Introduo.
Qual o padro de distribuio dos gastrpodes nas macrfitas aquticas
na Baa da Medalha?
Mais da metade dos organismos vivos que conhecemos esto
associados ou se associam a outros organismos atravs de relaes
mutualsticas, comensais ou parasticas (Begon et al, 2007). Estas
relaes podem ser especficas, dependendo da histria evolutiva dos
grupos considerados ou podem acontecer ao acaso, atravs da
probabilidade de dois organismos se encontrarem.As regies
Neotropicais mostram um padro estrutural muito complexo, sendo que
nestes ambientes a probabilidade de existirem relaes de associao
entre organismos alta. Dentro deste contexto, o Pantanal uma
extensa plancie de inundao que possui um rico gradiente de
ambientes aquticos (Prado et al, 1994), favorecendo a existncia de
dezenas de espcies de macrfitas aquticas, bem como a fauna
associada a estas plantas (Pott & Pott, 2000).A respeito disso,
o estudo das relaes entre macrfitas aquticas e outros organismos
tem sido um tema recorrente na literatura cientfica. No entanto,
pouco se sabe sobre a associao espcie-especfica de animais com
macrfitas aquticas. As macrfitas aquticas so enriquecedoras
ambientais, pois podem servir como locais propcios para desova e
construo de ninhos, bem como ser utilizadas direta ou indiretamente
como recurso alimentar.
Objetivos:
Sabendo que pode existir uma dependncia especfica de hbitats por
espcies de gastrpodes, nosso objetivo observar se a comunidade de
gastrpodes na Lagoa da Medalha encontra-se agregada em determinadas
espcies de macrfitas aquticas. A hiptese nula de que a comunidade
de gastrpodes estar distribuda aleatoriamente entre as espcies de
macrfitas aquticas e a hiptese alternativa prev que a comunidade de
gastrpodes estar associada a poucas espcies de macrfitas
aquticas.
Mtodos.As amostragens sero realizadas em uma lagoa permanente,
conhecida como Baia da Medalha, distando cerca de 1km da BEP. As
coletas sero realizadas durante 3 dias, sempre no mesmo perodo.
Sero escolhidas 5 espcies de macrfitas para realizar a amostragem.
O esforo amostral ser de 05 unidades amostrais por espcie de
macrfitas (n=25), sendo que as parcelas sero alocadas
aleatoriamente no interior da lagoa. Dentro de cada parcela haver
apenas uma espcie de macrfita. Cada unidade amostral ir consistir
de uma parcela quadrada de 0.25 X 0.25 m. O contedo de cada unidade
amostral coletado ser colocado dentro de um saco plstico. Ser
registrada a temperatura da gua e a saturao de oxignio em 3 pontos
da lagoa, e uma mdia aritmtica de cada parmetro ser calculada.No
laboratrio, a fauna de gastrpodes associada ser retirada das
espcies de macrfitas aquticas, fixadas em lcool 70% e
morfoespeciadas.Utilizarei o ndice de Shannon para avaliar a
diversidade e o ndice de Jaccard para calcular a equitabilidade e o
ndice de similaridade da comunidade de gastrpodes nas macrfitas.
Utilizaremos uma anlise de Cluster para expressar graficamente a
semelhana entre as comunidades.
Lista de materiais:Lupa estereoscpica com iluminao.5 bandejas de
plstico.25 sacos plsticos 20 litros.2 Pinas de ponta fina2 peneiras
de 60-65cm de dimetro/1-2mm de malha1 tesoura de poda20 frascos
pequenos de plstico 20 Eppendorfs1 litro de lcool 70%Trena
50m.Aparelho OxmetroChave de identificao de gastrpodes
dulccolas.
Referncias bibliogrficas
PRADO, A.L.; HECKMAN, C.W & MARTINS, F.R. The seasonal
succession of biotic communities in wetlands of the tropica
wet-and-dry climatic zone:II. The aquatic macrophyte vegetation in
the Pantanal of Mato Grosso, Brazil. Internatertionale Revue
gesamten Hydrobiologie 79(4):569-589. 1994POTT, V.J. & POTT, A.
Plantas Aquticas do Pantanal. Corumb, Embrapa CPAP. 2000BEGON, M.;
TOWNSEND, C.R.; HARPER, J.L. Ecologia: De indivduos a Ecossistemas.
4 Ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
