UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃOLINHA EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Disciplina: PGE410075 – 41000153 - ME/DO - “Linguagens e Mídias” Professora: Dulce Márcia Cruz

A mídia como experiência: mediação e tecnologias

Textos base:

SILVERSTONE, Roger. Por que estudar a mídia? 2. ed. São Paulo: Loyola, 2005.Entrevista: http://dialogico.blogspot.com.br/2008/10/por-que-estudar-mdia.html Biografia: http://200.144.189.42/ojs/index.php/mediajornalismo/article/view/6226/5643

Elizane e Daniel

“Uma breve apresentação: Roger Silverstone

- Foi professor de Mídia e Comunicação, - Diretor do Media@lse, Programa de Graduação e Pós-graduação, com ensino e pesquisa na área de mídia e comunicação, da London School of Economic and Political Studies (LSE). - Diretor do Centro de Pesquisas em Cultura e Comunicação da Universidade de Sussex;- Diretor do Centro de Pesquisa em Inovação Cultural e Tecnológica da Universidade de

Brunel, um dos centros de importância mundial nos estudos atuais de recepção e audiência.

- Silverstone era coordenador do European Media Technology and Everyday Life Network (EMTEL), um grupo que congrega sete laboratórios de pesquisa em toda a Europa, com estudos nas áreas de mídia, tecnologia e vida cotidiana.

- Sua obra dialoga com os estudos de recepção de Martin-Barbero e Orozco Gomes.

- Para ele a TV “nos desafia a olhar para o que está sempre lá, mas que se move quase sem percebermos”.

SOMOS “DOMINADOS” PELAS MÍDIAS?

 “...O homem domestica as tecnologias, mas estas também domesticam o homem”. Roger Silverstone

Por que estudar a mídia?

• Quais os processos de mediação?

• Quais seus significados e suas consequências?

MÍDIA COMO PROCESSO

Entender a mídia como processo também implica um reconhecimento de que ele é fundamentalmente político ou talvez, mais estritamente, politicamente econômico.

“ATAQUE” MIDIÁTICO

O SENSO COMUM

MÍDIA E O ESPAÇO/TEMPO

A MÍDIA É DO COTIDIANO E AO MESMO TEMPO UMA ALTERNATIVA A ELE

A ideia de que mais importante do que a transmissão da informação é a forma como a comunicação se processa nas sociedades contemporâneas

EXPERIÊNCIA A experiência é tanto uma questão de identidade, quanto

de diferença.

O que caracteriza a construção da experiência?

APRENDER COM A

EXPERIÊNCIA

EXPERIÊNCIA TRAS APRENDIZADO

MOLDE

ORDEM

INTERRUPÇÃO

MEDIAÇÃONenhum processo de mediação é puro, incólume, como

nenhuma tradução linguística é perfeita

Mediação é coletiva, enquanto tradução é encarada como algo singular

Mediação = circulação de significados.

Mediação implica o movimento de significado de um texto para outro, de um discurso para outro, de um evento para outro.  Nunca é completa, é transformativa e nunca satisfatória.

TECNOLOGIADa escrita à internet, do rádio à televisão, cada tecnologia possibilitou novas formas de fazer, transmitir e fixar significados; de articular desejos; de administrar informação; de comunicar...

Tecnologia não é singular.

Tecnologias do encantamento.

[...] é incapaz de experiência aquele que se põe, ou se opõe, ou se impõe, ou se propõe, mas não se “ex-põe”. É incapaz de experiência aquele a quem nada lhe passa, a quem nada lhe acontece, a quem nada lhe sucede, a quem nada o toca, nada lhe chega, nada o afeta, a quem nada o ameaça, a quem nada ocorre (LARROSA, 2002, p.25).

http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n19/n19a02.pdf

Nesses três primeiros capítulos do livro, Silverstone procurou discutir alguns conceitos-chave dos estudos das mídias: experiência, mediação e tecnologia.

Para o conceito de experiência busco em Larrosa para definição:

Para Silverstone “É impossível escapar à presença, a representação da mídia. Passamos a depender da mídia, tanto impressa como eletrônica, para fins de entretenimento e informação, de conforto e segurança, para ver algum sentido nas continuidades da experiência e também, de quando em quando, para as intensidades da experiencia.

Utilizando um conceito de Berlin - “Textura geral da experiência” (p.13)

Impensável fora das estruturas capitalistas.

Tecnologias como cultura

 Certezas sobre os processos tecnológicos não significam uma certeza equivalente no âmbito da experiência.

• Mídias podem provocar interesse, mas o que precisa ser compreendido é a produção de encantamento

O doutor em economia ele somente assumiu a fotografia quando tinha uns 30 anos, mas a atividade tornou-se uma obsessão. Seus projetos de anos de duração capturam lindamente o lado humano de uma história global que muitas vezes envolve morte, destruição e ruína. Aqui, ele conta uma história profundamente pessoal da arte que quase o matou, e apresenta imagens espetaculares de seu trabalho mais recente, Gênesis, que documenta um mundo de pessoas e lugares esquecidos.

Para uma exemplificação dos 3 conceitos tratados:

Experiência; Mediação; Tecnologia

Link para o documentário TED - O drama silencioso da fotografia com Sebastião Salgadohttps://www.youtube.com/watch?v=ZxuVALWaiLE

FISCHER, Rosa Maria Bueno. Mídia, máquinas de imagens e práticas pedagógicas. Revista Brasileira de Educação, v. 35, p. 290-299, 2007. Texto disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v12n35/a09v1235.pdf. Último acesso: 05/09 2015). ISSN: 1413-2478

Neste texto Fischer nos apresenta 3 cenas distintas relacionadas com a tecnologia;

“A constatação de uma profunda alteração nos modos de existência contemporâneos, em que práticas cotidianas – também da escola, por certo – se transformam, particularmente no que se refere às nossas experiências com os saberes, às trocas com os outros, às formas de inscrever-nos no social, de escrever, de falar, de pensar o mundo e a nós mesmos”(p.291)

“O importante aqui é sublinhar que todas essas mídias, do rádio à internet e à televisão, têm um caráter de onipresença, tornam-se cada vez mais essenciais em nossas experiências contemporâneas, e assumem características de produção, veiculação, consumo e usos específicos em cada lugar do mundo. Interessam-nos, então, os materiais e os sujeitos produtores e usuários dessas mídias, aqui no Brasil; mais ainda, interessam-nos os modos de apreender os fatos da cultura, pelos mais jovens, modos que assumem particularidades quando vistos a partir do olhar de educadores, no cotidiano das vivências escolares”.

http://www.portadosfundos.com.br/video/grupo-de-apoio/