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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CURSO DE AGRONOMIA PADRÃO DE EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS DE CAPIM-NAVALHA INFLUENCIADA PELA QUANTIDADE DE PALHA DE CAPIM- BRAQUIARÃO EM COBERTURA Mariane Paula Lopes Araújo Barra do Garças/MT Outubro/2018

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida e por estar comigo em todos os momentos de minha vida, não me deixando desistir e,

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

CURSO DE AGRONOMIA

PADRÃO DE EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS DE CAPIM-NAVALHA

INFLUENCIADA PELA QUANTIDADE DE PALHA DE CAPIM-

BRAQUIARÃO EM COBERTURA

Mariane Paula Lopes Araújo

Barra do Garças/MT

Outubro/2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

CURSO DE AGRONOMIA

PADRÃO DE EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS DE CAPIM-NAVALHA

INFLUENCIADA PELA QUANTIDADE DE PALHA DE CAPIM-

BRAQUIARÃO EM COBERTURA

ACADÊMICO: Mariane Paula Lopes Araújo

ORIENTADOR: PROF. DR. SIDNEI ROBERTO DE MARCHI

Trabalho de Curso (TC) apresentado ao Curso de Agronomia do ICET/CUA/UFMT, como parte das exigências para a obtenção do Grau de Bacharel em Agronomia.

Barra do Garças/MT

Outubro/2018

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OFEREÇO

À Deus, apenas por Ele ser quem Ele é em minha vida.

Ao meu amado e eterno vovô, Manoel Messias (in memoriam).

Dedico

À minha família, por todo apoio e dedicação, não medindo esforços para que esse

sonho se tornasse realidade. A vocês, todo meu amor e gratidão.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida e por estar comigo em todos os

momentos de minha vida, não me deixando desistir e, além disso, me dando forças para

continuar buscando realizar esse sonho. Obrigada, Deus!

Agradeço à minha família por tamanho esforço para que esse meu sonho se

tornasse realidade, me dando uma base e um suporte que se fez totalmente necessários

para que eu não desistisse no meio do caminho. Obrigada vó Alvina, vô Armando e tio

Marcos. É por vocês que lutei, luto e lutarei todos os dias de minha existência. Eu amo

vocês. Obrigada por tanto, Família!

Agradeço a minha Mãe Marleide Lopes Bento Gomes, por ser a luz da minha vida e

por sua total dedicação a mim em todo o tempo de minha vida. Obrigada mãe, pelo seu colo

quando eu precisei, por suas palavras de incentivo nos momentos certos, por suas orações,

por suas broncas quando necessitei, por seu carinho quando me sentia só, por seu apoio

em todos meus sonhos, por ter abdicado de muitas coisas para si para que pudesse me dar

o melhor, por estar comigo nos melhores e piores momentos dessa etapa acadêmica e na

vida, por nunca me deixar desistir e principalmente por todo seu amor. Eu te amo. Obrigada

por tanto, Mãe!

Agradeço a meu Pai Mauro Martins Gomes, por ser o anjo que Deus colocou em

minha vida. Obrigada pai, por ter me escolhido para ser sua filha, por ter esse coração

gigante que me acolheu tão bem, por toda sua dedicação à nossa família, por ser nossa

base forte, por ser quem cuida de nós com tanto amor, por todo seu apoio nesse sonho, por

todo seu tempo investido a mim nessa etapa, por todo conselho que me deste, por nunca

desistir de mim e por estar comigo para tudo. Eu te amo. Obrigada por tanto, Pai!

Agradeço ao meu segundo Pai Carlos da Silva Araújo, por ter me dado a vida e por

todo apoio em mais esse sonho da minha vida. Eu te amo. Obrigada, Pai!

Agradeço a minha irmã Marcella Lopes Gomes, por ser uma companheira de quarto

e de vida. Obrigada mana, pelo apoio, pelas brigas, por todas as ajudas, pelos conselhos,

pelo carinho, por todos os momentos vividos juntas, por todas as risadas que você arrancou

de mim quando eu estava brava, por aguentar minhas chatices todo esse tempo e por todo

o amor dado a mim. Eu te amo. Obrigada por tanto, Mana!

Agradeço a minha amiga Jackeline Moreira Lima, por ser uma companheira de sala e

de vida. Obrigada amiga, por me aguentar desde o primeiro dia de aula, por estar comigo

em todos os momentos de minha vida tanto dentro quanto fora da faculdade, por todos os

dias vividos juntos, por todas nossas bagunças a cada trabalho realizado, por cada riso ou

choro depois de cada prova feita, por todos os conselhos, por todo apoio (e era cada uma

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em que eu te colocava viu), por todo carinho e colo quando eu precisei, por ter me dado

uma família fora da faculdade, por ter me dado uma sobrinha linda (a nossa baby, Eloá) e

por ter me dado um amigo fora de série (o nosso Chico maranhense), à você toda minha

gratidão e todo meu amor! Eu te amo. Obrigada por tanto, amiga!

Agradeço à minha amiga Ana Beathrys, por todo seu companheirismo e amor a mim

dado. Obrigada amiga, por ser um doce em minha vida, por aguentar todos os meus choros

e reclamações, pelos melhores conselhos da vida, por todos os momentos vividos juntas,

por cada oração feita para mim, por ter me dado uma família, por todo seu apoio, por cada

abraço sincero, por acreditar em mim, por querer sempre o meu melhor, por sonhar comigo

os sonhos mais doidos, por ser uma amiga verdadeira, por em pouco tempo conquistar um

espação tão grande em meu coração e por principalmente me aproximar de Deus. Saiba

que tudo é reciproco de minha parte. Eu te amo. Obrigada por tanto, amiga!

Agradeço aos amigos que a Agronomia me deu, por estarem comigo nos momentos

mais alegres e nos mais tristes também e por fazerem os meus dias mais felizes. Por me

ajudarem sempre quando precisei. E por fazerem essa jornada acadêmica ser mais leve e

divertida. A vocês minha eterna gratidão e amor. Obrigada Anderson Antônio, Fabyane

Alves, Isabella Assef, Amanda Castro e Júnior Brunetta. Da agro para a vida! Amo vocês.

Agradeço ao meu coorientador Ricardo Fagundes Marques, por toda sua dedicação,

paciência, ajuda, conselhos e apoio durante essa etapa de minha vida acadêmica.

Agradeço ao meu orientador professor Sidnei Roberto de Marchi, por acreditar em

mim e me dar a oportunidade de poder realizar esse trabalho. Obrigada pela ajuda, pela

paciência e pelos conselhos.

Agradeço aos componentes da banca examinadora por fazerem parte desse

momento tão único em minha vida. Obrigado pelo tempo disponibilizado.

A todos, minha gratidão e amor!

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SUMÁRIO

Página

RESUMO E PALAVRAS-CHAVE.................................................................................... 1 ABSTRACT E KEYWORDS............................................................................................ 2 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................ 3

2. REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................... 5

3. MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................ 10

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................. 13

5. CONCLUSÕES........................................................................................................... 22

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ 23

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LISTA DE TABELAS

Página

Tabela 1. Peso de mil sementes (PMS) e viabilidade de sementes cheias dos

ecótipos Rondonópolis, Redenção e Cacoal. Barra do Garças – MT, 2016.................

13

Tabela 2. Emergência (%) de plântulas de P. virgatum obtida em função do ecótipo

e da quantidade de palha em cobertura. Barra do Garças – MT, 2016........................

14

Tabela 3. Índice de velocidade de emergência de plântulas de P. virgatum obtido

em função do ecótipo e da quantidade de palha em cobertura. Barra do Garças –

MT, 2016.......................................................................................................................

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LISTA DE FIGURAS

Página

Figura 1. Frequência relativa de emergência de plântulas de P. virgatum obtida em

função do ecótipo e da quantidade de palha em cobertura. Barra do Garças – MT,

2016. A – 0 (zero) t ha-1; B – 0,5 t ha-1; C – 1,0 t ha-1; D – 2,0 t ha-1; E – 4,0 t ha-1; F

– 6,0 t ha-1; G – 8,0 t ha-1 e H – 10,0 t ha-1....................................................................

16

Figura 2. Tempo médio de emergência de plântulas de P. virgatum obtido em

função do ecótipo e da quantidade de palha em cobertura. Barra do Garças – MT,

2016. ** Significativo a 1% de probabilidade.................................................................

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Figura 3. Sincronia de emergência de plântulas de P. virgatum obtida em função do

ecótipo e da quantidade de palha em cobertura. Barra do Garças – MT, 2016. **

Significativo a 1% de probabilidade...............................................................................

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RESUMO

O capim-navalha (Paspalum virgatum L.) é uma planta invasora de pastagens que vem

ganhando grande relevância atualmente. Por conta disso, objetivou-se com essa pesquisa

avaliar o padrão de emergência de plântulas do capim-navalha em função da quantidade de

palha de capim-braquiarão em cobertura. O experimento foi realizado em casa-de-

vegetação no delineamento inteiramente casualizado, com seis repetições e os tratamentos

dispostos em esquema fatorial 8 x 3, sendo oito quantidades de palha cobrindo as sementes

(0,0; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0; 6,0; 8,0; 10,0 t ha-1) e três ecótipos (Rondonópolis, Redenção e

Cacoal). O efeito da origem e da quantidade de palha foi avaliado pela porcentagem de

emergência, frequência relativa de emergência, tempo médio de emergência, sincronia de

emergência e o índice de velocidade de emergência de plântulas obtidas ao longo de 35

dias após a semeadura. O ecótipo Rondonópolis possui sementes de maior vigor, seguida

sucessivamente pelos ecótipos Redenção e Cacoal. A maior porcentagem, uniformidade e

velocidade de emergência de plântulas foram obtidas na condição em que as sementes

foram cobertas com 0,0 e 1,0 t ha-1 de palha, independentemente de sua origem. A menor

porcentagem de emergência de plântulas foi obtida na condição de 8,0 e 10,0 t ha-1 de palha

depositada sobre a semente.

Palavras-chave: Paspalum virgatum, ecótipo, planta daninha, pastagem, padrão de

emergência

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ABSTRACT

The razor grass (Paspalum virgatum L.) is an invasive pasture weed that has been

actually reaching high importance due its large occurrence, capability of reproduction and

difficulty of controlling by conventional methods. Understandings on how is the seedling

outgrowth behavior of this specie become very important to take management strategies of

this weed. This trial was carried out in order to evaluate the outgrowing pattern of razor grass

seedlings as a function of covering straw quantity. The experiment was conducted at green-

house conditions and it was used the completely randomized design, with six replications

and the treatments arranged at factorial scheme 8x3 performed by eight straw quantities

covering the seeds (0.0, 0.5, 1.0, 2.0, 4.0, 6.0, 8.0 and 10.0 t ha-1) and three ecotypes

(Rondonópolis, Redenção and Cacoal). The effect of straw quantity and ecotypes was

measured by percentage of outgrowing seedling, relative frequency of outgrowing, medium

time of outgrowing, seedlings outgrowing synchronism and outgrowing velocity index

obtaining in the course of 35 days after planting. The ecotype Rondonópolis has seeds with

high vigor, followed by ecotypes Redenção and Cacoal. The high percentage, uniformity and

velocity of seedling outgrowing were obtained when the seeds were covered with straw at

0.0 and 1.0 t ha-1, independently of ecotypes. The smaller percentage of outgrowing seedling

was verified at conditions of 8.0 and 10.0 t ha-1 of straw covering the seeds.

Key-words: Paspalum virgatum L., ecotype, weed, pasture, outgrowth pattern

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1. INTRODUÇÃO

As invasoras são conceituadas como plantas indesejáveis, causadoras de prejuízos.

Em geral, são herbáceas, graminóides ou lenhosas, com alta capacidade de competir por

água, luz e nutrientes com as plantas cultivadas, bem como dotadas de alta produtividade

(DANTAS; RODRIGUES, 1980). As plantas daninhas causam enormes prejuízos

econômicos à atividade pecuária, consequência da redução da produtividade das pastagens

e dos custos associados ao seu controle (ANDRADE et al., 2012).

Geralmente as plantas daninhas mais difíceis de controlar em pastagens são as

gramíneas invasoras por sua semelhança morfológica, fisiológica e bioquímica com as

gramíneas forrageiras. O capim-navalha (Paspalum virgatum) é uma conhecida planta

daninha ocorrente em áreas de pastagens. Seu difícil controle é caracterizado pelas

semelhanças morfológicas das forrageiras utilizadas na região. Além disso, a alta produção

de sementes facilita sua disseminação em áreas degradadas (ANDRADE et al., 2012).

Em virtude da grande competição exercida pelas plantas daninhas, vários estudos

têm sido desenvolvidos com o objetivo de entender melhor o comportamento destas plantas

e, consequentemente, manejá-las de forma mais satisfatória (MUNIZ FILHO et al., 2004).

Estudar o modo de reprodução, emergência e dispersão das espécies que se deseja

controlar é importante, pois sem a observância dessas características, as tentativas de

controle geralmente se transformarão em uma luta descoordenada e sem fim contra as

plantas daninhas (DIAS-FILHO, 1990).

A palha mantida sobre o solo no sistema de semeadura direta de culturas agrícolas

pode afetar a emergência das plantas daninhas por três processos distintos: o físico, o

biológico e o químico, com possíveis interações entre eles (BUZATTI, 1999; THEISEN;

VIDAL, 1999; PITELLI; DURIGAN, 2001).

Além disso, o efeito físico da palha reduz as chances de sobrevivência das plântulas

com pequena quantidade de reservas nas sementes. Algumas ações biológicas podem ser

beneficiadas pela presença da palha, pois esta cria condições para instalação de uma densa

e diversificada microbiocenose na camada superficial do solo. De maneira geral, os

microrganismos exercem importantes funções na deterioração e perda de viabilidade dos

diversos tipos de diásporos e plântulas no solo (PITELLI; DURIGAN, 2001). Ao mesmo

tempo, deve-se considerar que a palha cria abrigo seguro para alguns insetos, roedores e

outros pequenos animais, que se alimentam de sementes e partes aéreas das plantas

daninhas (THEISEN; VIDAL, 1999; PITELLI; DURIGAN, 2001). Os efeitos químicos estão

relacionados com fenômenos alelopáticos, alterações na relação carbono/nitrogênio (C/N),

imobilização e reciclagem de nutrientes (CORREIA; DURIGAN; KLINK, 2006).

Várias pesquisas têm sido realizadas visando a avaliação do manejo dos resíduos

vegetais no controle de plantas daninhas. No Brasil, foi demonstrada a eficácia de controle

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da palha de diversas culturas, detectando-se até uma relação de seletividade na interação

palha-planta daninha (DURIGAN; ALMEIDA, 1993). A esse respeito, constatou-se que a

emergência da comunidade infestante foi afetada pelas quantidades de palha de milho

mantidas sobre o solo. Para cada tonelada de palha adicionada, houve controle de

aproximadamente 4,0% no total das plantas daninhas (OLIVEIRA, 2001).

Conhecer a capacidade de emergência das plantas daninhas com diferentes tipos e

quantidades de palha pode auxiliar no combate de tais plantas através da adoção de

métodos que reduzam ou impossibilitem o seu aparecimento em pastagem. Por essa razão

há uma crescente necessidade em estudar sobre a influência que a palha em cobertura tem

na germinação e emergência de plântulas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi estudar

o padrão de emergência de plântulas do capim navalha (Paspalum virgatum) quando as

sementes receberam diferentes quantidades de palha de capim-braquiarão (Urochloa

brizantha) em cobertura.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

Ultimamente as pastagens vêm sendo infestadas por várias espécies de plantas

daninhas, tanto monocotiledôneas (folha estreita), quanto eudicotiledôneas (folha larga).

Como a utilização de herbicidas seletivos para folha larga vem aumentando, está ocorrendo

um processo natural de seleção de plantas daninhas de folha estreita. Com isso, as

pastagens brasileiras estão sendo infestadas por espécies de gramíneas invasoras por sua

alta capacidade de competição por espaço, nutrientes e água e por serem de baixa

palatabilidade para o uso forrageiro. Algumas gramíneas do gênero Paspalum são exemplos

dessa problemática enfrentada pela pecuária do Brasil (MARQUES, 2016).

O gênero Paspalum pertence à família Poace que é considerada a quinta família de

maior diversidade, com aproximadamente 800 gêneros e mais de 10000 espécies

(BOUCHENAK-KHELLADI et al., 2010) e, do ponto de vista econômico, a mais importante

(LONGHI-WAGNER, 2012). Entre as subfamílias, Panicoideae destaca-se por ser a

segunda maior com aproximadamente 206 gêneros e 3270 espécies, sendo subdividida em

seis tribos (GPWG, 2001). Na tribo Paniceae, o gênero Paspalum é um dos mais

importantes, em decorrência do grande número de espécies e da extensa distribuição

geográfica (ALISCIONI, 2002).

O gênero Paspalum pode ser encontrado em diversos ambientes, porém, é mais

comum na América Latina sendo o Brasil, Argentina, Bolívia, Uruguai e Paraguai os países

que apresentam maior abundância de espécies (ZULOAGA; MORRONE, 2005). Segundo

Maciel (2008), plantas desse gênero são encontradas principalmente nas fitofisionomias

abertas das Américas como o Cerrado e Campos. Mas suas espécies também ocorrem na

Caatinga, em bordas e interiores de florestas tropicais úmidas, em campos de restinga no

litoral, dentre outros ambientes.

O Brasil é considerado o centro de diversidade do gênero Paspalum, sendo um

gênero composto por cerca de 330 espécies (ZULOAGA; MORRONE, 2005) das quais, 202

estão registradas no Brasil (VALLS; OLIVEIRA, 2010). No Brasil, é o gênero de gramíneas

de maior ocorrência (FILGUEIRAS et al., 2010) que tem, na região do Centro-Oeste

brasileiro, o principal centro de diversidade de espécies com 72 táxons endêmicos da

região, abrigando 125 espécies, sendo também esta região a mais rica em espécies de

Paspalum do mundo (SILVA, 2011). Supõe-se que essas espécies que ocorrem no país

resultam de uma combinação de dois fatores: a grande área territorial do Brasil e a natureza

tropical de Paspalum (POZZOBON et al., 2000).

Esse gênero compreende o maior número de gramíneas brasileiras com potencial

forrageiro. Suas espécies também apresentam potencial alimentício, como é o caso de P.

scrobiculatum L., cultivada como cereal na Índia e conhecida como Kodo (ZULOAGA;

MORRONE, 2005).

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P. virgatum, conhecida como capim-navalha, é uma gramínea perene oriunda da

América Central e da América do Sul (SNOW; LAU, 2010). Na região de países de língua

espanhola, o capim-navalha é conhecido comumente como caguazo, cortadera, corta-boca,

maciega, machote, pajón e paja cabezona (CRUZ et al., 1996; SISTACHS; LEÓN, 1987) e

nos países de língua inglesa como razor grass. No Brasil é encontrado em todos os estados

das regiões Norte e Centro-Oeste, além do Maranhão, Pernambuco, São Paulo e Paraná

(VALLS; OLIVEIRA, 2012) e também recebe outras designações, tais como navalhão,

capim-duro, capim-cabeçudo, capim-taripucu e capim-capivara (ANDRADE et al., 2012).

A planta adulta desta gramínea é cespitosa, rizomatosa e forma touceiras que

alcançam 1,5 m de altura. Suas folhas são eretas, medem entre 50,0 a 75,0 cm de

comprimento e 1,0 a 2,0 cm de largura de margens serreadas e afiadas. Cada planta produz

até dez inflorescências do tipo panícula contendo entre 5 a 16 racemos de coloração

castanha e com 5,0 a 12,0 cm de comprimento. Cada panícula contém entre 800 e 1500

sementes, consideradas como pequenas, pois um quilograma contém aproximadamente

785 mil unidades (CRUZ et al., 1996; SISTACHS; LEÓN, 1987).

Segundo (IKEDA; INOUE, 2015), o capim navalha é considerado uma gramínea

invasora e classificado como planta daninha, pois produz forragem de baixo valor nutritivo e

apresenta baixa aceitabilidade pelo gado. Andrade e Fontes (2015) dizem, ao mesmo

tempo, que o capim-navalha tem alta capacidade de multiplicação e de competição com as

forrageiras.

As plantas daninhas mais difíceis de serem controladas em pastagens são as

gramíneas invasoras, por sua semelhança morfológica, fisiológica e bioquímica com as

gramíneas forrageiras (ANDRADE et al., 2012) tornando seu controle difícil, uma vez que

qualquer medida aplicada pode afetar outras forrageiras da pastagem (DIAS-FILHO,1990).

Então, quanto maior for à semelhança de uma planta invasora, em termos de suas

necessidades biológicas, com a cultura que se deseja beneficiar (no caso a pastagem),

maior será a dificuldade para controlar essa planta sem também prejudicar a cultura.

Segundo Dias-Filho (1988), as plantas invasoras possuem características que as

tornam muito competitivas com o ambiente de pastagem, como por exemplo, a alta

produção de sementes; alta capacidade de dissipação de sementes e reprodução

vegetativa; alta habilidade de extrair e utilizar água e nutrientes do solo.

O capim-navalha se encaixa nessas características, principalmente por sua alta

produção de sementes e, devido à sua baixa palatabilidade e baixo valor nutritivo, se torna

uma planta invasora indesejável (DIAS-FILHO,1990), especialmente em áreas com solos

mais úmidos e em avançado processo de degradação de pastagem (ANDRADE et al.,

2012).

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São vários os fatores que podem levar à degradação das pastagens, entre eles, a

escolha incorreta da espécie forrageira, a má formação inicial, a falta de adubação de

manutenção e o manejo inadequado da pastagem. A falha em alguns desses fatores pode

acelerar o processo de degradação (PERON; EVANGELISTA, 2003). O processo de

degradação de pastagens é explicado como sendo o processo evolutivo de perda de vigor,

de produtividade, de capacidade de recuperação natural das pastagens de sustentar níveis

de produção e qualidade necessários aos animais, assim como o de superar os efeitos

nocivos de pragas, doenças e plantas daninhas, culminando com a degradação avançada

dos recursos naturais, em razão de manejos inapropriados (MACEDO et al., 1993).

O principal efeito provocado pelos animais em uma pastagem é o da desfolhação,

que causa redução da área foliar, com consequências sobre os carboidratos de reserva da

planta, perfilhamento, crescimento do sistema radicular e de folhas novas (NASCIMENTO

JÚNIOR; QUEIROZ; SANTOS, 1994). Em condições de pastejo excessivo, a quantidade de

folhas verdes fotossintetizantes será diminuída levando a planta a utilizar suas reservas para

a rebrota e, caso esta condição prossiga por um longo tempo, pode até levar a gramínea à

morte (ZANINE; SANTOS, 2004). Nesses casos certamente ocorrerá abertura no dossel

vegetal, provocando compactação excessiva dos solos, favorecendo o processo de erosão,

reduzindo a fertilidade (MEIRELES, 1993) e aumentando o crescimento de plantas

invasoras como capim-navalha.

Segundo Andrade e Valentim (2007), o capim-navalha assumiu a condição de

principal planta daninha de pastagem somente nos últimos 15 anos, por sua associação

com a síndrome da morte de Urochloa brizantha (A.Rich.) R.D.Webster cv. Marandu,

doença que causa morte progressiva de touceiras de gramíneas susceptíveis em reboleiras,

abrindo espaço para a colonização de plantas daninhas e levando a pastagem à

degradação. As tentativas de reforma de pastagens com alta infestação pelo capim-navalha,

utilizando métodos convencionais, com gradagem do solo e semeadura de novas

variedades de gramíneas forrageiras, têm sido frustradas na maioria das vezes, em

decorrência da reinfestação da área pelo capim-navalha, seja pela rebrotação de touceiras

ou pelo surgimento de novas plantas a partir das sementes existentes no solo (ANDRADE et

al., 2012).

O capim-navalha se reproduz tanto via sementes quanto vegetativamente, por meio

do fracionamento das touceiras (pedaços de colmos com raízes e rizomas). A dispersão se

dá pela queda das sementes no solo (DIAS-FILHO, 1990) e pela sua ingestão e deposição

nas fezes por animais silvestres e domésticos, especialmente equídeos que apreciam muito

as sementes do capim navalha (ANDRADE et al., 2012).

O conjunto de sementes vivas que estão no solo tem por nome banco de sementes,

quanto mais degradado estiver à pastagem, maior o banco de sementes. Esse banco de

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semente volta e meia é alterado por meio de dispersão das sementes, por animais, vento,

sementes de pastagem contaminadas com sementes de plantas daninhas, a germinação

dessas sementes ou a morte (DIAS-FILHO, 1990).

Segundo Marques (2016), as plantas daninhas têm vários mecanismos de

sobrevivência, sendo o principal deles a capacidade de produzirem populações com

variação na sua época de germinação. Apenas uma parte das sementes produzidas pode

apresentar germinação imediata, e a outra parte composta de sementes que mesmo

estando em condições favoráveis não germinam. Sementes de pequeno tamanho contem

pequena reserva alimentar, então a germinação na superfície ou próximo a superfície é

necessária para a sobrevivência da plântula.

Segundo Correia e Durigan (2004), resíduos culturais na superfície do solo alteram a

umidade, luminosidade e temperatura do solo, principais variáveis no controle da dormência

e germinação de sementes. A cobertura também pode prejudicar as plântulas em

desenvolvimento, devido à barreira física, causando o estiolamento destas e tornando-as

suscetíveis aos danos mecânicos. Dessa forma, a palha de cana-de-açúcar mantida na

superfície do solo pode interferir na dormência, germinação e mortalidade das sementes de

plantas daninhas, provocando modificações da comunidade infestante. Essas mudanças, no

entanto, são muito específicas e dinâmicas, pois dependem da quantidade de palha e,

principalmente, da espécie daninha, que pode ser favorecida ou não pela cobertura morta.

Segundo Correia e Durigan (2004), a cobertura do solo com 5,0, 10,0 e 15,0 t ha-1 de

palha de cana-de-açúcar inibiu a emergência das plântulas de Brachiaria decumbens e Sida

spinosa. O mesmo foi observado para Digitaria horizontalis submetida a 10,0 e 15,0 t ha-1 de

palha. No entanto, para Ipomoea grandifolia e Ipomoea hederifolia o número de plântulas

emergidas não diferiu entre as quantidades estudadas. Contudo, a presença da cobertura

morta com palha de cana-de-açúcar incrementou a emergência de plântulas de Ipomoea

quamoclit.

Aos 22 dias após a deposição da palha de sorgo sobre o solo, as densidades

populacionais de Brachiaria plantaginea e Sida rhombifolia foram reduzidas em 31 e 44%,

respectivamente. Aos 50 dias, as reduções foram de 36 e 43%, respectivamente (TREZZI;

VIDAL, 2004).

Com palha de sorgo-de-guiné-gigante (Sorghum bicolor subsp. bicolor raça guinea),

o aporte de 5,0 t ha-1 proporcionou redução de 66 e 54% das espécies de gramíneas e de

latifoliadas, respectivamente. A adição de 15,0 t ha-1 reduziu 95% das gramíneas e 90% das

latifoliadas, quando comparada à ausência de palha (MATEUS et al., 2004).

Afim de analisar a emergência de plantas daninhas em solo coberto com palha de

cana-de-açúcar, CORREIA e DURIGAN (2004), concluíram que a interação espécie de

planta daninha x palha de cana-de-açúcar foi significativa para emergência de plântulas, aos

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6 e 32 dias após a semeadura (DAS), e acúmulo de matéria seca (p<0,01), indicando

dependência entre os fatores, ou seja, as espécies de plantas daninhas não tiveram o

mesmo efeito dentro de cada quantidade de palha, ou as quantidades de palhas não

apresentaram o mesmo comportamento em relação a cada espécie de planta daninha.

Segundo Nunes (2001), um dos principais controles de plantas daninhas em

pastagem é o uso da roçada mecânica que, consiste na utilização de roçadeiras de arrasto,

hidráulica, de trilho, de links e outras. É um processo tratorizado, que, nos dias atuais, ainda

é um dos mais utilizados no controle de invasoras em pastagens cultivadas. Apesar de

apresentar bom rendimento operacional e baixo custo, não controla efetivamente as

invasoras que também rebrotam com vigor. Não é um método seletivo, cortando também o

capim e leguminosas, reduzindo assim a disponibilidade de forragem na pastagem.

Restrições ao uso ocorrem em áreas com tocos, cupins e de topografia acidentada. A

roçada em muitos casos é utilizada como tratamento prévio para utilização de herbicidas.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

A fase experimental desta pesquisa foi representada por um estudo conduzido em

condição de casa-de-vegetação pertencente à Universidade Federal de Mato Grosso –

Campus Universitário do Araguaia (UFMT/CUA), localizada no município de Barra do

Garças – MT, cujas coordenadas geográficas são 15º52‟25” S e 52º18‟51” O GR, durante o

período de 20 de maio a 08 de setembro de 2016.

O estudo foi caracterizado por lotes de sementes da espécie P. virgatum coletadas

em diversas fazendas localizadas em três Estados, a saber: ecótipo Rondonópolis-MT,

ecótipo Redenção-PA e ecótipo Cacoal-RO.

Os lotes foram beneficiados no Laboratório de Sementes da UFMT/CUA e avaliados

quanto à viabilidade de acordo com as regras para análise de sementes propostas para o

gênero Paspalum (BRASIL, 2009).

O experimento foi instalado no delineamento inteiramente casualizado, com seis

repetições e os tratamentos compostos por oito quantidades de palhada, a saber: (0,0; 0,5;

1,0; 2,0; 4,0; 6,0; 8,0 e 10,0 t ha-1).

As amostras de palha foram obtidas pelo corte a 10,0 cm de altura da superfície do

solo em plantas de Urochloa brizantha. A Seguir, as plantas coletadas foram transferidas

para laboratório, cortadas em frações de aproximadamente 2,0 cm, colocadas em sacos de

papel e depois mantidas em estufa de circulação forçada de ar a temperatura de 65º C até

atingir peso constante.

As parcelas consistiram de vasos plásticos com capacidade de 2,0 L, os quais foram

previamente marcados e preenchidos todos com a mesma quantidade de substrato. Após,

em cada vaso foram depositadas 50 sementes de capim-navalha, sendo logo em seguida

colocado palha em quantidade equivalente ao proposto no respectivo tratamento, exceto

aquelas que permaneceram na superfície do substrato sem a palha.

O substrato utilizado foi terra seca e peneirada coletada na camada arável de um

Latossolo Vermelho e Amarelo distrófico, cujas caraterísticas químicas e físicas são: pH em

CaCl2 de 4,8; 22,0 g dm-3 de matéria orgânica; 4,0 mg dm-3 de P resina; V de 44,6%; e

teores de K, Ca, Mg e H+AL de 3,1; 18,0; 6,0 e 34,0 mmolc. dm-3, respectivamente; 706 g kg-

1 de areia, 85 g kg-1 de silte e 209 g kg-1 de argila, caracterizando-o como sendo de textura

franco arenosa. Não foi realizada nenhuma correção quanto à fertilidade e acidez do solo

utilizado.

O efeito que a quantidade de palha exerceu sobre as sementes foi avaliado

diariamente pelo número de plântulas emergidas até se completarem 35 dias após a

semeadura (DAS), data em que não houve variação entre as avaliações realizadas pelo

período de cinco dias (BRASIL, 2009). Coletou-se a temperatura mínima e máxima

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diariamente durante o experimento no período matutino, obtendo as medias de 35ºC de

temperatura máxima e 18ºC de temperatura mínima.

Os efeitos da quantidade de palha na semente foram avaliados pela porcentagem de

emergência de plântulas, índice de velocidade de emergência, frequência relativa de

emergência, tempo médio de emergência e sincronia de emergência.

Para o cômputo da porcentagem de germinação aplicou-se a equação estabelecida

por Labouriau e Valadares (1976):

E = (N / A) x 100

onde:

E = porcentagem de emergência de plântulas (%);

N = número de plântulas emergidas;

A = número de sementes colocadas no substrato

Também foi avaliado o Índice de velocidade de emergência (IVE), por meio da

fórmula descrita por Maguire (1962):

IVE = E1 + E2 + ... + En

N1 N2 Nn

onde:

IVE = índice de velocidade de emergência de plântulas;

E1, E2, En = número de plântulas normais computadas na primeira, na segunda e na

última contagem, respectivamente;

N1, N2, Nn = número de dias de semeadura à primeira, segunda e última contagem,

respectivamente.

O tempo inicial (ti), final (tf) e médio (tm), sincronia (Z) e frequência relativa de

germinação (Fr) foram obtidos utilizando as fórmulas descritas por Santana e Ranal (2004).

O tempo inicial (ti) foi considerado como a data do dia da primeira plântula que emergiu e

como tempo final (tf) a data final da emergência no dia a partir do qual a emergência de

plântulas estabilizou.

k k

tm = Σniti / Σni

i=1 i=1

onde:

tm = tempo médio;

ti = tempo entre o início do experimento e a i-ésima observação (dia);

ni = número de plântulas que emergiram no tempo ti (não o número acumulado, mas

o número referido para a i-ésima observação);

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k = último tempo de emergência das sementes.

A sincronia foi determinada pela fórmula:

Z = - Σni fr log2 fr

i=1

em que:

Z = sincronia

fr = frequência relativa da emergência;

log2 = logaritmo de base 2;

k = último dia de observação

k

fr = ni / Σni

i=1

sendo:

fr = frequência relativa da emergência;

ni = número de sementes emergidas no dia i;

k = último dia de observação.

Os resultados de emergência de plântulas (%) e IVE foram analisados quando à

distribuição normal pelo teste de Shapiro-Wilk a 5% de significância. Após procedeu-se a

análise de variância dos dados pelo teste F e, quando significativo, as médias comparadas

pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. A variação na frequência relativa de

emergência foi avaliada observando-se a unimodalidade ou polimodalidade dos polígonos.

Os resultados de tempo médio e sincronia de emergência de plântulas foram ajustados aos

modelos de regressão polinomial ou exponencial pelo programa Origin 8.5.1 SR1. Para

escolha do modelo de regressão foi considerado o maior valor do coeficiente de

determinação (R2) a p ≤ 0,05 de acordo com o teste F, respeitando-se a resposta biológica.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com a Tabela 1 é possível observar que as sementes do ecótipo Cacoal

possuem o peso de mil sementes (PMS) de 1,617 g, sendo estatisticamente superior ao

ecótipo Redenção e Rondonópolis com 1,460 e 1,268 g, respectivamente. Em contrapartida,

ao analisar a viabilidade dessas sementes, nota-se que as sementes oriundas de

Rondonópolis possuem maior vigor, quando comparadas às sementes dos demais ecótipos,

apresentando 77,9% de viabilidade enquanto as sementes de Redenção e Cacoal

apresentaram 49,5 e 25,4% respectivamente, havendo diferença significativa entre elas.

Deduz-se que este fato possa explicar a maioria dos resultados que foram obtidos ao longo

deste trabalho.

Tabela 1 - Peso de mil sementes (PMS) e viabilidade de sementes cheias dos ecótipos

Rondonópolis, Redenção e Cacoal. Barra do Garças – MT, 2016

Ecótipo PMS (g) Viabilidade (%)

Rondonópolis 1,268 c 77,9 a

Redenção 1,460 b 49,5 b

Cacoal 1,617 a 25,4 c

F Ecótipo 175,48** 455,63**

C.V. (%) 2,58 6,8

** Significativo a 1% de probabilidade. Médias seguidas de mesma letra não diferem

estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.

Ao analisar a Tabela 2 e estabelecer comparativo entre os ecótipos, pode-se

observar que a porcentagem de emergência de plântulas de P. virgatum foi maior quando

utilizadas sementes oriundas de ambientes da cidade de Rondonópolis, apresentando

diferença estatística dos ecótipos Redenção e Cacoal, independentemente da quantidade

de palha utilizada.

Avaliando os lotes de sementes dos três ecótipos separadamente, observa-se que o

lote de sementes de Rondonópolis submetido ao tratamento sem palha em cobertura (0,0 t

ha-1) apresentou a maior porcentagem de emergência, podendo ser notada diferença

estatística quando comparado aos demais tratamentos com quantidades de palhada.

Percebe-se que o aumento da quantidade de palha afetou diretamente a emergência das

plântulas de P. virgatum desse lote, visto que as porcentagens reduziram conforme se

acrescentou palha, havendo diferença estatística entre todos os tratamentos (Tabela 2).

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Tabela 2. Emergência (%) de plântulas de P. virgatum obtida em função do ecótipo e da

quantidade de palha em cobertura. Barra do Garças – MT, 2016.

Palha (t ha-1) Ecótipo

Rondonópolis Redenção Cacoal

0,0 74,0 aA 46,0 bA 23,3 cA

0,5 66,7 aB 39,7 bB 23,6 cA

1,0 62,3 aC 38,0 bB 22,7 cA

2,0 54,3 aD 35,3 bC 20,0 cA

4,0 47,6 aE 33,6 bC 19,6 cA

6,0 41,3 aF 33,3 bC 15,0 cB

8,0 38,0 aG 30,3 bC 13,7 cB

10,0 31,3 aH 33,0 aC 12,0 bB

F Ecótipo (E) 953,19**

F Palha (P) 82,54**

F (E x P) 16,62**

C.V. (%) 10,5

** Significativo a 1% de probabilidade. Médias seguidas de mesma letra minúscula na linha

e mesma letra maiúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de

Scott-Knott a 5% de probabilidade.

Para o ecótipo Redenção, o tratamento sem palha em cobertura 0,0 t ha-1 também

apresentou a maior porcentagem de emergência e diferenciou-se estatisticamente do que

quando utilizado quantidades diferentes de palhada. No entanto observa-se que os

tratamentos 0,5 e 1,0 t ha-1 não diferiram entre si, porem foram estatisticamente superiores

às demais porções de palha em cobertura. Para as quantidades de palha entre 2,0 e 10,0 t

ha-1 não foram observadas diferenças estatísticas (Tabela 2).

Ainda na Tabela 2 observa-se que o lote de sementes de Cacoal, embora com a

menor viabilidade (Tabela 1), foi o que apresentou maior resistência ao aumento de

quantidade de palha, visto que não houve diferença significativa entre os tratamentos 0,0;

0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 t ha-1, indicando que a porcentagem de emergência não foi alterada

conforme acrescentou-se mais palhada.

Martins et al. (1999) em estudo da emergência de dicotiledôneas infestantes em solo

coberto com palha de cana-de-açúcar, concluíram que para Sida rhombifolia, a presença da

cobertura do solo com palha reduziu significativamente a emergência das plântulas e esse

efeito foi mais intenso quanto maior a quantidade de palha utilizada. Para Euphorbia

heterophylla, a presença da cobertura em qualquer das quantidades de palha testadas não

afetou a emergência das plântulas. Entretanto, a retirada da cobertura morta dos

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tratamentos de 10,0 e 15,0 t ha-1de palha estimulou a emergência. Para B. pilosa, em

comparação à testemunha (0,0 t ha-1), a presença da cobertura morta com palha de cana

nas quantidades de 2,0 a 6,0 t ha-1 implementou a emergência das plântulas; nas

quantidades de 8 a 10 t ha-1não afetou a emergência, e na quantidade de 15,0 t ha-1, inibiu a

emergência.

Os polígonos de frequência relativa de emergência das plântulas do capim-navalha

dos lotes de Rondonópolis, Redenção e Cacoal obtidos em diferentes quantidades de palha

localizam-se na Figura 1. Verifica-se que os polígonos da distribuição de frequência relativa

de emergência das sementes de Rondonópolis que receberam 0,0; 0,5; e 1,0; t ha-1 de palha

tenderam à unimodalidade com pico de emergência das plântulas ocorrido entre o sétimo e

décimo primeiro dia. Opostamente, observa-se polimodalidade nos polígonos de frequência

relativa de emergência daquelas sementes que receberam 2,0; 4,0; 6,0; 8,0; e 10,0 t ha-1 de

palha, com relativo deslocamento do tempo médio de emergência para a direita do gráfico

indicando menor homogeneidade no comportamento germinativo das sementes.

Os polígonos de frequência relativa de germinação obtidos a partir das sementes

provenientes de Redenção, apresentam unimodalidade nas quantidades de 0,0; 0,5; e 1,0; t

ha-1 de palha, com o pico de emergência das plântulas acontecido entre o sétimo e decimo

terceiro dia. E como ocorrido nas sementes oriundas de Rondonópolis, a partir de 2,0 t ha -1

de palha, nota-se a polimodalidade nos polígonos de frequência relativa de emergência,

aumentando o tempo médio de emergência indicando a desuniformidade no comportamento

germinativo das sementes (Figura 1).

Semelhantemente, os polígonos de frequência relativa de emergência obtidos a partir

das sementes vindas de Cacoal apresentam unimodalidade nas quantidades de 0,0; 0,5; e

1,0; t ha-1 de palha, com pico de emergência das plântulas ocorrido também entre o sétimo e

decimo terceiro dia. E ainda é possível notar a polimodalidade nos polígonos que receberam

de 2,0 t ha-1 de palha em diante, observando vários picos de emergência de plântulas ao

decorrer do tempo médio de germinação, concluindo também que nesse lote há uma

desuniformidade no comportamento germinativo das sementes (Figura 1).

Pesquisa realizada por Bortolin (2016) revelou que o pico de frequência de

germinação de sementes de Paspalum regnellii ocorreu durante os cinco primeiros dias em

que o experimento foi realizado e que sementes coletadas em anos diferentes apresentaram

forma diferenciada na frequência de germinação. De acordo com Gross (1984), sementes

que exibem frequência de germinação ou emergência mais uniforme permitem um rápido

crescimento do sistema radicular e da parte aérea, possibilitando à planta aproveitar

rapidamente as reservas nutricionais e hídricas do solo e aumentando a probabilidade de

sucesso no estabelecimento da planta.

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0

10

20

30

40

50

Fre

qu

ên

cia

de

em

erg

ên

cia

(%

)

Dias

0,0 t ha-1

MT PA RO

A

0

10

20

30

40

50

Fre

qu

ên

cia

de

em

erg

ên

cia

(%

)

Dias

0,5 t ha-1

MT PA RO

B

0

10

20

30

40

50

Fre

qu

ên

cia

de

em

erg

ên

cia

(%

)

Dias

1,0 t ha-1

MT PA RO

C

0

10

20

30

40

50

Fre

qu

ên

cia

de

em

rgê

nc

ia (

%)

Dias

2,0 t ha-1

MT PA RO

D

0

10

20

30

40

50

Fre

qu

ên

cia

de

em

erg

ên

cia

(%

)

Dias

4,0 t ha-1

MT PA RO

E

0

10

20

30

40

50

Fre

qu

ên

cia

de

em

erg

ên

cia

(%

)

Dias

6,0 t ha-1

MT PA RO

F

0

10

20

30

40

50

Fre

qu

ên

cia

de

em

erg

ên

cia

(%

)

Dias

8,0 t ha-1

MT PA RO

G

0

10

20

30

40

50

Fre

qu

ên

cia

de

em

erg

ên

cia

(%

)

Dias

10,0 t ha-1

MT PA RO

H

Figura 1. Frequência relativa de emergência de plântulas de P. virgatum obtida em função

do ecótipo e da quantidade de palha em cobertura. Barra do Garças – MT, 2016. A – 0,0

(zero) t ha-1; B – 0,5 t ha-1; C – 1,0 t ha-1; D – 2,0 t ha-1; E – 4,0 t ha-1; F – 6,0 t ha-1; G – 8,0 t

ha-1 e H – 10,0 t ha-1.

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Concenço et al. (2014), comentam que as plantas daninhas desenvolveram

estratégias durante o processo evolutivo as quais facilitam o estabelecimento e a

sobrevivência da espécie no ambiente. Do ponto de vista reprodutivo e de forma geral, as

plantas daninhas produzem alta quantidade de sementes viáveis, com morfologia que

facilitam a dispersão e com dispositivos fisiológicos intrínsecos à dormência, garantindo

assim germinação escalonada de sementes. Este fato auxilia no entendimento do

comportamento de emergência de plântulas de P. notatum verificado neste estudo quanto à

amplitude do período os quais foram observadas as frequências de emergência de

plântulas.

Analisando o tempo médio de emergência de plântulas, verifica-se que as sementes

de Rondonópolis apresentaram medias de emergência de plântulas entre dez e treze dias

após a semeadura. As sementes de Redenção obtiveram médias de emergência entre dez e

dezessete dias, e as sementes de Cacoal apresentaram médias entre dez e dezenove dias.

Observando a linha de tendência é possível inferir que os três lotes apresentaram

comportamento diferente quanto ao tempo médio de emergência de plântulas (Figura 2).

Figura 2. Tempo médio de emergência de plântulas de P. virgatum obtido em função do

ecótipo e da quantidade de palha em cobertura. Barra do Garças – MT, 2016. ** Significativo

a 1% de probabilidade.

0 2 4 6 8 10 12

10

12

14

16

18

20

Te

mp

o m

éd

io (

dia

s)

Quantidade de palha (t ha-1)

Y**Rod = 9,29 + 1,09X - 0,07X2 R

2 = 0,9020

Y**Red = 10,32 + 2,49X - 0,18X2 R

2 = 0,8164

Y**Cac = 9,86 + 1,58X - 0,08X2 R

2 = 0,8681

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O padrão de germinação das sementes é um fator importante que influência a

relação biológica de competição entre as espécies, onde quanto mais rapidamente a

semente emergir, tanto da cultura quanto das plantas daninhas, maior será a possibilidade

de a espécie adiantar-se no recrutamento dos recursos do meio. Porém, caso ocorra

escassez do recurso devido a alterações ambientais, a espécie que emergir primeiro ficará

mais vulnerável e aquelas que emergirem tardiamente poderão ser beneficiadas caso a

disponibilidade de recursos seja restabelecida (PITELLI, 2014).

Balbinot Jr. et al., (2003) e Rigoli et al., (2009) afirmam que o potencial competitivo

de uma determinada espécie dependerá da utilização antecipada do espaço, representado

pelos recursos, os quais serão restringidos às plantas vizinhas. A planta paralisa o

crescimento quando seu espaço se sobrepõe ao das concorrentes, de forma que os últimos

indivíduos a emergirem têm seu crescimento reduzido. Segundo Radosevich et al. (1997),

na ausência de outras formas negativas de competição, as plantas que maximizam a

captura de recursos, em relação aos seus vizinhos, dominarão a comunidade vegetal.

Dessa maneira, diferenças na época de emergência podem afetar as habilidades

competitivas de duas espécies.

A maior sincronia de emergência das plântulas (0,45) das sementes do capim

navalha no tratamento sem palha como cobertura (0,0 t ha-1) foi obtida nos lotes de

sementes provenientes de Rondonópolis e Redenção quando localizadas na superfície do

substrato. Todavia, o lote de sementes de Rondonópolis apresentou maior sincronização de

emergência quando as sementes receberam diferentes quantidades de palha em sua

cobertura, pois os valores de sincronia variaram de 0,15 a 0,45. A segunda melhor

sincronização de emergência de plântulas foi adquirida no lote de Redenção com valores

entre 0,14 e 0,45 e o lote de Cacoal exibiu o menor sincronismo de emergência variando

entre 0,05 e 0,38 (Figura 3).

Conserva (2007) comenta que o padrão da sincronia de germinação é um parâmetro

muito eficaz para entender como as espécies que colonizam um mesmo espaço físico

podem explorar diferentes oportunidades, distribuindo diferencialmente sua germinação no

tempo. Blanco (2014) considera que o fluxo de germinação das sementes de plantas

daninhas, ou seja, a sincronia de germinação é importante fator para a caracterização dos

padrões de infestação de uma determinada espécie ao longo do tempo. O autor ainda relata

que é fundamental classificar as plantas daninhas em relação a seu modelo de emergência

para auxiliar programas de controle, principalmente integrado, em que há complementação

do método químico e mecânico, onde ambos podem influenciar de maneira generalizada a

dinâmica de emergência das plantas daninhas.

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Figura 3. Sincronia de emergência de plântulas de P. virgatum obtida em função do ecótipo

e da quantidade de palha em cobertura. Barra do Garças – MT, 2016. ** Significativo a 1%

de probabilidade.

Assim como notado nas variáveis anteriormente citadas, o maior índice de

velocidade de emergência (IVE) foi obtido no lote de sementes oriundo do ecótipo de

Rondonópolis. Salienta-se que, apenas quando utilizado 10,0 t ha-1 de palha em cobertura, o

lote de Rondonópolis não se diferenciou estatisticamente do ecótipo Redenção.

Estabelecendo comparativo entre os lotes de Redenção e Cacoal percebe-se que não

houve diferença significativa para as quantidades 2,0; 4,0; 8,0 e 10,0 t ha-1 de palha em

cobertura (Tabela 3).

Analisando somente o lote de sementes de Rondonópolis nota-se que não foi

observada diferença estatisticamente significativa para IVE nas quantidades de palha de 0,0

e 0,5 t ha-1. Já o IVE das sementes que receberam 2,0 e 6,0 se difere entre si e das demais

quantidades, onde quanto maior a quantidade de palha colocada menor o IVE obtido

(Tabela 3).

0 2 4 6 8 10 12

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

Sin

cro

nia

de

em

erg

ên

cia

Quantidade de palha (t ha-1)

Y**Rod = 0,45 - 0,10X + 0,007X2 R

2 = 0,8628

Y**Red = 0,48 - 0,13X + 0,010X2 R

2 = 0,7243

Y**Cac = 0,38 - 0,09X + 0,005X2 R

2 = 0,8881

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Tabela 3. Índice de velocidade de emergência de plântulas de P. virgatum obtido em função

do ecótipo e da quantidade de palha em cobertura. Barra do Garças – MT, 2016

Palha (t ha-1) Ecótipo

Rondonópolis Redenção Cacoal

0,0 4,06 aA 2,02 bA 1,21 cA

0,5 3,59 aA 1,90 bA 1,23 cA

1,0 2,80 aB 1,69 bA 1,03 cA

2,0 2,73 aB 1,15 bB 0,79 bB

4,0 2,13 aC 1,07 bB 0,64 bB

6,0 1,74 aC 1,11 bB 0,55 cB

8,0 1,51 aD 0,91 bB 0,50 bB

10,0 1,22 aD 0,96 aB 0,37 bB

F Ecótipo (E) 179,76**

F Palha (P) 31,57**

F (E x P) 4,46**

C.V. (%) 28,7

** Significativo a 1% de probabilidade. Médias seguidas de mesma letra minúscula na linha

e mesma letra maiúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de

Scott-Knott a 5% de probabilidade.

As sementes provenientes de Redenção que receberam 0,0; 0,5 e 1,0 t ha-1 de palha

em sua cobertura tiveram a maior porcentagem de IVE e não diferiram estatisticamente

entre si. A partir de 2,0 t ha-1 de palha o índice de velocidade de germinação foi decaindo

gradativamente, chegando ao seu menor valor quando as sementes receberam 10,0 t ha-1

de palha. Os resultados de IVE obtidos com o lote de sementes provenientes de Cacoal

foram semelhantes aos observados com o lote de Redenção, onde as quantidades de palha

0,0; 0,5 e 1,0 t ha-1 não tiveram diferença estatisticamente significativa quanto ao índice de

velocidade de germinação; e também quanto maior a quantidade de palha menor o IVE

obtido (Tabela 3).

A velocidade de germinação é um dos conceitos mais antigos de vigor de sementes

(AOSA, 1983) e tem por objetivo determinar o vigor relativo de um determinado lote de

sementes. Lotes de sementes com porcentagens de germinação semelhantes

frequentemente mostram diferenças em suas velocidades de germinação, indicando que

existem diferenças de vigor entre eles. Este método baseia-se no princípio de que lotes de

sementes com maior velocidade de germinação são mais vigorosos, ou seja, há uma

relação direta entre a velocidade de germinação e o vigor (NAKAGAWA et al., 1999).

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Adotando este conceito, foi possível observar neste estudo que as sementes de

capim-navalha, independentemente de sua origem, possuem vigor na emergência da

plântula desde que recebam quantidades de palha inferiores a 4,0 t ha-1, sugerindo que

quanto maior a quantidade de palha em cobertura na semente menor será a porcentagem

de emergência de plântulas.

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5. CONCLUSÕES

Nas condições em que foi conduzido este experimento, pode-se concluir que:

A quantidade de palha influencia inversa e negativamente na emergência de

plântulas do capim-navalha.

O ecótipo que obteve os melhores resultados de porcentagem de emergência de

plântulas de capim-navalha foi Rondonópolis.

O capim-navalha tem melhor porcentagem de emergência com quantidades de até

1,0 t ha-1 de palha em cobertura na semente.

Sementes cobertas com as quantidades de 8,0 e 10,0 t ha-1 de palha tem a menor

porcentagem de emergência.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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