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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Análise das áreas de vivência em canteiros de obra
Cezar Luciani Trotta
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos como parte dos requisitos para a conclusão da graduação em Engenharia Civil Orientadora: Profa. Dra. Sheyla Mara Baptista Serra
São Carlos 2011
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia à toda minha família, em especial aos meus pais, Geraldo Wladmir Trotta Junior e Maria Aparecida Luciani, a quem devo minha vida e minha formação pessoal e profissional, e que apesar de toda a distância sempre estiveram presentes no meu dia a dia. Meus sinceros agradecimento ao meu pai por acreditar em mim e depositar todas suas forças nos meus estudos desde sempre. Sem você, pai, esse trabalho não existiria. Muito obrigado a todos que me ajudaram nas dificuldades encontradas durante essa fase tão importante da minha vida. Essa conquista é nossa!
AGRADECIMENTOS
Meus sinceros agradecimentos aos professores do DECiv por todo o conhecimento transmitido durante os 5 anos de faculdade. Agradeço também a todos meus colegas e amigos de curso por todos os momentos de alegria e por todas as noites passadas em claro estudando! Tenho orgulho de levar para sempre algumas amizades que com certeza nunca acabarão. Muito obrigado a todos.
RESUMO
Na grande maioria das bibliografias da área de gestão de canteiros de obras, os autores
destacam a falta de dedicação por parte das empresas em itens substanciais, mas de
fundamental importância para um bom funcionamento da obra, que são as áreas de vivência
de forma geral. Com o objetivo de conhecer, analisar a realidade dos canteiros de obras e
comparar com estudos anteriores do setor, foi realizado um estudo através de um check list
em 3 obras de grandes construtoras da cidade de São Paulo.
Palavras-chave: instalações provisórias; áreas de vivência; canteiro de obra.
ABSTRACT
In most of the bibliographies of the management area construction sites, the authors
highlight the lack of commitment by companies in substantial items, but of fundamental
importance for a proper functioning of the work, which are different spheres of life in general.
In order to know, analyze the reality of construction sites and compare with previous studies
of the sector, a study was conducted through a checklist in three major construction works of
the city of São Paulo.
Key-words: temporary facilities, and areas of experience; construction site.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 Visão geral da obra A ............................................................................................ 12
Figura 2 Visão geral da obra B ............................................................................................ 13
Figura 3 Visão geral - Obra C .............................................................................................. 14
Figura 4 Notas - Obra A....................................................................................................... 15
Figura 5 Vestiário obra A ..................................................................................................... 16
Figura 6 Almoxarifado - Obra A ........................................................................................... 17
Figura 7 Almoxarifado - Obra A ........................................................................................... 17
Figura 8 Mictório - Obra A.................................................................................................... 17
Figura 9 Chuveiros - Obra A ................................................................................................ 18
Figura 10 Local para refeições / Escritório de engenharia - Obra A ..................................... 18
Figura 11 Tapumes - Obra A ............................................................................................... 19
Figura 12 Acesso coberto - Obra A...................................................................................... 19
Figura 13 Notas - Obra B..................................................................................................... 19
Figura 14 Almoxarifado - Obra B ......................................................................................... 20
Figura 15 Vestiário - Obra B ................................................................................................ 21
Figura 16 Avisos na entrada do vestiário - Obra B............................................................... 22
Figura 17 Escritório com vista para a torre/ Acesso coberto – Obra B ................................. 22
Figura 18 Placas fixadas no sanitário - Obra B .................................................................... 22
Figura 19 Notas - Obra C..................................................................................................... 23
Figura 20 Vestiário - Obra C ................................................................................................ 23
Figura 21 Local para refeições - Obra C .............................................................................. 25
Figura 22 Acesso coberto / Tapumes - Obra C.................................................................... 25
Figura 23 Comparação das notas obtidas............................................................................ 26
Figura 24 Análise do IBPC................................................................................................... 28
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Análise do vestiário - Obra A................................................................................. 15
Tabela 2 Análise do almoxarifado - Obra A.......................................................................... 16
Tabela 3 Análise do almoxarifado - Obra B.......................................................................... 20
Tabela 4 Análise dos vestiários - Obra B ............................................................................. 21
Tabela 5 Análise dos vestiários - Obra C............................................................................. 23
Tabela 6 Análise do almoxarifado - Obra C ......................................................................... 24
Tabela 7 Análise do local para refeições - Obra C ............................................................... 24
Tabela 8 Notas dos itens verificados nas instalações provisórias ........................................ 26
Tabela 9 Índice das instalações provisórias......................................................................... 27
Tabela 10 Valores do IBPC .................................................................................................... 28
Tabela 11 Check List de verificação .................................................................................... 33
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................... 1
1.1 Justificativa .......................................................................................................... 2
1.2 Objetivos............................................................................................................... 3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................... 5
2.1 NR 18..................................................................................................................... 5
2.1.1 PCMAT............................................................................................................... 7
2.2 NR 9 – PPRA ......................................................................................................... 7
2.3 Saurin (1997)......................................................................................................... 8
2.4 Souza (2005) ......................................................................................................... 9
3. METODOLOGIA.......................................................................................................... 10
3.1 Revisão Bibliográfica ......................................................................................... 10
3.2 Estudo de caso................................................................................................... 10
4. RESULTADOS OBTIDOS ........................................................................................... 12
4.1 Caracterizaçao das obras visitadas .................................................................. 12
4.1.1 Obra A.............................................................................................................. 12
4.1.2 Obra B.............................................................................................................. 13
4.1.3 Obra C.............................................................................................................. 14
4.2 Análise das obras............................................................................................... 14
4.2.1 Obra A.............................................................................................................. 15
4.2.2 Obra B.............................................................................................................. 19
4.2.3 Obra C.............................................................................................................. 23
4.3 Comparação com pesquisas anteriores ........................................................... 25
4.4 Índice das Instalações provisórias ................................................................... 27
4.5 Índice de boas práticas nos canteiros de obra (IBPC) ....................................... 27
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................... 29
5.1 CONCLUSÕES.................................................................................................... 29
5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS................................................... 30
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ 31
7. ANEXO........................................................................................................................ 33
7.1 Check list ............................................................................................................ 33
1
1. INTRODUÇÃO
A atividade da construção civil é uma das atividades mais antigas do mundo. Sua
atuação movimenta diversos setores da economia global.
Esse segmento tem passado, ao longo dos anos, por um grande processo de
transformação nas suas diversas etapas: incorporação, planejamento, projetos,
suprimentos, execução, entre outros. Durante essas etapas, nas que necessitam de
operários envolvidos, existe um alto índice de acidente de trabalho além de doenças
ocupacionais.
São vários os fatores que podem colocar em risco a segurança e a saúde dos
trabalhadores em um canteiro de obra. Um deles é a falta de controle do ambiente de
trabalho e do processo produtivo; outro é a falta de orientação educativa aos operários.
Dessa forma, tem se tornado comum para as empresas do segmento a necessidade
de realizar investimentos nessa área, atuando diretamente nas instalações provisórias dos
canteiros de obras.
É fato que o canteiro de obras é uma estrutura que muda de tempos em tempos com
o desenvolver da obra. Enquanto a obra vai sendo executada, o mesmo assume
características e formas diferentes.
Para FELIX (2000), é possível classificar o canteiro de obras de acordo com a fase
da obra:
• Inicial: execução da infra-estrutura e estrutura até a desforma da laje do térreo. Na
maioria das vezes, esta fase envolve dificuldades de locação das instalações provisórias e
do local de áreas para carga e descarga dos materiais;
• Risco máximo de operários no canteiro: conforme o progresso da obra, chegará um
momento em que as instalações iniciais não atenderão mais às necessidades dos
trabalhadores do canteiro, necessitando assim da transferência de local ou de uma
ampliação da área de vivência;
• Encerramento da Obra: é fato que em toda entrega de obra, o engenheiro trabalha
em tempo integral, sendo importante se definir antecipadamente as soluções que serão
adotadas com relação às áreas de vivência nesta fase.
De acordo com SERRA (2001), as fases de organização de um canteiro também
podem variar em função da estratégia de execução adotada. Como exemplo, pode-se
analisar o caso da execução de uma torre de um edifício, seguida pela execução da periferia
(subsolo e térreo). É comum que as instalações e centrais de produção localizem-se na
2 periferia quando a torre do edifício está em execução. Já na execução da periferia, as
mesmas são transferidas para áreas de subsolo e térreo na projeção da torre.
TAMAKI (2000) diz que para que haja organização no canteiro de obras, devem ser
observados quatro princípios básicos, sendo eles:
• Disciplina e conscientização dos operários: todos devem ter conhecimento em relação
ao processo de trabalho e à melhoria de seu desempenho e especialização em suas
tarefas;
• Programação das atividades: de forma a evitar desperdícios e perca de tempo, é
necessário otimizar o fluxo de materiais e uso dos equipamentos.
• Organização do trabalho: é necessário respeitar o ritmo fisiológico do trabalhador e às
regras das jornadas de trabalho; distribuição das atividades ao longo do dia, de modo
que os serviços mais arriscados sejam realizados no início de cada jornada;
• Hierarquização da obra: divisão e definição das responsabilidades e autoridades.
1.1 JUSTIFICATIVA
Com a necessidade de rapidez nos processos executivos das edificações, os
canteiros de obra tem se tornado mini-fábricas da construção civil. Algumas construtoras
têm adotado rigorosos processos de gestão para controlar o planejamento das ações em
cada setor do canteiro, que envolve diretamente as áreas de vivência. Elas buscam cada
vez mais processos de otimização e gerenciamento das mais variadas formas.
Segundo Santos e Farias Filho (1998 apud BRANDLI e SOARES, 2000), as
empresas têm procurado investir na melhoria de seus processos de produção, frente às
crescentes pressões do mercado.
Frente a essa situação, é comum ter os canteiros divididos em centrais de trabalho,
cada qual com seu encarregado e operários. É comum que esses operários permaneçam
por 9 horas diárias no canteiro, entre as áreas de vivência, administrativas, ou nas frentes
de trabalho espalhadas pela obra.
Assim, torna-se importante que os diversos ambientes de trabalho proporcionem
condições adequadas de permanência aos trabalhadores, considerando os aspectos de
conforto ambiental e de satisfação do trabalho. MONTMOLLIN (1994) diz que para que o
trabalho seja bem organizado e realizado, é necessário que as condições de trabalho
permitam aos trabalhadores trabalhar bem.
Apesar disso, ainda não é comum ter canteiros de obra exemplares com relação a
esses critérios, tendo-se uma falha de processo, que justifica o estudo das boas práticas,
junto com as recomendações técnicas legais.
3 O canteiro de obra não se trata de um projeto único e fixo. Enquanto a obra vai
sendo executada, no decorrer de suas fases, o canteiro assume diferentes formas. É fato
que as áreas de vivência também irão mudar no decorrer da obra. Nessa mesma linha de
raciocínio, FRITSCHE et al (1996) alertam que as diferentes fases da obra exigem canteiros
diferenciados se adaptando à estratégia de ataque à obra. No início, por exemplo, quando a
execução da obra se concentra nos primeiros pavimentos, não costuma haver espaços para
as áreas de produção, administrativas e de vivência. Já quando a obra está sendo
executada com seu número máximo de operários, há necessidade de aumentar a área de
vivência. Já na fase final, a complexidade é a dinâmica da alteração das áreas, pois as
instalações provisórias deverão ser transferidas para áreas já finalizadas do edifício para
que se processem os serviços de acabamento.
Durante essas mudanças de fases, na grande maioria dos empreendimentos, as
instalações provisórias são construídas, ampliadas e posteriormente demolidas, gerando
uma grande quantidade de entulho e desperdício de material e energia, além de não
reaproveitar o material de tal forma a se ter um novo custo posteriormente.
Para ARSLAN (2005), é possível construir mesmo em curto prazo e com baixo custo
abrigos temporários com esses materiais se fossem desmontáveis, reciclados ou até mesmo
reutilizados. Para esse autor, trata-se apenas de uma questão de costume.
Com a obrigatoriedade da implantação de áreas de vivência nos canteiros de obra
regulamentada pela NR-18, os trabalhadores da construção conseguiram uma grande
vitória. A partir de então, as empresas são obrigadas a fornecer a eles um local adequado
para fazer refeições, tomar banho e guardar seus pertences durante o expediente de
trabalho. Além desses itens, a norma também exige a implantação de áreas de lazer e até a
instalação de ambulatório médico, banheiros, alojamentos e bebedouros com água filtrada
de fácil acesso aos trabalhadores.
O quesito “áreas de vivência” é um dos mais fiscalizados pelo ministério do trabalho,
pois ele é responsável por garantir as boas condições humanas para o trabalho. Além disso,
tal importância também é considerada, pois se sabe da influência do bem-estar do
trabalhador e sua produtividade além de diminuir a chance de quaisquer acidentes.
As condições de trabalho e a quantidade de acidentes em obras estão fortemente
ligados, na medida em que estas condições determinam as bases das relações sociais e o
estado psicológico dos trabalhadores.
1.2 OBJETIVOS
O objetivo principal desse trabalho de conclusão de curso é ter conhecimento de
parte da realidade da indústria da construção civil, com foco nas condições do ambiente de
trabalho em canteiros de obras situados na cidade de São Paulo.
4 Para isso, foram analisadas as áreas de vivência dos canteiros de obra, em
especial as instalações provisórias, a fim de verificar o cumprimento das normas e
recomendações vigentes para o setor.
5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
De acordo com Saurin (2006), as instalações provisórias dos canteiros de obras são
compreendidas por alguns elementos tais como: guarita, escritórios, almoxarifado, as áreas
de vivência (vestiário, alojamento, refeitório, cozinha, área de lazer), estandes de venda,
entre outros.
É importante dizer que essas instalações fazem parte do dia a dia do canteiro, pois
servem de suporte e armazenamento para grande parte dos serviços do canteiro.
Para Oliveira (2006), o canteiro de obra pode ser definido como o conjunto de todas
as instalações, desde as áreas de vivência até as operacionais, responsáveis por oferecer
suporte e definir o andamento da construção de uma edificação.
2.1 NR 18
De acordo com Cruz (1996), em 1978 o Brasil deu um grande salto qualitativo com
relação à segurança do trabalho. Nesse ano, foram implementadas vinte e oito normas
regulamentadoras (NR’s) do Ministério do Trabalho. Ainda que todas as NR’s sejam
aplicáveis à construção, destaca-se entre elas a NR-18 (BRASIL, 1995), visto que ela é
específica para o setor da construção civil.
A NR 18 do Ministério do Trabalho abrange Condições e Meio Ambiente de Trabalho
na Indústria da Construção. Nela, são abordados parâmetros e diretrizes que devem ser
considerados na execução e planejamento de um canteiro de obra.
Para Souza (2000), a NR-18 ao prescrever ações voltadas à segurança do trabalho
tem no canteiro de obras o palco para sua implementação. A obrigatoriedade do Programa
de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT), apesar
da exigência apenas do layout na fase inicial, induz à criação de um projeto completo do
canteiro, onde além dos cuidados específicos quanto à segurança, surge a necessidade de
se determinar o processo construtivo de forma a minimizar os riscos à saúde dos
trabalhadores e outros.
Entre as diretrizes, a NR18 lista o que os canteiros de obras devem conter para
garantir as condições de higiene do trabalhador:
A. VESTIÁRIO E ARMÁRIO: Os trabalhadores que não moram no canteiro de
obras têm direitos a vestiário com chuveiro e armário individual;
B. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS: Devem ser adequadas e em perfeitas
condições de higiene e limpeza, com lavatório, mictório e vaso sanitário na
6 proporção de um conjunto para cada grupo de 20 trabalhadores, e chuveiro
na proporção de um para cada grupo de 10 trabalhadores;
C. REFEITÓRIO: O local para as refeições deve possuir piso de material lavável
e mesas com tampos lisos e laváveis. O refeitório não pode estar localizado
em subsolos ou porões das edificações;
D. ALOJAMENTOS: Se os empregados morarem no canteiro de obras, a
empresa deve proporcionar-lhes dormitórios confortáveis e arejados,
lavanderia e área de lazer;
E. BEBEDOUROS: Toda obra deve ter bebedouros com água filtrada e potável
na proporção de 1 bebedouro para cada grupo de 25 trabalhadores;
F. COZINHA: Deve estar presente sempre que houver preparo de refeições.
Além disso, deve estar previsto pia para lavar os alimentos e utensílios,
possuir instalações sanitárias, que com ela não se comuniquem, de uso
exclusivo dos encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e
utensílios e possuir equipamentos de refrigeração, para preservação dos
alimentos;
G. LAVANDERIA: Deve haver um local próprio, coberto, ventilado e iluminado,
para que o trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de
uso pessoal. Este local deve ter tanques individuais ou coletivos em número
adequado;
H. AMBULATÓRIO: As frentes de trabalho com 50 (cinqüenta) ou mais
trabalhadores devem ter um ambulatório. Neste ambulatório, deve haver o
material necessário à prestação de Primeiros Socorros, conforme as
características da atividade desenvolvida. Este material deve ser mantido
guardado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim.
Para Krüger (2002), essa norma tem por objetivo evitar situações que possam causar
acidentes e doenças do trabalho, levando em consideração algumas conformidades com as
etapas da construção da obra.
A NR 18 considera o projeto de execução das proteções coletivas, a especificação
técnica das proteções coletivas e também das individuais a ser utilizado em cada serviço, o
layout inicial do canteiro de obras considerando a locação das áreas, o dimensionamento
das áreas de vivência além de um programa educativo com a temática de prevenção de
acidentes e doenças do trabalho.
Essa norma foi de total importância para a elaboração do check list de verificação
desenvolvido por Saurin (1997).
7 Ao longo dos anos, e principalmente após a implantação da NR18, os canteiros de
obras passaram por mudanças para se adequarem a uma nova realidade. Um dos
indicadores que retrata essa mudança é a extinção, na grande maioria das construtoras, dá
prática de alojar funcionários nos canteiros. Antigamente, esses alojamentos eram comuns e
com pouco conforto e higiene. Como a NR-18 exige um padrão mínimo, muitas construtoras
desistiram desta prática.
2.1.1 PCMAT
A NR-18, especificamente no item 18.3, trata do programa de condições e meio
ambiente de trabalho (PCMAT). Nesse item, são esclarecidas condições e diretrizes de
segurança do trabalho para o setor da construção civil.
As medidas são referenciadas, tendo como seus principais objetivos:
• Prever os riscos aos quais os trabalhadores estão sujeitos no processo de
execução das obras;
• Estudar as melhores medidas de proteção individual e coletiva, de forma a
prevenir ações que possam colocar a vida do trabalhador em perigo;
• Aplicar técnicas de execução de serviços que diminuam os riscos de
acidentes e doenças;
O PCMAT é obrigatório para obras com 20 ou mais trabalhadores. Além disso, deve
contemplar as exigências contidas na NR 9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
– PPRA) (BRASIL, 1994). Ele deve ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão
regional do Ministério do Trabalho. A elaboração deve ser Fe ita e aplicada por um
profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho, sendo o responsável,
caso algo aconteça, o empregador.
2.2 NR 9 – PPRA
O programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA), é estabelecido pela NR 9 e
deve ser elaborado seguindo as regulamentações da NR 18.
Segundo a NR 9, para a elaboração do PPRA, é necessário considerar alguns itens
como:
• Estabelecer metas e prioridades nos serviços e cronograma.
• Procedimento de ação e tática.
• Forma de análise dos dados, compilação e exposição dos mesmos.
• Acompanhamento periódico feito por um profissional da área.
Seu objetivo é definir um plano de ação que preserve a saúde dos trabalhadores
frente aos riscos aos quais eles se submetem diariamente em cada frente de trabalho.
8 2.3 SAURIN (1997)
Em sua dissertação de mestrado, Saurin (1997) desenvolveu um check list baseado
na NR-18 e em alguns outros requisitos que julgou importante para a realização de uma
análise qualitativa dos canteiros de obra.
Seu principal objetivo era desenvolver uma ferramenta que permitisse uma análise
rápida dos principais problemas do layout do canteiro, e também que fosse de fácil
interpretação e implantação nos canteiros.
Na época, este check list foi aplicado em cerca de vinte e cinco obras no estado do
Rio Grande do Sul. Pode-se dizer que a principal contribuição deste trabalho foi propor um
indicador que, além de avaliar diretamente os canteiros de obras, serve de orientação para
as empresas planejarem seus canteiros.
Ao concluir seu trabalho, o autor percebeu que, de forma geral, grande parte dos
itens checados por sua planilha não eram observados nas obras, o que mostra a falta de
conscientização por parte das empresas a respeito do planejamento do canteiro de obras.
Para Saurin (1997), o planejamento do canteiro deveria ser estudado e bem
elaborado antes do início da obra. Porém, grande parte dos autores mostra que na prática
isso não acontece (Saurin, 1997, Saurin; Formoso, 2000, Andrade, et al., 2005), ficando isso
a cargo dos gerentes e coordenadores de obra reconhecer a necessidade de mudança e
dedicar mais atenção ao planejamento dos canteiros.
O check list desenvolvido por Saurin (1997) é dividido em três principais itens:
• Instalações provisórias;
• Segurança;
• Movimentação e armazenamento de materiais.
Para o quesito Instalações Provisórias são analisados itens como o escritório da
obra, tapumes, o refeitório, o almoxarifado, o vestiário, os acessos, as instalações sanitárias,
entre outros.
No grupo Segurança, encontra-se itens que foram identificados como requisitos
mínimos exigidos pela NR-18. Ainda nesse grupo, são avaliadas as condições de uso das
escadas até a proteção do poço do elevador, passando por itens como objetos de proteção,
plataformas e andaimes, uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva.
Por último, o grupo “Movimentação e Armazenamento de Materiais” avalia itens
como vias de circulação, entulhos, guincho, armazenamento de materiais e produção de
argamassa/concreto. Para Saurin (1997), é importante realizar um bom planejamento deste
sistema, visto que os processos de movimentação e armazenamento interferem diretamente
no processo produtivo do canteiro.
9 Para o preenchimento da planilha, os grupos citados acima são subdivididos em
outros itens que, por sua vez, se subdividem em elementos os quais devem ser assinalados
com as seguintes opções para cada um deles: “sim”, “não” ou “não se aplica”, conforme seja
constatado ou não no canteiro de obra (Costa et al., 2005a).
Com a planilha preenchida, é possível calcular o índice de desempenho das
instalações provisórias (IIP), o índice de segurança (IS) e o índice de movimentação e
armazenamento de materiais (IMAM). Com esses três índices, calcula-se o Índice de Boas
Práticas de Canteiros de Obras (IBPC). A nota resultante da aplicação deste check list é um
número de 0 a 10 que, conforme seu resultado pode auxiliar no diagnóstico de práticas
indesejáveis e auxiliar, também, na tomada de decisão (Costa et al., 2005a). As fórmulas
para o cálculo dos índices estão no capítulo 3 (metodologia) desse trabalho.
Para essa pesquisa, o foco foi a análise das instalações provisórias dos canteiros de
obra.
2.4 SOUZA (2005)
Uma pesquisa realizada no Rio Grande do Sul por Souza (2005) analisou dados de
41 obras de 21 construtoras da região.
A pesquisa foi realizada entre os anos de 2004 e 2005 no Clube do Benchmarking
apoiado pelo NORIE/UFRGS.
O objetivo principal do trabalho de Souza (2005) foi avaliar a eficácia da implantação
do indicador “Índice de boas práticas de canteiros de obras” em empresas de construção
civil, que participam de um projeto do Núcleo Orientado para Inovação de Edificação
(NORIE/UFRGS) chamado Sistemas de Indicadores de Desempenho para Benchmarking
para Construção Civil.
Aliado a isto, a pesquisa avaliou como este indicador tem sido utilizado pelas
empresas, levantando questões sobre os potenciais benefícios trazidos pela implantação
dele e quais são as suas limitações.
10
3. METODOLOGIA A fim de atingir os objetivos propostos, as atividades foram divididas de acordo com
os tópicos citados.
3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A revisão bibliográfica foi realizada com o objetivo de estudar e compreender a
questão das áreas de vivência em canteiros de obra, alinhado com as normas
regulamentadoras vigentes.
3.2 ESTUDO DE CASO
A fim de fazer um diagnóstico das instalações provisórias dos canteiros de obras
atuais, foi feito um estudo de caso em três obras de construtoras diferentes, de forma a
abranger uma maior amostragem do mercado da construção em São Paulo.
Para isso, como roteiro de investigação, foi utilizada uma planilha adaptada de
Saurin (1997) com um check list de itens a serem verificados de acordo com a NR 18. A
planilha com as notas obtidas em cada obra encontra-se listada no anexo A desse trabalho.
As informações necessárias para caracterização do canteiro de obras foram obtidas
por meio de entrevistas com os engenheiros e mestre de obras, por meio do preenchimento
do questionário e do registro das condições através de câmera fotográfica. As fotos serão
apresentadas durante as análises dos dados.
Para o preenchimento do questionário há três possíveis respostas: SIM, NÃO e NÃO
SE APLICA. Seguindo os critérios de Saurin (1997), as respostas assinaladas com a opção
“sim” representarão os aspectos positivos (cumprimento da norma) e as respostas
assinaladas com “não” representarão os aspectos negativos. Já as respostas “não se aplica”
(NSA) indicarão exigências que não eram necessárias no canteiro, seja devido à tipologia da
obra ou a fase de execução no dia da visita.
Feito isso, pode-se calcular o índice das instalações provisórias (IIP), o índice de
segurança (IS), o índice de movimentação e armazenamento de materiais (IMAM).
10xPP
POIIP
= 10x
PP
POIS
= 10x
PP
POIMAM
=
Onde:
PO = Pontos obtidos, ou seja, a quantidade de itens que foram assinalados
com a opção “SIM” no grupo analisado.
11 PP = Pontos possíveis, ou seja, o total de itens que foram assinalados com
“SIM” e “NÃO” de cada grupo. Para o cálculo do indicador exclui-se os itens assinalados
com “NÃO SE APLICA”.
Esses três índices formarão o Índice de Boas Práticas de Canteiros de Obras (IBPC),
de acordo com a fórmula a seguir:
103
xIMAMISIP
IBPC
++=
O único item a ser utilizado na análise dos resultados do presente trabalho é o IIP,
porém, viu-se necessário o cálculo de todos para que fosse possível calcular o IBPC de cada
obra.
O indicador final é multiplicado por 10, para que a nota possa variar em uma escala
de 0 a 10.
12
4. RESULTADOS OBTIDOS 4.1 CARACTERIZAÇAO DAS OBRAS VISITADAS
Segue abaixo uma descrição dos pontos mais relevantes observados in loco que
caracterizam as obras visitadas.
4.1.1 OBRA A
Figura 1 Visão geral da obra A
A obra A trata-se de um empreendimento de uma construtora e incorporadora de alto
padrão de abrangência nacional.
O empreendimento localiza-se na zona norte da cidade de São Paulo em um terreno
de aproximadamente 5.700 m².
O empreendimento consiste de 1 torre residencial de 22 pavimentos (20 tipo +
cobertura duplex), totalizando 84 unidades. A obra está prevista para ser entregue em
outubro de 2012.
Atualmente, a obra encontra-se na fase final da estrutura. No dia da visita, estava
sendo executada a montagem das formas da laje do 19o pavimento. Além disso, os serviços
de alvenaria externa e interna, gesso e instalações também estavam sendo executados.
No canteiro existem quatro entradas, sendo três para a entrada de materiais e
equipamentos e a outra exclusiva para o acesso da mão-de-obra e visitantes.
Os portões de acesso de materiais e insumos tem aproximadamente 5 m de largura,
sendo que dois se localizam na fachada principal do edifício ao lado do portão de pedestre e
13 um parte de trás do edifício. Segundo o engenheiro da obra, são necessários todos esses
portões devido às dificuldades da implantação do canteiro de obras, que conta com duas
casas que não venderam seus terrenos.
Na entrada de funcionários, há um segurança que vigia o controle de acesso de
pessoas na obra.
O terreno da obra vai de um lado ao outro do quarteirão, sendo que de um lado há
uma rua bastante movimentada, e do outro uma rua tranqüila. A entrada do edifício fica na
rua mais calma, e a descarga de materiais também é feita através dela, excluindo-se a
bomba de concretagem que tem um portão exclusivo para entrada na obra.
4.1.2 OBRA B
Figura 2 Visão geral da obra B
A obra B é um empreendimento de uma construtora de médio padrão, localizada na
zona norte da cidade de São Paulo.
O empreendimento consiste de 2 torres residenciais de 12 pavimentos em um
terreno de 3000 m²
Atualmente a obra encontra-se na fase de estrutura e tem entrega prevista para
setembro de 2012. Trata-se de uma obra de alvenaria estrutural, e no dia da visita, estavam
executando a primeira fiada do 11o pavimento. Além disso, os serviços de gesso liso e
instalações também estavam sendo executados.
No canteiro existem três entradas, sendo uma a definitiva e que dá acesso ao
estacionamento no subsolo. As outras duas se encontram na parte de trás do edifício, sendo
uma de acesso exclusivo de pessoas e a outra de materiais. Na entrada de pessoas, há um
porteiro que faz o controle de entrada e saída do canteiro.
14 4.1.3 OBRA C
Figura 3 Visão geral - Obra C
A obra C é um empreendimento comercial de uma construtora de alto padrão no
bairro Itaim Bibi em São Paulo.
A obra conta com cinco subsolos, térreo, mezaninos e torre com 18 pavimentos tipo
em um terreno de aproximadamente 7.900 m².
Localizada na zona de restrição de São Paulo, durante a etapa de execução da
estrutura foram estudadas, analisadas e aplicadas estratégias para concretagens e
descarga de materiais.
Atualmente consta com 2 acessos para caminhões e um acesso exclusivo para os
trabalhadores e visitantes.
O empreendimento encontra-se na fase de acabamentos finais. No dia da visita,
estavam sendo executados serviços de impermeabilização da periferia, gesso liso nos
últimos andares, pele de vidro na última face da fachada, além de serviços gerais de
instalações no interior dos andares.
A obra está prevista para ser entregue em junho de 2012.
4.2 ANÁLISE DAS OBRAS
Após as entrevistas com os responsáveis das obras e da aplicação da equação
proposta por SAURIN (1997), foram calculadas as notas entre 0 e 10 em cada quesito, de
forma a medir o nível de boas práticas encontradas nos canteiros.
A seguir, são apresentados os resultados e uma análise das 3 obras visitadas,
comparando a média geral das notas obtidas entre elas com resultados obtidos por Saurin e
Formoso (2000) e Souza (2005).
Além disso, segue também uma análise do Índice das Instalações Provisórias que foi
calculado para as três obras.
15 Posteriormente, há uma análise que foi feita através do indicador Índice de Boas
Práticas de Canteiros de Obra (IBPC).
4.2.1 OBRA A
A Figura 4 apresenta as notas obtidas através do check list da Obra A.
Figura 4 Notas - Obra A
Pode-se observar que o item “Vestiários” recebeu a menor nota da tabela (1,67).
A Tabela 1 mostra os itens que foram verificados nesse quesito.
Tabela 1 Análise do vestiário - Obra A
1.8 VESTIÁRIOS S/N/NA
1.8.1 São divididos conforme as equipes de produção
N
1.8.2 São divididos por subempreiteiros N
1.8.3 Tem piso de concreto, cimentado ou material equivalente (NR-18)
S
1.8.4 Tem bancos e cabides que não sejam de prego
N
1.8.5 Tem armários individuais dotados de fechadura e cadeado (NR-18)
N
1.8.6 Localizam-se em locais de alvenaria já concluídas no pavimento térreo
N
Número de chuveiros 10
Número de lavatories 2
Número de vasos sanitários 5
Número de mictórios 1
O check list avalia a presença ou não de alguns itens. Na Figura 5, é possível
observar os que receberam “N” como avaliação.
Os bancos dos vestiários contêm pregos, as instalações são de madeira e os
armários não estão divididos por equipes. Observa-se também o único item que recebeu “S”
no chek list, sendo ele o piso do vestiário que é de concreto.
16
Figura 5 Vestiário obra A
Dessa forma, a obra A obteve uma baixa nota nesse quesito apesar de o vestiário,
de um modo geral, ser passível de uso.
Outro item que recebeu nota bastante baixa na obra A foi o “Almoxarifado”. Neste
quesito são avaliados a presença de etiquetas com nomes de materiais e equipamentos, a
divisão do local em duas partes (uma para armazenamento e outra para atendimento com
janela) e a localização do almoxarifado em relação à descarga de caminhões.
Tabela 2 Análise do almoxarifado - Obra A
1.6 ALMOXARIFADO S/N/NA
1.6.1 Está perto do ponto de descarga dos caminhões N
1.6.2 Existem etiquetas com nomes de materiais e equipamentos
N
1.6.3 É dividido em dois ambientes, um para armazenamento de materiais e ferramentas e outro para sala do almoxarife com janela de expediente
S
O almoxarifado da obra localiza-se no 2o subsolo. O mestre da obra justificou que foi
necessária a instalação nesse local devido à fase da obra e ao início das atividades na
periferia, onde ele se localizava antigamente.
Apesar da organização do local, que pode ser observada na Figura 6, não haviam
etiquetas com os nomes dos materiais e equipamentos.
17
Figura 6 Almoxarifado - Obra A
Com relação à divisão da sala, ela existe e pode ser observada na Figura 7, sendo
esse o único item avaliado com “S” no check list.
Figura 7 Almoxarifado - Obra A
O quesito “Instalações sanitárias” merece atenção, pois, apesar de ter recebido nota
relativamente boa (6,67), oculta a realidade do local, que pode ser observada abaixo.
Figura 8 Mictório - Obra A
Na Figura 8, pode-se ver que apesar de existir o mictório, ele encontra-se sujo e com
vazamento.
18 O mesmo acontece no local onde estão instalados os chuveiros. Pode-se observar
na Figura 9 a presença de bolor nas paredes ao redor dos chuveiros, que deveriam ser de
algum material impermeável.
Figura 9 Chuveiros - Obra A
Destacam-se nessa obra os quesitos “Local para refeições” e “Escritórios” (Figura 10),
“Tapumes” e “Acessos” que podem ser observados na Figura 10 e Figura 12
respectivamente. Esses quesitos receberam 100% de avaliação positiva no check list.
Figura 10 Local para refeições / Escritório de engenharia - Obra A
19
Figura 11 Tapumes - Obra A
Figura 12 Acesso coberto - Obra A
Em especial no quesito “Acessos” foi cumprido o item “Existe caminho para pessoas,
calçado e coberto, desde o portão de entrada até a área edificada”, mesmo sendo grande a
distância entre a portaria e a área edificada, cerca de 30 metros, como pode ser observado
na Figura 12.
4.2.2 OBRA B
A Figura 13 mostra as notas obtidas através do check list na obra B. Através dela, é possível
observar que o quesito “Almoxarifado” recebeu a menor nota (3,33).
Figura 13 Notas - Obra B
A Tabela 3 mostra os itens que foram analisados nesse quesito.
20 Tabela 3 Análise do almoxarifado - Obra B
1.6 ALMOXARIFADO S/N/NA
1.6.1 Está perto do ponto de descarga dos caminhões
N
1.6.2 Existem etiquetas com nomes de materiais e equipamentos
S
1.6.3 É dividido em dois ambientes, um para armazenamento de materiais e ferramentas e outro para sala do almoxarife com janela de expediente
N
Apesar de existirem etiquetas com os nomes dos materiais/equipamentos como pode ser
observado na Figura 14, o almoxarifado tem aparência desorganizada e está longe do local
de descarga de caminhões. Além disso, ele não é dividido em duas partes e nem possui
janela de expediente.
Figura 14 Almoxarifado - Obra B
Outro quesito que recebeu nota relativamente baixa foi o “Vestiário” (5,0). A Tabela 4 mostra
os itens que foram analisados nesse quesito e suas respectivas notas.
21 Tabela 4 Análise dos vestiários - Obra B
1.8 VESTIÁRIOS S/N/NA
1.8.1 São divididos conforme as equipes de produção
N
1.8.2 São divididos por subempreiteiros S
1.8.3 Tem piso de concreto, cimentado ou material equivalente (NR-18)
S
1.8.4 Tem bancos e cabides que não sejam de prego
N
1.8.5 Tem armários individuais dotados de fechadura e cadeado (NR-18)
S
1.8.6 Localizam-se em locais de alvenaria já concluídas no pavimento térreo
N
Número de chuveiros 16
Número de lavatories 10
Número de vasos sanitários 4
Número de mictórios 4
Os vestiários não são divididos por equipe de produção, mas são divididos por
subempreiteiros. Como é possível observar na Figura 15, os bancos dos vestiários são
feitos com painéis unidos com pregos.
Ainda na Figura 15 observa-se que existem armários individuais com cadeados (cadeado
próprio de cada funcionário), porém alguns não contêm portas, estando em péssimas
condições de uso.
Figura 15 Vestiário - Obra B
Uma boa prática que foi observada no local, porém não entrou na avaliação do check list
são os avisos que estão fixados na entrada do vestiário. No local existem avisos sobre
proteção, sobre a escala de limpeza do vestiário de acordo com as empreiteiras e do horário
de almoço também de acordo com as empreiteiras. Os avisos podem ser observados na
Figura 16.
22
Figura 16 Avisos na entrada do vestiário - Obra B
Além desses avisos, destacam-se nessa obra os quesitos “Escritórios” e “Acessos”, que
alcançaram nota 10 no check list e podem ser observados na Figura 17.
Figura 17 Escritório com vista para a torre/ Acesso coberto – Obra B
Apesar do quesito “Instalações Sanitárias” ter recebido uma nota relativamente baixa (6,67)
na obra B, o local estava passível de uso e com placas que estimulam o bom uso do
banheiro, como se pode observar na Figura 18.
Figura 18 Placas fixadas no sanitário - Obra B
23 4.2.3 OBRA C
Na Figura 19 é possível observar as notas obtidas através do check list na obra C. Através
dela, é possível observar que o quesito “Vestiário” recebeu a menor nota (5) da tabela.
Figura 19 Notas - Obra C
Na
Tabela 5 é possível observar os itens que foram avaliados nesse quesito.
Tabela 5 Análise dos vestiários - Obra C
1.8 VESTIÁRIOS S/N/NA
1.8.1 São divididos conforme as equipes de produção
N
1.8.2 São divididos por subempreiteiros N
1.8.3 Tem piso de concreto, cimentado ou material equivalente (NR-18)
S
1.8.4 Tem bancos e cabides que não sejam de prego.
S
1.8.5 Tem armários individuais dotados de fechadura e cadeado (NR-18)
S
1.8.6 Localizam-se em locais de alvenaria já concluídas no pavimento térreo
N
Como descrito na Tabela 6, os vestiários não estavam divididos por equipes de produção e
nem por empreiteiras, caracterizando uma desorganização no local nos horários de entrada
e saída dos funcionários. O local pode ser observado na Figura 20 abaixo.
Figura 20 Vestiário - Obra C
24 Outro quesito que também recebeu nota baixa na obra C foi o “Almoxarifado”. A Tabela 6
mostra os itens que foram avaliados nesse quesito.
Tabela 6 Análise do almoxarifado - Obra C
1.6 ALMOXARIFADO S/N/NA
1.6.1 Está perto do ponto de descarga dos caminhões N
1.6.2 Existem etiquetas com nomes de materiais e equipamentos
S
1.6.3 É dividido em dois ambientes, um para armazenamento de materiais e ferramentas e outro para sala do almoxarife com janela de expediente
S
Como é possível observar, a única avaliação negativa que a obra recebeu nesse quesito foi
referente à distância entre local de descarga de caminhões e o almoxarifado. Segundo o
mestre da obra, o almoxarifado está localizado nesse local devido à fase em que a obra se
encontra (acabamentos finais). A justificativa é benquista, porém existe o trabalho de
transporte da entrada da obra até o almoxarifado.
O quesito “Local para refeições” teve apenas um item avaliado negativamente, como mostra
a Tabela 7.
Tabela 7 Análise do local para refeições - Obra C
1.7 LOCAL PARA REFEIÇÕES S/N/NA
1.7.1 Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior (NR-18)
S
1.7.2 Tem fechamento que permite isolamento durante as refeições (NR-18)
S
1.7.3 Tem piso de concreto, cimentado ou outro material lavável (NR-18)
S
1.7.4 Tem depósito com tampa para detritos (NR-18) S
1.7.5 Há assentos em número suficiente para atender aos usuários (NR-18)
N
1.7.6 As mesas são separadas de forma que os trabalhadores agrupem-se segundo sua vontade
S
Segundo o mestre da obra, há uma rotatividade muito grande de empresas atuando ao
mesmo tempo e que ficam poucos dias ou semanas na obra variando em torno de 500
funcionários/dia. Dessa forma não há local para todos almoçarem, sendo necessário fazer
um rodízio de empreiteiras que se inicia as 11 h finalizando em torno das 13 h.
Como mostra a Figura 21, o local para refeições contém um grande número de assentos.
25
Figura 21 Local para refeições - Obra C
Destacam-se na obra C os quesitos “Acessos” e “Tapumes” que receberam 100% de
avaliações positivas no check list.
Na Figura 22 é possível observar o acesso coberto da portaria à área edificada e uma visão
geral da obra C que mostra os tapumes em perfeito estado de conservação.
Figura 22 Acesso coberto / Tapumes - Obra C
4.3 COMPARAÇÃO COM PESQUISAS ANTERIORES
Na Tabela 8 são apresentadas as notas obtidas nas pesquisas de Saurin e Formoso (2000),
Souza (2005), das três obras visitadas e a média das notas obtidas nessas três obras.
26 Tabela 8 Notas dos itens verificados nas instalações provisórias
Obras visitadas (2011)
INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS Saurin e Formoso (2000)
Souza (2005) A B C MÉDIA (A,B e C)
Acessos 4,6 6,2 10 10 10 10,00
Escritório (Sala do mestre/Engenheiro) 6,2 8,2 10 10 6,67 8,89
Local para refeições 5,4 7,1 10 8,33 8,33 8,89
Tapumes 7,6 8,4 10 5 10 8,33
Instalações sanitárias 5,2 6,3 6,67 6,67 6,67 6,67
Tipologia das instalações provisórias 4 7,1 5,71 5,71 6,67 6,03
Almoxarifado 2,8 5,7 3,33 3,33 6,67 4,44
Vestiário 4,6 6,8 1,67 5 5 3,89
MÉDIA FINAL 5,05 6,98 7,17 6,76 7,50 7,14
Na Tabela 8, é possível notar que, de forma geral, a média das notas das obras visitadas foi
maior que o encontrado por Saurin e Formoso (2000) e Souza (2005), mostrando uma
evolução nas condições das instalações provisórias.
Como é possível observar na Figura 23, o quesito “Vestiários” teve média abaixo do
encontrado por Saurin e Formoso (2000) e por Souza (2005). Nesse quesito, foi observado
se o local era dividido conforme as equipes de produção/empreiteiras, se os bancos eram
fixados através de pregos, se existiam armários, se o piso era de concreto e o local onde o
vestiário se localizava.
Figura 23 Comparação das notas obtidas
Já o quesito “Tipologia das instalações provisórias” teve média abaixo somente referente ao
valor encontrado por Souza (2005). Esse quesito observava itens como a segurança das
instalações, a boa conservação dos materiais constituintes e se foi aproveitada alguma
construção anterior existente no terreno.
27 Do mesmo modo, o quesito “Almoxarifado” teve média abaixo do encontrado por Souza
(2005). Nesse quesito foi analisado a distância do local de descarga, a presença de
etiquetas com nomes nos materiais e equipamentos e se o ambiente era dividido em duas
partes, sendo uma de armazenamento e outra para atendimento.
4.4 ÍNDICE DAS INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS
O Índice das Instalações Provisórias (IIP) verifica a tipologia e condições das áreas de
vivência no canteiro de obra.
Tabela 9 Índice das instalações provisórias
OBRAS VISITADAS
ÍNDICES Saurin e Formoso
(2000) Souza (2005) A B C
MÉDIA (A, B e C)
IIP 5,10 7,00 6,90 6,70 7,40 7,00
Na Tabela 9 é possível observar o valor encontrado para o IIP nas três obras estudadas.
O cálculo desse indicador foi calculado através da seguinte fórmula:
10xPP
POIIP
= , onde
• PO = Total de pontos obtidos no quesito instalações provisórias (quantidade de
“SIM”).
• PP = Total de pontos possíveis no quesito instalações provisórias (quantidade de
“SIM”+ quantidade de “NÃO”).
A obra que obteve maior IIP foi a obra C. Apesar de ter a maior nota, é fato que apenas 74%
dos itens avaliados foram qualificados positivamente. Dentre os itens que foram avaliados
negativamente, há itens importantes tais como a localização do almoxarifado, a qualidade
dos vestiários e das instalações sanitárias. Esses itens, além de serem fundamentais para a
saúde dos trabalhadores, interferem também na produtividade da obra.
Contrapondo à maior nota, a obra B obteve a menor nota, sendo que somente 67% dos
itens avaliados foram qualificados positivamente, excluindo-se os itens em que a questão
não se aplicava.
É importante salientar que apesar de a média dos IIPs das obras avaliadas ter alcançado a
nota 7,00, e um valor superior quando comparado com Saurin e Formoso (2000) e Souza
(2005), o resultado ainda é insatisfatório visto a importância dos itens que foram utilizados
para calcular o índice.
4.5 ÍNDICE DE BOAS PRÁTICAS NOS CANTEIROS DE OBRA (IBPC)
Na Tabela 10 é possível observar os índices que foram calculados a partir do preenchimento
do check list, e por fim o IBPC.
28 Tabela 10 Valores do IBPC
OBRAS VISITADAS
ÍNDICES Saurin e Formoso
(2000) Souza (2005) A B C MÉDIA
IIP 5,10 7,00 6,90 6,70 7,40 7,00
IS 4,40 6,40 7,37 8,10 10,00 8,49
IMAM 6,10 5,90 7,10 7,74 8,70 7,85
IBPC 5,20 6,43 7,12 7,51 8,70 7,78
Todos os valores de IBPCs calculados para as obras visitadas foram maiores que os
encontrados por Saurin e Formoso (2000) e Souza (2005). O valor médio encontrado nas
obras para o IBPC foi de 7,78, cerca de 49% maior que o encontrado por Saurin e Formoso
(2000) e 21% maior que o encontrado por Souza (2005).
Como é possível observar na Figura 24, em 11 anos houve uma evolução nas boas práticas
encontradas nos canteiros de obra.
Porém, essa nota ainda é baixa e expõe uma realidade dos canteiros de obra mostrando
que ainda há falta de segurança para os trabalhadores, além de ocorrerem perdas de
diversos gêneros através de desperdícios de materiais e tempo.
Figura 24 Análise do IBPC
29
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1 CONCLUSÕES
Como foi definido inicialmente, o objetivo principal deste trabalho foi analisar parte da
realidade das áreas de vivência da indústria da construção civil na cidade de São Paulo.
Através de visitas às obras, onde foram feitas entrevistas com engenheiros, mestres e
encarregados, foi possível preencher o check list de verificação que gerou os dados e
indicadores necessários para a avaliação dos canteiros e compará-los a estudos anteriores
de modo a verificar o desenvolvimento das áreas de vivência ao longo dos anos.
É importante salientar que ambos os autores, Saurin (1997) e Souza (2005), fizeram
seu estudos na região sul do país. Sendo assim, a comparação é válida por terem sidos
utilizados os mesmos critérios, porém características regionais e culturais podem ter
influenciado o resultado.
Em comparação com pesquisas e avaliações do setor nos últimos anos e pelas
obras estudadas nesse trabalho de conclusão de curso, foi possível concluir que houve uma
melhoria nas condições gerais das áreas de vivência. Na análise dos dados, verificou-se
que apenas um índice (IIP) de duas obras ficou abaixo do encontrado por Souza (2005),
sendo que a obra A obteve nota igual a 6,9 e a obra B a 6,7 enquanto Souza (2005) obteve
nota igual a 7,0.
Porém, de forma geral, o índice que leva em consideração todos os itens da planilha
(IBPC) teve uma evolução ao longo dos anos, chegando à média de 7,78 nas obras visitadas
mostrando que a preocupação por parte dos engenheiros e gerentes em relação a esses
quesitos vem aumentando, seja pela fiscalização do ministério do trabalho ou por iniciativa
própria da construtora.
Uma limitação encontrada na pesquisa diz respeito ao check list que verificou por
meio do registro de presença ou não de certo item da avaliação, sem levar em consideração
se o item era ou não passível de uso. Dessa forma, foi feito um registro fotográfico de cada
item analisado, e esse registro foi considerado na análise dos dados, mas não para o
cálculo das notas.
Com essas análises, pode-se concluir que, de forma geral, o tempo dedicado por
engenheiros e coordenadores para o planejamento dos canteiros de obras ainda é baixo,
apesar de se notar uma pequena evolução.
Assim, para um melhor funcionamento geral do canteiro em termos de planejamento,
áreas de vivência e segurança, é fundamental que esse quadro se reverta de modo a
30 melhorar significativamente o desempenho da produção, além de diminuir o número de
acidentes de trabalho no setor.
5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
A partir dos resultados que foram obtidos neste trabalho e de todos os
conhecimentos que foram adquiridos durante o seu desenvolvimento, pode-se fazer
algumas sugestões para futuros trabalhos:
• Estudar novos itens a serem acrescentados no check list envolvendo as
diversas atividades da produção. Como por exemplo, um item importante que
deveria ser avaliado é a freqüência de treinamentos dos funcionários. É
comum nos canteiros de obra funcionários utilizarem equipamentos sem
cursos ou treinamentos, o que pode causar facilmente acidentes.
• Acrescentar no check list uma coluna que avalia a qualidade dos itens
analisados, e não apenas a presença ou não dele. Essa avaliação poderia ser
um fator multiplicador de 0 a 1 que pondera a nota final do quesito.
• Avaliar outras áreas do canteiro e registrar as boas práticas encontradas.
• Desenvolver procedimentos para ajudar no processo de elaboração dos
projetos das áreas de vivência em geral.
• Acompanhar as modificações das áreas de vivência ao longo do processo de
execução de uma mesma obra e suas diversas etapas.
31
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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canteiros de obras de empreendimentos habitacionais de interesse social:
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Gestão e Economia da Construção, 4., 2005, Porto Alegre.
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Construction, Faculty of Technical Education, University of Abant Izzet Baysal, 2005. 12 p.
Completion of course work.
BRANDLI, L. L.e SOARES, J. C. Uma Abordagem ao lay-out de canteiros de obras
situados na região Nordeste. Porto Alegre: Engenharia Civil, 2002. 53p. Trabalho de
conclusão de curso.
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COSTA, D.B.; FORMOSO, C.T.; LIMA, H.M.R.; BARTH, K.B. Sistema de Indicadores para
benchmarking na construção civil: manual de utilização. NORIE/UFRGS, Porto Alegre,
set. 2005.
CRUZ, S. O ambiente do trabalho na construção civil: um estudo baseado na norma.
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Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. 2000. Disponível em:
www.fundacentro.sc.gov.br. Acesso em junho de 2011.
FRITSCHE, C. et al.. Layout de canteiro de obras da construção civil. Anais do 16°
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KRÜGER, J.A. A criação e a manutenção de ambientes adequados e de uma mentalidade
de segurança no trabalho nos canteiros de obras com a aplicação das NR’s 17 e 18. In:
ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 9., 2002, Foz
do Iguaçu. Anais de Foz do Iguaçu, 06 agosto 2002.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Normas Regulamentadoras de Segurança e
Saúde no Trabalho. NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da
construção. Brasília, 1995. 43p.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Normas Regulamentadoras de Segurança e
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32 MONTMOLLIN, M. Sur le travail - choix de textes (1967-1992). In: Christol, Jacques et
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2001. 42p. Curso de atualização profissional – Universidade Federal de São Carlos
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Recomendação técnica de procedimentos - Fundacentro, São Paulo, V. 1, 2007.
33
7. ANEXO 7.1 CHECK LIST
Abaixo, segue o check list utilizado para o roteiro de investigação nas obras analisadas. Na
Tabela 11, é possível observar as colunas das três obras visitadas (A, B e C).
Tabela 11 Check List de verificação
OBRA
A B C 1. INSTALAÇõES PROVISóRIAS SIM / NÃO / NA 1.1 TIPOLOGIA DAS INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS
· São utilizadas instalações móveis (containers)
N N N 1.1.1 Há modulação dos barracos S S S 1.1.2 Os painéis são unidos com parafusos S S S 1.1.3 Os painéis são pintados e estão em bom estado de conservação S S S 1.1.4 Foram aproveitadas construções existentes para instalação da obra N N N 1.1.5 Os barracos estão em locais livres da queda de materiais, ou então a sua cobertura tem proteção
S S S 1.1.6 Existe alojamento NA NA NA
NOTA PARCIAL 5,71 5,71 5,71 MÉDIA 5,71
1.2 TAPUMES 1.2.1 Existe alguma espécie de pintura decorativa e/ou logomarca da empresa S S S 1.2.2 Os tapumes são construídos de material resistente e estão em bom estado de conservação
S S S NOTA PARCIAL 10,00 10,00 10,00
MÉDIA 10,00 1.3 ACESSO 1.3.1 Existe portão exclusivo para entrada de pedestres (clientes e operários) S S S 1.3.2 Existe caminho para pessoas, calçado e coberto, desde o portão de entrada até a área edificada
S S S 1.3.3 Há possibilidade de entrada de caminhões no canteiro S S S 1.3.4 Se o prédio localiza-se em uma esquina, o acesso de caminhões é pela rua menos movimentada ou secundária
NA NA S NOTA PARCIAL 10,00 10,00 10,00
34 MÉDIA 10,00
1.4 GUARITA DO VIGIA/PORTARIA 1.4.1 Está junto ao portão de entrada de pessoas S S S 1.4.2 Na guarita ou na portaria são distribuídos capacetes para visitantes S N S
NOTA PARCIAL 10,00 5,00 10,00 MÉDIA 8,33
1.5 ESCRITÓRIO (Sala do mestre/Engenheiro) 1.5.1 Tem visão global do terreno S S N 1.5.2 A documentação técnica da obra está à vista e é de fácil localização S S S 1.5.3 Tem estojo com materiais para primeiros socorros S S S
NOTA PARCIAL 10,00 10,00 6,67 MÉDIA 8,89
1.6 ALMOXARIFADO 1.6.1 Está perto do ponto de descarga dos caminhões N N N 1.6.2 Existem etiquetas com nomes de materiais e equipamentos N S S 1.6.3 É dividido em dois ambientes, um para armazenamento de materiais e ferramentas e outro para sala do almoxarife com janela de expediente
S N S NOTA PARCIAL 3,33 3,33 6,67
MÉDIA 4,44 1.7 LOCAL PARA REFEIÇÕES 1.7.1 Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior (NR-18) S S S 1.7.2 Tem fechamento que permite isolamento durante as refeições (NR-18) S S S 1.7.3 Tem piso de concreto, cimentado ou outro material lavável (NR-18) S S S 1.7.4 Tem depósito com tampa para detritos (NR-18) S S S 1.7.5 Há assentos em número suficiente para atender aos usuários (NR-18) S S N 1.7.6 As mesas são separadas de forma que os trabalhadores agrupem-se segundo sua vontade
S N S NOTA PARCIAL 10,00 8,33 8,33
MÉDIA 8,89 1.8 VESTIÁRIOS 1.8.1 São divididos conforme as equipes de produção N N N 1.8.2 São divididos por subempreiteiros N S N 1.8.3 Tem piso de concreto, cimentado ou material equivalente (NR-18) S S S
35 1.8.4 Tem bancos e cabides que não sejam de prego N N S 1.8.5 Tem armários individuais dotados de fechadura e cadeado (NR-18) N S S 1.8.6 Localizam-se em locais de alvenaria já concluídas no pavimento térreo N N NA Número de chuveiros 10 16 Número de lavatories 2 10 Número de vasos sanitários 5 4 Número de mictórios 1 4
NOTA PARCIAL 1,67 5,00 6,00 MÉDIA 4,22
1.9 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS 1.9.1 Os banheiros estão ao lado do vestiário
S S S 1.9.2 O mictório e o lavatório são passíveis de aproveitamento S S N 1.9.3 Há banheiros volantes nos andares N N S 1.9.4 Há recipientes para depósito de papeis usados no banheiro (NR-18) S S S 1.9.5 Nos locais onde estão os chuveiros há o piso de material antiderrapante ou estrado de madeira (NR-18)
S S S 1.9.6 Há um suporte para sabonete e cabide para toalha correspondente a cada chuveiro (NR-18)
S S N 1.9.7 Há um banheiro somente para o pessoal de administração da obra (mestre, Engo., técnico)
S S N 1.9.8 Para deslocar-se do posto de trabalho até as instalações sanitárias é necessário percorrer menos de 150,0 m (NR-18)
N N S 1.9.9 As paredes internas dos locais onde estão instalados os chuveiros são de alvenaria ou são revestidas com chapas galvanizadas ou outro material impermeável
N N S NOTA PARCIAL 6,67 6,67 6,67
MÉDIA 6,67 1.10 SEGURANÇA NAS ÁREAS DE VIVÊNCIA 1.10.1 De um modo geral, as áreas de vivência estão em locais livre de riscos de queda?
S S S 2. SEGURANÇA NA OBRA 2.1 ESCADAS 2.1.1 Há corrimão provisório constituído de madeira ou outro material de resistência equivalente (NR-18)
S N S
36 2.1.2 Há escada ou rampa provisória para transposição de pisos com desnível superior a 40 cm (NR-18)
S N S 2.1.3 Quando da concretagem da escada já é deixada alguma espécie de espera para servir de montante para os corrimãos
N N NA 2.1.4 Os corrimãos são pintados e estão em bom estado de conservação NA NA S 2.2 ESCADAS DE MÃO 2.2.1 As escadas de mão ultrapassam em cerca de 1,0 m o piso superior (NR-18) NA NA NA 2.2.2 As escadas de mão estão fixadas nos pisos superior e inferior, ou são dotadas de dispositivo que impeça escorregamento (NR-18)
NA NA NA 2.3 POÇO DO ELEVADOR 2.3.1 Há fechamento provisório, com guarda-corpo e rodapé, de no mínimo 0,90 m de altura
N S S 2.3.2 O fechamento provisório é constituído de material resistente e está seguramente fixado à estrutura
NA S S 2.3.3 Há assoalhamento de madeira ou malha de ferros dentro dos poços para amenizar eventuais quedas
S S S 2.4 PROTEÇÃO CONTRA QUEDA NO PERÍMETRO DOS PAVIMENTOS 2.4.1 Há proteção efetiva, constituída por anteparo rígido com guarda-corpo e rodapé revestido com tela
NA S S 2.4.3 Há andaime fachadeiro? NA N S 2.5 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 2.5.1 Há identificação dos locais de apoio (banheiro, escritório, almoxarifado, etc.) que compõem o canteiro (NR-18)
N S S 2.5.2 Há alertas quanto a obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade executada, próximos ao posto de trabalho (NR-18)
N S S 2.5.3 Existe identificação dos andares da obra S S S 2.5.4 Há advertências quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste (NR-18)
N S NA 2.6 PLATAFORMA DE PROTEÇÃO (bandeja salva-vidas) 2.6.1 A plataforma principal de proteção está na primeira laje que esteja no mínimo um pé-direito acima do nível do terreno (NR-18)
S S NA
37 2.6.2 Existem plataformas secundárias de proteção a cada 3 lajes, a partir da plataforma principal (NR-18)
S NA NA 2.6.3 As plataformas contornam toda a periferia da edificação (NR-18) S S NA 2.6.4 Os painéis das bandejas são fixados com parafusos ou borboletas S S NA 2.6.5 A fixação das treliças é feita através de furo na viga, espera na laje ou solução equivalente
S S NA 2.6.6 A plataforma principal e as secundárias tem largura de 2,50 m + 0,80 m (à 45o) e 1,40 m + 0,80 m (à 45o) respectivamente (NR-18)
S S NA 2.6.7 O conjunto bandejas/treliças é pintado e está em bom estado de conservação
S S NA 2.6.8 Existe tela de proteção que cobre toda a periferia do edifício? S S NA 2.7 ABERTURAS NO PISO 2.7.1 Todas as aberturas no piso têm fechamento provisório resistente N N S 2.8 EPI’s 2.8.1 São fornecidos capacetes para uso dos visitantes S S S 2.8.2 Independente da função todo trabalhador está usando botinas e capacetes
S S S 2.8.3 Os trabalhadores estão usando uniforme cedido pela empresa (NR-18) N S S 2.8.4 Trabalhadores em andaimes externos ou qualquer outro serviço à mais de 2,0 m de altura, usam cinto de segurança com cabo fixado na construção (NR-18)
S S S 2.9 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 2.9.1 Inexistem partes vivas expostas de circuitos e equipamentos, tal como fios desencapados (NR-18)
S S S 2.9.2 Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e equipamentos, de modo que está preservada sua isolação
S S S 2.9.3 Todas as máquinas e equipamentos elétricos estão ligados por conjunto plugue e tomada (NR-18)
S S S 2.9.4 As redes de alta tensão estão protegidas de modo a evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores
S S S 2.10 ANDAIMES SUSPENSOS 2.10.1 Os andaimes dispõem de guarda-corpo e rodapé em todo o perímetro, exceto na face de trabalho (NR-18)
NA NA S
38 2.10.2 Existe tela de arame, náilon ou outro material de resistência equivalente presa no guarda-corpo e rodapé
NA S S 2.11 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO 2.11.1 O canteiro possui extintores para combate à princípios de incêndio S S S 2.12 ELEVADOR DE OBRA 2.12.1 A torre do guincho é revestida com tela
S S NA 2.12.2 As rampas de acesso à torre são dotadas de guarda corpo e rodapé, sendo ascendentes ou planas no sentido da torre (NR-18)
S S NA 2.12.3 Há pneus ou outra espécie de amortecimento para a plataforma do elevador no térreo
S S NA 2.12.4 O guincheiro trabalha em local com cobertura de proteção contra queda de materiais (NR-18)
S S NA 2.12.5 Há assento ergonômico para o guincheiro N N NA 2.12.6 A plataforma do elevador é dotada de contenção nas laterais em que não há carga/descarga
S S NA 2.12.7 No térreo o acesso a plataforma do elevador é plano, não exigindo esforço adicional no empurramento de carrinhos/gericas
S S NA 2.12.8 Nas concretagens são deixados ganchos de ancoragem nos pavimentos para atirantar a torre do guincho
S N NA 2.12.9 Caso o guincho utilize campainha, o operário pode acioná-la sem subir na plataforma do elevador
NA S NA 2.13 GRUA 2.13.1 Existe delimitação das áreas de carga e descarga de materiais (NR-18) N S NA 2.13.2 Foi feito o plano de cargas? S S NA 2.13.3 A grua possui alarme sonoro que é acionado pelo operador quando há movimentação de carga (NR-18)
N N NA 3. SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS 3.1 VIAS DE CIRCULAÇÃO 3.1.1 Há contrapiso nas áreas de circulação de materiais ou pessoas S S S 3.1.2 Existe cobertura para transporte de materiais da betoneira até o guincho NA NA NA 3.1.3 É permitido o trânsito de carrinhos/gericas perto dos estoques em que tais equipamentos fazem-se necessários
S S S
39 3.1.4 Há caminhos previamente definidos para os principais fluxos de materiais próximos ao guincho e em áreas de produção de argamassa e de armazenamento
N NA N 3.2 ENTULHO 3.2.1 São utilizadas caixas para desperdícios nos andares e/ou depósito central de desperdícios
S S S 3.2.2 O entulho é transportado para o térreo através de calha ou tubo coletor N N N 3.2.3 O canteiro está limpo, sem caliça e sobras de madeira espalhadas, de forma que não está prejudicada a segurança e circulação de materiais e pessoas
N S S 3.2.4 O entulho está separado por tipo de material e reaproveitado S S S 3.3 GUINCHO 3.3.1 A comunicação com o guincheiro é feita através de lâmpada ou campainha acionada em cada pavimento (NR-18)
NA N NA 3.3.2 Há utilização de tubofone em combinação com outro sistema de comunicação
NA N NA 3.3.3 Há placa com a logomarca da empresa na torre do guincho NA S NA 3.3.4 O guincho está na posição mais próxima possível do baricentro do pavimento tipo
NA S NA 3.3.5 O guincho está em frente a parede cega
NA S NA 3.3.6 A área próxima ao guincho está desobstruída, permitindo livre circulação dos equipamentos de transporte
NA S NA 3.3.7 As peças para acesso nos pavimentos são amplas, facilitando a carga/descarga e o acúmulo de materiais nestes locais
NA S NA 3.4 ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS CIMENTO 3.4.1 Existe estrado sob o estoque de cimento N S S 3.4.2 As pilhas de cimento tem no máximo 10 sacos S N S 3.4.3 O estoque está protegido da umidade em depósito fechado e coberto. (Caso não exista depósito há cobertura com lona ou outro dispositivo)
S S S 3.4.4 Havendo depósito fechado é praticada estocagem do tipo PEPS (primeiro à entrar é o primeiro a sair)
N S S
40 3.4.5 No caso das pilhas estarem adjacentes à paredes (do depósito ou não) há uma distância mínima de 0,30 m para permitir a circulação de ar
N S N AGREGADOS 3.4.6 As baias para areia/brita/argamassa tem contenção em três lados N NA S 3.4.7 As baias tem fundo cimentado para evitar contaminação do estoque S NA S 3.4.8 A areia é descarregada no local definitivo de armazenagem (não há duplo manuseio)
S NA N 3.4.9 A argamassa é descarregada no local definitivo de armazenagem NA NA S 3.4.10 As baias de areia e argamassa estão em locais protegidos da chuva ou tem cobertura com lona
S NA S AÇO 3.4.11 O aço é protegido do contato com o solo N S NA 3.4.12 As barras de aço são separadas de acordo com a bitola S N NA TIJOLOS/BLOCOS 3.4.13 O estoque de tijolos está em local limpo e nivelado, sem contato direto com o solo
S S S 3.4.14 É feita a separação de tijolos por tipo
S S S 3.4.15 As pilhas de tijolos tem até 1,80 m de altura S S S 3.4.16 Os tijolos são descarregados no local definitivo de armazenagem S N S 3.4.17 O estoque de tijolos está em local protegido da chuva ou tem cobertura com lona
N N S TUBOS DE PVC 3.4.18 Os tubos são armazenados em camadas, com espaçadores, separados de acordo com a bitola das peças (NR-18)
S S S 3.4.19 Os tubos estão estocados em locais livres da ação direta do sol, ou tem cobertura com lona
S S S 4. CENTRAIS DE PRODUÇÃO 4.1 PRODUÇÃO DE ARGAMASSA/CONCRETO 4.1.1 A boca da betoneira descarrega do lado mais próximo ao acesso ao guincho S NA NA 4.1.2 A betoneira está próxima do guincho
NA NA NA 4.1.3 A betoneira descarrega diretamente nos carrinhos/masseiras ou existe base preparada para a argamassa produzida
S NA NA
41 4.1.4 Há indicações para a produção e elas estão em local visível (traço, programação, etc.)
S S NA 4.1.5 A dosagem do cimento é feita com equipamento dosador S S NA 4.1.6 A dosagem da areia é feita com equipamento dosador S S NA 4.1.7 A dosagem da água é feita com equipamento dosador S S NA
OBRA
A B C MÉDIA
Quantidade de SIM 79 87 74 80,00
Quantidade de NÃO 31 27 14 24,00
Quantidade de NÃO APRESENTA 0 0 0 0,00
Índice das instalações provisórias 6,90 6,70 7,4 7,00
Índice de segurança 7,37 8,10 10,00 8,49
Índice de movimentação e arm. de materiais 7,10 7,74 8,70 7,85
NOTA GERAL OBRA(IBPC) 7,12 7,51 8,70 7,78