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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
CAMPUS – BAGÉ (RS)
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: QUÍMICA ANALÍTICA QUALITATIVA TEÓRICA
O Estudo do Equilíbrio Químico Através de Análises de Sites da Internet e
Vídeos de Simulações Sobre o Assunto
Autor: Marcos Felipe Pinheiro
Ministrante da disciplina: Profa. Dra. Lucilene Dornelles Mello Martins
Bagé, 10 de Dezembro de 2010.
DISCIPLINA: QUÍMICA ANALÍTICA QUALITATIVA TEÓRICA
O Estudo do Equilíbrio Químico Através de Análises de Sites da Internet e
Vídeos de Simulações Sobre o Assunto
Autor: Marcos Felipe Pinheiro
RESUMO
Neste trabalho será apresentado um estudo realizado sobre o conceito de equilíbrio químico.
A principal fonte de pesquisa foi sites da internet, especialmente sites de universidades.
Buscaram-se, também, sites que continham simulações e demonstrações de reações
reversíveis e, a partir delas, apresentar os fatores que influenciam no deslocamento de um
equilíbrio químico, tais como: concentração, pressão e temperatura. Alguns sites foram
analisados, porém, o conteúdo deles não foi citado aqui. O trabalho apresenta uma breve
crítica de cada site e em seguida trás o conteúdo na íntegra dos próprios. Em relação aos
vídeos o que se apresenta aqui é um breve resumo do que se trata o cada um.
Palavras-chave: equilíbrio químico, reação reversível, deslocamento de equilíbrio
1. INTRODUÇÃO
Segundo a Answers Encyclopedia equilíbrio químico é “o estado de equilíbrio em que
duas reações químicas opostas reversíveis se procedem com taxas constantes de igualdade”.
Outra definição de equilíbrio químico é encontrada no site da Infopédia, onde diz que
equilíbrio químico é “equilíbrio de um sistema em que se estão a dar, simultaneamente e com
igual velocidade, duas reações exatamente opostas” e estado de equilíbrio “estado em que as
propriedades observadas de um sistema não variam como tempo”.
Muitas reações são ditas “reações reversíveis”, ou seja, a reação direta e a reação
inversa acontecem ao mesmo tempo. Esta característica define um equilíbrio químico, onde
temos as velocidades diretas e inversas ocorrendo constantemente.
Algumas propriedades de um sistema em equilíbrio químico devem ser analisadas, tais
como, os fatores que influenciam no deslocamento do equilíbrio. Esses fatores são:
concentração, pressão e temperatura e, o catalisador que funciona apenas como um meio de
acelerar as reações direta e inversa. Outra propriedade de equilíbrio químico são as constantes
de equilíbrio, onde se tem a relação entre os produtos e os reagentes. Estas constantes podem
existir de várias maneiras, como por exemplo, constante de equilíbrio em termos de
concentração ou, também, constante de equilíbrio em termos de pressão parcial. O único fator
que altera uma constante de equilíbrio é a temperatura.
O estudo do equilíbrio químico proporciona o entendimento de vários sistemas
biológicos, químicos e físicos, entre eles: a reação que ocorre nos pulmões dos seres humanos,
a formação de estalactites e estalagmites nas cavernas e, até mesmo, a resposta para se
entender porque gases poluentes causam buracos na camada de ozônio.
2. OBJETIVOS
O principal objetivo deste trabalho é estudar e compreender o conceito de equilíbrio
químico; suas características principais (fatores de deslocamento, constantes de equilíbrio,
etc.); exemplos do cotidiano (sistemas biológicos, químicos e físicos) e simulações de
equilíbrio através de sites que fornece conteúdo sobre o assunto (textos e vídeos).
3. METODOLOGIA
O trabalho todo consistiu em pesquisas realizadas apenas em sites da internet. Os
principais sites pesquisados foram os de universidades, periódicos, educacional e aqueles que
continham vídeos. Buscou-se apenas digitar as palavras “Equilíbrio Químico” no procurador
dos gerenciadores de pesquisas, tais como: Google, Yahoo e Cadê.
4. SITES - TEXTOS
4.1. Universidade de São Paulo
O site da Universidade de São Paulo (USP) trás um ótimo conteúdo sobre o estudo de
Equilíbrio Químico. Apresenta os principais aspectos das reações reversíveis, assim como,
indica qual o princípio utilizado para calcular a constante de equilíbrio (Ke) e, também,
refere-se à constante de equilíbrio em termos de pressões parciais (Kp) relacionando esta
constante com a Ke. Demonstra os principais fatores que influenciam no deslocamento do
equilíbrio, resumindo todas as alterações e os devidos resultados em uma tabela de simples
compreensão. O site ainda trás um exercício resolvido para facilitar o entendimento sobre o
cálculo da constante de equilíbrio.
4.1.1. Conteúdo do Site
Equilíbrio Químico
Suponha uma reação no qual os reagentes dão origem aos produtos. Isso todo mundo
conhece, entretanto vamos imaginar que ela não pare por aí. Vamos imaginar que agora os
produtos se unam, e reagindo retornam aos primeiros reagentes. Assim o equilíbrio químico é
característico de reações reversíveis, nos quais os reagentes dão origem aos produtos (reação
direta) e os produtos formados reagem entre si, reconstituindo os reagentes (reação inversa).
No caso abaixo, o equilíbrio químico de um sal de cobalto II, a maior ou menor
presença de água altera a cor do sistema (na presença de maior unidade o sal torna-se rosa, na
menor o sal torna-se azul), como nos adornos domésticos que podem prever chuva.
As reações direta e inversa ocorrem continua e sem interrupção. Um sistema em
reação atinge o equilíbrio químico quando a velocidade da reação direta for igual à velocidade
da reação inversa. O equilíbrio químico só pode ser atingido em sistemas fechados (onde não
há troca de matéria e energia). Constante de equilíbrio em termos de concentração molar
Reação direta: aA + bB → cC + dD
Velocidade da reação direta: v = k1.[A]a.[B]
b
Reação inversa: cC + dD → aA + bB
Velocidade da reação inversa: v = k2.[C]c.[D]
d
A constante de equilíbrio pode ser expressa por:
No valor da constante de equilíbrio entram apenas as concentrações das substâncias
líquidas ou gasosas, as substâncias sólidas não devem ser incluídas. A constante de equilíbrio
é característica de cada reação, altera-se apenas com a alteração da temperatura.
Um valor alto de constante de equilíbrio indica que a quantidade de produtos é alta em
relação aos reagentes.
Constante de equilíbrio em termos de pressão parcial Kp:
Dada a reação genérica: aA(g) + bB(g) → cC(g) + dD(g) na constante de equilíbrio em
termos de pressão parcial, as substâncias que entram na expressão estão todas no estado
gasoso.
Um valor alto de Kp indica uma quantidade grande de produtos em relação aos
reagentes.
Relação entre Kc e Kp:
Exercício resolvido:
Em determinadas condições de temperatura e pressão, existe 0,5 mol.L-1
de N2O4 em
equilíbrio com 2 mol.L-1
de NO2, segundo a equação N2O4(g) → 2NO2(g). Qual o valor da
constante de equilíbrio, nas condições da experiência?
Resposta:
O problema forneceu as concentrações presentes no equilíbrio, devemos, portanto
somente fazer a substituição na fórmula:
Deslocamento do equilíbrio químico de uma reação:
Quando uma reação química atinge o equilíbrio ela tem a tendência de permanecer
assim indefinidamente, desde que não haja perturbação externa. Os fatores externos capazes
de perturbar o equilíbrio de uma reação química são: concentração das substâncias
participantes da reação, pressão e temperatura.
O Princípio de Le Chatelier regra essas situações: “quando se provoca uma
perturbação sobre um sistema em equilíbrio, este desloca-se no sentido que tende a anular esta
perturbação, procurando ajustar-se a um novo equilíbrio”.
Deslocamento do equilíbrio devido à variação da concentração:
O aumento da concentração de uma substância desloca o equilíbrio no sentido de
consumo desta substância e a diminuição da concentração de uma substância desloca o
equilíbrio no sentido da sua formação.
Deslocamento do equilíbrio devido à variação de pressão:
O aumento da pressão de uma reação desloca o equilíbrio no sentido da contração do
volume e uma diminuição da pressão desloca o equilíbrio no sentido da expansão do volume.
Deslocamento do equilíbrio devido à variação de temperatura:
O aumento da temperatura de uma reação desloca o equilíbrio no sentido da reação
endotérmica e a diminuição da temperatura desloca o equilíbrio no sentido da reação
exotérmica.
Exemplo:
Dada a reação genérica: aA(g) + bB(g) → cC(g) + dD(g)
Alteração no Equilíbrio Resultado
Adição de reagentes No sentido dos produtos
Adição de produto No sentido dos reagentes
Retirada de reagente
Retirada de produto
No sentido dos reagentes
No sentido dos produtos
Aumento da pressão No sentido da contração do volume
Diminuição da pressão No sentido da expansão do volume
Aumento da temperatura No sentido da reação endotérmica
Diminuição da temperatura No sentido da reação exotérmica
4.2. Universidade Estadual de Campinas
Um dos melhores sites disponíveis para estudar o equilíbrio químico, provavelmente, é
o da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). O site apresenta toda uma
fundamentação teórica sobre o assunto, em seguida trás o significado da constante de
equilíbrio, mostrando como se chega ao cálculo da expressão de Ke. Apresenta um ótimo
exemplo de deslocamento de equilíbrio, citando a reação que ocorre nos pulmões dos seres
humanos e explicando porque fumar é prejudicial à saúde. O site está divido por tópicos, onde
encontramos os tipos de equilíbrio mais estudados, tais como: equilíbrio entre substâncias
atmosféricas e gases; equilíbrio envolvendo precipitados; equilíbrio entre água e seus íons e
equilíbrio iônico envolvendo ácidos e bases. Para cada tipo de equilíbrio que o site apresenta
há a explicação de cada cálculo e, ainda, o site fornece vários exemplos biológicos onde está
presente o conceito de equilíbrio químico, entre eles: o fator responsável pela formação de
buracos na camada de ozônio; como são formados estalactites, estalagmites e corais. Outro
ponto de relevância do site é a explicação sobre indicadores (seu equilíbrio), a definição de
ácidos e bases e, explica o que são soluções tampão (colocando como principal exemplo a
correntes sanguínea do ser-humano).
4.2.1. Conteúdo do Site
Equilíbrio Químico
Introdução teórica:
O princípio necessário para existir equilíbrio químico em uma solução é a
reversibilidade da reação envolvida. Isto é, a reação ocorre tanto no seu sentido direto como
no inverso.
Utilizando o exemplo da água:
Reação de ionização da água:
Reação direta: H2O → H+ + OH
-
Reação inversa: H+ + OH
- → H2O
Por convenção, o equilíbrio pode ser representado com o símbolo de igualdade, como
em qualquer equação de reação química.
H2O = H+ + OH
-
Em uma situação de equilíbrio químico, as velocidades das reações direta e inversa são
equivalentes. Como consequência, as concentrações de reagentes e produtos permanecem
constantes após um determinado intervalo de tempo que pode ser curto ou não.
Uma vez representado o equilíbrio químico através do sinal (=), isso indica que temos
duas reações ocorrendo ao mesmo tempo. Chamamos de reação direta aquela que acontece no
sentido da produção de produtos. (Lembre-se de que os produtos da reação de ionização da
água são os íons H+ + OH
-)
A outra reação, denominada reação inversa é aquela em que ocorre no sentido da
produção de reagentes.
Ao analisarmos a cinética do equilíbrio químico, podemos verificar a igualdade entre a
velocidade da reação direta e a velocidade da reação inversa. Ao mesmo tempo em que 1 mol
da espécie H2O é consumido na produção de H+ + OH
- pela reação direta, 1 mol da mesma
espécie H2O é produzido pela reação inversa. Com isso a concentração de H2O permanece
constante.
Outra espécie que pode servir como exemplo é o cloreto de prata (AgCl):
AgCl(s) = Ag+ + Cl
-
Em uma solução de AgCl temos as duas reações ocorrendo ao mesmo tempo, uma
produzindo íons Ag+ + Cl
- e outra produzindo o sal AgCl(s).
Faz de conta que a bolinha azul é o íon Cl- e a bolinha branca é o íon Ag
+. As duas
bolinhas juntas formam o composto AgCl(s).
Com isso, as concentrações das espécies são constantes nesta situação, o que evidencia
o equilíbrio químico.
Constante de equilíbrio:
O valor da constante de equilíbrio é obtido a partir das concentrações das espécies
químicas presentes na solução quando o sistema está em equilíbrio.
A constante de equilíbrio foi deduzida a partir das velocidades das reações direta e
inversa.
Recordando que para uma reação qualquer do tipo: aA + bB = cC + dD, a velocidade
da reação é dada por V = k.[A]a.[B]
b
É importante lembrar que a água e espécies sólidas não são consideradas e apenas os
reagentes participam da equação de velocidade. A velocidade depende exclusivamente dos
reagentes e não dos produtos.
Vamos utilizar o exemplo da ionização do AgCl:
AgCl(s) → Ag+ + Cl
-
Para esta reação, V = k
Como AgCl é um sólido, não participa da equação de velocidade.
No entanto, para a reação inversa:
Ag+ + Cl
- → AgCl(s)
A velocidade é dada por:
V = k[Ag+][Cl
-]
A constante de equilíbrio, também chamada de Ke, é obtida pela divisão da velocidade
da reação inversa pela velocidade da reação direta.
Uma maneira mais simples de obter a equação da Ke para a reação AgCl(s) = Ag+ + Cl
-
é calcular o quociente dos produtos pelos reagentes excluindo espécies sólidas e a água. O
resultado é o mesmo:
Ke = [Ag+][Cl
-]
Devemos lembrar que estas concentrações são aquelas obtidas durante o equilíbrio
químico, ou seja, são constantes.
A partir disso podemos elaborar uma regra geral para obtermos a equação da constante
de equilíbrio:
Para qualquer equação do tipo aA + bB = cC + dD, a constante de equilíbrio pode ser
obtida por:
E a espécie que for sólida ou H2O não é considerada.
A unidade da constante de equilíbrio é geralmente expressa em (mol/L)x onde x é o
resultado aritmético da expressão das letras minúsculas (c + d – a + b).
Tendo em mente o que significa a constante de equilíbrio (razão entre concentração de
produtos e reagentes) podemos entender algumas de suas finalidades. Um exemplo clássico é
analisar uma dada reação como, por exemplo:
O equilíbrio químico representado abaixo ocorre nos pulmões de pessoas fumantes:
Hm.Co + O2 = Hm.O2 + CO
O valor da constante desse equilíbrio é dado por:
O símbolo Hm representa a Hemoglobina, substância responsável pelo transporte de
Oxigênio no organismo. A partir destas informações, a que conclusão poderia chegar?
A resposta é a seguinte: Se tivéssemos um sistema formado por Hemoglobina,
Oxigênio e monóxido de Carbono, após algum tempo o equilíbrio seria alcançado (as
concentrações permaneceriam constantes) e a quantidade de Hm.CO e O2 seriam 210 vezes
maiores que a quantidade de HmO2 e CO. A capacidade de respiração é proporcional à
quantidade de Hm.O2. Essa constante de equilíbrio mostra que a concentração de Hm.O2 é
muito pequena em relação à concentração de Hm.CO. Com isso o fumante tem respiração
deficiente.
Fumar é prejudicial à saúde devido à formação de Hm.CO(aq) no organismo, o que
dificulta o processo respiratório. Cada molécula de monóxido de Carbono (CO) que entra no
organismo do fumante corresponde a uma molécula de Oxigênio a menos que ele não
conseguiria mais respirar durante 1 mês ou mais.
Tipos de Equilíbrio:
Equilíbrio entre substâncias atmosféricas e gases;
Equilíbrio envolvendo precipitados;
Equilíbrio entre a água e seus íons;
Equilíbrio iônico envolvendo ácidos e bases.
Equilíbrio Químico entre substâncias atmosféricas e gases:
Como já podíamos esperar, o equilíbrio químico não ocorre apenas em sistemas
compostos por líquidos ou sólidos. Existem muitas ocasiões onde encontramos reações
reversíveis envolvendo substâncias no estado gasoso. Por exemplo:
NH3(g) + H2O(l) = NH4+
(aq) + OH-(aq)
Também podem existir sistemas em equilíbrio entre apenas substâncias gasosas:
N2(g) + H2(g) = NH3(g)
Da mesma forma que a constante de equilíbrio é obtida para outros sistemas, neste
caso o procedimento é o mesmo:
Para a reação de produção de Amônia,
Constante de Equilíbrio em função das pressões parciais:
A constante de equilíbrio Ke de que temos falado até agora é chamada, numa forma
mais completa, de Constante de Equilíbrio em função das Concentrações, pois seu valor é
calculado a partir das concentrações das espécies químicas envolvidas no equilíbrio.
Existe outra constante de equilíbrio chamada Constante de Equilíbrio em função das
Pressões Parciais, que só é utilizada quando temos o equilíbrio químico envolvendo apenas
gases. Essa constante de equilíbrio é simbolizada por Kp e seu valor é calculado pela
expressão:
Para qualquer equação envolvendo apenas espécies gasosas: aA(g) + bB(g) = cC(g) +
dD(g)
A constante de equilíbrio em função das Pressões Parciais Kp pode ser obtida por:
Pa = Pressão Parcial da espécie A;
Pb = Pressão Parcial da espécie B;
Pc = Pressão Parcial da espécie C;
Pd = Pressão Parcial da espécie D.
Relação Matemática entre Ke e Kp:
Kp = Ke . (R . T)dn
T: temperatura em Kelvin
R: constante dos gases = 0,082
dn: variação no número de moles = (c + d) – (a + b)
O equilíbrio químico entre gases e suas aplicações no cotidiano:
Antigamente o homem não dava tanta importância a esse tipo de fenômeno, talvez
pelo fato de não conhecer ainda a maioria dos equilíbrios químicos envolvendo substâncias
gasosas que ocorrem em nosso meio. Mesmo assim, o pouco que se conhecia na época foi
suficiente para tentar criar reações químicas para auxiliar a vida humana na Terra. A invenção
de sprays e aparelhos de ar condicionado visava trazer maior conforto, no entanto causaram
como resultado final o aumento da temperatura terrestre e a destruição de um escudo natural
insubstituível além de não reciclável: a camada de ozônio.
A imagem acima mostra as diversas camadas da atmosfera terrestre.
O Oxigênio monoatômico é responsável pela absorção dos raios ultravioleta de menor
comprimento de onda a 160 km de altitude. Já o Oxigênio que respiramos também existe a
110 km de altitude e é responsável pela absorção de raios ultravioleta de médio comprimento
de onda. A camada de Ozônio está a 40 km de altitude e é responsável pela absorção dos raios
ultravioleta de longos comprimentos de onda. Essas três camadas impedem que os raios
ultravioleta de chegarem até a biosfera, protegendo a raça humana de diversas doenças, tais
como o Câncer.
Em elevadas altitudes, ocorre o equilíbrio químico entre os gases oxigênio e ozônio:
2O2 = O3 + O
Substâncias como o Clorofluorcarbono, também chamado de CFC, provocam o
deslocamento desse equilíbrio para a esquerda de modo que a concentração de Ozônio
diminui causando a formação de buracos na camada de Ozônio.
Os buracos na camada de Ozônio são regiões da atmosfera que já não possuem mais o
gás Ozônio devido ao deslocamento do equilíbrio acima para a esquerda. Com isso, os raios
ultravioletas de longos comprimentos de onda conseguem penetrar na biosfera causando
doenças na raça humana.
Ao analisar o equilíbrio químico acima e descobrir que substâncias contendo o CFC
são responsáveis pelo deslocamento do equilíbrio, a raça humana imediatamente parou de
utilizar o CFC em sprays como era utilizado. Atualmente o uso do CFC é muito restrito e
procura-se tomar o máximo cuidado possível para que essa substância não seja liberada na
atmosfera.
Se algum dia você comprar uma lata de spray, certifique-se de que ela tenha o seguinte
aviso:
Equilíbrio Químico envolvendo precipitados e Produto de Solubilidade:
O equilíbrio químico pode ocorrer em sistemas contendo mais de uma fase, ou seja,
em sistemas heterogêneos. Esta situação pode ser encontrada em sistemas onde ocorre a
dissolução ou precipitação de sólidos. Um exemplo é a solução contendo água e sal Cloreto
de prata AgCl(s) mencionado anteriormente, onde a fase sólida é formada por AgCl e a fase
aquosa pelos íons Ag+ e Cl
-.
Como ocorre a dissolução:
Quando adicionamos sal à uma solução contendo água como solvente, as moléculas de
água inevitavelmente interagem com as moléculas do sal. Estas interações envolvem
determinada quantia de energia. Quando temos bastante água e pouco sal, a energia envolvida
nas interações entre a água e o sal é maior que as interações que mantém os íons Ag+ e Cl
-
juntos. Por causa disso, o sal é quebrado em íons e dilui-se na solução.
Como ocorre a precipitação:
Se adicionarmos o sal AgCl em um copo de água, veremos que o sal é solubilizado (o
sal dilui-se). No entanto, se adicionarmos lentamente mais sal, veremos que a partir de uma
certa quantia adicionada não ocorre mais a solubilização e o sal fica no fundo do copo. O fato
do sal ficar no fundo do copo mostra que a solução está supersaturada e, portanto houve a
precipitação do sal AgCl.
A precipitação ocorreu porque a concentração de íons Ag+ e Cl
- tornou-se alta com a
adição de mais sal. Todo sal que era adicionado ionizava-se formando Ag+ e Cl
-. Como
consequência a concentração desses íons aumentou. Quando a concentração desses íons
aumenta até certo ponto, as colisões entre eles tornam-se mais frequentes na solução e isso
gera a formação do precipitado AgCl.
Atualmente há maneiras de saber quanto sal irá diluir e quanto permanecerá no estado
sólido em soluções aquosas. O produto solubilidade de um sal é um valor constante específico
para cada sal e permite o cálculo desses dados.
Para que serve o produto de solubilidade:
Em casos onde temos uma solução contendo um equilíbrio entre uma fase sólida
formada por um sal e uma fase líquida, o produto solubilidade do sal permite calcular a
quantidade do sal e de seus íons presentes na solução. Em outras palavras é possível saber
quanto cloreto de prata (AgCl) fica no fundo de um copo de água quando adicionamos este
sal.
Para podermos fazer estes cálculos precisamos entender um pouco de reações de
ionização e estequiometria. Aqui estão, como exemplo, alguns sais com Kps determinados:
AgCl = Ag+ + Cl
- Kps = 1,56 x 10
-10
PbI2 = Pb+ + 2I
- Kps = 7,1 x 10
-9
Ag2S = 2Ag+ + S
- Kps = 1,6 x 10
- 49
Hg2Cl2 = 2Hg + 2Cl- Kps = 1,3 x 10
-18
Exemplos do cotidiano:
Estalactites, Estalagmites e Corais:
Como se forma as estalactites e estalagmites? Por que os corais só são encontrados em
locais onde o mar é quente?
As respostas a estas perguntas estão relacionadas ao seguinte equilíbrio químico:
CaCO3(s) + CO2(aq) + H2O(l) = Ca+2
(aq) + 2HCO3-(aq)
A formação das estalactites e estalagmites pode ser entendida utilizando o que
aprendemos sobre o efeito da pressão sobre a solubilidade de gases.
Quando água sibterrânea que contém CO2 dissolvido, passa por terrenos contendo
calcário (CaCO3), a alta pressão (devido à profundidade) faz com que haja muito CO2
dissolvido e, consequentemente, o equilíbrio seja deslocado para a produção de Ca+2
(aq) +
2HCO3-(aq). Com isso o calcário é dissolvido.
Quando essa água goteja dentro de uma caverna, onde a pressão é menor, há saída de
CO2 e o equilíbrio se desloca para a formação de CaCO3, sólido, que constitui as estalactites
no teto e as estalagmites no chão.
A presença de Corais apenas em regiões de mar quente pode, por sua vez, ser
entendida com o efeito da temperatura sobre a solubilidade de gases sobre este mesmo
equilíbrio químico.
Os corais contém grande quantidade de CaCO3, que toma parte de sua estrutura. Nos
mares frios, a baixa temperatura faz com que muito CO2 do ar esteja dissolvido. Essa alta
concentração de CO2 desloca o equilíbrio mencionado, no sentido da produção de Ca+2
(aq) +
2HCO3-(aq), dissolvendo o CaCO3 dos corais.
Em locais quentes, ao contrário, o CO2 é expulso da água e o equilíbrio é deslocado
para a formação do CaCO3.
Equilíbrio Químico entre a água e seus íons:
Em qualquer ocasião onde estivermos estudando uma solução aquosa, devemos
lembrar que o solvente é a água e devido a isto temos também na solução os íons H+ e OH
-
que constituem a água.
A presença destes íons H+ e OH
- deve-se ao equilíbrio iônico da água:
H2O = H+ + OH
-
Este equilíbrio acontece em todas as soluções aquosas e também onde temos apenas
água pura, ou seja, num copo de água que bebemos existe este equilíbrio ocorrendo.
Não se apavore! Este equilíbrio não faz mal à saúde. Muito pelo contrário: faz bem!
Apesar de a água ionizar-se gerando os íons H+ e OH
-, as concentrações destes íons
gerados nesta ionização é tão pequena que dificilmente causam diferença nos resultados das
análises. O que mostra isso é o valor do produto iônico da água que é a constante de
equilíbrio:
Ke = [H+].[OH
-] = 10
-14
H2O = H+ + OH
-
[H+] = [OH
-] = 10
-7 mol/L
O valor do produto iônico da água é de ordem de 10-14
. Assim como as outras
constantes de equilíbrio, este valor altera-se com a variação da temperatura como mostra a
tabela abaixo:
Temperatura Ke
10º C 0,29 x 10-14
20º C 0,68 x 10-14
25º C 1,00 x 10-14
30º C 1,47 x 10-14
40º C 2,92 x 10-14
Como em condições ambientes a temperatura está sempre próxima de 25º C, daqui em
diante, sempre que citarmos este equilíbrio acontecendo o seu valor será Ke = 10-14
.
Equilíbrio Químico envolvendo ácidos e bases:
Antes de iniciar o estudo sobre o equilíbrio envolvendo ácidos e bases é importante
saber o que são substâncias ácidas e substâncias básicas, assim como o perigo que podem
oferecer ao ser humano.
Substâncias ácidas:
De acordo com Arrhenius, substâncias ácidas são aquelas que em solução aquosa
sofrem ionização liberando íons H+. Estes íons por sua vez reagem com a água formando o
íon H3O+ também chamado de Hidrônio.
HAc = H+ + Ac
-
H+ + H2O = H3O
+
Substâncias ácidas são consideradas perigosas pelo fato de terem a propriedade de
destruir estruturas moleculares, assim como dissolver matéria orgânica com muita facilidade
dependendo da força e da concentração do ácido. Existem ácidos fortes que em alta
concentração conseguem diluir metais bastante resistentes como o Magnésio, por exemplo.
Isto ocorre devido à oxidação promovida pelos hidrônios.
Mg(s) + 2H+
(aq) = Mg2+
(aq) + H2(g)
É extremamente perigoso trabalhar com substâncias ácidas sem o uso de equipamentos
de proteção, tais como luvas, óculos, avental, etc. Qualquer contato dessas substâncias com
qualquer parte do corpo humano causaria queimaduras bastante sérias e danosas.
Como determinar a força do ácido:
A força do ácido é um parâmetro determinado através da sua constante de ionização
Ka. Quanto maior o valor de Ka, maior a quantidade de íons H+ liberados na solução e como
consequência mais forte é o ácido.
A constante de ionização é um valor semelhante à constante de equilíbrio, portanto
varia apenas com a temperatura.
Existem outras técnicas para perceber quando um ácido é forte ou não. Suponha um
ácido do tipo HySOx, se o valor x-y for maior ou igual a 2, o ácido pode ser considerado
forte. Observação: no lugar do átomo S poderia estar outro átomo.
Além dessa técnica, se o ácido for do tipo HX onde X é um átomo qualquer da família
dos halogênios, o ácido também é considerado forte.
O valor da constante de ionização Ka é obtido da mesma forma que se obtém a
constante de equilíbrio em uma solução aquosa:
HCl = H+ + Cl
-
Substâncias básicas:
Ainda conforme Arrhenius, substâncias básicas são aquelas que em solução aquosa
liberam o íon OH- chamado Hidroxila.
BOH = B+ + OH
-
Substâncias básicas também são consideradas perigosas, assim como os ácidos, e
requerem cuidados, tais como o uso dos mesmos equipamentos de proteção e evitar contato
com partes do corpo. Estas precauções são necessárias porque substâncias básicas também
causam queimaduras graves. Ao contrário dos ácidos, as bases liberam hidroxilas OH- que são
responsáveis pela redução das outras espécies químicas que estão em contato.
NH2OH = NH2+ + OH
-
Assim como os ácidos são classificados em fortes ou fracos, as bases também podem
ser classificadas em bases fortes ou fracas. Esta classificação é análoga aos ácidos, pois uma
base forte é aquela que possui uma constante de dissociação alta.
A constante de dissociação Kb também é obtida de forma semelhante à constante de
equilíbrio para soluções aquosas:
NH2OH = NH2+ + OH
-
Algumas bases formadas por elementos pertencentes às famílias dos metais alcalinos e
metais alcalinos terrosos são consideradas fortes.
Substâncias anfipróticas são aquelas consideradas ácidas e básicas ao mesmo tempo.
A caracterização de soluções ácidas ou básicas: pH e pOH
Por conveniência, a concentração do íon Hidrônio é expressa sempre na forma de pH.
Este termo foi introduzido por um químico dinamarquês chamado Sorensen em 1909. A letra
“p” significa potenz, palavra do vocabulário alemão que significa potência:
pH = - log[H+]
Da mesma forma podemos utilizar essa terminologia para caracterizar a concentração
de íons OH- em uma solução básica:
pOH = - log[OH-]
Ou uma solução qualquer:
pK = - logK
Todos os logaritmos citados acima estão na base 10 e K pode ser qualquer valor de
constante de equilíbrio.
A relação entre os valores de pH e pOH é definida como:
pH + pOH = 14
Isso ocorre porque a 25º C o produto iônico da água é 10-14
H2O = H+ + OH
-
Portanto, o produto das concentrações dos íons H+ e OH
- dever ser 10
-14, utilizando as
propriedades dos logaritmos:
[H+].[OH
-] = 10
-14
log [H+].[OH
-] = log 10
-14
log [H+] + log [OH
-] = 14
pH + pOH = 14
Indicadores:
Existem alguns ácidos fracos que possuem uma certa cor quando estão em sua forma
molecular e uma cor diferente quando estão na forma ionizada. Isso pode ser muito útil, pois
dependendo da cor da solução podemos saber se o ácido está ionizado ou não.
Mais do que isso, podemos saber a concentração do íon Hidrogênio na solução. Por
isso dizemos que esses ácidos fracos são indicadores da concentração do íon Hidrogênio.
Podemos chamar essas substâncias de indicadores.
Ao aplicar o princípio de Le Chatelier, sabemos que aumentando a concentração do
íon Hidrogênio o indicador (ácido fraco) assume a forma molecular (não-ionizada).
Por outro lado, se a concentração do íon Hidrogênio diminuir o indicador assume a
forma ionizada. Assim como os ácidos se ionizam de acordo com sua constante de equilíbrio,
os indicadores também possuem a constante de equilíbrio:
Através dessa equação podemos calcular a concentração mínima de íons Hidrogênio
para surgir a cor “A” na solução. A partir disso podemos, também, calcular o pH dessa
situação. Geralmente as substâncias indicadores são utilizadas para identificar substâncias
ácidas ou básicas. A cor do indicador varia de acordo com o pH da solução.
Indicador Meio Básico Meio Ácido
Tornassol Azul Vermelho
Fenolftaleína Incolor Vermelho
Metil Orange Vermelho Amarelo
Soluções Tampão:
Uma solução tampão, solução tamponada ou simplesmente tampão é aquela solução
capaz de manter aproximadamente constante o valor do seu pH quando é adicionado à ela um
ácido ou base. Podemos dizer que a concentração do íon Hidrogênio não sofre grandes
alterações devido à adição de substâncias ácidas ou básicas.
A solução tampão pode ser constituída de um ácido fraco e seu respectivo sal ou uma
base fraca e seu respectivo sal.
A importância das soluções tampão não estão apenas associadas ao uso nos
laboratórios de pesquisas. A natureza também utiliza soluções tampão em diversos lugares.
Um exemplo de solução tampão é o plasma sanguíneo dos seres humanos.
A nossa corrente sanguínea deve ter um pH apropriado para a respiração acontecer. Se
o sangue não fosse uma solução tamponada, ninguém sobreviveria após ingerir molho de
tomate, suco de maracujá ou mesmo refrigerante. Esses alimentos são ácidos e alteram o pH
do sangue. Se não existisse solução tampão a respiração não continuaria acontecendo e o
corpo humano poderia ser levado à morte.
O pH sanguíneo deve ser 7,4 para a respiração ocorrer. Qualquer alteração no valor
desse pH é rapidamente compensado pelo tampão presente na circulação sanguínea para que a
respiração continue acontecendo.
No caso do tampão presente na circulação sanguínea, o ácido fraco envolvido e o sal
são o ácido carbônico e o bicarbonato. No caso de excesso do íon H+ o seguinte equilíbrio é
deslocado para a esquerda:
H2CO3 = H+ + HCO3
-
No caso de excesso do íon OH-, o seguinte equilíbrio é deslocado para a direita:
OH- + H2CO3 = H2O + HCO3
-
Dessa forma, a concentração do íon Hidrogênio é mantida constante (pH = 7,4) e com
isso é possível ocorrer a respiração.
4.3. Mundo do Químico
O site “Mundo do Químico” que pertence à IG não fornece muito conteúdo sobre o
conceito de equilíbrio químico, porém, apresenta informações sobre o grau de equilíbrio, o
produto iônico da água, a Lei da Diluição de Ostwald, o efeito do íon comum, fatores que
afetam um equilíbrio e solução tampão que são temas importantes para estudar as
características que pertencem a um equilíbrio.
4.3.1. Conteúdo do Site
Equilíbrio Químico
Conceito: Equilíbrio Químico é uma reação reversível na qual a velocidade da reação
direta é igual à da reação inversa e, consequentemente, as concentrações de todas as
substâncias participantes permanecem constantes.
Constante de equilíbrio:
aA + bB → cC + dD
Ke não varia com a concentração nem com a pressão, mas varia com a temperatura.
Quanto maior o Ke, maiores são as concentrações dos produtos em relação às dos
reagentes, no equilíbrio.
Quanto menor o Ke, menores são as concentrações dos produtos em relação às dos
reagentes, no equilíbrio.
Grau de equilíbrio:
O grau de equilíbrio varia com a temperatura e com a concentração e, se o equilíbrio
tiver participante gasoso, varia também com a pressão.
Equilíbrios gasosos homogêneos:
aA(g) + bB(g) → cC(g) + dD(g)
Kp = Ke.(RT)∆n
∆n = (c + d) – (a + b)
Equilíbrios heterogêneos – os participantes sólidos não entram na expressão do Ke
nem do Kp (se houver).
Princípio de Le Chatelier:
“Quando se exerce uma ação sobre um sistema em equilíbrio, ele desloca-se no
sentido que produz uma minimização da ação exercida.”
Equilíbrio e Temperatura:
Um aumento da temperatura desloca o equilíbrio para a reação endotérmica.
Uma diminuição da temperatura desloca o equilíbrio para a reação exotérmica (lei de
van’t Hoff).
Equilíbrio e Pressão:
Um aumento da pressão desloca o equilíbrio para a reação que ocorre com contração
de volume.
Uma diminuição da pressão desloca o equilíbrio para a reação que ocorre com
expansão de volume.
Equilíbrio e Concentração:
Um aumento da concentração de um participante desloca o equilíbrio no sentido da
reação em que este participante é consumido.
Uma diminuição da concentração de um participante desloca o equilíbrio no sentido da
reação em que este participante é formado.
Equilíbrio e Catalisador:
O catalisador não desloca equilíbrio, apenas diminui o tempo necessário para atingi-lo.
Constante de ionização de ácidos e bases:
CH3COOH → CH3COO- + H
+
NH3 + H2O → NH4+
+ OH-
|H2O| não entra na expressão de constante de equilíbrio em solução aquosa.
Cada etapa da ionização tem sua constante, representada por K1, K2, K3, ..., sendo K1
>> K2 >> K3 >> ...
No caso dos poliácidos, a [H+] pode ser considerada como proveniente só da primeira
etapa da ionização (K1).
Quanto maior for a constante Ka ou Kb, maior será a força do ácido ou base.
Lei da diluição de Ostwald:
Para eletrólito fraco → (1 – a) = 1. Portanto: K = a²|eletrólito|inicial.
O grau de ionização de um eletrólito aumenta com a diluição ou com a diminuição da
concentração em mol/L de eletrólito.
Diluindo um ácido fraco, aumenta o Ka mas diminui a [H+].
Diluindo uma base fraca, aumenta o Kb mas diminui a [OH-].
Produto iônico da água:
Kw = [H+].[OH
-] = 10
-14 (25º C)
pH = - log [H+]
pOH = - log [OH-]
Água pura a 25º C: [H+] = [OH
-] = 10
-7 mol/L
pH = 7 e pOH = 7
Solução ácida: [H+] > 10
-7 e [OH
-] < 10
-7
pH < 7 e pOH > 7 (25º C)
Solução básica: [OH-] > 10
-7 e [H
+] < 10
-7
pOH < 7 e pH > 7 (25º C)
Quanto menor o pH, mais ácida e menos básica é a solução.
Quanto maior o pH, menos ácida e mais básica é a solução.
Efeito do íon comum:
Quando adicionado a um ácido (HA) um sal com o mesmo ânion (A-) produz:
Diminuição do grau de ionização de HA ou enfraquecimento de HA;
Diminuição da [H+], portanto aumenta o pH da solução. O íon comum não
altera a constante de ionização do ácido.
Quando adicionado a uma base (BOH) um sal com o mesmo cátion (B+) produz:
Diminuição do grau de ionização de BOH ou enfraquecimento de BOH;
Diminuição da [OH-], portanto diminuição do pH da solução. O íon comum
não altera a constante de ionização da base.
Solução Tampão:
Uma solução tampão mantém o pH aproximadamente constante quando a ela são
adicionados íons H+ ou íons OH
-.
As soluções tampão têm grande importância biológica.
Exemplos: HCO3-/H2CO3 e HPO4
2-/H2PO4
-, responsáveis pela manutenção do pH do
sangue.
Sais de ácidos fracos e bases fortes (como o NaCN) em solução aquosa
dão hidrólise do ânion.
A solução aquosa é básica: A- + H2O → HA + OH
-
Sais de ácidos fortes e bases fracas (como o NH4Cl) em solução aquosa
dão hidrólise do cátion.
A solução aquosa é ácida: B+
+ H2O → BOH + H+
Sais de ácidos fracos e bases fracas (como o CH3COONH4) em solução
aquosa dão hidrólise do ânion e do cátion.
A solução aquosa será ácida se o Ka for maior que o Kb; caso contrário, será básica.
Ânions de ácidos fortes e cátions de bases fortes não dão hidrólise.
Portanto os sais de ácidos fortes e bases fortes (como o NaCl) não dão hidrólise e a
solução aquosa é neutra.
Equilíbrio da dissolução:
Kps de (An+
)x(Bm-
)y = [An+
]x.[B
m-]
y na solução saturada.
A solubilidade de um composto iônico em água pode ser diminuída pelo efeito do íon
comum. Assim, o AgCl é menos solúvel numa solução que já contém íons Cl- do que em
água pura. Quanto maior for a concentração do íon comum, maior será a diminuição da
solubilidade.
Para que um composto iônico precipite de sua solução, é preciso que seja ultrapassado
o valor do seu Kps. Quando esse valor for atingido, a solução estará saturada.
Sendo M (mol/L) a solubilidade de um composto iônico:
Kps = M2 para compostos do tipo (A
n+)1(B
n-)1.
Exemplos: AgCl, BaSO4
Kps = 4M3 para compostos do tipo (A
2+)1(B
-)2 ou (A
+)2(B
2-)1.
Exemplos: Mg(OH)2, Ag2S
Kps = 27M4 para compostos do tipo (A
+)3(B
3-) ou (A
3+)(B
-)3.
Exemplos: Ag3PO4, Al(OH)3
Kps = 108M5 para compostos do tipo (A
2+)3(B
3-)2 ou (A
3+)2(B
2-)3.
Exemplos: (Ca2+
)3(PO43-
)2, (Fe3+
)2(S2-
)3
A solubilidade de um sólido em um líquido:
Aumenta quando DHsol > 0
Diminui quando DHsol < 0
A solubilidade aumenta com a temperatura, e DHsol > 0, quando o corpo de chão não
é do soluto anidro, mas de um de seus hidratos, formados quando ele é dissolvido na água.
Pontos de inflexão nas curvas de solubilidade indicam a formação de sais hidratados.
A pressão não influi na solubilidade de sólidos em líquidos.
A solubilidade de um gás em um líquido:
Diminui com o aumento da temperatura.
É diretamente proporcional à pressão (lei de Henry).
4.4. QuiProcura
O conteúdo deste site não oferece segurança, visto que 1) o autor do site não apresenta
informações próprias sobre si mesmo (graduação, profissão, etc.), 2) não é um site com
vínculo universitário, 3) o site é voltado para tirar dúvidas. No entanto, os exemplos citados
no texto podem servir como ferramenta para compreensão de que o equilíbrio químico está
presente consideravelmente em nosso cotidiano, tais como: o equilíbrio que ocorre dentro de
uma garrafa de refrigerante ou o deslocamento que acontece em lentes fotocromáticas.
4.4.1. Conteúdo do Site
Equilíbrio Químico
Escrito por: Miguel A. Medeiros
Revisado em: 27 de junho de 2004
Estado de Equilíbrio, o que é?
Bem, você pode imaginar uma situação real e que acontece no seu dia-a-dia.
Imagine uma garrafa de cerveja, quando a colocamos em um congelador ou freezer e
esquecemos de retirá-la, após um determinado tempo, possivelmente a garrafa teria estourado,
mas muitas vezes isso não ocorre, ocorrendo um fenômeno que é denominado de
supercongelamento, isto é, quando o líquido, no caso a cerveja, “esquece” de congelar, pois
o processo de resfriamento foi muito rápido e as moléculas do líquido estão em um estado de
equilíbrio. No entanto, quando retiramos a garrafa do congelador e a abrimos, ela estoura,
pois diminuímos a pressão no interior da garrafa, ou seja, diminuímos a pressão dentro do
sistema, o que provoca uma perturbação no estado de equilíbrio que se estabelecia dentro da
garrafa.
Estados de Equilíbrio estão muito presentes no nosso dia-a-dia, seja em fenômenos
físicos, biológicos e, até mesmo, fenômenos químicos.
Exemplos diversos de equilíbrio químico podem ser verificados no nosso cotidiano,
tais como os descritos abaixo:
Óculos:
Você, possivelmente, já viu ou ouviu falar dos óculos fotocromáticos, talvez não os
conheça por este nome, mas deve conhecê-los.
Óculos fotocromáticos são aqueles que possuem lentes que mudam de cor, conforme a
intensidade luminosa, ou seja, quando uma pessoa que usa este tipo de óculos está dentro de
uma residência, as lentes são praticamente incolores, mas quando esta pessoa sai pra fora da
residência, ficando exposta à luz, as lentes tendem a ficar com uma coloração escura, isso é
devido à uma reação química que ocorre nos óculos, você sabia?
A reação que ocorre nas lentes dos óculos é a seguinte:
AgCl + Energia Ag + Cl
O cloreto de prata (AgCl), quando na lente, dá uma aparência clara para a mesma, já a
prata metálica (Ag), quando é formada na lente dá uma aparência escura à lente. Esta reação é
um caso em que se aumentar a energia, no caso a claridade, na lente o equilíbrio deslocará
para o lado da formação do Ag elementar que é escuro (na lente). Quando se diminui a
intensidade luminosa na lente ocorre o favorecimento da reação inversa, ou seja, a diminuição
da sensação escura.
Este exemplo é abrangido pelo princípio de Le Chatelier, que diz: “Quando um
sistema está em equilíbrio e sofre alguma perturbação, seja ela por variação de pressão, de
concentração de algum dos reagentes ou dos produtos, ou pela variação da temperatura, o
sistema tenderá a retornar o estado de equilíbrio, a partir da diminuição do efeito provocado
pela perturbação”.
Este princípio pode ser enunciado de uma maneira mais simplificada, quando se
aplica uma perturbação a um sistema em equilíbrio, o sistema tende a provocar um reajuste
para diminuir as influências da perturbação.
Outro exemplo de equilíbrio químico em nosso dia-a-dia é o caso da garrafa de
refrigerante, isso mesmo, refrigerante.
Refrigerante:
Dentro de uma garrafa de refrigerante, ocorrem várias reações, mas um destaque pode
ser dado para o ácido carbônico (H2CO3), que se decompõe em H2O e CO2:
H2CO3(aq) H2O + CO2(g)
Esta é uma reação de decomposição do ácido carbônico, sendo que ela está em
equilíbrio químico, pois a medida que ocorre a decomposição, também ocorre a formação de
ácido carbônico, sendo assim, pode-se dizer que esta é uma reação que representa um estado
de equilíbrio, que sofre influência pelo aumento de temperatura, pela pressão e, também, pela
concentração.
Quando abrimos a garrafa de refrigerante, ocorre uma diminuição da pressão no
interior do sistema (garrafa de refrigerante), ocorrendo um deslocamento do equilíbrio para o
lado de maior número de mols gasosos, ou seja, o lado dos produtos. Isto é mostrado pelo
princípio de Le Chatelier. O estado de equilíbrio também pode ser deslocado pelo aumento da
temperatura, ou seja, caso coloquemos um pouco de refrigerante para aquecer em um
recipiente adequado, ocorrerá a liberação de gases (esta reação é endotérmica), assim como no
caso em que abrimos a garrafa de refrigerante, ou seja, o gás liberado é o gás carbônico, CO2.
Neste exemplo, nas duas situações, estaremos provocando um deslocamento de equilíbrio
químico, o que provocará no refrigerante uma modificação no seu gosto. Isto você já deve ter
percebido, quando um resto de refrigerante fica muito tempo dentro da geladeira, ele fica com
um gosto diferente, isto ocorre devido ao fato de ter ocorrido perda de CO2, logo, perda de
H2CO3.
Estes dois exemplos, lentes fotocromáticas e garrafa de refrigerante, são exemplos de
equilíbrio químico, que ocorrem em nosso cotidiano, mas não são os únicos exemplos,
podemos citar, ainda, o caso do equilíbrio químico que ocorre nos dentes ou do que ocorre
nos pulmões, entre outros tantos.
4.5. Universitat de València-Estudi General
O site da Universitat de València-Estudi General apresenta um conteúdo bastante
completo sobre o conceito de equilíbrio químico. Explica todo o conceito termodinâmico e
cinético envolvido nas reações reversíveis. Demonstra os métodos para encontrar as
expressões utilizadas nos cálculos de equilíbrio. Cita todos os fatores que influenciam no
deslocamento do equilíbrio e, ainda apresenta problemas resolvidos que contribuem para o
entendimento.
4.5.1. Conteúdo do Site
Equilíbrio Químico
Considerações termodinâmicas:
Um sistema em que um processo espontâneo ocorre, tende a um estado de equilíbrio
em que as variáveis do sistema permanecem constantes. Durante este processo a energia livre
diminui até alcançar um valor mínimo de equilíbrio. Em um sistema em que uma reação
química ocorre, o equilíbrio pode quantificar mediante a constante de equilíbrio, que está
relacionada com a variação de energia livre padrão da reação. A constante termodinâmica é
em função das atividades das substâncias que interferem na reação. A atividade de uma
substância em uma solução é uma medida da tendência da substância em escapar da solução
para outras soluções com menor atividade. A atividade, a, está relacionada com a
concentração, C, mediante o coeficiente de atividade, γ, sendo a = γ.C. O coeficiente de
atividade é uma medida do grau de divergência do comportamento da substância em relação
ao ideal. Para o solvente a atividade se relaciona com sua pressão de vapor, aD = PD / PDº,
onde PDº é a pressão de vapor do solvente puro.
A reação entre a constante de equilíbrio termodinâmica, Kº, e a concentração, Kc, pode
ser dada como:
Kº = Kc.K
γ
Onde Kγ é o produto dos coeficientes de atividade elevados aos coeficientes
estequiométricos. Os coeficientes de atividade variam de unidade devido, principalmente, as
diferentes forças intermoleculares que presentes na solução com relação ao estado de
referência, portanto, quando na reação interferirem espécies carregadas, a discrepância será
maior.
Considerações cinéticas:
Do ponto de vista cinético, no equilíbrio químico a velocidade da reação direta e
reação inversa são iguais, uma vez que as concentrações de reagentes e produtos permanecem
constantes. Portanto, a constante de equilíbrio é igual à relação entre as constantes de
velocidade das reações direta e inversa:
Kc = Kd / Ki
Devemos também ter em mente que é necessário um tempo para que se alcance o
equilíbrio, inicialmente, quando há apenas reagentes, a velocidade da reação direta é máxima
e a da reação inversa é zero, conforme , conforme se processa o equilíbrio ambas se igualam e
no equilíbrio são iguais. Mas o tempo é necessário para que isto aconteça. Na aplicação de
equilíbrio com fins analíticos, é preciso considerar o tempo necessário para sua concretização.
Soluções de eletrólitos:
Um eletrólito é uma substância que produz íons em solução. Devido as fortes
interações de largo alcance existente entre os íons na solução, os coeficientes de atividade
diferem bastante da unidade, mesmo em soluções diluídas. Estas forças interiônicas produzem
uma ordenação dos íons na solução de forma que ao redor de um íon positivo haverá mais
íons negativos e vice-versa. Esta distribuição heterogênea de cargas produz a aparição de um
potencial elétrico, pois a carga em qualquer ponto da solução nunca será nula. Isto produz
uma estabilização da solução devido aos íons se rodearem de outros de carga oposta, o que faz
com que tenham menos tendência de escapar da solução e a atividade será inferior a
concentração. Uma medida da intensidade do campo elétrico criado pelos íons existentes na
solução pode ser obtido mediante a força iônica, I:
Onde Zi é a carga do íon i, e Ci, sua concentração. A relação entre a força iônica e os
coeficientes de atividade é dada de forma aproximada pela equação de Debye-Huckel:
Onde A e B são constantes que dependem do solvente e da temperatura, e ai, um
parâmetro semiempírico que leva em conta o tamanho do íon. Na água a 25º C, A = 0,509 e B
= 0,329. A equação anterior tem demonstrado sua validez para forças iônicas inferiores a 0,1
M. A força iônica baixa, I < 0,01 M, pode ser utilizada lei limite de Debye-Huckel:
Experimentalmente se tem observado que γ primeiro diminui com I, tal como previsto
pela equação de Debye-Huckel, porém logo aumenta. Este aumento se deve a solvatação dos
íons que produzem uma diminuição na quantidade de solvente livre e, portanto um aumento
na concentração efetiva do eletrólito. Empiricamente pode ser incluindo frente a este
comportamento um termo I na equação de Debye-Huckel, esta modificação se conhece como
equação estendida ou ampliada de Debye-Huckel.
Em alguns casos, pode utilizar a equação de Davies:
Esta expressão foi desenvolvida empiricamente e não requer conhecer parâmetros de
tamanho do íon.
Em muitas soluções os íons se associam para formar pares iônicos. Um par iônico é a
associação de dois íons hidratados que se mantêm unidos por forças eletrostáticas durante um
tempo superior a várias colisões com o solvente. Em água a associação de pares iônicos é
praticamente desprezível para eletrólitos 1:1, mas pode ser significativo para eletrólitos com
cargas superiores ou mesmo em eletrólitos 1:1. Por exemplo, a 25º C em água uma solução de
CuSO4 0,001 M existe 10% de associação iônica, em 0,01 M 35% e até 57% para uma
concentração de 0,1 M. A formação de pares iônicos reduz o número de íons na solução e,
portanto, reduz a força iônica, ao termos isto em mente melhora a aplicação da equação de
Debye-Huckel.
Fatores que afetam o equilíbrio:
O equilíbrio pode ser deslocado por diversos fatores, que podemos classificar como
relevantes ou não no valor da constante termodinâmica:
Modificam o valor da constante de equilíbrio termodinâmica:
Temperatura;
Pressão;
Natureza do solvente.
Não modificam o valor da constante de equilíbrio termodinâmica:
Atividade do solvente;
Força iônica;
Reações laterais.
Cálculos no equilíbrio:
Os cálculos das concentrações no equilíbrio requerem um sistema de equações com as
espécies existentes no equilíbrio. As equações do sistema procedem de:
As constantes de equilíbrio;
Os balanços de massas;
O balanço de cargas é necessário.
A seguir temos um procedimento sistemático para resolver este tipo de problema:
1) Escrever o equilíbrio que ocorre;
2) Identificar as espécies que interferem no equilíbrio e quais concentrações são
determinadas;
3) Encontrar as constantes de equilíbrio;
4) Encontrar os balanços de massas que expressão a conservação da matéria para
as substâncias em solução;
5) Encontrar o balanço de cargas, se necessário. A utilização do balanço de cargas
é necessária quando o número de espécies é superior ao número de equilíbrios mais balanço
de massa. Isto acontece quando o solvente interfere na reação, por exemplo, nos equilíbrios
ácido-base;
6) Resolver o sistema de equações fazendo aproximações razoáveis onde for
possível.
Vejamos alguns exemplos de aplicação das equações:
Problema: Calcular o log K da primeira protonação do ácido fosfórico em uma
solução de força iônica 0,02 M.
Temos o seguinte equilíbrio: PO43-
+ H+ HPO4
2-
A relação entre as constantes de atividade e concentrações será:
Kº = Kc . γHPO4 / (γH . γPO4)
Portanto:
Para calcular os coeficientes de atividade utilizaremos a equação de Debye-Huckel.
Nas tabelas temos: log Kº = 12,38.
E os parâmetros de tamanho: aH = 9; aHPO4 = 4.
Portanto:
log γH = - (0,509.(+1)2.(0,02)
0,5) / (1 + 0,329.9.(0,02)
0,5) = - 0,0508
(lembrando que RAIZ QUADRADA DE I = I 1/2
= I 0,5
)
De onde:
γH = 0,890
De igual forma se obtém os outros coeficientes de atividade:
γHPO4 = 0,571; γPO4 = 0,284
Finalmente obtemos:
log Kc (I = 0,02) = 12,04
Problema: Calcular o valor da constante global de formação do complexo AgCl43-
,
em um meio de força iônica 2 M, utilizando a equação de Davies e sabendo que o valor da
constante é log β = 5,9 a força iônica 0,2 M.
Em primeiro lugar temos que obter a constante de força iônica zero (termodinâmica),
para isso utilizamos a expressão:
βº = βc.β
γ
Como conhecemos a constante I = 0,2, calculamos os coeficientes de atividade a esta
força iônica e obtemos βγ
(I = 0,2).
Uma vez conhecida βº, aplicaremos:
βc = βº / β
γ
Nesta ocasião, como é desejado a constante I = 2 M, se calculam os coeficientes de
atividade a esta força iônica e se obtém βγ
(I = 2).
O resultado final é log βc(I = 2) = 7,91.
4.6. Universidade de Brasília
Outro exemplo de site que trás um ótimo conteúdo sobre o conceito de equilíbrio
químico é o da Universidade de Brasília (UnB). Todo o material disponível está descrito de
uma maneira simples de se entender. O site explica o conceito de ácidos e bases segundo as
teorias de Arrhenius, Bronsted-Lowry e Lewis, apresenta uma definição detalhada sobre
solução tampão; explicando a importância do estudo do sistema HCO3-\H2CO3, assim como,
esclarece o transporte de CO2 pelo sangue (quando há excesso e quando há deficiência de
composto). Toda a parte de características do equilíbrio está bem formulada, atendendo muito
bem às dúvidas envolvidas no contexto. O texto também fornece toda a consideração
termodinâmica que engloba o equilíbrio químico, favorecendo ainda mais o entendimento. No
final do site é disponibilizada uma lista com exercícios de fixação (a qual foi descartada neste
trabalho) que contribuem para um melhor aprendizado.
4.6.1. Conteúdo do Site
Equilibrio Químico
Define-se equilíbrio químico como o estado em que, na reação, as velocidades de
formação do produto é igual a velocidade de formação dos reagentes. Ex: 2NH3 N2 +
3H2. A formulação termodinâmica das condições do equilíbrio permite determinar os efeitos
que as modificações de pressão ou de temperatura provocam sobre o sistema reacional em
equilíbrio.
Ácidos e Bases:
Um dos mais importantes tipos do equilíbrio químico é o que existe quando ácidos e
bases estão presentes em uma solução. De acordo com a classificação de Bronsted-Lowry:
Ácido é um doador de prótons.
Base é um receptor de prótons.
Para o nosso trabalho em equilíbrio químico é suficiente a classificação de Bronsted-
Lowry. Esta definição não menciona o solvente (e vale mesmo na ausência de solvente), por
outro lado, o meio reacional mais importante é a água.
Vamos limitar a nossa análise a este solvente. Um dos parâmetros de maior interesse
nas soluções aquosas de ácidos e de bases é o pH, que se define como:
pH = - log (aH3O+)
Onde H3O+ é o íon hidrônio e aA é a atividade (uma expressão de concentração
efetiva) da espécie A, representação do estado do próton na solução aquosa. Em
concentrações baixas, a atividade dos íons hidrônio é aproximadamente igual a molalidade ou
à molaridade, e então a determinação do pH é uma indicação da concentração dos íons
hidrônio. Muitas grandezas termodinâmicas, no entanto, dependem do próprio pH, e não é
necessária esta aproximação nem esta interpretação.
Equilíbrios ácido-base em água:
Na água, um ácido HÁ participa do seguinte equilíbrio de transferência de próton:
HA(aq) + H2O(l) H3O+
(aq) + A-(aq)
Definições de Ácidos e Bases:
Autor da Teoria Solvente Ácido Base
Arrhenius Água
Composto de
hidrogênio que se
dissocia em água
para dar íons H+
Composto de
hidróxido que se
dissocia em água
formando íons
hidróxido
Bronsted-Lowry Qualquer solvente Composto que
fornece prótons
Composto que
aceita prótons
Lewis Não está limitado Receptor de um par
de elétrons
Doador de um par
de elétrons
Sistema Tampão:
Definição: soluções que possuem capacidade de resistir a variações de pH pela adição
a ela de ácidos ou de bases, chamam-se soluções tampão. Elas são constituídas geralmente por
sistemas de doadores e receptores de prótons, dissolvidos no mesmo solvente.
As reações bioquímicas em plantas ou animais são sensíveis a variações de pH, por
dois motivos: podem ser afetados equilíbrios críticos ou mais frequentemente porque as
velocidades de reação são muito alteradas por uma mudança no pH do meio de reação.
Entretanto, estas variações de pH normalmente não ocorrem em organismos sadios,
porque seus fluídos são bem tamponados. Grandes variações na comida e na bebida e na
maneira de viver, embora produzam mudanças internas consideráveis no corpo, afetam muito
pouco o pH do sangue. Até a maioria das doenças provoca mudanças muito pequenas.
O sangue humano é tamponado por uma série de sistemas. O sistema H2CO3-HCO3-
no sangue é especialmente interessante.
Homeostase (equilíbrio do organismo) do íon hidrogênio:
A maioria dos seres vivos emprega oxigênio do ar atmosférico para oxidar
metabólicos, gerando água, gás carbônico e obter energia necessária para o funcionamento
dos vários processos vitais.
O gás carbônico, CO2, hidrata-se espontaneamente no sangue e forma ácido carbônico,
H2CO3, o qual é um doador potencial de prótons.
Os seres vivos contêm sistemas físico-químicos e fisiológicos capazes de remover,
transportar e lançar considerável massa de íons hidrogênio.
Nos vertebrados a remoção do CO2 formado nos tecidos pela respiração interna faz-se
por simples difusão em consequência do gradiente que se estabelece entre as células e o
sangue. O transporte dá-se através do sangue que circula entre tecidos e pulmões. Os pulmões,
por meio da respiração externa, encarregam-se da eliminação do gás carbônico.
Importância do estado do sistema HCO3-\H2CO3:
O conhecimento do sistema HCO3-\H2CO3 é de grande importância:
O pH do sangue pode ser determinado com precisão, proporcionando
conhecimentos das alterações da concentração hidrogeniônica em função das
variações do bicarbonato do sangue e, portanto, indicando as alterações do equilíbrio
ácido-base.
Na neutralização de ácidos mais fortes que o ácido carbônico, este
sistema constitui a primeira linha de defesa para evitar grandes modificações do
estado de equilíbrio ácido-base.
Normalmente H2CO3 é formado, mesmo em condições patológicas. Nos
processos fisiológicos, durante a rápida passagem do sangue pelos capilares dos
tecidos ou dos pulmões, o tampão HCO3-\H2CO3 sofre alterações dinâmicas para a
neutralização e eliminação do H2CO3.
Os chamados centros respiratórios, que controlam os movimentos dos
músculos torácicos, são regulados pela concentração de CO2 no sangue, fazendo com
que a velocidade de eliminação deste gás pelos pulmões, mantenha o tampão HCO3-
\H2CO3 nas concentrações mais convenientes para garantir a homeostase.
É o sistema, quantitativamente, mais abundante no plasma sanguíneo.
Transporte de CO2 pelo sangue:
O gás carbônico resultante da atividade metabólica, difundido para o sangue, é
conduzido até os alvéolos pulmonares por três processos principais:
1. Por dissolução física no plasma e nos glóbulos vermelhos (CO2 + H2CO3).
2. Combinado às proteínas do sangue: R-NH2 + CO2 R.NHCOO
- + H
+.
3. Ionizado na forma de bicarbonato. Esta é, quantitativamente, a forma mais
importante de transporte de gás carbônico. 64% do gás carbônico adicionado ao sangue
na sua passagem pelos tecidos se transformam em íons bicarbonato, de acordo com a
reação: H2CO3 H+ + HCO3
-
As perturbações da função respiratória ocasionam alterações na pressão de CO2.
Certas alterações são denominadas primárias e determinam o afastamento do estado normal
(concentração de H+, HCO3
- ou de H2CO3) e podem ser:
1. Excesso primário de CO2 – Acidose Respiratória:
Se a pressão de CO2 em uma solução de bicarbonato de sódio for aumentada, o pH
diminui em consequência do aumento da concentração de H2CO3 e dissociação do ácido em
H+ e HCO3
-.
No sangue, in vitro, a queda do pH não é da mesma ordem. Os íons H+ provenientes
do H2CO3 são consumidos, em parte, na titulação dos ânions Hb-, formando secundariamente
HCO3-, de acordo com a reação: H2CO3 + Hb
- HHb + HCO3
-
Em consequência, na equação de Henderson-Hasselbach:
Com o aumento do valor do denominador, o numerador aumenta, produzindo a
variação do pH.
Excesso de CO2 no sangue ocorre quando voluntariamente se prende a respiração ou
se respira ar confinado por algum tempo, ou ainda no efisema pulmonar e nas operações no
tórax. A condição, que se caracteriza pela redução do pH e elevação do conteúdo total de CO2
no sangue é, também, chamada de acidose respiratória.
Em condições patológicas, onde a duração do fenômeno é suficiente longa, observam-
se modificações de origem renal, que tendem a compensar o excesso de CO2. A secreção de
H+ no filtrado do glomérulo e a reabsorção de bicarbonato trazem o pH para valores próximos
do normal. A condição, neste caso, aproxima-se de um excesso compensado de CO2.
2. Deficiência primária de CO2 – Alcalose Respiratória:
É a condição que ocorre quando voluntariamente se produz excessiva ventilação
pulmonar pela aceleração do ritmo e aumento da extensão dos movimentos respiratórios. Em
condições patológicas, dá-se quando os centros respiratórios são estimulados por drogas ou
mesmo em certas perturbações mentais.
Em tais situações, a pressão de CO2 no sangue, diminui primariamente, e pela própria
natureza do equilíbrio, ou ainda, em consequência de processos fisiológicos de compensação,
reduz-se também a concentração de bicarbonato, mas em menor extensão que a redução da
pressão de CO2. A condição é conhecida, também, por alcalose respiratória.
Deve-se salientar aqui o papel das proteínas do sangue, principalmente a hemoglobina,
na conservação da constância da concentração de íons H+, ao reduzir a concentração de
H2CO3, pela excessiva ventilação, a hemoglobina funciona como reservatório de prótons,
doando-os ao bicarbonato e determinando assim a redução da concentração deste ânion.
O equilíbrio desloca-se no sentido inverso da condição anterior de acordo com
areação:
HCO3- + HHb → H2CO3 + Hb
-
Definição de pH:
Para exprimir a concentração nas soluções foi introduzida a notação pH. Esta notação
é bastante conveniente e prática e universalmente adotada. É útil para indicar as pequenas
concentrações de prótons existentes nos sistemas biológicos.
Onde [H+] é a concentração hidrogeniônica, usualmente expressa em mols/L.
Equilíbrio Dinâmico:
Em 1863, os químicos noruegueses C. M. Guldberg e P. Waage reconheceram que o
equilíbrio químico é uma condição dinâmica e não estática. Ele é caracterizado não pela
cessação de toda a interação, mas pelo fato de as velocidades das reações direta e inversa se
tornarem igual. Para uma reação química, em nível macroscópico, quando o equilíbrio é
estabelecido, nós não verificamos qualquer variação nas propriedades macroscópicas do
sistema (como temperatura, coloração, número de fases, etc.). No entanto, em nível
molecular, a velocidade da reação direta é compensada pela velocidade da reação reversa.
Condição para o equilíbrio químico:
Uma reação química genérica de componentes A1, A2, A3, ... e coeficientes v1, v2, v3,
... pode ser escrita como: v1A1 + v2A2 + ... ? vnAn + vn+1An+1 + ... ela pode ser escrita
resumidamente como: ?v1A1 = 0
Considere a reação geral, aA + bB cC + dD. De acordo com a lei da ação das
massas, a velocidade da reação direta é proporcional às concentrações de A e B. Elas podem
ser escritas como [A] e [B].
A velocidade direta e reversa pode ser escrita como produto de uma constante e as
concentrações: vdireta = Kd[A][B], vreversa = Kr[C][D]. Como no equilíbrio vdireta = vreversa,
Kd[A][B] = Kr[C][D]. Portanto:
“K” é denominada constante de equilíbrio da reação, ela fornece uma expressão
quantitativa para dependência da afinidade química das concentrações de reagentes e
produtos. Se a reação não atingiu o equilíbrio a razão entre as concentrações é denominada
apenas de constante de massa, Q.
Exemplo: N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g). Para esta reação no equilíbrio, teremos:
Termodinâmica do equilíbrio:
A energia livre padrão de Gibbs (G0) para uma reação química é a diferença entre o
somatório das energias de Gibbs padrão dos produtos menos o somatório das energias de
Gibbs padrão dos reagentes. No equilíbrio, a diferença de energia livre de Gibbs de reação é
zero. A relação entre a energia de Gibbs padrão para uma reação química genérica é:
Onde Pi é a pressão do componente i na mistura reacional e v é o coeficiente do
componente i. Mais tarde veremos como expressar a energia de Gibbs em termos de
concentração.
Se o equilíbrio for estabelecido ∆G = 0 e portanto:
Assim para uma reação química qualquer, aA + bB → cC + dD, o somatório será:
(no equilíbrio)
Kp é uma função de temperatura, Kp (T). Contudo, Kp é independente da pressão total
e independente das variações das pressões parciais individuais. Estas pressões parciais são
variadas alterando as proporções dos reagentes e os produtos na mistura inicial. Depois que a
mistura entra em equilíbrio, as pressões parciais devem estar de acordo com a equação acima.
Esta teoria é restrita para gases ideais.
Princípio de Le Châtelier:
O princípio de Le Châtelier se aplica aos equilíbrios dinâmicos em sistemas fechados e
pode ser enunciado assim:
“Quando um sistema em equilíbrio é submetido a uma força, ele tenderá a se reajustar,
reagindo de maneira a minimizar o efeito desta força.”
Consideremos um sistema em equilíbrio líquido-vapor. Um líquido e seu vapor estão
contidos em um cilindro com um pistão bem ajustado. Um peso colocado em cima do pistão
deslizante mantém a pressão do sistema constante. No equilíbrio, a velocidade de evaporação
do líquido é igual a sua velocidade de condensação, poderíamos dizer que: calor + líquido →
gás.
Quando fornecemos calor ao sistema parte do líquido no cilindro se evapora e, assim,
consome o calor, de maneira que não há aumento na temperatura. Depois do calor ter sido
fornecido, estão presentes mais gás e menos líquido e, assim, o equilíbrio se deslocou para o
gás. A tentativa para esfriar o sistema faz com que ocorra uma alteração oposta, ou seja, o gás
se condensa para formar mais líquido e, assim, é liberado calor de condensação, mantendo
uma temperatura constante. A remoção de calor desloca o equilíbrio para o lado do calor +
líquido.
Um aumento de pressão causa também um deslocamento do equilíbrio líquido – gás.
Numa compressão adiabática em um sistema onde há um cilindro provido de um pistão a uma
pressão inicial P1, se diminuirmos o volume do sistema a pressão aumenta para P2. A
densidade do líquido é maior do que a do gás, assim o equilíbrio gás → calor + líquido
desloca-se para a direita à medida que o volume diminui (como mostra a figura abaixo). Isto
converte o gás em líquido e minimiza o aumento da pressão. Aumentando a pressão sobre um
sistema de equilíbrio gás – líquido favorecemos a fase líquida mais densa, de maneira que
após o equilíbrio ter sido restabelecido, a uma pressão mais alta, estão presentes uma
quantidade maior de líquido e uma menor de gás, e a temperatura é mais alta. Os equilíbrios
sólido – gás (sublimação) se comportam quase todos da mesma maneira que os equilíbrios
líquido – gás.
4.7. Universidade Federal do Pará
O conteúdo encontrado neste site é bastante simplificado, a única informação que
encontramos é apenas da parte teórica que envolve o conceito de equilíbrio químico e os
fatores que influenciam no deslocamento do equilíbrio. Não apresenta nenhum conhecimento
das constantes de equilíbrio, não cita nada sobre ácidos e bases nem a importância de se
conhecer um sistema tampão e, também, não demonstra nenhum tipo de cálculo envolvendo
um equilíbrio químico. Por estes motivos, o site da Universidade Federal do Pará (UFPA) não
é um exemplo de consulta adequada para estudar-se o equilíbrio químico.
4.7.1. Conteúdo do Site
O Princípio de Le Châtelier (1888):
Um estado de equilíbrio químico é mantido enquanto não se alteram as condições do
sistema. Quando se modifica algum parâmetro, como por exemplo, a pressão, a temperatura
ou a concentração de alguma das espécies em equilíbrio, este se desloca em certa direção
(para os reagentes ou para os produtos) até adquirir um novo estado de equilíbrio.
Com base em observações experimentais, Le Châtelier expressou um princípio
simples que permite estimar os efeitos sobre um estado de equilíbrio.
Princípio de Le Châtelier – quando uma reação sofre uma alteração de condições, as
proporções dos reagentes e dos produtos se ajustam de maneira a minimizar o efeito da
alteração.
Efeito da Concentração:
As variações nas concentrações das diversas espécies que intervem no equilíbrio
químico pode alterá-lo. O princípio de Le Châtelier explica este fato considerando que, para
um sistema em equilíbrio químico, a variação da concentração de um dos componentes
constitui uma força. Por exemplo, se se adiciona H2 ao sistema em equilíbrio: H2(g) + I2(g)
2HI(g), este tende a se ajustar de modo a anular o efeito do hidrogênio adicionado. Isto
acontece quando o H2 se combina com o I2 para formar moléculas de HJ, deslocando o
equilíbrio para a direita; isto significa que a [HI] aumenta e a [I2] diminui. Por outro lado, se
se retira um dos componentes do sistema, por exemplo, H2 no sistema: H2(g) + I2(g)
2HI(g), o princípio de Le Châtelier prediz que o sistema se ajustará para fugir do efeito
causado pela remoção de H2. Parte do HI se decompõe para formar H2, para substituir o que
foi retirado. O efeito obtido é a diminuição da concentração de HI e o aumento da
concentração de I2. O equilíbrio fica agora mais deslocado para o sentido dos reagentes.
Efeito da Pressão:
As mudanças de pressão podem exercer considerável efeito sobre a posição de
equilíbrio, ou quase nenhum efeito em absoluto. Por exemplo, um aumento na pressão de um
sistema em que ocorre o seguinte equilíbrio: 2NO2(g) N2O4(g), a reação se deslocará para
o lado com menor número de mols de gás, a fim de atenuar a elevação da pressão. Por outro
lado, se a pressão diminui, a reação se deslocará para o lado com maior número de mols de
gás para ajudar a não reduzir a pressão.
diminui a pressão
←
2NO2(g) N2O4(g)
→
aumenta a pressão
Quando a reação alcança o equilíbrio, um aumento da pressão faz com que a reação
prossiga no sentido do N2O4, pois isso reduz os mols totais de gás presentes e,
consequentemente, a pressão.
Efeito da Temperatura:
Se no sistema onde acontece uma reação eleva-se a temperatura, a reação se deslocará
para o lado que absorve calor (reação endotérmica). Por outro lado, se a temperatura diminui,
a reação se deslocará para o lado que desprenda calor (reação exotérmica).
Voltemos ao exemplo anterior. No sentido da esquerda para a direita, a reação é
exotérmica, e no sentido contrário, é endotérmica, pois precisa romper uma ligação no
dímero. Assim sendo, se T aumenta, a reação ocorrerá do produto ao reagente, e se T diminui,
a reação ocorrerá no sentido contrário.
diminui a temperatura
←
2NO2(g) N2O4(g) ∆Hº < 0 (exotérmica)
→
aumenta a temperatura
Se a reação de esquerda para a direita fosse endotérmica, dever-se-ia inverter a direção
das setas.
Efeito de Catálise:
O princípio de Le Châtelier ignora a presença do catalisador. O que acontece é que a
velocidade de reação aumenta com a ação do catalisador porque ele abrevia o tempo
necessário para que o sistema alcance o equilíbrio. Ele não modifica a posição de equilíbrio,
pois tanto a reação direta como a inversa é catalisada na mesma extensão, já que ele não sofre
uma transformação permanente no curso da reação. Ele participa da reação formando
substâncias intermediárias que reagem imediatamente regenerando o catalizador. Isto pode ser
demonstrado pelas equações:
A + X à AX
AX + B à AB + X X = catalisador
A + B à AB (reação global)
Tabela 1. Efeito das Perturbações sobre o Equilíbrio.
Perturbação
Alteração quando o
sistema reacional
retorna ao
equilíbrio
Efeito sobre o
Equilíbrio
Efeito sobre a
constante
Adição de reagente
Parte do reagente
adicionado é
consumida
Deslocamento para a
direita Não há alteração
Adição do produto
Parte do produto
adicionado é
consumida
Deslocamento para a
esquerda Não há alteração
Redução do volume
Aumento de pressão A pressão diminui
Deslocamento no
sentido do menor
número de moléculas
de gás
Não há alteração
Expansão do
volume
Diminuição de
pressão
A pressão aumenta
Deslocamento no
sentido do maior
número de moléculas
de gás
Não há alteração
Elevação de
Temperatura
Há consumo de
energia térmica
Deslocamento no
sentido endotérmico Há alteração
Abaixamento de
Temperatura
Há desprendimento
de energia térmica
Deslocamento no
sentido exotérmico Há alteração
4.8. Dicas de Química
O site “Dicas de Química” que pertence à UOL é outro exemplo de conteúdo carente
em informação. As únicas características que o site apresenta sobre equilíbrio químico são as
mais básicas possíveis: conceito de equilíbrio químico, fatores que afetam o deslocamento do
equilíbrio e a descrição sobre a constante de equilíbrio. Além de pouco conteúdo a linguagem
do site é bastante informal e, às vezes, acaba tornando a leitura confusa.
4.8.1. Conteúdo do Site
Equilíbrio Químico
Quando ocorre uma reação química e sua direta (A + B → C + D) e sua inversa (C +
D → A + B) ocorrem simultaneamente, chamamos esta reação de uma reação reversível.
Numa reação sem reversibilidade representamos com uma seta; já numa reação reversível,
representamos com uma dupla seta.
O equilíbrio é atingido quando a velocidade da reação direta se iguala a velocidade da
reação inversa. A principal característica a ser observada num equilíbrio, é que esse equilíbrio
é dinâmico, isto é, a reação continua a ocorrer, só que com velocidade direta e inversa
equivalente.
Ação do Catalisador sobre o Equilíbrio:
Sabemos que o catalisador diminui a energia de ativação, facilitando a ocorrência da
reação, aumentando a velocidade da mesma. Com isso, podemos concluir que o catalisador
permite que o equilíbrio seja atingido num tempo menor.
Constante de Equilíbrio:
- Em função da concentração (Kc):
aA + bB cC + dD
Kc = [C]c[D]
d / [A]
a[B]
b
Kc = constante de equilíbrio; [ ] = concentração em mol/L.
Esta equação só pode ser utilizada quando a reação atingir o equilíbrio.
- Em função da pressão parcial (Kp):
aA + bB cC + dD
Kp = (pC)c(pD)
d / (pA)
a(pB)
b
Kp = constante de equilíbrio; p = pressão parcial.
Deslocamento do Equilíbrio:
Alteração na concentração:
- Se aumentarmos a concentração dos reagentes, o equilíbrio se deslocará para a
direita, isto é, no sentido dos produtos.
- Se aumentarmos a concentração dos produtos, o equilíbrio se deslocará para a
esquerda, isto é, no sentido dos reagentes.
- Se diminuirmos a concentração dos reagentes, o equilíbrio se deslocará para a
esquerda, isto é, no sentido dos reagentes.
- Se diminuirmos a concentração dos produtos, o equilíbrio se deslocará para a direita,
isto é, no sentido dos produtos.
Alteração na pressão:
Com o aumento da pressão ocorrerá uma diminuição do volume, logo o deslocamento
acontecerá no sentido em que houver redução da quantidade de mols.
2H2 + O2 2H2O
Reagentes: 2 mols + 1 mol = 3 mols.
Produtos: 2 mols.
Nesta reação, como o produto possui menor quantidade de mols que os reagentes, o
deslocamento ocorrerá para a direita, no sentido dos produtos.
Se diminuirmos a pressão, ocorrerá um aumento do volume, logo o deslocamento
acontecerá no sentido em que houver um aumento do número de mols; na equação
supracitada, se aumentarmos o volume o deslocamento será para a esquerda.
Alteração na temperatura:
O aumento da temperatura favorece a reação endotérmica. A diminuição da
temperatura favorece a reação exotérmica.
CO(g) + NO2(g) CO2(g) + NO(g) ∆H = - 56 Kcal
Como o ∆H é negative, a reação é exotérmica. Este ∆H indica a variação de entalpia
da reação direta, logo a reação inversa é endotérmica. Aumentando a temperatura vai
favorecer a reação endotérmica (inversa), diminuindo a temperatura vai favorecer a reação
exotérmica (direta).
Obs: a interpretação supracitada refere-se a reação acima.
4.9. The University of North Carolina at Chapel Hill
O conceito de equilíbrio químico citado no site da University of North Carolina é
bastante generalizado, nomeando o assunto apenas por “Equilíbrio”. No entanto, o site
apresenta um bom resumo sobre o estudo do equilíbrio químico. Demonstra como se encontra
a expressão da constante de equilíbrio (Ke), também relaciona a constante de equilíbrio em
termos de pressões parciais (Kp) com a Ke. Apresenta um exemplo importante de cálculo de
concentrações no equilíbrio e explica os fatores que afetam o deslocamento do equilíbrio.
Ainda no final do site (o que não foi colocado neste trabalho) pode ser encontrado um resumo
sobre solubilidade.
4.9.1. Conteúdo do Site
Equilíbrio
Nos cálculos de estequiometria, assumimos as reações de execução para compreensão.
No entanto, quando uma reação química é realizada em um recipiente fechado, o sistema
atinge o equilíbrio. Equilíbrio ocorre quando há uma constante relação entre a concentração
dos reagentes e produtos. Reações diferentes têm diferentes equilíbrios. Algumas podem
parecer completamente produtos, no entanto, todas as reações têm alguns reagentes presentes.
A reação pode parecer acabada à olho nu, quando o equilíbrio é atingido, mas na verdade a
reação direta e inversa continuam a acontecer ao mesmo ritmo. A reação inversa é quando a
reação escrita vai da direita para a esquerda enquanto que a reação direta procede da esquerda
para a direita. É por isso que o equilíbrio é, também, chamado de “estado estacionário”.
É possível escrever uma expressão de equilíbrio para uma reação. Isso pode ser
expresso pela concentração dos produtos dividido pela concentração dos reagentes com os
coeficientes de cada equação atuando como expoentes. É importante lembrar que somente
espécies em fase gasosa ou fases aquosas são incluídas nesta expressão, pois a concentração
de líquidos e sólidos não pode mudar. Para a reação:
jA + kB → lC + mD
A expressão de equilíbrio é:
Onde:
K é a constante de equilíbrio;
[A], [B], etc., são as concentrações molares de A, B, etc.;
j, m, etc., são os coeficientes da reação balanceada.
Para cada reação a uma dada temperatura, há apenas um valor para K. Um grande
valor de K implica em dizer que há mais produtos do que reagentes e que o equilíbrio está
para a direita. Um valor pequeno de K implica em dizer que existem mais reagentes do que
produtos, assim a reação fica para a esquerda. É fundamental lembrar que o único fator que
muda K é a temperatura.
Para as reações na fase gasosa, as posições de equilíbrio também pode ser expresso em
termos de pressão. A constante de equilíbrio em termos de pressão, Kp, está relacionada a K
pela equação:
Kp = K (RT)∆n
Onde:
∆n é a soma dos coeficientes dos produtos gasosos menos a soma dos coeficientes dos
reagentes gasosos;
R é a constante da lei dos gases;
T é a temperatura em kelvin.
O quociente de reação, Q, é uma expressão que lida com valores iniciais em vez do
valor de equilíbrio que K lida. Nós comparamos Q e K para determinar a direção que a reação
prosseguirá para a obtenção de equilíbrio. Se Q é maior do que K, o sistema se deslocará para
a esquerda. Se Q for menor que K, o sistema se deslocará para a direita. Se Q for igual a K o
sistema está em equilíbrio.
Para encontrar a concentração que caracterizam um equilíbrio, utiliza-se o “início, a
reação e o equilíbrio” do processo. Isto implica em partir da concentração inicial,
determinando a mudança e usando K para encontrar as concentrações de equilíbrio.
Exemplo “início, a reação e o equilíbrio”:
C2H6(g) + Cl2(g) → C2H5Cl(s) + HCl(g)
Se tivéssemos seis mols de C2H6(g) e seis mols de Cl2(g), originalmente em três litros de
contentores a 10º C, determine a concentração de equilíbrio. Dado para essa reação K = 0,10 a
10º C.
Resposta:
Primeiro devemos converter os valores à molaridade:
Preencher o “início, a reação e o equilíbrio”:
Agora substituir o que sabemos na expressão da constante de equilíbrio e resolver para
x:
Agora podemos encontrar as concentrações de equilíbrio:
[C2H6] = 2 – x = 2 – 0,29 = 1,71 M
[Cl2] = 2 – x = 2 – 0,29 = 1,71 M
[HCl] = x = 0,29 M
Princípio de Le Chatelier nos permite predizer os efeitos das mudanças de
temperatura, pressão e concentração em um sistema em equilíbrio. Afirma que, se um sistema
em equilíbrio sofre uma mudança, o sistema irá deslocar o equilíbrio para tentar compensar a
mudança.
Alteração da concentração (apenas com gases ou soluções aquosas):
Se você diminuir a concentração ou remover alguma espécie, o sistema passará a
produzir mais dessas mesmas espécies. Por outro lado, se você aumentar a
concentração ou acrescentar alguma de uma das espécies, o sistema passará a produzir
menos do que as espécies. Por exemplo, na equação:
H2 + I2 2HI
Se remover H2, o sistema passará para a esquerda (a reação inversa é favorecida) para
produzir mais H2.
Alterar o volume/pressão (apenas gases):
Aumentar o volume tem o mesmo efeito de diminuição da pressão e vice-versa, de
modo que falaremos somente da mudança da pressão. Quando você aumenta a
pressão, o sistema irá mudar para o lado de menor número de moléculas. Da mesma
forma, quando você diminui a pressão, o sistema irá mudar para o lado de maior
número de moléculas. Por exemplo, na equação:
N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g)
Se a pressão for aumentada, o sistema se deslocará para a direita, pois menos
moléculas de gás são produzidas na reação direta do que na reação inversa.
Mudança de temperatura:
Para cada reação, que pode se deslocar no sentido direto e inverso, uma direção é
endotérmica e a outra é exotérmica. A reação é endotérmica se absorve calor ao seu
redor. Por outro lado, uma reação é exotérmica se libera calor para o ambiente. Se
você aumentar a temperatura, então a reação endotérmica será favorecida, pois terá
excesso de calor. Se você diminuir a temperatura, a reação exotérmica será favorecida,
pois irá produzir calor. Por exemplo, na equação:
PCl3(g) + Cl2(g) PCl5(g) + energia
Se a temperatura for aumentada, o sistema irá deslocar para a esquerda, a reação
inversa irá acontecer mais, uma vez que iria usar parte da energia extra.
Utilizando um catalisador:
Um catalisador aumenta a velocidade na qual uma reação ocorre, no entanto ele nunca
tem qualquer efeito sobre o equilíbrio.
5. SITES – VÍDEOS
Pesquisaram-se alguns vídeos na internet com conteúdo sobre o equilíbrio químico. A
maioria dos sites que se encontra disponível são aqueles em que há apenas o ensino de uma
reação, explicando os fatores que afetam o deslocamento do equilíbrio e, não há muitos
vídeos que demonstrem uma simulação de equilíbrio químico. No entanto, buscou-se escolher
aqueles de melhor entendimento, úteis para o estudo sobre reações reversíveis.
5.1. Equilíbrio CrO4-2
/Cr2O7-2
Este vídeo apresenta o equilíbrio envolvido na reação de cromato/dicromato,
demonstrando o que ocorre quando se adiciona solução ácida ou básica em uma solução de
cromato de potássio.
Ao adicionar solução ácida, a solução, que antes era amarela, torna-se vermelha, indicando
que houve formação de dicromato (vermelho);
Ao adicionar solução básica, a solução, que antes era amarela, permanece amarela, indicando
que houve formação de cromato (amarelo).
A foto acima indica o momento em que solução de HCl (ácido) é adiciona à solução
de cromato (cromato), tornando a solução vermelha. Da direita para a esquerda.
5.2. Equilíbrio NO2/N2O4
Este vídeo é apresentado pelo professor Carlos Zanetti que explica os efeitos que
afetam o deslocamento do equilíbrio da reação 2NO2(g) N2O4(g), tais como:
concentração, pressão, temperatura e, também, o catalisador; que não afeta o deslocamento,
mas acelera a velocidades da reação direta e inversa. O dióxido de nitrogênio (NO2) tem
coloração castanha e o peróxido de oxigênio incolor. Assim sendo, ao se adicionar NO2 o
equilíbrio é deslocado no sentido direto (formação de N2O4 – incolor), por outro lado, ao se
adicionar N2O4 o equilíbrio é deslocado no sentido inverso (formação de NO2 – castanho).
Temos que, 2 moléculas de NO2 forma 1 molécula de N2O4, ou seja, se aumentarmos a
pressão o equilíbrio será deslocado para o lado de menor volume, por outro lado, se
diminuirmos a pressão o equilíbrio será deslocado para o lado de maior volume. A reação
direta é exotérmica, portanto, se diminuirmos a temperatura o equilíbrio será deslocado no
sentido de formação de NO2, por outro lado se aumentarmos a temperatura o equilíbrio será
deslocado no sentido de formação de N2O4.
5.3. Equilíbrio Co(H2O)6+2
/CoCl4-2
Este vídeo demonstra o efeito da temperatura sobre o equilíbrio da reação de
Co(H2O)6+2
(aq) + Cl-(aq) CoCl
-2(aq) + 6H2O. O complexo Co(H2O)6
+2 tem coloração rosa,
enquanto que o ânion CoCl-2
tem coloração azulada. A reação direta é endotérmica. O
experimento mostra que quando se aumenta a temperatura o equilíbrio é deslocado no sentido
no sentido de formação do ânion CoCl-2
e, quando se diminui a temperatura o equilíbrio é
deslocado no sentido de formação de Co(H2O)6+2
.
A foto acima indica o momento em que a solução é aquecida e forma o ânion CoCl
-2
de coloração azulada.
5.4. Uma Aula Sobre Equilíbrio Químico
O vídeo apresenta uma aula sobre o conceito de equilíbrio químico com a professora
Simone Morgado. O vídeo é bastante útil, oferecendo uma maneira simples de se entender o
que ocorre em uma reação reversível. Demonstra o cálculo para a expressão da constante de
equilíbrio em termos de concentração (Kc) e, também, para a constante de equilíbrio em
termos de pressão parcial (Kp). A professora ainda fornece exemplos e resolve um exercício
sobre cálculo da constante de equilíbrio.
A foto acima mostra um dos exemplos citados no vídeo, a reação de equilíbrio entre o
monóxido de nitrogênio (NO) e o dióxido de carbono (CO2).
5.5. Aula Sobre o Deslocamento de Equilíbrio
Neste vídeo o professor Gustavo de Schueler explica os fatores que afetam o
deslocamento do equilíbrio. A maneira como o vídeo é apresentado torna o entendimento
sobre esses fatores mais simplificado. O que o professor propõe é uma reação genérica: A(g) +
2B(g) 2C(g), com uma variação de entalpia maior do que zero (∆Hº > 0), ou seja, reação
endotérmica. O professor explica que quando se adiciona mais espécie B o equilíbrio é
deslocado no sentido de formação de espécie C, por outro lado, quando se diminui a espécie C
o equilíbrio é deslocado no sentido de formação de espécie C; quando se aumenta a
temperatura o equilíbrio é deslocado no sentido endotérmico, por outro lado, quando se
diminui a temperatura o equilíbrio é deslocado no sentido exotérmico e; quando se aumenta a
pressão o equilíbrio é deslocado no sentido de menor volume, ou seja, sentido direto, por
outro lado, quando diminui a pressão o equilíbrio é deslocado no sentido de maior volume, ou
seja, sentido inverso.
6. CONCLUSÃO
Os sites pesquisados mostraram o quão escasso é o assunto de equilíbrio químico
disponível na internet. Podemos entender como escasso no sentido de que há muitos sites que
fornecem pouca informação sobre o assunto e, principalmente, não há nada de novo
disponível sobre equilíbrio químico. Apesar destes pontos negativos, alguns sites
proporcionaram um ótimo entendimento sobre o tema, fornecendo conteúdo com bastantes
exemplos do nosso cotidiano, o que torna o site ainda melhor para o estudo sobre equilíbrio
químico.
Os vídeos de demonstrações e simulações, assim como o de ensino do equilíbrio
químico, apresentam um ótimo modelo para o ensino, uma vez que a maneira com o qual
estes vídeos são produzidos providencia uma nova forma para se estudar os fenômenos
envolvidos nas reações reversíveis.
FONTES CONSULTADAS
Equilíbrio Químico – Universidade de São Paulo. Disponível em <
http://www.educar.sc.usp.br/quimicapoio/equil.html >. Acesso em 12 Nov. 2010.
Equilíbrio Químico – Universidade Estadual de Campinas. Disponível em <
http://www.proquimica.iqm.unicamp.br/introteo.html >. Acesso em 12 Nov. 2010.
Equilíbrio Químico – Universidade Federal do Pará. Disponível em <
http://www.quimica.icen.ufpa.br/principio de le chatelier.html >. Acesso em 12 Nov. 2010.
Equilíbrio Químico – Dicas de Química. Disponível em <
http://www.dicasdequimica.vilabol.uol.com.br/equilibrio.html >. Acesso em 15 Nov. 2010.
Chemical Equilibrium – The University of North Carolina at Chapel Hill. Disponível
em < http://www.shodor.org/UNChem/advanced/equ/index.html >. Acesso em 15 Nov. 2010.
Equilíbrio Químico – Mundo do Químico. Disponível em <
http://www.mundodoquimico.hpg.ig.com.br/equilibrios_quimicos.html >. Acesso em 15 Nov.
2010.
Equilíbrio Químico – QuiProcura. Disponível em <
http://www.quiprocura.net/equilibrio.html >. Acesso em 16 Nov. 2010.
El Equilibrio Químico – Universitat de València-Estudi General. Disponível em <
http://www.uv.es/~baeza/equili.html >. Acesso em 16 Nov. 2010.
Equilíbrio CrO4-2
/Cr2O7-2
. Disponível em <
http://www.youtube.com/watch?v=Kn93VdJbmvM&feature=related >. Acesso em 17 Nov.
2010.
Equilíbrio NO2/N2O4. Disponível em <
http://www.youtube.com/watch?v=Kz5f_JqczHU >. Acesso em 15 Nov. 2010.
Equilíbrio Co(H2O)6+2
/CoCl4-2
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http://www.youtube.com/watch?v=zI9R8SfA2-M&feature=related>. Acesso em 21 Nov.
2010.
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http://www.youtube.com/watch?v=eJvYnIoeLVM&feature=related >. Acesso em 23 Nov.
2010.
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http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2010/08/professor-da-aula-sobre-o-
deslocamento-do-equilibrio-quimico.html >. Acesso em 23 Nov. 2010.
Demais sites analisados:
< http://www.educacao.uol.com.br/quimica/equilibrio-quimico.jhtml >. Acesso em 14
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< http://www.disciplinas.uniararas.br/quimica/conteudos-especificos/farmacia.html >.
Acesso em 15 Nov. 2010.
< http://www.colegioweb.com.br/quimica/equilibrio-quimico.html >. Acesso em 15
Nov. 2010.
< http://www.brasilescola.com/quimica/equilibrio-quimico.html >. Acesso em 17 Nov.
2010.
Demais vídeos analisados:
< http://www.youtube.com/watch?v=eJvYnIoeLVM >. Acesso em 17 Nov. 2010.
< http://www.youtube.com/watch?v=sEmRHMVurMs >. Acesso em 18 Nov. 2010.
< http://www.youtube.com/watch?v=zI9R8SfA2-M&feature=related >. Acesso em 16
Nov. 2010.
< http://www.youtube.com/watch?v=l82uoVuIPKQ&feature=related >. Acesso em 17
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< http://www.youtube.com/watch?v=JrEDZMgj-aQ&feature=related >. Acesso em 18
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< http://www.youtube.com/watch?v=G1TN8gYVLmk&feature=related >. Acesso em
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< http://www.youtube.com/watch?v=Sd1hx2kl8L0&feature=related >. Acesso em 19
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< http://www.youtube.com/watch?v=f9aTOSpkUng >. Acesso em 20 Nov. 2010.
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< http://www.youtube.com/watch?v=-ZUVUlHzuk8 >. Acesso em 21 Nov. 2010.
< http://www.youtube.com/watch?v=G8UON02ZMWQ >. Acesso em 19 Nov. 2010.
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< http://www.youtube.com/watch?v=0XQVXFL4uoo&feature=related >. Acesso em
23 Nov. 2010.