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Universidade Federal de Uberlândia Avenida Engenheiro Diniz, 1.178 – Bairro Martins – CEP 38.400–462
Uberlândia/MG
PLANO DE EXPANSÃO DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
– PERÍODO 2008-2012 –
Proposta da Comissão designada para elaboração de Projeto para inclusão da UFU no
Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais - REUNI
Uberlândia (MG), dezembro de 2007
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Dados da Universidade:
Universidade Federal de Uberlândia
Avenida Engenheiro Diniz, 1178 – Caixa Postal, 593
38400-902 – Uberlândia, MG
Telefone: 34-3239-4811 – Fax: 34-3239-0099
Dirigente: Prof. Dr. Arquimedes Diógenes Ciloni.
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Perfil institucional: vocação para o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão
com qualidade
Com sede na cidade de Uberlândia/MG, a UFU é o principal centro de referência em Ciência e
Tecnologia de uma ampla região do Brasil que engloba o Triângulo Mineiro, o Alto Paranaíba, o
noroeste e partes do norte de Minas, o sul e o sudoeste de Goiás, o norte de São Paulo e o leste
do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso. Neste âmbito, polariza a oferta de vagas e de cursos
de graduação e pós-graduação, o desenvolvimento da pesquisa e da extensão e responde, em
grande medida, pela formação dos quadros profissionais das IES recém criadas na cidade e seu
entorno, bem como pela formação continuada de docentes das redes de ensino da Educação
Básica e Profissional. Mantém estreitas relações com a comunidade, de vez que os serviços
oferecidos nas diversas áreas conferem-lhe uma importância singular, tornando-a uma instituição
de grande prestígio para a coletividade. A relação que mantém com a comunidade local e
regional é orgânica, isto é, ao desenvolvimento das cidades e do campo corresponde com a
formação de profissionais capacitados em mais de 30 áreas específicas e com a qualidade dos
serviços oferecidos, constituindo-se em agente de integração da cultura nacional e da formação
de cidadãos. É, pois, fundamental para o desenvolvimento político, científico e social de toda a
região.
A UFU é uma Instituição de Educação Superior, integrante do Sistema Federal de Ensino. Foi
autorizada a funcionar pelo Decreto-Lei n° 762, de 14/08/1969 e federalizada pela Lei n° 6.532,
de 24/05/1978. O processo de sua criação teve início com a fusão de faculdades isoladas já
existentes em Uberlândia: Filosofia, Ciências e Letras, Direito, Ciências Econômicas, Federal de
Engenharia, Artes, Odontologia, Medicina Veterinária, Educação Física e Escola de Medicina e
Cirurgia. Com a federalização, as faculdades isoladas foram transformadas em departamentos e
passaram a integrar o Centro de Ciências Humanas e Artes, o Centro de Ciências Biomédicas e o
Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, suportes da estrutura acadêmica à época adotada.
Em 1994, por aspirações de mudanças no modo de gestão institucional, a UFU desencadeou
discussões que convergiram para um novo projeto estatutário. Sob nova configuração
administrativa foram constituídas Unidades Acadêmicas, em cujos âmbitos são exercidas as
funções essenciais ao desenvolvimento do Ensino, da Pesquisa e da Extensão, e Unidades
Especiais de Ensino, responsáveis pela oferta da Educação Básica e Educação Profissional
Técnica de Nível Médio. Em 2006, criou um Campus Avançado, na cidade de Ituiutaba/MG - o
Campus do Pontal, marcando uma etapa importante de sua história.
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Hoje conta com 28 Unidades Acadêmicas e oferece 57 Cursos de Graduação, 24 cursos de
Mestrado, 12 de Doutorado e aproximadamente 40 Cursos de Especialização em todas as áreas
do conhecimento. Conta ainda com duas Unidades Especiais de Ensino que oferecem Educação
Infantil, Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos na modalidade de cursos supletivos
para o Ensino Fundamental e Médio e Educação Profissional de Nível Médio, com formação
inicial e continuada de trabalhadores da área de saúde.
Em 30/11/2007, o corpo docente dos três níveis de ensino, composto por professores efetivos e
substitutos, alcançava 1.334 docentes; sendo que dentre os 961 professores efetivos do ensino
superior 66% possuem titulação de doutor ou superior e 22% detém o mestrado. O corpo
técnico-administrativo contava com 3.289 servidores em quadro permanente, com 1.563 no
Hospital de Clínicas e dentre os demais 1.726 servidores estavam 265 de nível superior, 1.073 de
nível médio e 388 de apoio.
Em 31/12/2006, o corpo discente estava constituído por 13.450 alunos de graduação presencial,
500 em graduação à distância, 1.429 de pós-graduação stricto-sensu, 407 de pós-graduação lato-
sensu, 145 de residência médica, 261 de educação profissional técnica de Nível Médio na área da
Saúde, 225 de Educação Infantil, 599 do Ensino Fundamental, 150 da Educação de Jovens e
Adultos e 1.006 de Línguas Estrangeiras, totalizando 18.172 alunos.
Do conjunto das Instituições de Ensino Superior Federais a UFU desfruta de um conceito de
excelência. Indicadores adotados pelo CNPq, FAPEMIG, INEP e SESu mostram que a
instituição mantém excelentes resultados acadêmicos e absorve uma forte demanda reprimida
por vagas na educação universitária pública no espaço de sua atuação.
A UFU busca desenvolver e difundir, por meio do ensino, todas as formas de conhecimento
teórico e prático, visando à formação de pessoas capacitadas para o exercício da investigação,
bem como para o magistério e os demais campos de trabalho nas áreas culturais, artísticas,
científicas, tecnológicas, políticas e sociais; estuda questões sócio-econômicas, educacionais,
políticas e culturais da sociedade com o propósito de contribuir para o desenvolvimento
sustentável, local, regional e nacional, bem como para melhorar a qualidade de vida da
população. Estabelece formas de cooperação com os poderes públicos e outras instituições
científicas, culturais e educacionais brasileiras e estrangeiras.
No âmbito da pesquisa, destaca-se nas áreas das Engenharias, Ciências Exatas e da Terra, na área
das Ciências Humanas, das Ciências Sociais Aplicadas, das Ciências Biológicas e na área das
Ciências da Saúde.
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Nos âmbitos da prestação de serviços e da extensão universitária evidencia-se pela oferta
permanente de cursos de formação continuada de professores das redes estaduais e municipais e
na oferta para a população em geral, de cursos de língua estrangeira. Na área da saúde, mantém o
Hospital de Clínicas de Alta Complexidade, Hospital do Câncer e Hemocentro, Hospital
Odontológico, Hospital Veterinário, Clínica Psicológica e o Centro Nacional de Excelência
Esportiva que desenvolve projetos para o esporte olímpico e para-olímpico.
No âmbito da Educação Básica, participa de forma referenciada na formação científica e cidadã
de crianças, de jovens e adultos, servindo, ainda, como campo de estágio para a formação inicial
de educadores que atuarão nas redes de ensino, na formação de professores e na proposição de
novas metodologias para este nível da Educação Nacional.
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O Contexto da Proposta da Universidade Federal de Uberlândia
Justificativa, conceitos e fundamentos
Por reconhecer a importância das universidades públicas brasileiras na construção da identidade
social e do projeto de Nação e ainda, ciente do papel que desempenham na formação de
profissionais competentes e bem preparados para o exercício profissional, a Universidade
Federal de Uberlândia, num esforço coletivo liderado pela atual gestão administrativa vem,
desde 2002, pautando nas reuniões dos Conselhos Superiores da Instituição o tema da qualidade
do ensino e da ampliação da oferta de vagas e de cursos, seja no âmbito de graduação ou no de
pós-graduação.
Nessa perspectiva o Conselho de Graduação definiu os parâmetros de qualidade, situando a
solidez de uma formação contextualizada e articulada à capacidade reflexiva e crítica como um
dos princípios orientadores dos Projetos Pedagógicos dos cursos de graduação, e,
especificamente no enfrentamento da questão das vagas ociosas, encaminhou a decisão pelo
preenchimento dessas vagas públicas, regularizando a publicação de editais para os processos
seletivos de transferência.
O Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação também estabeleceu uma série de parâmetros,
reorientando os currículos e o processo de formação de pesquisadores nos diferentes programas
de ensino pós-graduados.
O Conselho de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis, por sua vez, iniciou o estabelecimento
de políticas que convergem para o amadurecimento do estudante, tomado como sujeito político,
visando contribuir para a formação cidadã de nossos acadêmicos.
O Conselho Diretor definiu os critérios de distribuição de recursos, de distribuição de vagas
docentes, de seleção, avaliação e acompanhamento do desempenho dos servidores.
Desde 2003 o Conselho Universitário aprovou a criação, na própria sede, de 4 novos cursos de
graduação e a implantação de 17 novos cursos de mestrado e 6 de doutorado e em 2006 aprovou
a criação de seu Campus Avançado na Cidade de Ituiutaba/MG, ampliando consideravelmente
sua oferta de cursos e de vagas públicas. Por essas medidas, a Universidade Federal de
Uberlândia registra, hoje, um índice de expansão de vagas na graduação na ordem de 31,4% e de
125% do total de vagas na pós-graduação stricto-sensu.
O tema da expansão de oferta de vagas e da criação de novos cursos na UFU foi também objeto
de atenção específica de uma Comissão que estudou, em 2003-2004, diferentes alternativas para
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a expansão da graduação. Os resultados evidenciaram que na possibilidade de existência de
recursos orçamentários capazes de sustentar uma expansão qualificada, a Instituição, além da
abertura de seu campus avançado, apresenta uma boa disposição para o crescimento,
especialmente com a criação de novos cursos.
Em 2005 iniciou o processo de discussão e elaboração de seu Plano Institucional de
Desenvolvimento e Expansão – PIDE, cujo período de execução abrangerá os anos de 2008 a
2012. Dentre os objetivos apresentados no PIDE configura-se a clara intenção de expandir a
oferta de cursos e de vagas e, para concretizá-la, a UFU referencia-se em valores e/ou princípios
orientadores de uma expansão qualificada de vagas e cursos, articulada ao fomento da pesquisa,
da extensão e à promoção de todo o desenvolvimento institucional. Tais valores ou princípios
são:
Inserção social: universidade em sintonia com a sociedade.
A UFU está convicta de que os conhecimentos e saberes produzidos no seu interior constituem
patrimônios sociais destinados a todos os indivíduos. Esta compreensão a mantém em
permanente sintonia com as demandas sociais de formação educacional e profissional e em
constante interação com o universo das relações sociais de trabalho e desenvolvimento social.
Por este princípio reafirma sua opção por um modelo de sociedade inclusiva e para a promoção
dos direitos de cidadania e liberdades individuais.
Ensino público e gratuito: bem a serviço da sociedade.
A observação da gratuidade do ensino e a compreensão do caráter público da instituição levam a
UFU ao entendimento de que os conhecimentos produzidos, assim como o ensino ministrado,
constituem-se em patrimônios sociais e/ou bens públicos destinados a todos os indivíduos da
sociedade. A observância a este princípio orienta a oferta de cursos desde a Educação Básica,
Educação Profissional, Educação de Jovens e Adultos, até os de Graduação e de Pós-graduação
stricto-sensu em todas as áreas do conhecimento.
Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão: suposto de qualidade ao trabalho
acadêmico.
A universidade é, por excelência, o espaço do ensino, da pesquisa e da extensão que,
desenvolvidos de modo indissociável, imprimem qualidade ao trabalho acadêmico. A
observância a este princípio favorece a aproximação da UFU com a sociedade, pois fomenta a
reflexão, a crítica e o cultivo intelectual, enquanto atribui significado social aos conhecimentos e
aos saberes.
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Autonomia universitária: liberdade acadêmica na busca de soluções criativas.
A existência de espaços verdadeiramente livres para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
pensamento, a arte e o saber, torna-se imprescindível quando se pretende participar do
desenvolvimento da sociedade e contribuir na formação de seus cidadãos. No exercício de sua
autonomia a UFU orienta-se para uma atuação contextualizada, participativa, responsável e
transparente na busca de soluções criativas como resposta às demandas institucionais, locais,
regionais e nacionais.
Valorização das pessoas e de seu trabalho: caminho para o desenvolvimento profissional e o
envolvimento institucional.
Os segmentos definidos pelos servidores, docentes e técnicos administrativos, bem como o
trabalho que desenvolvem cotidianamente no interior da Instituição compõem forças que,
associadas a uma política de valorização profissional e de envolvimento institucional, conduzem
ao pleno funcionamento das ações universitárias.
Preservação do ambiente: condição para o desenvolvimento institucional sustentável.
O modo como a Instituição se relaciona com o espaço sócio-ambiental revela a compreensão que
tem sobre a importância de seu crescimento e desenvolvimento para toda a sociedade. A
preocupação com a melhoria de sua infra-estrutura, com a produção científica e tecnológica e
com o desempenho institucional se associa ao compromisso com a preservação do ambiente
biofísico e social, conduzindo as ações em correspondência aos interesses coletivos. Na
definição dos rumos é preciso, portanto, ainda considerar o impacto das ações propostas nas
condições reais de vida da comunidade.
Tendo-os por referência e ainda considerando a possibilidade de dotação orçamentária dirigida
para a reestruturação e expansão das IFES, apresentada pelo Governo Federal com a edição do
“Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais -
REUNI”, como uma oportunidade de ampliação e execução de seu próprio Plano de
Desenvolvimento Institucional, a Universidade Federal de Uberlândia propõe-se a:
• Expandir, sob critérios de qualidade, a oferta de vagas e de cursos.
• Intensificar e aprimorar a produção da pesquisa em suas diferentes modalidades.
• Intensificar o desenvolvimento de programas e projetos de extensão integrados com a
comunidade local e regional.
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• Democratizar o acesso ao ensino superior e promover a inclusão social.
• Promover a permanência do estudante e reduzir a defasagem ingresso/conclusão dos
cursos de graduação.
• Ampliar e otimizar o uso dos recursos infra-estruturais.
• Preservar e revitalizar o ambiente biofísico e social para o bem estar individual e
coletivo.
• Aprimorar o sistema de gestão de pessoas para o bom desempenho institucional e a
satisfação profissional dos servidores.
• Aprimorar os sistemas de planejamento, desenvolvimento e gestão institucional
qualificando o atendimento e os processos de trabalho.
Em que pese a importância desses objetivos no cumprimento de sua função social, a UFU tem
clareza de que sua consecução é incompatível com condições infra-estruturais precárias e com
insuficiência no seu quadro de servidores (docentes e técnicos administrativos). Por essa razão,
prevê o alinhamento de sua proposta a ações dirigidas para a ampliação de seu quadro de
servidores (docentes e técnicos administrativos) como condição para a oferta de uma formação
igualada àquilo que as universidades públicas têm oferecido, pois estruturada no tripé ensino-
pesquisa-extensão, com regime de tempo integral e dedicação exclusiva por parte de seus
docentes.
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As dimensões do Plano de Reestruturação
A1 - Ampliação da oferta de Educação Superior na UFU
Diagnóstico da situação atual
A UFU ofereceu no ano de 2007, um total de 2.910 vagas para ingressantes em cursos de
graduação. Destas, 920 são vagas noturnas, representando percentual de 31,6% do total geral de
vagas. As vagas noturnas são proporcionadas, majoritariamente, por cursos que oferecem a
modalidade da licenciatura (conjugada ou não com a modalidade bacharelado) em diferentes
áreas do conhecimento.
Em 2006, a instituição ofertou um total de 2.245 vagas na graduação, sendo 480 em cursos
noturnos. Se o total de vagas noturnas em 2007 foi de 920, isso indica um acréscimo de 440
vagas em relação ao ano anterior; o que corresponde a 91,66% de expansão de vagas no noturno,
o que revela o esforço da UFU no processo de sua expansão, notadamente no período noturno e
em cursos de formação de professores.
Esse esforço de expansão é também observável no nível da Pós-Graduação stricto sensu. A
oferta desses cursos na UFU tem sido intensa nos últimos anos, o que tem promovido uma
qualidade maior em toda formação superior na universidade. Entre 2000 e 2007 foram criados 20
novos cursos, sendo 11 cursos de mestrado e 9 de doutorado. Somados aos cursos já existentes -
os primeiros datam de 1985 -, a instituição oferece hoje 36 cursos (24 mestrados e 12
doutorados). Considerando apenas os últimos cinco anos (2002-2007), a expansão na pós-
graduação stricto sensu atinge 40%. Enfim, considerando o histórico desse nível de formação na
UFU, notamos que 50% dos cursos de mestrado e 80% dos de doutorado foram criados na última
década.
O total de alunos matriculados na pós-graduação em 2006 foi da ordem de 1.429, perfazendo 344
dissertações e 38 teses defendidas nesse ano. Nos programas estão envolvidos 395 professores
permanentes, colaboradores e visitantes.
Cursos de Graduação
No caso dos cursos de graduação, as Tabelas 1 e 2 permitem observar os percentuais atuais de
vagas nos seus diferentes turnos e cursos:
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Tabela 1 - Vagas oferecidas nos cursos de graduação por turnos (2007)
Turno N° Vagas/Ano % sobre Total
Diurno 1.990 68,4
Noturno 920 31,6
Total 2.910 100
Tabela 2 - Vagas ofertadas no período NOTURNO por curso, campus e modalidade (2007).
Curso Nº. de
Vagas/Ano
Campus Modalidade de curso
Física 40 Pontal Licenciatura e Bacharelado
Geografia 40 Pontal Licenciatura e Bacharelado
História 40 Pontal Licenciatura e Bacharelado
Matemática 40 Pontal Licenciatura e Bacharelado
Química 40 Pontal Licenciatura e Bacharelado
Ciências Biológicas 40 Pontal Licenciatura
Pedagogia 40 Pontal Licenciatura
Ciências Contábeis 40 Pontal Bacharelado
Sub-Total 320 → 34,8%
Artes Visuais 40 Sta. Mônica Licenciatura e Bacharelado
Filosofia 40 Sta. Mônica Licenciatura e Bacharelado
Geografia 40 Sta. Mônica Licenciatura e Bacharelado
História 40 Sta. Mônica Licenciatura e Bacharelado
Física 40 Sta. Mônica Licenciatura
Letras 40 Sta. Mônica Licenciatura
Pedagogia 40 Sta. Mônica Licenciatura
Administração 80 Sta. Mônica Bacharelado
Ciências Contábeis 80 Sta. Mônica Bacharelado
Direito 80 Sta. Mônica Bacharelado
Sub-Total 520 → 56,5%
Enfermagem 80 Umuarama Licenciatura e Bacharelado
Sub-Total 80 → 8,7%
Total 920 → 100%
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Desde 2003, a UFU vem trabalhando no sentido da expansão na oferta de vagas, seja através da
criação de cursos novos, seja através da ampliação de vagas em cursos já existentes. Além disso,
criou em 2006 e implantou em 2007 o campus avançado do Pontal (cidade de Ituiutaba/MG). A
Tabela 3 traz a ampliação já empreendida desde 2003 nos cursos de graduação dos Campi de
Uberlândia e no Campus do Pontal.
Tabela 3 – Ampliação de vagas e cursos (2003-2006).
UBERLÂNDIA
Curso criado Nº. de vagas/ano
Turno Modalidade de curso Criado em
Engenharia Mecatrônica
40 Integral Bacharelado 2003
Física de Materiais 30 Diurno Bacharelado 2005
Engenharia Biomédica
40 Integral Bacharelado 2006
Biomedicina 25 Integral Bacharelado 2007
Sub-Total 135 vagas
Aumento de vagas Aumento de vagas
Turno Modalidade de curso Ano
Teatro 10 Integral Licenciatura e Bacharelado 2007
Sub-Total 10 vagas
PONTAL
Curso criado Nº. de vagas/ano
Turno Modalidade de curso Criado em
Física 80 Diurno/noturno Licenciatura e Bacharelado 2006
Geografia 80 Diurno/noturno Licenciatura e Bacharelado 2006
História 80 Diurno/noturno Licenciatura e Bacharelado 2006
Matemática 80 Diurno/noturno Licenciatura e Bacharelado 2006
Química 80 Diurno/noturno Licenciatura e Bacharelado 2006
Ciências Biológicas 80 Diurno/noturno Licenciatura 2006
Pedagogia 80 Diurno/noturno Licenciatura 2006
Ciências Contábeis 40 Noturno Bacharelado 2006
Administração 40 Diurno Bacharelado 2006
Sub-Total 620 vagas
TOTAL 765 vagas
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Cursos de Pós-graduação
A Tabela 4 permite visualizar a expansão na oferta de cursos na Pós-Graduação stricto sensu nos
anos 2006 e 2007:
Tabela 4 – Ampliação da oferta de cursos na Pós-Graduação (2006-2007).
Programa Curso Ano de implantação
Pós-Graduação em Letras Mestrado em Teoria Literária 2006
Pós-Graduação em Educação Doutorado em Educação 2006
Pós-Graduação em História Doutorado em História 2006
Pós-Graduação em Química Doutorado em Química 2006
Pós-Graduação em Matemática Mestrado em Matemática 2007
Pós-Graduação em Filosofia Mestrado em Filosofia 2007
Pós-Graduação em Economia Doutorado em Economia 2007
Quer na graduação, quer na pós-graduação, há demandas por mais ampliação. Porém, por
limitações no investimento em recursos humanos e em infra-estrutura, fica comprometido o
crescimento na oferta de vagas de ingresso bem como a criação de novos cursos.
Metas a serem alcançadas com cronograma de execução
Metas 2008 2009 2010 2011 2012
Meta 1 - Ampliar vagas nos processos seletivos de
ingresso à UFU para mais 1.350 vagas anuais,
distribuídas em turnos e cursos novos, bem como
em cursos já existentes;
x x x x
Meta 2 - Ampliar matrículas na pós-graduação para
mais 402 matrículas no mestrado e 455 matrículas
no doutorado, totalizando 857, distribuídas em
cursos de pós-graduação novos e já existentes.
x x x x
14
Meta 1
A proposta de ampliação da oferta na graduação da UFU para o período 2008-2012 contempla
1.350 novas vagas/ano para ingresso. Essa ampliação indica novas vagas em cursos já existentes,
em turnos novos e em cursos novos. Participam desse esforço 22 Unidades Acadêmicas, com 31
Cursos, abrangendo várias áreas do conhecimento, inclusive com propostas de cursos que
atendem novas demandas profissionais para a sociedade contemporânea.
Total 2008 2009 2010 2011 2012 Cursos de Graduação em
expansão
Existentes
9
Novos
22
31
3
16
10
2
0
Total de vagas de ingresso 1.350 60 690 560 40 0
Noturno 310 30 80 200 0 0
Detalhamento da Meta 1
1- Ampliação de vagas em cursos graduação já existentes
UA Cursos Turno Vagas atuais
Vagas
Novas
Filosofia/Licenciatura e Bacharelado N 40 10
FAFCS Música/ Licenciatura e bacharelado D 40 10
Arquitetura e Urbanismo/Bacharelado D 25 10
FAURB Design de Interiores/Bacharelado D 25 10
FACOM Ciência da Computação/Bacharelado D 60 20
FECIV Engenharia Civil/Bacharelado D 35 10
FEQUI Engenharia Química/Bacharelado D 60 30
FEELT Engenharia Elétrica/Bacharelado D 40 40
FEELT Engenharia Biomédica/Bacharelado D 40 20
Total 160
15
2- Ampliação de vagas em cursos graduação – Turnos Novos.
UA Cursos Turno
novo Vagas novas
INBIO Ciências Biológicas/ Licenciatura N 50
Teatro/ Licenciatura N 20
FAFCS Filosofia/ Licenciatura e Bacharelado D 30
FACIC Ciências Contábeis/ Bacharelado D 80
FAGEN Administração/Bacharelado D 80
Total 260
3- Ampliação de vagas em cursos graduação – Cursos Novos.
UA Cursos novos Turno Vagas
novas
ILEEL Tradução/Bacharelado N 20
FACOM Sistemas de Informações/Bacharelado N 120
IQUFU Química/Licenciatura e Bacharelado N 30
FAMAT Estatística/Bacharelado N 60
ILEEL Letras: Língua Espanhola/Licenciatura D 30
FAFCS Teatro: Dança-teatro/Bacharelado D 20
FACED Comunicação Social: Jornalismo/Bacharelado D 40
FAGEN Gestão da Informação/ Bacharelado D 80
IE Relações Internacionais/ Bacharelado D 80
FAMED Nutrição/Bacharelado D 60
FAEFI Fisioterapia/Bacharelado D 60
INFIS Física Médica/Bacharelado D 70
16
INGEB Biotecnologia/Bacharelado D 40
ICIAG Engenharia Ambiental/Bacharelado D 80
IGUFU Geografia Bacharelado D 20
FAMEV Zootécnica/Bacharelado D 80
FEMEC Engenharia Aeronáutica/Bacharelado D 40
Total 930
Meta 2
A ampliação de matrículas nos cursos de pós-graduação da UFU para o período 2008-2012
contempla 857 matrículas/ano. Essa ampliação, em cursos novos e já existentes, é resultado do
esforço de 11 Unidades Acadêmicas e 15 Programas de Pós-Graduação em diferentes áreas de
conhecimento: Artes; Arquitetura; Ciências Sociais; Direito Público; Estudos Lingüísticos;
Teoria Literária; Ensino de Ciências; Educação Física; Química; Biologia Celular Aplicada;
Genética e Bioquímica; Física; Biologia Vegetal e Odontologia.
Estratégias para alcançar as metas:
A racionalização do espaço físico na UFU permitirá, num percentual mínimo, atender à
expansão, notadamente no turno noturno no campus Umuarama. Entretanto, a expansão da UFU,
aqui proposta, somente poderá ser viabilizada com o aumento de pessoal e de infra-estrutura que
garantam as condições para a formação com qualidade. Nesse sentido, a UFU reitera seu
compromisso com uma educação pública, gratuita e de qualidade. Para tal, a ampliação do
quadro docente, em regime de dedicação exclusiva e do quadro de técnico-administrativos,
conforme tabela abaixo, é imprescindível.
Para ambas as metas, as estratégicas são:
1. Prover recursos humanos da categoria de docentes em regime de dedicação exclusiva e
da categoria de Técnicos Administrativos.
17
2. Ampliar a infra-estrutura para atender à expansão de vagas de ingresso e de matrículas
projetadas para o período 2008-2012;
3. Aperfeiçoar a utilização de espaços físico já existente na UFU;
4. Prover recursos financeiros para a manutenção geral das atividades ampliadas pelo Plano.
Ampliação de Recursos Humanos:
PESSOAL 2008 2009 2010 2011 2012 TOTAL
Docentes DE 40 117 205 288 340 340
Nível
Intermediário 40 98 147 178 184 184 Técnicos
Administrativos Nível Superior 20 37 46 48 48 48
232
Ampliação da Infra-estrutura
A infra-estrutura está aquém do necessário na maior parte dos cursos já existentes desta
universidade. Nos últimos anos, esforços têm possibilitado a ampliação do espaço físico, mas
que ainda se apresenta insuficiente. A dificuldade relativa à aquisição, manutenção e reposição
de equipamentos têm sido, do mesmo modo, considerada como um problema que requer rápida
e eficaz solução. Assim, os investimentos necessários a este Plano, e traduzidos pelos valores
monetários abaixo, são imprescindíveis para também assegurar a expansão planejada.
Investimentos 2008 2009 2010 2011 Total
Edificações 3.987.719,92 12.000.000,08 10.000.000,00 7.574.880,00 33.562.600,00
Infra-estrutura 1.500.000,00 2.000.000,00 1.100.000,00 440.000,00 5.040.000,00
Equipamentos 800.000,00 1.500.000,00 1.500.000,00 1.134.892,32 4.934.892,32
Ampliação dos recursos de Custeio e manutenção geral da UFU, correspondentes a esta expansão, conforme Quadro abaixo:
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ORÇAMENTO DE CUSTEIO POR ANO E TOTAL (2008-2012)
(em mil reais)
Orçamento 2008 2009 2010 2011 2012 Total
Professores Equivalentes 2.219,6 2.492,3 11.375,5 15.981,1 18.866,6 54.935,1
TAs. Superior 379,7 702,4 873,2 911,2 911,2 3.777,5
TAs. Intermediário 636,2 1.558,8 2.338,1 2.831,2 2.926,6 10.290,9
Bolsas Assistência
Estudantil
90 450 1.260 2.100 3.600 7.500
Custeio 832,0 9.986,7 10.158,3 17.676,5 28.255,1 61.909,5
Etapas
A expansão de vagas depende do atendimento à ampliação de quadro docente e de técnicos, bem
como dos investimentos, conforme indicados anteriormente.
Ações 2008 2009 2010 2011
Implantação de novos cursos, de turnos novos e de vagas em
cursos existentes
x x x x
Construção do Campus do Glória x x x x
Construção do espaço físico necessário x x x x
Contratação dos Recursos humanos necessários x x x x
Aquisição e/ou manutenção dos equipamentos e mobiliários
necessários
x x x x
Acompanhamento e avaliação da implantação do Plano x x x x
19
Indicadores
• Número de vagas nos processos seletivos de ingresso à graduação na UFU;
• Número de matrículas nos cursos de pós-graduação – mestrado e doutorado;
• Número de campus instalado;
• Número de m2 construídos;
• Número de docentes contratados;
• Número de técnicos administrativos contratados.
20
A.2- Redução das taxas de evasão
Diagnóstico da situação atual:
Estudos evidenciam que as taxas de evasão escolar decorrem de diferentes fatores como, por
exemplo, falta de identificação com o curso, insuficiência de assistência estudantil, ingresso
precoce na universidade, dentre outros. A escolha de uma profissão nem sempre é realizada com
segurança pelo ingressante na educação superior e, por vezes, alunos se “desencantam” diante
das reais características do curso escolhido e das exigências de um processo específico de
formação profissional, além de muitas vezes advirem de baixas condições sociais e se
confrontarem com a necessidade de rápido ingresso no mercado de trabalho. Certamente que
estas situações contribuem para a ocorrência de desistências, abandonos, ou mesmo
jubilamentos, que incidindo sobre a permanência, comprometem os índices de terminalidade ou
conclusão e produzem números indesejáveis de evasão.
Conhecedora dos transtornos pessoais, afetivos ou pedagógicos que tais desacertos significam
para os alunos, suas famílias e a comunidade, a UFU tem se mostrado sensível ao problema e à
questão da redução das taxas de evasão escolar, entendendo que, além da ampliação de
oportunidades de acesso ao ensino superior, outro desafio ao processo de democratização da
educação superior está em garantir a permanência e a terminalidade neste nível de ensino. Ações
nesse sentido já vêm sendo desenvolvidas pela UFU.
Entretanto, especialmente no que se refere aos programas de assistência estudantil (destacados
no item E.1. – Políticas de Inclusão), estes têm se mostrado limitados no sentido de assegurar
àqueles alunos de nível socioeconômico precário as condições para permanecerem não só na
universidade, mas por vezes na própria localidade dos campi, já que dados evidenciam que
parcela significativa dos alunos que ingressam na UFU são oriundos de cidades não apenas do
Estado de Minas Gerais, mas também de outras unidades da federação como São Paulo, Goiás e
Mato Grosso, o que faz com que a demanda por assistência e apoio aos estudantes seja
significativa. Isto coloca um desafio maior para esta Instituição no sentido de pensar políticas e
ações que favoreçam a permanência de uma parcela dos alunos na universidade.
A insuficiência de recursos humanos e financeiros necessários à implantação de programas e
ações dirigidas para a permanência e apoio psicopedagógico ao estudante certamente é um fator
que dificulta um adequado encaminhamento de soluções para este problema. Os atuais limites
orçamentários impossibilitam que as crescentes demandas sobre os programas de assistência
estudantil possam ser atendidas, sobretudo no que diz respeito ao auxílio moradia e à bolsa-
21
alimentação - fatores que se relacionam com a evasão escolar na UFU. Quanto ao último fator,
embora a universidade possua dois restaurantes universitários que atendem aos alunos nos campi
Santa Mônica e Umuarama, a estrutura física existente está a exigir renovação e ampliação, do
mesmo modo que seus equipamentos.
Outro importante aspecto que se articula ao problema da evasão escolar na universidade diz
respeito à diversificação do perfil sócio-cultural da população acadêmica que tem chegado ao
ensino superior, resultado do processo de democratização educacional conquistado pela
sociedade brasileira e que tem significado uma demanda e um desafio crescente para a
universidade. Desse modo, é preciso que a universidade pense sua dinâmica e identidade
considerando esses novos elementos como condição fundamental para que consiga desenvolver
uma formação acadêmico-cultural sólida, dinâmica e integradora dos estudantes – fator
indispensável à permanência na universidade.
Outro componente da vida acadêmica que, em algumas áreas, têm conduzido a abandonos de
cursos, refere-se àquilo que alguns pesquisadores no campo da avaliação definem como a
“cultura da reprovação”. Infelizmente, ainda hoje, quando tanto já se avançou na compreensão e
no redimensionamento do significado político-pedagógico da avaliação, continuam fortemente
impregnadas concepções de que a qualidade, densidade e o grau de dificuldade de um curso se
comprovam referenciado nos índices de reprovação. Nessa perspectiva a visão é a de que um
curso bom é um curso difícil e, do mesmo modo, um professor seria competente e sério a
depender dos altos índices de reprovação alcançados ou não. Cursos que apresentam baixos
índices de reprovação são estigmatizados como cursos fáceis. É preciso, pois, superar a cultura
da reprovação como parâmetro e como prática de avaliação e buscar a consolidação de novos
modelos e processos avaliativos.
Vale ressaltar que a UFU prevê, já no ano de 2008, a implantação de suas novas normas de
graduação, conjunto de orientações especificamente dirigidas para o processo de administração e
controle acadêmico. Tais normas, corroborativas da transformação dos processos de gestão
acadêmica, exigirão da comunidade universitária melhor acompanhamento da trajetória
acadêmica dos estudantes.
A despeito dos aspectos apontados acima a UFU vem apresentando uma taxa de conclusão
bastante satisfatória e a manutenção dos índices de evasão em patamares inferiores contribuem
significativamente nesse processo. Ainda assim, é preciso melhorar sempre mais os níveis de
acesso, permanência e de terminalidade daqueles que ingressam na Instituição. A UFU,
comprometida com o fortalecimento da universidade pública, de qualidade e democrática, avalia
22
ser de fundamental importância o enfrentamento dos fatores que determinam abandonos e evasão
dos seus discentes.
Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:
A redução de taxas de evasão está diretamente relacionada ao aumento das taxas de conclusão,
mas obviamente que para o cálculo desta última, outros fatores devem ser considerados. O
conjunto de medidas já praticadas pela UFU e mais aquelas previstas especialmente nos itens E1,
E2, E3 deste Plano nos leva a anunciar nossa disposição para a manutenção de uma calculada
pela comparação dos diplomados com o total de ingressantes dos 5 anos anteriores e
considerados fatores que determinam as taxas de retenção.
Meta 2008 2009 2010 2011 2012
Taxa de conclusão da graduação de, pelo menos, 90%. x x x x x
Estratégias para alcançar a meta:
Concluir a implantação do controle acadêmico por meio do SIE – Sistema Integrado de Ensino
de modo a garantir um acompanhamento sistemático e permanente do aluno na universidade,
inclusive no que se refere ao controle de freqüência.
Realizar estudos sobre a evasão existente na UFU, detectando causas específicas para
encaminhar soluções para sua superação.
Implantar o sistema de diário eletrônico para agilizar a identificação dos casos de alunos faltosos.
Fortalecer e ampliar o Programa de Monitoria, de modo que os alunos que apresentam maiores
dificuldades possam ter apoio adequado à aprendizagem.
Implantar programas de tutoria, com a participação de discentes da pós-graduação, de modo que
esses venham contribuir na melhoria do desempenho dos colegas da graduação.
Incentivar a oferta de cursos e atividades de apoio à aprendizagem, organizados por alunos e sob
a supervisão de docentes, de modo a superar dificuldades enfrentadas.
23
Etapas:
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Treinamento dos servidores que trabalham no SIE e
conclusão de implantação do SIE
x
Implantar sistema de diário eletrônico x x
Incentivar a participação discente na Monitoria de
disciplinas
x x x x x
Organizar programas de tutoria da aprendizagem com
alunos da graduação e pós-graduação
x
Implantar e consolidar a tutoria da aprendizagem x x x x
Organizar cursos de apoio ao processo de ensino-
aprendizagem
x
Implantar cursos de apoio ao processo de ensino-
aprendizagem
x x x x x
Ampliar o quantitativo de bolsas moradia e
alimentação
x x x x x
Indicadores:
Taxa de conclusão da graduação até, pelo menos, 90%.
24
A.3 – Ocupação de vagas Ociosas
Diagnóstico da situação atual:
Na UFU o processo de preenchimento de vagas ociosas tem sido encaminhado pelo Conselho de
Graduação. No ano de 2001, este órgão superior, tendo constatado a existência de vagas públicas
disponíveis e oriundas de abandonos, desistências, óbitos e desligamentos, formulou uma
proposta e criou regulamentação específica para seu preenchimento.
A Instituição realiza anualmente o levantamento das vagas disponíveis, submete-o à apreciação
dos Colegiados de Curso e o encaminha para a aprovação do Conselho Superior de Graduação.
Por meio de editais específicos, as vagas ociosas, contabilizadas anualmente, são regularmente
ofertadas mediante a realização de processos seletivos anuais de transferências internas e
externas, semelhantes aos promovidos para ingresso em vagas iniciais.
A medida gerou a abertura de processos seletivos anuais de transferências internas e externas e
proporcionou, entre os anos 2002 e 2007, a ocupação de 1.191 vagas ociosas pelo processo de
transferência externa em seus diversos cursos de graduação, conforme segue na tabela abaixo.
Ano Vagas Ociosas preenchidas
2002 217
2003 290
2004 211
2005 151
2006 157
2007 165
Total 1.191
O ingresso em vagas iniciais se dá por Processo Seletivo semestral realizado pela Instituição,
para candidatos que tenham concluído o Ensino Médio ou equivalente. Há também o Programa
Alternativo de Ingresso no Ensino Superior/PAIES, facultado ao candidato que cursa o Ensino
Médio regular. Este processo alternativo de seleção, também realizado por concurso público, é
obtido por avaliações gradativas e seriadas, realizadas ao final de cada uma das três séries do
25
Ensino Médio. O preenchimento das vagas iniciais é realizado por meio de chamadas sucessivas
até o limite de tempo hábil para as matrículas.
As vagas remanescentes ficam disponíveis para portadores de diploma que são selecionados por
processo público de admissão próprio.
A eficaz divulgação dos processos seletivos (Processo convencional/Vestibular e PAIES), a
qualidade dos cursos ofertados e sua boa inserção regional, constituem uma garantia de demanda
suficiente para o preenchimento de todas as vagas iniciais, não constituindo este um problema de
nossa instituição.
Pelo contrário, por decisão do Conselho Universitário, desde 2003, com o objetivo de ampliar a
oportunidade de acesso aos seus cursos regulares de nível técnico ou de graduação, a
Universidade Federal de Uberlândia vedou a matrícula em um novo curso àqueles discentes já
matriculados em outros cursos de graduação. Com isso foram ampliadas às oportunidades de
ingresso a um número maior de alunos e, ao mesmo tempo, contribuiu para reduzir as taxas de
evasão e duração média dos cursos.
De forma complementar a UFU desenvolve um programa de divulgação de seus cursos,
denominado “Vem Pra UFU”, cujo objetivo é trazer para a instituição alunos e professores do
ensino fundamental e médio, proporcionando-lhes eventos e apresentações dos diversos cursos
ofertados pela instituição. Com este programa têm sido alcançados expressivos resultados na
identificação, pelos candidatos, das diversas opções de cursos ofertados pela instituição, levando
a uma melhor definição da demanda e, consequentemente, a possibilidade de redução das taxas
de desistências.
Para divulgar as vagas disponíveis para exames de transferência, a UFU, além da publicação dos
editais no Diário Oficial da União (D.O.U.), faz também a divulgação em jornais de circulação
local e regional e internet. A resposta da comunidade a esses chamados para os exames de
transferência tem sido bastante positiva. A relação candidato/vaga evidencia a alta procura dos
universitários que se empenham por conseguir seu ingresso em nossa Universidade.
Não obstante, a Instituição desenvolve um processo intenso de revisão em suas Normas
Acadêmicas e as alterações propostas permitirão uma rápida declaração de vaga ociosa e melhor
aproveitamento dos recursos com sua ocupação pelo processo de transferência. Na situação
atual, a identificação de tais vagas somente pode ocorrer depois de cumpridos o tempo e a
quantidade máxima de trancamentos gerais permitidos ou da declaração oficial de desistência do
curso, procedimentos que provocam lentidão no processo de identificação da vaga ociosa.
26
Uma outra medida que vem sendo preparada é a alternativa do reingresso que, reservadas as
restrições, possibilitará a retomada do vínculo perdido com a Instituição. Por estes e outros
mecanismos, a Instituição procura ganhar celeridade no aproveitamento de suas condições de
oferta.
Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:
O aprimoramento do processo de identificação e de seleção de transferência para o provimento
das vagas ociosas é considerado importante para a consecução da meta de ocupação desta vagas.
Nestes termos, propomos a seguinte meta:
Ocupar todas as vagas geradas por óbitos, desistências, transferências, abandonos ou
desligamentos, no ano imediatamente posterior ao ocorrido.
Meta 2008 2009 2010 2011 2012
Ocupar todas as vagas ociosas
(índice de ocupação)
80 80 90 100 100
Estratégias para alcançar a meta:
Para alcançar a meta, propõe-se:
Aprimorar o processo de identificação e provimento das vagas ociosas, bem como de divulgação
dos critérios e requisitos do processo seletivo.
Aprimorar o processo de divulgação de vagas ociosas disponíveis para exames de transferência
externa, visando à ampliação da inserção regional de nossos editais de exames de transferência.
27
Etapas:
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Implantação das novas Normas Acadêmicas x x x x x
Aprimoramento do processo de identificação e
provimento das vagas ociosas
x x
Ampliação de abrangência e aprimoramento do
processo de divulgação dos editais de chamada para
exames de transferência
x x x x
Indicadores:
O indicador a ser utilizado é a razão entre o número de vagas preenchidas pelo processo seletivo
de transferência no ano, somado ao número de reingresso de alunos e ao número de admissões
para obtenção de segundo diploma e o número de vagas ociosas ofertadas naquele ano.
28
A.4 – Outras propostas nesta dimensão não contempladas no decreto
Não há outras propostas nesta dimensão.
29
B – Reestruturação acadêmico-curricular
B.1- Revisão da estrutura acadêmica buscando a constante elevação da qualidade
Diagnóstico da situação atual:
A estrutura acadêmica da UFU é composta por 28 Unidades Acadêmicas, órgãos básicos,
organizados conforme o Estatuto e Regimento Geral da Instituição. A UFU conta ainda com
duas Unidades Especiais de Ensino que oferecem a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, a
Educação de Jovens e Adultos na modalidade de cursos supletivos para o Ensino Fundamental e
Médio e a Educação Profissional Técnica de Nível Médio.
Com identidades próprias, as Unidades Acadêmicas, em seus níveis, reúnem docentes e
funcionários técnicos administrativos necessários ao desenvolvimento do ensino, pesquisa e
extensão nas áreas específicas do conhecimento que lhes correspondam. Esta condição exige,
portanto, o estabelecimento de uma interação colaborativa inter-Unidades, capaz de assegurar o
desenvolvimento de todos os cursos de graduação e pós-graduação ofertados pela Instituição.
Neste aspecto em particular, a oferta dos componentes curriculares integrantes de um currículo é
compartilhada com as Unidades Acadêmicas “prestadoras de serviço” à Unidade Acadêmica
proponente do curso, constituindo, pois, uma interdependência salutar para a formação
universitária.
Do ponto de vista curricular, a colaboração possibilita, de um lado, que os componentes
curriculares sejam ministrados por professores com formação e domínio numa determinada área
do saber, favorecendo a aquisição de uma base sólida e atualizada do conhecimento. Por outro
lado, tal colaboração viabiliza a oferta de rol razoavelmente grande de opções para o
enriquecimento da formação, fato este, visível na apresentação, para os estudantes, das chamadas
disciplinas optativas e facultativas que cada curso dispõe em seu Projeto Pedagógico. Do ponto
de vista administrativo, viabiliza uma distribuição balanceada de encargos para o ensino.
A circulação de docentes pela graduação e pós-graduação é recomendada institucionalmente,
sendo verificada a sua efetivação, inclusive nos relatórios enviados a CAPES, por ocasião dos
processos avaliativos dos cursos de pós-graduação.
A interação entre docentes e discentes, igualmente estimulada, é observada nos processos de
elaboração e orientação de Trabalhos de Conclusão de Curso, desenvolvimento de Monitorias,
de projetos PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), PIBEG (Programa
30
Institucional de Bolsas de Ensino de Graduação), PEIC (Programa de Extensão, Integração
UFU/Comunidade), PIEX (Programa Institucional de Estágio Acadêmico de Extensão) e na
elaboração de planos de trabalho para mobilidade estudantil nacional e internacional, permitindo
igualmente o aprimoramento da formação, sob critérios de qualidade.
A colaboração inter-Unidades é ainda evidenciada quando docentes, discentes e técnicos de
diferentes lotações preparam e executam projetos coletivos para o desenvolvimento do ensino, da
pesquisa e da extensão. As Pró-Reitorias de Graduação, de Pesquisa e Pós-Graduação e a Pró-
Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis incentivam, por meio de seus programas
especiais de fomento citados acima, o fortalecimento desta articulação.
No plano das decisões colegiadas superiores, as representações de todas as Unidades
Acadêmicas, cursos e segmentos da comunidade universitária possibilitam, pois, um movimento
sensato também no enfrentamento de questões que afetam a vida dos cursos, bem como a vida
universitária e orientam para uma articulação entre as Unidades Acadêmicas e seus docentes,
sempre mais acurada e colocada a serviço do cumprimento das atividades-fins da Instituição.
Assim, a interação entre Unidades Acadêmicas, entre docentes e destes com os discentes,
observada no cotidiano institucional, seja ela motivada por questões didático-pedagógicas ou
relacionadas à gestão administrativa de cursos ou da própria Instituição é, na UFU, realidade e
converge para a elevação da qualidade do ensino.
Enfim, o projeto estatutário e regimental em vigor na Instituição está assentado, dentre outros,
nos fundamentos da colaboração inter-Unidades e da gestão colegiada. Contudo, do ponto de
vista mais geral, o encadeamento de situações decorrentes do crescimento da Instituição tem
provocado a reflexão e a análise de problemas administrativos com reflexos que se observam,
inclusive, no âmbito interno da distribuição de CDs e FGs necessárias para o provimento dos
cargos de direção em todas as Unidades Acadêmicas . Obviamente que soluções se projetam para
o futuro. Dentre estas está a orientação para a redução do número de Unidades Acadêmicas, de
modo a favorecer a dinâmica interna de seu funcionamento acadêmico e administrativo, o que
poderá definir-se em conformidade com as áreas de conhecimento preconizadas pelo CNPq.
Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:
Atualização do Estatuto e Regimento Geral visando a reestruturação acadêmica e administrativa,
conveniente para a racionalização organizacional e o aprimoramento da articulação entre as
31
Unidades com a confluência de ações institucionais relativas às atividades-fins e aos processos
de gestão administrativa.
Meta 2008 2009 2010 2011 2012
Implantação do novo projeto estatutário e
regimental
x
Estratégias para alcançar a meta:
Convocada em 1994, a instalação de Assembléia Estatuinte da UFU desencadeou um processo
de reflexão e discussão bastante proveitoso que confluiu para o estabelecimento de uma nova
forma de organização acadêmico-administrativa em nossa Instituição. Dentre as inovações
propostas à época, previu-se a extinção de seus três grandes Centros (Centro de Ciências Exatas
e Tecnológicas/CETEC, Centro de Ciências Biomédicas/CEBIM e Centro de Ciências
Humanas/CEHAR) e a conseqüente constituição de Unidades Acadêmicas que passaram a ser
consideradas os órgãos básicos da nova estrutura. Em que pese a complexidade da tarefa, o
processo coletivo de análise, discussão e proposição, guiado pelo princípio democrático,
registrou a participação de todos os segmentos da comunidade universitária.
Etapas:
Ações 2008 2009 2010
Conscientização e sensibilização de toda a comunidade
acadêmica
x
Constituição de comissão com início dos debates e
elaboração de propostas de reestruturação
x x
Implantação do novo projeto estatutário e regimental x
Indicadores:
Novo Estatuto e Regimento Geral em vigor.
32
B.2 – Reorganização dos cursos de graduação
Diagnóstico da situação atual:
Este item converge para um diagnóstico dos currículos da Instituição. O movimento de
elaboração dos Projetos Pedagógicos dos cursos de graduação, iniciado em 2003 desencadeou
um processo de reforma curricular sob novas bases. A Resolução no. 2/2004 do Conselho de
Graduação, definidora dos princípios, fundamentos e parâmetros para a reformulação curricular,
expressa a idéia de currículo como um sistema aberto e articulado de modo a proporcionar uma
formação sólida, crítica, geral e contextualizada, ao tempo em que se desenvolva a capacidade de
aprendizagem contínua e prepara o estudante para uma atuação ética em sintonia com as
questões humanas e os problemas sociais.
Com essa compreensão e referenciados ainda pelas Diretrizes Curriculares Nacionais específicas
de cada curso editadas pelo Conselho Nacional de Educação, a reorganização curricular
desencadeou na UFU o aprofundamento nas relações inter-Unidades, viabilizando a construção
profícua das políticas institucionais para o desenvolvimento do ensino de graduação e,
particularmente, para os cursos de licenciatura. Em decorrência, foram estabelecidos os perfis
dos egressos, objetivos e conteúdos de cada curso, seus espaços e tempos curriculares.
A riqueza da experiência coletiva na preparação dos projetos pedagógicos e o processo de
implantação dos novos currículos têm provocado, no interior das Unidades Acadêmicas,
reflexões sobre novas formas de organização curricular, metodologias e instrumentação didático-
pedagógica coerentes para o desenvolvimento dos cursos. O estabelecimento de diretrizes para a
condução metodológica do ensino e para os processos avaliativos da aprendizagem presentes em
cada projeto Pedagógico orienta o processo didático e busca desenvolver a autonomia intelectual
do estudante.
Os currículos da Instituição estão, hoje, organizados em Núcleos de Formação orientados por
eixos ou ciclos articuladores e foram constituídos para proporcionar um aprendizado na
dimensão específica, básica, pedagógica e complementar de uma formação profissional e cidadã.
No processo de reorganização curricular levou-se ainda em consideração a necessidade de
providenciar currículos mais flexíveis, capazes de favorecer o fluxo de conteúdos e de
conhecimentos e a escolha, por parte do estudante, de alternativas para o seu próprio percurso de
formação. A redução de componentes curriculares presos a pré-requisitos ou co-requisitos e a
ampliação da oferta de componentes optativos são fatos na totalidade dos 37 cursos de graduação
33
cujos Projetos Pedagógicos já foram aprovados pelos Conselhos Superiores. Os demais
caminham na mesma direção, orientando seus projetos para o atendimento dos princípios e
fundamentos indicadores da qualidade almejada pela instituição.
A implantação dos Projetos Integrados de Prática Educativa – PIPE, nos currículos dos cursos de
licenciatura tem confirmado a pertinência da metodologia de projetos para o proveito da
articulação entre teoria e prática pedagógica. No curso de medicina, em particular, observam-se
também estudos promissores para a adoção de uma nova configuração curricular, organizada por
módulos com conseqüente implantação de metodologias inovadoras e coerentes com o Projeto
do curso. O currículo do curso de Letras, também em elaboração, busca inovações com a
introdução do sistema de ciclos. Do mesmo modo, o curso de Pedagogia do Campus do Pontal
desenvolve essa sistemática articulando ciclos e eixos orientadores de um processo de formação
que ganha em dinamismo e qualidade.
Mas, certamente que as mudanças iniciadas em 2003 não atingem, ainda, toda a instituição com
a mesma intensidade. As inovações são propostas levando-se, prudentemente em conta, as
especificidades de cada área e são respeitadas as decisões colegiadas. Em que pese o acerto desta
medida de prudência é de se esperar, contudo, que para os próximos anos as Unidades
Acadêmicas confirmem as orientações políticas traçadas para o desenvolvimento do ensino de
graduação e que as constantes avaliações dos Projetos Pedagógicos indiquem para a
intensificação das mudanças curriculares, favorecendo ainda mais o processo de formação
acadêmica.
Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:
Ao mesmo tempo em que se projetam atualizações curriculares que ultrapassem a idéia de
simples ajustes de conteúdos, cargas horárias, grades e fluxos, reconhece-se o valor da
experiência, a seriedade e a competência daqueles que desenvolvem o trabalho coletivo de
pensar e repensar os rumos de um processo formativo. É esse equilíbrio que se espera ver nas
propostas dos 11 cursos que ainda preparam seus Projetos Pedagógicos. È também com este
equilíbrio que a Instituição conta no processo de avaliação sistemática dos Projetos Pedagógicos,
mais ou menos arrojados, que já se já apresentaram aos Conselhos Superiores da UFU. Nesse
item as metas são:
34
Metas 2008 2009 2010 2011 2012
Meta 1 - Aprovar e implantar os 11 Projetos
Pedagógicos dos cursos de Graduação em elaboração
x x
Meta 2 - Avaliar, ao longo dos próximos 5 anos,
100% dos Projetos Pedagógicos dos cursos de
Graduação, seus currículos e metodologias
implantadas, visando seu aperfeiçoamento no âmbito
dos conhecimentos teóricos e práticos, no âmbito da
organização dos tempos e espaços curriculares, bem
como no âmbito metodológico
x x x x x
Estratégias para alcançar as metas:
Meta 1
Ações 2008 2009
Intensificar os apoios pedagógico, legal e técnico, necessários à
finalização dos trabalhos de elaboração dos Projetos Pedagógicos pelos
colegiados de curso e/ou comissões designadas bem como sua
apreciação pelos Conselhos Superiores.
x x
Meta 2:
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Fomentar a constituição de equipes de avaliação dos
projetos pedagógicos
x x x x x
Promover o estabelecimento de parâmetros institucionais
para a avaliação dos Projetos Pedagógicos
x x x x x
Promover a articulação do processo de avaliação dos
Projetos Pedagógicos ao Projeto de Auto-Avaliação
Institucional e às considerações das Comissões Externas
de avaliação dos cursos.
x x x x x
35
Etapas:
Meta 1
Ações 2008 2009
Apreciação dos Projetos Pedagógicos pelos Conselhos Superiores x
Implantação dos currículos projetados x
Meta 2
A avaliação de Projetos Pedagógicos diz respeito a todo o processo de desenvolvimento do
curso. Por isso, é parte integrante do planejamento e é entendida como recurso de verificação de
pontos fortes e de descompassos em relação à proposta formulada. Ajustes podem, portanto, ser
necessários e considerados.
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Constituição de equipes de avaliação de cursos x x x x x
Estabelecimento de parâmetros institucionais para a
avaliação de cursos
x x
Avaliação dos Projetos Pedagógicos dos cursos, seus
currículos e metodologias
x x x x x
Apreciação e implantação dos ajustes incorporados
ao Projeto Pedagógico
x x x x x
Indicadores:
Meta 1: Número de Projetos Pedagógicos aprovados pelos Conselhos Superiores.
Meta 2: Número de Projetos Pedagógicos Avaliados.
36
B.3 – Diversificação das modalidades de graduação, preferencialmente com superação da
profissionalização precoce e especializada.
Diagnóstico da situação atual:
Independentemente da modalidade de curso oferecida, se licenciatura, bacharelado ou formação
específica, todos os cursos da Instituição são projetados para formar egressos devidamente
habilitados para o exercício profissional e iniciados no processo de investigação científica. Na
organização de seus cursos, a UFU procura corresponder aos princípios estabelecidos no
Estatuto, por compreendê-los como fundamentais ao cumprimento de sua função social no
contexto de um país em pleno desenvolvimento econômico, social, tecnológico e científico. Por
essa razão, está orientada, como já o fora mencionado, para oferta de uma formação sólida,
contextualizada e crítica, voltada para a compreensão dos problemas próprios de cada área, seja
no âmbito epistemológico, seja no âmbito da atuação profissional específica.
A opção do estudante pelo curso que deseja cursar é feita no ato de sua inscrição para os
processos seletivos da Instituição. A opção pela modalidade de curso ou pela linha de formação
específica é, no caso de muitos cursos, solicitada ao estudante apenas quando este já tem
condições de apreciar as diferentes alternativas para decidir sobre qual direção dará à sua própria
formação: para o magistério na Educação Básica, para os estudos específicos do bacharelado ou
ainda para ambas as modalidades. Ao mesmo tempo, o processo é similar nos cursos que
oferecem linhas de formação ou certificados de estudos.
Mas há ainda currículos totalmente integrados proporcionando ao estudante condições para uma
formação simultânea em Licenciatura e Bacharelado. Isso porque, na UFU, está consolidada a
compreensão de que ao licenciado, assim como ao bacharel, são necessários uma formação
intelectual sólida e um domínio teórico-prático do processo de produção do conhecimento na
área de referência de seu curso. Existe, pois, um sentido no fato de que, ao longo do processo de
formação inicial dos profissionais, ou seja, durante o curso de graduação, se dê especial atenção
às abordagens relativas às atividades de docência, tanto quanto às atividades de pesquisa.
Mas mesmo diante de alternativas de modalidades de curso, ênfases ou habilitações a opção do
estudante nunca é feita em detrimento dos conhecimentos básicos gerais, preconizados como
valores dos projetos pedagógicos e, portanto, não encaminha o estudante para uma especialidade
estrita de atuação profissional. O mundo do trabalho, especialmente flexível e desafiador, porque
amalgamado às grandes questões culturais, sociais, políticas e econômicas, determinantes do
modo de existir humano, ao lado de uma leitura crítica de mundo é que orientam o profissional
37
para uma área ou campo específico de atuação. Com essa compreensão, cabe à Instituição
oferecer uma formação ampla, capacitando-o para uma atuação profissional consistente,
quaisquer que sejam as oportunidades de trabalho que se lhe apresentem após a conclusão de seu
curso.
Sendo este o sentido atribuído à idéia de diversificação das modalidades de graduação, vale
ressaltar que a UFU já vem, há tempos, excluindo dentre as possibilidades de oferta de novos
cursos, aqueles cujas áreas de formação resultem em títulos genéricos, bem como aqueles de
nível tecnológico ou cursos seqüenciais que, por suas características, preparem o profissional
para um exercício profissional essencialmente instrumental e técnico e que, por sua natureza
simplificadora, revelam a fragilidade de uma construção curricular que não prepara o acadêmico
para se conduzir diante das constantes mudanças no mundo do trabalho.
Mas, uma vez mantidos os princípios ou valores político-pedagógicos orientadores da formação
qualificada, não parece haver impedimentos para que nossos cursos ampliem as alternativas de
uma formação profissional um pouco mais aberta, a ser construída pelo próprio estudante, sob
orientação docente e, obviamente, aprovada pelo Colegiado do Curso que corresponda a
itinerários formativos diversos numa determinada área. Porém, sobre essa questão discorreremos
no próximo item. Para finalizar, será preciso, então, confirmar que para este item específico, a
UFU não apresentará metas relativas à criação de cursos que escapem às prerrogativas
explicitadas, senão aquela que anuncia sua intenção de fortalecer-se com a oferta de cursos que
contemplem a diversidade, sem perder de vista os princípios da qualidade. Metas já anunciadas
anteriormente nos itens A.1 e B.2.
Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:
Não se aplica
Estratégias para alcançar a meta:
Não se aplica
Etapas:
Não se aplica
Indicadores:
Não se aplica
38
B.4 – Implantação de regimes curriculares e sistemas de títulos que possibilitem a
construção de itinerários formativos.
Diagnóstico da Situação Atual
Os currículos da UFU são organizados em Núcleos de Formação. Há o núcleo de formação
específica, formação básica, formação profissionalizante, formação complementar e/ou de
formação acadêmico-científico-cultural e acompanham as sugestões das Diretrizes Curriculares
Nacionais específicas do curso. Os currículos das licenciaturas seguem ainda o estabelecido no
Projeto Institucional de Formação e Desenvolvimento do Profissional da Educação que define o
Núcleo de Formação Pedagógica como obrigatório.
Cada Núcleo corresponde a uma dimensão do saber considerado necessário ao processo
formativo. Os conteúdos correspondentes aparecem, então, agrupados por esse critério. O núcleo
de formação específica reúne os conhecimentos característicos da área profissional, o de
formação básica compreende os conteúdos fundamentais, o núcleo de formação pedagógica
quando cabível, reúne os conteúdos e saberes relacionados à formação para a docência.
Geralmente os conteúdos são desenvolvidos em disciplinas, teóricas e práticas, mas há ainda
outros componentes que integram os diferentes núcleos: os estágios supervisionados, as
atividades acadêmicas complementares e, em alguns casos, as práticas específicas, como os
Projetos Integrados de Prática Educativa presentes nos cursos de licenciatura.
Os objetivos de cada curso e os conteúdos selecionados orientam o caminho de um itinerário de
formação. O caminho a percorrer depende, quando couber, da opção do estudante pela
modalidade (licenciatura, bacharelado) ou ainda a opção pelas certificações de estudos tal como
ocorre no currículo do curso de Engenharia Elétrica, ou das linhas de formação, habilitações ou
ênfases como está proposto nos cursos de Letras, Música, Teatro e de Psicologia.
Itinerários formativos também podem ser possíveis com o cumprimento de disciplinas optativas
e facultativas e mesmo com a oportunidade que muitos discentes têm ao se integrarem em
programas de mobilidade estudantil nacional ou internacional que acabam viabilizando os
diferentes trajetos acadêmicos a serem percorridos pelos estudantes. Do mesmo modo, o núcleo
de formação acadêmico-científico-cultural e o de formação complementar abrem-se para
itinerários particulares, ao deixar a critério do estudante a escolha por atividades várias que
contribuirão para sua formação.
39
A experiência da UFU com a oferta de itinerários formativos diversos pode, portanto, ser
considerada. Para além das alternativas de escolha para o itinerário da licenciatura e/ou
bacharelado presentes em muitos cursos, a inovação apresentada pelo currículo do curso de
Engenharia Elétrica pode, do mesmo modo, ser considerada como exemplo, visto que oferece ao
estudante, por sua livre escolha, a oportunidade de uma formação, conectada à área do curso:
sistemas de engenharia elétrica, eletrônica e telecomunicações e engenharia de computação,
sendo ainda possível o estabelecimento de outros percursos formativos.
Deste modo, longe de se constituir numa especialização precoce ou numa rápida formação
superficial de caráter técnico-instrumental, a formação profissional por esses itinerários vem
atendendo, com base numa formação sólida e bem conduzida, às aspirações de formação
específica do alunado.
É preciso destacar ainda que a implantação de itinerários formativos não repercutiu no tempo de
duração do curso. O tempo necessário para a integralização dos currículos acompanhou o
estabelecido pelo Conselho Nacional de Educação, bem como suas orientações para todos os
cursos de graduação no Brasil. Não obstante, no caso do curso de Engenharia Elétrica, o projeto
pedagógico apresentou ainda algumas medidas para garantir o sucesso da inovação: a quebra
total de pré-requisitos associada a um sistema de tutoria favorece o fluxo dos estudos e
incrementa a orientação e o acompanhamento, por parte dos docentes do curso, do(s) percurso(s)
desenvolvido(s) pelo estudante. O título conferido ao concluinte, para qualquer um dos
itinerários de formação escolhido é o de Engenheiro Eletricista e o curso continua sendo ofertado
como um bacharelado, como se pode ver na tabela abaixo.
O exemplo, portanto, mostra ser possível pensar em currículos flexíveis e abertos para diferentes
itinerários formativos, sem a temerária declinação dos princípios ou valores político-pedagógicos
e orientadores de uma formação qualificada, já assumidos e consolidados em nossa Instituição.
Quadro B.4 – Cursos e títulos conferidos
Cursos Titulação conferida
Administração Bacharel em Administração
Administração/EaD Administrador
Agronomia Engenheiro Agrônomo
Arquitetura e Urbanismo Arquiteto Urbanista
Artes Visuais Licenciado e Bacharel em Artes Visuais
40
Biomedicina Bacharel em Biomedicina
Ciência da Computação Bacharel em Ciência da Computação
Ciências Biológicas Licenciado em Ciências Biológicas
Bacharel em Biologia
Ciências Contábeis Bacharel em Ciências Contábeis
Ciências Econômicas Bacharel em Ciências Econômicas
Ciências Sociais Licenciado e Bacharel em Ciências Sociais
Decoração Bacharel em Decorador
Design de Interiores Bacharel em Design de Interiores
Direito Bacharel em Direito
Licenciado em Educação Artística, habilitação: Artes Cênicas
Licenciado e Bacharel em Educação Artística, habilitação: Artes Plásticas.
Educação Artística
Artes Cênicas
Artes Plásticas
Música
Licenciado em Educação Artística, habilitação: Música
Educação Física Licenciado e Bacharel em Educação Física
Enfermagem Licenciado em Enfermagem
Enfermeiro
Engenharia Mecatrônica Engenheiro Mecatrônico
Engenharia Mecânica Engenheiro Mecânico
Engenharia Biomédica Engenheiro Biomédico
Engenharia Civil Engenheiro Civil
Engenharia Elétrica Engenheiro Eletricista, com certificados de estudos.
Engenharia Química Engenheiro Químico
Filosofia Licenciado e Bacharel em Filosofia
Física de Materiais Bacharel em Física
Física Licenciado em Física
Bacharel em Física
Geografia Licenciado em Geografia
Bacharel em Geografia
História Licenciado e Bacharel em História
Letras Licenciado em Letras, habilitações: português, inglês e/ou francês e respectivas literaturas.
Matemática Licenciado e Bacharel em Matemática
Medicina Médico
Medicina Veterinária Médico Veterinário
41
Música Licenciado e Bacharel em Música, habilitação em instrumento e canto.
Odontologia Cirurgião Dentista
Pedagogia Licenciado em Pedagogia
Psicologia Bacharel em Psicologia
Psicólogo, com ênfase em psicologia educacional, clínica e/ou organizacional.
Química Licenciado e Bacharel em Química
Teatro Licenciado e Bacharel em Teatro, habilitação em interpretação.
Vale ressaltar, por fim, que para alguns cursos, as próprias Diretrizes Curriculares Nacionais já
contemplam currículos que podem se abrir para diferentes itinerários formativos. Assinalamos
acima o curso de Letras e de Psicologia em cujos Projetos Pedagógicos esta forma de
organização curricular vem sendo considerada como viável. Mas, além desses, há ainda o curso
de Administração, com a possibilidade de uma formação alternativa na subárea da
Administração Hoteleira ou o curso de Ciências Sociais com a oferta de itinerários específicos
para a formação em Sociologia, Antropologia e Ciência Política, por exemplo.
No entanto, embora tais possibilidades possam se apresentar no futuro, o fato é que o processo
de sua proposição e aprovação segue a dinâmica interna da Instituição no exercício de sua
autonomia didático-pedagógica. Não caberia, pois, neste Plano anunciar metas relativas a uma
implantação generalizada, visto que qualquer possibilidade resultaria do processo autônomo de
elaboração de Projetos Pedagógicos ou de sua avaliação sistemática no interior das Unidades
Acadêmicas.
Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:
Não se aplica
Estratégias para alcançar a meta:
Não se aplica
Etapas:
Não se aplica
Indicadores:
Não se aplica.
43
B.6 – Outras propostas nesta dimensão não contempladas no decreto
Não há outras proposições nesta dimensão.
44
C. Renovação Pedagógica da Educação Superior
C.1 Articulação da Educação Superior com a Educação Básica, Profissional e Tecnológica.
Diagnóstico da situação atual
A UFU possui forte articulação com a Educação Básica, Profissional e Tecnológica,
principalmente no âmbito de atuação de sua Comissão Permanente de Formação de Professores,
dos cursos de graduação – modalidade Licenciatura e de suas duas unidades especiais que
oferecem o ensino fundamental –ESEBA- e o ensino técnico de nível médio – ESTES.
Os 36 cursos de Licenciatura, em diversas áreas do conhecimento, mantêm uma expressiva
articulação com a Educação Básica através das 400 horas de estágio que cada graduando deve
cumprir. Esse estágio é prioritariamente realizado na rede pública de ensino, municipal e
estadual, com a qual a UFU mantém convênios. Projetos de extensão e de pesquisa, bem como
trabalhos de conclusão de curso também promovem a articulação da Universidade com a
educação básica, constituindo-se numa referência importante para este nível de ensino, nos
âmbitos local e regional.
Ainda visando o fortalecimento desta articulação a UFU, por intermédio da Comissão
Permanente de Vestibular – COPEV, mantém estreitas relações com as escolas de ensino médio.
Representantes de escolas públicas e particulares participam de reuniões propositivas no
estabelecimento de conteúdos programáticos para os processos seletivos. O resultado do
desenvolvimento dessas relações vem promovendo a reorganização dos currículos e conteúdos
desenvolvidos nestas escolas, além de orientar os estudos dos alunos que almejam ingressar na
UFU.
Quanto a Escola de Educação Básica -ESEBA, trata-se de um Colégio de Aplicação cuja
finalidade é contribuir para a formação inicial e continuada de professores, bem como para a
proposição de novas metodologias educacionais com vistas a participar, enquanto instituição
universitária, na reflexão e construção de conhecimentos necessários ao aprimoramento da
Educação básica, local, regional e do país.
A ESEBA possui 28 anos de existência e no início de suas atividades buscava oferecer aos filhos
de servidores da UFU, uma escola voltada para crianças entre dois e cinco anos, com
possibilidade de extensão gradativa até a oitava série do ensino fundamental. Em 1983, o
45
Conselho Universitário aprovou a Resolução no. 01/83, através da qual passou à condição de
Colégio de Aplicação, a exemplo de demais escolas existentes em outras Universidades Federais
do País. A partir do ano letivo de 1988, a Escola de Educação Básica tornou-se aberta a toda a
sociedade, com vagas previstas em Edital, através do sistema de sorteio público. Em 1991 deu
importante passo no fortalecimento da Educação Básica e criou o Projeto Supletivo para a
Educação de Jovens e Adultos, voltado, preferencialmente, aos servidores da UFU, como forma
de alfabetizar e melhorar a escolaridade dos mesmos. Atualmente tem turmas para o supletivo do
Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, abertas também a toda a comunidade.
Desde sua criação, a ESEBA tem sido considerada referência de ensino-pesquisa e extensão em
nossa cidade e região, buscando oferecer ensino de qualidade e realizar pesquisas científicas de
modo a estender seus resultados a toda comunidade – sobretudo por meio da publicação do
periódico Olhares & Trilhas.
Quanto a Escola Técnica de Saúde –ESTES, esta iniciou suas atividades em 1973 como Escola
Técnica de Enfermagem, estabelecimento privado de Ensino de 2º grau. Foi integrada a UFU em
1981, com sua denominação alterada para Escola Técnica de Segundo Grau da Universidade
Federal de Uberlândia em 1984 e, em 1991, foi consolidada como Escola Técnica de Saúde. É
vinculada à Reitoria, com organização, estrutura e meios necessários para desempenhar, no seu
nível, todas as atividades e funções essenciais ao desenvolvimento do ensino, pesquisa e
extensão na área de educação profissional. Oferece Cursos de Educação Profissional Técnica de
Nível Médio de forma subseqüente, habilitando Profissionais Técnicos de Nível Médio na Área
da Saúde nas subáreas: Enfermagem, com o curso de Técnico em Enfermagem; Saúde Bucal,
com os cursos de Técnico em Prótese Dentária e Técnico em Higiene Dental; Biodiagnóstico,
com os cursos de Técnico em Patologia Clínica, além de Cursos de Formação Inicial e
Continuada. Esses cursos qualificam profissionais na área de saúde e atendem necessidades
específicas da comunidade; por exemplo, cursos emergenciais de qualificação dos ocupacionais
de enfermagem e auxiliares de enfermagem.
A ESTES, por meio de projetos de caráter educativo, cultural e científico - áreas temáticas a
Educação, o Meio Ambiente e a Saúde -, também promove cursos, eventos, prestação de
serviços, publicações, entre outros, e desenvolve vários Programas/Projetos de Extensão e
Pesquisa.
Além das citadas Unidades Especiais, a UFU, pela importância que atribui à articulação da
educação superior com a educação básica, profissional e tecnológica, contempla em seu
planejamento realização de expressivos programas e projetos neste sentido. Alguns exemplos de
46
programas desenvolvidos com sucesso nos últimos dez anos, além dos cursos de especialização
lato sensu oferecidos a profissionais da educação, são:
Na modalidade semi-presencial:
• PROCAP – programa de capacitação continuada em serviço de professores de Língua
Portuguesa e Matemática da rede de Ensino Fundamental de Minas Gerais, através de
convênio com a SEE/MG;
• PROCAP Escola Sagarana – reedição do programa anterior para professores de Ciências,
Geografia e História;
• VEREDAS – Formação Superior de Professores, enquanto programa de capacitação
continuada em serviço de professores da rede de Ensino Fundamental de Minas Gerais,
via convênio com a SEE/MG;
Na modalidade presencial:
• Programa de Formação Continuada para Docentes – Ensino Básico - que propicia a
criação e dinamização de espaços interinstitucionais que possam articular ações
conjuntas no âmbito da extensão e subsidiar o redimensionamento dos projetos de
formação de 900 professores da educação básica, possibilitando diretrizes mais efetivas e
comprometidas com a qualidade do ensino, além de assessorar e apoiar projetos
pedagógicos em 4 escolas-piloto do município de Uberlândia;
• Pólo UFU da Rede Arte na Escola - cujo objetivo é a implantação do Pólo UFU da Rede
Arte na Escola - Rede do Instituto Arte na Escola, de São Paulo, visando a ampliação do
número de professores de artes plásticas nos grupos de formação continuada
assessorados pela UFU, que também subsidia o trabalho pedagógico com recursos
bibliográficos e áudio visuais.
Metas a serem alcançadas com Cronograma de Execução
Metas 2008 2009 2010 2011 2012
Meta 1 - Incentivar e apoiar a ampliação dos campos
de Estágio Supervisionado dos graduandos das
Licenciaturas
x
x
x
x
x
47
Meta 2 - Incentivar e apoiar convênios relacionados a
programas e processos de formação continuada, em
serviço, dos profissionais da educação
x
x
x
x
x
Meta 3 - Ampliar o número de especializações para o
aprofundamento da formação para a educação básica,
tecnológica e profissional
x
x
x
x
x
Meta 4 - Incentivar e apoiar a ampliação de projetos
de ensino, pesquisa e extensão integrados e
multidisciplinares das Licenciaturas e das Unidades
Especiais ESEBA e ESTES
x
x
x
x
x
Meta 5 - Incentivar e apoiar a ampliação da produção
e divulgação científica dos resultados de projetos de
ensino, pesquisa e extensão destinados à Educação
Básica, Profissional e Tecnológica
x
x
x
x
x
Estratégias
Desencadear, no âmbito de atuação da Comissão Permanente de Formação de Professores da
UFU, debates e ações acerca de projetos de ensino, pesquisa e extensão com vistas ao
aprofundamento da articulação da universidade com a Educação Básica, Profissional e
Tecnológica.
Etapas
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Debates e Planejamento x x
Execução, Implantação e Avaliação x x x x
48
Indicadores
Número de pessoas beneficiadas pelos diversos programas e projetos desenvolvidos nas unidades
especiais de ensino.
Número de pessoas qualificadas profissionalmente.
Número de trabalhadores da área de saúde atendidos em sua formação inicial e continuada.
Número de estudantes atendidos em estágios supervisionados e cursos de especialização.
Número de professores atendidos em programas de capacitação e continuada.
Número de trabalhos publicados.
49
C.2 – Atualização de metodologias (e tecnologias) de ensino-aprendizagem.
Diagnóstico da situação atual:
Os Projetos Pedagógicos dos cursos de graduação da UFU são documentos que servem de
parâmetro para decisões referentes ao ato educativo, pois as informações que reúnem sobre
princípios e fundamentos, objetivos e perfil do profissional a ser formado, currículo etc.,
orientam todas as ações relacionadas ao processo de formação. A questão metodológica é,
portanto, um dos aspectos tratados nos Projetos Pedagógicos de cada curso.
A macro orientação institucional dirige os colegiados de curso para a compreensão do ato de
ensinar e aprender como um processo interdependente e dinâmico que se realiza na e pela
relação do estudante com o saber, mediada pela ação do professor e, que este processo no nível
universitário está necessariamente articulado com a pesquisa e a extensão. Recomenda, portanto,
a adoção de metodologias que, fundadas na interação professor-aluno, favoreçam o diálogo, o
questionamento, a criatividade e a autonomia intelectual enquanto possibilitam a compreensão
do conhecimento como um bem público e em permanente elaboração.
A interdisciplinaridade aparece também como caminho para promover a articulação entre
campos do conhecimento e o nexo necessário à compreensão de sua interdependência. Por esta
razão espera-se que o trabalho pedagógico desenvolvido por professores possa exemplificar a
dinamicidade do processo de elaboração e aquisição do conhecimento, bem como sua
aplicabilidade em diferentes situações e contextos.
A flexibilidade é também uma característica recomendada, pois possibilita a construção de
currículos orientadores de uma formação aberta capaz de incluir os avanços da área de
conhecimento do curso e atender às novas demandas sociais de atuação profissional,
fundamentais para o exercício da autonomia intelectual e da cidadania. Recomenda-se, portanto,
que os currículos possam oferecer alternativas para o estudante construir seu percurso
acadêmico. A UFU acredita que a escolha bem conduzida por atividades acadêmicas variadas e
de valor formativo são capazes de desenvolver atitudes de interrogação e criatividade diante da
realidade social
A preocupação com uma sólida formação teórica permanece como um dos princípios que guiam
a prática pedagógica para a apresentação dos conteúdos de forma contextualizada e crítica.
50
Assim a adoção de metodologias que não se restrinjam à simples transmissão de conhecimentos
e saberes, realizadas em aulas expositivas, demonstrativas ou pretensamente completas são
consideradas necessárias para condução de uma aprendizagem significativa. Tampouco o
simples uso de recursos tecnológicos são entendidos como suficientes para que o aluno aprenda a
buscar informações, analisá-las e relacioná-las, atribuindo novos significados e vislumbrando
soluções.
Na UFU há experiências novas que se realizam com a utilização de novas metodologias e
tecnologias de ensino. Isso porque há compreensão sobre a evolução e multiplicidade de formas
de saber e conhecer e sobre a diversidade de formas de ensinar que também propiciam o
desenvolvimento do pensamento e a apropriação da cultura.
Na apresentação dos itens anteriores já nos referimos à indicação de metodologias especiais para
as licenciaturas no desenvolvimento dos PIPEs. Acrescentamos agora que outros cursos também
encontram caminhos diferenciados na condução metodológica de seu ensino, valorizando, além
das preleções magistrais, o trabalho com projetos, os debates, as práticas interdisciplinares e
mesmo a utilização de linguagens eletrônicas como recursos adicionais ao processo de ensino-
aprendizagem que favorecem o desenvolvimento do raciocínio e da capacidade de aplicá-lo em
situações complexas e reais.
Também com essa perspectiva alguns cursos iniciam a utilização de ambientes virtuais de
aprendizagem, fundamentados em teorias cognitivas e com o uso de tecnologias da informação e
comunicação. Softwares elaborados em realidade virtual e mapas conceituais passam a servir de
suporte pedagógico nesses casos. É bem verdade, porém, que muitos cursos, áreas ou professores
ainda relutam diante de novas alternativas metodológicas e uso de tecnologias da informação e
comunicação. Para sanar esta resistência, cabe à instituição prover as condições infra-estruturais
e, sobretudo, desenvolver cursos e atividades que estimulem e habilitem o emprego de novos
recursos, técnicas e metodologias de ensino.
A UFU, embora disponha de infra-estrutura, com equipamentos suficientes para a criação de
diferentes ambientes virtuais, e conte com pesquisadores muito capazes para o desenvolvimento
da pesquisa tecnológica e pedagógica e ainda reúna uma boa experiência com o uso de
tecnologias de informação e comunicação no ensino, apenas muito recentemente criou seu
Núcleo de Educação a Distância/NEaD. As atividades deste núcleo são de fundamental
importância para o desenvolvimento e uso dessas alternativas metodológicas.
Mas nesta questão, assim como em outras relacionadas, não se trata de imprimir uma
determinação ad-hoc para a mudança. Sabemos ser esta uma prerrogativa do trabalho docente
que se transforma eficazmente apenas pelo consentimento e mediante a tomada de consciência
51
do significado atribuído a cada situação em particular, mas que está também intimamente
relacionada a condições objetivas para sua implantação: apoio ou suporte pedagógico,
equipamentos e salas adequados, além das características próprias do alunado. Obstáculos que
demandam tempo, estratégia, comprometimento institucional e investimento para serem
superados. Neste aspecto, vale mencionar que até o final de 2008 todas as salas de aula e
anfiteatros da Instituição estarão dotados de adequados recursos audiovisuais.
Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:
Do que foi exposto, fica evidente a necessidade de, por um lado, aprofundar o processo de
discussão sobre o tema como forma de produzir modificações importantes no uso de
metodologias e tecnologias de ensino alternativas e, por outro, proporcionar as condições para
sua efetivação. Considerando a complexidade da questão apresentamos as seguintes metas para
este item:
Metas 2008 2009 2010 2011 2012
Meta 1 - Adequar os espaços de aprendizagem de salas de aula,
anfiteatros e laboratórios e criar espaços virtuais para o
desenvolvimento de metodologias que não se restrinjam às aulas
expositivas ou a simples demonstrações práticas.
x x x
Meta 2 - Introduzir novas metodologias e o uso de tecnologias
de ensino como suporte para o trabalho pedagógico.
x x x x x
Meta 3 - Estimular e induzir projetos na pós-graduação, visando
o aprimoramento da formação do pós-graduando, através do
desenvolvimento de uma proposta de reflexão da arte e ou
ciência da docência.
x x x x x
52
Estratégias para alcançar as metas:
Meta 1:
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Promover o funcionamento efetivo do Núcleo de Educação
a Distância
x x x x x
Destinar investimentos em infra-estrutura de espaço físico,
de suporte tecnológico e equipamentos necessários ao
desenvolvimento de metodologias apoiadas no uso de
tecnologias de informação e comunicação.
x x x x x
Investir em equipamentos e espaços para a utilização dos
recursos de videoconferência.
x x x
Meta 2:
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Estimular as pesquisas multi e interdisciplinares, básica e
aplicada, sobre metodologias e tecnologias de ensino.
x x x x x
Fomentar a troca de experiências sobre o uso de
metodologias alternativas entre docentes e estudantes de
distintos cursos e instituições
x x x x x
Incrementar o processo de formação contínua dos docentes,
preparando-os para compreender em profundidade o
processo de aprendizagem e suas relações com a
intervenção pedagógica.
x x x x x
Incentivar o desenvolvimento de projetos interdisciplinares
de melhoria do ensino relacionados à novas metodologias e
uso de tecnologias de ensino.
x x x x x
Definir critérios para a implantação do modelo de oferta
semi-presencial de disciplinas ou outros componentes
curriculares, conforme permite a legislação (20% da CH
total do curso).
x
53
Meta 3:
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Estimular e financiar projetos de pós-graduação que
contribuam para o desenvolvimento de novas propostas e
práticas da arte e ou ciência da docência
x x x x x
Fomentar a troca de experiências sobre o uso de
metodologias alternativas entre estudantes de distintos
cursos de pós-graduação da instituição
x x x x x
Convidar professores de distintas instituições que
desenvolvam projetos na área para debaterem na UFU suas
propostas e práticas pedagógicas
x x x x x
Fortalecer a interação entre o projeto pró-docência e a
atividade de estágio docência, permitindo que os alunos da
pós-graduação sejam multiplicadores das novas propostas.
x x x x x
Transformar as melhores práticas em projetos de referência
na formação docente.
x
Etapas:
Meta/Ano 2008 2009 2010 2011 2012
Meta 1 x x x x x
Meta 2 x x x x x
Meta 3 x x x x x
Indicadores:
Meta 1:
Quantidade de espaços de aprendizagem virtuais utilizados como suporte ao trabalho pedagógico
Número de pessoas/ano atendidas.
54
Meta 2:
Número de cursos que fazem uso de novas metodologias e tecnologias de ensino como suporte
para o trabalho pedagógico.
Número de atividades/ano desenvolvidas.
Número de pessoas/ano atendidas.
Meta 3:
Número de atividades/ano desenvolvidas
Número de professores convidados para participar do projeto
Publicações e material didático gerado
Número de alunos atendidos
Avaliação qualitativa dos docentes e discentes
55
C.3 – Prever programas de capacitação pedagógica para implementação do novo modelo
Diagnóstico da situação atual:
Uma das lacunas históricas no desenvolvimento da educação superior no Brasil refere-se à
ausência de espaços ou momentos específicos destinados à formação e capacitação pedagógica
dos professores que atuam nesse nível de ensino.
As políticas públicas de formação para o ingresso na carreira do magistério superior são omissas,
principalmente com relação à formação didático-pedagógica desenvolvida nos cursos de
mestrado e doutorado, cujo modelo formativo desenvolvido tem como característica a
especialização aprofundada em determinado campo do conhecimento. Nesse sentido, caracteriza-
se a verticalização da formação, ou seja, formam-se pesquisadores com amplo domínio do
campo específico, no entanto, desprovidos de conhecimentos referentes à docência.
Se, por um lado, a formação de grande parte dos docentes universitários não contempla questões
relacionadas ao exercício da profissão docente, por outro, será fundamental fortalecer e
desenvolver na universidade espaços para discussão e reflexão a respeito da docência e dos
desafios enfrentados no exercício e na arte de ensinar, transmitir e gerar conhecimentos. O
objetivo desse processo é a busca de melhor entendimento a respeito do sentido formativo da
instituição e do comprometimento dos docentes com a melhoria da qualidade da formação
pessoal e profissional dos estudantes.
O desenvolvimento da pós-graduação assegurou significativos avanços na produção científico-
tecnológica do país e consolidou as IFES brasileiras como lócus privilegiado, terreno fértil, onde
essa produção avança cada vez mais. A formação desenvolvida na pós-graduação stricto sensu
tem desempenhado uma função fundamental no sentido de formar quadros para o ensino e a
pesquisa, no entanto, a capacitação pedagógica do docente universitário demanda uma recorrente
reflexão e aprimoramento.
Por sua vez, o acelerado desenvolvimento científico-tecnológico e sua incorporação pelo
diferentes meios de comunicação, os rápidos avanços no uso da internet e da comunicação
virtual apontam para a possibilidade de se delinear novos desenhos e práticas pedagógicas em
todos nos níveis e modalidades de ensino. Seja no ensino presencial ou no ensino a distância, a
incorporação das novas mídias, das novas tecnologias de comunicação e informação e dos novos
recursos da informática, em geral, evidencia que o processo de formação e atualização docente
deve ser uma constante e, também, um elemento central da política de qualificação das
56
instituições de ensino superior. Ação esta que constitui, inclusive, um dos pilares de uma política
institucional de formação continuada de professores.
Mas, esses processos de formação continuada devem estar orientados para oferecer subsídios
teórico-práticos de modo que os professores possam pensar e repensar sua prática frente à nova
realidade sociocultural, política, econômica e tecnológica com que se defrontam cotidianamente.
O professor em geral e, mais especificamente, o professor universitário, deve estar apto para
compreender o contexto em que atua e os condicionantes históricos que o engendram e
determinam. Por isso, um processo de capacitação pedagógica dos docentes universitários não
pode se restringir a uma formação meramente técnica sobre métodos de ensino e aprendizagem.
Ao lado de conteúdos como esses, é fundamental, também, a qualificação pedagógica em sua
dimensão didática, política, cultural, tecnológica, dentre outras.
O “o quê” e o “como” ensinar são questões diretamente vinculadas ao “para quem” e “onde” se
ensina, além da função social do aprendizado e da construção de uma sociedade autônoma. Isto
significa que os conteúdos e o modo como serão desenvolvidos com os estudantes não poderão
estar dissociados das características sócio-culturais e do contexto histórico-social em que se
efetivará o processo de ensino-aprendizagem. Deve-se considerar ainda que, a apropriação do
conhecimento pelos estudantes envolve dificuldades que podem estar na natureza do próprio
conhecimento e na inadequada disponibilidade de recursos. Não é só nas condições de infra-
estrutura da UFU que se faz necessário um investimento para prover condições de ensino mais
adequadas, mas também, da parte dos discentes, é preciso considerar que uma grande parcela
necessita de políticas de permanência que garantam as condições adequadas para poderem
absorver todo o potencial da Universidade.
No contexto universitário observamos constantemente estudantes desmotivados com seus cursos,
reivindicando aulas mais significativas e prazerosas, professores insatisfeitos com o processo e
resultados da aprendizagem discente, coordenadores de cursos e diretores de Institutos e
Faculdades ansiosos por melhores resultados.
Coerentes com os princípios de formação de professores, definidos pela UFU, partimos do
pressuposto não de uma formação pedagógica para atuar no magistério superior, ou “ensinar” os
professores a ministrarem suas aulas, mas criar espaços para aprendizagens em diálogo com a
experiência e a história de vida de cada professor. Surgiu, então, a necessidade de criar um
Núcleo com a finalidade de produzir reflexões sobre a docência universitária, explicitar
descobertas e experiências significativas, estimular um processo permanente de exercício crítico
da prática docente no ensino superior e reavivar a prática pedagógica. Atentos a essa
57
necessidade, a Pró-Reitoria de Graduação criou em 2007, o Núcleo de Apoio Pedagógico ao
Professor/ NAPP e a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação criou o projeto pró-docência.
Ainda que em condições precárias de funcionamento devido à falta de espaço físico próprio,
equipamentos, servidores administrativos e docentes com carga horária específica para dar
suporte ao trabalho realizado, o NAPP vem desenvolvendo importantes momentos de formação e
capacitação pedagógica dos docentes da UFU, sejam professores ingressantes, efetivos ou
substitutos. Além disso, tem procurado dar suporte e orientação pedagógica àqueles docentes que
apresentam maiores dificuldades no trabalho didático-pedagógico que realizam, porém essa
atividade é ainda embrionária e limitada, devido à ausência de condições adequadas para o
funcionamento do NAPP.
Da mesma forma, o projeto pró-docência, que vem sendo realizado na pós-graduação, por
limitação de recursos, atende um número limitado de propostas e de discentes. Entretanto, os
resultados produzidos nos primeiros anos já apontam para o enorme potencial de expansão do
projeto, com avanços esperados para curto, médio e longo prazos.
Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:
Diante da necessidade de se assegurar um indispensável acompanhamento e apoio didático-
pedagógico desenvolvido na universidade, de modo que, por um lado, os índices de repetência e
evasão diminuam e, por outro, os níveis de aprendizagem se aprofundem, são propostas as
seguintes metas:
Metas 2008 2009 2010 2011 2012
Meta 1 - Viabilizar infra-estrutura necessária para o
adequado funcionamento do NAPP
x x
Meta 2 - Ampliar a utilização de novas tecnologias da
educação
x x x x x
Meta 3 - Atingir até 2012 a capacitação de, pelo
menos, 700 docentes da UFU nos cursos oferecidos
pelo NAPP
x x x x x
Meta 4 - Financiar pelo menos quatro projetos de pró-
docência por ano
x x x x
58
Meta 5 - Ampliar número de discentes do programa
pró-docência.
x x x x x
Estratégias para alcançar as metas:
Meta 1
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Equipar e viabilizar espaço físico próprio para garantir
o adequado funcionamento do NAPP
x x
Ampliar, no NAPP, o número de docentes envolvidos
em atividades de capacitação pedagógica.
x x x x x
Meta 2
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Desenvolver cursos de formação para uso e domínio
das tecnologias de comunicação e informação,
aplicadas ao ensino.
x x x x x
Produzir e disponibilizar conteúdos de conhecimento,
sistemas de referência e realizar produtos didáticos
baseados nas novas tecnologias.
x x x x x
Formar autores e tutores em EaD. x x x x
Meta 3
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Desenvolver em parceria com a Faculdade de
Educação, o Instituto de Psicologia e outras Unidades
Acadêmicas, planejamento que articule o campo da
capacitação pedagógica a ser desenvolvida
x x
59
Desenvolvimento de cursos de formação pedagógica
para professores de ensino superior, abrangendo temas
sobre políticas de educação superior, metodologias de
ensino, planejamento didático, avaliação da
aprendizagem, relação professor-aluno;
x x x x x
Meta 4
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Melhorar o sistema de divulgação dos projetos. x x x x x
Publicar e difundir as melhores práticas. x x x x
Meta 5
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Ampliar o número de bolsas para estudantes no
programa.
x x x x x
Criar instrumentos indutivos para estimular a difusão
desses projetos.
x x x x x
Propiciar a realização de eventos para a divulgação e
troca das experiências.
x x x x x
Etapas:
Em uma primeira etapa, que abrangerá os anos de 2008 e 2009, além dos cursos previstos nas
metas e estratégias delineadas, deverá ocorrer, também, a viabilização da estrutura física e de
equipamentos indicados como necessários ao adequado funcionamento do NAPP, além da
contratação de pelo menos um servidor administrativo. Além disso, deverá ser estruturada a
secretaria geral de pós-graduação para dar suporte à disseminação, acompanhamento e
financiamento aos projetos de pró-docência.
60
Em uma segunda etapa será priorizada a capacitação pedagógica dos docentes como autores e
tutores em EaD.
Indicadores:
Número de professores atendidos nos cursos de formação continuada;
Resultados de pesquisas primárias de avaliação contínua dos cursos, por meio de questionários e
do desenvolvimento de grupos focais com os professores atendidos nos cursos;
Resultados de pesquisas primárias para avaliação qualitativa anual das práticas docentes a ser
realizada com os alunos, por meio de questionários;
Número de publicações contendo as melhores práticas.
Número de propostas atendidas e resultados obtidos.
Número de cursos e disciplinas atendidos pelos projetos.
Número de alunos de pós-graduação envolvidos no pró-docência.
61
C.4 – Outras propostas nesta dimensão não contempladas no decreto:
Não há outras propostas nesta dimensão.
62
D – Mobilidade Intra e interinstitucional
D.1 - Promoção ampla da mobilidade estudantil mediante o aproveitamento de créditos e a
circulação de estudantes entre cursos e programas, e entre instituições de educação
superior.
Diagnóstico da situação atual:
A Universidade Federal de Uberlândia tem realizado esforços no que se refere à mobilidade intra
e interinstitucional, sendo a segunda fomentada através do Programa ANDIFES de Mobilidade
Acadêmica e dos convênios com universidades internacionais, gerenciados pela Assessoria de
Relações Internacionais e Interinstitucionais (ASDRI).
O Programa de Mobilidade Acadêmica aufere grande aceitação entre os graduandos da UFU, os
quais manifestam crescente interesse em dele participar. Por seu lado, docentes e Coordenadores
de Curso reconhecem e se entusiasmam com o Programa, pois percebem o impacto positivo que
traz aos cursos e à formação discente. Os convênios internacionais estão firmados com
universidades dos cinco continentes, cobrindo praticamente todas as áreas do conhecimento.
A ASDRI é um órgão vinculado ao Gabinete do Reitor cuja finalidade precípua é ampliar e
consolidar a internacionalização e os laços de cooperação interinstitucionais da UFU
entendendo-os como importantes instrumentos de fortalecimento da universidade. Foi
estabelecida como Assessoria no ano de 2005, a partir da experiência já existente no antigo
escritório de relações internacionais. De fato, ações isoladas de cooperação internacionais e
interinstitucionais existem desde a criação das primeiras faculdades que posteriormente deram
origem ao que hoje conhecemos como UFU. Porém, grande impulso foi dado a partir do final
dos anos 80, do século XX, com os convênios firmados na área das engenharias, especialmente
com instituições francesas.
Os primeiros anos do século XXI são marcados pela ampliação não apenas das áreas de
abrangência dos convênios, mas também dos países e instituições com as quais a UFU estabelece
acordos de cooperação internacional.
Como fruto dos acordos internacionais já estabelecidos, a UFU promove eventos internacionais
em diferentes áreas, recebe professores-pesquisadores visitantes, docentes de distintos países que
participam ativamente da vida acadêmica da UFU, ministrando aulas na Pós-Graduação,
orientando ou co-orientando teses, participando de bancas, proferindo palestras, publicando
63
artigos e livros em co-autoria com docentes da UFU, dentre outras atividades. Além disso, vários
professores da UFU visitam e desenvolvem estudos em diferentes instituições brasileiras e em
universidades localizadas nos cinco continentes, envolvendo-se em atividades semelhantes
àquelas realizadas na UFU pelos nossos parceiros.
Atualmente a UFU possui oitenta e sete convênios assinados com instituições localizadas em
vinte países. A formalização, por meio de convênios e protocolos, das relações internacionais e
interinstitucionais estabelecidas entre a UFU e outras universidades e centros de pesquisa,
situados no âmbito nacional e internacional, possibilita contatos entre alunos, professores e
pesquisadores de diferentes instituições, gera pesquisas e publicações coletivas e,
principalmente, intensifica os laços de cooperação e amizade imprescindíveis para o crescimento
e o aprimoramento institucional.
São aproximadamente 200 alunos da UFU em Mobilidade Internacional em países da América
Central, da América do Norte e da Europa. Os registros indicam que foram recebidos, até 2007,
mais de 150 estudantes estrangeiros, oriundos da América Central, América do Norte, da
América do Sul, Europa e África, possibilitando-se, assim, a convivência e o aprendizado de
nossos alunos com estudantes dos cinco continentes.
No Programa de Mobilidade Nacional, em 2007, a UFU possui 16 alunos que atualmente estão
desenvolvendo seus estudos em outras Instituições de Ensino Superior e acolhe 10 alunos de
outras Instituições.
Em relação aos docentes da Universidade Federal de Uberlândia que realizam seus estudos de
Pós-Graduação em outros países, a UFU conta com 27 professores, notadamente na América do
Norte (8 professores), na Europa (21 professores) e um professor na América do Sul.
O avanço da UFU nesse tópico da mobilidade é expressivo. Apesar das conquistas alcançadas,
algumas dificuldades precisam ser superadas. Dentre elas estão:
• A necessidade de normatização nos procedimentos de intercâmbio e melhor
aproveitamento dos créditos cursados em outras instituições. Nesse caso, preocupa os
diferentes modos de organização curricular das instituições, notadamente no que se refere
aos regimes de matrícula (cursos semestrais e anuais). Visando aprimorar os programas
de mobilidade, está em elaboração uma Resolução para estabelecer as diretrizes do
Programa de Mobilidade Nacional e Internacional, na qual se pretende estabelecer os
critérios gerais para o processo seletivo dos alunos intercambistas, bem como o
procedimento de adequação das atividades acadêmicas desenvolvidas pelo estudante à
grade curricular;
64
• Outro fator limitador que se apresenta para a expansão do programa é a questão
financeira, já que grande parte dos alunos não tem recursos para se manter nas
instituições pleiteadas, sejam elas nacionais ou internacionais.
Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:
Metas 2008 2009 2010 2011 2012
Meta 1 - Normatizar os procedimentos de mobilidade
estudantil na UFU – nacional e internacional.
x x
Meta 2 – Definir sistema de aproveitamento de créditos. x x
Meta 3 - Ampliar o número de alunos intercambistas da
UFU.
x x x x x
Meta 4 - Instituir Programa de Bolsas de Mobilidade
Nacional e Internacional para alunos da graduação da
UFU.
x x x x x
Meta 5 - Ampliar o número de Convênios, com
instituições de países sem Acordos de Cooperação.
x x x x x
Meta 6 - Ampliar e aprimorar o atendimento na ASDRI. x x x x x
Estratégias para alcançar as metas:
Metas 1 e 2
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Elaborar e implantar normas e procedimentos de
intercâmbio de alunos da graduação
x x
65
Meta 3
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Ampliar o programa de disseminação de informações e
sensibilização da comunidade universitária a respeito de
oportunidades acadêmicas nacionais e internacionais
x x x x x
Propor e implantar, com setores e unidades da UFU,
estratégias de trabalho que viabilizem o desenvolvimento
de projetos de interesse nacional e internacional
x x x x x
Atuar junto às agências de fomento e órgãos
governamentais com intuito de desenvolver programa de
financiamento dos estudos dos alunos em Mobilidade, por
meio de bolsas de estudo
x x x x x
Dar continuidade às ações já iniciadas junto às empresas e
órgãos de classe, no intuito de sensibilizá-los para
parcerias que viabilizem o programa de financiamento
dos estudos dos alunos em Mobilidade.
x x x x x
Meta 4
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Institucionalizar e Implantar Programa de Bolsas para
auxílio à mobilidade nacional e internacional de
estudantes da graduação
x x x x x
Meta 5
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Estabelecer contatos com instituições, prioritariamente
localizadas em países com os quais a UFU ainda não
possua Acordos de Cooperação e propor parcerias.
x x x x x
66
Meta 6
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Ampliar o espaço físico e melhorar a infra-estrutura x x
Destinar recursos orçamentários para financiamento dos
programas e projetos de mobilidade estudantil
x x x x x
Apoiar e auxiliar as diferentes unidades e setores da UFU
na confecção e publicação de material informativo em
português e em outros idiomas.
x x x x x
Elaborar e implantar programa de transmissão eletrônica à
ASDRI, dos formulários de afastamento do País.
x x x x x
Etapas
Metas 1 e 2
Etapas 2008 2009 2010 2011 2012
Conclusão da elaboração da proposta de Resolução
referente às normas e procedimentos de intercâmbio de
alunos da graduação e submissão ao CONGRAD
x
Aprovar Resolução que institucionaliza o programa de
mobilidade estudantil
x x
Meta 3
Etapas 2008 2009 2010 2011 2012
Divulgação dos programas de mobilidade através da
internet e de visitas aos colegiados de cursos
x x x x x
Divulgação das fontes financiadoras de bolsas x x x x x
67
Meta 4
Etapas 2008 2009 2010 2011 2012
Criar Comissão para propor Programa de Bolsas x
Apreciar e Aprovar no CONSUN o programa de bolsas x x
Implantar o programa de bolsas x x x x
Meta 5
Etapas 2008 2009 2010 2011 2012
Contato com as instituições x x x x x
Visitas às instituições, quando necessário x x x x x
Assinatura de convênio x x x x x
Meta 6
Etapas 2008 2009 2010 2011 2012
Publicação de material informativo x x x x x
Implantação de dados informatizados relativos ao
afastamento do país
x x x x x
Indicadores:
Número de normas implantadas.
Número de alunos em programas de mobilidade nacional e internacional.
Número de bolsas de mobilidade nacional e internacional concedidas.
Número de convênios acordados.
68
D.2 - Outras propostas nesta dimensão não contempladas no decreto:
Não há outras propostas nesta dimensão.
69
E - Compromisso Social da Instituição
E.1 - Políticas de Inclusão
Diagnóstico da Situação Atual
Para a UFU, as Políticas de Inclusão enquanto instrumentos inerentes ao compromisso social da
instituição têm como objetivos: promover o acesso e a permanência de todos os estudantes,
independentemente de sua condição física, socioeconômica e de saúde mental; assegurar a
igualdade de condições para o exercício da atividade acadêmica; atribuir à instituição uma
participação ativa na construção da coesão social, no aprofundamento da democracia, na luta
contra a exclusão social e na defesa da diversidade cultural; contribuir com a redefinição das
funções da universidade pública no contexto da implantação de um projeto de Nação, justo e
igualitário.
As ações afirmativas que a UFU vem desenvolvendo na perspectiva da inclusão social, por meio
das suas unidades acadêmicas e administrativas, são:
• Apoio aos chamados Cursinhos Alternativos, promovidos e realizados por estudantes da
UFU visando minimizar a desigualdade de acesso ao ensino superior dos candidatos de
baixa condição sócio-econômica;
• Realização do Programa de Acesso voltado para candidatos de baixa condição
socioeconômica, oferecendo redução/isenção na taxa do Vestibular/UFU (7001
candidatos atendidos em 2006 referente a 3 processos seletivos) e PAIES/2006 (3.635
candidatos atendidos);
• Realização do Programa de Permanência voltado para os estudantes de baixa condição
sócio-econômica em atendimento às suas necessidades de alimentação, moradia, saúde
mental, esporte e lazer;
• Implantação, em 2004, da Incubadora de Empreendimentos Econômicos e Solidários -
INES/PROEX, um programa de geração de renda e trabalho para as camadas populares,
com vistas à inclusão social e a emancipação humana;
• Criação, em 2001, do Programa de Formação Continuada em Educação, Saúde e Cultura
Populares, que em 2006 realizou o II ENESCPOP com 2.300 participantes, visando
socializar e democratizar o saber popular no contexto universitário;
70
• Implantação do Pólo UFU da Rede Arte na Escola através de convênio com a Rede do
Instituto Arte na Escola, de São Paulo, visando ampliar o número de professores de artes
plásticas nos grupos de formação continuada, os quais são assessorados pela UFU, que
também subsidia o trabalho pedagógico com recursos bibliográficos e áudios-visuais;
• Criação do Centro de Ensino, Pesquisa, Extensão e Atendimento em Educação
Especial/CEPAE. Inaugurado em 08 de junho de 2004, surgiu da necessidade de se criar
um espaço de discussões e reflexões sócio-político-educacionais, no interior da UFU, que
fomentasse a construção de novos conhecimentos e de novas alternativas de ação dentro
da área da Educação Especial. Em 2005 o CEPAE realizou Seminários e ciclo de
palestras com aproximadamente 1.184 pessoas atendidas, além de cursos de capacitação
de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, envolvendo 84 alunos e técnicos, cursos de
extensão em Deficiência Mental e em Surdez. As referidas atividades foram realizadas
com verba oriunda do PROJETO INCLUIR 2005 – “A Inclusão Educacional na UFU:
acesso, permanência e conclusão dos estudos” aprovado pelo MEC/SESu. Em 2006 o
CEPAE registrou 22 alunos com necessidades especiais matriculados na UFU, sendo 15
alunos com deficiência visual, 03 alunos com deficiência auditiva e 04 com deficiência
física. O CEPAE representa um importante passo dado pela UFU, uma vez que,
dinamizando a pesquisa, o ensino e a extensão na área da Educação Especial, além de
atender às metas de trabalho de uma Universidade Pública, também atende a uma
importante e atual demanda educacional e social.
Quanto às cotas, a UFU vem discutindo a questão desde 2003, quando foi criada, pelo CONSUN
(Conselho Universitário), a primeira Comissão, composta por docentes, discentes e técnico-
administrativos. A mobilização, os debates e os seminários gerados levaram à produção de um
relatório propositivo e de uma agenda de eventos a serem realizados em 2004. Dando
continuidade ao processo, em outubro do mesmo ano foi nomeada uma segunda Comissão de
Trabalho, à qual coube apresentar uma proposta relativa às políticas de inclusão na UFU. Em
abril de 2006 foi criada uma terceira Comissão com a incumbência de colher novos dados,
implantar o calendário de discussões e apresentar uma proposta de ato normativo sobre a política
de cotas para a devida apreciação do CONSUN. Foi então apresentada uma proposta de
Resolução criando o Programa de Inclusão Social Para Elevar os Níveis de Acesso e de
Permanência no Ensino Superior, instituindo a Política de Cotas Sociais e Étnico-Raciais. Após
várias reuniões do Conselho Universitário e intensos debates relativos às cotas, na sua reunião do
dia 30 de novembro de 2007, foi aprovada pelo CONSUN a proposta de cotas sociais, que inclui
estudantes oriundos das escolas públicas.
71
Metas a serem alcançadas com cronograma de execução
As Políticas de Inclusão na UFU vêm se concretizando em diferentes dimensões e ações que
deverão se aperfeiçoadas e ampliadas nos próximos anos, desde o apoio à preparação de jovens
para ingresso na Universidade, via cursinhos pré-vestibulares alternativos, já em andamento, até
implantar e aperfeiçoar o sistema de cotas sociais. O foco de atenção deverá ser, além da
inclusão em toda sua diversidade de ações, a permanência e a excelência da produção
universitária.
Metas 2008 2009 2010 2011 2012
Meta 1 - Institucionalizar e Implantar a Política de Ações
Afirmativas no acesso à UFU.
x x x x x
Meta 2 - Ampliar o apoio aos cursinhos pré-vestibulares
alternativos oferecidos pelos estudantes de graduação da
UFU.
x x x x x
Meta 3 - Ampliar em 20% o Programa de Acesso nos
Projetos de Redução/isenção nas taxas dos Processos
Seletivos/UFU (PAIES/Vestibular/Transferência/ESTES).
x x x x x
Meta 4 - Ampliar o atendimento e o acesso de portadores
de necessidades especiais à Universidade.
x x x x x
Meta 5 - Consolidar e ampliar os Programas de
Permanência dos Estudantes da UFU de acordo com os
Programas previstos na Política de Assuntos Estudantis.
x x x x x
Meta 6 - Realizar programas, projetos e eventos relativos
à extensão universitária que atendam às necessidades das
comunidades externas, privilegiando a inclusão social e a
valorização de conhecimentos produzidos por estas e pela
Instituição.
x x x x x
72
Estratégias
Meta 1
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Definir no CONSUN uma Política de Ações
Afirmativas para democratizar o acesso a UFU.
x
Criar uma Comissão de acompanhamento da Política de
Ações Afirmativas.
x x x x x
Fixar prazos para avaliação da Política de Ações
Afirmativas.
x x x x
Meta 2
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Estimular o envolvimento de estudantes de graduação
dos diversos cursos da UFU nos projetos de cursinhos
alternativos (divulgação nos cursos).
x x x x x
Implantar Política de Bolsas para estudantes
participantes dos Cursinhos Alternativos (parceria
Prefeitura/Universidade).
x x x x x
Implantar sistema de monitoramento para verificação do
índice de aprovação dos candidatos dos cursinhos
alternativos nos processos seletivos/UFU.
x x x x x
Meta 3
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Aprimorar o sistema de informatização do Programa de
redução/isenção nas Taxas dos processos seletivos
/UFU, disponibilizando aos candidatos acesso a
internet.
x x x x x
Aprimorar o sistema de divulgação e informações do x x x x x
73
Programa de redução/isenção para as Escolas Públicas e
Cursinhos Alternativos.
Ampliar número de bolsas destinadas ao Programa de
redução/isenção
Implantar sistema de monitoramento para verificar o
índice de aprovação e de matriculados entre os
candidatos de baixa condição socioeconômica que
obtiveram redução/isenção nas taxas dos processos
seletivos/UFU.
x x x x x
Meta 4
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Ampliar a política de acessibilidade e de cidadania para
estudantes em situação de deficiência
x x x x x
Envolver as unidades acadêmicas da UFU na discussão
sobre os diversos aspectos referente a Educação
Especial
x x x x x
Atender às demandas legais que indicam a necessidade
dos cursos de formação de professores desenvolverem
ações pedagógicas contemplando a formação de
profissionais preparados para uma prática pedagógica
eficiente junto a alunos com necessidades educativas
especiais.
x x x x x
Congregar pesquisadores, educadores e profissionais da
área da Educação Especial, consolidando-se como um
espaço de fomento ao desenvolvimento de projetos de
pesquisa, ensino e extensão, relacionados à Educação
Especial.
x x x x x
Promover eventos científicos, palestras, seminários,
debates, cursos e estudos na área da Educação Especial.
x x x x x
Oferecer assessoria técnica a profissionais interessados x x x x x
74
em implantar ações transformadoras na área da
Educação Especial.
Estimular a produção e divulgação de projetos de
pesquisa, ensino ou extensão desenvolvidos pelos
participantes do CEPAE em veículos de divulgação
científica, tais como, revistas, jornais, periódicos.
x x x x x
Meta 5
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Ampliar o número de modalidades de bolsas: moradia,
alimentação e central de línguas.
x x x x x
Aprimorar os programas já em andamento: Instrumental
Odontológico, Orientação social, ações educativas e
preventivas.
x x x x x
Meta 6
Estratégias já discorridas no tópico E3 – Políticas de Extensão Universitária.
Etapas
Dentre as ações estratégicas discorridas que objetivam as metas a serem alcançadas, algumas já
vêm sendo implementadas ao longo dos últimos anos, outras, deverão ser implementadas a partir
de 2008, resguardando-se que, até 2012, todas essas ações possam estar sendo concluídas, visto
que tecem uma sinergia e podem colimar, em grande medida, com as propostas de ampliação do
atendimento da universidade às demandas sociais da comunidade, fechando o circuito de
expansão de atendimento proposto por este Plano de Expansão.
Indicadores
Número de estudantes oriundos das escolas públicas ingressantes na UFU.
75
Número de atendimentos e crescimento de demanda nos Cursinhos Alternativos.
Aumento de vagas de ingresso e ocupação de vagas ociosas na UFU.
Número de cidadãos beneficiados pelos diversos programas e projetos de inclusão social/UFU.
Número de estudantes de baixa condição sócio-econômica incluídos nos Programas de
Permanência.
Número de portadores de necessidades especiais incluídos nos Programas de Educação Especial.
Número de estudantes de baixa condição sócio-econômica incluídos no Programa de
redução/isenção nas Taxas dos Processos seletivos/UFU.
Número de bolsas moradia, alimentação, central de línguas ofertadas anualmente pela UFU.
76
E.2 - Programa de Assistência Estudantil
Diagnóstico da situação atual
No mundo contemporâneo e globalizado, a desigualdade e a exclusão social se transpõem para o
contexto universitário e na busca de respostas a tais questões foi elaborado pelo
FONAPRACE/ANDIFES o Plano Nacional de Assistência aos Estudantes de Graduação das
IFES, e aprovado pelo MEC em 2007. O referido Plano deixa claro que “a missão da
universidade se cumpre à medida que gera, sistematiza e socializa o conhecimento e o saber,
formando cidadãos capazes de contribuir para o projeto de uma sociedade justa e igualitária”,
assumindo a Assistência Estudantil como uma questão de investimento, por ser uma das políticas
essenciais no contexto da indissociabilidade entre o Ensino, a Pesquisa e a Extensão. Nesse
sentido, define-se a “Política de Assistência Estudantil como um conjunto de princípios e
diretrizes que norteiam a implantação de ações para garantir o acesso, a permanência e a
conclusão de curso dos estudantes da UFU, na perspectiva de inclusão social, formação
ampliada, produção de conhecimentos, melhoria do desempenho acadêmico e da qualidade de
vida,” contribuindo, assim, para o exercício da cidadania e a qualificação profissional.
Nesse contexto, a Universidade Federal de Uberlândia, desde o início dos anos de 1980, vem
desenvolvendo programas e projetos de assistência estudantil, os quais foram fortalecidos com a
participação de seus representantes, desde 1993, no FONAPRACE, contribuindo efetivamente na
elaboração do mencionado Plano Nacional de Assistência.
É possível apontar dados significativos do diagnóstico da assistência estudantil na instituição a
partir do resultado da II Pesquisa do Perfil socioeconômico e cultural dos estudantes de
graduação, realizada no ano de 2004 em parceria com o FONAPRACE, num universo de 12.000
estudantes e com amostragem de 860 estudantes. Apresentamos os dados abaixo, seguidos de
comentários sobre ações correspondentes:
• 61,7% dos estudantes das classes B2, C, D, E apresentaram demanda potencial por
assistência estudantil, dos quais 41% encontram-se nas classes C, D, E, cuja renda média
familiar mensal atinge no máximo R$ 927,00 e uma situação de vulnerabilidade social.
• 36,2% dos estudantes da UFU, ao ingressarem na universidade, deslocam-se do seu
contexto familiar, o que representa uma demanda potencial por moradia estudantil;
77
• 68,5% dos estudantes vão a pé, de carona, de bicicleta ou utilizam transporte coletivo
para o deslocamento para a universidade.
• 34,6% dos estudantes pesquisados trabalham e estudam, sendo que 28,7% encontram-se
nas categorias C, D e E.
Diante dos dados apresentados, os programas e projetos de permanência (Bolsa Alimentação,
Bolsa Moradia, Bolsa Central de Línguas, Empréstimo do Instrumental Odontológico e Redução
na Taxas de Expediente/UFU) oferecidos aos estudantes pela Instituição atendem em média
13,17% (1.580) dos estudantes de baixa condição socioeconômica, além de 9,96% (1.195) nos
programas interdisciplinares (Programa de Integração dos Estudantes Ingressantes e Programa de
Incentivo à Formação de Cidadania) com ações educativas e preventivas, atingindo um total de
23,13% destes estudantes, mas insuficiente para atender a crescente demanda.
• 38,6% dos estudantes da UFU tiveram dificuldades significativas ou crises emocionais no
último ano de curso, sendo que 31,6% dos estudantes responderam que a vida acadêmica
havia sido prejudicada devido às questões emocionais, provocando: baixo desempenho
acadêmico (44,6%); reprovações (26,7%); mudança de curso (10,5%); trancamento
parcial ou total (8,7%); risco de ser jubilado ou jubilamento em curso anterior (3,1%).
A equipe da área de Atendimento Psicológico ao Estudante da UFU desenvolve os Projetos
Psicoterapia Individual e Grupal, atendendo anualmente, em média, 200 estudantes e gerando em
torno de 2.200 sessões psicoterapêuticas por ano. O trabalho se estende também aos Programas
Psico-educativos e Interdisciplinares (Palestras, Workshops, Mesas-Redondas, “Projeto
Coordenadores de Curso em Alerta”, Projeto de Estágio em Psicologia Clínica e Institucional),
os quais atingem em média 2.000 estudantes, o que perfaz um total de 2.200 estudantes nos
projetos realizados, correspondendo a 18,34% da população discente da UFU. A equipe tem
constatado que a demanda por atendimento psicológico aumenta a cada ano, de forma
significativa, o que está em consonância com o cenário mundial mostrado pela Organização
Mundial de Saúde. Os estudantes apresentam desde dificuldades circunstanciais até transtornos
emocionais graves e urgentes que requerem intervenções especializadas.
• 52,6% praticam raramente atividades de esporte e lazer e 33,9% praticam
frequentemente, porém em academias, clubes e outros locais particulares.
Com relação aos programas e projetos oferecidos pela UFU na esfera do esporte e do lazer, estes
têm atendido apenas 28,2% (3.386) dos estudantes. No que se refere às atividades estritamente
esportivas, o número de atendimentos aumenta, uma vez que os estudantes participam de
diferentes atividades físicas, porém este número ainda não atende a demanda identificada.
78
• 40,6 % dos estudantes pesquisados utilizam o RU. O restaurante universitário constitui
importante instrumento de satisfação da necessidade básica de alimentação e de
convivência social. Desses usuários, os das categorias C, D e E são os que mais
freqüentam o restaurante, o que comprova sua real função acadêmico-social.
É importante ressaltar que na área de Nutrição do Restaurante Universitário, apesar do avanço
conseguido na qualidade dos serviços prestados, ainda se faz necessário o desenvolvimento de
ações destinadas a ampliação do acesso a alimentação.
A Política de Assuntos Estudantis da UFU, apreciada no CONSEX – Conselho de Extensão
(2005/2007) abrange todos os estudantes matriculados na instituição: estudantes do ensino
infantil e fundamental, estudantes dos cursos técnicos e estudantes de graduação e pós-
graduação. Diante disso, constata-se uma necessidade evidente de reestruturação e expansão da
assistência estudantil.
Metas a serem alcançadas com cronograma de execução
Metas 2008 2009 2010 2011 2012
Meta 1 - Institucionalizar e implantar Política de
Assuntos Estudantis.
x x x x x
Meta 2 - Aprimorar os canais de comunicação e
circulação de informações da assistência estudantil
com a comunidade interna e externa.
x x x x x
Meta 3 - Fortalecer o Fórum de Assuntos
Estudantis.
x x x x x
Meta 4 - Ampliar os Programas de Permanência dos
Estudantes da UFU.
x x x x x
Meta 5 - Garantir a utilização, ampliação e
manutenção dos espaços esportivos e de lazer da
UFU.
x x x x x
79
Estratégias
Meta 1
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Apreciar e aprovar a Política de Assuntos Estudantis
no CONSUN/UFU.
x x
Implantar e avaliar a Política de Assuntos Estudantis. x x x x x
Elaborar plano anual de trabalho em acordo com a
Política de Assuntos Estudantis e discutido com a
comunidade acadêmica.
x x x x x
Promover discussões e debates permanentes sobre as
questões estudantis na UFU.
x x x x x
Desenvolver estudos sobre a realidade social,
psicológica, nutricional e de esporte e lazer da
comunidade estudantil.
x x x x x
Realizar Seminário para divulgação dos resultados da
II Pesquisa do Perfil Socioeconômico e Cultural dos
Estudantes de Graduação da UFU (2008).
x
Destinar recursos orçamentários para financiamento
dos programas e projetos.
x x x x x
Adequar as estruturas físicas destinadas à assistência
estudantil.
x x x x x
Participar das Atividades de Capacitação e eventos
científicos, em âmbito local, nacional e internacional,
com apresentação de trabalhos
x x x x x
Promover a capacitação e qualificação dos servidores
ligados à assistência estudantil.
x x x x x
80
Meta 2
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Aperfeiçoar o Sistema Integrado de Informações de
Assuntos Estudantis – SIAE.
x x
Criar uma home page interativa e implantar banco de
dados da assistência estudantil.
x x
Dar maior visibilidade às ações de assistência
estudantil desenvolvidas por meio do Jornal, TV e
Rádio Universitária, dentre outros.
x x x x x
Dar continuidade à participação no Fórum PROEX e
no Conselho de Extensão - CONSEX
x x x x x
Estabelecer o Fórum de Assuntos Estudantis como um
canal aberto com a comunidade estudantil.
x x x x x
Meta 3
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Participar dos Fóruns representativos pertinentes aos
assuntos estudantis (FONAPRACE).
x x x x x
Meta 4
4.1. Programa de Assistência e Apoio aos Estudantes de Baixa Condição Socioeconômica
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Informatizar o processo de atendimento na
redução/isenção da Taxa do Vestibular, PAIES e
Transferência, garantindo sua análise técnica.
x x
Aquisição de novos equipamentos de informática
(computadores e impressoras).
x x
Ampliar em 20% o número de atendimentos, para
6.000 candidatos nos processos seletivos/UFU.
x x x x x
81
4.2. Programa de Alimentação
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Ampliar a estrutura para fornecer 2.200 refeições/dia à
comunidade estudantil.
x X
Dar continuidade à política de humanização do RU. x x x x x
Implantar o sistema informatizado de acesso ao RU –
Campus Santa Mônica.
x
Garantir a qualidade da alimentação com menor custo
possível.
x x x x x
Promover campanhas de reeducação alimentar e coleta
seletiva de lixo, junto à comunidade.
x x x x x
Ampliar bolsas de alimentação conforme condição
socioeconômica dos estudantes.
x x x x x
4.3. Programa de Moradia
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Dimensionar a demanda por moradia estudantil. x x x x X
Discutir e definir política para a moradia estudantil. x x x x X
Ampliar bolsas de moradia conforme condição
socioeconômica dos estudantes
x x x x X
4.4. Programa de Saúde Física:
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Dimensionar a demanda para o programa de saúde
física, junto à comunidade estudantil.
x x x x x
Garantir estrutura destinada ao desenvolvimento de
programas e projetos da área de saúde física.
x x x x x
82
Estabelecer normas e procedimentos norteadores das
ações em saúde física, ouvidas as entidades estudantis.
x x x x x
4.5. Programa de Saúde Mental:
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Ampliar o número de estudantes atendidos nos
projetos de psicoterapia individual e em grupo.
x x x x x
Ampliar o número dos participantes das ações
educativas e preventivas envolvendo a comunidade
interna e externa.
x x x x x
Ampliar os atendimentos psiquiátricos. x x x x x
Articular ações com o Programa de Dependência
Química da UFU em atendimento às demandas
estudantis.
x x x x x
Executar o Projeto Coordenadores de Curso em
Alerta.
x x x x x
Fortalecer e ampliar o Projeto de Estágio
Supervisionado em Psicologia Clínica e Institucional.
x x x x x
4.6. Programa de Assistência e Apoio aos Estudantes de Baixa Condição Socioeconômica:
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Ampliar bolsas de locomoção conforme condição
socioeconômica dos estudantes.
x x x x x
Criar Programa de Bolsas para estudantes de baixa
condição socioeconômica incluídos no Convênio de
Mobilidade Nacional e Internacional.
x x x x x
Assegurar bolsas na Central de Línguas. x x x x x
Adquirir novos instrumentais odontológicos para
empréstimo.
x x x x x
83
4.7. Programa de Esportes, Recreação e Lazer:
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Estimular e atender às demandas de projetos
esportivos.
x x x x x
Promover a realização de eventos esportivos,
recreativos e de lazer para a comunidade universitária.
Desenvolver atividades de educação esportiva de
forma a oportunizar o aprendizado das diversas
modalidades esportivas.
x x x x x
Realizar treinamento dos estudantes selecionados para
a participação institucional em competições locais,
regionais, estaduais, nacionais e internacionais.
x x x x x
Promover a participação, cooperação e intercâmbio
esportivo, recreativo e de lazer, entre a UFU e outras
Instituições em âmbito local, estadual, regional,
nacional e internacional.
x x x x x
Implantar programas e projetos esportivos e de lazer
que atuem na promoção da saúde e na prevenção e
tratamento da dependência química.
x x x x x
Institucionalizar os Jogos Universitários Integrados -
UNIJOGOS.
x x x x x
4.8. Programa de Integração dos Estudantes Ingressantes:
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Promover ações interdisciplinares visando a
integração e orientação aos estudantes ingressantes e
familiares relativas aos serviços oferecidos à
comunidade estudantil.
x x x x x
84
4.9. Programa de Incentivo à Formação da Cidadania:
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Encaminhar as demandas estudantis, visando oferecer
apoio financeiro permanente para a realização de
eventos organizados pelas entidades estudantis e a
participação de estudantes de baixa condição
socioeconômica em eventos de caráter científico,
esportivo e artístico-cultural.
x x x x x
Realizar o 1º Encontro Nacional de Assuntos
Estudantis das IFES.
x
Implementar programas e projetos com a Equipe
interdisciplinar da DIRES, em parceria com os
estudantes e as entidades estudantis, para os centros de
convivência.
x x x x x
Promover eventos educativos e preventivos que possam
contribuir para a formação pessoal, profissional, ética e
política da comunidade universitária.
x x x x x
Ampliar as ações educativas e preventivas dos
Programas interdisciplinares da DIRES, envolvendo
as áreas: Serviço Social, Psicologia, Esporte e Lazer e
Nutrição; Meta: 500 estudantes.
x x x x x
4.10. Programa de Incentivo a Formação Cultural:
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Estimular e promover eventos culturais, por meio de
ações integradas com a DICULT/PROEX;
x x x x x
Apoiar ações artístico-culturais visando à valorização
e difusão das manifestações culturais estudantis.
x x x x x
Garantir espaços físicos, recursos materiais e humanos
necessários para a realização de atividades culturais da
comunidade estudantil. Meta: 1000 estudantes.
x x x x x
85
4.11. Programa de Bolsas Acadêmicas:
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Definir os critérios para distribuição das bolsas, bem
como os critérios de seleção dos candidatos, junto aos
órgãos competentes. (PROGRAD/PROPP).
x x x x x
Meta 5
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Promover a institucionalização, critérios de utilização
e funcionamento do Centro Esportivo Universitário –
CEU.
x x x x x
Realizar parcerias com órgãos públicos federais,
estaduais, municipais e entidades da sociedade civil,
para viabilizar as ações esportivas, recreativas e de
lazer no contexto da UFU.
x x x x x
Etapas
2008- Planejamentos
2008-2012 - Execução de atividades
Indicadores
Número de refeições oferecidas pelo RU.
Número de bolsas para estudantes de baixa condição socioeconômica, em cada uma das
modalidades: alimentação, moradia, locomoção, apoio a instrumental de estudo e
redução/isenção de taxas.
Número de estudantes de baixa condição socioeconômica no Programa de Mobilidade
Estudantil.
86
Número de ações voltadas para a formação esportiva (educação e treinamento) da comunidade
estudantil.
Número de atendimentos psicopedagógicos realizados
Número de ações interdisciplinares de prevenção e tratamento na área de dependência química.
Número de profissionais capacitados e qualificados.
87
E.3. Políticas de Extensão Universitária
Diagnóstico da Situação Atual
Para a UFU a função de uma universidade pública aberta e cidadã é dialogar criticamente com as
comunidades, valorizando seus saberes e incorporando seus problemas e demandas a processos
de produção de conhecimento e de intervenção socialmente referenciados, a fim de garantir o
acesso das populações, principalmente das excluídas, a bens culturais, científicos, econômicos,
artísticos e tecnológicos.
Com base nestes pressupostos é possível afirmar que as ações extensionistas da universidade,
enquanto processos educativos, culturais e científicos que articulam o ensino e a pesquisa de
forma indissociável e viabilizam a relação transformadora entre Universidade e Sociedade,
caracterizam uma via de mão-dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica, pois
encontram na sociedade a oportunidade de elaboração da práxis acadêmica.
A ação extensionista na UFU vem sendo realizada em conjunto com os diversos segmentos e/ou
movimentos organizados da sociedade civil, agentes políticos e/ou setor produtivo, nas
dimensões da Cultura, Comunicação Social, Direitos Humanos e Justiça, Educação, Preservação
do Meio Ambiente, Saúde, Desenvolvimento de Tecnologia e Geração de Trabalho e Renda,
com a perspectiva prioritária de contribuir para a conquista e o acesso a direitos humanos por
parte da população e a efetivação de um projeto de nação justo, participativo, democrático e
inclusivo. Dentre os programas, projetos, eventos e produtos produzidos pela UFU destacamos:
• Programa Brasil Alfabetizado: realizado em convênio com o MEC/FNDE, alfabetizando
jovens e adultos e capacitando alfabetizadores(as);
• Programa de Formação Continuada em Educação Popular: criado em 2001, em parceria
com órgãos públicos e movimentos sociais e, após três anos de trabalho ininterrupto e
mediante a ampliação de sua abrangência, passou a ser denominado Programa de
Formação Continuada em Educação, Saúde e Cultura Populares, do qual participam
lideranças e educadores(as) populares. O Programa também publica a Revista de
Educação Popular, espaço de produção e divulgação de teorias e práticas em perspectiva
popular;
• Projeto Criação e Implementação de Ambientes de Formação Docente em Biologia,
Física e Química in loco e virtual (CIAFD): projeto financiado pela FINEP (Financiadora
88
de Estudos e Projetos/ Ministério da Ciência e Tecnologia), que visa aprimorar a
capacitação de professores (as) de ciências do ensino médio, de dezessete escolas
públicas de Uberlândia;
• Formação Docente de Cursinhos Alternativos - currículo e relações de gênero, raça e
etnia: projeto realizado em parceria com cursinhos pré-vestibulares alternativos, visando
minimizar a desigualdade de oportunidades de acesso ao ensino superior de negros(as) e
afro-descendentes;
• Programa de Formação Continuada para Docentes do Ensino Básico: propicia a criação e
dinamização de espaços interinstitucionais que possam articular ações conjuntas no
âmbito da extensão e subsidiar o redimensionamento dos projetos de formação de 900
professores da educação básica, possibilitando traçar diretrizes mais efetivas e
comprometidas com a qualidade do ensino, além de assessorar e apoiar projetos
pedagógicos em 4 escolas-piloto do município de Uberlândia;
• Formação de Lideranças Sindicais: projeto desenvolvido com o SindUTE - Sindicato
Único dos Trabalhadores de Ensino, em parceria com o Instituto de História;
• Incubadora de Empreendimentos Econômicos Solidários (INES/PROEX/UFU):
desenvolve um programa interdisciplinar para a geração de renda e trabalho para as
camadas populares, na perspectiva de transformação da economia de mercado para a
Economia Solidária com recursos de emendas parlamentares e do PROEXT do
FORPROEX/MEC. Conta com a participação do Instituto de Economia, da Faculdade de
Direito e da Faculdade de Educação Física, de discentes estagiários, de várias Unidades
acadêmicas da UFU e segmentos da sociedade civil organizada;
• Programa de Extensão Integração UFU/Comunidade (PEIC): cria oportunidades para as
Unidades Acadêmicas e Especiais de Ensino e os Órgãos Administrativos da UFU
inscreverem propostas de Extensão Universitária com os objetivos de incentivar e apoiar
projetos que contribuam para reafirmar a extensão enquanto processo acadêmico e
oferecer respostas às necessidades da sociedade por meio de ações extensionistas
relacionadas às áreas temáticas definidas pela Política Nacional de Extensão
Universitária;
• Projeto Rede Astronômica de Uberlândia: tem por objetivos, entre outros, ampliar as
ações educativas da AstroNet (Site/lista que promove a discussão de questões de
astronomia aplicada a vida cotidiana), atendendo a demanda de escolas do ensino básico
de Uberlândia e região, popularizando o conhecimento de fenômenos astronômicos e
89
astronáuticos observáveis de Uberlândia e região, além de compor um grupo ativo para
divulgar as informações oriundas da AstroNet.
Cabe mencionar ainda os instrumentos de registro e divulgação da extensão, representados pela
Revista Em Extensão, que visa ampliar e divulgar o espaço extensionista da UFU, com
apresentação da produção científica, fomentando o intercâmbio entre estudantes e profissionais
de diferentes áreas do conhecimento por meio da publicação de textos; e pelo SIEX - Sistema de
Informações de Extensão, que é um sistema de gerenciamento de informações de extensão,
desenvolvido para o registro das atividades de extensão da UFU. Atualmente, está
disponibilizado na página www.proex.ufu.br/siex.
Por fim, cabe destacar que os projetos – cursos, eventos, prestação de serviços, publicações etc. -
são desenvolvidos com ampla participação das Unidades Acadêmicas da UFU e têm apresentado
um crescimento significativo, sobretudo a, partir de 2005, sendo que os quantitativos de 2007
acompanharam os parâmetros relacionados para 2005 e 2006, acusando crescimento de
produção, execução e participação, como demonstra o quadro síntese abaixo:
Síntese das Atividades de Extensão da UFU - SIEX (2005 – 2006)
Tipo Registros Docentes Discentes Técnicos Público direto
Total 2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005
Cursos 63 22 41 27 64 23 42 15 7 1.132 1.849
Eventos Culturais e Científicos
144 36 108 84 60 429 147 106 21 16.267 50.707
Prestação de Serviços
7 3 4 5 5 0 6 2 3 321 3.100
Programas / Projetos
205 95 110 144 201 246 335 33 43 21.475 482.232
Publicações 8 5 3 0 4 4 4 0 1 3.000 5.000
Total 161 266 260 334 702 534 156 75 42.195 542.888
90
Metas a serem alcançadas e cronograma de execução
Pensar a extensão universitária na UFU e no contexto de uma necessária redefinição do papel da
universidade pública implica, dentre outros aspectos, que os interesses sociais sejam articulados,
prioritariamente, com os grupos sociais que não têm poder para colocar o conhecimento técnico
e especializado a seu serviço. Por esse motivo, as metas propostas devem possibilitar a promoção
de uma nova forma de convivência ativa entre os diversos saberes existentes, sob a premissa de
que todos eles, incluindo o saber científico, podem se enriquecer por meio dessa articulação. O
sentido é promover, desenvolver, apoiar, intermediar, articular e incentivar a realização de
programas, projetos e eventos, relativos à extensão universitária, que atendam às necessidades
das comunidades externas, privilegiando a inclusão social e a valorização de conhecimentos
produzidos por estas comunidades interagindo com a Universidade.
Metas 2008 2009 2010 2011 2012
Meta 1 - Institucionalizar e fortalecer a extensão na
UFU
x x x x x
Meta 2 - Apoiar e desenvolver interlocução com os
Movimentos Sociais ligados a direitos humanos,
cidadania e inclusão social.
x x x x x
Estratégias Meta 1
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Aprovar e Institucionalizar a Política de Extensão. x x
Implantar e Avaliar a Política de Extensão. x x x x x
Fortalecer o Conselho de Extensão – CONSEX x x x x x
Fortalecer e consolidar o Fórum Permanente de
Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis Olívia
Calábria.
x x x x x
Adotar medidas que promovam a elevação em, no
mínimo, 30 % no quantitativo da extensão na UFU.
x x x x x
91
Identificar as vocações extensionistas das unidades
acadêmicas e especiais de ensino
x x x x x
Capacitar docentes e técnico-administrativos para
elaboração, registro e utilização do Sistema Integrado
de Informação sobre Extensão - SIEX.
x x x x x
Aprimorar o SIEX. x x
Registrar no SIEX todas as atividades extensionistas
desenvolvidas na UFU.
x x x x x
Ampliar a participação da UFU nas respostas a editais
públicos, visando atender as diferentes demandas e
garantir seu financiamento.
x x x x x
Destinar recursos orçamentários para a manutenção e
expansão das atividades dedicadas à extensão
universitária.
x x x x x
Promover a capacitação e qualificação das equipes
envolvidas para o estabelecimento de relações que
cumpram os objetivos institucionais e não reproduzam
estereótipos de raça, gênero, classe e etnia.
x x x x x
Ampliar o número de bolsas de extensão para
alunos(as) da UFU, nos diversos programas e projetos
de extensão universitária.
x x x x x
Promover a ampliação da participação de estudantes,
docentes e técnico-administrativos nas atividades
extensionistas.
x x x x x
Meta 2
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Criar e implantar espaços de socialização das ações
extensionistas.
x x x x x
Implantar política de divulgação e circulação dos
produtos da Extensão.
x x x x x
92
Fortalecer a linha editorial da extensão universitária:
manutenção e ampliação da área de alcance das
Revistas Em Extensão e de Educação Popular.
x x x x x
Ampliar a participação da Extensão nos programas de
TV, rádio e outros veículos de divulgação.
x x x x x
Criar um banco de dados relativo a demandas da
comunidade.
x x x x x
Implantar o Projeto Memória da Extensão na UFU. x x x x x
Implantar atividades extensionistas com vistas a
atender demandas dos movimentos e entidades sociais
em articulação com as Unidades Acadêmicas
x x x x x
Etapas
Dentre as ações estratégicas descritas que objetivam as metas a serem alcançadas, algumas já
vêm sendo implementadas ao longo dos últimos anos, outras, deverão ser implementadas a partir
de 2008, resguardando-se que, até 2012, todas essas ações possam estar sendo concluídas, visto
que tecem uma sinergia e podem colimar, em grande medida, com as propostas de ampliação do
atendimento da universidade às demandas sociais da comunidade, fechando o circuito de
expansão de atendimento proposto pelo Plano de Expansão.
Indicadores
Número de representantes das instituições sociais nas comissões e equipes de trabalho dos
projetos extensionistas.
Número de bolsistas e estagiários nas diversas áreas da extensão universitária.
Número de professores de 1° e 2° atendidos nos programas/projetos de extensão.
Número de publicações/periódicos pertinentes à extensão universitária com participação da
comunidade universitária e local.
93
Número de participações nos programas/projetos/seminários/oficinas relativos à extensão
universitária.
Quantidade de público beneficiado por atividades extensionistas.
Quantidade de unidades acadêmicas e especiais de ensino realizando extensão universitária.
Número de atividades extensionistas desenvolvidas.
94
E.4. Políticas de Cultura Universitária
Diagnóstico da Situação Atual
A Universidade Federal de Uberlândia, no que se refere às culturas, busca dar visibilidade e
promover, em caráter definitivo, a execução de políticas capazes de integrar seus diferentes
setores, no intuito de viabilizar a difusão, promoção e prática das diferentes manifestações
culturais como parte integrante dos processos de formação ampliada e de convivência ética e
cidadã da comunidade universitária. Concomitantemente, associadas às políticas de extensão,
visa promover uma via de mão dupla com a comunidade externa no que diz respeito à produção
e intercâmbio de saberes e práticas culturais.
Para grande parte dos segmentos ligados à área das Culturas nas universidades públicas, estas
instituições enfrentaram até hoje a ausência de políticas claras, relacionadas com a necessidade
de fortalecer, tanto os programas de extensão, de assistência estudantil, bem como, os programas
relacionados com o incentivo à pratica de atividades culturais no contexto universitário, como
parte fundamental da formação dos estudantes.
Por estes, dentre outros motivos, as ações da UFU devem conferir uma nova centralidade às
atividades culturais, com importantes implicações nos currículos, na formação dos estudantes,
nas atividades docentes e nas ações sócio-culturais promovidas pela universidade pública,
atribuindo a essa instituição uma participação ativa na construção da coesão social, no
aprofundamento da democracia, na luta contra a exclusão social e na defesa da diversidade
cultural.
Nesse sentido, ações vêm sendo orientadas para assegurar a responsabilidade da instituição no
que diz respeito à definição de uma adequada estrutura e funcionamento das políticas de cultura
universitária. Espera-se, dessa forma, garantir os recursos financeiros para incentivar a produção
das múltiplas dimensões culturais, estimulando a formação cultural da comunidade em geral,
bem como da comunidade universitária, além de assegurar o planejamento, a dotação e o
controle orçamentário específico para a implementação das políticas de cultura da instituição.
Nestes termos, a UFU não poderia deixar também de se preocupar com a inclusão digital e, para
esse fim, promover o comprometimento da cultura como catalisador de transformações sociais
(produção, circulação, preservação e consumo de produtos culturais), ou seja, diagnosticar a
identidade cultural nos núcleos e promover transformações sociais.
95
Para tanto, dentre os produtos, programas, projetos e eventos realizados pela UFU, enquanto
ações de suas políticas culturais, destacam-se:
• “Embarque”: a finalidade é valorizar e divulgar a produção artístico-cultural local.;
• “UFUzuê”: oferece um espaço de convivência sócio-cultural dentro dos campi da UFU,
realizando apresentações de música, dança, artes cênicas, entre outras, por membros da
comunidade universitária;
• Arte na Praça: possibilita à comunidade o acesso a bens culturais, essenciais para o
exercício da cidadania, pensando a arte, a educação e o lazer como meios de inclusão
social;
• Música [Eletroacústica] no Museu: objetiva divulgar a música eletroacústica, bem como
os músicos que trabalham nessa linguagem, além de apresentar o Museu Universitário de
Arte (MUnA) como espaço multidisciplinar que abriga manifestações contemporâneas
nas diversas áreas das Arte;
• Encontro de Reflexões e Ações sobre o Ensino de Arte: evento anual que busca refletir as
questões metodológicas e conceituais relacionadas ao ensino de artes;
• Pólo UFU da Rede Arte na Escola: programa cujo objetivo é a implantação do Pólo UFU
da Rede Arte na Escola visando a formação continuada de professores de artes visuais;
• Revista Em cômodos: veículo de comunicação impresso para tratar especificadamente de
questões relacionadas à cultura;
• Intervalo: espaço de convivência sócio-cultural da comunidade universitária que
possibilita fluir suas manifestações artísticas;.
• Rede de Museus: visa valorizar e difundir os Museus e Centros de Documentação da
UFU com a prática de ações conjuntas;
• Cinema BR em Movimento: objetiva a exibição de filmes brasileiros em instituições de
ensino superior espalhadas por todo o país, com sessões seguidas de debates sobre
questões de interesse nacional;
• Clube de Cinema: programa de exibição semanal de filmes e ciclos de debates, cuja
temática muda mensalmente com a apresentação de assuntos comuns aos filmes
apresentados.
96
Síntese das Atividades de Cultura Universitária - DICULT (2005 / 2006)
Metas a serem alcançadas com cronograma de execução.
Promover a execução de políticas integrando os diferentes setores da UFU e viabilizando a
difusão, promoção e prática das diferentes manifestações culturais, como parte integrante dos
processos de formação ampliada e de convivência ética e cidadã.
Metas 2008 2009 2010 2011 2012
Meta 1 - Incentivar a produção das múltiplas
dimensões culturais.
x x x x x
Eventos Edições Público direto Público indireto Participantes/
artistas
Edições
2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005/2006
Arte na Praça 12 09 14.000 14.000 2.400.000 1.800.000 06/24 06/18 21
UFUzuê 06 09 1.150 1.750 - - 04/12 04/12 15
Cine BR 06 - 600 - - - - - 06
Clube de Cinema
- 22 - 1.540 - - - - 22
Revista Em Cômodos
01 02 2.000 4.000 200 400 04 04 03
Música Eletroacústica
06 02 120 80 - - 03/12 03/06 08
Intervalo 05 01 500 200 - - 05 01 06
Oficinas 04 06 250 450 - - 08 12 10
Diversos: eventos e apoio a projetos
11 13 3.000 5.000 - - - - 24
Coral 26 11 6.000 4.350 - - 47 45 37
Arte na Escola 11 15 28.000 29.831 56.390 17.100 - - 26
Rede de Museus
1 2 15 300 07/01 07/08 3
Embarque 2 - 100 - - - 03/04 - 2
Total 91 92 55.735 61.501 2.456.590 1.817.500 140 126 183
97
Meta 2 - Estimular a formação cultural. x x x x x
Meta 3 - Promover ações de constituição e
preservação do patrimônio cultural.
x x x x x
Meta 4 - Assegurar à comunidade a qualidade dos
serviços prestados.
x x x x x
Meta 5 - Contribuir para a formação integral da
comunidade universitária.
x x x x x
Meta 6 - Estabelecer regras para a constituição e
controle das formas de estímulo através de parcerias,
convênios, doações e outros.
x x x x x
Estratégias
Meta1
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento
cultural e profissional e possibilitar ações integrando e
sistematizando os conhecimentos adquiridos.
x x x x x
Constituir-se em agente fomentador e divulgador das
culturas locais, regionais e nacionais colaborando com
a formação da cidadania na comunidade universitária
e local.
x x x x x
Meta 2
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e tecnológicos, que constituam patrimônio
x x x x x
98
da humanidade, por meio do ensino, de publicações,
ou de outras formas de comunicação.
Apoiar e desenvolver trabalhos de pesquisa e
integração científica, visando o desenvolvimento
científico e tecnológico da criação e difusão da
cultura, e desse modo, desenvolver o entendimento
do homem e do meio em que vive.
x x x x x
Meta 3
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Conhecer, resgatar e proteger o patrimônio da UFU,
por meio de inventários, registros, vigilância,
tombamento e desapropriação e de outras formas de
preservação.
x x x x x
Apoiar e participar de ações locais, regionais e
nacionais de constituição e preservação do patrimônio
cultural.
x x x x x
Meta 4
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Estabelecer canais de comunicação e divulgação para
os programas, projetos, eventos culturais, e avaliar a
objetividade dos mesmos.
x x x x x
Viabilizar programas de atualização permanente do
corpo técnico-administrativo da instituição, a
respeito à utilização de tecnologia a serviço da
produção, difusão e fomento de ações educativo-
culturais.
x x x x x
99
Meta 5
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Constituir-se em agente fomentador e divulgador das
culturas locais, regionais e nacionais colaborando
com a formação da cidadania na comunidade
universitária e local.
x x x x x
Difundir que a promoção de culturas, além de
transmitir valores, identidades e significados é,
particularmente, geradora de expressões culturais e
compromete órgãos oficiais públicos a
desenvolverem suas políticas culturais.
x x x x x
Meta 6
Ações 2008 2009 2010 2011 2012
Incentivar e promover ações artístico-culturais em
parcerias com os órgãos de culturas municipais,
estaduais e federais.
x x x x x
Celebrar acordos de parcerias com órgãos públicos no
âmbito da transversalidade das linguagens e áreas,
incorporando as Secretarias Municipais de Cultura,
como incentivadoras e gestoras dos projetos.
x x x x x
Etapas
Dentre as ações estratégicas discriminadas que objetivam as metas a serem alcançadas, algumas
já vêm sendo implementadas ao longo dos últimos anos, outras deverão ser implantadas a partir
de 2008, resguardando-se que, até 2012, todas essas ações estejam concluídas, visto que tecem
uma sinergia e podem colimar, em grande medida, com as propostas de ampliação do
100
atendimento da universidade às demandas sociais da comunidade, fechando o circuito de
expansão de atendimento proposto pelo Plano de Expansão.
Indicadores
Número de projetos culturais demandados pela comunidade.
Número de representações sociais nas comissões e equipes de trabalho dos projetos culturais.
Número de bolsistas e estagiários nas diversas dimensões da cultura.
Número de professores de educação básica atendidos nos programas/projetos culturais.
Número de publicações/periódicos contendo artigos culturais da UFU e da comunidade.
Número de participações nos programas/projetos/palestras/oficinas/workshops de caráter
artístico-cultural.
101
F – Suporte da Pós-graduação ao desenvolvimento e aperfeiçoamento qualitativo dos
cursos de graduação
F.1 – Articulação da graduação com a pós-graduação: expansão quali-quantitativa da pós-
graduação orientada para a renovação pedagógica da educação superior.
Diagnóstico da situação atual:
A política institucional da UFU para a pesquisa e a pós-graduação se fundamenta em três
princípios: o primeiro, um desafio quantitativo, consiste em criar as condições para que os
programas de pós-graduação que possuem apenas curso(s) de mestrado implantem seu(s)
curso(s) de doutorado; o segundo, um desafio qualitativo, consiste em dotar os programas de
pós-graduação dos melhores padrões de qualidade de modo a elevar suas notas na avaliação
periódica da CAPES; o terceiro, um desafio quali-quantitativo, consiste em um esforço de
planejamento e apoio para a expansão qualificada de novos cursos por meio de suporte infra-
estrutural e orçamentário.
Em síntese, o incentivo à criação de novos cursos de mestrado e doutorado, a consolidação dos
programas de pós-graduação já existentes, a formação de redes de pesquisadores e ambientes de
pesquisa e a atenção permanente para os padrões de qualidade conformam os valores acadêmicos
de uma política que orienta as ações institucionais para este nível de ensino.
Nesse sentido, desde sua criação como Universidade, em 1978, a UFU realizou investimentos na
qualificação de seus docentes, nas parcerias internacionais e na estruturação de uma ambiência
de pesquisa capaz de promover o desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação. O resultado
foi a implantação, em meados dos anos de1980, de seus dois primeiros cursos de mestrado, na
área das engenharias (Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica), que seguida de outras
experiências na área das ciências humanas e biológicas se consolidaram e geraram um fluxo de
retro-alimentação entre ensino, pesquisa e extensão.
No que se refere à expansão quali-quantitativa da pós-graduação, ao longo dos últimos oito anos,
a pós-graduação na UFU apresentou destacado ritmo de crescimento. Neste período entre os
anos de 2000 e 2007 foram abertos 20 novos cursos (11 mestrados e 09 doutorados),
representando uma taxa de crescimento de aproximadamente 125%. Esta importante trajetória de
crescimento demonstra a tendência à diversificação dos cursos e à consolidação da pesquisa na
Instituição.
102
A partir de 2005 a UFU criou um programa especial de fomento e apoio à expansão da pós-
graduação no plano da gestão institucional dos seus recursos financeiros. Para tanto foi instituído
edital induzido com a finalidade de atender e apoiar grupos de pesquisadores da instituição com
interesse e potencial de criar novos programas e ou cursos de pós-graduação, nas modalidades de
mestrado e doutorado. Também com esta diretriz foi lançado o Edital Pró-Expansão, atualmente
na sua 3ª edição, com periodicidade anual, cujos objetivos específicos são: conhecer,
acompanhar e apoiar os projetos de novos cursos em potencial; facilitar a interação com
profissionais de outras instituições; estimular e viabilizar a criação de novos cursos dentro dos
parâmetros de qualidade da Agência CAPES do MEC. Desde a criação deste edital já foram
apoiados mais de 10 projetos.
A ampliação da oferta de cursos de pós-graduação stricto-sensu, especialmente no nível de
doutorado, testemunha o franco processo de qualificação do quadro docente que as políticas
institucionais produziram no desenvolvimento do ensino e da pesquisa, confirmando a presença
da instituição no cenário do ensino e da pesquisa nacional e internacional.
No que se refere ao suporte da pós-graduação ao desenvolvimento e aperfeiçoamento qualitativo
dos cursos de graduação, o crescimento da pós-graduação, sustentado pela crescente qualificação
dos docentes e apoiado na expansão e qualificação da pesquisa, tem consolidado um ambiente de
produção acadêmica que impulsiona a interação dinâmica entre trabalhos desenvolvidos na
graduação e na pós-graduação. Isso porque, por um lado, os mesmos professores compartilham
atividades num e noutro nível e, por outro, o fortalecimento da pesquisa e da pós-graduação
estimula, fortemente, a articulação com a graduação.
O processo de articulação da graduação com a pós-graduação, orientada para a renovação
pedagógica da educação superior, tem se dado por modalidades já consolidadas – todas mediante
orientação de professores mestres e doutores, como a participação de alunos de graduação em
projetos de pesquisa vinculados aos programas de iniciação científica com financiamento externo
das agências de fomento (PIBIC/CNPq, PIBIC/FAPEMIG); a participação de alunos da pós-
graduação nas atividades preconizadas nos Estágios Docência e nas monitorias desenvolvidas
nos cursos de graduação; a participação dos alunos da graduação e da pós-graduação em grupos
de pesquisa e nos mais importantes eventos científicos nos âmbitos local, regional, nacional e
internacional. Além disso, em termos de modalidades institucionais alternativas, a UFU tem
atendido a demanda qualificada de projetos de iniciação científica envolvendo alunos da
graduação também mediante financiamento interno, como é o caso do PEP/UFU – Programa
Especial de Pesquisa para jovens doutores, com duração de 02 anos e também sob orientação de
103
professores mestres ou doutores, que subsidia a pesquisa por meio do fornecimento de material
permanente (especialmente equipamentos de informática) e de material de consumo.
Os resultados das pesquisas em desenvolvimento ou desenvolvidas nos âmbitos destes
programas são socializados, anualmente, com a comunidade acadêmica interna e externa à UFU
por meio do Seminário de Iniciação Científica da UFU e divulgados na revista eletrônica
Horizonte Científico – canais importantes de relacionamento entre a graduação e a pós-
graduação.
A articulação da pós-graduação com a graduação representa, assim, um importante e permanente
desafio de aperfeiçoamento quali-quantitivo que deve continuar envolvendo processos de
consolidação, expansão e suporte, de modo a propiciar novos horizontes de desenvolvimento
científico, de construção da sociabilidade e da formação profissional.
Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:
Metas 2008 2009 2010 2011 1012
Meta 1 - Apreciar doze projetos de cursos de pós-
graduação para submissão à avaliação da CAPES,
no APCN CAPES (Aplicativo de Cursos Novos),
sendo 08 cursos de mestrado e 04 de doutorado, a
partir de 2008.
x
x
x
Meta 2 - Caso aprovados pela CAPES, iniciar e
consolidar os 12 novos cursos de pós-graduação.
x
x
x
x
Meta 3 - Instituir, por meio do Plano Institucional
de Infra-Estrutura de Pesquisa - CT-Infra,
Comissão de membros indicados pelo Conselho
Universitário e nomeados pelo Reitor, sob a
presidência do Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-
graduação, para definir, elaborar e acompanhar a
execução de projetos estratégicos de investimento
em infra-estrutura de pesquisa da instituição.
x
x
x
104
Meta 4 - Expandir o Programa Especial de
Pesquisa/PEP para jovens doutores da instituição.
x x x x x
Meta 5 - Ampliar dotações orçamentárias para
modernização da infra-estrutura dos programas de
pós-graduação relativa ao aparelhamento,
funcionamento e manutenção dos seus laboratórios
e núcleos de pesquisa.
x
x
x
x
x
Meta 6 - Apoiar a troca de experiências entre os
programas de pós-graduação internos e externos à
UFU com vistas a uma avaliação crítica
independente e ao desenvolvimento de pesquisas
interinstitucionais e intra-institucionais.
x
x
x
x
x
Estratégias para alcançar as metas:
Consolidar os programas de pós-graduação já existentes por meio da crescente qualificação dos
respectivos cursos de mestrado e/ou doutorado;
Apoiar a abertura de novos programas de pós-graduação, bem como a criação de cursos de
doutorado nos programas que hoje ofertam o nível de mestrado.
Otimizar investimentos na infra-estrutura de apoio à pesquisa relacionada ao ensino e à extensão
de modo a responder com agilidade as demandas de consolidação e expansão da pesquisa e da
pós-graduação;
Realizar gestão junto às agências de fomento (CNPq e FAPEMIG) para a ampliação de
programas e bolsas de apoio à pesquisa para professores e alunos;
Estimular maior alocação de investimentos internos (recursos UFU) para a ampliação de
programas e bolsas institucionais de apoio à pesquisa para professores e alunos;
Consolidar os grupos intra-institucionais e redes interinstitucionais de pesquisa já existentes para
proporcionar maior envolvimento dos alunos da graduação e da pós-graduação;
Incentivar a criação de grupos intra-institucionais e redes interinstitucionais de pesquisa
multidisciplinares para proporcionar maior mobilidade dos alunos da graduação e da pós-
graduação;
105
Implantar bolsas institucionais com o objetivo específico de financiar a permanência dos pós-
graduandos na UFU;
Aprimorar as experiências de Estágio Docência e de monitoria dos pós-graduandos na graduação
com vistas ao preparo didático-pedagógico dos pós-graduandos e à sólida formação na
graduação;
Apoiar o desenvolvimento de novas técnicas e metodologias de ensino com vistas à renovação
didático-pedagógica nos cursos de pós-graduação e de graduação.
Etapas:
As metas têm caráter mais pontual, como indica o cronograma de execução, e as estratégias,
entendidas como encaminhamentos de caráter político-acadêmico mais amplo, foram formuladas
em termos de fluxo contínuo. Entretanto, as ações deverão ser implantadas a partir de 2008, com
balanços periódicos bianuais (2009, 2011) para identificar limites e desvios, bem como para re-
alinhar prioridades e estratégias. Ao final dos cinco anos (2012) propõe-se como desejável uma
ampla avaliação do processo pela comunidade acadêmica, por meio da análise de dados
qualitativos e quantitativos obtidos junto aos programas de pós-graduação da UFU. Assim, têm-
se as seguintes etapas: 2008: início das ações; 2009: balanço parcial; 2011: balanço parcial;
1012: avaliação final – limites, possibilidades e encaminhamentos futuros.
Indicadores:
Produção de relatórios anuais pelos programas de pós-graduação, com realizações e dispêndios,
e descrição objetiva de público alvo e metas cumpridas.
Quanto ao grau de satisfação, devem ser aplicados questionários entre os participantes para
avaliações periódicas do processo, incluindo a avaliação final.
As propostas e os projetos devem atender entre 80% e 100% dos programas de pós-graduação e
produzir material de divulgação dos resultados com o objetivo de constituir uma memória
institucional e permitir aprendizado via melhores práticas.
106
3 – Plano Geral de Implação da Proposta
Reordenação da Gestão Acadêmica
Em resposta ao planejamento estratégico da instituição e ainda considerando que a proposta de
expansão apresentada pela UFU prevê um conjunto de modificações a serem gradativamente
implantadas no período programado, importantes reordenações da gestão acadêmica estarão
contempladas.
1. Reordenação da organização e funcionamento dos Conselhos Superiores: a oferta dos
novos cursos de graduação exigirá, por certo, a criação de novas secretarias de administração e a
instalação de novos colegiados de curso. As ampliações na estrutura acadêmica e administrativa,
por sua vez, produzirão efeitos sobre os Conselhos Superiores tanto no que se refere à sua
organização interna como em seu funcionamento.
2. Constituição da Secretaria Geral da Pós-Graduação: a oferta dos novos cursos e
programas de pós-graduação, a se expressar no crescimento da pós-graduação e na crescente
inserção nacional e internacional que a UFU já vem registrando nos últimos anos, associada à
articulação com a graduação, demandará medidas promotoras de celeridade para os processos de
gestão acadêmica e administrativa, com destaque para a consolidação da constituição de
secretaria geral de apoio às ações acadêmicas e administrativas, que já se encontra em análise
nos conselhos competentes.
3. Articulação inter-Unidades Acadêmicas: a expansão projetada tanto da graduação quanto da
pós-graduação, o aprofundamento da interação entre os níveis de graduação e pós-graduação, a
adequações nos projetos pedagógicos ou curriculares, bem como as novas metodologias de
ensino compõem um conjunto de mudanças que estimulará a definição de um perfil
interdisciplinar sustentado nos potenciais benefícios de uma organização em rede de
pesquisadores e educadores nos planos interno, nacional e internacional. Condição que exigirá,
por um lado, um suporte operacional e de infra-estrutura capaz de viabilizar novas e variadas
atividades de interação física e virtual, tanto no espaço da instituição quanto fora desta, e, por
outro, a elaboração de normas e procedimentos que permitam a promoção da interação sistêmica
entre as diversas áreas de conhecimento, basilares para o fomento dos objetivos e desafios da
ciência moderna.
107
4. Consolidação da nova ambiência institucional: a perspectiva de sedimentação de uma nova
cultura em processo de construção na UFU, seja nos aspectos didáticos, acadêmicos ou
administrativos, aprofundará o desafio da promoção, pela direção superior da universidade, de
estudos e avaliações já em processo acerca de um ambiente institucional propício ao
enfrentamento de novos paradigmas em prol do desenvolvimento educacional, econômico e
social.
5. Mudanças na administração central: considerando que o projeto de expansão aqui projetado
enseja certo grau de concentração no tempo, envolvendo criação de cursos novos, modificações
nos cursos já existentes, avanços na forma de interação entre a graduação e a pós-graduação,
mudanças no aparelhamento administrativo e nas próprias instâncias de representação devemos,
com certeza, estar preparados também para as mudanças que se farão necessárias na
administração central.
6. Adequações dos processos e rotinas técnico-administrativas: o avanço qualitativo e
quantitativo do projeto de reestruturação e expansão da UFU, que não se circunscreve a um
simples arranjo de funções, exigirá ampliação dos recursos de pessoal seja para o exercício das
novas tarefas, seja para sistematizar e gerenciar os novos procedimentos, inclusive de avaliação
sistêmica, implicará em avanços nos processos de informatização dos processos técnico-
administrativos e nas rotinas de trabalho, complementados com a introdução de mecanismos
gerenciais e novos aparatos de gestão. Tal esforço exigirá o envolvimento e a qualificação de
pessoal técnico administrativo com vistas aos novos procedimentos de apoio ou de atividades
meio.
7. Alterações na distribuição de funções gratificadas: o crescimento quantitativo em curto
espaço de tempo exigirá o aparelhamento das instâncias de administração e acompanhamento,
com ampliação de pessoal e infra-estrutura que possa responder com eficiência e qualidade às
novas demandas, implicando considerar novas conformações no número de FG1, para
coordenadores de cursos, e FG7 para secretárias das respectivas coordenações, obviamente
relacionadas à experiência já acumulada na universidade, à provisão planejada de novos
recursos, acompanhada da revisão estatutária e regimental, prevista no item B1.
Formação docente para a proposta.
Uma expansão de qualidade implica a qualificação permanente do corpo docente em
conformidade com as concepções acerca do próprio ato de ensinar e aprender. Na UFU, o ato de
108
ensinar e aprender é compreendido como um processo interdependente e dinâmico que se realiza
na e pela relação do estudante com o saber, mediada pela ação do professor, sendo este processo
no nível universitário necessariamente articulado com a pesquisa e a extensão. Recomenda,
portanto, a adoção de metodologias que, fundadas na interação professor-aluno, favoreçam o
diálogo, o questionamento, a criatividade e a autonomia intelectual enquanto possibilitam a
compreensão do conhecimento como um bem público e em permanente elaboração. A
preocupação com uma sólida formação teórica permanece como um dos princípios que guiam a
prática pedagógica para a apresentação dos conteúdos de forma contextualizada e crítica. Assim
a adoção de metodologias que não se restrinjam à simples transmissão de conhecimentos e
saberes, realizadas em aulas expositivas, demonstrativas ou pretensamente completas são
consideradas necessárias para condução de uma aprendizagem significativa.
No contexto universitário observamos constantemente estudantes desmotivados com seus cursos,
reivindicando aulas mais significativas e prazerosas, professores insatisfeitos com discente,
ansiosos por melhores resultados. Coerentes com os princípios de formação de professores
definidos pela UFU, pautados nas expectativas dos estudantes, dos docentes, dos coordenadores
de cursos e diretores de Institutos e Faculdades quanto a processos e resultados mais
significativos e prazerosos de aprendizagem, partimos do pressuposto não de uma formação
pedagógica para atuar no magistério superior, ou “ensinar” os professores a ministrar suas aulas,
mas criar espaços para aprendizagens em diálogo com a experiência e a história de vida de cada
professor.
Atenta a esse pressuposto, a Pró-Reitoria de Graduação/PROGRAD criou, em 2007, o NAPP –
Núcleo de Apoio Pedagógico ao Professor. Iniciativa advinda da necessidade de criar um Núcleo
com a finalidade de produzir reflexões sobre a docência universitária, explicitar descobertas e
experiências significativas, estimular um processo permanente de exercício crítico da prática
docente no ensino superior e reavivar a prática pedagógica.
Ainda que em condições não adequadas de funcionamento, o NAPP vem desenvolvendo
importantes momentos de formação e capacitação pedagógica dos docentes da UFU, em especial
aos professores ingressantes, efetivos e substitutos. Além disso, o NAPP tem procurado dar
suporte e orientação pedagógica àqueles docentes que apresentam maiores dificuldades no
trabalho didático-pedagógico.
A despeito destas limitações e da condição ainda embrionária do NAPP, este núcleo deverá se
consolidar como central na UFU em termos de formação docente. Para tanto, serão necessárias
estratégias que possibilitem: o planejamento conjunto entre o NAPP, a Faculdade de Educação, o
Instituto de Psicologia e outras Unidades Acadêmicas que se articulam com o campo da
109
capacitação pedagógica a ser desenvolvida sob a coordenação e orientação do próprio NAPP; a
aquisição de equipamentos e a viabilização de um espaço físico próprio para garantir o adequado
funcionamento do NAPP; a realização de concursos públicos para docentes que, dentre as
atividades regulares na UFU, possam desenvolver atividades de capacitação pedagógica no
NAPP; o desenvolvimento de cursos de formação para uso e domínio das tecnologias de
comunicação e informação aplicadas ao ensino; a produção e disponibilidade de novos
conteúdos de conhecimento, sistemas de referência e produtos didáticos; a realização de cursos
de formação de autores e tutores em EaD; o desenvolvimento de cursos de formação pedagógica
para professores de ensino superior, abrangendo temas sobre políticas de educação superior,
metodologias de ensino, planejamento, avaliação da aprendizagem, relação professor-aluno.
Cabe destacar, ainda, que a UFU vem desenvolvendo uma política sistemática de apoio à
qualificação de seus professores nos termos da própria política nacional. Esta política
institucional se traduz no apoio institucional para capacitação docente, por meio da concessão de
afastamentos para cursar o doutorado e o pós-doutorado. Como resultado dessa política esta
Universidade já possui 66% do seu quadro de docentes efetivos no ensino superior com
formação em nível de doutorado, o que tem possibilitado o incremento da pesquisa e da pós-
graduação na Instituição, incremento esse que impacta diretamente na melhoria do ensino de
graduação. As áreas que ainda não contam com professores doutores são aquelas em que a
tradição acadêmica é recente e dotadas de poucos cursos de doutorado no país.
Além disso, a UFU dará continuidade à sua política de qualificação do corpo docente de modo a
melhorar os índices de capacitação acadêmica. Para tanto, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-
Graduação e a Comissão Permanente de Pessoal Docente acompanhará junto às Unidades
Acadêmicas a viabilização de condições para concessão de afastamentos com a finalidade de
elevar a qualificação do corpo docente.
Coerentes com as necessidades e metas apresentadas nos itens C2 e C3, reafirmamos a urgência
de assegurar um indispensável acompanhamento e apoio didático-pedagógico desenvolvido na
universidade, de modo que, por um lado, os índices de evasão e repetência diminuam e, por
outro, os níveis de aprendizagem se aprofundem.
Programação da transição entre modelos
Não há transição entre modelos.
110
Plano de Contratação de pessoal docente e técnico administrativo.
A contratação ocorrerá em sincronia com o cronograma de implantação dos cursos propostos,
prevendo-se uma evolução no quadro para o ingresso de novos docentes e técnicos
administrativos de modo a garantir o desenvolvimento de tarefas e funções preparatórias, bem
como um período de ambientação e/ou de treinamento de pessoal. Vale mencionar que os
recursos materiais e humanos previstos neste Plano atenderão não apenas a expansão da UFU,
mas também a melhoria das atividades existentes.
No processo de seleção de docentes será exigida uma qualificação mínima conforme a
especificidade do curso. O regime de contratação será o Regime Jurídico Único – RJU,
estabelecido pela Lei no. 8.112/90. Conforme os princípios e fundamentos definidos neste Plano
é definido o regime de trabalho de 40 horas dedicação exclusiva. O processo de seleção será feito
por concurso público de provas e títulos, valorizando-se titulação, experiência profissional e
didática e produção acadêmica, conforme normas internas aprovadas na Instituição.
A classificação do docente aprovado e contratado acompanhará o disposto no Decreto no.
94.664/1987, que criou o PUCRCE - Plano Único de Retribuição de Cargos e Empregos.
Quanto ao técnico administrativo, selecionado via concurso público, será observado o Plano de
Carreira instituído pela Lei no. 11.091/2005, para os níveis intermediário e superior.
Apresentamos a seguir a demanda de contratações de 340 (trezentos e quarenta) docentes e 232
(duzentos e trinta e dois) técnicos administrativos, assim distribuídos ao longo do Plano de
Expansão:
PESSOAL 2008 2009 2010 2011 2012 TOTAL
Docentes DE
40 117 205 288 340 340
Nível
Intermediário 40 98 147 178 184 184 Técnicos
Administrativos Nível Superior 20 37 46 48 48 48
232
111
Plano Diretor de infra-estrutura física
Para a consecução das metas apresentadas neste Plano de expansão será necessária a ampliação e
modernização da infra-estrutura física da UFU.
Além deste aspecto, o Plano de expansão, diante do atual índice de ocupação dos Campi da UFU
na cidade de Uberlândia/MG, prevê a instituição de novo Campus, a ser implantado na Fazenda
Experimental do Glória, situada a aproximadamente 10 km do centro da cidade. O Plano Diretor
para as novas edificações, em elaboração por Comissão especialmente designada, deverá incluir
novas estimativas de áreas e custos e após análise e aprovação pelos Conselhos Superiores da
Instituição, será encaminhado para aprovação do Ministério da Educação.
A instalação do Campus do Glória exigirá, contudo, vultosos investimentos em infra-estrutura
básica – sistemas de água e esgotamento sanitário, eletrificação e urbanização, além da
edificação de salas de aula, laboratórios, biblioteca, centro de convivência, anfiteatros,
restaurante e espaços para administração acadêmica e gerencial do novo Campus.
Ademais, a proposta de criação de cursos na área das Ciências Agrárias e Engenharia corrobora a
instalação deste novo campus. Com esta perspectiva, cursos destas áreas do conhecimento
deverão migrar para este novo espaço acadêmico; ao mesmo tempo que tornam disponíveis áreas
atualmente ocupadas para novos cursos e expansão de cursos em turnos novos.
Nos campi Santa Mônica, Umuarama e Educação Física, serão edificados prédios para uso de
professores e alunos, com espaços pedagógicos de salas de aula, novos laboratórios, ambientes
especiais de ensino, salas de professores, salas de reuniões e espaços para administração e/ou
apoio técnico.
Vale ressaltar, porém, que a previsão de construção civil, bem como os valores de investimento
demonstrados abaixo se apresentam ainda como bastante preliminares, devendo a Instituição
desenvolver os diferentes projetos (arquitetônico, elétrico, hidráulico, urbanístico etc.), conforme
as necessidades acadêmicas e administrativas da planejada expansão e de acordo com as normas
da ABNT, incluindo os itens de acessibilidade.
Para todos os Campi prevê-se ainda a execução de um plano global de reordenação dos espaços
para estacionamentos e trânsito de veículos, humanização, além do planejamento de melhorias
ou ampliações nas edificações já existentes.
112
Obras a serem edificadas:
1. CAMPUS SANTA MONICA:
1 Salas de aula/ Anfiteatros 6.028,00 m2 x 1.200,00/m2 7.233.600,00
2 Laboratórios 4.230,00 m2x 1.300,00/m2 5.499.000,00
3 Administração/Salas Professores 2.500,00 m2 x 1.200,00/m2 3.000.000,00
4 Música /Teatro 600,00 m2 x 1.200,00/m2 720.000,00
2. CAMPUS UMUARAMA
1 Salas de Aula/Anfiteatros 2.250,00 m2 x 1.200,00 2.700.000,00
2 Laboratórios 1.400,00 m2 x 1.300,00/m2 1.820.000,00
3 Administração/Salas Professores 600,00 m2 x 1.200,00 720.000,00
3. CAMPUS DO GLÓRIA
1 Salas de Aula / Anfiteatros 2.100,00m2 x 1.200,00/m2 2.520.000,00
2 Laboratórios 2.500,00m2 x 1.300,00/m2 3.250.000,00
3 Administração/Salas de Professores 1.300,00m2 x 1.200,00/m2 1.560.000,00
4 Restaurante Universitário 500,00m2 x 1 300,00/m2 650.000,00
5 Biblioteca 600,00 m2 x 1.200,00/m2 720.000,00
4. CAMPUS EDUCAÇÃO FISICA
1 Salas de Aula/Anfiteatro 650m2 x 1.200,00/m2 780.000,00
2 Laboratórios 500,00m2 x 1.300,00/m2 650.000,00
3 Administração/Salas de Professores 200,00m2 x 1200,00/m2 240.000,00
TOTAL DE EDIFICAÇÕES R$ 32.062.600,00
Trinta e dois milhões sessenta e dois mil e seiscentos reais
113
5. INFRA-ESTRUTURA
INFRAESTRUTURA CAMPUS DO GLORIA
42.000,00 m2 x 120,00/m2
R$ 5.040.000,00
REFORMAS/ADAPTAÇOES NOS CAMPI R$ 1.500.000,00
TOTAL GERAL A SER CONSTRUÍDO R$ 38.602.600,00
Trinta e oito milhões seiscentos e dois mil e seiscentos reais
Em relação aos valores aproximativos equivalentes de m2 edificados torna-se necessários
apresentar os seguintes fundamentos:
Justificativas dos preços por metro quadrado adotados para obras em Uberlândia/MG - UFU:
O preço do SINAPI em Minas Gerais, em novembro/07 é de R$ 635,00/m2. Como o próprio
SINAPI esclarece, este preço não inclui os seguintes custos:
• Fundações especiais
• Elevadores e Plataformas
• Instalações especiais p/ gases, ar condicionado e informática
• Instalações especiais p/ Laboratórios
• Instalações especiais p/ Anfiteatros
• Lucro da construtora Empreiteira
• Impostos sobre a nota fiscal: PIS, COFINS, ISS, INSS, CSLL, IMPOSTO DE
RENDA.
• Despesas Indiretas de Administração de Obra
114
Licitações realizadas recentemente pela UFU (novembro/07), apontam os seguintes valores dos
vencedores das concorrências:
• Bloco Salas de Aula/Laboratórios UFU/ Ituiutaba/MG = R$7.585.000,00/6262 m2 =
R$1.211,00/m2
• Obra hospitalar UTI/ Hospital de Clinicas/ UFU/ Uberlândia = R$3.572.000,00/1.654m2
= R$ 2.159,00/m2
• Bloco Salas de Aula/Anfiteatros em Uberlândia = R$ 6.142.000,00/6.028 m2 =
R$1.019,00/m2.
115
4 - Cronograma Geral de Implantação e Execução
O Plano de Expansão da UFU para o período 2008-2012 prevê a ampliação de 1.350 vagas/ano
de ingresso nos cursos de graduação e 857 matrículas na Pós-Graduação. Da expansão de vagas
na graduação, 310 serão ofertadas no período noturno, perfazendo 22,9% do total de novas
vagas. Como foi descrito, a UFU expandiu significativamente a oferta de vagas no noturno entre
2006 e 2007, passando, nesse período, de 480 para 920 vagas anuais.
A expansão planejada requer que o programa de contratação de pessoal e de investimentos seja
obedecido, assegurando o alcance das metas estabelecidas.
A ampliação do corpo docente, 40 horas dedicação exclusiva, e de técnico-administrativos,
níveis intermediário e superior, foi planejada de acordo com a expansão de vagas discentes e
cursos, ano a ano. Para a execução do projeto, é fundamental que o planejamento de contratação
de pessoal seja rigorosamente cumprido. Também é imprescindível que a contratação do corpo
docente preceda o aumento de vagas a cada ano.
PESSOAL 2008 2009 2010 2011 2012 TOTAL
Docentes DE 40 117 205 288 340 340
Nível
Intermediário 40 98 147 178 184 184 Técnicos
Administrativos Nível Superior 20 37 46 48 48 48
232
Os investimentos de edificações, infra-estrutura e equipamentos, detalhados em cada campi da
UFU, também estão articulados com a expansão de vagas ao longo dos quatro anos.
Investimentos 2008 2009 2010 2011 Total
Edificações 3.987.719,92 12.000.000,08 10.000.000,00 7.574.880,00 33.562.600,00
Infra-estrutura 1.500.000,00 2.000.000,00 1.100.000,00 440.000,00 5.040.000,00
Equipamentos 800.000,00 1.500.000,00 1.500.000,00 1.134.892,32 4.934.892,32
116
O Plano de expansão da UFU, edificado sobre critérios de qualidade, tais como a articulação do
ensino, pesquisa e extensão, a democratização do ensino superior alcançada com políticas de
inclusão e permanência e o aprimoramento da gestão de pessoal e infra-estrutura, apresenta-se
com inúmeras ações nas diversas dimensões que convergem para assegurar uma formação sólida
e competente na universidade.
No que se refere à dimensão acadêmica, o plano prevê a atualização do Estatuto e Regimento
Geral visando à reestruturação acadêmica e administrativa, conveniente para a racionalização
organizacional e o aprimoramento da articulação entre as Unidades Acadêmicas com a
confluência de ações institucionais relativas às atividades-fins e aos processos de gestão
administrativa. A continuidade da revisão dos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Graduação e
a avaliação de todos ao longo do período 2008-2012, vem acompanhado com várias ações
vinculadas à renovação pedagógica.
A mobilidade estudantil configura-se como um importante ingrediente na formação com
qualidade e nesse aspecto, os avanços substanciais que a UFU já empreendeu, serão mantidos,
visando possibilitar a uma maior número de estudantes esse valioso instrumento.
A UFU tem no compromisso social com uma universidade pública, gratuita e de qualidade seu
norte. Nesse compromisso, um passo importante foi dado recentemente (dezembro de 2007),
com a aprovação das cotas sociais pelo Conselho Universitário. Importante para a execução e
sucesso desse Plano de expansão, as cotas sociais estão focalizadas como meta no que diz
respeito à sua implantação.
Dimensão de extensão, assuntos estudantis e culturas igualmente desempenha um papel de
destaque no exercício de uma universidade pública, gratuita e de qualidade. Neste Plano de
expansão, essa dimensão vem dar continuidade a várias ações, aprimorando-as e intensificando-
as, bem como propondo avanços.
O alcance das metas relacionadas aos principais indicadores revelam o compromisso assumido
pela UFU com a expansão qualificada de vagas na educação superior.
117
5 - Orçamento Parcial e Global
O planejamento, execução e acompanhamento das ações acadêmicas e administrativas
concernentes a este Plano de Expansão da UFU 2008-2012 envolve sua preparação, implantação
gradativa e consolidação em todas as suas diferentes dimensões. Para tanto, encontra-se
intimamente associado a um conjunto de orçamentos –parcial e global- em que ficam
evidenciados os principais itens de dispêndio e respectivos valores monetários necessários á sua
consecução, alocados anualmente e de forma progressiva a medida que se concretiza o próprio
conjunto de ações, estratégias e metas expressas neste Plano, expressos pelos indicadores e
consecução das metas orientadoras.
No ponto de vista dos recursos destinados a investimentos, também designados como despesas
de capital, o orçamento está composto por dispêndios com edificações, infra-estrutura e
equipamentos. No que se refere aos recursos de custeio –despesas correntes, sua composição
envolve os seguintes itens:
• Pessoal: Professor Equivalente: número de professores a serem contratados e valor anual;
• Pessoal: Servidores de Nível Superior: número de servidores a serem contratados e valor
anual;
• Pessoal: Servidores de Nível Intermediário: número de servidores a serem contratados e
valor anual;
• Bolsas de Assistência Estudantil: número de bolsas e valor anual;
• Custeio geral: traduzido em unidades básicas de custeio e valor anual, que será
devidamente detalhado e alocado segundo as necessidades postas pelo Plano de
Expansão.
Desta forma, os recursos necessários a consecução do proposto neste Plano podem ser
evidenciados através dos quadros abaixo, em que se apresentam os montantes anual e total para o
período 2008-2012 para os dispêndios em capital e custeio.
118
QUADRO 1. ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO POR ANO E TOTAL (2008-2011)
Investimentos 2008 2009 2010 2011 Total
Edificações 3.987.719,92 12.000.000,08 10.000.000,00 7.574.880,00 33.562.600,00
Infra-estrutura 1.500.000,00 2.000.000,00 1.100.000,00 440.000,00 5.040.000,00
Equipamentos 800.000,00 1.500.000,00 1.500.000,00 1.134.892,32 4.934.892,32
Obs. A distribuição dos dispêndios com edificações e infra-estrutura constam do item 3, Plano
diretor de infra-estrutura física.
QUADRO 2. ORÇAMENTO DE CUSTEIO POR ANO E TOTAL (2008-2012)
(em mil reais)
Orçamento 2008 2009 2010 2011 2012 Total
Professores Equivalentes 2.219,6 2.492,3 11.375,5 15.981,1 18.866,6 54.935,1
TAs. Superior 379,7 702,4 873,2 911,2 911,2 3.777,5
TAs. Intermediário 636,2 1.558,8 2.338,1 2.831,2 2.926,6 10.290,9
Bolsas Assistência
Estudantil
90 450 1.260 2.100 3.600 7.500
Custeio 832,0 9.986,7 10.158,3 17.676,5 28.255,1 61.909,5
A distribuição anual e cumulativa dos servidores a serem contratados encontra-se prevista da
seguinte forma:
119
QUADRO 3. DISTRIBUIÇÃO DAS CONTRATAÇÕES DE PESSOAL (2008-2012)
PESSOAL 2008 2009 2010 2011 2012 TOTAL
Docentes DE
40 117 205 288 340 340
Nível
Intermediário 40 98 147 178 184 184 Técnicos
Administrativos Nível Superior 20 37 46 48 48 48
232
Por sua vez, o número de bolsas destinadas à assistência estudantil corresponderão, ao final do
Plano, a aproximadamente 20% dos alunos beneficiados.
120
6 - Plano de Acompanhamento e Avaliação da Proposta
O acompanhamento da implantação do Plano e sua avaliação serão feitos de modo sistêmico,
possibilitando uma visão orgânica do processo pela participação de todas as Pró-Reitorias,
Unidades Acadêmicas e Conselhos Superiores da Administração Central.
Nos âmbitos das competências que lhes confere o Estatuto e Regimento Geral, cada uma dessas
instâncias desenvolverá parcela significativa de tarefas e funções de modo a garantir a circulação
de informações sobre procedimentos e ações desenvolvidos.
A Pró-Reitoria de Graduação – PROGRAD terá por atribuições:
• Coordenar o processo de elaboração de Projetos Pedagógicos até a sua aprovação final
nos Conselhos Superiores.
• Coordenar o processo sistemático de avaliação dos Projetos Pedagógicos
• Acompanhar o processo de avaliação externa de avaliação das condições de oferta dos
cursos.
• Coordenar os programas de formação docente.
• Coordenar os programas e projetos especiais de ensino, bem como o processo de
destinação de bolsas acadêmicas a eles relacionadas.
• Coordenar o processo de implantação das normas de estágio supervisionado.
• Coordenar o processo de implantação do Núcleo de Educação a Distância.
• Coordenar os processos seletivos de ingresso para preenchimento de vagas iniciais e
ociosas.
• Coordenar o processo de implantação das novas Normas de Graduação.
• Acompanhar os registros sobre taxas de evasão, reprovação, abandonos e jubilamentos.
• Acompanhar os registros de taxas de conclusão geral e de cada curso.
• Acompanhar o processo de seleção e contratação de professores e de técnicos
administrativos.
• Participar da elaboração do Plano Diretor de edificações, ampliações e melhorias na
infra-estrutura.
• Acompanhar o desenvolvimento das ações de outras Pró-Reitorias
121
A Pró-Reitoria Pesquisa e Pós-Graduação – PROPP terá por incumbência:
• Coordenar e acompanhar o processo de crescimento quali-quantitativo da pós-graduação.
• Coordenar os programas de fomento a pesquisa e qualificação docente.
• Coordenar os programas de iniciação científica destinados aos alunos de graduação e os
programas de formação para docência, destinados aos alunos da pós-graduação, bem
como o processo de destinação de bolsas acadêmicas a eles relacionadas.
• Articular programas e projetos de desenvolvimento da docência universitária com as
ações da PROGRAD.
• Coordenar o processo de implantação da Secretaria Geral da Pós-Graduação.
• Acompanhar os registros de produção de dissertações e teses, os registros de produção
científica dos docentes e discentes.
• Acompanhar o processo sistemático de avaliação interna e externa dos programas de pós-
graduação.
• Acompanhar o processo de seleção e contratação de professores e de técnicos
administrativos.
• Participar da elaboração do Plano Diretor de edificações, ampliações e melhorias na
infra-estrutura.
• Acompanhar o desenvolvimento das ações de outras Pró-Reitorias
A Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis- PROEX terá por atribuições:
• Coordenar os programas e projetos especiais de assistência estudantil, bem como o
processo de destinação de bolsas a eles relacionadas.
• Coordenar os programas e projetos especiais de extensão, bem como o processo de
destinação de bolsas a eles relacionadas.
• Coordenar os programas e projetos especiais de culturas, bem como o processo de
destinação de bolsas a eles relacionadas.
• Acompanhar o processo de seleção e contratação de professores e de técnicos
administrativos.
• Participar da elaboração do Plano Diretor de edificações, ampliações e melhorias na
infra-estrutura.
122
• Acompanhar o desenvolvimento das ações de outras Pró-Reitorias
A Pró-Reitoria de Recursos Humanos – PROREH - deverá:
• Coordenar o processo de contratação de pessoal docente e técnico-administrativo, em
observância ao cronograma estabelecido neste Plano.
• Coordenar o processo de distribuição de servidores e de funções gratificadas
• Coordenar os programas e projetos especiais de ambientação e capacitação dos servidores
técnicos administrativos.
• Participar da elaboração do Plano Diretor de edificações, ampliações e melhorias na
infra-estrutura.
• Acompanhar o desenvolvimento das ações de outras Pró-Reitorias
A Pró-Reitoria de Administração e Planejamento – PROPLAD ficará encarregada de:
• Coordenar a execução do Plano.
• Acompanhar a distribuição dos recursos orçamentários adicionais previstos no Plano.
• Coordenar o processo de alocação orçamentária nos diversos centros de custo envolvidos.
• Coordenar o processo de execução orçamentária.
• Coordenar o processo de registro informatizado de dados em todos os âmbitos de
execução do Plano.
• Participar da elaboração do Plano Diretor de edificações, ampliações e melhorias na
infra-estrutura.
• Acompanhar o desenvolvimento das ações de outras Pró-Reitorias
A Prefeitura Universitária - PREFE terá por incumbência:
• Coordenar o processo de elaboração do Plano Diretor de edificações, ampliações e
melhorias na infra-estrutura.
• Coordenar a execução de obras físicas previstas neste Plano de expansão.
• Acompanhar o desenvolvimento das ações de outras Pró-Reitorias
As Unidades Acadêmicas e suas coordenações de curso deverão:
• Elaborar os Projetos Pedagógicos dos cursos propostos, seguindo as macro-
orientações institucionais para a definição de currículos.
123
• Fomentar a participação de docentes em cursos de formação continuada para a
docência universitária.
• Garantir o funcionamento noturno dos setores necessários ao bom funcionamento dos
cursos noturnos.
• Promover concursos para seleção dos novos docentes a serem integrados no quadro
de professores da Instituição.
• Fomentar a formação de equipes didáticas para o acompanhamento do processo de
ensino-aprendizagem.
• Participar da elaboração do Plano Diretor de edificações, ampliações e melhorias na
infra-estrutura.
• Acompanhar o desenvolvimento das ações das Pró-Reitorias.
O acompanhamento da implantação do Plano, bem como sua avaliação serão desenvolvidos
sistematicamente ao longo de todo o processo. Reuniões mensais serão promovidas para
possibilitar a socialização de realizações, o conhecimento de problemas pontuais ou gerais e
encaminhamentos de soluções.
124
7 - Plano de Acompanhamento de Indicadores de Qualidade
O Plano de Expansão da UFU, a partir dos princípios, diretrizes, metas, estratégias e indicadores
propostos implica o acompanhamento sistemático por meio de diferentes canais e instrumentos
de avaliação.
A UFU já desenvolve um sistema de avaliação com a participação discente em que são
considerados os seguintes indicadores: apresentação do conteúdo programático e definição dos
critérios de avaliação; domínio do conteúdo programático; seqüência na abordagem do conteúdo
programático; clareza na exposição dos assuntos; assiduidade; pontualidade; divulgação dos
resultados das avaliações dentro do prazo estipulado; cumprimento do horário de atendimento ao
aluno; qualidade do atendimento ao aluno; coerência entre o ensinado e o exigido nas avaliações.
Para tanto, ao final do semestre, é utilizado um questionário aplicado em cada curso que
possibilita aos Colegiados de Curso, aos professores e aos próprios alunos uma importante
avaliação dos processos pedagógicos desenvolvidos na Instituição. Como se depreende, por meio
desse instrumento é possível alcançar a participação da totalidade dos alunos regularmente
matriculados em cada curso e em cada disciplina.
O passo seguinte a ser dado é o de aprimorar esse processo de avaliação, de modo que, por um
lado, se consiga ampliar cada vez mais a participação discente nesse processo e, por outro, se
viabilize sua informatização.
Nesse sentido, nos dois primeiros anos de implantação do plano será realizada uma revisão do
instrumento utilizado, inclusive dos indicadores acima mencionados, e desenvolvido um
programa que possibilite que a avaliação discente possa ser realizada pelo aluno por meio da
internet, on line, seja ao final do semestre ou no momento de renovação da matrícula.
A UFU objetivando o acompanhamento e avaliação institucional implantou no ano de 2006 a
Comissão Permanente de Avaliação (CAP), responsável pela coordenação dos processos
avaliativos orientados pelos princípios e diretrizes estabelecidos no Sistema Nacional de
Avaliação do Ensino Superior (SINAES). Por meio do trabalho desenvolvido pela CAP a UFU
tem conseguido levantar importantes dados que possibilitam realizar uma radiografia da vida
acadêmica e da realidade institucional em suas várias dimensões. Diante disso, no
acompanhamento da qualidade no presente Plano de Expansão será dado continuidade ao
trabalho desenvolvido pela referida Comissão.
Ainda dentro da proposta de avaliação prevista no SINAES a UFU continuará trabalhando com
os critérios e parâmetros de avaliação que orientam o Exame Nacional de Desempenho do
125
Estudante (ENADE). Avaliações dessa natureza possibilitam que a Universidade possa
acompanhar a partir de indicadores consistentes e objetivos o desenvolvimento do ensino de
graduação, de modo a possibilitar que processos de melhoria desse ensino sejam
permanentemente monitorados.
Como previsto no item B.1, os projetos pedagógicos serão sistematicamente avaliados,
proporcionado seu aprimoramento didático-pedagógico.
Particularmente, considerando o importante canal de qualificação e capacitação do docente em
serviço - o Núcleo de Apoio Pedagógico ao Professor (NAPP) e em função da relevância desse
trabalho de atualização permanente, a UFU acompanhará sistematicamente o desenvolvimento
dos cursos e demais atividades formativas do NAPP e o percentual de participação dos
professores nas atividades ofertadas pelo referido núcleo.
Paralelamente a esses processos de acompanhamento, monitoramento e avaliação, a UFU
também estará atenta à utilização dos dados do Censo do Ensino Superior, realizado anualmente
por meio do INEP, de modo que esses dados possam balizar e orientar o trabalho na
Universidade. Do mesmo modo, o processo de avaliação dos programas de pós-graduação
realizado pela CAPES será igualmente considerado no processo global de acompanhamento de
indicadores de qualidade.
Por meio dos dados fornecidos pelo Censo do Ensino Superior e pela avaliação da CAPES a
UFU trabalhará com sólidos indicadores de acompanhamento da qualidade.
126
8 - Impactos Globais
Impactos Globais (expectativas de transformação da Universidade ao final do Programa)
De um ponto de vista geral, a perspectiva dos impactos globais do Plano de reestruturação e
expansão da UFU, no período 2008-2012, pode ser visualizada a partir dos dados constantes do
Quadro abaixo:
UFU ATUAL
(2007)
PLANO DE EXPANSÃO
(2008-2012)
UFU FUTURA
(2012)
No. Vagas anuais na Graduação:
2.910
No. Vagas anuais na Graduação:
1.350 (+ 46,4%)
No. Vagas anuais na Graduação:
4.260
No. Vagas anuais na Graduação
no Noturno: 920
No. Vagas anuais na Graduação
no Noturno: 310 (+ 33,7%)
No. Vagas anuais na Graduação
no Noturno: 1.230
No. Cursos de graduação: 57 No. Cursos de Graduação: 22 (+
38,5%)
Turnos Novos: 5
Cursos Novos: 17
Expansão Vagas: 09
No. Cursos de Graduação: 79
No. Cursos de graduação no
Noturno: 19
No. Cursos de graduação no
Noturno: 6 (+ 31,6%)
No. Cursos de graduação no
Noturno: 25
Relação Aluno/Professor (RAP):
14,67
Relação Aluno/Professor (RAP):
19,56
Relação Aluno/Professor (RAP):
15,41
Taxa de Conclusão da
Graduação (TCG): 98%
Taxa de Conclusão da
Graduação (TCG): 90%
Taxa de Conclusão da
Graduação (TCG): 94%
Em termos de expansão de vagas, os dados indicam que em 2007 a UFU oferece um total de
2.910 vagas, sendo 920 vagas em cursos noturnos – o que demonstra o fato de a instituição
oferecer grande número de vagas para alunos trabalhadores, indicando uma necessidade menor
de expansão de vagas neste turno. Ao final de quatro anos a UFU projeta ofertar cerca de 4.260
127
vagas, o que significa um acréscimo de 46,4% ou de 1.350 novas vagas anuais entre 2008 e
2012, sendo que 310 vagas ou 33,7% serão ampliadas no turno noturno – o qual ofertará
aproximadamente o total de 1.230 vagas.
No que se refere a expansão de cursos, os dados indicam que em 2007 a UFU oferece um total
de 57 cursos e que ao final de quatro anos projeta a oferta de 79 cursos, sendo 25 em turno
noturno (neste caso, um acréscimo de 6 cursos ou de 31,5%). No processo gradual de expansão,
a mesma se dará pela criação de 17 cursos novos, pela oferta de 5 turnos novos em cursos
existentes e pela expansão de vagas em 9 cursos existentes. Isso significa um acréscimo de
aproximadamente 38,5% no total de cursos entre 2008 e 2012.
Em termos da relação aluno/professor, os dados indicam que esta se apresenta, em 2007, na
ordem de 14,67 e que em 2012 a mesma alcançará aproximadamente 15,41, como resultado de
um esforço institucional desta expansão configurado na proporção de 19,56 alunos por professor.
Por sua vez, no caso da Taxa de Conclusão de Graduação (TCG) projeta-se para 2012 uma taxa
de terminalidade em torno de 94%, como resultado de um esforço institucional com base na
projeção da ordem de 90%.
Do ponto de vista qualitativo, o processo de expansão quantitativa da UFU, conforme acima
exposto, terá um impacto social e regional que vai muito além do simples crescimento das vagas,
diversificação dos cursos e aumento das oportunidades de inserção social, comum à maioria das
Universidades Federais.
Dada à inserção espacial da UFU no cenário interiorano brasileiro e sua particular localização
em um ambiente de integração de áreas desenvolvidas com áreas em desenvolvimento, a
expansão produzirá um importante impacto no desenvolvimento socioeconômico regional da
porção oeste de Minas Gerais, sudoeste de Goiás e Mato Grosso. Esta contribuição para o
desenvolvimento regional do interior brasileiro, com destaque para a integração do sudeste com
o centro-oeste, promoverá relevantes contribuições para diminuir as diversidades regionais
dentre as quais: ampliar objetivamente as oportunidades de retenção de parcela da população
qualificada fora dos domínios das grandes aglomerações metropolitanas; possibilitar novas
oportunidades de atração de investimentos em setores com maior agregação de valor,
propiciando uma melhor distribuição regional do produto nacional e permitindo a melhoria da
qualidade de vida em geral.
No longo prazo, o crescimento do número de professores e pesquisadores no entorno regional da
UFU ajudará na consolidação dos grupos de pesquisa e suas inserções nas redes nacionais e
internacionais de pesquisa, seja atuando nas áreas de pesquisa básica, seja nas pesquisas
128
aplicadas de ponta, abrindo oportunidades para a construção da ciência moderna no âmbito do
avanço das denominadas sociedades do conhecimento. Este adensamento da capacidade de
geração de conhecimento e cultura no entorno geo-educacional em que atua também será
decisivo para promover uma maior articulação dos objetos de ensino, aprendizagem e pesquisa
para com os desafios de construção de uma sociedade mais eqüitativa e soberana.
A expansão da nossa universidade se soma ao parque universitário público federal, estadual e
municipal, cujo pesado investimento da sociedade ao longo de menos de um século, ainda é
muito jovem se comparado ao padrão internacional e, neste sentido, ainda pode se expandir e
melhorar muito mais sua contribuição social. Neste aspecto, a atual política do governo de
permitir a expansão com qualidade das Universidades Federais representa um investimento de
grande impacto nas gerações futuras e nos horizontes de transformação da sociedade brasileira e
sua inserção internacional por meio da ciência. Não pode ser esquecido o papel que as
Universidades Federais cumprem em termos de referência de qualidade, quaisquer que sejam os
parâmetros considerados, cumprindo uma forte liderança no cenário latino-americano.
Além disso, os recursos orçamentários envolvidos nesta Expansão repercutirão sobre os
processos de geração de emprego e renda, não só no Município de Uberlândia/MG, mas também
pelo seu entorno regional, destacando-se os valores destinados a contratação de mão-de-obra
direta -340 professores e 232 técnico-administrativos- bem como de mão-de-obra indireta, com
impactos significativos sobre o setor de construção civil regional ou até mesmo nacional, com
recursos totais estimados da ordem de 38,6 milhões de reais para edificações e infra-estrutura, ao
lado de praticamente 5 milhões de reais para equipamentos e, ao final do período, a incorporação
de cerca de 54,6 milhões de reais ao orçamento de custeio da Instituição.
De maneira geral, este projeto de expansão das universidades deve ser tomado como um
investimento de longo prazo no desenvolvimento social e na consolidação de instituições
responsáveis, em todo o mundo, pela produção dos chamados bens de conhecimento. É consenso
entre os educadores brasileiros e internacionais que na atual fase de desenvolvimento da
sociedade é no campo da geração do conhecimento, da sua produção, posse e difusão, que parte
do destino das nações está sendo definido, com maior ou menor possibilidade de geração de
identidades autônomas no mundo globalizado. Assim, para além da contribuição decisiva para o
processo de desenvolvimento mais geral, o fortalecimento do sistema federal de ensino superior
é condição sine qua non para o fortalecimento da sociedade brasileira.
Do ponto de vista mais específico, a expansão do ensino superior representa um compromisso
social para com um contingente muito expressivo de jovens e famílias sem acesso às
oportunidades de transformação das suas realidades sociais. A ampliação dessas condições de
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mobilidade social produz um impacto direto e indireto em outros indicadores sociais, debilitados
pela exclusão e segregação social. Quando essa oportunidade é transplantada para as áreas do
interior brasileiro, seu impacto sobre a realidade e seu potencial de transformação das
desigualdades regionais apresenta um retorno mais aparente e calcado nas condições de vida da
comunidade.
Em síntese, a expansão da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), cujo processo de
consolidação ainda é jovem, planejada segundo critérios de qualidade e referência social, em
longo prazo vai ampliar e fortalecer o desenvolvimento social da comunidade local e regional,
contribuindo para o avanço da ciência e para a ocupação sustentável e mais eqüitativa do espaço
interiorano brasileiro.