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FLORESTA DE EUCALIPTOPARA PRODUÇÃO DE MADEIRA:UMA ALTERNATIVA PARA DIVERSIFICAÇÃO DE RENDA NA PEQUENA PROPRIEDADE.
INTRODUÇÃO
ESPÉCIES DE EUCALIPTO RECOMENDADAS
ESCOLHA DA ÁREA PARA PLANTIO
CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS
SEMENTES CERTIFICADAS
QUALIDADE DAS MUDAS
PREPARO DO SOLO
PLANTIO
ADUBAÇÃO
TRATOS CULTURAIS
RALEIO OU DESBASTE
PODA OU DESRAMA
CONSÓRCIO DE FLORESTA E PECUÁRIA
POUPANÇA VERDE
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SUMÁRIO
Cartilha desenvolvida pela Philip Morris Brasil com conteúdo de Jorge Antonio de Farias, Professor Doutor do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de Santa Maria, RS • 1ª Edição - Setembro/2012
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FOTO DA CAPA: PEDRO NOGUEIRA | DREAMSTIME.COM
INTRODUÇÃOAssim como no passado, as florestas continuam
sendo fundamentais para a existência da vida
humana. Isto porque as florestas fornecem alimen-
tos, são responsáveis pela regulação do clima, pela
retenção das águas das chuvas e também pela
proteção das fontes de água. Por esse motivo, a
legislação restringe cada vez mais a exploração das
matas nativas.
Por outro lado, a procura pelos produtos florestais
continua crescendo significativamente. Um dos
produtos mais valorizados são as toras para
produção de madeira em serrarias, principalmente
porque a exploração de madeira de lei, proveniente
de matas nativas, é cada vez mais controlada pelos
órgãos ambientais.
Para suprir esse mercado crescente de madeira, o
plantio de eucalipto se apresenta como uma
excelente opção de renda para as pequenas proprie-
dades. O eucalipto é uma espécie de crescimento
muito rápido e quando manejado corretamente,
produz uma madeira de excelente qualidade.
O objetivo dessa cartilha é apresentar aos peque-
nos produtores, de forma sucinta e inicial, quais são
os principais procedimentos técnicos recomenda-
dos para a produção de madeira em florestas de
eucalipto, bem como demonstrar o potencial de
geração de renda dessa atividade.
Caro produtor, caso esse assunto desperte seu
interesse, você poderá buscar maiores informações
com agrônomos, técnicos e engenheiros florestais.
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ESPÉCIESDE EUCALIPTORECOMENDADAS
Atualmente, se conhece em torno de 800 espécies diferentes de eucalipto, sendo que no sul
do Brasil as principais espécies cultivadas são: Eucalyptus grandis, Eucalyptus saligna e Euca-
lyptus dunnii. Essas três espécies se adaptam muito bem à pequena propriedade rural, espe-
cialmente dos agricultores que cultivam tabaco, por serem espécies com uso bem variado,
inclusive com grande potencial de uso em serrarias.
O quadro abaixo apresenta as principais características dessas três espécies de eucalipto.
A única espécie de eucalipto indicada para solos úmidos é o Eucalyptus robusta, que também
é conhecido como eucalipto de casca grossa. É uma espécie que também produz boa madeira
para serraria, mas que nem sempre é tão facilmente encontrada nos viveiros de mudas.
GRANDIS
SALIGNA
DUNNII
USOS
GRANDIS SALIGNA DUNNII
SOLO
CLIMA
MADEIRA
Tolera bem a maioria dos
solos, mas não deve ser
plantado em solos úmidos.
Para lenha, varas, escoras,
postes e excelente para
serrarias.
Tolera bem a maioria dos
solos, mas não deve ser
plantado em solos
úmidos.
Para lenha, varas,
escoras, postes e
excelente para serrarias.
Baixa tolêrancia ao frio.
Deve ser plantado após
as últimas geadas.
Indicado para regiões
de ocorrência de
geadas mais fortes.
Tolera bem a maioria
dos solos, mas não
deve ser plantado em
solos úmidos.
Para lenha, varas,
escoras, postes e
moirões. Uso razoável
em serrarias.
Madeira bem pesada.Leve, de tom rosa a
vermelho claro.
Um pouco mais pesada
que a do grandis.
Coloração avermelhada.
Baixa tolêrancia ao frio.
Deve ser plantado após
as últimas geadas.
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FONTE: DADOS DO AUTOR.
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TO: J
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CONTROLEDE FORMIGASCORTADEIRAS
As formigas cortadeiras são o maior inimigo dos plantios florestais. Caso elas não sejam corre-
tamente combatidas, a perda pode chegar facilmente a totalidade do plantio.
O controle das formigas cortadeiras deve ser feito durante todo o primeiro ano da floresta e
não somente no momento do plantio. Ao contrário do que se imagina, as formigas cortam o
ano inteiro, mudando apenas o horário em que trabalham. No verão, elas aparecem com mais
frequência no final da tarde e até a noite, enquanto no inverno o seu horário é entre o final da
manhã e inicio da tarde.
O melhor mês para combater um formigueiro é julho, antes das formigas realizarem os
enxames para formarem novos formigueiros em outras áreas.
A forma ideal para combater as formigas é distribuir iscas por toda a área de plantio, em vez
de passar o dia procurando os formigueiros. Se a isca for nova e de boa qualidade, no mesmo
dia as formigas irão procurá-la e carregá-la.
AS FORMIGAS SAÚVAS FORMAMENORMES NINHOS COM DANOSSEVEROS EM REFLORESTAMENTOS.
AS FORMIGAS DE MONTE (QUENQUÉNS)TÊM NINHOS MENORES, MAS OS SEUSDANOS SÃO IGUALMENTE SEVEROS.
ESCOLHA DAÁREA PARA PLANTIO
Preferencialmente, os plantios florestais das pequenas propriedades devem ser realizados nas
áreas com menor aptidão para a agricultura . As áreas mais distantes da sede, ou com maior
declividade, ou com pedras, ou com muita dificuldade de preparo de solo podem ser utiliza-
das para o plantio de florestas, deixando as melhores áreas disponíveis para outros cultivos.
É importante lembrar que as florestas, não importando de qual espécie, nunca devem ser
plantadas nas margens de rios, arroios ou riachos e nem próximo a nascentes ou olhos d’água.
Estas áreas são consideradas áreas de preservação permanentes (APPs) e nelas não pode haver
nenhuma atividade agropecuária, inclusive plantio de florestas comerciais. Uma floresta de
eucalipto plantada nessas áreas poderá ter o seu corte embargado no futuro.
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ROTEIRO PARA OCONTROLE EFICIENTE DA FORMIGA
Fazer o controle em julho, antes do plantio da floresta.
Antes do controle às formigas, não realizar roçada e nem preparo de solo na área de plantio.
Se na área de plantio houver formigas Quenquéns ou de monte, as iscas devem ser distribuídas em toda a área da floresta, num espaçamento de 4 x 6 metros. Em cada um destes pontos, equivalentes a 24 metros quadrados, devem ser colocados 10 gramas de isca.
FORMIGAS CARREGANDO ISCA
Se na área houver o ataque de formigas
Saúvas, é necessário estimar o tamanho
do formigueiro. Nestes casos, se aplica
10 gramas de isca granulada para cada
metro quadrado de formigueiro.
As iscas devem ser SEMPRE NOVAS. Nunca se deve armazenar iscas em casa, pois elas perdem facilmente o aroma atrativo para as formigas. O ideal é comprar as iscas semanalmente.
Use somente iscas registradas no Minis-tério da Agricultura. Há muitas iscas granuladas falsificadas e sem registro, o que pode causar sérios danos ao meio ambiente, além de não realizar um controle eficiente.
As iscas devem ser colocadas ao lado do carreiro da formiga. NUNCA colocar dentro do formigueiro ou sobre o carreiro.
PORTA-ISCA,USANDO UMA GARRAFA PET
BARREIRA FÍSICANO CAULE DAS MUDAS
Uma técnica muito interessante no combate às formigas cortadeiras é o uso de porta-iscas.
As iscas, ao entrar em contato com a umidade do solo ou do sereno, perdem toda a sua atra-
tividade e as formigas não as carregam. Dessa forma, o uso de porta-iscas é uma boa alterna-
tiva, porque caso as formigas não carregarem, as iscas poderão ser reutilizadas em outro
local. Além disso, se houver chuva as iscas estarão protegidas e também não contaminarão
o ambiente.
Ainda existem outras técnicas de controle do
ataque de formigas. São técnicas associadas ao
uso de produtos que criam uma barreira física,
ou seja, são produtos que impedem a passa-
gem das formigas pelo caule das plantas. Estes
produtos são aplicados na base das mudas. O
produto é bastante pegajoso, evitando que as
formigas consigam ultrapassar essa barreira.
Eles têm durabilidade superior a três meses,
não são tóxicos e não causam nenhum prejuízo
ao desenvolvimento das plantas. Esses produ-
tos não matam a formiga e nem acabam com o
formigueiro, servindo apenas de barreira física.
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A aparência da muda também é muito impor-
tante e os principais pontos a serem observados
na escolha das mudas são:
A – Sistema radicular: as mudas devem apre-
sentar um sistema radicular bem formado. O
torrão deve ser firme e consistente ao ser
retirado do tubete. A muda ideal é aquela que
apresenta raízes finas e brancas. As mudas com
raízes grossas e marrons são mudas que ficaram
muito tempo no viveiro e que já passaram do
ponto.
B – Altura das mudas: o ideal é que as mudas
apresentem uma altura na faixa dos 30 centí-
metros. Mudas com esta altura apresentam um
bom sistema radicular e apresentam uma boa
quantia de folhas. Uma boa quantidade de
folhas é fundamental para que as mudas
tenham um crescimento rápido logo após o
plantio.
QUALIDADEDAS MUDAS
AS MUDAS COM RAÍZES GROSSAS E MARRONSDEVEM SER DESCARTADAS.
MUDA COM BOA ALTURAE BOA QUANTIDADE DE FOLHAS.
O sucesso de um projeto florestal é a soma de
muitas variáveis, mas, sem dúvida, a qualidade
genética das sementes é a mais importante.
Ao observar a imagem é possível verificar a
existência de muitas qualidades nas árvores que
servirão de matrizes para as sementes. São
árvores uniformes, retas, de grande produtivi-
dade. Mudas produzidas com sementes de
árvores matrizes com essa qualidade têm grande
possibilidade de resultar em uma floresta com as
mesmas qualidades. Por outro lado, as sementes
de florestas mal manejadas ou de árvores com
características inadequadas (tortas, crescimento
desuniforme, com muitas forquilhas) certa-
mente produzirão uma floresta com as mesmas
características indesejadas. Por isso, é muito
importante que as mudas sejam produzidas
somente com sementes certificadas.
SEMENTESCERTIFICADAS
A ESCOLHA ERRADA DAS SEMENTES RESULTA EM PREJUÍZOS NO FUTURO.
SEMENTES DE BOAS MATRIZESPRODUZEM BOAS FLORESTAS.
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O preparo do solo, principalmente a
descompactação da linha de plantio, é
fundamental para o rápido estabeleci-
mento dos plantios florestais.
No caso dos plantios florestais, o preparo
de solo é feito apenas na linha de plantio.
No restante da área, se realizam apenas
roçadas. Uma boa descompactação da linha
de plantio irá resultar em crescimento mais
rápido das mudas.
O primeiro passo no preparo do solo é
subsolar a linha de plantio. Para isso, cada
produtor rural deve utilizar os equipamen-
tos disponíveis na sua propriedade. Pode ser
feito com subsolador, com arado de aiveca,
com “mola”, com arado búfalo. O funda-
mental é romper as camadas superficiais do
solo, da forma mais profunda possível. Após
a descompactação, deve ser feito o destor-
roamento, utilizando-se uma grade de
arrasto, correntes ou troncos.
Nos casos em que o terreno não permite o
uso de implementos agrícolas, seja pela
declividade ou pelo excesso de pedras, a
alternativa é a abertura de covas. Neste
caso, quanto maior a cova, melhor será o
desenvolvimento inicial das mudas.
PREPARODO SOLO
FLORESTA DE EUCALIPTO COM 3 ANOS E ESPAÇAMENTO DE 3X2M.
PLANTIO
Atualmente o melhoramento genética do eucalipto melhorou muito. Para se ter uma ideia, em
1970, cada hectare de eucalipto crescia por ano em torno de 15 metros cúbicos. Atualmente,
já se consegue atingir um crescimento superior a 60 metros cúbicos por ano.
Essa informação é importante para se compreender porque, atualmente, a distância de
plantio entre as árvores deve ser maior do que era no passado. Além disso, no caso das
florestas para produção de madeira, o maior espaçamento é importante para que as árvores
fiquem mais grossas e uniformes, produzindo toras de maior valor nas serrarias.
Para produção de madeira com eucalipto, se recomenda duas opções de espaçamentos para
as pequenas propriedades:
• 3 x 2 metros = ao redor de 1.600 árvores por hectare
• 3 x 3 metros = ao redor de 1.100 árvores por hectare
Com esses espaçamentos, no primeiro ano, é possível fazer o plantio consorciado com alguma
outra cultura agrícola (milho, feijão) entre as linhas de plantio do eucalipto.
O plantio deve ser realizado após o período das geadas de cada região, mas antes das
temperaturas mais altas da primavera. Então, no sul do Brasil, os meses de agosto e setembro
são os mais recomendados.
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A adubação de base deve ser realizada imediatamente após o plantio e nunca deve ser
dentro da cova ou dentro da linha de plantio. O adubo deve ser aplicado na superfície do
solo, sendo distribuído ao redor das mudas e na distância de um palmo. Isso evita a queima
das raízes das mudas.
Para essa adubação de plantio, recomenda-se escolher um adubo rico em fósforo, como
por exemplo as fórmulas 05-30-15 ou 06-30-06. A quantidade recomendada é de 100
gramas por planta.
Após 45 a 60 dias do plantio, deve-se fazer uma adubação de cobertura, usando 100 gramas
por planta de alguma fórmula rica em nitrogênio. As fórmulas mais usuais para a cobertura
são: 26-00-00 ou 20-00-20 ou 20-02-14. Repete-se esta adubação de cobertura após 120 dias
ADUBAÇÃO
O ADUBO DEVE SER DISTRIBUÍDO NA SUPERFÍCIE DO SOLO
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TRATOSCULTURAIS
Após o plantio, os principais tratos culturais são a capina ou coroamento ao redor das mudas
e também as roçadas nas entrelinhas. Essas práticas são fundamentais, pois o eucalipto não
apresenta um crescimento uniforme quando cresce em meio aos inços. Dessa forma é funda-
mental manter os inços sempre abaixo da copa das mudas, de maneira que as mudas possam
crescer em altura e também desenvolver uma boa copa. Normalmente, esses tratos culturais
são necessários somente no primeiro ano do plantio.
AS MUDAS NÃOPODEM CRESCER
NO MEIO DOMATO.
O OBJETIVO DACAPINA É DEIXAR
A COPA DOEUCALIPTO
CRESCER COMBASTANTE ESPAÇO.
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RALEIO OUDESBASTE
Nos dois exemplos acima, após o segundo raleio, que será realizado quando a floresta tiver 10
anos, ainda sobrarão ao redor de 250 árvores. Se bem manejadas, a partir dos 15 anos, essas
árvores produzirão toras de altíssima qualidade para serraria, além de produzir lenha da
ponteira e das galhadas.
6 ANOS
ÁRVORESCORTADASIDADE TIPOS DE
PRODUTOS VOLUME PRODUZIDO
10 ANOS
15 ANOS
700
Lenha, toretese toras
Lenha e toretes
Lenha100 metros de lenha
empilhada
245 metros cúbicosde toretes + 60 metros
de lenha da pontae dos galhos
246 metros cúbicos de toras + 105 metros cúbicos de
toretes + 30 metros de lenha da ponta e dos galhos
650
250
EXEMPLO DE MANEJO PARA UMA FLORESTA COM ESPAÇAMENTO 3 x 3 m (1.100 árvores por hectare)
6 ANOS
ÁRVORESCORTADASIDADE TIPOS DE
PRODUTOS VOLUME PRODUZIDO
10 ANOS
15 ANOS
500
Lenha, toretese toras
Lenha, toretese toras
Lenha80 metros de lenha
empilhada
68 metros cúbicos de toras + 127 metros cúbicos de
toretes + 40 metros de lenha da ponta e dos galhos
277 cúbicos de toras +64 metros cúbicos de toretes
+ 30 metros de lenha da ponta e dos galhos
350
250
TORAS DE EUCALIPTO COM ALTA QUALIDADE PARA USO EM SERRARIAS
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O raleio das árvores é um manejo muito importante
em uma floresta plantada para a produção de toras
para serraria. O raleio deve ser realizado quando as
árvores entrarem em competição por nutrientes, água
e luz. Após o raleio, as árvores que não foram descarta-
das irão se desenvolver com o tronco mais grosso, reto
e uniforme. Dessa forma, a floresta terá um maior
rendimento de toras e com alta qualidade para serraria.
A idade e a quantidade de árvores que serão descarta-
das em cada operação de raleio, vai depender do espa-
çamento que foi usado no plantio. Em todas as opera-
ções de raleio, deve sempre ser realizado um corte
seletivo. Isso significa descartar as árvores mais finas e
com defeito, sempre mantendo as melhores árvores
para a produção de toras.
EXEMPLO DE MANEJO PARA UMA FLORESTA COM ESPAÇAMENTO 3 x 2 m (1.600 de árvores por hectare)
SELEÇÃO DAS MELHORESÁRVORES PARA PRODUÇÃO
DE TORAS
FONTE: DADOS DO AUTOR.
FONTE: DADOS DO AUTOR.
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SERROTE APROPRIADO PARA A DESRAMA CONSEQUÊNCIA DOS NÓS NA MADEIRA SERRADA
ESSES SÃO OS GALHOS QUE DEVEM SER CORTADOSPARA A PRODUÇÃO DE MADEIRA SEM NÓ
O CORTE DEVE SER RENTE AO TRONCO
PODA OUDESRAMA
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A desrama é o corte dos galhos inferiores da
copa da árvore. Tem a única finalidade de dar
qualidade à madeira, pois com essa operação as
árvores irão produzir madeira sem nó e serão
mais valorizadas pelas serrarias.
As florestas destinadas à produção de lenha não
devem e não precisam sofrer desrama.
A desrama só deve ser realizada nas árvores que
serão destinadas à produção de toras. Então, a
desrama só será feita nas árvores mais uniformes
e com melhor desenvolvimento, que não serão
descartadas no primeiro raleio.
A desrama deve se iniciar quando os troncos das
árvores estiverem com uma grossura de 4 dedos
ou 10 centímetros. O que define o momento de
iniciar e terminar a desrama é o diâmetro do
tronco. Então, a desrama nunca deve ser feita na
parte do tronco com grossura inferior a 10 centí-
metros, independente da idade ou da altura da
árvore.
A desrama é uma atividade que deve ser feita
anualmente nos meses de inverno, quando as
árvores sentem menos o corte dos galhos.
É muito importante que a operação de desrama
seja realizada com serrote próprio para esta
finalidade. A desrama nunca deve ser realizada
com facão ou foice. O corte deve ser bem junto
ao tronco, sem machucar, sem lascar e sem deixar
qualquer pedaço ou toco de galho.
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CONSÓRCIODE FLORESTAE PECUÁRIA
CRESCIMENTO DECAPIM TANZÂNIA
EM CONSÓRCIOCOM EUCALIPTUS
GRANDIS NOESPAÇAMENTO
DE 3 X 2 M
COM ESSAQUANTIDADE DE
LUZ É POSSÍVELA SEMEADURA
DE AZEVÉM
O PLANTIO EMESPAÇAMENTOS
MAIORES PERMITE OCULTIVO AGRÍCOLANO PRIMEIRO ANO
E PASTAGEM NOSANOS SEGUINTES
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Antigamente se alguém falasse em cultivar pasto no meio do
eucalipto, não seria levado a sério. No caso de floresta de
eucalipto para produção de madeira, é perfeitamente possível
o consórcio de florestas com pastagens cultivadas. Isso ocorre
porque as árvores de eucalipto são plantadas com a distância
mínima de 3 metros entre as linhas de plantio. Além disso, ao
se conduzir a produção para a serraria, será necessário realizar
a desrama a partir do segundo ano, o que permitirá que entre
mais luz na floresta.
O raleio, que é feito aos 6 anos, também permitirá uma maior
entrada de luz na floresta, permitindo o desenvolvimento de
uma boa pastagem.
Em consórcio com a floresta, a pastagem cultivada sofre
menos na estiagem e, no inverno, não seca tanto com a geada.
Outra boa opção, é o consórcio da floresta de eucalipto com
os potreiros de campo nativo, que são bem comuns nas
pequenas propriedades. Nessa opção, pode ser usado o espa-
çamento de 6 x 6 metros, resultando ao redor de 280 árvores
por hectare. Nesse caso, não será necessário nenhum raleio
durante o desenvolvimento da floresta, mas apenas a realiza-
ção de desrama. Essas 280 árvores serão cortadas para
produção de toras a partir dos 15 anos de idade, sem interferir
no aproveitamento do potreiro de campo nativo para alimen-
tação dos animais da propriedade.FO
TO: G
ILM
AR
DEP
ON
TIFO
TO: J
ORG
E FA
RIA
SFO
TO: J
ORG
E FA
RIA
S
POUPANÇAVERDE
MUDAS
FORMICIDA
FERTILIZANTES
HERBICIDAS
PREPARO DO SOLO
TOTAL
QUANTIA/HECTAREINSUMOS VALOR TOTAL (R$)
1.100 (+ 5% de replante)
3 Kg
330 Kg
3 Litros
-
-
30,00
345,40
288,75
51,00
630,00
1.345,15
24 25
O reflorestamento é um investimento de longo prazo e
pode ser um complemento importante para a renda dos
produtores, devido ao alto valor que as toras de eucalipto
alcançam no mercado atual de madeira. No futuro, o valor
de mercado destas toras poderá ser ainda mais elevado,
devido às maiores restrições ao uso de madeira de lei
proveniente de espécies de árvores nativas.
Se compararmos o retorno do investimento em refloresta-
mento com uma aplicação em caderneta de poupança,
percebemos como pode ser alta a viabilidade de se inve-
stir em florestas de eucalipto para produção de madeira,
conforme apresentado abaixo.
O gasto médio para o plantio de 1 hectare de eucalipto no
sul do Brasil, com espaçamento de 3 x 3 metros, é estimado
em:
FONTE: DADOS DO AUTOR.
ESTE MÓVEL É FEITO DE MADEIRA DE Eucalyptus grandis:QUALIDADE E DURABILIDADE.
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VALOR ATUAL DAPRODUÇÃO (R$)
TOTAL
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Lenha
Lenha, toretese toras
Lenha, toretese toras
80 metros de lenha empilhada
68 metros cúbicos de toras+ 127 metros cúbicos de toretes + 40 metros de
lenha da ponta e dos galhos
6 ANOS
IDADE TIPOS DEPRODUTO VOLUME PRODUZIDOÁRVORES
CORTADAS
10 ANOS
15 ANOS
277 metros cúbicos de toras+ 64 metros cúbicos de toretes + 30 metros de
lenha da ponta e dos galhos
2.000,00
11.565,00
27.920,00
R$ 41.485,00
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Neste exemplo, com o espaçamento de 3 x 3 m, o produtor rural irá gastar R$ 1.345,15 para
plantar 1 hectare de eucalipto. Se ele aplicar esse recurso na poupança por 15 anos, essa
aplicação irá render R$ 4.721,45, considerando um rendimento médio de 0,7% ao mês.
Se o produtor seguir todas as recomendações técnicas e conduzir esta floresta para produzir
madeira para serraria, ele irá obter o seguinte rendimento:
Os dados acima mostram que ao longo de 15 anos, mesmo sem considerar um aumento no
preço atual da madeira e vendendo as árvores em pé, essa floresta poderá render R$ 41.485,00.
Isso significa que a floresta poderá render aproximadamente nove vezes mais do que a pou-
pança. Com base nesta simulação, vemos que o plantio de florestas para a produção de
madeira poderá ser uma opção de investimento para complementar a renda dos produtores
rurais e trazer segurança para sua família.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A presente cartilha não deve ser considerada uma proposta. Seu conteúdo também não deve representar promessa de resultado, sendo tão somente uma compilação e um agrupamento de informações técnicas em um único documento a respeito da produção de florestas manejadas, que poderão despertar o interesse do produtor rural a se aprofundar no assunto e procurar informações técnicas com profissionais da área. A leitura dessa cartilha não substitui a consulta e a orientação prévia de profissionais especializados.
FONTE: DADOS DO AUTOR.
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