Upload
hathu
View
215
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Carina Martins de Moraes
Produção e avaliação de proteína SeM
recombinante para o controle de Adenite Eqüina
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Tese
Pelotas, 2008
1
CARINA MARTINS DE MORAES
Produção e avaliação de proteína SeM recombinante p ara o controle de Adenite Equina
Orientador: Dr. Carlos Gil Turnes
Co-orientadores: Dr. Carlos Eduardo Wayne Nogueira
Dr. Fábio Pereria leivas Leite
Dr. Fabrício Rochedo Conceição
Pelotas, 2008
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor em Ciências (área de conhecimento: Produção de Vacinas).
2
Banca examinadora:
Prof. Dr. Agueda Palmira Castagna de Vargas, Universidade Federal de Santa Maria
Prof. Dr. Carlos Eduardo Wayne Nogueira, Universidade Federal de Pelotas
Prof. Dr. Silvia Oliveira Hübner, Universidade Federal de Pelotas
Prof. Dr. Fábio Pereira Leivas Leite, Universidade Federal de Pelotas (Co-orientador)
Prof. Dr. Fabrício Rochedo Conceição, Universidade Federal de Pelotas (Co-orientador)
Prof. Dr. Carlos Gil Turnes, Universidade Federal de Pelotas (Orientador)
3
Dados de catalogação na fonte: Ubirajara Buddin Cruz – CRB-10/901 Biblioteca de Ciência & Tecnologia - UFPel
M827p Moraes, Carina Martins de Produção e avaliação de proteína SeM recombinante
para o controle de adenite eqüina / Carina Martins de Moraes ; orientador Carlos Gil Turnes ; co-orientador Carlos Eduardo Wayne Nogueira, Fábio Pereira Leivas Leite, Fabrício Rochedo Conceição. – Pelotas, 2008. – 79f. : il. – Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Centro de Biotecnologia. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, 2008.
1.Biotecnologia. 2.Adenite eqüina. 3.Streptococcus equi.
4.rSeM. 5.Vacina. 6.ELISA. I.Turnes, Carlos Gil. II.Nogueira, Carlos Eduardo Wayne. III.Leite, Fábio Pereira Leivas. IV.Conceição, Fabrício Rochedo. V.Título.
CDD: 636.100896
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente aos meus pais, Roni e Jacira, por sempre estarem
ao meu lado me incentivando e por terem despertado em mim o gosto pela pesquisa
e experimentação mesmo sem serem pesquisadores, estimulando minhas
indagações durante a vida. Essa conquista também é de vocês.
Ao meu orientador, Dr. Carlos Gil Turnes, por todo apoio durante o
desenvolvimento deste projeto. Professor acima de tudo, me ensinou que a única
forma de adquirir sabedoria é compartindo o conhecimento e me mostrou que a
docência é uma eterna troca de aprendizado.
Ao Dr. Fábio Pereira Leivas Leite, pela amizade e pelo exemplo de
profissional a ser seguido. Em todas as etapas deste trabalho soube orientar de
forma impecável muitos de meus passos, estimulando e tornando possível meu
crescimento pessoal e profissional. Suas atitudes sensatas e retas foram
impressindíveis para que eu sempre focasse em meus objetivos.
Ao Dr. Carlos Eduardo Wayne Nogueira pela amizade, parceria de longa data
e por ter despertado em mim, desde a graduação, o respeito pela vida animal e o
gosto pela clínica médica. Sua colaboração de grande valia nunca me permitiu
esquecer que a pesquisa científica, antes de mais nada, deve ter aplicação prática.
Ao Dr. Fabrício Rochedo Conceição, por sua contribuição científica
importantíssima para a realização desta tese.
A Dr. Agueda Vargas e ao LABAC, por toda a colaboração e parceria desde o
início deste trabalho.
Aos grandes amigos e colaboradores, Andréa e Alceu. Espero que minhas
atitudes durante estes anos de trabalho possam ter expressado minha gratidão por
tudo que o apoio de vocês significou e sempre significará para mim. Sem vocês este
trabalho não seria possível.
Aos amigos do laboratório 4 do CENBIOT (Adalgisa, Liana, Lorena, Mayara,
Mariana, Nizoli, Rodrigo, João Rodrigo, Cleonice, Luciano) e do laboratório 6 do
Instituto de Biologia (Regis e Rita), pelo companheirismo e por tornarem os dias de
trabalho mais alegres.
5
À minha amiga de todas as horas, Talita, pelas lágrimas e risadas divididas e
por me fazer enxergar que mesmo parecendo, nada é por acaso. E que é nas
situações mais difíceis que aprendemos as maiores lições.
Aos velhos amigos Fabiana, Milton e Amanda, que me conhecem como
ninguém e que me impulsionaram desde o início a buscar meus objetivos sem
esquecer quem sou.
Aos verdadeiros amigos adquiridos durante a caminhada: Éverton, Flávia,
Luana, Mariana Coutinho, Michele, Otávio e Roberta. Obrigada por compartilharem
comigo minhas alegrias e tristezas e por me possibilitarem disfrutar do convívio com
suas famílias, me abrindo as portas de seus lares e nunca me permitindo desistir
frente aos obstáculos. Vocês, com toda certeza, são os melhores resultados desta
tese.
À CAPES, CNPq e FAPERGS, pelo apoio financeiro que permitiu a realização
deste trabalho.
Muito Obrigada.
6
RESUMO
MORAES, Carina Martins. Produção e avaliação de proteína SeM recombinante para o controle de Adenite Equina. 2008. 79 f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas,Brasil. A Adenite Eqüina é uma enfermidade contagiosa do trato respiratório superior dos eqüídeos causada por Streptococcus equi subesp. equi. Animais portadores assintomáticos responsáveis pela permanência da infecção nos rebanhos só podem ser detectados por métodos microbiológicos ou sorológicos e as vacinas utilizadas no controle da doença induzem níveis de proteção geralmente não superiores a 50 %. Considerando que a proteína SeM de S. equi é o antígeno mais promissor na proteção contra a doença, este trabalho objetivou produzir a proteína SeM recombinante de S. equi, visando sua utilização como antígeno em vacinas e em ELISA. Proteína SeM recombinante (rSeM) foi produzida mediante a clonagem e expressão em Escherichia coli e purificada por cromatografia de afinidade. Para testar sua capacidade imunogênica, vacinas elaboradas com rSeM foram aplicadas a camundongos. Fêmeas Balb/c isogênicas com 4-6 semanas foram divididas aleatoriamente e inoculadas por via SC com 1/20 da dose vacinal estimada para cavalos, nos dias 0 e 21 do experimento. Um grupo foi vacinado com 250 µL (12 µg mL-1) de proteína recombinante sem adjuvante, outro com 300 µL de vacina contendo 12 µg mL-1 rSeM adicionada de 20% de hidróxido de alumínio, outros dois grupos com duas bacterinas comerciais contra Adenite Eqüina; dois grupos com as vacinas comerciais, acrescidas de 12 µg mL-1
de rSeM e o grupo restante com uma bacterina contendo cepas de campo. O grupo controle foi inoculado com o mesmo volume de solução salina estéril. Coletou-se sangue por punção do plexo venoso retro-ocular nos dias 0, 21 e 42. Os anticorpos foram titulados por ELISA utilizando a proteína rSeM como antígeno. A rSeM foi imunogênica em camundongos com índices de proteção de 100%. Para a padronização de um ELISA, utilizaram-se grupos de 20 soros equinos de animais negativos, vacinados e positivos. Utilizando um ponto de corte de média das densidades ópticas dos soros negativos acrescidos de dois desvios padrão, o teste teve 100% de sensibilidade e especificidade. Palavras chave : Adenite Eqüina, Streptococcus equi, rSeM, vacina, ELISA
7
ABSTRACT
MORAES, Carina Martins. Production and evaluation of a recombinant SeM protein for Strangles´ control. 2008. 79f. DSc Thesis - Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, Brazil. Strangles is a contagious disease of the upper respiratory tract of horses caused by Streptococcus equi subsp. equi. Asymptomatic carriers responsible for maintaining the infection in the herd can only be detected by serological or microbiological methods and vaccines used for the control of the disease induce levels of protection generally not exceeding 50%. Considering that S. equi SeM protein is considered the most promising antigen to protect against the disease, this research aimed to produce and evaluate as antigen for vaccines and for ELISA, a recombinant S. equi SeM protein (rSeM). rSeM was produced by cloning and expression in Escherichia coli and purified by affinity chromatography. To test its immunogenicity isogenic female Balb-c mice 4-6 weeks-old were randomly divided and inoculated with 1 / 20th of the estimated dose of the vaccine for horses by the SC route, on days 0 and 21 of the experiment. One group was vaccinated with 250µL (12 µg mL-1) of rSeM without adjuvant, another with 300µL of vaccine containing 12 µg mL-1 of rSeM plus 20% of aluminiun hydroxide, two other groups were vaccinated with two commercial bacterins against Strangles, other two groups were vaccinated with the same commercial vaccines containing 12 µg mL-1 of rSeM and the remaining group was inoculated with a bacterin produced with a field strain. The control group was inoculated the same dose of sterile saline. Blood samples were collected from the retro-orbital venous plexus on days 0, 21, 42. The antibodies were titrated by ELISA using rSeM as antigen. rSeM was immunogenic for mice with a protection index of 100%. For the standardization of an ELISA, groups of 20 negative, vaccinated and positive animals were used. Using as Cut-off the mean plus two SD of the Optical Densities of the negatives, the test showed 100% sensitivity and specificity. Key words: Strangles, Streptococcus equi, rSeM, ELISA, vaccines
8
LISTA DE ABREVIATURAS
Albumina sérica bovina BSA
Anticorpo monoclonal MAb
Days post inoculation dpi
Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay ELISA
Escherichia coli E. coli
Escherichia coli TOP 10 (InvitrogenTM) TOP 10
Gene da Proteina M de Streptococcus equi subesp. equi SeM
Intraperitoneal IP
Isopropyl-beta-D-thiogalactopyranoside IPTG
Kilo Dalton kDa
Luria Bertani low salt LB
Proteína M de Streptococcus equi subesp. equi SeM
Proteína M recombinante de Streptococcus equi subesp. equi rSeM
Reação em cadeia da polimerase PCR
Streptococcus equi subesp. equi S. equi
9
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................10
2 ARTIGO 1: Adenite Eqüina: Sua etiologia, diagnóstico e controle .........................15
Introdução .................................................................................................................18
Conclusão .................................................................................................................31
Referências bibliográficas .........................................................................................32
3 ARTIGO 2: Evaluation of the immunogenicity of a recombinant SeM protein in mice
...............................................................................................................................41
Introduction................................................................................................................43
Material and Methods...................................................Erro! Indicador não definido.
Results ......................................................................................................................48
Discussion.................................................................................................................50
References................................................................................................................51
4 ARTIGO 3: Evaluation of an ELISA using a recombinant SeM protein of
Streptococcus equi subsp. equi .............................................................................55
Introduction................................................................................................................57
Material and Methods...................................................Erro! Indicador não definido.
Results ......................................................................................................................62
Discussion.................................................................................................................64
References................................................................................................................65
5. CONCLUSÕES .....................................................................................................69
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................70
10
1. INTRODUÇÃO
O Brasil possui o terceiro maior rebanho eqüino do mundo, com um plantel de
5,9 milhões de animais, segundo números da Food and Agriculture Organization
(FAO) de 2002, ficando atrás apenas da China (8,2 milhões) e do México (6,2
milhões). No país, a eqüinocultura é responsável por 1,2 milhões de empregos,
ocupando diretamente mais de 500 mil pessoas. O setor forma hoje uma importante
cadeia do agronegócio, com forte interação dos setores ligados ao lazer, cultura e
turismo, sendo uma das cadeias produtivas que oferece mais oportunidades de
trabalho, conquistando posição de destaque na economia nacional, embora o
potencial econômico da atividade seja pouco conhecido. A capacidade dos criadores
em produzirem animais de qualidade, com visão mercadológica, incrementa a
perspectiva de crescimento desse setor da pecuária. Um exemplo é a exportação
brasileira de eqüinos puro-sangue árabe, que ocupa 2º lugar no mundo, perdendo
apenas para os Estados Unidos (CNA, 2003). Com base neste fato, todo processo
que venha prevenir ou possibilitar diagnósticos precisos para doenças infecciosas
nesses rebanhos tem crucial importância, tanto do ponto de vista de mercado quanto
de saúde animal.
As enfermidades do trato respiratório de eqüinos têm um papel importante no
que diz respeito a estas perdas. Os distúrbios deste sistema podem ocupar o
segundo lugar atrás dos distúrbios do sistema músculo esquelético na limitação do
desenvolvimento atlético dessa espécie (KOWALSKI, 2000). Ocorrem grandes
perdas econômicas quando os programas de treinamento são interrompidos em
razão de enfermidades respiratórias. Portanto, a detecção precoce de problemas
respiratórios é essencial para o rápido retorno dos animais de corrida aos treinos,
porém é ainda mais importante na prevenção de complicações secundárias que, por
11
fim, podem encerrar prematuramente a carreira do animal (AINSWORTH & BILLER,
2000).
Dentre as afecções do trato respiratório superior de cavalos, a Adenite
Eqüina, uma doença bacteriana de alta morbidade é uma das mais comumente
enfrentadas pelos animais, principalmente nas regiões mais frias do país, como o
Rio Grande do Sul. Dentre os casos de enfermidade infecciosas de eqüinos que são
notificadas ao International Collating Centre, 30% são casos de Adenite Eqüina
(CHANTER , 1997).
A Adenite Eqüina, também conhecida como “Garrotilho”, é uma enfermidade
bacteriana causada pelo Streptococcus equi subesp. equi (S. equi), bactéria β
hemolítica do grupo C de Lancefield, que atinge o trato respiratório superior de
eqüinos acometendo animais de todas as idades, preferencialmente os jovens
(SWEENEY, 1993; TIMONEY et al., 1997). Existem diferentes cepas do agente que
influem diretamente na resposta imune e na severidade dos sinais clínicos (GRANT
et al., 1993).
S. equi é fenotipicamente e geneticamente relacionado com S. equi subesp.
zooepidemicus, sendo estes considerados da mesma espécie até 1984. Entretanto,
após estudos de homologia de DNA, demonstrada sua semelhança genética e
fenotípica, as espécies forma reclassificadas como S. equi subesp. equi e S. equi
subesp. zooepidemicus (FACKLAM, 2002; EUZÉBY, 2005). A fermentação de
lactose, sorbitol e trealose utiliza-se como critério para a diferenciação dessas
espécies. S. equi não fermenta nenhum destes carboidratos entanto que S. equi
subesp. zooepidemicus fermenta lactose e sorbitol (KUWAMOTO et al., 2001). Foi
relatado, porém, que cepas atípicas de S. equi fermentam açúcares (GRANT et al.,
1993), dificultando a diferenciação fenotípica desses agentes.
A doença tem alta morbidade e baixa letalidade, o que é de relevância nos
locais com grandes concentrações de eqüinos e pode ocorrer em todas as épocas
do ano. As condições climáticas de frio e umidade facilitam a sobrevivência do
agente e sua disseminação, o que faz com que os animais que vivem nos estados
mais frios e úmidos do país, como o Rio Grande do Sul, sejam mais propícios à
infecção. Os cavalos acometidos apresentam perda de performance, gerando gastos
com tratamento e mão de obra.
O diagnóstico clínico e o tratamento são realizados sem dificuldade, mas há
carência de kits comerciais de fácil aceso para o diagnóstico de certeza. A profilaxia,
12
por sua vez, está limitada pela baixa eficácia das vacinas disponíveis no mercado,
que protegem em torno de 50% dos vacinados, apenas reduzindo a severidade da
doença e a morbidade durante os surtos (HARRINGTON et al, 2002).
S. equi sintetiza vários fatores de virulência, entre eles cápsula de ácido
hialurônico, hialuronidase, streptolisina O, streptoquinase, receptores para Fc de
IgG, peptidoglicano e proteína M. Além desses, LANNERGARD et al. (2003)
descreveram uma proteína de 657 aminoácidos denominada CNE que tem a
propriedade de ligar colágeno, e que por sua similitude com a proteína CNA de
Staphylococcus aureus poderia ser outro fator de virulência. Foram também
identificadas duas proteínas extracelulares que se ligam a fibronectina, denominadas
FNE (LINDMARK & GUSS et al., 1999; LINDMARK et al., 2001) e SFS (LINDMARK
& GUSS et al., 1999), agindo como fatores de aderência às células alvo do
hospedeiro.
ANZAI et al. (1999) comunicaram que cepas de S. equi isoladas na América
do Norte, Japão e Irlanda apresentaram uma importante atividade mitogênica e
pirogênica, e sugeriram que a diferença na virulência com S. equi subesp.
zooepidemicus poderia dever-se a sua capacidade de produzir proteínas análogas
às exotoxinas pirogênicas de S. pyogenes. ARTIUSHIN et al. (2002) caracterizaram
dois mitógenos pirogênicos, denominados SePE-H e SePE-I, e testaram a
imunogenicidade destas proteínas, confirmando que elas conferem maior virulência
ao S. equi. A cápsula é também um importante fator de patogenicidade, já que
cepas com níveis diferentes de expressão de cápsula apresentaram diferenças de
patogenicidade em vivo e de resistência à fagocitose (ANZAI et al., 1999). TIMONEY
et al. (2008) identificaram recentemente em cepas de S. equi uma IgG
endopeptidase denominada IdeE, previamente descrita somente em Streptococcus
pertencentes ao grupo A de Lancefield, que demonstrou atividade antifagocítica.
Dentre estes fatores, a proteína M (proteína SeM) de 58 kDa, codificada pelo
gene SeM, tem especial importância, por ser uma proteína de membrana com
capacidade antifagocítica e de aderência. Essa proteína vem sendo utilizada para
diagnóstico e é uma candidata promissora a antígeno vacinal.
A presença da proteína SeM em S. equi foi primeiramente sugerida por
Bazely et al. em 1949, que utilizaram extratos ácidos para induzir anticorpos
protetores em camundongos e cavalos. Esta observação foi posteriormente
confirmada por MOORE & BRYANS (1970), WOOLCOCK (1974) e ERICKSON &
13
NORCROSS (1975). Após purificação e caracterização de proteína SeM extraída
com auxílio de mutanolisina, GALAN & TIMONEY (1987) demonstraram que a
proteína SeM nativa é produzida como um dímero ou trímero, com massa molecular
variando de 54 a 58 kDa.
A SeM tem grande importância na patogenia da enfermidade, ligando-se ao
fibrinogênio e impedindo a deposição de C3b na superfície bacteriana, que resulta
em uma ação antifagocítica similar à que se pode observar na proteína M
encontrada nos estreptococos do grupo A de Lancefield (BOSCHWITZ & TIMONEY,
1994b; MEEHAN, 2000).
Aproximadamente 10% dos cavalos acometidos pela enfermidade
permanecem como portadores do agente, abrigando S. equi em condróides
localizados na bolsa gutural, sendo capazes de infectar outros animais e
disseminando desta forma a enfermidade (CHANTER, 2000). Este fato faz com que
as diferentes técnicas de diagnóstico sorológico tenham crucial importância na
identificação destes animais, possibilitando assim o controle da enfermidade nos
diferentes estabelecimentos.
Neste contexto, a técnica de ELISA pode ser utilizada no diagnóstico indireto
da enfermidade demonstrando a presença de anticorpos, servindo para a detecção
de portadores e auxiliando na identificação dos animais que apresentam resposta
vacinal ao agente. Está disponível apenas um kit comercial em nível mundial para o
diagnóstico de Garrotilho por ELISA (IDEXX Laboratories Inc., Westbrook, Maine,
USA), que utiliza como antígeno proteína M específica de S. equi. O teste não
distingue entre as respostas à vacina e à infecção, mas a magnitude dos títulos de
anticorpos permite essa diferenciação. Os soros são classificados como negativo
(sem anticorpos), fraco positivo (baixo nível de anticorpos), positivo moderado (que
pode ocorrer em cavalos duas a três semanas após a exposição), positivo forte
(animais com quatro a doze semanas após a infecção, ou vacinados), e positivo
muito forte (eqüinos com púrpura hemorrágica ou Garrotilho bastardo).
Por se tratar de uma enfermidade de alta prevalência e grande importância
econômica, são necessários maiores estudos sobre o controle, prevenção e
diagnóstico da Adenite Eqüina, bem como da virulência das cepas de campo
existentes em cada região, visto que no Brasil poucas informações foram publicadas
a respeito de sua epidemiologia e caracterização.
14
No estado do Rio Grande do Sul encontram-se haras de grande importância
para a criação de eqüinos de alto padrão zootécnico, localizados principalmente no
município de Bagé, que exigem o controle de enfermidades como a Adenite Eqüina.
Um conhecimento mais aprofundado da estrutura e da virulência do agente, assim
como a detecção e o controle de animais portadores, o diagnóstico eficiente e a
produção de novas vacinas, também são objeto de pesquisa. Somente através do
conhecimento do genótipo e fenótipo das cepas existentes na região será possível a
produção de vacinas eficazes. Pesquisas envolvendo técnicas avançadas de
biologia molecular serão de utilidade para melhor compreensão dos eventos
envolvidos na patogenia da doença e o desenvolvimento de novos produtos visando
uma resposta imune mais eficiente sem as reações indesejáveis causadas pelas
vacinas atualmente em uso.
O objetivo do presente trabalho foi produzir proteína SeM recombinante de S.
equi e avaliar sua eficiencia como antígeno vacinal e para uso em diagnóstico de
Adenite Eqüina.
Hipótese
Proteína M recombinante de Streptococcus equi subesp. equi pode ser
utilizada como antígeno vacinal e para diagnóstico de Adenite Eqüina.
Objetivo Geral
Desenvolver e avaliar uma vacina de proteína M recombinante de
Streptococcus equi subesp. equi e padronizar um ELISA utilizando essa proteína.
Objetivos Específicos
1 – Clonar e expressar SeM de Streptococcus equi em Escherichia coli.
2 - Elaborar vacinas contendo rSeM
3 - Avaliar a imunogenicidade e inocuidade das vacinas em camundongos
4 – Padronizar ELISA utilizando rSeM como antígeno
15
2 ARTIGO 1
ADENITE EQÜINA: SUA ETIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTRO LE
(Revisão bibliográfica submetida à revista Ciência Rural)
16
Adenite eqüina: sua etiologia, diagnóstico e controle
Strangles: etiology, diagnosis and control
Carina Martins de Moraes1; Agueda Palmira Castagna de Vargas2; Fábio Pereira Leivas
Leite3; Carlos Eduardo Wayne Nogueira4; Carlos Gil TurnesI.
- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA -
RESUMO
A Adenite Eqüina, também conhecida como Garrotilho, é uma enfermidade bacteriana
contagiosa, causada por Streptococcus equi subesp. equi, bactéria β hemolítica do grupo C de
Lancefield, que afeta o trato respiratório anterior de eqüinos de todas as idades, com maior
prevalência entre um e cinco anos de idade. Caracteriza-se por produzir secreção
mucopurulenta das vias aéreas anteriores e linfadenite dos gânglios retrofaríngeos e
submandibulares com formação de abscessos. Fatores de virulência de S. equi subesp. equi
incluem cápsula de ácido hialurônico, hialuronidase, estreptolisina O, estreptoquinase,
receptores para Fc de IgG, peptidoglicano e proteína M. Dentre estes fatores, a proteína M
tem especial importância por ser uma proteína de membrana com propriedades
antifagocitárias e de aderência. A doença tem baixa letalidade e alta morbidade, e seus
prejuízos econômicos devem-se à perda de performance e custo do tratamento. O diagnóstico
clínico e o tratamento não apresentam dificuldades, mas a profilaxia é prejudicada pela baixa
eficiência das vacinas disponíveis, com índices de proteção de 50%. O Garrotilho pode
ocorrer em todas as épocas do ano, mas o frio e a umidade facilitam a sobrevivência do agente
e sua disseminação, pelo que animais que vivem nos estados mais frios e úmidos do país são 1 Faculdade de Veterinária e Centro de Biotecnologia, Universidade Federal de Pelotas, CP 354, 96010900 Pelotas/RS . Autor para correspondência: Tel +55-53-3275-7350; E mail: [email protected] 2 Laboratório de Doenças Infectocontagiosas, CCR/ UFSM, CEP 97119-900 Santa Maria/RS
3 Instituto de Biologia, Universidade Federal de Pelotas, CP 354, 96010900 Pelotas/RS
4 Hospital de Clínicas Veterinária, Universidade Federal de Pelotas, CP 354, 96010900 Pelotas/RS
17
mais vulneráveis à infecção. Novas vacinas utilizando antígenos purificados ou de
subunidades estão sendo desenvolvidas com a finalidade de incrementar sua potencia e evitar
efietos indesejáveis. A comprovação de diferenças de antigenicidade entre cepas alerta sobre a
importância da seleção apropriada das cepas vacinais.
Palavras-chave: Garrotilho, vacina, Streptococcus equi subesp. equi
ABSTRACT
Strangles is a contagious disease of the respiratory tract of horses produced by
Streptococcus equi subsp. equi, a Lancefield´s group C β haemolytic bacterium. It produces a
mucopurulent secretion of the anterior airways, as well as lymphadenitis and abscesses. The
bacteria synthesizes several pathogenicity factors such a hyaluronic acid capsule,
hyaluronidase, streptolisin O, streptokinase, IgG Fc receptors, peptidoglican and protein M.
Among these factors, protein M deserves special importance due to its antifagocitic and
adherence properties. The disease has high morbidity and low lethality, and produces
economic losses due to low performance and treatment. Clinical diagnosis and treatment are
done easily, but prophylaxis is hampered by the low potency of the vaccines, that protect
around 50 % of vaccinated animals. Strangles may occur during all the year, but cold and
humid weather favours the survival of streptococci, making animals that live in regions with
those characteristics more prone to infection. New vaccines using purified or subunit antigens
have been developed aiming to increase their potency and to avoid undesirable side effects.
The demonstration that strains of the bacteria show differences in their antigenicity, called
attention on the selection of appropriate strains to use as antigens.
Key words: Strangles, vaccine, Streptococcus equi subsp. equi
18
INTRODUÇÃO
O Brasil possui o terceiro maior rebanho eqüino do mundo, com um plantel de 5,9
milhões de animais, menor apenas que o da China (8,2 milhões) e do México (6,2 milhões). A
eqüinocultura é responsável, no país, por 1,2 milhões de postos de trabalho, ocupando
diretamente mais de 500 mil pessoas, sendo uma importante atividade do agronegócio, com
forte interação nos setores de lazer, cultura e turismo. A capacidade dos criadores em
produzirem animais de qualidade, fundamenta a perspectiva de crescimento desse setor da
pecuária, como o exemplifica a exportação brasileira de eqüinos puro-sangue árabe, que
ocupa o segundo lugar no mundo, só inferior aos Estados Unidos de América (CNA, 2003).
As doenças do aparelho respiratório ocupam o segundo lugar entre as doenças limitantes
das atividades dos eqüinos, atrás só das que afetam o sistema músculo esquelético,
produzindo importantes perdas econômicas. O diagnóstico e prevenção das doenças
infecciosas nessa espécie adquirem, portanto, especial significação. A detecção precoce de
problemas respiratórios é essencial para o rápido retorno dos animais a sua atividade, e na
prevenção de complicações secundárias que podem encerrar prematuramente a carreira do
animal (AINSWORTH e BILLER, 2000).
A Adenite Eqüina é uma bacteriose de alta morbidade, sendo uma das mais freqüentes
doenças do trato respiratório anterior de cavalos nas regiões mais frias do país. Métodos
eficientes e rápidos de diagnóstico de certeza, e produtos eficientes para seu controle, devem
ser desenvolvidos para diminuir o impacto econômico da doença.
19
1 – A enfermidade
A Adenite Eqüina, também conhecida como Garrotilho, é uma enfermidade bacteriana
causada pelo Streptococcus equi subsp. equi, bactéria β hemolítica pertencente ao grupo C de
Lancefield, que atinge o trato respiratório superior de eqüinos acometendo animais de todas as
idades, embora com maior prevalência nos jovens (SWEENEY, 1993; TIMONEY et al.,
1997. O termo Garrotilho deve-se a que cavalos afetados e não tratados parecem estar sendo
estrangulados (garroteados), devido ao aumento dos linfonodos retrofaríngeos e
subamandibulares, que obstruem a faringe. Eqüídeos de todas as idades podem padecer a
doença, embora seja mais freqüente em animais com menos de cinco anos de idade e,
especialmente, em potros (AINSWORTH e BILLER, 2000). Sua morbidade é alta e a
letalidade baixa, sendo seus prejuízos econômicos devidos a gastos com tratamento e
suspensão das atividades dos animais. Meningite em humanos causada por S. equi subsp.
zooepidemicus resultante de contato com cavalos doentes foi relatada por DOWNAR et al.
(2001), e vários autores identificaram fatores de virulência de S. equi subsp. equi em humanos
(BISNO et al., 1996; NICHOLSON et al., 2000). O agente foi isolado também de camelos
(YIGEZU et al., 1997).
A transmissão da enfermidade se dá de forma direta por cavalos que estão incubando a
doença, que apresentam sinais clínicos, que estão recuperando-se e por portadores, ou
indireta, por meio de fômites, tais como buçais e outros utensílios, e de pastagens, aguadas e
estábulos contaminados com secreções (PRESCOTT & WRIGTH, 2000). O agente
permanece na população em eqüinos portadores. Estima-se que vinte por cento dos animais
convalescentes ou aparentemente recuperados, possuem o agente na secreção nasal. Durante
os surtos de Garrotilho alguns animais se convertem em portadores assintomáticos dos que é
possível isolar S. equi subsp. equi após o desaparecimento dos sinais clínicos, sendo fontes de
infecção por muitos meses (NEWTON et al., 1997). A bactéria pode permanecer viável nas
20
descargas purulentas por semanas ou meses, e os estábulos permanecem contaminados se não
forem cuidadosamente limpos e desinfetados com iodo povidona e Clorexidine. Estresse,
transporte, excesso de trabalho, viroses e parasitoses, aumentam a suscetibilidade dos animais
e podem desencadear a enfermidade em animais com infecção latente (SCHILD, 2001).
A enfermidade ocorre quando o S. equi subsp. equi fixa-se às células epiteliais da
mucosa nasal e bucal e invade a mucosa nasofaríngea, causando faringite aguda e rinite. Caso
o hospedeiro não consiga conter o processo, o agente invade a mucosa e o tecido linfático
faríngeo. À medida que a doença progride desenvolvem-se abscessos principalmente nos
linfonodos retrofaríngeos e submandibulares, causando obstrução local por compressão. Sete
a 14 dias após fistulam, drenando na faringe, na bolsa gutural ou no exterior, liberando pus
contendo a bactéria que contamina o ambiente por semanas (KOWALSKI, 2000; PRESCOTT
& WRIGTH, 2000). Embora a patogenia da enfermidade seja conhecida, a regulação de
muitos eventos chave, tais como a aderência da bactéria, a invasão dos epitélios e a interação
com fagócitos, não são ainda adequadamente conhecidos (SLATER, 2003).
As manifestações clínicas da doença iniciam em geral após duas semanas da exposição
ao agente. Os animais mostram os sinais clínicos típicos de um processo infeccioso
generalizado (depressão, inapetência, febre), assim como secreção nasal, inicialmente serosa,
que passa a mucopurulenta e a purulenta em alguns dias, tosse produtiva, dor à palpação da
região mandibular e aumento de volume de linfonodos, principalmente submandibulares,
assim como posição de pescoço estendido devido à dor na região da garganta (SWEENEY,
1993; AINSWORTH & BILLER, 2000). Em geral, após a drenagem do abscesso, o animal se
recupera rapidamente (KOWALSKI, 2000). Embora a doença se apresente geralmente na
forma descrita, denominada clássica, alguns cavalos, em especial animais velhos, podem
formar abscessos pequenos ou não produzi-los, como conseqüência de uma resposta imune
gerada por uma infecção previa por S. equi subsp. equi ou por cepas de baixa virulência
21
(PRESCOTT & WRIGHT, 2000). Embora a letalidade da doença seja muito baixa, pode levar
à morte por complicações tais como Garrotilho bastardo, púrpura hemorrágica, empiema da
bolsa gutural e pneumonia aspirativa (SWEENEY, 1993; AINSWORTH& BILLER, 2000).
A denominação de Garrotilho bastardo, termo que gera controvérsias entre os autores,
foi originalmente aplicada a uma linfoadenopatia não supurativa dos linfonodos retrofaríngeos
e submandibulares em cavalos velhos, não relacionada à ocorrência de metástases,
caracterizada por sua baixa prevalência, mas que quando o tratamento é ineficiente, pode
levar o animal à morte (PRESCOTT & WRIGHT, 2000). Caracteriza-se pela disseminação de
S. equi subsp. equi a outros linfonodos, além dos submaxilares, submandibulares e
retrofaríngeos, provocando abscessos em qualquer parte do corpo, ainda que com maior
freqüência nos pulmões, mesentério, fígado, baço, rins e cérebro, cuja ruptura pode causar
infecção generalizada, provocando a morte. Embora as causas de esta forma da doença não
sejam bem conhecidas, alguns autores a associam a terapia antimicrobiana inadequada
durante a fase de expectoração e fistulização dos linfonodos (KOL et al., 2003).
A púrpura hemorrágica, uma vasculite aguda imuno-mediada que ocorre em geral em
animais convalescentes de Garrotilho, é devida à precipitação nos capilares de
imunocomplexos formados por anticorpos e frações do agente, provocando edema severo dos
membros, cabeça e outras partes do corpo (GALÁN & TIMONEY, 1985). Pode produzir-se,
também, após a aplicação de vacinas. PUSTERLA et al. (2003) relataram 53 casos de púrpura
hemorrágica em eqüinos, sendo 17 destes expostos ou infectados com S. equi subsp. equi e
cinco vacinados com vacinas que continham proteína M como antígeno.
O empiema das bolsas guturais pode ocorrer durante o curso clínico da enfermidade
ou no período de convalescença do Garrotilho. Os eqüinos possuem duas bolsas guturais,
sacos ou divertículos da tuba auditiva com capacidade de 300 mL, situadas entre a base do
crânio e a faringe. A infecção persistente da bolsa gutural pode levar à aspiração de pus e, em
22
alguns casos, à formação de condróides. Esses animais são portadores e constituem a maior
fonte de disseminação do agente entre animais suscetíveis (KOWALSKI, 2000).
O diagnóstico de Garrotilho pode ser confirmado por isolamento do S. equi subsp.
equi a partir de secreção nasal purulenta ou do conteúdo de abscessos, coletada com auxílio
de suabe nasal e conservado sob refrigeração até o momento da análise do material. A técnica
de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), frequentemente utilizada na atualidade, detecta o
agente vivo ou morto através da amplificação do gene da proteína SeM, permitindo, quando
associada à cultura bacteriana, a detecção de até 90% dos portadores (HARRINGTON et al.,
2002). AL-GHAMDI et al. (2000) comunicaram uma seqüência repetitiva detectada por PCR
que pode ser útil para a tipificação da bactéria. KAWATA et al. (2004), por sua vez,
desenvolveram um procedimento que consiste de duas reações de PCR, com uso de sete e oito
primers simultaneamente onde o tamanho de cada amplicon caracteriza uma espécie diferente
de Streptococcus.
A técnica de ELISA pode ser utilizada no diagnóstico indireto da enfermidade,
demonstrando a presença de anticorpos. Existe apenas um kit comercial em nível mundial
para o diagnóstico por ELISA (IDEXX Laboratories Inc., Westbrook, Maine, USA), que
utiliza como antígeno proteína M específica de S. equi subsp. equi. O teste não distingue entre
resposta a vacina e à infecção, mas a magnitude dos títulos de anticorpos permite essa
diferenciação. Os soros são classificados como negativo (sem anticorpos), fraco positivo
(baixo nível de anticorpos), positivo moderado (que pode ocorrer em cavalos duas a três
semanas após a exposição), positivo forte (animais com quatro a doze semanas após a
infecção, ou vacinados), e positivo muito forte (eqüinos com púrpura hemorrágica ou
Garrotilho bastardo (WALLER & JOLLEY, 2007). Recentemente proteína M recombinante
produzida no Centro de Biotecnologia da Universidade Federal de Pelotas, RS, foi utilizada
como antígeno em reações de ELISA com resultados promissores (MORAES et al., 2007).
23
O tratamento da enfermidade é feito de acordo com o estágio da doença. Animais que
não apresentam abscessos nos linfonodos devem ser tratados com penicilina G, na dosagem
de 18.000 a 20.000 UI/Kg ou trimetoprim associado a sulfametaxol 20mg/Kg, via
intramuscular, por 5-10 dias (PRESCOTT & WRIGHT, 2000). Quando há abscessos,
aplicam-se substâncias revulsivas, tais como iodo, que facilitam sua maduração para depois
ser puncionados. Curativo local deve ser feito posteriormente, através da irrigação do
abscesso com solução de Iodo a 2%. Animais em risco podem ser tratados preventivamente
com penicilina durante o período de exposição ao microorganismo. Segundo SWEENEY et
al. (2005) as complicações devem ser tratadas com terapia de suporte tais como fluidoterapia,
medicações expectorantes e antimicrobianos em dosagens superiores às normalmente
recomendadas (Penicilina G acima de 22.000 UI/Kg).
2 - Etiologia e características do agente
Os Streptococcus são bactérias Gram-positivas com forma de cocos, catalase
negativas, que se dividem em apenas um plano, e que por não se separarem facilmente após a
divisão tendem a formar cadeias. Constituem a principal população de microorganismos da
cavidade oral, e são os agentes etiológicos de várias doenças de animais e humanos. Entre as
formas de classificação de este gênero destacam-se aquelas baseadas nas características da
hemólise e dos antígenos de superfície (grupos sorológicos de Lancefield). A tabela 1 mostra
as características bioquímicas dos Streptococcus β hemolíticos do grupo C de Lancefield.
24
Tabela 1. Caracterização bioquímica de Streptococcus do grupo C de Lancefield β
hemolíticos isolados de animais.
Streptococcus equi subsp. equi equi subsp.
ruminatorum
equi subsp.
zooepidemicus
dysgalactiae
subsp. equisimilis
phocae
Grupo de Lancefield C C C C, G ou L
F ou C
Esculina Geralmente + - Geralmente + Geralmente - -
Hidrólise do hipurato
de sódio
- + - - -
ADH + + + + -
β-glucuronidase + + + + -
CAMP - + - - -
Glicogênio* + + + d -
Lactose* - + + Geralmente + -
Manitol* - - Geralmente - - -
Metil β -D-
glucopiranosido*
+ - + D
Ribosa * - + - + +
Sacarosa * + - + + -
Sorbitol* - d** + - -
Trealosa * - - Geralmente - + -
EUZÉBY, 2004. * : Acidificação; ** : 20 % positivas utilizando API Rapid ID 32 Strep
As espécies de estreptococos β-hemolíticos mais importantes e freqüentemente
isoladas de eqüinos são S. equi subesp. zooepidemicus, S. equi subesp. equi e S. dysgalactiae
subesp. equisimilis. Dentre estes, o S. equi subesp. zooepidemicus é o microorganismo mais
freqüentemente isolado, mas o S. equi subesp. equi é o economicamente mais importante
devido a sua elevada patogenicidade (KOWALSKI, 2000). EUZÉBY (2005) propõe
25
denominar S. equi subesp. equi como S. equi, S. equi subesp. zooepidemicus como S.
zooepidemicus e S. dysgalactiae subesp. equisimilis como S. equisimilis.
É necessário diferenciar S. equi subesp. equi de S. equi subesp. zooepidemicus para
iniciar o tratamento específico antes que se dissemine no rebanho (KOWALSKI, 2000). S.
equi subesp. zooepidemicus produz colônias mucóides com 1 a 3 mm de diâmetro após 18 a
24 horas de cultivo em Agar Sangue. A cápsula de ácido hialurônico é freqüentemente
hidrolisada pela hialuronidase produzida pelo próprio microorganismo durante o cultivo, do
que resulta uma colônia achatada, transparente e opaca. S. equi subesp. equi produz também
colônias mucóides por causa da cápsula de ácido hialurônico, mas estas apresentam uma
coloração dourada em agar sangue, e embora ambas produzam β hemólise, mutações no gene
da estreptolisina podem provocar diferenças nas características da hemólise e das colônias
(MAY et al., 2004). A diferenciação bioquímica das subespécies baseia-se na capacidade de
fermentação de lactose, sorbitol e trealose. S. equi subesp. equi não fermenta nenhum destes
carboidratos, S. equi subesp. zooepidemicus fermenta lactose e sorbitol, e S. equi subesp.
equisimilis, trealose (KUWAMOTO et al., 2001; EUZÉBY, 2005). Foram encontradas,
porém, cepas atípicas de S. equi subesp. equi fermentadoras de trealose, sorbitol e/ou lactose
(GRANT et al.,1993), o que dificulta a caracterização dos agentes. O sistema API 20 STREP,
constituído por 20 testes bioquímicos com elevado poder discriminatório, permite diferenciar
a maioria dos Streptococcus, Enterococcus e microorganismos semelhantes mais comuns
(BIO MÉRIEUX, 1997).
HARRINGTON et al. (2002) classificaram os fatores de virulência do agente em
aqueles que promovem aderência bacteriana, os que interferem na ação do sistema imune e os
envolvidos na aquisição de nutrientes, embora seja difícil enquadrar fatores em categorias
específicas, já que vários deles tem múltipla função. Fatores de virulência de S. equi subesp.
equi incluem cápsula de ácido hialurônico, hialuronidase, estreptolisina O, estreptoquinase,
26
receptores para a Fc de IgG, peptidoglicano e proteína M antifagocítica (TIMONEY &
MUKHATAR, 1993, BOSCHWITZ & TIMONEY et al., 1994). LANNERGARD et al.
(2003) descreveram uma proteína de 657 aminoácidos denominada CNE que tem a
propriedade de ligar colágeno, e que por sua similitude com a proteína CNA de
Staphylococcus aureus poderia ser outro fator de virulência. Foram também identificadas
duas proteínas extracelulares que se ligam a fibronectina, denominadas FNE (LINDMARK &
GUSS et al., 1999; LINDMARK et al., 2001) e SFS (LINDMARK & GUSS et al., 1999),
importantes fatores de aderência do agente às células alvo do hospedeiro.
ANZAI et al. (1999) comunicaram que cepas de S. equi subesp. equi da América do
Norte, Japão e Irlanda apresentaram uma importante atividade mitogênica e pirogênica, e
sugeriram que a diferença na virulência com S. equi subesp. zooepidemicus poderia dever-se a
sua capacidade de produzir proteínas análogas às exotoxinas pirogênicas de S. pyogenes.
ARTIUSHIN et al. (2002) caracterizaram dois mitógenos pirogênicos, denominados SePE-H
e SePE-I, e testaram a imunogenicidade destas proteínas, confirmando que elas conferem
maior virulência ao S. equi subesp. equi. A cápsula é também um importante fator de
patogenicidade, já que cepas com níveis diferentes de expressão de cápsula apresentaram
diferenças de patogenicidade em vivo e de resistência à fagocitose (ANZAI et al., 1999).
TIMONEY et al. (2008) identificaram recentemente em cepas de S. equi subesp. equi uma
IgG endopeptidase denominada IdeE, previamente descrita somente em Streptococcus
pertencentes ao grupo A de Lancefield, que demonstrou atividade antifagocítica.
Dentre os fatores de virulência, a proteína M tem especial importância. Ela é uma
proteína de membrana que possui atividade antifagocítica e de aderência, e está presente em
algumas cepas de Streptococcus (TIMONEY & MUKHTAR, 1993). Foi caracterizada pela
primeira vez por GALÁN & TIMONEY (1987), que clonaram seu gene estrutural e a
expressaram em Escherichia coli. GALÁN & TIMONEY (1988) compararam cepas de S.
27
equi subesp. equi isoladas durante um período de dez anos nos Estados Unidos da América e
na Europa, e concluíram que existe somente um tipo de proteína M, denominada SeM,
específica desta subespécie. KELLY et al. (2006), porém, analisaram as seqüências da região
N- terminal de SeM de 60 isolados de 27 surtos de Garrotilho e identificaram diferenças em
21 códons do DNA, que resultaram na substituição de 18 aminoácidos, caracterizando os
isolados em 15 diferentes subtipos.
O seqüenciamento do genoma de S. equi subesp. equi indicou que existem genes que
codificam dois tipos de proteína M, uma própria deste microorganismo (SeM), e outra,
designada SzPSe, homóloga à proteína M produzida por S. equi subesp. zooepidemicus (SzP).
SzP e SzpSe apresentam grande homologia (85% de identidade entre os aminoácidos que as
constituem), mas SeM e SzPSe tem uma relação distante, possuindo somente um peptídeo
sinal e a região de ancoragem à parede celular em comum (TIMONEY et al., 1997). Nesse
trabalho comprovaram que anticorpos provenientes de soros de camundongos imunizados
com a proteína SzPSe não reagiram com a proteína SeM em testes de opsonização, indicando
ausência de imunidade cruzada, o que tem relevância na resposta imune contra uma ou outra
proteína M (HARRINGTON et al., 2002). A proteína M inibe a deposição do componente
C3b do sistema complemento na superfície da bactéria, e liga-se ao fibrinogênio, impedindo a
fagocitose (HARRINGTON et al., 2002).
CHANTER et al. (2000) descreveram pela primeira vez em S. equi subesp. equi uma
proteína M truncada resultante de deleções em diferentes porções entre a seqüência sinal e a
região repetitiva do gene, equivalente a aproximadamente 20% da proteína naturalmente
expressada. Mesmo com a porção do gene deletada, a virulência da proteína é mantida.
Comprovaram que cerca de 80% dos animais portadores apresentaram agentes com esta
alteração.
28
3 - Imunidade
Desde as primeiras descrições da doença observou-se que animais recuperados eram
resistentes à reinfecção. Posteriormente, PRESCOTT & WRIGHT (2000) comunicaram que
75% dos animais infectados desenvolveram imunidade sólida e duradoura, apesar de poderem
ocorrer re-infecções tão precocemente como seis meses após o desaparecimento da doença
clínica.
A resposta imune tanto sistêmica quanto secretória induzida pela doença espontânea é
dirigida principalmente contra a SeM, sugerindo que ela deveria ser um antígeno de eleição
para o desenvolvimento de vacinas eficientes. Foi comprovado, porém, que os anticorpos de
mucosa contra a proteína M, cuja produção requer estímulo local, desaparecem mais
precocemente que os circulantes, e mesmo que eles possam evitar a aderência do
microorganismo à mucosa, seus baixos níveis fazem com que a resposta contra o agente seja
ineficiente. SHEORAN et al. (1997) concluíram que embora as vacinas induzam respostas
sorológicas qualitativa e quantitativamente similares a aquelas encontradas em animais
convalescentes, não há indução de imunidade de mucosa adequada. O leite das éguas que se
recuperam de Garrotilho contêm IgG e IgA contra a proteína M, ainda que o nível de
anticorpos dependa da imunocompetência da égua. TIMONEY et al. (2007), porém,
avaliaram a aplicação de antígenos expostos ou secretados de S. equi subesp. equi em pôneis e
concluíram que a produção de anticorpos séricos tem relevante importância no controle da
Adenite Eqüina.
Os baixos níveis de imunidade conferidos por vacinas, levaram a concluir que, já que a
SeM não mostrou variações antigênicas entre cepas, as formas de administração não seriam
adequadas para induzir imunidade de mucosa (SHEORAN et al., 1997). NALLY et al. (2001)
comunicaram que uma vacina intranasal de proteína M contendo sucrose acetato isobutirato
(SAIB) como veículo, aumentou a resposta imune. SHEORAN et al. (2002), por sua vez,
29
testaram uma vacina intranasal recombinante contendo como antígeno uma construção de
toxina colérica unida a uma seqüência de 98 aminoácidos da SeM, comprovando que ainda
que a construção induzisse uma resposta humoral similar à da infecção espontânea, os animais
não resistiram ao desafio com S. equi subesp. equi.
A informação referente à SeM tem sido gerada a partir do estudo de cepas isoladas na
América do Norte ou Europa. Visando entender os baixos índices de proteção conferidos por
vacinas utilizadas no Rio Grande do Sul, MORAES (2005) estimou o Índice de Reatividade
Cruzada (IRC) de 10 cepas de S. equi subesp. equi isoladas de 35 eqüinos com Garrotilho da
região sul do Estado, entre elas e com duas vacinas comerciais, comprovando que as cepas
apresentaram IRC indicativos de homogeneidade antigênica entre a maioria delas, mas que os
baixos IRCs com as duas vacinas poderiam explicar a baixa proteção conferida pelas vacinas
em condições de campo.
4 - Vacinas
Os programas de vacinação contra Garrotilho não permitem um controle satisfatório
em condições de campo (TIMONEY & MUKHATAR, 1993), já que não mais que 50% dos
animais vacinados ficam imunes. Os baixos índices de proteção conferidos pelas vacinas em
uso pode dever-se, em parte, à inadequada estimulação antigênica ou à curta persistência dos
anticorpos no soro, ou porque a proteção nos eqüinos não seja mediada por anticorpos séricos,
mas por imunoglobulinas secretórias da mucosa nasofaríngea produzidos localmente
(SWEENEY, 1993). Embora a vacinação não induza resistência populacional aceitável, os
animais imunizados respondem muito mais rápido e com níveis mais altos de anticorpos
séricos do que de anticorpos secretórios (SWEENEY, 1993; KOWALSKI, 2000; PRESCOTT
& WRIGTH, 2000).
30
Várias vacinas contra Garrotilho são utilizadas em diferentes partes do mundo. Entre
as diversas vacinas atualmente em uso há bacterinas e vacinas de subunidades, contendo
proteína M ou frações dela. As bacterinas utilizam geralmente cepas autóctones de S. equi
subesp. equi, e hidróxido de alumínio como adjuvante. Algumas vacinas de subunidade
utilizam proteína M obtida por extração com ácido quente ou por tratamento de células
íntegras por mutanolisina, enzima hidrolítica da parede celular. Uma empresa australiana
produz uma vacina com extrato de células de S. equi subesp. equi, apresentada também
associada a toxóide tetânico.
Em 1998 foi lançada ao mercado mundial a primeira vacina de aplicação intranasal
contra o Garrotilho contendo uma cepa replicante atenuada de S. equi subesp. equi, que teria a
vantagem de não produzir os efeitos colaterais causados pela administração de vacinas por via
intramuscular ou subcutânea. Embora fosse demonstrada a eficiência desta vacina (JACOBS
et al., 2000), os fabricantes informaram que pode produzir reações indesejáveis em 5 % dos
vacinados. Recentemente, foi lançada a primeira vacina britânica contra Garrotilho contendo
uma cepa mutante por deleção de S. equi subesp. equi aplicada na submucosa nasal, que
segundo os fabricantes protege aproximadamente 75% dos vacinados. Independentemente da
vacina, são necessárias no mínimo três aplicações para o desenvolvimento de imunidade.
Varias vacinas elaboradas a partir de novos conceitos estão sendo avaliadas por
diferentes laboratórios. CHANTER et al. (1999) vacinaram camundongos com uma proteína
associada ao hialuronato (HAP) presente em S. equi subesp. equi, S. equi subesp.
zooepidemicus e S. equi subesp. equisimilis, e comprovaram uma redução dos sinais clínicos
após desafio com S. equi subesp. equi. WALKER & TIMONEY (2002) induziram uma
mutação específica do gene da hialuronidase sintetase em uma cepa que tem sido usada como
vacina intranasal (cepa Pinnacle), para inibir a síntese de cápsula e fornecer um marcador
genético facilmente reconhecível por PCR em animais vacinados. FLOCK et al. (2004)
31
avaliaram em camundongos os antígenos extracelulares FNZ, EAG e SFS de S. equi subesp.
equi como componentes de vacina contra Garrotilho, e concluíram que esses antígenos são
candidatos promissores para uma vacina eficaz. AZEVEDO et al. (2006) avaliaram antígenos
de S. equi subesp. equi encapsulados em microesferas biodegradáveis, concluindo que as
microesferas são eficientes para carrear antígenos de S. equi, apresentando também ação
adjuvante .
Entre as vacinas contra Garrotilho disponíveis no Brasil, uma delas, que contém
antígenos de S. equi subesp. equi, S. pyogenes, Micrococcus pyogenes e Pasteurella
multocida, aplicada por via subcutânea, é indicada como curativa e preventiva da
enfermidade, de acordo com o fabricante. Outra, composta por uma suspensão de S. equi
subesp. equi em soro fisiológico inativada por calor, é administrada por via intramuscular, e
indicada apenas na prevenção do Garrotilho. A terceira é uma bacterina constituída por
cultivos totais de S. equi subesp. equi inativados por formol, administrada por via subcutânea
e indicada para imunização ativa (ANDREI, 2002).
CONCLUSÃO
O Garrotilho é uma doença de marcada importância econômica na exploração eqüina
brasileira que apresenta, porém, dificuldades em seu diagnóstico laboratorial pela presença de
cepas atípicas de S.equi subesp. equi, assim como em sua prevenção.
O controle da enfermidade requer a detecção precoce e segura de animais portadores,
para o que é necessário padronizar métodos e interpretações. No Brasil está disponível um kit
comercial de diagnóstico sorológico para identificação destes animais. Técnicas baseadas na
moderna biologia molecular, tais como PCR, clonagem e expressão de proteínas de interesse,
devem ser validadas visando aprimorar sua eficiência e rapidez.
32
O efetivo controle da doença requer o desenvolvimento de vacinas mais eficientes que
as disponíveis. Embora a proteína SeM seja o principal antígeno estudado, outras proteínas
estão sendo avaliadas para uso na produção de imunógenos. Subunidades de diferentes
toxinas e outros adjuvantes de mucosa poderão induzir imunidade secretória protetora em
condições de campo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AINSWORTH, D.M.; BILLER, D.S. Sistema Respiratório. In: REED, S.M.; BAYLY, W.M.
Medicina Interna Eqüina. Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro, p.229-230,
2000.
AL-GHAMDI, G.M.; KAPUR, V.; AMES, T.; TIMONEY, J.F.; LOVE, D.N.;
MELLENCAMP, M.A. Use of repetitive sequence-based polymerase chain reaction for
molecular epidemiologic analysis of Streptococcus equi subspecies equi. American Journal
of Veterinary Research. v. 61, n. 6, p. 699-705, 2000.
ANDREI, E. Compêndio Veterinário - Dicionário Brasileiro de Medicamentos
Veterinários. 32º Edição, Andrei Editora, São Paulo, 2002, p.699.
ANZAI, T.; TIMONEY, J.F.; KUWAMOTO, Y.; FUJITA, Y.; WADA, R.; INOUE, T. In
vivo pathogenicity and resistance to phagocytosis of Streptococcus equi strains with different
levels of capsule expression. Veterinary Microbiology n. 67, p. 277-286, 1999.
33
ARTIUSHIN, S.C.; TIMONEY, J.F.; SHEORANT, A.S.; MUTHUPALANI, S.K.
Characterization and immunogenicity of pyrogenic mitogens SePE-H and SePE-I of
Streptococcus equi. Microbial Pathogenesis. n. 32, p. 71-85, 2002.
AZEVEDO, A. F.; GALHARDAS, J.; CUNHA, A.; CRUZ, P.; GONÇALVES, L.M.D.
ALMEIDA, A.J. Microencapsulation of Streptococcus equi antigens in biodegradable
microspheres and preliminary immunisation studies. European Journal of Pharmaceutics
and Biopharmaceutics, In Press, Corrected Proof, Available online 3 June 2006. Disponível
on-line http://www.sciencedirect.com/science/journal/09396411.
BIO MERIEUX. Api 20 Strep Catalogue Analytique. Bio Mérieux, Marcy-l´Etoile, França,
1997, 278 p.
BISNO, A. L.; COLLINS, C.M.; TURNER, J.C. M protein of group C streptococci isolated
from patients with acute pharingitis. Journal of Clinical Microbiology. v. 34, n.10, p.2511-
2515, 1996.
BOSCHWITZ, J.S.; TIMONEY, J.F. Characterization of the antiphagocytic activity of equine
fibrinogen for Streptococcus equi subsp. equi. Microbial Pathogenesis. n. 17, p. 121-129,
1994.
CHANTER, N.; WART C.L.; TALBOT, N.C.; FLANAGANT, J.A.; BINNS, M.;
HOUGHTON, S.B.; SMITH, K.C.; MUNFORD, J.A. Recombinant hialuronate associated
protein as a protective immunogen against Streptococcus equi and Streptococcus
zooepidemicus challenge in mice. Microbial Pathogenesis. n. 27, p. 133-143, 1999.
34
CHANTER, N.; TALBOT, N.C.; NEWTON, R.; HENSON, D.; VERHEYEN, K.
Streptococcus equi with truncated M-proteins isolated from outwardly healthy horses.
Microbiology. n. 146, p. 1361-1369, 2000.
CNA, 2003. Confederação da agricultura e pecuária do Brasil cria comissão para o setor
de agronegócio do cavalo. Capturado em: 10/02/2005. Disponível on-line
http://www.cna.org.br/AgropecuariaAgora/Agora03/ag297.htm
DOWNAR, J.; WILLEY, B.M.; SUTHERLAND, J.W.; MATHEW, K.; LOW, D.E.
Streptococcal meningitis resulting from contact with an infected horse. Journal of Clinical
Microbiology. v.39, n.6, p. 2338-2339, 2001.
EUZÉBY, J.P. Dictionnaire de Bactériologie Vétérinaire. Capturado em 28/01/2005.
Disponível on-line: http://www.bacterio.cict.fr/bacdico/ss/equi.html.
FLOCK, M.; JACOBSSON, K.; FRYKBERG, L.; HIRST, T.R.; FRANKLIN, A.; GUSS, B.;
FLOCK, J.I. Recombinant Streptococcus equi proteins protect mice in challenge experiments
and induce immune response in horses. Infection and Immunity . v.72, n.6, p. 3228-3236,
2004.
GALÁN, J.E.; TIMONEY, J.F. Immune complexes in purpura hemorrhagica of the horse
contain IgA and M antigen of Streptococcus equi. Journal of Immunology. v 135, n. 5, p.
3134-3137, 1985.
35
GALÁN, J.E.; TIMONEY, J.F. Molecular analysis of the M protein of Streptococcus equi
and cloning and expression of the M protein gene in Escherichia coli. Infection and
Immunity . v. 55, n. 12, p. 3181-3187,1987.
GALÁN, J.E.; TIMONEY, J.F. Immunologic and Genetic Comparison of Streptococcus equi
Isolates from the United States and Europe. Journal of Clinical Microbiology . v. 26, n. 6, p.
1142-1146,1988.
GRANT, S.T.; EFSTRATION, A.; CHANTER, N. Laboratory diagnosis of strangles and the
isolation of atypical Streptococcus equi. Veterinary Record v.133, p.215-216, 1993.
HARRINGTON, D.J; SUTCLIFFE, I.C; CHANTER, N. The molecular basis of
Streptococcus equi infection and disease. Microbes and Infection. n.4, p. 501-510, 2002.
JACOBS, A. A.; GOOVAERTS, D.; NUIJTEN, P.J.; THEELEN, R.P.; HARTFORD, O.M.;
FOSTER, T.J. Investigations towards an efficacious and safe strangles vaccine: submucosal
vaccination with a live attenuated Streptococcus equi. Veterinary Record. v. 20, n. 147, p.
563-567, 2000.
KAWATA, K.; ANZAI, T.; SENNA, K.; KIKUNCHI, N.; EZAWA, A.; TAKAHASHI, T.
Simple and rapid PCR method for identification of streptococcal species relevant to animal
infections based on 23S rDNA sequence. FEMS Microbiology Letters. n. 237, p. 57-64,
2004.
36
KELLY, C., BUGG, M.; ROBINSON, C.; MITCHELL, Z.; DAVIS-POYNTER, N.;
NEWTON, J.R.; JOLLEY, K.A.; MAIDEN, M.C.; WALLER, A.S. Sequence variation of the
SeM gene of Streptococcus equi allows discrimination of the source of strangles outbreaks.
Journal of Clinical Microbiology. v.44, p. 480–486, 2006.
KOL, A.; LEVI, O.; ELAD, D.; STEINNAM, A. Complicated strangles: Two case reports
and a literature review. Israel Journal of Veterinary Medicine. v.58, n 4, 2003. Disponível
on line http://www.isrvma.org/article/58_4_2.htm.
KOWALSKI, J.J. Mecanismo da Doença Infecciosa. In: REED, S.M.; BAYLY, W.M.
Medicina Interna Eqüina. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, 2000, p.54-56.
KUWAMOTO, Y.; ANZAY, T.; WADA, R. Microplate sugar-fermentation assay
distinguishes Streptococcus equi from other streptococci of Lancefield’s group C. Equine
Veterinary Science. v.12, n. 2, p. 47-49, 2001.
LANNERGARD, J; FRYKBERG, L; GUSS, B. CNE, a collagen-binding protein of
Streptococcus equi. FEMS Microbiology Letters. n. 222, p. 69-74, 2003.
LINDMARK, H.; GUSS, B. SFS, a novel fibronectin-binding protein from Streptococcus
equi, inhibits the binding between fibronectin and collagen. Infection and Immunity. v. 67,
n. 5, p. 2383-2388, 1999.
37
LINDMARK, H.; NILSSON, M.; GUSS, B. Comparison of fibronectin-binding protein FNE
from Streptococcus equi with FNZ from S. equi subspecies zooepidemicus, reveals a major
and conserved difference. Infection and Immunity. v. 69, n. 5, p. 3159-3163, 2001.
MAY, J.P.; WALKER, C.A.; MASKELL, D.J.; SLATER, J.D. Development of an in vivo
Himar 1 transposon mutagenesis system for use in Streptococcus equi subsp. equi. FEMS
Microbiology Letters. n.238, p. 401-409, 2004.
MORAES, C.M.; ROCHA, A.S.R.; DUMMER, L.A.; SANTOS JUNIOR, A.G.;
NOGUEIRA, C.E.W.; VARGAS, A.P.C.; LEITE, F.P.L.; CONCEIÇÃO, F.R.; GIL-
TURNES, C. Recombinant protein M detects antibodies induced by Streptococcus equi
strains isolated from cases of strangles. In: 8th International Veterinary Immunology
Symposium, 2007, Ouro Preto, MG. Anais do 8th International Veterinary Immunology
Symposium. Ouro Preto: Brazilian Society for immunology, 2007.162p.p.74.
MORAES, C.M. Caracterização fenotípica de Streptococcus equi e estimativa da
reatividade cruzada de cepas isoladas de eqüinos da região sul do Rio Grande do Sul,
Pelotas, 2005. 40f. Dissertação (Mestrado em Veterinária) - Faculdade de Veterinária, UFPel,
2005.
NALLY, J.E.; ARTIUSHIN, S.; SHEORAN, A.S.; BERNS, P.J.; SIMON, B.; GILLEY,
R.M.; GIBSON, J.; SULIVAN, S.; TIMONEY, J.F. Induction of mucosal and systemic
antibody specific for SeMF3 of Streptococcus equi by isobutirate based delivery system.
Vaccine. n.19, p. 492-497, 2001.
38
NEWTON, J.R.; WOOD, J.L.N.; DUNN, K.A.; DE BRAWERE, M.N.; CHANTER, N.
Naturally occurring persistent and asymptomatic infection of the guttural pouches of horses
with Streptococcus equi. Veterinary Record. v. 140, n. 4, p. 84-90, 1997.
NICHOLSON, M, L.; FERDINAND, L.; SAMPSON, J.S.; BENIN, A.; BALTER, S.;
PINTO, S.W.L.; DOWELL, S.F.; FACKLAM, R.R.; CARLONE, G.M.; BEALL, B. Analysis
of immunoreactivity to a Streptococcus equi subsp. zooepidemicus M-like protein to confirm
an outbreak of post streptococcal glomerulonephritis, and sequences of M-like proteins from
isolates obtained from different host species. Journal of Clinical Microbiology. v.38, n.11,
p.4126-4130, 2000.
PRESCOTT, J.; WRIGHT, T, B. Strangles in horses. 2000. Ontario - Ministry of
Agriculture and Food. capturado em 08/08/2003. Disponível on-line
http://www.stranglesinhorse.html.
PUSTERLA, N.; WATSON, J.L.; AFFOLTER, V.K.; MAGDESIAN, K.G.; WILSON, W.D.;
CARLSON, G.P. Purpura haemorrhagica in 53 horses. Veterinary Record. v.4, n.153, p.118-
21, 2003.
SHEORAN, A.S.; SPONSELLER, B.T.; HOLMES, M A.; TIMONEY, J.F. Serum and
mucosal antibody isotype responses to M-like protein (SeM) of Streptococcus equi in
convalescent and vaccinated horses. Veterinary Immunology and Immunopathology. n.
59, p. 239-251, 1997.
39
SHEORAN, A.S.; ARTIUSHIN, J.F.; TIMONEY, J.F. Nasal mucosal immunogenicity for the
horse of SeM peptide of Streptococcus equi genetically coupled to cholera toxin. Vaccine. n.
20, p. 1653-1659, 2002.
SCHILD, A.L. Infecção por Streptococcus equi. In: RIET-CORREA, F.; SCHILD, A.L.;
MÉNDEZ, M.C.; LEMOS, R.A.A. Doenças de Ruminantes e Eqüinos. Varela Editora e
Livraria LTDA, São Paulo, 2001, p.265-269.
SLATER, J.D. Strangles, bastard strangles, vives and glanders: archaeological relics in a
genomic age. Equine Veterinary Journal. v.2, n. 35, p.118-120, 2003.
SWEENEY, C.R.,; TIMONEY, J.F.; NEWTON, J.R.; HINES, M.T. Streptococcus equi
infections in horses: guidelines for treatment, control, and prevention of strangles, Journal of
Veterinary Internal Medicine. v.19, p.123–134, 2005.
SWEENEY, C.R. Streptococcus equi. In: SMITH, B.P. Tratado de Medicina Interna de
Grandes Animais. Editora Manole LTDA, São Paulo, p.531-533, 1993. TIMONEY, J.F.;
MUKHATAR, M.M. The protective M proteins of the equine group C streptococci.
Veterinary Microbiology. n. 37, p.389-395, 1993.
TIMONEY, J.F.; ARTIUSHIN, S.C.; BOSCHWITZ, J.S. Comparison of the sequences and
functions of Streptococcus equi M-like proteins SeM and SzPSe. Infection and Immunity. n.
65, p.3600-3605, 1997.
40
TIMONEY, J.F.; ARTIUSHIN, S.C. Detection of Streptococcus equi in equine nasal swabs
and washes by DNA amplification. Veterinary Record. n. 141, p. 446-447, 1997.
TIMONEY, J.F; MUKHATAR, M.M. The protective M proteins of the equine group C
streptococci. Veterinary Microbiology n. 37, p. 389-395, 1993.
TIMONEY, J.F; QUIN, A.; MUTUPHALANI, S.; ARTIUSHIN, S. Vaccine potential of
novel surface exposed and secreted proteins of Streptococcus equi. Vaccine. n. 25, p.5583-
5590, 2007.
TIMONEY, J.F; YANG, J.; LIU, J.; MERANT, C. IdeE reduce the bactericidal activity of
equine neutrophils for Streptococcus equi. Veterinary Immunology and Immunopathology.
n.122, p.76-82, 2008.
WALKER, J.A.; TIMONEY, J.F. Construction of a stable non-mucoid deletion mutant of the
Streptococcus equi Pinnacle vaccine strain. Veterinary Microbiology. n.89, p.311-321, 2002.
WALLER, A.S.; JOLLEY, A.K. Getting a grip on strangles: Recent progress towards
improved diagnostics and vaccines. The Veterinary Journal. n. 173, p. 492-501, 2007.
YIGEZU L.M.; ROGER F.; KIREDJIAN, M.; TARIKU, S. Isolation of Streptococcus equi
subspecies equi (strangles agent) from an Ethiopian camel. Veterinary Record. v. 23, n. 140,
p. 608, 1997.
41
3 ARTIGO 2
EVALUATION OF THE IMMUNOGENICITY OF A RECOMBINANT
SeM PROTEIN IN MICE
(Artigo a ser submetido á revista Vaccine)
42
Evaluation of the immunogenicity of a recombinant S eM protein in mice
Carina Martins de Moraesa, Andréa da Silva Ramos Rochaa, Alceu Gonçalves dos
Santos Junior a, Fabrício Rochedo Conceiçãoa, Agueda Palmira Castagna de
Vargasb, Carlos Eduardo Wayne Nogueirac, Fábio Pereira Leivas Leited,
Carlos Gil-Turnese*
a – Centro de Biotecnologia, Universidade Federal de Pelotas, CP 354, 96010900, Brazil
b - Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Maria, 97119900, Brazil
c - DCV, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal de Pelotas, CP 354, 96010900, Brazil
d – Instituto de Biologia, Universidade Federal de Pelotas, CP 354, 96010900, Brazil
e – Faculdade de Veterinária, Universidade Federal de Pelotas, CP 354, 96010900, Brasil
*Author address: Tel +55-53-3275-7350; E mail: [email protected]
Abstract
Strangles is a contagious disease of horses caused by Streptococcus equi. The
clinical signs of the disease occur after the adherence of S. equi to the epithelial cells
of the nasal and oral mucosa causing acute pharyngitis and rhinitis. The adherence
occurs by the cell wall-associated SeM protein, the most important virulence factor of
S. equi. The objective this work was to evaluate in mice the immunogenicity of
vaccines prepared with a recombinant SeM protein of S. equi subsp. equi. Groups of
mice were vaccinated with vaccines containing rSeM with or without Al(OH)3, and
challenged by the ip route with 8 LD50 of S. equi. The animals vaccinated with rSeM
had protection indices of 100 %.
Key words: Strangles, Streptococcus equi, rSeM, vaccines, horse, mice.
43
1 Introduction
Strangles is an economically important disease of horses caused by
Streptococcus equi subsp equi (S. equi), a beta-haemolytic bacteria belonging to
Lancefield group C, that affects the upper respiratory tract of horses of all ages,
although foals have higher prevalences [1] and [2]. The disease has high morbidity
and low mortality rates, and because asymptomatic carriers are responsible for
maintaining the agent in the herds, the serological and bacteriological diagnosis is of
great importance for its control [3].
The clinical signs of the disease occur after the adherence of S. equi to the
epithelial cells of the nasal and oral mucosa causing acute pharyngitis and rhinitis. If
the host is unable to restrain the process, nasopharyngeal infection spreads rapidly
to the lymph nodes of the head where bacterial multiplication proceeds unhindered
by a massive infiltration of polymorphonuclear leukocytes [4]. As the disease
progresses, abscesses can form mainly in the submandibular and retropharyngeal
lymph nodes, causing obstruction by local compression [5] and [6].
S. equi synthesizes several virulence factors, including hyaluronic acid
capsule, hyalunorate-associated protein, streptolysin, streptokinase, receptors for
IgG, and the cell wall-associated M protein (SeM). Among these, SeM, a membrane
protein of 58 kDa encoded by the SeM gene, has particular importance due to its
antiphagocytic and adherence properties. This protein was used for diagnosis and is
a promising candidate to be used as vaccinal antigen [2]; [5] and [7].
The control of Strangles by vaccination is very difficult because most of the
vaccines in use do not provide adequate protection, since no more than 50% of the
vaccinated animals become immune [8], although it may reduce the severity of the
clinical disease [5]; [6] and [9]. Several vaccines against Strangles are used around
44
world, among them, bacterins and subunit vaccines containing SeM or their fractions.
Vaccines containing SeM protein and different adjuvants proved to be immunogenic
[10] and [11].
The objective this work was to evaluate the immunogenicity in mice of
vaccines prepared with a recombinant SeM protein of S. equi subsp. equi.
48
3. Results
3.1 Cloning, expression, purification and of SeM
rSeM, with a molecular mass of 58 kDa, was successfully produced by transformed
E. coli. Sequencing of the SeM showed 100% of identity with the GenBankTM
sequences.
3.2 Characterization of rSeM by Western blot
rSeM was recognized by antibodies in Western blot analysis. The recombinant
protein reacted with anti-6×His alkaline phosphatase conjugated MAb and with sera
of vaccinated mice.
3.3 Antibody response
Mean seroconversions of each group of vaccinated mice are shown in Figure 3. Mice
vaccinated with vaccines containing rSeM (treatments 1, 2, 5 and 6, Table 1)
seroconverted at significantly (P<0.05) higher levels than mice vaccinated with the
same vaccine without the recombinant protein, with the exception of vaccine 4.
Among those containing rSEM, seroconversions induced by vaccine 5 on days 21
and 42 a dpi were higher (P<0.05) than the others, but on day 63 dpi the differences
disappeared (Figure 3).
rSEM increased significantly serconversions of the commercial vaccines. With
vaccine 4 they differed only on day 21, but with vaccine 5, they were 3.9, 2.4 and 1.4
times higher on days 21,42 and 63, respectively.
49
0
1
2
3
4
5
6
0 21 42 63
Day
Ser
ocon
vers
ion
Treatment 1
Treatment 2
Treatment 3
Treatment 4
Treatment 5
Treatment 6
Treatment 7
Treatment 8
Figure 3. Seroconversions induced in mice by vaccines prepared with rSeM, field
strain and commercial vaccines against Strangles. Treatments: 1- rSeM; 2-
rSeM+Al(OH); 3- Commercial vaccine A; 4- Commercial vaccine B; 5- Commercial
vaccine A+ Al(OH); 6- Commercial vaccine B+ Al(OH); 7- Field strain vaccine+
Al(OH); 8- Negative contol (Saline).
3.4 Potency test
All the non-vaccinated animals died within seven days after challenge, while all of
those vaccinated with rSeM survived, showing a protection index of 100%. In the
group vaccinated with the field strain, 3 out of 12 mice died, showing a protection
index of 75% (Table 2). S. equi was recovered from liver and spleen of dead animals.
50
Table 2. Seroconversions and Protection indices of mice
Seroconversion
Vaccine Day 0 Day 15 Day 36 PI %
rSeM 1 2,0 1,7 100
Bacterin 1 1,7 1,6 75
Control 1 1,1 1,0 0
4. Discussion
One of the main problems in Strangles prophylaxis is the low level of
protection conferred by commercial vaccines. Bacterins prepared with field or
laboratory strains still in use in Brazil and other countries, give variable results. The
difficulty in the experimental reproduction of the disease in horses, and thus to
correlate results with those obtained in experimental animals, hindered the
development of official potency tests in laboratory animals [12]. Although without
official value, mice tests were used to evaluate the protection conferred by S. equi
vaccines [15] and [16].
Even considering that SeM is strongly immunogenic, several researchers
related low levels of protection when used as vaccinal antigen [10]; [11] and [17],
suggesting that it could be inefficient to stimulate an appropriate mucosal immune
responses [4] and [18]. However, among the several antigens studied for the
immunological control of the disease it is a promising alternative.
We cloned and expressed successfully the SeM gene in E. coli. The rSeM had
a molecular mass of 58 kDa, in agreement with Galán & Timoney [19]. Furthermore,
the protein reacted with sera of infected horses and vaccinated mice, proving its
antigenicity. The rSeM induced a protective response in mice challenged with 8 LD50
of a field strain of S. equi and enhanced the antigenicity of commercial bacterins. As
51
expected, the addition of Aluminum Hydroxide enhanced the immune response in
mice.
Athough there are not official tests for licensing Strangles vaccines, it was
suggested that serum antibodies could be efficient in avoiding the dissemination of S.
equi from its port of entry [16]. The mice model used in our study showed that the
response elicited by rSeM protected mice against a parenteral challenge with S. equi,
suggesting that it could impair the dissemination of the etiological agent also in
horses. Therefore, we consider that our results encourge the use of rSeM as vaccinal
antigen against Strangles.
Acknowledgements
The authors acknowledge Cleonice Rodrigues Pereira and Rodrigo Casqueiro
Cunha for technical assistance. C.M.M. had a scholarship from CAPES (Ministry of
Education) and C.G.T. had a CNPq (National Research Council) research
productivity grant.
References
[1] Farrow JAE, Collins MD. 1984. Taxonomic studies on streptococci serological
group C, G and L and possible related taxa. Syst. Appl. Microbiol. 5, 483-493.
[2] Timoney JF, Artiushin SC, Boschwitz JS. 1997. Comparison of the sequences
and functions of Streptococcus equi M-like proteins SeM and SzPSe. Infect. Immun.
65, 3600-3605.
52
[3] Chanter N.,1997.Streptococci and enterococci as animal pathogens. J. Appl.
Microbiol. 83 ,1005-1095.
[4] Harrington DJ, Sutcliffe IC, Chanter N. 2002. The molecular basis of
Streptococcus equi infection and disease. Microbes Infect. 4, 501-510.
[5] Kowalski JJ. Mecanismo da Doença Infecciosa. In: Reed SM, Bayly WM, editors
Medicina Interna Eqüina. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, 2000, 54-56.
[6] Prescott J, Wright TB. Strangles in horses. 2000. Ontario - Ministry of Agriculture
and Food. captured in 08/08/2003. Available on-line
http://www.stranglesinhorse.html.
[7] Anzai T, Timoney J.F, Kuwamoto Y, Fujita Y, Wada R, Inoue T. 1999. In vivo
pathogenicity and resistance to phagocytosis of Streptococcus equi strains with
different levels of capsule expression. Vet. Microbiol. 67, 277-286.
[8] Chanter N, Talbot NC, Newton JR, Hewson D, Verheyen K. 2000. Streptococcus
equi with truncated M-proteins isolated from outwardly healthy horses. Microbiology
146, 1361-1369.
[9] Sweeney C.R. Streptococcus equi. In: Smith BP, editor. Tratado de Medicina
Interna de Grandes Animais. São Paulo, Manole LTDA, 1993: 531-533.
53
[10] Nally JE, Artiushin S, Sheoran, AS, Berns PJ, Simon B, Gilley RM, Gibson J,
Sulivan S, Timoney JF. 2001. Induction of mucosal and systemic antibody specific for
SeMF3 of Streptococcus equi by isobutirate based delivery system. Vaccine 19, 492-
497.
[11] Sheoran AS, Artiushin JF, Timoney JF. 2002. Nasal mucosal immunogenicity for
the horse of SeM peptide of Streptococcus equi genetically coupled to cholera toxin.
Vaccine 20, 1653-1659.
.
[12] Sambrook J, Russell DW. Molecular cloning: a laboratory manual. New York:
Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2001.
[13] CFR 9, Code of Federal Regulations 9. Animals and animal products. Standards
requirements, part 1, section 113, 1996. United States Government Printing Office,
Washington, 1996.
[14] Gil-Turnes C, Aleixo JAG, Monteiro AV, Dellagostin OA. 1999. DNA inoculation
with a plasmid vector carrying the faeG adhesin gene of Escherichia coli K88ab
induced immune response in mice and pigs. Vaccine 17, 2089-2095.
[15] Chanter N, Smith KC, Munford JA. 1995. Equine strangles modelled in mice.
Vet. Microbiol. 43, 209-218.
54
[16] Flock M, Jacobsson K, Frykberg L, Hirst TR, Franklin A, Guss B, Flock JI. 2004.
Recombinant Streptococcus equi proteins protect mice in challenge experiments and
induce immune response in horses. Infect. Immun. 6 (72), 3228-3236.
[17] Jacobs AA, Goovaerts D, Nuijten PJ, Theelen RP, Hartford OM, Foster TJ. 2000.
Investigations towards an efficacious and safe strangles vaccine: submucosal
vaccination with a live attenuated Streptococcus equi. Vet. Rec. 147 (20), 563-567.
[18] Waller AS, Jolley AK. 2007. Getting a grip on strangles: Recent progress
towards improved diagnostics and vaccines. Vet. J. 173, 492-501.
[19] Galán JE, Timoney JF. 1987. Molecular analysis of the M protein of
Streptococcus equi and cloning and expression of the M protein gene in Escherichia
coli. Infect. Immun.12 (55), 3181-3187.
55
4 ARTIGO 3
EVALUATION OF AN ELISA USING A RECOMBINANT SeM PROT EIN OF
Streptococcus equi subsp . equi
(Artigo a ser submetido à revista The Veterinary Journal)
56
Evaluation of an ELISA using a recombinant SeM prot ein of
Streptococcus equi subsp . equi
Carina Martins de Moraesa, Andréa da Silva Ramos Rochaa, Alceu Gonçalves dos
Santos Juniora, Leandro do Monte Ribasb, Fabrício Rochedo Conceiçãoa, Agueda
Palmira Castagna de Vargasc, Carlos Eduardo Wayne Nogueirab,
Fábio Pereira Leivas Leited, Carlos Gil-Turnese*
a – Centro de Biotecnologia, Universidade Federal de Pelotas, CP 354, 96010900, Brazil
b- HCV, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal de Pelotas, CP 354, 96010900, Brazil
c - Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Maria, 97119900, Brazil
d – Instituto de Biologia, Universidade Federal de Pelotas, CP 354, 96010900, Brazil
e* –Faculdade de Veterinária, Universidade Federal de Pelotas, CP 354, 96010900, Brasil.
*Author address: Tel +55-53-3275-7350; E mail: [email protected]
Abstract
Strangles is an economically important disease of horses caused by Streptococcus
equi subsp equi, a beta-haemolytic bacteria belonging to Lancefield group C, that
affects the upper respiratory tract of horses of all ages. Diagnosis of strangles may
be confirmed recovering S. equi from pus from the nose or abscessed lymph nodes
of clinically affected horses, although the detection of carriers requires the use of
several tests such as bacterial isolation and the polymerase chain reaction. ELISA is
an alternative method based on the detection of serum antibodies. The objective of
the research here reported was to evaluate an ELISA using a recombinant SeM
protein of Streptococcus equi subsp. equi (rSeM) as antigen. For validation of the
ELISA, groups of 20 sera from negative, vaccinated and positive animals were used.
Using as Cut-off the mean plus 2 SD of the OD of the negatives, the test showed
57
100% sensitivity and specificity, being able to discriminate among negative,
vaccinated and positive animals.
Key words: Strangles, Streptococcus equi, rSeM, ELISA.
1 Introduction
Strangles is a highly contagious and economically important infection of
horses, caused by Streptococcus equi subsp. equi (S. equi), a Gram-positive
streptococcus belonging to Lancefield´s group C (Farrow & Collins, 1984; Harrington
et al., 2002). The disease is characterized by severe inflammation of the anterior
respiratory mucosa, with extensive swelling and often fistulization of the lymph nodes
(Timoney et al, 1997; Silva & Vargas, 2006). It has very high morbidity and low
mortality, and its economic impact is due to veterinarian expenses and the necessity
to restrain the animals from their activities during several weeks. Outbreaks may last
for months or even years, principally in areas with large horse populations where
introduction of new animals is frequent (Chanter, 1997).
S. equi synthesizes several virulence factors among whose SeM, an outer
membrane protein of 58 kDa encoded by the gene SeM, is particularly important, due
to its antiphagocytic and adherence properties. This protein has been used for
diagnosis and is a promising candidate as vaccinal antigen (Timoney et al, 1997;
Anzai et al, 1999; Harrington et al, 2002).
Convalescent horses harbour the bacteria for long periods and may become
reservoirs of the infection. Approximately 10% of horses affected by the disease
remain persistent carriers of the agent, housing S. equi in condroids located in the
guttural pouches, being able to infect other animals and thus spreading the disease,
58
making their detection by serological or bacteriological techniques of great
importance for controlling the disease (Chanter et al., 2000; Waller & Jolley, 2007).
Diagnosis of strangles may be confirmed by culturing pus from the nose or
abscessed lymph nodes of clinically affected horses, although the detection of
carriers requires the combination of tests, such as bacterial isolation and the
polymerase chain reaction. ELISA is an alternative method based on the detection of
serum antibodies. An ELISA that uses the full length SeM protein and can provide
some information regarding the exposure of a horse to S. equi is commercially
available (IDEXX Laboratories, USA). It identifies high antibody titres against the
SeM protein in horses suffering from purpura haemorrhagica, although overlapping
breakpoints in normal and convalescent horses difficult the interpretation of the
results, impairing its use for the identification of sub-clinical cases (Timoney, 1997;
Waller & Jolley, 2007).
The objective of the research here reported was to evaluate an ELISA using a
recombinant SeM protein of Streptococcus equi subsp. equi (rSeM) as antigen.
62
3. Results
3.1 Characterization rSeM by Western blot and Dot ELISA
The recombinant protein reacted in Western blots with anti-6×His alkaline
phosphatase conjugated MAb (Figure 1) and in Dot ELISA with sera of horses with
clinical and etiological diagnosis of Strangles (Figure 2).
FIGURE 1. Western blot using recombinant S. equi protein M and anti-6Xhis MAb. 1-
Protein marker (50 KDa); 2 - 8, rSeM protein obtained during purification by affinity
chromatography with the AKTAPrime system.
Figure 2. Dot blotting using rSeM. 1: negative control; 2: positive control (anti-6×His
alkaline phosphatase conjugated MAb); 3-4: serum of horses with clinical and
etiological diagnosis of Strangles
1 2 3 4 5 6 7 8
1 2 3 4
63
3.3 Standardization and evaluation of ELISA
Means and standard deviations of the absorbances of the different groups were: 0.29
+ 0.04, 0.51 + 0.08 and 1.21+ 0.14, for colostrum deprived foals, vaccinated and
horses with clinical and etiological diagnosis of Strangles, respectively (Figure 3).
Figure 3. Optical Densities (OD) determined by an ELISA using rSEM as antigen. Cut
off and means of OD of vaccinated horses and horses with clinical and etiological
diagnosis of Strangles
The test had sensitivity, specificity and discriminatory indices of 100%, giving 0
% false negative reactions for both groups. Means of the OD of the positive groups
were 1.76 and 4.17 higher in vaccinated and recovered animals than in the negatives
(p <0.05).
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
00,
20,
350,
45 0,6
0,75 0,
91,
11,
31,
45
Optical Densities (OD)
Per
cent
(%
) Negative
Vacinated
Positive
Cut off
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
00,
20,
350,
45 0,6
0,75 0,
91,
11,
31,
45
Optical Densities (OD)
Per
cent
(%
) Negative
Vacinated
Positive
Cut off
64
4. Discussion
The diagnosis of Strangles based on the recovery and identification of S. equi
subsp. equi and the differentiation among the different subspecies is traditionally
based on biochemical tests (Quinn et al., 1994; Kuwamoto et al., 2001). However,
strains with atypical patterns of fermentation of trehalose, lactose or both, hinder their
phenotypic differentiation (Grant et al, 1993). Additionally, the detection of
asymptomatic carriers through microbiological procedures is troublesome and prone
to misinterpretations.
Immunological techniques are frequently used to detect carriers due to their
simplicity and the lower risks involved in the collection of samples from animals.
ELISAs are used with increasing frequency to detect carriers and seroconversions of
a great range of infectious diseases in humans and animals. This technique is also
routinely used to monitor the immunological status of zootechnically exploited
animals.
The SeM protein of S. equi was already evaluated as antigen for vaccine
production (Chanter et al., 1999; Jacobs et al, 2000), but its use in serological
diagnosis has been scantly explored. A commercial ELISA for the detection of serum
antibodies against the SeM protein is commercially available through IDEXX
laboratories in the USA and can provide some information regarding the exposure of
horses to S. equi (Waller & Jolley, 2007). This test, however, does not distinguish
between vaccine and infection responses (Sweeney et al., 2005).
Our results showed that the recombinant SeM protein of S. equi subsp. equi
used as antigen for an ELISA discriminated vaccinated and horses with clinical and
etiological diagnosis of Strangles whose OD means were 1.76 and 4.17 times
higher, respectively, than the mean of the negatives. Using as cut-off the mean plus
65
two standard deviations of the optical densities of negative animals, the test had
specificity and sensitivity indices of 100 %, higher than those of the majority of the
ELISAs used routinely for diagnosis. Neither vaccinated nor convalescent animals
showed optical densities smaller than the cut-off, thus with 0 % of false negatives. It
was also found that the minimal OD of the horses with clinical and etiological
diagnosis of Strangles was higher than the maximal OD of the vaccinated horses,
thus discriminating both groups without overlapping absorbances, although it must be
considered that vaccines inducing higher serologic responses could give different
results.
Our results qualify the recombinant SeM protein to be used as antigen in
ELISAs for diagnosis of Strangles.
Acknowledgements
The authors acknowledge Cleonice Rodrigues Pereira and Rodrigo Casquero
Cunha for technical assistance. C.M.M. had a scholarship from CAPES (Ministry of
Education) and C.G.T. had a CNPq (National Research Council) research
productivity grant.
References
Anzai, T.; Timoney, J.F.; Kuwamoto, Y.; Fujita, Y.; Wada, R.; Inoue, T., 1999. In vivo
pathogenicity and resistance to phagocytosis of Streptococcus equi strains with
different levels of capsule expression. Veterinary Microbiology 67, 277-286.
Chanter, N., 1997. Streptococci and enterococci as animal pathogens. Journal of
Applied Microbiology 83, 1005-1095.
66
Chanter, N.; Wart C.L.; Talbot, N.C.; Flanagant, J.A.; Binns, M.; Houghton, S.B.;
Smith, K.C.; Munford, J.A., 1999. Recombinant hyaluronate associated protein as a
protective immunogen against Streptococcus equi and Streptococcus zooepidemicus
challenge in mice. Microbial Pathogenesis 27, 133-143.
Chanter, N.; Talbot, N. C.; Newton, J. R.; Hewson, D.; Verheyen, K., 2000.
Streptococcus equi with truncated M-proteins isolated from outwardly healthy horses.
Microbiology 146, 1361-1369.
Coggon, T.; Rose, G.; Barker, D.J. Measurement, error and bias. In: Coggon T.,
Rose G., Barker D.J. Epidemiology for the Uninitiated. London, BJM Publishing
Group, 1993: 20- 25.
Farrow, J.A.E.; Collins, M.D., 1984 Taxonomic studies on streptococci serological
groups C, G and L and possible related taxa. Systematic and Applied Microbiology 5,
483-493.
Frey, A.; Canzio, J.; Zurakowski, D., 1998. A statistically defined endpoint titer
determination method for immunoassays. Journal of Immunological Methods 221,
35-41.
Gil-Turnes, C.; Aleixo, J.A.G.; Monteiro, A.V., Dellagostin, O.A., 1999. DNA
inoculation with a plasmid vector carrying the faeG adhesin gene of Escherichia coli
K88ab induced immune response in mice and pigs. Vaccine 17, 2089-2095.
67
Grant, S.T.; Efstration, A.; Chanter, N., 1993. Laboratory diagnosis of strangles and
the isolation of atypical Streptococcus equi. Veterinary Record 133, 215-216.
Harrington, D.J; Sutcliffe, I.C; Chanter, N., 2002. The molecular basis of
Streptococcus equi infection and disease. Microbes and Infection 4, 501-510.
Jacobs, A. A.; Goovaerts, D.; Nuijten, P.J.; Theelen, R.P.; Hartford, O.M.; Foster,
T.J., 2000. Investigations towards an efficacious and safe strangles vaccine:
submucosal vaccination with a live attenuated Streptococcus equi. Veterinary Record
147 (20), 563-567.
Kucinskaite, I.; Jouzapaitis, M.; Serva, A.; Zyirbliene, A.; Johnson, N.; Staniulis, J.;
Fooks, A.R.; Müller, T.; Sasnauskas, K.; Ulrich, R.G., 2007. Antigenic
characterization of yeast-expressed Lyssavirus nucleoproteins. Virus Genes 35, 512-
529.
Kuwamoto, Y.; Anzay, T.; Wada, R. 2001. Microplate sugar-fermentation assay
distinguishes Streptococcus equi from other streptococci of Lancefield’s group C.
Equine Veterinary Science 2 (12), 47-49.
Quinn, P.J.; Carter, M.E.; Markey, B.K.; Carter, G.R. Clinical Veterinary Microbiology.
Elsevier, Mosby, 1993: 127-136.
Sambrook, J.; Russell, D.W. Molecular cloning: a laboratory manual. New York: Cold
Spring Harbor Laboratory Press, 2001.
68
Sweeney, C.R.; Timoney, J.F.; Newton, J.R.; Hines, M.T., 2005. ACVIM Consensus
Statement - Streptococcus equi infections in horses: Guidelines for treatment, control
and prevention of Strangles. Journal of Veterinary Internal Medicine 19, 123-134.
Silva, M.S.; Vargas, A.P.C., 2006. Adenite Equina: Aspectos clínicos, agente
etiológico e métodos de diagnóstico. Arquivos do Instituto Biológico 4 (73), 493-498.
Timoney, J.F.; Artiushin, S.C.; Boschwitz, J.S., 1997. Comparison of the sequences
and functions of Streptococcus equi M-like proteins SeM and SzPSe. Infection and
Immunity 65, 3600-3605.
Timoney, J.F., 1997. Serology of Streptococcus equi infection: uses and limitations.
Equine Disease Quarterly 5, 2–3.
Waller, A.S.; Jolley, A.K., 2007. Getting a grip on Strangles: Recent progress towards
improved diagnostics and vaccines. The Veterinary Journal 173, 492-501.
69
5. CONCLUSÕES
- Proteina SeM de Streptococcus equi foi clonada e expressa em Escherichia coli;
- rSeM produzida foi inócua, imunogênica e protetora em camundongos;
- rSeM utilizada como antígeno em ELISA discriminou animais negativos de
vacinados e convalescentes
70
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AINSWORTH, D.M.; BILLER, D.S. Sistema Respiratório. In: REED, S.M.; BAYLY,
W.M. Medicina Interna Eqüina. Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro,
p.229-230, 2000.
AL-GHAMDI, G.M.; KAPUR, V.; AMES, T.; TIMONEY, J.F.; LOVE, D.N.;
MELLENCAMP, M.A. Use of repetitive sequence-based polymerase chain reaction
for molecular epidemiologic analysis of Streptococcus equi subspecies equi.
American Journal of Veterinary Research v. 61, n. 6, p. 699-705, 2000.
ANDREI, E. Compêndio Veterinário - Dicionário Brasileiro de Me dicamentos
Veterinários. 32º Edição, Andrei Editora, São Paulo, 2002, p.699.
ANZAI, T.; TIMONEY, J.F.; KUWAMOTO, Y.; FUJITA, Y.; WADA, R.; INOUE, T. In
vivo pathogenicity and resistance to phagocytosis of Streptococcus equi strains with
different levels of capsule expression. Veterinary Microbiology n. 67, p. 277-286,
1999.
ARTIUSHIN, S.C.; TIMONEY, J.F.; SHEORANT, A.S.; MUTHUPALANI, S.K.
Characterization and immunogenicity of pyrogenic mitogens SePE-H and SePE-I of
Streptococcus equi. Microbial Pathogenesis n. 32, p. 71-85, 2002.
AZEVEDO, A. F.; GALHARDAS, J.; CUNHA, A.; CRUZ, P.; GONÇALVES, L.M.D.
ALMEIDA, A.J. Microencapsulation of Streptococcus equi antigens in biodegradable
microspheres and preliminary immunisation studies. European Journal of
Pharmaceutics and Biopharmaceutics , In Press, Corrected Proof, Available online
3 June 2006.Disponível on-line http://www.sciencedirect.com/science/journal/.
BIO MERIEUX. Api 20 Strep Catalogue Analytique . Bio Mérieux, Marcy-l´Etoile,
França, 1997, 278 p.
71
BISNO, A. L.; COLLINS, C.M.; TURNER, J.C. M protein of group C streptococci
isolated from patients with acute pharingitis. Journal of Clinical Microbiology v. 34,
n.10, p.2511-2515, 1996.
BOSCHWITZ, J.S.; TIMONEY, J.F. Characterization of the antiphagocytic activity of
equine fibrinogen for Streptococcus equi subsp. equi. Microbial Pathogenesis n.
17, p. 121-129, 1994.
BOSCHWITZ, J. S., TIMONEY, J.F. Inhibition of C3 deposition on Streptococcus
equi subsp. equi by M protein: a mechanism for survival in equine blood. Infection
and Immunity n.62, p.3515-3520, 1994b.
CFR 9, Code of Federal Regulations 9 . Animals and animal products. Standards
requirements, part 1, section 113, 1996. United States Government Printing Office,
Washington, 1996.
CHANTER, N.; SMITH, K.C.; MUNFORD, J.A. Equine strangles modelled in mice.
Veterinary Microbiology n. 43, p.209-218, 1995.
CHANTER, N. Streptococci and enterococci as animal pathogens. Journal of
Applied Microbiology n.83 (suppl), p.1005-1095. 1997.
CHANTER, N.; WART C.L.; TALBOT, N.C.; FLANAGANT, J.A.; BINNS, M.;
HOUGHTON, S.B.; SMITH, K.C.; MUNFORD, J.A. Recombinant hialuronate
associated protein as a protective immunogen against Streptococcus equi and
Streptococcus zooepidemicus challenge in mice. Microbial Pathogenesis n. 27, p.
133-143, 1999.
CHANTER, N.; TALBOT, N. C.; NEWTON, J. R.; HEWSON, D.; VERHEYEN, K..
Streptococcus equi with truncated M-proteins isolated from outwardly healthy horses.
Microbiology n.146, p.1361-1369, 2000.
72
CNA, 2003. Confederação da agricultura e pecuária do Brasil cr ia comissão
para o setor de agronegócio do cavalo . Capturado em: 10/02/2005. Disponível on-
line http://www.cna.org.br/AgropecuariaAgora/Agora03/ag297.htm
COGGON T.; ROSE G.; BARKER D.J. Measurement, error and bias. In: COGGON
T., ROSE G., BARKER D.J. Epidemiology for the Uninitiated . BJM Publishing
Group, London, p.20- 25, 1993.
DOWNAR, J.; WILLEY, B.M.; SUTHERLAND, J.W.; MATHEW, K.; LOW, D.E.
Streptococcal meningitis resulting from contact with an infected horse. Journal of
Clinical Microbiology v.39, n.6, p. 2338-2339, 2001.
ERICKSON, E. D.; NORCROSS, N. L. The cell surface antigens of Streptococcus
equi. Canadian Journal of Comparative Medicine n.39, p.110-115,1975.
EUZÉBY, J.P. Dictionnaire de Bactériologie Vétérinaire. Capturado em
28/01/2005. Disponível on-line: http://www.bacterio.cict.fr/bacdico/ss/equi.html.
FARROW, J.A.E.; COLLINS, M.D. Taxonomic studies on streptococci serological
group C, G and L and possible related taxa. Systematic and Applied Microbiology
n.5, p.483-493. 1984.
FACKLAM, R. What happened to the Streptococci: Overview of taxonomic and
nomenclature changes, Clinical Microbiology Reviews v. 15, n.4, p.613-630, 2002.
FAO - FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED ATI ONS.
Capturado em 23/10/2004. Disponível on-line: 2002 http://www.fao.org/
FLOCK, M.; JACOBSSON, K.; FRYKBERG, L.; HIRST, T.R.; FRANKLIN, A.; GUSS,
B.; FLOCK, J.I. Recombinant Streptococcus equi proteins protect mice in challenge
experiments and induce immune response in horses. Infection and Immunity v.72,
n.6, p. 3228-3236, 2004.
73
FREY, A.; CANZIO, J.; ZURAKOWSKI, D. A statistically defined endpoint titer
determination method for immunoassays. Journal of Immunological Methods n.
221, p. 35-41, 1998.
GALÁN, J.E.; TIMONEY, J.F. Immune complexes in purpura hemorrhagica of the
horse contain IgA and M antigen of Streptococcus equi. Journal of Immunology
v.135, n. 5, p. 3134-3137, 1985.
GALÁN, J.E.; TIMONEY, J.F. Molecular analysis of the M protein of Streptococcus
equi and cloning and expression of the M protein gene in Escherichia coli. Infection
and Immunity v. 55, n. 12, p. 3181-3187, 1987.
GALÁN, J.E.; TIMONEY, J.F. Immunologic and genetic comparison of Streptococcus
equi isolates from the United States and Europe. Journal of Clinical Microbiology
v. 26, n. 6, p. 1142-1146, 1988.
GIL-TURNES, C.; ALEIXO, J.A.G.; MONTEIRO, A.V., DELLAGOSTIN, O.A. DNA
inoculation with a plasmid vector carrying the faeG adhesin gene of Escherichia coli
K88ab induced immune response in mice and pigs. Vaccine n.17, p. 2089-2095,
1999.
GRANT, S.T.; EFSTRATION, A.; CHANTER, N. Laboratory diagnosis of strangles
and the isolation of atypical Streptococcus equi. Veterinary Record v.133, p.215-
216, 1993.
HARRINGTON, D.J; SUTCLIFFE, I.C; CHANTER, N. The molecular basis of
Streptococcus equi infection and disease. Microbes and Infection n.4, p. 501-510,
2002.
JACOBS, A. A.; GOOVAERTS, D.; NUIJTEN, P.J.; THEELEN, R.P.; HARTFORD,
O.M.; FOSTER, T.J. Investigations towards an efficacious and safe strangles
vaccine: submucosal vaccination with a live attenuated Streptococcus equi.
Veterinary Record v. 20, n. 147, p. 563-567, 2000.
74
KAWATA, K.; ANZAI, T.; SENNA, K.; KIKUNCHI, N.; EZAWA, A.; TAKAHASHI, T.
Simple and rapid PCR method for identification of streptococcal species relevant to
animal infections based on 23S rDNA sequence. FEMS Microbiology Letters n.
237, p. 57-64, 2004.
KELLY, C., BUGG, M.; ROBINSON, C.; MITCHELL, Z.; DAVIS-POYNTER, N.;
NEWTON, J.R.; JOLLEY, K.A.; MAIDEN, M.C.; WALLER, A.S. Sequence variation
of the SeM gene of Streptococcus equi allows discrimination of the source of
strangles outbreaks. Journal of Clinical Microbiology v.44, p. 480-486, 2006.
KOL, A.; LEVI, O.; ELAD, D.; STEINNAM, A. Complicated strangles: two case
reports and a literature review. Israel Journal of Veterinary Medicine v.58, n 4,
2003. Disponível on line http://www.isrvma.org/article/58_4_2.htm.
KOWALSKI, J.J. Mecanismo da Doença Infecciosa. In: REED, S.M.; BAYLY, W.M.
Medicina Interna Eqüina. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, 2000, p.54-56.
KUCINSKAITE, I.; JOUZAPAITIS, M.; SERVA, A.; ZYIRBLIENE, A.; JOHNSON, N.;
STANIULIS, J.; FOOKS, A.R.; MÜLLER, T.; SASNAUSKAS, K.; ULRICH, R.G.
Antigenic characterization of yeast-expressed Lyssavirus nucleoproteins. Virus
Genes n. 35, p. 512-529, 2007.
KUWAMOTO, Y.; ANZAY, T.; WADA, R. Microplate sugar-fermentation assay
distinguishes Streptococcus equi from other streptococci of Lancefield’s group C.
Equine Veterinary Science v.12, n. 2, p. 47-49, 2001.
LANNERGARD, J; FRYKBERG, L; GUSS, B. CNE, a collagen-binding protein of
Streptococcus equi. FEMS Microbiology Letters n. 222, p. 69-74, 2003.
LINDMARK, H.; GUSS, B. SFS, a novel fibronectin-binding protein from
Streptococcus equi, inhibits the binding between fibronectin and collagen. Infection
and Immunity v. 67, n. 5, p. 2383-2388, 1999.
75
LINDMARK, H.; NILSSON, M.; GUSS, B. Comparison of fibronectin-binding protein
FNE from Streptococcus equi with FNZ from S. equi subspecies zooepidemicus,
reveals a major and conserved difference. Infection and Immunity v. 69, n. 5, p.
3159-3163, 2001.
MAY, J.P.; WALKER, C.A.; MASKELL, D.J.; SLATER, J.D. Development of an in vivo
Himar 1 transposon mutagenesis system for use in Streptococcus equi subsp. equi.
FEMS Microbiology Letters n.238, p. 401-409, 2004.
MEEHAN, M., D.; MULDOWNEY, A.; WATKINS, N. J.; OWEN, P. Localization and
characterization of the ligand-binding domain of the fibrinogen-binding protein (FgBP)
of Streptococcus equi subsp. equi. Microbiology n.146,p.1187-1194, 2000.
MORAES, C.M.; ROCHA, A.S.R.; DUMMER, L.A.; SANTOS JUNIOR, A.G.;
NOGUEIRA, C.E.W.; VARGAS, A.P.C.; LEITE, F.P.L.; CONCEIÇÃO, F.R.; GIL-
TURNES, C. Recombinant protein M detects antibodies induced by Streptococcus
equi strains isolated from cases of strangles. In: 8th International Veterinary
Immunology Symposium, 2007, Ouro Preto, MG. Anais do 8th International
Veterinary Immunology Symposium. Ouro Preto: Brazilian Society for
immunology, 2007.162p., p.74.
MORAES, C.M. Caracterização fenotípica de Streptococcus equi e estimativa
da reatividade cruzada de cepas isoladas de eqüinos da região sul do Rio
Grande do Sul , Pelotas, 2005. 40 f. Dissertação (Mestrado em Veterinária),
Faculdade de Veterinária, UFPel, 2005.
MOORE, B.O.; BRYANS, J.T. Type specific antigenicity of group C streptococci from
disease of the horse. In: Proceedings of the Second International Conference on
Equine Infectious diseases, S. Karger: Basel, 1970, p. 231-238.
NALLY, J.E.; ARTIUSHIN, S.; SHEORAN, A.S.; BERNS, P.J.; SIMON, B.; GILLEY,
R.M.; GIBSON, J.; SULIVAN, S.; TIMONEY, J.F. Induction of mucosal and systemic
76
antibody specific for SeMF3 of Streptococcus equi by isobutirate based delivery
system. Vaccine n.19, p. 492-497, 2001.
NEWTON, J.R.; WOOD, J.L.N.; DUNN, K.A.; DE BRAWERE, M.N.; CHANTER, N.
Naturally occurring persistent and asymptomatic infection of the guttural pouches of
horses with Streptococcus equi. Veterinary Record v. 140, n. 4, p. 84-90, 1997.
NICHOLSON, M, L.; FERDINAND, L.; SAMPSON, J.S.; BENIN, A.; BALTER, S.;
PINTO, S.W.L.; DOWELL, S.F.; FACKLAM, R.R.; CARLONE, G.M.; BEALL, B.
Analysis of immunoreactivity to a Streptococcus equi subsp. zooepidemicus M-like
protein to confirm an outbreak of post streptococcal glomerulonephritis, and
sequences of M-like proteins from isolates obtained from different host species.
Journal of Clinical Microbiology v.38, n.11, p.4126-4130, 2000.
PRESCOTT, J.; WRIGHT, T, B. Strangles in horses. 2000. Ontario Ministry of
Agriculture and Food, capturado em 08/08/2003. Disponível on-line
http://www.stranglesinhorse.html.
PUSTERLA, N.; WATSON, J.L.; AFFOLTER, V.K.; MAGDESIAN, K.G.; WILSON,
W.D.; CARLSON, G.P. Purpura haemorrhagica in 53 horses. Veterinary Record
v.4, n.153, p.118-21, 2003.
SAMBROOK, J.; RUSSELL, D.W. Molecular cloning: a laboratory manual . New
York: Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2001.
SCHILD, A.L. Infecção por Streptococcus equi. In: RIET-CORREA, F.; SCHILD, A.L.;
MÉNDEZ, M.C.; LEMOS, R.A.A. Doenças de Ruminantes e Eqüinos. Varela
Editora e Livraria LTDA, São Paulo, 2001, p.265-269.
SHEORAN, A.S.; SPONSELLER, B.T.; HOLMES, M A.; TIMONEY, J.F. Serum and
mucosal antibody isotype responses to M-like protein (SeM) of Streptococcus equi in
convalescent and vaccinated horses. Veterinary Immunology and
Immunopathology n. 59, p. 239-251, 1997.
77
SHEORAN, A.S.; ARTIUSHIN, J.F.; TIMONEY, J.F. Nasal mucosal immunogenicity
for the horse of SeM peptide of Streptococcus equi genetically coupled to cholera
toxin. Vaccine n. 20, p. 1653-1659, 2002.
SILVA, M.S.; VARGAS, A.P.C. Adenite Equina: Aspectos clínicos, agente etiológico
e métodos de diagnóstico. Arquivos do Instituto Biológico v. 73, n. 4, p. 493-498,
2006.
SLATER, J.D. Strangles, bastard strangles, vives and glanders: archaeological relics
in a genomic age. Equine Veterinary Journal v.2, n. 35, p.118-120, 2003.
SWEENEY, C.R. Streptococcus equi. In: SMITH, B.P. Tratado de Medicina Interna
de Grandes Animais. Editora Manole LTDA, São Paulo, p.531-533, 1993.
SWEENEY, C.R.; TIMONEY, J.F.; NEWTON, J.R.; HINES, M.T. ACVIM Consensus
Statement - Streptococcus equi infections in horses: Guidelines for treatment, control
and prevention of Strangles. Journal of Veterinary Internal Medicine v.19, p.123-
134, 2005.
TIMONEY, J.F.; MUKHATAR, M.M. The protective M proteins of the equine group C
streptococci. Veterinary Microbiology n. 37, p.389-395, 1993.
TIMONEY, J.F. Serology of Streptococcus equi infection: uses and limitations.
Equine Disease Quarterly n.5, p.2–3, 1997.
TIMONEY, J.F.; ARTIUSHIN, S.C.; BOSCHWITZ, J.S. Comparison of the sequences
and functions of Streptococcus equi M-like proteins SeM and SzPSe. Infection and
Immunity n. 65, p.3600-3605, 1997.
TIMONEY, J.F.; ARTIUSHIN, S.C. Detection of Streptococcus equi in equine nasal
swabs and washes by DNA amplification. Veterinary Record n. 141, p. 446-447,
1997.
78
TIMONEY, J.F; MUKHATAR, M.M. The protective M proteins of the equine group C
streptococci. Veterinary Microbiology n. 37, p. 389-395, 1993.
TIMONEY, J.F; QUIN, A.; MUTUPHALANI, S.; ARTIUSHIN, S. Vaccine potential of
novel surface exposed and secreted proteins of Streptococcus equi. Vaccine n. 25,
p.5583-5590, 2007.
TIMONEY, J.F; YANG, J.; LIU, J.; MERANT, C. IdeE reduce the bactericidal activity
of equine neutrophils for Streptococcus equi. Veterinary Immunology and
Immunopathology n.122, p.76-82, 2008.
WALKER, J.A.; TIMONEY, J.F. Construction of a stable non-mucoid deletion mutant
of the Streptococcus equi Pinnacle vaccine strain. Veterinary Microbiology n.89,
p.311-321, 2002.
WALLER, A.S.; JOLLEY, A.K. Getting a grip on strangles: recent progress towards
improved diagnostics and vaccines. The Veterinary Journal n. 173, p. 492-501,
2007.
WOOLCOCK, J. B.. Purification and antigenicity of an M-like protein of Streptococcus
equi. Infection and Immunity n.10, p.116-122, 1974.
YIGEZU L.M.; ROGER F.; KIREDJIAN, M.; TARIKU, S. Isolation of Streptococcus
equi subspecies equi (strangles agent) from an Ethiopian camel. Veterinary Record
v. 23, n. 140, p. 608, 1997.