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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO- UFPE CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA- CAV CURSO BACHARELADO EDUCAÇÃO FÍSICA RELAÇÃO ENTRE A FORÇA PROPULSIVA E VARIÁVEIS CINEMÁTICAS NO DESEMPENHO DE JOVENS ATLETAS NA PROVA DE 100 METROS LIVRE. VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO- UFPE … · oportunidade de trabalho em coletividade, ... (comprimento da braçada, frequência da braçada, ... pouco se sabe sobre as contribuições

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO- UFPE CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA- CAV

CURSO BACHARELADO EDUCAÇÃO FÍSICA

RELAÇÃO ENTRE A FORÇA PROPULSIVA E VARIÁVEIS CINEMÁTICAS NO

DESEMPENHO DE JOVENS ATLETAS NA PROVA DE 100 METROS LIVRE.

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 2015

RAQUEL DE MELO VASCONCELOS SILVA

RELAÇÃO ENTRE A FORÇA PROPULSIVA E VARIÁVEIS CINEMÁTICAS NO

DESEMPENHO DE JOVENS ATLETAS NA PROVA DE 100 METROS LIVRE.

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 2015

TCC apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, como requisito para a obtenção do título de Graduado em Bacharel em Educação Física. Orientador: Wilson Viana

Co-Orientador: Saulo Fernandes

Catalogação na Fonte Sistema de Bibliotecas da UFPE. Biblioteca Setorial do CAV.

Bibliotecária Giane da Paz Ferreira Silva, CRB4/977

S586r Silva, Raquel de Melo Vasconcelos. Relação entre a força propulsiva e variáveis cinemáticas no desempenho de jovens atletas na prova de 100 metros livre/ Raquel de Melo Vasconcelos Silva. – Vitória de Santo Antão: O Autor, 2015. 45 folhas; il., tab. Orientador: Wilson Viana Coorientador: Saulo Fernandes Melo de Oliveira TCC (Graduação) – Universidade Federal de Pernambuco, CAV, Bacharelado em Educação Física, 2015. Inclui anexo. 1. Natação. 2. Força propulsiva. 3. Desempenho. 4. Performance. I. Viana, Wilson (Orientador). II. Oliveira, Saulo Fernandes Melo de (Coorientador).III. Título. 797.2 CDD (23.ed.) BIBCAV/UFPE-008/2015

AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me mostrado os melhores caminhos para seguir nesta jornada

de quatro anos, e por ter me dado saúde e força para superar todas as dificuldades.

A minha mãe Alzira, pelo amor e incentivo nas horas de dificuldade, pela

motivação nos momentos de desânimo e cansaço, sempre me fortalecendo, pela

determinação e luta na minha formação educacional. Sem você nada disso seria

possível!

Ao meu pai e irmãos pelo por todo apoio e carinho.

Aos meus tios e primos por todo apoio.

Aos meus amigos que nos momentos de minha ausência dedicados ao

estudo sempre estiveram comigo.

Ao meu orientador, o professor Wilson Viana, por toda paciência, confiança e

orientação.

Ao meu co-orientador, Saulo Fernandes por todo suporte, tempo dedicado,

apoio e palavras de “calma jovem”.

A Mayara, Alex, Renata, Delton e Allan por fornecer tempo, dedicação e

companheirismo nos momentos de coleta e desespero.

Ao Grupo de Estudos em Biomecânica do Movimento Humano pela

oportunidade de trabalho em coletividade, e ao aluno Diêgo pelo suporte em coletas

de dados.

Ao grupo de estudos em avaliação do desempenho humano da Universidade

de Pernambuco da Escola Superior de Educação Física- ESEF.

A esta universidade, seu corpo docente, direção, administração que

oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior.

A todos que de forma direta ou indireta fizeram parte de minha formação meu

muito obrigado.

RESUMO

Introdução: No âmbito competitivo, o rendimento na natação pode ser descrito

como a capacidade de deslocamento no ambiente aquático em um menor intervalo

de tempo, conforme as regras pré-estabelecidas. Sendo este, portanto, alvo de

interesse crescente por parte de pesquisadores e técnicos. Objetivos: Investigar a

relação entre a componente força propulsiva e variáveis cinemáticas no

desempenho do nado crawl em jovens atletas na prova de 100 metros livre.

Métodos: Este é um estudo do tipo transversal, quantitativo, envolvendo 8

nadadores jovens, com idade entre 13 e 15 anos. A coleta foi realizada em duas

etapas: coleta em local de treino e coleta em local de competição. Nos locais de

treino foram coletadas informações demográficas, medidas antropométricas,

variáveis cinéticas. Nas competições foram coletadas informações cinemáticas

(comprimento da braçada, frequência da braçada, velocidade do nado, índice do

nado, e tempo do nado). As análises estatísticas foram realizadas com o auxílio do

software SPSS versão 20.0 (IBM, EUA). Foi realizada uma análise descritiva

apresentada através de médias e desvios-padrão. Para determinar o grau de

influência das variáveis entre si foram utilizados o coeficiente momento-produto de

Pearson. Em todas as análises foi adotado um nível de significância de 5%.

Resultados: Os resultados da correlação entre a componente força e a frequência

de braçada encontrada neste estudo foi (r= 0,381 e p=0,352). Foi encontrado nível

de associação entre a força e o comprimento de braçada e velocidade de nado

respectivamente de (r=0,562 e p= 0,148), (r=0,493 e p=0,214). Foram obtidos

resultado de relação entre a força e o índice de nado (r=0,481 e p= 0,227). De forma

geral, foi encontrado um índice de correlação mediano, positivo não significativo

entre a força propulsiva e as variáveis cinemáticas do desempenho. Conclusão:

Com base nos resultados encontrados neste estudo, não obtivemos evidências

suficientes para afirmar que a força propulsiva tem relação significativa com

variáveis cinemáticas do desempenho para este grupo de atletas no estilo crawl, na

prova de 100m.

Palavras-chave: Natação. Força propulsiva. Índice de nado. Desempenho.

ABSTRACT

Introduction: In the competitive environment, the yield in swimming can be described

as the displacement capacity in the aquatic environment in a shorter time interval,

according to predefined rules. Therefore the increasing interest from researchers and

technicians who seek to determine factors and indices that can optimize the

displacement capacity increasingly. Objectives: To investigate the relationship

between the propulsive force component and swimming performance index in the

front crawl in young athletes youth in the 100 meters proof Methods: This is a cross-

sectional study , quantitative , involving eight young swimmers, aged between 13 and

15 years. Data collection was conducted in two stages: collection in local training and

collection in place of competition. In training sites were collected demographic,

anthropometric measurements , kinetic variables . In competitions were collected

kinematic information (length of the stroke, the stroke frequency, speed swimming,

swimming index, and swim time). Statistical analyzes were performed with the SPSS

software version 20.0 (IBM, USA). A descriptive analysis presented as means and

standard deviations were performed. In order to determine the degree of influence of

each other variables we used the Pearson product-moment coefficient. In all

analyzes, we adopted a 5 % significance level. Results: The results of the correlation

between the component force and the stroke rate in this study was (r = 0.381 and p =

0.352). It was found level of association between the force and the stroke length and

swimming speed respectively (r = 0.562 and p = 0.148), (r = 0.493 and p = 0.214).

Results were obtained relationship between strength and swimming index (r = 0.481,

p = 0.227). Median correlation coefficient has been found, no significant and positive

between propulsive force and kinematic variables of the performance. Conclusion:

Based on the results found in this study, we did not get enough evidence to say that

the propulsive force has significant relationship with kinematic variables of

performance for this group of athletes in the crawl style, swimming the 100m proof

Keywords: Swimming. Propulsive force. Swimming index. Performance.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 Posicionamento da câmera em relação à piscina

Figura 2 Curva de força obtida do teste de nado atado em teste de 30 segundos

máximos de um atleta participante do estudo.

LISTA DE ABREVIAÇÕES

CB Comprimento da Braçada

FC Frequência da Braçada

VM Velocidade média do Nado

IN Índice Médio

TNE Teste de Nado Estacionário

FP Força Propulsiva

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Características dos participantes da amostra, n=12, em média ± desvio

padrão (D.P.)

Tabela 2 Valores individuais de frequência de braçada (FC), comprimento de

braçada (CB), velocidade do nado (VN), índice do nado (IN) e tempo de prova (TP)

da amostra estudada.

Tabela 3 Valores de coeficiente de correlação relativos à associação entre a força e

de frequência de braçada (FB), comprimento de braçada (CB), velocidade do nado

(VN), índice do nado (IN).

Sumário

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 10

2 REVISÃO DA LITERATURA ...................................................................................................... 12

3 OBJETIVOS DA PESQUISA ....................................................................................................... 15

Objetivo Geral ....................................................................................................................... 15

Objetivos Específicos ............................................................................................................ 15

4 METODOLOGIA ...................................................................................................................... 16

4.1 Amostra e População ...................................................................................................... 16

4.2 Procedimentos ................................................................................................................ 16

4.6 Análises de Dados ........................................................................................................... 19

4.7 Éticas em Pesquisa com Seres Humanos ........................................................................ 19

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................... 20

8 CONCLUSÕES ......................................................................................................................... 24

REFERÊNCIAS

ANEXO I

10

1 INTRODUÇÃO

Atualmente, a prática da natação assume papel terapêutico, recreativo, e

competitivo (MAZZOLA, 2009). No âmbito competitivo, o rendimento nesta modalidade

esportiva pode ser descrito como a capacidade de deslocamento em ambiente aquático

em um menor intervalo de tempo, conforme as regras pré-estabelecidas, sendo este

alvo de interesse crescente por parte de pesquisadores e técnicos que buscam

determinar fatores e índices que possam aumentá-lo cada vez mais. (MUJIKA,

PADILLA et al., 2002).

Para Hughes e Bartlett (2002), um indicador de performance pode ser descrito

como uma variável ou a combinação destas com a finalidade de definir alguns ou todos

os aspectos do rendimento. A este respeito, Caputo (2000) afirma que esse indicador

deve ser simples e objetivo, permitindo a sua utilização por técnicos esportivos.

Estudos recentes apontam que o desempenho na natação é determinado pela

interação de fatores antropométricos, biomecânicos e fisiológicos (JÜRIMÄE, 2007;

COSTA, 2012).

Em um estudo realizado por Latt, 2010 foi observado que fatores

biomecânicos são responsáveis por 90,3% do desempenho do Sprint do nado crawl,

seguidos por fatores antropométricos e parâmetros fisiológicos. Entretanto, Caputo

(2000) considera a técnica como um dos principais fatores determinantes no

desempenho desportivo.

Uma das formas de se avaliar o desempenho na natação seria entre outras,

medir a força gerada pelo nadador, determinar o arrasto e suas relações com a técnica

do nado e quantificar a manutenção da força ao longo das provas (AKIS, 2004).

Portanto, sabe-se da importância da relação entre a quantificação da produção de força

e os resultados na natação competitiva.

A força propulsiva (FP) é responsável por gerar deslocamento e impulso total

no nado competitivo. Em estudo realizado por Castro (2010) utilizando 12 nadadores

11

competitivos, foi verificada relação positiva entre o desempenho e o impulso total (r =

0,876; p < 0,001).

Desta forma, grandes investigações são realizadas na natação com a

finalidade de determinar parâmetros isolados favoráveis ao bom desempenho

competitivo. Entretanto, pouco se sabe sobre as contribuições das relações entre

esses parâmetros para alta performance. Diante do apresentado, pode a FP apresentar

influência sobre determinantes cinemáticos do desempenho de jovens nadadores no

nado crawl?

Nesta perspectiva o presente estudo se justifica por fornecer dados no âmbito

do desempenho na natação com grande impacto para o aprofundamento do

conhecimento dos mecanismos de avaliação do treino.

Ademais, estudos como este trazem subsídios para uma possível intervenção

mais embasada, tendo em vista a necessidade de estudos nesta perspectiva, sendo

este de forma complementar aos estudos já existentes nesta área. Este pretende

atribuir novas competências teóricas na área da Educação Física ampliando

conhecimentos com relação à elaboração e avaliação de programa de treino para

jovens nadadores.

12

2 REVISÃO DA LITERATURA

A marcante universalidade do esporte tem atribuído importante tarefa de

investigação em várias áreas cientificas. No domínio da biomecânica esportiva o corpo

humano e os movimentos esportivos são objetos de estudo afim de realizar análises

técnicas, identificação de suas variáveis, e estabelecimento de parâmetros para o

rendimento (MENZEL, 1997).Ou seja, por meio da biomecânica e de suas áreas de

conhecimento podemos avaliar o movimento, determinando suas causas e efeitos, para

atingir o desempenho máximo.

Desta forma, no que se refere ao alto rendimento, o deslocamento, sobretudo

no meio aquático, oferece um desafio à compreensão esportiva. Para Oliveira (2009) o

termo natação tem sido utilizado de forma genérica para se referir à locomoção em

meio líquido. A natação competitiva é composta por provas que variam dos 50 aos

1500 metros, envolvendo quatro estilos olímpicos reconhecidos como: livre, costas,

peito e borboleta (CASTRO, 2007), sendo o nado crawl associado como a forma mais

rápida de deslocamento no meio líquido (OLIVEIRA, 2009).

O nado crawl corresponde a movimentos simultâneos, cíclicos e contínuos de

braços, pernas e cabeça, apresentando uma fase propulsiva e outra não propulsiva

(Silva, 2008). Vários estudos vêm sendo desenvolvidos do ponto de vista biomecânico

acerca do nado crawl (CRAIG, 1986; CAPUTO, 2000; CHOLLET, CHALIES ET AL.,

2000; CASTRO, 2005; MAZZOLA, 2009).

Ao nadar, a força criada por braços e pernas deve ser superior a resistência

criada pela água para que ocorra deslocamento (CAPUTO, 2000). Segundo Belloch

(1999), a força peso e empuxo hidrostático determinam a flutuabilidade do nadador,

enquanto as forças propulsivas e de resistência determinam a velocidade do nado.

A eficiência propulsiva é um dos assuntos mais interessantes para

investigadores em natação competitiva, a maior capacidade de gerar força propulsiva

parece contribuir para um maior deslocamento na água desempenhando um importante

papel na performance (DOS SANTOS, JUNIOR et al., 2012).

Um dos meios para se avaliar a força de propulsão gerada por um nadador

refere-se ao teste de nado estacionário (TNE), ou, nado atado. Para tal avaliação é

13

utilizado transdutores de força que mensuram as forças aplicadas pelo nadador, por

meio de um cabo fixado ao atleta e a borda da piscina, com uso de um computador

(KESKINEN, KESKINEN ET AL., 2007). Segundo Papoti (2007), este procedimento

torna-se vantajoso a medida que a avaliação pode ser realizada com vários atletas.

Entretanto, tal instrumento de avaliação está passível a limitação, visto que o

nadador não se move da mesma maneira que livremente (YEATER, MARTIN et al.,

1981). Além do TNE, testes como o banco de natação, e o MAD system são utilizados

para avaliação da força no nado e potência de atletas.

Segundo Craig e Pendergast (1979) a força propulsiva do nado pode exercer

influência sobre variáveis biomecânicas, que interferem no rendimento para o

deslocamento. Conforme mencionado por Castro (2005) o comprimento médio de

braçada (CB), a frequência de braçada (FC), a velocidade média do nado (VM), e o

índice médio do nado (IN) são variáveis de avaliação da performance do nado mais

objetivas e utilizadas por treinadores atualmente.

O CB na natação é definido como a distância horizontal média percorrida

durante a execução de um ciclo completo dos braços do nadador (MAGLISCHO, 1999).

De maneira que, a razão entre a velocidade média do nado e a FC nos fornece o CB.

No estilo crawl é considerado um ciclo de braçada o período de entrada da mão na

água até a entrada da mesma mão na água (CASTRO, 2005). Está variável fornece um

bom indicador da eficácia propulsiva.

A FB é o número médio de ciclos de braçadas executado em um determinado

período de tempo (CHOLLET, CHALIES et al., 2000). O produto entre as variáveis

forças de braçada e comprimento de braçada fornece a velocidade do nado, expresso

em metros por segundo (m/s).

O Índice do nado (IN) é obtido pelo produto entre o CB e a velocidade do nado

(COSTIL, 1985). O IN está relacionado com a técnica de nado, quanto melhor o IN

maior é a velocidade do nado, por consequência de uma melhor técnica de nado. Para

Castro, 2005 O índice médio de nado pode ser utilizado, em provas de curtas e médias

distâncias, como fator determinante no desempenho.

14

Um dos métodos utilizados para se determinar as variáveis de desempenho no

nado é a cinemetria (SANTOS, 2002). A biomecânica utiliza de instrumentos como a

cinemetria para realizar medidas cinemáticas por meio da aquisição de imagens do

movimento registradas por câmeras e auxiliadas por software (SANTOS, 2002). O uso

de técnicas como está apresenta um importante papel na avaliação da técnica para

competição, desenvolvimento de técnicas para o treinamento, e por fim monitoramento

e avaliação de atletas de rendimento (AMADIO, 2007).

15

3 OBJETIVOS DA PESQUISA

Objetivo Geral

Investigar a relação entre a componente força propulsiva e variáveis

cinemáticas no desempenho do nado crawl em jovens atletas na prova de 100

metros livre.

Objetivos Específicos

Avaliar correlação entre a força propulsiva e índice do nado crawl

Investigar a relação entre a força propulsiva, comprimento de braçada e

frequência de braçada.

Verificar a influência da força propulsiva sobre velocidade do nado

16

4 METODOLOGIA

4.1 Amostra e População

Este é um estudo do tipo transversal, quantitativo, envolvendo 8 nadadores

com idades entre 13 e 15 anos de idade. A seleção da amostra foi por

conveniência, realizada de forma aleatória através de um convite aos nadadores

registrados na federação pernambucana de natação, com no mínimo dois anos

de experiência na natação e participassem de competições a nível regional.

Todos os nadadores treinam em clubes do Recife, e residem nesta mesma

cidade. Foram utilizados atletas que competem no estilo crawl por ter um maior

respaldo na literatura de estudos, por ser um estilo no qual o atleta desenvolve

maior velocidade de nado, e por ser um nado no qual sofre menor influência da

resistência hidrodinâmica.

Critérios de inclusão

A inclusão no estudo se deu a partir do preenchimento dos critérios de

elegibilidade e adesão voluntária. Como critérios de inclusão, os mesmos

deveriam aceitar participarem do estudo de forma voluntária, estarem

devidamente registrados na Federação Pernambucana de Natação, participarem

de competições regionais e/ou nacionais, além de possuírem uma frequência

semanal de treinamentos ou superior a três dias.

Critérios de exclusão

Foram adotados como critérios de exclusão aqueles indivíduos que não se

enquadravam nas categorias estudadas, que se recusaram a participar ou não

responderam o termo de compromisso, ou apresentaram algum tipo de doença

auto referido.

4.2 Procedimentos

Inicialmente todos os voluntários foram esclarecidos dos procedimentos aos

quais foram submetidos, relacionados à pesquisa. Subsequente, os sujeitos foram

orientados a preencher o “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” (ANEXOI).

A coleta foi realizada em duas etapas: coleta em local de treino e coleta em local de

competição. Nos locais de treino foram coletadas informações demográficas

17

(gênero, idade), medidas antropométricas (estatura, massa corporal, circunferência

do braço e espessura das dobras cutâneas) e variável cinética (Teste de nado

atado). Nas competições foram coletadas informações cinemáticas (comprimento da

braçada, frequência da braçada, velocidade do nado, índice do nado, e tempo do

nado).

Variáveis Demográficas

Para a composição do perfil demográfico foram coletados dados no início da

avaliação como: idade, gênero, data de nascimento.

4.3 Variáveis antropométricas

As características físicas dos voluntários foram coletadas nos locais de treino dos

atletas, no período pré-treino. A massa corporal foi obtida através da balança

eletrônica, com o indivíduo no centro do equipamento, descalço, com mínimo de

roupa possível, ereto, com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo.

A estatura foi determinada com estadiômetro. Os indivíduos foram orientados a

permanecer na posição ortostática, descalços, com membros superiores estendidos

ao longo do corpo, calcanhares unidos e as pontas dos pés afastados

aproximadamente 60° entre si, a cabeça erguida, olhando para um o plano de

Frankfurt paralelo ao solo; com os calcanhares, ombros, o dorso e a cabeça em

contato com o estadiômetro. No momento da medida o avaliado permaneceu em

apneia inspiratória (Guedes et al, 2006).

Para avaliar a envergadura dos atletas foi solicitado que o avaliado se

posicionasse em pé de costas a fita métrica milimétrica, com os braços em abdução

de 90° com o tronco, cotovelos estendidos e os antebraços supinados. A partir disto

foi mensurado a distância entre o dedo médio direito e esquerdo, caracterizando a

envergadura do atleta.

4.4 Variáveis Cinéticas

A força propulsiva foi verificada por meio da utilização do teste de nado atado

(TNA), seguindo protocolo sugerido por Papoti (2003). Para realização do teste foi

utilizado uma célula de carga fixada a cintura do nadador e preso a borda da piscina.

A célula de carga foi conectada a um indicador de sinais que estava acoplado a um

18

computador. Previamente ao início da coleta os equipamentos foram calibrados, e,

todos os atletas receberam instruções sobre os procedimentos subsequentes.

4.5 Variáveis Cinemáticas

Figura 1- Posicionamento da câmera em relação à piscina.

Fonte: Vasconcelos,2015.

Por meio da filmagem das competições nos locais de prova foi possível

determinar estas variáveis, através do método de cinemetria e auxílio de um

“software” editor.

Uma câmera digital com frequência de captura de 30 Hz, apoiada em um

suporte de fixação vertical (tripé) e posicionada na parte superior das arquibancadas

destinadas ao público, de forma a possibilitar filmagem de todos os atletas,

50m

25m 10m 15m

19

simultaneamente por meio da técnica de “pannig”, em todas as extensões da

piscina, garantindo assim, a não superposições das imagens.

A linha de tempo do “software” foi iniciada e finalizada de acordo com os

tempos oficiais fornecidos pela organização das competições.

O comprimento da braçada é expresso em metros, e consiste a distância

média do trajeto desenvolvido durante um ciclo completo de braçadas (MAZOLLA et

al, 2009). Foi considerado um ciclo de braçada o período de entrada da mão na

água até a entrada da mesma mão na água (Castro, 2005).

As contagens foram realizadas por meio de três observadores devidamente

treinados, se houve divergências entre os valores obtidos, o processo foi repetido.

Com a finalidade de eliminar os efeitos de saída e virada, as variáveis cinemáticas

comprimento da braçada e força da braçada foram obtidas em momentos cíclicos do

nado (SMITH, NORRIS et al., 2002). O comprimento da braçada foi determinado de

forma indireta, utilizando o produto do período “versus” velocidade média.

O produto entre as variáveis frequência de braçada e comprimento de

braçada fornece a velocidade do nado, expresso em metros por segundo (m/s), não

sendo considerados os efeitos propulsivos de saída e virada (Caputo, 2000) com a

finalidade de não superestimar os valores de CB. Desta forma, considerou-se dos 15

aos 35 metros e 65 aos 85 metros. O produto entre comprimento de braçada e

velocidade do nado expressa o índice do nado em metros por segundo (Costil, 1985)

4.6 Análises de Dados

As análises estatísticas foram realizadas com o auxílio do software SPSS

versão 20.0 (IBM, EUA). Foi realizada uma análise descritiva apresentados através

de médias e desvios-padrão. Para testar a normalidade dos dados foi utilizado o

teste de Shapiro Wilk. Com a finalidade de determinar o grau de influência das

variáveis entre si foram utilizados o coeficiente momento-produto de Pearson. Em

todas as análises foi adotado um nível de significância de 5%.

4.7 Éticas em Pesquisa com Seres Humanos

Este estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisas com Seres

Humanos da Universidade de Pernambuco (CEPE/UPE) e aprovado sob o nº

048/2009 em consonância com as resoluções do Conselho Nacional de Saúde

(CNS).

20

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Tabela 1 apresenta variáveis antropométricas e demográficas em valores

médios e desvio padrão da amostra participante do presente estudo.

Tabela 1: Características antropométricas e demográficas de jovens atletas

nadadores (n=8). Dados apresentados em média± desvio padrão.

Idade (anos)

Massa (Kg)

Estatura (cm)

Envergadura (cm)

Média± D.P 14± 0,48 58±7,06 171±3,95 176 ±4,37

A Tabela 2 apresenta os valores individuais de frequência de braçada,

comprimento de braçada, velocidade do nado, índice do nado e tempo de prova de

cada atleta participante da amostra do estudo.

Tabela 2: Valores individuais de frequência de braçada, comprimento de braçada,

velocidade do nado, índice do nado e tempo de prova da amostra estudada.

Atleta

Frequência Braçada

(ciclos.s-1)

Comprimento Braçada

(m)

Velocidade do Nado

(m.s-1)

Índice do Nado

(m².s-1)

01 0,91 1,10 1,00 1,10

02 0,88 0,88 0,77 0,68

03 0,87 1,12 0,98 1,10

04 1,00 1,22 1,22 1,49

05 1,10 1,46 1,61 2,35

06 0,89 0,99 0,88 0,87

07 1,00 1,29 1,29 1,66

08 0,94 1,17 1,10 1,29

Média 0,95 1,16 1,11 1,32

D.P. 0,08 0,18 0,26 0,52

21

A Figura 2 é representativa do resultado de um do teste de nado atado em 30

segundos de um indivíduo da amostra.

Figura 2: Curva de força do teste de nado atado em 30 segundos.

Fonte: Vasconcelos, 2015.

Na tabela 3 são apresentados os resultados referentes aos valores de

correlação entre a frequência de braçada, comprimento de braçada, velocidade do

nado, índice do nado e força propulsiva produzida no teste de nado atado.

Tabela 3: Valores de coeficiente de correlação relativos à associação entre a força e

de frequência de braçada (FB), comprimento de braçada (CB), velocidade do nado

(VN), índice do nado (IN).

**Nível de correlação significativo (p<0,01)

FB

CB

VN

IN

Força

FB 1 0,905** 0,964** 0,958** 0,381

CB 0,905** 1 0,984** 0,981** 0,562

VN 0,964** ,984** 1 00,998**

0,493

IN

0,958** 0,981** 0,998** 1 0,481

Força 0,381 0,562 0,493 0,481 1

22

O presente estudo teve por objetivo avaliar a relação entre a força propulsiva

e variáveis cinemáticas do desempenho de jovens atletas na prova de 100 metros

livre. Os dados antropométricos apresentados descrevem os atletas participantes da

amostra estudada, revelando características físicas semelhantes àqueles estudos

que reportaram a finalidade de avaliar populações similares (Papoti, 2007; Caputo,

2000).

Os resultados encontrados na tabela 2 apresentam valores de média e desvio

padrão da frequência de braçada computados ou registrados durante a competição

de 0,95 ± 0,08 ciclos.s-1. Os dados velocidade do nado encontrado corroboram com

achados de Caputo (2000) utilizando 16 atletas na prova de 100m que

apresentavam características similares a amostra deste estudo.

Em estudo realizado por Moré (2005) ao avaliar seis nadadores e quatro

triatletas foi encontrado resultados de correlação forte entre a força e desempenho,

para os atletas de natação. Nesta mesma perspectiva Morouço (2009) encontrou

correlação mais forte entre o componente força e velocidade (r= 0,63).

Tais diferenças entre os resultados encontrados podem ser explicadas por

diferenças técnicas entre amostras estudadas, nível de fadiga apresentado em

competição, ou por uma possível interferência de outra variável, como, a força de

arrasto ou habilidade de transferência de força para água.

Os resultados da correlação entre a componente força e a frequência de

braçada encontrada neste estudo foi (r= 0,381 e p=0,352). Foi encontrado nível de

associação entre a força e o comprimento de braçada e velocidade de nado

respectivamente de (r=0,562 e p= 0,148), (r=0,493 e p=0,214). Foram obtidos

resultado de relação entre a força e o índice de nado (r=0,481 e p= 0,227). De forma

geral, foi encontrado um índice de correlação mediano, positivo não significativo

entre a força propulsiva e as variáveis cinemáticas do desempenho (FB, CB, VN, IN).

Em relação as análises de correlação entre a frequência de braçada com as

variáveis de comprimento de braçada, velocidade de nado e índice do nado

podemos encontrar uma correlação forte, positiva e significativa. No entanto, ao

correlacionar a frequência de braçada e a componente força propulsiva encontramos

uma correlação mediana, positiva não significativa. Foi encontrado valor de

23

associação entre a frequência de braçada e comprimento de braçada (r=0,90),

entretanto, obtivemos correlação entre a frequência de braçada e índice de nado (r =

0,95).

Na tabela 3 observa-se uma correlação positiva e significativa entre as

variáveis comprimento de braçada e velocidade do nado (r=0,98). Ao avaliar 16

sujeitos do gênero masculino, Caputo (2000) encontrou valor de correlação mais

fraco entre frequência de braçada e velocidade de nado (r=0,28) que encontrada

neste estudo (r=0,96). Tais resultados são explicados por a frequência de braçada

ser uma variável que prediz tanto da velocidade de nado que participa do índice de

nado.

As correlações entre índice de nado e velocidade, comprimento de braçada

apresentaram-se fortes, positivas e significativas. Tais resultados apontam para que

quanto maior o comprimento de braçada, velocidade de nado e frequência de

braçada maior será os valores de índice de nado. Porém, ao correlacionar o índice

de nado com a força gerada pelos nadadores encontramos uma relação mediana,

positiva e significativa. Assim, não podemos afirmar a influência da força propulsiva

no índice de nado dos atletas participantes da amostra deste estudo.

24

8 CONCLUSÕES

Com base nos resultados encontrados neste estudo, não obtivemos

evidências suficientes para afirmar que a força propulsiva tem relação significativa

com variáveis cinemáticas do desempenho para este grupo de atletas no estilo

crawl, em prova de 100m. Considerando as dificuldades para análise das variáveis

biomecânicas na natação e as limitações metodológicas inerentes a este estudo,

espera-se a realização de estudos futuros que busquem investigar nesta mesma

perspectiva, a influência da força propulsiva sobre as variáveis cinemáticas do nado,

tanto no estilo crawl como nos demais estilos.

25

REFERÊNCIAS

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ANEXO I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (Elaborado de acordo com a Resolução 196/1996 do Conselho Nacional de Saúde e

legislação complementar da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa)

Convido (amos) V.Sa. a participar da pesquisa: Parâmetros cinemáticos, variação antropométrica, maturidade biológica e desempenho físico em atletas de natação sob responsabilidade do pesquisador Dr. Marcos André Moura dos Santos que tem por objetivos: a) verificar a relação entre os parâmetros cinemáticos e desempenho de nadadores; b) analisar o efeito cumulativo do tamanho do corpo, durante os estagio de maturidade e o desempenho na natação e c) propor equações para determinação da força propulsiva de nadadores.

Para a realização deste trabalho será (ão) utilizado(s) o(s) seguinte(s) método(s): Analise do comprimento de braçada (CB), frequência de braçada (FB), velocidade de nado (VN), índice de nado (IN), velocidade média escalar (Vm), tempo de saída (Ts) e tempo de virada (Tv). Para análise das variáveis cinemáticas, será realizada a filmagem das provas de 50 e 100 metros nado livre, realizada em uma piscina olímpica (WB-2000, Sansung Japão, com frequência de 30 Hz) e analisada pelo editor de vídeo Kinovea 0.8.15 (Joan Charmant- França). Ts e Tv serão obtidas através da linha do tempo do software. As características antropométricas (massa e estatura corporal, altura tronco-cefálica, envergadura, área muscular do braço e composição corporal), como também a força propulsiva da braçada (teste de nado atado), e o desempenho em competições serão avaliadas em nadadores competitivos. Os estágios de desenvolvimento puberal foram avaliados pelo Método Tanner.

Esclareço (cemos) ainda que após a conclusão da pesquisa todo material a ela relacionado, de forma gravada, filmada ou equivalente será destruído, não restando nada que venha a comprometer o anonimato de sua participação agora ou futuramente.

Quanto aos riscos e desconforto, esta pesquisa não incorre em riscos para os avaliados, pois, os testes e avaliações não são invasivos e não implicam na utilização de materiais que possam trazer riscos aos avaliados. Caso você venha a sentir algo dentro desses padrões, comunicar imediatamente ao pesquisador para que sejam tomadas as devidas providências, para isto, informar imediatamente aos responsáveis pelo estudo. Os benefícios esperados com o resultado desta pesquisa são o desenvolvimento de propostas para observação e seleção de talentos esportivos. Considerando aspectos relativos ao crescimento, desenvolvimento e maturação biológica em crianças e adolescentes expostos ao treinamento intensivo da natação.

O (A) senhor (a) terá os seguintes direitos: a garantia de esclarecimento e resposta a qualquer pergunta; a liberdade de abandonar a pesquisa a qualquer momento sem prejuízo para si ou para seu tratamento (se for o caso); a garantia de privacidade à sua identidade e do sigilo de suas informações; a garantia de que caso haja algum dano a sua pessoa (ou o dependente), os prejuízos serão assumidos pelos pesquisadores ou pela instituição responsável inclusive acompanhamento médico e hospitalar. Caso haja gastos adicionais, os mesmos serão absorvidos pelo pesquisador.

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Nos casos de dúvidas e esclarecimentos o (a) senhor (a) deve procurar os pesquisadores: Marcos André Moura dos Santos - Escola Superior de Educação Física - Universidade de Pernambuco Rua: Arnóbio Marques s/n Santo Amaro – Recife – PE (81) 97934897. Caso suas dúvidas não sejam resolvidas pelos pesquisadores ou seus direitos sejam negados, favor recorrer ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco, localizado à Av. Agamenon Magalhães, S/N, Santo Amaro, Recife-PE ou pelo telefone 81-3183.3775 ou através do e-mail:comitê[email protected]

Consentimento Livre e Esclarecido

Eu____________________________________ nome completo do pesquisado, após ter recebido todos os esclarecimentos e ciente dos meus direitos, concordo em participar desta pesquisa, bem como autorizo a divulgação e a publicação de toda informação por mim transmitida em publicações e eventos de caráter científico. Desta forma, assino este termo, juntamente com o pesquisador, em duas vias de igual teor, ficando uma via sob meu poder e outra em poder do (s) pesquisador (a) (es). Local: Data: ____/____/____ Assinatura do Sujeito (ou responsável) Assinatura do Pesquisador Para menores de 18 anos a autorização é assinada pelo Pai ou Responsável