Upload
buitruc
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS PARA
PLATAFORMAS OFFSHORE.
André Amadei Braga
Projeto de Graduação apresentado no Curso de
Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte
dos requisitos necessários à obtenção do título de
Engenheiro Naval e Oceânico.
Orientador: Floriano Carlos Martins Pires Junior
Rio de Janeiro
Setembro de 2017
ii
UMA ANÁLISE DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS PARA
PLATAFORMAS OFFSHORE.
André Amadei Braga
PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE
ENGENHARIA NAVAL E OCEÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO
NAVAL E OCEÂNICO.
Examinado por:
_________________________________________
Prof. Floriano C M Pires Jr, D. Sc.
(orientador)
_________________________________________
Prof. Luiz Felipe Assis, D.Sc.
(co-orientador)
_________________________________________
Prof. Jean David J E M Caprace, D. Sc.
_________________________________________
Prof. Richard David Schachter, Ph.D.
iii
BRAGA, André Amadei
Uma análise de um sistema de transporte de passageiros para
plataformas offshore./ André Amadei Braga. – Rio de Janeiro:
UFRJ/ Escola Politécnica, 2017.
X, 55 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Floriano Carlos Martins Pires Júnior
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de
Engenharia Naval e Oceânica, 2017
Referências Bibliográficas: p. 51.
1. Logística. 2. Simulação. 3. Passageiros. 4. Offshore. 5.
Plataforma. 6. Petróleo. I. Martins Pires Júnior, Floriano Carlos. II.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso
de Engenharia Naval e Oceânica. III. Uma Análise de um Sistema
de Transporte de Passageiros para Plataformas Offshore.
iv
Agradecimentos
Ao meu irmão, por sua amizade e companheirismo.
Aos meus amigos da vida, por ajudar a passar todos os momentos difíceis que
enfrentei.
Ao meu amigo Arthur, por toda amizade e ajuda despendidas em minha jornada
acadêmica.
Ao meu orientador Floriano, pela solicitude e paciência diante dos muitos
empecilhos na execução deste projeto.
Aos meus pais por sempre terem sido meu porto seguro em todos os momentos de
minha vida.
v
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro.
Uma Análise de um Sistema de Transporte de Passageiros para Plataformas Offshore.
André Amadei Braga
Setembro/2017
Orientador: Floriano C M Pires Jr.
Co-Orientador: Luiz Felipe Assis
Curso: Engenharia Naval e Oceânica
O transporte de passageiros para plataforma offshore atualmente no Brasil é feito
via helicópteros. Porém, modelos alternativos da logística de passageiros têm sido
discutidos. Com base nisso, será feita uma comparação entre o modelo convencional e
um sistema que utiliza uma plataforma de apoio intermediária e a combinação de
helicópteros e embarcações de alta velocidade.
O modelo de simulação, criado no programa ARENA, compreende o transporte
dos passageiros da costa às plataformas e baseia-se em uma configuração estipulada,
representativa do cenário típico da exploração offshore brasileira. A comparação, feita
por meio de indicadores de desempenho operacionais, revela que a opção convencional é
mais atrativa.
Palavras-chave: Logística, Simulação, Passageiros, Offshore, Plataforma, Petróleo.
vi
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as part of the fulfillment of
the requirements for the degree of Engineer.
An analisys of passenger transport system for offshore platforms.
André Amadei Braga
September/2017
Advisor: Floriano C M Pires Jr.
Co-Advisor: Luiz Felipe Assis
Course: Ocean Engineering
The offshore platform passenger transport is done by helicopters currently in
Brazil. However, alternative passenger logistics models have been discussed. On this
basis, a comparison between the conventional model and a system that uses an
intermediate support platform and the combination of helicopters and high speed vessels.
The simulation model, made in ARENA software, covers crew transportation
from the shore to the platforms, and is based in a representative stipulated configuration
of typical Brazilian offshore scenario. The comparation, done by operational performance
indicators, reveals that the conventional alternative is more attractive from this
perspective.
Keywords: Logistic. Simulation, Passenger, Offshore, Platform, Petroleum.
vii
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1 2 - A LOGÍSTICA OFFSHORE ................................................................................. 2 3 - OBJETIVO ............................................................................................................ 2 4 - CENÁRIO OFFSHORE BRASILEIRO ............................................................... 3
Frequência de passageiros nas plataformas .................................................... 3
Distâncias da costa ......................................................................................... 3 Meios de transporte ........................................................................................ 6
4.3.1 - Helicópteros ............................................................................................ 7
4.3.2 - Embarcações de alta velocidade ............................................................. 7
Condições ambientais ..................................................................................... 8 4.4.1 - Altura de onda ......................................................................................... 8
4.4.2 - Velocidade de ventos .............................................................................. 9
5 - METODOLOGIA PARA SIMULAÇÃO DA LOGÍSTICA .............................. 10 Transporte de entidades ................................................................................ 10 Obtenção de dados ....................................................................................... 12
Atrasos .......................................................................................................... 14 Espera por condições de mar e vento ........................................................... 16
Outros módulos utilizados ............................................................................ 17 6 - MODELOS GERADOS ...................................................................................... 18
Modelo com plataforma de apoio................................................................. 19 6.1.1 - Transporte da costa ao HUB. ................................................................ 20
6.1.2 - Transporte do HUB às plataformas....................................................... 21
6.1.3 - Transporte das plataformas ao HUB ..................................................... 22
6.1.4 - Transporte do HUB até o porto ............................................................. 23
6.1.5 - Final do modelo .................................................................................... 23
Modelo sem plataforma de apoio ................................................................. 24 6.2.1 - Transporte da costa às plataformas ....................................................... 25
6.2.2 - Transporte das plataformas à costa ....................................................... 26
6.2.3 - Final do modelo .................................................................................... 27
7 - RESULTADOS ................................................................................................... 27 Tempo até as plataformas ............................................................................. 27 Tempo entre atendimentos às plataformas ................................................... 35 Tempo devido a operação na embarcação de alta velocidade ...................... 42
Número tripulantes na plataforma de apoio ................................................. 45 8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 50 9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 51
10 - ANEXOS ............................................................................................................. 52
viii
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localização dos elementos do modelo gerado ................................................ 5 Figura 2 - Distribuição resultante do Input Analyzer para a condição de mar. ................ 9
Figura 3 - Distribuição resultante do Input Analyzer para a velocidade de ventos. ....... 10 Figura 4 - Conjunto de módulos do programa arena necessários para a reprodução do
transporte de um local a outro. ....................................................................................... 11 Figura 5 - Conjunto de módulos do programa arena necessários à reprodução do modelo.
........................................................................................................................................ 11
Figura 6 - Exemplo de módulos Assign presentes no modelo. ...................................... 12 Figura 7 - Módulo ReadWrite usando os dados gerados pelo Assign. ........................... 13 Figura 8 - Ciclo de controle. ........................................................................................... 13 Figura 9 - Configurações do módulo Delay. .................................................................. 14 Figura 10 - Dados de tempo dos atrasos de cada um dos casos. .................................... 16
Figura 11 - Exemplo do módulo Hold. ........................................................................... 17 Figura 12 - Configurações do módulo Create. ............................................................... 17
Figura 13 - Configurações do módulo Decide. .............................................................. 18 Figura 14 - Configurações do módulo Dispose. ............................................................. 18 Figura 15 - Esquema do transporte de passageiros no modelo com plataforma de apoio.
........................................................................................................................................ 19
Figura 16 - Esquema ilustrativo do transporte da costa ao HUB. .................................. 20 Figura 17 - Esquema ilustrativo do transporte do HUB às plataformas. ........................ 21
Figura 18 - Esquema ilustrativo do transporte das plataformas ao HUB. ...................... 22 Figura 19 - Esquema ilustrativo do transporte do HUB ao porto. .................................. 23 Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.24
Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros da costa às plataformas no modelo sem
plataforma de apoio. ....................................................................................................... 25 Figura 22 - Esquema do transporte de passageiros das plataformas à costa no modelo sem
plataforma de apoio. ....................................................................................................... 26
Figura 23- Representação da obtenção do tempo até plataformas no modelo com
plataforma de apoio. ....................................................................................................... 28
Figura 24 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo total até
plataformas com 1 HSV. ................................................................................................ 30 Figura 25 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo total até
plataformas com 2 HSVs. ............................................................................................... 33 Figura 26 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo total até
plataformas sem HSV. .................................................................................................... 35
Figura 27 - Representação da obtenção do tempo de atendimento a plataformas. ......... 36 Figura 28 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo entre
atendimentos a plataformas com 1 HSV. ....................................................................... 38 Figura 29 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo entre
atendimentos a plataformas com 2 HSVs. ...................................................................... 40 Figura 30 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo entre
atendimentos a plataformas sem HSV. ........................................................................... 42 Figura 31 - Representação da obtenção do tempo devido a operação com o HSV. ....... 43 Figura 32 - Histograma com os resultados do tempo devido ao uso dos HSVs. ............ 44
Figura 33- Representação da obtenção do número de tripulantes na plataforma de apoio.
........................................................................................................................................ 45 Figura 34 - Histograma com os resultados do número de tripulantes no HUB com 1 HSV.
........................................................................................................................................ 47
ix
Figura 1.35 - Histograma com os resultados do número de tripulantes no HUB com 2
HSVs. .............................................................................................................................. 49 Figura 36 - Modelo de simulação com plataforma de apoio (da geração dos passageiros
ao transporte às plataformas). ......................................................................................... 52
Figura 37 - Modelo de simulação com plataforma de apoio (das plataformas ao final da
simulação). ...................................................................................................................... 53 Figura 38 - Modelo de simulação sem plataforma de apoio (da geração de passageiros ao
transporte às plataformas). .............................................................................................. 54 Figura 39 - Modelo de simulação sem plataforma de apoio (das plataformas ao final da
simulação). ...................................................................................................................... 55
x
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Distâncias da costa até as plataformas. ........................................................... 4 Tabela 2 - Distâncias entre os elementos do modelo........................................................ 6
Tabela 3 - Dados do helicóptero escolhido para a simulação........................................... 7 Tabela 4 - Dados da embarcação escolhida para a simulação .......................................... 7 Tabela 5 - Frequências de períodos e alturas de ondas..................................................... 8 Tabela 6 – Tempos de embarque, desembarque, atracação e desatracação dos HSVs ... 15 Tabela 7 - Tempo de embarque, desembarque decolagem e aterrissagem helicópteros 15
Tabela 8 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações com 1 HSV. 29 Tabela 9 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações com 2 HSVs.
........................................................................................................................................ 32 Tabela 10 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações sem HSVs. 34 Tabela 11 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações com 1 HSV.
........................................................................................................................................ 37 Tabela 12 – Frequências do tempo entre atendimentos às plataformas com 2 HSVs ..... 39
Tabela 13 – Frequências do tempo entre atendimentos às plataformas sem HSV. ........ 41 Tabela 14 – Frequências do tempo devido ao uso dos HSVs. ........................................ 44 Tabela 15 – Frequências do número de entidades presentes na plataforma de apoio com
1 HSV. ............................................................................................................................. 46
Tabela 16 – Frequências do número de entidades presentes na plataforma de apoio com
2 HSVs. ........................................................................................................................... 48
1
1 - INTRODUÇÃO
O petróleo é uma commodity de extrema importância no mundo. Através do seu
refino [1], obtêm-se combustíveis para os mais diversos fins, lubrificantes, ceras,
plásticos em geral, impermeabilizantes, asfalto e diversos outros, todos muito utilizados
em importantes e diversos setores da sociedade atual. Desse modo, mesmo que, algum
dia, haja uma substituição do seu uso em alguns desses setores, ainda assim terá grande
importância no cenário mundial.
Atualmente, as reservas de petróleo mundiais se encontram por toda a crosta
terrestre, podendo estar em terra (onshore), ou no mar (offshore). Nas reservas que se
localizam nos continentes ou próximas deles, o sistema de prospecção é a maior
tecnologia a ser estudada: as plantas de extração são as que mais demandam tempo e
dinheiro.
Nas reservas longe da costa (a mais de 1000 metros de profundidade), que são o
foco desse projeto, outros problemas surgem: correntes marítimas tendendo a provocar
movimentação dos elementos de prospecção, grandes distâncias das refinarias,
dificuldades de manutenção e operação de equipamentos a grandes profundidades,
condições de mar severas próximo à linha d’água, entre outros.
Com essa enormidade de dificuldades a serem suplantadas, diversas soluções
foram encontradas. Hoje em dia há diversos tipos de plataformas, sendo as mais comuns
as plataformas semi-submersíveis, TLP, SPAR e FPSO.
Porém, só a inovação das plataformas não basta, já que há ainda uma série de
serviços a serem executados para o posicionamento e desempenho ótimo delas. Os
serviços de ancoragem, inspeções em linhas e dutos, controles de contingência, de
transporte e de armazenamento são os serviços mais comuns e levam a um grande
contingente de material humano e de equipamentos de apoio à extração.
Os sistemas logísticos requeridos para suportar as operações de exploração e
produção de petróleo e gás no mar são extremamente complexos [2, 3]. Os possíveis
efeitos de escala na produção dos serviços, decorrentes da operação integrada de
conjuntos de unidades de produção (clusters) e do desenvolvimento de plataformas de
apoio logístico (hubs) podem representar reduções extremamente significativas no custo
total de produção.
2
2 - A LOGÍSTICA OFFSHORE
A logística offshore é de extrema complexidade. Compreende todo o suprimento
das plataformas e suas estruturas de apoio, de modo que o funcionamento correto da
estrutura de exploração e produção de petróleo depende desse aporte. Pode ser dividida
em três grandes tipos de operações: Logística de cargas, serviços e passageiros[4].
Cargas: É responsável por movimentar todo tipo de carga necessária para
a operação de perfuração e produção das unidades marítimas. Essas cargas
podem ser separadas em três tipos: carga de geral (tubos, rancho, materiais
químicos, ferramentas, equipamentos submarinos, etc), granéis sólidos e
líquidos (cimento, baritina, bentonita, fluido de poços, água, etc) e óleo
diesel.
Serviços: São embarcações que prestam serviços para as unidades de
produção e perfuração. Esses serviços variam desde movimentação de
âncoras e unidades até combate a incêndios ou vazamentos de óleo.
Passageiros: Trata da movimentação de pessoas entre o continente e as
unidades marítimas.
Falhas ou atrasos nas entregas de cada um desses elementos podem acarretar em
enormes prejuízos financeiros e ambientais. Por isso é muito importante que se tenha um
estudo aprofundado quanto a logística de apoio offshore.
3 - OBJETIVO
Este projeto tem como objetivo analisar e comparar configurações alternativas da
logística de passageiros em um campo de petróleo genérico. Esse estudo não será feito
com base em um caso específico. Para ser feita uma simulação, são necessários dados
condizentes com a realidade. Portanto, os dados a serem utilizados no modelo são típicos
das operações no Brasil
A configuração a ser considerada é um campo com um conjunto de cinco FPSO.
O transporte de passageiros até esse cluster será analisado com base no tempo que cada
alternativa desempenha esse papel.
As alternativas investigadas serão: o trânsito da tripulação ser somente via
helicópteros; e utilizando uma plataforma de apoio intermediária.
3
A primeira alternativa é a mais convencional nos campos de petróleo offshore ao
redor do mundo. O trânsito de passageiros é realizado integralmente por helicópteros.
Portanto, será feita a movimentação do porto até cada uma das plataformas por vias
aéreas.
Já a segunda é baseada no uso de uma plataforma localizada entre a costa e as
plataformas (HUB). Essa tem como função receber os passageiros de todo o cluster e
distribuí-los às suas devidas plataformas. O transporte da costa à de apoio será realizado
por uma embarcação de alta velocidade (HSV) e dela às exploratórias será feita via
helicópteros.
4 - CENÁRIO OFFSHORE BRASILEIRO
Como dito anteriormente, para a realização e validação do modelo, é necessário o
uso de dados reais. Para isso, foram utilizados dados relativos ao cenário mais próximo
desse estudo. Dados do cenário offshore brasileiro serão usados no modelo e serão
expostos nos sub-capítulos a seguir.
Frequência de passageiros nas plataformas
Considerando uma plataforma com 110 tripulantes, e que sabe-se que cada
trabalhador fica embarcado por 14 dias, pode-se concluir que deve-se, a cada 14 dias,
repor 110 passageiros a plataforma [7]. Julga-se necessário o uso de uma margem de 15
porcento desse valor para serviços eventuais que precisem de mais mão de obra.
Desse modo, tem-se 127 passageiros a cada 14 dias. Decidiu-se dividir essa
entrega em intervalos de 7 dias. Portanto, a entrega será feita com 64 passageiros a cada
7 dias para cada plataforma do cluster.
Distâncias da costa
Primeiramente, viu-se a necessidade de investigar qual a distância em que essas
plataformas offshore se encontram da costa brasileira. No site da maior concessionária de
de exploração e produção de petróleo no Brasil, é possível descobrir as distâncias de
algumas de suas plataformas em operação.
4
Tabela 1 - Distâncias da costa até as plataformas.
Plataformas Distância da costa (Km) Tipo Ano
CIDADE DE ITAJAÍ 210 FPSO 2013
P-55 125 Semi-submersível 2013
P-63 110 FPSO 2013
P-61 110 TLWP 2013
P-58 85 FPSO 2013
P-62 125 FPSO 2013
CIDADE DE PARATY 300 FPSO 2013
CIDADE DE SÃO PAULO 300 FPSO 2013
CIDADE DE ILHABELA 300 FPSO 2014
CIDADE DE MANGARATIBA 300 FPSO 2014
Fonte: Petrobras [5]
Com base nesses dados, a distância escolhida será a maior dentre as encontradas.
Portanto, será de 300 quilômetros da costa. Essa escolha é feita pois acredita-se que o uso
da plataforma de apoio torna-se mais viável a medida que a distância da costa aumenta.
Para a distância do HUB à costa, deve-se ser feita uma estimativa. Em posse do
cenário representativo da posição das plataformas, tem-se que o padrão é que abranjam a
faixa de 85 a 300 quilômetros da costa.
A posição da plataforma de apoio será considerada como a média dos dois
extremos, resultando em 192,5 quilômetros. O programa utilizado para a simulação aceita
apenas números inteiros, portanto o valor a ser adotado é de 193 quilômetros.
As plataformas, segundo as contas iniciais, devem ficar a 107,5 quilômetros da
plataforma de apoio. Novamente, como só números inteiros podem ser inseridos como
distância na simulação, o valor foi arredondado para 108 quilômetros. A configuração da
localização dos elementos do modelo está representada a seguir.
5
Figura 1 - Localização dos elementos do modelo gerado
As distâncias entre os elementos do sistema estão representadas na tabela a seguir,
levando em conta que a distância entre os elementos nesse modelo é a mesma
independentemente do sentido do deslocamento.
6
Tabela 2 - Distâncias entre os elementos do modelo.
Distância entre elementos (Km)
Plataforma de apoio - Plataforma 1 108
Plataforma de apoio - Plataforma 2 108
Plataforma de apoio - Plataforma 3 108
Plataforma de apoio - Plataforma 4 108
Plataforma de apoio - Plataforma 5 108
Porto - Plataforma de apoio 193
Plataforma 1 - Plataforma 2 42
Plataforma 1 - Plataforma 3 82
Plataforma 1 - Plataforma 4 120
Plataforma 1 - Plataforma 5 153
Plataforma 2 - Plataforma 3 42
Plataforma 2 - Plataforma 4 82
Plataforma 2 - Plataforma 5 120
Plataforma 3 - Plataforma 4 42
Plataforma 3 - Plataforma 5 82
Plataforma 4 - Plataforma 5 42
Porto - Plataforma 1 280
Porto - Plataforma 2 296
Porto - Plataforma 3 301
Porto - Plataforma 4 296
Porto - Plataforma 5 280
Meios de transporte
Parte importante da simulação da logística de pessoas é estabelecer quais
elementos transportadores serão utilizados no modelo. Dessa maneira, deve-se definir
quais serão os helicópteros e embarcações a serem adotados.
Não há a possibilidade de um transportador partir sem estar com todos os
passageiros a que foi atribuído no software de simulação. Isso fez com que os valores de
passageiro dos meios de transporte necessitassem ser ajustados para que fossem divisores
e múltiplos do número de passageiros chegando. Esses ajustes foram explicitados nos
dois sub-capítulos posteriores (4.3.1 e 4.3.2).
7
4.3.1 - Helicópteros
O helicóptero escolhido foi o S92 da empresa Sikorsky. A tabela 3 mostra seus
dados principais. A restrição de altura máxima de ondas deve-se à movimentação dos
helidecks das plataformas, que inviabiliza a decolagem e aterrissagem dos helicópteros.
Tabela 3 - Dados do helicóptero escolhido para a simulação
Helicóptero Sikorsky S-92
Capacidade (pax) 19
Velocidade (km/h) 280
Alcance (km) 999
Velocidade máxima do vento (km/h) 64,8
Altura máxima de ondas (m) 4
Fonte: Sikorsky e COPPETEC[6, 7]
No modelo, o número de passageiros em cada helicóptero foi estipulado em 16.
Esse valor valor foi escolhido pois é divisor do número de tripulantes entrando no sistema
acima estipulado.
4.3.2 - Embarcações de alta velocidade
O modelo de HSV escolhido foi o Incat Crowther 12088. A tabela 4 mostra seus
principais dados.
Tabela 4 - Dados da embarcação escolhida para a simulação
Embarcação Incat IC12088
Comprimento total LOA (m) 70
Boca (m) 16
Calado (m) 2
Capacidade (pax) 150
Velocidade de serviço (km/h) 55,56
Velocidade máxima de vento (km/h) 64.8
Altura máxima de onda (m) 4
Fonte: COPPETEC e Incat Crowther [7, 8]
No modelo, o número de passageiros em cada embarcação de alta velocidade foi
estipulado em 160. Foi escolhido esse valor pois esse número é divisível por 16, que é o
número de passageiros a serem levado pelos helicópteros.
8
Condições ambientais
4.4.1 - Altura de onda
Para se ter a condição de onda, primeiro deve-se encontrar um levantamento das
alturas de ondas encontradas. Foi encontrado um levantamento desse para a bacia de
Campos, no sudeste brasileiro.
8
Tabela 5 - Frequências de períodos e alturas de ondas.
Período (s) 0,0-2,0 2,0-4,0 4,0-6,0 6,0-8,0 8,0-10,0 10,0-12,0 12,0-14,0 14,0-16,0 16,0-18,0 18,0-20,0 20,0-22,0 22,0-24,0 Total
Altura (m)
0,0-0,5 85171 166779 50632 10991 2167 425 110 25 13 7 5 0 316325
0,5-1,0 11867 208032 229458 111698 40289 11835 2862 547 132 49 17 0 616786
1,0-1,5 322 47777 164356 145537 73169 27184 7458 1481 271 55 32 0 467642
1,5-2,0 6 6545 64094 85930 53460 23925 7570 1592 266 41 25 0 243454
2,0-2,5 0 742 19753 38224 27785 14938 5669 1263 190 37 13 2 108616
2,5-3,0 0 82 5311 14769 12522 8057 3290 798 149 11 3 0 44992
3,0-3,5 0 6 1277 5433 5522 4149 1907 510 90 10 3 0 18907
3,5-4,0 0 1 309 2006 2350 1963 987 265 51 3 0 0 7935
4,0-4,5 0 0 69 733 1117 973 535 168 33 1 0 0 3629
4,5-5,0 0 0 12 234 513 507 321 60 11 0 0 0 1658
5,0-5,5 0 0 4 83 230 271 165 52 6 0 0 0 811
5,5-6,0 0 0 1 30 115 123 86 23 1 0 0 0 379
6,0-6,5 0 0 0 8 39 69 35 12 0 0 0 0 163
6,5-7,0 0 0 0 3 21 26 16 2 0 0 0 0 68
7,0-7,5 0 0 0 0 5 18 15 2 0 0 0 0 40
7,5-8,0 0 0 0 2 3 3 7 0 0 0 0 0 15
8,0-8,5 0 0 0 0 2 3 1 0 0 1 0 0 7
8,5-9,0 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 4
9,0-9,5 0 0 0 0 1 2 1 0 0 0 0 0 4
9,5-10,0 0 0 0 0 1 1 2 0 0 0 0 0 4
10,0-10,5 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2
10,5-11,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
11,0-11,5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
11,5-12,0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1
Total 97366 429964 535276 415681 219311 94477 31039 6800 1213 215 98 2 1831442
Fonte: SIMO [9]
9
A análise desses dados cabe ao software Input Analyzer que pertence ao conjunto
ARENA. A entrada do programa são os dados de altura de onda, e o programa é
responsável por calcular qual a distribuição mais se aproxima da série de dados.
Figura 2 - Distribuição resultante do Input Analyzer para a condição de mar.
Portanto, tem-se a condição de mar para navegar:
𝐷𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑜𝑛𝑑𝑎𝑠 = 12 ∗ 𝐵𝐸𝑇𝐴(2.07, 20.2)
4.4.2 - Velocidade de ventos
Através de dados obtidos das velocidades dos ventos na costa brasileira [7].
Tornou-se possível a obtenção de uma distribuição das velocidades de vento.
A análise desses dados cabe ao software Input Analyzer que pertence ao conjunto
ARENA. A entrada do programa são os dados velocidade do vento em quilômetros por
hora, e o programa é responsável por calcular qual a distribuição mais se aproxima da
série de dados.
10
Figura 3 - Distribuição resultante do Input Analyzer para a velocidade de ventos.
Portanto, é possível obter a distribuição que melhor se enquadra na série de dados
de referência.
𝐷𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜
= NORM(24.8, 10.8)
5 - METODOLOGIA PARA SIMULAÇÃO DA LOGÍSTICA
O programa utilizado para as simulações propostas foi o ARENA. Neste capítulo
será dada uma introdução de como os módulos do programa foram tratados e qual sua
utilidade na construção do modelo.
Transporte de entidades
O modelo deve conceber um transportador que leve entidades de um ponto a outro.
Afim de viabilizar essa reprodução, utiliza-se um conjunto de módulos do software.
11
Figura 4 - Conjunto de módulos do programa arena necessários para a reprodução do
transporte de um local a outro.
Deve-se ter o módulo Station, que representa um local físico pelo qual os
passageiros passarão. Depois disso, é necessário um módulo Request, que faz o pedido
para que o transportador do sistema (no caso do modelo helicópteros ou HSVs) saia da
localidade que se encontra e se dirija a estação em que eles estão. A seguir o módulo
Transport, que executa a ordem de transporte de uma estação a outra.
Feito o transporte, há a necessidade de um novo módulo Station, que represente o
local de destino dos passageiros. Finalmente, o módulo Free, que libera o transportador
da estação de chegada para que esse possa realizar outros transportes no sistema.
No programa, os transportadores têm a capacidade de transportar apenas uma
entidade. Para viabilizar o transporte de mais entidades pelos transportadores do modelo
(helicópteros devem transportar 16 passageiros e embarcações de alta velocidade 160),
deve-se adicionar mais dois módulos a esse conjunto.
Figura 5 - Conjunto de módulos do programa arena necessários à reprodução do
modelo.
Station inicial Request Transport
Station final Free
12
São acrescentados, portanto, os módulos Batch e Separate. São módulos
antagônicos. O primeiro tem como função condensar uma quantidade pré-determinada de
entidades em uma unitária que as represente. Isso possibilita que um transportador faça o
transporte de qualquer número de passageiros. Já o segundo atua separando a entidade
representativa criada pelo primeiro, retornando as entidades normais do sistema.
Obtenção de dados
Há, para a análise desejada do modelo, a necessidade de que se guardem certos
dados que o relatório do programa não abrange. Serão, portanto, necessários módulos
próprios para a gravação de dados.
A gravação de dados foi feita por meio de dois módulos: Assign e ReadWrite. O
primeiro guarda dados que sejam interessantes ao usuário e o segundo permite que sejam
gravados em um programa externo (nesse caso foi escolhido o Microsoft Excel).
Neste presente projeto todos os módulos Assign foram atribuídos com a variável
TNOW, que retorna o tempo em que cada entidade passa por esse módulo.
Figura 6 - Exemplo de módulos Assign presentes no modelo.
13
Figura 7 - Módulo ReadWrite usando os dados gerados pelo Assign.
No caso do modelo com HUB, afim de contribuir no dimensionamento da
plataforma intermediária, julgou-se necessário avaliar a quantidade de tripulação que
essa deveria ter capacidade para abrigar.
Uma alternativa era utilizar um módulo Assign dentro do modelo e depois gravá-
lo no Excel por meio de ReadWrite, como foi feito com outros dados. Assim, toda vez
que entidades passasem pelos módulos, seria gravado o número de entidades que estavam
no HUB. Isso gerou muito poucos dados, pois muito movimento acontece no sistema
dentro do intervalo de tempo entre uma entidade e outra.
A solução foi fazer um ciclo de controle paralelo ao ciclo do modelo propriamente
dito. Desse modo, é possível ter dados da tripulação presente no HUB em intervalos de
tempo regulares (no sistema adotou-se dez minutos), obtendo-se, assim, mais dados.
Figura 8 - Ciclo de controle.
14
Os dados foram obtidos a partir da medição do tamanho das filas de todos os
módulos correspondentes à presença da tripulação no HUB. A fórmula abaixo está
inserida no módulo ReadWrite.
𝑇𝑟𝑖𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜𝐻𝑈𝐵
= (𝐹𝑖𝑙𝑎𝑠𝐸𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒 𝑑𝑒 𝑣ô𝑜 + 𝐹𝑖𝑙𝑎𝑠𝑃𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠 ℎ𝑒𝑙𝑖𝑐ó𝑝𝑡𝑒𝑟𝑜)
∗ 16
+ (𝐹𝑖𝑙𝑎𝑠𝐸𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑣𝑒𝑔𝑎𝑟 + 𝐹𝑖𝑙𝑎𝑃𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝐻𝑆𝑉 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎)
∗ 160 + 𝐹𝑖𝑙𝑎𝑠𝐽𝑢𝑛çã𝑜 𝑡𝑟𝑖𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 ℎ𝑒𝑙𝑖𝑐ó𝑝𝑡𝑒𝑟𝑜
+ 𝐹𝑖𝑙𝑎𝐽𝑢𝑛𝑡𝑎𝑟 𝑡𝑟𝑖𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝐻𝑆𝑉
Atrasos
Todas as operações de embarque e desembarque geram atrasos, seja na dos
helicópteros ou dos HSVs. Esse atraso faz diferença no total de tempo de trânsito da
tripulação até as plataformas e no tempo dispensado pelos transportadores, já que têm que
esperar o embarque e desembarque para fazer o transporte e serem liberados.
O módulo Delay tem como função representar esse tipo de atrasos. Ele funciona
retendo a entidade por um tempo pré-determinado pelo usuário.
Figura 9 - Configurações do módulo Delay.
Através do uso do módulo Delay, o modelo contempla esses atrasos em todas as
operações em que há embarque e desembarque. Pode-se verificar os valores dos atrasos
adotados pelas tabelas abaixo.
15
Tabela 6 – Tempos de embarque, desembarque, atracação e desatracação dos HSVs
Tempo de embarque
HSV 1
Tempo de embarque
HSV 2
Tempo desembarque
HSV 1
Tempo desembarque
HSV 2
Porto - HUB
HUB - Porto
Porto - HUB HUB – Porto
Embarque no porto (150 pax; 800 pax/h)
0,187 h
0,187
Desatracação no porto 0,25 h 0,25
Manobra no porto 0,25 h 0,25
Atracação na plataforma 0,25 h 0,25
Desembarque na plataforma (150 pax; 200 pax/h)
0,75 h 0,75
Embarque na plataforma (150 pax; 200 pax/h)
0,75 h 0,75
Desatracação na plataforma 0,25 h 0,25
Manobra no porto 0,25 h 0,25
Atracação no porto 0,25 h 0,25
Desembarque no porto (150 pax; 800 pax/h)
0,187 h
0,187
Tempo total dos Delay HSVs (horas)
- 0,687 1 1 0,687
Tabela 7 - Tempo de embarque, desembarque decolagem e aterrissagem helicópteros
Tempo de embarque decolagem helicoptero 1, 2, 3, 4 e 5
Tempo de embarque decolagem helicoptero
6, 7, 8, 9 e 10
Tempo de desembarque aterrissagem helicoptero 1, 2, 3, 4 e 5
Tempo de desembarque aterrissagem helicoptero
6, 7, 8, 9 e 10
HUB - Plataformas
Plataformas - HUB
HUB - Plataformas
Plataformas – HUB
Abastecimento e inspeção 0,667 h
Embarque heliporto (19 pax; 200 pax/h)
0,06 h 0,06
Decolagem 0,05 h 0,05 0,05
Aterrissagem 0,05 h 0,05 0,05
Desembarque plataforma (19 pax; 200 pax/h)
0,06 h 0,06
Embarque plataforma (19 pax; 200 pax/h)
0,06 h 0,06
Desembarque heliporto 0,06 h 0,06
Tempo total dos Delay Helicópteros (horas)
- 0,11 0,11 0,11 0,11
16
Esses dados foram colocados no programa nos módulos correspondentes a cada
um dos casos na tabela.
Figura 10 - Dados de tempo dos atrasos de cada um dos casos.
Espera por condições de mar e vento
As condições ambientais impactam de forma considerável no transporte de
passageiros. Isso decorre das limitações que os transportadores têm para realizar seu
trabalho. Essas limitações podem ser vistas nas tabelas 2 e 3. Nota-se que as limitações
da embarcação de alta velocidade e do helicóptero são as mesmas: 64,8 quilômetros por
hora de ventos e 4 metros de altura de onda.
Para representar esse possível atraso, usou-se das distribuições obtidas nas seções
4.4.1 e 4.4.2 em um módulo Hold.
17
Figura 11 - Exemplo do módulo Hold.
Outros módulos utilizados
Mais módulos são necessários à criação do modelo. Eles serão listados e
apresentados a seguir:
Create: Esse módulo introduz entidades ao sistema. Cria quantidades pré-
determinadas de entidades em intervalos de tempo (ou distribuições
probabilistica dele) também definidos pelo usuário.
Figura 12 - Configurações do módulo Create.
18
Decide: Esse módulo tem como função criar caminhos alternativos ao
modelo. Através de decisões baseadas em informações que o usuário
introduz, ele é capaz de condicionar a entidade para diversos rumos
diferentes no modelo.
Figura 13 - Configurações do módulo Decide.
Dispose: Esse módulo é responsável pelo descarte das entidades. Esse
descarte é necessário para finalizar o modelo.
Figura 14 - Configurações do módulo Dispose.
6 - MODELOS GERADOS
Para a simulação das alternativas de transporte a serem analisadas, dois modelos
foram criados no software ARENA: um com uma plataforma centralizadora e o uso de
embarcações de alta velocidade, sendo tratado como “Modelo com plataforma de apoio”;
e outro com o transporte da costa até as plataformas somente via helicópteros, sendo
tratado como “Modelo sem plataforma de apoio”. O modelo será simulado no período de
1 ano (8760 horas).
19
O software não aceita caracteres não existentes na língua inglesa, como a
acentuação. Por esse motivo há alguns erros de ortografia nos nomes dos módulos. Os
modelos desenvolvidos podem ser encontrados nos anexos deste relatório (Capítulo 10).
Modelo com plataforma de apoio
Este modelo retrata o transporte da tripulação em sua maior parte feito por um
navio de alta velocidade (HSV). A tripulação deve ser alocada em uma plataforma de
apoio para que, a partir dessa, faça-se a distribuição das tripulações às suas determinadas
plataformas de destino via helicópteros.
Dessa maneira, o modelo a ser feito deve compreender o transporte da costa até o
HUB e dele até as plataformas.
Acredita-se que, para que o modelo seja crível, esses transportadores não devem
só abastecer as plataformas, como também devem fazer o caminho inverso. Isso significa
que o modelo deve incluir também a volta da tripulação já embarcada até a costa.
Por essa razão, assim que os helicópteros atingirem as plataformas a que a
tripulação está destinada, eles já retornam ao HUB com tripulantes, o que representa a
volta dos que já completaram seu turno.
Figura 15 - Esquema do transporte de passageiros no modelo com plataforma de apoio.
20
6.1.1 - Transporte da costa ao HUB.
Figura 16 - Esquema ilustrativo do transporte da costa ao HUB.
Para a criação do modelo, primeiramente deve-se introduzir o módulo Create.
Como nosso modelo será feito para um cluster de cinco plataformas, o mesmo número
de módulos foram criados, sendo cada um responsável pela geração da tripulação de cada
plataforma.
O próximo passo é alocar a tripulação de todas as plataformas na primeira estação
do modelo. Nesse estudo, é necessário que todas partam de um porto, ou seja, da costa.
Para a criação do porto, deve-se utilizar o módulo Station.
Como nosso sistema deve levar mais de um tripulante, o uso do módulo Batch,
que tem como função agrupar temporariamente várias entidades e transformá-las em
somente uma, torna-se necessário.
O próximo passo é fazer o pedido do Transporter, nesse caso o HSV. Para isso é
utilizado o módulo Request. A seguir o transporte até o HUB é feito pelo módulo
Transport, como supracitado.
21
6.1.2 - Transporte do HUB às plataformas
Figura 17 - Esquema ilustrativo do transporte do HUB às plataformas.
Nesta fase tem-se, inicialmente, o módulo de estação da plataforma de apoio.
Como será feito o transporte do HUB às plataformas utilizando o módulo Transport, os
módulos necessários serão bem parecidos com os do sub-capítulo anterior, com a exceção
de um módulo necessário para liberar o transportador que acaba de realizar seu trabalho:
o módulo Free.
Logo após o fim do transporte já é possível liberar o HSV, assim utiliza-se esse
módulo seguidamente ao da estação de destino.
Chegada a tripulação na plataforma intermediária, deve-se separar a entidade que
representa toda a tripulação que foi levada pelo HSV. Para isso, usa-se o módulo Separate.
Após separada toda a tripulação recém chegada da costa, aloca-se cada indivíduo
para sua plataforma correspondente. Para isso, usa-se o módulo Decide, que, através dos
22
tipos atribuídos para as entidades criadas (Tripulacao plataforma 1, 2, 3, 4 e 5), as
direciona para a plataforma a que foram designadas.
Posteriormente, a tripulação é agrupada para tornar-se uma única entidade a ser
transportada pelos helicópteros através do comando Batch. Após isso, faz-se o pedido dos
helicópteros através do módulo Request e a ordem de transporte é feita pelo módulo
Transport.
6.1.3 - Transporte das plataformas ao HUB
Figura 18 - Esquema ilustrativo do transporte das plataformas ao HUB.
Chegando às estações das plataformas, há a liberação dos helicópteros através do
módulo Free. A seguir, desfaz-se a junção anterior para o transporte das unidades
(módulo Separate) e há um novo módulo Decide, para que, novamente, sejam separadas
as tripulações para cada uma das plataformas.
23
Posteriormente, a tripulação é reagrupada para tornar-se uma única entidade a ser
transportada pelos helicópteros (módulo Batch), há o pedido dos helicópteros através do
módulo Request e a ordem de transporte é feita pelo módulo Transport.
6.1.4 - Transporte do HUB até o porto
Figura 19 - Esquema ilustrativo do transporte do HUB ao porto.
Estando agora na estação do HUB, há a liberação dos helicópteros (módulo Free),
a separação da entidade utilizada para o transporte (módulo Separate), e a junção para
que se forme a entidade representativa de toda a tripulação que será transportada pela
embarcação de alta velocidade (módulo Batch). Após isso tem-se o pedido da embarcação
(módulo Request) e o transporte via HSV (módulo Transport).
6.1.5 - Final do modelo
Nessa parte final, há a chegada na estação do porto (módulo Station), a liberação
do HSV (módulo Free), a separação da entidade representativa do transporte (módulo
24
Separate) a liberação das entidades, que é um processo necessário para que acabe o ciclo
de simulação (módulo Dispose).
Modelo sem plataforma de apoio
Este modelo retrata a alternativa logística mais utilizada. O transporte da costa às
plataformas é realizado integralmente por helicópteros. Portanto deve compreender o
transporte de ida e volta da costa até as cinco plataformas.
Figura 20 - Esquema do tranporte de passageiros no modelo sem plataforma de apoio.
25
6.2.1 - Transporte da costa às plataformas
Figura 21 - Esquema do transporte de passageiros da costa às plataformas no modelo
sem plataforma de apoio.
De maneira análoga ao modelo anterior, deve-se ter cinco criações de entidades
(módulo Create), uma cada plataforma de destino. As entidades, nesse momento, devem
estar na costa, portanto deve-se criar uma estação inicial que represente o porto (módulo
Station).
As entidades devem ser separadas para ter destino nas plataformas a que
pertencem (módulo Decide). Para isso devemos separá-las de acordo com o tipo dado a
elas quando criadas.
Posteriormente, é necessário agrupar as entidades em grupos de 16 e transformá-
las em apenas 1 (módulo Batch), para que o seu transporte realize-se. O pedido do
helicóptero (módulo Request) deve ser feito para que o transportador venha até a estação
porto. Enfim, dá-se a ordem de transporte (módulo Transport).
26
6.2.2 - Transporte das plataformas à costa
Figura 22 - Esquema do transporte de passageiros das plataformas à costa no modelo
sem plataforma de apoio.
Chegando às estações das plataformas (módulo Station) , há a liberação dos
helicópteros (módulo Free). A seguir, desfaz-se a junção da entidade representativa
anterior para o transporte das unidades (módulo Separate) e há um novo módulo Decide,
para que, novamente, sejam separadas as tripulações para cada uma das plataformas.
Posteriormente, a tripulação é reagrupada para tornar-se uma única entidade a ser
transportada pelos helicópteros (módulo Batch), há o pedido dos helicópteros (módulo
Request) e a ordem de transporte até o porto é feita (módulo Transport).
27
6.2.3 - Final do modelo
As entidades chegam na estação do porto (módulo Station), há a liberação dos
helicópteros (módulo Free) e a liberação das entidades (módulo Dispose).
7 - RESULTADOS
Neste capítulo, serão apresentados os dados obtidos das simulações variando o
número de HSVs e o número de helicópteros. Como dito anteriormente, essa análise se
baseia no tempo que o emprego das alternativas comentadas resulta na logística de
pessoas.
Os resultados de todas as simulações estão nas tabelas. Os gráficos não
compreendem todas as simulações feitas, pois são muitas e colocá-las em gráficos no
relatório inviabilizaria a visualização deles. Algumas simulações foram selecionadas para
estarem nos gráficos e representarem o comportamento de todas.
As simulações foram feitas com 1, 2, 3 e 4 embarcações de alta velocidade. Os
resultados com 3 e 4 embarcações apresentaram-se iguais aos de 2 embarcações. Desse
modo, eles não serão demonstrados no presente relatório.
Tempo até as plataformas
O tempo até as plataformas será, nessa análise, o quesito mais importante a ser
considerado para a comparação entre as alternativas logísticas. Esse dado representa o
tempo empregado para o deslocamento dos passageiros da costa às plataformas, em que
eles já estejam em condições de trabalhar.
Dessa forma, esse tempo é a diferença entre o momento que os passageiros
terminam de desembarcar de seus transportadores nas plataformas e o que entram no
sistema para serem levados até elas.
28
Figura 23- Representação da obtenção do tempo até plataformas no modelo com
plataforma de apoio.
Esses dados foram obtidos utilizando-se dois módulos Assign e um módulo
ReadWrite. Um Assign no início do modelo e outro logo após a separação da tripulação
do helicóptero guardam o momento em que cada entidade passa pelas respectivas partes.
Ao módulo ReadWrite cabe fazer a subtração dos dois e gravá-los no Excel.
A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do tempo até plataformas nas
simulações realizadas utilizando a plataforma de apoio e 1 HSV. O número de
helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico abaixo.
29
Tabela 8 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações com 1 HSV.
1 HSV (taxa de utilização 13%)
Número de helicópteros 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Tempo até plataformas (horas)
até 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
7 – 9 848 1696 2544 3392 4240 5088 5936 6784 7616 8448 8448 8448 8448 8448 8448
9 – 11 848 1696 2544 3392 4208 3360 2512 1664 832 0 0 0 0 0 0
11 – 13 848 1696 2528 1664 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
13 – 15 848 1696 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
15 – 17 848 1664 672 1664 4160 4992 5824 6656 7488 8320 8320 8320 8320 8320 8320
17 – 19 848 1664 2496 3328 4160 3328 2496 1664 832 0 0 0 0 0 0
19 – 21 848 1664 2496 1664 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
21 – 23 672 0 1824 1664 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
23 – 25 352 1664 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
25 – 27 656 1664 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
27 – 29 832 1664 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
29 – 31 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
31 – 33 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
33 – 35 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
35 – 37 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
37 – 39 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
39 – 41 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
41 – 43 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
43 – 45 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
45 – 47 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
47 – 49 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
49 – 51 832 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
51 – 53 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Média 28,6534 17,3957 14,7838 13,7915 12,6443 12,4098 12,1979 11,9937 11,7499 11,4984 11,4990 11,5075 11,5096 11,5071 11,5136
Taxa utilização helicópteros 46% 23% 16% 12% 9% 8% 7% 6% 5% 5% 4% 4% 4% 3% 3%
Soma 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768
30
Figura 24 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo total até plataformas com 1 HSV.
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
até 7 7 - 9 9 - 11 11 - 13 13 - 15 15 - 17 17 - 19 19 - 21 21 - 23 23 - 25 25 - 27 27 - 29 29 - 31 31 - 33 33 - 35 35 - 37 37 - 39 39 - 41 41 - 43 43 - 45 45 - 47 47 - 49 49 - 51 51 - 53
Nú
mer
o d
e o
corr
ênci
as
Tempo até plataformas
Histograma tempo total até plataformas 1 HSV
1 helicóptero 4 helicópteros 7 helicópteros 10 helicópteros 13 helicópteros 15 helicópteros
31
Percebe-se que o tempo até as plataforma com 1 HSV fica muito alto. No melhor
dos cenários, a média do tempo de entrega fica em 11 horas e 30 minutos. Há, claramente,
dois grandes grupos de tempo de chegada. O que se atribui ao gargalo do transporte via
HSV: a chegada de tripulação é grande se comparada à capacidade de apenas 1
embarcação para absorvê-la.
Outro fato que se pode notar é que, nas simulações com menor tempo de trânsito,
a taxa de utilização dos helicópteros é bem pequena, ficando em 3% nos casos com 14 e
15 helicópteros.
A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do tempo até plataformas nas
simulações realizadas utilizando a plataforma de apoio e 2 HSVs. O número de
helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico abaixo.
32
Tabela 9 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações com 2 HSVs.
2 HSV (taxa de utilização 6%)
Número de helicópteros 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Tempo até plataformas (horas)
até 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
7 - 9 6784 7616 8448 9280 10112 10944 11776 12608 13440 14272 15104 15936 16768 16768
9 - 11 6656 7488 8320 7488 6656 5824 4992 4160 3328 2496 1664 832 0 0
11 - 13 3328 1664 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
13 - 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
15 - 17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
17 - 19 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
19 - 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
21 - 23 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
23 - 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
25 - 27 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
27 - 29 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
29 - 31 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
31 - 33 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
33 - 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
35 - 37 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
37 - 39 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
39 - 41 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
41 - 43 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
43 - 45 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
45 - 47 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
47 - 49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
49 - 51 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
51 - 53 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Média 8,9753 8,6603 8,3135 8,1950 8,0731 7,9640 7,8649 7,7657 7,6644 7,5585 7,4316 7,3048 7,1786 7,1910
Taxa utilização helicópteros 6% 5% 5% 4% 4% 4% 3% 3% 3% 3% 3% 2% 2% 2%
Soma 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768 16768
33
Figura 25 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo total até
plataformas com 2 HSVs.
Nas simulações com 2 embarcações de alta velocidade, pode-se ver que o
problema do gargalo na logística devido ao baixo número de embarcações já não existe:
nos cenários com 20 e 21 helicópteros há apenas um grande grupo de tempo em que as
tripulações alcançam seu objetivo.
Por esse motivo, a média de tempo apresentada nessas simulações é bem menor
que a anterior: nos melhores cenários encontra-se a média de 7 horas e 10 minutos.
A taxa de utilização dos helicópteros também é bastante baixa. Nos cenários com
o menor tempo gasto, ela é de 2%.
A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do tempo até plataformas nas
simulações realizadas sem a utilização da plataforma de apoio e, portanto, nenhum HSV.
O número de helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico abaixo.
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
até 7 7 - 9 9 - 11 11 - 13 13 - 15 15 - 17 17 - 19 19 - 21 21 - 23 23 - 25 25 - 27 27 - 29
Nú
mer
o d
e o
corr
ênci
as
Tempo até plataformas
Histograma tempo total até plataformas 2 HSVs
8 helicópteros 11 helicópteros 14 helicópteros 17 helicópteros 20 helicópteros 21 helicópteros
34
Tabela 10 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações sem HSVs.
Número de helicópteros
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Tempo total até plataformas
0 - 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 - 2 4240 5088 5936 6784 7632 8480 9328 10176 11024 11872 12720 13568 14416 15264 16112 16960
2 - 3 4240 5088 5936 6784 7632 8480 7632 6784 5936 5088 4240 3392 2544 1696 848 0
3 - 4 4240 4992 5088 3392 1696 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
4 - 5 4224 1792 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
5 - 6 16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
6 - 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
7 - 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
8 - 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
9 - 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
10 - 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
11 - 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
12 - 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
13 - 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
14 - 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
15 - 16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
16 - 17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
17 - 18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
18 - 19 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
19 - 20 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
20 - 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Média 4,675 4,086 3,425 3,231 2,911 2,417 2,321 2,281 2,226 2,116 2,011 1,852 1,74 1,59 1,435 1,278
Taxa de utilização 6% 5% 4% 4% 3% 3% 3% 3% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2%
Soma 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960 16960
35
Figura 26 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo total até
plataformas sem HSV.
É notável a diferença entre os tempos totais entre os casos que utilizam a
embarcação de alta velocidade e os que utilizam somente helicópteros. A média de tempo
no caso com 20 helicópteros chega a quase 1 hora e 15 minutos, que representa quase 1
sexto do tempo no melhor dos casos utilizando os HSVs.
A taxa de utilização tambéem apresenta-se muito baixa nessas simulações, sendo,
no máximo, de 6% quando com 5 helicópteros.
Tempo entre atendimentos às plataformas
O tempo entre atendimentos expõe se as tripulações têm sido entregues em tempos
regulares. A rotina de uma plataforma exige que não haja muitas discrepâncias nesses
valores, já que é normal a troca de turnos a cada 7 dias ou 168 horas.
Essa análise mostra valores acima e abaixo desse valor. Tanto acima quanto
abaixo são retrato de algum atraso: se uma chegada anterior for atrasada e a sua posterior
for no horário certo, o valor entre atendimentos será menor que as 168 horas; por outro
lado, se a anterior for no horário certo e a posterior atrasada, o tempo entre atendimentos
será maior que o previsto.
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
0 - 1 1 - 2 2 - 3 3 - 4 4 - 5 5 - 6 6 - 7 7 - 8 8 - 9 9 - 10 10 - 11 11 - 12
Nú
mer
o d
e o
corr
ênci
as
Tempo até plataformas
Histograma tempo total até plataformas sem HSV
5 helicópteros 8 helicópteros 11 helicópteros 14 helicópteros 17 helicópteros 20 helicópteros
36
Essa estatística foi obtida por meio de um marcador da chegada das entidades às
plataformas (módulo Assign). O horário de chegada da primeira entidade à plataforma de
um turno foi subtraído pelo primeiro do turno anterior. É função do módulo ReadWrite
gravar essa estatística no Excel.
Figura 27 - Representação da obtenção do tempo de atendimento a plataformas.
A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do tempo entre atendimentos às
plataformas nas simulações realizadas utilizando a plataforma de apoio e 1 HSV. O
número de helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico abaixo.
37
Tabela 11 - Frequências do tempo total até as plataformas nas simulações com 1 HSV.
1 HSV (taxa de utilização 13%)
Número de helicópteros
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Tempo entre atendimentos
até 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
100 - 110 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
110 - 120 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
120 - 130 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
130 - 135 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
135 - 140 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
140 - 145 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
145 - 150 10 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
150 - 155 20 30 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
155 - 160 31 50 80 91 102 18 46 46 88 102 100 98 92 98 94
160 - 165 0 11 11 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
165 - 170 50 10 0 0 0 210 140 140 79 51 55 59 71 59 67
170 - 175 41 42 61 61 51 9 46 46 0 0 0 0 0 0 0
175 - 180 52 81 92 92 102 18 23 23 88 102 100 98 92 98 94
180 - 185 0 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
185 - 190 10 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
190 - 195 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
195 - 200 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
200 - 205 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
205 - 210 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
210 - 220 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
220 - 230 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
38
Figura 28 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo entre
atendimentos a plataformas com 1 HSV.
Novamente pode-se notar o gargalo das embarcações. Com apenas 1 HSV, há um
atraso esperado nos blocos de 175 a 180 e 155 a 160 horas, causado pela falta de
capacidade de transportar a tripulação do porto até o HUB.
A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do tempo entre atendimentos às
plataformas nas simulações realizadas utilizando a plataforma de apoio e 2 HSVs. O
número de helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico abaixo.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
120 -130
130 -135
135 -140
140 -145
145 -150
150 -155
155 -160
160 -165
165 -170
170 -175
175 -180
180 -185
185 -190
190 -195
195 -200
200 -205
205 -210
Nú
mer
o d
e o
corr
ênci
as
Tempo (horas)
Histograma tempo entre atendimentos 1 HSV
1 helicóptero 4 helicópteros 7 helicópteros 10 helicópteros 13 helicópteros 15 helicópteros
39
Tabela 12 – Frequências do tempo entre atendimentos às plataformas com 2 HSVs
2 HSV (taxa de utilização 6%)
Número de helicópteros
8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Tempo entre atendimentos
até 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
100 - 110 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
110 - 120 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
120 - 130 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
130 - 135 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
135 - 140 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
140 - 145 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
145 - 150 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
150 - 155 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
155 - 160 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
160 - 165 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
165 - 170 230 244 239 238 245 244 220 237 247 255 255 255 255 255
170 - 175 20 11 16 17 10 11 35 18 8 0 0 0 0 0
175 - 180 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
180 - 185 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
185 - 190 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
190 - 195 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
195 - 200 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
200 - 205 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
205 - 210 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
210 - 220 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
220 - 230 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
40
Figura 29 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo entre
atendimentos a plataformas com 2 HSVs.
Com o uso de 2 HSVs nota-se que os 2 tempos em 155 a 160 horas e 175 a 180
horas desaparecem. Isso ocorre pois nessa análise as embarcações dão conta do transporte
de passageiros. Pode-se perceber que as simulações com 17 helicópteros ou mais têm
todos os tempos concentrados entre 165 e 170 horas, o que corresponde à expectativa de
atingir as 168 horas de intervalo entre a chegada de passageiros.
A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do tempo entre atendimentos às
plataformas nas simulações realizadas sem a utilização da plataforma de apoio e, portanto,
nenhum HSV. O número de helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico
abaixo.
0
50
100
150
200
250
300
120 -130
130 -135
135 -140
140 -145
145 -150
150 -155
155 -160
160 -165
165 -170
170 -175
175 -180
180 -185
185 -190
190 -195
195 -200
200 -205
205 -210
Nú
mer
o d
e o
corr
ênci
as
Tempo (horas)
Histograma tempo entre atendimentos 2 HSVs
8 helicópteros 11 helicópteros 14 helicópteros 17 helicópteros 20 helicópteros 21 helicópteros
41
Tabela 13 – Frequências do tempo entre atendimentos às plataformas sem HSV.
Sem HSV
Número de helicópteros
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Tempo entre atendimentos
até 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
100 - 110 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
110 - 120 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
120 - 130 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
130 - 135 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
135 - 140 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
140 - 145 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
145 - 150 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
150 - 155 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
155 - 160 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
160 - 165 21 21 14 18 17 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0
165 - 170 184 192 173 185 170 154 165 173 225 217 221 217 255 255 255 255
170 - 175 50 42 68 52 68 100 89 81 30 38 34 38 0 0 0 0
175 - 180 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
180 - 185 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
185 - 190 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
190 - 195 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
195 - 200 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
200 - 205 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
205 - 210 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
210 - 220 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
220 - 230 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
42
Figura 30 - Histograma com os resultados de algumas simulações do tempo entre
atendimentos a plataformas sem HSV.
No caso sem HSV, pode-se notar que nas análises com 17 helicópteros ou mais o
tempo entre atendimento coincide com o intervalo de 165 e 170 horas, que é o valor que
busca-se, já que é esse o intervalo de tempo que as entidades entram no sistema.
Tempo devido a operação na embarcação de alta velocidade
O tempo decorrente do trânsito com a embarcação de alta velocidade engloba no
que tange ao transporte via HSV. Isso significa que nesse tempo estão inclusas as filas
para formação da entidade representativa dos passageiros, embarque, desembarque e
espera por condições de mar.
Esse dado é obtido através da diferença entre o momento em que os passageiros
desembarcam dos HSVs na plataforma de apoio e o momento em que eles entram no
sistema.
Essa medida é relevante pois dá a ideia exata do tempo devido ao uso da
plataforma de apoio na logística de pessoas para o cluster de plataformas e justifica a
diferença de tempo para a alternativa sem o uso da plataforma de apoio.
0
50
100
150
200
250
300
120 -130
130 -135
135 -140
140 -145
145 -150
150 -155
155 -160
160 -165
165 -170
170 -175
175 -180
180 -185
185 -190
190 -195
195 -200
200 -205
205 -210
Nú
mer
o d
e o
corr
ênci
as
Tempo (horas)
Histograma tempo entre atendimentos sem HSV
5 helicópteros 8 helicópteros 11 helicópteros 14 helicópteros 17 helicópteros 20 helicópteros
43
Figura 31 - Representação da obtenção do tempo devido a operação com o HSV.
Nas simulações em que o número de HSVs é fixo, as medidas não têm mudança
significativa. Dessa forma, serão mostrados os valores obtidos com 1 e 2 unidades do
transportador.
A estatística foi obtida por marcadores de tempo em dois momentos: no ínicio do
modelo e logo após o desembarque de passageiros nos HSVs. Esses tempos foram
subtraídos, obtendo o tempo total devido ao uso das embarcações de alta velocidade.
A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do tempo devido a operação na
embarcação de alta velocidade nas simulações realizadas com a utilização da plataforma
de apoio. O número de embarcação de alta velocidade foram variados para se obter a
tabela e o gráfico abaixo.
44
Tabela 14 – Frequências do tempo devido ao uso dos HSVs.
Tempo (horas)
1 HSV 2 HSV
Até 5 0 0
5 - 6 53 106
6 - 7 0 0
7 - 8 0 0
8 - 9 0 0
9 - 10 0 0
10 - 11 0 0
11 - 12 0 0
12 - 13 0 0
13 - 14 53 0
14 - 15 0 0
Tempo médio 9,584359 5,231768
Figura 32 - Histograma com os resultados do tempo devido ao uso dos HSVs.
Nessa análise é mais notável ainda a influência do número de embarcações de alta
velocidade como visto nas análises anteriores. É evidente que a presença de dois grandes
grupos de tempo das entidades é causada pelo gargalo promovido pela falta de
alimentação dos HSVs ao HUB no caso com apenas uma unidade do transportador.
0
20
40
60
80
100
120
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Nú
mer
o d
e o
corr
ênci
as
Tempo (horas)
Histograma tempo devido ao uso dos HSVs
1 HSV - tempo médio: 9,58 2 HSV - Tempo médio: 5,23
45
Número tripulantes na plataforma de apoio
A quantidade de tripulantes presentes na plataforma de apoio é uma medida muito
importante para o planejamento da logística contendo um HUB. Essa análise auxilia no
dimensionamento de tal plataforma, pois dá a ideia da capacidade de passageiros que deve
ter estrutura para abrigar.
Para essa estatística, foi feito um sistema de controle em paralelo ao modelo da
logística de passageiros. Esse sistema permite uma obtenção de dados com intervalo de
tempo fixo ( 10 minutos ). O número de passageiros foi obtido por meio da soma de todas
as filas relacionadas a presença de passageiros na plataforma de apoio. O método para a
obtenção dessa estatística está explicitado no sub-capítulo 5.2
Figura 33- Representação da obtenção do número de tripulantes na plataforma de apoio.
A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do número de tripulantes na
plataforma de apoio nas simulações realizadas utilizando a plataforma de apoio e 1 HSV.
O número de helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico abaixo
46
Tabela 15 – Frequências do número de entidades presentes na plataforma de apoio com 1 HSV.
1 HSV (taxa de utilização 13%)
Número de helicópteros
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Número de tripulantes
no HUB
0 30036 42112 44837 47868 49911 48795 49078 49148 49175 50557 50554 50533 50525 50541 50530
0 - 16 1715 0 792 1 42 0 5 1 1239 0 4 2 15 2 2
16 - 32 1717 2451 388 2183 21 1008 16 1270 14 11 11 33 20 20 21
32 - 48 1767 0 104 1 21 0 1356 3 7 0 0 0 6 2 2
48 - 64 1665 2380 1552 487 32 1685 864 119 11 11 11 12 10 15 17
64 - 80 1801 0 813 1 2173 0 17 9 18 0 0 0 4 0 6
80 - 96 2423 2501 569 1564 30 53 12 841 12 31 30 30 31 31 37
96 - 112 2419 0 1034 0 11 0 256 3 160 0 0 0 5 0 10
112 - 128 2496 2352 739 0 22 539 139 268 781 21 20 41 27 35 24
128 - 144 2271 0 579 0 11 0 15 10 243 0 4 2 20 0 11
144 - 160 687 732 319 0 286 480 802 888 900 1929 1926 1907 1897 1914 1900
160 - 176 722 0 612 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
176 - 192 699 32 222 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
192 - 208 690 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
208 - 224 731 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
224 - 240 689 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
240 - 256 32 0 0 455 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
256 - 272 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Soma 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560
47
Figura 34 - Histograma com os resultados do número de tripulantes no HUB com 1
HSV.
É possível notar que, com o aumento do número de helicópteros, o número de
ocorrências com zero entidades na plataforma de apoio tende a aumentar e as que não são
zero tendem a se concentrar nos valores entre 140 e 160 passageiros. Esse valor
encontrado coincide com o valor de passageiros da embarcação de alta velocidade. Isso
demonstra que, quando os transportadores têm capacidade de suprir a demanda de
transporte da tripulação, a maior quantidade de passageiros tende a ser o valor de chegada
dessa entidades.
A seguir, tem-se dados das frequências obtidas do número de tripulantes na
plataforma de apoio nas simulações realizadas utilizando a plataforma de apoio e 2
HSVs. O número de helicópteros foram variados para se obter a tabela e o gráfico abaixo.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
0 - 16 16 -32
32 -48
48 -64
64 -80
80 -96
96 -112
112 -128
128 -144
144 -160
160 -176
176 -192
192 -208
208 -224
224 -240
240 -256
256 -272
Nú
mer
o d
e o
corr
ênci
as
Número de tripulantes
Histograma número de tripulantes no HUB 1 HSV
1 helicóptero 4 helicópteros 7 helicópteros 10 helicópteros 13 helicópteros 15 helicópteros
48
Tabela 16 – Frequências do número de entidades presentes na plataforma de apoio com 2 HSVs.
2 HSV (taxa de utilização 6%)
Número de helicópteros 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Número de tripulantes no HUB
0 50037 50280 51783 50726 50938 50909 51236 51610 51334 51369 51365 51357 52508 52388
0 - 16 1 2 1 51 0 0 0 13 0 79 1 583 0 72
16 - 32 328 688 51 535 0 211 20 17 372 8 622 0 0 0
32 - 48 2 1 1 268 0 11 1 17 0 594 0 19 0 0
48 - 64 1205 211 33 163 510 21 163 10 610 328 88 32 0 0
64 - 80 1 38 1 186 0 41 1 705 2 0 0 1 0 23
80 - 96 211 298 83 20 337 467 704 49 139 12 338 0 52 29
96 - 112 1 425 0 22 0 604 2 35 0 131 0 78 0 0
112 - 128 170 1 23 2 775 0 432 43 99 21 146 347 0 0
128 - 144 0 1 0 587 0 296 1 61 4 18 0 143 0 48
144 - 160 20 0 584 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
160 - 176 0 615 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
176 - 192 584 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
192 - 208 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
208 - 224 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
224 - 240 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
240 - 256 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
256 - 272 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Soma 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560 52560
49
Figura 1.35 - Histograma com os resultados do número de tripulantes no HUB com 2
HSVs.
Nessas simulações, o número de ocorrências não nulas diminui muito com relação
ao encontrado no caso com 1 HSV. Isso é atrelado, novamente, a sobrecarga sobre o HSV
quando é apenas uma unidade.
Nos casos com o maior número de helicópteros, o sistema torna-se tão eficiente
na captação de passageiros por parte desses transportadores que já não se encontram
ocorrências entre 144 e 160 horas. O sistema retira as entidades do HUB tão rápido que
o sistema de controle, com 10 minutos de diferença entre uma leitura e outra, não chegou
a captar a plataforma de apoio com todas as entidades da embarcação de alta velocidade.
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 - 16 16 -32
32 -48
48 -64
64 -80
80 -96
96 -112
112 -128
128 -144
144 -160
160 -176
176 -192
192 -208
208 -224
224 -240
240 -256
256 -272
Nú
mer
o d
e o
corr
ênci
as
Número de tripulantes no HUB
Histograma número de tripulantes no HUB - 2 HSVs
8 helicópteros 11 helicópteros 14 helicópteros 17 helicópteros 20 helicópteros 21 helicópteros
50
8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclusivamente, pode-se afirmar que, com base apenas no tempo de trânsito dos
passageiros, a opção sem plataforma de apoio é muito mais atraente. Com o mesmo
número de helicópteros, consegue-se um tempo de chegada às plataforma muito menor
do que na alternativa com o HUB.
O tempo é muito importante para a escolha da alternativa logística. Porém, o aluno
entende que essa análise não é conclusiva para a determinação final acerca da opção a ser
implantada. O custos atrelados à alternativa são de extrema importância para sua escolha.
Deve-se levar em conta que o HUB pode ter outras funções, como um
centralizador de insumos às plataformas, uma central que concentre profissionais para
manutenção de todo o cluster, entre outros. Constata-se que a plataforma de apoio pode
trazer diversas outras benfeitorias ao cluster e sua logística. Isso demonstra que a análise
feita nesse relatório é apenas uma pequena parcela de todo o conjunto que leva a escolha
de uma opção em detrimento de outra.
Outro modo de otimizar a logística é dividir essas entregas em momentos
distintos. Uma análise com metade dos passageiros em um dia e o resto no dia posterior
mostra que tanto os HSV’s quanto os helicópteros poderiam reduzir-se à metade e surtir
o mesmo efeito no que tange os tempos de trânsito. Isso abre um novo leque de opções:
as alternativas de alimentação do sistema deveriam ser, também, simuladas.
Não obstante, considera-se que esse projeto contribuiria significativamente com
uma possível tomada de decisão na lógistica de um cluster de plataformas. Além disso,
utilizando o modelo de simulação criado nesse projeto e aprimorando-o, é possível obter-
se mais informações a respeito da logística em estudos posteriores. Portanto, considera-
se que o intuito do projeto em si foi atingido.
51
9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] THOMAS, J. E.; (2001) Fundamentos de Engenharia de Petróleo. Segunda
edição. Rio de Janeiro, Interciência, 2004. 272;
[2] CARDOSO, L. C. S.; Logística do petróleo: transporte e armazenamento; Rio
de Janeiro, Interciência, 2004. 192;
[3] FERREIRA FILHO, V. Gestão de Operações e Logística na Produção de
Petróleo; Rio de Janeiro, Elsevier/Campus, 2016.
[4] ARES, G. Logística de Apoio Offshore – Integração e Sincronização da
Cadeia de Atendimento às Unidades Marítimas; ILOS; 2013
[5] PETROBRAS. Plataformas Petrolíferas. Disponível em: <
http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2013/09/ plataformas-
petroliferas_info_490.jpg/view >. Acesso em: 25 de fevereiro de 2017.
[6] SIKORSKY. Sikorsky S92 Multi Mission Helicopter Brochure. Disponível
em: <
http://www.lockheedmartin.com/content/dam/lockheed/data/ms2/photo/Sikorsky/S-
92/Sikorsky-S92-multi-mission-helicopter-brochure.pdf >. Acesso em: 27 de fevereiro de
2017.
[7] COPPETEC. Relatório não publicado. 2017.
[8] INCAT CROWTHER. IC12088 - Product Details. Disponível em: <
http://www.incatcrowther.com/product/ic12088-70m-catamaran-fast-crew-boat >.
Acesso em: 27 de fevereiro de 2017.
[9] MINILIFT. Bacia de Campos – Clima e Condições. Disponível em: <
http://www.minilift.com.br/elton/BACKUP%20KOHL%20250516/$$%20NAVAID%2
0QUIP%20-%20P-55/PROPOSTAS/PROPOSTAS%20ANTIGAS/P-
51%20Quadros%20de%20Luz/Normas%20e%20Diversos/I-ET-3000.00-1000-941-
PPC-001_0%20CLIMA%20E%20COND.PDF >. Acesso em 10 de janeiro de 2017.
[10] ROCKWELL SOFTWARE. Arena Variables Guide. 2010.
[11] ROCKWELL SOFTWARE. Arena User’s Guide. 2005.
[12] KELTON, W. D.; SADOWSKI, R. P.; SADOWSKI, D. A. Simulation with
Arena. McGraw-Hill. Segunda edição. 2002.
52
10 - ANEXOS
Figura 36 - Modelo de simulação com plataforma de apoio (da geração dos passageiros ao transporte às plataformas).
53
Figura 37 - Modelo de simulação com plataforma de apoio (das plataformas ao final da simulação).
54
Figura 38 - Modelo de simulação sem plataforma de apoio (da geração de passageiros ao transporte às plataformas).
55
Figura 39 - Modelo de simulação sem plataforma de apoio (das plataformas ao final da simulação.