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UFPR – DETF Química da Madeira MADEIRA - Material heterogêneo Prof. Dr. Umberto Klock

UFPR DETF Química da Madeira · Ocorrência de lenho de Reação • É um fenômeno natural: as árvores formam madeira com células de paredes alteradas quando é flexionada, ou

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UFPR – DETF Química da Madeira

MADEIRA - Material heterogêneo

Prof. Dr. Umberto Klock

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UFPR – Curso de Engenharia Florestal AT078 Química da Madeira

Introdução a disciplina

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Produtos madeireiros

Produtos não madeireiros

SILVICULTURA

Resinas, ceras óleos essenciais, sementes frutas, mel. Painéis

industriali-zados

Madeira sólida

Celulose

Lenha

Carvão vegetal

Sementes e mudas

Fertilizantes e defensivos

Máquinas e equipamentos

Prestadores de serviços

Indústria química, farmacêutica, alimentícia, etc.

Consumo industrial

Consumo doméstico

Siderurgia

Forjas artesanais

Consumo doméstico

Indústria de papel

Outros usos.

Compensados/ laminados

Painéis reconstituídos: MDF, aglomerados, chapas de fibras

Madeira serrada

Madeira tratada

Outros usos

Usinas integradas

Ferro gusa

Ferro ligas

Construção civil

Móveis

PMVA

Imprimir, escrita, tissue Embalagens Gráficos

Móveis

CADEIA PRODUTIVA DA MADEIRA

PMVA

Const. civil. Automobilis-tica

Me

rc

ad

o

In

te

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o

e

E x

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rn

o

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Angiospermas

7 Classes, incluindo

Coníferas – fibras longas Monocotiledôneas

(palmáceas, gramíneas)

Dicotiledôneas

(folhosas fibras curtas)

Gimnospermas

Plantas Superiores

Plantas Produtoras de Madeira

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Existem fortes evidências para acreditarmos que as plantas tiveram sua origem a partir das algas

verdes ou Clorofíceas.

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Classificação dos Vegetais (ex.)

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Reino Vegetal Vegetal

Filo ou divisão Gimnosperma Angiosperma

Classe Coniferopsida Dicotyledoneae

Ordem Conifereae Myrtales

Família Pinaceae Myrtaceae

Gênero Pinus Eucalyptus

Espécie ellitottii grandis

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Gimnospermas

•Termo originado do grego:

•gymnos=nua

•sperma=semente

•Softwood ou coníferas.

•Coníferas:Pinus,Picea,Tsuga,Pseudotsuga,Sequoia,Metasequoia,Juniperus,Cupressus,Abies,Taxus,Taxodium,

•Outras:Gingkobiloba,Cycas,Gnetum,Ephedra,

Welwitschia

7

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Gimnospermas estimativa de espécies

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Gimnospermas : 831

Pinaceae : 220 Outras Coníferas : 400 Gnetophyta : 80 Ginkgophyta : 1 Cycadophyta : 130

Apenas 3 coníferas nativas no Brasil: •Araucaria angustifolia •Podocarpus lambertii •Podocarpus selowii

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Coníferas

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Ex.: Araucaria angustifolia

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Ex. : Pinus taeda

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Floresta de Pinus

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Madeira de coníferas (ex.)

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Angiospermas

Termo originado do grego;

•angios= urna ou recipiente

•sperma = semente

•Hardwood ou folhosas.

• Cerca de 235.000 espécies, que variam em tamanho, desde espécies de Eucalyptus com mais de 100m de altura e 20m de circunferência, até algumas monocotiledôneas flutuantes simples, que medem até 1mm de comprimento.

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Angiospermas • Angiospermaes : 254.247

– Monocotiledoneas : 70.000 – Dicotiledoneas : 184.247

• Eudicotyledoneae 175.000 • Chloranthaceae : 70 • Ceratophyllaceae : 6 • Magnoliidae : 9.000 • Austrobaileyales : 100 • Nymphaeaceae : 70 • Amborellaceae : 1

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Angiospermas

• As angiospermas incluem duas classes:

Monocotiledôneas: planta cujo embrião tem um cotilédone; incluem gramíneas, lírios, antúrios e palmeiras;

Dicotiledôneas: plantas cujo embrião tem dois cotilédones; incluem árvores e arbustos, além de ervas.

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Ex.: Swietenia macrophylla

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Mogno

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Ex. : Cedrela fissilis

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Cedro

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Floresta de Eucalyptus - Sementes

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Floresta de Eucalyptus - Clones

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O Gênero Eucalyptus

Abrangia mais de 500 espécies

Estudo dos biólogos australianos Ken Hill e Lawrie Johnson:

Exatamente 113 espécies no gênero Eucalyptus

Novo gênero Corymbia

Eucalyptus citriodora Corymbia citriodora

Eucalyptus maculata Corymbia maculata

Eucalyptus torreliana Corymbia torreliana

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Madeira de folhosas (ex.)

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MADEIRA : UM MATERIAL HETEROGÊNEO

• Diferentes espécies de árvores apresentam diferente composição celular (anatomia);

• Variação dentro das espécies (devido a fatores genéticos e ambientais);

• Variação dentro da árvore (relacionado a posição na árvore)

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Estrutura do Tronco de Madeira

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Estrutura do Tronco da Árvore

Cortex ou casca

Floema

Câmbio

Alburno

Cerne

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Tronco de Madeira: Casca - Alburno - Cerne

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Toras de Eucalyptus para Celulose

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Cerne e alburno

A proporção de cerne e alburno varia dentro da própria árvore e, além de outros fatores, depende da espécie, idade, sítio, solo e clima.

As principais diferenças entre cerne e alburno:

- O cerne apresenta cor mais escura;

- O cerne apresenta menor teor de umidade;

- O cerne é mais resistente e mais impermeável.

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Câmbio

Entre o alburno (xilema) e a casca interna (floema) encontra-se uma camada de células denominada “câmbio”. É constituído por células meristemáticas secundárias, que ao se dividirem, internamente são responsáveis pelo crescimento do caule em diâmetro e pela formação da casca (externamente).

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Casca

A casca é constituída de duas camadas:

Uma camada mais interna, fina, fisiologicamente ativa, de cor clara, que conduz a seiva elaborada, denominada casca interna ou floema.

A mais externa, composta de tecido morto, denominada casca externa, ritidoma ou cortex, tem a função de proteger os tecidos vivos da árvore contra o ressecamento, ataque de microorganismos e insetos, injúrias mecânicas e variações climáticas.

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Movimentação de Líquidos no Tronco

Fonte: LOPES, 1984

Caule/tronco

Seiva Bruta

Seiva Elaborada

Raiz

Absorção

Fotossíntese

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Movimentação de Líquidos no Tronco

As substâncias retiradas do solo pelas raízes (água e sais minerais) ascendem na forma de seiva bruta pelo alburno.

Ao atingir as partes do vegetal que possuem clorofila, principalmente nas folhas, são transformadas pelo processo da fotossíntese em substâncias nutritivas (carboidratos), que descem pelas regiões internas da casca (floema)

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Anelamento em Eucalyptus

Anelamento (1-2cm) – Aplicar stress mas não matar a árvore

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Resposta da Árvore ao Anelamento (Eucalyptus)

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FUNÇÕES DAS CÉLULAS DE FOLHOSAS

• CONDUÇÃO DE ÁGUA

• ELEMENTOS DE VASOS

( Em geral 0,2 a 1,0 mm de comprimento)

• SUSTENTAÇÃO

• FIBRAS e FIBROTRAQUEÓIDES( 1 a 2mm de comprimento)

• ARMAZENAMENTO

• PARÊNQUIMA - RAIOS E AXIAL (0,1 a 0,3mm de comprimento)

• SECREÇÃO

• Células epiteliais (canais gomíferos) • Os raios variam de pequenos a grandes

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COMPOSIÇÃO CELULAR DE FOLHOSAS

• VASOS - 7 a 55%

• FIBRAS (libriformes - fibrotraqueóides) - 26 a 56%

• PARÊNQUIMA RADIAL - 5 a 25%

• PARÊNQUIMA AXIAL - 0 a 23%

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FUNÇÕES DAS CÉLULAS DE CONÍFERAS

• CONDUÇÃO:

• TRAQUEÓIDES DE LENHO INICIAL

• SUSTENTAÇÃO

• TRAQUEÓIDES DE LENHO TARDIO

• ARMAZENAGEM

• PARÊNQUIMA RADIAL

• SECREÇÃO

• CÉLULAS EPITELIAIS

• Os raios de coníferas são geralmente estreitos, com uma ou duas células de largura

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FUNÇÕES DAS CÉLULAS DE CONÍFERAS

Traqueóides de lenho inicial e tardio.

A – pontoações areoladas entre traqueóides;

B – pontoações areoladas entre traqueóide axial e radial;

C – pontoações pinóides entre traqueóide e raio parenquimático.

LI LT

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Traqueóides ou traqueídes

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Composição Volumétrica, %

Constituintes da Madeira Coníferas Folhosas

Traqueóides longitudinais 90-95% 0%

Vasos 0% 7 – 55%

Fibras 0% 27 – 76%

Parênquima radial 5-10% 5 – 25%

Parênquima axial 0 – 1% 0 – 23%

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(a) - traquóide de conífera (b, d, e) - elementos de vasos (c) - fibra libriforme de folhosas

Células da Madeira de Folhosas e Conífera

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Crescimento Apical do Tronco de Pinus

a – Promeristema

b – Medula

c – Câmbio

PANSHING & ZEEUW

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Crescimento do Tronco em Diâmetro

HAYGREEN & BOWYER

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Desenvolvimento do Tronco da Árvore

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Planos Transversal, Tangencial e Radial do Tronco

Seção Transversal

Seção Radial

Seção Tangencial KOLLMANN & CÔTÉ

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Planos de corte direção de crescimento

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Coníferas – Araucaria angustifolia adulta

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Coníferas

• A madeira de coníferas não é necessariamente de baixa densidade, na maioria das espécies a densidade varia entre 280 a 700 kg/m3.

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Microfotografia de Modelos de Estrutura Anatômica da Madeira de Conífera

Raio

Lenho Tardio

Lenho Inicial

Traqueídeo

Canal de Resina

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Madeira Adulta

Massa específica alta Traqueóides longos Paredes celulares espessas Alta porcentagem de lenho tardio Baixa porcentagem de grã espiralada Baixa porcentagem de nós Maior porcentagem de celulose Baixa porcentagem de lenho de compressão Maior contração transversal Menor ângulo microfibrilar Maior resistência mecânica

Madeira Juvenil

Baixa massa específica Traqueóides curtos Paredes celulares delgadas Baixa porcentagem de lenho tardio Alta porcentagem de grã espiralada Alta porcentagem de nós Menor porcentagem de celulose Alta porcentagem de lenho de compressão Menor contração transversal Menor resistência mecânica Maior ângulo microfibrilar

Madeira Juvenil/Adulta

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Porcentagem de lenho tardio/inicial

Pinus maximinoi Pinus taeda

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Lenho Inicial e Tardio – Anel de Crescimento

Seção transversal

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• Cortes anatômicos

• Macerado CONÍFERAS

x r t

Canal de resina

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Madeira de Coníferas - resumo

• Madeira macia – Softwood

• Estrutura anatômica mais simples

• Fibras longas: 3-6mm

• Traqueídeos e Parênquimas

• Constituição Volumétrica: 90-95% traqueídeos

5-10% parênquimas

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Madeiras de Coníferas

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Folhosas

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Folhosas

• A madeira de folhosas não é necessariamente de alta densidade, esta varia de baixa a alta.

(200 a 1300 kg/m3).

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Microfotografia de Modelo de Estrutura Anatômica de Madeira de Folhosa cont EF

Poro

Vaso

Anel de Crescimento

Raio

Raio

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Vistas anatômicas de Eucalyptus saligna

transversal tangencial radial

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Fibras e Vasos de Eucalyptus

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Foelkel – Viçosa 2003

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Textura

• A diferença entre lenho inicial e tardio afeta a textura da

madeira. • Folhosas com porosidade

difusa - 1

• textura uniforme

• Folhosas com porosidade em anel - 2 -textura desuniforme

1 2

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Elementos de vaso

• Elementos de vaso grandes podem afetar a qualidade superficial do papel, soltando-se durante a impressão litográfica.

Elemento de vaso do lenho inicail de carvalho

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Polpas maceradas de folhosas

F - fibra V - vaso

EW - elemento de vaso lenho inicial

LW - elemento de vaso lenho tardio

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Madeira de Folhosas - resumo

• Madeira mais dura - Hardwood

• Maioria das madeiras nativas brasileiras

• Vegetais mais evoluídos

• Estrutura anatômica complexa

• Fibras curtas: 0,5 a 1,5mm

• Constituição Volumétrica: Fibras – 60%

Parênquimas – 20%

Vasos – 20%

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Tipos de Pontoações da Fibra

BURGER & RICHTER

Simples Areolada

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Pontoação areolada – Pinus strobus

to – torus

ma - margo

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Membrana da Pontoação - Margo e Torus

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Pontoações Araucaria angustifolia

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Campos de cruzamento exemplos

Tipo Fenestriforme Tipo Pinóide (corte Lâmina) (Fotomicrografia)

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Aspectos para a Identificação de Elementos celulares de folhosas

• Nos elementos de vaso, principalmente:

• Tipo de placa de perfuração (aberturas relativamente grandes nas extremidades que conectam os elementos de vaso).

• Pontuações entre elementos de vaso - disposição e tamanho.

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Elemento de Vaso e Fibras - Eucalyptus

Aumento: 500X

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Placas de perfuração

• São as aberturas nas extremidades dos elementos de vaso.

• Placa de Perfuração simples

- apresentam-se com abertura circular simples ou eliptica.

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Placas de Perfuração dos Elementos de Vasos

Foraminada Simples Escalariforme

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Placa de perfuração escalariforme

• Apresentam uma série de aberturas alongadas e paralelas separadas por uma ou várias barras.

• Aparentemente sugerem um impedimento à passagem de líquido entre os elementos de vasos.

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Arranjo das pontoações intervasculares

ALTERNAS

OPOSTAS

ESCALARIFORME

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Outros aspectos para a Identificação de Elementos celulares de folhosas

• Pontoações elemento de vaso-parênquima: tamanho, similaridade com pontoações vaso-vaso.

• Dimensões de elementos de vaso e fibras (comprimento e largura)

• Ocorrência de espessamentos nas paredes celulares?

• Fibras com pontoações ou não?

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Arranjo das pontoações vaso-parênquima

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Anormalidades da Madeira

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Características que afetam as propriedades da madeira

• Nós

• Tiloses em madeira de folhosas;

• Teor de extrativos (quantidade e tipo);

• Lenho de reação, que apresenta alterações em relação ao lenho normal.

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Nó é a porção basal de um ramo que se encontra embebida no tronco de madeira, provocando na sua vizinhança desvios ou a descontinuidade dos tecidos lenhosos.

Fonte: DEF/UFV

Nós

Os nós podem ser vivos ou mortos.

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Formação de Nós na Madeira

HAYGREEN & BOWYER

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Formação de Tilose no Lume de Vasos

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TILOSES

• Expansão da parede celular de célula de parênquima adjacente a um elemento de vaso, através da abertura de uma pontoação, bloqueando parcial ou totalmente o lume do vaso.

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Efeito dos tilos na madeira

• Fechamento dos vasos causando baixa permeabilidade da madeira;

• Se abundante, dificulta a secagem, a impregnação com produto de preservação ou de estabilização dimensional da madeira,

• Diculta a impregnação de licor de cozimento na obtenção de polpas celulósicas.

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Presença de Tilose no Cerne de

Eucalyptus – 200X

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Presença de Tilose no Cerne de

Eucalyptus – 500X

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EXTRATIVOS NO CERNE

• Os efeitos podem ser:

• Coloração da madeira;

• Revestem as paredes celulares e passagens de água;

• Diminuem a permeabilidade;

• Reação com colas e tintas de acabamento.

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Ocorrência de lenho de Reação

• É um fenômeno natural: as árvores formam madeira com células de paredes alteradas quando é flexionada, ou cresce em terreno em declive, ou ainda sem razão aparente;

• A função é corrigir a curvatura, manter o tronco na vertical, também ocorre em galhos, mantendo os seus ângulos.

• Em folhosas é formado na parte superior dos galhos ou na parte que é tracionada - Lenho de Tração ou Tensão.

• Em coníferas é formado na partes inferior dos galhos ou na porção que é

comprimida - Lenho de Compressão.

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Normal Quebrada

Arrancada

Curvada TombadaInclinada

Árvores Afetadas pelos Ventos

ROSADO, M.A. – Lato Sensu, UFV2006

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Lenho de Reação

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Madeira de Tração em Folhosa

HAYGREEN & BOYER

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Efeito de Ventos em Floresta de Eucalyptus – Vale Paraíba, SP

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LENHO DE REAÇÃO

Lenho de tração – folhosas / Lenho de compressão - coníferas

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Madeira Anormal - Compressão

Madeira de Compressão (coníferas) - Parte inferior troncos inclinados e de galhos

- Traqueóides menores

- Formato circular dos traqueóides (transversal)

- Espaços intercelulares

- Parede mais espessa

- Densidade mais elevada

- Mais lignina e menos celulose

- Polpa de celulose mais escura

- Menor rendimento de polpação

- Branqueamento mais difícil

- Propriedades inferiores de resistências da polpa

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NORMAL

COMPRESSÃO

Fibras circulares, espaços interfibras e fissuras helicoidais

Madeira Normal e de Compressão

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Madeira Anormal - Tração

Madeira de Tração (folhosas) - Parte superior troncos inclinados e de galhos

- Camada gelatinosa após S3

- Mais celulose e menos lignina

- Maior rendimento

- Mais galactanas e menos xilanas

- Vasos menores e menos frequentes

- Densidade mais elevada

- Propriedades resistência inferiores

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Madeira Eucalyptus

Normal - Tração

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folhosas coníferas

LENHO DE REAÇÃO

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Material Inorgânico

Cristais

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EX.01 – PARA RESPONDER E ENTREGAR

1. Função das células em coníferas e folhosas.

2. Cite 5 diferenças entre a madeira juvenil e adulta?

3. O que é pontoação? Cite os tipos.

4. Diferencie cerne de alburno?

5. Qual a importância do câmbio?

6. Tilose – faça o esquema.

7. Cite diferenças entre o lenho de reação de coníferas e folhosas.