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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NA VIDA
Por: Amanda Cristina de Freitas Souza
Orientador: Profª Maria Esther de Araújo
Co-orientadora: Profª Giselle Böger Brand
Rio de Janeiro
2015
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NA VIDA
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Educação Especial e Inclusiva
Por: Amanda Cristina de Freitas Souza
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus meu mestre e guia, pela força e o
desejo de continuar caminhando na estrada da aprendizagem apesar de todas
as dificuldades encontradas no caminho.
E também agradeço a minha família pela compreensão das ausências e
os momentos de distanciamentos necessários à confecção do presente
trabalho. Sem vocês não teria conseguido. Por isto, minha vitória e
primeiramente uma vitória de vocês, pelo apoio, carinho, compreensão e
amparo em todos os momentos.
4
RESUMO
A presente monografia tem por objetivo discorrer sobre o Transtorno de
Atenção e Hiperatividade. O contextualizando, realizando seu panorama
histórico, discorrendo sobre os seus subtipos e caracterizando como
indivíduos portadores desta patologia se desenvolvem no âmbito escolar e no
social. Desta forma, pretende realizar um panorama de como é relevante a
interdisciplinaridade para a aprendizagem significativa dos alunos com TDAH.
Haja visto, que o os portadores do distúrbio de atenção e hiperatividade
apresentam maior dificuldade em concentração devido a tríade de sintomas de
sua patologia: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Refletindo sobre a realidade da escola atualmente e em especial a
realidade da escola pública, em que os alunos apresentam bastante dificuldade
de concentração. Sendo em sua maioria extremante agitados e impulsivos,
pensou-se um trabalho monográfico que auxiliasse a professores e demais
profissionais da educação a refletir como educar frente a este novo prisma
educacional. Como a interdisciplinaridade e as novas Pedagogias do aprender
a aprender podem despertar no aluno TDAH e nos demais a curiosidade e
atenção necessárias à aprendizagem.
5
METODOLOGIA
Por se tratar de uma pesquisa bibliográfica nossos procedimentos específicos
não contam com autorizações ou entrevistas.No entanto apresentam diversos
levantamentos bibliográficos indispensáveis que estão detalhados. Por tanto é
uma pesquisa qualitativa de base bibliográfica.
1º) Levantamento bibliográfico sobre “TDAH e suas possibilidades”, “TDAH na
vida escolar” e “TDAH na vida adulta”.
Usaremos neste item autores como Vera Joffe, Ana Beatriz Barbosa Silva e
Sam Goldstein e Michael Goldestein para nos trazerem conceituações acerca
de como e a vida e a rotina do indivíduo com TDAH. Realizando um panorama
histórico conceitual. Para que desta forma possamos entrar nas discussões
efetivas do trabalho. Que são as possibilidades de aprendizagem significativa
de alunos com transtorno de atenção e hiperatividade.
2º) Revisão da literatura sobre projetos que auxiliem o portador de TDAH na
aprendizagem significativa.
Neste item utilizaremos autores que abordam uma temática um pouco
diferenciada, entretanto acreditamos serem fundamentais para a prática de
uma escola interdisciplinar, já que também são eixos norteadores para prática
da interdisciplinaridade segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais que é a
Educação Ambiental. E vale lembrar que está também está presente na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional como uma das modalidades de
educação. Assim elencamos autoras como Isabel Cristina Moura Carvalho e
Angélica Consenza Rodrigues para nos auxiliar nesta missão. De trazer o fazer
interdisciplinar para auxiliar o saber e o fazer pedagógico na escola de base e
assim atingir os portadores de TDAH tornando a sua aprendizagem significativa
vencendo desta forma algumas dificuldades impostas pela tríade de sintomas
que afetam estes alunos.
6
3º) Revisão da literatura com expressões chave como; “Formação para a
cidadania, “Aprendizagem Significativa”.
Para tanto utilizaremos autores como Norberto Bobbio, Newton Duarte e Anita
Helena Schlesener. Estes autores serão utilizados para que o público leitor
possa compreender a necessidade de se utilizar novas práticas pedagógicas
para atrair a atenção do portador do TDAH, pois este em geral e disperso e por
isto encontra dificuldades em assimilar o conteúdo a ele exposto. Desta forma,
com aulas mais dinâmicas e atrativas podemos despertar no portador de TDAH
a sua melhor condição que é sua capacidade de hiperfoco e assim fazer com
que estes alunos consigam de fato uma aprendizagem significativa.
4º) Levantamento bibliográfico em documentos oficiais, preferencialmente nos
Parâmetros Curriculares Nacionais e no Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil. Estes documentos oficiais serão analisados também em
virtude de trazer ao presente trabalho monográfico referências oficiais dadas
pelos órgãos governamentais.
7
SUMÁRIO
METODOLOGIA ........................................................................................................... 5 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 8 Capitulo I - O que é o transtorno de atenção e hiperatividade ..................... 10 1.1 – Origem histórica .............................................................................................. 11 1.2 Questões atuais sobre o Transtorno de Atenção e Hiperatividade ............... 12 1.3 Subtipos................................................................................................................ 13
1.3.1 Subtipo predominantemente desatento .......................................................... 13 1.3.2 Subtipo predominantemente hiperativo ......................................................... 15 1.3.3 Subtipo do tipo misto .................................................................................... 18
1.4 O transtorno do Déficit de atenção na fase escolar ............................................... 19 1.5 O transtorno do déficit de atenção na fase adulta ................................................. 20
1.5.1 Doenças conjuntas/ Condição psiquiátrica .................................................... 21 1.5.2 Dependência química ..................................................................................... 22
Capítulo II - O que é Interdisciplinaridade ............................................................... 23 2.1– Outros Conceitos Pedagógicos ........................................................................... 25
2.1.2 – Pedagogia do aprender a aprender .............................................................. 26 2.2.2 – Concepção de Educação Democrática ........................................................ 27
2.2- A interdisciplinaridade e a formação da cidadania do aluno com Déficit de atenção e hiperatividade .............................................................................................. 29
Capítulo III - A interdisciplinaridade auxiliando a aprendizagem do aluno com Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade .................................................... 30
3.1 – Na fase inicial de adaptação ao ambiente escolar .............................................. 30 3.2 Mudanças comportamentais no período da adolescência .................................... 32 3.3 – Aprendizagem significativa do aluno com TDAH perpassa pela interdisciplinaridade .................................................................................................... 33
CONCLUSÃO ............................................................................................................... 36 BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................... 37 Referencial Bibliográfico ................................................................................................ 37
8
INTRODUÇÃO
A presente monografia abordará a questão do Transtorno do déficit de
atenção e hiperatividade. E, como auxiliar o aluno com TDAH a realizar a
aprendizagem significativa e assim desenvolver-se enquanto sujeito social.
Baseasse, portanto na urgência que se apresenta em voga com a
questão sobre o TDAH. Tema bastante atual e bastante significativo quando
se observa a demanda das escolas e em especial as da rede pública. Pois, as
questões relacionadas às dificuldades de aprendizagem estão em uma
crescente cada vez maior e em especial o TDAH (que na maioria dos casos
não é diagnosticado de fato e nem tratado).
O tema sugerido é de fundamental importância, pois, vem transformando
as escolas de ensino básico em verdadeiros campos de guerra, pois alunos
com TDAH não se concentram atrapalham os demais colegas e por vezes
agridem até fisicamente os outros alunos. Em virtude deste fato propõe-se o
desenvolvimento de um estudo que aborde as necessidades da
conscientização sobre as questões das dificuldades de aprendizagem e da
necessidade do envolvimento da família com as necessidades/ dificuldade
escolares de seus filhos. Sobre a mudança das perspectivas pedagogias
atuais, para vencer o já cristalizado conceito de educação tradicional que não
vem contemplando o aprendizado dos alunos, pois as mudanças atuais e as
novas tecnologias da informação e comunicação tornaram o pensar e o fazer
das nossas crianças mais acelerados. Estas por vez necessitam de uma
educação desafiadora baseada em projetos e na perspectiva da
interdisciplinaridade e da escola democrática. Para conseguirem sentir se
engajadas e desafiadas a aprender. Como nos demonstra a Unesco quando
discorre sobre a Pedagogia do aprender a aprender.
Portanto, o trabalho pretende abordar as seguintes questões: o primeiro
capítulo pretende contextualizar a temática do trabalho em um, panorama
histórico, discorrendo sobre os seus subtipos e caracterizando como
indivíduos portadores desta patologia se desenvolvem no âmbito escolar e no
9
social. Desta forma, pretende realizar um panorama de como é relevante a
interdisciplinaridade para a aprendizagem significativa dos alunos com TDAH.
Já o segundo capítulo discorrerá sobre a contextualização de algumas
pedagogias atuais que acreditamos serem fundamentais para a melhora da
qualidade da educação oferecida aos alunos das escolas de um modo geral,
não só aos que tem TDAH.
O terceiro é último capítulo se fará a reflexão e o debate teórico de como
a interdisciplinaridade e as novas Pedagogias do aprender a aprender podem
despertar no aluno TDAH e nos demais a curiosidade e atenção necessárias à
aprendizagem significativa.
10
Capitulo I - O que é o transtorno de atenção e hiperatividade
O presente trabalho monográfico tem por objetivo discorrer sobre o
TDAH de uma forma diferenciada não apenas o patologizando mais sim como
aborda Silva
Longe do conceito de doença a meu ver o TDAH, trata-se de um
funcionamento mental acelerado, inquieto, que produz
incessantemente ideias que por vezes se apresentam de forma
brilhante ou se amontoam de maneira atrapalhada,m quando não
encontram um direcionamento correto. (2009, p.12- 13)
Para tanto discorreremos brevemente sobre sua conceituação e demais
aspectos. Assim compreendemos que o TDAH é um distúrbio neurológico de
origem genética que desenvolve desde a primeira infância seguindo com seu
grupo de características ao longo da vida do paciente. Estas características por
sua vez são caracterizadas por sintomas específicos como os da desatenção,
inquietude e impulsividade.
Refletindo no exposto acima recaímos na fala inicial de não patologização do
indivíduo portador de TDAH. Enfocamos novamente Silva quando a autora nos
discorre sobre hiperfoco que é definido pela mesma como capacidade de hiper
concentrar-se em algo que lhe de prazer.
Então a autora menciona está capacidade de hiperfoco, pois prefere não
colocar o individuo na forma de doente crônico e sim como um indivíduo que
ainda não se adequou a sua condição.
Parece estranho dizer que um TDAH tem hiperfoco, visto que são
distraídos, desatentos e impulsivos. Mais, se repararmos os indivíduos com
TDAH, quando gostam de algum assunto em especifico são quase obcecados,
não prestam atenção a nada. Como percebemos com a explanação de Silva
em seu livro Mentes Inquietas. “Um TDAH pode alterar seu estado atentivo de
maneira radicalmente intensa, em função do tema ou assunto em questão.”
(2009, p.112)
11
E, é neste prisma que as instituições de ensino e os docentes devem
investir e refletir.
Para que os planejamentos curriculares anuais, planos de aula possam
motivar o aluno TDAH, para que os fenômenos de desatenção passem a ser
transformados em capacidade de hiperfoco, pois se motivaram com o assunto
proposto. Para que assim consigam ter de fato uma aprendizagem significativa.
Este, portanto é o viés do nosso trabalho a busca pela aprendizagem
efetiva e plena que englobe o ser humano de direitos em todas as suas esferas
e potencialidades.
1.1 – Origem histórica
Ao abordamos sobre o TDAH ao longo da história lembraremos que
este não é descrito com o presente nome nos históricos médicos atuais o
TDAH é descrito no DSM IV-R como síndrome hipercinética do CID 10.
Desta forma, ao longo dos anos o portador era sempre estigmatizado como
aquela criança a ser contida. Como nos expõe Rafalovich aput Caliman. “inicia-
se a história do TDAH com o discurso médico da criança idiota e do imbecil
moral da segunda metade do século XIX” (2015, p47)
Outros autores como Barbetti já descrevem a criança como a criança
“elétrica [...] hiperativa inapta e instável” (aput CALIMAN, 2015 p 47)
Caliman sintetiza muito bem a história do TDAH em seu artigo Notas sobre a
história oficial do transtorno do déficit de atenção/hiperatividade. Ele nos
explica que
A criança com TDAH surgiu na literatura médica da primeira metade
do século XX, e, a partir de então, foi batizada e rebatizada muitas
vezes. Ela foi a portadora de uma deficiência mental leve ou branda,
foi afetada por encefalite letárgica, chamaram-na simplesmente de
hiperativa ou hipercinéctica, seu celebro foi visto como
moderadamente disfuncional foi a criança com déficit de atenção e,
enfim a portadora do transtorno do déficit de atenção/hiperatividade.
Desde os anos 20 é marcado por um defeito inibitório que afeta o
desenvolvimento das funções executivas. (CALIMAN, ANO, p. 50)
12
Já nos casos de diagnóstico mais tardios temos o adolescente com
padrões “desviantes e ou delinquentes ” (CALIMAN ,2015, p. 48)
E como já observado por autores como Caliman (2015) Joffe (2005) e
Silva (2009) o TDAH não desaparece na fase adulta. Este fato devesse ao mito
que ainda persiste como o que exemplificou Joffe “do TDAH acometer apenas
meninos necessariamente e/ou de aprendizado, desaparecendo ao fim da
adolescência” (2005, p. 5)
Estes transtornos em fase adulta além de não desaparecerem podem
associar-se a outros complicando ainda mais a vida e a condição psicossocial
adaptativa do portador de TDAH ao exemplo: depressão, transtorno de humor,
ansiedade, abuso e vicio em drogas ou condutas antissocial, baixa autoestima
etc. Mediante a este fato enfocamos a importância do tratamento sério. Para
que vidas não venham a ser perdidas. E para que jovens e adultos venham a
ter uma aprendizagem efetiva, uma vez que os portadores de TDAH não
possuem déficit cognitivo só uma instabilidade de atenção.
1.2 Questões atuais sobre o Transtorno de Atenção e Hiperatividade
Outro fator relevante a ser lembrado na perspectiva histórica do TDAH é
o fato de alguns médicos e autores da literatura médica não veem o TDAH
como uma doença que necessite de fato de tratamento com farmáculos, pois
alegam que
“a utilização de drogas e estimulantes são atrelados ao interesse econômico
criado pelo seu comércio o aspecto central da constituição do diagnóstico.“
(CALIMAN, 2015, p. 49)
Já autores como Dumit (2000) vão na contramão destes outros,
pesquisadores e acreditam sim no tratamento medicamentoso e terapêutico
para o portador de TDAH
13
uma vez que o diagnóstico está vinculado à construção da
legitimidade cientifica da neurologia e das tecnologias de imagem
cerebral.O autor analisa o transtorno do déficit de
atenção/hiperatividade como uma das novas desordens sócio-
médicas ou desordens biomentais. Elas são patologias de forte
repercussão legal, cujas imagens celebrais exercem um papel
importante em sua legitimização diagnosticada. (aput CALIMAN,
2015, p. 49)
E uma vez que se constata a alteração biológica na estrutura cerebral há
a patologia e não, seria apenas algo “inventado pela industria farmacêutica
para vender remédio.
1.3 Subtipos
Como já foi mencionado o TDAH é caracterizado por três tipos de
sintomas principais: desatenção, impulsividade e hiperatividade.
Porém, estes sintomas são subdivididos em três subtipos sendo eles:
predominantemente hiperativo, predominantemente desatento e misto.
Cada qual tendo suas características próprias que “oscilam entre o
universo da plenitude criativa e o da exaustão de um cérebro que nunca para.”
(SILVA, 2009, p 19)
Dentro desta perspectiva abordaremos seus subtipos e suas
características principais.
1.3.1 Subtipo predominantemente desatento
O subtipo desatento que somente foi reconhecido cientificamente em
1994, pois ate então era necessário se ter também os sintomas de
hiperatividade e impulsividade para se ter um diagnóstico de TDAH.
Para todos nos estudiosos e interessados nas questões do transtorno de
atenção e hiperatividade a questão da atenção e ou falta dela é de fato o
14
sintoma mais importante no entendimento da desta síndrome. Porque com a
inclusão na literatura médica do subtipo predominantemente desatento ficou
mais fácil de identificar os portadores de tal síndrome. Pois, autores como Silva
(2009) e Joffe (2005) acreditam que os indivíduos portadores de TDAH, podem
não possuir sintomas de hiperatividade física, mais sempre serão desatentos.
Portanto discorremos sobre algumas características mais clássicas desses
indivíduos:
- A constante falta de atenção.
- O aparente esforço que fazem para obterem concentração.
Esse esforço que fazem para manter o foco os faz sentir um extremo
esgotamento físico e mental inclusive, após realizarem alguma atividade
considerada por eles monótona ou obrigação.
Pois, “seu celebro pela diferenciação não concentra-se em parte
desatenção, envolto em uma tempestade de pensamentos incessantes, que
dificulta a canalização de seus esforços na realização do trabalho com metas
ou prazos.” (SILVA, 2009, p. 21)
Outro fator relevante para essa sensação exposta na fala da
entrevistada e o que Barkley menciona sobre a miopia do tempo. Envoltos
nessa nuvem de ideias e pensamentos acabam por se distraírem e esquecem
de fato o que estavam fazendo. Para o autor os portadores de TDAH não
sentem o tempo passar de maneira correta. Estão sempre perdidos em seu
tempo próprio.
Por isto, quando estão na escola ou no trabalho apresentam muita
lentidão no aprender ou no realizar uma atividade. Entretanto, não possuem
nenhuma alteração cognitiva. Possuem o que Silva nos denominou de
instabilidade de atenção. Para a autora é correto afirmar
Instabilidade de atenção, e não déficit de atenção, pois os padrões cognitivos
não apresentam anomalias e conseguem ter o hiperfoco, justamente o oposto
do padrão que apresentam em atividades monótonas.
15
Quando expostos a atividades que lhes deem motivação ou interesse.
Como nos mostra demonstra Silva
portadores de TDAH tem profunda dificuldade em se concentrar em
determinado assunto ou, enfrentar situações que sejam obrigatórias,
por outro lado podem se apresentar hiperconcetradas em outros
temas e atividades que lhes despertem interesse espontâneo ou
paixão impulsiva [...] em tais casos crianças ou adultos terão
dificuldade em se desligarem ou desviar sua atenção para outras
atividades. (SILVA, 2009, p. 22)
E, é nesta capacidade atentiva que se desenvolve em atividades
prazerosas que este trabalho monográfico pretende focar para levar os
indivíduos portadores de TDAH a terem uma aprendizagem significativa e uma
vida plena sem vícios ou dependências.
1.3.2 Subtipo predominantemente hiperativo
Segundo o observado nas literaturas sobre a temática o TDAH pode se
aparecer de diferentes formas e graus de comprometimento. Por isto, é
relevante identificarmos o subtipo que cada um dos pacientes possui. Para que
desta forma se possa pensar sobre a melhor forma de tratamento:
medicamentoso, psicoterapêutico ou os dois combinados.
Refletindo sobre a importância do diagnóstico faremos uma breve
explanação sobre o subtipo predominantemente hiperativo ou como alguns
autores como Silva (2009) menciona predominantemente hiperativo-impulsivo.
Para autores como Joffe (2005), Silva (2009) e Cornachine (2015) o
diagnóstico deste subtipo especifico só é fechado quando observa-se no
aluno/paciente a manifestação de seis ou mais sintomas da hiperatividade-
impulsividade pois na presença de seis sintomas já se caracteriza o sub tipo do
paciente como predominantemente desatento. Desta forma recaímos na
questão do diagnóstico destes sintomas. Este é realizado como nos expõe
16
Goldstein e Goldstein (1996) em cinco etapas básicas de observação e
pesquisa que constitui-se em etapas. Sendo estas:
1ª Etapa - Observação: Deve-se ter o olhar cuidado nesta etapa, pois é
necessário observar desde quando os problemas de hiperatividade do seu filho
começarem. Pois se forem antes dos sete anos e estes não forem
características de autismos há grande chances de o seu filhos ser TDAH.
Entretanto para se fechar o diagnóstico é necessário que os sintomas
persistam por mais de sete meses.
2ª Etapa – Questionário: Envolve esta etapa a aplicação de um questionário
cuidadosamente elaborado para docentes e pais com a proposta de se
diagnosticar alguma outra deficiências na criança.
3ª Etapa – Observação novamente: Agora a observação estará focada no
comportamento em sala de aula e de testes direto com a criança. Verifica-se
nestas observações a capacidade da criança de se concentrar e de planejar.
4ª Etapa – Avaliação: Esta avaliação ocorre em outros ambientes além dos
muros da escola. Como a exemplo em casa de parentes ou vizinhos, brincando
na rua etc.
5ª Etapa – Análise: A quinta e última etapa consiste na avaliação de todas as
demais etapas para o fechamento de um diagnóstico correto.
Após toda esta explanação sobre diagnóstico fica o questionamento.
Quais seriam os aspectos a serem observados nestas cinco etapas?
Não citaremos todos os aspectos por motivos de não alongarmos em demasia
o presente subitem. Porém, alguns fatores principais serão comentados.
Dentre eles Silva (2009) elenca como principais sintomas característicos
da hiperatividade física e mental:
17
Tem dificuldade de permanecer sentado por muito tempo. Durante
uma palestra ou sessão de cinema, costuma se mexer o tempo todo
na tentativa de permanecer no lugar.
Está sempre mexendo com os pés ou com as mãos. São indivíduos
que tem os pés nervosos, girando sua cadeira de trabalho ou que
estão sempre com as mãos ocupadas.
Apresentam constante sensação de inquietação ou ansiedade. Um
TDAH sempre tem a sensação de que há sempre algo a fazer ou a
pensar, de que alguma coisa está faltando. (SILVA, 2009, p. 29-30)
Já alguns sintomas característicos da impulsividade são:
Baixa tolerância à frustração. Quando quer algo não consegue
esperar se lança impulsivamente numa tarefa, mas como tudo na vida
requer tempo, tende a se frustrar ou desanimar.
Costuma responder a alguém antes que este complete a pergunta.
Não consegue conter o impulso de responder ao primeiro estímulo
criado no inicio da pergunta.
Impaciência marcante no ato de esperar ou aguardar por algo. Filas,
telefonemas, atendimentos em lojas ou restaurantes podem ser uma
tortura. (SILVA, 2009, p 30-31)
Estes são apenas alguns exemplos do que as observações para a
conclusão do diagnóstico verifica.
Com a análise do diagnóstico verificamos que os indivíduos com esta
predominância de TDAH, acabam sofrendo mais na vida escolar e na vida
social também, pois por não conseguirem conter seus impulsos acabam
recebendo mais broncas e até castigos físicos.
Assim no futuro todo adulto com TDAH poderá vim a sofrer de
problemas de auto estima. Entretanto, se bem canalizado este excesso de
impulsividade desenvolve uma energia criadora que auxilia no processo de
ensino aprendizagem.
Pois, o individuo com TDAH “é dotado de um alto nível de energia e
entusiasmo. Sua ligeira desorganização não é o suficiente para atrapalhar o
andamento de seus projetos” (SILVA,2009, p.38)
18
Desta forma, pensadores como Joffe (2005), Silva (2009) e Goldestein e
Goldestein (1996) enfatizam o potencial cognitivo do portador de TDAH,
inclusive dos que tem diagnosticado o subtipo predominantemente hiperativo.
Recaímos no papel da instituição de ensino como um todo a função de
canalizar a energia impulsiva, para os vieses da aprendizagem. Pois, o
potencial criador do TDAH surpreenderá o educador e suas famílias.
1.3.3 Subtipo do tipo misto
Para alguns estudiosos no assunto o subtipo misto também é
denominado combinado. Pois, este subtipo mistura um pouco dos sintomas dos
demais subtipos. Como este subtipo é um misto dos outros dois não cabe nos
estendermos em demasia.
Porém, gostaríamos de utilizar a fala de Silva que enfatiza o misto de
emoções em que está imerso o individuo com TDAH.“Passam a maior parte
do tempo buscando por emoções, aventura, projetos, amores tudo para viver
mais intensamente.” (2009, p. 26)
Entretanto, nem tudo na vida é aventura, diversão ou prazer, por isto
eles experimentam a frustração e em virtude de sua característica de
ampliarem a resposta emocional a experimentam consequentemente de forma
mais intensa.
E, é justamente nessa tempestade de emoções e sensações que
podemos trabalhar. Devemos tentar auxiliá-los a controlar suas frustrações,
para não caírem em depressões ou em crises de baixa autoestima. Superar é
necessário e vencer é possível. Todo TDAH bem trabalhado vence as
rotulações que lhes são impostas desde a sua tenra idade.
19
1.4 O transtorno do Déficit de atenção na fase escolar
Discorrer sobre o TDAH em fase escolar não é tarefa das mais difíceis.
São alunos que tem a dificuldade de atenção, concentração, permanecer no
lugar. Em respeitar ordens, ou seja, a sua vez de falar ou em filas.
Caso o aluno/paciente seja do subtipo hiperativo-impulsivo, o
problema pode agravar-se, pois além da desatenção, a incapacidade
de manter quieta em sua cadeira o impedirá não só de aprender
como também de conquistar e manter amizades. (SILVA, 2009, p.71)
Além de todos os aspectos já mencionados nos demais itens
percebemos a dificuldade de manter relacionamentos sócio-afetivos. Então
dentro desse aspecto cadê a pais e professores terem a sensibilidade
necessária para lidar com a referida questão.
E, o ponto fundamental para desenvolver esta sensibilidade é o
conhecimento da patologia e os seus principais aspectos para poder ter o
feedback durante os momentos de impulsividade e desatenção de alunos e
filhos e o conhecimento do assunto. Quando mais se sabe sobre o TDAH mais
se pode auxiliar o individuo que tem esta condição.
Desta forma é necessário perceber que por vezes o aluno não faz a
atividade, em virtude de suas inabilidade em permanecer sentado. Portanto,
elencar um castigo ou punição não surtirá efeito. Pois, o individuo necessita
desenvolver mecanismos ou estruturas psicológicas para concentrar e terminar
suas tarefas.
A punição e o castigo só auxiliara a desenvolver uma das características
do TDAH adulto que é a tendência a baixa autoestima e depressão.
O que se pode fazer para auxiliar o aluno com TDAH é o incentivo
positivo. Como demonstra Silva (2009) a ordem positiva, pode instruí-los de
forma a não acuá-los com medo. Pois, a ordem positiva serena e não
ameaçadora atinge mais o lado afetivo emocional do TDAH do que gritos e
castigos.
20
Logo, todo carinho, respeito, paciência são fundamentais na hora do
fazer pedagógico com os alunos com transtorno do déficit de atenção e
hiperatividade.
1.5 O transtorno do déficit de atenção na fase adulta
Descrever o individuo com TDAH na fase adulta infelizmente ainda é
comum. Afinal, por falta de diagnóstico e tratamento desde a fase da infância
muitos indivíduos desenvolvem-se sem saberem ser portadores de tal
condição.
Desta forma verificamos
adultos descritos como impacientes, perdem o emprego
frequentemente, dirigem muito rapidamente, são procrastinadores e
não conseguem lidar com os limites de tempo para terminarem um
trabalho na data.(JOFFE, 2005. P.14)
E por vezes apresentam alguma outra condição psiquiátrica e/ou
dependência de drogas ou álcool. Este assunto será abordado mais a frente.
Vale ressaltar que apesar de todas essas características no adulto os
sintomas de hiperatividade diminuem consideravelmente, o que continua o
acompanhando sempre por toda a vida são as características da desatenção.
Então uma boa sugestão para o TDAH adulto é a construção de uma
rotina diária. Onde este vá ticando cada item já realizado para que este consiga
cumprir todas as suas atividades cotidianas.
21
1.5.1 Doenças conjuntas/ Condição psiquiátrica
Como nos exemplifica Joffe “pesquisas mostram que adultos com TDAH
correm mais risco de vida, porque não tomam conta de sua saúde e, quando
não tratados, usam mais drogas e agem de forma mais arriscada” (2005, p. 59)
Pensando na reflexão de Joffe verificamos a necessidade de um
tratamento mais efetivo. Seja este medicamentoso ou terapêutico. Porque
algumas doenças de fundo emocional, podem se atrelar ao TDAH. Como ao
exemplo ansiedade, depressão, síndrome do pânico, fobias, abuso de álcool ou
drogas.
Pois, os sintomas do TDAH: desatenção, hiperatividade e impulsividade
são uma crescente que ampliam as emoções e a forma de se sentir. O que faz
com que tais doenças se acentuem de forma drástica no indivíduo.
Como observamos comas explanações acerca da qualidade de vidado
portador de TDAH, não é muito difícil correlacionar a baixa autoestima e a falta
e preocupação com a própria saúde com situações de depressão.
Afinal por terem um baixo conceito deles próprios e das suas próprias
potencialidades acabam se desmotivando e entregando-se a instantes de
melancolia e assim acabam desenvolvendo em conjunto com o TDAH a
depressão e outras doenças psicossomáticas.
E, é “bastante provável que as duas condições coexistam em quem seja
biologicamente vulnerável. E assim os sintomas de uma acabam por agravar
os da outra e vice-versa” (SILVA, 2009, p.164)
Desta forma temos casos de pessoas com TDAH que agem
impulsivamente ariscando não só seus empregos, seus relacionamentos
pessoais acabam arriscando inclusive suas vidas.
22
1.5.2 Dependência química
Iniciaremos o presente subtrópico com a fala de Joffe “um adulto com
TDAH deve tratar este transtorno da mesma maneira que trataria um diabetes:
com um tratamento contínuo e bem manejado” (2005, p. 65)
Enfatizamos a importância do tratamento, pois além dos níveis de baixa
autoestima, depressão, impaciência e baixa tolerância a frustrações que eles
apresentam o tornam vulneráveis .
É, muito difícil conseguir dizer não as drogas e a dependência química
quando se tem dificuldades em controlar seus impulsos e histórico de baixa
autoestima.
E, em virtude deste fato que acreditamos que o tratamento e a terapia
são relevantes para que estas pessoas possam aprender a lidar com suas
frustrações, anseios e medos de maneira mais correta. E assim conseguirem
resistir às tentações do vício.
Outro fator importante mencionado por Silva é
Não é suficiente tratar a dependência e não tratar o TDAH e vice-
versa. Ambos precisam ser diagnosticados e tratados para que o
individuo tenha uma chance de dar continuidade a sua recuperação.
(2009, p. 183)
Demonstrando-nos, sempre que é o trabalho em conjunto que auxilia na
modificação de comportamentos e características negativas relacionadas a
patologia, transformando a vida pessoal e social dos indivíduos.
23
Capítulo II - O que é Interdisciplinaridade1
A EA traz uma perspectiva de que somo híbridos de natureza e cultura, portanto, há a valorização de todos os conhecimentos, sejam estes populares ou científicos, promovendo a (des)hierarquização dos saberes. (CÁSSIA, 2011.p.10)
(Des)hierarquização dos saberes ponto chave para pensar a mudança
do pensamento que está em voga. Fato compreensível quando se pensa não
só a questão salarial que certas carreiras profissionais tem sobre outras; mas
também a importância dada dentro da instituição escola a certas disciplinas
sobre outras. Situação complicada, pois,
[...] os conteúdos, tomados isoladamente pelas disciplinas na escola, estão permanentemente relacionados na vida, como fios de um só tecido.” Ao puxar apenas, um fio, tratando-o como fato único e isolado, cada área especializada do conhecimento não apenas perde a dimensão do conjunto, mas pode também criar condições para uma leitura reducionista da realidade. (RODRIGUES, 2008, p.47)
Pensar sobre o como a educação fez com que conteúdos relacionados,
fossem ensinados como compartimentos insulados em seus saberes não é a
pretensão deste trabalho monográfico. Porém, é fundamental discorrer sobre a
estrutura curricular que muitas vezes apresenta-se de forma inflexível
propiciando que mais e mais vezes a educação ocorra de forma mecaniza e
fragmentada. Muito já fora debatido por diversos pesquisadores e teóricos tais
como Piaget, Vygostsky, Wallon, Paulo Freire dentre milhares outros
especializados na área do currículo; demonstrando que “a não
compartimentalização, quer do conhecimento, quer da aprendizagem,
sugerindo a necessidade da superação de uma metodologia e de uma
1 Segundo Santomé (1998), a interdisciplinaridade é um objetivo numa completamente alcançado e por isso deve ser permanentemente buscado. Para o autor, a interdisciplinaridade não é apenas uma proposta teórica, mas, sobretudo uma prática. Sua construção é realizada na prática; na medida que são feitas experiências reais de trabalho em equipe, exercitam-se suas possibilidades, seus problemas e suas limitações. (SANTOMÉ,1998, p.66)
24
classificação positivista de ciência, ainda tem muito uso.” (RODRIGUES, 2008,
p.47-48)
Então, cada vez mais há necessidade de romper com o pensamento
cristalizado, e fazer o novo. Pois, a proposta interdisciplinar pelo menos
atualmente apresenta-se como a única capaz de devolver a unicidade dos
saberes científicos que foram fragmentados. Já que,
A superação da perspectiva positivista, na educação, vem no sentido de construir uma ação pedagógica calçada na interação dialógica, capaz de estimular o desenvolvimento crítico do pensamento, fazendo do ensino, uma atividade voltada para a compreensão e não para a repetição e o adestramento. Esse desafio requer a visão que de o objeto percebido por problemas interligados, o que sugere o desafio de realizar uma abordagem interdisciplinar. (RODRIGUES, 2008, p.50-51)
Portanto, pensando nesta abordagem interdisciplinar verifica-se a
necessidade de elementos agregadores, capazes de reunirem em torno de si
questões pertinentes a múltiplas áreas do saber.
Entretanto, ao se apresentar como uma das formas de mudança social
vai precisar possuir um Projeto-Político – Pedagógico (PPP) capaz de lhe
proporcionar suporte para as atividades emancipatórias. Pois, como nos expõe
Mezáros (2006) A educação tem duas funções principais numa sociedade
capitalista “1ª a produção de qualificações necessárias ao funcionamento da
economia, e 2ª a formação de quadros e elaboração de métodos para o
controle político.” (p.275 aput VASCONCELLOS, 2008, p.36)
E, é justamente este controle político que a educação aliada a formação
cidadão pode transformar para algo menos nocivo. Pois, temos
a educação como processo inerente à vida dos seres humanos, intrínseco à condição de espécie, uma vez que a reprodução dos seus integrantes não envolve apenas memória genética, mas, com igual intensidade, pressupõe uma memória cultural, em decorrência do que cada novo membro do grupo precisa recuperá-la inserindo-se no fluxo de sua cultura. (SEVERINO, 2006 p.289 aput VASCONCELLOS, 2008, p. 98)
25
Portanto, insere-se no fluxo da sua cultura é base da questão
interdisciplinar, pois somente quando diversos conteúdos fazem sentido na vida
do educando (cidadão) é que a educação em sentido amplo ocorre. Como se
observa na exposição de Rodrigues (2006)
a interdisciplinaridade tem sido hoje revista enquanto corrente mais crítica como construção social, uma vez que não se trata, puramente de fazer um movimento das partes em direção ao todo. O que se quer é realizar um estudo conjunto em que o conhecimento nasça integradamente e não seja apenas justaposto mecanicamente depois de gerado fragmentariamente. (p.55)
Desta forma, verifica-se que o projeto pedagógico da escola é
fundamental para mediar está prática interdisciplinar que deseja ser
emancipatória para todos os envolvidos no processo.
O que se deseja com está prática interdisciplinar e cidadão levar em
conta as necessidades sociais.
Portanto, é necessário uma mudança que exige atores sociais,
organizações ecológicas, partidos políticos e não apenas indivíduos de boa
vontade.
2.1– Outros Conceitos Pedagógicos
Em virtude dos novos pensamentos e teorias pedagógicas, surgiram
novas vertentes de pensamento como a pedagogia do aprender a aprender.
Que será abordada neste capitulo. E também ganhou bastante enfoque a
questão da educação democrática, para o desenvolvimento do sujeito social e
histórico, autônomo e crítico. Logo abordaremos alguns destes aspectos no
presente capítulo para podermos realizar uma análise contextualizada e sólida
no capítulo subsequente a este.
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2.1.2 – Pedagogia do aprender a aprender
Com a virada do século começou a urgir uma nova tendência
pedagógica denominada Pedagogia do aprender a aprender e gostaríamos de
discorrer um pouco sobre como esta nova forma de se fazer educação
modificou a perspectiva da educação democrática, uma vez que concluímos:
que a educação para a democracia ou educação democrática, precisa ser
ensinada, ser aprendida, para ser colocada em prática. Assim
segundo o posicionamento valorativo contido no lema aprender a aprender pode ser formulado: é mais importante o aluno desenvolver um método de aquisição, elaboração, descoberta, construção de conhecimentos, do que este aluno aprender os conhecimentos que foram descobertos e elaborados por outras pessoas. (DUARTE, 2001, p.2)
Logo, ensinar, hoje, deveria consistir em conceber, encaixar e regular
situações de ensino - aprendizagem seguindo os princípios pedagógicos e
construtivistas.
Então propor situações problemas para serem colocadas em debate,
confrontadas com a comunidade escolar, e propiciar experiências que auxiliam
o aprendizado. Ou encaixar situações problemas, expressa uma visão política
e encaminha uma forma de gestão democrática e participativa, sendo, sua
versão final, resultante do embate das forças políticas que participam deste
processo.
E, é o processo, os mecanismos de participação, que devem ser
ensinados trata-se de preparar os cidadãos formando as competências
necessárias para a participação, para a democracia.
Assim teríamos a educação democrática baseada na
perspectiva da educação que se constrói coletivamente, através da participação, a cidadania da escola de seus integrantes e de todos que nela de alguma forma participam, possibilitando este aprendizado, o desenvolvimento de uma consciência de participação mais ampla no mundo. (FERREIRA, 2001, p. 307-308)
27
Desta forma compreendendo o que está em voga na Pedagogia do
aprender a aprender, poderemos ensinar os discentes a prática democrática,
concebendo com isto o projeto de educação democrática.
2.2.2 – Concepção de Educação Democrática
Pensar em educação democrática é pensar no próprio conceito de
democracia, uma vez que, “na escola, de qualquer nível de ensino, a
democracia também se caracteriza por esse conjunto de regras que deixa claro
quem decide e como se decide.” (BOBBIO,2009, p.1) E, é importante deixar
claro exatamente o como se decide. Porque o quem decide, está
intrinsecamente relacionado ao como. Pois, quem decide, pode optar por uma
decisão coletiva, que refletirá no modelo de educação democrática.Uma vez
que, “no que diz respeito aos sujeitos chamados a tomar (ou colaborar para a
tomada de) decisões coletivas, um regime democrático caracteriza-se por
atribuir este poder.” (BOBBIO, 2009, p.1) Logo, quando a reflexão sobre o
como se decide se sobressai ao quem decide, estamos imbuídos de uma
mentalidade de gestão democrática2 que assim auxilia ao desenvolvimento de
uma educação democrática. Logo, temos o que Bobbio nos afirmou3
“Cidadania ativa, direitos do cidadão com isso, a educação para a democracia
surgiria no próprio exercício da prática democrática.” (2009, p.4) “Portanto, é
fundamental não perder de vista que o processo educativo é mediado pelo
contexto sociocultural.” (DOURADO, 1998, p. 922)
E o contexto sociocultural é relevante para se pensar uma mudança de
perspectiva, pois quando se pensa uma educação para as classes menos
favorecidas, deveremos pensar na forma de conscientização que deve se
passar haja visto que a “desigualdade social está na origem da divisão da
2 Gestão democrática : Processo de aprendizado e de luta, política que não se circunscreve aos limites da prática educativa mas vislumbra, nas especificidades desta prática social e da sua relativa autonomia, possibilidades de criação de canais de efetiva participação e de aprendizagem do jogo democrático, consequentemente, do repensar das estruturas de poder autoritário que permeiam as relações sociais e, no seio dessas, as práticas educativas (DOURADO, p. 79 ano 1998) 3 Na entrevista intitulada de - É possível uma gestão democrática de escola [Activae civitatis] –
28
sociedade entre os que ordenam e os que, por várias condições que
determinam suas vidas.” (SCHLESENER, 2007, p. 1) Assim, devemos ter uma
metodologia de conscientização do povo, para expressar a estes cidadãos,
para se conscientizarem, e mudarem a sua forma de ver a política e as suas
manifestações, para que possam participar/deliberar e assim de fato efetivar
uma educação democrática. Porque “educar é formar para a vida em
sociedade.” (SCHLESENER, 2007, p.1) é um projeto de transformação a médio
e longo prazo. Pois, “a educação no Brasil tem presente o desafio de formar
para a liberdade, desenvolvendo a consciência crítica no âmbito de sua
responsabilidade, que é de formar novas gerações.” (SCHLESENER, 2007,
p.1)
Logo, a gestão democrática é incentivar a democracia como concebida
por Coutinho “como construção coletiva do espaço público, como a plena
participação consciente de todos na gestão e no controle da esfera política”
(2005, p. 2)”,e desenvolver um projeto educativo que prepara o corpo discente
para a educação democrática.
Assim, democratizar a escola é sistematizar as metodologias e os
projetos que incentivam o corpo discente a participar, a educar-se criticamente,
uma vez que “sistematizar pressupõe a consciência refletida, é um ato
intencional.” (SAVIANI, 2000, p.70). Assim, quando a comunidade escolar
reflete sobre um ato, um projeto, vai tornando aquele elemento cada vez mais
dentro do seu modo de agir. Então, vai se tornando cada vez mais autônomo
frente ao processo educativo. Pois, “verifica-se que a educação, enquanto
fenômeno, se apresenta como uma comunicação entre pessoas livres e graus
diferentes de maturação humana, numa situação histórica determinada, e o
sentido dessa comunicação, a sua finalidade é o próprio homem, quer dizer, a
sua promoção.” (SAVIANI, p. 83, 2000) Seu desenvolvimento, sua capacidade
de por em prática o que aprendeu, é o principal objetivo da educação
democrática; e a participação; é a promoção do homem, torná-lo autônomo e
reflexivo.
29
Logo, educação democrática é concebida na perspectiva da
participação, pois, só quem participa dos processos de decisões é capaz de
praticar a democracia.
2.2- A interdisciplinaridade e a formação da cidadania do aluno com Déficit de atenção e hiperatividade
Ao refletirmos sobre o exposto por Bobbio sobre “o quem decide e como se
decide” (2009, p.1) devemos pensar no indivíduo portador de TDAH, pois este
também é um individuo imerso no contexto político social e portanto, deve estar
imerso neste ambiente também.
Para tanto, temos um caminho um tanto mais longo e árduo. Haja visto,
suas características de desatenção e predominância a somente ter sua
capacidade de hiperfoco em assuntos que lhes sejam agradáveis.
Então é papel da instituição de ensino preparar o indivíduo com TDAH
através do viés da interdisciplinaridade e das pedagogias do aprender a
aprender.
Pois, que elas deixam mais livre ao discente o que aprender e como, e em
qual momento. Deixando livre o espírito aventureiro do indivíduo portador de
TDAH. Este acabam a nosso ver estimulando sua curiosidade e
consequentemente seu aspecto cognitivo.
Logo, quando desenvolve-se cognitivamente e vivenciam uma experiência
democrática. Acabam tendo mais motivação para ampliarem sua experiência
de escola democrática, para uma sociedade democrática.
Portanto se desenvolveram em conjunto nos aspectos: cognitivo e político
social. Pois o processo educativo é sempre guiado pelo contexto sociocultural.
Que afinal é a função da educação como um todo. Desenvolver um
educando em sentindo pleno, nos aspectos sociais e cognitivos, pronto para
enfrentar as demandas oriundas no mundo contemporâneo.
30
Capítulo III - A interdisciplinaridade auxiliando a aprendizagem do aluno
com Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
Muito fora dito sobre o que é a interdisciplinaridade, as pedagogias do
aprender a aprender e sobre a educação democrática.
Para se ter um embasamento teórico para podermos realizar uma
análise sobre como estes elementos pedagógicos influenciam na rotina de
aprendizagem de alunos com TDAH.
Desta forma abordaremos questões pontuais como: problemas de
memória, problemas de aprendizagem, inteligência, problemas cognitivos
específicos e alguns outros problemas médicos.
E como as novas tendências pedagógicas são uma luz frente ao
processo educativo do aluno com TDAH, com alguns dos problemas elencados
acima.
3.1 – Na fase inicial de adaptação ao ambiente escolar
Na fase escolar, a criança hiperativa começa a se aventurar no mundo é
já não tem a família para agir como um amortecedor de seus comportamentos.
E neste momento que os primeiros sinais que acontecem, pois antes
suas características TDAH eram toleradas pela família e por vezes eram vistas
até como engraçadas.
Mais no ambiente escolar a criança necessita começar a se adaptar a
regras de convivência social, respeito ao próximo. Entender que não é o único,
e, portanto suas necessidades não serão satisfeitas de imediato. Ai começam
suas primeiras frustrações e tristezas, haja visto as características principais de
sua tríade de sintomas.
Rapidamente seu comportamento ocupa uma
porcentagem desproporcionalmente grande do tempo
do professor. Infelizmente está atenção por parte do
professor é frequentemente negativa e dirigida a
31
criança por não estar fazendo o que se espera
dela”.(GOLDSTEIN e GOLDSTEIN, 1996 p. 106)
E quando acabam chamando uma atenção negativa para si mesma.
Iniciam um processo doloroso. Pois, acabam perdendo a alto estima, devido a
diversos castigos recebidos. Seja primeiramente dos professores e
posteriormente dos pais que esperam um desempenho que por vezes não é
visto.
Digo por vezes, pois como já dito anteriormente o aspecto cognitivo não
é alterado. Eles podem exercitar suas tarefas e atividades com brilhantismo
como nos demonstra Goldestein
As maiores aptidões intelectuais da criança permitem que ele
compense suas incapacidade de continuar numa mesma
tarefa. Ela pode não se dedicar durante muito tempo, mais o
tempo gasto nas tarefas por vezes resulta num trabalho
completo e frequentemente correto. Pois pode parecer que
está criança não presta atenção, mais quando solicitada
geralmente sabe a resposta certa. (1996,p. 106-107)
Então para vencer a impulsividade e a desatenção dessas crianças e
estas conseguirem desenvolver-se como Goldstein e Goldstein nos
exemplificam acima. Silva (2009) elencou vinte procedimentos que o professor
pode utilizar em sala de aula para auxiliar seu aluno com TDAH. Exporemos
apenas dois deles aqui por considerarmos os mais eficazes para mudar hábitos
e comportamentos do aluno com TDAH.
Aqui também vale aquela clássica regrinha da pedagogia
sempre elogiar o aluno quando ele conseguir se comportar bem
ou realizar uma tarefa difícil. É melhor do que puni-lo seguidas
vezes sempre que ele sair dos trilhos.
Pense na possibilidade de a criança sair por alguns instantes
de sala. Isso diminui a sua inquietação e dispersão. E melhor
perder alguns ‘pedaços’ da aula do que ela por interira.(SILVA,
2009, p.82)
32
Aqui cabe demonstrar a questão da sensibilização di docente frente ao
problema do outro. Porém, para que isto ocorra é necessário conhecimento
sobre o problema. Porque, isto auxilia até na terapia comportamental, pois está
tenta mudar comportamentos. Então aqui temos a educação e a saúde unindo
forças em prol da educação efetiva.
3.2 Mudanças comportamentais no período da adolescência
Muito mais que a média, crianças com
TDAH principalmente as mais
hiperativas expressam seu sofrimento e
sentimentos de rejeição, ora dizendo
que irão fugir de casa, ora que são
‘infelizes’ e querem se matar.
(SILVA,2009,p. 68).
Iniciaremos este trópico com está epigrafe, pois a adolescência já é
uma fase complicada, pois é um período de muitas descobertas e maturações
físicas e/ou psicológicas. Para que isto possa ser melhor explicado
recorremos a Goldstein e Goldstein na fase escolar nos últimos anos do
ensino fundamental “o adolescente hiperativo mais inteligente não consegue
acompanhar conscientemente o crescimento das exigências e
responsabilidades” que lhe são impostas (GOLDSTEIN e GOLDSTEIN, 1996, p
109) Sejam estas educacionais ou de cunho pessoal.
Muitos pensamentos atordoam sua mente já conturbada. Estes por sua
vez, relacionam-se mais ao campo psicossocial e afetivo. Questões de
aceitação ao grupo social ou não, namoros. Conseguirei dar conta de toda
essa rotina de estudo que ampliou-se.
E, é justamente neste momento da adolescência que se reconhece que
os adolescentes hiperativos inteligentes estão vivenciando este padrão de
dificuldades de comportamento o que interfere em seu desempenho escolar.
33
Refletindo sobre o exposto por Goldstein e Goldstein se os alunos com
TDAH que são inteligentes já sofrem com a queda de seu rendimento escolar.
Como ficará aquele aluno TDAH do subtipo predominantemente desatento.
Que se perdia com facilidade e tinha dificuldade de concentração?
Este possivelmente irá aumentar as estatísticas de evasão escolar. Pois,
por não se achar pertencente aquele lugar acaba desistindo e indo procurar
seu caminho em outros locais.
E por vezes acabam reforçando o exposto por Joffe “acabam tendendo a
delinquência” (2005, p16)
Outras vezes iniciam no mercado de trabalho com baixa qualificação e
portanto, acabam em empregos com baixa remuneração.
Por isto, em virtude das consequências que podem serem drásticas e
fundamental realizar o tratamento especifico, para que assim os nossos
adolescentes com TDAH não rumem para a delinquência, ou se contentem
com pouco para suas vidas profissionais e pessoais. Quando podem conquistar
muito mais com o esforço, dedicação e autocontrole.
3.3 – Aprendizagem significativa do aluno com TDAH perpassa pela interdisciplinaridade
Discutir sobre a interdisciplinaridade é não falar nos parâmetros
curriculares nacionais seria um conta senso, haja visto que estes servem de
elemento norteador para a prática interdisciplinar.
Quando nos elencam uma sério de itens como temas transversais.
Sendo alguns deles: ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual e
pluralidade cultural.
Pois, segundo os próprios parâmetros curriculares nacionais a
interdisciplinaridade se
fundamenta na crítica de uma concepção de
conhecimento que toma a realidade como um conjunto
de dados estáveis, sujeito ao ato de conhecer isento e
distanciado. Aponta a complexidade do real e a
34
necessidade de se considera a teia de relações entre
os seus diferentes e contraditórios aspectos. (1996, p.
37)
Justo neste prisma do diferente do contraditório entra a questão do
respeito e acolhida ao que tem um tempo particular de aprendizado. Seja, um
pensamento/aprendizagem mais lenta (predominantemente desatento), ou
mais acelerado/impulsivo (predominantemente hiperativo).
Aqui destacaremos alguns aspectos que atrapalham o desenvolvimento
cognitivo do portador de TDAH.
• Problemas de memória – Por “não processarem tantas informações”
(GOLDSTEIN e GOLDSTEIN, 1996, p 158) as crianças com TDAH
terão mais dificuldades em reter, decorar e recuperar as informações de
que as outras de mesma idade.
• Problemas de aprendizagem - A maioria das crianças com TDAH não
apresentam problemas de aprendizagem efetivos. O que apresentam e
a dificuldade em focar a atenção. Quando conseguem aprender sem
empecilhos e por vezes aprendem até mais fácil. Porém, “é importante
reconhecer, contudo, que aproximadamente 10% a 30 % das crianças
hiperativas também expressam a dificuldade de aprendizagem.”
(GOLDSTEIN e GOLDSTEIN,1996 , p 159)
• Inteligência e outros problemas emocionais ou cognitivos específicos – A
inteligência é preservada no individuo que possui apenas o TDAH.
Entretanto, quando o TDAH associa-se a alguma outra síndrome pode
sim haver a perda da inteligência. A estas síndromes associamos o
deficiente mental brando ou severo, o Down entre outras.
• Nos outros problemas emocionais ou cognitivos, destacamos que algum
trauma ou perda familiar pode desenvolver instantes de instabilidades
atentiva maiores. Quadros como depressão ou abuso de alguma droga
ilícita podem trazer comprometimentos a aprendizagem.
35
Abordaremos todos estes aspectos em virtude do trabalho
interdisciplinar. Pois, além da tríade dos sintomas, o portador de TDAH,
como todos os demais alunos podem estar a mercê de acontecimentos
pessoal ou biológicos que dificultem a aprendizagem efetiva.
Assim na abordagem interdisciplinar, pautada na contextualização dos
conteúdos. Verificamos uma maior aquisição do conteúdo ministrado.
Inclusive para aqueles que apresentam dificuldade de memorização.
Porque, são priorizados temas e informações sobre os conteúdos que os
expliquem ou façam o aluno aprender.
E não mais datas e informações sem sentido. Aprende-se o todo de
cada assunto sem fragmentação por disciplinas. Logo, a apreensão
cognitiva é mais objetiva é efetiva. Não só para o aluno TDAH. Mais para
todos.
Pois, trabalhando o conjunto, o todo não mais as partes perdidas ou
desconexas que não fazem mais sentido. Por que
na prática pedagógica interdisciplinar alimenta-se
mutuamente, pois o tratamento das questões trazidas
pelos temas transversais expõe as inter-relações, entre
os objetos de conhecimento.” (SILVA, 2009, p.31)
E, desta forma que acreditamos que se deve basear o trabalho
pedagógico do aluno com TDAH. Seja na fase inicial da escola ou já no fim do
ensino fundamental e médio.
E necessário instigá-lo a conhecer as várias vertentes dos conteúdos
curriculares através de eixos transversais norteadores de forma interdisciplinar.
Em projetos, sempre contextualizados.
36
CONCLUSÃO
Ao realizar uma síntese final sobre a temática verificamos que motivar o
aluno a realizar suas atividades e de fundamental importância. Pois, não é
porque ele tem TDAH que ele não será capaz de desenvolver-se.
Este por sua vez, às vezes desenvolve-se bem mais que outros
estudantes que não possuem esta síndrome.
Basta estarem engajados em um ambiente escolar repleto de elementos
atrativos, que lhes de sentido ao que se está aprendendo. Portanto, é
fundamental utilizarmos pedagogias mais contextualizadas para atingirmos
nossos alunos.
Desta forma, trabalhar a interdisciplinaridade em conjunto com as
pedagogias do aprender a aprender, aprender a ser, aprender a conhecer e
aprender a viver. São fundamentais para tornar prazeroso o processo de
ensino aprendizagem. Pois, quando o aluno com TDAH não acha a atividade
mais monótona ou uma obrigação. As realizam com prazer.
Aliado a está motivação e as demais tendências pedagógicas abordadas
temos que ter atrelado a esta questão uma escola democrática que auxilie o
aluno a desenvolver- se em conjunto no aspecto cognitivo e político-social.
Esta é a escola/ educação tão sonhada para o individuo portador de
THAD, pois propicia uma formação completa e irrestrita do sujeito em todos os
aspectos necessários da formação humana.
37
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