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1
UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO
DONATA CUNHA
O USO DO TELEFONE CELULAR COMO FATOR DE DISTRAÇÃO NA
DIREÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
MACEIÓ - AL
2013
2
DONATA CUNHA
O USO DO TELEFONE CELULAR COMO FATOR DE DISTRAÇÃO NA DIREÇÃO
DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito. Orientador: Prof. Dr. Manoel Ferreira do Nascimento Filho
MACEIÓ - AL
2013
3
DONATA CUNHA
O USO DO TELEFONE CELULAR COMO UM FATOR DE DISTRAÇÃO NA
DIREÇÃO DE VEÍCULOS
Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito.
APROVADO EM ____/____/____
_________________________________________________________ PROF.DR. MANOEL FERREIRA DO NASCIMENTO FILHO
ORIENTADOR
_________________________________________________________
PROF. DR. LIÉRCIO PINHEIRO DE ARAÚJO
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
PROF. ESP. FRANKLIN BARBOSA BEZERRA
BANCA EXAMINADORA
4
DEDICATÓRIA
À minha família, pelo apoio sempre prestado.
Aos meus amigos que diretamente ou indiretamente me ajudaram e me
incentivaram a chegar a este estágio.
5
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus pela oportunidade e por ter me proporcionado essa
conquista.
Aos meus pais pela compreensão às minhas ausências, pela força e
incentivo.
Aos amigos por todo apoio encorajador e paciência.
Ao meu Orientador Manoel Ferreira.
Eà todos que contribuíram para o meu crescimento. O meu mais sincero
muito obrigada!
6
“O trânsito é o conjunto de deslocamentos de pessoas e veículos nas vias públicas, dentro de um sistema convencional de normas, que tem por fim assegurar a integridade de seus participantes”
(ReinierRozestraten)
7
RESUMO
Os telefones celulares são meios tecnológicos bastante úteis e muito utilizados pelapopulação de todas as classes sociais. No entanto, embora seja uma infração do CódigoNacional Brasileiro de Trânsito, muitos motoristas utilizam regularmente o telefone celulardentro de seus veículos. Estudos revelam que as tarefas de percepção e de tomada de decisãodestes motoristas são claramente prejudicadas. Esta pesquisa buscou detectar a influência queo uso do telefone celular produz na percepção do motorista e constatar a incidência deocorrências de acidentes, ou sustos, com motoristas que utilizam equipamentos dessa natureza. Em uma pesquisa de campo, onde entrevistados 40 motoristas, de ambos os sexos, e os resultados apontaram evidência de que a maioria das pessoas que utiliza o aparelho celular no trânsito acredita que este interfere na percepção, e que o motorista com idade maisavançada é mais conscientizado dos riscos pertinentes a esta situação. Palavras chaves:telefones celulares; veículo; trânsito; acidentes de trânsito; distração; condutor.
8
ABSTRACT
Cell phones areveryuseful andtechnological meansare widely used bypeople ofall social classes. However, although it isa violationof theNationalBrazilian TrafficCode, many driversregularly usemobile phoneinside their vehicles. Studies showthat the tasksof perception anddecision-makingof thesedriversare clearlyimpaired.This study aimed todetectthe influence thatcell phone useproducesthe perceptionof the driver andnotedthe incidence of reportsof accidentsorscares,withdrivers usingsuchequipment. Ina field survey, whichinterviewed40drivers, of both sexes, andthe results showedevidence thatmost people whousethe mobile phone intransitbelievesthat thisinterferes with theperception, and that thedriver witholder ageismade awareof the risksmostrelevantto this situation. Keywords: cell phone; vehicle; traffic; accidents; distraction; driver.
9
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Gráfico 01 – Distribuição percentual dos acidentes de trânsito no Brasil..................23
Gráfico 02 – Distribuição temporal dos mortos em acidentes de trânsito, no Brasil.....................................................................................................24
Gráfico 03 - A evolução temporal do número de vítimas de acidentes de trânsito hospitalizadas.......................................................................................25
Gráfico 04 - Resultado percentual da pesquisa sobre o uso do celular enquanto dirige atrapalha a concentração e atenção do motorista......................30
Gráfico 05 - Resultado percentual da pesquisa sobre o uso do celular quando está dirigindo.........................................................................................31
Gráfico 06 - Resultado percentual da pesquisa sobre envolvimento ou quase envolvimento em algum acidente por causa do uso do celular no trânsito..................................................................................................31
Gráfico 07 - Resultado percentual da pesquisa sobre se já recebeu alguma multa por ter usado o celular enquanto conduzia um veículo...............32
Gráfico 08 - Resultado percentual da pesquisa sobre considerar a lei proibitiva do uso do celular no trânsito importante...............................................33
Gráfico 09 - Resultado percentual da pesquisa sobre lei que proíbe o uso do celular no trânsito é cumprida em nosso país.......................................34
Gráfico 10 - Resultado percentual da pesquisa sobre considerar falta GRAVE, MÉDIA ou LEVE o uso do celular no trânsito.......................................34
Gráfico 11 - Resultado percentual da pesquisa sobre conhecer alguém que já se envolveu em acidente de trânsito por conta do uso do celular enquanto conduzia................................................................................35
10
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 13
2.1 Breve Histórico do Trânsito ............................................................................. 13
2.2 O Automóvel Como um Objeto Necessário .................................................... 14
2.3 Uso do Celular ................................................................................................... 14
2.4 Conduta Humana ............................................................................................... 15
2.5 A Diversidade de Personalidades no Trânsito ............................................... 16
2.6 A Atenção ........................................................................................................... 17
2.7 As Distrações e Suas Implicações .................................................................. 19
2.8 Celular e Trânsito .............................................................................................. 19
2.9 Acidentes de Trânsito no Brasil ....................................................................... 22
2.10 Dados Sobre Vítimas Fatais ........................................................................... 24
2.11 Custos dos Acidentes de Trânsito nas Aglomerações Urbanas
Brasileiras ....................................................................................................... 25
2.12 Mudanças de Atitudes .................................................................................... 26
3. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 28
3.1 Ética .................................................................................................................... 28
3.2 Tipo de Pesquisa ............................................................................................... 28
3.3 Universo ............................................................................................................. 28
3.4 Sujeitos da Amostra .......................................................................................... 28
3.5 Instrumentos de Coleta de Dados ................................................................... 29
3.6 Plano para Coleta dos Dados .......................................................................... 29
3.7 Plano para a Análise dos Dados ..................................................................... 29
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 30
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 36
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 37
APÊNDICE ................................................................................................................ 40
ANEXO ..................................................................................................................... 41
11
1. INTRODUÇÃO
O uso da telefonia móvel popularizou-se de forma muito veloz que se tornou
comum ver pessoas dirigindo e falando ao celular, sem noção dos riscos de
acidentes a que estão sujeitas. O hábito de falar ao celular reduz a atenção do
condutor, que deixa de estar concentrado nas vias de trânsito, aumentando as
chances de acidentes.
O estudo tratou em detectar através da pesquisa literária se ouso do celular
pelo condutor induz a desatenção no trânsito podendo assim assumir uma trajetória
errática na via de movimento.
Percebeu-se que, muitos dos acidentes acontecem devido a essa prática. Por
isso da-se a importância deste estudoatentando para os danos causados por
distração desse ato infracional e irresponsável tão comum entre condutores
imprudentes. Maus procedimentos que corroboram para os graves problemas no
trânsito são inúmeros como: imprudência, negligência, imperícia e ignorância como
atitudes extremamente negativas e contribuintes para acidentes ou problemas de
fluidez no trânsito.
Baseando-me na fundamentação teórica, pude inferir que um motorista, ao
receber uma ligação em seu telefone celular, passa a perceber esse objeto como
uma “figura” que se destaca do mundo fenomenológico e passa a possuir uma
estrutura interna maior do que os outros objetos que ocercam, caracterizando todo
resto (sinalização, pedestres, ruídos, via etc.) como “fundo” sobre o qual ele se
destaca.
Verificou-se através de um estudo exploratório que:Existe um limite na carga
cognitiva humana, que não permite que se atenda, sem erros, a um número muito
grande de estímulos apresentados simultaneamente. É provável que uma pessoa
externa ao veículo e que faz uma ligação, requerendo sua atenção quando esta
deveria estar centrada em atender às situações do trânsito, coloque o motorista em
risco muito maior do que faz um passageiro
As violações do Código Brasileiro de trânsito (CTB) no cotidiano das vias de
trânsito são lamentavelmente frequentes, podendo-se observar atitudes
inadequadas a qualquer hora do dia ou da noite, por parte de condutores,
prejudicando assim o desempenho do trânsito, trazendo riscos aos usuários.A
psicologia do trânsito é uma área a ser explorada e que carece de mais estudos e
12
construção de conhecimentos, mas também é uma área que trará mais
humanização no trânsito.
Durante a revisão bibliográfica apresento um breve relato sobre a invenção do
automóvel, seguida pelas implicações de condutores inconsequentes do trânsito.
Nela também é abordada aquestão de atenção no trânsito, o uso do telefone
celular,os elementos complicadores, os diversos tipos de danos que essa conduta
pode trazer para o condutor, para o Estado e para terceiros.
13
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Breve Histórico do Trânsito
O trânsito foi evoluindo muito rápido, quando o primeiro carro chegou ao
Brasil já houve a preocupação em criar regras para regulamentar aos usuários e que
não prejudicassem os pedestres e outros usuários da via.
Conforme o art. 1°, § 1° do Código de Trânsito Brasileiro (CTB, 2009, p.21)
“Considera-se como trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos, animais,
isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,
estacionamento e operação de carga ou descarga”.
A movimentação é o trânsito independente do local em que está. Podemos
dizer que para tudo utilizamos o trânsito, até mesmo para pedir um produto para
entregar em casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade
(MAURO, 2009).
Após a revolução industrial, os veículos começaram a estar mais acessíveis à
população e com isso houve a necessidade de readequar as leis de trânsito.
O deslocamento de pessoas e veículos também trouxe sérias conseqüências
negativas, principalmente problemas ambientais e de saúde publica (QUEIROS,
2000),
Através dessas conseqüências negativas, notadamente os acidentes de
trânsito, começa-se a cogitar a possibilidade de utilização de vários conhecimentos
científicos, e dentre eles a psicologia, para minimizar essas trágicas ocorrências
publicas e ambientais.
O automóvel antes reduzido a elite, tornou-se artigo de consumo da classe
média e um progresso e desenvolvimento em nível social, multiplicaram-se as
estradas, as avenidas e estacionamentos para acomodar um número cada vez
maior de veículos (MACÊDO, 2009).
A evolução do trânsito no Brasil tem causado um aumento significativo, dos
problemas de circulação devido ao acumulo de pessoas em grandes centros, hoje
congestionamentos são comuns em muitas cidades do país, por isso exige que os
órgãos competentes tenham uma observação sempre atenta às mudanças para
inovar as leis e adequar-las à realidade.
14
2.2 O Automóvel Como um Objeto Necessário
Sabe-se que o carro nasceu na Alemanha e foi aperfeiçoado na França, mas
nos Estados Unidos é que surge o grande passo para a popularização e evolução
doautomóvel com Henry Ford.
O início da história sobre os primeiros veículos destinavam-se ao transporte
de bens, posteriormente passaram a ser usados para transportar o homem e seus
pertences, e, nos últimos séculos, já construíam-se veículos de transporte exclusivos
para pessoas. (BARSA, 2003).
O veículo de transporte se tornou indispensável ao homem pelas
comodidades que proporcionava. Mas, o fato é que o excesso desses veículos
colocava em risco a integridade física da maioria das pessoas que eram pedestres.
A produção de veículos em série, as variedades e toda a revolução nos
métodos e conceitos de fabricação, tendo como atrativo, valores mais acessíveis a
produção mundial de automóveis cresceu de 11 para 53 milhões entre 1950 e 1995
(MACÊDO, 1998).
È sabido pelos especialistas que na década de 90, outro fator que contribuiu
para o crescimento de veículos particulares na malha viária do Brasil, foi a
diminuição na qualidade do transporte público urbano e a criação dos carros
populares com menor valor de mercado, tornando-se comum encontrar famílias em
que vários membros possuíam cada um seu veículo.
A incorporação do automóvel ao cotidiano das comunidades apresenta outro
grande problema, os acidentes de trânsito (AT). (MARIN& QUEIROZ, 2000).
Considera-se o carro como objeto necessárioidealizado, que trazsegurança,
prazer, aquilo que representa muitas vezes um sonho desejado por muitos, pois
imaginar o mundo sem um carrotem se tornado quase impossível. Trata-se de uma
necessidade social e benéfica aos usuários.
2.3 Uso do Celular
O século XX começa com o telefone sendo uma necessidade para muitas
pessoas tanto no trabalho, como na casa, e mais tarde, nas ruas com o celular.O
telefone móvel trouxe para a sociedade uma nova forma de organização, onde o
indivíduo não estava totalmente isolado porque agora poderia ligar para qualquer
15
indivíduo da comunidade, poupando infindáveis complicações sociais e comerciais
sem necessidade de idas e vindas.
Em 1947, a companhia Bell passou a desenvolver a comunicação móvel, e
em 1973 já era responsável por um sistema sem fio instalado em carro de polícia
(HOFFMANN, 1980).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados
relativos ao uso dos telefones celulares no Brasil. Entre 2005 e 2011, é possível
notar o crescimento do uso desses aparelhos no país.
O mais relevante é a popularização em si do eletrônico: entre os anos da
pesquisa, o crescimento do uso pessoal do celular por brasileiros com mais de dez
anos foi de 107,2%. Para efeitos de comparação, os números de acesso à internet
foram um pouco maior, com 143,8% de aumento.
Em 2011, eram 115,4 milhões os donos brasileiros de celular, o que
representa 69,1% da população com mais de dez anos. Sete anos antes, o número
de consumidores era de 55,7 milhões de pessoas.
2.4 Conduta Humana
Segundo Capez (2005), a conduta humanana ação e omissão consciente e
voluntária, dirigida a uma finalidade. Os seres humanos são seres dotados de razão
e vontade. A mente processa uma série de captações sensoriais, transformadas em
desejos.
Para desempenhar a tarefa de dirigir, o condutor terá que estar atento aos
estímulos provenientes do ambiente, quais sejam, pedestres, sinalização além de
discriminar os estímulos provenientes do carro, devem concentram sua atenção
(BERNADES, 2008).
É possível concluir, que conduta é uma ação humana ilícita, que omite, que
afronta, que não prime pelo cumprimento das regras previstas na legislação, no que
se refere ao trânsito pode-se tornar inseguro e perigoso para todos.
O dono do veículo julga-se com muito mais direito à circulação do que os
demais participantes do trânsito, o que está ligado às características autoritárias da
nossa sociedade e à falta de conscientização sobre os direitos do cidadão
(BERNADES, 1985). A falta de cortesia é visível no trânsito, uma boa comunicação
16
entre motoristas e pedestres resolveria não todos os acidentes mais daria equilíbrio
as altas taxas de acidentes.
O condutor em muitas ocasiões comporta-se como o único personagem
quando que, o transito envolve todos que si movimentam.Os usuários em geral não
têm noção dos gravíssimos problemas que podem ser desencadeado diante do
comportamento inflexível no transito (QUARESMA et. al., 2006)
2.5 A Diversidade de Personalidades no Trânsito
Os condutores extrovertidos são mais propensos as distrações e podem ter
uma maior dificuldade para manter a atenção.
Porém há uma série de comportamentos interferente mantidos, tais como:
Falar ao celular,sintonizar o rádio, trocar o CD, colocar o cinto de
segurança, com o veículo57 em movimento.
A motivação ou carência de algo. Exemplo: o motorista que estando
com fome procura restaurante na rodovia, diminui sua atenção para
outros estímulos, potencializando as distrações.
Determinados problemas físicos ou idade avançada contribuem
paramenor atenção, enquanto aceleram o aparecimento da fadiga ou
distrações.
A observação do comportamento de condutores e a avaliação, frente às
inúmeras características inerentes ao ato de dirigir, demandam estratégias que
possibilitem averiguar a dinâmica desses fatores.
Dentro dessa perspectiva, a utilização de recursos tecnológicos no processo
de avaliação de condutores torna-se de grande valor, por possibilitar a utilização de
sons e imagens, a caracterização de situações de trânsito que possibilitem, a partir
da interação do condutor com esse meio, averiguar a sua capacidade perceptiva e
atencional, suas decisões e sua performance.
As situações de trânsito exigem dos condutores atitudes que demandam
atenção, percepção e habilidades motoras. Como, por exemplo, reagir a eventos
inesperados, repentinamente, um buraco na pista. Nesse caso, a variável velocidade
também deve ser considerada, pois quanto maior ela for menor será o tempo para a
reação do motorista. Os fatores envolvidos no tempo de reação que favorecem a
17
compreensão do processo de reaçãofrente a um objeto na via serão abordados,
mais detalhadamente, no item sobre Fatores dealteração da atenção.
2.6 A Atenção
Dirigir, ler as placas de trânsito, obedecer às normas de circulação e ainda
ficar alerta para os imprevistos, como uma freada brusca do carro da frente ou um
pedestre desatento. Uma parcela considerável dos motoristas acredita que dá para
fazer tudo isso e ainda falar ao celular, trocar mensagens e até usar a internet
enquanto conduz o veículo (MAURO, 2008).
Baseando-nos na literatura, podemos inferir que um motorista, ao receber
uma ligação em seu telefone celular, passa a perceber esse objeto como umaque se
destaca do mundo fenomenológico e passa a possuir uma estrutura interna maior do
que os outros objetos que o cercam, caracterizando todo resto (sinalização,
pedestres, ruídos, via etc.) como “fundo” sobre o qual ele se destaca (MAURO,
2008).
Seguindo a evolução legislativa, chega-se ao Código Brasileiro de Trânsito -
CTB, o qual asseverou por meio dos seus 341 artigos, instrumentos e condições
para assegurar a circulação de bens e pessoas com segurança, eficiência, fluidez e
conforto. (BRASIL, 1997, art. 6º).
As condições para que o condutor do veículo transite em segurançasão
fatores humanos e está relacionado com a atenção e distração. Para conduzir um
veículo é necessário atenção redobrada e dedicada ao volante sempre.
O professor José Aparecido da Silva, pesquisador da área depsicofísica e
percepção, especialista em processos sensoriais do Departamento de Psicologia e
Educação da USP Ribeirão Preto afirma que o comportamento de dirigir um veículo
é composto por múltiplas tarefas.
Envolve a tomada de informação, o processamento de informação, atomada
de decisão e as atividades motoras.Dirigir um veículo deve ser compreendido como
uma concessão e nãocomo um direito do cidadão (GOVERNO FEDERAL, 1998).
Para Centurion (2011), a atenção é uma qualidade da percepçãomais
consciente e dirigida sobre o campo global, seja focalizando um ou maispontos
dentro deste campo.
18
Segundo Hoffmann e Gonzáles (2003, p.379), as principais funções
psicológicas docondutor para uma condução bem sucedidasão:
A correta capacidade perceptiva e atencional, para captar o que ocorre ao
redor, identificare discriminar os estímulos relevantes de situações e
problemas de trânsito a serem resolvidos;
perceber a situação, interpretá-la corretamente e avaliá-la;
tomar uma decisão sobre a ação ou manobra mais adequada;
executar a decisão com a rapidez e precisão possíveis – a capacidade de
resposta docondutor, a performance se referem às atividade sensório-
motoras e psicomotoras que ocondutor utiliza para o controle do veículo;
Existe um limite na carga cognitiva humana, que não permite que se atenda,
sem erros, a um número muito grande de estímulos apresentados simultaneamente.
É provável que uma pessoa externa ao veículo e que faz uma ligação, requerendo
sua atenção quando esta deveria estar centrada em
atender às situações do trânsito, coloque o motorista em risco muito maior do que
faz um passageiro (ANDRADE, 2002).
Considerado um dos países com o trânsito mais violentodo mundo, nos
últimos anos o Brasil tenta conter o alto número de acidentes. Desde a implantação
do novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB)f em 1998, a taxade mortalidade
mantém-se estável (em torno de 20 mortes por 100 mil habitantes), superior às taxas
do Japão, Suécia e Canadá (de cinco a oito mortes/100 mil habitantes).
Diferentes estudos revelam que as tarefas de tomada de decisão e
perceptuais são, claramente, prejudicadas por motoristas que, regularmente, utilizam
um telefone celular dentro de seus veículos
O assunto é oportuno devido ao fato de que o uso do celular se popularizou,
de tal forma, ao ponto de ser usado por pessoas de todas as classes sociais; e pelo
fato de que, recentemente.
O neurologista Eduardo Genaro Mutarelli, (2003, em entrevista a revista
“Quatro rodas”) afirma que o motorista está usando a audição e não a atenção
dirigida para guiar o carro, pois quando se conduz um veículo falando com alguém
ao lado, também há risco, com a diferença de que o acompanhante pára de falar ao
perceber um perigo iminente
19
2.7 As Distrações e Suas Implicações
Os acidentes de trânsito hoje é uma das maiores causas de morte do planeta.
O ponto de fatalidade atingido chega a ser de características epidemiológicas, razão
pela qual vem merecendo a preocupação da pesquisacientífica com essas questões
(ANDRADE, 2001).
A cada 22 minutos, morre uma pessoa em acidente de trânsito. A cada 07
minutos acontece um atropelamento. A cada 57 segundos acontece um acidente de
trânsito. (IPEA, 2009).
Segundo Hoffmann et. al. (1996), no que se refere à distrações o que
condutor estiver atento ao seu mundo interior, aos seus problemas, poderá diminuir
e muito a sua capacidade para perceber e analisar os estímulos exteriores.
O neuropsicólogo da Faculdade Esuda e membro do Moto Clube Comando
do Asfalto, Carol Costa Junior, afirma que o ritmo de vida corrido, com extremas
cobranças e a necessidade de fazer tudo tão rápido estimula os motoristas a
dividirem as atenções enquanto dirigem. “O próprio mercado oferece as condições
para você ficar dentro do carro de forma confortável, disponibilizando rádio, MP3,
DVD. E isso acaba virando hábito das pessoas”, expõe.
Ainda segundo o psicólogo, os pedestres também devem ficar atentos,
porque não deixam de fazer parte da estrutura de tráfego, podendo ser os agentes
de graves acidentes. “As pessoas tendem a achar que não vão se envolver em
nenhuma situação de risco, por serem mais habilidosas ou até desenroladas. Mas, a
maioria tem consciência da necessidade de ter o trânsito como prioridade”
A Abramet afirma que as distrações causadas por celulares e outros
eletrônicos, somadas, já são a quarta maior causa de acidentes em São Paulo. Uma
pesquisa da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, concluiu que motoristas
distraídos pelo celular demoram demais para reagir diante de um imprevisto – mais
até do que alguns bêbados.
2.8 Celular e Trânsito
Por mais que não existam dados referentes à acidentes causados pelo uso do
celular no trânsito, esse hábito não é descartado no que se refere à acidentes.
20
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), por meio do artigo 252,
considera o uso do celular infração de natureza média e estabelece multa de 85,13
reais e 04 pontos na carteira de habilitação.
Mas sabe-se que a Comissão de Viação e Transportes aprovou a
reclassificação ontem e aguarda apenas a confirmação de colegas do outro grupo.
Caso o projeto de lei 7471/10 seja aprovado,pela Comissão de Constituição, Justiça
e Cidadania, dirigir utilizando o celular será considerado infração grave.
Sabendo que trata-se de infração qualquer forma de uso do telefone celularno
trânsito, os motoristas insistem em atender o telefone por muitas vezes acreditar que
isso não é nada de mais e logo vão desligar.
Tanta imprudência e atitudescomo essa podem mudar quando se reconhece
que o que está em “jogo”sãosuas próprias vidas e de outras pessoas, podendo
ocasionar graves acidentes de trânsito que é conseqüência de um comportamento
inadequado, falha ou até mesmo desconhecimento das normas de trânsito de um
motorista imprudente (MAURO, 2008).
Morais (2011), afirma queao falar no celular, o condutor reage de forma mais
lenta e com sérias limitações, ele dá menos atenção ao retrovisor, à sinalização e ao
próprio fluxo do trânsito.
Apontar o uso do celular enquanto dirige pode ser associado ao aumento do
risco de acidentes com lesões graves. Além das chances do risco de colisão
aumentar, o uso do celular provoca distração da atenção e sobrecarga cognitiva.
Erros no trânsito provocados pela distração temsido o fator mais comum que leva o
motorista a tomar o sentido contrario da via e provocar acidentes.
Em média as ações de motoristas imprudentes ao ter alguma ação enquanto
conduzem um veículo podem levar à distração e consequentemente resultando em
acidentes graves e até mesmo a morte no trânsito (IPEA, 2009).
De acordo com o site g1 da globo1 de 2012, falar ao celular enquanto dirige-
se é uma mistura tão perigosa quanto conduzir um veículo alcoolizado. Isso porque
falar ao telefone ou mandar SMS distrai o motorista e pode aumentar em 400% o
risco de acidentes.
1O uso do celular aumenta o risco de acidentes no trânsito. Disponível em:
<http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/02/uso-do-celular-aumenta-em-ate-400-o-risco-de-acidentes-no-transito.html> Acesso em: 25/04
21
A associação Brasileira de Educação de Trânsito (ABETRAN) realizou uma
pesquisa, que durou 14 meses, com 699 motoristas que tinham telefones celulares e
foram responsáveis por acidentes com perdas materiais relativamente graves, porém
sem acidentes pessoais.
Este estudo resultou em um número de acidentes acontecidos durante ou
imediatamente pós uma conversa ao telefonema foi mais de quatro vezes maior do
que o esperado na direção normal de veículos, bem como, foi constatado que
motoristas mais jovens têm maior tendência a problemas, nessa situação, do que os
mais velhos.
É comprovado, também, que os condutores utilizando-se de aparelho de viva
-voz, correm o mesmo risco de sofrer acidentes do que aqueles que seguram o
aparelho enquanto dirigem (IPEA, 2009).
Dentre os elementos que se relacionam com as causas dos acidentes, sabe-
se que mais de 90% deles estão associados a fatores humanos. Apenas 10% têm
suas causas relacionadas às condições ambientais, condições da via ou condições
do veículo (ROZESTRATEN& DOTTA, 1996).
Um motorista que atropela e mata alguém enquanto dirige falando ao celular
pratica homicídio doloso, ou seja, com intenção. De acordo com o site JusBrasil2,
2013 Essa, ao menos, foi a interpretação do Tribunal Federal Regional (TRF) da 1ª
Região ao julgar recurso de um condutor condenado em primeira instância no Pará.
Ao recorrer, ele tentava reverter decisão do juízda 4. 11 Vara Criminal da
Seção Judiciária do Estado, buscando classificar o crime como culposo, quando não
há intenção de matar, com penas mais brandas.O caso ocorreu na noite de outubro
de 2006 em uma estrada da cidade paraense de Ananindeua.
O administrador Márcio Scaff, estava numcorsa e ao fazer o uso do celular
enquanto conduzia matou a policial rodoviária federal Vanessa Siffert, que estava
em serviço perto de um posto da Polícia Rodoviária Federal.A pena para este tipo de
homicídio doloso, éde 6 a 20 anos.
2Usar celular e matar no trânsito é crime doloso. Disponível
em:<http://oabrj.jusbrasil.com.br/noticias/100282748/usar-celular-e-matar-no-transito-e-crime-doloso> Acesso em: 25/05
22
2.9 Acidentes de Trânsito no Brasil
Em março de 1998, passou a vigorar, sob a Lei n° 9.503, o novo CTB, tido
como a esperança de redução do crescente número de AT. Leis rigorosas, multas
mais altas e capítulos dedicados à educação no trânsito sugeriam que o problema
seria solucionado. Porém, prevaleceu a manutenção e, em alguns casos,o aumento
nos índices de mortalidade e hospitalização decorrentes dos acidentes..
Ao final de 1998, 30.890 pessoas perderam a vida em AT. Em 2008, o
número aumentou em 19% (36.666mortes), enquanto a população brasileira
aumentou 17%. De 1998 a 2000, houve queda no número de vítimas fatais (28.995
mortes) e constante elevação nos anos seguintes, chegando a 37.407 mortes em
2007.
As hospitalizações aumentaram em 9%: de 108.988 em 1998 para 123.168
em 2009. O número de hospitalizações aumentou até 2000 (119.585), reduziu até
2003 (109.696), aumentou até 2006 (120.997) e reduziu em 2007. Nos dois anos
seguintes, ocorreram os dois valores extremos do período estudado: declínio
em2008 (~95 mil hospitalizações), seguido de aumento de mais de 30% (123.168)
em 2009. Reflexo da Lei nº11.705/08 (Lei Seca) ou erro no sistema de informação
podem ter influenciado tamanha variação (ABRAMED, 2009).
A taxa de mortalidade declinou nos dois primeiros anos do acompanhamento
(de 19,1 mortos por mil habitantes em 1998 para 17,1 em 2000). Aumento
progressivo ocorreu de 2001 a 2004, chegando a 19,6 mortos/100 mil habitantes,
taxa que se manteve estável e próxima aos 20 mortos/100 mil habitantes nos anos
seguintes.
A taxa de mortalidade por veículos foi estável (em torno de 10 mortos/10 mil
veículos) até 2002. De 2003 a 2008 houve gradativo decréscimo, com taxa de 6,7
mortos (MAURO, 2008).
Essa diminuição pode estar relacionada ao aumento de 85% da frota
brasileira: de 29,5 milhões de veículos para mais de 54 milhões. Segundo dados do
DENATRAN (2005), foram mais de 26 mil mortos em acidentes, 513 mil feridos do
total de 383. 371 acidentes com vítimas. Os números são assustadores maior do
que sérias doenças que atingem a população brasileira.
23
A Organização Mundial de Saúde – OMS, os acidentes de trânsito são
considerados a segunda causa de mortes por fatores externos em todo o mundo,
também no Brasil, segundo a Fundação Nacional de Saúde
O Ministério da Saúde, entre 2000 e 2008, mais de 300 mil brasileiros
perderam a vida em acidentes de trânsito, situação que, em 2009, levou a
Organização Mundial da Saúde (OMS) a apontar o Brasil como o quinto país em
mortes no trânsito.
Considerado um dos países com o trânsito mais violentodo mundo, nos
últimos anos o Brasil tenta conter o alto número de acidentes. Desde a implantação
do novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB)f em 1998, a taxade mortalidade
mantém-se estável (em torno de 20 mortes por 100 mil habitantes), superior às taxas
do Japão, Suécia e Canadá (de cinco a oito mortes/100 mil habitantes).
Drews (2007), descreve que o impacto do acidente de trânsito incide em
diferentes graus diferentes e afeta desigualmente as vítimas, pois há vários fatores
que influenciam no desencadeamento em maior ou menor proporção do estresse
ligado ao acidente.
Gráfico 01 – Distribuição percentual dos acidentes de trânsito no Brasil;
Fontes: Acidentes de trânsito no Brasil- Um atlas de sua distribuição- ABRAMET (dados até 2005). Mnistério da saúde/vigilância em saúde/Departamento de análise de situação de saúde- Sistema de informações sobre mortalidade- SIM(dados a partir de2006).
Verifica-se uma grande proporção de mortos por acidentes de trânsito,
segundo qualidade da vítima, entre 1998-2008. O grupo “Outros” incluiu ocupantes
de triciclo motorizado, transporte pesado (caminhões), ônibus, outros acidentes de
transporte terrestre e os acidentes de transporte terrestre não especificados. A
categoria “Ocupantes de carros” incluiu ocupantes de camionetes.
24
Mesmo havendo tantos incentivos à segurança no trânsito, as estatísticas de
acidentes no trânsito não foram reduzidas, pelo fato de que muitos não têm plena
consciência de quão perigoso é a direção imprudente.
No Brasil, o acidente de trânsito é tido como uma fatalidade. É um
acontecimento fortuito e não previsto.
Dados do DETRAN mostram que, no primeiro trimestre de 2012, 844 pessoas
foram autuadas por conduzir impossibilitados, enquanto no mesmo período deste
ano o total chegou a 906. Já 707 condutores foram flagrados em 2012 utilizando
celular ao dirigir, enquanto em 2013, 265 foram multados por conta da mesma
infração.
Segue abaixo dados DATASUS, que são informações sobre vítimas de
acidentes de trânsito incluindo mortos e feridos.
2.10 Dados Sobre Vítimas Fatais
As estatísticas do Ministério da saúde, gráfico 02, fornecem dados sobre os
óbitos por causas de ATT (Acidentes de trânsito).
Gráfico 02 – Distribuição temporal dos mortos em acidentes de trânsito, no Brasil.
Fonte: Ministério da saúde. DATASUS. 2013.
É interessante observar, neste gráfico, o impacto da entrada em vigor do novo
CTB em 1998: uma redução considerável em 17% entre 1997 e 2000. O número de
vítimas fatais de acidentes de transporte terrestre é de 42.844, em 2010.
Esses números elevados em estatísticas assustam, pelo fato dessas
ocorrências serem tão comuns no Brasil.
25
O gráfico 03 mostra a evolução do número de vítimas de acidentes de trânsito
hospitalizadas.
Gráfico 03 - A evolução temporal do número de vítimas de acidentes de trânsito
hospitalizadas.
Fonte: DATASUS
3
2.11 Custos dos Acidentes de Trânsito nas Aglomerações Urbanas Brasileiras
Segundo o DETRAN, não há um dia sequer que não haja notícias sobre
acidentes de trânsito. Mais de 30 mil pessoas morrem em acidentes todos os anos -
são mais de 80 pessoas por dia, ou 1 a cada 18 minutos.
Os acidentes de trânsito, no ano de 2001, geraram custos da ordem de R$3,6
bilhões, a preços de abril de 2003, para as 49 aglomerações. Caso considere-se o
total da área urbana, estes custos chegam a R$5,3bilhões. Estes valores resultam
somente dos acidentes ocorridos em área urbana. Pelo fato da pesquisa ter se
restringido às aglomerações urbanas, os custos dos acidentes ocorridos em
rodovias fora do perímetro urbano não estão incluídos, ainda que estes acidentes
sejam os mais graves, embora menos numerosos.
Além das mortes no trânsito, há elevados casos de mutilações, feridos e de
catastróficos danos materiais, cargas, danificando rodovias e, até mesmo,
destruições causadas com cargas perigosas que são transportadas e perdidas em
acidentes.
Que quantificar o custo dos acidentes nas rodovias brasileiras e apontou para
a necessidade do conhecimento dos impactos dos acidentes na saúde e na vida das
3Banco de dados do Sistema Único de Saúde.Disponível em: DATASUS <http://vias-
seguras.com/os_acidentes/estatisticas/estatisticas_nacionais> Acesso em: 25/04
26
vítimas diretamente e indiretamente envolvidas, como os familiares, as equipes de
resgate e de saúde.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saude) os custo de urgência para a
vítimas de trânsito são:
Custo do atendimento pré-hospitalar: atendimento da vítima por unidades
adotadas de equipamentos especiais, com veículos e profissionais
especializados (ambulâncias, bombeiros, médicos, etc.).
Custo do atendimento hospitalar: soma dos custos do atendimento médico
hospitalar dopaciente não internado e do paciente internado na Unidade de
Terapia Intensiva e/ou Enfermaria.
Custo pós-hospitalar: a soma dos custos com reabilitação, para os casos de
seqüela temporária ou definitiva, com procedimentos, medicamentos,
transporte, equipamentos e outros.
Custo de remoção/translado: custo de remoção da vítima fatal ao Instituto
Médico Legal(IML); e custo de translado terrestre ou aéreo da vítima fatal do
IML/hospital ao local do funeral.
Essas cobrançasé alvo de discordâncias, entre pessoas. Mas é certo que a
medida visa diminuir o número de vítimas em acidentes de trânsito.
As sequelas invisíveis dos acidentes de trânsito começam a ser percebidas e
estudadas no Brasil, recentemente, no referencial do modelo biomédico e do
estresse pós-traumático afirma Maia, (2006).
2.12 Mudanças de Atitudes
Para uma mudança de atitude dos condutores, os órgãos responsáveis pelo
trânsito precisam investir em educação e uma fiscalização eficiente, constante e
preventiva, aplicando com mais rigor as leis existentes (MORAIS, 2001). Quando se
fala em mudança de atitude requer que a sociedade desperte uma análise crítica
sobre a importância da responsabilidade que todos têm para a prevenção de
acidentes e a preservação da vida no trânsito. Os prejuízos ao corpo e à vida
das vítimas, ela deve se conscientizar acerca dos danos psicológicos que os
acidentes podem causar às famílias, deixando sequelas irreparáveis pelo resto da
vida (MAURO, 2008).
27
Essa mudança deve ser no cotidiano, começando dentro de casa, ensinando
e explicando aos jovens para que todos sigam às leis e às Normas Gerais de
Circulação e Conduta do CTB (Capítulo III).
O art. 28 do CTB diz que o condutor deverá, a todo o momento, ter domínio de seu
veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito,
mas, no entanto, alguns fazem o contrário quando estão falando ao celular ou
dirigindo acima da velocidade da via; art. 30, inciso I do CTB, todo condutor, ao
perceber que outro que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá, se estiver
circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da direita sem acelerar a
marcha.
Segundo o Denatran (2006), A fiscalização eletrônica, por meio dos pardais e
barreiras, é importante, mas a presença do agente de trânsito ou do policial
rodoviário é fundamental para inibir o condutor a não infringir o CTB e tem efeitos
educativos, punitivo e, acima de tudo, preventivo.
Por isso, a fiscalização ostensiva, na via urbana ou rural, é muito importante
para que a sociedade sinta o Estado presente na forma humana e não somente na
forma de máquinas.
Investir mais em campanhas educativas, principalmente naquelas que
causem impactos, também é essencial. O Estado tem que assumir sua função,
garantindo um trânsito seguro e educando o cidadão desde sua infância, para que o
número de vítimas do trânsito diminua (MORAIS, 2011).
Apesar da Campanha de 2011, em âmbito nacional, pela redução da violência
no trânsito, que tem o slogan “PARE, PENSE, MUDE”, uma iniciativa do Ministério
das Cidades, por meio do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), que faz
parte do movimento PARADA – Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no
Trânsito e está totalmente enquadrada na meta firmada com a Organização Mundial
da Saúde.
Uma forma de reflexão para toda sociedade, o governo tem que intensificar
essa educação por meio de vídeos, palestras e anúncios publicitários, mostrando
diversos acidentes trágicos, pois a sociedade tem que visualizar a situação para que
esse slogan realmente surta o efeito da mudança de atitude que todos querem, e,
assim, compartilhar com o outro slogan do Denatran: “o trânsito só muda quando a
gente muda”.
28
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Ética
A presente pesquisa segue as exigências éticas e científicas fundamentais
conforme determina o Conselho Nacional de Saúde –CNS nº 196/96 do Decreto nº
93933 de 14 de janeiro de 1987 – a qual determina as diretrizes e normas
regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos:
A identidade dos sujeitos da pesquisa segue preservada, conforme apregoa
a Resolução 196/96 do CNS-MS, visto que, não foi necessário identificar-se ao
responder o questionário. Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE). Foram coletados dados a respeito de Psicologia do Trânsito,
obtenção da CNH, dados estatísticos é históricos sobre mulheres no trânsito, para
que se possa obter maiores informações sobre a população pesquisada.
3.2 Tipo de Pesquisa
O estudo apresentadofoi norteado pela busca de informações e
mensuração,trata-se de uma pesquisa quanti/qualitativa, tendo em vista as
pesquisas bibliográficas e de campo aqui apresentadas.
3.3 Universo
O presente estudoobjetivou-se avaliar 40 pessoas portadoras de CNH
(Carteira Nacional de Habilitação) no período de 5 e 18 anos, entre mulheres e
homens quesubmeteram à avaliação nas categorias (B, C, D) em uma clínica
especializada e credenciada pelo DETRAN-AM da Cidade de Manaus-Am.
3.4 Sujeitos da Amostra
O estudo foi realizado com a participação de 40pessoasno processo de
renovação de CNH, entre5 e 18 anos de habilitação, com idades variadas.
29
3.5 Instrumentos de Coleta de Dados
Na coleta de dados utilizou-se um questionário semi-estruturado, somando
um total de oito questões.
3.6 Plano para Coleta dos Dados
Os participantes foram devidamente informados do que se tratava a
pesquisa,assim como objetivos e os procedimentos aplicados. Onde foi entregue
para a leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(conforme anexo).
Todos os entrevistados mostraram-se atenciosos e participativos. O
questionário foi aplicado entre o período de 26/12/2012 e 18/02/2013.
3.7 Plano para a Análise dos Dados
Após o término das entrevistas, foram analisados os dados a fim de
elaborarem-se os dados estatísticos de acordo com as questões aplicadas.
Os dados apresentados pelos participantes foram analisados e discutidos a
partir do método de analise do discurso segundo Bardin (1977), evidenciando o
comportamento dos condutores de veículos.
30
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Abaixo estão os resultados obtidos através da pesquisa campo, baseando-se
em dados fornecidos por 40 condutores avaliados (entre homens e mulheres), com
faixa etária entre 20 e 75 anos.
Conforme o gráfico 04, a maioria dos entrevistados alegaram que,o usodo
celular enquanto conduzem um veículo, diminui a concentração e a atenção. Onde
se pode dizer que a maioria tem a consciência dos riscos do uso do celular, podendo
causara distração momentânea, podendo ocasionar um acidente de trânsito.
Gráfico 04 - Resultado percentual da pesquisa sobre o uso do celular enquanto dirige
atrapalha a concentração e atenção do motorista.
86%
8% 6%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Se o
uso
do
celu
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qu
an
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irig
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rfere
na c
on
cen
tração
Sim
Talvez
Não
Fonte: Dados da pesquisa. Manaus-AM. 2013.
Mesmo sabendo dos riscos (tendo em vista a questão elaborada), porém,
muitos continuam a usar o telefone celular, conforme o gráfico 05, onde revelam que
mesmo ciente das consequências, ainda assim se arriscam para atender, fazer
chamadas, enviar e receber mensagens de textos. Os dados demonstram também
que, além da pouca fiscalização que há no país, revela que é uma questão de
conduta, onde as pessoas têm a consciência que estão colocando em riscos a sua
própria vida e a vida de outros participantes do trânsito.
31
Gráfico 05 - Resultado percentual da pesquisa sobre o uso do celular quando está
dirigindo.
Fonte: Dados da pesquisa Manaus-AM. 2013
Os resultados apontam que apenas 8% deles, dizem já ter sofrido algum
acidente ou susto pelo uso do celular no trânsito, e 92% afirmaram que nunca
sofreram incidentes ao conduzir falando ao celular, o que pode significar que muitos
usuários subestimam o risco de atender o telefone celular enquanto dirigem,
conforme gráfico 06
Gráfico 06 - Resultado percentual da pesquisa sobre envolvimento ou quase envolvimento em algum acidente por causa do uso do celular no trânsito.
92%
8%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Perc
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ncid
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tes o
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rrid
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uso
do
celu
lar
ao
dir
igir
Nunca sofreram incidentes aodirigir
Sofreram incidentes ao dirigir
Fonte: Dados da pesquisa. Manaus-AM. 2013.
32
Podemos correlacionar os dados obtidos abaixo, com o baixo nível de
fiscalização, no que se refere à legislação brasileira conforme revela o gráfico 07,
onde 98% dos entrevistados relataram nunca terem sido multados pelo uso do
celular no trânsito, isso mostra que o uso do telefone celular com o veículo em
movimento é devido a dificuldade dos usuários serem flagrados pela fiscalização.
Gráfico 07 - Resultado percentual da pesquisa sobre se já recebeu alguma multa por ter usado
o celular enquanto conduzia um veículo.
98%
2%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Se j
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ult
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uso
do
celu
lar
no
trâ
nsit
o
Não
Sim
Fonte: Dados da pesquisa. Manaus-AM. 2013.
No gráfico 08, apesar de não respeitarem a lei que proíbe o uso do celular
com o veículo em movimento, o índice de 63% dos entrevistados consideraram a lei
importante, quando afirmam também que o celular oferece riscos sim, mas
acreditam que pode ser controlado pelo usuário, conforme a pesquisa.
33
Gráfico 08 - Resultado percentual da pesquisa sobre considerar a lei proibitiva do uso do
celular no trânsito importante.
63%
37%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%S
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so
do
celu
lar
no
trâ
nsit
o i
mp
ort
an
te
Não
Sim
Fonte: Dados da pesquisa. Manaus-AM. 2013.
Embora o Código de Trânsito Brasileiro seja rigoroso no que se refere as leis
de trânsito, devido a fiscalização ser insuficiente com o número de condutores, e de
acordo com a pesquisa ficou claro que a lei que proíbe o uso do celular no trânsito
não é cumprida em nosso país, 97% dos entrevistados quando questionados se a lei
de trânsito que proíbe o uso do celular era cumprida em nosso país responderam
que não e somente 3% afirmaram que sim, conforme gráfico 09. Mas é versado que
não existe fiscalização suficiente para a demanda de motoristas e nota-se que
muitos não tem dificuldade alguma de fazer o uso do celular, conforme as questões
anteriores.
34
Gráfico 09 - Resultado percentual da pesquisa sobre lei que proíbe o uso do celular no trânsito é cumprida em nosso país.
97%
3%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%S
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trân
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um
pri
da e
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osso
país
Não
Sim
Fonte: Dados da pesquisa. Manaus-AM. 2013.
A maioria ainda considerou o uso do celular ao dirigir entre MÉDIO e LEVE, o
último item revela que apenas 6% consideram falta grave, conforme se ver no
gráfico 10. Isso mostra a falta de conhecimento referente ao assunto,a
irresponsabilidade de muitos que burlam a lei,sendo necessário as punições
cabíveis e aconscientização da população, salientandoos riscos que dirigir falando
ao celular oferece.
Gráfico 10 - Resultado percentual da pesquisa sobre considerar falta GRAVE, MÉDIA ou LEVE o uso do celular no trânsito.
66%
28%
6%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Qu
e f
alt
a c
on
sid
era
vam
o u
so
do
celu
lar
no
trâ
nsit
o
Média
Leve
Grave
Fonte: Dados da pesquisa. Manaus-AM. 2013.
35
Quando questionados se conheciam alguém que já havia se envolvido em
acidentes de trânsito, 93% afirmaram que não, felizmente, e 8% simconforme se ver
no gráfico 11.
Gráfico 11 - Resultado percentual da pesquisa sobre conhecer alguém que já se envolveu em acidente de trânsito por conta do uso do celular enquanto conduzia.
93%
8%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
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o p
elo
uso
do
celu
lar
Não
Sim
Fonte: Dados da pesquisa. Manaus-AM. 2013.
Os resultados evidenciaram também que,o número maior de pessoas que
utilizam o celular enquanto dirigem são pessoas mais jovens. Onde 58% está na
faixa etária de 20/29 anos, 34% de 30/39 anos, 7% 40/49 e somente 1% acima de
50/60 anos. Sabe-se que o telefone celular causa a distração momentânea,onde não
há alteração do nível biológico, facilitando seu retornorápido ao estado de
normalidade da atenção, diferentemente da ingestão de bebidas alcoólicas.
Além de fiscalizações mais eficientes, a educação também deve fazer parte
dessa reestruturação. As pessoas devem ser conscientizadas desses maus hábitos
que se instalaram no trânsito, principalmente pelo uso do celular enquanto
conduzem, fator esse que torna o trânsito mais violento, uma vez que falar ou enviar
e receber mensagens de texto distrai os condutores, causando possíveis acidentes
ou sustos, colocando em risco a vida deles próprios e de outras pessoas, pois nem
todos podem se safar como os consultados na pesquisa, onde felizmente somente
8% declararam já terem passado por incidentes quando faziam o uso do aparelho.
36
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Algumas pessoas acreditam que o uso do telefone não interfere em seus
reflexos. Entretanto independente das funções e papéis que cada um desempenha
nesse sistema e a multiciplicidade de fatores envolvidos, Andrade (2007) ao relatar
sobre o fenômeno do trânsito e suas dimensões alarmantes em 13 diversos países
do mundo, concluiu através de seus estudos que os problemas causados por ele
influenciam diretamente na qualidade de vida das pessoas.
Contudo os problemas no trânsito estão ligados a vários fatores, assim tratar
os problemas do trânsito é uma atividade complexa, na busca de tratar osconflitos,
na tentativa de dividir o espaço entre todos que necessitam circular, nessa tentativa,
busca-se então, uma situação de equilíbrio em que as formas de circulação tragam
benefícios iguais para todos os participantes do trânsito.
Portando é necessário conscientizá-los sobre o risco de conduzir falando no
celular, pois esta ausência depercepção do risco leva muitos a permanecerem
usando o celular enquanto conduzem, fazendo-senecessário urgente ações que
possam mitificar os evidentes comportamentos de uso do aparelho celular na
condução de veículos.
37
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40
APÊNDICE
QUESTIONÁRIO
Leia e responda as questões. Não é necessário identificar-se.
Quanto tempo possui carteira de motorista?_______________ Sexo: _________________ Idade: _________________ 1) Você acha que usar o celular enquanto dirige atrapalha a concentração e atenção do motorista? ( )SIM ( )NÃO ( )TALVEZ 2) Você utiliza o celular quando está dirigindo? ( ) Para atender e receber ligações ( ) Para receber e enviar SMS ( ) Somente no viva-voz 3) Você já se envolveu ou quase se envolveu em algum acidente por causa do uso do celular no trânsito? ( )SIM ( )NÃO 4) Você já recebeu alguma multa por ter usado o celular enquanto conduzia um
veículo?
()SIM ( )NÃO
5) Você considera a lei proibitiva do uso do celular no trânsito importante?
( )SIM ( )NÃO
6) Você acha que a lei que proíbe o uso do celular no trânsito é cumprida em nosso
país?
( )SIM ( )NÃO
7) Você considera falta GRAVE, MÉDIA ou LEVE o uso do celular no trânsito?
()GRAVE ( )MÉDIA ( )LEVE
8) Você conhece alguém que já se envolveu em acidente de trânsito por conta do
uso do celular enquanto conduzia?
( )SIM ( )NÃO