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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
DOUGLAS PROENCIO
FLUXO DE CAIXA PARA O RESTAURANTE E PIZZARIA LA NONNA LTDA ME.
Biguaçu
2010
2
DOUGLAS PROENCIO
FLUXO DE CAIXA PARA O RESTAURANTE E PIZZARIA LA NONNA LTDA ME.
Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado aocurso de Administração do Centro de Educação daUNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção doTítulo de Bacharel em Administração.
Professora Orientadora: M.Sc. Cláudia CatarinaPereira
Biguaçu
2010
3
DOUGLAS PROENCIO
FLUXO DE CAIXA PARA O RESTAURANTE E PIZZARIA LA NONNA LTDA ME.
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtençãodo título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, daUniversidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.
Área de Concentração:
Biguaçu, 24 de maio de 2010.
Prof. M.Sc. ...............................................Cláudia Catarina Pereira
UNIVALI – CE de BiguaçuOrientadora
Prof. M.Sc. ...............................................Maria Albertina Schmitz Bonin
UNIVALI – CE de Biguaçu
Prof. M.Sc. ...............................................Crisanto Soares Ribeiro
UNIVALI – CE de Biguaçu
4
Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio à
minha esposa e minha família, que sempre me
apoiaram e que de certa forma se sacrificaram para
proporcionar mais esta vitória em minha vida.
5
AGRADECIMENTOS
À Deus primeiramente, o autor da minha vida que desde ontem, hoje e
amanhã sempre estará comigo.
Agradeço aos meus maravilhosos pais, que me apoiaram, que sempre
incentivaram ao longo desta caminhada, para o cumprimento de mais um objetivo
pessoal.
Minha eterna gratidão, a minha linda e maravilhosa esposa, que de maneira
igual me apoiou, incentivou e dedicou sua paciência na conclusão desta conquista.
Agradeço a minha orientadora e professora Cláudia Catarina Pereira, sem o
qual este relatório não estaria concluído.
6
Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, àsombra do Onipotente descansará. Direi do Senhor:Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza,e nEle confiarei. Porque tu, ó Senhor, és o meurefúgio, o Altíssimo é a tua habitação.
Salmos 91: 1-3, 9.
7
RESUMO
PROENCIO, Douglas. Fluxo de Caixa Para o Restaurante e Pizzaria La NonnaLtda ME. 2010. 61 f. Trabalho de Conclusão de Estágio – Universidade do Vale doItajaí, Biguaçu, 2010.
O presente trabalho tem por objetivo propor um fluxo de caixa para o Restaurante ePizzaria La Nonna, para dar suporte no processo de decisões proporcionando umamelhor visualização dos recursos, para melhor controle financeiro. O procedimentometodológico foi feito através da pesquisa bibliografia, documental e análise dosdados. Foram analisados aspectos fundamentais para a elaboração do modeloproposto, como caracterizar o atual método de controle financeiro, identificar asrotinas financeiras, definir itens importantes para estruturação do fluxo de caixa,estruturar os instrumentos de coleta de dados e levantar os dados mensais. Aestruturação do fluxo de caixa fornece o atual diagnóstico para projetar as atividadesfuturas. Com a elaboração do fluxo de caixa a empresa pode verificar a utilização deuma ferramenta que a auxiliara no planejamento de suas futuras ações. Destaca-seainda a importância da realização deste estudo tanto para a empresa quanto para oacadêmico.
Palavras-Chave: Planejamento; Controle Financeiro; Fluxo de Caixa.
8
ABSTRACT
PROENCIO, Douglas. Fluxo de Caixa Para o Restaurante e Pizzaria La NonnaLtda ME. 2010. 61 f. Trabalho de Conclusão de Estágio – Universidade do Vale doItajaí, Biguaçu, 2010.
The work hás as its main objecive to propose a model of cash flow for the restaurantand, providing a beter view of resouces, for a better financial control. We analyzed thefundamental aspets for the development of the proposed model, and characterize thecurrent method of financial control, setting itens for determining the structure of the ofthe model of cash flows, identify the financial routines, build the instruments for datacolletion andraise the monthly data. The structuring of cash flow provides the currentdiagnosis for designing future activities. The methodological procedure was donethrough the literature search, document and analyze the data. With the developmentof cash flow the company will have a tool that help plan their future actions. It is alsothe importance of this study for both the company and for the academic.
Key Words: Planning, Financial Control, Cash Flow.
9
LISTAS DE TABELAS
Tabela 1 – Modelo de Fluxo de Caixa de Zdanowicz.................................................27
Tabela 2 – Modelo de Fluxo de Caixa de Longo........................................................28
Tabela 3 – Tabela das Alíquotas do Simples Nacional..............................................43
Tabela 4 – Tabela das Alíquotas do ICMS.................................................................43
Tabela 5 – Fluxo de Caixa Projetado.........................................................................50
Tabela 6 – Diferença Orçado X Realizado.................................................................52
10
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1 – Objetivos do Fluxo de Caixa.....................................................................21
Quadro 2 – Fatores que afetam o fluxo de caixa.........................................................25
Figura 1 – Composição dos Ingressos........................................................................34
Figura 2 – Desempenho dos Ingressos Realizados....................................................35
Figura 3 – Composição dos Desembolsos Administrativos........................................36
Figura 4 – Desempenho dos Desembolsos Administrativos.......................................37
Figura 5 – Composição dos Desembolsos com Pessoal............................................38
Figura 6 – Desempenho dos Desembolsos com Pessoal...........................................39
Figura 7 – Composição dos Desembolsos com Fornecedores...................................40
Figura 8 – Desempenho dos Desembolsos com Fornecedores.................................41
Figura 9 – Composição dos Desembolsos Tributários...............................................42
Figura 10 – Desempenho dos Desembolsos Tributários............................................46
Figura 11 – Composição dos Desembolsos Financeiros............................................45
Figura 12 – Desempenho dos Desembolsos Financeiros...........................................46
Figura 13 – Composição dos desembolsos realizados...............................................47
Figura 14 – Desempenho dos desembolsos realizados..............................................48
Figura 15 – Ingressos X Desembolsos........................................................................49
Figura 16 – Ingressos X Desembolsos com Projeção.................................................51
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................13
1.1 OBJETIVOS......................................................................................................14
1.1.1 OBJETIVO GERAL.............................................. ................................ ........14
1.1.2 Objetivos específicos...................................................................................14
1.2 JUSTIFICATIVA.................................................................................................14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................15
2.1 FINANÇAS........................................................................................................15
2.1.1 Administração financeira................ ...........................................................16
2.1.2 Funções do administrador financeiro........................................................17
2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO......................................................................17
2.2.1 Planejamento financeiro a longo prazo.............................. ......................18
2.2.2 Planejamento financeiro a curto prazo............................. ........................19
2.3 FLUXO DE CAIXA.................................................................... .......................20
2.3.1 Objetivos do fluxo de caixa........................................................................20
2.3.2 Elaboração do fluxo de caixa.....................................................................22
2.3.3 Requisitos para implantação do Fluxo de Caixa......................................23
2.3.4 Fatores que afetam o fluxo de caixa..........................................................24
2.3.5 Modelos de fluxo de caixa..........................................................................26
2.4 ANÁLISE HORIZONTAL..................................................................................29
2.5 ANÁLISE VERTICAL........................................................................................30
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO................................................................31
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS...................................................32
4.1 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO.................................................... ................32
4.2 INGRESSOS....................................................................................................33
4.3 DESEMBOLSOS..............................................................................................35
4.3.1 Desembolsos administrativos....................................................................35
4.3.2 Desembolsos com pessoal.........................................................................37
4.3.3 Desembolsos com fornecedores................................................................39
4.3.4 Desembolsos tributários..............................................................................41
12
4.3.5 Desembolsos financeiros.............................................................................44
4.3.6 Composição e desempenho dos desembolsos realizados.......................47
4.4 INGRESSOS E DESEMBOLSOS......................................................................49
4.5 PROJEÇÃO DO FLUXO DE CAIXA...................................................................49
4.6 ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ENTRE O ORÇADO E REALIZADO....................52
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................54
REFERÊNCIAS........................................................................................................56
APÊNDICES.............................................................................................................58
13
1 INTRODUÇÃO
Nos dias atuais, as empresas, para se manterem competitivas, buscam
estratégias para que possam apresentar ao mercado suas vantagens.
Com isso, o fluxo de caixa desempenha um papel importantíssimo dentro da
organização, que determina como a mesma deve agir em relação a metas de
motivação, a avaliações de seus desempenhos, suas decisões de investimento,
orçamento de caixa, entre outros papéis.
O Restaurante e Pizzaria La Nonna.LTDA ME. atua no mercado alimentício há
onze anos, na região de São José-SC. é administrada pelo proprietário e pela sócia-
proprietária.
A empresa possue um controle muito simples, fazendo suas anotações
apenas no papel e caneta, sobre as entradas e saídas diárias, diferente de um fluxo
de caixa, necessitando assim, aperfeiçoar seus controles financeiros através do
estudo realizado.
A proposta do fluxo de caixa irá permitir à empresa uma análise geral de todas
as decisões financeiras com mais entendimento, pois a construção do fluxo de caixa
é justamente para total registro das entradas, saídas, desembolsos.
Assim, nota-se a importância do fluxo de caixa para a organização. Dessa
forma, o presente estudo procura responder a seguinte questão problema: Qual a
estrutura adequada de caixa para a Pizzaria La Nonna LTDA ME?
14
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo geral
Propor ou desenvolver um fluxo de caixa para o Restaurante e Pizzaria La
Nonna.LTDA ME, para dar suporte no processo de decisões, para o período de
janeiro a dezembro de 2009.
1.1.2 Objetivos específicos
• Investigar itens relevantes para a elaboração do fluxo de caixa, entradas
e saídas do Restaurante e Pizzaria La Nonna LTDA ME.;
• Elaborar o de fluxo de caixa para o Restaurante e Pizzaria La Nonna
LTDA ME.;
• Desenvolver a análise horizontal e vertical do fluxo de caixa;
• Elaborar um fluxo de caixa projetado;
• Analisar as variações entre o orçado e o realizado;
1.2 JUSTIFICATIVA
No Brasil, nota-se que o número de empreendedores cresce a cada dia, pois
buscam ter seu próprio negócio, alguns por necessidades, outros por nascerem com
o “dom” de ser empreendedor.
Mas nem todos estão preparados para assumir essa responsabilidade, com
isso, as empresas acabam abrindo falência rapidamente e na maioria das vezes, a
causa disso são problemas financeiros.
A importância do presente estudo está em propor um fluxo de caixa para suprir
as necessidades da organização, para que se conheçam melhor suas receitas, seus
custos, entradas e saídas, visando minimizar seus problemas.
O momento é oportuno, pois o proprietário e a sócia-proprietária visam um
melhoramento em suas receitas, seus custos, buscando um crescimento e a
necessidade de se ter um fluxo de caixa adequado.
15
O estudo é viável, pois o proprietário e a sócia-proprietária sentem a
necessidade de renovação visando um crescimento na organização. O acesso às
informações foi concedido, facilitando o estudo, pelo fato dos proprietários terem o
interesse de implantar o projeto do fluxo de caixa, duração que vai do período de
janeiro a dezembro de 2009.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na fundamentação teórica buscou-se analisar os conceitos de finanças;
administração; financeira; as funções do administrador financeiro; planejamento
financeiro, incluindo a longo e a curto prazo; abordando os conceitos de fluxo de
caixa; objetivos do fluxo de caixa; a elaboração do fluxo de caixa; considerando os
requisitos para implantação do fluxo de caixa; fatores que afetam e os modelos da
análise horizontal e vertical.
2.1 FINANÇAS
Para Gitman (2002, p. 4), “finanças é a arte e a ciência de administrar fundos.
De acordo com o autor o ramo das finanças está envolvido nas transferências de
fundos entre pessoas, empresas e governo. Mais especificamente, maximizar a
riqueza obtendo lucro elevado com o menor risco”.
Groppelli e Nikbakht (2001, p. 3) destacam que finanças são aplicações de
uma série de princípios econômicos e financeiros objetivando a maximização da
riqueza da empresa e do valor de suas ações.
No entanto, Brigham (1999, p. 3) mostra que as principais áreas de finanças
podem ser visualizadas por meio de uma revisão das oportunidades de carreira,
essas revisões resultam em uma divisão da área financeira em duas partes: serviços
financeiros e administração financeira.
Os serviços financeiros, para Groppelli e Nikbakht (2001, p. 4), são áreas de
finanças voltadas à percepção e à prestação de assessoria, tanto quanto a entrega
de produtos financeiros a indivíduos, empresas e governo. A área de administração
financeira será detalhada na próxima seção.
16
2.1.1 Administração Financeira
Os estudos sobre administração financeira estão crescendo a cada dia,
tornando-se uma área muito importante para as empresas.
Para Gitman (2002, p.10), a administração financeira relaciona-se
estreitamente com economia e contabilidade, mas difere bastante dessas áreas; a
maioria das decisões empresariais são medidas em termos financeiros, e o
administrador financeiro desempenha um papel crucial na operação da empresa.
Longenecker, Morre e Petty (1997, p.420) salientam que administrar os
recursos financeiros de uma empresa é uma das mais importantes atividades que o
empresário tem no seu dia-a-dia. O objetivo dessa função é a obtenção de lucro nas
atividades das empresas, pois se isso não ocorrer todas as outras funções estarão
comprometidas.
Para Brigham (1999, p.4), a administração financeira é importante em todos os
tipos de negócios sejam públicos ou privados.
Groppelli e Nikbakht (2001, p. 4) comentam que nos últimos anos, as
mudanças no ambiente econômico elevaram a importância e a complexidade das
responsabilidades do administrador financeiro; essas mudanças criaram
necessidades de administradores capazes de administrar fluxos de caixa apoiados
em diferentes moedas, além de protegê-los dos riscos políticos e cambiais que
naturalmente emergem das transações internacionais.
Em linha distinta, destaca-se que:
A administração financeira tem por finalidade não somente manter aempresa em permanente situação de liquidez, como também propiciarcondições para a obtenção de lucros que compensem os riscos dosinvestimentos e a capacidade empresarial, a fim de evitar prejuízo nocaixa da organização (HOJI, 1999, p.24).
Dessa forma, pode-se inferir que os administradores financeiros são de suma
importância para o crescimento e desenvolvimento de uma organização, uma vez
que as decisões de investimentos, planejamento financeiro, dentre outras atividades,
são de sua responsabilidade.
17
2.1.2 Funções do administrador financeiro
As funções do administrador financeiro são amplas e relacionam-se com
diversas áreas. Veremos um resumo das funções básicas do administrador financeiro
segundo concepção de alguns autores da literatura financeira.
Para Hoji (2000, p. 23), as funções do administrador financeiro se baseiam
em: análise, planejamentos, controle financeiro, tomada de decisões e investimentos
e tomada de decisões de investimentos.
Na mesma concepção, Zdanowicz (2004, p. 29) sustenta que o administrador
financeiro deve manter a empresa em uma permanente situação de liquidez,
maximizar o retorno sobre o capital investido, administrar o capital de giro, avaliar
investimentos feitos sobre itens do ativo permanente, estimar o custo da captação de
recursos de terceiros, analisar as aplicações financeiras melhores para a empresa,
informar as condições atuais e futuras econômico-financeiras da empresa e manter-
se sempre atualizado em relação as linhas de crédito oferecidas e ao mercado.
Sanvicente (1987, p. 17-19) afirma que o administrador financeiro preocupa-se
com a obtenção de recursos financeiros monetários, analisa a eficiência com a qual
os recursos obtidos serão utilizados nos diversos setores da empresa, faz análise de
registro e informações contábeis, realiza uma projeção sobre o movimento de fundos,
aplica os fundos excedentes, fornece à alta administração informações sobre as
perspectivas financeiras futuras da empresa e realiza uma elaboração de planos para
fontes e uso de fundos, a curto e a longo prazo.
Essas são as funções básicas do administrador financeiro. Sabe-se que
existem muitas outras, porém as citadas anteriormente são de extrema importância
para o administrador desenvolver suas funções, seu plano de ação na organização.
2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO
O processo de planejamento começa com projeções das receitas de vendas e
dos custos de produção. Em um término padrão de negócios, o orçamento é um
plano que estabelece os gastos para certa atividade e mostra de onde virão os
recursos (BRIGHAM e WESTON, 2000, p. 344).
18
Frezatti (2000, p.128) mostra que o planejamento financeiro sustenta o
planejamento operacional, tático e estratégico, pois estes são dependentes para dar
andamento a seus processos. Que o planejamento financeiro corresponde ao
processo de elaboração do orçamento onde todas as decisões são traduzidas para a
linguagem monetária, gerando assim demonstrações de fluxo de caixa e balanço
patrimonial.
Figueiredo e Caggiano (1997, p.27) argumentam que o planejamento não é
apenas uma técnica, o planejamento financeiro tem por objetivo manter o plano
integrado para operações consistentes como os objetivos e metas da companhia a
curto e a longo prazo, que devem ser analisados e revisados constantemente.
Contudo, Groppelli e Nikbaht (2001, p.365) defendem e asseguram que
planejamento financeiro é o processo de avaliar a quantia, estimar as necessidades
de financiamento e como os fundos anteriores foram financiados e por quais
propósitos eles foram gastos.
Pode-se entender que através do planejamento financeiro, a administração da
empresa pode identificar se seus padrões de financiamento e os fundos gastos se
estão de acordo com suas metas, tanto em seus prazos como nas quantias de
recursos lhe exigirá técnicas de planejamento.
2.2.1 Planejamento financeiro a longo prazo
O planejamento financeiro a longo prazo procura entender o impacto das
ações projetadas sobre a situação financeira da empresa, indicando se haverá
excesso ou falta de recursos.
Segundo Zdanowicz (2004, p. 128) tem por objetivo demonstrar à
possibilidade de serem geradas as disponibilidades de caixa, ou obtidos os recursos
financeiros necessários à manutenção das atividades planejadas para um dado
período.
Para Sanvicente (1987, p. 208), o planejamento de longo prazo implica em
previsões sobre o comportamento esperado do meio em que a empresa, fixação de
objetivos amplos, a elaboração dos documentos que formalizam o processo de
planejamento.
Gitman (2002, p. 588), assegura que a elaboração dos planos financeiros à
longo prazo são os que ditam os parâmetros gerais refletidos nos planos e
19
orçamentos a curto prazo. Os planos financeiros à longo prazo de maneira geral,
refletem antecipadamente o impacto da implementação de ações planejadas sobre a
situação financeira da empresa.
Hoji (2000, p. 360), define o planejamento de longo prazo como
responsabilidade dos níveis mais altos da administração, que se antecipam os
fatores externos e internos da empresa, isso implica em tomadas de decisões
complexas, pois envolve um grande volume de recursos.
Assim, conclui-se que o planejamento financeiro à longo prazo busca conhecer
antecipadamente o impacto das ações projetadas sobre a situação financeira da
empresa, além de indicar as fontes e aplicações de recursos para concretização das
metas de longo prazo.
2.2.2 Planejamento financeiro a curto prazo
Nesta secção será abordado o planejamento a curto prazo, entendendo seus
indicadores de controle e suas disponibilidades, com objetivo de melhorias nos
processos financeiros da empresa.
Para Gitman (2002, p. 588), planejamento financeiro a curto prazo, são ações
planejadas para um curto período, acompanhadas da previsão de seus reflexos
financeiros.
No entanto, para Ross, Westerfild e Jaffe (1995, p. 534) salientam que o
planejamento financeiro a curto prazo envolve uma análise de decisões que afetam
os ativos e passivos circulantes exercendo na empresa um impacto a curto prazo.
Hoji (2000, p. 361), destaca que o planejamento a curto prazo tem por objetivo
aperfeiçoar o que foi planejado a longo prazo.
Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 426) afirmam que o planejamento
financeiro a curto prazo como plano de ações que governam as atividades na
produção, marketing e outras áreas em momento específico por um período de
tempo.
Para Ross et al. (1998, p. 336), “as decisões financeiras em curto prazo
tipicamente envolvem entradas e saídas de caixa que ocorrem no prazo de um ano,
ou menos”.
20
Então, desse modo o planejamento financeiro a curto prazo reflete a
preocupação de estimar detalhadamente as entradas e saídas de capital geradas
pela própria atividade da empresa.
2.3 FLUXO DE CAIXA
De acordo com as citações dos autores abaixo, vemos que é de extrema
importância que a empresa mantenha seu fluxo de caixa atualizado, pois com isso a
empresa poderá estimar com facilidade sua quantidade de ingressos e desembolsos
financeiros.
Para Gitman (2002, p.81), o fluxo de caixa possibilita ao gestor programar e
acompanhar as entradas e as saídas de recursos financeiros, onde a empresa
poderá operar com objetivo as suas metas, a curto e à longo prazo.
Fluxo de caixa é um instrumento que relaciona os ingressos e saídas(desembolsos) de recursos monetários no âmbito de uma empresa emdeterminado intervalo de tempo. A partir da elaboração do fluxo decaixa é possível prognosticar eventuais excedentes ou escassez decaixa, determinando-se mediadas saneadoras a serem tomadas(ASSAF NETO, 1997, p. 39).
Zdanowicz (2004, p.19), afirma que “o fluxo de caixa é o instrumento que
permite ao administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar
os recursos financeiros de sua empresa para um determinado período”.
Para Frezatti (1997, p.27), o fluxo de caixa é fundamental na organização em
seu estágio inicial, no desenvolvimento e na sua extinção.
Longenecker, Moore e Petty (1997, p.528) afirmam que o fluxo de caixa é o
demonstrativo que apresenta variações ocorridas na posição de caixa da empresa ao
longo de um determinado período. Na mesma perspectiva Ross, Westerfild e Jaffe
(1995, p.46) o fluxo de caixa ajuda a explicar a variação ocorrida nas contas de
disponibilidade.
2.3.1 Objetivos do fluxo de caixa
21
De acordo com Zdanowicz (2004, p.41), “o principal objetivo do fluxo de caixa
é dar uma visão das atividades desenvolvidas, bem como as operações financeiras
que são realizadas na empresa”.
Na mesma linha, Assaf Neto (1997, p. 123) sustenta que “um dos principais
objetivos do fluxo de caixa é aperfeiçoar a aplicação de recursos próprios e de
terceiros nas atividades mais rentáveis pela empresa”.
O fluxo de caixa tem como objetivo avaliar as alternativas de investimento e
controlar ao longo do tempo as decisões importantes que são tomadas na empresa,
que tenham reflexos monetários. Usando também como instrumento de verificação
das situações presentes e futuras do fluxo de caixa na empresa, posicionando-a para
que não chegue a situações de não-liquidez, com a precisão de que não haja
excessos monetários de caixa, e, se houver serão devidamente aplicados. (SILVA,
2000, p.8).
No quadro 1 é apresentado os principais objetivos do fluxo de caixa.
Zdanowicz Matarazzo• Facilitar à análise e cálculo na seleção
das linhas de crédito a serem obtidasjuntas as instituições financeiras;
• Proporcionar o intercâmbio dos diversosdepartamentos da empresa com a áreafinanceira;
• Desenvolver o uso eficiente e racional dodisponível;
• Financiar as necessidades sazonais oucíclicas da empresa;
• Providenciar os recursos para atenderaos projetos de implantação, expansão,modernização ou relocalização industrialou comercial.
• Fixar o nível de caixa, e termos decapital de giro;
• Auxiliar na análise dos valores a recebere estoques, para que se possa julgar aconveniência em aplicar nesses itens ounão;
• Verificar a possibilidade de aplicarpossíveis excedentes de caixa;
• Estudar um programa saudável deempréstimo ou financiamentos;
• Projetar um plano efetivo de pagamentode débitos;
• Analisar a viabilidade de seremcomprometidos os recursos pelaempresa;
• Participar e integrar todas as atividadesda empresa, facilitando assim oscontroles financeiros.
• Avaliar alternativas de investimentos;• Avaliar e controlar ao longo do tempo as
decisões importantes que são tomadas naempresa, com reflexos monetários;
• Avaliar as situações presente e futura docaixa na empresa, posicionando-a paraque não chegue à situação de liquidez;
• Certificar que os excessos momentâneosde caixa estão sendo devidamenteaplicados.
22
Quadro 1 – Objetivos do Fluxo de Caixa
Fonte: Zdanowicz (2004, p. 41) e Matarazzo (2007, p. 364).
A partir do quadro 1, constata-se que o fluxo de caixa tem por objetivo principal
fornecer uma ferramenta para o diagnóstico da empresa, através do
acompanhamento dos fluxos monetários em um determinado período, bem como
através do planejamento e controle de seus recursos, o que capacita a empresa a
saudar suas obrigações e manter o equilíbrio das suas contas (ZDANOWICZ, 2004,
p. 41)
2.3.2 Elaboração do fluxo de caixa
Segundo Assef (1999, p. 1-2) na elaboração do fluxo de caixa é necessário ter
duas contas básicas: contas a receber, que são os direitos da empresa, provenientes
da venda de mercadorias, prestação de serviços ou venda de itens do ativo
permanente. E as contas a pagar, que são as obrigações assumidas pela empresa,
derivadas de compras de mercadorias para revenda ou industrialização, impostos e
outros custos, despesas e investimentos.
O fluxo de caixa de uma organização deve conter um detalhamentoque permitam a adequada análise das informações contidas. Um fluxode caixa não adequadamente estruturado leva a empresa a nãoentender, não alisar e não decidir adequadamente sobre a sua liquidez(FREZATTI, 1997, p. 35)
Zdanowicz (2004, p. 132) menciona que “a empresa precisa ter alguns
cuidados para obter um resultado positivo através do fluxo de caixa”, para isso, é
necessário que o administrador financeiro saiba alguns itens para elaboração do
fluxo de caixa, que são os relacionados a seguir:
• Buscar a maximização do lucro, possuindo certos padrões de segurança,
previamente fixados;
• Assegurar ao caixa um nível desejado, a partir da constituição de reservas
necessárias à empresa;
• Obter maior liquidez nas aplicações dos excedentes de caixa no mercado
financeiro;
23
• Determinar o nível desejado de caixa, a partir das contas que compõem o
disponível da empresa;
• Fixar limites mínimos, mediante as experiências adquiridas pela empresa,
permitindo realizar os ajustes quando for necessário;
Na elaboração de um fluxo de caixa os dados deverão ser os mais corretos
possíveis, onde os seus responsáveis estejam conscientes da rigorosidade, clareza e
garantia dos dados prestados.
2.3.3 Requisitos para implantação do Fluxo de Caixa
Segundo Zdanowicz (2004, p. 132), os principais requisitos para implantação
do fluxo de caixa são:
• Apoio de cúpula diretiva da empresa;
• Organização da estrutura funcional da empresa com definição clara dos
níveis de responsabilidades de cada área;
• Integração dos diversos setores e/ou departamento da empresa ao sistema
do fluxo de caixa;
• Definição do sistema de informações quanto á qualidade e aos funcionários
a serem utilizados, calendário de entrega dos dados (periodicidade) e os
responsáveis pela elaboração das diversas projeções;
• Treinamento do pessoal envolvido para implantar o fluxo de caixa na
empresa;
• Criação de um manual de operações financeiras;
• Comprometimento dos responsáveis pelas diversas áreas, no sentido de
alcançar os objetivos e as metas propostas no fluxo de caixa;
• Utilização do fluxo de caixa para avaliar com antecedência os efeitos da
tomada de decisões que tenham impacto financeiro na empresa;
• Fluxograma das atividades na empresa, ou seja, definir as atividades meio
e as atividades fins.
Estes requisitos são de grande importância para a elaboração do fluxo de
caixa, pois os dados coletados serão utilizados pelo administrador financeiro, por
24
isso, os dados deverão ser mais corretos possível, adaptados no plano de operações
da empresa.
Em complemento, Frezatti (1997, p. 66) ressalta que antes de iniciar o
processo de montagem do fluxo de caixa é necessário que o gestor, tenha uma visão
geral do que espera. Nesse sentido, a primeira coisa a ser definida é o enfoque, uma
vez definido, pode se discutir o plano de contas.
• Enfoque: é de grande utilidade, pois ajudará no processo de tomada de
decisões, ele deve trazer benefícios, para facilitar, agilizar e suportar todo o
processo decisório;
• Plano de contas: é um importante motivo para os desvios encontrados nas
empresas.
Zdanowicz (2004, p.133) afirma que implantar o fluxo de caixa consiste em
apropriar os valores fornecidos pelas varias áreas da empresa segundo regime de
caixa, isto é de acordo com os períodos que efetivamente deverão acontecer as
entradas e as saídas do caixa.
Para implantação do fluxo de caixa deve ser considerado a apropriação dos
valores, conforme o período em que irá acontecer às entradas e às saídas da
empresa, o importante é considerar todos os itens que alterará a posição do caixa da
empresa.
Frezatti (1997, p. 118) argumenta que algo que foi aprovado significa que foi
discutido e comprometido em termos de metas a ser alcançada de maneira
transparente, no momento em que se analisa o desempenho e avaliam as metas
estabelecidas o diálogo se transforma em maneira profissional.
Zdanowicz (2004, p. 55) descreve que “a implantação do fluxo de caixa
consiste em aproximar os valores fornecidos pelas diversas áreas da empresa.” A
empresa deve planejar os ingressos e os desembolsos.
2.3.4 Fatores que afetam o fluxo de caixa
Segundo Marion (1997, p. 382), as transações que afetam o fluxo de caixa
estão divididas em dois grupos: transações que aumentam o fluxo de caixa e
transações que diminuem o fluxo de caixa.
No quadro 2 é apresentado as transações que afetam o fluxo de caixa.
25
Transações que aumentam o fluxode caixa
Transações que diminuem o fluxo decaixa
• Integralização do capital pelossócios ou acionistas;
• Empréstimos bancários efinanciamentos;
• Venda de itens do ativopermanente;
• Venda à vista e recebimento deduplicatas a receber;
• Outras entradas (juros, dividendos,indenizações).
• Pagamentos de dividendos aosacionistas;
• Pagamentos de juros, correçãomonetária da divida e amortização dadívida;
• Aquisição de itens do ativo permanente;• Compra à vista e pagamentos de
fornecedores;• Pagamentos de despesas (custos,
contas a pagar).
Quadro 2 – Fatores que afetam o fluxo de caixa
Fonte: Marion (1997, p.382).
Quando a empresa pretende honrar uma obrigação com terceiros, ela precisa
saber, se na data do vencimento terá o dinheiro disponível para saldar o
compromisso. Nestes termos, o centro de interesse estará voltado para o disponível,
ou seja, os saldos de caixa, bancos e aplicações financeiras da empresa.
(ZDANOWICZ, 2004, p. 35).
Silva (2000, p. 27) descreve o que poderá acarretar as principais faltas de
caixa nas empresas, são os fatores que mais preocupam os gestores financeiros. E,
dentre eles, pode-se exemplificar os seguintes:
• Expansão descontrolada das vendas, acima de sua capacidade de
comercialização;
• Insuficiência de capital próprio e utilização do capital de terceiros em
proporção excessiva;
• Aumento exagerado do prazo de faturamento;
• Necessidade de compras em grande volume;
• Aumento da inadimplência;
• Aumento da necessidade de capital de giro em proporção maior do que o
aumento do capital circulante líquido;
• Aumento exagerado do ciclo financeiro;
• Baixa velocidade da rotação dos estoques;
26
• Excessiva distribuição de dividendos.
Todos os fatores apontados pelos autores podem interferir nas decisões na
maioria dos setores da empresa, podendo ocasionar um impacto no fluxo de caixa,
obrigando o administrador financeiro a reconhecer as consequências dessas
alterações nas políticas de produção, vendas, distribuição, compras, pessoal, entre
outras.
2.3.5 Modelos de fluxo de caixa
Frezatti (1997, p. 77) observa que “quando se fala em modelo de fluxo de
caixa, uma maneira de facilitar o entendimento é separar o fluxo de caixa dos
quadros auxiliares que o compõem, e detalham as informações”. O autor ainda
menciona que só é possível entender e gerenciar o fluxo de caixa de uma empresa
se ela dispuser do fluxo de caixa propriamente dito e dos saldos que estão ligados ao
fluxo financeiro.
O modelo de fluxo de caixa adotado por uma empresa mostra todo o dinheiro
que flui para dentro e fora da empresa em determinado período. É um suplemento útil
para a demonstração de resultado, uma vez que focaliza a atenção a atenção para o
que está acontecendo com a posição de caixa da empresa ao longo de um
determinado período, e também porque evita julgamentos sobre o recolhimento de
receitas e despesas que fazem parte da demonstração do resultado (BODIE e
MERTON, 1999, p. 84).
Os modelos de fluxo de caixa podem variar segundo alguns autores. Serão
apresentados aqui os modelos de Zdanowicz (2004) e Longo (2001).
Para Zdanowicz (2004), é de extrema importância que o fluxo de caixa
demonstre as entradas e saídas ou os ingressos e desembolsos financeiros,
ocorridos num determinado período.
O modelo proposto por Zdanowicz (2004) é apresentado na tabela 1.
Tabela 1 – Modelo de Fluxo de Caixa
27
Modelo de Fluxo de Caixa
Períodos Jan ... Total
Itens P R D P R D P R D
1. INGRESSOS
Vendas a vista
Cobranças em carteira
Desconto de duplicatas
Vendas ativo permanente
Aluguéis recebidos
Aumentos do capital social
Receitas financeiras
Outros
SOMA
2. DESEMBOLSOS
Compras a vista
Fornecedores
Salários
Compras ativo permanente
Energia elétrica
Telefone
Manutenção de máquinas
Despesas administrativas
Despesas com vendas
Despesas tributárias
Despesas financeiras
Outros
SOMA
3. DIFERENÇA PERÍODO (1-2)
4. SALDO INICIAL DE CAIXA
5. DISPONIBILIDADE ACUMULADA (-+3+4)
28
6. NÍVEL DESEJADO DE CAIXA PROJETADO
7. EMPRÉSTIMOS Á CAPTAR
8. APLICAÇÕES NO MERCADO FINANCEIRO
9. AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS
10. RESGATE DE APLICAÇÕES DE FINANCEIRAS
11. SALDO FINAL DE CAIXA PROJETADO
Legenda: P = Projetado R = Realizado D = Defasagem
Fonte: Zdanowicz (2004, p. 145).
Já o modelo proposto por Longo (2001), tem uma apresentação diferente.
Esse autor também enfatiza a importância da empresa manter controles financeiros
básicos tanto para controle administrativo quanto para servirem como base nos
instrumentos de planejamento.
O modelo de fluxo de caixa proposto por Longo (2001) está descrito na tabela
2.
Tabela 2 – Modelo de Fluxo de Caixa
FLUXO DE CAIXA REALIZADO ‘‘N’’ PERÍODOSPROJETADOS
1. ENTRADAS
1.1 Recebimento de vendas/serviços á vista
1.2 Duplicatas á receber
1.3 Resgate aplicações
1.4 Empréstimos
1.5 Outros: venda de imobilizado
1.6 Seguro recebidos
A- Total dos Recebimentos
2. SAÍDAS
2.1 Pagamento de fornecedores
2.2 Outros gastos com mercadoria
2. 3 Pagamento de tributos
2.4 Despesas com vendas
2.5 Despesas administrativas
29
2.6 Despesas com pessoal e encargos
2.7 Outros impostos e taxas
2.8 Despesas financeiras
B - Total dos Pagamentos
C – VARIAÇÃO (A-B)
D - SALDO ANTERIOR
E – SALDO ANTERIOR (C+/-D)
Fonte: Longo (2001, p. 48).
Os modelos apresentados por Zdanowicz (2004) e Longo (2001), demonstram
que não é difícil elaborar um fluxo de caixa para uma empresa. Os modelos são
simples, necessitando, no entanto, que as informações que alimentam o fluxo de
caixa sejam as mais corretas possíveis e que retratem muito bem a realidade da
empresa, pois será com base nestas informações que serão tomadas as decisões
futuras. As mesmas informações também ajudarão a identificar o ponto de equilíbrio
financeiro da empresa e será através dele poderá ser avaliada a lucratividade da
empresa.
2.4 ANÁLISE HORIZONTAL
A Análise horizontal consiste na comparação entre os valores de uma mesma
conta ou grupo de contas, em diversos exercícios sociais. Na qual, representa um
processo de análise temporal, desenvolvida, através de número-índice. (ASSAF,
Neto, 2002, p. 100).
Hoji (1999, p. 273) menciona que “a análise horizontal tem a finalidade de
evidenciar a evolução dos itens das demonstrações contábeis, por períodos”.
De forma mais abrangente Matarazzo (2007, p. 245) destaca que “a análise
horizontal baseia-se na evolução de cada conta e uma série de demonstrações
financeiras em relação à demonstração anterior”.
30
2.5 ANÁLISE VERTICAL
Hoji (1999, p. 273) mostra que “a análise vertical facilita a avaliação da
estrutura do ativo e do passivo, bem como a participação de cada item da
demonstração de resultado na formação do lucro ou prejuízo”.
Para Matarazzo (2007, p. 243) afirma que “a análise vertical baseia-se em
valores percentuais das demonstrações financeiras, sendo que o percentual de cada
conta mostra sua real importância no conjunto”.
Segundo Assaf Neto (2002, p. 108) a análise vertical é um processo
comparativo, demonstrando em porcentagem, que se aplica ao se relacionar com
uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificando no
mesmo demonstrativo.
31
3. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
O estudo foi realizado na empresa Restaurante e Pizzaria La Nonna, atua no
mercado alimentício, na região de São José-SC, bairro Barreiros, durante o período
de janeiro de 2009 a dezembro de 2009.
Este capítulo tem por função descrever os procedimentos metodológicos
necessários para construção do Trabalho de Conclusão de Estágio (TCE). Sendo
estes procedimentos distribuídos em duas partes: pesquisa bibliográfica e
documental.
A coleta de dados foi desenvolvida através de pesquisa documental e
histórica, ou seja, através de controles já existentes na empresa e que nunca foram
analisados, tais como: contas a pagar, vendas, movimento do caixa, custos fixos e
variáveis, contas bancárias, livro caixa e outras operações financeiras. A pesquisa
bibliográfica dos dados foi alicerçada pela consulta às fontes pertinentes para o
desenvolvimento deste trabalho, o que permitiu a elaboração de uma estrutura de
controle financeiro.
Para Gil (1999, p. 65), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de
material já elaborado, consistindo principalmente em livros e artigos científicos.
Após essas informações, foram elaborados relatórios que mostraram de forma
evolutiva os resultados financeiros obtidos pela empresa através de fluxos
informativos que permitiu a elaboração do fluxo de caixa proposto.
Posteriormente, para a análise dos demais dados obtidos foram elaboradas
planilhas e gráficos desenvolvidos no software Excel. A análise envolveu também a
comparação das informações sobre os ingressos e desembolsos identificados no
presente estudo, sendo assim, desenvolveu-se a estrutura de um fluxo de caixa para
o Restaurante e Pizzaria La Nonna. Como premissas para elaboração do fluxo de
caixa foram utilizados a analise horizontal e a sazonalidade incidente sobre o ramo
de negócio da empresa estudada.
32
4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Para a realização deste trabalho identificou-se a necessidade da utilização de
um instrumento que facilitasse a administração dos ingressos e desembolsos da
empresa, otimizando a administração financeira. Esta necessidade deu-se ao fato de
que apesar de a empresa registrar todos seus ingressos e desembolsos, não possuía
um instrumento que pudesse identificar todos os seus grupos de contas bem como
seus componentes formando o plano de contas.
O plano de contas elaborado para o Restaurante e Pizzaria La Nonna é
composto da seguinte forma: ingressos, desembolsos administrativos, desembolsos
com pessoal, parcelamento de dívidas, desembolsos com fornecedores,
desembolsos tributários e desembolsos financeiros, os quais serão apresentados de
forma detalhada no decorrer deste trabalho.
A seguir nas próximas seções, serão apresentados os seguintes temas: um
breve histórico da empresa, as análises de cada grupo de contas, dos ingressos e
desembolsos, bem como seus componentes e seu desempenho nos períodos, além
de um comparativo entre os mesmos ingressos e desembolsos realizados e os
projetados.
4.1 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO
O Restaurante e Pizzaria La Nonna vive hoje, dentro dos parâmetros normais
de uma empresa que zela pelo seu nome no mercado. A organização tem um fundo
de reserva e suas contas em dia e um bom crédito, possui um considerável estoque
de mercadorias.
A organização situa-se na região de São José-SC, na Avenida Leoberto Leal,
número 1235, bairro Barreiros. É uma organização familiar (pai, mãe e uma filha),
contando também com funcionários para serviços de garçom, copeiro, cozinheiro e
limpeza em geral, formando o quadro da organização com total de doze
colaboradores.
Atuando no mercado há onze anos, sempre com os mesmos fornecedores,
dentre eles destacam-se: Supermercado Copal, Makro, Imperatriz, Big, Direto do
33
Campo. Os principais concorrentes são: Restaurante Grillos Pizzaria, Espetinho de
Ouro, Cantina Zabot, Tropical Lanches e Porções.
Há onze anos no mercado, com principal atividade no ramo alimentício (alimentos e
bebidas), comprando e vendendo produtos com qualidade, com preços acessíveis
devido à concorrência do mercado. A empresa possui um controle muito simples,
fazendo suas anotações apenas no papel, sobre as entradas e saídas diárias. Dessa
forma, as entradas e saídas são controladas por uma assistente administrativa de
fato, este controle está diferente de um fluxo de caixa, necessitando assim,
aperfeiçoar seus controles financeiros.
4.2. INGRESSOS
Os ingressos da empresa são compostos por vendas à vista e vendas à prazo.
Os recebimentos de vendas são compostos por pagamentos efetuados com dinheiro,
cheques à vista e à prazo e cartões de crédito e débito. Devido à falta de um registro
mais eficiente destes ingressos, não foi possível identificar qual a participação de
cada forma de recebimento. Sendo assim, os ingressos foram classificados apenas
em vendas à vista e à prazo. Na figura 1, é apresentado a composição dos ingressos
da empresa.
34
Composição dos Ingressos
39%
61%
Vendas A Vista Vendas A Prazo
Figura 1 – Composição dos IngressosFonte: Dados primários
Os ingressos vindos das vendas à vista são formados apenas pelos
recebimentos efetuados em dinheiro, e as vendas a prazo, por todas as outras
formas de recebimentos que a empresa trabalha, são elas: cheques e cartões de
crédito ou débito e convênio com empresas da região. Nota-se que do total dos
ingressos da empresa no período, a parte mais significativa refere-se às vendas a
prazo, constituindo 61% do total. Situação que pode ser explicada pelo número de
empresas que tem convênio de alimentação que é pago no final de todo mês. Apesar
deste contexto, as vendas à vista participam dos ingressos da empresa de forma
significativa, 39% do total, fato ainda mais ressaltado, pois esta se constitui apenas
de pagamentos feitos em dinheiro.
Na figura 2 é apresentado o desempenho dos ingressos realizados no período
em análise.
35
0,00
5.000,00
10.000,00
15.000,00
20.000,00
25.000,00
30.000,00
35.000,00
40.000,00
45.000,00
jan-09 fev-09 mar-09 abr-09 mai-09 jun-09 jul-09 ago-09 set-09 out-09 nov-09 dez-09
Desempenho dos Ingressos Realizados
Vendas A Vista Vendas A Prazo
Figura 2 – Desempenho dos Ingressos RealizadosFonte: Dados primários
Nota-se que durante o intervalo entre os meses de fevereiro, março, abril, julho
agosto, setembro e outubro de 2009, houve sequências de pequenas oscilações no
volume dos ingressos da empresa, variando entre altas e baixas nos limites entre R$
29.948,19 e R$ 32.030,09. A partir deste período, nos meses de janeiro, maio junho,
novembro e dezembro de 2009, houve um crescimento significativo devido as datas
comemorativas como no mês de maio, o dia das mães e junho dia dos namorados.
4.3. DESEMBOLSOS
Os desembolsos da empresa foram divididos da seguinte forma: desembolsos
administrativos, desembolsos com pessoal, parcelamento de dívidas, desembolsos
com fornecedores, desembolsos tributários, e por fim, os desembolsos financeiros.
As próximas seções apresentam de forma mais especificada as composições
e os desempenhos de cada uma das formas de desembolsos ocorridos na empresa.
4.3.1 Desembolsos administrativos
36
Os desembolsos administrativos são compostos pelos seguintes itens: aluguel;
contas de telefone; contas de luz, água e gás; Sindicato de bares e restaurantes,
contabilidade; e diversos.
Na figura 3, é representado de forma gráfica a composição dos desembolsos
administrativos.
Composição dos Desembolsos Administrativos
42%
8%20%
23%
7%
Aluquel Contas De Telefone Contas De Luz / Água / Gás Contabilidade Diversos
Figura 3 – Composição dos Desembolsos AdministrativosFonte: Dados primários
Das contas que compõem os desembolsos administrativos, a que teve maior
participação foi o aluguel estabelecimento, com 42% do total, seguida pela conta
contabilidade com 23% e com grande significância as contas de luz água e gás com
20% do total que equivale, ao valor de R$ 523,55 mensais. Todas as outras contas
tiveram participações não muito significativas no montante dos desembolsos
administrativos. As contas de telefone participaram com 8% e finalmente a conta
diversos que constitui-se de desembolsos esporádicos que a empresa obteve, como
por exemplo, pagamento para manutenção dos sanitários, participando com 7%.
Na figura 4 pode-se observar o desempenho dos desembolsos administrativos
no período em análise.
37
0,00
500,00
1.000,00
1.500,00
2.000,00
2.500,00
3.000,00
jan-09 fev-09 mar-09 abr-09 mai-09 jun-09 jul-09 ago-09 set-09 out-09 nov-09 dez-09
Desempenho dos Desembolsos Administrativos
Aluquel Contas De Telefone Contas De Luz / Água / Gás Contabilidade Diversos
Figura 4 – Desempenho dos Desembolsos AdministrativosFonte: Dados primários
No que se refere ao desempenho dos desembolsos administrativos, a conta
mais significativa, e que mais influência diretamente nas variações no desempenho
dos desembolsos administrativos, é a do aluguel. Esta situação deve-se ao fato da
localidade do estabelecimento, que fica num dos grandes e movimentados bairros de
São José, que é Barreiros causando desequilíbrio nas contas da empresa e
prejudicando o andamento financeiro da mesma. A conta contabilidade que possui
um valor fixo contratado de R$ 600,00 é outra conta tem valor significativo no
desempenho dos desembolsos administrativos. As outras contas mantiveram-se
equilibradas no período, não sofrendo significantes alterações.
4.3.2 Desembolsos com pessoal
Os desembolsos com pessoal são formados pelas contas a seguir
relacionadas: salário dos funcionários; férias; décimo terceiro salário; e encargos
trabalhistas como INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço) e sindicatos (Sindicato dos Empregados no Comércio
de Florianópolis).
Na figura 5 é apresentado a composição dos desembolsos com pessoal da
empresa Criativa.
38
81%
5%6% 2% 5% 1%
Salários Férias 13. Salário Inss Fgts Sindicatos
Figura 5 – Composição dos Desembolsos com PessoalFonte: Dados primários
Pode-se perceber que a conta mais significativa é a dos salários, participando
com 81% do total. Seguida pelas contas do décimo terceiro salário, com 6% de
participação, FGTS e férias com 5%, INSS com 2% e finalmente a conta dos
sindicatos com 1% na formação dos desembolsos com pessoal no período
examinado.
Na figura 6, a seguir, é representado o desempenho dos desembolsos com
pessoal no período em análise.
39
0,001.000,002.000,003.000,004.000,005.000,006.000,007.000,008.000,009.000,00
10.000,0011.000,0012.000,0013.000,0014.000,0015.000,0016.000,0017.000,0018.000,00
jan-09 fev-09 mar-09 abr-09 mai-09 jun-09 jul-09 ago-09 set-09 out-09 nov-09 dez-09
Desempenho dos Desembolsos com Pessoal
Salários Férias 13. Salário Inss Fgts Sindicatos
Figura 6 – Desempenho dos Desembolsos com Pessoal
Fonte: Dados primários
A partir figura 6 observou-se que os meses de novembro e dezembro de 2009
são os mais representativos e atípicos do período, bem como os que mais
contribuíram com as variações no desempenho dos desembolsos com pessoal. Este
fato ocorreu principalmente devido ao pagamento do décimo terceiro salário aos
funcionários. No período em análise a empresa possuía em seu quadro de pessoal,
doze funcionários.
As contas de férias e FGTS também contribuíram consideravelmente para as
variações no desempenho dos desembolsos com pessoal, tem seu valor mensal
formado pelo equivalente a 11% do valor dos salários. As contas de INSS e
Sindicatos mantiveram-se estáveis em todo o período e sua influência sobre o
desempenho dos desembolsos com pessoal não é significativa.
4.3.3 Desembolsos com fornecedores
40
A empresa possue algumas obrigações com o supermercado que compõe
58% dos desembolsos, que é o parcelamento dos valores das compras efetuadas no
decorrer de cada mês, seguido pela conta do frigorífico com 34% e não menos
importante a conta da coleta especial de orgânicos com 8% de participação nos
fornecedores.
A figura 7 representa a seguir, apresenta a composição dos desembolsos com
fornecedores.
Composição dos Desembolsos com Fornecedores
58%
8%
34%
Supermercado Copal Coleta Especial de Organicos Frigorfico
Figura 7 – Composição dos Desembolsos com FornecedoresFonte: Dados primários
O parcelamento de dívidas tem seu montante total, R$ 109.158,57, composto
por três contas com o supermercado que compõe 58% dos desembolsos no
parcelamento de dívidas, seguido pela conta do frigorífico com 34% e não menos
importante a conta da coleta especial de orgânicos com 8% de participação com
fornecedores.
Na sequência, a figura 8 apresenta o desempenho dos desembolsos com
fornrcedores.
41
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
jan-09 fev-09 mar-09 abr-09 mai-09 jun-09 jul-09 ago-09 set-09 out-09 nov-09 dez-09
Desempenho dos Desembolsos com Fornecedores
Supermercado Copal Coleta Especial de Organicos Frigorfico
Figura 8 – Desempenho dos Desembolsos com FornecedoresFonte: Dados primários
De acordo com a figura 8, a maior discrepância do gráfico apresentado é a
conta com o supermercado Copal. Este fato ocorre, pois é o principal lugar utilizado
pelo restaurante na compra de matéria prima, e no decorrer do período analisado as
oscilações são mínimas. A conta com o frigorífico também apresentou poucas
oscilações em valores exceto, nos meses de janeiro e maio decorrentes de festas de
final de ano e dos dias das mães. E por fim, a conta com a coleta especial de
orgânicos que possue um valor contratado de R$ 700,00 reais e somente nos meses
de janeiro e dezembro tem um reajuste de R$ 100,00.
4.3.4 Desembolsos tributários
A empresa é participante do SIMPLES NACIONAL (Sistema Integrado de
Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de
Pequeno Porte) como empresa de pequeno porte, tanto em âmbito federal quanto
estadual. Em âmbito federal, este sistema permite a empresa pagar seus tributos de
forma unificada, IR (Imposto de Renda), CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido), PIS (Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
convertidos em um único tributo com uma alíquota que resulta em um menor valor
42
monetário se comparados a soma de todos os valores desembolsados caso fossem
pagos todos os tributos citados de forma individual. Em âmbito estadual, o sistema
simples beneficia a empresa na forma da redução da alíquota tributária referente ao
ICMS (Imposto Sobre Mercadorias e Serviços). Portanto, a empresa possui na
composição dos desembolsos tributários a conta simples federal, ICMS e outros. Na
figura 9, é apresentado à composição dos desembolsos tributários.
Composição dos Desembolsos Tributários
41%
45%
14%
Icms Estadual Simples Federal Outros
Figura 9 – Composição dos Desembolsos com FornecedoresFonte: Dados primários
Com 45% do montante desembolsado com tributos, a conta Simples Federal é
a que mais participa da composição dos desembolsos tributários no período
estudado, em a conta ICMS estadual com 41% de participação sobre o total dos
desembolsos e por fim conta outros com 14%, esta que será melhor detalhada a
seguir.
As alíquotas tributárias para empresas optantes pelo Simples Nacional variam
conforme o porte da empresa (este definido pelo seu faturamento anual bruto) e seu
faturamento mensal bruto. Para o governo federal, empresas com faturamento anual
bruto entre R$ 0,00 e R$ 120.000,00 são consideradas microempresas, a partir daí,
empresas com faturamento anual bruto entre R$ 120.000,01 e R$ 1.200.000,00 são
consideradas EPP (Empresa de Pequeno Porte), e suas alíquotas variam conforme é
apresentado na tabela 3.
43
Tabela 3 – Tabela das Alíquotas do Simples Nacional
MicroempresaFaturamento Bruto Anual Alíquota
De Até (sobre fat. bruto)R$ 0,00 R$ 60.000,00 2,00%R$ 60.000,01 R$ 90.000,00 3,00%R$ 90.000,01 R$ 120.000,00 4,00%
EPPFaturamento Bruto Anual Alíquota
De Até (sobre fat. bruto)R$ 120.000,01 R$ 240.000,00 5,47%R$ 240.000,01 R$ 360.000,00 6,84%R$ 360.000,01 R$ 480.000,00 7,54%R$ 480.000,01 R$ 600.000,00 7,60%R$ 600.000,01 R$ 720.000,00 8,28%R$ 720.000,01 R$ 840.000,00 8,36%R$ 840.000,01 R$ 960.000,01 8,45%R$ 960.000,01 R$ 1.080.000,00 9,03%R$ 1.080.000,01 R$ 1.200.000,00 9,12%
Fonte: Resolução CGSN nº 31, de 17 de março de 2008.
No presente estudo, observa-se que a empresa é considerada EPP por ter
ultrapassado o teto máximo de R$ 120,000,00 de faturamento anual bruto, passando
então a ser tarifada em 5,40% sobre o faturamento mensal bruto declarado. Já o
ICMS recolhido ao Estado de Santa Catarina, também possui sua alíquota atrelada
ao faturamento mensal bruto declarado, sendo calculado de acordo com o quadro
apresentado na tabela 4.
Tabela 4 – Tabela das Alíquotas do ICMS
MICROEMPRESA & EPPFaturamento Bruto Mensal Alíquota
De Até (sobre fat. bruto)R$ 1,00 R$ 5.000,00 Parc única R$25,00R$ 5.000,01 R$ 7.800,00 0,50%R$ 7.800,01 R$ 15.700,00 1,00%R$ 15.700,01 R$ 31.500,00 1,95%
44
R$ 31.500,01 R$ 63.000,00 3,75%R$ 63.000,01 R$ 94.600,00 4,85%R$ 94.600,01 em diante 5,95%
Fonte: Lei nº 11.398, do ano 2000
Sendo assim, será apresentada e analisada a figura 12, relativa ao
desempenho dos desembolsos tributários.
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
700,00
jan-09 fev-09 mar-09 abr-09 mai-09 jun-09 jul-09 ago-09 set-09 out-09 nov-09 dez-09
Desempenho dos Desembolsos Tributários
Icms Estadual Simples Federal Outros
Figura 10 – Desempenho dos Desembolsos TributáriosFonte: Dados primários
Nota-se na figura 10 que houve um aumento continuo e proporcional das
contas que compõem os desembolsos tributários no período em analise. Porém, de
todo o período em análise, os meses de maior destaque são os meses de janeiro,
maio e junho de 2009, pois nestes meses ocorreram consideráveis aumentos em
diversas contas de todo período estudado.
4.3.5 Desembolsos financeiros
As operações financeiras exercidas pelas empresas geram encargos
financeiros e estes, chamados de desembolsos financeiros. As contas que compõem
45
estes desembolsos financeiros são: porcentagem sobre venda com cartão
(percentual cobrado pela operadora de cartão de crédito sobre cada venda efetuada
pela empresa); aluguel mensal do equipamento/maquina utilizada para efetuar
vendas com cartões de crédito; IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) mais
tarifas bancárias (tarifas de manutenção de conta corrente) e por fim a conta outras.
Na figura 11 é apresentada à composição dos desembolsos financeiros.
Composição dos Desembolsos Financeiros
47%
25%
17%
11%
% Sobre Venda C/ Cartão Aluguel Máq. Cartão IOF + Tarifas Bancárias Outras
Figura 11 – Composição dos Desembolsos FinanceirosFonte: Dados primários
Do total dos desembolsos financeiros, este no valor de R$ 7.357,50, 47%
refere-se à porcentagem sobre vendas com cartão, a qual é a mais representativa
das contas componentes dos desembolsos financeiros. Esta porcentagem varia de
acordo com o tipo da operação realizada, a vista ou a prazo, e também do tipo do
cartão (crédito ou débito), onde em operações com cartões de crédito à vista é
cobrado pela administradora 3,60% e a prazo 4,10% por operação e o prazo mínimo
para recebimento de capital pela empresa é de trinta dias. Para cartões tipo Electron
(débito), que são aqueles onde a empresa recebe o capital em um dia útil, a taxa é
de 2,45% por operação. Em seguida, com 25%, está é conta aluguel do
equipamento/maquina utilizada para efetuar vendas com cartões de crédito, sendo
este valor correspondente em média de R$ 154,27 mensais durante todo o período.
A conta IOF mais tarifas bancárias corresponde a 17% do total dos desembolsos
46
financeiros. A IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incide sobre toda
operação financeira onde é retirado o capital da conta corrente bancária e
corresponde a 0,38% (trinta e oito centésimos por cento) por cada retirada. A conta
outras representa 11% do total dos desembolsos financeiros, e refere-se a pequenas
e esporádicas taxas sobre operações financeiras. Na figura 12 está apresentado o
desempenho dos desembolsos financeiros.
-100,00200,00300,00400,00500,00600,00700,00800,00
jan/09 fev/09 mar/09abr/09mai/09 jun/09 jul/09 ago/09set/09 out/09 nov/09dez/09
Desempenho dos Desembolsos Financeiros
% Sobre Venda C/ Cartão Aluguel Máq. Cartão IOF + Tarifas Bancárias Outras
Figura 12 – Desempenho dos Desembolsos FinanceirosFonte: Dados primários
De acordo com a figura 12, a conta mais significante e também a que mais
influencia o desempenho dos desembolsos financeiros é a conta porcentagem sobre
venda com cartão. Esta conta tem seu desempenho totalmente atrelado ao volume
de vendas efetuadas pela empresa através de operações com cartões de crédito, ou
seja, os ingressos através de vendas à prazo, já comentado anteriormente, pois, se
não ocorressem estes tipos de operações está conta não existiria. Como pode ser
analisada a conta aluguel do equipamento/máquina utilizada para efetuar vendas
com cartões de crédito possui variações, pois a cobrança não tem um valor fixo. A
conta IOF mais tarifas bancárias também tem seu valor e seu desempenho atrelado a
um evento, a retirada de capital da conta corrente da empresa, o qual depende da
necessidade que a empresa possue naquele período em efetuar essas retiradas.
47
4.3.6 Composição e desempenho dos desembolsos realizados
Através da análise, foi possível elaborar gráficos relativos à composição e ao
desempenho do total dos desembolsos da empresa no período de janeiro de 2009 a
dezembro de 2009, onde são detalhadas cada conta de desembolso. Sendo assim, é
demonstrada na figura 13 a composição do total dos desembolsos realizados no
período analisado.
Compoição dos Desembolsos Realizados
10%
52%
34%
2% 2%
DESPESAS ADMINISTRATIVAS DESPESA COM PESSOAL DESPESAS COM FORNECEDORES
DESPESAS TRIBUTÁRIAS DESPESAS FINANCEIRAS
Figura 13 – Composição dos desembolsos realizadosFonte: Dados primários
Nota-se que do total dos desembolsos realizados no período, R$ 338.116,83,
a conta que possui maior participação é a dos desembolsos com pessoal,
equivalente a 52% do total, o que demonstra a estabilidade financeira e operacional
da empresa, pois este fato relata que em sua grande maioria, os desembolsos são
convertidos em mão de obra na empresa, na forma de aquisição de mão obra
especializada. Em ordem decrescente pelas contas: despesas com fornecedores
34% do total; a conta despesas administrativas participa com 10%, do total dos
desembolsos realizados, desembolsos com despesas tributárias, equivalente a 2%
do total; e por fim a conta desembolsos financeiros, equivalente também a 2%.
48
Sendo assim, foi elaborado em forma gráfica o desempenho dos desembolsos
realizados período a período, a seguir apresentado na figura 14.
0,00
5.000,00
10.000,00
15.000,00
20.000,00
25.000,00
30.000,00
35.000,00
jan/09 fev/09mar/09abr/09mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09dez/09
Desempenho dos Desembolsos Realizados
DESPESAS ADMINISTRATIVAS DESPESA COM PESSOAL DESPESAS COM FORNECEDORES
DESPESAS TRIBUTÁRIAS DESPESAS FINANCEIRAS
Figura 14 – Desempenho dos desembolsos realizadosFonte: Dados primários
49
O desempenho dos desembolsos realizados foi influenciado principalmente
pela conta desembolsos com pessoal, como já mencionado anteriormente, a conta
desembolsos com pessoal varia, principalmente em meses que funcionários entram
de férias e nos meses novembro e dezembro, onde a empresa efetua pagamento das
parcelas do décimo terceiro salário, fato considerado normal, mais que contém um
aspecto considerável. Outro fator relevante no que se refere ao desempenho dos
desembolsos é a conta.
4.4 INGRESSOS E DESEMBOLSOS
Uma questão altamente relevante consiste no fato de que após serem feitas
as análises de composição e de totais de todos os ingressos e desembolsos
individualmente, é necessário que seja feita à comparação entre elas. Esta
comparação é apresentada de forma gráfica na figura 15.
Ingressos X Desembolsos
0,005.000,00
10.000,0015.000,0020.000,0025.000,0030.000,0035.000,0040.000,0045.000,00
jan-09 fev-09 mar-09 abr-09 mai-09 jun-09 jul-09 ago-09 set-09 out-09 nov-09 dez-09
TOTAL DE INGRESSOS TOTAL DOS DESEMBOLSOS
Figura 15 – Ingressos X DesembolsosFonte: Dados primários
Em se comparando os ingressos e os desembolsos realizados no período e
apresentados na figura 15, nota-se que o fator positivo da empresa é dos ingressos
serem maiores do que os desembolsos e a quase total estabilidade dos
desembolsos, permanecendo estável na maioria dos períodos.
50
Os desembolsos da empresa têm seus maiores volumes nos meses de
janeiro com R$ 30.537,70, maio com R$ 29.506,75, novembro com R$ 31.282,84 e
dezembro com R$ 31.774,90, tendo uma média anual de R$ 28.176,40.
Os ingressos se portaram igualmente aos desembolsos no decorrer do
período analisado, com uma estabilidade considerável tenho oscilações nos meses
de janeiro, maio, junho, novembro e dezembro, com seus respectivos valores de R$
40.885,92, R$ 42.227,85, R$ 36.268,25, R$ 36.377,04 e R$ 40.475,84.
4.5 PROJEÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
A partir da análise horizontal e comparação do desempenho dos ingressos e
dos desembolsos no período em questão (sazonalidade), foi elaborada também de
forma gráfica a projeção dos ingressos e desembolsos no fluxo de caixa para os
meses janeiro, fevereiro e março do ano de 2010, como se pode visualizar na tabela
4 a seguir:
Tabela 4 – Fluxo de Caixa ProjetadoFLUXO DE CAIXA - PIZZARIA LA
NONNA Proj-jan/10 Proj-fev/10 Proj-mar/10
INGRESSOS
Vendas A Vista 12.711,46 8.823,39 8.162,90
Vendas A Prazo 21.576,52 17.822,07 17.825,45
TOTAL DE INGRESSOS 34.287,98 26.645,46 25.988,36
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
Aluquel 1.125,00 1.125,00 1.125,00
Contas De Telefone 214,61 174,10 197,01
Contas De Luz / Água / Gás 563,65 497,01 539,67
Contabilidade 600,00 600,00 600,00
Diversos 174,37 144,60 153,69
TOTAL 2.677,63 2.540,71 2.615,37
DESPESA COM PESSOAL
Salários 10.789,42 10.751,82 10.790,54
Férias 336,93 164,22 166,40 13. Salário 0,00 0,00 0,00
INSS 289,44 257,19 247,76
FGTS 701,74 681,22 708,64
Sindicatos 187,76 138,15 157,80
TOTAL 12.305,29 11.992,61 12.071,13
51
DESPESAS COM FORNECEDORES
Supermercado Copal 5.307,99 4.641,39 4.813,95
Coleta Especial de Orgânicos 720,00 630,00 630,00
Frigorfico 3.051,96 2.383,15 2.591,32
TOTAL 9.079,95 7.654,54 8.035,27
DESPESAS TRIBUTÁRIAS
Icms Estadual 237,48 198,38 234,80
Simples Federal 257,18 230,46 216,38
Outros 79,13 50,06 66,17
TOTAL 573,79 478,90 517,34
DESPESAS FINANCEIRAS
% Sobre Venda C/ Cartão 273,32 188,94 234,31
Aluguel Máq. Cartão 153,88 115,91 126,12
IOF + Tarifas Bancárias 120,40 106,28 108,15
Outras 69,80 41,24 63,91
TOTAL 617,41 452,36 532,49
TOTAL DOS DESEMBOLSOS 28.094,68 24.407,54 25.304,73
FLUXO DE CAIXA 6.312,41 3.170,43 2.086,65
Fonte: Dados Primários (2010).
A figura 16, demonstra a projeção efetuada através da analise horizontal para
os três meses do período do ano de 2010.
Ingressos X Desembolsos com Projeção
0,005.000,00
10.000,0015.000,0020.000,0025.000,0030.000,0035.000,0040.000,0045.000,00
jan/09
fev/09
mar/09
abr/0
9
mai/09
jun/09
jul/09
ago/09
set/0
9out/
09
nov/09
dez/0
9
Proj-ja
n/10
Proj-fe
v/10
Proj-m
ar/10
TOTAL DE INGRESSOS TOTAL DOS DESEMBOLSOS
Realizado Projetado
Figura 16: Ingressos X Desembolsos com ProjeçãoFonte: Dados primários
52
Conforme a figura 16, o desempenho dos ingressos e desembolsos no período
antes da projeção, ou seja, de janeiro 2009 a dezembro de 2009, é bastante estável,
na maioria do período, ocorrendo algumas oscilações significativas em alguns meses
destacado na análise anterior. Para estabelecer uma continuidade na estabilidade da
empresa foi elaborada uma projeção para os três próximos meses do ano de 2010,
Sua projeção foi feita com base nas médias e porcentagens da analise
horizontal, verificando também a sazonalidade do período. A média obtida dos
ingressos conforme análise horizontal do período foi de 78%, sendo assim foi
considerado que a projeção de crescimento no mês de janeiro e nos meses
seguintes um considerável declínio, no caso dos ingressos é em média de 13% ao
mês. Foi com essa média dos ingressos no período em análise que foram orçados os
novos valores para os meses de janeiro, fevereiro e março, sendo os respectivos
valores de R$ 34.287,98, R$ 26.645,46 e R$ 25.988,36.
No caso dos desembolsos foi estabelecido na projeção, os mesmos valores do
período analisado, a média obtida dos desembolsos foi de 92%, sendo considerado
que a projeção de declínio nos meses de janeiro com valor de R$ 28.094,68,
fevereiro com R$ 24.407,54 e o mês de março com um aumento significativo R$
25.304,73, respectivamente.
4.6 ANÁLISE DAS DIFERENÇAS ENTRE O ORÇADO E O REALIZADO
As projeções dos meses de janeiro, fevereiro e março de 2010, foram
comparadas com o realizado, ou seja, com os atuais resultados de caixa da empresa,
nos mesmos meses de projeção, para que fossem estabelecidas as diferenças entre
as projeções e os realizados conforme tabela 5 a seguir:
Tabela 5 – Diferença de Orçado X realizadoFLUXO DE CAIXA -
PIZZARIA LA NONNAOrç-
jan/10Proj-
jan/10 Diferença Orç-fev/10
Proj-fev/10 Diferença Orç-
mar/10 Proj-
mar/10 Diferença
INGRESSOS Vendas A Vista 10.790,91 12.711,46 (1.920,55) 9.820,75 8.823,39 997,36 9.130,00 8.162,90 967,10
Vendas A Prazo 19.847,00 21.576,52 (1.729,52) 18.308,49 17.822,07 486,42 17.900,30 17.825,45 74,85
TOTAL DEINGRESSOS 30.637,91 34.287,98 (3.650,07) 28.129,24 26.645,46 1.483,78 27.030,30
25.988,36 1.041,94
53
DESPESASADMINISTRATIVAS
Aluquel 1.125,00 1.125,00 0,00 1.125,00 1.125,00 0,00 1.125,00 1.125,00 0,00
Contas De Telefone 220,34 214,61 5,73 189,61 174,10 15,51 180,30 197,01 (16,71)Contas De Luz / Água /Gás 483,09 563,65 (80,56) 490,77 497,01 (6,24) 488,00
539,67 (51,67)
Contabilidade 600,00 600,00 0,00 600,00 600,00 0,00 600,00 600,00 0,00
Diversos 185,98 174,37 11,61 170,02 144,60 25,42 155,54 153,69 1,85
TOTAL 2.614,41 2.677,63 (63,22) 2.575,40 2.540,71 34,69 2.548,84 2.615,37 (66,53)DESPESAS C/PESSOAL
Salários 10.750,80 10.789,42 (38,62) 10.759,45 10.751,82 7,63 10.783,00 10.790,54 (7,54)
Férias 821,10 336,93 484,17 833,68 164,22 669,46 827,19 166,40 660,79 13. Salário 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
INSS 250,70 289,44 (38,74) 245,06 257,19 (12,13) 240,54 247,76 (7,22)
FGTS 630,00 701,74 (71,74) 638,98 681,22 (42,24) 647,02 708,64 (61,62)
Sindicatos 170,30 187,76 (17,46) 172,48 138,15 34,33 188,05 157,80 30,25
TOTAL12.622,90 12.305,29 317,61 12.649,65 11.992,61 657,04 12.685,80 12.071,13 614,67
DESPESAS C/FORNECEDORES
Supermercado Copal 5.050,37 5.307,99 (257,62) 4.900,00 4.641,39 258,61 4.670,90 4.813,95 (143,05)Coleta Especial deOrgânicos 700,00 720,00 (20,00) 700,00 630,00 70,00 700,00
630,00 70,00
Frigorfico 3.109,10 3.051,96 57,14 2.904,90 2.383,15 521,75 3.008,00 2.591,32 416,68
TOTAL 8.859,47 9.079,95 (220,48) 8.504,90 7.654,54 850,36 8.378,90 8.035,27 343,63 DESPESASTIBUTÁRIAS
Icms Estadual 240,00 237,48 2,52 209,48 198,38 11,10 198,36 234,80 (36,44)
Simples Federal 221,82 257,18 (35,36) 195,45 230,46 (35,01) 187,25 216,38 (29,13)
Outros 99,02 79,13 19,89 88,34 50,06 38,28 71,29 66,17 5,12
TOTAL 560,84 573,79 (12,95) 493,27 478,90 14,37 456,90 517,34 (60,44)DESPESASFINANCEIRAS % Sobre Venda C/Cartão 310,00 273,32 36,68 256,01 188,94 67,07 222,90 234,31 (11,41)
Aluguel POS 151,00 153,88 (2,88) 112,41 115,91 (3,50) 102,63 126,12 (23,49)CPMF + TarifasBancárias 122,54 120,40 2,14 117,00 106,28 10,72 109,23 108,15 1,08
Outras 72,10 69,80 2,30 53,76 41,24 12,52 50,00 63,91 (13,91)
TOTAL 655,64 617,41 38,23 539,18 452,36 86,82 484,76 532,49 (47,73)
TOTAL DOSDESEMBOLSOS
27.462,54 28.094,68(632,14)
26.351,85 24.407,541.944,31
25875.20 25.304,73 570,47
FLUXO DECAIXA 3.175,37 6.312,41
(3.137,04)1.777,39 3.170,43
(1.393,04)1.155,10
2.086,65 (931,55)
Fonte: Dados primários (2009/2010)
54
Na tabela 5, nota-se que os ingressos da empresa tiveram uma diminuição
considerável de (R$ 3.650,07) no mês de janeiro, mas nos meses de fevereiro e
março já pode se reabilitar novamente com um aumento significativo de R$ 1.483,78
e R$ 1.041,94 para o período analisado.
Os ingressos da empresa na analise entre orçado e projetado, cresceram nos
meses de fevereiro e março, mas antes de uma queda devido o baixo movimento da
temporada, mas a tendência no decorrer do período de 2010, é do aumento no
movimento voltar e concequentemente os ingressos aumentarem devido a datas
comemorativas como dias das mães no mês de maio.
Os desembolsos da empresa na análise do período entre orçado e projetado,
tiveram uma diminuição no mês de janeiro, mas nos meses seguintes do período
analisado voltaram a aumentar significadamente, principalmente no mês de fevereiro,
seguindo os respectivos valores de (R$ 632,14), R$ 1.944,31 e R$ 570,47.
Estas informações comprovam que a projeção dos ingressos e desembolsos
revelam uma certa instabilidade no decorrer do período analisado, servindo como
referencial para controle do desempenho do fluxo de caixa do Restaurante e Pizzaria
La Nonna.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração deste trabalho de conclusão de estágio teve por objetivo
principal, proporcionar ao Restaurante e Pizzaria La Nonna Ltda., condições a nível
gerencial, de continuar suas atividades no mercado de maneira segura e competitiva,
pois diante do que foi analisado a empresa possue um equilíbrio em controlar suas
operações (ingressos e desembolsos).
Diante disto pode se concluir que todos os objetivos propostos foram atingidos
sendo que a realização deste trabalho serviu para identificar os problemas
financeiros da empresa e servirá também para que futuramente a empresa possa
fazer uma análise criteriosa dos pontos positivos e negativos, a qual trará uma visão
mais clara e sistemática do futuro financeiro da empresa.
Com as análises realizadas nas contas do Restaurante e Pizzaria La Nonna,
verificou-se que algumas decisões não estavam sendo tomadas com precisão, visto
que a mesma não possuía nenhum instrumento de análise financeira, em que apenas
55
se baseava em suas anotações. O fluxo de caixa elaborado durante o período em
estudo, comprova que em alguns meses a instabilidade ocorre, mas na maioria do
período estudado, a estabilidade predomina e isso é importante para sua liquidez,
agilidade e confiança.
Com a implantação do modelo de projeção de caixa e fluxo de caixa proposto
por este trabalho, possivelmente haverá uma evolução na facilidade de análise das
finanças da empresa, pois demonstra de maneira mais simples e de fácil
entendimento os valores que a empresa dispõe, com isso, proporcionando ao
proprietário da empresa uma melhor visualização das contas, melhorando sua
tomada de decisão.
Como ferramenta necessária, o modelo de projeção de caixa proposto serve
como instrumento que diagnostica a capacidade que a empresa tem de pagar suas
contas, num determinado instante, e dos compromissos assumidos pela empresa.
O controle do fluxo de caixa torna-se uma ferramenta que auxilia o processo
administrativo e gerencial financeiro de uma empresa, por meio do conhecimento de
suas disponibilidades de recursos financeiros. Se torna de fundamental importância o
uso desse controle, pois a administração financeira das empresas tem como
premissa a necessidade de saber do destino de suas disponibilidades e através do
demonstrativo do fluxo de caixa o Restaurante e Pizzaria La Nonna obterá
informações que servirão de base para seu planejamento financeiro.
Este trabalho de conclusão de estágio descreveu a técnica de utilização do
planejamento de fluxo de caixa, a fim de demonstrar a necessidade de se manter o
controle de caixa da empresa do Restaurante e Pizzaria La Nonna Ltda., de acordo
com suas características, atendendo a seus objetivos e facilitando ao administrador
financeiro a tomada de decisões quanto aos possíveis investimentos de seus
recursos financeiros disponíveis. Com o presente estudo desenvolvido e com o fluxo
de caixa proporcionando suporte, poderia sugerir ao proprietário um novo estudo
visando o aprimoramento na área financeira.
56
REFERÊNCIAS
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Atlas, 1997.
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FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo César. Controladoria: teoria e prática. 2. ed. SãoPaulo: Atlas. 1997.
57
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APÊNDICES
APÊNDICE A – Fluxo de Caixa do Restaurante e Pizzaria La Nonna LTDA ME.
APÊNDICE B – Análise Vertical do Período de janeiro de 2009 a dezembro de 2009.
APÊNDICE C – Análise Horizontal do Período de janeiro de 2009 a dezembro de
2009.
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APÊNDICE A – Fluxo de Caixa do Restaurante e Pizzaria La Nonna LTDA ME.
FLUXO DE CAIXA - PIZZARIA LA NONNA jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09
1 1.001 Vendas A Vista 15.501,78 10.760,23 9.954,76 10.761,93 18.349,91
1.002 Vendas A Prazo 25.384,14 20.967,14 20.971,12 21.268,16 23.877,94
TOTAL DE INGRESSOS 40.885,92 31.727,37 30.925,88 32.030,09 42.227,85
2 DESPESAS ADMINISTRATIVAS2.001 Aluquel 1.125,00 1.125,00 1.125,00 1.125,00 1.125,00
2.002 Contas De Telefone 243,87 197,84 223,87 201,03 237,65
2.003 Contas De Luz / Água / Gás 569,34 502,03 545,12 505,76 545,96
2.004 Contabilidade 600,00 600,00 600,00 600,00 600,00
2.005 Diversos 212,65 176,34 187,43 173,98 194,00
TOTAL 2.750,86 2.601,21 2.681,42 2.605,77 2.702,61
3 DESPESA COM PESSOAL3.001 Salários 10.789,42 10.751,82 10.790,54 10.772,80 11.023,81
3.002 Férias 1.684,65 821,10 832,00 828,12 827,433.003 13. Salário 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003.004 INSS 281,01 249,70 240,54 267,51 264,593.005 FGTS 649,76 630,76 656,15 633,40 657,21
3.006 Sindicatos 231,80 170,56 194,81 176,04 220,00
TOTAL 13.636,64 12.623,94 12.714,04 12.677,87 12.993,04
4 PARCELAMENTO DE DÍVIDAS4.001 Supermercado Copal 5.832,96 5.100,43 5.290,06 5.400,06 5.800,00
4.002 Coleta Especial de Orgânicos 800,00 700,00 700,00 700,00 700,00
4.003 Frigorfico 3.590,54 2.803,71 3.048,61 3.039,09 3.820,00
TOTAL 10.223,50 8.604,14 9.038,67 9.139,15 10.320,00
5 DESPESAS COM FORNECEDORES5.001 Depósitos 1.854,71 1.239,87 1.390,00 1.248,95 1.570,02
5.002 Títulos Bancários 670,00 371,91 448,87 377,52 588,00
62 TOTAL 2.524,71 1.611,78 1.838,87 1.626,47 2.158,02
6 DESPESAS TRIBUTÁRIAS6.001 Icms Estadual 260,97 218,00 258,02 225,84 255,32
6.002 Simples Federal 295,61 264,90 248,71 270,00 283,51
6.003 Outros 102,76 65,01 85,93 74,87 89,92
TOTAL 659,34 547,91 592,66 570,71 628,75
7 DESPESAS FINANCEIRAS7.001 % Sobre Venda C/ Cartão 345,98 239,16 296,60 244,04 298,54 30
7.002 Aluguel POS 185,40 139,65 151,95 147,60 180,00 18
7.003 CPMF + Tarifas Bancárias 128,08 113,06 115,05 115,00 133,79 11
7.004 Outras 83,10 49,09 76,08 55,83 92,00 75
TOTAL 742,56 540,96 639,68 562,47 704,33
TOTAL DOS DESEMBOLSOS 30.537,70 26.529,94 27.505,14 27.182,44 29.506,75
FLUXO DE CAIXA 10.348,22 5.197,43 3.420,74 4.847,65 12.721,10
63APÊNDICE B – Análise Vertical do Período de janeiro de 2009 a dezembro de 2009.
FLUXO DE CAIXA - PIZZARIA LANONNA jan/09 A.V fev/09 A.V mar/09 A.V abr/09 A.V mai/09 A.V jun/09 A.V jul/09 A.V ago/09 A.V set/09 A.V o
1 1.001 Vendas A Vista 15.501,78 51% 10.760,23 41% 9.954,76 38% 10.761,93 41% 18.349,91 62% 14.218,88 51% 11.201,65 41% 10.330,19 40% 10.871,85 42% 11
1.002 Vendas A Prazo 25.384,14 83% 20.967,14 79% 20.971,12 79% 21.268,16 80% 23.877,94 81% 22.049,37 79% 20.687,09 76% 19.618,00 76% 19.987,00 77% 19
TOTAL DE INGRESSOS 40.885,92 134% 31.727,37 120% 30.925,88 117% 32.030,09 121% 42.227,85 143% 36.268,25 130% 31.888,74 118% 29.948,19 116% 30.858,85 119% 30
2 DESPESAS ADMINISTRATIVAS2.001 Aluquel 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1.125,00 4% 1
2.002 Contas De Telefone 243,87 1% 197,84 1% 223,87 1% 201,03 1% 237,65 1% 229,23 1% 203,40 1% 198,41 1% 205,43 1%
2.003 Contas De Luz / Água / Gás 569,34 2% 502,03 2% 545,12 2% 505,76 2% 545,96 2% 515,90 2% 510,76 2% 507,92 2% 512,76 2%
2.004 Contabilidade 600,00 2% 600,00 2% 600,00 2% 600,00 2% 600,00 2% 600,00 2% 600,00 2% 600,00 2% 600,00 2%
2.005 Diversos 212,65 1% 176,34 1% 187,43 1% 173,98 1% 194,00 1% 166,03 1% 170,98 1% 159,01 1% 159,98 1%
TOTAL 2.750,86 9% 2.601,21 10% 2.681,42 10% 2.605,77 10% 2.702,61 9% 2.636,16 9% 2.610,14 10% 2.590,34 10% 2.603,17 10% 2
3 DESPESA COM PESSOAL3.001 Salários 10.789,42 35% 10.751,82 41% 10.790,54 39% 10.772,80 40% 11.023,81 37% 10.775,45 39% 10.772,80 40% 10.790,00 42% 10.772,80 41% 10
3.002 Férias 1.684,65 6% 821,10 3% 832,00 3% 828,12 3% 827,43 3% 833,28 3% 825,12 3% 0,00 0% 0,00 0%
3.003 13. Salário 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0%
3.004 INSS 281,01 1% 249,70 1% 240,54 1% 267,51 1% 264,59 1% 245,98 1% 271,51 1% 219,85 1% 271,51 1%
3.005 FGTS 649,76 2% 630,76 2% 656,15 2% 633,40 2% 657,21 2% 643,29 2% 647,19 2% 469,32 2% 395,00 2%
3.006 Sindicatos 231,80 1% 170,56 1% 194,81 1% 176,04 1% 220,00 1% 228,49 1% 176,04 1% 174,00 1% 168,04 1%
TOTAL 13.636,64 45% 12.623,94 48% 12.714,04 46% 12.677,87 47% 12.993,04 44% 12.726,49 46% 12.692,66 47% 11.653,17 45% 11.607,35 45% 12
4 PARCELAMENTO DE DÍVIDAS4.001 Supermercado Copal 5.832,96 19% 5.100,43 19% 5.290,06 19% 5.400,06 20% 5.800,00 20% 5.291,54 19% 5.390,06 20% 5.110,43 20% 5.412,06 21% 5
4.002 Coleta Especial de Organicos 800,00 3% 700,00 3% 700,00 3% 700,00 3% 700,00 2% 700,00 3% 700,00 3% 700,00 3% 700,00 3%
4.003 Frigorfico 3.590,54 12% 2.803,71 11% 3.048,61 11% 3.039,09 11% 3.820,00 13% 3.450,46 12% 2.830,10 10% 2.893,71 11% 2.870,10 11% 2
TOTAL 10.223,50 33% 8.604,14 32% 9.038,67 33% 9.139,15 34% 10.320,00 35% 9.442,00 34% 8.920,16 33% 8.704,14 34% 8.982,16 35% 8
5 DESPESAS COM FORNECEDORES5.001 Depósitos 1.854,71 6% 1.239,87 5% 1.390,00 5% 1.248,95 5% 1.570,02 5% 1.488,44 5% 1.376,89 5% 1.350,00 5% 1.220,50 5% 1
5.002 Títulos Bancários 670,00 2% 371,91 1% 448,87 2% 377,52 1% 588,00 2% 477,93 2% 390,50 1% 370,05 1% 367,00 1%
TOTAL 2.524,71 8% 1.611,78 6% 1.838,87 7% 1.626,47 6% 2.158,02 7% 1.966,37 7% 1.767,39 7% 1.720,05 7% 1.587,50 6% 1
6 DESPESAS TRIBUTÁRIAS
646.001 Icms Estadual 260,97 1% 218,00 1% 258,02 1% 225,84 1% 255,32 1% 248,30 1% 220,80 1% 218,00 1% 247,02 1%
6.002 Simples Federal 295,61 1% 264,90 1% 248,71 1% 270,00 1% 283,51 1% 278,00 1% 270,00 1% 264,90 1% 228,71 1%
6.003 Outros 102,76 0% 65,01 0% 85,93 0% 74,87 0% 89,92 0% 99,50 0% 70,05 0% 65,01 0% 85,03 0%
TOTAL 659,34 2% 547,91 2% 592,66 2% 570,71 2% 628,75 2% 625,80 2% 560,85 2% 547,91 2% 560,76 2%
7 DESPESAS FINANCEIRAS7.001 % Sobre Venda C/ Cartão 345,98 1% 239,16 1% 296,60 1% 244,04 1% 298,54 1% 305,81 1% 235,04 1% 296,60 1% 308,54 1% 246
7.002 Aluguel POS 185,40 1% 139,65 1% 151,95 1% 147,60 1% 180,00 1% 180,60 1% 150,00 1% 151,95 1% 119,90 0% 162
7.003 CPMF + Tarifas Bancárias 128,08 0% 113,06 0% 115,05 0% 115,00 0% 133,79 0% 110,00 0% 121,55 0% 115,05 0% 123,79 0% 135
7.004 Outras 83,10 0% 49,09 0% 76,08 0% 55,83 0% 92,00 0% 75,95 0% 49,00 0% 76,00 0% 92,00 0% 69,9
TOTAL 742,56 2% 540,96 2% 639,68 2% 562,47 2% 704,33 2% 672,36 2% 555,59 2% 639,60 2% 644,23 2%
TOTAL DOS DESEMBOLSOS 30.537,70 100% 26.529,94 100% 27.505,14 100% 27.182,44 100% 29.506,75 100% 27.892,30 100% 27.106,79 100% 25.855,29 100% 25.985,17 100% 26
FLUXO DE CAIXA 10.348,22 34% 5.197,43 20% 3.420,74 12% 4.847,65 18% 12.721,10 43% 8.375,95 30% 4.781,95 18% 4.092,90 16% 4.873,68 19% 3
65APÊNDICE B – Análise Horizontal do Período de janeiro de 2009 a dezembro de 2009.
FLUXO DE CAIXA - PIZZARIA LANONNA jan/09 A.H. fev/09 A.H. mar/09 A.H. abr/09 A.H. mai/09 A.H. jun/09 A.H. jul/09 A.H. ago/09 A.H. set/09 A.H. ou
1 1.001 Vendas A Vista 15.501,78 100% 10.760,23 69% 9.954,76 64% 10.761,93 69% 18.349,91 118% 14.218,88 92% 11.201,65 72% 10.330,19 67% 10.871,85 70% 11
1.002 Vendas A Prazo 25.384,14 100% 20.967,14 83% 20.971,12 83% 21.268,16 84% 23.877,94 94% 22.049,37 87% 20.687,09 81% 19.618,00 77% 19.987,00 79% 19
TOTAL DE INGRESSOS 40.885,92 100% 31.727,37 78% 30.925,88 76% 32.030,09 78% 42.227,85 103% 36.268,25 89% 31.888,74 78% 29.948,19 73% 30.858,85 75% 30
2 DESPESAS ADMINISTRATIVAS2.001 Aluquel 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1.125,00 100% 1
2.002 Contas De Telefone 243,87 100% 197,84 81% 223,87 92% 201,03 82% 237,65 97% 229,23 94% 203,40 83% 198,41 81% 205,43 84%
2.003 Contas De Luz / Água / Gás 569,34 100% 502,03 88% 545,12 96% 505,76 89% 545,96 96% 515,90 91% 510,76 90% 507,92 89% 512,76 90%
2.004 Contabilidade 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100%
2.005 Diversos 212,65 100% 176,34 83% 187,43 88% 173,98 82% 194,00 91% 166,03 78% 170,98 80% 159,01 75% 159,98 75%
TOTAL 2.750,86 100% 2.601,21 95% 2.681,42 97% 2.605,77 95% 2.702,61 98% 2.636,16 96% 2.610,14 95% 2.590,34 94% 2.603,17 95% 2
3 DESPESA COM PESSOAL3.001 Salários 10.789,42 100% 10.751,82 100% 10.790,54 100% 10.772,80 100% 11.023,81 102% 10.775,45 100% 10.772,80 100% 10.790,00 100% 10.772,80 100% 10
3.002 Férias 1.684,65 100% 821,10 49% 832,00 49% 828,12 49% 827,43 49% 833,28 49% 825,12 49% 0,00 0% 0,00 0%
3.003 13. Salário 0,00 100% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0%
3.004 INSS 281,01 100% 249,70 89% 240,54 86% 267,51 95% 264,59 94% 245,98 88% 271,51 97% 219,85 78% 271,51 97%
3.005 FGTS 649,76 100% 630,76 97% 656,15 101% 633,40 97% 657,21 101% 643,29 99% 647,19 100% 469,32 72% 395,00 61%
3.006 Sindicatos 231,80 100% 170,56 74% 194,81 84% 176,04 76% 220,00 95% 228,49 99% 176,04 76% 174,00 75% 168,04 72%
TOTAL 13.636,64 100% 12.623,94 93% 12.714,04 93% 12.677,87 93% 12.993,04 95% 12.726,49 93% 12.692,66 93% 11.653,17 85% 11.607,35 85% 12
4 PARCELAMENTO DE DÍVIDAS4.001 Supermercado Copal 5.832,96 100% 5.100,43 87% 5.290,06 91% 5.400,06 93% 5.800,00 99% 5.291,54 91% 5.390,06 92% 5.110,43 88% 5.412,06 93% 5
4.002 Coleta Especial de Orgânicos 800,00 100% 700,00 88% 700,00 88% 700,00 88% 700,00 88% 700,00 88% 700,00 88% 700,00 88% 700,00 88%
4.003 Frigorfico 3.590,54 100% 2.803,71 78% 3.048,61 85% 3.039,09 85% 3.820,00 106% 3.450,46 96% 2.830,10 79% 2.893,71 81% 2.870,10 80% 2
TOTAL 10.223,50 100% 8.604,14 84% 9.038,67 88% 9.139,15 89% 10.320,00 101% 9.442,00 92% 8.920,16 87% 8.704,14 85% 8.982,16 88% 8
5 DESPESAS COM FORNECEDORES5.001 Depósitos 1.854,71 100% 1.239,87 67% 1.390,00 75% 1.248,95 67% 1.570,02 85% 1.488,44 80% 1.376,89 74% 1.350,00 73% 1.220,50 66% 1
5.002 Títulos Bancários 670,00 100% 371,91 56% 448,87 67% 377,52 56% 588,00 88% 477,93 71% 390,50 58% 370,05 55% 367,00 55%
TOTAL 2.524,71 100% 1.611,78 64% 1.838,87 73% 1.626,47 64% 2.158,02 85% 1.966,37 78% 1.767,39 70% 1.720,05 68% 1.587,50 63% 1
6 DESPESAS TRIBUTÁRIAS
666.001 Icms Estadual 260,97 100% 218,00 84% 258,02 99% 225,84 87% 255,32 98% 248,30 95% 220,80 85% 218,00 84% 247,02 95%
6.002 Simples Federal 295,61 100% 264,90 90% 248,71 84% 270,00 91% 283,51 96% 278,00 94% 270,00 91% 264,90 90% 228,71 77%
6.003 Outros 102,76 100% 65,01 63% 85,93 84% 74,87 73% 89,92 88% 99,50 97% 70,05 68% 65,01 63% 85,03 83%
TOTAL 659,34 100% 547,91 83% 592,66 90% 570,71 87% 628,75 95% 625,80 95% 560,85 85% 547,91 83% 560,76 85%
7 DESPESAS FINANCEIRAS7.001 % Sobre Venda C/ Cartão 345,98 100% 239,16 69% 296,60 86% 244,04 71% 298,54 86% 305,81 88% 235,04 68% 296,60 86% 308,54 89% 246,6
7.002 Aluguel POS 185,40 100% 139,65 75% 151,95 82% 147,60 80% 180,00 97% 180,60 97% 150,00 81% 151,95 82% 119,90 65% 162,9
7.003 CPMF + Tarifas Bancárias 128,08 100% 113,06 88% 115,05 90% 115,00 90% 133,79 104% 110,00 86% 121,55 95% 115,05 90% 123,79 97% 135,0
7.004 Outras 83,10 100% 49,09 59% 76,08 92% 55,83 67% 92,00 111% 75,95 91% 49,00 59% 76,00 91% 92,00 111% 69,96
TOTAL 742,56 100% 540,96 73% 639,68 86% 562,47 76% 704,33 95% 672,36 91% 555,59 75% 639,60 86% 644,23 87%
TOTAL DOS DESEMBOLSOS 30.537,70 100% 26.529,94 87% 27.505,14 90% 27.182,44 89% 29.506,75 97% 27.892,30 91% 27.106,79 89% 25.855,29 85% 25.985,17 85% 26
FLUXO DE CAIXA 10.348,22 100% 5.197,43 50% 3.420,74 33% 4.847,65 47% 12.721,10 123% 8.375,95 81% 4.781,95 46% 4.092,90 40% 4.873,68 47% 3