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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE O LIXO URBANO E SUAS CONSEQUÊNCIAS Por: Newton Moraes Alvarenga Junior Orientador Prof. William Lima Rocha Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O LIXO URBANO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Por: Newton Moraes Alvarenga Junior

Orientador

Prof. William Lima Rocha

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O LIXO URBANO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como condição prévia para a

conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”

em Direito Ambiental. São os objetivos da

monografia perante o curso e não os objetivos do

aluno.

Por Newton Moraes Alvarenga Junior

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AGRADECIMENTOS

...àqueles que direta ou indiretamente

contribuíram para a realização deste

trabalho, em especial ao meu professor

orientador deste trabalho...

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DEDICATÓRIA

...dedico este trabalho ao meu amado pai

(in memória), minha querida mãe, minha

estimada esposa e minha preciosa filha

Mariana...

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RESUMO

Este trabalho de pesquisa busca ao abordar o tema sobre lixo urbano e

suas conseqüências, fazer com que o leitor reflita sobre essa realidade em

nossos dias, sobretudo nas grandes cidades, o tema é sem dúvida, atual e

importante, haja vista, as conseqüências que o lixo urbano opera para o meio

ambiente hoje estarem presentes no nosso cotidiano, cite-se como exemplo

que, basta chover para que ocorra em toda a cidade do Rio de Janeiro

enchentes, o destino do lixo urbano é, portanto, além de uma questão com

implicações tecnológicas, uma questão cultural, deste modo, compreender a

importância deste tema, educando e conscientizando o leitor contribuirá com

todos, nós e a cidade.

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METODOLOGIA

Este trabalho trata de uma pesquisa bibliográfica, tem como

finalidade explicar a problemática trazida ao homem nos dias atuais pela

enorme quantidade de lixo produzida e lançada sem qualquer tipo de

tratamento no solo, sendo, portanto, quanto aos fins, uma pesquisa descritiva.

Quanto aos meios utilizados, o aluno utilizou-se de pesquisa

bibliográfica, com suporte no desenvolvimento do trabalho também em fontes

primárias, preferencialmente, valendo-se também de fontes secundárias.

Nesse processo de construção, autores consagrados foram objeto

preferencial das ações de pesquisa. A pesquisa também se pautou em

documentos existentes em órgãos públicos, que foram analisados e

incorporados ao estudo do tema, dentre esses documentos, cito, como

exemplo: registros públicos, estatísticas, revistas, jornais, informações

extraídas da internet e outros, que abaixo faço referência.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - O Problema do Lixo 10

1.1 – Conseqüências do Lixo 11 1.2 – O lixo Que Aduba os Jardins 11 1.3 – O Que é Compostar o Lixo? 12 1.4 – Como Compostar o Lixo em Casa? 13 1.5 – Onde Colocar a Composteria 15 CAPÍTULO II - O Que o Brasil Recicla? 19 2.1 – Luxo no Lixo 19 2.2 – Menos Lixo e Mais Inclusão 20 2.3 – Brasil Recorde na Reciclagem de Alumínio 20 2.4 – Reciclagem do Papel: Muito a avançar 21 2.5 – Materiais que não Podem ser Reciclados 22 CAPÍTULO III - Destino dos Lixos 23 3.1 – Os Lixões 23 3.2 – Os Aterros Controlados 23 3.3 – Aterros Sanitários 24 CAPÍTULO IV – Soluções Simples no Cotidiano 25 4.1 – Você Sabia? 25 4.2 – Dicas 26 CONCLUSÃO 29 ANEXO I 30

ANEXO II 32 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34 WEBGRAFIA 35 ÍNDICE 36

FOLHA DE AVALIAÇÃO 37

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INTRODUÇÃO

As conseqüências do lixo urbano para o meio ambiente é o tema deste

trabalho de pesquisa, as inúmeras enchentes dos dias atuais estão

relacionadas diretamente com a questão do lixo urbano, que é lançado de

forma irregular e sem tratamento no solo, deste modo, compreender a

importância de não lançar o lixo de forma irregular no solo é tema de

fundamental relevância, pois, compreendendo essa realidade, poderemos viver

em uma cidade mais segura e ambientalmente melhor.

"Pense globalmente, aja localmente". O slogan criado na década de 70

pelo cientista e ambientalista francês Renê Dubuá nunca esteve tão atual. O

debate sobre o meio ambiente e o aquecimento do planeta ganhou destaque

na imprensa e o topo da agenda internacional.

Os cientistas são unânimes em apontar o impacto humano no aumento

da temperatura do clima em todo o mundo. Mas também indicam como os

governos, empresas e, principalmente, cada um de nós pode adotar novas

tecnologias e mudanças de comportamento e estilo de vida para ajudar a

salvar o planeta.

Diante deste alerta global, a questão do lixo urbano surge como grande

problemática a ser sanada em nossos dias, este trabalho em seu capitulo I,

pretende mostrar ao leitor os problemas causados pelo lixo e meios que

podemos adotar em nossos lares mesmo para melhor tratar o assunto ao

nos ensinar a reaproveitar aquilo que tem no lixo como material servível. A

verdade é que são as pequenas ações que, quando somadas, fazem uma

grande diferença.

No capitulo II veremos que o Brasil avança no assunto da reciclagem de

alguns materiais, nessa abordagem merece destaque a reciclagem do

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alumínio, veremos também que existem alguns materiais que não podem ser

pelo menos por ora reciclados,

No capitulo III veremos para onde podemos destinar o lixo de forma mais

racional, veremos também que há locais de lançamento do lixo que a pesar

de dar a ele uma destinação não é o melhor a ser feito quando o assunto é

destino de lixo

O Capitulo IV pretendeu trazer aos leitores alguns dados curiosos acerca

do lixo ao abordar quais materiais são desperdiçados e que acabam

compondo o lixo, nesse capítulo, pretendeu-se também, trazer ao leitor

algumas soluções práticas e possíveis para esse problema do lixo e que

podem ser adotadas por todos, como por exemplo, evitar desperdícios,

reduzir o consumo, reciclar, reaproveitar e reutilizando o que for possível a

fim de se produzir menos lixo.

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CAPÍTULO I

O Problema do Lixo

Por dia cada ser humano joga fora quase 1 quilo de lixo. Em todo o

planeta, só de lixo domiciliar, são mais de dois milhões de toneladas por dia,

mais de 600 milhões de toneladas por ano. O volume de lixo produzido no

planeta está relacionado diretamente à evolução da economia. Os produtos

descartáveis invadiram nosso dia a dia. Foram trazidos pela conveniência, são

mais simples, úteis, mas trazem um grande problema na hora de jogá-los fora.

Antes da revolução industrial, o lixo que produzíamos basicamente era

composto de matéria orgânica. Dessa forma, bastava enterrá-los e pronto.

A partir do século XIX, com o desenvolvimento da indústria, há uma

profunda mudança no comportamento das sociedades. Havia mais produtos

para serem comprados, as cidades tinham mais habitantes, mais pessoas

tinham dinheiro para comprar. O consumo aumentou e com ele o lixo gerado

pelas pessoas. Há quase dois séculos esse ciclo não pára de crescer.

E hoje, o lixo virou um problema em todo o mundo. Em vez de restos de

alimentos, as lixeiras transbordam de embalagens plásticas (mais de 100 anos

para decompor), papéis (de 3 a 6 meses) e vidro (mais de 4.000 anos).

Sem tratamento adequado, esses resíduos acabam sendo um perigo

para o homem. O lixo depositado de forma inadequada contamina o solo, os

lençóis freáticos, os rios, e facilita a exposição a agentes patogênicos, como

doenças e bactérias. Hoje já se sabe que uma das grandes alternativas para

resolver o problema é a reciclagem. No lixo que é jogado fora, é possível

encontrar produtos que, se tratados corretamente, em vez de prejudicar,

acabam ajudando a natureza. É o chamado lixo reciclável.

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1.1 – Conseqüências do Lixo

No Brasil, são geradas 240 mil toneladas de lixo por dia. Mas apenas,

5% de todo o lixo gerado no país, é reciclado. O número ainda é muito

pequeno se comparado aos Estados Unidos e a Europa, onde,

aproximadamente, 40% de todo o material descartado, passa pela

reciclagem.

O lixo nas grandes cidades brasileiras virou um problema social. 80%

dos municípios depositam seus resíduos em lixões, sem qualquer controle

sanitário. São locais, onde o solo não é preparado e não há sistema de

tratamento do chorume, líquido que escorre do lixo, penetra na terra e pode

contaminar os lençóis freáticos. Moscas, ratos e pássaros circulam por

esses lugares, enquanto pessoas catam comida e separam materiais

recicláveis para vender.

Em geral, o lixo mais perigoso acaba sendo queimado em incineradores,

entretanto, o custo é alto, e os gases liberados podem ser nocivos à saúde.

Segundo dados do IBGE, (2007) o lixo produzido nas cidades brasileiras

recebe a seguinte destinação final: 76% em lixões; 13% em aterros

controlados; 10% em aterros sanitários e apenas 1% passam por algum tipo

de tratamento: reciclagem, compostagem ou incineração.

1.2 – O Lixo que Aduba os Jardins

No Brasil, mais da metade do lixo que produzimos é formada por restos

de comida, grama cortada, folhas, galhos secos, palitos, guardanapos,

serragem, borra de café, pedaços de madeira, caroços e outros materiais

orgânicos. Para evitar desperdícios e aproveitar esse lixo produzido uma

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boa iniciativa é transformar esses resíduos orgânicos num ótimo adubo para

as plantas.

A transformação do lixo orgânico em adubo se dá através do processo

da compostagem, essa prática também evita o uso de agrotóxicos,

fertilizantes sintéticos e o comércio de "terra preta", removida ilegalmente de

nossas matas, deste modo o adubo produzido poderá ser utilizado para dar

mais vigor as plantas e jardins de nossas casas.

1.3 – O que é Compostar o Lixo?

A compostagem é uma técnica milenar, praticada pelos chineses há

mais de cinco mil anos. Nada muito diferente do que a natureza faz a bilhões

de anos desde que surgiram os primeiros microorganismos decompositores,

deste modo, seguindo o exemplo da floresta, onde observamos que cada

resíduo, seja ele de origem animal ou vegetal, é reaproveitado pelo

ecossistema como fonte de nutrientes para as plantas que, em última análise,

são o sustentáculo da vida terrestre.

Pois bem, quando procedemos com a compostagem estamos seguindo

as regras da natureza e destinando corretamente nossos resíduos.

Tradicionalmente a compostagem é vista como uma prática usual em

propriedades rurais e centrais de reciclagem de resíduos, no primeiro caso é

uma estratégia do agricultor para transformar os resíduos agrícolas em adubos

essenciais para a prática da agricultura orgânica, no segundo é uma

necessidade administrativa, que tem a intenção de diminuir o volume do

material a ser gerenciado além de estabilizar um material poluente.

No espaço urbano existe a crença de que o lixo deve ser recolhido pela

prefeitura e despejado em algum local onde possa feder e sujar a vontade, esta

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realidade perversa está sendo mudada, graças às ações práticas de alguns

municípios e pelos avanços nas leis e normas ambientais em nosso país.

1.4 – Como Compostar o Lixo em Casa?

Mas o que nós cidadãos podemos fazer em nossas casas para colaborar

neste processo?

Uma coisa muito boa que podemos fazer em nossas casas e

apartamentos é a compostagem, diferentemente dos agricultores que precisam

de adubos para os seus cultivos ou das prefeituras que precisam se livrar

desse resíduos, nós em casa podemos começar simplesmente tentando

diminuir a quantidade de lixo orgânico emitido para a prefeitura, é claro que só

é possível isto em casas onde o lixo é separado.

Entre os muitos modelos de composteira existentes, destaca-se aquelas

feitas a partir dos engradados de pvc, com dois ou três engradados podemos

montar uma sistema de compostagem bem eficiente e que não ocupa muito

espaço. Vamos ver isto passo-a-passo:

1º. Forre por dentro um engradado de pvc (destes que usamos para

carregar as compras no supermercado) com uma camada espessa de jornal

bem úmido, mais ou menos 6 ou 8 folhas. Depois de acomodar estas folhas de

jornal faça furos no fundo.

2º. Preencha o fundo deste engradado com composto já pronto e com

minhocas. Faça uma camada de mais ou menos 10 cm de espessura. Nos

supermercados e em floriculturas encontramos um produto genericamente

chamado de húmus de minhoca. Um bom húmus sempre tem alguns ovos e

filhotes de minhoca que sobrevivem ao peneiramento e à embalagem.

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3º. Escolha no seu lixo orgânico algumas porções de cascas de frutas

ou folhas de verduras, não muito.

4º. Enterre este material no composto. Isto vai servir para avaliar a

quantidade de minhocas que existe neste material, já que elas serão atraídas

pela comida (lixo orgânico).

5º. Cubra tudo com mais uma camada de jornal úmido. O jornal tem

que estar sempre úmido, caso contrario roubará água do material que esta

sendo compostado e este não ficará pronto em poucas semanas.

6º. Providencie uma tampa para o seu composto. Isto evitará a

proliferação de moscas e baratas além de servir de barreira para um eventual

rato.

7º. Agora uma parte bem importante! Observe por alguns dias quanto

tempo as pequenas minhocas levam para comer uma determinada quantidade

de lixo orgânico. Esta é a capacidade de reciclagem da sua composteira. À

medida que as minhocas vão crescendo e se reproduzindo o consumo de

resíduo orgânico vai aumentando. Uma minhoca vermelha do composto

(Eisenia foetida) pode comer o próprio peso em um único dia, além disso com

apenas três meses elas já estão se reproduzindo, podendo depositar um

casulo a cada semana. Cada casulo desses pode gerar de quatro a doze

pequenas minhocas que já nascem prontas para comer muito pelo resto da

vida. Uma composteira doméstica pode ser considerada eficiente quando os

resíduos orgânicos somem totalmente em menos de duas semanas. Outra

técnica muito usada por jardineiros experientes para avaliar um composto é a

quantidade de ruídos que este pode produzir. Difícil de acreditar? Então

experimente, quando seu composto estiver produzindo um pequeno ruído que

lembra um líquido escorrendo é sinal de que as minhocas estão trabalhando a

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todo vapor. Daí para a frente é um processo contínuo e crescente.

O que fazer quando a composteira está cheia

8º. O que acontece com as composteiras domésticas é que elas

sempre têm uma quantidade de material pronto, uma parcela de material em

processo de decomposição e uma porção diária de lixo orgânico ainda fresco.

Isto dificulta bastante a coleta do material que já está pronto para o uso. Para

este problema temos uma solução. Veja a seguir:

9º. Um engradado composteira vai sendo lentamente preenchido e as

minhocas vão comendo e reciclando material de baixo para cima. Bem, um dia

nosso engradado estará completamente cheio, com material já reciclado no

fundo e lixo fresco junto à superfície. Isto é inevitável, mas uma maneira de

contornar este problema é simplesmente forrar as laterais de um novo

engradado e empilhar sobre o primeiro. Assim, dê continuidade ao processo

colocando uma porção do composto cheio de minhocas no fundo do segundo

engradado e siga o processo normalmente. Desta forma as minhocas

continuarão trabalhando no sentido vertical e em algumas semanas a sua

primeira caixa estará completamente reciclada e você terá mais ou menos 25

Kg de adubo orgânico de primeiríssima qualidade.

1.5 – Onde Colocar a Composteira

A composteira de engradados de pvc não deve ser colocada em locais

sem ventilação. Não devemos desperdiçar locais ensolarados com a

comnpostagem que dispensa a luz solar; as plantas sim precisam dela. Os

engradados de compostagem devem ser colocados sobre um suporte que

pode ser desde de um simples e pouco eficiente jornal, até bandejas ou caixas

que possam coletar e canalizar o chorume (líquido que escorre do composto)

completamente. Um bom composto deve produzir muito pouco ou nenhum

chorume. Mas quando regamos o composto no verão isto é inevitável. Por

garantia podemos acomodar nossos engradados sobre uma bandeja plástica,

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de metal ou de madeira, de pelo menos 5 centímetros cheia de brita, cascalho

ou areia bem grossa. O importante é que o composto tenha o mínimo contato

com o chorume.

Sofisticando um pouco mais podemos construir um suporte de concreto

ou tijolos e cimento que tenha pelo menos 40 centímetros de altura e onde

possamos encaixar os engradados. Devemos cuidar para tenha um dreno

(furo) no fundo e então podemos preencher metade da altura com carvão

vegetal (aquele que compramos para fazer churrasco) e logo por cima

despejamos a mesma quantidade de brita, e por cima da brita acomodamos os

engradados. Desta forma o eventual chorume escorre pela brita até a camada

de carvão onde é desodorizado e ligeiramente filtrado. Evitando sujeira na

sacada ou na área de serviço. Para composteiras feitas diretamente na terra

este problema praticamente não existe já que o solo absorve o chorume.

O que pode ser compostado e como usar o composto gerado

Praticamente qualquer coisa orgânica é passível de compostagem.

Preferencialmente devemos usar os resíduos orgânicos vegetais crus gerados

em nossa cozinha, os restos de comida podem e devem ser compostados,

porém devemos lembrar que o sal pode diminuir a qualidade de nosso

composto tornando-o mais salino do que o conveniente. Pensando

ecologicamente o certo é não termos restos de comida, um pouco de

organização pode evitar desperdícios e viabilizar a prática da compostagem

domiciliar de forma totalmente eficiente. Mas quando não conseguimos comer

tudo o que preparamos o destino mais adequado para os restos de comida é a

composteira. Ossos podem ser compostados, principalmente os cozidos. Já a

carne crua não é o melhor material, pois pode cheirar mal dentro da

composteira. O jornal e outros papéis velhos podem ser usados sem

problemas, mas devemos lembrar que o jornal limpo se presta muito mais para

a reciclagem (fabricação de um novo papel) do que para a compostagem.

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Após o composto estar pronto você pode usá-lo em suas flores, folhagens,

hortaliças e temperos. Aplique de acordo com a necessidade de cada espécie

de planta. Samambaias em geral e folhagens tropicais gostam de doses bem

fartas de composto, algo em torno de um quarto do volume do vaso ou da

floreira. Devemos repor um pouco de composto na superfície a cada estação, e

depois de um ou dois anos é melhor refazer tudo (esta recomendação não vale

para todas as plantas).

Em gramados podemos usar até cinco quilos por metro quadrado no

final do inverno e nas violetas no início de cada estação devemos aplicar na

superfície da terra uma colher de sopa bem cheia de composto, misturada com

uma colher de cafezinho, de farinha de osso (faça a sua com cascas de ovo ou

compre uma de boa qualidade). Vale lembrar que plantas aromáticas gostam

de solos bem drenados e com pouco composto (use a farinha de osso nestas

plantas também).

Um engradado de pvc é capaz de compostar o resíduo orgânico gerado

por até três pessoas. Para uma família maior é só aumentar o número de

caixas. É preferível fazer duas pilhas de engradados do que empilhar muitos.

Se a família dispõe de um pátio com terra poderá optar por um modelo mais

convencional de composteira feita de tijolos ou madeira. Tijolos bem

empilhados podem gerar uma ótima composteira mas por segurança podemos

uní-los com cimento ou barro bem amassado. Composteiras de quintal devem

ser feitas uma ao lado da outra formando compartimentos que vão sendo

preenchidos com resíduos orgânicos um de cada vez. Assim, as minhocas vão

reciclando o material a cada compartimento preenchido, seguindo o mesmo

procedimento anterior.

Ensine para as crianças e também para seus amigos que a

compostagem domiciliar é uma continuidade da separação do lixo, e coopera

com a coleta seletiva para a diminuição dos aterros sanitários e lixões. No

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composto as crianças poderão aprender muitas coisas sobre a natureza com

os muitos tipos de pequenos animais e fungos que surgirão junto com as

minhocas. Os ácaros, tatuzinhos, besouros, pequenas aranhas e tantos outros

animais do composto são essenciais para este processo, eles formam um

pequeno ecossistema que vai se equilibrando com o tempo. Até as formigas

ajudam quando não estão em excesso. Como podemos ver a compostagem é

uma prática interessante, viável na maioria dos espaços, e (por que não dizer?)

um ato de cidadania, especialmente quando fazemos isto pensando em todo o

nosso lixo orgânico que ao invés de feder e poluir vai gerar mais verde e mais

vida.

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CAPÍTULO II

O Quê o Brasil Recicla?

Segundo dados do IBGE (1999) no Brasil, 1,5% dos resíduos orgânicos

domésticos gerados são reciclados por meio da compostagem, 22% do óleo

lubrificante, 40% da resina plástica PET (polietileno tereftalato), 45% das

embalagens de vidro, 77,3% do volume total de papelão ondulado, 89% das

latas de alumínio, 35% do papel.

2.1 – Luxo no Lixo

Em geral, 90% do que é descartado pode ser reciclado, reaproveitado,

transformado em outro produto. Dessa forma, se pode contribuir para reduzir

o desperdício e o impacto ambiental. Em muitas cidades, empresas, e até

no setor público, já existe a coleta seletiva de lixo. Assim, é recolhido aquilo

que pode ser reutilizado. Tudo é muito fácil e pode ser feito por qualquer

pessoa, em casa, no trabalho.

O primeiro passo na hora de jogar o lixo, é separar o que pode ser

reciclado, do restante. Para isso, é necessário ter em casa duas lixeiras

diferentes. Em uma deve-se depositar o lixo orgânico, que é tudo aquilo que

tem origem na vida. Como restos de comida, legumes, casca de frutas,

casca de ovos, saquinhos de chá, etc. Em outra lixeira, deve ser colocado o

chamado lixo seco. Embalagens plásticas, papel, caixas, etc.

Para separar o lixo, é preciso saber quais são os materiais recicláveis.

Os principais são: papel; papelão; vidro; embalagens de leite longa vida e de

sucos; borra de café; garrafas pet; latas de alumínio; papel laminado; óleo;

tecidos; parafusos; pneus.

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Entre as vantagens da reciclagem de lixo está a redução do desperdício

e dos danos a natureza. Com a reciclagem, por exemplo, é possível cortar

menos arvores para a produção de papel. Além disso, a reciclagem traz

melhorias sociais. Hoje muitas cooperativas de catadores de lixo já

sobrevivem da reciclagem, ganham dinheiro separando o lixo, e ao mesmo

tempo ajudam na conservação do meio ambiente.

Um dos compromissos firmados na Conferência Mundial do Meio

Ambiente (ECO 92), propõe que o lixo seja tratado tendo em vista três “Rs”

seguindo esta hierarquia:

1º - Reduzir a produção;

2º - Reutilizar;

3º - Reciclar.

2.2 – Menos Lixo e Mais Inclusão

Outra iniciativa de gestão ambiental e responsabilidade social no que diz

respeito a questão do lixo é a adoção da coleta seletiva e a destinação do lixo

seco como por exemplo: papéis, papelões, jornais, caixas, embalagens e

garrafas plásticas para a reciclagem.

Na reciclagem o material é recolhido, separado e doado para uma

associação de catadores, o que alem de contribuir para amenizar a questão do

lixo permite a sobrevivência de dezenas de famílias que vivem dessa prática,

deste modo, o resultado é menos lixo e mais inclusão social.

2.3 – Brasil: Recorde na Reciclagem do Alumínio

O Brasil é um dos líderes mundiais quando o assunto é reciclagem de

alumínio. Segundo dados da Associação Brasileira de Alumínio, em 2001, o

Brasil reciclou 85% das latas de alumínio, enquanto que no mesmo período

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o Japão reaproveitou 83% de suas latinhas e os Estados Unidos, 55%. E a

tendência da reciclagem no Brasil é crescer.

Qualquer produto feito a partir do alumínio pode ser reciclado um sem-

fim de vezes, com aproveitamento de quase 100%. Além disso, reciclar

significa uma economia de 95% da energia utilizada para fabricação do

alumínio e cada tonelada reciclada poupa a extração de 5 toneladas de

bauxita, minério de ferro que é matéria-prima para a produção do alumínio.

2.4 – Reciclagem de Papel: Muito a avançar

Enganam-se aqueles que acreditaram na substituição do papel pela

tecnologia digital. Mesmo após o advento dos e-mails e das publicações

digitais, o texto impresso continua presente no nosso cotidiano. Como

conseqüência, os aterros sanitários estão entupidos de papel e, as árvores,

sua matéria-prima, são derrubadas em escala cada vez maior. É preciso

economizar papel.

A ampliação do acesso de pessoas aos micro-computadores é um

grande avanço, mas, por outro lado, a indústria de computadores e

periféricos é uma das que mais consome recursos naturais em matérias-

primas, água e energia. Descartados de forma inadequada podem se

transformar em risco para saúde pública e contaminar o lençol freático.

Pilhas e baterias também são produtos que merecem cuidados especiais na

hora de serem jogados ao lixo.

A reciclagem do papel é tão importante quanto sua fabricação. Hoje,

cerca de 40% do lixo urbano é papel. Com o uso dos computadores, muitos

cientistas sociais acreditavam que o uso de papel diminuiria, principalmente

na indústria e nos escritórios, mas isso não ocorreu. O consumo nas duas

últimas décadas do século XX foi recorde. Muito desse consumo é gerado

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pelo desperdício. O papel é um instrumento tão corriqueiro, que poucos

lembram que a matéria prima do papel são as árvores. Cada 100 quilos de

papel reciclado poupa, em média, 60 árvores adultas. A reciclagem de papel

também gera menos poluição da água do que a fabricação normal.

Na fabricação de uma tonelada de papel reciclado são necessários

apenas 2.000 litros de água, ao passo que, no processo tradicional, este

volume pode chegar a 100.000 litros por tonelada. Além do impacto

ambiental, a reciclagem de papel também traz vantagens econômicas.

Estudos apontam que a reciclagem de papel pode gerar cinco vezes

mais empregos do que na produção do papel de celulose virgem. Mesmo

com tantas vantagens, o Brasil só recicla 35% de seu consumo total de

papéis.

2.5 – Materiais Que Não Podem Ser Reciclados

Há materiais que vão parar em nossos lixos, mas que não podem ser

reciclados, são chamados de rejeitos. Em primeiro lugar, deve-se reduzir o

consumo desses materiais. Se for inevitável utilizá-los, verifique se eles

podem estragar o lixo a ser reciclado, se sim, separe-os. Os principais

exemplos são: etiqueta adesiva, papel carbono, fita crepe, papel higiênico,

papel metalizado, papel parafinado, papel plastificado, guardanapo, bitucas

de cigarro, fotografia, esponjas de aço, canos, espelhos, vidro plano,

cerâmica, porcelana, tubos de TV, gesso, cabo de panela, tomadas,

embalagem de biscoito,dentre estes, destacam-se as pilhas e baterias, pois

são um grande problema para a natureza, esses materiais possuem metais

tóxicos pesados em sua fabricação. Jamais jogue esse tipo de material no

meio ambiente: uma única pilha é capaz de contaminar o solo durante 50

anos. Para descartá-los, verifique onde há postos de recolhimento de pilhas

e baterias perto de sua casa.

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CAPÍTULO III

Destino dos Lixos

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada

pelo IBGE (2000), coleta-se no Brasil diariamente 125,281 mil toneladas de

resíduos domiciliares e 52,8% dos municípios Brasileiros dispõe seus resíduos

em lixões.

3.1 – Os Lixões

Um lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem

nenhuma preparação anterior do solo. Não tem nenhum sistema de tratamento

de efluentes líquidos, ou seja, chorume (líquido preto que escorre do lixo).

Este líquido penetra pela terra levando substâncias contaminantes para

o solo e para o lençol freático, moscas, pássaros e ratos convivem com o lixo

livremente no lixão a céu aberto, e pior ainda, crianças, adolescentes e adultos

catam comida e materiais recicláveis para vender, no lixão, o lixo fica exposto

sem nenhum procedimento que evite as conseqüências ambientais e sociais

negativas.

3.2 – Os Aterros Controlados

Já o aterro controlado é uma fase intermediária entre o lixão e o aterro

sanitário, normalmente é uma célula adjacente ao lixão que foi remediado, ou

seja, que recebeu cobertura de argila e grama (idealmente selado com manta

impermeável para proteger a pilha da água de chuva) e captação de chorume e

gás.

Esta célula adjacente é preparada para receber resíduos com uma

impermeabilização com manta e tem uma operação que procura dar conta dos

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impactos negativos tais como a cobertura diária da pilha de lixo com terra ou

outro material disponível como forração ou saibro.

Tem também recirculação do chorume que é coletado e levado para

cima da pilha de lixo, diminuindo a sua absorção pela terra ou eventualmente

outro tipo de tratamento para o chorume como uma estação de tratamento para

este efluente.

3.3 – Aterros Sanitários

A disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos é o aterro sanitário

que antes de iniciar a disposição do lixo teve o terreno preparado previamente

com o nivelamento de terra e com o selamento da base com argila e mantas de

PVC, esta extremamente resistente.

Desta forma, com essa impermeabilização do solo, o lençol freático não

será contaminado pelo chorume, este é coletado através de drenos de PEAD,

encaminhados para o poço de acumulação de onde, nos seis primeiros meses

de operação é recirculado sobre a massa de lixo aterrada, depois desses seis

meses, quando a vazão e os parâmetros já são adequados para tratamento, o

chorume acumulado será encaminhado para a estação de tratamento de

efluentes.

A operação do aterro sanitário, assim como a do aterro controlado prevê

a cobertura diária do lixo, não ocorrendo a proliferação de vetores, mau cheiro

e poluição visual.

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CAPÍTULO IV

Soluções Simples no Cotidiano

Ao repararmos nosso cotidiano, nas tarefas mais triviais do nosso dia a

dia veremos que ao lançar o lixo em nossas lixeiras ao piscar de olhos elas

transbordam, nesse momento surge a questão, como dispensar o lixo?

Como evitar que o lixo polua o ambiente? Nessa hora veremos que no

nosso cotidiano podemos adotar medidas simples, porém muito eficazes na

solução desse problema, basta uma ação mais consciente em nosso

cotidiano.

4.1 – Você Sabia?

Por ano, consumimos, em média, duas árvores gastas com papel, 90

latas de bebida, 45 quilos de plástico, 107 garrafas ou frascos de vidros e 70

mil litros em água.

Você sabia que uma garrafa de plástico leva mais de cem anos para se

decompor? Uma fralda pode levar mais de 600 anos na natureza e o vidro

quatro mil anos?

Para fazer uma tonelada de papel, são derrubados 20 eucaliptos, que

levam, em média, sete anos para crescer; Pense na quantidade de papel

que você já jogou fora até hoje e imagine quantas árvores você poderia ter

ajudado a preservar.

Cada 50 quilos de papel usado transformado em papel novo evita que

uma árvore seja cortada.

Com um quilo de vidro quebrado faz-se exatamente um quilo de vidro

novo. E a grande vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas

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vezes. Em compensação, quando não é reciclado, o vidro pode demorar 1

milhão de anos para decompor-se.

A coleta seletiva de lixo e a reciclagem de resíduos permitem a redução

do volume de lixo, por isso, diminui os problemas nos aterros sanitários.

Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado evita que sejam extraídos

do solo cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita. Quantas latinhas de

refrigerante você já jogou fora até hoje?.

4.2 – Dicas

O óleo de cozinha é um dos alimentos mais nocivos ao meio ambiente,

jogado no ralo da pia, ele termina contaminando rios e mares. Um litro de

óleo de cozinha polui um milhão de litros de água;

Como reciclar: colocar o óleo em garrafas PET bem vedadas e entregá-

las a uma das várias organizações especializadas nesse tipo de reciclagem,

o óleo reciclado pode virar sabão ou biodiesel;

Não misturar alimentos no lixo reciclado, um copo sujo de cafezinho

pode inutilizar quilos de papel limpo - e reciclável;

Separe as lâmpadas fluorescentes num lixo à parte. Misturados aos

outros restos, os cacos costumam ferir os catadores. Já as lâmpadas

incandescentes não são recicladas, mas não causam impacto negativo no

meio ambiente e, por isso, podem ser depositadas no lixo comum;

Toda embalagem reciclável, antes de ser jogada no lixo seletivo, deve

ser lavada para não atrair insetos, nem ficar com cheiro forte, enquanto

estiver armazenada no prédio.

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Para tirar o grosso da sujeira das embalagens que serão destinadas à

coleta seletiva, aproveite a água servida da pia da cozinha. Isso também faz

parte do comportamento ecológico, porque a água é um recurso cada vez

mais escasso.

A compra de lixeiras especiais é dispensável, pelo menos no momento

inicial do projeto. Evite gastos!

Qualquer cantinho disponível, na garagem ou espaços livres debaixo

das escadas, é suficiente para armazenar o material reciclável do prédio.

Os restos de alimento também podem ser reciclados. Com poucos

recursos é possível transformá-los em adubo.

Não jogue as baterias de celular no lixo comum. As empresas

produtoras já estão se responsabilizando pelo recolhimento.

As pilhas usadas, embora tenham substâncias tóxicas, infelizmente

ainda não têm um destino adequado. Por enquanto, têm de ser jogadas no

lixo comum. Evite acumulá-las para não haver contaminação.

Não separe o lixo sem ter planejado primeiro para onde mandar.

Imprima no modo “rascunho” ou “econômico” quando não for necessária

grande qualidade de impressão.

Economize papel. Imprima somente o necessário. A produção de papel

implica a destruição de recursos naturais, o aumento dos resíduos e da

poluição.

Imprima dos dois lados da folha. A maioria das impressoras disponibiliza

esta opção.

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Prefira papéis reciclados. Cada tonelada de papel reciclado evita o corte

de 15 a 20 árvores, poupa 400 m³ de água e 500 kWh de eletricidade.

Reaproveite papéis de fotocópias como rascunho, utilizando o verso

para escrita.

Reaproveite os envelopes usados.

Evite descartáveis. Utilize copos e xícaras de vidro.

Disponibilize arquivos virtualmente, sempre que possível. Economize

CDs e DVDs. Sem dúvida são mídias eficientes e baratas, mas um CD leva

cerca de 450 anos para se decompor e ao ser incinerado, ele volta como

chuva ácida (como a maioria dos plásticos). Utilize mídias regraváveis, como

CD-RWs, drives USB ou mesmo e-mail ou FTP para carregar ou partilhar

seus arquivos.

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CONCLUSÃO

Ao concluir o presente trabalho, espero que o mesmo possa levar aos

leitores uma visão, muito embora genérica sobre a questão do lixo, porém,

objetiva e fiel aos escritos encontrados e por mim copilados na busca de

aprender mais sobre o tema, nesse sentido, descobri que os dados

encontrados sobre o tema sugerem que as conseqüências do lixo urbano para

o meio ambiente são inúmeras como ficou esposado, haja vista, o lixo ser

frequentemente lançado de forma irregular no solo, conforme foi visto na

pesquisa, falta educação ambiental sobre o tema, não fosse assim, não

teríamos as conseqüências que hoje fazem parte do nosso cotidiano, o

tratamento do lixo, além de ser uma questão com implicações tecnológicas é

antes de tudo uma questão cultural, deste modo, compreender a importância

do tema, educando e conscientizando o leitor, contribuirá com a cidade a fim de

vivermos civilizadamente antes de tudo, além de contribuir para que vivamos

de forma mais saudável e menos vulneráveis aos impactos no meio ambiente

como, por exemplo, as enchentes de grandes proporções que assolam

principalmente as grandes metrópoles em todo o mundo.

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ANEXO 1

INTERNET

http://albertomarques.blogspot.com/

sexta-feira, 16 de abril de 2010

BAIXADA URGENTE

BRASIL NÃO SABE ONDE POR 67.000 TON. DE LIXO POR DIA

ALBERTO MARQUES

O Brasil não tem destino adequado para 67 mil toneladas diárias de

lixo que são despejados em depósitos e lugares irregulares. “É um volume

muito grande”. A isso se somam cerca de 20 mil toneladas/dia de resíduos

domiciliares que não são sequer coletadas, afirmou ontem (15) o diretor

executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e

Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho. O lixo é considerado o

principal causador de inundações e doenças nos centros urbanos, como se viu

nas recentes enchentes ocorridas no Rio de Janeiro. “E não sendo coletadas,

elas são também dispostas inadequadamente e acabam jogadas em terrenos

baldios, rios e córregos d’água”, disse Carlos Silva. Para a Abrelpe, deve haver

um planejamento municipal que tenha uma gestão integrada de resíduos

sólidos, redução da geração de lixo, coleta seletiva e reciclagem “E,

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principalmente, cuidando da destinação desses resíduos”, reforçou Silva Filho.

Com base em dados da Abrelpe de 2008, o mercado de limpeza urbana no

Brasil movimentou naquele ano R$ 16,5 bilhões. “É gasto no Brasil pouco mais

de R$ 8,00 por habitante por mês para dar conta de todo o serviço de limpeza

urbana, que inclui coleta de lixo diária, transporte, destino final, varrição,

limpeza de ruas, capina, limpeza de córregos. Com isso, nós continuamos com

o ‘déficit’ de 67 mil toneladas/dia de lixo com destinação inadequada”.

Segundo Silva Filho, para melhorar a destinação dos resíduos urbanos é

necessário um investimento maior. A Abrelpe defende que o modelo adequado

para fazer essa transição seriam as parcerias público-privadas (PPP). Nesse

modelo, o investimento inicial é feito pelo setor privado, desonerando os cofres

públicos. “E o poder público faria um financiamento desse investimento de

longo prazo, de forma que não haja um grande impacto nos cofres públicos de

uma vez só”. Silva disse que o Brasil não desenvolve ações concretas para

avançar no tratamento do lixo, e que ocorrem ações isoladas em São Paulo e

Minas Gerais.

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ANEXO 2

INTERNET

http://extra.globo.com/

Publicada em 16/04/2010

RIO TEM MAIS DE 11 MIL PESSOAS DESABRIGADAS POR CAUSA DA CHUVA

Rogério Daflon e Extra

RIO - Já chega a 11.941 o número de pessoas fora de casa devido às fortes

chuvas da semana passada. Dados da secretaria municipal de Assistência

Social mostram que o número de desalojados teve um salto de mais de 18%,

passando ontem de 7.602 para 9.257. O número de desabrigados teve

pequena queda de uma dia para o outro: de 2.844 para 2.584. Destes, 147

moradores da Rocinha estão abrigados no clube Umuarama, na Estrada da

Gávea.

No clube, a maioria dos desabrigados é da localidade conhecida como

Macega, onde a situação é de alto risco, com pedras ameaçando rolar sobre

casas precárias.

O coronel Sérgio Ângelo da Rocha, da Defesa Civil municipal, esteve na

Macega na última terça-feira e fez pelo menos 25 autos de interdição.

Moradores não querem deixar os barracos

Mesmo tendo recebido o auto de interdição da Defesa Civil municipal,

Diosivânia Brito se recusa a sair de casa.

- Não quero ficar em abrigo, nem vou levar minha família para lá - afirmou ela, em sua casa de madeira e zinco.

Há outras áreas de risco na Rocinha. De acordo com a Geo-Rio, a localidade

de Vila Verde é uma das mais perigosas. O arquiteto Luiz Carlos Toledo, que

esteve à frente do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Rocinha,

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cita outras áreas da comunidade onde há risco: Cachopa, Roupa Suja, Capado

e Faz Depressa.

Na Rocinha, a prefeitura decidiu remover toda a comunidade do Laboriaux,

onde houve deslizamentos. A prefeitura quer remover ainda as favelas do

Morro do Urubu, em Pilares; do Morro dos Prazeres, em Santa Teresa;

Fogueteiro, no Rio Comprido; São João Batista, em Botafogo; Cantinho do Céu

e Pantanal, no complexo do Turano; e Parque Columbia, às margens do Rio

Acari, na Pavuna.

Promotor faz inspeção técnica no Morro do Bumba

O promotor de Justiça de Meio Ambiente Luciano Mattos visitou nesta sexta-

feira o Morro do Bumba, em Niterói, para fazer uma inspeção ambiental e

verificar se moradores estão voltando para casas interditadas pela Defesa Civil.

Durante as chuvas da semana passada, uma avalanche de terra deixou pelo

menos 46 pessoas mortas.

- Vou examinar para saber se há risco de as pessoas morarem aqui - explicou

Mattos, que acrescentará o laudo ao inquérito aberto pelo MP para apurar de

quem é a responsabilidade sobre a tragédia.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Terra e Habitação da Defensoria

Pública, Maria Lúcia de Pontes, diversos núcleos do órgão vão se reunir

segunda-feira para organizar ações coletivas em favor dos desabrigados.

Segundo ela, pelo menos um laudo da Defesa Civil, delimitando qual é a área

de risco, deveria ter sido elaborado. Enquanto isso, famílias como a da diarista

Maria Aparecida Martins, de 52 anos, continuam correndo risco para tentar

resgatar objetos pessoais. Ontem, ela, o marido e os filhos foram à casa da

família, a menos de cem metros do ponto do deslizamento, para resgatar

eletrodomésticos.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Grippi, Sidney. Lixo, Reciclagem e Sua História - 2ª Ed. Brasil, Interciencia,

2006.

Grippi, Sidney. Atuação Responsável & Desenvolvimento Sustentável - Os

Grandes Desafios do Século XXI. Brasil, Interciencia, 2005.

Mattos, Neide Simões de; Granato, Suzana Facchini. Lixo - Problema Nosso de

Cada Dia - Conforme a Nova Ortografia. Brasil, Saraiva, 2005.

Rodrigues, Francisco César P.; Cavinatto, Vilma Maria. Lixo - De Onde Vem?

Para Onde Vai? Colecionando Desafios 2ª Ed. Brasil, Moderna, 2003.

Scarlato, Francisco Capuano; Pontin, Joel Arnaldo. Do Nicho ao Lixo - Série

Meio Ambiente - Conforme a Nova Ortografia. Brasil, Atual, 1992.

Gombert, Jean-rene. Eu Separo o Lixo. Brasil, Girafa, 2007.

Constituição da República Federativa do Brasil. Serie Legislação Brasileira,

Editora Saraiva, 2009.

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35

WEBGRAFIA CONSULTADA

Organização Tierraamérica. <URL: http://www.alainet.org/index.phtml.pt>

Acessado em: 10/02/10.

SOS H2O. <URL: http:// www.sosh2o.com.br > Acessado em: 15/03/10.

Brasil das Águas. <URL: http:// www.brasildasaguas.com.br > Acessado em:

10/02/10.

Agência Nacional das Águas. <URL: http:// www.ana.gov.br > Acessado em:

10/04/10.

Organização das Nações Unidas. <URL: http:// www.onu-brasil.org.br >

Acessado em: 10/02/10.

Lixo.com.br. <URL: http:// www.lixo.com.br > Acessado em: 10/04/10.

Ministério do Meio Ambiente. <URL: http:// www.mma.gov.br > Acessado em:

10/04/10.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - O Problema do Lixo 10

1.1 – Conseqüências do Lixo 11 1.2 – O lixo Que Aduba os Jardins 11 1.3 – O Que é Compostar o Lixo? 12 1.4 – Como Compostar o Lixo em Casa? 13 1.5 – Onde Colocar a Composteria 15 CAPÍTULO II - O Que o Brasil Recicla? 19 2.1 – Luxo no Lixo 19 2.2 – Menos Lixo e Mais Inclusão 20 2.3 – Brasil Recorde na Reciclagem de Alumínio 20 2.4 – Reciclagem do Papel: Muito a avançar 21 2.5 – Materiais que não Podem ser Reciclados 22 CAPÍTULO III - Destino dos Lixos 23 3.1 – Os Lixões 23 3.2 – Os Aterros Controlados 23 3.3 – Aterros Sanitários 24 CAPÍTULO IV – Soluções Simples no Cotidiano 25 4.1 – Você Sabia? 25 4.2 – Dicas 26 CONCLUSÃO 29 ANEXO I 30

ANEXO II 32 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34 WEBGRAFIA 35 ÍNDICE 36

FOLHA DE AVALIAÇÃO 37

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: