (2019). Portal de dados abertos da EU - Special Eurobarometer 472: Sport and physical activity, 2018.
Retrieved from https://data.europa.eu/euodp/pt/data/dataset/S2164_88_4_472_ENG/resource/ec73e184-29b5-4dda-
9fe9-7bc81a185d22, QB7.
Frequência de utilização da instalação desportiva / espaço natural
A frequência de utilização das instalações desportivas/ espaços naturais
para a prática de atividades físicas e desportivas, foi realizada 2 a 3 x por
semana por 48,7% dos indivíduos, 1 x por semana, por 20,1% e 4 a 5 x por
semana ou mais, por 16,1% dos indivíduos, conforme tabela seguinte.
Tabela 63 - Frequência de utilização da instalação desportiva / espaço natural
Só nas férias 1 x por mês Cerca de 15 em
15 dias 1 x por semana
2 a 3 x por semana
4 a 5 x por semana, ou
mais
2,1% 9,0% 4,0% 20,1% 48,7% 16,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q9.
Satisfação com as instalações desportivas/ espaços naturais
O nível de satisfação com as instalações desportivas/ espaços naturais
utilizados para a prática de atividades físicas e desportivas foi favorável para
Primeira Parte – Prática desportiva
93
82,1% dos inquiridos, em que 58,2% referiram que se sentem satisfeitos e 23,9%
referiram muito satisfeitos, conforme exposto na tabela seguinte.
Tabela 64 - Satisfação com as instalações desportivas / espaços naturais.
Muito insatisfeito Insatisfeito Nem insatisfeito,
nem satisfeito Satisfeito Muito satisfeito
8,2% 3,2% 6,6% 58,2% 23,9%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q9.
Razões para deslocação para fora do concelho para praticar
Dos indivíduos que referiram que no último ano, não frequentaram
instalações desportivas/ espaços naturais no concelho para praticar atividade
física desportiva, a principal razão (43,1%) que levou os indivíduos a ir para fora
do concelho foi a existência de espaços naturais, seguida da razão “porque existe
disponibilidade de instalações desportivas”, conforme tabela seguinte. A razão
“porque a modalidade desportiva não existe aqui” foi referida com concordância
por uma minoria de 23,9% dos respondentes.
Tabela 65 - Razões para deslocação para fora do concelho para praticar.
Razões Discordo Totalmente
e Discordo Nem Discordo/Nem
Concordo Concordo e Concordo
Totalmente
Porque é lá que existem espaços naturais para a prática
31,9% 25,0% 43,1%
Porque existe disponibilidade de instalações desportivas
38,4% 23,3% 38,4%
Porque os amigos vão 46,6% 16,4% 37,0%
Porque as instalações desportivas têm melhor qualidade
39,7% 31,5% 28,8%
Porque a modalidade desportiva não existe aqui 49,3% 26,8% 23,9%
Porque os meus pais me levam 66,7% 20,8% 12,5%
Por não estar satisfeito com o treinador(a) 70,8% 23,6% 5,6%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q9.
Deslocação para o local da prática desportiva
O meio de transporte mais utilizado para os indivíduos se deslocarem para
o local da prática desportiva é o “Carro” (56,4%), seguido da deslocação “A pé”
(34,6%). O autocarro (transportes públicos) (2,9%) foi o meio utilizado em quarto
lugar para realizar a deslocação até ao local de prática desportiva. Destaque
para a utilização da bicicleta, com 5,3%, que, em conjunto com a deslocação a
pé, perfazem 39,9% dos meios através dos quais os indivíduos se deslocam até ao
local de prática desportiva.
Primeira Parte – Prática desportiva
94
Gráfico 18 - Meios de transporte utilizados para a deslocação para o local da prática da atividade.
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q10.
A maioria dos indivíduos (66,1%) que se desloca de carro referiu que
demora, em média, menos de 10 minutos até ao local de realização da prática
desportiva. Entre 10 e 30 minutos foi o tempo indicado por 45,3% que se
deslocam a pé e 7,7% de bicicleta. O meio de transporte coletivo (autocarro)
aparece referido com expressão para deslocações superiores em termos de
tempo: a partir de 31 minutos.
Gráfico 19 – Meio de transporte e tempo de deslocação para o local da prática da atividade.
56,4%
34,6%
5,3%2,9% 0,2%
0,6%
Carro A pé Bicicleta Autocarro (transportes públicos) Mota Outro
Primeira Parte – Prática desportiva
95
A pé 33,3%
A pé 45,3%
A pé 20,5%
A pé 25,0%
Autocarro 0,7%
Autocarro 4,1%
Autocarro 25,0%Bicicleta 7,7%
Bicicleta 2,6%
Carro 66,7% Carro 46,4%
Carro 71,3%Carro 43,8%
Mota 0,5%
Carr. esc. / clu. 1,0%
Carr. esc. / clu. 6,3%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Menos de 10 minutos De 10 a 30 minutos De 31 a 60 minutos Mais de 1 hora
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q10, Q11.
Agentes de socialização na prática de atividades físicas e desportivas
As formas pelas quais os indivíduos praticam habitualmente atividades
físicas e desportivas com regularidade, é sobretudo “com amigos” (34,9%),
enquanto a segunda circunstância mais referenciada (28,3%) foi o modo
individual, “sozinho” e com a família (10,6%). Se considerarmos o
enquadramento da equipa, do grupo, dos amigos e dos colegas de trabalho, a
prática de atividades decorre em 71,7% dos casos na relação com estes
elementos.
Os homens praticam mais com amigos (40,5%) do que as mulheres,
enquanto as mulheres praticam mais sozinhas (30,2%) do que os homens.
Nas freguesias não urbanas a forma predominante de praticar é com
amigos (37,9%), relativamente às freguesias urbanas (30,8%), enquanto nas
freguesias urbanas predomina a prática “Sozinho”, conforme expresso na tabela
seguinte.
Tabela 66 - Agentes de socialização na prática de atividade física e desportiva.
Com
amigos Sozinho
Com a equipa
Sempre em grupo
(variam os parceiros)
Com a família
Com colegas do trabalho
Primeira Parte – Prática desportiva
96
Concelho de Torres Vedras
34,9% 28,3% 11,9% 11,1% 10,6% 3,2%
Sexo
Homens 40,5% 26,5% 14,0% 6,2% 8,1% 4,7%
Mulheres 28,9% 30,2% 9,6% 16,3% 13,3% 1,7%
Agrupamento de Freguesias
Não urbana 37,9% 26,7% 12,0% 11,1% 9,5% 2,8%
Urbana 30,8% 30,4% 11,8% 11,0% 12,2% 3,8%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q6, QSD1 e QSD3.
Participação em competições desportivas
A participação em competições (na escola, nos campeonatos ou provas
municipais ou em competições federadas) é realizada por 20,0% dos praticantes
regulares de atividades físicas e desportiva (últimas 4 semanas), enquanto 80%
não participa habitualmente em competições.
Tabela 67 – Costuma participar em competições desportivas. Não Sim
80,0% 20,0%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q19.
As competições realizadas na escola, com outras turmas apresentam uma
regularidade de “menos de 1 vez por mês” em 72,7% dos casos, bem como as
competições com outras escolas (73,2%). As competições com maior nível de
regularidade são as federadas, 60% delas realizam-se entre 1 a 2 vezes por
semana. As competições sob a forma de campeonatos municipais ou provas
desportivas municipais apresentam uma regularidade em 24,6% dos casos entre 1
a 2 vezes por semana e 38,6% realizam-se menos de uma vez por mês, conforme
exposto na tabela seguinte.
Tabela 68 – Tipo e frequência das competições desportivas.
Competições Menos de 1 x por mês
1 a 3 x por mês
1 x por semana
2 x por semana
Na escola, em competições com outras turmas da minha escola
72,7% 15,9% 6,8% 4,5%
Na escola, em competições com outras escolas 73,2% 17,1% 7,3% 2,4%
Fora da escola, em campeonatos municipais ou provas desportivas municipais
38,6% 36,8% 22,8% 1,8%
Em competições federadas 22,9% 17,1% 47,1% 12,9%
Outras competições (Provas abertas) 1,9%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q19.
Primeira Parte – Prática desportiva
97
4.2 Razões para a prática desportiva
Conhecer os motivos que levam a população a realizar atividade física e
desportiva, de forma a interpretar a participação, o abandono e melhorar a
oferta atual foi o propósito das questões colocadas. De acordo com a
categorização de Murcia, J., Gimeno, E., & Camacho, A. (2007), os motivos de
realização de prática atividade física e desportiva podem agrupar-se em três
dimensões: A) fitness/ saúde; B) aparência, C) diversão e; D) competência.
Tabela 69 – Dimensões das razões para praticar atividades físicas e desportivas. Motivos Indicadores
Fitness / saúde Para melhorar a saúde
Para melhorar a forma física Para aliviar o stress, relaxar e quebrar com a rotina do dia-a-dia Porque o médico recomendou
Aparência Para melhorar a aparência física
Diversão Porque gosto de desporto Para ocupar os tempos livres e divertir-me
Competência Pelo espírito de competição
Fonte: Adaptado de Murcia, J., Gimeno, E., & Camacho, A. (2007).
As três principais razões para a realização da prática de atividade física e
desportiva foram: primeiro, “para melhorar a saúde”, 96,2% de concordância
(Concordo e Concordo Totalmente); segundo foi evidenciada a razão “para
melhorar a forma física” (93,9%) e, em terceiro lugar, “aliviar o stress, relaxar e
quebrar com a rotina do dia-a-dia” (91,7%). A última razão evocada foi “pelo
espírito de competição” com uma valor de concordância de 27,4%, conforme
gráfico e tabela seguintes.
Gráfico 20 - Razões consideradas para praticar atividade física e desportiva, homens e mulheres.
Primeira Parte – Prática desportiva
98
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q13.
A dimensão que prevalece e orienta as decisões de prática de atividade
física e desportiva é a referida de fitness/ saúde, seguida da dimensão diversão,
nos termos da sistematização proposta por Murcia, J., Gimeno, E., & Camacho,
A. (2007).
Tabela 70 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, homens e mulheres.
Razões Discordo
Totalmente Discordo
Não Discordo, nem concordo
Concordo Concordo
Totalmente
Para melhorar a saúde 0,2% 2,3% 1,2% 54,1% 42,1%
Para melhorar a forma física 0,4% 2,9% 2,7% 59,5% 34,4%
Para aliviar o stress, relaxar e quebrar com a rotina do dia-a-dia
0,4% 3,9% 3,9% 50,7% 41,0%
Porque gosto de desporto 1,2% 4,4% 11,2% 53,3% 29,9%
Para ocupar os tempos livres e divertir-me
2,5% 10,2% 10,4% 55,6% 21,4%
Para melhorar a aparência física 2,9% 9,6% 13,5% 52,2% 21,8%
Para conviver, conhecer outras pessoas, estar com amigos
4,6% 11,2% 12,9% 51,7% 19,7%
1,0%
27,4%
28,6%
71,4%
74,0%
77,0%
83,2%
91,7%
93,9%
96,2%
Outras razões
Pelo espírito de competição
Porque o médicorecomendou
Para conviver, conheceroutras pessoas, estar com…
Para melhorar a aparênciafísica
Para ocupar os tempos livrese divertir-me
Porque gosto de desporto
Para aliviar o stress, relaxar equebrar com a rotina do…
Para melhorar a forma física
Para melhorar a saúde
Primeira Parte – Prática desportiva
99
Porque o médico recomendou 25,9% 25,7% 19,7% 21,1% 7,5%
Pelo espírito de competição 20,3% 32,0% 20,3% 20,1% 7,3%
Outras razões
1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q13.
Razões para prática de atividade física e desportiva, por sexo.
As 3 razões principais que as mulheres e homens alegaram para realizar
atividade física e desportiva são as mesmas: (1.ª) “para melhorar a saúde”, (2.ª)
“para melhorar a forma física” e (3.ª) “para aliviar o stress, relaxar e quebrar
com a rotina do dia-a-dia”.
Num segundo conjunto de razões existe diferenças. Os homens valorizam
“porque gosto de desporto”, “para ocupar os tempos livres e divertir-me” e
“para conviver, conhecer outras pessoas, estar com amigos”, enquanto as
mulheres valorizam “Para melhorar a aparência física”, “Porque gosto de
desporto” e “Para ocupar os tempos livres e divertir-me.
Destaca-se ainda que as razões “pelo espírito de competição” e “para
melhorar a aparência física” apresentam valores distintos na hierarquia de
importância: as mulheres valorizam mais a melhoria da aparência física,
enquanto os homens valorizam a dimensão competitiva.
A componente do prazer da prática, “gosto pelo desporto” foi
predominantemente valorizada pelos homens (90,3% vs. 76,3% nas mulheres),
conforme tabela seguinte.
Tabela 71 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, homens.
Razões Discordo
Totalmente Discordo
Não Discordo, nem concordo
Concordo Concordo
Totalmente
Para melhorar a saúde 0,4% 3,0% 2,1% 57,8% 36,7%
Para melhorar a forma física 0,8% 3,8% 2,1% 58,6% 34,6%
Para aliviar o stress, relaxar e quebrar com a rotina do dia-a-dia
0,4% 3,8% 5,5% 53,4% 37,0%
Porque gosto de desporto 2,1% 1,7% 5,9% 52,7% 37,6%
Para ocupar os tempos livres e divertir-me
1,7% 9,7% 8,5% 56,8% 23,3%
Para conviver, conhecer outras pessoas, estar com amigos
5,1% 8,0% 12,7% 50,2% 24,1%
Primeira Parte – Prática desportiva
100
Para melhorar a aparência física 4,3% 10,6% 14,9% 50,6% 19,6%
Pelo espírito de competição 16,2% 26,8% 17,0% 28,9% 11,1%
Porque o médico recomendou 32,8% 26,3% 19,8% 16,8% 4,3%
Outras razões 1,2%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q13.
Tabela 72 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, mulheres.
Razões Discordo
Totalmente Discordo
Não Discordo, nem concordo
Concordo Concordo
Totalmente
Para melhorar a saúde 0,0% 1,6% 0,4% 50,6% 47,3%
Para melhorar a forma física 0,0% 2,0% 3,3% 60,4% 34,3%
Para aliviar o stress, relaxar e quebrar com a rotina do dia-a-dia
0,4% 4,0% 2,4% 48,2% 44,9%
Para melhorar a aparência física 1,6% 8,5% 12,2% 53,7% 24,0%
Porque gosto de desporto 0,4% 6,9% 16,3% 53,9% 22,4%
Para ocupar os tempos livres e divertir-me
3,3% 10,6% 12,2% 54,5% 19,5%
Para conviver, conhecer outras pessoas, estar com amigos
4,1% 14,3% 13,1% 53,1% 15,5%
Porque o médico recomendou 19,5% 25,2% 19,5% 25,2% 10,6%
Pelo espírito de competição 24,3% 37,0% 23,5% 11,5% 3,7%
Outras razões 0,8%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q13.
Comparativamente, conforme a tabela seguinte, as três principais razões
de prática apresentam maior intensidade de concordância entre os inquiridos da
população em Torres Vedras.
Tabela 73 - Comparação das três principais razões para praticar atividades físicas e
desportivas.
Razões Torres Vedras (A) Portugal União Europeia
Para melhorar a saúde 96,2% 51% 54%
Para melhorar a forma física 93,9% 36% 47%
Para aliviar o stress, relaxar e quebrar com a rotina do dia-a-dia
91,7% 38% 38%
Obs. A – corresponde a Concordo e Concordo Totalmente.
Fonte: Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q13;
European Commission. (2018). Special Eurobarometer 472/ Wave EB88.4: Sport and Physical Activity. European
Commission, Directorate-General for Education and Culture and co-ordinated by Directorate-General for Communication.
DOI:10.2766/483047, p. 53.
4.3 Razões para a não prática desportiva
As principais razões para a não realização da prática de atividade física e
desportiva (no último ano) foram: “porque não tenho tempo” (61,5%) de
concordância (concordo e concordo totalmente); “porque não tenho motivação/
não estou interessado” (38,3%) e “devido à minha idade” (29,0%). A razão
“porque não tenho com quem fazer desporto” foi referida por cerca de um
Primeira Parte – Prática desportiva
101
quarto dos inquiridos (24,5%). A última razão evocada foi “porque não existem
infraestruturas/ espaços adequados, perto do sítio onde moro” com uma valor
de concordância de 19,3%, conforme gráfico e tabela seguintes.
Gráfico 21 - Razões consideradas para não praticar atividade física e desportiva.
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q14
Tabela 74 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, homens e mulheres.
Razões Discordo
Totalmente Discordo
Não Discordo, nem concordo
Concordo Concordo
Totalmente
Porque não tenho tempo 6,4% 20,8% 11,3% 40,5% 21,0%
Porque não tenho motivação / não estou interessado
13,9% 33,3% 13,9% 31,1% 7,7%
Devido à minha idade 27,7% 33,3% 10,0% 19,2% 9,8%
Porque tenho uma doença ou lesão 28,4% 37,7% 8,0% 17,8% 8,1%
Porque não tenho com quem fazer desporto
15,9% 43,5% 16,1% 20,9% 3,6%
Porque é muito dispendioso (caro) 16,3% 44,1% 17,6% 17,8% 4,2%
Porque não gosto de fazer desporto ou 17,1% 42,7% 18,4% 16,9% 4,9%
2,4%
19,3%
20,8%
21,8%
22,0%
24,5%
25,9%
29,0%
38,8%
61,5%
Outras razões
Porque não existem infra-estruturas / espaços…
Porque faltam atividadesadequadas às minhas…
Porque não gosto de fazerdesporto ou atividades físicas
Porque é muito dispendioso(caro)
Porque não tenho com quemfazer desporto
Porque tenho uma doença oulesão
Devido à minha idade
Porque não tenho motivação /não estou interessado
Porque não tenho tempo
Primeira Parte – Prática desportiva
102
atividades físicas
Porque faltam atividades adequadas às minhas preferências
17,6% 42,7% 18,9% 18,3% 2,5%
Porque não existem infra-estruturas / espaços adequados, perto do sítio onde moro
21,0% 43,4% 16,3% 15,7% 3,6%
Outras razões
2,4%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q14.
Razões para a não prática de atividade física e desportiva, por sexo
As duas (2) razões principais que as mulheres e homens alegaram para não
realizar atividade física e desportiva são as mesmas: (1.ª) “porque não tenho
tempo” e (2.ª) “porque não tenho motivação/ não estou interessado”.
A razão “devido à minha idade” foi evidenciada sobretudo pelos homens (3.ª
razão), como questão impeditiva da prática de atividade física e desportiva,
enquanto as mulheres referem-na em 7.º lugar.
As mulheres mostraram que a razão “porque não tenho com quem fazer
desporto” é relevante ao ter sido identificada em 3.º lugar, enquanto que os
homens referem-na em 6.º lugar.
Os homens referem com maior relevância, “porque faltam atividades
adequadas às minhas preferências” e “porque não existem infraestruturas/
espaços adequados, perto do sítio onde moro”, do que as mulheres, que referem
estas razões em último lugar.
A componente do prazer da prática, “porque não gosto de fazer desporto
ou atividades físicas” não foi valorizada pelos homens (última razão - 16,2%
versus 26,4% nas mulheres), conforme tabelas seguintes.
Tabela 75 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, homens.
Razões Discordo
Totalmente Discordo
Não Discordo, nem concordo
Concordo Concordo
Totalmente
Porque não tenho tempo 7,7% 23,9% 8,5% 39,7% 20,1%
Porque não tenho motivação / não estou interessado
12,8% 37,6% 12,4% 32,9% 4,3%
Devido à minha idade 22,5% 34,6% 8,7% 24,7% 9,5%
Porque tenho uma doença ou lesão 24,7% 43,8% 6,4% 20,0% 5,1%
Porque faltam atividades adequadas às minhas preferências
17,6% 43,8% 15,5% 21,0% 2,1%
Porque não tenho com quem fazer 13,7% 50,2% 15,0% 18,9% 2,1%
Primeira Parte – Prática desportiva
103
desporto
Porque não existem infra-estruturas / espaços adequados, perto do sítio onde moro
18,8% 50,0% 11,5% 17,9% 1,7%
Porque é muito dispendioso (caro) 16,7% 51,7% 15,0% 14,1% 2,6%
Porque não gosto de fazer desporto ou atividades físicas
17,9% 48,5% 17,4% 12,8% 3,4%
Outras razões 2,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q14.
Tabela 76 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, mulheres.
Razões Discordo
Totalmente Discordo
Não Discordo, nem concordo
Concordo Concordo
Totalmente
Porque não tenho tempo 5,4% 18,4% 13,4% 41,1% 21,7%
Porque não tenho motivação / não estou interessado
14,8% 30,0% 15,2% 29,6% 10,4%
Porque não tenho com quem fazer desporto
17,7% 38,1% 17,0% 22,4% 4,8%
Porque tenho uma doença ou lesão 31,4% 32,8% 9,2% 16,0% 10,6%
Porque não gosto de fazer desporto ou atividades físicas
16,4% 38,0% 19,2% 20,2% 6,2%
Porque é muito dispendioso (caro) 16,0% 38,1% 19,7% 20,7% 5,4%
Devido à minha idade 31,8% 32,2% 11,1% 14,9% 10,0%
Porque não existem infra-estruturas / espaços adequados, perto do sítio onde moro
22,8% 38,1% 20,1% 13,9% 5,1%
Porque faltam atividades adequadas às minhas preferências
17,5% 41,9% 21,6% 16,2% 2,7%
Outras razões 2,6%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q14.
Gráfico 22 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, homens e mulheres.
Primeira Parte – Prática desportiva
104
59,8%
37,2%
21,0%
25,1%
16,2% 16,7%
34,2%
19,7%23,2%
62,9%
40,1%
27,2%26,6%
26,4% 26,2% 24,9%
19,0% 18,9%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Por
que
não
ten
ho
tem
po
Por
que
não
ten
ho
mo
tiva
ção
/ n
ãoes
tou
inte
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Por
que
não
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Por
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doen
ça o
u le
são
Por
que
não
gost
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e fa
zer
des
po
rto
ou
ativ
idad
es f
ísic
as
Por
que
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uit
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spen
dio
so (
caro
)
Dev
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à m
inha
idad
e
Por
que
não
exis
tem
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tura
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aços
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dos
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nde
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Por
que
falt
am a
tivi
dad
es a
deq
uad
asàs
min
has
pre
ferê
ncia
s
Ou
tras
raz
ões
Homens
Mulheres
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q14. Os valores correspondem ao somatório das categorias “Concordo” e “Concordo totalmente”.
Também de forma comparativa, conforme a tabela seguinte, as três
principais razões de não prática apresentam maior intensidade de acordo entre
os inquiridos da população em Torres Vedras, face aos resultados obtidos na
população portuguesa e na União Europeia.
Tabela 77 - Comparação das três principais razões para não praticar atividades físicas e
desportivas.
Razões Torres Vedras (A) Portugal União Europeia
Porque não tenho tempo 61,5% 43% 40%
Porque não tenho motivação / não estou interessado
38,8% 33% 20%
Porque tenho uma doença ou lesão 28,4% 10% 14%
Obs. A – corresponde a Concordo e Concordo Totalmente.
Fonte: Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q14; European Commission. (2018). Special
Eurobarometer 472/ Wave EB88.4: Sport and Physical Activity. European Commission, Directorate-General for Education
and Culture and co-ordinated by Directorate-General for Communication. DOI:10.2766/483047, p. 60.
Primeira Parte – Prática desportiva
105
4.4 Participação futura em atividades físicas e desportivas
A intenção de prática desportiva futura dos indivíduos não praticantes
desportivos é de 30,9%, enquanto 69,1% dos indivíduos manifestaram uma
intenção neutra e negativa (não sei/ provavelmente, não/ não, certamente)
para iniciar a prática de atividades físicas e desportivas. Este facto expressa na
população do concelho de Torres Vedras um índice de procura desportiva não
satisfeita de 15,4%, situação que corresponde à existência de um plano mental e
consciente do indivíduo para iniciar a prática de atividade física desportiva.
As mulheres (33,8%) evidenciaram um nível de intenção superior aos
homens (27,2%) para iniciar a prática de atividades físicas e desportivas. Esta
circunstância demonstra uma maior procura desportiva por parte das mulheres.
A população residente nas freguesias não urbanas evidenciou uma maior
procura desportiva, revelada pelas afirmações dos indivíduos, 32,2% contra
28,0% nas freguesias urbanas, conforme exposto na tabela abaixo.
Tabela 78 - Prática de atividades físicas e desportivas no futuro. Intenção de prática de
atividades físicas e desportivas no futuro
Não, certamente
Provavelmente, não
Não sei Provavelmente,
sim
Sim, certamente
Torres Vedras 27,1% 24,1% 17,9% 26,0% 4,9%
Sexo
Homens 31,5% 25,5% 15,7% 23,0% 4,3%
Mulheres 23,6% 23,0% 19,6% 28,4% 5,4%
Agrupamento de Freguesias
Não urbanas 29,7% 22,1% 16,1% 28,1% 4,1%
Urbanas 21,3% 28,7% 22,0% 21,3% 6,7%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q14.
Primeira Parte – Prática desportiva
106
Gráfico 23- Comportamento da população face ao desporto.
1 x por ano 5,7%
Potenciais praticantes - procura não satisfeita 15,4%
Restante população -sem intenção de iniciar a prática
43,5%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q3 e Q15.
Atividades físicas e desportivas pretendidas
As preferências globais, pelas modalidades de atividades físicas e
desportivas do segmento de indivíduos não praticantes, estão orientadas em
primeiro lugar para as “atividades de manutenção (caminhada, jogging,
corrida)” com 23,5% de referências. Sucede-se a preferência pela “natação e
hidroginástica” (20,4%), “futebol” (7,3%) e “ciclismo/ cicloturismo/ btt” com
(5,3%), conforme tabela seguinte.
Primeira Parte – Prática desportiva
107
Gráfico 24 - Atividades físicas e desportivas pretendidas.
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q15.
Tabela 79 - Atividades físicas e desportivas pretendidas. 1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª
Torres Vedras Atividades de Manutenção
(23,5%)
Natação e Hidroginástica (20,4%)
Futebol (7,3%) Ciclismo / Ciclotur. / Btt (5,3%)
Yoga (3,7%)
Sexo
Homens Atividades de Manutenção
(22,2%) Futebol (17,1%)
Natação e Hidroginástica (11,9%)
Ciclismo / Ciclotur. / Btt (11,5%)
Atletismo (6,0%)
Mulheres Natação e
Hidroginástica (12,7%)
Atividades de Manutenção (24,9%)
Yoga (5,8%) Danças desportivas (Danças de Salão)
(5,5%)
Danças gímnicas e ballet (Aeróbica, Cardio, Hip Hop, Dança Jazz, Step)
(5,5)
Agrupamento de Freguesias
Não urbana Atividades de manutenção
(40,0%)
Natação e Hidroginástica (31,8%)
Futebol (11,4%) Ciclismo/ Ciclotur./
Btt (8,9%) Atletismo (7,5%)
Urbana Atividades de manutenção
(23,0%)
Natação e Hidroginástica (20,6%)
Futebol (7,4%) Danças desportivas (Danças de Salão)
(4,9%)
Ciclismo/ Ciclotur./ Btt
(3,9%)
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q15.
3,1%
3,1%
3,3%
3,4%
3,7%
5,3%
7,3%
20,4%
23,5%
Danças gimnícas e Ballet(Aeróbica, Cardio, Hip Hop,
Dança Jazz, Step)
Ginástica de manutenção
Atletismo
Danças desportivas(Danças de Salão)
Yoga
Ciclismo / Ciclotur. / BTT
Futebol
Natação e Hidroginástica
Actividades demanutenção (Musculação,
Caminhada, Jogging)
Primeira Parte – Prática desportiva
108
Atividades físicas e desportivas pretendidas, por sexo
As mulheres e os homens evidenciaram preferências distintas
relativamente às atividades físicas e desportivas que pretendem praticar. As
mulheres preferem em primeiro lugar a natação e hidroginástica (12,7%),
enquanto os homens referem essa preferência em 3.º lugar (11,9%). Os homens
pretendem em primeiro lugar atividades de manutenção (caminhada, jogging,
corrida) (12,7%) e em segundo lugar futebol (17,1%). As mulheres apresentam
também preferências por atividades de manutenção (caminhada, jogging,
corrida), seguida da modalidade de yoga, danças desportivas e danças gímnicas e
ballet, conforme exposto na tabela anterior.
Atividades físicas e desportivas pretendidas, por agrupamento de freguesias
A natureza da freguesia de residência dos inquiridos parece não evidenciar
preferências muito diversas em termos de atividades pretendidas. As atividades
maioritariamente preferidas, quer nas freguesias urbanas, quer nas não urbanas,
são as atividades de manutenção, a natação e hidroginástica e o futebol. Nas
freguesias não urbanas foi ainda preferida a modalidades de ciclismo/
cicloturismo/ btt e atletismo, enquanto os indivíduos residentes nas freguesias
urbanas apresentaram preferência por danças desportivas (danças de salão) e
ciclismo/ cicloturismo / btt, conforme expressa a tabela anterior.
4.5 Gastos médios das famílias com desporto
Os gastos médios dos agregados familiares com o desporto, incluindo o
equipamento, durante o último ano foram de 55,30€ por mês. Com gastos entre
20,00€ e 40,00€ encontra-se a maioria dos indivíduos (34,0%). A mediana foi de
30,00€, ou seja, 50% dos indivíduos despenderam acima de 30,00€ e os outros
50% terão gasto menos de 30,00€ por mês. Mais de metade dos agregados (50,5%)
gasta com desporto um valor entre 20,01€ e 60,00€.
Releva-se que cerca de dez porcento dos indivíduos (9,50%) não tem
qualquer custo mensal para realizar atividade física e desportiva, enquanto
15,2% dos indivíduos afirmou gastar mais de 80,01€ por mês, conforme expresso
no gráfico abaixo.
Primeira Parte – Prática desportiva
109
Gráfico 25 - Gastos médios mensais dos agregados familiares com o desporto.
9,5%
18,8%
34,0%
16,5%
5,9%
7,7%
7,5%
0,00 €
1,00€ a 20,00€
20,01€ a 40,00€
40,01€ a 60,00€
60,01€ a 80,00€
80,01€ a 100,00€
Mais de 100,00€
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q12.
Primeira Parte – Prática desportiva
110
4.6 Associativismo desportivo
O grau de afiliação no associativismo desportivo evidenciado pelos
indivíduos residentes no concelho de Torres Vedras é de 36,4%, na medida em
que referem que são sócios de algum clube ou associação desportiva. Os homens
evidenciaram um maior grau de associativismo em clubes desportivos (48,4%) do
que as mulheres (25,9%). Nas freguesias denominadas de urbanas os indivíduos
apresentam uma maior taxa de afiliação em clubes desportivos (40,7%) do que
nas freguesias designadas de não urbanas (34,0%), conforme tabela seguinte.
Tabela 80 - Grau de afiliação no associativismo desportivo.
Associado de um clube ou associação desportiva
Torres Vedras 36,4%
Sexo
Homens 48,4%
Mulheres 25,9%
Agrupamento de Freguesias
Não urbana 34,0%
Urbana 40,7%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q17.
Na relação entre número de clubes e número e habitantes, e de forma
comparativa entre os resultados médios para o país e para o concelho de Torres
Vedras, tal como se expressa na tabela seguinte, constata-se que o concelho
apresenta um valor que está a de metade do valor de referência nacional.
Tabela 81 – Número de clubes por mil habitantes.
Razões Torres Vedras (A) Portugal União Europeia
Para aliviar o stress, relaxar e quebrar com a rotina do dia-a-dia
0,5 1 -
Obs. – Torres Vedras 39 clubes/78.518 residentes; Portugal, 10.748 clubes/ 10.291.027
Fonte: CMTV 2017; INE. (2019). População residente (N.º) por Local de residência (NUTS - 2013), Sexo e Grupo etário;
Anual - INE, Estimativas anuais da população residente. Retrieved from
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0008273&xlang=pt ;
IPDJ. (2019). Estatísticas do desporto. Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. Retrieved from:
http://www.idesporto.pt/conteudo.aspx?id=103
Primeira Parte – Prática desportiva
111
4.7 Interesse pelo desporto
A maioria da população do concelho de Torres Vedras revela interesse pelo
desporto em geral, de tal modo que 74,8% expressou níveis de 6 a 10 e 31%
manifestou elevado interesse (níveis 9 e 10). Relativamente ao interesse pela
prática de desporto o interesse é similar: 69,4% revelou interesse e 29,5%
elevado interesse. Estar informado sobre desporto é menos interessante do que
os temas acima, 60,6% revela interesse e 27,2% muito interesse. O interesse em
assistir a espetáculos desportivos ao vivo é evidenciado por 59,7% da população,
dos quais 25,7% expressou elevado interesse.
Através dos meios audiovisuais (televisão, rádio, jornais e internet) o
interesse em assistir/ ter acesso a espetáculos desportivos é ainda superior,
64,5% e 24% com elevado interesse, conforme expresso na tabela seguinte.
Tabela 82 – Nível de interesse pelo desporto.
Tipo de interesse
Nível de interesse pelo desporto (Escala de 0 a 10, em que 0= nenhum interesse e 10 = máximo
interesse) 0, 1 2, 3, 4 5 6, 7, 8 9, 10
Interesso-me pelo desporto em geral 2,6% 9,2% 13,4% 43,8% 31,0%
Interessa-me a prática de desporto 3,5% 11,5% 15,6% 39,9% 29,5%
Interessa-me estar informado sobre o desporto 6,3% 16,2% 13,1% 37,3% 27,2%
Interessa-me assistir a espetáculos desportivos ao vivo 7,5% 17,0% 14,9% 34,9% 25,7%
Interessa-me assistir / ter acesso a espetáculos desportivos, através de meios audiovisuais (televisão, rádio, jornais e internet)
8,6% 16,5% 15,2% 35,7% 24,0%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q20.
Primeira Parte – Prática desportiva
112
Gráfico 26 – Nível de interesse pelo desporto.
59,7%
60,6%
64,5%
69,4%
74,8%
Interessa-me assistir /ter acesso aespectáculos
desportivos, através…
Interessa-me assistir aespetáculos
desportivos ao vivo
Interessa-me estarinformado sobre o
desporto
Interessa-me a práticade desporto
Interesso-me pelodesporto em geral
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q20. Valores correspondem ao somatório dos níveis de
interesse positivos (6 a 10).
Os homens expressaram em todas as dimensões maior interesse pelas
questões do desporto do que as mulheres, considerando os níveis de 6 a 10 da
escala. As maiores diferenças encontradas entre os sexos são observadas em
“interesso-me pelo desporto em geral” (homens 85,9%; mulheres 65,1%),
“interessa-me estar informado sobre o desporto” (homens 78,4%; mulheres
52,3%) e “interessa-me assistir/ ter acesso a espetáculos desportivos, através de
meios audiovisuais (televisão, rádio, jornais e internet)” (homens 71,9%;
mulheres 49,0%). A diferença menor foi na dimensão “interessa-me a prática de
desporto” homens 78,0%; mulheres 61,7%), conforme gráfico seguinte.
Primeira Parte – Prática desportiva
113
Gráfico 27 - Nível de interesse pelo desporto, por sexo.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Interesso-me pelodesporto em geral
Interessa-me a prática dedesporto
Interessa-me estarinformado sobre o
desporto
Interessa-me assistir aespetáculos desportivos ao
vivo
Interessa-me assistir / teracesso a espetáculos
desportivos, através demeios audiovisuais
Homens
Mulheres
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q20, QSD3.
4.8 Acesso à informação sobre desporto e meios de
comunicação social
Os meios de comunicação social (jornais/ rádios/ internet) são consultados
por cerca de metade da população (53%), com o objetivo de estar informada
sobre o desporto do concelho de Torres Vedras, enquanto 47% da população
referiu que não costuma aceder a jornais, rádios ou à Internet para aceder a
informação sobre o desporto no concelho onde reside.
Tabela 83 - Informação sobre o desporto do concelho de Torres Vedras. Para estar informado sobre o desporto do concelho de Torres Vedras,
costuma aceder a jornais, rádios ou à Internet
Não Sim
47,0% 53,0%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q21.
O principal jornal consultado pela população para estar informada sobre o
desporto do concelho de Torres Vedras foi destacadamente o “Jornal Badaladas”
com 78,5% das referências. Sucedem-se jornais de carácter nacional: “jornal A
Bola” (6,7%), “jornal Record” e “Jornal Correio da Manhã”, ambos com 5,8% das
referências, conforme gráfico seguinte.
Primeira Parte – Prática desportiva
114
Gráfico 28 - Principais jornais consultados.
0,2%
0,6%
0,6%
1,3%
5,8%
5,8%
6,7%
78,5%
Outros
Revista Amor àCamisola
Jornal Público
Atividades de TorresVedras
Jornal Record
Jornal Correio daManhã
Jornal A Bola
Jornal Badaladas
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q22.
A principal estação de rádio ouvida pela população para estar informada
sobre o desporto do concelho de Torres Vedras foi destacadamente a “Rádio
Oeste” com 66,4% das referências e a “Rádio Europa” (18%). Sucedem-se rádios de
carácter nacional, conforme exposto conforme gráfico seguinte.
Gráfico 29 – Principais rádios consultados.
1,2%
2,0%
3,7%
4,1%
4,5%
18,0%
66,4%
Outras
Rádio Comercial
Rádio Renascença
Rádio RFM
Rádio Antena 1
Rádio Europa
Rádio Oeste
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q22.
Os principais sítios na internet acedidos pela população para estar
informada sobre o desporto do concelho de Torres Vedras foram “Torres Vedras
web” (26,1%) e CM de Torres Vedras com 21,8% das referências. Foram ainda
Primeira Parte – Prática desportiva
115
referidos sítios de amplitude nacional e outros sítios cujo somatório totaliza 19,4%
das referências, conforme exposto conforme gráfico seguinte.
Gráfico 30 - Principais sítios na internet acedidos.
19,4%
2,4%
3,8%
4,3%
6,6%
8,1%
21,8%
26,1%
Outros sítios
Rtv on
Sapo
Zero a zero
Fm desporto
CM de Torres Vedras
Torres Vedras web
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q22.
Primeira Parte – Prática desportiva
116
4.9 Assistência a espetáculos desportivos
A assistência a espetáculos desportivos ao vivo é uma forma de
aculturação ao fenómeno desportivo, que contribui para um maior
conhecimento, compreensão, valorização e gosto pelo desporto. No último ano,
a maioria da população de Torres Vedras (44,8%) afirmou que nunca assistiu a
espetáculos desportivos ao vivo. A assistência a espetáculos desportivos parece
ser um hábito raro, uma vez que 25,3% dos inquiridos situaram a resposta entre
“Pelo menos 1 x por mês” e “Pelo menos 1 x por semana”, conforme expresso na
tabela seguinte.
Tabela 84 - Assistência a espetáculos desportivos ao vivo. Nunca
Pelo menos 1 x por ano
Pelo menos 1 x por mês
Pelo menos 1 x por semana
No último ano, assistiu a espetáculos ou eventos desportivos ao vivo (jogos, competições ou provas desportivas)
44,8% 29,9% 19,0% 6,3%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q24.
As principais modalidades dos espetáculos desportivos assistidos foram o
futebol, destacadamente com 46,6% de referências, o ciclismo/ cicloturismo/ btt
(7,8%) e o hóquei em patins (7,2%), conforme tabela seguinte.
Tabela 85 - Modalidades dos espetáculos desportivos assistidos ao vivo. Modalidade Assistência
Futebol 46,6%
Ciclismo/cicloturismo/btt 7,8%
Hóquei em patins 7,2%
Atletismo 7,0%
Futsal 4,2%
Ginástica desportiva 3,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q24.
A maioria dos indivíduos (66,2%) que assistiram a espetáculos desportivos
ao vivo afirmou tê-lo feito no concelho de Torres Vedras. Assim,
independentemente da regularidade, os indivíduos inquiridos elegeram o seu
concelho como local preferencial para assistir ao vivo a espetáculos desportivos.
Tabela 86 - A maioria dos espetáculos desportivos assistidos decorreu no concelho de Torres Vedras.
Fora do concelho de Torres Vedras
No concelho de Torres Vedras
33,8% 66,2%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q24.
Primeira Parte – Prática desportiva
117
4.10 Perceção sobre as oportunidades de prática de atividade
física e desportiva na comunidade local
A população de Torres Vedras perceciona que no concelho existem
numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas (77,1%)
(concordo e concordo totalmente) e 65,4%, dos indivíduos consideram que os
clubes desportivos e outras entidades locais oferecem numerosas possibilidades
de praticar atividades físicas e desportivas. Contudo, 52,8% dos indivíduos
reconhece que não tem tempo para as praticar. Sobre o desempenho da Câmara
Municipal e da Junta de Freguesia, 54,5% dos indivíduos consideraram que estas
entidades estão a fazer o suficiente pela população relativamente à atividade
física e desporto e mais de um quarto da população (27,6%) não tem posição e
não consegue avaliar o desempenho da das entidades públicas no que respeita à
atividade física e desporto, conforme tabela seguinte.
Tabela 87 - Perceção sobre as oportunidades de prática desportiva na comunidade local.
Oportunidades de prática desportiva
Discordo Totalmente
Discordo Não Discordo, nem concordo
Concordo Concordo
Totalmente
Não sei/ Desconheço
Os clubes desportivos e outras entidades do meu concelho oferecem numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas
1,8% 5,6% 11,7% 57,2% 19,9% 3,7%
As possibilidades de praticar atividade física e desporto no meu concelho existem, mas não tenho tempo para as praticar
4,2% 21,4% 18,8% 36,0% 16,8% 2,7%
Não tenho realmente interesse em praticar atividade física e desporto, prefiro fazer outras coisas no meu tempo livre
1,2% 10,8% 14,2% 48,4% 17,0% 8,4%
A Câmara Municipal e Junta de Freguesia estão a fazer o suficiente pela população relativamente à atividade física e desporto.
3,4% 14,6% 20,6% 41,1% 13,4% 7,0%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q25;
Primeira Parte – Prática desportiva
118
Na comparação da perceção de oportunidades de prática, no concelho, no país e
na União Europeia, verifica-se que os respondentes têm uma avaliação superior
quanto às oportunidades proporcionados pelos clubes e outras entidades (77,1%),
que os valores de menor interesse pela prática (65,4%) são superiores e que
valorizam mais (54,5%), comparativamente, o que a Câmara Municipal e Junta de
Freguesia estão a fazer pela população relativamente à atividade física e
desporto.
Tabela 88 – Comparação da perceção sobre as oportunidades de prática desportiva na
comunidade local.
Comparação das oportunidades de prática desportiva
Concelho de Torres Vedras
(A) Portugal União Europeia
Os clubes desportivos e outras entidades do meu concelho oferecem numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas
77,1% 63% 73%
As possibilidades de praticar atividade física e desporto no meu concelho existem, mas não tenho tempo para as praticar
52,8% 67% 74%
Não tenho realmente interesse em praticar atividade física e desporto, prefiro fazer outras coisas no meu tempo livre
65,4% 44% (D) 54% (D)
A Câmara Municipal e Junta de Freguesia estão a fazer o suficiente pela população relativamente à atividade física e desporto.
54,5% 44% 49%
Obs. A – corresponde a Concordo e Concordo Totalmente Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q25; European Commission. (2018). Special Eurobarometer 472/ Wave EB88.4: Sport and Physical Activity. European Commission, Directorate-General for Education and Culture and co-ordinated by Directorate-General for Communication. DOI:10.2766/483047, p. 66, 70, 74; D - European Commission. (2010). Special Eurobarometer 334/Wave 72.3: Sport and Physical Activity. European Commission, Directorate-General for Education and Culture and co-ordinated by Directorate-General for Communication, p. 48.
Primeira Parte – Prática desportiva
119
4.11 Programas desportivos no concelho
Cerca de metade da população (49,3%) do concelho de Torres Vedras afirmou
não ter conhecimento da existência de qualquer programa de promoção do
desporto ou da atividade física no concelho de Torres Vedras.
Tabela 89 – Conhecimento de programas de promoção do desporto ou da atividade física no concelho.
Não Sim
49,3% 50,7%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q23.
De entre os indivíduos que afirmaram conhecer qualquer programa de
promoção do desporto ou da atividade física no concelho de Torres Vedras,
constatou-se que o programa com maior nível de notoriedade foi o designado
“Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” (83,2%), seguido do “Programa Mexa-se -
Aulas no Parque Verde da Várzea” (77,0%) e do programa “Night Run” (74,2%). Os
programas com níveis de notoriedade mais reduzidos foram “No Domingo a Rua é
Nossa” (26,9%) e “É hoje! Dia fitness” (22,7%), conforme referido na tabela
abaixo.
Tabela 90 – Reconhecimento do nome do programa de promoção do desporto ou da atividade física.
Programa Não reconheço Reconheço
Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida 16,8% 83,2%
Programa Mexa-se - Aulas no Parque Verde da Várzea 23,0% 77,0%
Night Run 25,8% 74,2%
Campeonatos Municipais de Atletismo e Futebol 40,4% 59,6%
Passos no concelho – programa de percursos pedestres
51,3% 48,7%
Diabetes em Movimento 70,3% 29,7%
No Domingo a Rua é Nossa 73,1% 26,9%
É hoje! Dia fitness 77,3% 22,7%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q23.
Primeira Parte – Prática desportiva
120
4.12 Obstáculos para mais atividade física e desportiva entre
a população
À questão de natureza aberta sobre quais os aspetos que julga serem
obstáculo para existir mais atividade física e desportiva entre a população de
Torres Vedras? foram referidos 3 obstáculos principais: em primeiro lugar a
inércia das pessoas: falta de vontade, interesse, motivação, falta de tempo com
29,6% das referências; em segundo lugar as infraestruturas: piscinas municipais,
instalações desportivas públicas, espaços para a prática desportiva, manutenção,
segurança, iluminação com 15,1% das referências; e os custos, preços das
atividades e do acesso às instalações com 12,6% das referências. Para além dos
referidos na tabela, sucedem-se mais 5 obstáculos referidos com valores
inferiores a 2% e uma categoria de outros com 2,3% das referências, entre 470
referências categorizadas em 381 respondentes
Tabela 91 – Obstáculos para existir mais atividade física e desportiva entre a população. Obstáculo
Inércia das pessoas: falta de vontade, interesse, motivação, falta de tempo 29,6%
Infraestruturas: piscinas municipais, instalações desportivas públicas, espaços para a prática desportiva, manutenção, segurança, iluminação
15,1%
Custos, preços 12,6%
Divulgação: das atividades, eventos, espaços, mobilizar as pessoas 9,6%
Deslocação e o tempo entre o trabalho / escola e a prática, os horários / transportes 9,6%
Oferta de atividades: ao ar livre, diversidade 7,2%
Centralização: atividades e instalações desportivas 5,1%
Apoio: Câmara Municipal, Junta de Freguesia 3,2%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q26.
Primeira Parte – Prática desportiva
121
4.13 Sugestões para melhorar atividade física e desportiva
As sugestões indicadas pelos inquiridos para melhorar atividade física e
desportiva em Torres Vedras foram centradas em quatro (4) elementos: Em
primeiro lugar a oferta de mais atividades, atividades diversificadas, eventos,
apoiar ações com 27,5% das referências; em segundo lugar as infraestruturas:
construção, melhoria, manutenção, instalações desportivas, espaços públicos
para a prática desportiva ao ar livre, verdes, ecopistas, manutenção,
descentralizadas com 27,2% das referências; em terceiro lugar a divulgação:
comunicação, informação, sensibilização, incentivar, motivar, atividades,
eventos com 20,8% das referências; e, na quarta sugestão, redução dos custos,
preços mais reduzidos, gratuito com 10,4% das referências. Para além das
referidas na tabela, sucedem-se mais 6 categorias de sugestões com valores
inferiores a 1,5%, entre as 375 referências categorizadas em 349 respondentes.
Tabela 92 – Sugestões para melhorar atividade física e desportiva. Obstáculo
Oferta de mais atividades, diversificadas, eventos, apoiar ações 27,5%
Infraestruturas: construção, melhoria, manutenção, instalações desportivas, espaços públicos para a prática desportiva ao ar livre, verdes, ecopistas, manutenção, descentralizadas
27,2%
Divulgação: comunicação, informação, sensibilização, incentivar, motivar, atividades, eventos
20,8%
Custos, preços mais reduzidos, gratuito 10,4%
Horários flexíveis, proximidade escola clube, trabalho, atividade não apenas no verão 4,3%
Descentralização: atividades e instalações desportivas 2,1%
Coordenação: articulação CM, JF, clubes, escolas, ginásios 2,1%
Apoio: aos clubes, não só financeiro 1,6%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q26.
Primeira Parte – Prática desportiva
122
4.14 Síntese da prática dos hábitos desportivos da população
A população do concelho de Torres Vedras envolvida na prática de
atividade física e desportiva é de 41,1%, o que traduz um índice de participação
desportiva de 41,1%.
O índice de participação desportiva entre os homens é de 44,2%, valor
superior ao verificado entre as mulheres que é de 38,4%. Porém, a taxa de
feminização na prática de atividade física e desportiva é de 48,0%. As atividades
físicas e desportivas mais praticadas pelos indivíduos contemplam em primeiro
lugar as atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida), em segundo
lugar as atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop, musculação, step, etc.)
e em terceiro lugar a natação e hidroginástica.
O índice de procura desportiva que integra os atuais praticantes
desportivos e os potenciais novos praticantes é de 56,5%. Considerando as
intenções de prática desportiva futura, foi verificado o índice de procura não
satisfeita de 15,4%. O fator de expansão da prática desportiva, que corresponde
à relação entre os potenciais novos praticantes e os atuais praticantes,
apresenta um valor de 1,377. Ou seja, face às intenções de prática desportiva
manifestadas, o índice de participação desportiva poderá crescer em 37,7%.
No que se refere à prática desportiva futura da população não praticante
de atividades físicas e desportivas, 30,9% manifestou o desejo de iniciar a
prática, porém essa intenção é superior no segmento das mulheres, 33,8%. As
preferências pelas modalidades de atividades físicas e desportivas do segmento
de indivíduos não praticantes estão orientadas em primeiro lugar para as
atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida), em segundo lugar para
a “natação e hidroginástica” e em terceiro lugar para o futebol.
No âmbito da prática de atividade física e desportiva o índice de prática
desportiva em clubes e associações desportivas é de 16,1% entre os praticantes e
de 24,7% entre a população.
O índice de prática desportiva no âmbito do desporto federado, que
contempla a relação dos praticantes de desporto federado na população total, é
de 8,1%, e entre os praticantes é de 18,9%. Nos homens a proporção de
praticantes de desporto federado é de 32,7%, valor superior ao encontrado para
as mulheres, A taxa de feminização no desporto federado é de 28,1%.
Primeira Parte – Prática desportiva
123
No âmbito da prática de atividade física e desportiva o índice de prática
desportiva em ginásios é de 15,7% entre os praticantes e de 24,1% entre a
população, conforme tabela seguinte.
Tabela 93 – Principais índices dos hábitos desportivos da população. Índice de participação desportiva %
Índice de participação desportiva 41,1%
Índice de participação desportiva homens 44,2%
Índice de participação desportiva mulheres 38,4%
Taxa de feminização 48,0%
Índices de Procura
Índice de procura 56,5%
Índice de procura não satisfeita 15,4%
Fator de expansão 1,377
Prática desportiva futura
Intenção de prática desportiva futura 30,9%
Intenção de prática desportiva futura homens 27,2%
Intenção de prática desportiva futura mulheres 33,8%
Âmbito de Prática
Desporto no clube 16,1%
Desporto no clube nos praticantes 24,7%
Desporto de competição federado 8,1%
Desporto de competição federado nos praticantes 18,9%
Desporto de competição federado nos praticantes homens 32,7%
Desporto de competição federado nos praticantes mulheres 9,2%
Taxa de feminização no desporto federado 28,1%
Desporto no ginásio 15,7%
Desporto no ginásio nos praticantes 24,1%
Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
125
IV – A perspetiva das diferentes partes interessadas na atividade desportiva do concelho
1 Nota introdutória
Nesta dimensão do trabalho pretendeu-se o envolvimento dos principais
constituintes do sistema desportivo concelhio e, a partir da sua auscultação, a
recolha de dados caracterizadores da atividade desportiva realizada em Torres
Vedras. Desta forma, através da representação institucional, por setores de
atividade do desporto, ou relacionado com o desporto, tivemos a participação de
clubes, associações, escolas, ginásios, juntas de freguesia e empresas relacionadas
com o turismo ativo.
O registo da perceção destes representantes, sobre o sistema desportivo
local, permitiu a captação de uma imagem global sobre a atividade desportiva, os
aspetos que positivamente mais valorizam, os que menos valorizam, as
potencialidades, as limitações e, principalmente, o levantamento das
condicionantes que devem ser interpretadas no cruzamento com os dados
recolhidos noutras dimensões do diagnóstico.
2 Metodologia
A utilização de grupos de discussão (focus group), como método de
investigação, permitiu que os participantes expressassem a sua opinião de forma
estruturada, através da partilha e clarificação de ideias sobre os temas que iam
sendo introduzidos pelos próprios a partir de questões iniciais colocadas a todo o
grupo. Desta forma, foi possível recolher uma significativa quantidade de
informação qualitativa num espaço de tempo curto.
Os passos metodológicos efetuados, para a realização dos grupos de discussão
foram os seguintes:
1) definição dos grupos por setores de intervenção. Foram definidos sete (7)
grupos: clubes/ desporto federado; desporto na escola; desportos de mar;
ginásios; academias e Juntas de Freguesia do Centro, Litoral e Interior. Nestes
últimos casos, estes grupos foram constituídos com as entidades mais
representativas da atividade desportiva realizada nas freguesias. O convite aos
constituintes de cada grupo foi realizado pela CMTV, de acordo com a
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
126
experiência e responsabilidade de cada um nas organizações que
representavam;
2) escolha dos moderadores dos grupos de discussão, em número de 2 a 3,
faziam parte da equipa de estudo e aplicavam interpoladamente o protocolo de
condução da discussão;
3) aplicação do protocolo de condução dos grupos de discussão que era
constituído por duas partes: na primeira, numa apresentação de 10 minutos,
eram explicadas as condições de realização das sessões - com a seguinte
agenda: a) boas-vindas e agradecimento aos participantes pela presença e
colaboração; b) apresentação da equipa de estudo; c) enquadramento e
explicação dos objetivos, no âmbito do PEDD TV; d) descrição de como se
procedia a discussão; e) pedido de autorização para registo áudio e transcrição
das informações recolhidas; f) apresentação da metodologia e condições de
tratamento dos dados recolhidos, compromisso de confidencialidade e tempo
previsto de duração (100 minutos) -; a segunda parte, de condução da sessão,
em que foram introduzidas de forma progressiva cinco questões orientadoras,
com recurso a um projetor de vídeo e slides, a saber: (Q.1) Globalmente, como
se pode caracterizar o desporto no concelho de Torres Vedras? Que aspetos
mais relevantes destacariam? (Q.2) Sobre o setor/ na freguesia… em concreto,
que aspetos destacavam? (Q.3) Como interpretam o papel da CM, na área de
intervenção, e as relações de cooperação que são estabelecidas? (Q.4) Quais
são as principais limitações que identificam no setor/ na freguesia? (Q.5) Quais
são as principais oportunidades que devem ser exploradas no setor/ na
freguesia, como se pode melhorar a intervenção no setor e na relação com
outros setores?;
4) registo de presença dos participantes, formulário de levantamento de dados
individuais de representação e consentimento para utilização dos dados
recolhidos;
5) tratamento dos dados e apresentação.
Para tratamento qualitativo das respostas e organização da informação
recolhida, procedeu-se da seguinte forma: 1) transcrição digital e codificação
numérica das respostas, questão a questão, para folha de cálculo microsoft excel.
Constituíram-se assim “unidades de texto” (UT) relativas a cada resposta dada; 2)
por familiaridade semântica, e de forma indutiva, agruparam-se as UT e
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
127
constituíram-se componentes temáticas; 3) a partir da utilização do QSR NVivo10
efetuou-se um tratamento por frequência e percentagem relativa das UT por cada
componente e uma codificação alfanumérica das referências de texto, com um
número sequencial, a identificação de UT, a identificação do painel e o número da
questão respondida (como exemplo: 01UTDespFederQ1, primeira unidade de texto
do grupo de discussão do desporto federado para a questão 1); 4) a apresentação
dos resultados, em tabela, reproduz o peso relativo das respostas obtidas por
componente em cada questão e são efetuadas referências descritivas às UT com
maior frequência. Para a primeira questão constituíram-se “nuvens de palavras”
(Word Clouds) para uma representação visual da frequência de palavras que melhor
caracterizam o sistema desportiva na perspetiva transversal dos inquiridos. Deste
modo, a preocupação do tratamento da informação recai sobre o seu conteúdo,
pela presença e valor das UT, e não pelo número de respondentes.
Tabela 94 – Caracterização dos participantes por grupo de discussão.
Grupo de discussão Dia/ local/ hora Total de
participantes
Ginásios 18 Out. 2018 / Agrupamento de Escolas de São Gonçalo /
16h30 11
Desporto na escola 18 Out. 2018 / Agrupamento de Escolas de São Gonçalo /
18h30 9
Juntas de Freguesia Litoral e clubes
18 Out. 2018 / Agrupamento de Escolas de São Gonçalo / 21h30
10
Juntas de Freguesia Interior e clubes
20 Out. 2018 / Agrupamento de Escolas de São Gonçalo / 18h30
10
Desporto federado 25 Out. 2018 / Agrupamento de Escolas de São Gonçalo /
18h30 10
Juntas de Freguesia Centro e clubes
25 Out. 2018 / Agrupamento de Escolas de São Gonçalo / 21h30
11
Desportos de mar 7 Nov. 2018 / Associação Sealand Santa Cruz / 21h30 10
Total de pessoas participantes 71
Fonte: Registo de presença dos participantes.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
128
3 Resultados
Os resultados são a seguir apresentados por grupo de discussão,
sequencialmente pela ordem das questões colocadas, que estão sublinhadas para
melhor diferenciação da sua leitura. Por cada questão, é dada a informação sobre o
número total de UT tratadas e, percentualmente, o valor dos temas mais
discutidos, efetuando-se uma síntese sobre o sentido da informação recolhida com
maior referenciação.
Desporto federado
Questionados os membros do painel sobre o deporto federado, sobre (Q.1)
como se pode caracterizar o desporto no concelho de Torres Vedras, constatou-se
que 26,9% das afirmações (de um total de 26 UT) evidenciaram que o concelho tem
bastantes modalidades desportivas, de âmbito federado e não federado, tem muita
gente a praticar e a perceção geral é bastante positiva. Há “muita diversidade de
atividades no concelho de Torres Vedras (5UTDespFederQ1)”; a “perceção de que
existe muita gente a praticar desporto em Torres Vedras nas várias modalidades,
que a qualidade tem evoluído bastante (UTDespFederQ1) e há uma visão muito
positiva do desporto em TV (2UTDespFederQ1).
Figura 5 – Principais expressões utilizadas sobre o desporto federado.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
129
Noutros aspetos considerados relevantes, observaram a existência de menor
oferta de algumas modalidades, “fora da cidade a aposta foi muito forte ao nível
do futebol, mas a nível de oferta de outras atividades federadas existe pouca
oferta ou quase nenhuma…” (9UTDespFederQ1). O município apoia bastante os
campeonatos municipais de várias modalidades (11UTDespFederQ1). Destacaram a
“existência de várias infraestruturas para praticar as modalidades desportivas, os
campos de relva sintética e a pista de atletismo.” (14UTDespFederQ1), mas existe
dificuldade na utilização de alguns espaços, por exemplo será necessário “gerir
melhor as instalações desportivas, o Torriense tem de alugar 3 campos de futebol
para treinos, tem 2 equipas de futebol feminino e 300 praticantes masculinos…”
(17UTDespFederQ1). Foi evidenciado que há “… grandes associações que sustentam
grande parte da prática desportiva no concelho, Física, Sporting Clube de Torres e
Torriense.” (23UTDespFederQ1).
Sublinharam ainda que “Santa Cruz ao nível dos desportos de mar e eventos
tem tido um crescimento enorme.” (20UTDespFederQ1), mas aquém de Peniche ou
Ericeira (23UTDespFederQ1), que “a população escolar tem uma atividade muito
forte principalmente a do sexo masculino, a nível feminino há menos atividade em
desportos regulares…” (21UTDespFederQ1) ou o “desporto feminino é fraco, a larga
maioria dos praticantes são rapazes.” (26UTDespFederQ1).
Na oferta das modalidades, registaram que “… o ténis de mesa perdeu a
dinâmica porque muitas sedes de clubes fecharam…” (25UTDespFederQ1), ao invés
o “hóquei em patins através do trabalho do Sporting de Torres e da Física…”
(12UTDespFederQ1) aumentou a atividade, de igual forma aumentou a “prática de
disciplinas técnicas de atletismo devido à nova pista de atletismo no concelho”
(18UTDespFederQ1). Destacaram ainda a “importância das modalidades e eventos
de ciclismo, por força da figura de Joaquim Agostinho, com a existência de centros
de formação / escolas de formação de ciclismo no concelho” (19UTDespFederQ1) e
que “o investimento deve ser feito num contexto de desenvolvimento da prática
desportiva regular, orientado para que mais pessoas pratiquem desporto.”
(18UTDespFederQ1)
Sobre (Q.2) que programas, projetos e iniciativas mais relevantes destacam
no concelho, em 11 UT, enalteceram a construção da pista de atletismo; o início da
atividade do râguebi; do futebol feminino; o campeonato municipal de atletismo e
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
130
de futebol e o evento “gimnoeste”. Relativamente ao desporto na escola,
elogiaram a existência de “desporto escolar” em todas as escolas
(06UTDespFederQ2), a “existem de 4 equipas de desporto escolar federadas de
voleibol feminino no concelho.” (07UTDespFederQ2), a “existência de vários grupos
de desporto adaptado através do desporto escolar” (09UTDespFederQ2). Foi ainda
destacada a possibilidade de “no verão algumas das atividades que se costumam
realizar na cidade, passam a ser organizadas na praia.” (05UTDespFederQ2).
Como interpretam o papel da CM e as relações de cooperação que são
estabelecidas com outras áreas (Q.3), os inquiridos, em 17 UT, consideram, em
29,4% das unidades, que se devia melhorar a cooperação entre os diferentes
agentes desportivos locais e que esse papel recomendam que seja efetuada pela
CMTV. Expressões como “…ainda existe muito bairrismo o que muitas vezes
dificulta as relações de cooperação entre os diferentes do concelho, a CM deve
incentivar o diálogo entre clubes…” (02UTDespFederQ3). ou “… compete à CMTV
ser o elo de ligação entre clubes e escolas, promover ativamente a ligação com o
objetivo de melhorar a cooperação…” (03UTDespFederQ3), são exemplo de
unidades de texto que manifestam opiniões sobre a função da CM.
A boa relação entre as escolas e os clubes, principalmente na utilização de
instalações desportivas dos clubes, com no caso da natação, é identificada em
22,2% das UT. De igual forma, a relação da CMTV com os clubes também recolheu
uma apreciação positiva, tal com o programa de apoio ao associativismo, “boa
relação de apoio da CMTV com os clubes, através dos subsídios que proporciona.”
(12UTDespFederQ3). A abertura da pista de atletismo à população e as condições
para a prática da modalidade, proporcionadas aos atletas, foram outros aspetos
destacados, evidenciando o “bom apoio da CMTV ao desenvolvimento dos clubes,
por exemplo o campeonato municipal é muito facilitador, reduz deslocação,
fomenta o desporto local de boa qualidade” (13UTDespFederQ3). Registou-se ainda
que a “CMTV teve autorização para a criação de um posto da Associação de
Atletismo de Lisboa em TV, situação essa que nunca foi concretizada.”
(14UTDespFederQ3).
Foi ainda referida a necessidade de se realizar formação para os agentes
desportivas locais (6,7 UTDespFederQ3), a necessidade de melhorar a informação
sobre desporto para a população, no sítio na internet da CM TV
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
131
(18UTDespFederQ3), e a possibilidade da policia não cobrar taxas aquando da
organização de provas que passam por espaços públicos (17UTDespFederQ3).
Relativamente às principais limitações identificadas (Q.4), a intensidade das
repostas coloca maior importância nos seguintes aspetos: instalações desportivas;
dinâmica social e desportiva dos clubes nas suas sedes; melhorar a oferta de
formação, qualificação dos técnicos; necessidade de técnicos e dificuldades em
atrair mais praticantes.
A capacidade para disponibilizar simultaneamente, no final da tarde e noite,
vários campos de futebol para os escalões de formação é uma dificuldade para
alguns clubes (18% das UT), sobressaindo as dificuldades do Torriense,
“…dificuldade com o horário dos treinos, pois as aulas acabam às 5h:30 e só a
partir dessa hora é que se podem realizar os treinos o que leva a sobrelotação das
instalações.” (07UTDespFederQ4). Relativamente aos espaços sociais dos clubes,
foi dado como exemplo que “as sedes das associações têm vindo a fechar o que
tem levado à perda da prática e da organização de torneios de ténis de mesa
(01UTDespFederQ4). Outra das limitações identificadas está relacionada com a
qualificação dos técnicos (21,4% das UT). Nuns casos por não terem formação,
noutros por falta de oferta formativa na região, “faltam pessoas com a formação
específica para orientar as equipas” (15UTDespFederQ4). Ainda relacionado com os
técnicos, foram nomeadas dificuldades também com a falta de treinadores para
algumas modalidades e técnicos de fisioterapia e massagem desportiva. Pelo
número de clubes que oferecem as mesmas modalidades e pela sua proximidade
territorial, alguns clubes têm dificuldade em garantir um número mínimo de
praticantes que permita a sua participação nalguns escalões. Como evidência, “ os
clubes que não conseguem realizar todos os escalões pois nas proximidades
existem7 ou 8 clubes que têm a mesma oferta o que provoca uma dispersão dos
atletas” (19UTDespFederQ4).
Registaram-se ainda dificuldades em: atrair praticantes para o atletismo;
transportes para os atletas; modalidades alternativas ao futebol, proporcionada
pelos clubes, fora da cidade; constituir ofertas de modalidades desportivas de mar
e na divulgação das atividades aos munícipes, por parte da CMTV.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
132
Nas principais oportunidades que devem ser exploradas, como se pode
melhorar a intervenção no setor, e também na relação com outros setores (Q.5),
registaram-se 15 UT com elevada diversidade de sugestões. Em primeiro lugar,
recomendações para a orientação desportiva da CM (33% das UT), para uma maior
preocupação com o aumento dos praticantes, diversificação da oferta e melhor
exploração dos espaços verdes para a prática desportiva e sugerindo a “criação de
um grupo de trabalho entre os vários clubes e a CMTV para em conjunto
conseguirem resolver os problemas comuns” (04UTDespFederQ5). Num segundo
plano, as ideias propostas estão relacionadas com a formação, de treinadores e de
outros recursos humanos do desporto (árbitros, dirigentes e pais) e atração de mais
técnicos qualificados – “criação de uma bolsa para os clubes contratarem
treinadores qualificados.” (08UTDespFederQ5). Um terceiro grupo de sugestões
está relacionado com o Desporto Escolar, para “… a criação de quadros
competitivos de desporto escolar mais regionais” (13UTDespFederQ5) e para o
desenvolvimento do associativismo na escola. Por fim, um quarto grupo de
questões está relacionado com aspetos específicos de modalidades: atletismo
(formação para agentes da modalidade) e futebol (dinamização do futebol de praia
e possibilidade de se constituir um polo da A.F. de Lisboa em Torres Vedras).
Desporto na escola
Os membros do grupo de discussão caracterizaram, em 26 UT, o desporto no
concelho de Torres Vedras (Q.1), em 50% das UT revelaram-no como de bastante
dinâmico, muito ativo e com a perceção de que “…existe preocupação por parte da
CMTV em querer fazer mais pelo desporto e pela atividade física”
(1UTDespEscolaQ1). Referiram a existência de uma intervenção política de apoio às
instituições, com uma “ocupação quase total das instalações desportivas”,
bastantes eventos, uma “orientação para quase todas as idades”, “abertura na
relação com as escolas”, diversidade de oferta de atividade desportivas no
concelho e apoio, da CMTV e Juntas de Freguesia, na disponibilidade de transportes
para o Desporto Escolar (ver da 1-13UTDespEscolaQ1).
Em 19% das UT reconheceram “…excelente coordenação entre as escolas e a
CMTV que apoia as atividades realizadas, dando até sugestões de melhoria.”
(14UTDespEscolaQ1). Nesta perspetiva, destacaram a articulação dos diretores das
escolas com a divisão de desporto da CMTV, bastante dinâmico, muito ativo e com
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
133
a perceção de que “…existe preocupação por parte da CMTV em querer fazer mais
pelo desporto e pela atividade física” (14-18UTDespEscolaQ1).
Figura 6 – Principais expressões utilizadas sobre o Desporto na Escola.
Destacaram ainda que a “…a CM devia intervir no que é obrigatório para
todos, na generalização (…) da expressão físico-motora para todos os alunos.”
(19UTDespEscolaQ1), que “…existem polos educativos com muitas lacunas de
espaços desportivos interiores e exteriores (…), reduzida articulação entre essas
intervenções e os professores.” (20UTDespEscolaQ1) e que os Campeonatos
Municipais organizados pela CMTV são importantes para o complemento da prática
desportiva feita nas escolas (21UTDespEscolaQ1).
Na articulação entre o desporto na escola, nos clubes e na intervenção da
CMTV, em 15% de UT, expressaram referências a modalidades que deviam ter um
melhor acompanhamento nesta relação, casos do voleibol e ténis de mesa, e na
dificuldade dos clubes contactarem com alunos com talento para o desporto e que
se identificam nas escolas (22-25UTDespEscolaQ1). Ainda uma referência a que
“…as associações e clubes é que deviam animar o desporto sénior e não a CMTV
diretamente, isto revitalizava os clubes.” (26UTDespEscolaQ1).
Acerca de programas, projetos e iniciativas mais relevantes no concelho, em
12 UT, destacaram (Q.2) a organização das Atividades de Enriquecimento Curricular
(AEC), 25% das UT, expressando que “…não há muitas zonas do país em que as AEC
funcionem tão bem como em TV.” (2UTDespEscolaQ2).
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
134
Foi dado como exemplo, a repetir por outras modalidade, o projeto de
desenvolvimento do voleibol na escola e as condições que se constituíram para tal,
apoio da direção da escola, mobilização dos pais, horários dos treinos, mas que
“…é preciso um projeto específico para desenvolver o voleibol em TV.”
(5UTDespEscolaQ2).
Destacaram-se ainda projetos que evidenciam boa relação entre as escolas e
os clubes, como exemplo as atividade de natação possíveis de realizar no Física e a
utilização de instalações da escola, Esc. Sec. Madeira Torres, por este clube e o
projeto do Externato de Penafirme na Serra da Estrela (8-19UTDespEscolaQ2).
A intervenção da CMTV e as relações de cooperação que são estabelecidas no
concelho (Q.3), em 9 UT, são merecedoras de uma apreciação positiva pelos
membros do grupo inquirido, destacando que podia ser criado um gabinete de
comunicação para “… os cidadãos saberem o que a CMTV faz ao nível do seu
projeto de desenvolvimento desportivo do concelho.” (1UTDespEscolaQ3) e
destacaram o apoio ao associativismo e o subsídio dado por atleta na formação
(2UTDespEscolaQ3). Referem, noutra perspetiva, que são necessárias mais
modalidades nos campeonatos municipais “…que assegurem continuidade ao
trabalho que é realizado na escola” e que existem protocolos da CMTV que
possibilitam tal situação, dando exemplos “…com associações de diferentes
desportos tais como, voleibol, andebol, golfe e râguebi.”, e sublinharam que é
necessário um plano para o desenvolvimento de cada modalidade (3-
4UTDespEscolaQ3).
A maior parte das observações, 56% das UT, foram dirigidas para a
necessidade de maior articulação e coordenação entre as atividades desportivas
realizadas no concelho, fora da escola e na escola, e o aproveitamento das
instalações desportivas disponíveis. Justificaram com uma orientação para um
maior aproveitamento, pelos clubes, do que se faz na escola e ser necessário
fortalecer o associativismo a partir da escola, para tornar os projetos escolares
mais perduráveis no tempo (5-9UTDespEscolaQ3).
As principais limitações identificadas (Q. 4), em 17 UT, foram para as
instalações desportivas, 23,5% das UT, em meio escolar (1-4UTDespEscolaQ4).
Nalguns casos ainda faltam instalações, em número e diversidade, noutros casos
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
135
indicaram desajustamentos, entre o existente e o que é necessário, e falta de
avaliação do estado de conservação e manutenção, “falta de inspeção de
equipamentos desportivos nas escolas”. Sobre o Desporto Escolar, registaram a
falta de identificação das escolas com os projetos, recaem principalmente sobre a
responsabilidade dos professores responsáveis, e a necessidade de maior interação
entre escolas (5-7UTDespEscolaQ4).
Expressaram ainda que “…a atividade externa do desporto escolar está a
perder força, muito devido aos clubes que impedem os jovens de praticar essas
atividades.” (8UTDespEscolaQ4), e que é difícil colaborar com o associativismo
(9UTDespEscolaQ4). “Os clubes não usam o desporto escolar como fonte de
recrutamento de novos talentos” (10UTDespEscolaQ4).
Mencionaram que há “… falta de oferta desportiva para a faixa etária a
partir dos 35 anos para cima” (11UTDespEscolaQ4), tal como para pessoas
portadoras de deficiência, idosos (12-13UTDespEscolaQ4), e desporto feminino (14-
15UTDespEscolaQ4).
Por último, nesta questão, aludiram que a divulgação das atividades que a
CMTV promove precisa de ser melhorada (15-16UTDespEscolaQ4) e que “… falta um
projeto específico para o desenvolvimento do voleibol de TV, da mesma forma que
faltam projetos de desenvolvimento desportivos para outras atividades.”
(17UTDespEscolaQ4).
Nas principais oportunidades a serem exploradas (Q5), em 18 UT, os
inquiridos sugeriram, em 22% das sugestões, a generalização da expressão físico-
motora a toda a população escolar, a partir do jardim-de-infância, a possibilidade
de se debater o tema no concelho e também de clarificar os objetivos das AEC no
que a atividade física diz respeito (1-4UTDespEscolaQ5).
Foi sugerido o reforço das atividades internas de DE, em 17% das UT, para “…
tentar que os alunos pratiquem atividades desportivas - foco na prática para todos
e não na obtenção de resultados.”, para envolver mais alunos e com maior oferta
de atividades, por exemplo torneios (5-7UTDespEscolaQ5).
Outro grupo de sugestões, em 17% das UT, foi orientado para as instalações
desportivas e para a necessidade de melhorar o “… enriquecimento dos espaços
exteriores das escolas do primeiro ciclo, ao nível de recursos e até da própria
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
136
dimensão dos espaços exteriores”, considerando também a “… inspeção e
apetrechamento de material desportivo nas escolas.” (8-11UTDespEscolaQ5). Sobre
espaços para a prática de atividade física, o “… arranjo e melhoramento do circuito
de orientação da Várzea, que servia como espaço para algumas aulas e também
para atividades de tempo não letivo.”, a elaboração de um mapa das instalações
desportivas do concelho e a identificação de percursos pedestres entre municípios
vizinhos foram sugestões dadas (12-14UTDespEscolaQ5).
Relativamente à oferta de atividades desportivas, a “…criação de um
programa de apoio a crianças com dificuldades motoras.”, a criação do "cheque
praticante", de forma a apoiar os gastos dos jovens que praticam desporto, e a
criação de atividades para a população acima dos 35 anos e nas populações mais
velhas, que possam ser promovidos pelo associativismo, foram as últimas sugestões
proporcionadas (15-18UTDespEscolaQ5).
Desportos de mar
Relativamente às atividades desportivas de mar (Q.1), os constituintes do
grupo de discussão, em 20 UT, sobre o desporto no concelho de Torres Vedras
destacaram, em 30% das UT, que o “… concelho de Torres Vedras promove um
conjunto de facilidades do ponto de vista desportivo...”; que é “muito rico em
oferta desportiva”; tem campos de futebol “praticamente em todas as freguesias”,
a principal oferta de atividade desportivas é proporcionada pelo tecido associativo
e que “as instalações desportivas do concelho não são da autarquia mas sim dos
clubes e associações” (1-6UTDespMarQ1).
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
137
Figura 7 - Principais expressões utilizadas sobre Desportos de Mar.
Acerca das atividades desportivas de mar, em 25% das UT, “…o surf assume-
se com maior parte da oferta de desportos de mar a nível local, apesar de haver
tradição na zona em desportos como o bodyboard e o skimboard” e a oferta de
kitesurf (1-6UTDespMarQ1). Referiram ainda um crescimento da prática de skate,
longboard dancing skate (7-11UTDespMarQ1).
Consideraram haver “…condições para o crescimento dos desportos de mar
na região em paralelo com o que se vê em Peniche e Ericeira” (12UTDespMarQ1).
No entanto identificaram ainda algumas perceções sobre a realidade em que “…o
surf na região é visto como um desporto sazonal o que dificulta o crescimento dos
desportos de onda, pois só no verão é que se interessam pela modalidade.”
(13UTDespMarQ1). Observaram ainda que “na zona de Santa Cruz não se verifica
um crescendo de praticantes de atividades de desportos de mar”; o “…crescimento
é da parte de praticantes turistas mas não de praticantes regionais.”, o “…turismo
de desportos de mar tem vindo a aumentar ao longo dos anos.”. Identificaram
ainda “…reduções do número de praticantes de desportos de mar, as camadas mais
jovens não se têm interessado por estes desportos a nível local”; “…que existem
mais praticantes do sexo feminino a praticar surf, mas esse aumento não se traduz
no número de atletas federadas…”, que “não existe uma continuidade de
praticantes de desportos de mar em Torres” e que “os outros desportos de mar que
não sejam o surf têm perdido protagonismo na região” (14-20UTDespMarQ1).
Nos programas, projetos e iniciativas realizadas (Q.2) destacaram como
aspetos mais relevantes, em 12 UT, dois eventos: o Santa Cruz Ocean Spirit e uma
prova anual internacional de skimboard, em Santa Cruz. Indicaram a criação da
Sealand, e a “…possibilidade de desenvolver a formação de praticantes, que antes
estava centralizada nas escolas de surf unicamente.”, a existência de um “projeto
pioneiro em Portugal que possibilita a prática do surf a alunos do primeiro ciclo”
(1-6UTDespMarQ2).
Sobre o potencial de desenvolvimento do surf e da Praia de Santa Cruz,
destacaram que “…cada vez mais o crescimento de uma modalidade é agregado à
competição o que nem sempre é o mais correto pois as pessoas podem praticar o
desporto só pelo prazer de praticar” (1-6UTDespMarQ2). Reforçando que “…os
concelhos vizinhos cresceram e evoluíram nos desportos de mar principalmente
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
138
numa vertente turística e não a formar atletas locais.”, “Peniche e Ericeira têm
marcas de surf residentes o que pode ajudar a explicar a maior adesão dos mais
jovens à prática do surf.” (7-8UTDespMarQ2) e que “o concelho tem as praias mais
limpas do país e isso deve-se ao município…” (9UTDespMarQ2) e deve ser
aproveitado como fator de diferenciação.
Indicaram ainda a possibilidade de “…criação de grupo de agentes locais
para que se ajudem e suportem mutuamente no sentido de garantir que quem atua
na costa fá-lo de forma legal.” e que se deve acompanhar a promoção do
longboard dancing skate, modalidade em crescimento (10-11UTDespMarQ2).
Questionados sobre como interpretam o papel da CM e as relações de
cooperação que são estabelecidas (Q.3), em 22 UT, os inquiridos no grupo
identificaram, em 32% das UT, a necessidade de promover nas escolas as atividades
de mar (1-7 UTDespMarQ3), e de forma específica o surf: “…os desportos de mar
têm de ir às escolas tentar cativar os jovens.” (1UTDespMarQ3), reforçam o
exemplo do projeto em desenvolvimento, a “…colaboração com as escolas que têm
aulas de surf têm funcionado bem, conseguiram encontrar horários e formas de
tornar estas aulas possíveis.” (4UTDespMarQ3), destacando que “… a maneira mais
fácil do município se aproximar e ajudar no desenvolvimento das modalidades de
mar é através das escolas.” (1UTDespMarQ3).
Noutra perspetiva, em 32% das UT (9-15UTDespMarQ3), sublinharam a
necessidade da CM intervir no turismo: “A Câmara tem de promover a ida a Santa
Cruz durante todo o ano e não só durante os meses de verão.” (9UTDespMarQ3), “o
turismo tem de promover Santa Cruz pela sua qualidade de ondas e clima durante
todo o ano, pois tem mais potencialidade que outros sítios.” (10UTDespMarQ3).
Reconheceram uma mudança de paradigma no município em relação a Santa
Cruz, interpretaram mais interesse. Reforçaram que a vertente turística é a parte
que vai trazer o “…oxigénio financeiro às empresas do setor.” (14UTDespMarQ3) e
que esta deve se acompanhada da formação de base, a ser “…trabalhada de forma
diferente” e alertaram, se houver um desenvolvimento significativo de Santa Cruz
e da prática de modalidades de onda, para a necessidade de se criar alojamentos
para suportar esse desenvolvimento. No âmbito das parcerias, reforçaram que “…a
iniciativa de empresas privadas tem de aparecer de forma a promover e a valorizar
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
139
Santa Cruz.” e que “…as marcas ligadas ao surf são fonte de crescimento de
praticantes nos desportos de mar (16-17UTDespMarQ3).
Apontando para um papel regulador da CM, expressaram que “…existe muita
falta de legislação que regule a forma que os operadores trabalhem de forma justa
estabelecendo regras.” (18UTDespMarQ3) e que as empresas orientadas para o
turismo têm principalmente uma perspetiva de entretenimento, para turistas, que
leva “…a uma anarquia nas praias e na prática.” (19UTDespMarQ3). Identificam a
CM e a capitania de Peniche com responsabilidades nesta regulação (21-
22UTDespMarQ3).
As principais limitações identificadas (Q. 4), 32 UT, estão relacionadas com
as condições do mar em Santa Cruz, “…nem sempre são as melhores para quem
está a começar a praticar as modalidades.” (1-5UTDespMarQ4), com a perceção
que “… as modalidades de mar são vistas como modalidades difíceis de praticar o
que pode impedir o aparecimento de novos praticantes.” (3UTDespMarQ4),
adicionalmente e “… culturalmente os portugueses olham para o mar com
desconfiança e como um perigo.” (6UTDespMarQ4), os “…próprios pais ainda vêm o
surf e os desportos radicais como algo perigoso o que é uma barreira para o
interesse nestas modalidades por parte dos jovens (7UTDespMarQ4), outra
dificuldade “…é que a carga horária das escolas torna muito difícil a conciliação
dos estudos com as horas do treino, pois é preciso luz natural para a prática da
modalidade e nem sempre com os horários da escola se consegue conciliar.”
(9UTDespMarQ4).
Os custos relacionados com a prática do surf foram considerados elevados,
podendo ser apontados como uma limitação ao seu crescimento, “… o valor
associado à prática do surf é elevado e nem todas as famílias podem suportar esse
custo a um filho que queira aprender a modalidade.” (9-13. UTDespMarQ4).
Noutra dimensão foram apontadas, em 47% das UT, limitações à promoção
de Santa Cruz como destino de surf. Neste caso, foram expostas apreciações
relativas a dois períodos destintos: o período fora da época balnear e o de época
balnear. No primeiro caso, foram efetuadas referências a fatores de locais,
consideraram que “existem muitas barreiras que evitam a quebra da sazonalidade
da prática destes desportos na região”, são exemplo infraestruturas de apoio à
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
140
praia fora da época balnear, a distância de Santa Cruz a Torres Vedras, o reduzido
número de habitantes, especialmente de crianças, dificuldades na oferta de
habitação, ausência de pontos de diversão noturna para os jovens (15-
27UTDespMarQ4). No segundo caso, no período de época balnear, referiram que,
como praia, Santa Cruz “…tem má reputação porque as pessoas vêm com o objetivo
de fazer praia e Santa Cruz nem sempre fornece as melhores condições para essa
prática o que leva a ficarem com má ideia da zona.” (28UTDespMarQ4) e que
“…não é atrativo investir na praia e na concessão da mesma, não existe uma
discriminação positiva para quem quer arriscar e investir nesta área.”
(27UTDespMarQ4).
Identificaram ainda aspetos relacionados com a necessidade de melhorar a
formação de treinadores e o controlo da atividade profissional, pelas cédulas de
treinador, considerando que as escolas/empresas de surf fazem pouca
autorregulação (28-31UTDespMarQ4). Ao nível das instalações desportivas a não
existência de um skatepark foi apontada como uma lacuna pois existem vários
praticantes de skate em Torres Vedras há vários anos (32UTDespMarQ4).
Questionados sobre quais as principais oportunidades que devem ser
exploradas para o desenvolvimento dos desportos de mar (Q.5), em 25 UT,
globalmente consideraram que “…é necessário pensar nos dois vetores das
modalidades que são a formação de base e a parte turística.” (1UTDespMarQ5),
associando o surf ao estilo de vida saudável e enfatizando todos os benefícios que a
prática do mesmo traz à saúde e bem-estar das pessoas (24UTDespMarQ5).
Sobre a formação, 44% das UT, expressaram principalmente três perspetivas:
a necessidade de atrair mais jovens, convencer as famílias e trabalhar na promoção
da modalidade a partir da escola, que se identificam nas seguintes referências: “
…é necessário atrair os jovens para junto do mar durante todo o ano, tornar a costa
atrativa para eles.” (4UTDespMarQ5); “… cativar os pais para eles se sentirem
confortáveis a levar os filhos a experimentarem a modalidade.” (7UTDespMarQ5); e
é necessária “… a ida às escolas promover a prática aos mais jovens e até sessões
de experimentação com os jovens e os seus pais são uma oportunidade para mudar
a mentalidade dos pais e cativar os jovens para a modalidade.” (9UTDespMarQ5).
Neste caso, reforçando que “…se o ensino for feito de forma apropriada vai
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
141
aproximar as pessoas do mar e das modalidades que nele se praticam aprendo a
conhecer e a interpretar o mar.” (6UTDespMarQ5).
No turismo, 56% das UT, a exploração de oportunidades foi expressa no
potencial das condições naturais, na promoção das praias para o surf, nos serviços
a serem proporcionados e na qualidade da prestação desses serviços, que se
representa nas seguintes ideias:“…Santa Cruz pode optar por explorar do ponto de
vista turístico o surf e as modalidades de ondas com qualidade/ preço, em que o
preço é mais reduzido que noutras zonas e a qualidade da experiência é melhor.”
(13UTDespMarQ5); ”…existência de praias quase virgens sem praticamente
exploração nenhuma; “…quem aprende a fazer surf em Santa Cruz fica apto para
fazer surf em qualquer ponto do mundo.” (20UTDespMarQ5); “…é necessário criar a
marca Santa Cruz e o evento Ocean Spirit pode ser bastante importante para isso
(16UTDespMarQ5); “…tem de haver uma aproximação da cidade à praia, melhorar
os acessos, melhorar as instalações de apoio e dar condições às pessoas para
durante todo a ano se sentirem bem em Torres Vedras.” (22UTDespMarQ5) e que
“…em Torres tem de se apostar na qualidade dos serviços, reduzir o número de
atletas por treinador para garantir o acompanhamento dos atletas e ser assim um
fator distintivo.” (23UTDespMarQ5).
Ginásios e academias de atividade física
Quando questionados (Q.1) sobre como se pode caracterizar o desporto no
concelho de Torres Vedras? Que aspetos mais relevantes destacariam? os elementos
constituintes do painel evidenciaram que, no total de 19 UT, o papel da CMTV (47%
das UT) é de elevada importância na dinamização da prática desportiva no
concelho, reforçando que é “extremamente proactiva na criação iniciativas
envolvimento de todos stakeholders da mesma forma…” (1UTGinQ1); “…no
desenvolvimento de toda a área desportiva quer em termos de ginásios e desportos
de equipa.” (2UTGinQ1); “…trabalho excecional da CMTV em conjunto com os
ginásios na educação das pessoas que são sedentárias para passarem para o
exercício físico.” (3UTGinQ1); “…agora começa a descentralizar essas mesmas
atividades para outras zonas do concelho.” (4UTGinQ1). Foi ainda expresso a “boa
relação…e o grande apoio dado às atividades desenvolvidas pelos parceiros.”
(5UTGinQ1, 7UTGinQ1).
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
142
Figura 8 - Principais expressões utilizadas pelo grupo de discussão dos Ginásios.
Os membros do painel manifestaram que também existe uma boa oferta em
quantidade de ginásios e diversidade de serviços (8UTGinQ1), com uma “…grande e
saudável concorrência.” (9UTGinQ1) e com uma oferta direcionada principalmente
para as mulheres e com menor oferta para homens (10UTGinQ1).
Relativamente à forma como a oferta desportiva é proporcionada no
concelho, foi expresso que as pessoas que “…vivem na periferia podiam ter acesso
a mais oferta desportiva.” (11UTGinQ1), podia haver maior “descentralização do
serviço para fora da cidade de TV, levando a prática desportiva para a periferia do
concelho.” (12UTGinQ1), maior “…abrangência de todo o concelho com as mais
diversas atividades.” (13UTGinQ1) e que “… até á zona de Santa de Cruz, Torres
Vedras é top em termos de oferta desportiva.” (14UTGinQ1).
Analogamente aos praticantes, foi mencionado que há “…diversidade de
oferta para todas as faixas etárias. (6UTGinQ1); “há iniciativas, para os mais novos,
para os mais velhos, para a população adulta. Boa oferta e bem diversificada,
incluindo de algumas associações com este tipo de atividades.” (16UTGinQ1). No
entanto, há uma “atração para a prática desportiva de uma faixa etária mais
elevada, devido a iniciativa da CMTV que é o desporto sénior. (15UTGinQ1) e
“muita variedade de pequenas associações que promovem aulas de grupo e
desporto para os mais idosos.” (19UTGinQ1).
Por fim, foi referido que “o Desporto Escolar está bem desenvolvido com
várias ofertas para os mais jovens em período escolar. (17UTGinQ1), que não há
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
143
muita informação sobre os desportos outdoor, com exceção das iniciativas da CM, e
que os ginásios têm “…algumas condições para potenciar essas práticas também
(18UTGinQ1).
Sobre (Q.2) que programas, projetos e iniciativas mais relevantes
destacavam? –, os inquiridos, em 14 UT, enfatizaram a realização de eventos como
forma de promover a atividade física e as atividades dos ginásios. Iniciativas como
a “night run”, “aula de cross-fit na Várzea” e os “openday” foram dadas como
exemplos bastante positivos para os objetivos dos munícipes, CMTV e para os
ginásios (1-5UTGinQ2). Nesta dimensão, “realizar mais iniciativas, cortar o trânsito,
trazer ainda mais pessoas para a Várzea…” (6UTGinQ2) foram referências
proporcionadas.
Foi positivamente destacado a realização do Programa Desporto Sénior,
promovido pela CMTV, e demostrada a disponibilidade de colaboração dos ginásios
para poderem também intervir no programa e proporcionar intervenções mais
especializadas e dirigidas à população com patologias específicas que requerem
uma intervenção mais especializada (7- 12UTGinQ2). Um dos exemplos dados foi no
“Programa Diabetes em Movimento, fazer com que os ginásios possam intervir, nas
freguesias com as juntas de freguesia.” (10UTGinQ2). Na lógica desta
disponibilidade, para uma maior cooperação, apresentam exemplos como: “lançar
uma campanha para educar as pessoas para o exercício, mais iniciativa de
educação para o desporto (11UTGinQ2), poder ir às zonas rurais, “… a Freixofeira
zona rural com população ainda por explorar em termos de oferta desportiva,
principalmente a população do sexo masculino (11UTGinQ2). Por último,
destacaram como um dos aspetos mais relevantes a “grande adesão do sexo
feminino nas atividades desenvolvidas.” (14 UTGinQ2).
Quando questionados (Q.3) sobre o papel da CM e as relações de cooperação
que são estabelecidas com outras áreas, verificou-se que, das 13 UT registadas, há
abertura dos representantes dos ginásios para: 1) participarem em programas
promovidos pela CMTV, como o programa "Diabetes em Movimento” (1UTGinQ3), 2)
indicar a CMTV como mediadora na ligação à área da saúde, “…ligação à classe
médica…” (2UTGinQ3), 38,4% das UT estão relacionadas com este tema (3-
6UTGinQ3), 3) a CMTV possa ser influenciadora da prática de desporto laboral nas
empresas e na própria CM, 30,7% das UT (7-10UTGinQ3) e 4) possa constituir
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
144
condições para a realização de programas em meio escolar, “…incentivar as escolas
a realizar análises à obesidade infantil.” (11 e 12UTGinQ3). Foi ainda referido que
“…a CMTV é pouco flexível quando são os ginásios a apresentar as suas próprias iniciativas,
existe burocracia em excesso, havendo demora na aceitação dessas atividades quando são
em cooperação com outros setores (13UTGinQ3).
Sobre quais são as principais limitações que identificam no setor (Q.4), das 8
UT referenciadas, 50% das apreciações realizadas estão relacionadas com a forma
como os munícipes aproveitam a oferta existente e como se relacionam com a
atividade física. Neste caso, surgem referências como a “…perceção de que já se
faz tudo para atrair as pessoas para os ginásios, em termos de oferta e incentivos à
população e que mesmo assim as pessoas não aproveitam e vão desistindo da
prática…” (2UTGinQ4) ou “… que é preciso educar as pessoas para a importância da
atividade física e da prática desportiva, pois ainda não é visto como algo
fundamental (2UTGinQ4, 4UTGinQ4). Foram realizadas apreciações relacionadas
com a concorrência aos ginásios, realizada por algumas associações (2UTGinQ4,
4UTGinQ4), pela ausência de certificação profissional dos técnicos e falta de
qualidade. Foi efetuada uma referência à morosidade de licenciamentos e outros
procedimentos na CM - “…a CMTV coloca alguns entraves e não é tão célere quanto
outras câmaras.” (7UTGinQ4) – e “…a comunidade médica do concelho é pouco
recetiva à prescrição de exercício físico.” (8UTGinQ4).
Relativamente às principais oportunidades (Q.5) que devem ser exploradas
no setor, como se pode melhorar a intervenção e a relação com outros setores
(Q.5), nas 16 UT tratadas, são destacadas as seguintes ideias: “maior colaboração
dos ginásios com a CMTV para a introdução de atividades desportivas em aldeias
sem oferta de prática desportiva…”, possibilidade de desenvolvimento do programa
"Diabetes em Movimento" (1-3UTGinQ5), Integração dos ginásios nas aulas de
desporto sénior (4-5UTGinQ5); criação de eventos e atividades desportivas que
sejam inclusivas (2UTGinQ5); sessões de demonstração das atividades de ginásio
nas aldeias (9UTGinQ5); criar uma Convenção de ginásios, …em que demonstravam
as suas atividades…e de livre acesso à população (7-8UTGinQ5) e levar, no dia da
criança, as crianças do concelho a visitar os ginásios e ter aulas de demonstração
de várias atividades (10UTGinQ5), levar também as pessoas seniores do concelho
aos ginásios (11UTGinQ5).
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
145
Juntas de freguesia – Centro
Os elementos constituintes do painel expressaram, sobre a caracterização da
atividade desportiva no concelho (Q.1), que, no total de 27 UT, a generalização, a
multidisciplinaridade e a diversidade da oferta de modalidades desportivas (30%
das UT) é uma característica do concelho. A prática desportiva está generalizada
no concelho (1UTFregCentroQ1), indicam multidisciplinaridade de desportos
(2UTFregCentroQ1). Há diversidade na oferta e alternativas ao nível de atividades
desportivas, quer no desporto de formação quer no desporto sénior
(8UTFregCentroQ1).
Duas referências colocam o investimento da CM em segmentos de
praticantes e no apoio à construção de instalações desportivas como argumentos
justificativos do referido no ponto anterior. Forte aposta no desporto para jovens e
também nos seniores em que a CM tem investido (9UTFregCentroQ1) e a oferta
desportiva é reflexo da política de construção de instalações desportivas,
instalações essas que são dos clubes e associações (10UTFregCentroQ1).
Figura 9 – Principais expressões utilizadas pelo grupo de discussão das Juntas de Freguesia do Centro.
Noutra perspetiva, a quantidade e diversidade da oferta e os públicos
interessados parecem não ter correspondência. Segundo, duas abordagens, não
existe público para as atividades, a oferta é grande mas a procura deve ser
estimulada (11UTFregCentroQ1) e há redução do n.º de praticantes, devido à
redução do n.º de alunos nas escolas, existe dificuldade em constituir equipas -
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
146
falta de procura. É necessário maior apoio da CM na periferia, existem ID na
periferia com reduzida ocupação, está tudo concentrado na cidade, é preciso
contrariar isto (12UTFregCentroQ1). Por outro lado, identificam um crescimento do
desporto feminino no concelho, referindo que é necessária maior atenção e
estimulo (13UTFregCentroQ1).
É apontada uma excelente relação entre os clubes, da cidade, que se
coordenam e permite que haja diversidade na oferta e não concorrência
(14UTFregCentroQ1). Indicando a inexistência de meios financeiros, referiram que
é complicado que em TV haja desporto de referência a nível nacional, nas
competições seniores (15UTFregCentroQ1). Também foi referido que não há oferta
de atividades desportivas para as pessoas acimas dos 30 anos nos clubes
(16UTFregCentroQ1).
Na oferta de modalidades, a perceção é que o futebol e hóquei em patins
(16,17UTFregCentroQ1) são as mais representativas do concelho. No caso do
futebol, é fruto da intervenção da CMTV que incentivou a criação de vários campos
sintéticos espalhados pelo concelho (17UTFregCentroQ1). Constaram também
existir, atualmente, uma aposta muito grande a nível do atletismo, ao nível das
suas disciplinas mais técnicas (19UTFregCentroQ1). No âmbito do desporto
federado, a formação de treinadores teve uma referência pela dificuldade de
oferta de formação no concelho (20UTFregCentroQ1).
Relativamente ao desporto na escola, em 15% das UT, foi considerado que o
trabalho no 1.º ciclo e pré-escolar deve ser melhorado, é a base para o
desenvolvimento do desporto no concelho (21-24UTFregCentroQ1), e a relação
entre desporto escolar e o tecido associativo, para se fazer a transição da prática
entre ambos os lados, deve ser melhorada (22, 23UTFregCentroQ1). Outro
entendimento dado é que o DE está a promover muito a especialização e a
competição e menos a generalização e uma orientação para o lazer para promover
o gosto pelo desporto (23, 24UTFregCentroQ1).
Por último, nas respostas à primeira questão, foi dada uma referência ao
grande crescimento de espaços naturais e de instalações desportivas, que
permitiram a generalização da prática desportiva (25UTFregCentroQ1), e um
destaque sobre TV não tem expressão no surf, tem potencial que deve ser
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
147
explorado, não está a ser aproveitado (26UTFregCentroQ1), e que o BTT, ciclismo,
cicloturismo, para maiores de 30 anos não tem estímulos, para continuidade da
prática jovem para idades mais velhas (27UTFregCentroQ1).
Sobre que programas, projetos e iniciativas realizadas poderiam destacar
como mais relevantes (Q.2), os constituintes do grupo de discussão, em 12 UT,
consideraram a intervenção da CMTV, globalmente na melhoria de instalações, nos
novos campos de futebol (1,2UTFregCentroQ2), na pista de atletismo
(3UTFregCentroQ2) e na forma como são atribuídos os apoios camarários à
formação e não aos seniores, o que aumentou a igualdade entre todos os clubes
(4UTFregCentroQ2).
Destacaram a intervenção do Torreense - no atletismo com cerca de 70
atletas, na iniciação ao râguebi, (5-7UTFregCentroQ2) - , e da Física, pelo aumento
do número de praticantes, crescimento da modalidade de patinagem artística,
desporto adaptado na modalidade de esgrima e ao nível da dinamização do futebol
feminino (9-12UTFregCentroQ2). Foi ainda referido o crescimento de atividades no
concelho como o BTT, escalada e orientação (8UTFregCentroQ2).
Quando questionados (Q.3) sobre o papel da CM, e as relações de cooperação
que são estabelecidas com outras áreas, os inquiridos responderam, em 19 UT,
sobre a intervenção da CMTV, dos clubes, e ente si, sobre a intervenção da Escola e
alertaram para a necessidade do reforço de intervenção sobre ética desportiva.
Assim, dos 37% das UT sobre a intervenção da CMTV no desporto, devemos
destacar: o relevo dado pelo apoio ao movimento associativo (1UTFregCentroQ3); a
recomendação para que a CM hierarquize os apoios, não apoiando todas as
modalidades da mesma forma, deve ter uma estratégia e dirigir-se mais a certas
modalidades (2UTFregCentroQ3); o estímulo dado para que a CMTV assuma um
papel de mediadora nas relações entre as escolas e associações e até na própria
relação entre os diferentes clubes do concelho (3,4UTFregCentroQ3); as propostas
para que a CM crie um grupo de trabalho, com os clubes/treinadores, para discutir
o desenvolvimento de cada modalidade; (5UTFregCentroQ3); e que tenha uma
orientação para motivar e estimular a prática de atividades desportivas,
nomeadamente em campo de futebol nas freguesias que não têm utilização
(6,7UTFregCentroQ3).
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
148
Intensificaram ainda a perceção que existe boa relação entre os clubes, que
deve haver uma intenção dos aproximar ainda mais e que estes têm de comunicar
melhor para o exterior (6-9UTFregCentroQ3).
Sobre a interação com a Escola, 42% das UT, evidenciaram: há pouca relação
entre os clubes e as escolas e a que existe é difícil (10- 13UTFregCentroQ3); a
relação com o desporto federado e a ligação, do que se faz dentro com o que se faz
fora da escola, não são estabelecidas nem é feito nenhum processo de transição,
entre as partes, para acompanhamento de alunos/atletas (10-13UTFregCentroQ3);
as AEC são atividades muito lúdicas e pouco orientadas para as aprendizagens de
habilidades desportivas das modalidades, sendo necessário potenciar resultados
(14UTFregCentroQ3); e a disponibilidade de colaboração entre as Juntas de
Freguesia, os clubes e as escolas, para a utilização comum de instalações
desportivas e de equipamentos (mormente material de escalada) (15-
17UTFregCentroQ3).
Por último, foi expressa a necessidade de existir um programa, com ações,
para a promoção da ética desportiva (18, 19UTFregCentroQ3).
Sobre as principais limitações que identificam na freguesia (Q.4) os membros
do grupo, em 27 UT, dirigiram as suas apreciações para a falta de técnicos, com
qualificações, e de dirigentes com formação apropriada, em 33% das UT. Deste
modo, a falta de técnicos qualificados no concelho (1-6UTFregCentroQ4) e a falta
de pessoas qualificadas para assumirem a gestão desportiva dentro dos clubes
(7,8UTFregCentroQ4) são as menções mais representativas.
Em 18,5% das UT foram abordadas limitações sobre instalações desportivas.
Nuns casos, relativo ao número de campos de futebol disponíveis na cidade -
exemplo do Torreense (14UTFregCentroQ4) e falta de um campo relvado
(14UTFregCentroQ4) -, noutros casos, surgem questões relacionadas a ausência de
um complexo desportivo (10UTFregCentroQ4), remodelações (11UTFregCentroQ4) e
instalações desportivas mais direcionadas para as práticas desportivas informais
(12UTFregCentroQ4).
Ao nível da utilização de instalações, e da sua ocupação, foram efetuadas
referências sobre: falta de coordenação e de estratégia entre os vários clubes do
concelho (15UTFregCentroQ4); muitos clubes a praticarem a mesma atividade o
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
149
que provoca dispersão de atletas e de espaços (16UTFregCentroQ4); e os horários
dos escalões de formação são um problema por que causam sobrelotação das
instalações, todos querem treinar nos mesmos horários (17UTFregCentroQ4). Foi
ainda mencionado que se verifica grande dificuldade dos clubes em constituírem as
equipas ao nível da formação por haver um decréscimo de praticantes
(18UTFregCentroQ4). Acresce que muitos deixam a prática quando vão para a
universidade (18UTFregCentroQ4).
Relativamente ao número de praticantes e à atividade desportiva, para a
população acima dos 30 anos, foram mencionadas as reduzidas ofertas para além
da categoria de sénior, após o término da prática de competição federada
(21UTFregCentroQ4). Esta perspetiva é delimitada na seguinte ideia: “não existe
continuidade da prática por parte do jovem que faz toda a formação numa
modalidade, mas depois chega aos 18 anos e com a universidade ou introdução no
mundo do trabalho deixa de praticar” (20-23UTFregCentroQ4). Mais referiram que
modalidades como btt, ciclismo são praticamente ignoradas apesar de ter muitos
praticantes principalmente a partir dos 30 anos (24UTFregCentroQ4).
Foram ainda apontadas preocupações com: o desporto escolar, pelo tipo de
intervenção, “é a anti generalização da prática desportiva é muito focado para a
competição” (25UTFregCentroQ4); a relação entre os clubes e associações distritais
e federações é bastante complicada, principalmente pelos valores exigidos para a
prática de desporto federado (26UTFregCentroQ4); e, nas atividades realizadas em
meio natural, problemas com proprietários de terrenos, caçadores e outros
intervenientes para a realização de atividades no campo (27UTFregCentroQ4).
Ainda foi abordado que a CMTV apoia da mesma forma clubes que têm raízes
diferentes, por exemplo clube federado e clube desportivo escolar com atividade
federada (27UTFregCentroQ4) indiciando que este tipo de apoio deve ser
diferenciado.
Acerca das principais oportunidades que devem ser exploradas, como se
pode melhorar a intervenção no concelho (Q.5), os inquiridos abordaram o desporto
no 1º ciclo, com principal referência sobre as AEC; a necessidade da CMTV ter um
papel de moderação/ regulação do sistema desportivo local; a necessidade de se
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
150
intervir junto dos pais dos atletas; formas de promoção da prática desportiva e
aproveitamento das condições naturais do concelho, em 21 UT.
O desporto no 1.º ciclo correspondeu a 19% das UT recolhidas, as ideias
expressam que “…deve-se fazer mais ao nível do desporto no pré-escolar e no
primeiro ciclo porque é a base.” (1,2UTFregCentroQ5) e “…as AEC podiam ser
muito mais potencializadas” (3,4UTFregCentroQ5).
As possibilidades de intervenção da CMTV preencheram 33% das UT, os
respondentes consideraram que a CMTV pode ter um papel de regulação, na gestão
das instalações desportivas utilizadas e não utilizadas, na formação de equipas,
entre a procura e a oferta de modalidades, com maior preocupação com o futebol
de formação (5-7UTFregCentroQ5); um papel de promoção da atividade desportiva,
utilizando meios de comunicação como outdoors, difundindo o desporto como
forma de promoção da saúde; projetos de promoção da prática desportiva não
competitiva, mais direcionado para os adultos (8-12UTFregCentroQ5); um papel de
promotor, no apoio aos cuidados médicos aos clubes, na formação de treinadores
(13-15UTFregCentroQ5); e um papel de estimulador, incentivando os clubes a
oferecer atividades que não sejam só a competição federada (16UTFregCentroQ5).
A formação orientada para os pais dos atletas, para a adoção de
comportamentos adequados, mereceu uma apreciação relevante para os inquiridos
(17,18UTFregCentroQ5), considerando que os clubes têm de realizar ações sobre
este assunto.
Para a utilização das condições naturais do concelho, os auscultados
referiram que: o golfe deve ser uma modalidade a desenvolver, pois no concelho de
TV é fácil ter acesso a essa modalidade; devia haver maior aproveitamento da
localização litoral do concelho ao nível dos desportos de mar e que para a prática
de BTT e orientação TV tem dos melhores territórios a nível nacional (19-
21UTFregCentroQ5).
Juntas de freguesia – Interior
Os membros do grupo de discussão das freguesias do interior (Q.1)
destacaram, como aspetos mais relevantes para caracterizar o desporto no
concelho de Torres Vedras, em 20%, das UT, a existência de uma centralidade de
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
151
prática na sede do concelho, na cidade. Afirmaram que existe “centralização da
prática desportiva, os jovens não têm escolha, vêm para TV e o interior tem
dificuldade em oferecer” (1UTFregInterQ1), apontam a diversas causas para este
argumento: “…a capacidade de atração dos grandes clubes” (2UTFregInterQ1); o
desporto é “…pouco diversificado e pouco direcionado para as freguesias do
interior” (6UTFregInterQ1), a “…desertificação das áreas rurais”
(7,8UTFregInterQ1); e não há investimento para que haja oferta desportiva nas
freguesias do interior (9UTFregInterQ1). Consideraram também Santa Cruz como
outra centralidade, para os desportos em mar (5UTFregInterQ1). Acresce que
destacaram “…o grande investimento em infraestruturas no concelho,
principalmente em relvados sintéticos e polidesportivos” (10UTFregInterQ1) e pista
de atletismo de topo (11UTFregInterQ1), e que o futebol beneficiou com a
implementação dos relvados sintéticos apesar de neste momento estar numa curva
descendente (12UTFregInterQ1).
Reconheceram que “a CMTV tem feito o possível para desenvolver o desporto
no concelho, é necessário mais apoio para não deixar morrer os pequenos e débeis
clubes destas freguesias, é preciso dar mais vida às aldeias” (13UTFregInterQ1),
apontaram a perda de vitalidade do associativismo nas zonas mais rurais, enquanto
falta dinâmica a muitos clubes (14UTFregInterQ1) e prognosticaram uma “…morte
lenta do associativismo no concelho de Torres Vedras” (15UTFregInterQ1).
Figura 10 – Principais ideias utilizadas pelo grupo de discussão das Juntas de Freguesia do Interior.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
152
Referiram que há predisposição da CMTV para que “…exista desporto sénior,
em detrimento do infantil, nestas freguesias. O desporto sénior está a funcionar
com o programa - desporto para a vida, promovido pela CMTV” (16UTFregInterQ1)
e que “houve um aumento do desporto sénior em detrimento do desporto infantil
nas associações das freguesias do interior” (17UTFregInterQ1).
Foram efetuadas outras apreciações positivas ao desporto no concelho, 20%
das UT, e à intervenção da CMTV no aumento da diversidade de modalidades e da
prática desportiva no concelho (18-23UTFregInterQ1). Registaram também o
crescimento da prática do ciclismo (24UTFregInterQ1) e o surgimento de muitos
ginásios no concelho (25UTFregInterQ1).
Sobre programas, projetos e iniciativas (Q.2), em 10 UT, os inquiridos
destacaram: a relação institucional através de parcerias entre CMTV e associações
distritais principalmente ao nível do futebol (1UTFregInterQ2); a prática desportiva
muito circunscrita ao futebol devido à existência de campo relvado sintético
(2UTFregInterQ2); o protocolo entre a CMTV e Agrupamento de Escolas da Madeira
Torres para a prática do golfe (3UTFregInterQ2); o aparecimento das AEC foi
positivo para a prática desportiva dos mais jovens (4UTFregInterQ2); o envio de
flyers promocionais a jovens através da escola que produziu efeitos positivos na
prática desportiva (5UTFregInterQ2); o programa para os seniores, havendo 100
seniores praticando duas vezes por semana atividade física gratuita
(6UTFregInterQ2); a intervenção da Academia do Sporting do Turcifal, que atrai
muitos jovens de fora da freguesia (7UTFregInterQ2); um projeto inovador o Dolce
Furadouro, projeto de atletismo para promover a sua prática gratuita
(8UTFregInterQ2); sendo necessário melhorar balneários de alguns campos
(9UTFregInterQ2) e, por fim, que para as mulheres para além da ginástica e
caminhada há pouca oferta, os equipamentos de fitness na rua revelam também
pouca utilização (10UTFregInterQ2).
Da interpretação do papel da CM e as relações de cooperação que são
estabelecidas com outras áreas (Q.3), os membros do grupo de discussão, em 10
UT, colocaram principal destaque, 100% das respostas, na relação com as escolas.
Neste caso, o aprofundamento das relações de cooperação, o intercâmbio na
utilização das instalações pelos clubes, a intermediação para o uso de transportes
para as instalações, a melhoria da comunicação entre as juntas de freguesia e as
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
153
escolas, e os exemplos da boa interação já existente, são os aspetos mais
abordados pelos inquiridos.
As principais limitações que foram identificadas no grupo de discussão sobre
as freguesias do interior (Q.4), em 18 UT, estão relacionadas com a pequena
dimensão dos clubes; as suas dificuldades financeiras; os impedimentos dos
dirigentes voluntários em disponibilizarem tempo, e o menor número de pessoas,
para se dedicarem aos clubes, em 28% das UT. Acresce que a perda de população
nas freguesias rurais, e a centralização das pessoas nas áreas mais urbanas, levou a
um desinteresse pelas associações das freguesias (6,7UTFregInterQ4). De igual
forma a “…preferência dos jovens em jogar nos grandes clubes do concelho o que
leva a uma centralização da prática desportiva dos jovens na cidade de TV” (8-
10UTFregInterQ4) e permite que ao existir “…tanta oferta na cidade (…) acaba por
"secar" as coletividades envolventes…” (9UTFregInterQ4).
Noutra perspetiva, foram colocadas questões sobre a pouca diversidade de
oferta desportiva nas freguesias, “…pouca prática desportiva para além do futebol”
(14,15,16UTFregInterQ4) e “…pouca sensibilização para a prática desportiva por
parte da população ativa” (17UTFregInterQ4). Neste caso, foi referido que o
segmento etário entre os 18 e os 30 anos deve ter maior estímulo para a atividade
desportiva (11,18 UTFregInterQ4).
Os polidesportivos muito antigos e as condições dos balneários e instalações
de apoio mereceram também apreciações enquanto limitações para a prática da
atividade desportiva (12,13 UTFregInterQ4).
Na projeção das principais oportunidades, a serem exploradas nas freguesias
do interior (Q.5), 32% das UT estão relacionadas com a necessidade de “…haver
uma maior promoção do desporto em geral por parte da CMTV e das Juntas de
Freguesia e criar condições para que toda a gente chegue ao desporto.” Referiram
que mesmo que as atividades se iniciem em TV depois devem chegar à periferia.
Incentivar e criar condições para os jovens se habituem a praticar desporto regular,
para além das aulas de educação física, realizar ações de formação dos pais para
divulgar os benefícios do desporto para a saúde e bem-estar dos seus filhos e
comunicar as iniciativas de promoção, foram exemplos dados (13-
18UTFregInterQ5).
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
154
Foram ainda dadas referências sobre a intervenção das “…próprias freguesias
terem de ser mais dinâmicas (1UTFregInterQ5), “cada sede de freguesia devia
dinamizar atividades para servir de descentralização e assim evitar que a maioria
da prática tenha de ser na cidade de TV (2UTFregInterQ5). Outras referências
foram orientadas para a escola: pelo “…aumento da prática nas escolas primárias e
as AEC a motivarem para o desporto, a CM deve intervir aqui, pois assim os clubes
vão beneficiar (3UTFregInterQ5), as “…escolas poderiam e deveriam utilizar os
campos das freguesias para a prática de educação física, a CM deve assegurar isto.”
(4UTFregInterQ5), sendo que “… a melhoria de condições físicas em algumas
instalações desportivas pode levar a um aumento da prática (5UTFregInterQ5).
Registaram ainda pouca prática de desporto nas mulheres e pouca oferta de
atividades orientadas para si (6-8UTFregInterQ5).
O golfe e o atletismo, na especialidade de trail running, foram modalidades
indicadas com interesse em estabelecer protocolos para estarem presentes em
escolas das diferentes freguesias (9-11UTFregInterQ5), tal como a possibilidade de
criação de um centro de marcha e corrida em cada freguesia (10UTFregInterQ5). A
necessidade de transportes para os clubes foi também referida (19UTFregInterQ5).
Juntas de freguesia – Litoral
Para os membros do grupo de discussão das freguesias do litoral, os aspetos
mais relevantes para caracterizar o desporto concelhio (Q.1) passam, em 17 UT,
pela perceção de maior adesão das pessoas à atividade desportiva, principalmente
na faixa etária entre os 30 e os 40 anos, especificamente adultos seniores, com um
aumento também da oferta das instituições para a promoção das atividades
associadas à saúde e bem-estar, estas apreciações representam 47% das UT. Assim,
há um entendimento que a “…oferta desportiva é cada vez maior no concelho, mas
a procura, sobretudo no desporto jovem, é inferior à oferta” (7,8UTFregLitorQ1).
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
155
Figura 11 – Principais expressões utilizadas pelo grupo de discussão das Juntas de Freguesia do Litoral.
Foi também referido que as crianças estão muito ligadas às ofertas
proporcionadas na cidade, dando exemplo de modalidades como o futebol,
basquetebol ou o hóquei em patins (9,10UTFregLitorQ1). Enfatizando que há
“…falta de diversidade desportiva nas freguesias - ao nível de desporto sénior com
as atividades da CMTV está bom - o problema são as atividades para os jovens que
só têm o futebol para praticar nas freguesias.” (10-12UTFregLitorQ1). Destacaram
ainda que CMTV tem “trabalhado bem” ao levar o futebol para todas as freguesias
e o desporto para as pessoas mais velhas, seniores (13,14UTFregLitorQ1).
O aumento da procura de atividade desportiva foi sentida principalmente nos
jovens, sobretudo futebol, o ciclismo e surf não cresceram (15,16UTFregLitorQ1).
No entanto, a “existência de uma associação que permite a prática do surf em
Santa Cruz (…) tem tido cada vez mais miúdos a praticar (16UTFregLitorQ1).
Sobre as instalações desportivas, mencionaram que há “…muita oferta de
bons espaços desportivos nomeadamente de campos de futebol, temos 16, 17
campos de relva sintética, o que dá muita força ao futebol (17UTFregLitorQ1).
Sobre programas, projetos e iniciativas em desenvolvimento (Q.2), nas 14
UT, os participantes destacaram a dinamização associativa em Ponte de Rol, um
exemplo de “empreendedorismo associativo”, ao nível do futebol, no setor
masculino feminino, do atletismo e no apoio proporcionado aos jovens da freguesia
(1-5UTFregLitorQ1). Tendo, de igual forma, sido destacada a dinamização
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
156
associativa realizada na freguesia da Freiria, na cedência de instalações e na oferta
de atividades para as crianças (6-7UTFregLitorQ1).
Mencionaram que as “…boas instalações desportivas existentes são fator
decisivo para captar praticantes desportivos – os relvados sintéticos…” e que a
“…construção dos novos equipamentos que permitiram o aumento e melhoria da
prática desportiva…” (8-9UTFregLitorQ1) foram elementos fundamentais para o
crescimento da atividade desportiva.
Transmitiram uma perceção sobre o aumento dos praticantes de surf,
“…expansão do surf atraindo cada vez mais praticantes…”, e o “…aproveitamento
da localização junto da costa para fomentar a prática do surf…” (10-
11UTFregLitorQ1).
Foi destacada intervenção da CMTV pelo apoio dado aos clubes, permitindo
que os clubes acolham jovens que não podem pagar a atividade, pela dinamização
do campeonato municipal de futebol e atletismo, e pelas ações realizadas no
âmbito da formação de dirigentes (12-14UTFregLitorQ1).
Os inquiridos interpretam o papel da CM (Q.3) e as relações de cooperação
que são estabelecidas com outras áreas em 22 UT, 63% destas especificamente
sobre a intervenção da CMTV, nos domínios da atribuição de subsídios para a
formação desportiva nos clubes; o apoio por atleta, que ajuda a custear a
manutenção dos equipamentos e pagamento de técnicos, cerca de 80 euros por
jovem por época; estabelecimento de boa cooperação com os clubes; na criação
dos campeonatos municipais; no apoio à formação dos agentes desportivos (1-
14UTFregLitorQ3). Registe-se que simultaneamente foram lançadas referências
para que a CMTV possa ter um papel na mediação das relações entre clubes (“…por
exemplo na cedência de jogadores e constituição de equipas por escalões…”)
(6UTFregLitorQ3) e no incentivo à cooperação entre clubes (4UTFregLitorQ3) e que
“…o apoio por atleta, devia ser diferenciado por escalão etário, maior aposta na
formação, treinadores e massagistas” (14UTFregLitorQ3). Mencionaram ainda que
“…o desporto está muito associado à saúde e ao bem-estar…” (15UTFregLitorQ3).
Foi mencionada a fraca colaboração entre clubes e que o “… fórum das
Associações é uma boa ideia, é preciso escolher uma boa data, mas deve ser
melhorado…” (16,17UTFregLitorQ3). Transmitiram a ideia que é também necessário
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
157
reforçar a relação entre os clubes e as escolas (18,19UTFregLitorQ3) e entre as
próprias freguesias (20UTFregLitorQ3).
No domínio da atividade física na natureza, destacaram que a zona das
Linhas de Torres é uma área protegida, “… deve ser criado num regulamento de
boas práticas desportivas nesses caminhos / espaços…” e que a Rota das Adegas foi
uma boa iniciativa, “…deve existir maior cooperação com os produtores, com maior
estímulo das juntas de freguesia, com a Comissão Vitivinícola Regional”
(21,22UTFregLitorQ3).
Sobe as principais limitações que identificam na freguesia (Q.4) os
inquiridos, em 24 UT, indicam, com principais referências, as instalações
desportivas cobertas, a não existência de pavilhões desportivos ou outro tipo de
recintos cobertos, em 16% das UT, referiram ainda dificuldades de manutenção das
instalações e disponibilidade de espaços verdes para a prática de atividades
desportivas, nomeadamente o ciclismo; e a “…falta de pessoas disponíveis para dar
apoio às equipas e associações…” (8UTFregLitorQ4), 21% das UT. As dificuldades
relacionadas com a falta de voluntários têm consequências no funcionamento das
sedes, no apoio às equipas e na própria subsistência dos clubes (9-
12UTFregLitorQ4).
Noutra dimensão, os aspetos administrativos/ burocráticos na inscrição dos
diferentes recursos humanos das modalidades e nas relações institucionais, que
fazem parte da atividade dos clubes, merece apreciação negativa (13-
16UTFregLitorQ4). A carência de técnicos formados e aumento dos custos com a
formação (17,18UTFregLitorQ4) são outras limitações apontadas.
Os custos com as equipas de futebol sénior e a dificuldade em obter apoios
financeiros, por parte de empresas, levam a que os “…clubes abdiquem das equipas
seniores…” (19,20UTFregLitorQ4).
No domínio das parcerias e cooperação, a dificuldade em realizar parcerias
entre entidades do concelho pertencentes a diferentes freguesias
(21UTFregLitorQ4) e o “… bairrismo dos clubes e dirigentes não ajuda na
cooperação…” (22UTFregLitorQ4) entre clubes.
Nas atividades de desporto de natureza, foram efetuadas referências
relativamente a “… muitos dos percursos pedestres marcados, têm sinalização
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
158
deficiente, o que pode levar a que os praticantes se percam…” e à legislação, que
parece ambígua na exigência de licenças para pequenos passeios de 20 a 30 pessoas
em percursos no campo que não passem por estradas públicas (23-
24UTFregLitorQ4) entre clubes.
Na identificação das principais oportunidades a serem exploradas nas
freguesias (Q.5), os inquiridos no grupo destacaram, em 18 UT, as atividade
relacionadas com o desporto de natureza e o turismo ativo, que preencheram 44%
das referências. A sensibilização para a importância das práticas desportivas na
natureza e o turismo ativo, para a promoção da região e dos produtos regionais, foi
apontada. De igual forma, a necessidade de se qualificar e divulgar mais as zonas
naturais, para percursos pedestres e de BTT, a intenção de se implementar uma
rota organizada e conceber um regulamento para as práticas desportivas de
turismo e natureza, para evitar a degradação da área protegida das Linhas de
Torres, foram as principais sugestões apontadas (1-7UTFregLitorQ5). Destaca-se
ainda a sugestão de utilização de candidatura a financiamento de projetos da UE
para este fim (8UTFregLitorQ5).
A formação de técnicos, nomeadamente para o atletismo, e massagistas (9-
11UTFregLitorQ5) foi indicada como oportunidade. Já a melhoria da formação dos
praticantes de futebol para poderem ingressar, no futuro, no Torreense, enquanto
clube mais representativo do concelho, foi sugerida (16UTFregLitorQ5).
As parcerias entre clubes de diferentes freguesias e escolas foram referidas
como necessárias (12-13UTFregLitorQ5). Para os clubes também foram efetuadas
sugestões para o apoio financeiro proveniente da CMTV, designadamente que
“…devia existir uma comparticipação diferenciada para clubes que integram atletas
carenciados…” (14UTFregLitorQ5) e que “…devia haver diferenciação no valor
atribuído aos clubes consoante a idade dos atletas …” (15UTFregLitorQ5).
A “…melhoria da comunicação pela criação de uma plataforma através da
CMTV em que se reunissem todas as atividades de todas associações e clubes do
concelho…” (17UTFregLitorQ5) e que “…os pais procuram colocar os filhos em
atividades desportivas cada vez mais cedo…” (18UTFregLitorQ5), foram também
mencionadas como oportunidades.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
159
3.1 Síntese da perspetiva das diferentes partes interessadas
Identificou-se uma opinião globalmente positiva sobre o desporto no
concelho a generalização, a multidisciplinaridade e a diversidade da oferta de
modalidades desportivas (30% das UT) são características marcantes.
Foi referida a necessidade de se realizar formação para os agentes
desportivas locais (6,7 UTDespFederQ3), a necessidade de melhorar a informação
sobre desporto para a população, no sítio na internet da CMTV (18UTDespFederQ3).
Relativamente às principais limitações identificadas, a intensidade das
repostas coloca maior importância nos seguintes aspetos: instalações desportivas;
dinâmica social e desportiva dos clubes nas suas sedes; melhorar a oferta de
formação, qualificação dos técnicos; necessidade de técnicos e dificuldades em
atrair mais praticantes.
Sobre o desporto na escola, elogiaram a existência de “desporto escolar” em
todas as escolas (06UTDespFederQ2) “Existem 4 equipas de desporto escolar
federadas de voleibol feminino no concelho.” (07UTDespFederQ2), e “…vários
grupos de desporto adaptado através do desporto escolar” (09UTDespFederQ2).
Expressaram referências a modalidades que deviam ter um melhor
acompanhamento na relação com os clubes, casos do voleibol e ténis de mesa, e na
dificuldade dos clubes contactarem com alunos com talento para o desporto e que
se identificam nas escolas (22-25UTDespEscolaQ1). Dado como uma boa referência,
o projeto de desenvolvimento do voleibol, na escola, e as condições que se
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
160
constituíram para tal (apoio da direção da escola, mobilização dos pais, horários
dos treinos, etc.) deve ser continuado, mas “…é preciso um projeto específico para
desenvolver o voleibol em TV.” (5UTDespEscolaQ2). Referiram também que são
necessárias mais modalidades nos campeonatos municipais.
Das apreciações realizadas pelo grupo de discussão sobre os desportos de
mar, registou-se que “…o surf assume-se com a maior parte da oferta de desportos
de mar a nível local, apesar de haver tradição na zona em desportos como o
bodyboard e o skimboard” e a oferta de kitesurf (1-6UTDespMarQ1). Relataram
ainda um crescimento da prática de skate, longboard dancing skate (7-
11UTDespMarQ1). Por outro lado, “na zona de Santa Cruz não se verifica um
crescendo de praticantes de atividades de desportos de mar”; o “…crescimento é
da parte de praticantes turistas mas não de praticantes regionais.”, o “…turismo de
desportos de mar tem vindo a aumentar ao longo dos anos.”
Nos eventos: o Santa Cruz Ocean Spirit e uma prova anual internacional de
skimboard, em Santa Cruz. Indicaram a criação da Sealand, e a “…possibilidade de
desenvolver a formação de praticantes, que antes estava centralizada nas escolas
de surf unicamente.”, a existência de um “projeto pioneiro em Portugal que
possibilita a prática do surf a alunos do primeiro ciclo” (1-6UTDespMarQ2).
Encontraram limitações à promoção de Santa Cruz como destino de surf.
Neste caso, foram expostas apreciações relativas a dois períodos destintos: o
período fora da época balnear e o de época balnear. Sugeriram que é necessário
pensar nos dois vetores das modalidades que são a formação de base e a parte
turística ” (1UTDespMarQ5), associando o surf ao estilo de vida saudável e
enfatizando todos os benefícios que a prática do mesmo traz à saúde e bem-estar
das pessoas (24UTDespMarQ5).
O grupo de discussão centrado nos serviços proporcionados pelos ginásios,
enfatizou a realização de eventos como forma de promover a atividade física e as
atividades dos próprios ginásios. Iniciativas como a “night run”, “aula de cross-fit
na Várzea” e os “openday” foram dadas como exemplos bastante positivos para os
objetivos dos munícipes, CMTV e para os ginásios (1-5UTGinQ2).
Foi positivamente destacada a realização do Programa Desporto Sénior,
promovido pela CMTV, e demonstrada a disponibilidade de colaboração dos ginásios
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
161
para poderem também intervir no programa e proporcionar intervenções mais
especializadas e dirigidas à população com patologias específicas que requerem
uma intervenção mais especializada (7- 12UTGinQ2). Os representantes dos ginásios
expressaram abertura para: 1) participarem em programas promovidos pela CMTV,
2), estimular a CMTV como mediadora na ligação à área da saúde, “…ligação à
classe médica…” (2UTGinQ3), 38,4% das UT estão relacionadas com este tema (3-
6UTGinQ3), 3) a CMTV possa ser influenciadora da prática de desporto laboral nas
empresas e na própria CM, 30,7% das UT (7-10UTGinQ3) e 4) possa constituir
condições para a realização de programas em meio escolar, “…incentivar as escolas
a realizar análises à obesidade infantil.” (11 e 12UTGinQ3).
Centrados na atividade desportiva realizada ao nível das freguesias, os
constituintes dos três grupos destacaram que não existe público para as atividades,
a oferta é grande, mas a procura deve ser estimulada (11UTFregCentroQ1), e há
redução do n.º de praticantes, devido à redução do n.º de alunos nas escolas, pelo
que existe dificuldade em constituir equipas - falta de procura. É necessário maior
apoio da CM na periferia, existem instalações desportivas (ID) na periferia com
reduzida ocupação, está tudo concentrado na cidade, é preciso contrariar isto
(12UTFregCentroQ1).
Foi dado relevo ao apoio que é proporcionado ao movimento associativo
(1UTFregCentroQ3); a recomendação para que a CM hierarquize os apoios, não
apoiando todas as modalidades da mesma forma, deve ter uma estratégia e dirigir-
se mais a certas modalidades (2UTFregCentroQ3); que a CMTV assuma um papel de
mediadora nas relações entre as escolas e associações e até na própria relação
entre os diferentes clubes do concelho (3,4UTFregCentroQ3).
Relativamente ao número de praticantes e à atividade desportiva, para a
população acima dos 30 anos, foram mencionadas as reduzidas ofertas para além
da categoria de sénior, após o término da prática de competição federada
(21UTFregCentroQ4).
Expressaram perspetivas em que “…deve-se fazer mais ao nível do desporto
no pré-escolar e no primeiro ciclo porque é a base.” (1,2UTFregCentroQ5) e “…as
AEC podiam ser muito mais potencializadas” (3,4UTFregCentroQ5).
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
162
As possibilidades de intervenção da CMTV preencheram 33% das UT, os
respondentes consideraram que a CMTV pode ter um papel de regulação, na gestão
das instalações desportivas utilizadas e não utilizadas, na formação de equipas, na
interpretação da relação entre a procura e a oferta de modalidades, com maior
preocupação com o futebol de formação (5-7UTFregCentroQ5).
Mencionaram a fraca colaboração entre clubes e que o “… fórum das
Associações é uma boa ideia, é preciso escolher uma boa data, mas deve ser
melhorado…” (16,17UTFregLitorQ3). Transmitiram a ideia que é também necessário
reforçar a relação entre os clubes e as escolas (18,19UTFregLitorQ3) e entre as
próprias freguesias (20UTFregLitorQ3).
Nas instalações desportivas, a não existência de pavilhões desportivos ou
outro tipo de recintos cobertos, em 16% das UT, foi apontada como uma limitação,
tal como dificuldades de manutenção das instalações e disponibilidade de espaços
verdes para a prática de atividades desportivas.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
163
V – A intervenção do município no desporto do concelho
1 Nota introdutória
O diagnóstico relativo a esta dimensão decorre da apreciação da visão e
conceção da política desportiva do município e da sua operacionalização. Desta
forma, recorreu-se à utilização de entrevistas dos responsáveis pela área da
atividade física e desporto e à utilização de análise documental que permitisse
verificar a consistência entre o que é planeado e realizado.
Assim, no presente capítulo, são refletidos os seguintes aspetos: 1) linhas de
orientação que têm sido seguidas nos últimos anos por parte da CMTV; 2) principais
objetivos de política desportiva; 3) ideias de desenvolvimento desportivo com
maior dificuldade de concretização; 4) programas, apoios, atividades, competições
e outros eventos proporcionados pela CMTV 5) interpretação do quadro de pessoal
técnico que intervém na área, e 6) dimensão de investimentos financeiros
realizados no desporto.
2 Metodologia
Para a recolha da informação por entrevista constituiu-se um guião, a partir
dos principais resultados do capítulo anterior, - da perspetiva das diferentes partes
interessadas na atividade desportiva do concelho -, de acordo com o modelo de
análise proposto, para a identificação das orientações de política desportiva,
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
164
objetivos, programas, condições de operacionalização e principais recursos
existentes, humanos e financeiros. Simultaneamente efetuou-se uma análise
documental às principais evidências orientadoras das políticas e dos apoios
proporcionados pela CMTV, recorrendo-se à documentação disponibilizada e de
domínio público.
As respostas foram tratadas por análise de conteúdo, por método qualitativo,
em que a inferência é realizada na presença do tema e não na sua frequência
(Bardin,1977). Esta opção é recomendável em situações onde não existe muita
documentação disponível e fiável, quando o tempo disponível para a pesquisa é
reduzido e obriga a uma recolha de informação junto de inquiridos qualificados
como profundos conhecedores do que se pretende conhecer, de acordo com
Grawitz (1993).
3 Resultados
Das entrevistas realizadas, com o objetivo de interpretar a orientação política
da CMTV para a atividade física e desporto, principais linhas de orientação que têm
sido seguidas nos últimos anos (Q.1), registou-se uma clara intencionalidade de
intervenção em três domínios:
1) na atividade física em sentido amplo e não só no desporto especificamente,
“…com uma orientação e objetivos para a saúde e desporto informal”. Neste
caso, houve: i) uma alteração estrutural com a mudança da designação da
unidade com intervenção no âmbito do desporto para Divisão de Educação e
Atividade Física; ii) uma orientação para a saúde e hábitos de vida saudável,
“…a estreita ligação ao setor da saúde. É central associar a atividade física à
saúde…” (InqEntB), embora a “…associação ao sistema de saúde, a ligação ao
serviço nacional de saúde é difícil…” (InqEntA); e alteração do regulamento e
critérios de apoio ao desporto, desde 2011, passaram a designar-se de Normas
de Apoio à Atividade Física (InqEntA). “O reforço da atividade desportiva
informal, não federada, não enquadrada no sistema desportivo tradicional” foi
também considerada nesta perspetiva (InqEntB). A questão estrutural e
preocupante é necessário mobilizar as pessoas para fazer atividade física. No
dia-a-dia interiorizem e necessidade de elas próprias realizarem atividade e
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
165
terem estruturas e espaço público que permita realizar a sua atividade e a sua
saúde. A classe médica é determinante para isto (InqEntB).
2) “diversificar as modalidades desenvolvidas no concelho”; Existe apoio para a
diversificação de outras modalidades. O apoio ao desenvolvimento do Voleibol,
como exemplo, “…há 7 anos não existia equipa nenhuma…”, temos maior
orientação para as raparigas, efetuando-se uma “discriminação positiva do
género”, o apoio ao desporto para as pessoas portadoras de deficiência e
“…majorar os apoios às atividades realizadas nas freguesias não urbanas…”
foram algumas das alterações realizadas (InqEntA)..
3) “…apoio contínuo aos clubes”. Pretendemos “… continuar a descentralizar o
apoio, fazendo com que os parceiros executem atividades com o apoio a vários
níveis da CM, em rede com esses parceiros.”. Mas se referiu, “…podemos apoiar
a vários níveis, incluindo logística, mas o desenvolvimento é dos clubes.”
Justificando, “…criámos as bases para o desenvolvimento local, para que se crie
massa crítica, para que as pessoas se habituem a estar organizadas,
descentralizado.” (InqEntA). Continuar com o “… apoio ao desporto formal,
competitivo, em instalações formais, como a pista de atletismo, que
construímos, e atividades na pista…” (InqEntA).
Relativamente à cooperação e relação entre os clubes, devem ser “…os próprios
clubes que tomem as decisões sobre as atividades, os próprios com o conhecimento
que tem à sua volta, tomem as decisões, os espaços, os recursos e os seus públicos.
Com um investimento na formação dos agentes podem tomar melhores decisões.
Estamos empenhados na via da formação dos agentes desportivos, na qualificação e
não o que devem fazer (InqEntA)”. Ao nível da coordenação não pretendemos
assumir um papel no apoio à definição da oferta dos clubes (InqEntB). Pretendemos
implementar um programa de formação para dirigentes desportivos, está assumido
pela CMTV. A nossa realidade é muito heterogénea, nas freguesias não urbanas
(InqEntB).
Na tabela seguinte resume-se, a análise do conteúdo das entrevistas.
Tabela 95 – Análise do conteúdo das entrevistas sobre a orientação política desportiva municipal.
Ideia-chave 1. Alteração de orientação
Estrutural, mudança na designação da Divisão: Educação e Atividade Física Orientação e objetivos para a saúde e desporto informal Novo Regulamento de Apoios: Normas de apoio à atividade física
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
166
Ideia-chave 2. Apoio aos clubes
A CM tem baseado boa parte da atividade nas associações desportivas do concelho Apoiar a vários níveis, incluindo apoio logístico, mas o desenvolvimento é dos clubes Descentralizar o apoio, os parceiros realizam atividades com o apoio da CMT Continuar o apoio ao desporto formal, competitivo, ex. em instalações formais, como a pista de atletismo Criamos as bases para o desenvolvimento local, para que se crie massa critica, que as pessoas se habituem a estar organizadas, descentralizado Somos parceiros dos clubes, e trabalhamos muito em parceria com os clubes, mesmo em eventos como o trofeu Joaquim Agostinho e o Cross de Torres Vedras Planos de desenvolvimento em 3 modalidades: Atletismo, Voleibol e Ténis de Mesa (suspenso)
O papel de articulação da relação entre os clubes. A CM não deve assumir um papel ativo, determinante na definição e na ordenação do que deve ser feito. Não pretendemos assumir um papel no apoio à definição da oferta dos clubes
Ideia-chave 3. Diversificar as modalidades desenvolvidas
Discriminação positiva do género: ex. voleibol feminino Desenvolvimento do desporto adaptado nos clubes, temos chamado a atenção para que promovam atividades inclusivas Apoiar mais certos grupos desfavorecidos da comunidade
As zonas não urbanas, do interior, nas freguesias que trabalham menos a atividade física têm uma majoração nos apoios, como estímulo
Ideias-chave 3. Das ações realizadas
Desporto de competição federado Programas/ atividades promovidas pela CMTV
Formação dos agentes desportivos
Comunicação das atividades
Estreita ligação ao setor da saúde. É central associar a atividade física à saúde
Reforço da atividade desportiva informal
É difícil dialogar, existem resistências para dialogar com a área da saúde
Programa desporto sénior
Dinamização da pista de atletismo
Estamos empenhados na via da formação dos agentes desportivos, na qualificação
Área com necessidades de melhoria, em desenvolvimento
Questionados (Q.3) se havia ideias de desenvolvimento desportivo que não
têm conseguido fazer passar para os parceiros locais (clubes, ginásios, escolas…),
constatou-se que a inclusão pelo desporto, nomeadamente “… o desenvolvimento
do desporto adaptado nos clubes…” é reduzido. “Temos chamado a atenção para
que promovam atividades inclusivas…”. “A CM tem que dedicar mais atenção a este
aspeto para que haja uma melhoria.”. Também “as zonas não urbanas – do interior
- das freguesias trabalham menos a atividade física e por isso também têm uma
majoração com discriminação positiva, nas atividades que desenvolvam.” para que
possam ser mais dinâmicas (InqEntA). Porém, “… o sistema local é centrado nos
clubes e no papel do associativismo. Somos parceiros dos clubes, e trabalhamos
muito em parceria com os clubes, mesmo em eventos como o trofeu Joaquim
Agostinho e o Cross de Torres Vedras. Os clubes cooperam bem com a CM.”
(InqEntB).
A Divisão de Educação e Atividade Física é constituída pelo chefe de divisão,
2 técnicos superiores, um assistente técnico e uma assistente operacional e um
técnico na pista de atletismo. Acresce a colaboração dos técnicos contratados
anualmente para o desporto sénior (InqEntB). Sobre um hipotético crescimento dos
recursos para o desporto, a nível do número de técnicos e aumento de orçamento
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
167
para o setor (Q.4), as respostas expressas indicaram que “…não é previsível que o
quadro aumente...”, mas “…o orçamento tem tido um crescimento anual.”, “… os
núcleos de desporto sénior têm aumentado.”, “…os eventos têm aumentado, são
de maior dimensão e têm um orçamento maior.” (InqEntA).
A necessidade de melhorar a divulgação das atividades (Q.6), entre os
diferentes parceiros, foi identificada como uma área em que serão realizados
esforços de melhoria no futuro, “…porque todas as áreas da CM cresceram muito e
a comunicação não cresceu...” (InqEntA).
Os equipamentos desportivos, os espaços utilizados pelas escolas,
nomeadamente do 1.º ciclo (Q.7) a requalificar, estão identificados e vamos
resolvendo de acordo com as disponibilidades financeiras anuais e pelas maiores
urgências num programa plurianual de intervenções prioritárias. Efetivamente
alguns espaços necessitam de requalificação. Mas em alguns casos existem
alternativas, e a nossa orientação deve ser de partilha com alternativas de
instalações próximas, por exemplo de um clube que dispõe de um determinado
espaço (InqEntA).
Sobre a construção de mais piscinas, “não temos esse objetivo não vamos
intervir e investir na construção piscinas municipais.”. As piscinas existem – por
exemplo na Física, A-dos-Cunhados, APECI, na Misericórdia. Até existem vagas
disponíveis nas piscinas, não estão lotadas.” (InqEntB).
Relativamente à oferta de atividades para a população adulta entre os 30 e
os 50 anos, facilidade de acesso à prática, nas freguesias não urbanas e custos com
a participação (Q.8). Das respostas recolhidas pode-se interpretar que o segmento
dos adultos entre os 30-50 anos não é um alvo principal. Segundo as perspetivas
recolhidas, este segmento está mais apto e autónomo, estão na vida ativa, dispõem
de espaços públicos para atividades informais e privados, como os ginásios, existe
uma grande oferta. O que a CM faz é dar a conhecer essa oferta dos ginásios. Não
realizamos atividades que entrem em concorrência com as organizações que se
dedicam a este segmento, mas parceria. A CM dá apoio e possibilidades para se
darem a conhecer (InqEntA). A CM tem uma atividade destinada a esta população:
Nigth Run – que dá uma resposta a este segmento (InqEntB). Os ginásios trabalham
para este segmento, e os clubes fazem outra oferta, os clubes não veem estes
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
168
segmentos como uma oportunidade de potenciais clientes. Os clubes podem
oferecer uma atividade para pais ao mesmo tempo que o jovem está no treino
(InqEntB). Hoje, no concelho de Torres Vedras, qualquer pessoa que queira fazer
atividade física, consegue fazer sem gastar dinheiro (InqEntB).
No que respeita à descentralização (Q.8), mais atividades nas freguesias,
existem 75 núcleos do desporto sénior nas freguesias. Existem AEC nas escolas das
freguesias. Os apoios aos clubes são concedidos a associações locais (InqEntA). O
apoio aos clubes, todos incluindo os não urbanos, estamos a disseminar a prática.
Atribuímos 300€ / ano a cada clube que pretenda desenvolver atividade física para
um grupo superior a 10 pessoas (InqEntB). Cerca de 50 clubes candidataram-se aos
apoios 2018 e acabámos e assinar os contratos-programa, muitos deles das
freguesias não urbanas (InqEntB).
Os campos de futebol estão na maioria nas zonas não urbanas. Pode haver
algum desconhecimento, as pessoas não sabem. Só conhecem o futebol, o formal.
Muitas pessoas não sabem, não se recordam, que na sua freguesia existe desporto
sénior e ginástica para senhoras (zumba, fitness) e para crianças (InqEntB).
Existem custos elevados das atividades para a população, para os jovens e
população em geral, ginásios e os clubes têm de suportar os custos com as
inscrições, sobretudo futebol. As inscrições são substanciais. A CM já atribui o
apoio por atleta para suprir isso. (InqEntB).
Na orientação para a saúde e hábitos de vida saudável, questionados sobre o
papel do município na ligação com a classe médica para estímulo da atividade
física (Q. 9), registou-se que estão a ser realizados contactos com o “…Ministério da
Saúde e com a DGS e os diretores dos centros de saúde.” e há a pretensão de
“…que seja feita uma prescrição para populações especiais: os diabéticos,
hipertensos.”, em vez de só farmacológica. A CM dedica-se ao segmento
populacional dos mais de 65 anos. Há também intenção de “… apoiar o projeto do
Ministério da Saúde – Academias da Mobilidade – para capacitar as pessoas, em que
o médico, enfermeiro e o TEF (CM) vão assumir a prescrição de atividade física,
mas também a medicação e alimentação.”. O projeto vai arrancar com 3 locais e
intervir nas freguesias rurais. A responsabilidade da CM é com a atividade física.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
169
Entrará também em funcionamento o projeto diabetes em movimento em Torres
Vedras e na Silveira, em colaboração com o ACES (InqEntA).
A nossa ideia para o Centro Municipal de Marcha e Corrida é “… como se
fosse quase uma farmácia do exercício, em que os médicos no centro de saúde…(…)
dissessem à pessoa que necessita de fazer atividade física e que deve ir ao Centro
Municipal de Marcha e Corrida, em que à terça e sexta feira temos lá um técnico
que prescreve atividade física (tal como: natação, corrida, ginásio). Neste caso,
para além desta oferta, permitiria informar sobre outras possibilidades no
concelho, por exemplo as pessoas eram informadas das ofertas dos ginásios
(InqEntB).
Na análise aos principais instrumentos de orientação à concretização das
políticas desportivas municipais verificámos que os objetivos estabelecidos pela
Câmara Municipal de TV em matéria de política desportiva e de desenvolvimento
do desporto, são:
1. Aumento do índice de prática desportiva do concelho no âmbito dos
diferentes tipos de práticas desportivas;
2. Promoção de Programas e Atividades Desportivas, como fator de
desenvolvimento de novas práticas e de implementação de novas
modalidades;
3. Melhoria dos níveis de formação dos agentes desportivos do concelho;
4. Melhoria das condições físicas para a prática desportiva no concelho,
através da construção e conservação de instalações desportivas e do
apetrechamento desportivo;
5. Apoio ao movimento associativo;
6. Promoção de iniciativas que visem a qualidade das práticas desportivas,
da segurança dos praticantes.
7. Desenvolvimento de redes de colaboração, com a educação, a ação
social, e o ambiente;
8. Promoção da imagem do desporto e da atividade física como fator de
valorização pessoal e de desenvolvimento social.
Recorrendo às Normas de Aplicação dos Programas de Apoio ao Desporto (NAPAD,
2016), a perspetiva de orientação é também vincada em três dimensões:
1) “O Desporto constitui nas sociedades modernas um fator de promoção da
saúde, de integração social, de formação ao longo da vida, que se traduz na
criação de condições de melhoria da qualidade de vida das pessoas e ainda
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
170
como fator de desenvolvimento económico e financeiro das sociedades.
(NAPAD, p.1).”;
2) “…a Câmara Municipal de Torres Vedras, desenvolve uma ação de
promoção e dinamização do desporto, através da construção e melhoria de
equipamentos desportivos, promovendo e organizando projetos e eventos de
âmbito desportivo e apoiando a atividade do movimento associativo.”
(NAPAD, p.1),
3) A Câmara Municipal de Torres Vedras, no âmbito da sua política
desportiva, atribui ao movimento associativo um papel estratégico para o
desenvolvimento do desporto (NAPAD, 2016, p.1).
A concretização dos objetivos acimas apresentados e as orientações
expressas concretizam-se nos seguintes Programas de Apoio ao Desporto (PAD):
1. Programa de Apoio à Atividade Desportiva Federada;
2. Programa de Apoio à Promoção da Atividade Física e Desportiva não
Federada;
3. Programa de Formação de Agentes Desportivos.
Os programas são sistematizados nas três tabelas seguintes. O primeiro
programa é orientado para a prática do desporto federado e tem como principais
destinatários jovens, de ambos os sexos, até aos 18 anos.
Tabela 96 – Programas de apoio ao desporto da CMTV.
Programa Programa de Apoio à Atividade Desportiva Federada (PAADF)
Objetivos
Apoiar financeiramente os atletas e equipas, inscritos em escalões de formação. Promover o enquadramento técnico por monitores/ treinadores que possuam o grau mínimo de formação para o exercício, como habilitação mínima (formação superior na área do desporto e/ ou certificado da respetiva Associação/ Federação)
Condições específicas
Prática desportiva no âmbito das competições organizadas pelas federações e ou associações de modalidade, pela autarquia e outras a eleger Atletas com idade igual ou inferior a 18 anos e ou que estejam inscritos em escalões de formação
Destinatários Entidades que apresentem atletas inscritos em modalidades individuais ou coletivas, em escalões de formação e ou seniores
Áreas de apoio e critérios
Participação (apoio por atleta inscrito) e de classificação Diferenciação positiva para atletas do género feminino Atletas das modalidades de basquetebol, andebol e voleibol Atletas com enquadramento técnico especializado (Lic. em ciências do desporto ou 1º grau de formação de treinadores)
Tipo de apoio
Apoio financeiro Nas modalidades coletivas e individuais/ nos campeonatos municipais, regionais, nacionais/ sem enquadramento técnico – 75€ por federado inscrito; Nas modalidades coletivas e individuais / nos campeonatos municipais, regionais, nacionais / com enquadramento técnico – 80€ por federado inscrito;
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
171
Atletas femininos, sem enquadramento técnico (75€), com enquadramento técnico (100€); Modalidades de voleibol, andebol e basquetebol sem enquadramento técnico (75€), com enquadramento técnico (100€)
Fonte: NAPAD da CMTV, pp. 4 – 7.
O apoio à promoção da atividade física e desportiva tem como principais
destinatários as organizações desportivas do concelho, proporciona apoios para as
atividades regulares e para os eventos de promoção da atividade, tal como se
verifica na tabela seguinte.
Tabela 97 – Programas de apoio ao desporto da CMTV (cont.).
Programa
Programa de Apoio à Promoção da Atividade Física e Desportiva não federada
(PAPAFDNF)
Objetivos
Apoiar financeiramente a generalização do acesso à atividade física e promoção da saúde. Apoiar as iniciativas das associações na organização e promoção de atividades físicas e desportivas dirigidas a atletas não federados Apoiar financeiramente a organização de atividades, de forma regular, com enquadramento de carácter não federado Apoiar financeiramente a organização de eventos de carácter desportivo
Condições específicas
Apoiar todas as atividades e ou modalidades desportivas, cujos praticantes não se encontram federados e ou a participar em competições organizadas pelas ligas profissionais, federações e ou associações de modalidade e pela autarquia Incentivar para que as atividades e ou modalidades desportivas, cuja prática se faça sob orientação técnica e pedagógica de um técnico com formação superior na área do desporto e ou formação técnica reconhecida Estimular a regularidade da prática de todas as atividades e ou modalidades desportivas, cuja prática se faça durante um época desportiva (período igual ou superior a 6 meses). Incentivar a organização de eventos pelas associações, com carácter pontual e de âmbito desportivo (torneios, concentrações, encontros, passeios, provas inseridas em competições de âmbito regional e ou nacional, etc.)
Destinatários
Entidades desportivas, nomeadamente federações e associações de modalidades, associações e clubes desportivos, associações promotoras de desporto e clubes de praticantes
Áreas de apoio e critérios
São divididas em dois domínios:
Programa de Apoio à Promoção da Atividade Física e Desportiva não Federada, considera a atribuição de apoios monetários diferenciados no primeiro e segundo ano e no terceiro e seguintes. As atividades terão de apresentar enquadramento técnico e ter um carácter regular; existir um número mínimo de 10 pessoas a praticar a atividade. Pode considerar como critério para a atribuição do apoio a existência taxas de assiduidade das atividades, superiores a 50%; os praticantes terão de estar abrangidos por um seguro desportivo. Promoção da Atividade Física e da Organização de Eventos Desportivos, apoio à organização de eventos de carácter desportivo, formal e ou informal, de reconhecido interesse para o desenvolvimento do desporto no concelho e ou do
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
172
movimento associativo; Os eventos de carácter internacional ou que pela sua natureza e dimensão assim o justifiquem são apoiados por programa específico Considera um valor máximo e um valor mínimo a atribuir por evento; utiliza critérios de avaliação para efeitos de atribuição de apoios: o nº estimado de participantes; O âmbito territorial da participação (local, regional, nacional); se o eventos são inseridos em calendários desportivos das respetivas associações e ou federações de modalidade. São consideradas elegíveis as despesas relacionadas especificamente com a organização do evento
Tipo de apoio
Apoio financeiro Apoio à oferta organizada de atividade física regular não federada, em equipa ou a atletas individuais, promoção da atividade física numa determinada modalidade. Apoio financeiro no 1º Ano (500€), 2º Ano (400€), e Seguintes (300€); com um mínimo de 10 participantes.
Fonte: NAPAD da CMTV, pp. 5 – 7.
A terceira dimensão de apoio está relacionada com a formação de recursos
humanos das organizações desportivas do concelho, possibilitando a organização de
ações de formação localmente, apoio na frequência de ações, quando se realizam
fora do concelho. Prevê também a eventualidade de apoio logístico na realização
das ações, ver tabela seguinte.
Tabela 98 – Programas de apoio ao desporto da CMTV (cont.).
Programa Programa de Formação de Agentes Desportivos (PFAD)
Objetivos
Apoio à organização de ações de formação (de complemento ou aperfeiçoamento de competências, da formação de base ou no aperfeiçoamento de competências) a promover pelas associações do concelho ou promovida por outras entidades, visando a melhoria do desempenho das organizações e das pessoas envolvidas nos processos de desenvolvimento do desporto no concelho de Torres Vedras
Condições específicas
Formação em formato de congresso, seminário, workshop, ou outro, de curta duração, com carácter pontual e carga horária reduzida. Formação técnica especializada ou de atribuição de nível de formação reconhecido pelo Instituto do Desporto de Portugal e ou Federação Desportiva da respetiva modalidade
Destinatários
Entidades desportivas, nomeadamente federações e associações de modalidades, associações e clubes desportivos, associações promotoras de desporto e clubes de praticantes
Áreas de apoio e critérios
São divididas em dois domínios: Organização de Ações de Formação, é dada preferência à abordagem de temas nas
seguintes áreas: associativismo desportivo; generalização da prática desportiva;
gestão do desporto; saúde e condição física; treino desportivo; desporto juvenil;
desporto sénior; desporto adaptado. A autarquia presta apoio na organização do
evento em três áreas distintas: 1) organização, conceção da ação; e processos de
candidaturas a apoios; 2) apoio financeiro; 3) apoio em meios (espaços para a
realização das ações, meios audiovisuais, informática). Consideram-se como critérios
para avaliação das ações, e determinação dos valores dos apoios, os seguintes
elementos: n.º previsto de formandos; n.º e currículo dos formadores; duração da
ação
Apoios à Participação em Ações de Formação, tem como destinatários as
associações e os agentes desportivos que desenvolvam a sua atividade no concelho
de Torres Vedras, em ações de formação na área do desporto, quer na sua formação
de base quer no aperfeiçoamento de competências. As áreas prioritárias de
formação são os cursos de treinador, reconhecidos oficialmente pela modalidade; e
as seguintes áreas: associativismo desportivo; generalização da prática desportiva;
gestão do desporto; saúde e condição física; treino desportivo; desporto juvenil;
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
173
desporto sénior; desporto adaptado.
Considera como fator de prioridade na atribuição dos apoios, o número de ações
apoiadas por associação. É dada preferência às situações de 1ª candidatura. O
número de participações por associação a apoiar por ano, pode ser limitado
Tipo de apoio
Apoio financeiro e de meios Apoio na organização de formação na área do Desporto, apoio anual à organização
de ações de formação, apoio máximo por ação 1000€, em função a ação proposta
Apoio à participação em formação na área do desporto, 50% do custo das mesmas
até ao valor máximo de 250€ de apoio por participação anual
Fonte: NAPAD da CMTV, pp. 7 – 10.
Constata-se que os programas estão em coerência com os objetivos e as
orientações de desenvolvimento do desporto para o concelho, de acordo com os
objetivos, destinatários, áreas e tipos de apoio.
Nas principais atividades e eventos promovidos, com maior regularidade pelo
município, de acordo com o expresso nas duas tabelas seguintes, a CMTV promove
diretamente nove (9) programas. Dois (2) destes programas, o “Projeto Desporto
Sénior – Mexa-se para a Vida” e o “Diabetes em Movimento”, são realizados
durante o ano, cinco (5) dos restantes têm um período do ano específico em que
são proporcionadas as atividades e dois (2) são de realização, em autonomia, de
percursos tanto a pé como de bicicleta todo-o-terreno (btt).
Tabela 99 – Principais programas operacionalizados pela CMTV.
Programa Mexa-se Night Run
Projeto Desporto
Sénior – Mexa-se para
a Vida
É Hoje! Dia Fitness
Âmbito
Orientado para a
atividade e animação
desportiva através de um
conjunto de aulas de
grupo
Conjunto de caminhadas
e corridas ao longo da
cidade de Torres Vedras
durante a noite.
Caminhadas de 5 e 6 Km;
Iniciação à corrida de 8
km; Corridas de 9 a 11
Km
Projeto desenvolvido em
todas as freguesias do
concelho, constituído por
um conjunto de sessões
regulares de atividade
física dirigidas para
maiores de 55 anos
Programa que permite
que os munícipes, uma
vez por semana,
experimentem diversas
modalidades nos ginásios
orientadas por técnicos
Objetivos
Promover a utilização do Parque Verde da Várzea, como espaço para a prática de atividade física. Proporcionar a prática de atividade física a diferentes públicos ao ar livre. Promover a melhoria da qualidade de vida, através da criação de hábitos de prática de atividade física
Esta atividade tem o
objetivo de inclusão
permitindo a prática
informal e descontraída
de atividade física,
aquisição de hábitos de
vida saudáveis e a
dinamização do centro de
Torres Vedras passando
por locais emblemáticos
da cidade
Promover a melhoria da
qualidade de vida,
através dos benefícios da
prática da atividade física
regular; melhoria da
autonomia funcional
através da estimulação
motora; promover a
autonomia sócio afetiva e
a integração social
Promover a iniciação da
prática de atividade
física;
Promover um estilo de
vida saudável e ativo;
Melhorar a aptidão física,
saúde e capacidade
funcional da população
Destinatários População em geral De participação gratuita não requerendo inscrição
População em geral De participação gratuita não requerendo inscrição
Munícipes do concelho com idade igual ou superior a 55 anos
População do concelho de Torres Vedras
Periodicidade
Dois dias por semana entre 15 de maio e 14 de julho, das 19:15h às 20h
Às quartas-feiras de 8 de março a 13 de dezembro, 21:15h
Dois dias por semana, sessões de 50 min entre outubro e junho. Os horários e dias da semana em que a atividade é marcada depende da
Primeiro sábado de cada mês até dezembro
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
174
freguesia em que se realiza
Locais de realização
Parque Verde da Várzea em Torres Vedras
Praça Machado Santos (Praça da Batata)
Consoante a freguesia em que a atividade vai ser realizada
Nos vários ginásios do concelho
Parceiros
Ginásios do concelho Juntas de Freguesia do
Concelho de Torres
Vedras
Ginásios: Física, Fit One,
Fitness Factory, Hígia,
Kalorias, Mais Fitness Sul,
O’Hara
Fonte: CMTV
Os destinatários destes programas são a “população em geral” e, nalguns
casos, especificamente os maiores de 55 anos. São de frequência gratuita,
envolvem vários parceiros locais e dois têm a colaboração dos ginásios e health
clubs do concelho.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
175
Tabela 100 – Principais programas operacionalizados pela CMTV.
Fonte: CMTV
Programa Passos no Concelho No domingo a rua é nossa! Diabetes em
movimento®
Percursos
pedestres
Ecovias
Âmbito
Utilização dos percursos
pedestres guiados. Os
percursos têm como base as
“Pequenas Rotas” sinalizadas
Promoção da atividade física
informal junto da população
Caminhada (5 km, 6 km), Corrida
(9 km, 10 km). Experimentação de
diversas modalidades desportivas
(futebol, hóquei, basquetebol,
voleibol, ténis de mesa, golfe,
desportos de combate, orientação,
esgrima, xadrez, entre outros)
Programa comunitário de exercício físico concebido para pessoas com diabetes tipo 2 desenvolvido em Portugal desde 2011
O concelho de Torres Vedras proporciona 12 percursos de pequena rota, sinalizados e com folhetos informativos de apoio, e troços de duas grandes rotas: Rota do Atlântico (GR11) e Rota das Linhas de Torres (GR30)
A oferta de ecovias é proporcionada por duas vertentes: o Eco-Caminho do Sizandro (Torres Vedras – Foz do Sizandro – Santa Cruz – Porto Novo), considerando ainda dois percursos de Torres Vedras à Foz do Sizandro e de Torres Vedras a Santa Cruz; e o Eco-Caminho da Serra do Socorro, remodelado com a construção do Eco-Caminho Turcifal/Serra do Socorro
Objetivos
Pretende-se dar a conhecer
o património paisagístico e
cultural do concelho de
Torres Vedras
Divulgar a oferta de serviços de
atividade física e desportiva;
Promover a atividade física
enquanto veículo de aquisição de
hábitos de vida saudáveis;
Promover a fruição da cidade
como espaço de lazer
Visa proporcionar aos destinatários a dose mínima de exercício físico recomendada para o controlo da diabetes pelas principais organizações científicas internacionais, e sem custos diretos para os participantes
Realização dos percursos tanto a pé como de bicicleta todo-o-terreno (btt)
Possibilidade de combinação dos troços comuns, permitindo uma combinação de dois ou mais percursos
Destinatários População do concelho de Torres Vedras
População do concelho de Torres Vedras
Diabéticos tipo 2 População do concelho de Torres Vedras e visitantes externos
Periodicidade - Aos domingos, num período do ano Três (3) sessões semanais de
exercício físico Possibilidade de utilização durante todo o ano em autonomia
Locais de realização
Percursos marcados Ruas específicas da cidade Pavilhão do Sporting Clube de Torres
Várias zonas do concelho
Parceiros
Académico de Torres Vedras; Associação de Marchas e Passeios do Concelho de Torres Vedras
Associações desportivas e ginásios de Torres Vedras
Câmara Municipal de Torres
Vedras, Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro
e Centro de Saúde de Torres
Vedras do ACES Oeste Sul
Associação de Marchas e Passeios do Concelho de Torres Vedras, FPCM
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
176
Os eventos, relacionados com o ciclismo, o atletismo, na especialidade de corta-mato, e as atividades de ondas (surf,
bodyboard, waveski, stand up paddle, entre outras), são, pelos objetivos, recursos afetos, destinatários e número de pessoas
envolvidas, as iniciativas com maior impacto no concelho. No caso do Santa Cruz Ocean Spirit o evento ultrapassa a exclusiva
atividade desportiva, sendo um evento de animação e promoção do concelho.
Tabela 101 – Principais eventos desportivos operacionalizados pela CMTV.
Programa Troféu Internacional Joaquim Agostinho Cross Internacional de Torres Vedras – Corta-Mato
dos Matos Velhos Santa Cruz Ocean Spirit
Âmbito
O Grande Prémio Internacional de Torres Vedras teve início em 1978, e, atualmente, é uma das principais provas portuguesas no calendário da União Ciclista Internacional. O concelho tem tradição no ciclismo, com praticantes a competirem ao mais alto nível nacional e internacional, tendo como expoente máximo o patrono do evento Joaquim Agostinho
Prova desportiva do concelho, implementada em 1981, fundada pelo Grupo Desportivo Cultural e Recreativo dos Matos Velhos, atualmente integra competições nacionais de corta-mato fazendo parte do calendário da Federação Portuguesa de Atletismo
Festival internacional de desportos de ondas, realizado desde 2007 na praia de Santa Cruz, concelho de Torres Vedras. Realização de provas nacionais e internacionais dos diversos desportos de ondas: Surf, Bodyboard, KiteSurf, Waveski, Windsurf e Stand Up Paddle.
Experimentação de diversos desportos de ondas, presença de diversos espaços comerciais ligados aos desportos envolvidos, lojas, espaços de restauração e espaços de promoção dos diversos patrocinadores e animação noturna.
Objetivos
Promoção e divulgação do nome da cidade de Torres Vedras, homenagear a grande figura do ciclismo português o torriense Joaquim Agostinho
Promoção e divulgação do nome e da cidade de Torres
Vedras;
Promover a modalidade e motivar os jovens para a prática
regular da mesma, tendo em conta a as fortes raízes que
possui no concelho.
Incentivar o público à prática dos desportos de ar livre e
hábitos de vida saudáveis
Destinatários Ciclistas profissionais Atletas seniores, femininos e masculinos, de corta-mato
nacionais e internacionais. Principais clubes nacionais Amantes dos desportos de ondas e também toda a família
Periodicidade Primeira quinzena do mês de julho No mês de novembro No mês de Julho
Local Concelho de Torres Vedras Parque Verde da Várzea, Torres Vedras Praia de Santa Cruz, Torres Vedras
Organizadores Câmara Municipal de Torres Vedras e União Desportiva do Oeste
Câmara Municipal de Torres Vedras, Grupo Desportivo, Cultural e Recreativo dos Matos Velhos e UD Oeste
Câmara Municipal de Torres Vedras; PromoTorres
Patrocinadores
Câmara Municipal de Torres Vedras; Comunidade Intermunicipal do Oeste; CUF; ModeCort; Pretrab, S.A.; Caixa Agrícola Torres Vedras; Adega Cooperativa de São Mamede da Ventosa; Lactimonte; Hotels & Resorts Golf Mar; Vimeiro; Constantinos; Sicasal; Europeças.pt
BMW; MEO; Montepio; Vimeiro; TV oficial- FUEL TV; rádio
oficial -mega hits
Fonte: CMTV
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
177
De forma original no tipo de iniciativa, a CMTV promove, em parceria com as
respetivas associações distritais de modalidade, dois campeonatos concelhios: um
de futebol e outro de atletismo, em várias especialidades. Se, no primeiro caso, os
destinatários da competição têm até 12 anos, sendo o escalão máximo o de
infantis; no segundo, os escalões constituídos permitem a participação de atletas
federados em todos os escalões etários, mesmo para participantes acima dos 75
anos, conforme resultados publicados no website da CMTV.
Tabela 102 – Campeonatos promovidos pela CMTV.
Programa Campeonato Municipal de Futebol Campeonato Municipal de Atletismo
Âmbito
Promovido pela Câmara Municipal de Torres Vedras em colaboração com a Associação de Futebol de Lisboa, desde 2006/ 2007
Promovido pela Câmara Municipal de Torres Vedras em colaboração com a Associação de Atletismo de Lisboa. Realiza-se desde a época 2006/2007
Objetivos Promover o desenvolvimento dos atletas do concelho, possibilitando a realização de momentos de
competição adequados aos diferentes escalões etários
Destinatários
Escalões de infantis (Fut.7), traquinas, petizes e benjamins
Nas várias disciplinas do atletismo, masculinos e femininos, de benjamins, infantis, iniciados, juvenis, juniores, seniores e para vários segmentos etários acima dos 40 anos de idade. Último escalão para maiores de 75 anos. Atletas filiados na época desportiva nos respetivos escalões, de ambos os sexos, em representação de clubes, escolas/agrupamentos de escolas igualmente filiados ou como individuais
Periodicidade Anual, de outubro a maio Anual, de outubro a junho
Local Campos dos clubes de futebol do Concelho Pista Municipal de Atletismo Carlos Lopes (Campeonato
Municipal de Pista) e localidades do Concelho (Campeonato Municipal de Primavera)
Organizadores
Câmara Municipal de Torres Vedras e Associação de Futebol de Lisboa
Câmara Municipal de Torres Vedras, clubes do concelho
e Associação de Atletismo de Lisboa
Fonte: CMTV
Tal como referido para os programas, os eventos estão também em linha
com os objetivos de promoção e dinamização de atividade física para o concelho e
estão orientados para algumas das principais modalidades e práticas de atividade
física mais preferidas pela população, nomeadamente as atividades de
manutenção, corrida, atividades de ginásio e ciclismo/ btt.
Para a concretização das atividades, dos eventos, da operacionalização dos
programas de apoio e demais atribuições, a Divisão de Educação e Atividade da
CMTV tem, com regimes diferenciados de relação laboral, três colaboradores, a
tempo integral, com intervenção técnica em funções de gestão, organização de
atividades e programas e/ou direção técnica de instalações desportivas, conforme
tabela seguinte.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
178
Tabela 103 – Colaboradores relacionados com o deporto e atividade física.
Condições de intervenção dos colaboradores Número
Colaboradores com formação específica que desenvolvem funções na área da gestão desporto, direção técnica de instalações desportivas e organização de atividades e programas desportivos
4
Colaboradores com formação específica que desenvolvem funções na área do desporto, com funções de docência e técnicos de exercício físico e de eventos e programas desportivos
9
Colaboradores que exercem funções na área do desporto, não incluídos nas duas questões anteriores, independentemente da sua função (administrativo, limpeza, etc.): administrativo (1); encarregado de instalações (1); vigilante (1)
3
Colaboradores com horário completo nas funções de gestão, organização de atividades e programas e/ou direção técnica de instalações desportivas
3
Fonte: CMTV
O maior número de colaboradores, com intervenções parciais, está na
animação de programas desportivos com periodicidade de um ano escolar.
Considerando os investimentos financeiros, as atividades e os apoios
proporcionados no atual mandato, constata-se que os “contratos-programa de
desenvolvimento desportivo”, a “construção de instalações desportivas” e as
“atividades e programas desportivos” têm merecido os principais esforços da CMTV.
Tabela 104 – Principais investimentos financeiros realizados no desporto.
Tipo de investimento / atividade Valor(€)
Total investido na construção de instalações desportivas no atual mandato autárquico
900.000€
Total investido em atividades e programas desportivos (excluídos custos com recursos humanos, entre agosto de 2016 e julho de 2017)
281.600€
Total investido na aquisição de equipamentos desportivos e material didático e formativo durante o atual mandato autárquico
18.130€
Total contratualizado em contratos-programa de desenvolvimento desportivo e efetivamente pago durante o atual mandato autárquico
1.391.102€
Total do investimento na construção de parques infantis, durante o atual mandato autárquico
102.380€
Total do investimento na manutenção de parques infantis,
durante o atual mandato autárquico 900€
Fonte: CMTV
No gráfico seguinte, verifica-se, percentualmente, o tipo de investimentos
realizados e reconhece-se que a “aquisição de equipamentos desportivos e material
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
179
didático”, tal como o “investimento na manutenção de parques infantis”,
apresentam os valores mais baixos de investimento.
Gráfico 31 – Tipos de investimento realizados no desporto, no atual mandato.
Registe-se ainda que o Plano Estratégico de Turismo Sustentável para o
Concelho de Torres Vedras (PETS 2020, p.95), no que à relação do turismo com o
desporto expressa, aborda uma perspetiva de desenvolvimento do turismo
desportivo, tendo como referência a prática equestre (pela existência de
picadeiros em Runa, Campo Real, Vimeiro, Torres Vedras, entre outros locais) o
futebol (pelos campos disponíveis e pelos eventos de futebol e futsal) e, na Medida
3.2 - Eixo Sol e Mar -, é proposto o “desenvolvimento de roteiro e sinalética para a
prática de desportos de deslize; e a criação do percurso pedestre “Moinhos do
Litoral”. No Eixo prioritário IV - Ação 3 – reforçam a necessidade de um incremento
da cultura de surf e beneficiação de praias com equipamentos para a prática de
desportos de deslize (p.114). Na Medida 4.4, Turismo Natureza, intensificaram a
necessidade de: i) salvaguarda dos recursos naturais do concelho; ii) Dinamização
de atividades de Turismo Ativo e Desporto Natureza, para a prática de: stand up
paddle, kitesurf, surf, bodyboard, kitesurf, skimboard, kayaksurf, paddle surf, e
locais para pesca, mergulho; snorkeling e pesca submarina. Noutra dimensão, pela
rede de trilhos e caminhos florestais e agrícolas, sugerem ofertas relacionadas
com: btt, downhill, ori-btt, passeios de bicicleta, hipismo e passeios a cavalo,
birdwatching, golf, parapente, asa-delta e saltos de paraquedas.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
180
3.1 Síntese sobre a intervenção do município
Constata-se que há uma clara e deliberada intenção de política desportiva
centrada em três principais orientações: 1) proporcionar condições para a
realização de atividade física em sentido amplo e não só no desporto
especificamente, “…com uma orientação e objetivos para a saúde e desporto
informal”; 2) “diversificar as modalidades desenvolvidas no concelho”; e 3)
proporcionar “…apoio contínuo aos clubes”, ao “… continuar a descentralizar o
apoio, fazendo com que os parceiros executem atividades com o apoio a vários
níveis da CM, em rede com esses parceiros.”
A concretização das orientações da CMTV é materializada em oito (8)
objetivos gerais: 1) aumentar o índice de prática desportiva do concelho no âmbito
dos diferentes tipos de práticas; 2) promover programas e atividades desportivas,
como fator de desenvolvimento de novas práticas e de implementação de novas
modalidades; 3) melhorar os níveis de formação dos agentes desportivos do
concelho; 4) melhorar as condições físicas para a prática desportiva no concelho,
através da construção e conservação de instalações desportivas e do
apetrechamento desportivo; 5) apoiar o movimento associativo; 6) promover
iniciativas que visem a qualidade das práticas desportivas e a segurança dos
praticantes; 7) desenvolver redes de colaboração, com a educação, a ação social, e
o ambiente; 8) promover a imagem do desporto e da atividade física como fator de
valorização pessoal e de desenvolvimento social.
No que respeita à descentralização, a CMTV proporciona atividades nas
freguesias, pois existem 75 núcleos do desporto sénior nas freguesias e AEC nas
escolas das freguesias. É concedido apoios aos clubes, a todos, incluindo os não
urbanos, atribuindo 300€ / ano a cada clube que pretenda desenvolver atividade
física para um grupo superior a 10 pessoas (InqEntB). Cerca de “…50 clubes
candidataram-se aos apoios em 2018 (…) muitos deles das freguesias não urbanas…”
(InqEntB).
A CMTV promove diretamente nove (9) programas. Dois (2) destes
programas, o “Projeto Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” e o “Diabetes em
Movimento”, são realizados durante o ano, cinco (5) dos restantes têm um período
do ano específico em que são proporcionadas as atividades e dois (2), percursos
tanto a pé como de bicicleta todo-o-terreno (btt), são de realização em autonomia.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
181
Estes programas são dirigidos para diferentes tipos de destinatários e dão resposta
a todas as faixas etárias. De forma original no tipo de iniciativa, a CMTV promove,
em parceria com as respetivas associações distritais de modalidade, dois
campeonatos concelhios: um de futebol e outro de atletismo, em várias
especialidades
Os eventos desportivos realizados estão também em linha com os objetivos
de promoção e dinamização de atividade física para o concelho e estão orientados
para algumas das principais modalidades e práticas de atividade física mais
preferidas pela população, nomeadamente as atividades de manutenção, corrida,
atividades de ginásio e ciclismo/ btt.
O número de recursos humanos que a CMTV tem, a tempo integral, para o
desporto parece estar no limiar mínimo do necessário para cumprir o plano de
atividades anual da Divisão de Educação e Atividade Física.
Considerando os investimentos, as atividades e os apoios proporcionados no
atual mandato, constata-se que os “contratos-programa de desenvolvimento
desportivo”, a “construção de instalações desportivas” e as “atividades e
programas desportivos” têm merecido os principais esforços da CMTV.
No apoio à atividade dos clubes, foi identificada a oferta de 54 modalidades
desportivas diferentes no concelho e 39 clubes que disponibilizaram essas
modalidades, nos últimos 6 anos, com intervenção principal na formação de
praticantes.
Constata-se que o futebol de onze, pelo número médio de praticantes, entre
2013 e 2018, teve 50,52% dos praticantes inscritos numa federação. Atendendo ao
peso relativo do número de praticantes, face ao total, identificaram-se mais seis
modalidades com percentagens mais relevantes: hóquei em patins (6,88%)
atletismo (6,27%), ginástica (6,63%), futsal (5,67%), basquetebol (5,41%) e o ténis
(3%).
A distribuição da oferta de prática desportiva federada, nos escalões de
formação, nas freguesias do concelho, é caraterizada por uma concentração na
União das Freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago, Santa Maria do Castelo
e São Miguel) e Matacães, com as principais modalidades existentes no concelho.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
182
O atletismo é a segunda modalidade com maior distribuição geográfica da
prática, em seis freguesias, designadamente nas freguesias: Ventosa; União das
freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago, Santa Maria do Castelo e São
Miguel) e Matacães; A dos Cunhados e Maceira; Ponte de Rol; Silveira e União das
Freguesias de Dois Portos e Runa.
Na atividade desportiva não federada, com atividades regulares, na época
2017/ 2018, foram identificadas 235 atividades, segundo os registos da CMTV. A
natação, com 51% das atividades; o fitness, com 14%; e a ginástica, com 7%, foram
as modalidades com mais atividades. Registe-se a percentagem de 4% na atividade
física para pessoas com deficiência.
Na realização de eventos, promovidos pelos clubes, registaram-se 156
iniciativas, com destaque para a modalidade de golfe, com 23% de todos os
realizados, 36 em termos absolutos. Os eventos relacionados com as caminhadas
(10%), com o futebol (8%) e com o atletismo (8%) são os mais promovidos. Ainda
demonstrador das dinâmicas das atividades, destaca-se o número de eventos
realizados no ténis de mesa, btt e ciclismo.
Sobre a formação de recursos humanos do desporto, foram registadas 67
iniciativas em que houve participação dos agentes locais, em 17 áreas, na época
desportiva. As ações de formação foram orientadas para os domínios do
pedestrianismo (4), primeiros socorros (2), futsal (1), saúde e condição física (1) e
escalada (1).
Sobre o apoio e a relação com o desporto na escola, na generalidade, os
docentes consideram “a atividade física e desportiva oferecida pelo agrupamento é
diversificada, possibilitando aos alunos uma prática competitiva, e que, na maior
parte, estes alunos não têm possibilidade de praticar.” (Inq.DEscolaQ2). Constatou-
se que há variabilidade na adesão, por parte dos alunos, de escola para escola. As
apreciações globais sobre as ID nas escolas variam entre razoáveis, muito más e não
existentes. As modalidades identificadas como mais praticadas e com competições,
de acordo com a perceção dos docentes, são: futsal, voleibol, ténis de mesa,
goalball natação e golfe. Existe um clube escolar federado de voleibol.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
183
VI – A oferta de atividades nos clubes
1 Nota introdutória O presente ponto deve ser interpretado em conjugação com os resultados do
grupo de discussão sobre o desporto federado. Caracteriza-se, a partir dos dados
disponibilizados, os principais valores da prática desportiva federada nos escalões
de formação, entre 2013 e 2018, realizada pelos clubes do concelho. Pretende-
se conhecer as principais modalidades, a identificação dos clubes que as
proporcionam, o número de atletas por clube e a tendência do número de inscritos
nos anos em causa. Procurou-se identificar complementaridades que podem ser
estabelecidas entre estas organizações e lacunas da oferta desportiva.
A descrição dos dados recolhidos é feita, essencialmente, de forma
agrupada, pois pretende-se ter uma visão global da intervenção dos clubes.
2 Metodologia
Por recurso aos dados disponibilizados pela CMTV, considerando as
candidaturas públicas aos programas de apoio à atividade desportiva e os
respetivos processos submetidos para obtenção dos apoios financeiros, efetuou-se
uma apreciação descritiva e gráfica dos valores registados.
A principal intenção foi organizar os dados disponíveis que, em conjugação com
a informação recolhida da procura e do grupo de discussão sobre o associativismo,
permitisse constituir inferências sobre as modalidades proporcionadas e a evolução
do número de praticantes. Desta forma, num primeiro momento, identificaram-se
limitações e potencialidades do setor; num segundo momento, os resultados que
estão a ser atingidos na atração e manutenção de praticantes.
3 Resultados
Foi identificada a oferta de 54 modalidades desportivas diferentes no concelho
e 39 clubes que disponibilizaram essas modalidades, nos últimos 6 anos, e com
intervenção principal na formação de praticantes.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
184
Na tabela seguinte, identificam-se as modalidades e os clubes que as
proporcionam.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
185
Tabela 105 – Modalidades praticadas (54) no concelho nos clubes.
Modalidade Clube Modalidade Clube Modalidade Clube
Aeróbica GDRC "Os Carregueirenses" Dança Oriental Clube Atlético de Penafirme MMA Oestesport Clube Desportivo e Recreativo ADRC Bordinheira
Aikido Oestesport Clube Desportivo e Recreativo
Escalada Académico de Torres Vedras Natação/ Natação Adaptada / Hipoterapia
Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras Associação Melhoramentos de A-Dos-Cunhados Associação para a Educação de Crianças Inadaptadas Associação Melhoramentos de A-Dos-Cunhados
Andebol Atlético Clube Barroense Fitness/ Ativo Fitness Casa do Povo do Turcifal Centro de Cultura e Animação de Campelos ADRC Bordinheira
Passeio BTT Joaquim Agostinho
Associação Recreativa Cultural e Desportiva da Silveira
Artes Marciais ADRC Bordinheira Futebol/ de Veteranos Clube Desportivo A-Dos-Cunhados Grupo Desportivo do Ramalhal Freria Sport Clube
Patinagem Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras
Atletismo Casa do Benfica de TV Futsal Casa do Benfica de TV Atlético Clube Barroense
Pesca Desportiva ADRC Bordinheira
Atletismo/ Trail/ Running Clube de Praticantes Turres Trail Clube
Futebol Academia Turcifal ACDR Arneiros (M/F) ACDR Coutada AF Pedagógica DC TVD AMCR Fonte Grada ARCD Sobreiro Curvo Casa Povo Turcifal Casalinhense (M/F) CD A dos Cunhados (M/F) Cerca FC CSDC Pedra FC São Pedro Freiria SC GDRC Ponterrolense (M/F) Ramalhal (M/F) SCU Campelense (M/F) Torreense (M/F)
Petanca Casa do Benfica de TV
Ballet Associação Social Recreativa Cultural e Desportiva Sobreiro Curvo Futebol Clube São Pedro
Pilates Centro de Cultura e Animação de Campelos Freria Sport Clube GDRC "Os Carregueirenses" Associação Melhoramentos de A-Dos-Cunhados
(continua )
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
186
Tabela 106 – Modalidades praticadas no concelho por clubes (cont.).
Modalidade Clube Modalidade Clube Modalidade Clube
Boxe Atlético Clube Barroense Jogos Tradicionais Associação para o Desenvolvimento das Paradas
Tiro ADRC Bordinheira
BTT Académico de Torres Vedras Associação Recreativa Cultural e Desportiva da Silveira Associação Cultural e Beneficiente de St.º António do Varatojo
Judo Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras
Voleibol Agrupamento de Escolas Madeira Torres
Caminhadas/ passeios pedestres
Associação de Marchas e Passeios do Concelho de Torres Vedras Centro de Cultura e Animação de Campelos
Jujitsu Brasileiro Associação de Educação do Movimento
Xadrez Académico de Torres Vedras
Ciclismo Casa do Benfica de TV Karaté Clube Atlético de Penafirme Yoga Centro Social Cultural e Recreativo do Ameal
Cicloturismo/ ciclismo p/ todos
União Desportiva do Oeste Kickboxing e Muay Thai
Associação de Educação do Movimento ADRC Bordinheira
Zumba Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras Associação Recreativa e Cultural de Soltaria Atlético Clube Barroense Futebol Clube São Pedro Grupo Desportivo de Matacães Associação Melhoramentos de A-Dos-Cunhados Centro de Cultura e Animação de Campelos Freria Sport Clube Centro Social Cultural e Recreativo do Ameal Centro Social Desportivo e Cultural da Pedra
Columbofilia Ass. Columbófila de TV Krav Maga Oestesport Clube Desportivo e Recreativo
Corfebol Adaptado Associação para a Educação de Crianças Inadaptadas
Polo Aquático Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras
Crosstraining Oestesport Clube Desportivo e Recreativo
Pool 8 Clube Desportivo A-Dos-Cunhados
Cycling Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras
Rope Skipping Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras
Dança/ de salão Associação Social Recreativa Cultural e Desportiva Sobreiro Curvo ADRC Bordinheira GDRC Casalinhense
Rugby Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras
Ginástica Adultos/ Manutenção/ Sénior
Casa do Povo do Ramalhal Freria Sport Clube
Step/ Step Adaptado Associação para a Educação de Crianças Inadaptadas
Golfe Associação de Golfe de Torres Vedras
Taekwondo Oestesport Clube Desportivo e Recreativo
Hip Hop Associação Melhoramentos de A-Dos-Cunhados Centro Social Desportivo e Cultural da Pedra
Ténis de Campo Clube de Ténis de Torres Vedras
Hóquei em Patins Sporting Clube de Torres Ténis de Mesa Futebol Clube São Pedro Sporting Clube de Torres
Fonte: CMTV
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
187
Na tabela seguinte, identificam-se as modalidades, por atletas nos escalões
de formação, que, apoiadas pela CMTV, tiveram, pelo menos num dos anos com
registos, atletas federados inscritos. Desta forma, constata-se que o futebol, de
onze, pelo número médio de praticantes, entre 2013 e 2018, teve 50,52% dos
praticantes inscritos numa federação. No comparativo com o peso relativo das
modalidades a nível nacional, o atletismo, o futebol, a ginástica, o hóquei em
patins e o ténis de mesa tem pesos relativos superiores no concelho. A sublinhado
as que estão abaixo dos valores nacionais.
Tabela 107 – Modalidades praticadas (54) no concelho nos clubes.
Modalidades 2013 2014 2015 2016 2017 2018 N.º médio
de praticantes
Peso relativo da modalidade (%)
Concelho
Peso relativo da modalidade
(%) Portugal a)
Atletismo 120 154 152 100 198 181 151 6,27 2,75
Basquetebol 119 100 112 150 146 154 130 5,41 6,76
Ciclismo 30 34 46 66 41 18 39 1,63 2,45
Escalada 0 0 3 2 5 9 3 0,13 5,13
Esgrima 0 0 0 3 6 10 3 0,13 0,18
Futebol 1551 1450 1175 1015 1047 1051 1215 50,52 28,61 b)
Futebol 5 e 7 46 47 26 57 82 134 65 2,72 nd
Futsal 48 70 125 173 177 225 136 5,67 nd
Ginástica 111 114 156 145 235 195 159 6,63 2,69
Golfe 16 9 10 2 0 0 6 0,26 2,55
Hóquei em patins 152 148 156 175 184 178 166 6,88 2,29
Judo 11 20 22 15 37 24 22 0,89 2,20
Jujitsu 0 0 0 0 16 0 3 0,11 nd
Karaté 5 23 32 13 41 27 24 0,98 2,40
Kickboxing e Muay Thai
0 0 0 0 53 57 18 0,76 0,43
Natação 77 36 46 85 113 34 65 2,71 6,82
Orientação 3 3 2 2 3 3 3 0,11 0,42
Patinagem 45 43 53 33 63 63 50 2,08 nd
Ténis 57 87 87 87 63 52 72 3,00 3,01
Ténis de Mesa 5 18 24 27 22 24 20 0,83 0,59
Tiro 0 0 50 0 0 0 8 0,35 0,70
Triatlo 1 1 1 0 2 0 1 0,03 0,42
Voleibol 41 40 60 17 69 46 46 1,89 7,62
Xadrez 0 0 0 0 0 1 0 0,01 0,50
Total ano 2438 2397 2338 2167 2603 2486 2405 100% -
a) Fonte IPDJ. (2019). 2013-2017 b) Inclui futebol 5 e 7 e futsal.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
188
Ainda pelo peso relativo do número de praticantes, face ao total,
identificaram-se mais seis modalidades com percentagens mais relevantes: hóquei
em patins (6,88%) atletismo (6,27%), ginástica (6,63%), futsal (5,67%), basquetebol
(5,41%) e o ténis (3%).
Na modalidade de futebol, a Associação Desportiva de Sobreiro Curvo tem
tido, nos anos em referência, um crescente aumento do número de jogadores; tal
como a Academia do Sporting do Turcifal, desde 2015. Os restantes clubes, com
oscilações de ano para ano, apresentam uma tendência de redução, o GRDC
Ponterrolense de forma mais acentuada.
Tabela 108 – Por clube, na modalidade de futebol, tendência de atletas inscritos nos escalões de formação.
Fonte: Dados da CMTV 2018.
Considerando as modalidades coletivas de hóquei em patins, futsal e
basquetebol, regista-se o aumento do número de praticantes no Sporting Clube de
Torres (no futsal e no hóquei em patins), a Casa do Benfica de Torres Vedras, no
futsal, e, com alteraçõs nos indicadores, o crescimento do basquetebol na Ass. Ed.
Física e Desport. de Torres Vedras.
2013 2014 2015 2016 2017 2018
Futebol Clube São Pedro Futebol 58 50 42 42 56 63
Grupo Desportivo de Matacães Futebol 32 23 28 0 0 0
Grupo Desportivo do Ramalhal Futebol 82 80 38 37 23 25
GDRC Casalinhense Futebol 173 156 163 134 118 12
Futebol 149 139 128 93 69 84
Academia Sporting Turcifal Futebol 142 125 104 132 172 187
Futebol 11 86 69 92 51 52
Ass.Cultural Recreativa e Desportiva da Coutada Futebol 38 0 28 0 87 90
Futebol 141 175 0 0 0 0
Ass.de Formação Pedagógica Desportiva e Cultural de Torres Vedras Futebol 107 93 105 97 104 90
Associação Social Recreativa Cultural e Desportiva Sobreiro Curvo Futebol 90 108 117 142 129 141
Casa do Povo do Turcifal Futebol 58 59 39 43 25 35
Centro Social Desportivo e Cultural da Pedra Futebol 38 50 57 67 31 54
Cerca Futebol Clube Futebol 61 60 0 0 0 112
Clube Desportivo A-Dos-Cunhados Futebol 65 87 71 73 70 71
Futebol 38 46 30 0 0 0
Futebol 126 80 88 82 91 70
Futebol 29 25 20 0 20 17
Clube Carvoeira Aventura e Desporto Futebol 38 25 25 22 0 0
Programa de Apoio à Actividade Desportiva Federada / Apoios à formação
62
Tendência n.º de inscritos Nome do clube
Modalidades
Ass. Cultural Recreativa e Desportiva dos Arneiros
GDRC Ponterrolense
Ass. Cultural Recreativa e Desportiva do Furadouro
Atletico Clube Barroense
Associação Moradores Cultura e Recreio IPSS da Fonte da Grada
Freria Sport Clube
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
189
Tabela 109 – Por clube, principais modalidades coletivas, tendência de inscritos nos escalões de formação.
Fonte: Dados da CMTV 2018
Nas modalidades predominantemente individuais, atletismo, ginástica e
ténis, contata-se que o Sporting Clube de Torres Vedras, na ginástica, e a Casa do
Benfica, no atletismo, têm revelado um aumento anual no número de atleas
inscritos. De forma estável, o Clube de Ténis de Torres Vedras e o GRDC
Ponterrolense, no atletismo, têm mantido um número médio atletas inscritos sem
grandes oscilações.
Tabela 110 – Por clube, principais modalidades individuais, tendência de inscritos nos escalões de formação.
Fonte: Dados da CMTV 2018.
A distribuição da oferta de prática desportiva federada, nos escalões de
formação, nas freguesias do concelho, é caraterizada por uma concentração na
União das freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago, Santa Maria do Castelo
e São Miguel) e Matacães com as principais modalidades existentes no concelho.
O futebol, com exceção União das Freguesias de Dois Portos e Runa, é
proporcionado em todas as freguesias. O atletismo é a segunda modalidade com
Futsal 43 65 95 111 87 84
Hóquei em Patins 52 55 82 98 94 87
Futsal F 0 0 1 0 0 0
Futsal 5 5 2 4 2 16
Basquetebol M 73 76 54
Basquetebol F 46 24 58
Futsal 0 0 0 13 9 0
Futsal 0 0 27 45 79 125
Programa de Apoio à Actividade Desportiva Federada / Apoios à formação
154
Tendência n.º de inscritos Nome do clube
Sporting Clube de Torres
Associação Cultural e Beneficiente de St.º António do Varatojo
Ass. Cultural Recreativa e Desportiva dos Arneiros
146150Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras
Atletico Clube Barroense
Casa do Benfica de TV
GDRC "Os Carregueirenses" Atletismo 19 17 20 0 42 19
Atletismo 24 52 45 34 48 37
Sport Clube União Torreense Atletismo 23 0 0 0 0 22
Ginástica 0 0 45 51 69 120
Atletismo 0 28 0 0 16 7
Ginástica M 48 48 44
Ginástica F 63 66 67
Atletismo 11 0 0 6 8 0
Atletismo 32 27 35 22 43 44
Clube de Ténis de Torres Vedras Ténis de Campo 57 87 87 87 63 52
Atletismo 0 0 6 4 2 0
Atletismo 11 30 46 34 39 52
Programa de Apoio à Actividade Desportiva Federada / Apoios à formação
75
Tendência n.º de inscritos Nome do clube
Sporting Clube de Torres
GDRC Ponterrolense
166Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras
Ass. Cultural Recreativa e Desportiva do Furadouro
Associação Recreativa Cultural e Desportiva da Silveira
Clube Atlético de Penafirme
94
Associação Moradores Cultura e Recreio IPSS da Fonte da Grada
Casa do Benfica de TV
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
190
maior distribuição geográfica da prática, em seis freguesias, designadamente nas
freguesias: da Ventosa; União das freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago,
Santa Maria do Castelo e São Miguel) e Matacães; A dos Cunhados e Maceira; Ponte
de Rol; Silveira e União das Freguesias de Dois Portos e Runa.
As modalidades de artes marciais, para além da União das freguesias de
Torres Vedras (São Pedro, Santiago, Santa Maria do Castelo e São Miguel) e
Matacães, têm atletas federados em Freiria e A dos Cunhados e Maceira. Verificou-
se ainda atividades de ondas na freguesia da Silveira e de tiro na freguesia de São
Pedro da Cadeira.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
191
Tabela 111 – Por freguesia e clube, prática das modalidades federadas por género.
Fonte: Dados da CMTV 2018.
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
ACDR ARNEIROS x x
Carregueirenses x x
CSDC Pedra x
Sporting Clube de Torres x x x x x x x x x x
UDO x x
AF Pedagógica DC TVD x
ATV x x x x
A. Educ.Movimento x x
Casa do Benfica x x x x
AE MT/ SG x
Torreense x x x x x x
Física x x x x x x x x x x x x x x
AMCR Fonte Grada x x
Clube Ténis TVD x x
CAP x x x x
ARCD Sobreiro Curvo x
CD A dos Cunhados x x
Ponte do Rol GDRC Ponterrolense x x x x
ACDR Coutada x x
FC São Pedro x x
Clube Tiro TVD x
Clube Atletismo Oeste x x
Cerca FC x
Sealand x
Casalinhense x x
Freiria Freiria SC x x x
Campelos e Outeiro da
CabeçaSCU Campelense x x
Ramalhal Ramalhal x x
Dois Portos e Runa ACRD Furadouro x x
Clube Golfe Campo Real
Casa Povo Turcifal x
Academia Turcifal x
Silveira
Turcifal
A dos Cunhados e Maceira
São Pedro da Cadeira
Ventosa
Santa Maria São Pedro e
Matacães
Patinagem Ténis Tiro NataçãoEscalada Xadrez Ondas Raguebi Basquetebol EsgrimaGinástica Hóquei Ténis M. Voleibol Ciclismo OrientaçãoFreguesia Clubes
Futebol Atletismo Art. Marc. Futsal
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
192
Na atividade física não federada, com atividades regulares, na época 2017/
2018, foram identificadas 235 atividades, segundo os registos da CMTV. A natação
com 51% das atividades; o fitness com 14%; e a ginástica com 7% foram as
modalidades com mais atividades. Registe-se na atividade física para pessoas com
deficiência 4% das atividades, percentagem idêntica à das atividades do futebol/
futsal.
Gráfico 32 – Número de organizações realizadas na atividade física não federada.
Fonte: Dados da CMTV 2018
Na realização de eventos, gráfico seguinte, registaram-se 156 iniciativas,
sendo a modalidade de golfe a que formalizou mais eventos, 23% de todos os
realizados, 36 em termos absolutos. Os eventos relacionados com as caminhadas
(10%), com o futebol (8%) e com o atletismo (8%) são os mais promovidos. Ainda
demonstradoras das dinâmicas das atividades, destaca-se o número de eventos
realizados no ténis de mesa, btt e ciclismo.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
193
Gráfico 33– Número de eventos realizadas na atividade física não federada.
Fonte: Dados da CMTV 2018.
Sobre a formação de recursos humanos do desporto, foram registadas 67
iniciativas na época desportiva, em 17 áreas, em que o movimento associativo teve
acesso por sua iniciativa. As ações de formação foram orientadas para os domínios
do pedestrianismo (4), primeiros socorros (2), futsal (1), saúde e condição física (1)
e escalada (1).
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
194
Gráfico 34 – Ações de formação, por áreas, dirigidas aos recursos humanos do concelho.
Fonte: Dados da CMTV 2018
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
195
3.1 Síntese sobre a intervenção dos clubes
Verificou-se que o futebol de onze, pelo número médio de praticantes, entre
2013 e 2018, teve 50,52% dos praticantes inscritos numa federação. Atendendo ao
peso relativo do número de praticantes, face ao total, identificaram-se mais seis
modalidades com percentagens relevantes: hóquei em patins (6,88%) atletismo
(6,27%), ginástica (6,63%), futsal (5,67%), basquetebol (5,41%) e o ténis (3%).
A distribuição da oferta de prática desportiva federada, nos escalões de
formação, nas freguesias do concelho, é caraterizada por uma concentração na
União das Freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago, Santa Maria do Castelo
e São Miguel) e Matacães, com as principais modalidades existentes no concelho.
O futebol, com exceção da União das Freguesias de Dois Portos e Runa, é
proporcionado em todas as freguesias. O atletismo é a segunda modalidade com
maior distribuição geográfica da prática, em seis freguesias, designadamente nas
freguesias: Ventosa; União das freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago,
Santa Maria do Castelo e São Miguel) e Matacães; A dos Cunhados e Maceira; Ponte
de Rol; Silveira e União das Freguesias de Dois Portos e Runa.
Na atividade desportiva não federada, com atividades regulares, na época
2017/ 2018, foram identificadas 235 atividades, segundo os registos da CMTV. A
natação, com 51% das atividades; o fitness, com 14%; e a ginástica, com 7%, foram
as modalidades com mais atividades. Registe-se a percentagem de 4% na atividade
física para pessoas com deficiência.
Na realização de eventos, promovidos pelos clubes, registaram-se 156
iniciativas, com destaque para a modalidade de golfe, com 23% de todos os
realizados, 36 em termos absolutos. Os eventos relacionados com as caminhadas
(10%), com o futebol (8%) e com o atletismo (8%) são os mais promovidos. Ainda
demonstrador das dinâmicas das atividades, destaca-se o número de eventos
realizados no ténis de mesa, btt e ciclismo.
Sobre a formação de recursos humanos do desporto, foram registadas 67
iniciativas, em 17 áreas, na época desportiva. As ações de formação foram
orientadas para os domínios do pedestrianismo (4), primeiros socorros (2), futsal
(1), saúde e condição física (1) e escalada (1).
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
196
VII – A oferta de atividade nos ginásios, health clubs e espaços de condição física
1 Nota introdutória
O presente ponto pretende caraterizar a dimensão ginásios, health clubs e
espaços de condição física. Esta caraterização pretende: descrever os serviços e
identificar as características das organizações, relativas às instalações, aos
equipamentos desportivos, aos instrumentos de promoção das atividades
desportivas, ao seu público-alvo e às suas principais parcerias. Esta dimensão do
estudo tem ainda como objetivo recolher informação no âmbito da cooperação com
o município e identificar os pontos fortes e fracos do concelho.
2 Metodologia
Para identificar as organizações da dimensão ginásios, health clubs e espaços
de condição física, do concelho de Torres Vedras, foi consultado o Sistema de
Informação da Classificação Portuguesa de Atividades Económicas (SICAE),
nomeadamente, os códigos de atividades económicas, 93130 (atividades de ginásio-
fitness) e 96040 (atividades de bem-estar físico). A partir da consulta, foram
identificadas as entidades nesta dimensão.
O instrumento de recolha de informação foi o inquérito por questionário,
construído para o estudo em causa, enviado por e-mail ao responsável pela
organização. O processo de recolha de informação foi desenvolvido entre o mês de
fevereiro e o mês de agosto de 2018.
Face à metodologia apresentada, no concelho de Torres Vedras foram
referenciadas, nesta dimensão, as seguintes organizações:
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
197
Tabela 112– Por freguesia e clube, prática das modalidades federadas por género. Organizações Observações
ABGYM Inquirida
Clube de praticantes de musculação Inquirida
Exodus Inquirida
Fitness Factory Torres Vedras Inquirida
Ginásio Corpo Único Inquirida
Ginásio O`energy, Family Club Inquirida
Higia Surprise Courage, Unipessoal, Lda Inquirida
Kalorias – Clube de Saúde Inquirida
Mais Fitness Inquirida
Sala de Exercício e Saúde - Física Inquirida
Upgym Inquirida
Clube O'Hara Indisponibilidade de contacto
Fit One Indisponibilidade de contacto
Fonte: http://www.sicae.pt/Consulta.aspx acedido em dezembro de 2017 e informação cedida pela C. M. Torres Vedras.
3 Resultados No concelho de Torres Vedras existem treze (13) organizações na dimensão
ginásios, health clubs e espaços de condição física. Os resultados apresentados
neste estudo referem-se a onze (11) organizações. Das restantes, uma mostrou-se
indisponível para colaborar no momento e não se conseguiu contactar a outra.
No que respeita ao número de anos em que desenvolvem a atividade no
concelho encontraram-se três grupos de organizações: sete empresas que têm
entre 1 a 3 anos de atividade, três empresas que têm entre sete e nove anos e
apenas uma com 23 anos de atividade no concelho.
No âmbito dos serviços prestados pelas organizações apresenta-se o gráfico
seguinte.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
198
Gráfico 35 – Serviços prestados pelas organizações.
Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q. 2.
Da análise, é possível concluir que as organizações do concelho oferecem
essencialmente serviços de: personal training (PT), musculação, cárdio, aulas de
grupo, programas de perda de peso, pilates e treino funcional. De salientar que, os
serviços com menor expressão são: atividades aquáticas e artes marciais.
As organizações da dimensão ginásios foram também inquiridas sobre os
serviços em que se diferenciam da concorrência e as respostas foram as seguintes:
acompanhamento personalizado, atenção ao cliente, acompanhamento nutricional,
diversidade de aulas de grupo, conhecimento e formação dos recursos humanos e
qualidade do serviço.
O público-alvo é caracterizado por indivíduos, com idades, essencialmente,
entre os 25 e os 54 anos, apenas um ginásio menciona o escalão etário dos 15 aos
24 anos e dois espaços identificam, o escalão etário, acima dos 55 anos. Quanto ao
género, há a referir que, em média, 57% é do sexo feminino e 43% do sexo
masculino, no entanto, é necessário mencionar que existem espaços, em que o
público é essencialmente masculino ou, feminino, pela tipologia de serviços
prestados nessas organizações. Quanto ao número de sócios ativos apresenta-se o
gráfico seguinte:
9%
9%
18%
27%
55%
55%
64%
73%
73%
82%
82%
91%
91%
91%
Atividades aquáticas
Artes Marciais
CrossFit
Outro
Yoga
Reabilitação funcional
Nutrição
Treino Funcional
Pilates
Aulas de grupo
Perda de peso
Cardio
Musculação
Personal Training (PT)
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
199
Tabela 113 – Número de sócios ativos.
Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q. 4.
A taxa de retenção média é de 76%, no entanto, é necessário mencionar
alguma variabilidade neste indicador, isto é, o valor mínimo de taxa de retenção
indicado foi de 56% e o valor máximo foi de 95%. Quanto ao valor médio de
mensalidade (livre trânsito) é de 30€ e o valor mínimo de mensalidade varia entre
14,90€ e os 30 €.
Quanto à caraterização das instalações, nomeadamente à área total da
instalação apresenta-se o gráfico seguinte:
Gráfico 36 – Caracterização das instalações por área.
Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q. 10.
Quando questionadas sobre se as instalações, as 10 entidades que
responderam a esta questão, mencionaram que detém as seguintes tipologias de
instalações:
55%
9%
27%
Até 200
De 801 a 900
+ De 1000
44%
22%
11%
22%
0%
Até 200 m2
Entre 200 m2 e 500 m2
Entre 500 m2 e 1000 m2
Entre 1000 m2 e 1500 m2
Maior que 1500 m2
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
200
Gráfico 37 – Tipologia de instalações proporcionadas aos clientes.
Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q. 11.
Na área dos recursos humanos, a função de técnico de exercício físico é a
que tem maior representatividade, tanto a tempo inteiro, como a tempo parcial.
De forma detalhada apresenta-se o gráfico seguinte:
Gráfico 38 – Recursos humanos por função.
Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q.13
Sobre os processos de comunicação/ marketing das organizações, o destaque
é dado às redes sociais, cartazes, para além do desenvolvimento de atividades de
rua com o objetivo de promover o ginásio/ health club.
100%
80%
10%
10%
10%
10%
10%
Salas de exercício
Estúdios
Piscina
Sauna
Banho turco
Jacuzzi
Sala para crianças
6
2
6
2
7
4
4
1
4
5
4
0
7
3
6
2
26
14
12
2
7
8
5
0
Administração - A tempo inteiro
Administração - A tempo parcial
Diretor Técnico - A tempo inteiro
Diretor Técnico - A tempo parcial
Técnico de exercício físico /instrutor - A tempo inteiro
Técnico de exercício físico /instrutor - A tempo parcial
Pessoal administrativo - A tempo inteiro
Pessoal administrativo - A tempo parcial
Limpeza - A tempo inteiro
Limpeza - A tempo parcial
Outros - A tempo inteiro
Outros - A tempo parcial
nº de pessoas nº entidades
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
201
Gráfico 39 – Processos de comunicação/ marketing.
Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q.13.
Quanto aos meios mais eficazes para promover o ginásio/ health club
mencionam: as redes sociais (90%), cartazes (40%) e atividades de promoção/
parceria com o município (40%).
No domínio da cooperação com o município, foram questionados sobre se no
último ano o ginásio/ health club colaborou com o município, os resultados
evidenciam que 70% respondeu afirmativamente. Esta cooperação é realizada
essencialmente, em eventos e quase todos os ginásios avaliam esta cooperação
como muito boa. A cooperação em instalações e prestação de serviços é apenas
mencionada por uma entidade. Quanto ao futuro e às áreas de interesse de
cooperação com o município, os ginásios/ health clubs referem os eventos e a
prestação de serviços, como muito importantes na possível relação de colaboração
com o município.
No âmbito da cooperação com outras entidades, no último ano, os resultados
evidenciam o seguinte:
50%
100%
50%
40%
80%
60%
20%
Atividades de rua
Redes sociais
Folhetos
Publicidade nos media
Cartazes
Atividades de promoção/ parceria com omunícipio
Outros
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
202
Gráfico 40 – Cooperação com outras entidades.
Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q.17.
As entidades parceiras dos ginásios/ health clubs, neste último ano, foram
principalmente: Centro de Dia do Centro Social Paroquial de Torres Vedras, Escola
Madeira Torres, ARCD da Silveira, Unidade de Saúde Familiar de Santa Cruz, escola
de Ciclismo da Silveira, Associação Sealand, restaurantes e estética. Esta
cooperação concretizou-se com: aula para idosos no Dia Mundial da Atividade
Física, atividade física para estudantes, organização de eventos, recuperação
articular/ muscular patológica e cirúrgica, e criação de menus saudáveis com
descontos para sócios do ginásio. Quanto à avaliação da cooperação, a maior parte
dos ginásios, avalia-a como boa ou, muito boa, apenas é mencionado que a
cooperação com a Escola Madeira Torres é muito insuficiente e com a Unidade de
Saúde Familiar de Sant. Cruz é insuficiente.
Quanto ao futuro, os ginásios/ health clubs referem interesse de cooperação
com: a Promotorres, o município, as empresas do concelho, a Cuf e os clubes de
futebol, tendo como áreas de interesse: a organização de eventos, a reabilitação, a
prevenção de lesões no trabalho e a melhoria da capacidade física. Quanto à
importância destas colaborações futuras é atribuída importância máxima às
parcerias com as empresas do concelho.
As organizações foram questionadas sobre de que forma poderia o município
intervir para que a sua atividade/ negócio aumentasse e as respostas foram as
seguintes:
50%
50%
Sim
Não
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
203
Eventos, colocar página no documento mensal (ou bimensal) do município, com informação sobre os espaços e serviços existentes;
Investir em infraestruturas;
Criar mais iniciativas que aconteçam dentro dos ginásios, levando a população às instalações dos espaços comerciais. Articular a realização de rastreios aos participantes no desporto sénior (mexa-se pela vida) dentro das instalações.
Adesão a treinos no local de trabalho nas grandes empresas, câmara proporciona benefícios a quem aderir. Mais espaços preparados para treinos outdoor;
Marketing, mais provas lúdicas de outdoor ao público.
Fonte: Inquérito aos Ginásios Q.22
As organizações inquiridas referem pontos fortes e fracos do concelho na sua
perspetiva, apontando aspetos relacionados com a atuação do próprio município,
como também a atitude da população relativamente à prática de exercício físico,
como está evidenciado na figura seguinte:
Tabela 114 – Pontos fortes e fracos do concelho para a organização.
Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q. 24 e 25
Espaços verdes, incentivos à terceira idade, criar atividadespara crianças de modo a fomentar a prática da atividade física;
Apoio Municipal, geografia, cultura desportiva do municipio;
Realização de atividades semanalmente (Night Run), variedadede atividades ao longo do ano (Mexa-se), bem como, outrasatividades físicas e pedagógicas relativamente aos benefíciospara a saúde.
Bastante investimento particular. Aulas grátis, palestras,eventos e rastreios.
Aulas grátis. Pouco investimento em material de treino outdoor;
Necessidade de divulgar os eventos nos meios sociais, de formaatempada;
Maior sensibilização para a prática da atividade física,
Organização de colóquios/ discussões sobre atividade física/saúde e bem estar;
Divulgação e marketing bem estruturado mas fora de tempo útil.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
204
3.1 Síntese sobre a atividade dos ginásios
No concelho de Torres Vedras existem treze (13) organizações no setor
ginásios, health clubs e espaços de condição física. Os resultados apresentados
neste estudo referem-se a onze (11) organizações que responderam ao inquérito
específico para o setor.
Identificou-se que o público-alvo dos ginásios é caracterizado por indivíduos
com idades entre os 25 e os 54 anos, em média 57% é do sexo feminino e 43% do
sexo masculino. A taxa de retenção média encontrada foi de 76%. Quanto ao valor
médio de mensalidade (livre trânsito) é de 30€ e o valor mínimo de mensalidade
varia entre 14,90€ e os 30 €. Oferecem essencialmente serviços de: personal
training (PT), musculação, cárdio, aulas de grupo, programas de perda de peso,
pilates e treino funcional. De salientar que os serviços com menor expressão são:
atividades aquáticas e artes marciais.
Questionados sobre se no último ano o ginásio/ health club colaborou com o
município, 70% responderam afirmativamente, tendo o envolvimento sido realizado
essencialmente em eventos, quase todos os ginásios avaliam esta cooperação como
muito boa. Foram identificadas outras organizações como integrantes de processos
de cooperação a nível concelhio.
Quanto ao futuro e às áreas de interesse de cooperação com o município, os
ginásios/ health clubs referem os eventos e a prestação de serviços, como muito
importantes, nomeadamente na promoção e no estabelecimento de contactos
junto de empresas, clubes e setor da saúde. As áreas de interesse principais são: a
organização de eventos, a reabilitação física, a prevenção de lesões no trabalho e a
melhoria da capacidade física de trabalhadores e de praticantes desportivos.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
205
VIII – O desporto na escola
1 Nota introdutória
Nesta dimensão caracteriza-se a atividade desportiva realizada nas escolas, ao
longo do ano letivo. A informação recolhida proporciona um conjunto de
informações sobre: as capacidades instaladas em cada estabelecimento;
participação dos alunos nas atividades desportivas internas e externas;
comportamento dos alunos face ao desporto; potencialidades em cada instituição e
os melhores resultados desportivos obtidos nos últimos anos.
Em termos globais, demonstra-se o que cada escola consegue oferecer a nível
do desporto, assim como a recetividade por parte da comunidade escolar para
aprofundar as relações com o sistema desportivo concelhio.
Os dados recolhidos, através de inquérito por questionário, expressam uma
quantidade significativa de opiniões, atitudes, necessidades e atividades
desportivas desenvolvidas em cada escola. Identificaram-se, quatro agrupamentos
e um externato, nove (9) escolas: Escola EB 2,3 de Campelos – Agrupamento Escolas
Padre Vítor Melícias; Escola EB 2,3 de D. Gonçalo – Agrupamento Escolas de São
Gonçalo; Escola EB 2,3 de Freiria – Agrupamento Escolas de São Gonçalo; Escola EB
2,3 Maxial - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira; Escola EB 2,3 Padre
Francisco Soares – Agrupamento Escolas Madeira Torres; Escola EB 2,3 Padre Vítor
Melícias – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias; Escola Secundária Henriques
Nogueira - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira; Escola Secundária Madeira
Torres - Agrupamento Escolas Madeira Torres e Externato de Penafirme.
Os inquéritos foram respondidos pelos Professores Coordenadores do Desporto
Escolar de Agrupamento e pelos Professores Responsáveis em cada escola.
2 Metodologia A recolha de informação, realizada por inquérito por questionário, foi dividida em
oito (8) áreas, com a seguinte organização:
1. Identificação da escola e dos respondentes;
2. Breve historial da atividade realizada, caracterização da atividade física e
desportiva realizada na escola; principal finalidade da atividade; principais
objetivos; fatores diferenciadores da prática por escola (ex. instalações,
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
206
equipamentos, empenho dos docentes, projetos, atividades realizadas,
resultados, ou outros aspetos);
3. Identificação das atividades e dos ativos, caracterização da Atividade
Interna (nível I), principais atividades internas realizadas, considerando
atividades de promoção e divulgação desportiva, organizadas na
continuidade dos conteúdos curriculares da disciplina de educação física
(EF); caracterização da Atividade Externa (nível II), atividades realizadas no
âmbito do desporto escolar que compreendam o treino desportivo regular de
grupos/ equipa e de competição desportiva interescolar formal de âmbito
local, regional, nacional; caracterização da atividade, quando existe, do
Clube Escolar Federado (nível III), constituição de grupos-equipa que
participam em competições organizadas pelas federações das respetivas
modalidades e a existência de Centro de Formação Desportiva, nos termos
do programa do Desporto Escolar. Ações de promoção de atividade
desportiva realizadas na escola com apoio de entidades externas.
4. Identificação dos parceiros, entidades que colaboram atualmente com a
escola e em que consiste essa colaboração. Utilização de instalações
desportivas da escola e relações de cooperação;
5. Instalações desportivas e apetrechamento, principais necessidades da
escola ao nível de instalações desportivas, avaliação do apetrechamento
desportivo que a escola possui e estado de conservação;
6. Resultados desportivos, identificação dos principais marcos, em termos de
resultados desportivos obtidos pela escola nos últimos 5 anos;
7. Orientação estratégica da atividade, perceção relativamente à
intervenção realizada pela escola nos últimos 3 anos em termos do desporto
escolar, se cresceu, estabilizou ou reduziu;
8. Recomendações, sobre aspetos que podem ser considerados obstáculo
para uma maior atividade desportiva na escola e na interação com o
exterior, que podem ser claramente melhorados; sugestões e ações que
poderão ser realizadas para conduzir a uma maior atividade desportiva na
escola.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
207
3 Resultados
Dos questionários respondidos, entre 1 de fevereiro e 30 de junho de 2018, por
autopreenchimento dos professores responsáveis pelo desporto escolar tivemos
resposta de 67% das escolas, das seguintes seis (6): Escola EB 2,3 de Campelos –
Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias; Escola EB 2,3 Maxial - Agrupamento
Escolas Henriques Nogueira; Escola EB 2,3 Padre Vítor Melícias – Agrupamento
Escolas Padre Vítor Melícias; Escola Secundária Henriques Nogueira - Agrupamento
Escolas Henriques Nogueira; Escola Secundária Madeira Torres - Agrupamento
Escolas Madeira Torres e Externato de Penafirme.
Questionados, em pergunta aberta, sobre “(Q.6) como carateriza a atividade
física e desportiva realizada na escola? ” os respondentes consideraram
globalmente que há envolvimento dos professores e dos alunos na atividade física e
desportiva na escola. Identificaram a participação como “boa”, “muito boa”,
diversificada, com projetos de promoção, especificando os seguintes aspetos:
“A atividade física e desportiva oferecida pelo agrupamento é diversificada
possibilitando aos alunos uma prática competitiva que, na maior parte, estes
alunos não têm possibilidade de prática competitiva.” (Inq.DEscolaQ2). “No sentido
de evidenciar a participação dos alunos em atividades físicas, institui-se no ano
letivo 2017/18 o projeto "Turma MAIS Desportiva". A atribuição do prémio é
determinada pelos seguintes critérios: participação da turma nas atividades; fair-
play na participação das atividades propostas; classificação atribuída à turma nas
diversas atividades.” (Inq.DEscolaQ6).
“O agrupamento procura oferecer aos alunos um conjunto diversificado de
modalidades. Na escola de Campelos os alunos participam bastante, mas na escola
Vítor Melícias há por vezes dificuldade em levar os alunos a participar e em manter
a regularidade.” (Inq.DEscolaQ6).
“O Agrupamento tem uma oferta desportiva variada, com 10 grupos / equipa
do Desporto Escolar, atividade interna (maioritariamente na EB de Campelos, onde
os IMC revelam mais incidência de sobrepeso e obesidade), além das aulas de
Educação Física e atividades promovidas pelo Departamento de Educação Física e
Desporto Escolar. O departamento é dinâmico e envolve-se nas atividades
promovidas, que nunca podem ser muitas além das já existentes no âmbito do
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
208
Desporto Escolar. Ao nível dos alunos a adesão é boa na EB Padre Vítor Melícias e
muito boa na EB de Campelos, onde os alunos revelam mais interesse pelas
atividades desportivas.” (Inq.DEscolaQ6).
Sobre (Q.7) qual tem sido a principal finalidade da atividade desportiva
realizada na escola? Na generalidade os respondentes apontaram o incentivo à
prática desportiva, ajudar os alunos a praticar, a praticar mais e regularmente, dar
a conhecer as modalidades, proporcionar momentos de competição, promover a
dimensão educativa e formativa pelo desporto, e criar estilos de vida saudáveis,
com os seguintes exemplos: “desenvolver o nível funcional das capacidades
motoras dos alunos e melhorar a realização das habilidades motoras nos diferentes
tipos de atividades. Promover o desenvolvimento integral do aluno, favorecendo o
reforço da oferta educativa numa perspetiva interdisciplinar e integrada com as
restantes aprendizagens escolares.” (Inq.DEscolaQ7); “maximizar o número de
praticantes, experienciarem o maior número de situações possíveis, criar hábitos
saudáveis para o resto das suas vidas.” (Inq.DEscolaQ7); “proporcionar aos alunos
momentos e contextos competitivos que lhes permitam fomentar o gosto pela
prática desportiva.” (Inq.DEscolaQ7); “tem muito a ver com a filosofia que o
professor responsável imprime ao grupo-equipa; “na maioria dos casos o grande
objetivo é a formação através de uma prática pedagógica e formativa.”
(Inq.DEscolaQ7); “a divulgação da importância da prática desportiva e dos hábitos
de vida saudável.” (Inq.DEscolaQ7); ”fomentar o gosto pela atividade física e
proporcionar aos alunos atividades e locais para o fazer.” (Inq.DEscolaQ7),
“promover a prática regular de atividade física e desportiva com carácter
voluntário e regular.” (Inq.DEscolaQ7).
Relativamente (Q.8) aos principais objetivos estabelecidos para a escola, em
termos de desporto escolar, as respostas estão orientadas com as dadas à questão
anterior, assim: as aprendizagens das modalidades; o desenvolvimento integral dos
alunos; a formação pessoal dos alunos; a criação e manutenção de hábitos de vida
saudáveis; o desenvolvimento da prática desportiva; promover o combate à
inatividade física; melhorar o aproveitamento escolar e o sucesso educativo; e
constituir-se como instrumento de inclusão, foram os principais objetivos
transmitidos. Tal como se evidencia nas respostas seguintes:
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
209
"Consolidação das aprendizagens; desenvolvimento integral dos alunos; criação
e manutenção de hábitos de vida saudáveis; melhoria da aptidão físico-motora;
promover estilos de vida saudáveis que contribuam para a formação equilibrada
dos alunos e permitam o desenvolvimento da prática desportiva; promover o
combate à inatividade física e a luta contra a obesidade.” (Inq.DEscolaQ8);
“Incentivar nos alunos o espírito de que as atividades desportivas contribuem
para um melhor aproveitamento escolar e para o sucesso educativo.”
(Inq.DEscolaQ8);
“Perspetivar o Desporto Escolar como um instrumento de inclusão e de
promoção do sucesso escolar, privilegiando alunos que apresentem maiores
riscos de insucesso, absentismo ou abandono escolar." (Inq.DEscolaQ8);
“Manter os alunos motivados e participar em todos os momentos,
concentrações, jornadas. Se possível ir treinando alunos mais novos que deem
continuidade ao trabalho desenvolvido.” (Inq.DEscolaQ8);
“Contribuir para o combate ao insucesso e abandono escolar e promover estilos
de vida saudáveis que contribuem para a formação equilibrada dos alunos.
Contribuir para a criação de uma cultura desportiva na escola. Desenvolver
conhecimentos sobre a ética desportiva, revelando um espírito de "Fair-Play".
Participar ativamente em todas as situações e procurar o êxito pessoal e do
grupo. Respeito pelas normas do espírito desportivo como consciencialização à
responsabilidade.” (Inq.DEscolaQ8);
“Promover a socialização no âmbito desportivo; promover a atividade física e
desportiva inclusiva; promover a prática regular de atividade física e desportiva
com carácter voluntário; e aumento da atividade física na escola de Campelos,
com vista à redução dos níveis de sedentarismo e IMC acima da média ali
existente.” (Inq.DEscolaQ8);
“Continuidade dos Grupos/ equipa do projeto anterior e abertura do Boccia
para alunos com NEE. Aumentar a % de participação dos alunos nas atividades.”
(Inq.DEscolaQ8).
Questionados (Q.9) se consideram que a escola a que pertencem se diferencia
das outras escolas do concelho? O principal sentido das respostas dadas é de não
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
210
existirem diferenças entre as escolas quanto às atividades; diversidade de oferta
de modalidades; tentativa de ter o maior número de alunos para participarem nas
competições; empenho dos professores. No entanto, as respostas diferem nas
instalações desportivas, “em termos de instalações e equipamentos, a EB Padre
Vítor Melícias tem condições razoáveis, enquanto a EB de Campelos apresenta
condições muito más…” (Inq.DEscolaQ9); não existência de pavilhão coberto na
Escola Secundária Henriques Nogueira” (Inq.DEscolaQ9).
A identificação das principais modalidades praticadas nas escolas do concelho,
foi realizada recorrendo aos três níveis de organização da atividade no âmbito do
DE. Assim, tal como se descreve na tabela seguinte, identificaram-se, nos Níveis I e
II, onze (11) modalidades diferentes, com participação nas competições a nível
local e regional, principalmente no escalão correspondente a infantis, iniciados e
juvenis. As atividades de Caminhada e Passeios Pedestres são pontuais.
No Nível III, Clube Escolar Federado, grupos-equipa que participam em
competições organizadas pelas federações das respetivas modalidades, identificou-
se a modalidade de Voleibol
Tabela 115 – Principais modalidades praticadas nas escolas do concelho, por níveis do DE.
Nível I Nível II
Atletismo/ corta-mato
Torneio de futsal inter-turmas
Passeios pedestres
Desportos gímnicos
Golfe
Voleibol Voleibol
Futsal Basquetebol Ténis de mesa
Atletismo/ corta-mato
Voleibol Ténis de mesa
Torneios inter-turmas / jogos desportivos coletivos em todos os finais de período
Caminhada Basquetebol Goalball Futsal Voleibol
Projeto "Turma MAIS Desportiva"
Torneio de Basquetebol 3x3
Semana do Atletismo
Futsal Ténis de mesa
Torneios inter-turmas de diversas modalidades
Corrida de Escola
Torneio de Ténis de Mesa Tomé Borges
Caminhada, Pista de Atletismo da Paúl
Goalball Natação
Torneios inter-turmas de diversas modalidades
Corridas de escola nas duas EB (Campelos e V Melícias)
Torneio do mata
Golfe Ténis de mesa
Fonte: Questionário à Prática de Deporto na Escola, Q.9.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
211
Nas ações de promoção de atividade desportiva realizadas na escola, com apoio
de entidades externas (Q.18), os inquiridos indicaram as seguintes iniciativas:
“Ação de Sensibilização sobre Esgrima”, em colaboração com a Federação
Portuguesa de Esgrima; “Voleibol na Escola”, em colaboração com a Associação de
Voleibol de Lisboa; Orientação, em colaboração com o Académico de Torres
Vedras; e realização de uma Caminhada, em colaboração com a CMTV.
Questionados sobre (Q.19) quais as entidades que colaboram atualmente com a
escola e em que consiste essa colaboração, verifica-se que principalmente as
Juntas de Freguesia (União das Freguesias de Torres Vedras; Santa Maria, São Pedro
e Matacães, Campelos e Outeiro da Cabeça) no apoio em transportes; a CMTV, no
transporte, apoio logístico, materiais/ equipamentos para organização de eventos;
o Ministério da Educação (Desporto Escolar); a Associação de Educação Física e
Desportiva de TV, cedência gratuita da piscina para alunos com NEE; os Campos de
Golfe do Botado, Campo Real, para a realização de treinos; e os Centros de Saúde,
no apoio a cuidados de saúde, são as principais entidades que colaboram com as
escolas.
O grau de satisfação (Q.20) com esta colaboração é “bom” ou “muito bom”,
com exceção da relação com os Centros de Saúde que foi considerada “suficiente”.
As entidades (Q.21) que melhor podem colaborar no futuro com a escola, de acordo
com a área de colaboração, são referidas na tabela seguinte.
Tabela 116 – Entidades que melhor podem colaborar, no futuro, com a escola.
Entidades Área de colaboração/ cooperação
Câmara Municipal de Torres Vedras Transportes e apoio logístico/ Cedência de instalações
União das Freguesias de Torres Vedras Transportes
Clubes Encaminhamento e evolução dos praticantes
Associação de Educação Física e Desportiva de Torres Vedras
Utilização da piscina
Federações Encaminhamento e evolução dos praticantes Fonte: Questionário à Prática de Deporto na Escola, Q.21.
Os transportes, as instalações e o “encaminhamento e evolução dos praticantes
são as principais áreas de cooperação apontadas.
Questionados se algum clube, associação ou organização desportiva, utiliza as
instalações da escola e com o qual têm alguma relação de cooperação (Q.21), três
escolas indicaram a existência dessa relação com cinco clubes, que utilizam as
instalações entre 4 a 6 horas por semana, conforme tabela imediata.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
212
Tabela 117 – Escolas que disponibilizam o uso das instalações desportivas a clubes. Escola Clube
Escola Secundária Henriques Nogueira - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira
Associação da Educação Física e Desportiva de Torres Vedras Clube Académico de Penafirme
Escola EB 2,3 Padre Vítor Melícias – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias
Sporting Clube de Torres Vedras
Escola EB 2,3 de Campelos – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias
Associação da Educação Física e Desportiva de Torres Vedras, Paulense Centro de Intervenção Comunitária de Boavista– Olheiros
Fonte: Questionário à Prática de Deporto na Escola, Q.21.
Relativamente às principais necessidades da escola ao nível de instalações
desportivas (Q.26), foi solicitada a sua identificação considerando as que são
urgentes, no prazo de um ano letivo, e as que são de médio e longo prazo.
Tabela 118 – Necessidades das escolas ao nível de instalações desportivas.
Escola Urgentes A médio prazo
Escola EB 2,3 Maxial - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira
Renovação dos equipamentos/ materiais desportivos no exterior
Escola Secundária Henriques Nogueira - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira
Instalação de aparelhos de condição física no exterior (pátio)
Reformulação da instalação dos candeeiros no ginásio
Escola EB 2,3 de Campelos – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias
Inspeção, substituição de todos os equipamentos (balizas, tabelas ...)
Pavilhão desportivo na Escola de Campelos
Escola EB 2,3 Padre Vítor Melícias – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias
Inspeção, substituição de todos os equipamentos (balizas, tabelas ...)
Fonte: Questionário à Prática de Deporto na Escola, Q.26.
Em como avaliam o apetrechamento desportivo que a escola possui atualmente
(Q.27), com recurso a uma escala de quatro pontos entre “Muito Insuficiente” a
“Mais do que suficiente”, os inquiridos indicaram entre insuficiente, na Escola
Secundária Henriques Nogueira - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira, e
suficiente nas restantes nas restantes escolas. Quanto ao estado de conservação do
existente (Q.28), e numa escala de avaliação entre “Muito degradado” a “Muito
bem conservado”, os respondentes avaliaram entre “Degradado”, na Escola EB 2,3
Maxial - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira, e “Razoável” nas restantes
escolas. Solicitado que concretizassem quais são as principais necessidades de
apetrechamento (Q.29), as necessidades urgentes até ao próximo ano letivo,
consideraram: “tabelas novas nos espaços exteriores”, na Escola EB 2,3 Maxial -
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
213
Agrupamento Escolas Henriques Nogueira, “aparelho de limpeza do polidesportivo,
aspirador potente.”, “material específico para as modalidades”, Escola Secundária
Henriques Nogueira - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira, e “postes de salto
em altura, substituição das forras de lona de todos os colchões de ginástica, por
forras de PVC. A médio prazo, mesas de ténis de mesa para interior e exterior.”, na
Escola EB 2,3 de Campelos – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias.
Nos resultados desportivos obtidos pelas escolas nos últimos 5 anos (Q.30), o
Atletismo (nos escalões de juniores femininos, juvenis e iniciados femininos e
masculinos) das Escolas: Secundária Henriques Nogueira - Agrupamento Escolas
Henriques Nogueira; EB 2,3 Padre Vítor Melícias – Agrupamento Escolas Padre Vítor
Melícias e EB 2,3 de Campelos – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias, e o
Voleibol (no escalão de iniciados femininos e masculinos) foram as modalidades
indicadas com maior participação nas competições, regionais e nacionais, e com
resultados desportivos nas primeiras classificações.
Noutros resultados obtidos, considerados expressivos da dinâmica do desporto
na escola, (Q.31), as escolas que responderam consideraram: “…temos tido sempre
atletas no pódio nas competições regionais e por vezes nos nacionais nos Mega
Sprint e no Corta-Mato” (Escola EB 2,3 Padre Vítor Melícias – Agrupamento Escolas
Padre Vítor Melícias). “Vários pódios regionais e nacionais no Corta-Mato (Escola
Secundária Henriques Nogueira - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira), ainda
no Golfe, participações no campeonato nacional e apuramentos para os regionais,
no Badminton e no Ténis de Mesa, com alunos apurados para os regionais quase
todos os anos (Escola EB 2,3 de Campelos – Agrupamento Escolas Padre Vítor
Melícias).
Acerca da orientação estratégica para a atividade do DE, questionou-se os
destinatários do inquérito sobre a sua perceção relativamente à intervenção
realizada pela escola nos últimos 3 anos e a tendência para os próximos três anos
(Q.32), se “Cresceu”, “Estabilizou” ou se “Reduziu”, relativamente a um conjunto
de intervenções de desenvolvimento do desporto. Tal como se expressa na tabela
seguinte.
Tabela 119 – Intervenções realizadas nas escolas, nos últimos anos e nos próximos. Intervenções Nos últimos 3 últimos anos Nos próximos 3 anos
Instalações Aquisição de materiais/ equipamentos
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
214
Fonte: Questionário à Prática de Desporto na Escola (Q. 32). Intervenção cresceu (↑), estabilizou (=), reduziu (↓)
Como se pode constatar, nenhuma intervenção, face ao período anterior e ao
seguinte, teve uma perspetiva intendida como de “redução”. Nos últimos três anos,
as atividades para “alunos com deficiência” e “atração de novos alunos” foram as
únicas consideradas como de crescimento, as restantes mantiveram a mesma
intervenção. Para os próximos três anos, percecionam um crescimento da
intervenção nas “instalações”, “envolvimento dos professores”, “comunicação para
atrair alunos”, “atração de novos alunos” e crescimento da “relação com as
instituições locais”, apreciando que as restantes ficarão estáveis.
Questionados sobre a identificação de outros aspetos que julgam ser obstáculo
para uma maior atividade desportiva na escola e na interação com o exterior, e
que podem ser melhorados (Q.33), os inquiridos responderam sobre “obstáculos”
delimitados em oito (8) dimensões: organização interna da escola; coordenação
entre escolas; transportes; expressão físico-motora no 1º ciclo e DE; relação com as
AEC; instalações desportivas; equipamentos desportivos/ apetrechamento e relação
entre a escola e os clubes, tal como se descreve na tabela seguinte.
Tabela 120 – Aspetos que julgam ser obstáculo a maior atividade desportiva na escola.
Dimensão Descritivo do obstáculo
Organização interna do plano curricular e horários
“Sobrevalorização de certas disciplinas/ professores que «boicotam» a prática desportiva aos alunos chantageando-os com a avaliação e os exames nacionais.” (Q.32, Resp.1)
Coordenação da atividade dos alunos entre escolas, na passagem de ciclo de estudos
“Articulação entre escolas "2-3" e secundárias do município no âmbito do Desporto Escolar de forma a garantir continuidade/ progressão dos alunos nas diferentes modalidades quando transitam entre escolas/ciclos de escolaridade.” (Q.32, Resp.4)
Transportes
“Dificuldade relativamente aos transportes dos alunos/ atletas.” (Q.32, Resp.2) “A pouca disponibilidade financeira dos agrupamentos para deslocações dos alunos quer no âmbito da EF, quer do DE.” (Q.32, Resp.11)
Expressão físico-motora no 1º ciclo e DE
“O não cumprimento efetivo da expressão físico-motora no 1º ciclo, a qual deveria ser ministrada em regime de coadjuvação com professor de Educação Física;” (Q.32, Resp.3) “Os agrupamentos deveriam assumir com a autarquia compromisso comum de viabilizar o cumprimento do programa de EFM.” (Q.32, Resp.5) “Os agrupamentos, o Desporto Escolar e a autarquia também deveriam criar compromisso para "alargamento" do desporto
Envolvimento dos professores Comunicação para atrair alunos
Programa nacional do desporto escolar
Relação com as instituições locais Número de atividades
Atividades para alunos com deficiência Atração de novos alunos Receitas para os projetos
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
215
escolar ao 1º ciclo de forma a criar continuidade/evolução nas diferentes modalidades. “
Relação/ funcionamento das AEC “Rever/ repensar as AEC nomeadamente a AFD no concelho, de forma a que não funcionem como em muitos casos sem condições nas escolas.” (Q.32, Resp.6)
Instalações desportivas
“Espaços exteriores das escolas muito pobres na possibilidade de utilização e de exploração.” (Q.32, Resp.7) “Ausência de cobertura nos campos de jogos da Escola Básica de Campelos e na Escola Básica Padre Vítor Melícias.” (Q.32, Resp.8) “Ausência de pavilhão na EB de Campelos.” (Q.32, Resp.9) “Falta de espaço exterior coberto e sala polivalente nas escolas de 1º ciclo e Jardins de Infância.” (Q.32, Resp.15) “Equacionar melhor aproveitamento das instalações desportivas, quer das escolas, quer da comunidade de modo a serem melhor aproveitadas, pelas escolas e pela comunidade.” (Q.32, Resp.16)
Equipamentos desportivos/ materiais/ apetrechamento
“Necessidade urgente de requalificação de equipamentos e espaços atuais de Educação Física (tabelas, balizas…) das escolas de 2º e 3º ciclo.” (Q.32, Resp.12) “Falta de montagem de "percursos" /aparelhos de atividade física nas escolas ou em espaços próximos das mesmas, os quais poderiam ser utilizados pela população.” (Q.32, Resp.13)
Relação entre a Escola e os Clubes “Falta de articulação entre o Desporto Escolar e o Desporto Federado.” (Q.32, Resp.10) “Há dificuldade em encaminhar alunos que se iniciaram na escola.” (Q.32, Resp.14)
Fonte: Questionário à Prática de Deporto na Escola, Q.32.
Por fim, na última questão, quais as sugestões e ações que poderão ser
realizadas para conduzir a uma maior atividade desportiva na escola (Q.33), os
inquiridos indicaram a necessidade de “…sensibilização por parte de toda a
comunidade escolar para a importância de práticas físicas saudáveis. (Q.33Resp.1);
a necessidade de se conseguir o “…apoio inequívoco por parte da direção da escola
valorizando a componente psicomotora como fundamental para uma educação
completa dos alunos.” (Q.33Resp.2); a promoção de “…várias atividades/ torneios
de diversas modalidades (atividade interna) que envolvam as várias escolas do
concelho.” (Q.33Resp.3); a “elaboração de carta municipal de todos os
equipamentos desportivos existentes e sua divulgação.” (Q.33Resp.4); a
“…elaboração de carta diagnóstico de necessidades de equipamentos de atividade
física ao nível escolar e comunitário.” (Q.33Resp.5); promover a realização de um
encontro sobre o "…desenvolvimento da Expressão Físico-Motora no concelho de
Torres Vedras" (Q.33Resp.6); realizar reuniões de trabalho entre coordenadores de
departamento de EF e de DE dos vários agrupamentos (Q.33Resp.7) e destes com a
autarquia (Q.33Resp.8) e estabelecer “…protocolos entre a autarquia e os
agrupamentos no âmbito do transporte regular de alunos e professores de EF ou de
grupos/ equipa a instalações/ equipamentos que não os escolares.” (Q.33Resp.9).
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
216
3.1 Síntese sobre o desporto na escola
Na generalidade, os docentes inquiridos consideram “a atividade física e
desportiva oferecida pelo agrupamento é diversificada, possibilitando aos alunos
uma prática competitiva, e que, na maior parte, estes alunos não têm possibilidade
de praticar ...” (Inq.DEscolaQ2). Constatou-se que há variabilidade na adesão, por
parte dos alunos, de escola para escola. As apreciações globais sobre as ID nas
escolas variam entre razoáveis, muito más e não existentes.
As modalidades identificadas como mais praticadas e com competições, de
acordo com a perceção dos docentes, são: futsal, voleibol, ténis de mesa, goalball
natação e golfe. Existe um clube escolar federado de voleibol.
Colaboram com a escola principalmente as juntas de freguesia (União das
Freguesias de Torres Vedras; Santa Maria, São Pedro e Matacães, Campelos e
Outeiro da Cabeça) no apoio em transportes; a CMTV, no transporte, apoio
logístico, materiais/ equipamentos para organização de eventos; o Ministério da
Educação (Desporto Escolar); a Associação de Educação Física e Desportiva de TV,
cedência gratuita da piscina para alunos com NEE; os Campos de Golfe do Botado,
Campo Real, para a realização de treinos; e os Centros de Saúde, no apoio a
cuidados de saúde, são as principais entidades que colaboram com as escolas.
Nos últimos três anos, das atividades realizadas, as dirigidas aos “alunos com
deficiência” e “atração de novos alunos” foram as únicas consideradas como de
crescimento, as restantes mantiveram a mesma intervenção. Para os próximos três
anos, os professores inquiridos percecionam um crescimento da intervenção nas
“instalações”, “envolvimento dos professores”, “comunicação para atrair alunos”,
“atração de novos alunos” e crescimento da “relação com as instituições locais”.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
217
IX – Oferta de instalações desportivas
1 Nota introdutória
O financiamento e regulação que caracterizam a ação do Estado, em relação ao
desporto, vêm integrando iniciativas de projeção, construção, exploração e
reestruturação de instalações desportivas (ID), em parceria com o movimento
associativo desportivo, sobretudo com os clubes, as associações regionais/ distritais
de clubes e as federações desportivas4.
A centralidade que os municípios detêm sobre a conceção e gestão de vários
instrumentos de ordenamento do território parece associar um crescente
protagonismo na integração do planeamento das instalações desportivas nas
iniciativas políticas locais, em articulação com as múltiplas dimensões de gestão
territorial, a CMTV tem um posicionamento específico quanto à conceção,
construção, gestão e propriedade das ID.
A presente dimensão do estudo posiciona-se numa abordagem interpretativa
sobre o entendimento das ID no desenvolvimento desportivo local. O objetivo foi
efetuar, a partir da informação disponibilizada pela CMTV, a avaliação da situação
do concelho em matéria de ID. A definição dos indicadores de análise assentou no
pressuposto de que a gestão de ID constitui um processo fásico (de programação e
projeção, construção e exploração) e cíclico, relativo à reestruturação que as
instalações sofrem após período de exploração, concretizando-se numa nova fase
de programação e projeção (Farmer, P.; Mulrooney, A. & Ammon, R.; 1996)5.
4 Comissão Europeia (1999); O Modelo Europeu do Desporto – Documento de Reflexão. Bruxelas: Ed. Comissão Europeia –
Direcção-Geral X 5 Farmer, P.; Mulrooney, A. & Ammon, R. (1996); Sport Facility Planning and Management; Ed. Fitness Information
Technology, Morgantown.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
218
2 Metodologia
O estudo sobre as ID foi organizado em 3 etapas metodológicas, a partir das
quais se estruturou a informação e se obtiveram os resultados que a seguir se
expressam:
Levantamento por georeferenciação das ID do concelho, a partir do
Departamento de Estratégia, área dos Sistemas de Informação
Geográfica, da CMTV;
Caracterização técnica das ID do concelho, de acordo com os
elementos disponibilizados pela CMTV;
Identificação das necessidades de projeção e construção de ID.
O universo do presente estudo foi definido pelas ID cuja propriedade e/ ou
gestão pertencem ao município, às freguesias ou aos clubes desportivos/
associações desportivas do concelho, independentemente da entidade proprietária
e/ ou gestora; a amostra incidiu sobre a totalidade das ID (100%). Atendendo ao
quadro normativo específico6, delimitador de normas de conceção, segurança,
funcionalidade e manutenção específicas, não foram considerados para o presente
estudo os espaços de jogo e recreio destinados a crianças.
2.1 Georeferenciação das ID do concelho
O objetivo de utilizar as ID com georeferenciação foi o de permitir que:
Passem a constar de uma base de dados com informação geográfica que
se encontre associada por um identificador comum: um mapa digital;
Seja assegurada a separação das informações sobre as ID em diferentes
camadas temáticas, bem como o seu armazenamento independente;
O trabalho sobre o planeamento do desporto se desenvolva em condições
de maior celeridade e simplicidade;
Ter por referência a realidade territorial e as suas subdivisões
administrativas;
Articular as referências das ID com os múltiplos níveis de caracterização
propostos no Sistema Nacional de Informação Desportiva7e,
essencialmente, pela tipologia normativa8.
Decreto-Lei n.º 379/97, de 27 de Dezembro - Aprova o Regulamento que estabelece as condições de segurança a observar na localização, implantação, conceção e organização funcional dos espaços de jogo e recreio, respetivo equipamento e superfícies de impacte. Posteriormente alterado pelo Decreto-Lei n.º 119/2009, de 19 de Maio. 7 https://www.snid.pt/home
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
219
2.2 Caracterização técnica das ID
A interpretação técnica das ID foi estruturada tendo por referência um
conjunto de pressupostos:
Assegurar uma uniformização de identificação e caracterização das ID do
concelho, transversal às diferentes tipologias;
Constituir um referencial de informação, capaz de suportar análises técnicas
e funcionais das ID e, consequentemente, estimular a reflexão e discussão
sobre a situação e as medidas de desenvolvimento a implementar;
Assegurar um carácter ágil e prático na consulta e utilização no processo de
gestão municipal;
Reforçar a identidade específica que cada ID constitui;
Facilitar a informação que o município tem de prestar ao IDP, IP no primeiro
trimestre de cada ano, cf. disposto no regime jurídico das instalações
desportivas de uso público (RJIDUP), aprovado pelo decreto-lei n.º 141/2009;
Estruturar uma lógica de planeamento, construção e gestão de potenciais
necessidades.
A avaliação das ID do concelho foi desenvolvida tendo por referência as
principais ID e numa estrutura de análise que privilegiou as IDBF por serem as mais
frequentes no concelho. A identificação das principais ID foi realizada a partir dos
seguintes critérios: ID com resposta atual a utentes (individuais e coletivos/
organizações desportivas); atividades que possibilita a sua utilização (formação/
treinos; atividades educativas e eventos desportivos) e condições funcionais
(acesso; condições da SDU).
A avaliação incidiu sobre as seguintes dimensões de análise:
Análise territorial - identificação da distribuição das ID no concelho;
Base populacional - considerando o número de habitantes por freguesia;
ID por densidade populacional - relacionado a distribuição de ID pelas
freguesias com maior densidade populacional;
8 Com base no disposto no Decreto-Lei n.º 141/2009, de 16 de Junho – Estabelece o Regime Jurídico das Instalações Desportivas de Uso Público.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
220
Área desportiva útil / Superfície desportiva útil - avaliação da área
especificamente destinada à prática desportiva;
Apuramento das necessidades territoriais de instalações desportivas de
acordo com a proposta da Direcção-Geral de Ordenamento do Território e
Desenvolvimento Urbano (DGOTDU, 2002);
Apetrechamento - dimensão destinada a avaliar os materiais e equipamentos
disponíveis (questão respondida nos diferentes inquéritos aplicados por
sectores).
A definição sobre as diferentes tipologias de ID é estruturada, na figura
seguinte, a partir da legislação em vigor.
Figura 12 - Tipologias de ID definidas no Regime Jurídico das Instalações Desportivas de Uso Público.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
221
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Concebidas e destinadas a actividades desportivascom carácter informal ou sem sujeição a regrasimperativas e permanentes, no âmbito das práticasrecreativas, de manutenção e de lazer activo.
Concebidas e destinadas para a educação desportivade base e actividades propedêuticas de acesso adisciplinas desportivas especializadas, paraaperfeiçoamento e treino desportivo, cujascaracterísticas funcionais, construtivas e depolivalênciasão ajustadas aos requisitos decorrentesdas regras desportivas que enquadram asmodalidades desportivas a que se destinam.
Instalações permanentes concebidas e organizadaspara a prática de actividades desportivasmonodisciplinares, em resultado da sua específicaadaptação para a correspondente modalidade ou pelaexistência de condições naturais do local, evocacionadas para a formação e o treino da respectivadisciplina.
Instalações permanentes, concebidas e vocacionadas paraacolher a realização de competições desportivas, e onde seconjugam os seguintes factores: a) Expressiva capacidadepara receber público e a existência de condições paraalbergar os meios de comunicaçãosocial; b) Utilização prevalente em competições e eventoscom altos níveis de prestação; c) A incorporação designificativos e específicos recursos materiais e tecnológicosdestinados a apoiar a realização e difusão pública deeventos desportivos.
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ULO a) Estádios;
b) Pavilhões multiusos desportivos;c) Estádios aquáticos e complexos de piscinas olímpicas;d) Hipódromos;e) Velódromos;f) Autódromos, motódromos, kartódromos e crossódromos;g) Estádios náuticos;h) Outros recintos
a) Pavilhões e salas de desporto destinados e apetrechados para uma modalidade específica;b) Salas apetrechadas exclusivamente para desportos de combate;c) Piscinas olímpicas, piscinas para saltos e tanques especiais para actividades subaquáticas;d) Pistas de ciclismo em anel fechado e traçado regulamentar; e) Instalações de tiro com armas de fogo; f) Instalações de tiro com arco; g) Pistas e infra -estruturas para os desportos motorizados em terra;h) Instalações para a prática de desportos equestres; i) Pistas de remo e de canoagem e infra -estruturas de terra para apoio a desportos náuticos;j) Campos de golfe;l) Outras instalações desportivas cuja natureza e características se conformem com o disposto no n.º 1.m) Centros de alto rendimento e centros de estágio desportivos.
a) Grandes campos de jogos, destinados ao futebol, râguebi e hóquei em campo; b) Pistas de atletismo, em anel fechado, ao ar livre e com traçado regulamentar;
c) Pavilhões desportivos e salas de desporto polivalentes;d) Pequenos campos de jogos, campos polidesportivos, campos de ténis e ringues de
patinagem, ao ar livre ou com simples cobertura;e) Piscinas, ao ar livre ou cobertas, de aprendizagem, desportivas e polivalentes.
a) Recintos, pátios, minicampos e espaços elementares destinados a iniciação aos jogosdesportivos, aos jogos tradicionais e aos exercícios físicos; b) Espaços e percursospermanentes, organizados e concebidos para evolução livre, corridas ou exercícios demanutenção, incluindo o uso de patins ou bicicletas de recreio; c) Salas e recintoscobertos, com área de prática de dimensões livres, para actividades de manutenção,lazer, jogos recreativos, jogos de mesa e jogos desportivos não codificados; d) Aspiscinas cobertas ou ao ar livre, de configuração e dimensões livres, para usosrecreativos, de lazer e de manutenção.
Tipologias de ID - Regime Jurídico de ID de Uso Público [DL_141/2009]
Resultados
3.1 Análise territorial, populacional e georeferenciação de ID
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
222
Constata-se, globalmente, que as freguesias com mais habitantes em 1991, a
cima dos quatro mil habitantes, foram as que tiveram aumentos de população até
2011. Com exceção das freguesias de Turcifal e Ramalhal, as com menor número de
habitantes, continuaram a perder residentes.
Figura 13 - População residente por freguesias do concelho de Torres Vedras em 1991, 2001 e 2011.
Na relação com a figura seguinte, sobre a densidade populacional, as
freguesias do litoral e da sede de concelho, nos anos em apreço, com maior
número de habitantes, são as que apresentam maior densidade populacional
(número de habitantes por km2), principalmente a União de Freguesias de Santa
Maria, São Pedro e Matacães e da Silveira.
Figura 14 - Densidade populacional por freguesia no concelho de Torres Vedras.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
224
Na figura seguinte, considerando os aglomerados populacionais do concelho, está
ilustrada a distribuição das ID por tipologias existentes, em 2007 e 2017.
Figura 15 – Distribuição das instalações desportivas pelos aglomerados populacionais do concelho.
Com base na figura anterior, estruturamos, na tabela seguinte, o n.º de ID
segundo classes tipológicas e número de equipamentos. Verifica-se que, na
diferença entre os anos em referência, as Instalações Desportivas de Base
Recreativas (IDBR) tiveram o maior crescimento, com dezanove (19) novas ID.
Nesta caso, devido à construção de “percurso pedestre e ciclável sinalizado”, treze
(13) novos espaços, e “circuito de manutenção”, seis (6) novos espaços.
As Instalações Desportivas de Base Formativas (IDBF) representam o segundo
maior esforço de construção, catorze (14) novas instalações. Nesta tipologia
sobressai o número de “grandes campos de jogos relvado”, com mais oito (8)
campos e a construção de três (3) “polidesportivos cobertos”.
Registe-se a desativação de 3 campos de ténis e de 3 polidesportivos
descobertos.
No total, entre os dois períodos de aferição, o concelho construiu trinta e três
(33) novos espaços. Passando de 144 para 177.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
225
Tabela 121 – Identificação das ID por tipologia e número no concelho. Tipologias de Instalações
N.º de Instalações
Instalações Desportivas de Base Recreativas (IDBR) 2007 2017 Diferença
Circuito de manutenção 1 7 6
Percurso pedestre e ciclável sinalizado 2 15 13
Skateparque 1 1 0
Subtotal 4 23 19
Instalações Desportivas de Base Formativas (IDBF)
Grande campos de jogos relvado 11 19 8
Pista de atletismo 0 1 1
Campo de ténis 17 14 -3
Campo de padel 0 2 2
Polidesportivo coberto 0 3 3
Polidesportivo descoberto 68 65 -3
Polidesportivo descoberto relvado 0 2 2
Pavilhão gimnodesportivo 21 23 2
Piscinas cobertas 7 9 2
Piscinas descobertas 9 9 0
Subtotal 133 147 14
Instalações Desportivas Especiais ou Monodisciplinares (IDEM)
Centro hípico 3 4 1
Campo de golfe 2 1 -1
Subtotal 5 5 0
Instalações Desportivas Especiais para o Espetáculo (IDEE)
Hipódromo 1 1 0
Estádio de futebol 1 1 0
Subtotal 2 2 0
Total 144 177 33
Fonte: Dados disponibilizados pela CMTV (2018).
Gráfico 41 – Número de ID por tipologias e novas construções, diferença em duas datas.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
226
As ID de base formativa (83%) e de base recreativa (13%) correspondem a 96%
das ID do concelho, tal como se expressa no gráfico seguinte.
Gráfico 42 – Distribuição relativa (%) de ID segundo as tipologias estabelecidas na legislação.
Fonte: Dados disponibilizados pela CMTV (2018).
Na figura seguinte, observa-se a distribuição dos grandes campos de jogos pelo
concelho e constata-se que só as freguesias de Maxial e Monte Redondo e Carvoeira
é que não dispõem desta tipologia de ID.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
227
Figura 16 – Distribuição dos grandes campos de jogos relvados no concelho.
Os pequenos campos de jogos tem uma distribuição com cobertura por todo
o concelho. No mínimo, há um pequeno campo por freguesia.
Figura 17 – Distribuição dos pequenos campos de jogos no concelho.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
228
Os pavilhões desportivos e as salas de desporto polidesportivas não são
identificadas em duas (2) freguesias: Ponte de Rol e Ramalhal.
Figura 18 – Distribuição dos pavilhões desportivos e salas de desporto polivalentes no concelho.
As piscinas são identificadas somente em três (3) freguesias: União das
Freguesias de Santa Maria, São Pedro e Matacães; A dos Cunhados e Maceira e na
Carvoeira e Camões.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
229
Figura 19 – Distribuição das piscinas no concelho.
Por fim, considerando as freguesias do concelho e a densidade populacional
de cada uma, observa-se, na figura seguinte, todas as 177 ID existentes no
concelho.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
230
Figura 20 – Distribuição do total de ID existentes, por tipologia, no concelho.
Como referido, predominam as Instalações Desportivas de Base Formativas, os
polidesportivos descobertos (65, 37% do total de ID), os grandes campos de jogos
relvados (19, 11% do total de ID) e os pavilhões de desportivos/ salas de desporto
polivalentes (23, 13% do total de ID) e os campos de ténis (14, 8% do total de ID).
Nas Instalações Desportivas de Base Recreativas, prevalecem os percursos
pedestres e cicláveis (15, 8% do total de ID) e os circuitos de manutenção (7, 4% do
total de ID). A existência de quatro (4, 2% do total de ID) centros hípicos, nas
instalações desportivas especiais, é também de destacar.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
231
3.2 Apuramento das necessidades territoriais de instalações
desportivas
Na avaliação ponderou-se, igualmente, o apuramento da área desportiva útil
do concelho e a pertinência de apresentar resultados com este indicador. Assim, o
indicador de área desportiva útil (ADU) ou superfície desportiva útil (SDU)
representa um dos indicadores base da análise sobre as necessidades territoriais em
matéria de equipamentos desportivos. Sobre este indicador, a Direcção-Geral de
Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU, 2002)9 sustenta,
sobre a sua utilização, que :
“Para a previsão de equipamentos de âmbito local ou regional e destinados a
prestar serviços básicos, como os equipamentos desportivos formativos de
base, recorre-se a métodos de cálculo simples e que, no essencial, se
resumem à utilização de indicadores de referência – “standard” ou “norma” –
relacionando a superfície de equipamentos a prever, com a unidade
populacional residente nos limites da área de estudo.”
Sobre o conceito de ADU/ SDU, ela representa a superfície delimitada pelo
traçado do jogo ou prática, acrescida das áreas de segurança mínimas necessárias.
Desta forma, este indicador é sobretudo útil durante a elaboração de planos de
ordenamento do território permitindo a avaliação prévia sobre as necessidades de
reserva de solo para ID. Acresce que não considera outras variáveis importantes,
como a prática desportiva existente, a potencial procura, ou o nível de exigência
técnica da instalação, face ao nível qualitativo de realização dessa prática. Na base
deste princípio, é tido como referência a atribuição de uma quota global de 4 m2
de ADU por habitante. Este valor é, de acordo com as recomendações do Conselho
da Europa e do Conselho Internacional para a Educação Física e o Desporto
(UNESCO, 1977), decomposto na seguinte proporção de tipologias:
9 DGOTU (2002). Normas para a Programação e Caracterização de Equipamentos Colectivos. Col.
Informação, n.º6. Ed. Direcção-Geral de Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, Lisboa.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
232
Tabela 122 – Tipologia das ID por dotação funcional.
Tipologias
Dotação Funcional Útil (m2/ hab.)
Grande Campo de Jogos 2,00
Pequeno Campo de Jogos 1,00
Pavilhões e Salas de Desporto 0,15
Pistas de Atletismo 0,80
Piscinas Cobertas 0,03
Piscinas ao Ar Livre 0,02
Total 4 m2
Ainda na lógica de programação, a DGOTUD (2002) sugere uma relação entre
a tipologia dos equipamentos e, com base mínima, o número de habitantes que os
podem vir a utilizar, ver a relação proposta que se expressa na tabela seguinte.
Tabela 123 – Tipologia das ID por número de habitantes. Tipologias
População-Base Mínima
(habitantes)
Grande Campo de Jogos 2500
Pequeno Campo de Jogos 800
Pavilhões e Salas de Desporto 300
Pistas de Atletismo 7500
Piscinas Cobertas 5000
Piscinas ao Ar Livre 7500
Para cálculo da área desportiva útil (ADU/ SUD) são utilizadas duas medidas
como referência: uma com um valor mínimo (medida reduzida) e outra com um
valor padrão (medida padrão) em m2, como a seguir se apresenta.
Tabela 124 – Tipologia das ID por dimensão da ADU/ SDU. Tipologias
Dimensão funcional
Medida
Reduzida (m2) Medida
Padrão (m2)
Grande Campo de Jogos 5000 8000
Pequeno Campo de Jogos 800 1500
Pavilhões e Salas de Desporto 450 1350
Pistas de Atletismo 6000 14000
Piscinas Cobertas 150 400
Piscinas ao Ar Livre 150 500
Reforça-se ainda a necessidade de identificar, para efeito de programação
das ID, a área de implantação (que compreende a ADU acrescida das áreas para
serviços de apoio e circulações interiores) e a área de reserva urbanística (área
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
233
mínima para a implantação do equipamento). Todavia, não considerámos para o
presente trabalho.
Sobre o critério de área de influência da instalação desportiva, o conceito de
irradiação corresponde ao valor máximo de tempo, de percurso ou distância, a pé
ou utilizando transportes públicos, percorrida pelos utilizadores desde a instalação
desportiva. A irradiação mede-se em minutos ou quilómetros. Por conseguinte,
procura-se representar a atração de determinada instalação desportiva, através dos
pontos do território cujo afastamento ao equipamento corresponde ao valor da sua
irradiação. No trabalho, face aos meios de deslocação anteriormente identificados,
no ponto relativo à participação desportiva, e à informação disponível não se
considerou este critério.
Tabela 125 – Área de influência da ID.
Tipologias Área de influência
A pé (Km)
Transportes públicos (minutos)
Grande Campo de Jogos 2 a 3 15 a 20
Pequeno Campo de Jogos 0,5 a 1 5
Pavilhões e Salas de Desporto 2 a 4 15 a 30
Pistas de Atletismo 2 a 4 15 a 20
Piscinas Cobertas 2 a 4 15 a 30
Piscinas ao Ar Livre 2 a 3 15 a 20
Para cálculo da ADU, e considerando o referencial da DGOTDU que permite
estabelecer um padrão de comparabilidade, verifica-se que o concelho de Torres
Vedras apresenta uma ADU de 4,26 m2 por habitante, contabilizando-se somente as
ID de base formativa. Este valor está acima do valor de referência de 4 m2 de ADU
por habitante de acordo com as recomendações do Conselho da Europa.
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
234
Tabela 126 – Área desportiva útil das ID de base formativa.
Justifica-se ainda que, sobre o valor identificado, se utilizou um referencial
de construção de ID existente em 2017, dados da CMTV, e um valor das estimativas
anuais da população residente do INE de 2018. Tal significa que as ID construídas
após aquela data não foram consideradas mas suportam ainda os valores atuais da
população residente. Como anteriormente se verificou, para além do crescimento
dos grandes campos de jogos relvados, os circuitos de manutenção e os percursos
pedestres tiveram um significativo aumento, entre 2007 e 2017, mas também não
foram contabilizados para efeitos de cálculo da ADU.
Tal como se evidencia, na tabela seguinte, os valores da ADU estão
fortemente condicionados pela população residente nas freguesias e pela tipologia
de ID existente, normalmente grandes campos de jogos. As freguesias com menor
número de habitantes têm resultados de ADU por habitante mais altas e, ao invés,
as freguesias com maior população residente, têm valores de ADU mais baixos.
Nestes casos, são exemplo, A dos Cunhados e Maceira (2,60 m2/ hab.); Santa Maria,
São Pedro e Matacães (3,36 m2/ hab.) e Silveira (2,56 m2/ hab.).
Instalações Desportivas de Base Formativas (IDBF)N.º ID
(Ano 2011)
Medida Padrão
(m2)
ADU População
(Habitantes)
ADU /
Habitantes
Grande campos de jogos relvado 19 8000 152000 1,94
Pista de atletismo 1 14000 14000 0,18
Campo de ténis 14 1500 21000 0,27
Campo de padel 2 1500 3000 0,04
Polidesportivo coberto 3 1500 4500 0,06
Polidesportivo descoberto 65 1500 97500 1,24
Polidesportivo descoberto relvado 2 1500 3000 0,04
Pavilhão gimnodesportivo/ salas de desporto polivalentes 23 1350 31050 0,40
Piscinas cobertas 9 400 3600 0,05
Piscinas descobertas 9 500 4500 0,06
Total 147 334150 4,26
Tipologias de Instalações Área Desportiva Útil
78518
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
235
Tabela 127 – Área desportiva útil das ID de base formativa por freguesia.
No seguimento dos elementos tratados, a programação de ID deve equacionar:
a tipologia de ID, por base mínima de população que permita a sua viabilidade
económica e funcional; a dotação funcional útil (DFU); a dimensão funcional; a
área de influência e irradiação e a sua localização (na proximidade de
equipamentos escolares; integrada com outros equipamentos; complementada com
os espaços verdes e áreas de recreio; localizada em posição central relativamente
à zona residencial a servir predominantemente).
Na tabela seguinte, efetua-se uma relação, por freguesia, entre a população
residente e a tipologia de ID para uma base mínima de habitantes. Verificando-se a
existência da ID recomendada para a dimensão populacional de base (assinalada
com √); se não existe ID mas não é recomendada face ao critério (0) e se não existe
ID e é recomendada (*).
8000 1500 1350 1400 400 500 M2
A-dos-Cunhados e Maceira 10391 16000 6000 2700 0 800 1500 27000,0 2,60
Campelos e Outeiro Cabeça 3667 8000 6000 1350 0 0 0 15350,0 4,19
Carvoeira e Carmões 2414 0 1500 2700 0 0 500 4700,0 1,95
Dois Portos e Runa 3128 8000 7500 1350 0 0 1000 17850,0 5,71
Freiria 2461 8000 7500 1350 0 0 0 16850,0 6,85
Maxia l e Monte Redondo 3546 0 10500 1350 0 0 0 11850,0 3,34
Ponte Rol 2444 8000 3000 0 0 0 0 11000,0 4,50
Ramalhal 3472 8000 4500 0 0 0 0 12500,0 3,60
S. Pedro Cadeira 5077 16000 4500 1350 0 0 0 21850,0 4,30
Santa Maria , S. Pedro e
Matacães25717 40000 24000 17550 1400 2400 1000 86350,0 3,36
Si lveira 8530 16000 4500 1350 0 0 0 21850,0 2,56
Turci fa l 3342 8000 6000 1350 0 400 500 16250,0 4,86
Ventosa 5276 16000 6000 0 0 0 0 22000,0 4,17
Freguesias
Grande
Campo de
Jogos
Pequeno
Campo de
Jogos
Pavilhões e
Salas de
Desporto
Po
pu
laç
ão
Piscinas
Cobertas
Piscinas ao
Ar LivreAUD
AUD/ Hab.
Pistas de
Atletismo
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
236
Tabela 128 – Identificação das ID existentes e necessárias pelo critério de n.º habitantes.
√); se não existe ID mas não é recomendada face ao critério (0) e se não existe ID e é recomendada (*).
Como justificado anteriormente, as instalações com potencial de projeção,
face ao critério, necessitam da conjugação de outra informação adicional sobre a
existência de prática desportiva, dinâmicas existentes de desenvolvimento dessa
prática, e complementaridade de outras ID, para suportarem opções de construção
ou de adaptação de instalações. De qualquer forma, exclusivamente pelo critério
da dimensão populacional da freguesia como cenário, na União das Freguesias do
Maxial e Monte Redondo pode ser ponderada a necessidade de um grande campo de
jogos; na Ponte de Rol, Ramalhal e Ventosa a existência de pavilhões ou salas de
desporto; na Silveira a ponderação de uma pista de atletismo e nas freguesias de
São Pedro da Cadeira, Silveira e Ventosa a possibilidade de existência de piscinas
cobertas.
2500 800 300 7500 5000 7500
A-dos-Cunhados e Maceira 10391 √ √ √ * √ √
Campelos e Outeiro Cabeça 3667 √ √ √ 0 0 0
Carvoeira e Carmões 2414 0 √ √ 0 0 √
Dois Portos e Runa 3128 √ √ √ 0 0 √
Freiria 2461 √ √ √ 0 0 0
Maxia l e Monte Redondo 3546 * √ √ 0 0 0
Ponte Rol 2444 √ √ * 0 0 0
Ramalhal 3472 √ √ * 0 0 0
S. Pedro Cadeira 5077 √ √ √ 0 * 0
Santa Maria , S. Pedro e
Matacães25717 √ √ √ √ √ √
Si lveira 8530 √ √ √ * * *Turci fa l 3342 √ √ √ 0 √ √
Ventosa 5276 √ √ * 0 * 0
Piscinas
Cobertas
Piscinas ao
Ar Livre
Base mínima do n.º habitantes / tipologia de ID existente
Freguesias
Po
pu
laç
ão
/ H
ab
.
Grande
Campo de
Jogos
Pequeno
Campo de
Jogos
Pavilhões e
Salas de
Desporto
Pistas de
Atletismo
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
237
3.1 Síntese sobre as instalações desportivas
Entre os dois períodos de aferição (2007 e 2017), o concelho construiu trinta
e três (33) novos espaços, passando de 144 para 177 instalações. As ID de base
formativa (83%) e de base recreativa (13%) correspondem a 96% das ID do concelho.
O concelho apresenta uma ADU de 4,26 m2 por habitante, contabilizando-se
somente as ID de base formativa. Este valor está acima do valor de referência de 4
m2 de ADU por habitante de acordo com as recomendações do Conselho da Europa.
As freguesias com menor número de habitantes têm resultados de ADU por
habitante mais altas e, ao invés, as freguesias com maior população residente, têm
valores de ADU mais baixos. Nestes casos, são exemplo, A dos Cunhados e Maceira
(2,60 m2/ hab.); Santa Maria, São Pedro e Matacães (3,36 m2/ hab.) e Silveira
(2,56 m2/ hab.).
Nos anos em referência, as Instalações Desportivas de Base Recreativas
(IDBR), tiveram o maior crescimento, com dezanove (19) novas ID, pela construção
de “percursos pedestres e cicláveis”, com treze (13) espaços, e “circuito de
manutenção”, com seis (6) novos espaços. As Instalações Desportivas de Base
Formativas (IDBF) representam o segundo maior esforço de construção, catorze
(14) novas instalações. Nesta tipologia sobressai o número de “grandes campos
relvados”, com mais oito (8) campos e a construção de três (3) “polidesportivos
cobertos”.
Dos grandes campos de jogos constata-se que só as freguesias de Maxial e
Monte Redondo e Carvoeira é que não dispõem desta tipologia de ID. A tipologia de
pequenos campos de jogos tem uma distribuição com cobertura por todo o
concelho. A tipologia de pavilhões desportivos e as salas de desporto
polidesportivas não são identificadas em duas (2) freguesias: Ponte de Rol e
Ramalhal. A tipologia de piscinas é identificada somente em três (3) freguesias:
União das Freguesias de Santa Maria, São Pedro e Matacães; A dos Cunhados e
Maceira e na Carvoeira e Camões.
Predominam as IDBF: os polidesportivos descobertos (65, 37% do total de ID);
os grandes campos de jogos relvados (19, 11% do total de ID); os pavilhões
desportivos/ salas de desporto polivalentes (23, 13% do total de ID) e os campos de
ténis (14, 8% do total de ID). Nas IDBR, prevalecem os percursos pedestres e
cicláveis (15, 8% do total de ID) e os circuitos de manutenção (7, 4% do total de ID).
Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto
238
A existência de quatro (4, 2% do total de ID) centros hípicos, nas instalações
desportivas especiais, é também de destacar.
Justifica-se ainda que, sobre o valor identificado, se utilizou um referencial
de construção de ID existente em 2017, dados da CMTV, e um valor das estimativas
anuais da população residente do INE de 2018. As ID construídas após aquele ano
não foram consideradas mas suportam ainda os valores atuais da população
residente.
239
Terceira Parte
Análise do sistema
desportivo concelhio
Terceira Parte || Análise do Sistema Desportivo Concelhio
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio
240
I – Análise do Sistema Desportivo Concelhio
Metodologia de identificação de indicadores
Para análise do sistema desportivo utilizou-se uma metodologia baseada nos
seguintes passos:
1) Identificação em cada uma das noves dimensões em estudo, dos
indicadores considerados forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. A
escolha dos indicadores foi efetuada pelos elementos da equipa de
estudo e executada com recurso a um processo de avaliação da
importância de cada um. Utilizou-se uma média aritmética, de 1 a 5, de
acordo com o método de ”harmonia entre juízes”, julgamento dos
observadores (Fortin, 1999);
2) Relacionou-se os resultados da dimensão prática e de participação
desportiva (dos 10 aos 14 anos e dos 15 aos 74 anos) transversalmente
com as restantes dimensões como se pode verificar nas tabelas seguintes;
3) Para cada dimensão utilizou-se apenas os indicadores com uma avaliação
de importância igual a 5. Deste modo, os indicadores apresentados são os
considerados com maior avaliação;
4) No passo seguinte, seriou-se por todas as dimensões os indicadores que
têm uma natureza familiar, pela identificação semântica, constituindo-se
uma síntese das forças, fraquezas, ameaças e oportunidades do sistema
desportivo do concelho.
1 Principais forças do sistema desportivo concelhio
Considera-se como forças os aspetos que, em cada dimensão, são
considerados positivamente relevantes, de acordo com a sua importância absoluta
enquanto atributos do sistema desportivo ou considerando, em situações de
confrontação com outros trabalhos congéneres nacionais e internacionais, a
relevância do indicador pela sua importância comparativa.
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio
241
Tabela 129 – Principais forças do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação e cada dimensão em análise. Desporto Federado/
Clubes Desporto na Escola Desportos de mar Ginásios
Desporto de Natureza
Instalações desportivas
CM Torres Vedras Juntas de Freguesia – Centro/ Interior/
Litoral
Fora da escola, a prática de atividade física e desporto é realizada por 50,7% dos jovens.
Fora da escola, a prática de atividade física e desportiva de uma forma organizada (numa entidade / clube e sob a supervisão de uma pessoa, treinador / monitor) é realizada por 47,1% dos jovens.
A regularidade da prática de atividade física e desportiva fora da escola evidencia que a maioria dos jovens (34,9% dos praticantes fora da escola) realiza atividades pelo menos 2 a 3 vezes por semana ou mais.
A maioria dos jovens do concelho (55,2%) participa em competições.
As competições que apresentam maior regularidade são as federadas realizadas fora da escola, desenvolvem-se 1 a 2 x
Há envolvimento dos professores e dos alunos na atividade física e desportiva na escola. Identificaram a participação como “boa”, “muito boa”, diversificada, com projetos de promoção.
“Existem 4 equipas de desporto escolar federadas de voleibol feminino no concelho” (07UTDespFederQ2).
“Existência de vários grupos de desporto adaptado através do desporto escolar” (09UTDespFederQ2).
A atividade física e desportiva oferecida pelo agrupamento é diversificada possibilitando aos alunos uma prática competitiva que, na maior parte, estes alunos não têm possibilidade de prática competitiva.” (Inq.DEscolaQ2).
A atividade realizada ao nível do grupo equipa / externa revela uma
“Santa Cruz ao nível dos desportos de mar e eventos tem tido um crescimento enorme.” (20UTDespFederQ1);
“…o surf assume-se com maior parte da oferta de desportos de mar a nível local, apesar de haver tradição na zona em desportos como o bodyboard e o skimboard” e a oferta de kitesurf (1-6UTDespMarQ1);
“… crescimento da prática de skate, longboard dancing skate (7-11UTDespMarQ1);
O “…turismo de desportos de mar tem vindo a aumentar ao longo dos anos.”
As atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop, musculação, step, etc.) (21,1%) são o segundo tipo de atividades mais praticadas pela população;
Os ginásios são frequentados por 24,1% dos indivíduos que praticam atividade física e desportiva. No concelho enquadram 15,7% da população;
Os eventos como forma de promover a atividade física e as atividades dos ginásios. Iniciativas como a “night run”, “aula de cross-fit na Várzea” e os “openday” foram dadas como exemplos bastante positivos para os objetivos dos munícipes, CMTV e para os ginásios (1-5UTGinQ2);
Demostrada a disponibilidade de colaboração dos ginásios para poderem também intervir no programa (Desporto
As atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida) (22,4%), são as atividades mais praticadas pela população;
Os locais mais referenciados, pelos indivíduos que praticam atividade física e desportiva com regularidade, são o meio natural, mar, rio, campo, montanha com (21,1%) e num parque, ao ar livre (18,9%). Ambos totalizaram as preferências referidas com 42,7%.
A larga maioria dos indivíduos (77,2%) frequentou ou utilizou instalações desportivas/ espaços naturais no concelho para praticar alguma atividade física desportiva;
A instalação desportiva/ espaço natural mais utilizado para praticar atividade física desportiva foi o Parque Verde da Várzea (20,6%);
O nível de satisfação com as instalações desportivas/ espaços naturais utilizados para a prática de atividades físicas e desportivas foi favorável para 82,1% dos inquiridos;
A grande maioria dos jovens “Gosta” (39,4%) ou “Gosta Muito” (56,8%) dos espaços de prática / instalações desportivas que frequenta com maior regularidade;
No total, entre os dois períodos de aferição, o concelho construiu
O programa com maior nível de notoriedade foi o “Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” (83,2%);
A construção da pista de atletismo; o início da atividade do râguebi; do futebol feminino; o campeonato municipal de atletismo e de futebol e o evento “gimnoeste” são reconhecidas como iniciativas de referência;
O apoio ao associativismo e o subsídio dado por atleta na formação (2UTDespEscolaQ3);
Os inquiridos, em 17 UT, consideram, em 29,4% das unidades, que se devia melhorar a cooperação entre os diferentes agentes desportivos locais e que esse papel recomendam que seja efetuado pela CMTV;
“boa relação de apoio da CMTV com os clubes, através dos subsídios que
A prática ocasional e regular de atividades físicas e desportivas é maior nas freguesias denominadas urbanas (55,2% - ocasional; 46,1% - regular) do que nas freguesias designadas de não urbanas (45,0% - ocasional; 38,3% - regular;
A atribuição de subsídios para a formação desportiva nos clubes; o apoio por atleta, que ajuda a custear a manutenção dos equipamentos e pagamento de técnicos, cerca de 80 euros por jovem por época;
Estabelecimento de boa cooperação com os clubes; na criação dos campeonatos municipais; no apoio à formação dos agentes desportivos (1-14UTFregLitorQ3).
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
242
por semana para 38,9% dos jovens.
Os locais mais referenciados, pelos indivíduos que praticam atividade física e desportiva com regularidade, são, em primeiro lugar, os clubes desportivos ou associação desportiva / recreativa (24,7%).
O grau de afiliação no associativismo desportivo é de 36,4%, (são sócios de algum clube ou associação desportiva).
Na realização de eventos, registaram-se 156 iniciativas, sendo a modalidade de golfe a que formalizou mais eventos, 23% de todos os realizados, 36 em termos absolutos.
Os eventos relacionados com as caminhadas (10%), com o futebol (8%) e com o atletismo (8%) são os mais promovidos.
Ainda demonstradoras das dinâmicas das atividades, destaca-se o número de eventos realizados no ténis de mesa, btt e ciclismo.
No btt/ ciclismo, para os inquiridos, pesa
participação de 29,1%;
Prática futura de atividades físicas e desportivas, preferidas dos jovens: basquetebol, 10,5%, danças/ ballet (8,9%), futebol (7,6%), ginástica/ trampolins (6,8%), voleibol (6,2%), natação (5,9%), karaté/ artes marciais (5,4%) e surf/ bodyboardd (5,4%), todas estas modalidades têm oferta no concelho.
Sénior) e proporcionar intervenções mais especializadas e dirigidas à população com patologias específicas que requerem uma intervenção mais especializada (7- 12UTGinQ2);
Diversidade de cooperação com outras entidades;
No domínio da cooperação com o município, 70% dos ginásios respondeu afirmativamente, essencialmente em eventos.
trinta e três (33) novos espaços. Passando de 144 para 177;
O concelho de Torres Vedras apresenta uma ADU de 4,26 m2 por habitante, contabilizando-se somente as ID de base formativa;
Grandes campos de jogos pelo concelho e constata-se que só as freguesias de Maxial e Monte Redondo e Carvoeira é que não dispõem desta tipologia de ID;
A tipologia de pequenos campos de jogos tem uma distribuição com cobertura por todo o concelho;
A tipologia de pavilhões desportivos e as salas de desporto polidesportivas não são identificadas em duas (2) freguesias: Ponte de Rol e Ramalhal;
As despesas do município de Torres Vedras aumentaram de 2013 para 2017 em 44%. Na despesa que é comum nos cinco anos, despesas correntes em atividades desportivas, houve um diferencial no valor de aumento da despesa em 190%,
proporciona.” (12UTDespFederQ3);
Existência de uma política de apoio às instituições, com uma “ocupação quase total das instalações desportivas”, bastantes eventos, uma “orientação para quase todas as idades”, “abertura na relação com as escolas”, diversidade de oferta de atividade desportivas no concelho e apoio, da CMTV e Juntas de Freguesia, na disponibilidade de transportes para o Desporto Escolar (ver da 1-13UTDespEscolaQ1);
Consideraram a intervenção da CMTV, globalmente positiva na melhoria de instalações, nos novos campos de futebol (1,2UTFregCentroQ2), na pista de atletismo (3UTFregCentroQ2) e na forma como são atribuídos os apoios camarários à formação e não aos seniores, o que aumentou a igualdade entre todos os clubes (4UTFregCentroQ2);
A CMTV promove nove (9) programas. Dois (2) destes programas, o
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
243
“importância das modalidades e eventos de ciclismo, por força da figura de Joaquim Agostinho…”.
respetivamente de 327.656,00€ para 951.853,00€.
“Projeto Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” e o “Diabetes em Movimento”, são realizados durante o ano, cinco (5) dos restantes têm um período do ano específico e dois (2) são de realização, em autonomia, de percursos tanto a pé como de bicicleta todo-o-terreno (btt), estes programas são dirigidos a todas as faixas etárias;
O número de recursos humanos que a CMTV tem, a tempo integral, para o desporto está no limiar mínimo do necessário para cumprir o plano de atividades anual da divisão;
As três principais orientações da CMTV: 1) proporcionar condições para a realização de atividade física em sentido amplo e não só no desporto especificamente, 2) “diversificar as modalidades desenvolvidas no concelho”; e 3) proporcionar “…apoio contínuo aos clubes”.
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio
244
Principais indicadores de forças que caraterizam o sistema desportivo
concelhio:
Relativamente à prática desportiva entre os 10 e os 14 anos, a atividade do
DE, a nível do grupo equipa/ externa, revela que a participação dos jovens do
concelho é de 29,1%. Fora da escola, a prática de atividade física e desporto é
realizada por 50,7% dos jovens e de uma forma organizada é realizada por 47,1%
dos jovens. A regularidade da prática fora da escola evidencia que a maioria dos
jovens (34,9% dos praticantes fora da escola) realiza atividades pelo menos 2 a 3
vezes por semana ou mais.
A maioria dos jovens do concelho (55,2%) participa em competições. As
competições que apresentam maior regularidade são as federadas realizadas fora
da escola, desenvolvem-se 1 a 2 x por semana para 38,9% dos jovens. De acordo
com a Organização Mundial de Saúde (OMS/ WHO, 2018), os jovens, entre os 5 e os
17 anos, devem fazer pelo menos 60 minutos de atividade física de intensidade
moderada a vigorosa diariamente, quantidades superiores a 60 minutos por dia
proporcionaram benefícios adicionais à saúde. As atividades que fortaleçam
músculos e ossos devem ser realizadas pelo menos 3 vezes por semana.
As modalidades mais praticadas no grupo/ equipa de desporto escolar pelos
jovens são o voleibol e o badminton, sendo referidas por 23,2% e 13,4% dos jovens,
respetivamente. Em terceiro lugar, surge o ténis de mesa com 10,4%. Futsal, golfe
e atletismo são as seguintes modalidades mais praticadas. Sucedem-se mais 6
modalidades com valores superiores a 2%: btt, andebol, desportos gímnicos,
multiactividades de exploração da natureza, basquetebol e natação.
Entre as raparigas, o voleibol (38,3%) surge de forma destacada como a
modalidade mais praticada, seguido pelo badminton (13,4%). Os rapazes praticam
sobretudo o ténis de mesa (19,3%) e o futsal (16,9%). Existem quatro (4) equipas de
desporto escolar federadas de voleibol feminino no concelho e vários grupos de
desporto adaptado através do desporto escolar. A atividade realizada ao nível do
grupo equipa/ externa revela uma participação de 29,1%.
As atividades físicas e desportivas que os jovens praticam predominantemente
fora da escola são: futebol (16,3%), natação (13,9%), danças/ ballet (12,2%), btt e
ciclismo (8,1%), aulas de grupo/ fitness (6,0%), artes marciais e de combate (5,7%) -
aikido, jiu-jitsu, judo, karaté, krav maga, taekwondo – ginástica/ trampolins (5,7%),
basquetebol (4,3%) e futsal (4,3%). No btt/ ciclismo, para os inquiridos, pesa
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
245
“importância das modalidades e eventos de ciclismo, por força da figura de Joaquim
Agostinho…”.
No DE constatou-se que há envolvimento dos professores e dos alunos. Os
professores avaliaram a participação como “boa”, “muito boa”, diversificada e com
projetos de promoção. A atividade física e desportiva oferecida possibilita aos alunos
uma prática competitiva que os alunos não encontram fora da escola.
Na prática desportiva da população entre os 15 e os 74 anos, a prática regular
de atividades físicas e desportivas (últimas 4 semanas) abrangeu 41,1% dos
inquiridos, estes valores estão bastante acima dos resultados médios para o país de
acordo com Eurobarometer 472 (2017). Neste caso, dos que fazem, 5% fazem-no com
regularidade e 21% com alguma regularidade. Registe-se que 68% dos portugueses
não fazem desporto ou atividade física (Eurobarometer 472, 2017, p.10).
A prática ocasional e regular de atividades físicas e desportivas é maior nas
freguesias denominadas urbanas (55,2% - ocasional; 46,1% - regular) do que nas
freguesias designadas de não urbanas (45,0% - ocasional; 38,3% - regular), nos
homens até aos 49 anos (56,5%) e nos indivíduos com formação superior. A taxa de
feminização geral é de 48,0%. O grau de afiliação no associativismo desportivo é de
36,4%, valor muito acima da média nacional de 4% (Eurobarometer 472, 2017, p.48).
Registe-se que segundo a OMS/ WHO (2018), a população, desta faixa etária,
deve fazer pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada
durante a semana, ou fazer pelo menos 75 minutos de atividade física de
intensidade vigorosa durante a semana, ou uma combinação equivalente de
atividade de intensidade moderada e vigorosa. Os adultos devem aumentar sua
atividade física de intensidade moderada para 300 minutos por semana, ou
equivalente, e as atividades de fortalecimento muscular devem ser realizadas
envolvendo os principais grupos musculares em 2 ou mais dias por semana.
Relativamente à prática futura de atividades físicas e desportivas, as
principais modalidades que os jovens mais gostariam de praticar corresponde ao
basquetebol, 10,5%, danças/ ballet (8,9%), futebol (7,6%), ginástica/ trampolins
(6,8%), voleibol (6,2%), natação (5,9%), karaté/ artes marciais (5,4%) e surf/
bodyboard (5,4%), todas estas modalidades têm oferta no concelho.
O enquadramento organizacional mais referenciado para praticar atividade
física e desportiva são os clubes desportivos ou associações/ recreativas (24,7%) e
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
246
os ginásios (24,1%), estas são as duas principais dimensões do desporto organizado
no concelho.
As atividades físicas e desportivas mais praticadas, nas últimas 4 semanas,
pela população acima dos 15 anos, são as atividades de manutenção (caminhada,
jogging, corrida) para 22,4% da população, as atividades de ginásio (aeróbica,
cardio, hip hop, musculação, step, etc.) para 21,1%, a natação e hidroginástica
com 8,4%, seguindo-se o futebol, com 7,6%, o ciclismo/ cicloturismo/ btt, com
6,6% e o atletismo com 4,2%.
A larga maioria dos indivíduos (77,2%) frequentou ou utilizou instalações
desportivas/ espaços naturais no concelho para praticar alguma atividade física
desportiva. Os locais mais referidos para realizar a prática de atividade física e
desportiva são o meio natural (mar, rio, campo, montanha) e o parque ao ar livre
(40,0%). O Parque Verde da Várzea (20,6%) teve a maior percentagem de
utilização. Os indivíduos que praticam atividade física e desportiva com
regularidade, utilizam o meio natural, mar, rio, campo, montanha, em 21,1% dos
casos, e um parque ao ar livre (18,9%).
O nível de satisfação com as instalações desportivas/ espaços naturais
utilizados para a prática de atividades físicas e desportivas foi favorável para 82,1%
dos inquiridos. A grande maioria dos jovens “Gosta” (39,4%) ou “Gosta Muito”
(56,8%) dos espaços de prática/ instalações desportivas que frequenta com maior
regularidade. No total, entre os dois períodos de aferição, o concelho construiu
trinta e três (33) novos espaços. Passando de 144 para 177 ID. O concelho de Torres
Vedras apresenta uma ADU de 4,26 m2 por habitante, contabilizando-se somente as
ID de base formativa. Grandes campos de jogos e pequenos campos de jogos tem
uma distribuição com cobertura por quase todo o concelho. A tipologia de
pavilhões desportivos e as salas de desporto polidesportivas não são identificadas
em duas (2) freguesias: Ponte de Rol e Ramalhal.
As despesas do município de TV aumentaram de 2013 para 2017 em 44%. Na
despesa que é comum nos cinco anos, despesas correntes em atividades
desportivas, houve um diferencial no valor de aumento da despesa em 190%,
respetivamente de 327.656,00€ para 951.853,00€.
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
247
De acordo com as respostas obtidas, Santa Cruz ao nível dos desportos de
mar e eventos tem tido um crescimento significativo de procura, “…o surf assume-
se com maior parte da oferta de desportos de mar a nível local, apesar de haver
tradição na zona em desportos como o bodyboard e o skimboard” e a oferta de
kitesurf.
A diversidade e intensidade de cooperação das entidades desportivas do
concelho, principalmente com a CMTV, é elevada. Foi demostrada a disponibilidade
de colaboração dos ginásios para poderem também intervir no programa (Desporto
Sénior) e proporcionar intervenções mais especializadas e dirigidas à população
com patologias específicas que requerem uma intervenção mais especializada. No
domínio da cooperação com o município, 70% dos ginásios respondeu
afirmativamente, essencialmente em eventos. No entanto, foi entendido que se
devia melhorar a cooperação entre os diferentes agentes desportivos locais e que
esse papel recomendam que seja efetuada pela CMTV.
Os eventos como forma de promover a atividade física e as atividades dos
ginásios foram considerados como relevantes. Iniciativas como a “night run”, “aula
de cross-fit na Várzea” e os “open day” foram dadas como exemplos bastante
positivos para os objetivos dos munícipes, CMTV e para os ginásios.
As três principais orientações da CMTV: 1) proporcionar condições para a
realização de atividade física em sentido amplo e não só no desporto
especificamente, 2) “diversificar as modalidades desenvolvidas no concelho”; e 3)
proporcionar “…apoio contínuo aos clubes”, são consentâneas com os instrumentos
produzidos para as operacionalizar.
O número de recursos humanos que a CMTV tem, a tempo integral, para o
desporto está no limiar mínimo do necessário para cumprir o plano de atividades
anual da divisão.
Foi interpretada uma boa relação de apoio da CMTV aos clubes, através dos
subsídios que proporciona,” o apoio ao associativismo e o subsídio dado por atleta
na formação”. O apoio por atleta ajuda a custear a manutenção dos equipamentos
e pagamento de técnicos, cerca de 80 euros por jovem por época. A criação dos
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
248
campeonatos municipais e o apoio à formação dos agentes desportivos foi
evidenciado com relevante para o desporto local.
Foi considerada ainda, positivamente, a intervenção da CMTV na melhoria de
instalações, nos novos campos de futebol, na pista de atletismo, na forma como
são atribuídos os apoios camarários à formação. Ao nível de programas de
promoção da atividade, a CMTV promove diretamente nove (9) programas. Dois (2)
destes programas, o “Projeto Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” e o “Diabetes
em Movimento”, são realizados durante o ano, cinco (5) dos restantes têm um
período do ano específico em que são proporcionadas as atividades e dois (2) são
de realização, em autonomia, de percursos tanto a pé como de bicicleta todo-o-
terreno (btt), estes programas são dirigidos para diferentes tipos de destinatários e
dão resposta a todas as faixas etárias. O programa com maior nível de notoriedade
foi o “Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” (83,2%).
2 Principais fraquezas do sistema desportivo concelhio
Em consonância com o ponto anterior, considera-se como fraquezas os
aspetos que, em cada dimensão, são considerados negativamente relevantes, ou
atendendo, em situações de confrontação com outros trabalhos congéneres
nacionais e internacionais, à relevância do indicador pela sua debilidade
comparativa. As fraquezas revelam algo que o sistema desportivo não tem ou que
apresenta com notória fragilidade.
Mais de metade (57,1%) dos jovens afirmaram não participar em atividades
físicas desportivas na escola (atividade interna e externa). Cerca de metade
(52,9%) dos jovens afirmaram não participar em atividades desportivas fora da
escola de uma forma organizada. 29,0% dos jovens não participa nas atividades do
desporto escolar e também não pratica atividade física e desportiva fora da escola.
A regularidade da prática na atividade interna, no DE, é reduzida, 65,5% dos jovens
(28,1% dos praticantes) realizam a prática na atividade interna 2 a 3 x por período
escolar ou menos.
As competições na forma de campeonatos municipais, ou provas desportivas
municipais, apresentam uma regularidade, em 24,6% dos casos, entre 1 a 2 vezes
por semana e 38,6% realizam-se menos de uma vez por mês.
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
249
As mulheres evidenciaram praticar atividade física e desportiva com menor
frequência (15,2%) num parque, ao ar livre e num clube desportivo/ associação
(21,4%). A taxa de feminização no desporto federado de 21,9%. A prática
desportiva é reduzida nos segmentos de indivíduos com habilitações literárias ao
nível do 9.º ano completo ou menos (37,1%), relativamente aos indivíduos titulares
de formação superior.
A prática de desporto federado, com exceção do futebol, é reduzida fora das
freguesias da cidade. Há o entendimento que o desporto sénior tem mais resposta à
procura que as atividades para jovens, nas freguesias. A partir dos 50 anos há um
decréscimo acentuado da prática de atividade desportiva. Nas freguesias
denominadas não urbanas a taxa de afiliação em clubes desportivos é reduzida face
às áreas urbanas. A regularidade na prática é superior nas freguesias urbanas,
24,8% pratica mais de 3 a 4 vezes por semana, enquanto nas freguesias não urbanas
o valor é de 16,5%.
Fora da escola, desde janeiro de 2017, as instalações desportivas/ espaços
naturais no concelho para a prática de atividades desportivas não foram utilizadas
por 51,0% dos jovens. Para 39,5% dos jovens a frequência de utilização (desde
Janeiro 2017) das instalações desportivas/ espaços naturais referidos para é
reduzida – só nas férias e 1 x por mês. Uma parte da população (22,8%) referiu
realizar a prática desportiva em instalações desportivas/ espaços naturais fora do
concelho. A pista municipal de Atletismo Carlos Lopes foi referida como um espaço
de prática com uma utilização reduzida (2,9%), em 11.º lugar.
De forma identificada, os espaços exteriores das escolas, do primeiro ciclo,
ao nível de recursos e da dimensão dos espaços, necessitam de ser melhorados. A
falta de inspeção e apetrechamento de material desportivo nas escolas é também
apontada como uma lacuna.
As instalações desportivas - piscinas municipais, instalações desportivas
públicas, espaços para a prática desportiva, manutenção, segurança, iluminação -
foram o segundo obstáculo referido para justificar não existir mais atividade física
e desportiva entre a população. As instalações desportivas cobertas, a não
existência de pavilhões desportivos ou outro tipo de recintos cobertos, as
dificuldades de manutenção das instalações, disponibilidade de espaços verdes
para a prática de atividades desportivas, e espaços para o ciclismo também foram
consideradas limitações.
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
250
Há pouca relação entre os clubes e as escolas e a que existe é difícil (10-
13UTFregCentroQ3). A relação com o desporto federado e a ligação, do que se faz
dentro com o que se faz fora da escola, não são estabelecidas nem é feito nenhum
processo de transição, entre as partes, para acompanhamento de alunos/ atletas
(10-13UTFregCentroQ3). A falta de transportes nos clubes foi também destacada
como uma fraqueza.
Os inquiridos reconheceram dificuldades na formação e qualificação dos
técnicos e na sua atração para os clubes.
No entendimento dos inquiridos, o BTT, ciclismo, cicloturismo, para maiores
de 30 anos não tem estímulos, para continuidade da prática, apesar de ter muitos
praticantes principalmente a partir dos 30 anos.
Os operadores de surf argumentam que a modalidade na região é vista como
um desporto sazonal, o que dificulta o crescimento dos desportos de onda, pois só
no verão é que há preocupações na promoção da modalidade.
A divulgação atempada dos eventos, pelos diferentes canais de comunicação
existentes, deverá ser melhorada. Tal como uma maior sensibilização para a
prática da atividade física, a organização de colóquios/ discussões sobre atividade
física/ saúde e bem-estar foram fragilidades apontadas.
Foram efetuadas referências à falta de qualidade da sinalização dos
percursos pedestres, o que pode levar a que os praticantes se percam. No
entendimento dado.
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio
251
Tabela 130 – Principais fraquezas do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação e cada dimensão em análise. Desporto Federado/
Clubes Desporto na Escola Desportos de mar Ginásios
Desporto de Natureza
Instalações desportivas
CM Torres Vedras Juntas de Freguesia – Centro/ Interior/
Litoral
“… fora da cidade a aposta foi muito forte ao nível do futebol, mas a nível de oferta de outras atividades federadas existe pouca oferta ou quase nenhuma…” (9UTDespFederQ1);
Instalações desportivas; dinâmica social e desportiva dos clubes nas suas sedes; formação, qualificação dos técnicos; necessidade de técnicos e dificuldades em atrair mais praticantes (Q.4);
Cerca de metade (52,9%) dos jovens afirmaram não participar em atividades desportivas fora da escola de uma forma organizada (numa entidade / clube e sob a supervisão de uma pessoa, treinador /
monitor);
A ausência de prática de atividade física e desportiva é manifesta, 29,0% dos jovens não participa nas atividades do desporto escolar e também não pratica atividade física e desportiva fora da escola (numa entidade/ clube e sob a supervisão de uma pessoa, treinador / monitor).
Mais de metade (57,1%) dos jovens afirmaram não participar em atividades físicas desportivas na escola (atividade interna e
externa);
Regularidade da prática na atividade interna é reduzida, 65,5% dos jovens (28,1% dos praticantes) realizam a prática na atividade interna 2 a 3 x por
período escolar ou menos;
Os “…espaços exteriores das escolas do primeiro ciclo, ao nível de recursos e até da própria dimensão dos
espaços exteriores”;
Necessidade de “… inspeção e apetrechamento de material desportivo nas escolas.” (8-11UTDespEscolaQ5).
Há pouca relação entre os
clubes e as escolas e a que
existe é difícil (10-
13UTFregCentroQ3);
Relação com o desporto
federado, ligação do que se
faz dentro com o que se faz
fora da escola (…) não são
estabelecidos processos de
transição, para
acompanhamento de
alunos/ atletas (10-
13UTFregCentroQ3).
“…o surf na região é visto como um desporto sazonal o que dificulta o crescimento dos desportos de onda, pois só no verão é que se interessam pela modalidade.”;
“A Câmara tem de promover a ida a Santa Cruz durante todo o ano e não só durante os meses de verão.”
(9UTDespMarQ3).
50% das apreciações realizadas estão relacionadas com a forma como os munícipes aproveitam a oferta existente, surgem referências como a “…perceção de que já se faz tudo para atrair as pessoas para os ginásios, em termos de oferta e incentivos à população e que mesmo assim as pessoas não aproveitam e vão desistindo da prática…” (2UTGinQ4);
Pouco investimento em material de treino
outdoor;
Aulas grátis (concorrenciais);
Necessidade de divulgar os eventos nos meios sociais, de forma
atempada;
Maior sensibilização para a prática da atividade
física;
Organização de colóquios/ discussões sobre atividade física/ saúde e bem estar;
Divulgação e marketing bem estruturado mas fora
de tempo útil.
Referências relativamente a “… muitos dos percursos pedestres marcados, têm sinalização deficiente, o que pode levar a que os
praticantes se percam…”.
Pista de atletismo (Paul) referida como espaço de prática com uma utilização reduzida (2,9%), em 11.º lugar;
Parte da população (22,8%) referiu realizar a prática desportiva em instalações desportivas/ espaços naturais fora do
concelho;
As infraestruturas: piscinas municipais, instalações desportivas públicas, espaços para a prática desportiva, manutenção, segurança, iluminação com 15,1% das referências; foi o segundo obstáculo referido para existir mais atividade física e desportiva entre a população;
Fora da escola, desde janeiro de 2017, as instalações desportivas / espaços naturais no concelho para a prática de atividades desportivas não foram utilizadas por 51,0% dos jovens;
Para 39,5% dos jovens a frequência de utilização (desde Janeiro 2017) das instalações desportivas / espaços naturais referidos para é reduzida – só nas férias e 1 x por mês.
As competições sob a forma de campeonatos municipais ou provas desportivas municipais apresentam uma regularidade em 24,6% dos casos entre 1 a 2 vezes por semana e 38,6% realizam-se menos de
uma vez por mês;
O BTT, ciclismo,
cicloturismo, para
maiores de 30 anos não
tem estímulos, para
continuidade da prática
para idades mais velhas
(27UTFregCentroQ1).
Modalidades como btt,
ciclismo são praticamente
ignoradas apesar de ter
muitos praticantes
principalmente a partir
dos 30 anos
(24UTFregCentroQ4).
A regularidade na prática é superior nas freguesias urbanas, 24,8% pratica mais de 3 a 4 vezes por semana, enquanto nas freguesias não
urbanas o valor é de 16,5%;
Nas freguesias denominadas não urbanas a taxa de afiliação em clubes desportivos é reduzida face às
áreas urbanas;
“…falta de diversidade desportiva nas freguesias - ao nível de desporto sénior com as atividades da CMTV está bom - o problema são as atividades para os jovens que só têm o futebol para praticar nas freguesias.” (10-12UTFregLitorQ1);
As instalações desportivas cobertas, a não existência de pavilhões desportivos ou outro tipo de recintos cobertos, em 16% das UT, referiram ainda dificuldades de manutenção das instalações e disponibilidade de espaços verdes para a prática de atividades desportivas, nomeadamente o ciclismo; e a “…falta de pessoas disponíveis para dar apoio às equipas e associações…”
(8UTFregLitorQ4).
A necessidade de transportes para os clubes foi também
referida (19UTFregInterQ5).
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio
252
3 Principais oportunidades do sistema desportivo concelhio
Entende-se por oportunidades os fatores do ambiente, geral e transacional,
suscetíveis de serem aproveitados e conjugados com as capacidades e motivações
apresentadas pela oferta e pela procura. Nesta perspetiva, optou-se por utilizar os
indicadores de cada uma das dimensões que revelassem um motivo a explorar,
neste caso obtidos no ambiente específico.
O ambiente percecionado pelos inquiridos é de uma visão muito positiva do
desporto em TV, justificando que existe muita gente a praticar desporto em várias
modalidades e que a qualidade tem evoluído bastante. Cerca de dois terços da
população (65,4%), considera que os clubes desportivos e outras entidades locais
oferecem numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas. O
desempenho da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de residência, para
54,5% dos indivíduos é favorável, consideraram que estas entidades estão a fazer o
suficiente pela população relativamente à atividade física e desporto.
Constatou-se que os programas promovidos pela CMTV estão em coerência
com os objetivos e as orientações de desenvolvimento do desporto para o concelho,
pelos objetivos, destinatários, áreas e tipos de apoio. Reconhece-se que os
“contratos-programa de desenvolvimento desportivo”, a “construção de instalações
desportivas” e as “atividades e programas desportivos” têm merecido os principais
esforços da CMTV.
De entre os jovens (41,8%) que afirmaram conhecer programas de promoção
do desporto ou da atividade física no concelho, os “Campeonatos Municipais de
Atletismo e Futebol” (63,8%), seguido do “Programa Mexa-se - Aulas no Parque
Verde da Várzea” (59,2%) e do programa “Night Run” (54,7%) são os que têm maior
notoriedade. Os programas com níveis de notoriedade mais reduzidos foram
“Diabetes em Movimento” (24,3%), “No Domingo a Rua é Nossa“ (25,7%).
Metade dos jovens perceciona que no concelho existem numerosas
possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas (50,6%). Também
consideram que é necessária melhor coordenação entre as atividades desportivas da
escola e dos clubes desportivos (49,4% de concordância).
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
253
Na generalidade os inquiridos consideraram que “o investimento deve ser
feito num contexto de desenvolvimento da prática desportiva regular, orientado
para que mais pessoas pratiquem desporto.” com “…maior preocupação com o
aumento dos praticantes, diversificação da oferta e melhor exploração dos espaços
verdes para a prática desportiva”.
Na atividade dos clubes, foi identificada a oferta de 54 modalidades
desportivas diferentes no concelho e 39 clubes que disponibilizaram essas
modalidades, nos últimos 6 anos, e com intervenção principal na formação de
praticantes.
Identificaram-se seis modalidades com percentagens proporcionalmente mais
relevantes de prática nos clubes: hóquei em patins (6,88%) atletismo (6,27%),
ginástica (6,63%), futsal (5,67%), basquetebol (5,41%) e o ténis (3%).
O futebol, com exceção União das Freguesias de Dois Portos e Runa, é
proporcionado em todas as freguesias. O atletismo é a segunda modalidade com
maior distribuição geográfica da prática, em seis freguesias, designadamente nas
freguesias: da Ventosa; União das freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago,
Santa Maria do Castelo e São Miguel) e Matacães; A dos Cunhados e Maceira; Ponte
de Rol; Silveira e União das Freguesias de Dois Portos e Runa. Aumentou a prática
de disciplinas técnicas de atletismo devido à nova pista de atletismo no concelho.
As modalidades mais praticadas no grupo/ equipa de desporto escolar são o
voleibol e o badminton, o ténis de mesa e o futsal. Os jovens ainda consideraram
que é necessária melhor coordenação entre as atividades desportivas da escola e
dos clubes desportivos (49,4% de concordância);
Foram efetuadas várias referências para que a CMTV assuma um papel de
mediadora nas relações entre as escolas e associações e até na própria relação
entre os diferentes clubes do concelho, pela “criação de um grupo de trabalho
entre os vários clubes e a CMTV para em conjunto conseguirem resolver os
problemas comuns”.
Na atividade física não federada, com atividades regulares, na época 2017/
2018, foram identificadas 235 atividades, segundo os registos da CMTV. A natação
com 51% das atividades; o fitness com 14%; e a ginástica com 7% foram as
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
254
modalidades com mais atividades. Registe-se na atividade física para pessoas com
deficiência 4% das atividades.
Identificou-se a necessidade de se realizar formação para os agentes
desportivas locais, de treinadores e de outros recursos humanos do desporto
(árbitros, dirigentes e pais) e atração de mais técnicos qualificados. Na formação
de recursos humanos do desporto, foram registadas 67 iniciativas, em 17 áreas, na
última época, que tiveram apoio da CMTV.
Melhorar a informação sobre desporto para a população, no sítio na internet
da CM TV, foi colocada como evidência pelos inquiridos.
Os ginásios demonstraram interesse de cooperação com clubes, nas seguintes
áreas: eventos, reabilitação, prevenção de lesões e melhoria da capacidade física
dos atletas. A possibilidade de continuarem e aprofundarem as iniciativas de
promoção da atividade física, para diferentes escalões e em diferentes freguesias,
foi destacada.
O concelho de TV tem 10 praias, ou seja 23% das 44 praias do país,
consideradas de ZERO poluição. Nos eventos: o Santa Cruz Ocean Spirit e uma
prova anual internacional de skimboard, são eventos de referência para a
promoção do surf. A criação da associação Sealand, e a “…possibilidade de
desenvolver a formação de praticantes, que antes estava centralizada nas escolas
de surf unicamente”, foi um aspeto colocado como oportunidade. A existência de
um “projeto pioneiro em Portugal que possibilita a prática do surf a alunos do
primeiro ciclo” é de destacar. Associar o surf ao estilo de vida saudável e
enfatizando todos os benefícios que a prática do mesmo traz à saúde e bem-estar
das pessoas (24UTDespMarQ5) foi uma das recomendações mais destacadas.
Associado ao turismo natureza, a possibilidade de construção de rede de
trilhos, caminhos florestais e agrícolas, sugere ofertas de atividades relacionadas
com: btt, downhill, ori-btt, passeios de bicicleta, hipismo e passeios a cavalo,
birdwatching, golf, parapente, asa-delta e saltos de paraquedas. A ligação ao
turismo e a promoção de mais programas é de reforçar.
As instalações desportivas/ espaços naturais do concelho mais frequentadas
foram os “Parques Verdes das Freguesias/ Circuitos de manutenção” referidos por
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
255
23,9% dos jovens, a “Física de Torres Vedras” (12,4%) e os “Ginásios” e “Praia/
Mar”, ambos com 10,6%. A construção/ melhoria, de mais espaços verdes, parques
para praticar ao ar livre, ciclovias, mais aparelhos, com 27,5% das referências, foi a
primeira sugestão indicada para melhorar atividade física e desportiva. Foi também
nas IDBR que se identificou o maior crescimento, com dezanove (19) novas ID para
percursos pedestres, treze (13), e circuitos de manutenção, seis (6) novos espaços.
As IDBF representam o segundo maior esforço de construção, catorze (14) novas
instalações: grandes campos relvados com mais oito (8) e a construção de três (3)
polidesportivos cobertos.
Pelos critérios de projeção de ID, com base na dimensão da população,
poder-se-á aprofundar a necessidade de: um grande campo de jogos na União das
Freguesias do Maxial e Monte Redondo; pavilhão ou sala de desporto na Ponte de
Rol, Ramalhal e Ventosa; pista de atletismo na Silveira e nas freguesias de São
Pedro da Cadeira, Silveira e Ventosa a possibilidade de existência de piscinas
cobertas.
Ainda persiste a oportunidade para “…haver uma maior promoção do
desporto em geral por parte da CMTV e das Juntas de Freguesia e criar condições
para que toda a gente chegue ao desporto.”. Algumas referências propõem, mais
atividades nas freguesias, que “cada sede de freguesia devia dinamizar atividades
para servir de descentralização e assim evitar que a maioria da prática tenha de
ser na cidade de TV, por exemplo a possibilidade de criação de um centro de
marcha e corrida em cada freguesia.
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio
256
Tabela 131 – Principais oportunidade do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação e cada dimensão em análise. Desporto Federado/
Clubes Desporto na Escola Desportos de mar Ginásios
Desporto de Natureza
Instalações desportivas
CM Torres Vedras Juntas de Freguesia – Centro/ Interior/
Litoral
Cerca de dois terços da
população (65,4%),
considera que os clubes
desportivos e outras
entidades locais oferecem
numerosas possibilidades
de praticar atividades
físicas e desportivas;
”; a “perceção de que
existe muita gente a
praticar desporto em
Torres Vedras nas várias
modalidades, que a
qualidade tem evoluído
bastante (UTDespFederQ1);
Aumentou a “prática de
disciplinas técnicas de
atletismo devido à nova
pista …”
(18UTDespFederQ1);
A “importância das
modalidades e eventos de
ciclismo, por força da
figura de Joaquim
Agostinho…”
(19UTDespFederQ1);
“O investimento deve ser
feito num contexto de
desenvolvimento da prática
desportiva regular,
orientado para que mais
pessoas pratiquem
desporto.”
(18UTDespFederQ1);
Necessidade de se realizar
As modalidades mais
praticadas no grupo/
equipa de desporto
escolar são o voleibol e o
badminton, o ténis de
mesa e o futsal;
As AEC são atividades
muito lúdicas e pouco
orientadas para as
aprendizagens de
habilidades desportivas
das modalidades, sendo
necessário potenciar
resultados
(14UTFregCentroQ3);
Os jovens consideram que
é necessária melhor
coordenação entre as
atividades desportivas da
escola e dos clubes
desportivos (49,4% de
concordância);
Metade dos jovens
perceciona que no
concelho existem
numerosas possibilidades
de praticar atividades
físicas e desportivas
(50,6%);
Para 41,8% dos jovens
conhecedores de programas
de promoção do desporto os
“Campeonatos Municipais
de Atletismo e Futebol”
(63,8%), o “Programa Mexa-
se - Aulas no Parque Verde
Nos eventos: o Santa
Cruz Ocean Spirit e uma
prova anual internacional
de skimboard, em Santa
Cruz;
A criação da Sealand, e a
“…possibilidade de
desenvolver a formação
de praticantes, que antes
estava centralizada nas
escolas de surf
unicamente.”;
A existência de um
“projeto pioneiro em
Portugal que possibilita a
prática do surf a alunos
do primeiro ciclo” (1-
6UTDespMarQ2);
“…Os desportos de mar
têm de ir às escolas
tentar cativar os jovens.”
(1UTDespMarQ3);
“O turismo tem de
promover Santa Cruz
pela sua qualidade de
ondas e clima durante
todo o ano, pois tem
mais potencialidade que
outros sítios.”
(10UTDespMarQ3);
O Concelho de Torres
Vedras tem 10 praias, ou
seja 23% das 44 praias do
país, consideradas de
As razões principais para
a realização da prática
de atividade física e
desportiva são as da
dimensão fitness /
saúde, seguida da
dimensão diversão;
Há abertura dos
representantes dos
ginásios para: 1)
participarem em
programas promovidos
pela CMTV, como o
programa "Diabetes em
Movimento” (1UTGinQ3),
2) indicar a CMTV como
mediadora na ligação à
área da saúde, “…ligação
à classe médica…”
(2UTGinQ3),
A CMTV possa ser
influenciadora da prática
de desporto laboral nas
empresas e na própria
CM, 30,7% das UT (7-
10UTGinQ3) e 4);
A CMTV possa constituir
condições para a
realização de programas
em meio escolar,
“…incentivar as escolas a
realizar análises à
obesidade infantil.” (11
e 12UTGinQ3);
A zona das Linhas de
Torres é uma área
protegida, “… deve ser
criado num regulamento
de boas práticas
desportivas nesses
caminhos / espaços…”;
A Rota das Adegas foi
uma boa iniciativa,
“…deve existir maior
cooperação com os
produtores, com maior
estímulo das juntas de
freguesia, com a
Comissão Vitivinícola
Regional”
(21,22UTFregLitorQ3).
A sensibilização para a
importância das práticas
desportivas na natureza e
o turismo ativo, para a
promoção da região e dos
produtos regionais, foi
apontada;
Qualificar e divulgar mais
as zonas naturais, para
percursos pedestres e de
BTT, a intenção de se
implementar uma rota
organizada;
Conceber um
regulamento para as
práticas desportivas de
turismo e natureza, para
evitar a degradação da
área protegida das Linhas
As instalações
desportivas / espaços
naturais do concelho
mais frequentadas foram
os “Parques Verdes das
Freguesias / Circuitos de
manutenção” referidos
por 23,9% dos jovens, a
“Física de Torres
Vedras” (12,4%) e os
“Ginásios” e “Praia /
Mar”, ambos com 10,6%.
Dos locais mais
referenciados para
praticar atividade física
e desportiva com
regularidade, a opção
“Num parque, ao ar
livre” é referida em 4.º
lugar (18,9%);
A construção/ melhoria,
de mais espaços verdes,
parques ao ar livre,
ciclovias, mais
aparelhos, com 27,5%
das referências, foi a
primeira sugestão
indicada para melhorar
atividade física e
desportiva.
Nas IDBR identifica-se o
maior crescimento, com
dezanove (19) novas ID:
construção de “percurso
pedestre e ciclável
sinalizado”, treze (13) e
“circuito de
Constatou-se que o
programa com maior
nível de notoriedade foi o
designado “Desporto
Sénior – Mexa-se para a
Vida” (83,2%), seguido do
“Programa Mexa-se -
Aulas no Parque Verde da
Várzea” (77,0%);
A maioria da população
(77,1%) perceciona que
no concelho existem
numerosas possibilidades
de praticar atividades
físicas e desportivas;
O desempenho da Câmara
Municipal e da Junta de
Freguesia, para 54,5% dos
indivíduos é favorável,
consideraram que estas
entidades estão a fazer o
suficiente pela população
relativamente à atividade
física e desporto;
A oferta de mais
atividades, atividades
diversificadas, eventos,
apoiar ações com 27,5%
das referências, foi a
primeira sugestão
indicada para melhorar
atividade física e
desportiva;
A divulgação:
comunicação,
informação,
Nas freguesias designadas
urbanas as atividades mais
praticadas são as atividades
de manutenção (26,4%), as
atividades de ginásio (20,6%)
e a natação e hidroginástica
(7,4%);
A população residente nas
freguesias não urbanas
evidenciou uma maior
intenção de prática
desportiva futura, 32,2%
contra 28,0% nas freguesias
urbanas;
Necessidade de “…haver uma
maior promoção do desporto
em geral por parte da CMTV
e das Juntas de Freguesia e
criar condições para que
toda a gente chegue ao
desporto.” (32% das UT);
“cada sede de freguesia
devia dinamizar atividades
para servir de
descentralização e assim
evitar que a maioria da
prática tenha de ser na
cidade de TV
(2UTFregInterQ5);
Possibilidade de criação de
um centro de marcha e
corrida em cada freguesia
(10UTFregInterQ5).
Os participantes destacaram
a dinamização associativa
em Ponte de Rol, um
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
257
formação, de treinadores e
de outros recursos humanos
do desporto (árbitros,
dirigentes e pais) e atração
de mais técnicos
qualificados (6,7
UTDespFederQ3);
A necessidade de melhorar
a informação sobre
desporto para a população,
no sítio na internet da CM
TV (18UTDespFederQ3);
Maior preocupação com o
aumento dos praticantes,
diversificação da oferta e
melhor exploração dos
espaços verdes para a
prática desportiva;
“Criação de um grupo de
trabalho entre os vários
clubes e a CMTV para em
conjunto conseguirem
resolver os problemas
comuns”
(04UTDespFederQ5);
Outras modalidades com
percentagens relevantes de
prática nos clubes: hóquei
em patins (6,88%) atletismo
(6,27%), ginástica (6,63%),
futsal (5,67%), basquetebol
(5,41%) e o ténis (3%);
O futebol, com exceção
União das Freguesias de
Dois Portos e Runa, é
proporcionado em todas as
freguesias;
O atletismo é a segunda
modalidade com maior
distribuição geográfica da
da Várzea” (59,2%) e o
programa “Night Run”
(54,7%) são os que têm
maior notoriedade.
O golfe e o atletismo, na
especialidade de trail
running, foram
modalidades indicadas
com interesse em
estabelecer protocolos
para estarem presentes
em escolas das diferentes
freguesias (9-
11UTFregInterQ5).
ZERO poluição.
Apontando para um
papel regulador da CM,
expressaram que
“…existe muita falta de
legislação que regule a
forma que os operadores
trabalhem de forma justa
estabelecendo regras.”
(18UTDespMarQ3);
As empresas orientadas
para o turismo têm
principalmente uma
perspetiva de
entretenimento, para
turistas, que leva “…a
uma anarquia nas praias
e na prática.”
(19UTDespMarQ3);
È necessário pensar nos
dois vetores das
modalidades que são a
formação de base e a
parte turística.”
(1UTDespMarQ5);
Associar o surf ao estilo
de vida saudável e
enfatizando todos os
benefícios que a prática
do mesmo traz à saúde e
bem-estar das pessoas
(24UTDespMarQ5);
Melhorar a formação de
treinadores e o controlo
da atividade profissional,
pelas cédulas de
treinador, considerando
que as escolas/empresas
de surf fazem pouca
autorregulação (28-
“maior colaboração dos
ginásios com a CMTV
para a introdução de
atividades desportivas
em aldeias sem oferta de
prática desportiva…”,
possibilidade de
desenvolvimento do
programa "Diabetes em
Movimento" (1-
3UTGinQ5);
Integração dos ginásios
nas aulas de desporto
sénior (4-5UTGinQ5);
Criação de eventos e
atividades desportivas
que sejam inclusivas
(2UTGinQ5); sessões de
demonstração das
atividades de ginásio nas
aldeias (9UTGinQ5);
Criar uma Convenção de
ginásios, …em que
demonstravam as suas
atividades…e de livre
acesso à população (7-
8UTGinQ5);
Levar, no dia da criança,
as crianças do concelho
a visitar os ginásios e ter
aulas de demonstração
de várias atividades
(10UTGinQ5);
Levar também as pessoas
seniores do concelho aos
ginásios (11UTGinQ5);
Interesse de cooperação
com empresas do
concelho;
de Torres, foram as
principais sugestões
apontadas (1-
7UTFregLitorQ5);
O PETS aborda a
perspetiva de
desenvolvimento do
turismo desportivo, tendo
como referência a prática
equestre, o futebol e, na
Medida 3.2 - Eixo Sol e
Mar -, é proposto o
“desenvolvimento de
roteiro e sinalética para a
prática de desportos de
deslize; e a criação do
percurso pedestre
“Moinhos do Litoral”. Na
Medida 4.4, Turismo
Natureza, intensificaram
a necessidade de: i)
salvaguarda dos recursos
naturais do concelho; ii)
Dinamização de
atividades de Turismo
Ativo e Desporto
Natureza, para a prática
de: stand up paddle,
kitesurf, surf, bodyboard,
kitesurf, skimboard,
kayaksurf, etc;
Na Medida 4.4, Turismo
Natureza, construção de
rede de trilhos e
caminhos florestais e
agrícolas, sugerem
ofertas relacionadas com:
btt, downhill, ori-btt,
passeios de bicicleta,
hipismo e passeios a
cavalo, birdwatching,
golf, parapente, asa-
delta e saltos de
paraquedas.
manutenção”, seis (6)
novos espaços;
As IDBF representam o
segundo maior esforço
de construção, catorze
(14) novas instalações:
“grandes campos
relvado”, com mais oito
(8) campos e a
construção de três (3)
“polidesportivos
cobertos”.
Pelos critérios de
projeção de ID, com
base na dimensão da
população, poder-se-á
aprofundar a
necessidade de: um
grande campo de jogos
na União das Freguesias
do Maxial e Monte
Redondo; pavilhão ou
sala de desporto na
Ponte de Rol, Ramalhal
e Ventosa; pista de
atletismo na Silveira e
nas freguesias de São
Pedro da Cadeira,
Silveira e Ventosa a
possibilidade de
existência de piscinas
cobertas.
sensibilização, incentivar,
motivar, atividades,
eventos com 20,8% das
referências;
É necessária uma maior
preocupação com o
aumento dos praticantes,
diversificação da oferta e
melhor exploração dos
espaços verdes para a
prática desportiva,
sugerindo a “criação de
um grupo de trabalho
entre os vários clubes e a
CMTV para em conjunto
conseguirem resolver os
problemas comuns”
(04UTDespFederQ5);
Grande crescimento de
espaços naturais e de
instalações desportivas,
que permitiram a
generalização da prática
desportiva
(25UTFregCentroQ1);
TV não tem expressão no
surf, tem potencial que
deve ser explorado, não
está a ser aproveitado
(26UTFregCentroQ1);
Recomendação para que
a CM hierarquize os
apoios, não apoiando
todas as modalidades da
mesma forma, deve ter
uma estratégia e dirigir-
se mais a certas
modalidades
(2UTFregCentroQ3);
Propostas para que a CM
crie um grupo de
exemplo de
“empreendedorismo
associativo”, ao nível do
futebol, no setor masculino
feminino, do atletismo e no
apoio proporcionado aos
jovens da freguesia (1-
5UTFregLitorQ1);
Dinamização associativa
realizada na freguesia da
Freiria, na cedência de
instalações e na oferta de
atividades para as crianças
(6-7UTFregLitorQ1);
A “existência de uma
associação que permite a
prática do surf em Santa
Cruz (…) tem tido cada vez
mais miúdos a praticar
(16UTFregLitorQ1);
Transmitiram uma perceção
sobre o aumento dos
praticantes de surf,
“…expansão do surf atraindo
cada vez mais
praticantes…”, e o
“…aproveitamento da
localização junto da costa
para fomentar a prática do
surf…” (10-
11UTFregLitorQ1);
Identificam um crescimento
do desporto feminino no
concelho, referindo que é
necessária maior atenção e
estimulo
(13UTFregCentroQ1).
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
258
prática, em seis freguesias;
Na atividade física não
federada, com atividades
regulares, na época 2017/
2018, foram identificadas
235 atividades, segundo os
registos da CMTV. A
natação com 51% das
atividades; o fitness com
14%; e a ginástica com 7%
foram as modalidades com
mais atividades. Registe-se
na atividade física para
pessoas com deficiência 4%
das atividades,
percentagem idêntica à das
atividades do futebol/
futsal;
Na atividade dos clubes, foi
identificada a oferta de 54
modalidades desportivas
diferentes no concelho e 39
clubes que disponibilizaram
essas modalidades, nos
últimos 6 anos, e com
intervenção principal na
formação de praticantes;
31UTDespMarQ4). Os ginásios
demonstraram Interesse
de cooperação com
clubes, nas seguintes
áreas: eventos,
reabilitação, prevenção
de lesões e melhoria da
capacidade física.
trabalho, com os
clubes/treinadores, para
discutir o
desenvolvimento de cada
modalidade;
(5UTFregCentroQ3);
Existem núcleos do
desporto sénior nas
freguesias e AEC nas
escolas das freguesias;
Atribuímos 300€ / ano a
cada clube que pretenda
desenvolver atividade
física para um grupo
superior a 10 pessoas
(InqEntB);
Cerca de 50 clubes
candidataram-se aos
apoios 2018, muitos deles
das freguesias não
urbanas (InqEntB);
Constata-se que os
programas estão em
coerência com os
objetivos e as orientações
de desenvolvimento do
desporto para o
concelho, pelos
objetivos, destinatários,
áreas e tipos de apoio;
Reconhece-se que os
“contratos-programa de
desenvolvimento
desportivo”, a
“construção de
instalações desportivas”
e as “atividades e
programas desportivos”
têm merecido os
principais esforços da
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
259
CMTV.
As sugestões indicadas
pelos jovens para
melhorar atividade física
e desportiva foram: (1) as
infraestruturas:
construção, melhoria,
mais espaços verdes, (…)
aparelhos, instalações
desportivas; (2) a oferta
de mais atividades, na
escola, ao ar livre, na
pista, eventos (…), e; (3)
a divulgação:
comunicação, incentivar,
motivar;
A CMTV com um papel de
estimulador,
incentivando os clubes a
oferecer atividades que
não sejam só a
competição federada
(16UTFregCentroQ5).
Hoje, no concelho de
Torres Vedras, qualquer
pessoa que queira fazer
atividade física, consegue
fazer sem gastar dinheiro
(InqEntB).
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio
260
4 Principais ameaças do sistema desportivo concelhio
Assumiu-se como ameaças os fatores do ambiente, geral e transacional, que
podem condicionar negativamente o sistema desportivo local. Desta forma, optou-
se por utilizar os indicadores de cada uma das dimensões que indiciassem aspetos
negativos que possam influenciar o sistema desportivo local.
É apontada uma diminuição do número de praticantes, identificada pela
redução do número de alunos nas escolas. No desporto federado, nos clubes, existe
dificuldade em constituir equipas nos desportos coletivos.
De acordo com as Estimativas Anuais da População Residente, em 2017,
viviam em TV 78.518 pessoas, 20% até 19 anos (15.522). O índice de
envelhecimento é de 146 idosos por cada 100 jovens, para o país este valor é de
153,2.
O ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem, relativo ao
ano de 2016, foi, em TV, de 954,1€, na sub-região do Oeste de 830,1€ e em
Portugal de 1.105,6€.
Identificaram um baixo interesse da população para a atividade física. Os
obstáculos principais para existir mais atividade física e desportiva entre a
população foram: (1) a inércia/ motivação das pessoas: falta de interesse,
motivação, falta de tempo, não gostam; (2) as deslocações, distâncias e o tempo
entre o trabalho / escola e a prática, os horários escolares/ transportes; e (3) as
instalações desportivas públicas, nas aldeias, piscinas municipais, espaços verdes
ao ar livre para a prática desportiva, ciclovias.
As despesas de capital para a construção e manutenção de recintos (salas e
pavilhões cobertos) e construção de outros equipamentos desportivos não tem
valores atribuídos nas contas do município desde 2016 (INE, 2018). Os
polidesportivos muito antigos e as condições dos balneários e instalações de apoio
mereceram também apreciações, quanto à sua qualidade e funcionalidade,
enquanto limitações para a prática da atividade desportiva.
Há o reconhecimento que “a CMTV tem feito o possível para desenvolver o
desporto no concelho, mas é necessário mais apoio “…para não deixar morrer os
pequenos e débeis clubes das freguesias, é preciso dar mais vida às aldeias”.
Apontaram a perda de vitalidade do associativismo nas zonas mais rurais. É
necessário maior apoio da CM na periferia, existem ID na periferia com reduzida
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
261
ocupação, está tudo concentrado na cidade. Referiram que existe “centralização
da prática desportiva, os jovens não têm escolha, vêm para TV e o interior tem
dificuldade em oferecer”.
Dirigentes voluntários disponibilizam menos tempo, há um menor número de
pessoas para se dedicarem aos clubes. Faltam técnicos, com qualificações, e
dirigentes com formação apropriada.
Relativamente à oferta de atividades para a população adulta entre os 30 e
os 50 anos, foram mencionadas as reduzidas ofertas para além do escalão de
sénior, após o término da prática de competição federada. Identificou-se que o
segmento dos adultos entre os 30-50 anos não é um alvo principal para a
intervenção direta da CMTV. Também para pessoas portadoras de deficiência e
para respostas ao desporto feminino é necessária maior intervenção.
Expressaram referências que “…deve-se fazer mais ao nível do desporto no
pré-escolar e no primeiro ciclo porque é a base.” e que as “… AEC podiam ser
muito mais potencializadas”.
Cerca de metade da população (49,3%) afirmou não ter conhecimento da
existência de qualquer programa de promoção do desporto ou da atividade física no
concelho. Destacaram a necessidade de aumentar as formas de promoção da
prática desportiva e aproveitamento das condições naturais do concelho. Registe-se
que no último ano 44,8% da população de Torres Vedras afirmou que nunca assistiu
a espetáculos desportivos ao vivo.
Destacaram que na zona de Santa Cruz não se verifica um aumento dos
praticantes locais de atividades de desportos de mar; o “…crescimento é da parte
de praticantes turistas mas não de praticantes regionais.”. As condições do mar em
Santa Cruz, “…nem sempre são as melhores para quem está a começar a praticar as
modalidades.”, há a perceção que “… as modalidades de mar são vistas como
modalidades difíceis de praticar o que pode impedir o aparecimento de novos
praticantes.”. No entanto, o reduzido número de habitantes, a oferta de
habitação, as condições de acesso e de diversão, são outros elementos
considerados como ameaças ao desenvolvimento das atividades de mar.
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio
262
Tabela 132 – Principais ameaças do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação e cada dimensão em análise.
Desporto Federado/ Clubes
Desporto na Escola Desportos de mar Ginásios
Desporto de Natureza
Instalações desportivas
CM Torres Vedras Juntas de Freguesia – Centro/ Interior/
Litoral
Dificuldade dos clubes em
constituírem as equipas
ao nível da formação por
haver um decréscimo de
praticantes
(18UTFregCentroQ4);
Acresce que muitos
deixam a prática quando
vão para a universidade
(18UTFregCentroQ4);
Relativamente ao número
de praticantes e à
atividade desportiva, para
a população acima dos 30
anos, foram mencionadas
as reduzidas ofertas para
além da categoria de
sénior, após o término da
prática de competição
federada
(21UTFregCentroQ4);
“não existe continuidade
da prática por parte do
jovem que faz toda a
formação numa
modalidade, mas depois
chega aos 18 anos e com a
universidade ou
introdução no mundo do
trabalho deixa de
praticar” (20-
23UTFregCentroQ4);
Dirigentes voluntários em
disponibilizarem tempo, e
o menor número de
As ideias expressam que
“…deve-se fazer mais ao
nível do desporto no pré-
escolar e no primeiro ciclo
porque é a base.”
(1,2UTFregCentroQ5);
“…As AEC podiam ser
muito mais
potencializadas”
(3,4UTFregCentroQ5).
“na zona de Santa Cruz
não se verifica um
crescendo de praticantes
de atividades de
desportos de mar”; o
“…crescimento é da parte
de praticantes turistas
mas não de praticantes
regionais.”;
As condições do mar em
Santa Cruz, “…nem
sempre são as melhores
para quem está a começar
a praticar as
modalidades.” (1-
5UTDespMarQ4), com a
perceção que “… as
modalidades de mar são
vistas como modalidades
difíceis de praticar o que
pode impedir o
aparecimento de novos
praticantes.”
(3UTDespMarQ4);
“… culturalmente os
portugueses olham para o
mar com desconfiança e
como um perigo.”
(6UTDespMarQ4);
Limitações à promoção de
Santa Cruz como destino
de surf em dois períodos
destintos: o período fora
da época balnear e o de
época balnear. No
primeiro caso, “existem
muitas barreiras (…)
Baixo interesse da
população para a
atividade física.
Legislação, que parece
ambígua na exigência de
licenças para pequenos
passeios de 20 a 30
pessoas em percursos no
campo que não passem
por estradas públicas (23-
24UTFregLitorQ4) entre
clubes.
Formas de promoção da
prática desportiva e
aproveitamento das
condições naturais do
concelho, em 21 UT.
Os polidesportivos
muito antigos e as
condições dos
balneários e
instalações de apoio
mereceram também
apreciações enquanto
limitações para a
prática da atividade
desportiva (12,13
UTFregInterQ4).
Uma parte da
população (22,8%)
referiu realizar a
prática desportiva em
instalações desportivas
/ espaços naturais fora
do concelho;
É necessário investir
em infraestruturas e
mais espaços verdes
para treinos outdoor.
As despesas de capital,
para a construção e
manutenção de
recintos (salas e
pavilhões cobertos) e
construção de outros
equipamentos
desportivos, não tem
valores atribuídos nas
contas do município
desde 2016 (INE, 2018).
Das Estimativas Anuais da População Residente, em 2017, viviam em TV 78.518 pessoas, 20% até19 anos;
O índice de envelhecimento é de 146 idosos por cada 100
jovens;
Em TV, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem, relativo ao ano de 2016, foi de 954,1€, em Portugal de 1.105,6€.
Cerca de metade da
população (49,3%) afirmou
não ter conhecimento da
existência de qualquer
programa de promoção do
desporto ou da atividade
física no concelho;
Mais de um quarto da
população (27,6%) não tem
posição e não consegue
avaliar o desempenho da das
entidades públicas - Câmara
Municipal e da Junta de
Freguesia - no que respeita à
atividade física e desporto;
No último ano, 44,8% da
população de Torres Vedras
afirmou que nunca assistiu a
espetáculos desportivos ao
vivo;
Há “… falta de oferta
desportiva para a faixa
etária a partir dos 35 anos
Há redução do n.º de
praticantes, devido à redução
do n.º de alunos nas escolas,
existe dificuldade em
constituir equipas - falta de
procura. É necessário maior
apoio da CM na periferia,
existem ID na periferia com
reduzida ocupação, está tudo
concentrado na cidade…;
(12UTFregCentroQ1);
Não existe público para as
atividades, a oferta é grande
mas a procura deve ser
estimulada
(11UTFregCentroQ1);
Não há oferta de atividades
desportivas para as pessoas
acimas dos 30 anos nos clubes
(16UTFregCentroQ1).
Falta de técnicos, com
qualificações, e de dirigentes
com formação apropriada, em
33% das UT;
Existe “centralização da
prática desportiva, os jovens
não têm escolha, vêm para TV
e o interior tem dificuldade
em oferecer”
(1UTFregInterQ1)
Reconheceram que “a CMTV
tem feito o possível para
desenvolver o desporto no
concelho, é necessário mais
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
263
pessoas, para se
dedicarem aos clubes, em
28% das UT.
A necessidade de se
intervir junto dos pais dos
atletas.
infraestruturas de apoio à
praia fora da época
balnear, a distância de
Santa Cruz a Torres
Vedras, o reduzido
número de habitantes,
especialmente de
crianças, dificuldades na
oferta de habitação,
ausência de pontos de
diversão noturna para os
jovens (15-
27UTDespMarQ4).
para cima”
(11UTDespEscolaQ4), tal
como para pessoas
portadoras de deficiência,
idosos (12-
13UTDespEscolaQ4), e
desporto feminino (14-
15UTDespEscolaQ4);
A maioria dos jovens, 58,2%,
afirmou não conhecer
qualquer programa de
promoção do desporto /
atividade física no concelho;
Os obstáculos principais para
existir mais atividade física e
desportiva entre a população
foram: (1) a inércia das
pessoas: falta de interesse,
motivação, falta de tempo,
não gostam; (2) as
deslocações, distâncias e o
tempo entre o trabalho /
escola e a prática, os
horários escolares /
transportes; e (3) as
instalações desportivas
públicas, nas aldeias,
piscinas municipais, espaços
verdes ao ar livre para a
prática desportiva, ciclovias;
Relativamente à oferta de
atividades para a população
adulta entre os 30 e os 50
anos, o segmento dos adultos
entre os 30-50 anos não é um
alvo principal.
apoio para não deixar morrer
os pequenos e débeis clubes
destas freguesias, é preciso
dar mais vida às aldeias”
(13UTFregInterQ1);
Apontaram a perda de
vitalidade do associativismo
nas zonas mais rurais…
(14UTFregInterQ1);
“Houve um aumento do
desporto sénior em detrimento
do desporto infantil nas
associações das freguesias do
interior” (17UTFregInterQ1);
Fraca colaboração entre clubes
e que o “… fórum das
Associações é uma boa ideia, é
preciso escolher uma boa data,
mas deve ser melhorado…”
(16,17UTFregLitorQ3);
Transmitiram a ideia que é
também necessário reforçar a
relação entre os clubes e as
escolas (18,19UTFregLitorQ3) e
entre as próprias freguesias
(20UTFregLitorQ3).
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio
264
II – Matriz de suporte à análise do sistema desportivo
Considerando a importância, a frequência e o volume das evidências, da fase
de diagnóstico, consideradas como oportunidades e ameaças do ambiente externo
e as forças e fraquezas do ambiente interno, efetuou-se a análise do sistema
desportivo concelhio através de uma matriz SWOT10, pela sua simplicidade de
demonstração e de entendimento, em que sistematizamos os indicadores com
apreciações médias mais elevadas, em cada uma das dimensões, possibilitando o
seu cruzamento e a partir daí constituir medidas orientadoras. Para melhorar a
análise apresenta-se, por cada fator (forças, fraquezas, ameaças e oportunidades),
uma síntese decorrente dos pontos anteriores, com as ideias-chave que se podem
inferir pelos indicadores obtidos. No cruzamento dos fatores procurou-se evidenciar
as implicações que decorrem da sua conjugação, conforme figura seguinte.
Tabela 133 – Esquema da matriz de análise utilizada.
10 Acrónimo de Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças) da matriz de análise proposta por Andrews, K., Christense R. & Learned, E. (1969). Business Policy, Text and Cases. USA: McGraw Hill ISBN B0006BWS9E
Forças – Síntese Fraquezas – Síntese
Oportunidades - Síntese
Implicações
Implicações
Ameaças - Síntese
Implicações Implicações
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio
265
Forças – Síntese Fraquezas – Síntese
Força 1. Prática desportiva entre os 10 e os 14 anos, a atividade do DE, a nível do grupo equipa/ externa, revela que a participação dos jovens do concelho é de 29,1%;
Força 2. Fora da escola, a prática de atividade física e desporto é realizada por 50,7% dos jovens e de uma forma organizada é realizada por 47,1% dos jovens;
Força 3. 55,2% dos jovens participa em competições. As que têm maior regularidade são as federadas, desenvolvem-se 1 a 2 x por semana para 38,9% dos jovens;
Força 4. Modalidades mais praticadas no grupo/ equipa de DE: voleibol e o badminton, sendo referidas por 23,2% e 13,4%. Em terceiro lugar, surge o ténis de mesa com 10,4%. Depois o futsal, golfe e atletismo e mais 6 modalidades com valores superiores a 2%: btt, andebol, desportos gímnicos, multiactividades de exploração da natureza, basquetebol e natação;
Força 5. Entre as raparigas, o voleibol (38,3%) e o badminton (13,4%) são as modalidades mais praticadas. Os rapazes praticam sobretudo o ténis de mesa (19,3%) e o futsal (16,9%);
Força 6. Existem quatro (4) equipas de desporto escolar federadas de voleibol feminino no concelho;
Força 7. Fora da escola as modalidade mais praticadas são: futebol (16,3%), natação (13,9%), danças/ ballet (12,2%), btt e ciclismo (8,1%), aulas de grupo/ fitness (6,0%), artes marciais e de combate (5,7%), futsal (4,3%), basquetebol (4,3%) e ginástica/ trampolins (5,7%);
Força 8. Prática desportiva regular da população entre os 15 e os 74 anos, nas últimas 4 semanas, abrangeu 41,1% dos inquiridos;
Força 9. As atividades físicas e desportivas mais praticadas, nas últimas 4 semanas, pela população acima dos 15 anos, são as atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida) para 22,4% da população, as atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop, musculação, step, etc.) para 21,1%, a natação e hidroginástica com 8,4%, seguindo-se o futebol, com 7,6%, o ciclismo/ cicloturismo/ btt, com 6,6% e o atletismo com 4,2%;
Força 10. O grau de afiliação no associativismo desportivo é de 36,4%;
Força 11. O enquadramento organizacional mais referenciado para praticar atividade física e desportiva são os clubes desportivos ou associações/ recreativas (24,7%) e os ginásios (24,1%);
Força 12. 77,2% dos indivíduos frequentou ou utilizou instalações desportivas/ espaços naturais no concelho para praticar alguma atividade física desportiva. Os locais mais referidos para realizar a prática de atividade física e desportiva são o meio natural (mar, rio, campo, montanha) e o parque ao ar livre (40,0%). O Parque Verde da Várzea
Fraqz. 1. 57,1% dos jovens afirmaram não participar em atividades físicas desportivas na escola (atividade interna e externa);
Fraqz. 2. 52,9% dos jovens afirmaram não participar em atividades desportivas fora da escola de uma forma organizada;
Fraqz. 3. 29,0% dos jovens não participa nas atividades do desporto escolar e também não pratica atividade física e desportiva fora da escola;
Fraqz. 4. A regularidade da prática na atividade interna, no DE, é reduzida, 65,5% dos jovens (28,1% dos praticantes) realizam a prática na atividade interna 2 a 3 x por período escolar ou menos;
Fraqz. 5. As competições na forma de campeonatos municipais, ou provas desportivas municipais, apresentam uma regularidade, em 24,6% dos casos, entre 1 a 2 vezes por semana e 38,6% realizam-se menos de uma vez por mês;
Fraqz. 6. É necessária maior sensibilização para a prática da atividade física;
Fraqz. 7. As mulheres evidenciaram praticar atividade física e desportiva com menor frequência (15,2%) num parque, ao ar livre e num clube desportivo/ associação (21,4%). A taxa de feminização no desporto federado de 21,9%;
Fraqz. 8. A prática desportiva é reduzida nos segmentos de indivíduos com habilitações literárias ao nível do 9.º ano completo ou menos (37,1%), relativamente aos indivíduos titulares de formação superior;
Fraqz. 9. A prática de desporto federado, com exceção do futebol, é reduzida fora das freguesias da cidade;
Fraqz. 10. Há o entendimento que o desporto sénior tem mais resposta à procura que as atividades para jovens, nas freguesias;
Fraqz. 11. A partir dos 50 anos há um decréscimo acentuado da prática de atividade desportiva;
Fraqz. 12. Nas freguesias denominadas não urbanas a taxa de afiliação em clubes desportivos é reduzida face às áreas urbanas;
Fraqz. 13. A regularidade na prática é superior nas freguesias urbanas, 24,8% pratica mais de 3 a 4 vezes por semana, enquanto nas freguesias não urbanas o valor é de 16,5%;
Fraqz. 14. As instalações desportivas/ espaços naturais no concelho para a prática de atividades desportivas não foram utilizadas por 51,0% dos jovens;
Fraqz. 15. Para 39,5% dos jovens a frequência de utilização (desde Janeiro 2017) das instalações desportivas/ espaços naturais referidos para é reduzida – só nas férias e 1 x por mês;
Fraqz. 16. Uma parte da população (22,8%) referiu
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
266
(20,6%); Força 13. O nível de satisfação com as instalações
desportivas/ espaços naturais utilizados para a prática de atividades físicas e desportivas foi favorável para 82,1% dos inquiridos;
Força 14. As despesas/ investimentos do município de TV aumentaram de 2013 para 2017 em 44%. Na despesa que é comum nos cinco anos, despesas correntes em atividades desportivas, houve um diferencial no valor de aumento da despesa em 190%, respetivamente de 327.656,00€ para 951.853,00€;
Força 15. Santa Cruz ao nível dos desportos de mar e eventos tem tido um crescimento significativo de procura, o surf, bodyboard, o skimboard e a oferta de kitesurf;
Força 16. As três principais orientações da CMTV para o desporto: 1) proporcionar condições para a realização de atividade física em sentido amplo e não só no desporto especificamente, 2) “diversificar as modalidades desenvolvidas no concelho”; e 3) proporcionar “…apoio contínuo aos clubes”, são consentâneas com os instrumentos produzidos para as operacionalizar;
Força 17. A diversidade e intensidade de cooperação das entidades desportivas do concelho, principalmente com a CMTV, é elevada;
Força 18. Foi interpretada uma boa relação de apoio da CMTV aos clubes, através dos subsídios que proporciona;
Força 19. Os eventos como forma de promover a atividade física e as atividades dos ginásios foram considerados como relevantes;
Força 20. Foi considerada ainda, positivamente, a intervenção da CMTV na melhoria de instalações, nos novos campos de futebol, na pista de atletismo, na forma como são atribuídos os apoios camarários à formação. Ao nível de programas de promoção da atividade.
realizar a prática desportiva em instalações desportivas/ espaços naturais fora do concelho;
Fraqz. 17. A pista municipal de Atletismo Carlos Lopes foi referida como um espaço de prática com uma utilização reduzida (2,9%), em 11.º lugar;
Fraqz. 18. Os espaços exteriores das escolas, do primeiro ciclo, ao nível de recursos e da dimensão dos espaços, necessitam de ser melhorados. A falta de inspeção e apetrechamento de material desportivo nas escolas é também apontada como uma lacuna;
Fraqz. 19. As instalações desportivas (piscinas municipais, instalações desportivas públicas, espaços para a prática desportiva, manutenção, segurança, iluminação, etc.) foram o segundo obstáculo referido para justificar não existir mais atividade física e desportiva entre a população;
Fraqz. 20. A não existência de pavilhões desportivos ou outro tipo de recintos cobertos, as dificuldades de manutenção das instalações, disponibilidade de espaços verdes para a prática de atividades desportivas, e espaços para o ciclismo também foram consideradas limitações;
Fraqz. 21. Há pouca relação/ cooperação entre os clubes e as escolas;
Fraqz. 22. A falta de transportes nos clubes; Fraqz. 23. Os inquiridos reconheceram dificuldades na
formação e qualificação dos técnicos e na sua atração para os clubes.
Fraqz. 24. O BTT/ ciclismo/ cicloturismo, para maiores de 30 anos não tem estímulos, apesar de ter muitos praticantes principalmente a partir dos 30 anos;
Fraqz. 25. Os operadores de surf argumentam que a modalidade na região é vista como um desporto sazonal;
Fraqz. 26. A divulgação atempada dos eventos deverá ser melhorada;
Fraqz. 27. Falta de qualidade da sinalização dos percursos pedestres.
Oportunidades - Síntese Implicações Implicações
Oport. 1. O ambiente percecionado é de uma visão muito positiva do desporto em TV, muita gente a praticar desporto, em várias modalidades e a qualidade tem evoluído bastante;
Oport. 2. Para dois terços da população (65,4%) os clubes desportivos e outras entidades locais oferecem numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas;
Oport. 3. O desempenho da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de residência, para 54,5% dos indivíduos é favorável, consideraram que estão a fazer o suficiente pela população relativamente à
I. Valorizar a perceção positiva sobre a atividade física e desportiva do concelho. Potenciar a relação
de confiança e cooperação entre os vários parceiros do sistema desportivo (Oport. 1; 2, 3 e 7 – Força 14, 16, 17, 18 e 20);
II. Consolidar a orientação de desenvolvimento desportivo em curso (Oport. 4, 5 – Força 8, 14, 16 e
20);
III. Melhorar a coordenação das atividades promovidas pelos vários promotores (Oport. 8, 13,
17 – Força 11 e 17);
VI. Ponderar a criação de formas de divulgação/ promoção do benefício da atividade física e do desporto selecionando grupos alvo específicos, nomeadamente jovens do sexo feminino, pessoas portadoras de deficiência, jovens na escola, mulheres dos meios rurais, população sénior (Oport. 1,14, 20, 23 – Fraqz. 1, 2,3, 4,6,7);
VII. Programas assistidos de desenvolvimento desporto: atletismo, surf (Oport. 12, 20, 21 – Fraqz. 17,25);
VIII. Refletir sobre os estímulos para melhor decentralização de programas/ atividades pelas freguesias (Oport. 26, 20, 21 – Fraqz. 8,9,10,11,12 e 13);
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
267
atividade física e desporto; Oport. 4. Os programas promovidos pela CMTV estão
em coerência com os objetivos e as orientações de desenvolvimento do desporto para o concelho, pelos objetivos, destinatários, áreas e tipos de apoio;
Oport. 5. Os “contratos-programa de desenvolvimento desportivo”, a “construção de instalações desportivas” e as “atividades e programas desportivos” têm merecido os principais esforços da CMTV;
Oport. 6. Foram efetuadas várias referências para que a CMTV assuma um papel de mediadora nas relações entre as escolas e associações;
Oport. 7. Dos 41,8% dos jovens que afirmaram conhecer programas de promoção do desporto ou da atividade física no concelho, os “Campeonatos Municipais de Atletismo e Futebol” (63,8%), seguido do “Programa Mexa-se - Aulas no Parque Verde da Várzea” (59,2%) e do programa “Night Run” (54,7%) são os que têm maior notoriedade. Com níveis de notoriedade mais reduzidos: “Diabetes em Movimento” (24,3%), “No Domingo a Rua é Nossa“ (25,7%);
Oport. 8. Metade dos jovens perceciona que no concelho existem numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas (50,6%);
Oport. 9. Os jovens também consideram, 49,4% de concordância, que é necessária melhor coordenação entre as atividades desportivas da escola e dos clubes desportivos (49,4% de concordância);
Oport. 10. Os inquiridos consideraram que o investimento no desporto deve no desenvolvimento da prática desportiva regular, orientado para que mais pessoas pratiquem desporto, diversificação da oferta e melhor exploração dos espaços verdes para a prática;
Oport. 11. Na atividade dos clubes, foi identificada a oferta de 54 modalidades desportivas diferentes e 39 clubes que as disponibilizam, nos últimos 6 anos, com intervenção principal na formação;
Oport. 12. Para além do futebol, seis modalidades com percentagens proporcionalmente mais relevantes de prática nos clubes: hóquei em patins (6,88%) atletismo (6,27%), ginástica (6,63%), futsal (5,67%), basquetebol (5,41%) e o ténis (3%). O futebol, com exceção União das Freguesias de Dois
IV. Fortalecer as interações entre as entidades (escola, clubes/ associações, ginásios, juntas de freguesia e outros operadores que promovem as mesmas modalidades desportivas (Oport. 9, 10, 11,12, 14, 20, 17 – Força 4,7,9 e 10);
V. Melhorar as condições de utilização das IDBR existentes e efetuar a sua adequação às necessidades da procura especificamente nos espaços verdes/ parques/ circuitos de manutenção (Oport. 24 e 25 – Força 12 e 13).
IX. Perspetivar a melhoria das ID e o aumento de utilização das existentes. Reforçar o concelho com instalações desportivas específicas, para práticas formais e informais (Oport. 20,23, 24 e 25 – Fraqz. 14,15,16, 17, 18);
X. Melhorar os canais de comunicação e divulgação dos eventos e das iniciativas realizadas no concelho pelos diferentes promotores (Oport. 18,19 e 20 – Fraqz. 26);
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
268
Portos e Runa, é proporcionado em todas as freguesias;
Oport. 13. Intenção de prática futura, modalidades preferidas dos jovens: basquetebol, 10,5%, danças/ ballet (8,9%), futebol (7,6%), ginástica/ trampolins (6,8%), voleibol (6,2%), natação (5,9%), karaté/ artes marciais (5,4%) e surf/ bodyboard (5,4%), todas estas modalidades têm oferta no concelho.
Oport. 14. O atletismo é a segunda modalidade com maior distribuição geográfica da prática, em seis freguesias;
Oport. 15. A relação entre os diferentes clubes do concelho;
Oport. 16. Na atividade física não federada, com atividades regulares, a natação com 51% das atividades; o fitness com 14%; e a ginástica com 7% foram as modalidades com mais atividades. Registe-se na atividade física para pessoas com deficiência 4% das atividades;
Oport. 17. Realizar formação para os agentes desportivas locais, de treinadores e de outros recursos humanos do desporto (árbitros, dirigentes e pais) e atração de mais técnicos qualificados;
Oport. 18. Melhorar a informação sobre desporto para a população, no sítio na internet da CM TV, foi colocada como evidência pelos inquiridos;
Oport. 19. Haver maior promoção do desporto em geral, por parte da CMTV e das Juntas de Freguesia. Cada sede de freguesia devia dinamizar atividades para servir de descentralização e assim evitar que a maioria da prática tenha de ser na cidade de TV;
Oport. 20. Os ginásios demonstraram interesse de cooperação com clubes, nos eventos, reabilitação, prevenção de lesões e melhoria da capacidade física dos atletas. Possibilidade de continuarem e aprofundarem as iniciativas de promoção da atividade física, para diferentes escalões e em diferentes freguesias;
Oport. 21. O concelho de TV tem 10 praias, ou seja 23% das 44 praias do país, consideradas de ZERO poluição;
Oport. 22. Nos eventos: o Santa Cruz Ocean Spirit e uma prova anual internacional de skimboard, são eventos de referência para a promoção do surf;
Oport. 23. A constituição da associação Sealand permite desenvolver a formação de praticantes de surf, para além dos operadores
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
269
comerciais; Oport. 24. Um “projeto pioneiro em Portugal
que possibilita a prática do surf a alunos do primeiro ciclo”;
Oport. 25. Associado ao turismo natureza, a possibilidade de construção de rede de trilhos, caminhos florestais e agrícolas, sugerem ofertas de diversas atividades;
Oport. 26. As instalações desportivas/ espaços naturais do concelho mais frequentadas foram os “Parques Verdes das Freguesias/ Circuitos de manutenção” referidos por 23,9% dos jovens, a “Física de Torres Vedras” (12,4%) e os “Ginásios” e “Praia/ Mar”, ambos com 10,6%;
Oport. 27. A construção/ melhoria, de mais espaços verdes, parques para praticar ao ar livre, ciclovias, mais aparelhos, com 27,5% das referências, foi a primeira sugestão indicada para melhorar atividade física e desportiva;
Oport. 28. Pelos critérios de projeção de ID, com base na dimensão da população, poder-se-á aprofundar a necessidade de um grande campo de jogos; pavilhão ou sala de desporto; pista de atletismo e a possibilidade de existência de piscinas cobertas.
Ameaças - Síntese Implicações Implicações
Ameaça 1. Diminuição do número de praticantes nos escalões de formação;
Ameaça 2. N.º de jovens até 19 anos (15522) representa 20% da população (para os dados nacionais o valor é de 19% (PORDATA (2018), no ano de 2014 residiam 16001 jovens;
Ameaça 3. O índice de envelhecimento é de 146 idosos por cada 100 jovens, para o país este valor é de 153,2;
Ameaça 4. Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem, relativo ao ano de 2016, foi, em TV, de 954,1€;
Ameaça 5. O interesse da população pela atividade física e desporto. Principais obstáculos: (1) a inércia/ motivação das pessoas (falta de interesse, motivação, falta de tempo, não gostam); (2) as deslocações, distâncias e o tempo entre o trabalho/ escola e a prática, os horários escolares/ transportes; e (3) as instalações desportivas públicas;
Ameaça 6. As despesas de capital para a
XI. Remover os fatores que condicionam negativamente o interesse das pessoas pela atividade física e desportiva (Ameaça 5 – Força 8);
XII. Reforçar o papel do dirigente desportivo voluntário (Ameaça 8, 9 e 10 – Força 10 e 11);
XIII. Melhorar o conhecimento e a comunicação das atividades e dos eventos desportivos. Utilizar os
meios de comunicação disponíveis para melhorar a interação com os potenciais praticantes e restante população (Ameaça 15 e 16 – Força 19);
XIV. Perspetivar o desenvolvimento do surf e das atividades de mar (Ameaça 17 e 18 – Força 15);
XV. Intensificar as condições de utilização dos espaços naturais (Ameaça 13 – Força 9 e 12).
XVI. Ser mais eficiente na atração de potenciais novos praticantes. Constituir ações de captação com melhores
resultados (Ameaça 1, 2 e 3 – Fraqz. 1, 2, 3, 4, 5 e 6);
XVII. Rejuvenescer os papéis de dirigente. Ter mais jovens nas direções dos clubes (Ameaça 8, 9 e 10 –
Fraqz. 9 e 10);
XVIII. Ajustar ofertas de modalidades à população potencialmente interessada, exemplo do BTT/
ciclismo/ cicloturismo (Ameaça 13 – Fraqz. 24);
XIX. Melhorar as ID das escolas de 1.º ciclo e do ensino pré-escolar (Ameaça 14 – Fraqz. 18);
XX. Reforçar a formação e qualificação dos recursos humanos do sistema desportivo concelhio (Ameaça 12 –
Fraqz.23).
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
270
construção e manutenção de recintos (salas e pavilhões cobertos) e construção de outros equipamentos desportivos, não tem valores atribuídos nas contas do município desde 2016 (INE, 2018);
Ameaça 7. Os polidesportivos muito antigos e as condições dos balneários e instalações de apoio;
Ameaça 8. Apoio aos clubes das freguesias rurais;
Ameaça 9. Perda de vitalidade do associativismo nas zonas mais rurais;
Ameaça 10. Centralização da prática desportiva federada na sede de concelho;
Ameaça 11. Dirigentes voluntários disponibilizam menos tempo, há um menor número de pessoas para se dedicarem aos clubes;
Ameaça 12. Faltam técnicos, com qualificações, e dirigentes com formação apropriada;
Ameaça 13. Oferta de atividades para a população adulta entre os 30 e os 50 anos;
Ameaça 14. Atividade física e desportiva no pré-escolar e no primeiro ciclo;
Ameaça 15. Cerca de metade da população (49,3%) afirmou não ter conhecimento da existência de qualquer programa de promoção do desporto ou da atividade física no concelho;
Ameaça 16. 44,8% da população de Torres Vedras afirmou que nunca assistiu a espetáculos desportivos ao vivo;
Ameaça 17. Número de praticantes de surf residentes no concelho;
Ameaça 18. A perceção que as modalidades de mar são vistas como modalidades difíceis de praticar o que pode impedir o aparecimento de novos praticantes.
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio
271
Da análise efetuada, a partir das evidências encontradas e das ilações realizadas,
podemos tecer as seguintes apreciações:
O sistema desportivo concelhio é caracterizado por um ambiente bastante
positivo, no qual, na globalidade, os parceiros reconhecem a intervenção realizada pela
CMTV na área do desporto e da atividade física. Como tal, importa valorizar esta
avaliação e reforçar a relação de confiança e cooperação entre os vários parceiros do
sistema desportivo concelhio. Forçosamente os resultados obtidos, no comparativo com
indicadores nacionais, levam a esta assunção de posicionamento.
Há uma deliberada intencionalidade de opções de desenvolvimento desportivo,
concebida e operacionalizada há vários anos, que está consignada em objetivos, em
instrumentos, com estímulos financeiros congruentes para vários sectores, em
programas, atividades, eventos e numa adequação estrutural no funcionamento da
própria CM, com a constituição da Divisão de Divisão de Educação e Atividade Física.
Desta forma, as escolhas estratégicas a realizar devem permitir consolidar a orientação
de desenvolvimento desportivo em curso.
Pese o facto dos resultados, ao nível da prática de desporto e de atividade, física
serem positivos, no comparativo disponível em termos nacionais, é necessário uma maior
atração de pessoas, ter mais pessoas a praticar, com maior frequência, regularidade e
intensidade, de acordo com as recomendações internacionais de referência,
nomeadamente a OMS. Ser mais eficiente na atração de potenciais novos praticantes.
Constituir ações de captação com melhores resultados.
A oferta de modalidades no concelho é elevada, das principais modalidades
praticadas nem todas têm resposta ao nível da competição escolar, federada e de lazer.
A possibilidade de constituir ofertas integradas, para que verticalmente as crianças, os
jovens e os adultos possam ter possibilidade de participação em vários níveis de
competição é desejável, do ponto de vista motivacional, e eficiente no aproveitamento
dos investimentos realizados.
Importa aprofundar as interações entre as entidades (escola, clubes/ associações,
ginásios, juntas de freguesia e outros operadores) que promovem as mesmas
modalidades desportivas e melhorar a coordenação das atividades promovidas pelos
vários promotores, é condição essencial para a concretização do ponto anterior.
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
272
Dificuldade de articulação, cooperação e aproveitamento máximo dos recursos
existentes foram registadas é necessário colocar um efeito agregador e sinérgico no
funcionamento das diferentes entidades.
As partes interessadas inquiridas colocam a CMTV no papel de mediação,
coordenação e articulação do sistema desportivo. Porém, uma lógica de
desenvolvimento participativo, processo em as entidades parceiras e as pessoas têm um
papel ativo na identificação de soluções e na tomada de decisões que influenciam a vida
das organizações desportivas e a sua própria participação, poderá contribuir maior
eficiência dos resultados do modelo de política desportiva em vigor. Essencialmente
baseado em estimular, apoiar, cooperar e responsabilizar as entidades pela
operacionalização das suas atividades. No entanto, os estímulos e as orientações
proporcionadas, se não forem conjugadas com a intervenção dos parceiros, obrigam a
esforços muito elevados para se obterem resultados ou tornam-se mesmo um obstáculo à
sua concretização, a coordenação da atividade realizada pelas escolas, clubes e juntas
de freguesias é de relevante importância para melhorar o funcionamento do sistema
desportivo. De forma supletiva, a atividade dos ginásios e de outros promotores
privados, de natureza comercial, deve ser conjugada.
Ponderar a criação de novas formas de divulgação/ promoção do benefício da
atividade física e do desporto selecionando grupos alvo específicos, nomeadamente
jovens do sexo feminino, pessoas portadoras de deficiência, jovens na escola, mulheres
dos meios rurais, população sénior.
Melhorar os canais de comunicação dos eventos e das iniciativas realizadas no
concelho pelos diferentes promotores. Contribuir também, desta forma, para remover os
fatores que condicionam negativamente o interesse das pessoas pela atividade física e
desportiva. Reforçar o conhecimento e a comunicação das atividades e dos eventos
desportivos, aperfeiçoar a interação com os potenciais praticantes e restante população.
Identificaram-se algumas modalidades que, não sendo das mais praticadas,
podemos considerá-las como nichos, têm um conjunto de atributos (pelo seu impacto
transversal noutros setores, pelo seu peso nas tradições e hábitos culturais da população
ou pelo que instrumentalmente permitem atingir, para se chegarem a objetivos de
maior amplitude para promoção do desporto e da atividade física) que se devem
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
273
considerar como estimuladores do desporto e da atividade física. Neste caso, devem ser
constituídos planos, tecnicamente e financeiramente assistidos, de desenvolvimento
específico de algumas modalidades, são exemplos o ciclismo/ btt, atletismo, surf,
pedestrianismo/ caminhada, jogging, corrida (associando o desporto, o turismo e o
ambiente) que permitem uma prática para todas as faixa etárias, diferentes géneros,
diversos níveis de competição e participação e que possam ser operacionalizados por
vários parceiros.
Dever-se-á constituir estímulos para melhorar a decentralização de programas e
atividades pelas freguesias de forma a aumentar a oferta dirigidas às crianças, aos
jovens, nas fases de formação desportiva, e aos maiores de 30 anos para uma prática
desportiva ao longo da vida.
As condições de utilização das IDBR devem ser aprofundadas e efetuada a sua
adequação às necessidades da procura, especificamente para intensificar a utilização
dos espaços verdes/ parques/ circuitos de manutenção. Melhorar as condições para que
mais pessoas utilizem estes espaços e se preste um melhor serviço à população é, como
foi avaliado, um fator de atratividade para a prática.
Perspetivar a melhoria das ID e o aumento de utilização das existentes.
Reforçando o concelho com algumas instalações desportivas específicas, para práticas
formais e informais, e considerando que é necessário melhorar prioritariamente as ID
das escolas, do ensino pré-escolar, 1.º, 2º e 3º ciclo, reabilitar polidesportivos, e espaços
de acesso livre, para atividades de participação desportiva mais diversificada e de
compatibilização simultânea de utilizadores. As ID a serem intervencionadas, para além
do seu projeto de construção/ recuperação, devem ter associado um plano de promoção
desportiva com os parceiros responsáveis pelas atividades que aí se possam realizar. Por
exemplo, no caso da natação, e com aproveitamento para atividade de manutenção
como a hidroginástica, temos uma modalidade que tem grupos/ equipa no DE, é a
segunda modalidade mais praticada pelos jovens fora da escola, é a segunda modalidade
mais praticada pela população acima dos 15 anos e a que tem maior número de
atividade de forma regular na atividade desportiva não federada.
Ao nível dos recursos humanos, é necessário reforçar o papel do dirigente
desportivo voluntário, valorizar socialmente a sua intervenção, rejuvenescer as direções
associativas, atraindo mais jovens e mais mulheres para as direções dos clubes. Ao nível
Terceira Parte – Análise do sistema desportivo
274
da qualificação dos técnicos é necessário constituir ofertas adequadas às necessidades
locais e ter domínios/ temas que possam ser transversais à formação dos técnicos de
várias modalidades. Uma bolsa de técnicos e respetivas competências pode responder ao
problema da atração de treinadores e outros especialistas.
Quarta Parte – Conceção da estratégia
276
I – Conceção da estratégia e propostas de desenvolvimento
Face à análise realizada, à síntese dos principais fatores considerados como
condicionadores do desenvolvimento do desporto concelhio, importa definir o que
delimitamos como estratégia para o horizonte temporal previsto. Neste caso, o que
se escolhe como opções de desenvolvimento e como se fundamenta. Desta forma,
identificam-se as principais intenções e as finalidades gerais que se desejam
alcançar, o que se idealiza com o Plano Estratégico de Desenvolvimento do
Desporto de Torres Vedras, através da definição da visão, missão, principais
propósitos, valores e objetivos estratégicos. Do ponto de vista operacional,
sistematizam-se os eixos estratégicos de desenvolvimento, os fatores críticos de
sucesso - recomendações que transversalmente se julga facilitadoras da
operacionalização do plano, do controlo da sua execução e da possibilidade de
introdução de medidas corretivas -, e a identificação dos planos de ação.
Como Visão para o sistema desportivo, pretende-se que 1 em cada 2
munícipes de Torres Vedras pratiquem atividade física e desportiva em 2025, tendo
a Missão de proporcionar condições de acesso à prática de atividade física e de
desporto com qualidade no enquadramento técnico, adequadas ao interesse,
motivação e nível de prática do munícipe.
O principal Propósito é consolidar um sistema desportivo concelhio dinâmico,
propiciador do bem-estar físico, mental e social das pessoas, facilitador de níveis
de desempenho adequados às expectativas e motivações de evolução na prática de
atividade física e desporto, e que contribua para o envolvimento, coesão,
prosperidade e sustentabilidade da comunidade.
Os princípios orientadores são constituídos pelos seguintes Valores:
Igualdade, promover uma abordagem de desporto e atividade física para todos e
por todos, constituindo igualdade de oportunidades para acesso à participação,
assumindo que são necessárias algumas intervenções orientadas para superar as
desigualdades que podem ser sentidas por pessoas, comunidades ou grupos;
Cooperação, as parcerias e a colaboração podem fazer melhor utilização dos
recursos disponíveis, as relações intersectoriais de cooperação amplificam os
resultados; Inclusão, na promoção da tolerância, na aprendizagem de viver em
sociedade no respeito pelo outro, na colaboração, lealdade e amizade, associados
Quinta Parte – Planos de ação
277
ao fair play; Flexibilidade, constituir adaptações e ajustamentos às necessidades de
evolução de partes e setores do sistema desportivo; Ética, na preocupação de
estruturar as atividades de modo a não permitir a violência no desporto, dopagem,
racismo, xenofobia ou discriminação social; Baseado na evidência, realizar
apreciações, efetuar avaliações, controlar a execução e tomar decisões apoiadas
por pesquisa e por dados relevantes.
São propostos como Objetivos Estratégicos: Obj.Estr.1) Melhorar a
articulação do sistema desportivo local; Obj.Estr.2) Promover a generalização da
prática da atividade física e desportiva da população; Obj.Estr.3) Estimular o
desenvolvimento do tecido associativo desportivo; Obj.Estr.4) Promover a saúde e
a qualidade de vida; Obj.Estr.5) Valorizar as instalações desportivas e o espaço
público para a prática da atividade física e mobilidade ativa.
Os Eixos Estratégicos de intervenção são orientados para: EE1 - Prática
desportiva de competição/ federada; EE – 2 Atividade física não competitiva /
organizada; EE - 3 Atividade física não organizada; EE – 4 Desporto na escola; e EE -
5 Instalações desportivas e espaços públicos.
De forma transversal, constitui-se um conjunto de orientações, Fatores
Críticos de Sucesso, que se julgam facilitadoras da operacionalização do plano, do
controlo da sua execução e dos resultados a obter, centrados na organização de
eventos, na formação de recursos humanos, na comunicação, na cooperação e no
financiamento.
Por fim, tal como estruturado na figura seguinte, são propostos cinco (5)
Planos de Ação: PA1 - Governação do sistema desportivo local; PA2 -
Desenvolvimento da prática desportiva dos jovens em formação; PA3 - Promover a
generalização da prática de atividade física e do desporto na população adulta; PA4
- Estimular o tecido associativo desportivo e PA5 – Reabilitar as instalações
desportivas e espaços públicos para a prática de atividade física e de desporto.
Quinta Parte – Planos de ação
280
Planos de ação
PA1 – Governação do sistema desportivo local Descrição do plano Visa-se o aproveitamento máximo dos recursos disponíveis no concelho e a melhor oferta de condições para a prática desportiva formal e informal. A interação de várias organizações, públicas e privadas, com e sem fins lucrativos, com responsabilidades no estímulo, regulação e promoção da prática desportiva pode trazer melhores resultados através da coordenação e articulação dos seus recursos, esforços e das atividades que realizam, no âmbito das suas competências.
Objetivos específicos 1. Melhorar a coordenação das atividades promovidas pelos vários promotores
concelhios; 2. Fortalecer as interações entre as entidades (escola, clubes/ associações,
ginásios, juntas de freguesia e outros operadores que promovem as mesmas modalidades desportivas);
3. Constituir estruturas representativas dos agentes desportivos concelhios para recolha, tratamento e concertação de medidas de desenvolvimento desportivo para o concelho;
4. Constituir sistema de recolha de informações para resolver problemas operacionais, derivados da falta de comunicação;
5. Dinamizar a cooperação, para a oferta de atividades, através de parcerias com entidades públicas e privadas do sector da saúde, educação, juventude, ambiente e mobilidade urbana;
6. Melhorar a divulgação atempada dos eventos e restantes atividades; 7. Estabelecer parcerias entre as entidades, para o desenvolvimento das mesmas
modalidades desportivas nos diferentes subsistemas.
Relação com os objetivos estratégicos Obj. Estrat.1 - Melhorar a articulação do sistema desportivo local; Obj. Estrat.2 - Promover a generalização da prática da atividade física e desportiva da população; Obj. Estrat.3 - Estimular o desenvolvimento do tecido associativo desportivo; Obj. Estrat.4 - Promover a saúde e a qualidade de vida.
Evidências e justificação: 1. Foram efetuadas várias referências para que a CMTV assuma um papel de mediação nas relações entre as escolas e clubes, para colmatar dificuldades de articulação e
coordenação entre as escolas e os clubes; 2. Possibilidade de estabelecimento de parcerias entre os clubes e escolas para promoção das modalidades que simultaneamente são proporcionadas nos dois contextos; 3. Os níveis de cooperação entre instituições (município, escolas, juntas de freguesia, clubes, ginásios e outros promotores) podem ser melhorados e constituírem-se com
um instrumento de estruturante do sistema desportivo; 4. Interesse das escolas em parcerias com clubes para transportes, orientação, acompanhamento e preparação dos alunos-atletas; 5. Cooperação com o Desporto Escolar para melhorar a atividade interna e a relação com outras entidades do concelho; 6. Há pouca relação/ cooperação entre os clubes e as escolas; 7. Há o entendimento que o desporto sénior tem mais resposta à procura que as atividades para jovens nas freguesias não urbanas; 8. A regularidade da prática é superior nas freguesias urbanas, é preciso melhorar a oferta nas freguesias não urbanas; 9. Necessidade de maior promoção de atividades desportivas e recreativas para a população acima dos 30 anos e que já é proporcionada no concelho; 10. Na utilização de instalações, e na sua ocupação, foram efetuadas referências sobre: falta de coordenação e de estratégia entre os vários clubes do concelho 11. A falta de transportes nos clubes; 12. A divulgação atempada dos eventos deverá ser melhorada. Cerca de metade da população (49,3%) afirmou não ter conhecimento da existência de qualquer programa de
Quinta Parte – Planos de ação
281
promoção do desporto ou da atividade física no concelho 13. Os ginásios demonstraram interesse de cooperação com clubes, nos eventos, reabilitação, prevenção de lesões e melhoria da capacidade física dos atletas. Possibilidade
de continuarem e aprofundarem as iniciativas de promoção da atividade física, para diferentes escalões e em diferentes freguesias.
Alvo Dirigentes, proprietários e técnicos responsáveis pelas entidades promotoras do desporto e relacionadas com o desporto no concelho: clubes/ associações, ginásios, juntas de freguesia e outros operadores que promovem as modalidades desportivas e têm responsabilidades na promoção da saúde e bem estar da população.
Impacto nos eixos estratégicos*
Desporto na escola
Prática desportiva de competição / federada
Atividade física não competitiva / organizada
Atividade física não organizada
Instalações desportivas
*** *** *** * *
Atividades – o que fazer Resultados – o que se espera atingir
Indicadores – Como medir
Calendário
Ação 1 - Constituir o Fórum do Desenvolvimento do Desporto de Torres Vedras que integre elementos representantes do município, juntas de freguesia, agrupamentos escolares, clubes, ginásios e outras entidades locais interessadas no desenvolvimento do desporto. Servirá como estrutura concelhia para recolha, análise e avaliação da execução das medidas e ações do PEDDTV.
Assegurar o envolvimento e apoio dos líderes das organizações desportivas locais, instituições públicas e juntas de freguesia como condição essencial para o desenvolvimento e sustentabilidade das ações que integrem o PEDDTV. Fórum constituído. Alcançar o envolvimento e compromisso dos líderes locais para os resultados desportivos concelhios e para proporcionar ofertas desportivas ajustadas aos interesses da população;
Subscrição de compromisso de participação pelas entidades: com a ideia, o propósito, a missão e o regulamento interno de funcionamento do Fórum. Presença em reuniões. Número de ações realizadas pela cooperação e concertação entre as entidades que constituem o Fórum.
Ano Início Fim
2020
2021 1º Tri. 3º Tri.
2022
2023
2024
2025
Ação 2 – Instituir o Gabinete de Apoio aos Clubes Desportivos de Torres Vedras, destinado a elevar o desempenho dos clubes; para prestar consultoria e suporte a candidaturas de programas de financiamento, ao marketing, comunicação, atração de praticantes, organização de eventos, relação com os sócios, regulamentos de instalações desportivas, formação e outras ações de melhoria do funcionamento dos clubes.
Estabelecer relação com instituições de ensino superior, ensino profissional, IPDJ, IEFP e outras organizações que possam proporcionar apoio ao nível de recursos humanos, técnico, de I&D, estágios e programas de apoio financeiro. Apoiar e capacitar os clubes para que sejam do ponto de vista social, desportivo e económico, sustentáveis. Possibilidade de lançamento e arranque apoiado pela CMTV e, a médio prazo, possibilitar a sua autonomização, pela responsabilidade direta dos clubes.
Cumprimento da fase de lançamento e arranque do Gabinete. Gabinete instituído e em atividade. Número de colaboradores, a tempo integral e parcial, em atividade. Número e impacto das ações realizadas.
Ano Início Fim
2020
2021 3º Tri.
2022 1º Tri.
2023
2024
2025
Quinta Parte – Planos de ação
282
Ação 3 – Criar uma Equipa do Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável” que integre elementos da CMTV, centro de saúde, agrupamentos escolares, principais clubes e ginásios com o objetivo de ajustar as iniciativas existentes, a conceber e que constituirá o programa “chapéu” para a promoção da atividade física e do desporto e de combate ao sedentarismo dos vários segmentos da população do concelho.
Criar a equipa do Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável”. Possibilitar o desenho apropriado e a execução das ações que aumentem efetivamente os níveis de atividade física da população. Amplificar o impacto dos programas e das atividades em desenvolvimento pela CMTV com o apoio dos diferentes parceiros.
Número de parcerias intersectoriais, em funcionamento, que envolvam as áreas chave: desporto, saúde, educação, juventude, ambiente e mobilidade urbana. Reuniões da equipa realizadas; Obtenção de acordos quanto à adaptação das iniciativas existentes, a conceber, a desenvolver e avaliar.
Ano Início Fim
2020
2021 1º Tri. 2º Tri.
2022
2023
2024
2025
Ação 4 – Produzir vários e-book sobre normas e regulamentos municipais aplicáveis ao desporto predominantemente às principais atividades desenvolvidas pelos clubes e organizações comerciais. São exemplo licenciamento de atividades no espaço público, segurança de eventos desportivos, comunicação no espaço público.
Produzir livros/ brochuras/ fichas técnicas, em formato digital, com informação orientada e facilitadora da intervenção e dos diferentes interessados.
Número de elementos produzidos. Avaliação da utilidade e funcionalidade dos elementos produzidos.
Ano Início Fim
2020
2021 1º Tri.
2022 2º Tri.
2023
2024
2025
Ação 5 - Constituir o Portal do Desporto e da Atividade Física visando disponibilizar um espaço de comunicação entre o município e as organizações desportivas do concelho. Através do Portal as diferentes entidades (clubes, ginásios, escolas, juntas de freguesia, etc.) podem divulgar as suas iniciativas, e de forma coordenada, comunicar diretamente com o município, com as outras entidades, com os destinatários das suas atividades, e efetuar as suas candidaturas a programas de apoio municipais.
Conceber e produzir o Portal, micro site, associado à área da Atividade Física, já existente, no website da CMTV, contendo textos, imagens e vídeos de divulgação das iniciativas concelhias.
Número de entidades envolvidas; Número de elementos de comunicação produzidos e divulgados; Número de utilizadores e consultas; Avaliação da utilidade, funcionalidade e impacto da informação divulgada.
Ano Início Fim
2020
2021 1º Tri. 2º Tri.
2022
2023
2024
2025
Ação 6 – Estimular as experiências de prática, considerar nos critérios de apoio à realização de atividades/ eventos, pelos clubes e outros
Identificar atividades, definir critérios de estímulos Adicionar no Programa de Apoio à Atividade Física e Desportiva estímulos (taxas, incentivos,
Critérios de estímulo identificados. Atividades prioritárias definidas. Integração dos estímulos no regulamento do Programa de Apoio à Atividade Física e
Ano Início Fim
2020
Quinta Parte – Planos de ação
283
promotores, as seguintes situações: a) iniciativas para experimentação das atividades, estímulos ativos para a iniciação à atividade física e desporto, b) as atividades devem permitir o reforço e desenvolvimento das práticas já realizadas no concelho, nomeadamente nos clubes.
apoio logístico, apoio na comunicação, etc.) que discriminem positivamente os eventos desportivos e atividades desportivas, dos clubes ou de organizações comerciais, que integrem iniciativas para experimentação e atividades de incentivo ativo para a participação da população.
Desportiva.
2021 1º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 7 – Instituir o Prémio Municipal de Ética no Desporto. Avaliar anualmente a execução do Programa de Apoio à Promoção da Ética no Desporto e valorizar, através do envolvimento e participação da comunidade, as melhores práticas dando apoio ao seu desenvolvimento e divulgação.
Definir os critérios, para apreciação da execução do Programa de Apoio à Promoção da Ética no Desporto, e estabelecer um processo de escolha, com o envolvimento participativo da população, das melhores práticas de promoção da ética no desporto concelhio.
Relatório de avaliação da execução das ações previstas no Programa de apoio à promoção da ética no desporto elaborado Prémio Municipal de Ética no Desporto atribuído anualmente pela população.
Ano Início Fim
2020
2021 1º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 8 - Promover a realização de uma Gala do Desporto e da Atividade Física de Torres Vedras, destinada a reconhecer e valorizar o papel dos promotores do desporto para o desenvolvimento e qualidade de vida em Torres Vedras.
Clubes, ginásios, empresas, dirigentes, treinadores, outros técnicos e praticantes desportivos publicamente reconhecidos.
Gala anual do desporto de Torres Vedras organizada.
Ano Início Fim
2020
2021 1º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Fatores críticos de sucesso Recomendações
Eventos
Nos eventos desportivos organizados por entidades do concelho ou por entidades de fora do concelho: 1) Definir com os promotores as iniciativas prioritárias para experimentação e atividades de estímulo ativo para iniciação à atividade física e desporto pela população, incluindo as modalidades em consolidação, o segmento das mulheres, das pessoas com deficiência e nas freguesias não urbanas. (ex.: atletismo, btt/ ciclismo, percursos pedestres, running/trail (nigth run), surf); 2) Utilizar os principais eventos desportivos atuais (Cross de Torres Vedras, Grande Prémio Internacional Torres Vedras - Trofeu Joaquim Agostinho, Taça Joaquim Agostinho, Ocean Spirit, GimnOeste, etc.) para, em acordo com os respetivos promotores, incluírem iniciativas adequadamente orientadas para segmentos etários específicos e raparigas, tendo por objetivo o estímulo ativo, a experimentação e a iniciação a atividades de prática de atividade física e desporto. Criar incentivos e condições de acesso com estímulos adequados (comunicação, facilidade de acesso, deslocação) para aumentar o número de espectadores aos atuais eventos desportivos no concelho.
Quinta Parte – Planos de ação
284
Formação de recursos humanos do desporto Levantamento e recolha, a cada duas épocas, das necessidades de formação dos diferentes recursos humanos do desporto. Conceção de um programa de formação para desenvolvimento em cada época desportiva. Associado à Ação 2: 1) Estimular e conceder apoio aos clubes com perfil adequado a formalizar candidatura individual ou em rede ao Programa da
Comissão Europeia para o Emprego e a Inovação Social (EaSI) no objetivo combate à discriminação e aos programas EEA Grants, BPI Capacitar, Mota Engil SA e ERASMUS Plus.
2) Apoiar os clubes titulares da declaração de utilidade pública a realizar registo na Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros com o objetivo de planear e executar uma campanha de donativos / consignação do valor de 0,5% do IRS liquidado (art. 152 CIRS) junto das famílias, comunidade e recursos humanos dos parceiros;
3) Promover o encontro entre clubes e entidades formadoras do concelho para acolhimento de estágios na área das TIC que contribuam para a modernização do tecido associativo (Ex. Curso Profissional de Marketing Digital existente em Torres Vedras);
4) Apoiar a realização do programa de formação de recursos humanos dos agentes desportivos: técnicos e dirigentes. Comunicação Preparar e implementar um plano global de comunicação para o desporto no concelho. Coordenar este plano com: 1) o website
do município e Portal do Desporto e da Atividade Física, 2) a revista trimestral do município, 3) a newsletter do município. De forma integrada, utilizar também: cartazes, outdoors no espaço urbano, flyers, redes sociais na internet para disseminação da informação (facebook, instagram, youtube), media regionais (rádios, jornais, internetTv). Utilizar nos instrumentos referidos testemunhos de líderes / opinion makers locais em pequenos vídeos. O conteúdo da comunicação deve ser concebido para os objetivos estratégicos de cada plano de ação. Dar a conhecer, suscitar o interesse, fazer gostar das atividades desportivas e desencadear comportamentos de experimentação / participação são os objetivos que devem presidir as ações de comunicação a realizar. Deve considerar informação sobre a agenda desportiva concelhia existente, destinada a informar os cidadãos das atividades / recursos oferecidos pelos operadores públicos e privados, permitindo consultas sobre a oferta de prática desportiva para crianças, jovens, adultos, seniores, pessoas com deficiência, freguesia, eventos desportivos e competições. Para certas ações, face à natureza dos alvos de comunicação – stakeholders –, realizar comunicação institucional / reuniões, sobre os objetivos estratégicos e execução do PEDDTV, com o objetivo de promover a confiança, o compromisso e a adesão aos planos e ação.
Cooperação
Constituir uma matriz das partes interessadas stakeholders identificar, sistematizar e planear o tipo de envolvimento a realizar com cada uma, por exemplo: clubes, ginásios, agrupamentos de centros de saúde/ centro de saúde/ extensões de saúde, escolas, juntas de freguesia e empresas. Efetuar uma orientação do envolvimento de cada uma de acordo com o que se pretende da sua intervenção em cada uma das Ações propostas.
Financiamento
Assumir a missão da CMTV num papel supletivo, estimulador e indutor de uma maior oferta de atividade física e desportiva pelos clubes do concelho e de outros agentes comerciais.
* Impacto mínimo, ** Impacto médio, *** Impacto elevado
Quinta Parte – Planos de ação
285
PA2 – Desenvolvimento da prática desportiva dos jovens em formação Descrição do plano Promover a generalização da prática desportiva dos jovens em idades de formação, em diferentes modalidades, utilizando a oferta desportiva existente no concelho e com uma maior adequação aos segmentos populacionais, respetivos estilos de vida, motivações e necessidades próprias.
Objetivos específicos 1. Atrair e reter mais jovens nos escalões de formação; 2. Adequar e aumentar a participação dos jovens, pelas preferências
evidenciadas, no âmbito do desporto escolar, sobretudo ao nível da regularidade da atividade interna e com especial atenção nas raparigas;
3. Reforçar a relação entre os clubes e as escolas; 4. Incentivar a existência, mantendo a diversidade, das mesmas modalidades
desportivas que possam existir na escola e nos clubes; 5. Estimular as atividades relacionadas com as condições naturais do concelho,
nomeadamente no mar; 6. Proporcionar nas freguesias não urbanas, e de maior densidade populacional de
jovens, mais oferta de atividades, nomeadamente as dirigidas às raparigas.
Relação com os objetivos estratégicos Obj. Estrat.2 - Promover a generalização da prática da atividade física e desportiva da população; Obj. Estrat.4 - Promover a saúde e a qualidade de vida.
Evidências e justificação: 1. Modalidades mais praticadas no grupo/ equipa de Desporto Escolar: voleibol e o badminton, sendo referidas por 23,2% e 13,4%. Em terceiro lugar, surge o ténis de mesa
com 10,4%; 2. Para além do futebol, seis modalidades com percentagens proporcionalmente mais relevantes de prática nos clubes: hóquei em patins (6,88%) atletismo (6,27%),
ginástica (6,63%), futsal (5,67%), basquetebol (5,41%); 3. Fora da escola as modalidade mais praticadas são: futebol (16,3%), natação (13,9%), danças/ ballet (12,2%), btt e ciclismo (8,1%), aulas de grupo/ fitness (6,0%); 4. Santa Cruz ao nível dos desportos de mar e eventos tem tido um crescimento significativo de procura, o surf, bodyboard, o skimboard e a oferta de kitesurf; 5. 57,1% dos jovens afirmaram não participar em atividades físicas desportivas na escola (atividade interna e externa); 52,9% dos jovens afirmaram não participar em
atividades desportivas fora da escola de uma forma organizada; 6. 29,0% dos jovens não participa nas atividades do desporto escolar e também não pratica atividade física e desportiva fora da escola; 7. A regularidade da prática na atividade interna, no DE, é reduzida, 65,5% dos jovens (28,1% dos praticantes) realizam a prática na atividade interna 2 a 3 x por período
escolar ou menos; 8. As instalações desportivas/ espaços naturais no concelho para a prática de atividades desportivas não foram utilizadas por 51,0% dos jovens; 9. Para 39,5% dos jovens a frequência de utilização (desde Janeiro 2017) das instalações desportivas/ espaços naturais referidos para é reduzida – só nas férias e 1 x por
mês; 10. Os operadores de surf argumentam que a modalidade na região é vista como um desporto sazonal; 11. Os jovens também consideram, 49,4% de concordância, que é necessária melhor coordenação entre as atividades desportivas da escola e dos clubes desportivos (49,4%
de concordância); 12. Diminuição do número de praticantes nos escalões de formação; 13. Necessidade de apoiar a atividade física e desportiva no pré-escolar e no primeiro ciclo.
Quinta Parte – Planos de ação
286
Alvo
Jovens, em idade escolar, com possibilidade de participação nos escalões de formação das modalidades desportivas federadas, no Desporto Escolar ou em prática desportiva regular não federada, com especial atenção nas raparigas e em enquadramentos de práticas inclusivas.
Impacto nos eixos estratégicos*
Desporto na escola
Prática desportiva de competição / federada
Atividade física não competitiva / organizada
Atividade física não organizada
Instalações desportivas
*** *** *** ** *
Atividades – o que fazer Resultados – o que se espera atingir
Indicadores – Como medir
Calendário
Ação 1 – Reforçar o programa Atividade Física no 1.º ciclo do EB e AEC, mediante a organização de atividades relacionadas com a oferta dos clubes de proximidade adequados.
Atividades das escolas, integradas nos agrupamentos, realizadas em relação com os clubes de proximidade adequados. Distinguir e reconhecer as escolas do 1.º ciclo mais ativas.
Uma atividade de relação com os clubes de proximidade adequados realizada na comunidade por período escolar anos letivos: 2020-2021 e 2021-2022, e duas atividades por período escolar nos anos seguintes. Certificado Escola Ativa: atribuído anualmente com adequada visibilidade.
Ano Início Fim
2020
2021 1º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 2 – Reforçar a execução do Plano de Desenvolvimento do Atletismo.
Aumentar o número de atividades realizadas, aumentar o número de participantes regulares, coordenar as atividades do plano com as atividades do Centro Municipal de Marcha e Corrida, com as atividades do evento Cross de Torres Vedras, com as atividades do nigth run, com as atividades dos clubes com oferta de atletismo, com as atividades de atletismo dos agrupamentos escolares.
Aumento do número de atividades em 30% relativamente ao ano anteriores. Aumento do número de participantes regulares em 20% relativamente ao ano anterior. Número de participantes por sexo. Número de atividades coordenadas.
Ano Início Fim
2020
2021 1º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 3 – Conceber e executar o Plano de Desenvolvimento do Surf.
Atividades realizadas e número de participantes regulares, coordenar as atividades do plano com as atividades do evento Ocean Spirit, com as atividades da Associação Sealand Santa Cruz, com as atividades dos clubes com oferta de surf, e com as atividades de surf dos agrupamentos escolares.
Número de atividades. Número de praticantes regulares. Número de participantes por sexo. Número de atividades coordenadas.
Ano Início Fim
2020
2021 1º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Quinta Parte – Planos de ação
287
Ação 4 – Conceber e executar o Plano de Desenvolvimento do Ciclismo / Btt.
Atividades realizadas e número de participantes regulares, coordenar as atividades do plano com as atividades dos eventos Grande Prémio Internacional Torres Vedras - Trofeu Joaquim Agostinho, Taça Joaquim Agostinho (5 provas / passeio), com as atividades dos clubes organizadores de provas e praticantes de ciclismo / Btt, e com as atividades de ciclismo / Btt dos agrupamentos escolares.
Número de atividades Número de praticantes regulares. Número de participantes por sexo. Atividades coordenadas
Ano Início Fim
2020
2021 1º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 5 – Nas Férias há Desporto no Clube. Criar um programa de apoio para oferta de atividades físicas e desportivas pelos clubes nos períodos de interrupção escolar – férias desportivas.
Oferta de programa semanal de atividades sem custos / preços reduzidos e decorrer em instalações desportivas resultantes de cooperação pública, associativa e comercial ou em espaços naturais com o objetivo de aumentar o gosto pela prática de atividades físicas e desportivas.
Número de clubes. Número de participantes por sexo.
Ano Início Fim
2020
2021 1º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 6 - Estabelecer um acordo de desenvolvimento desportivo com os 3 clubes mais relevantes para oferta de atividades desportivas inclusivas de modo a facilitar o acesso a jovens com deficiência.
Pessoas com deficiência participantes regulares em atividades físicas e desportivas nos 3 clubes.
Número de pessoas com deficiência participantes regulares em atividades físicas e desportivas nos 3 clubes.
Ano Início Fim
2020
2021 1º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Fatores críticos de sucesso Recomendações
Eventos
Reforçar o programa Atividade Física no 1.º ciclo do EB e AECs: 1) Aumentar a utilização dos recursos existentes: percursos pedestres (12 percursos Pequena Rota (PR) e troços dos 2 percursos GR) em caminhada e Btt e as 3 Ecovias; 2) Envolver a participação dos pais; Avaliar a calendarização de atividades para os dias nacionais / internacionais comemorativos, tais como Dia da Mulher (8 de março); Dia Mundial da Atividade Física (6 de abril); Dia da Saúde (7 abril); Dia do Associativismo Jovem (30 de abril); Mês do Coração (maio) Fundação Portuguesa Cardiologia; Dia da Criança (1 junho); Dia Olímpico (23 de junho); Dia da Juventude (12 de agosto); Dia do Combate à Obesidade (11 outubro); Dia das Pessoas com Deficiência (3 de dezembro).
Quinta Parte – Planos de ação
288
Reforçar a execução do Plano de Desenvolvimento do Atletismo. Coordenar ações do plano com: 1) Corta mato escolar e Cross de Torres Vedras, 2) Programa de visita à Pista Municipal de Atletismo Carlos Lopes com todas as escolas do 1.º ciclo, 3) Festa do atletismo 2 x por período escolar 2.º e 3.º ciclo do EB, atividades na pista; 4) estimular juntas de freguesia (6), em conjunto com os clubes com oferta de atletismo a organizar evento / corrida de atletismo aberta e com várias distâncias. Conceber e executar o Plano de Desenvolvimento do Surf: 1) Avaliar a criação e desenvolvimento de um Centro de Formação de Surf, no âmbito do Desporto Escolar; 2) Avaliar lançamento do projeto oferta / compra de 50 pranchas de iniciação por ano a custos reduzidos: fornecedor regional representante de uma marca e empresa patrocinadora coerente para reduzir custos de aquisição. Conceber e executar o Plano de Desenvolvimento do Ciclismo / Btt: 1) Instituir com o clube adequado uma Escola de Ciclismo, nos termos da Federação Portuguesa Ciclismo; 2) Programar com os clubes com prática de ciclismo / Btt passeios com distâncias curtas e dificuldade baixa para experimentação iniciação, e passeios ciclismo / Btt destinados a pais e filhos – escolas EB 1, 2 e 3; 3) Os eventos / provas de Btt devem incluir uma caminhada destinada aos familiares e contribuir para os objetivos do Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável”; 4) Aumentar para 10 (entre março e setembro) o número de provas / passeios da Taça Joaquim Agostinho; 5) Avaliar o lançamento do projeto oferta / compra de 50 bicicletas por ano a custos reduzidos: fornecedor regional representante de uma marca e patrocinador empresa seguradora para reduzir custos de aquisição; 6) Articular com ações de desenvolvimento do Sistema municipal de bicicletas públicas, de utilização universal: Agostinhas. A CMTV promove a organização no mês de junho de um festival de encerramento do desporto juvenil (federado e escolar), tornando este momento uma festa do desporto jovem. Todos os participantes no festival devem receber uma t-shirt com o lettering e logo do Projeto [Nome]. CMTV incentiva a participação dos agrupamentos escolares no festival, concedendo um conjunto de incentivos para estimular a participação: transporte (em articulação com a junta de freguesia), 1 kit de bolas, equipamentos, coletes, e pasta para o professor aderente e material promocional convencional. Os planos de desenvolvimento devem conter: objetivos, destinatários, atividades a realizar, parceiros, programação das atividades e orçamento. Avaliar a nomeação de um embaixador(a) concelhio que se comprometa a apoiar o fomento do plano de desenvolvimento da modalidade.
Para cada plano de desenvolvimento deve ser designado um responsável que assegure a sua execução. A CMTV terá atribuições de apoio, supervisão, monitorização regular e avaliação os objetivos de cada plano de desenvolvimento.
Formação de recursos humanos do desporto Programa Atividade Física no 1.º ciclo do EB e AECs, a sensibilização e formação dos professores é um elemento crítico. Podem ser preparadas fichas de atuação para os docentes intervirem e/ou articular essa intervenção com as AECs. Na fase inicial devem ser selecionadas as escolas que assegurem boas condições para a concretização dos objetivos. Duas vezes por ano, nos momentos de interrupção letiva, realizar uma sessão formativa (3 horas) específico para professores das escolas do 1º ciclo EB aderentes. Constituir anualmente uma formação para a melhoria da gestão dinamização das atividades realizadas, mediante o recurso de apresentação das atividades consideradas boas práticas. No âmbito dos planos de desenvolvimento, coorganizar anualmente duas ações de formação acreditadas, os clubes com prática na modalidade do plano de desenvolvimento incentivam e asseguram a participação de dirigentes e treinadores. Os temas das ações de formação devem incluir a sensibilização para oferta de atividades e atração de praticantes desportivos.
Quinta Parte – Planos de ação
289
Promover a organização de um Seminário sobre “Equidade e Inclusão na Atividade Física e Desporto”, sobre a temática do desporto feminino e para pessoas com deficiência. Promover a organização anual de um Seminário sobre Ética no Desporto – organizar uma sessão de formação registada no IPDJ, para a componente geral dos treinadores, envolver os responsáveis do Plano Nacional de Ética no Desporto.
Comunicação No âmbito dos planos de desenvolvimento, para além da informação geral referida no plano global de comunicação para o desporto no concelho, pode incluir as componentes específicas: testemunhos - endorsers - vídeos de influenciadores atletas de renome / renome nacional e internacional (se possível do concelho / região, vídeos de especialistas prescritores, vídeos de participantes comuns, sobretudo feminino, pessoas com deficiência: testemunhos presenciais ou em vídeos curtos destinados aos jovens do concelho.
Cooperação
No âmbito dos planos de desenvolvimento, coorganizar com os parceiros locais um festival de a) atletismo, b) surf, c) ciclismo / btt, para crianças EB1, 2 e 3 (abertos e inclusivos), com o apoio da Associação Regional / Distrital da modalidade / Federação: (1) final do 1.º período escolar (natal), (2) final do 2.º período escolar (páscoa) e; (3) final do ano letivo (junho / avaliar dia da criança). Os promotores dos eventos e das atividades principais dos planos de desenvolvimento são incentivados a cooperar com os ginásios existentes no concelho, mediante a condução pelos ginásios dos exercícios preparatórios “aquecimento c/ musica”, retorno á calma, massagem e recuperação de participantes. A CMTV e juntas de freguesia dos territórios envolvidos acordam a participação de meios nas atividades previstas em cada plano. Acordar com os Agrupamentos Escolares a organização / participação de encontros desportivos inter-agrupamentos de escolas do concelho, duas vezes por período escolar, os quais devem incluir as modalidades em desenvolvimento nas atividades internas, nos grupos equipa e nos planos de desenvolvimento.
Financiamento
O programa Atividade Física no 1.º ciclo do EB e AECs considerar majoração / requisito a existência no plano de atividades da escola / agrupamento o envolvimento / participação dos pais e clube da comunidade. Constituir estímulos para os clubes que estabeleçam acordos de cooperação com escolas, tendo a mesma oferta de modalidades.
* Impacto mínimo, ** Impacto médio, *** Impacto elevado
Quinta Parte – Planos de ação
290
PA3 - Promover a generalização da prática de atividade física e do desporto na população adulta Descrição do plano Promover a generalização da prática desportiva, desenhando uma oferta específica para segmentos populacionais reveladores de índices de prática, de maior procura e de probabilidade de adesão. Preconiza-se a criação de programas com características ajustadas aos segmentos populacionais e respetivas necessidades, estilos e motivações.
Objetivos específicos 1. Adequar e aumentar a participação, em atividades físicas e desportivas, da
população adulta, fora do sistema educativo, de acordo com as preferências de práticas identificadas;
2. Reduzir a percentagem de população sedentária; 3. Aumentar a participação desportiva das mulheres; 4. Aumentar a participação desportiva nas idades acimas dos 50 anos 5. Aumentar a frequência da atividade física para níveis médica e cientificamente
recomendados 6. Reduzir o abandono da prática desportiva a partir dos 20 anos; 7. Reforçar a prática em situação de proximidade com a residência,
principalmente em meio rural, ou com os locais de trabalho das pessoas.
Relação com os objetivos estratégicos Obj. Estrat.2 - Promover a generalização da prática da atividade física e desportiva da população; Obj. Estrat.4 - Promover a saúde e a qualidade de vida;
Evidências e justificação
1. As atividades físicas e desportivas mais praticadas, nas últimas 4 semanas, pela população acima dos 15 anos, são as atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida) para 22,4% da população, as atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop, musculação, step, etc.) para 21,1%, a natação e hidroginástica com 8,4%, seguindo-se o futebol, com 7,6%, o ciclismo/ cicloturismo/ btt, com 6,6%;
2. O enquadramento organizacional mais referenciado para praticar atividade física e desportiva são os clubes desportivos ou associações/ recreativas (24,7%); 3. As mulheres evidenciaram praticar atividade física e desportiva com menor frequência (15,2%) num parque, ao ar livre e num clube desportivo/ associação (21,4%). A
taxa de feminização no desporto federado de 21,9%; 4. Os eventos como forma de promover a atividade física e as atividades dos ginásios foram considerados como relevantes; 5. A prática de desporto federado, com exceção do futebol, é reduzida fora das freguesias da cidade; 6. Há o entendimento que o desporto sénior tem mais resposta à procura que as atividades para jovens, nas freguesias; 7. A oferta de atividades para a população adulta entre os 30 e os 50 anos de forma organizada vai-se diminuindo com o aumento da idade; 8. A partir dos 50 anos há um decréscimo acentuado da prática de atividade desportiva; 9. A regularidade na prática é superior nas freguesias urbanas, 24,8% pratica mais de 3 a 4 vezes por semana, enquanto nas freguesias não urbanas o valor é de 16,5%; 10. Os inquiridos reconheceram dificuldades na formação e qualificação dos técnicos e na sua atração para os clubes; 11. O BTT/ ciclismo/ cicloturismo, para maiores de 30 anos não tem estímulos, apesar de ter muitos praticantes principalmente a partir dos 30 anos; 12. Os inquiridos consideraram que o investimento no desporto deve no desenvolvimento da prática desportiva regular, orientado para que mais pessoas pratiquem
desporto, diversificação da oferta e melhor exploração dos espaços verdes para a prática; 13. O interesse da população pela atividade física e desporto. Principais obstáculos: (1) a inércia/ motivação das pessoas (falta de interesse, motivação, falta de tempo, não
gostam); (2) as deslocações, distâncias e o tempo entre o trabalho/ escola e a prática, os horários escolares/ transportes; e (3) as instalações desportivas públicas.
Alvo
Quinta Parte – Planos de ação
291
Praticantes atuais e potenciais de atividade física e desporto, designadamente adultos, mulheres, acima dos 20 anos, aumentando a frequência de atividade física para níveis médica e cientificamente recomendados.
Impacto nos eixos estratégicos*
Desporto na escola
Prática desportiva de competição / federada
Atividade física não competitiva / organizada
Atividade física não organizada
Instalações desportivas
* ** *** *** *
Atividades – o que fazer Resultados – o que se espera atingir
Indicadores – Como medir
Calendário
Ação 1 - Conceber e executar um Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável”, programa “chapéu” que visa a promoção da atividade física e do desporto e o combate ao sedentarismo dos vários segmentos da população do concelho.
A agregação dos diferentes programas/iniciativas num programa com uma identificação única embora com segmentos, destinatários e práticas diferenciadas. Maior reconhecimento público, notoriedade aumentada e maior facilidade de identificação e de adesão.
Concretização do programa. Imagem e comunicação concebida. Número de iniciativas Número de participantes por sexo e condição de prática.
Ano Início Fim
2020 3º Tri.
2021
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 2 – Revitalizar os Núcleos do Desporto Sénior. Realizar um processo de avaliação da oferta, das condições, do enquadramento técnico para a introdução de novas atividades e constituição de novos núcleos.
Núcleos do desporto sénior, por juntas de freguesia, para promoção da saúde e do exercício físico, considerando prioritários os segmentos populacionais adultos e idosos. Núcleos animados por um agente, preferencialmente proveniente de um clube desportivo local, que promova as atividades mais preferidas, de forma permanente, tais como: marcha, utilização de bicicleta, ginástica de manutenção. Celebrar acordos de cooperação com as freguesias e tecido associativo, de forma a promover a atividade física e desportiva para todos. Tais acordos poderão envolver mecanismos específicos de recompensa para as comunidades locais mais ativas e encorajadoras de estilos de vida mais ativos.
Número de núcleos avaliados. Número de novos núcleos. Número de atualizações das ofertas de atividades. Número de novas ofertas de atividades. Parceiros envolvidos nos núcleos.
Ano Início Fim
2020
2021 2º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Quinta Parte – Planos de ação
292
Ação 3 – Símbolo de reconhecimento Clube Master, os clubes são estimulados a oferecer oferta de atividade física e desportiva orientada para a população alvo do plano de ação, podendo revestir-se de competições concelhias entre clubes ou de prática regular.
Oferta de modalidades desportivas à população adulta, reforçando a prática regular com treino/ competição informal ou podendo participar em torneios master, disponibilizados por algumas federações desportivas. Os clubes que oferecerem as atividades dirigidas ao segmento de população em causa recebem um selo de certificação/ reconhecimento.
Número de clubes com oferta. Tipos de oferta. Número de novas ofertas de atividades, por sexo e condições de prática.
Ano Início Fim
2020
2021 3º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 4 – Instituir, divulgar e atribuir o prémio Empresa Ativa, que distinga e dê pública visibilidade às empresas que invistam num estilo de vida fisicamente ativo dos seus trabalhadores.
Reconhecimento social, de natureza pública, para proporcionar um reforço de notoriedade às empresas que constituam condições de prática de atividade física para os seus trabalhadores ou que ofereçam estímulos claros de incentivo à prática dentro ou fora do local de trabalho.
Parceiros envolvidos. Número de iniciativas. Impacto do programa nos trabalhadores. Tipo de iniciativas e trabalhadores envolvidos.
Ano Início Fim
2020
2021 2º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 5 – Constituição de informação sistematizada para divulgação da oferta de Atividade Física na Natureza, com os programas e circuitos orientados para o pedestrianismo, ciclismo e btt do concelho, assegurando o contacto com a natureza e com atividades sócio culturais mais características da região.
Aumentar os benefícios de município associado à Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis e do Plano Nacional de Promoção da Bicicleta e Outros Modos de Transporte Suaves e avaliar a adesão ao projeto europeu.
Reforço do número de percursos pedestres de pequena rota (PR). Sinalética renovada.
Ano Início Fim
2020
2021 3º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Fatores críticos de sucesso Recomendações
Eventos
O Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável” devem incluir um aumento da oferta organizada de atividades, mediante a articulação dos recursos e ofertas de atividades físicas e desportivas dos clubes e organizações do concelho. Exemplos: a) Ciclismo / Btt: passeio domingueiro. Passeios de bicicleta abertos e gratuitos para toda a população, primeiros domingos de cada mês. (atividade do plano de desenvolvimento do Ciclismo) b) Caminhadas Urbanas - Criar Três 3 circuitos para caminhadas urbanas. Oferta de uma caderneta pessoal para registo. Parceria com o setor da saúde para controlo da tensão arterial, frequência cardíaca, peso e índice de massa corporal. c) Programa de percursos pedestres – Conjunto de 28 caminhadas, conduzidas por 28 clubes do concelho durante o período de março a setembro. Dia adequado domingo manhã. d) Aumentar a utilização dos recursos existentes: percursos pedestres (12 percursos Pequena Rota (PR) e troços dos 2 percursos
Quinta Parte – Planos de ação
293
GR) em caminhada e Btt e as 3 Ecovias. e) Numa parceria de cooperação com os ginásios existentes no concelho reforçar o “Programa Mexa-se - Aulas no Parque Verde da Várzea”, destinado a promover a iniciação à experimentação de atividade física e desportiva, pelo menos no período entre março e setembro.
Formação de recursos humanos do desporto Organizar anualmente um seminário internacional de referência para profissionais do exercício e da saúde, em coordenação com PNAF da DGS e IPDJ (Acreditar no IPDJ para titulares de TPTEF, TPDT, PTTD) Realizar 2 sessões de formação / workshops anuais destinados aos profissionais da área da saúde, educação e desporto do concelho com o objetivo de melhorar a intervenção intersectorial e comprometer os parceiros do Programa Torres Vedras Ativa e Saudável;
Comunicação Para o Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável”: 1) o objetivo central é motivar a conduzir à experimentação das atividades, para superar o obstáculo de “não tenho interesse e motivação”. Devem ser realizadas as ações de comunicação adequadas em linha com as melhores práticas nacionais e europeias (PNAF - DGES e IPDJ) e utilizando os suportes disponíveis no PNAF; 2) Conceber uma imagem gráfica (logo e lettering) do Programa a disponibilizar aos parceiros envolvidos para ser utilizado nas atividades por eles produzidas; 3) criar uma APP Torres Vedras Ativa e Saudável, destinada aos munícipes para monitorizarem o nível de atividade física e desportiva realizada; 4) realizar ações informativas, mediante colocação de mensagens que estimulem os indivíduos a adotar estilos de vida ativos e saudáveis, designadamente nos edifícios municipais e das entidades dos setores da cooperação, tais como: junto a escadas rolantes e elevadores. Reforçar junto da opinião pública o valor da atividade física e do desporto: melhor saúde, redução de custos, melhor bem-estar e mais qualidade de vida, posicionando o estilo de vida ativo como sinónimo de bem-estar, produtividade e sucesso, recorrendo a figuras públicas e personalidades credíveis à escala local. Estabelecer parceria com os media regionais para a promoção dos elementos chave do programa.
Cooperação Envolver a celebrar acordos de cooperação com as freguesias e tecido associativo, de forma a promover a atividade física e desportiva para todos. Tais acordos poderão envolver mecanismos específicos de recompensa para as comunidades locais mais ativas e encorajadoras de estilos de vida mais ativos. As atividades devem ser conduzidas e animados por um agente portador do título profissional de técnico de exercício físico, preferencialmente proveniente de um clube desportivo local, que promova as atividades mais preferidas, de forma permanente, tais como: marcha, ginástica de manutenção, hidroginástica. Junto dos núcleos de desporto sénior instituir líderes locais, nas freguesias rurais, como influenciadores da promoção das atividades desportivas junto dos segmentos da população acima dos 50 anos. Criar as condições adequadas que favoreçam uma maior participação das mulheres nas atividades físicas e desportivas, mediante a conceção e implementação de um conjunto de ações coerentes que propiciem, incentivem e valorizem a participação feminina, tais como: oferta das atividades mais preferidas num ambiente adequado, na companhia de amigas e colegas, criação de kid centers e reforçar a oferta da prática de natação e hidroginástica em condições vantajosas para os segmentos da população onde a procura é evidenciada.
Financiamento
No Programa de Apoio à Atividade Física não Federada considerar apoio supletivo por praticante regular com deficiência (apenas existente no Programa de Apoio à Atividade Física Federada).
Quinta Parte – Planos de ação
294
PA4 - Estimular o tecido associativo desportivo Descrição do plano Reforçar a dinâmica e a sustentabilidade social, económica e desportiva dos clubes.
Objetivos específicos Aumentar o número de praticantes desportivos nos clubes, designadamente na população adulta e nas mulheres; Intensificar a oferta de atividade e a relação com os sócios dos clubes; Estabelecer parcerias entre escolas e clubes; Melhorar os processos de comunicação com os diferentes interessados; Estimular o surgimento de formas diversificadas de obter receitas para os clubes; Contribuir para melhorar a organização administrativa dos clubes; Valorizar e dignificar a atividade dos dirigentes desportivos.
Relação com os objetivos estratégicos Obj. Estrat.1 - Melhorar a articulação do sistema desportivo local; Obj. Estrat.2 - Promover a generalização da prática da atividade física e desportiva da população; Obj. Estrat.3 - Estimular o desenvolvimento do tecido associativo desportivo; Obj. Estrat.4 - Promover a saúde e a qualidade de vida.
Evidências e justificação 1. O enquadramento organizacional mais referenciado para praticar atividade física e desportiva são os clubes desportivos ou associações/ recreativas (24,7%); 2. O grau de afiliação no associativismo desportivo é de 36,4%; foi identificada perda de vitalidade do associativismo nas zonas mais rurais. O apoio aos clubes das
freguesias rurais deve ser refletido; 3. Nas três principais orientações da CMTV para o desporto: 1) proporcionar condições para a realização de atividade física em sentido amplo e não só no desporto
especificamente, 2) “diversificar as modalidades desenvolvidas no concelho”; o 3) proporcionar “…apoio contínuo aos clubes”, é realçado como uma das áreas principais;
4. Os inquiridos consideraram que o investimento no desporto deve ser no desenvolvimento da prática desportiva regular, orientado para que mais pessoas pratiquem desporto, diversificação da oferta e melhor exploração dos espaços verdes para a prática;
5. Necessidade de fortalecer a relação entre os diferentes clubes do concelho; Há pouca relação/ cooperação entre os clubes e as escolas. Por outro lado, há uma diminuição do número de praticantes nos escalões de formação;
6. Nas freguesias denominadas não urbanas a taxa de afiliação em clubes desportivos é reduzida face às áreas urbanas; 7. Modalidades mais praticadas no grupo/ equipa de DE: voleibol e o badminton, sendo referidas por 23,2% e 13,4%. Em terceiro lugar, surge o ténis de mesa com 10,4%.
Existem quatro (4) equipas de desporto escolar federadas de voleibol feminino no concelho; 8. Fora da escola as modalidade mais praticadas são: futebol (16,3%), natação (13,9%), danças/ ballet (12,2%), btt e ciclismo (8,1%); 9. As atividades físicas e desportivas mais praticadas, nas últimas 4 semanas, pela população acima dos 15 anos, são as atividades de manutenção (caminhada, jogging,
corrida) para 22,4% da população, as atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop, musculação, step, etc.) para 21,1%, a natação e hidroginástica com 8,4%; 10. O BTT/ ciclismo/ cicloturismo, para maiores de 30 anos não tem estímulos, apesar de ter muitos praticantes principalmente a partir dos 30 anos. O atletismo é a
segunda modalidade com maior distribuição geográfica da prática, em seis freguesias; 11. A prática de desporto federado, com exceção do futebol, é reduzida fora das freguesias da cidade; 12. Há o entendimento que o desporto sénior tem mais resposta à procura que as atividades para jovens, nas freguesias;
Quinta Parte – Planos de ação
295
13. Existe menor oferta de atividades para a população adulta entre os 30 e os 50 anos nos clubes. A partir dos 50 anos há um decréscimo acentuado da prática de atividade desportiva;
14. Os inquiridos reconheceram dificuldades na formação e qualificação dos técnicos e na sua atração para os clubes. Faltam técnicos, com qualificações, e dirigentes com formação apropriada. É necessário realizar formação para os agentes desportivas locais, de treinadores e de outros recursos humanos do desporto (árbitros, dirigentes e pais) e atração de mais técnicos qualificados. Dirigentes voluntários disponibilizam menos tempo, há um menor número de pessoas para se dedicarem aos clubes. Ameaça 19.
Alvo Melhorar o funcionamento dos clubes. Aumentar o número de praticantes desportivos nos clubes, considerar a população adulta, mulheres. Intensificar a oferta de atividade aos sócios.
Impacto nos eixos estratégicos*
Desporto na escola
Prática desportiva de competição / federada
Atividade física não competitiva / organizada
Atividade física não organizada
Instalações desportivas
** ***** ***** * **
Atividades – o que fazer Resultados – o que se espera atingir
Indicadores – Como medir
Calendário
Ação 1 – Ativar os Clubes, apoiar tecnicamente os clubes para constituírem planos de desenvolvimento plurianuais, para que orientem as suas escolhas, e que envolvam parceiros privados na dinamização das suas atividades e na arrecadação de receitas e atração de outros recursos.
Estimular os clubes a estruturarem os seus objetivos de desenvolvimento, de forma realista, adequados às suas capacidades, competências, aos seus recursos e mobilizadoras dos seus membros, praticantes e sócios. Incentivar os clubes a constituírem redes de parcerias para apoio à concretização das suas ideias e dos seus objetivos.
Sessões de apoio e formações realizada. Planos desenvolvidos e concretizados.
Ano Início Fim
2020
2021 3º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 2 – Programa de apoio à modernização tecnológica dos clubes, estímulo à utilização de meios informáticos e digitais, para ligação online à massa associativa e à comunidade. Apoiar a criação ou melhoria do website na internet, devidamente atualizado e/ ter uma página facebook / instagram.
Programa de apoio à modernização tecnológica dos clubes lançado.
Número de clubes com: website atualizado; página de facebook; número de seguidores adequado; conta e atividade no instagram. Promover novas formas de comunicação e de relacionamento com os diferentes intervenientes com recurso a tecnologias de informação (facebook, blog).
Ano Início Fim
2020
2021 3º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Quinta Parte – Planos de ação
296
Ação 3 – Lançar um programa, no âmbito do regulamento municipal para atribuição de apoios - desporto e atividade física, destinado a apoiar a modernização dos espaços sociais dos clubes, visando requalificar os espaços físicos de convívio social nas sedes dos principais clubes.
Programa de apoio à modernização das sedes sociais lançado.
Número de clubes com espaços físicos de natureza social modernizados.
Ano Início Fim
2020
2021 1º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 4 – Acordar com os clubes o compromisso de contributo para os Planos de Desenvolvimento Desportivo Municipal: Atletismo, Ciclismo / Btt, Surf, e Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável” estimular a oferta de atividades cuja procura foi mais evidenciada pela população: Atividades de Manutenção, Futebol, Natação e Hidroginástica, Ciclismo / Btt, Yoga e Danças Desportivas / Salão.
Os clubes organizam atividades físicas e desportivas nas suas comunidades, para os seus praticantes e sócios, relativas aos Planos de Desenvolvimento e Programa. Apoiam e realizam atividades para aproveitamento dos dias nacionais/ internacionais comemorativos.
Número de clubes com compromisso de acordo escrito assumido. Tipo de atividades e número de pessoas envolvidas.
Ano Início Fim
2020
2021 2º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 5 – Desporto na Escola e no Clube, acordar com os clubes o compromisso de contributo para estabelecer cooperação entre clubes e escolas, com o intuito de desenvolver as mesmas modalidades nos dois subsistemas (ex. Badminton e Ténis de mesa).
Os clubes oferecem as mesmas modalidades que o Desporto Escolar para assegurar continuidade do desenvolvimento dos praticantes.
Número de clubes com compromisso escrito assumido
Ano Início Fim
2020
2021 2º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 6 – Lançar um programa, no âmbito do regulamento municipal para atribuição de apoios - desporto e atividade física, destinado a apoiar a aquisição de apetrechamento desportivo móvel, visando apoiar as atividades de contributo a desenvolver para os planos de desenvolvimento: Atletismo, Ciclismo / Btt, Surf, e Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável” e Programa “Clube Master”.
Número de clubes com apetrechamento desportivo móvel em funcionamento.
Programa de apoio à modernização das sedes sociais lançado.
Ano Início Fim
2020
2021 2º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Quinta Parte – Planos de ação
297
Ação 7 – Estimular os clubes desportivos a realizar duas ações anuais para recrutamento de voluntários na comunidade para apoiar e liderar a realização de atividades (diversas, ex.: TIC, website e redes sociais) do clubes locais. Articular com os programas existentes do IPDJ relativos ao “voluntariado e tempos livres”
Número de clubes que realiza candidatura ao IPDJ para atividades de recrutamento de voluntários na comunidade. Estimular o voluntariado. Contribuir para criar modelos de gestão centrados na maior capacidade de atração de voluntários; promover a inserção de jovens nas atividades de dirigente desportivo.
Sessões de atração e apoio à candidatura realizadas.
Ano Início Fim
2020
2021 1º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Fatores críticos de sucesso Recomendações
Eventos
Na Ação 2 - o objetivo é estimular à utilização de meios informáticos para ligação à massa associativa e à comunidade. Adotar novas formas de comunicação e de relacionamento com os diferentes intervenientes com recurso a tecnologias de informação e comunicação (página na internet e redes sociais). Na Ação 3 – pretende-se aumentar a oferta de atividades/ serviços de índole recreativa/lazer com o intuito de aumentar o trafego de pessoas / sócios. (bar, televisão para assistir a jogos de futebol, ténis de mesa, jogos de mesa, bilhares, etc).
Formação de recursos humanos do desporto Promover a realização em Torres Vedras de um Programa de formação anual destinado a apoiar o plano de ação: Estimular o tecido associativo desportivo. Deve comportar ações de formação e cursos de treinadores acreditados pelo IPDJ e beneficiar dos programas de formação existentes, EX.: Clube TOP. Áreas: Treino de jovens, marketing, comunicação, atração de praticantes, melhoria da gestão, dinamização de atividades, planeamento, financiamento, campanhas angariação de sócios e captação de receitas dos clubes (articular com municípios contíguos), destinatários: treinadores, titulares do TP de TEF e dirigentes. Partilha de boas práticas entre pares, acerca de um tema específico, de um clube do concelho ou da região. Relacionado com a Ação 1: na área do marketing digital, organizar uma sessão de formação anual sobre o tema para apoiar os dirigentes e técnicos dos clubes a desenvolver atividades relacionadas com as TIC.
Comunicação Associado à Ação 2, instituir um prémio de boas práticas para os clubes que cumprirem um conjunto de critérios (ter formação, ter taxa de feminização elevada, ter uma página facebook, ser inclusivo, ter divulgação de resultados, horários e locais de treino, ter treinos de captação, ter notícias da equipa publicadas nos media regionais, etc. ).
Cooperação
Coordenar com a Área de Intervenção / Juventude / Espaço Primavera - Centro Municipal da Juventude da CMTV para contribuir com ações que procurem para criar modelos de gestão centrados na maior capacidade de atração de voluntários; promover a inserção de jovens nas atividades de dirigismo dos clubes das suas comunidades.
Financiamento
Para a concretização da Ação 4, proporcionar apoio para que os clubes possam realizar algumas atividades de experimentação de modalidades em dias comemorativos, tais como: Dia da Mulher (8 de março); Dia Mundial da Atividade Física (6 de abril); Dia da Saúde (7 abril); Dia do Associativismo Jovem (30 de abril); Mês do Coração (maio) Fundação Portuguesa Cardiologia; Dia da Criança (1 junho); Dia Olímpico (23 de junho); Dia da Juventude (12 de agosto); Dia do Idoso (1 outubro); Dia do Combate à Obesidade (11 outubro); Dia das Pessoas com Deficiência (3 de dezembro).
Quinta Parte – Planos de ação
298
PA5 – Reabilitar as instalações desportivas e espaços públicos para a prática de atividade física e de desporto. Descrição do plano Requalificação e apetrechamento das instalações desportivas existentes, orientações para a criação de novos espaços, que possam servir para o sistema educativo e para as restantes organizações promotoras de atividades físicas e de desporto. Responder às práticas de lazer (percursos pedestres, ciclovias e outras áreas públicas de relação com o desporto). Ponderar rede de ID, nas freguesias rurais/ freguesias urbanas, de acordo com a procura desportiva expressa naquelas realidades.
Objetivos específicos 1) Melhorar a quantidade e qualidade de ID que podem servir as escolas, os
clubes e a população; 2) Requalificar e apetrechar algumas das ID em meio escolar; 3) Constituir uma orientação para a requalificação e apetrechamento de
polidesportivos e salas de atividade física e desporto nas freguesias, de acordo com o número de habitantes e maiores limitações de equipamentos;
4) Reforçar a possibilidade de utilização de espaços verdes para práticas informais de atividade física e desporto;
5) Disponibilizar equipamentos urbanos para mobilização funcional para a população adulta e seniores.
Relação com os objetivos estratégicos Obj. Estrat.1 - Melhorar a articulação do sistema desportivo local; Obj. Estrat.2 - Promover a generalização da prática da atividade física e desportiva da população; Obj. Estrat.3 - Estimular o desenvolvimento do tecido associativo desportivo; Obj. Estrat.4 - Promover a saúde e a qualidade de vida; Obj. Estrat. 5 - Valorizar as instalações desportivas e o espaço público para a prática da atividade física e mobilidade ativa.
Evidências e justificação 1. A concretização das orientações da CMTV é materializada em oito (8) objetivos gerais, um dos quais está orientado para: “4) melhorar as condições físicas para a prática
desportiva no concelho, através da construção e conservação de instalações desportivas e do apetrechamento desportivo”; 2. As possibilidades de intervenção da CMTV preencheram 33% das UT, os respondentes consideraram que a CMTV pode ter um papel de regulação, na gestão das
instalações desportivas utilizadas e não utilizadas … (5-7UTFregCentroQ5); 3. 77,2% dos indivíduos frequentou ou utilizou instalações desportivas/ espaços naturais no concelho para praticar alguma atividade física desportiva. Os espaços mais
referidos para realizar a prática de atividade física e desportiva são o meio natural (mar, rio, campo, montanha) e o parque ao ar livre (40,0%). As instalações desportivas/ espaços naturais mais utilizadas foram o Parque Verde da Várzea (20,6%), os Ginásios (20,0%) e os Pavilhões desportivos das associações e escolas (7,7%), a Ecopista do Sizandro (6,2%); as ID da Física de Torres Vedras 5,6% e a Avenida do Atlântico – “Marginal em Santa Cruz” - (5,5%);
4. Foram referidos três obstáculos principais à existência de mais atividade física e desportiva entre a população de Torres Vedras: a inércia das pessoas, falta de vontade, interesse, motivação, falta de tempo com 29,6% das referências; as instalações, piscinas municipais, instalações desportivas públicas, espaços para a prática desportiva, manutenção, segurança, iluminação com 15,1% das referências; e os custos, preços das atividades e do acesso às instalações com 12,6% das referências;
5. Relativamente às principais limitações identificadas na perspetiva dos clubes, a intensidade das repostas coloca maior importância nos seguintes aspetos: instalações
Quinta Parte – Planos de ação
299
desportivas; dinâmica social e desportiva dos clubes nas suas sedes; melhorar a oferta de formação, qualificação dos técnicos; necessidade de técnicos e dificuldades em atrair mais praticantes;
6. No grupo de discussão sobre o desporto na escola, os inquiridos incidiram as principais referências nas instalações desportivas, 23,5% das UT, em meio escolar (1-4UTDespEscolaQ4), justificando que, nalguns casos, ainda faltam instalações, em número e diversidade, e que, noutros casos, há desajustamentos, entre o existente e o que é necessário, e há falta de avaliação do estado de conservação e manutenção (20UTDespEscolaQ1), “…existem polos educativos com muitas lacunas de espaços desportivos interiores e exteriores (…)”. Por outro lado, sugerem o “… enriquecimento dos espaços exteriores das escolas do primeiro ciclo, ao nível de recursos e até da própria dimensão dos espaços…”(8-11UTDespEscolaQ5);
7. Ter em consideração a necessidade de melhorar prioritariamente as ID das escolas - do ensino pré-escolar, 1.º, 2º e 3º ciclo -, reabilitar polidesportivos e espaços de acesso livre, para atividades de participação desportiva mais diversificada e de compatibilização simultânea de utilizadores. As ID a serem intervencionadas, para além do seu projeto de construção/ recuperação, devem ter associado um plano de promoção desportiva com os parceiros responsáveis pelas atividades que aí se possam realizar;
8. Foi identificada a necessidade de renovação dos equipamentos/ materiais desportivos nas escolas: na Escola Secundária Henriques Nogueira - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira, melhorar a Instalação de aparelhos de condição física no exterior (pátio) e construir pavilhão coberto; na Escola EB 2,3 de Campelos – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias, inspecionar, substituição de todos os equipamentos (balizas, tabelas …); e na Escola EB 2,3 Padre Vítor Melícias – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias foi indicado a necessidade de inspecionar e substituição de todos os equipamentos (balizas, tabelas ...);
9. Para os próximos três anos, os professores inquiridos percecionam um crescimento da intervenção nas “instalações”, “envolvimento dos professores”, “comunicação para atrair alunos”, “atração de novos alunos” e crescimento da “relação com as instituições locais”;
10. É necessário maior apoio da CM na periferia, existem ID na periferia com reduzida ocupação, está tudo concentrado na cidade… (12UTFregCentroQ1); 11. A não existência de pavilhões desportivos ou outro tipo de recintos cobertos, em 16% das UT, foi apontada como uma limitação. Referiram ainda dificuldades de
manutenção das instalações e disponibilidade de espaços verdes … (8UTFregLitorQ4); 12. As sugestões indicadas pelos jovens, para melhorar atividade física e desportiva em Torres Vedras, foram centradas em 3 elementos: em primeiro lugar as
infraestruturas: construção, melhoria, mais espaços verdes, parques para praticar ao ar livre, aldeias, vilas, ciclovias, aparelhos, instalações desportivas com 27,5% das referências; em segundo lugar a oferta de mais atividades: na escola, ao ar livre, na pista, eventos, diferentes, caminhadas, corridas com 27,2% das referências; em terceiro lugar a divulgação: comunicação, incentivar, motivar com 16,1% das referências;
13. Sobe as principais limitações que identificam na freguesia (Q.4) os inquiridos, em 24 UT, indicam, com principais referências, as instalações desportivas cobertas, a não existência de pavilhões desportivos ou outro tipo de recintos cobertos, em 16% das UT. Os polidesportivos muito antigos e as condições dos balneários e instalações de apoio mereceram também apreciações enquanto limitações para a prática da atividade desportiva (12,13 UTFregInterQ4);
14. Pelo critério da dimensão populacional da freguesia, salvaguardando a limitação do critério, como cenário, na União das Freguesias do Maxial e Monte Redondo pode ser ponderada a necessidade de um grande campo de jogos; na Ponte de Rol, Ramalhal e Ventosa a existência de pavilhões/ salas de desporto; na Silveira a ponderação de uma pista de atletismo e nas freguesias de São Pedro da Cadeira, Silveira e Ventosa a possibilidade de existência de piscinas cobertas.
Alvo Instalações desportivas (ID) utilizadas em meio escolar e partilhadas pela comunidade (clubes juntas de freguesia e outros promotores); apetrechamento das ID com maior utilização pelas escolas, considerando a especificidade das atividades de ensino desenvolvidas espaços naturais passíveis de realização de atividade física e de prática desportiva; áreas de apoio das ID existentes associadas às atividades desportivas que se realizem em espaços naturais; otimização da utilização das ID pelas diferentes organizações/ utentes (clubes e escolas).
Impacto nos eixos estratégicos*
Desporto na escola Prática desportiva de competição / federada
Prática desportiva regular/ organizada
Prática desportiva de recreação/ lazer/ turismo
não organizada
Instalações desportivas
*** *** *** *** ***
Quinta Parte – Planos de ação
300
Atividades – o que fazer Resultados – o que se espera atingir
Indicadores – Como medir
Calendário
Ação 1 – Requalificar e apetrechar os espaços das escolas do 1.º ciclo, constituindo critérios de prioridade, relativa à ausência, proximidade de outras ID e estado de operabilidade.
Critérios de prioridade estabelecidos. Espaços das escolas qualificados e apetrechados.
Priorizar tipo de intervenção. Requalificar duas escolas por ano.
Ano Início Fim
2020
2021 2º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 2 – Reparar / requalificar os pavimentos das instalações desportivas das escolas EB 2,3 e Secundárias identificadas.
Pavimentos das instalações desportivas das escolas EB 23 e Secundárias identificadas reparados / qualificados.
Requalificar duas escolas por ano.
Ano Início Fim
2020
2021 3º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 3 – Disponibilizar equipamentos urbanos para mobilização funcional para seniores.
Equipamentos urbanos para mobilização funcional para seniores disponibilizados.
Ativar dois equipamentos urbanos por ano.
Ano Início Fim
2020
2021 3º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 5 – Proporcionar equipamentos urbanos Street Workout Park.
Equipamentos urbanos Street Workout Park disponibilizados.
Disponibilizar dois equipamentos urbanos por ano.
Ano Início Fim
2020
2021 4º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Quinta Parte – Planos de ação
301
Ação 4 – Requalificação das instalações desportivas dos clubes desportivos, nomeadamente as condições dos balneários.
Instalações desportivas dos clubes desportivos requalificadas.
Requalificar dois clubes por ano.
Ano Início Fim
2020
2021 4º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 5 – Melhorar a sinalética, marcação e segurança dos espaços públicos para a prática de atividade física e desportiva (parques, espaços públicos, ciclovias, ecovias, percursos pedestres).
Sinalética, marcação e segurança dos espaços públicos melhorada.
50% das melhorias em dois anos.
Ação 5 – Programa de apetrechamento de salas de desporto/ polidesportivos cobertos em freguesias rurais; revestir as instalações de equipamento ligeiro para apoio técnico às atividades e sessões de exercício físico.
Critérios de prioridade estabelecidos por instalação Espaços qualificados e apetrechados.
Duas salas de desporto por ano apetrechadas.
Ano Início Fim
2020
2021 3º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Ação 6 – Aumentar a oferta nas freguesias do concelho de áreas ou equipamentos simplificados destinados a práticas recreativas e informais de desporto.
Equipamentos simplificados disponibilizados à comunidade.
Um equipamento por ano.
Ano Início Fim
2020
2021 3º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Quinta Parte – Planos de ação
302
Ação 7 – Melhorar a oferta de ID especializadas nas freguesias do concelho. Aprofundar o conhecimento das taxas de ocupação/ utilização das ID já existentes, relacionar com a oferta de atividades pelos promotores, proximidade territorial das ID e com os valores de procura e de intenção de prática obtidos. Cruzar a informação anterior com o critério da dimensão populacional da freguesia, e perspetivar: na União das Freguesias do Maxial e Monte Redondo um grande campo de jogos; na Ponte de Rol, Ramalhal e Ventosa a existência de pavilhão/ sala de desporto; na Silveira a ponderação de uma pista de atletismo e considerando as freguesias de São Pedro da Cadeira, Silveira e Ventosa a possibilidade de existência de piscina coberta.
Estabelecer prioridades no número e tipologia de equipamentos a construir; adequar, do ponto de vista arquitetónico, funcionalidade técnica e de sustentabilidade, os equipamentos às necessidades de utilização pela população. Pelos valores da procura e atividades pretendidas a primeira ID a explorar deverá ser a piscina.
Priorizar o tipo de ID a construir. Construir uma ID até 2025.
Ano Início Fim
2020
2021 3º Tri.
2022
2023
2024
2025 4º Tri.
Fatores críticos de sucesso Recomendações
Eventos
Proporcionar as condições para que nas ID a ter intervenções possam existir eventos de promoção das atividade físicas e desportivas passíveis de serem ali realizadas e de acordo com a procura existente nas freguesias e concelho.
Formação de recursos humanos do desporto As pessoas que tiverem a responsabilidade operacional pelas ID devem ter formação, atualização de competências, adequada para a boa manipulação dos materiais e equipamentos.
Comunicação As ID devem ter um plano de comunicação, a divulgar também nos meios anteriormente recomendados, de forma a atrair o maior número possível de potenciais utilizadores.
Cooperação
Perspetiva-se uma utilização das ID por diferentes tipos de entidades: escolas, clubes, juntas de freguesia, programas da CM e grupos organizados de cidadãos.
Financiamento
Na União das Freguesias do Maxial e Monte Redondo validar a necessidade de grande campo de jogos; nas freguesias de Ponte de Rol, Ramalhal e Ventosa a existência de pavilhões/ salas de desporto.
Bibliografia
303
Bibliografia
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Motivos para la Actividad Física-Revisada en españoles: Diferencias por motivos de participación.
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Coordenação Nacional do Desporto Escolar (2019). Desporto Escolar Informações Relatório 2017-2018. Comunicação via e-mail, Novembro, 11, 2019.