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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
LOGÍSTICA EMPRESARIAL
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A REDUÇÃO DE CUSTOS NO MODAL DE TRANSPORTE
RODOVIÁRIO
Por: Marcio André de Oliveira Bezerra
Orientador: Professor Jorge Tadeu Vieira Lourenço
Rio de janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
LOGÍSTICA EMPRESARIAL
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A REDUÇÃO DE CUSTOS NO MODAL DE TRANSPORTE
RODOVIÁRIO
Apresentação de monografia à Universidade Cândido
Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso
de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Logística
Empresarial.
Por: Marcio André de Oliveira Bezerra
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por minha vida, pelos desafios e pelas
oportunidades que me foram dadas, por me auxiliar na luta do dia-a-dia, por todas
as conquistas e derrotas, pelas horas boas e más, por ter feito conhecer pessoas e
lugares interessantes.
Aos meus pais, e grandes amores, Dalva de Oliveira Bezerra (in
memoriam) e Wilton Tenório Bezerra, a eles serei eternamente grato por existir.
Minha mãe que sempre me ensinou a ser uma pessoa do bem, me passando força
em cada palavra, olhar e oração, me guiando nas melhores direções. Mãe com
saudades lembro-me de você, estará eternamente em meu coração. Ao meu pai, por
ser meu eterno herói, por suas conversas e orientações. Agradeço pela educação
que me deram, pelo amor e principalmente o caráter. Pai, me desculpe, pois depois
de alguns anos sou eu o mais alto.
Agradeço às minhas três irmãs, cada qual em sua distinta personalidade,
cada qual no seu modo de viver, que passaram comigo diversos anos, rindo,
chorando, brigando e com um grande abraço fazendo as pazes, por tudo que
vivemos juntos ou ainda iremos viver, mas sei que estão sempre comigo. Agradeço
principalmente a minha irmã Carla por sua ajuda e por estar sempre presente nos
momentos difíceis ou não.
A minha namorada Simone, desculpe-me pelas horas que contigo não
pude estar, mil beijos.
Agradeço ao meu Orientador pela ajuda durante todo o trabalho, pelas
explicações sempre claras e repletas de exemplos esclarecedores.
Aos meus amigos e todos que passaram por minha vida, por tudo que vivi
que foram matérias-primas de aprendizado que contribuíram e auxiliaram de alguma
forma a moldar o profissional e homem que sou hoje.
Muito obrigado!
4
RESUMO
O objetivo principal do trabalho é contribuir para que a redução de custos
no transporte rodoviário seja vista como de importância fundamental para o
desenvolvimento econômico da empresa. Então, como fazer para reduzir custos em
transportes rodoviários? O estudo feito apresenta respostas para essa pergunta,
verificando a importância de uma gestão alinhada no transporte rodoviário tem para
a minimização de seus custos, o empresário repassando essa redução ao seu
produto, pode alcançar maior competitividade e promover a satisfação do cliente.
5
METODOLOGIA
Foram realizadas pesquisas bibliográficas em livros e revistas da área,
baseadas inicialmente nos seguintes autores: Lima (2003), Ballou (2001), Bertaglia
(2006), publicações periódicas, artigos técnicos e internet na busca de informações
relacionadas ao tema em questão.
Através de pesquisas bibliográficas, busca-se levantar informações
acerca de como o setor de transportes rodoviários tem sido administrado no Brasil, e
qual a importância do mesmo para a logística, de modo que se demonstre a
importância da gestão do transporte para a redução de custos.
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I – A Logística 09
CAPÍTULO II – Custos 16
CAPÍTULO III – Oportunidades e Casos de Redução de Custos 28
CONCLUSÃO 31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35
ÍNDICE 40
7
INTRODUÇÃO
A Administração de Transportes é, sem dúvida, um dos maiores desafios
das empresas atualmente. Com o fenômeno da integração logística e a crescente
demanda por produtos e serviços em tempo cada vez menor, nos últimos anos, as
empresas passaram a dar uma importância muito maior ao seu sistema logístico,
para que os desperdícios de recursos e tempo fossem evitados.
Ao setor de transportes cabe a movimentação de mercadorias com a
garantia de integridade da carga, a entrega no prazo combinado e custos
minimizados. Para se chegar a esses objetivos, no entanto, é necessária a aplicação
de práticas administrativas que venham ao encontro à necessidade das empresas,
para alcançar o desenvolvimento econômico almejado e condizente com a realidade
brasileira.
No Brasil, o transporte rodoviário representa o principal meio de
movimentação de cargas. Este tipo de transporte é feito por estradas, rodovias, ruas
e outras vias pavimentadas ou não com a intenção movimentar materiais, pessoas
ou animais de um determinado ponto a outro. Representa a maior parte do
transporte terrestre.
O transporte rodoviário tem um custo que representa cerca de 12,75%
(FIGUEIREDO,FLEURY E WANKE, 2006) do PIB nacional.
No Brasil, atualmente, o transporte rodoviário de cargas aumentou
substancialmente, face o grande número de empresas transportadoras. É certo que
a falta de manutenção do sistema viário, os custos de distribuição encarecem o
sistema logístico, entretanto, a melhoria do transporte no Brasil depende inicialmente
de uma reforma política de infra-estrutura e maiores investimentos. As empresas
sabem que reduzir o custo de transporte é reduzir diretamente o preço final do
produto. Em tempos de globalização, temos que nos reestruturar para ser
competitivo no mercado. Inovar, criar, reinventar, pensar no amanhã e a questão
principal nos dias de hoje.
Neste trabalho, pretende-se demonstrar a importância da redução de
custos no transporte rodoviário nas empresas brasileiras, otimizando a gestão, por
meio da apresentação de um conjunto de procedimentos que vem sendo utilizados
8
em algumas empresas de sucesso, bem como da análise de obras de autores já
consagrados na literatura econômica brasileira.
No primeiro capítulo, utilizando-se de informações bibliográficas sobre
como tem sido administrado o transporte rodoviário, no Brasil. No segundo capítulo,
fala-se de custos com o intuito de evidenciar a importância da redução de seus
custos para o desenvolvimento da empresa como um todo. Finalizando o terceiro
capítulo, foi realizada análise sobre empresas que utilizaram com sucesso algumas
das propostas apresentadas.
.
9
CAPÍTULO I
A LOGÍSTICA
A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor
nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores,
através de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de
movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. O problema
enfrentado pela Logística é diminuir o hiato entre a produção e a demanda, de modo
que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na
condição física que desejarem.
Pela definição do Council of Supply Chain Management Professionals,
"Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja,
implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-
primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a
eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de
atender às exigências dos clientes" (CARVALHO, 2002, p. 31).
Inicialmente, a logística foi utilizada na área militar de modo a combinar
da forma mais eficiente, quanto a tempo e custo, e com os recursos disponíveis
realizar o deslocamento das tropas e supri-las com armamentos, munição e
alimentação durante o trajeto, expondo-as o mínimo possível ao inimigo.
Na economia mundial, sistemas logísticos eficientes formam bases para o
comércio e a manutenção de um alto padrão de vida nos países desenvolvidos. Um
sistema logístico eficiente permite uma região geográfica explorar suas vantagens
inerentes pela especialização de seus esforços produtivos naqueles produtos que
ela tem vantagens e pela exportação desses produtos às outras regiões. Alguns
exemplos passados desta especialização são: a indústria eletrônica japonesa; o
agronegócio de café no Brasil; as indústrias de computadores e aviação americana;
e o domínio de vários países no fornecimento de matérias-primas como petróleo,
ouro, bauxita e cromo.
Quanto maior e mais sofisticado for o desenvolvimento dos sistemas
logísticos, e quanto mais baratas forem suas movimentações e armazenagens, mais
10
livre será a troca de mercadorias e maior será a especialização do trabalho. Sem tal
desenvolvimento, o comércio, assim como o conhecemos, normalmente não ocorre.
À medida que a economia mundial vai se tornando cada vez mais
globalizada, e o Brasil vai incrementando gradativamente o seu comércio exterior, a
logística passa a ter um papel acentuadamente mais importante, pois comércio e
indústria consideram o mercado mundial como os seus fornecedores e clientes.
Sendo assim, o conhecimento e o planejamento logístico possibilitam uma
redução nos custos das operações de uma empresa e, conseqüentemente,
aumentam as chances de sobrevivência nesse mercado altamente competitivo.
Segundo Pozo (2002, p.13):
A administração pode otimizar os recursos de suprimento, estoques e distribuição
dos produtos e serviços com que a organização se apresenta ao mercado por meio
de planejamento, organização e controle efetivo de suas atividades correlatas,
flexibilizando os fluxos dos produtos. A logística é vital para o sucesso de uma
organização. Ela é uma nova visão empresarial que direciona o desempenho das
empresas, tendo como meta reduzir o lead time entre o pedido, a produção e a
demanda, de modo que o cliente receba seus bens ou serviços no momento que
desejar, com suas especificações predefinidas, o local especificado e,
principalmente, o preço desejado.
Os diversos sistemas de transporte e seus custos, o serviço esperado
direciona cada vez mais para uma seleção melhor e adequada, que venha atender
às necessidades da empresa expor melhores níveis de serviço e redução dos
custos, depositando cada vez mais a responsabilidade do sistema logístico.
O nível de serviço logístico torna-se, então, uma vantagem competitiva de
suma importância, fazendo com que o produto seja diferente dos concorrentes aos
olhos do consumidor, bem como possibilita reduzir custos e, por conseguinte, o
preço de venda. Portanto, a Logística adquire a função de planejar, integrar e
coordenar as atividades de diferentes áreas da empresa, de forma que as
informações circulem constantemente de maneira que o fluxo de materiais seja
eficiente e eficaz, com isso pode-se reduzir os desperdícios e custos desnecessários
e assim garantir um alto nível de serviço aos clientes (VERÍSSIMO, 2001).
11
1.1 - O Transporte Rodoviário de Cargas
O transporte rodoviário tem sido considerado o meio de transporte mais
comum e eficiente no território nacional. De acordo com Arnold (1999), comparado
aos demais meios de transporte, o caminhão tem um custo de aquisição
relativamente baixo, sendo o meio de transporte mais adequado para a distribuição
de pequenos volumes a áreas mais abrangentes.
No Brasil, o sistema de transportes rodoviários é regulamentado e
fiscalizado pela ANTT, que tem como atribuições específicas a promoção de estudos
e levantamentos relativos à frota de caminhões, empresas constituídas e operadores
autônomos, de transporte rodoviário de cargas. Também é função da ANTT
organizar e manter um registro nacional de transportadores rodoviários de carga.
Com as inovações tecnológicas, a ANTT estuda a viabilidade de criar um sistema de
registro virtual que incrementará o acesso dos transportadores, com maior
comodidade para a inscrição dos mesmos no Registro Nacional de Transportadores
Rodoviários de Cargas, registro este obrigatório à atividade de transporte rodoviário
de cargas
As vantagens do transporte rodoviário, apresentadas por Ballou (2007),
são: serviço porta a porta, sem necessidade de carregamento ou descarga entre
origem e destino; freqüência e disponibilidade dos serviços; velocidade e
conveniência.
O transporte de mercadorias tem sido utilizado para disponibilizar
produtos onde existe demanda potencial, dentro do prazo adequado às
necessidades do comprador. Mesmo com o avanço de tecnologias que permitem a
troca de informações em tempo real, o transporte continua sendo fundamental para
que seja atingido o objetivo logístico, que é o produto certo, na quantidade certa, na
hora certa, no lugar certo ao menor custo possível.
A empresa pode possuir frota e equipamentos próprios ou contratar
serviços diretamente. A frota própria permite o ganho de desempenho operacional
melhor, maior disponibilidade e capacidade de transporte e menores custos, porém
parte da flexibilidade financeira precisa ser conduzida a investimentos na
capacidade de transporte ou num arranjo contratual em longo prazo. A decisão pela
12
obtenção de frota própria depende do volume de carga; se este for elevado,
compensa, economicamente, possuir o meio de transporte. Em algumas situações,
mesmo com custos maiores, a empresa pode necessitar de frota própria, pelos
seguintes motivos: “(1) entrega rápida com confiabilidade muito elevada; (2)
equipamento especial geralmente indisponível; (3) manuseio especial da carga e (4)
um serviço que deve estar disponível assim que necessário” (BALLOU, 2007, p.
133).
O gerente de transportes confronta-se com a decisão de optar entre o
serviço de terceiros ou de obter frota própria. Essa decisão leva em conta a análise
do balanço entre os custos e o desempenho, e, também, a flexibilidade do operador,
o crédito, a reciprocidade ou relacionamento de longo prazo com o transportador,
em caso de terceiros.
A administração do transporte contratado de terceiros difere da
movimentação realizada por frota própria. Nos serviços contratados, é preciso
analisar a negociação de fretes, a documentação da empresa e dos veículos, a
auditoria e consolidação de fretes; na frota própria, devem ser gerenciado o
despacho, o balanceamento de carga e a roteirização. Com relação à frota própria,
uma das razões para a empresa ter ou alugar uma frota de veículos é obter melhor
desempenho na entrega e diminuir os custos. “Muitas vezes, o gerente de tráfego
deve administrar uma mistura de transporte próprio e de terceiros” (BALLOU, 2007,
p. 139).
O transporte é uma das funções logísticas que possui papel fundamental
nas estratégias da rede logística. As funções logísticas estão integradas entre si e
não podem ser vistas de forma isolada; ao mesmo tempo, estão também integradas
à função de Marketing, sendo um componente operacional importante da estratégia
de Marketing. Com isso, segundo Fleury, Wanke e Figueiredo (2008, p. 127), torna-
se “necessária a geração de soluções que possibilitem flexibilidade e velocidade na
resposta ao cliente, ao menor custo possível, gerando assim maior competitividade
para a empresa.
Este é o principal sistema de transporte no Brasil. Por ele passam 56%
das cargas movimentadas no País, contra 21% por ferrovia e 18% por hidrovia,
conforme dados do Ministério dos Transportes.
13
No trabalho proposto serão verificados especificamente casos de
empresas com frotas próprias, ao podemos controlar e reduzir os custos, revertendo
em lucro para empresa.
Assim como nos demais modais o transporte rodoviário apresenta pontos
de elevada consideração e outros que dificultam ou inviabilizam a sua utilização.
Para uma melhor visão de sua operação é crucial que se faça uma análise destes
aspectos.
1.1.1 Pontos Positivos
No Brasil o transporte rodoviário apresenta-se como um dos mais flexíveis
e ágeis no acesso às cargas, pois, possibilita interagir diferentes regiões, mesmo as
mais remotas, assim como os lugares mais ermos dos países. Cabe mencionar que
esta praticidade torna-se mais visível no caso de não haver outros modais a
disposição nestes pontos.
Outra qualidade de grande valia desta modalidade é a simplicidade de
seu funcionamento e a rapidez de sua disponibilidade quando exigida pelo
embarcador.
Pode-se enumerar as qualidades que fazem do transporte rodoviário um
dos mais utilizados no Brasil:
• Agilidade e rapidez na entrega da mercadoria em curtos espaços a
percorrer;
• A unidade de carga chega até a mercadoria, enquanto nos outros
modais a mercadoria deve ir ao encontro da unidade de carga;
• Vendas que possibilita a entrega na porta do comprador;
• Exigência de embalagens a um custo bem menor;
• A mercadoria pode ser entregue diretamente ao cliente sem que
este tenha que ir buscá-la;
• Uma movimentação menor da mercadoria, reduzindo assim, os
riscos de avarias;
14
• A grande mobilidade que permitiu o crescimento das cidades para
periferia e o aumento das distancias entre as áreas de residência e
de trabalho.
As qualidades acima enumeradas são apenas algumas das vantagens
que este modal apresenta em relação aos demais, basta uma perfunctória análise e
certamente poderemos encontrar mais.
1.1.2 Pontos Negativos
Apesar de ser um modal em destaque que traz vantagens em sua
utilização, carrega consigo algumas desvantagens, tais como:
• Seu custo de fretamento é mais expressivo que os demais
concorrentes com próximas características;
• Sua capacidade de tração de carga é bastante reduzida;
• Os veículos possuem um elevado grau de poluição ao meio
ambiente;
• A malha rodoviária deve estar constantemente em manutenção ou
em construção, gerando custos, visto que, existem estradas
privatizadas que cobram pedágio;
• O crescimento deste meio de transporte tem-se traduzido no
excessivo tráfego, especialmente nos grandes centros urbanos,
onde os congestionamentos são cada vez mais frequentes e
intensos, principalmente às horas de ponta, num elevado consumo
de combustível e num aumento da poluição e ao aumento do
desgaste psicológico, à dificuldade em estacionar, entre outros. A
elevada sinistralidade é outro dos grandes problemas associados à
utilização deste meio de transporte.
Apesar de ser um segmento tão importante para a economia do país, o
transporte rodoviário de cargas enfrenta grandes dificuldades. A situação atual
15
caracteriza-se por fortes pressões sobre os custos das empresas, vindos
principalmente dos aumentos do diesel, pedágio, seguros e tributos.
A absoluta liberdade de acesso à atividade tem criado grandes distorções
pelos competidores: o frete abaixo do custo impede o desenvolvimento dos meios
não rodoviários e a substituições da frota, antiga e inadequada, por veículos mais
pesados e de melhor rendimento energético.
16
CAPÍTULO II
CUSTOS
Os custos logísticos típicos de uma empresa são transporte, manutenção
de estoques, serviços a clientes, processamento de ordens, armazenagem,
empacotamento e os custos associados com informação e dados administrativos
internos e externos, entretanto, segundo pesquisas mencionadas em Allen in Filho e
Pizzolato (2000), os maiores custos são os custos de transporte. Porém, é
importante ressaltar que a composição do custo de transporte no custo logístico de
uma empresa depende diretamente das características do produto transportado.
Características como tipo de transporte, periculosidade do produto,
condições de temperatura, valor da carga, riscos de roubo, condições de seguro
para a carga são usadas para identificar custos adicionais na prestação do serviço
ao cliente.
Devemos classificar custos fixos e variáveis, que do ponto de vista de um
transportador, usualmente essa classificação é feita em relação à distância
percorrida, como se a unidade variável fosse a quilometragem. Dessa forma, todos
os custos que ocorrem de maneira independente ao deslocamento do caminhão são
considerados fixos e os custos que variam de acordo com a distância percorrida são
considerados variáveis. É importante ressaltar que essa forma de classificação não
é uma regra geral. Consideremos que o conceito de fixo e variável estará sempre
relacionado à distância percorrida.
São considerados itens de custo fixo: depreciação; remuneração do
capital; pessoal (motorista); custos administrativos; seguro do veículo; IPVA/ seguro
obrigatório.
São considerados itens de custo variável: pneus; combustível;
lubrificantes; lavagem; lubrificação, manutenção e pedágio. O pedágio não deve ser
alocado de acordo com a quilometragem como os demais, devendo ser considerado
de acordo com cada rota, já que o valor do pedágio normalmente não é proporcional
ao tamanho da rota.
17
Um trabalho bem realizado, com custos fixos e variáveis pode ajudar e
muito uma organização a encontrar um frete justo, que remunere o transportador
adequadamente e permita ao mesmo tempo redução de custos ou permita a
empresa obter maior produtividade com redução de custos, em caso de frota
própria.
Os custos com transportes rodoviários hoje no Brasil são cada vez
maiores e a redução destes é de extrema importância para as empresas.
É certo que em um ambiente cada vez mais competitivo exige das
empresas adoção de técnicas de gestão mais modernas, que passem,
principalmente, por um profundo conhecimento de sua estrutura de custos
operacionais. Através da gestão adequada do transporte rodoviário, além de
minimizar seus custos, o empresário repassando essa redução ao seu produto, pode
alcançar maior competitividade e promover a satisfação do cliente.
Reduzir os custos sem comprometer o resultado final é fundamental para
o sucesso em qualquer atividade. No caso do mercado de transporte rodoviário, as
atenções estão voltadas para dois, fundamentalmente: combustível e pneus.
2.1 Roteirização
Para Ballou (2001), a roteirização é a atividade que tem por fim buscar os
melhores trajetos que um veículo deve fazer através de uma malha. Roteirizar as
entregas faz reduzir os custos associados à atividade, como combustível, pneus etc.
Atuar na decisão de roteirização não significa atuar somente sobre o
transporte: a extensão do tempo em que o produto está em trânsito influencia no
total de estoque da cadeia, além do número de embarques que um veículo pode
realizar num determinado período de tempo, e por fim uma boa escolha das rotas
pode melhorar o nível de serviço prestado ao cliente. Estas considerações feitas por
Ballou (2001) demonstram a abrangência do potencial impacto da roteirização.
Na administração da frota requer o balanceamento das cargas, para
verificar perdas de ida e de retorno. A gestão da programação dos veículos requer a
integração dos fretes de retorno com a distribuição dos produtos, para que o veículo
18
não rode vazio. É preciso programar o uso eficiente do equipamento, para minimizar
os custos e garantir o nível de serviço almejado.
Os objetivos principais da roteirização são:
• Minimizar os custos totais de distribuição através de utilizar mais os
ativos disponíveis e diluir os custos fixos (custos de capital do veiculo, salários de
motoristas, e outras despesas eventuais como licenciamento, seguros, taxas etc.) e
circular o menos possível para incrementar o menos possível os custos variáveis
(custos operacionais do veiculo que variam conforme a distancia como, por exemplo,
combustível e pedágio);
• Minimizar a distancia total percorrida;
• Minimizar o número de veículos.
Em outras palavras, a etapa de roteirização e montagem de cargas estão
diretamente relacionadas com o custo operacional da empresa operadora de
transporte. Uma melhoria na roteirização acarreta em melhoria e economia.
Para Ballou (2001 – pp. 165-167), a aplicação de oito princípios como
diretriz pode ajudar embarcadores rodoviários a ter um grande salto na melhoria dos
seus roteiros. Os princípios são:
• Carregar os caminhões com volumes de paradas que estão
próximas entre si;
• As paradas em dias diferentes devem ser combinadas para produzir
agrupamentos densos (grande conjunto de embarques e
desembarques em uma mesma região);
• A construção de rotas começando com a parada mais distante do
depósito;
• A seqüência das paradas em uma rota rodoviária deve formar um
padrão de gota d’água;
• As rotas mais eficientes são construídas usando os maiores
veículos disponíveis;
• As coletas devem ser combinadas com as rotas de entrega em vez
de serem deixadas para o final das rotas;
19
• Uma parada que é removível de um agrupamento de rota (em geral
porque é de pequeno volume e muito isolada) é uma boa candidata
para um meio alternativo de entrega e;
• As limitações das janelas de tempo estreitas devem ser evitadas.
Segundo Brinatti (1995):
As principias características do problema de Roteirização de veículos são as
seguintes:
- Para o conjunto de rotas determinadas para os veículos, cada uma delas deve
começar e terminar em um depósito;
- Cada rota deve passar por um conjunto de clientes, com demandas conhecidas,
cuja soma não excederá a capacidade do veículo designado para a rota;
- Os custos de Roteirização, associados aos veículos, constituem uma parte do
custo total de distribuição;
- Os outros componentes principais de custo estão relacionados à aquisição e
manutenção da frota.
Na Roteirização de cargas pelas empresas é comum, usar softwares e
serviços de empresas especializadas em roteirização, pois o mercado está exigindo
cada vez mais. E não basta produzir e vender a preços baixos é necessário produzir,
colher e entregar produtos com alta qualidade no tempo estipulado pelo cliente, além
de estar preparado para as mudanças e ter atividades logísticas bem definidas,
desenvolvidas tecnologicamente e eficientes.
2.1.1 Softwares de Roteirização
Dentre as empresas que já aderiram a soluções automáticas de
roteirização, observa-se reduções de custo total de no mínimo 10%, podendo chegar
a mais e 25% em operações críticas. Essa brutal redução compensa rapidamente o
custo de aquisição e implantação dos sistemas.
20
Um sistema de roteirização de veículos é composto por dois componentes
fundamentais: (1) um algoritmo de otimização, que envolve complexos cálculos
matemáticos e heurísticas visando otimizar os roteiros percorridos; e (2) um mapa
digitalizado das vias a serem utilizadas. Para roteirização rodoviária, utilizam-se
mapas contendo toda a malha de rodovias, e para a roteirização urbana são
utilizados mapas no nível de ruas. Ambos, entretanto, buscam representar todas as
características essenciais das vias: cruzamentos e ligações, velocidades médias,
restrições de tráfego etc.
Já existe no mercado uma série de fornecedores de sistemas de
roteirização, brigando pela fidelidade dos grandes clientes, as distribuidoras de
combustível estão valendo-se de tecnologias de informação desta ferramenta de
gestão usada no transporte rodoviário de cargas. Shell, BR, Ipiranga e Texaco estão
entre as empresas do setor que apostam nos roteirizadores como forma de
conquistar os clientes e aumentar as vendas.
Os programas de roteirização permitem definir previamente os trajetos
mais eficientes para os caminhões nas estradas, o que reduz custos. A estratégia
das distribuidoras é oferecer a ferramenta como um benefício adicional aos
programas de fidelização mantidos com grandes transportadores de cargas. O
roteirizador define o percurso rodoviário a ser feito pelo caminhão e indica postos de
abastecimento da bandeira da distribuidora que está oferecendo o serviço.
A ferramenta permite definir pontos de origem e destino, indicar paradas
para descanso, pontos de carga e descarga e postos de abastecimento de
combustível de bandeira da distribuidora de combustível. A transportadora pode
traçar a rota mais rápida ou a mais econômica. Também é emitido um relatório
gerencial com informações como o tempo a ser dispendido na viagem e os gastos
com combustível e pedágio. As informações dão condições à empresa de melhor
calcular os custos do frete.
Podemos citar alguns exemplos de softwares de roteirização:
• Roadnet da UPS Logistics Technologies;
• Roadshow da Descartes Group;
• RoutePro da SSA Global;
21
• Truckstoops da Micro Analytics;
• RouteSmart da RouteSmart Technologies.
Pelo que verificamos, os investimentos das distribuidoras nesta área
mostram que ainda há grande potencial de crescimento no uso dos roteirizadores no
país.
2.2 Utilização da Frota
Para Ballou (1993), as decisões operacionais do transporte de distribuição
concentram-se na utilização da frota. Assim, a melhor utilização da frota é traduzida
na necessidade de um menor número de veículos e em menores custos
operacionais. Ainda para Ballou (1993) a decisão das melhores rotas passa por
definir em uma rede de vias os caminhos mais curtos, de menor tempo ou uma
combinação destes. A seguir, são listadas algumas ações que visam aumentar a
utilização da frota:
• Melhorar o planejamento do transporte – saber com antecedência o
total de carga a ser embarcado para cada praça;
• Programar os embarques e os desembarques – para reduzir o tempo
de fila, que na maioria das vezes é maior que o próprio tempo de
carga e descarga, em virtude da concentração de veículos em
determinados horários do dia;
• Diminuir a variabilidade do volume embarcado – a expedição
concentrada no final do mês, ou em alguns dias da semana, gera filas
para carga e descarga nos dias de pico e ociosidade nos dias de
baixa;
• Aumentar a utilização da frota – quando se passa de um para dois
turnos de trabalho se diminui os custos de transporte em cerca de
15%, enquanto que se passando para três turnos a se reduz em até
20%.
22
2.3 Reforma de Pneus
Há mais de um século a humanidade tem desfrutado de um útil e
necessário invento que proporciona desempenho, economia e conforto à rodagem
de veículos terrestres automotores e outros. O pneumático, simplesmente
denominado de pneu, é um tubo de borracha cheio de ar e ajustado ao aro da roda
do veículo, permitindo a tração do veículo e, ao mesmo tempo, absorvendo os
choques com o solo sobre o qual o veículo trafega. Será inconcebível, senão
impossível, supor que outro dispositivo venha a substituir o atual pneumático.
Ao mesmo tempo em que os veículos automotores terrestres -
automóveis, caminhões, utilitários, máquinas agrícolas, motocicletas foram sendo
produzidos em cada vez maiores quantidades, movimentando o maior conjunto de
indústrias do planeta, também cresceram as indústrias de pneus, destinando-os
tanto à equipagem dos veículos novos quanto à reposição na frota em circulação.
Não há estatísticas disponíveis, mas estima-se que a produção mundial de pneus
esteja ao redor de um bilhão de unidades.
A preocupação com a qualidade do meio ambiente, aceleradamente
deteriorado, voltou-se para os pneus descartados na natureza, surgindo assim, a
reforma de pneus.
A reforma de pneus é uma prática mundial, sendo também incentivada
em vários países desenvolvidos. Todo o setor do transporte utiliza pneus
reformados. É sabido também por este setor que o pneu representa, normalmente, o
segundo custo do transporte rodoviário. Reformar pneus significa uma redução de
até 60% no custo por quilometro.
Pouca gente sabe, mas existem três tipos de reformas de pneus:
• Recapagem: A recapagem nada mais é do que a substituição da
banda de rodagem (parte do pneu que entra em contato com o solo).
Este processo é o mais utilizado pelos reformadores do Brasil.
• Recauchutagem: No processo de recauchutagem, são substituídas a
banda de rodagem e os ombros da carcaça, através da aplicação do
23
camelback (banda ainda “crua” e sem o desenho, que será
moldado através do molde em uma temperatura de 150ºC).
• Remoldagem: Na remoldagem, ou “remold”, são substituídas a banda
de rodagem, os ombros e as laterais da carcaça, através da aplicação
do camelback, com temperatura semelhante do processo de
recapagem e recauchutagem à quente.
Todos estes processos são realizados aqui no Brasil e seguem o mesmo
padrão de reforma dos EUA e países desenvolvidos da Europa. O Brasil é o
segundo país que mais reforma pneus no mundo, perdendo apenas para os EUA.
Considerado o terceiro maior custo variável de um veículo utilizado no
transporte rodoviário de cargas, o pneu representa cerca de 12% dos gastos de um
profissional autônomo ou frotistas quando se coloca na ponta do lápis todos os
gastos que uma viagem representa. O pneu perde apenas para os valores gastos
com manutenção (14,5%) e combustíveis que consomem 70% da planilha de custo
da modalidade.
Do ponto de vista de redução de custos, quanto mais reformas se obtiver
da mesma carcaça, melhor. Hoje, em média, as transportadoras conseguem
reformar a carcaça pelo menos duas vezes. Naturalmente, devido às más condições
das estradas e ruas, há aquelas que não dão uma única recapagem e outras que
dão três ou quatro.
2.3.1 Fabricantes de Produtos para Reforma de Pneus
Um dos segmentos da indústria brasileira que mais cresceu e evoluiu nos
últimos anos é o de reforma de pneus. Para entender o grande salto que elevou os
fabricantes do setor a um estágio em que os produtos reformados são considerados
de primeira linha, e a atividade classificada como uma das uma das melhores do
mundo.
A importância da reforma de pneu para o transporte fez surgir várias
empresas nas últimas três décadas, e algumas delas bastante competitivas. Abaixo
destaco algumas empresas:
24
Vipal
A Borrachas Vipal é uma das mais importantes fabricantes mundiais de
produtos para reforma e reparos de pneus e câmaras de ar. Presente em todos os
continentes tornou-se referência não só em seu segmento, mas do setor produtivo
por conta da qualidade dos seus produtos, ética nos processos de gestão e esforços
em prol da sociedade e do meio ambiente.
A Vipal está trazendo uma ótima novidade: testes realizados pela
empresa demonstram que com a reforma é possível economizar quase 10% de
Combustível. Imagine o que esta economia significa para frotas.
A Vipal, realizou testes e avaliações que comprovam que através de uma
reforma criteriosa, é possível economizar também combustível. Dessa forma, a
reforma passa a influenciar ainda mais na redução da planilha de custos, trazendo
maior rentabilidade para os profissionais do transporte de carga e passageiros.
Como economizar combustível com a reforma? Escolha da banda
adequada a cada necessidade de transporte e profundidade dos sulcos são os
segredos. Desenho para eixo de tração ou eixo livre? Desenho para aplicação em
vias asfaltadas ou mistas (asfalto/terra)? Para transporte rodoviário ou urbano?
Estas são as perguntas de fácil constatação para se obter um melhor desempenho
em termos de consumo de combustível. Mas e a profundidade do sulco da banda?
Qual a sua influencia na economia de combustível?
A questão mais contundente e fruto deste estudo inédito diz respeito à
profundidade do sulco. Até então se imaginava que um sulco mais profundo era
garantia de mais durabilidade e desempenho. Porém, testes em laboratório
confirmaram que sulcos profundos geram maior consumo. Através de avaliações
nas estradas as informações foram consolidadas.
Para se ter uma idéia desta economia, uma empresa com uma frota de 50
caminhões, que rodam 10.000 km por mês, economizaria em um ano o equivalente
a um caminhão leve ou quase 50.000 litros de diesel.
25
Michelin
A Michelin empresa de origem francesa, que inventou o pneu radial,
lançou o sistema Refill. Trata-se de um processo que reúne banda de rodagem,
processo e sistema de qualidade e garantia (tudo da Michelin) e que chegou para
reforçar o conceito de que o reformado é um pneu novo, desde que o processo e
produtos utilizados na reforma estejam comprometidos com a qualidade, além de ter
na reforma o peso da mão de profissionais preparados.
De acordo com o diretor comercial de pneus de carga da Michelin
América do Sul, Nour Bouhassoun, a partir do lançamento do Refill, quem comprar
pneu Michelin não precisa mais recapar, porque a empresa vende um pneu que será
novo outra vez. "O usuário não aproveita bem as carcaças e o desafio da Michelin é
explorar o potencial máximo das carcaças da marca. Para explicar a citação de que
o pneu será novo outra vez é necessário lembrar que o Refill é parte de um
processo cuja reforma do pneu só pode ser feita na carcaça Michelin.
Além da banda de rodagem ser produzida com um novo composto de
borracha, e ter sua aplicação controlada por computador, ela é afixada à carcaça por
um processo que une os dois tipos de borracha com aplicação de uma goma de
ligação que impossibilita sua descolagem. "Não haverá mais banda descolada,
porque tudo se transforma em uma só coisa, como pneu novo. Porém, o serviço de
reforma tem de ser feito do jeito da Michelin", acrescentou.
Outro diferencial é o sistema de averiguação da carcaça através de um
aparelho denominado EPD (Eletronic Perforation Detector), que detecta,
eletronicamente, danos e furos invisíveis. De acordo com Nour Bouhassoun, o
sistema propicia menor risco de infiltrações no pneu e ganho de até 20% na eficácia
de detecção de furos. Segundo ele, a maior parte dos problemas atualmente na
carcaça se deve a furos.
Com a oferta de um rendimento quilométrico de 40% a mais na vida útil
do pneu, principalmente porque os materiais e processo propiciam menor
aquecimento da carcaça, a empresa aposta que o Refill vai de encontro aos
interesses tanto do frotista quanto do motorista, que por sua vez também busca
maior produtividade, qualidade e segurança, quando adquire uma recapagem.
26
Pirelli
A Pirelli empresa de origem italiana que possui uma ampla rede de
revenda de pneus no Brasil.
A Pirelli, disponibiliza o sistema Novateck, com desenho original da banda
de rodagem e espessura desenvolvida para garantir o peso do pneu e os clientes
têm garantia até o final da segunda reforma. Os reformadores da rede são
credenciados através de uma avaliação técnica para que os pneus tenham a
qualidade desejada.
2.4 O Combustível
O custo de combustível é o clássico exemplo de um item variável. Para
calculá-lo, basta dividir o preço do litro (R$/l) do combustível pelo rendimento do
veículo (km/l). Notem que quanto menor o consumo menor será o custo de
combustível por quilômetro rodado.
Os custos associados aos combustíveis têm um grande peso no total dos
custos das empresas. Considerando que o valor dos combustíveis ficará, com o
tempo, cada vez mais elevado, torna-se urgente implementar medidas que permitam
uma redução efetiva nos custos.
Alguns produtos com tecnologia entram no mercado com a missão de
diminuir o consumo do combustível pelo veículo.
2.4.1 Economia de Combustível
Os aumentos significativos no preço dos combustíveis provocaram um
aumento rápido nos gastos das empresas de transporte, sendo por isso essencial o
uso de todos os meios possíveis para reduzir o consumo de combustível, de modo a
conseguir manter a competitividade, por isso, empresas investem em treinamento,
27
como parte da estratégia e em tecnologia para reduzir o custo com combustível da
frota de seus veículos.
Um cilindro metálico perfurado desenvolvido no Brasil, atestado pelo
IBAMA, entra no mercado como a função da economia de combustível.
Funciona da seguinte forma: ao ser mergulhado no tanque de
combustível, o dispositivo emite ondas eletromagnéticas que modificam
temporariamente a estrutura molecular do combustível, permitindo uma melhor
interação entre ele e o comburente (o oxigênio).
Quando melhor submetido ao oxigênio do ar, o carbono do combustível
passa a ser queimado com mais eficiência, o que reduz a emissão de poluentes e
reduz o consumo de combustível.
Pode ser instalado pelo bocal do tanque ou pelo orifício da bomba de
combustível. Não precisa ser feito corte ou qualquer alteração no tanque e o
aparelho não necessita de manutenção, possuindo vida útil ilimitada.
Testes realizados em laboratórios comprovam que o aparelho reduz em
até 80% a emissão de poluentes e diminui o consumo de combustível em até 12%.
O cilindro é aprovado pelo Inmetro, atestado pelo Ibama e pela Fundação Adolpho
Bósio de Educação no Transporte (FABET). É a economia de combustível com
preservação ambiental.
28
CAPÍTULO III
OPORTUNIDADES E CASOS DE REDUÇÃO DE CUSTOS
Formas de redução de custos de transporte rodoviário são mostradas por
alguns autores. Várias práticas de gestão são adotadas, bem como, várias formas
de operação, para que se obtenha redução de custos significativos.
Segundo Ballou (1980), organizações que buscam melhores
desempenhos operacionais em cargas de grandes volumes, podem
preferencialmente escolher transporte próprio, mesmo sacrificando um pouco a
flexibilidade financeira. Em casos especiais onde as organizações precisem de,
entrega rápida com confiabilidade muito elevada ou transporte de equipamentos
especiais e um serviço disponível assim que necessário, devem ter uma frota própria
para transporte.
Para Bertaglia (2006), a decisão de operar ou não com frota própria, tem
que levar em conta vários fatores, como nível de serviço ao cliente, flexibilidade,
controle, habilidades administrativas e retorno do investimento. Empresas
possuidoras de veículos próprios, segundo ele, precisam seguir práticas importantes
para manterem-se competitivas no mercado.
3.1 Exemplos Concretos de Empresas que Reduziram Custos
Abaixo demonstro exemplos de empresas que partiram em busca de
alternativas para redução de seus custos e acabaram usando com sucesso algumas
das propostas apresentadas neste trabalho.
Lojas Pernambucanas
Há mais de 100 anos no mercado brasileiro as Lojas Pernambucanas é
uma das grandes do varejo, operando com mais de 278 lojas, presentes em sete
estados brasileiros (SP, PR, SC, MG, MT, MS e Goiás. Apresenta um conceito de
29
loja completa para a família. Seu mix de produto a coloca numa posição destacada,
como um magazine focado em moda, decoração e tecnologia.
Um caso interessante do uso de roteirizadores foi o das Lojas
Pernambucanas discutido por Borges (2002). Neste estudo de caso, a empresa
buscava uma solução que permitisse, ao final do planejamento do serviço, a
definição do melhor esquema de entrega das mercadorias. Com a implantação do
roteirizador, a primeira modificação percebida aconteceu nas rotas, que deixaram de
ser fixas e passaram a ser determinadas pelo software, de acordo com a demanda
da empresa. O roteirizador foi responsável por analisar, orientar o operador do
sistema de entregas e indicar a rota e o veículo mais adequado para cada tipo de
carga e distância. No futuro, espera-se também que o software controle o horário de
chegada dos veículos às lojas, melhorando assim o cumprimento de prazos de
entrega e tempo de espera. Este caso das Lojas Pernambucanas, citado
posteriormente na revista Log & MAM (2002), apontou uma redução de custo da
ordem de 5% nos seis primeiros meses do roteirizador.
Primo Schincariol Indústria de Cervejas e Refrigerantes S/A
Fundada em 1939 na cidade de Itú, a Primo Schincariol Indústria de
Cervejas e Refrigerantes S/A ocupa hoje lugar de destaque no ranking nacional de
cervejas e refrigerantes. Atualmente, a empresa possui 9,2% de participação de
mercado nacional de cervejas e 2% de participação no mercado nacional de
refrigerantes.
O software roteirizador é utilizado na Schincariol em caráter estratégico,
como ferramenta de apoio para a realização de estudos logísticos de viabilidade
econômica das atuais e novas rotas de entrega. As informações básicas necessárias
para estes estudos são as distâncias entre cidades e o custo total de viagem,
incluindo os pedágios. Com esta informação, a empresa consegue analisar se é
economicamente viável atender uma região ou rota dado seu volume médio de
vendas. Além disso, como os volumes de venda variam durante o tempo, às vezes é
necessária uma modificação das rotas fixas, o que leva a um novo planejamento das
rotas para minimizar os custos de transporte.
30
Outro estudo importante realizado com o auxílio da ferramenta
roteirizadora é a adequação das subáreas de distribuição. O software também é
utilizado para controle de gastos da frota própria em termos de comparação entre o
que o software calcula e o valor real de quilometragem rodada.O principal benefício
da utilização do roteirizador foi a redução nos custos de transporte, que pode ser
estimada em 10%, e está relacionada ao planejamento de rotas mais curtas e à
realocação de clientes para outros centros de distribuição mais próximos.
Braspress
A Braspress, empresa de transporte com matriz em São Paulo, utiliza
pneus reformados há mais de 20 anos. Com uma frota de 685 veículos não faz
distinção em modelo. Usa os pneus tanto em baús, como em cavalos-mecânicos ou
em carretas. “A grande vantagem está no menor custo dos pneus reformados”,
garante Walter Rosa, gerente de Frota da empresa. “Não podemos jogar um pneu
fora só porque gastou a banda”. Para ter garantia de um serviço bem feito, a
Braspress tem um acordo com um reformador de pneus, concessionário de
fabricante de borracha para reforma, que se encarrega de ir até a empresa, recolher
os pneus gastos, levar para a reforma e trazer de volta em 48 horas. Walter Rosa diz
que além do fato de aproveitar uma carcaça que ainda está boa para uso, existe o
lado econômico. “Um pneu que utilizamos nos caminhões custa R$ 1.200 quando
novo”, afirma o gerente de Frota da Braspress. “O mesmo pneu reformado, custa R$
300”.
Em termos de quilometragem, para essa mesma medida de pneu, os
motoristas da empresa conseguem rodar 120 mil quando o pneu é novo e 100 mil
quilômetros depois da reforma. A diferença de quilometragem é bem menor do que a
diferença de preço, por isso a Braspress utiliza pneus reformados em caminhões e
carretas.
Para manter a qualidade e segurança, Walter Rosa submete os pneus à
apenas duas reformas, pois acima disso, segundo ele, a carcaça começa a perder
resistência por ressecamento das laterais.
31
Na dianteira, os pneus são sempre novos. “Por mais garantia que a
empresa nos dê, e mesmo nunca tendo um acidente devido ao pneu ser reformado,
ainda prefiro utilizar os pneus reformados apenas em rodado duplo”, afirma Walter
Rosa. “Se houver algum problema e o pneu estourar, o pneu que está do lado
agüenta até o motorista chegar a um local seguro”, pondera o gerente de frota, que
em mais de 15 anos de empresa nunca teve nenhum incidente que merecesse nota
com relação a pneus reformados.
E existe uma outra razão prática para esta atitude: é preciso ter pneus
novos para poder ter o reformado. “Utilizamos os pneus novos na dianteira, e
quando eles chegam no fim da primeira vida recomendada pelo fabricante,
passamos para a reforma e utilizamos nos outros eixos. Depois da segunda reforma,
quando ele desgasta novamente, vendemos para uma empresa especializada em
dar destinação ambientalmente correta”.
Transportadora Ouro e Prata
A Transportadora Ouro e Prata, localizada em Lages, Santa Catarina é
uma das empresas que testaram por 10 meses o dispositivo que instalado pelo
bocal do tanque promete reduzir o consumo de combustível. Os testes foram feitos
em caminhões Mercedes-Benz LS 1941, LS 1935 e 1214 e Ford Cargo 1418.
“Optamos em instalar o dispositivo em veículos com quilometragem alta,
pois os novos com motorização eletrônica já realizam esse trabalho”, afirmou o
gerente de manutenção da empresa Mauro Silveira. “Obtivemos uma redução no
consumo de combustível entre 8 a 10%, acompanhada de sensível redução na
emissão de gases (fumaça, fuligem). Observamos também um melhor rendimento
em relação aos elementos e bicos injetores”, afirmou Silveira.
Fashion Cosmetic
A Fashion Cosmetic distribui produtos de cosmética capilar da marca
Alcántara Cosmética a salões de cabeleireiros profissionais no Centro e Sul do país.
32
Atualmente com uma frota de três viaturas para toda a área referida, a aquisição de
um sistema de Gestão e Localização de Frotas permitiu solucionar problemas de
produtividade e ao mesmo tempo, reduzir o consumo de combustível.
Segundo a responsável pelo Departamento de Marketing, Marta Ribeiro,
"a Fashion Cosmetic investiu na Solução de Gestão de Frotas, para verificar e
melhorar o plano operacional de visitas a clientes, para visualizar os quilômetros
percorridos e controlar o consumo de combustível". “O sistema conseguiu responder
às necessidades da Fashion Cosmetic. Os gastos em combustível diminuíram em
mais de 30%. As visitas efetivas a clientes e a produtividade dos nossos comerciais
aumentou. Conseguimos maximizar o lucro”, afirma Marta Ribeiro.
MIRA Transportes
O MIRA Transportes, há muitos anos utiliza produtos Vipal. Empresa
especializada em transporte e em distribuição de encomendas, os gastos do MIRA
com pneus diminuíram em 40% já no primeiro ano utilizando os produtos reformados
e continuou a diminuir, ano após ano. Antes do trabalho ser realizado pelo
reformador Vipal, o custo com pneus estava em 3° lugar. Hoje está em 5°. Segundo
o diretor de Suprimentos do MIRA Transportes Roberto Mira Jr. “os pneus
reformados pela Vipal chegam a rodar mais de 160 quilômetros, em estradas com
condições extremamente adversas”. O empresário destaca ainda que o pneu é um
item bastante crítico nas empresas de transportes. “Sem olho clínico e sem parceiros
técnicos, o pneu passa a ser um grande problema para os transportadores”, afirma o
diretor da empresa que conta com uma frota de 474 veículos.
Grupo Martins
Na condição de item que encabeça a planilha de custos do segmento de
transporte rodoviário, o óleo diesel levou várias empresas a apostarem no
treinamento de motoristas como alternativa para reduzir o consumo de combustível.
A prática tem mostrado que carreteiros treinados aprendem a lidar e a conservar
33
melhor o equipamento, e como resultado passam a dirigir com mais eficiência e
segurança. Uma dessas empresas é o Grupo Martins, grupo líder nacional no
segmento atacado/distribuição, viu-se diante da necessidade de corrigir alguns
vícios e obter melhor desempenho dos veículos, optou por essa alternativa após ter
incorporado à sua frota um lote de caminhões leves Mercedes-Benz Accelo.
A média inicial registrada pelas 160 unidades do Accelo 915C, adquiridas
em 2004, era de 5,3 km/litro, porém, com o treinamento contínuo dos motoristas
passaram a render entre 6,2 e 6,4 km/litro. De acordo com o gerente de gestão de
frota do Grupo Martins, Marcos Amaral, este resultado se deve ao curso aplicado em
parceria com a Mercedes-Benz, o qual tem proporcionado economia de combustível,
o que representa uma redução de custos das operações realizadas com a frota dos
Accelo.
Denominado de “Técnica de Operação” e com duração de um dia, o curso
é realizado por um instrutor que faz um diagnóstico do comportamento do motorista
no volante e indica alguns aspectos que podem melhorar o seu modo de dirigir e,
consequentemente, a operação do veículo. Em um segundo momento, o percurso é
repetido para novas avaliações que mostram, na prática, os ganhos obtidos com a
maneira correta de guiar o caminhão.
De acordo com dados da Martins, no primeiro ano de treinamento foi
observado uma economia de 13% no consumo. Apesar das vantagens oferecidas
pelos cursos, a empresa enfrenta resistência por parte de alguns motoristas, pois
consideram um afronto a sua experiência e maneira de dirigir.
A avaliação dos 1.175 caminhões do Grupo Martins e os cerca de 1.000
motoristas da equipe, que rodam uma média de 40 milhões de quilômetros por ano,
é feita através da integração com abastecimento pelo sistema de Repom, onde é
feita a gestão de cada abastecimento realizado por cada profissional da frota. Caso
seja detectado um desvio em relação à meta é gerado um aviso para análise e
posterior correção. E, se o motorista mantiver o desempenho abaixo das
expectativas, ele passa por um curso de reciclagem e de direção econômica. Já
aqueles que têm um bom desempenho e atingem a meta recebem uma gratificação
no salário, que pode chegar a 60%. Todos participam do curso de reciclagem,
realizado duas vezes por ano.
34
CEVA Logistics
A CEVA Logistics é uma das maiores empresas de logística do mundo,
transportando diversos tipos de mercadoria, de um celular a uma máquina agrícola
de grande porte, atendendo clientes que atuam nos segmentos automotivo,
tecnologia, bancos, bens de consumo e varejo, energia, indústria e pneus.
A política da CEVA é sempre que possível usar pneus reformados que
foram realizados recapagens dos seus pneus adquiridos novos, pois neste caso ela
conhece o histórico da origem e vida da carcaça o que numa compra de um pneu
reformado no mercado já não se tem esta total segurança. Com essa regra apontam
algumas vantagens dos pneus reformados: em primeiro lugar está a economia
gerada (o custo de uma recapagem é de aproximadamente 30% do valor de um
pneu novo), em segundo lugar estão os cuidados com o meio ambiente. Este é um
item importante no programa de sustentabilidade da empresa.
35
CONCLUSÃO
Após a demonstração dos conceitos básicos que norteiam este trabalho e
da análise detalhada das práticas e resultados obtidos em processo de redução de
custos em transportes rodoviários, inclusive mostrando exemplos de empresas que
reduziram custos, pode-se retirar algumas conclusões.
A tecnologia ajuda a programar percursos e calcular gastos, evitando
desperdícios de tempo e combustível. Também vimos à tecnologia aliada para
reduzir os custos das empresas com combustível e pneus.
Planejar rotas e programar horários de entregas de mercadorias são
preocupações consideráveis para empresas de frotas que desejam atender o cliente
com eficiência. Melhor ainda quando agregado a esse planejamento está à
diminuição de custos, o aumento na oferta de prestação de serviços e,
conseqüentemente, dos lucros. O que parece mera idealização de quem corre
contra o tempo para dar conta do recado e ainda quer aperfeiçoar seus serviços,
nada mais é do que a atual tecnologia a disposição do homem.
No caso específico do segmento do transporte rodoviário, os pneus
reformados têm a função de reduzir os custos operacionais do transportador e
dependendo do tipo, a reforma custa em torno de 7% a 25% do preço de um pneu
novo, que, conforme o caso, pode oferecer o desempenho similar de um produto
novo.
Citam que existe no Brasil aproximadamente 11 milhões de pneus
recauchutáveis, o que acirra a competitividade comercial e cria oportunidades de
crescimento tecnológico. Esta concorrência é benéfica para o consumidor e
intermediário no final. Para conquistar o mercado é preciso inovar e evoluir sempre
para alcançar melhores resultados e maior economia para o usuário final.
A necessidade de uma gestão mais eficaz no transporte de cargas é
primordial para a permanência da empresa no mercado. As empresas sabem disso
e correm em buscar desse desafio e da sua sobrevivência.
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Empresas investem em logística no intuito de reduzir os custos de
transporte e armazenamento de seus produtos, a fim de, torná-los mais baratos ao
consumidor final e mais competitivo no mercado.
37
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VERÍSSIMO, N. Análise da Aplicação de um Software Roteirizador em um Sistema Milk-Run. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Departamento de Engenharia de Produção, 2001.
40
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTOS 03
RESUMO 04
METODOLOGIA 05
SUMÁRIO 06
INTRODUÇÃO 07
CAPITULO I
A LOGÍSTICA 09
1.1 O Transporte Rodoviário de Cargas 11
1.1.1 Pontos Positivos 13
1.1.2 Pontos Negativos 14
CAPITULO II
CUSTOS 16
2.1 Roteirização 17
2.1.1 Softwares de Roteirização 19
2.2 Utilização da Frota 21
2.3 Reforma de Pneus 22
2.3.1 Fabricantes de Produtos para Reforma de Pneus 23
2.4 O Combustível 26
2.4.1 Economia de Combustível 26
CAPÍTULO III
OPORTUNIDADES E CASOS DE REDUÇÃO DE CUSTOS 28
3.1 Exemplos Concretos de Empresas que Reduziram Custos 28
CONCLUSÃO 35
41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 37
ÍNDICE 40