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1
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE SAÚDE DE NOVA FRIBURGO
CURSO DE ODONTOLOGIA
PATRÍCIA QUEIROZ ROCHA DOS REIS
EFEITO DE UM DENTIFRÍCIO À BASE DE NANOHIDROXIAPATITA
NA RUGOSIDADE DO ESMALTE BOVINO
NOVA FRIBURGO
2016
2
PATRÍCIA QUEIROZ ROCHA DOS REIS
EFEITO DE UM DENTIFRÍCIO À BASE DE NANOHIDROXIAPATITA NA
RUGOSIDADE DO ESMALTE BOVINO
Dissertação apresentada ao curso de Odontologia da Universidade Federal Fluminense / Instituto de Saúde de Nova Friburgo, como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Mestre em Odontologia, na Área de concentração em clínica Odontológica.
Orientador: Prof. Dr. Marcos de Oliveira Barceleiro
Orientadora: Profª Drª. Fernanda Signorelli Calazans
NOVA FRIBURGO
2016
3
FICHA CATALOGRÁFICA
4
PATRÍCIA QUEIROZ ROCHA DOS REIS
EFEITO DE UM DENTIFRÍCIO À BASE DE NANOHIDROXIAPATITA NA
RUGOSIDADE DO ESMALTE BOVINO
Dissertação apresentada ao curso de Odontologia da Universidade Federal Fluminense / Instituto de Saúde de Nova Friburgo, como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Mestre em Odontologia, na Área de concentração em clínica odontológica.
Aprovada em: ____/_____/_________
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. Marcos de Oliveira Barceleiro
Profa. Dra Roberta Barcelos Pereira de Souza
Prof. Dr. Mauro Sayão de Miranda
NOVA FRIBURGO
2016
5
DEDICATÓRIA
Dedico esta conquista aos meus amados pais Aleida Maria de Queiroz dos Reis e Filogonio Rocha dos Reis, e ao meu finado avô José Ferreira de Queiroz.
6
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me permitido chegar até aqui, podendo agora colher os frutos das sementes plantadas ao longo desses dois anos de
mestrado.
Aos meus pais pelo apoio e amor incondicional de sempre, por serem meus melhores amigos e por me proporcionarem todo o suporte necessário para que eu
alcance meus objetivos.
Aos meus queridos familiares e amigos, por desejarem o meu sucesso. Esta conquista não teria o mesmo sabor se eu não pudesse celebrá-la com vocês.
Ao meu orientador Marcos de Oliveira Barceleiro por sempre ter acreditado no meu
potencial, desde a minha época de iniciação científica e monitoria de Dentística durante a graduação em Odontologia. Por todo o apoio e compreensão nos
momentos mais difíceis que enfrentei durante essa jornada. Por ter me motivado a estar no caminho da docência e, principalmente, por ser para mim um exemplo de
mestre, cirurgião-dentista e pesquisador.
À minha orientadora Fernanda Signorelli Calazans pelo carinho e paciência tão acolhedores, e também pela sensibilidade ao me orientar.
A todos os professores do mestrado que compartilharam comigo seus
conhecimentos, por terem sido tão solícitos e por terem contribuído tão gentilmente com a minha formação. Faço aqui um agradecimento especial aos mestres Wantuil Rodrigues Araújo Filho, Andrea Assaf e Marcos de Oliveira Barceleiro por terem me mostrado um outro lado da docência e, com isso, me permitirem enxergar que ser
um excelente mestre vai muito além de possuir títulos acadêmicos.
À Universidade Federal Fluminense, minha instituição do coração, que me acolheu de braços abertos e me permitiu profissionalmente ser quem hoje sou.
A toda a equipe envolvida nesse trabalho, pela dedicação e enorme colaboração:
meus orientadores Marcos de Oliveira Barceleiro e Fernanda Signorelli Calazans; os professores Luiz Augusto Poubel, Wesley Veltri, Eduardo Moreira da Silva e minha
colega Letícia de Souza Lopes.
À minha amiga e eterna “four” Juliana Mattos Corrêa por todos os moccas, chopps, vinhos, sorrisos e lágrimas compartilhados durante esses dois anos de mestrado em
Nova Friburgo. Agradeço por estar sempre presente e ter tornado essa trajetória muito mais prazerosa.
Aos meus amigos e companheiros de mestrado Victor Pinheiro Gavina, Mariana
Gouvêa Latini Abreu, Ludmila da Silva Guimarães e Natalia Oliveira de Lucena por todos os inesquecíveis e divertidos momentos vividos dentro e fora da sala de aula.
7
Ao meu namorado Apoena Saporetti por tudo que tem feito por mim nestes últimos meses, por ser tão solícito e companheiro, e principalmente por ser meu parceiro em
todos os momentos.
8
RESUMO
As nanopartículas de hidroxiapatita (nanoHAp) têm similaridade com os cristais de hidroxiapatita do esmalte dental e quando utilizadas para remineralizar e tratar a hipersensibilidade dentinária, associada ao flúor, parecem penetrar com maior facilidade no interior das microtrincas em esmalte, promovendo um selamento de qualidade e restaurando a microestrutura e a composição superficial dental. O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro o efeito de um dentifrício à base de nanoHAp na rugosidade superficial do esmalte bovino submetido a ciclagem de pH. Foram utilizados 12 discos de incisivos bovinos divididos em 2 grupos experimentais: Grupo 1 – dentifrício com flúor - Colgate Total 12 (Colgate-Palmolive Industrial LTDA) e Grupo 2 – dentifrício com nanoHAp - Megasonex (Grupo Goldspire LTDA). Os espécimes foram submetidos ao teste de escovação simulada em 30 ciclos, 2 vezes ao dia, e submetidos a um modelo de ciclagem de pH (desmineralização 6 h/ remineralização 18 h por dia) durante 14 dias. Todos os espécimes tiveram sua rugosidade superficial avaliada inicialmente e após o tratamento, utilizando um rugosímetro de bancada (Surftest SJ 201). Na análise estatística pela comparação múltipla entre pares, os testes de Bonferroni e Holm demonstraram que após 7 dias não houve diferença estatisticamente significativa no comportamento dos dentifrícios (p>0,05), porém após 14 dias, houve um aumento das médias de rugosidade no grupo 1 (dentifrício com flúor) estatisticamente significativo (p<0,05). Concluiu-se que o dentifrício com nanoHAp promoveu menor rugosidade superficial após 14 dias.
Palavras-chave: Dentifrícios; Esmalte dentário; Hidroxiapatita.
9
ABSTRACT
The hydroxyapatite nanoparticles (nanoHAp) have similarity with the hydroxyapatite crystals of the dental enamel and when used to remineralize and treat dental hypersensitivity, associated with fluoride, seems to easily penetrate inside the enamel micro cracks leading to a high quality sealing and restoring the microstructure and dental superficial composition. The aim of this research was to evaluate in vitro, the effects of dentifrices with nanoHAp on the roughness of the surface of bovine enamel submitted to a pH cycle. Twelve disks of bovine incisors were divided into 2 experimental groups: Group 1- dentifrice with fluoride - Colgate Total 12 (Colgate-Palmolive Industrial LTDA) and Group 2- dentifrice with nanoHAp – Megasonex (Goldspire Group LTDA). The specimens were submitted to 30 cycles of a simulated brushing test, twice a day, besides been submitted to pH cycle model (6 hours demineralization/18 hours remineralization a day) during 14 days. All specimens had their superficial roughness evaluated at baseline and after the treatment, using a bench rugosimeter (Surftest SJ 201). The statistical analyses by multiple comparison between pairs, Holm and Bonferroni test’s demonstrated that after 7 days there were no significant statistical difference in the behavior of the dentifrices (p>0,01), but after 14 days, there was an increase of medium roughness of group 1 (dentifrice with fluoride) statistically significant (p<0,05). It was concluded that the dentifrice with nanoHAp promoted less superficial roughness after 14 days.
Keywords: Dentifrices; Enamel; Hydroxyapatite.
10
LISTA DE TABELAS
- Tabela 1: Resultado do teste de rugosidade (médias de RA)
- Tabela 2: Média de valores de rugosidade nos grupos testados
11
SUMÁRIO
1.Introdução 12
2.Objetivo 13
3.Artigo Pesquisa 14
3.1.Título e informações dos autores 15
3.2.Resumo
3.3 Abstract
16
17
3.4.Introdução 18
3.5.Materiais e métodos 19
3.6.Resultados 20
3.7.Discussão 22
3.8.Conclusões 24
3.9.Referências 24
3.10.Tabelas 22
4. Considerações finais 27
5. Referências
6. Anexos
28
29
Anexo 1 29
Anexo 2 35
Anexo 3 36
12
1 INTRODUÇÃO
A hidroxiapatita (HA) apresenta excelente biocompatibilidade com os tecidos
moles, como pele, músculo e gengivas, tornando-se um candidato ideal para
implantes ou componentes de implantes ortopédicos e odontológicos. HA sintéticas
têm sido amplamente utilizadas na reparação de tecidos duros e indicações comuns
incluem a reparação e aumento de ossos, assim como revestimento de implantes ou
atuando como agentes de preenchimento em ossos ou dentes (CHOI et al., 2013;
ZHOU E LEE, 2011).
Os recentes avanços em nanociência e nanotecnologia reacenderam a
investigação de formação de HA em nanoescala, a fim de definir claramente suas
propriedades. Tem sido sugerido que a nanohidroxiapatita (nanoHAp) pode ser um
biomaterial ideal, devido à sua adequada biocompatibilidade e capacidade de
integração óssea. O desenvolvimento deste material biomédico tem beneficiado
significativamente os avanços em nanotecnologia (CHOI et al., 2013; ZHOU E LEE,
2011).
Tschoppe et al. (2011) observaram que cremes dentais que contém nanoHAp
revelaram efeitos remineralizantes mais elevados em comparação com dentifrícios
fluoretados (AmF) em dentina bovina e tendências comparáveis foram obtidas para o
esmalte. Enquanto Comar et al. (2013) avaliaram in vitro o potencial de pastas
experimentais contendo nanopartículas de hidroxiapatita a 10% e 20%, com ou sem
fluoreto, na prevenção da desmineralização dentária e concluíram que as pastas
experimentais com nanoHAp, independentemente da presença ou não de fluoretos,
não foram capazes de reduzir a desmineralização dentária in vitro.
Um estudo prévio também demonstrou que a nanoHAp teve o potencial de
remineralizar lesões de cárie iniciais sob condições dinâmicas de ciclagem de pH
(VANDIVER et al., 2005). Outros estudos demonstraram que a nanoHAp possui um
bom potencial na remineralização de lesões cariosas em esmalte, porém pouca
informação está disponível sobre a prevenção da desmineralização do esmalte
dental (COMAR et al. 2013).
A HA utilizada em tamanhos nanométricos para remineralização e tratamento
da hipersensibilidade dentinária, associada ao flúor, parece penetrar com maior
facilidade no interior das microtrincas em esmalte, promovendo um selamento de
13
qualidade e restaurando a microestrutura e a composição superficial do dente
(CALAZANS, 2011; CALAZANS, 2014).
Como ainda não está elucidado o efeito da utilização contínua de dentifrícios
contendo nanoHAp sobre a estrutura dental, este trabalho foi realizado procurando
avaliar o efeito da nanoHAp incorporada à um creme dental sobre a rugosidade de
superfície do esmalte bovino submetido à ciclagem de pH.
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro por meio de teste de rugosidade de
superfície o efeito de um dentifrício à base de nanohidroxiapatita na superfície de
esmalte bovino submetido à ciclagem de pH.
14
3 ARTIGO DE PESQUISA – TRABALHO A SER SUBMETIDO PARA O PERIÓDICO “REVISTA BRASILEIRA DE ODONTOLOGIA”
15
Efeito de um dentifrício à base de nanohidroxiapatita na rugosidade do esmalte
bovino
Short title: Tratamento com dentifrício à base de nanohidroxiapatita.
Patrícia Queiroz Rocha dos Reis1
Eduardo Moreira da Silva2
Fernanda Signorelli Calazans1
Luiz Augusto Poubel1
Letícia Souza Lopes2
Wesley Veltri Alves3
Marcos de Oliveira Barceleiro1
1 Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Curso de Odontologia, Universidade
Federal Fluminense, Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil.
2 Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Curso de Odontologia, Universidade
Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.
3 Especialização em Implantodontia, ABORJ
Autor correspondente: Marcos de Oliveira Barceleiro. Rua Dr. Silvio Henrique
Braune, 22, Centro, Nova Friburgo, RJ, Brasil. CEP 28625-650
E-mail: [email protected] Telefone: (22) 2528-7166
Especialidade do artigo: Materiais Dentários
16
Resumo
As nanopartículas de hidroxiapatita (nanoHAp) têm similaridade com os cristais de
hidroxiapatita do esmalte dental e quando utilizadas para remineralizar e tratar a
hipersensibilidade dentinária, associada ao flúor, parecem penetrar com maior
facilidade no interior das microtrincas em esmalte, promovendo um selamento de
qualidade e restaurando a microestrutura e a composição superficial dental. O
objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro o efeito de um dentifrício à base de
nanoHAp na rugosidade superficial do esmalte bovino submetido a ciclagem de pH.
Foram utilizados 12 discos de incisivos bovinos divididos em 2 grupos experimentais:
Grupo 1 – dentifrício com flúor - Colgate Total 12 (Colgate-Palmolive Industrial LTDA)
e Grupo 2 – dentifrício com nanoHAp - Megasonex (Grupo Goldspire LTDA). Os
espécimes foram submetidos ao teste de escovação simulada em 30 ciclos, 2 vezes
ao dia, e submetidos a um modelo de ciclagem de pH (desmineralização 6 h/
remineralização 18 h por dia) durante 14 dias. Todos os espécimes tiveram sua
rugosidade superficial avaliada inicialmente e após o tratamento, utilizando um
rugosímetro de bancada (Surftest SJ 201). Na análise estatística pela comparação
múltipla entre pares, os testes de Bonferroni e Holm demonstraram que após 7 dias
não houve diferença estatisticamente significativa no comportamento dos dentifrícios
(p>0,05), porém após 14 dias, houve um aumento das médias de rugosidade no
grupo 1 (dentifrício com flúor) estatisticamente significativo (p<0,05). Concluiu-se que
o dentifrício com nanoHAp promoveu menor rugosidade superficial após 14 dias.
Palavras-chave: Dentifrícios; Esmalte dentário; Hidroxiapatita.
17
Abstract
The hydroxyapatite nanoparticles (nanoHAp) have similarity with the hydroxyapatite
crystals of the dental enamel and when used to remineralize and treat dental
hypersensitivity, associated with fluoride, seems to easily penetrate inside the enamel
micro cracks leading to a high quality sealing and restoring the microstructure and
dental superficial composition. The aim of this research was to evaluate in vitro, the
effects of dentifrices with nanoHAp on the roughness of the surface of bovine enamel
submitted to a pH cycle. Twelve disks of bovine incisors were divided into 2
experimental groups: Group 1- dentifrice with fluoride - Colgate Total 12 (Colgate-
Palmolive Industrial LTDA) and Group 2- dentifrice with nanoHAp – Megasonex
(Goldspire Group LTDA). The specimens were submitted to 30 cycles of a simulated
brushing test, twice a day, besides been submitted to pH cycle model (6 hours
demineralization/18 hours remineralization a day) during 14 days. All specimens had
their superficial roughness evaluated at baseline and after the treatment, using a
bench rugosimeter (Surftest SJ 201). The statistical analyses by multiple comparison
between pairs, Holm and Bonferroni test’s demonstrated that after 7 days there were
no significant statistical difference in the behavior of the dentifrices (p>0,01), but after
14 days, there was an increase of medium roughness of group 1 (dentifrice with
fluoride) statistically significant (p<0,05). It was concluded that the dentifrice with
nanoHAp promoted less superficial roughness after 14 days.
Keywords: Dental enamel; Hydroxyapatite; Dentifrice.
18
Introdução
As estruturas mineralizadas do elemento dental estão sujeitas durante todo o
tempo a mudanças de pH da cavidade bucal. Diante disto, a saliva, que apresenta
em sua composição íons de cálcio, fosfato e flúor, auxilia na proteção do esmalte
através da formação da película adquirida, agindo diretamente sobre os ácidos
presentes, neutralizando-os e fornecendo estes íons para remineralizar lesões
cariosas.1,2 Quando a saliva não for capaz de manter o equilíbrio entre a perda e o
ganho de íons do esmalte dental, a desmineralização prevalecerá,2,3 e para reverter
e/ou controlar este processo, substâncias têm sido sugeridas,4 dentre as quais
destacam-se os compostos à base de flúor, proteínas derivadas do leite como a
caseína, e compostos bioativos como as nanopartículas de hidroxiapatita de cálcio,
que podem ou não estar associadas ao flúor.5,6,7
Idealmente, um sistema de remineralização deveria favorecer o ganho de
mineral abaixo da superfície ao invés de apenas depositar na camada superficial.
Este fato pode explicar a baixa eficácia dos fluoretos em promover o ganho mineral
de esmalte e, consequentemente, alterar a cor das lesões de mancha branca.8 As
pastas contendo hidroxiapatita (HA) possuem algumas principais vantagens clínicas:
eficácia em prevenir cáries, tratamento de doenças periodontais, eliminam os odores
bucais e possuem um efeito clareador. O componente HA na pasta é relatado como
sendo efetivo em remover o biofilme dental, promover a remineralização da
superfície dos dentes, e dificultar o progresso de lesões de cárie incipientes.9
Partículas de HA de 20 nanômetros têm uma excelente habilidade de reparar
biomimeticamente o esmalte submetido a ataque ácido;10,11 em adição, uma pasta de
HA foi desenvolvida para reparar lesões de cárie iniciais, o que demonstrou
nanocristais de HA perfeitamente crescidos na interface entre a pasta e o esmalte
dental.12,13
A nanohidroxiapatita (nanoHAp) é um dos materiais bioativos mais
biocompatível.14 As nanopartículas de hidroxiapatita têm similaridade com os cristais
de HA do esmalte dentário em estrutura morfológica e estrutura cristalina e quando
utilizadas para remineralização e tratamento da hipersensibilidade dentinária,
associada ao flúor, parecem penetrar com maior facilidade no interior das
microtrincas em esmalte, promovendo um selamento de qualidade e restaurando a
microestrutura e a composição superficial do dente.15
19
Considerando as perspectivas promissoras do uso destas substâncias, o
objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro o efeito de um dentifrício à base de
nanoHAp na rugosidade de superfície do esmalte bovino submetido à ciclagem de
pH.
Materiais e Métodos
Foram utilizados 12 incisivos bovinos. As amostras ficaram armazenadas em
Timol a 0,05% por até uma semana antes da realização dos ensaios. A limpeza foi
obtida pela raspagem da superfície externa com instrumentos periodontais e
profilaxia com pedra pomes e água.
Os dentes foram seccionados em discos de 8 mm de diâmetro e 2 mm de
espessura, obtidos da área mais plana da porção vestibular de esmalte bovino e
ficaram armazenados em água ultrapura a uma temperatura de 4 °C (por até 6
meses para não haver degradação de colágeno). Os fragmentos foram inicialmente
lixados em uma politriz metalográfica (Arotec ® modelo-APL-4), empregando lixas de
carbureto de silício (lixas d água) de abrasividade (400, 600, 800, 1.200 e 2.500) e
com irrigação abundante, e desta forma, foi feita a padronização pela planificação da
superfície. Em seguida, foram obtidos os discos a partir do recorte dos fragmentos
com o auxílio de pontas diamantadas cilíndricas e turbina de alta rotação, adaptadas
em um equipamento padronizador de preparos cavitários. Matrizes de silicone
padronizadas para o uso na máquina de escovação simulada foram confeccionadas
para cada disco de esmalte bovino.
Todos os espécimes foram avaliados inicialmente a partir de leituras por
rugosímetro de superfície (Surftest SJ 201, Mitutoyo, Tóquio, Japão) para obtenção
dos dados iniciais. Após a obtenção destes dados iniciais, os espécimes foram
divididos aleatoriamente em 2 grupos experimentais com 6 amostras cada: Grupo 1
– dentifrício com flúor - Colgate Total 12 (Colgate-Palmolive Industrial LTDA) e Grupo
2 – dentifrício com nanoHAp - Megasonex (Grupo Goldspire LTDA), ambos
comercialmente disponíveis.
a) Tratamento com as pastas
Os espécimes foram submetidos ao teste de escovação simulada em uma
máquina para teste de escovação modelo MEV-2T, com escovas de cerdas de nylon
macias, independentes para cada espécime. O teste foi realizado com trinta ciclos,
20
duas vezes ao dia, por quatorze dias. Os dentifrícios foram diluídos numa proporção
1:1 (dentifrício/ água destilada), inseridos no dispositivo do equipamento e trocados a
cada escovação simulada.
b) Ciclagem de pH
Os espécimes foram tratados com as pastas duas vezes ao dia, antes e após
a desmineralização. Os espécimes foram submetidos a um modelo de ciclagem de
pH (desmineralização 6 h/ remineralização 18 h por dia), durante quatorze dias.
Os espécimes de esmalte foram submetidos ao seguinte modelo de ciclagem
de pH: imersão na solução desmineralizante [0.1 mol/L de ácido lático; 1% de
carboximetilcelulose; 3mmol/L de cloreto de cálcio e 1.8 mmol/L de fosfato
monobásico de potássio pH ≅ 4,6] por 6 horas diárias e imersão na solução
remineralizante [1,5 mmol/L de nitrato de cálcio tetrahidratado, 0,9 mmol/L fosfato de
sódio dibásico di-hidratado, 150 mmol/L de cloreto de potássio tampão/L de Tris 0,02
mol, 0,05 ppm de flúor, pH 7,0] por 18 horas. Foram utilizados 30 ml por espécime,
numa temperatura de 37o C, sem agitação. Os espécimes foram tratados com as
pastas, conforme descrito anteriormente, antes e após o ciclo de desmineralização.16
Rugosidade
Todos os espécimes tiveram a rugosidade de superfície avaliada inicialmente
e após o tratamento, utilizando um rugosímetro de superfície (Surftest SJ 201,
Mitutoyo, Tóquio, Japão). Quatro traços de rugosidade espaçados em 120˚, com um
percurso de 0,25 mm e uma velocidade de 0,1 mm / s, foram registrados para cada
amostra, e a média da rugosidade da superfície (Ra - µm) foi determinada. O
parâmetro Ra foi obtido utilizando a seguinte fórmula:
Onde L é o comprimento da secção e f(x) é a função de deslocamento.
Resultados
A tabela 1 apresenta os valores de Ra obtidos nos diferentes grupos, nos
diferentes períodos de avaliação.
€
Ra =1L
f (x) dx0
L∫
21
Tabela 1: Resultado do teste de rugosidade (médias de Ra) Baseline 7 dias 14 dias Grupo 1 Média DP Média DP Média DP Dente 1 0,10 0,01 0,29 0,03 0,71 0,01 Dente 2 0,13 0,02 0,61 0,08 1,02 0,01 Dente 3 0,12 0,03 0,31 0,02 0,69 0,01 Dente 4 0,11 0,03 0,26 0,03 0,61 0,11 Dente 5 0,11 0,01 0,24 0,01 0,46 0,03 Dente 6 0,11 0,04 0,45 0,03 0,97 0,04 Grupo 2 Média DP Média DP Média DP Dente 7 0,09 0,02 0,26 0,01 0,40 0,01 Dente 8 0,10 0,02 0,21 0,03 0,35 0,02 Dente 9 0,09 0,02 0,22 0,01 0,31 0,01 Dente 10 0,09 0,01 0,27 0,01 0,55 0,03 Dente 11 0,13 0,02 0,55 0,06 0,56 0,01 Dente 12 0,12 0,02 0,23 0,02 0,85 0,04
Já na tabela 2, podem ser observados os valores médios de rugosidade nos
diferentes grupos testados, assim como o desvio padrão para cada grupo, e também
a análise estatística.
Tabela 2: Média de valores de rugosidade dos grupos testados Baseline 7 dias 14 dias Grupo 1 Média DP Média DP Média DP 0,11a 0,01 0,36b 0,14 0,74c 0,21 Grupo 2 Média DP Média DP Média DP 0,10a 0,02 0,29b 0,13 0,50b 0,20 Obs: Letras diferentes significam diferença estatística.
Na análise estatística pela comparação múltipla entre pares (tabela 2), os
testes de Bonferroni e Holm demonstraram um aumento da rugosidade superficial de
todas as médias de Ra após 7 e 14 dias de tratamento, estatisticamente significativo
(p<0,01), quando comparadas com as médias de Ra no baseline. E na comparação
entre os grupos de tratamento, após 7 dias não houve diferença estatisticamente
significativa no comportamento dos dentifrícios (p>0,05), porém após 14 dias, houve
um aumento das médias de Ra no grupo 1 (dentifrício convencional) estatisticamente
significativo (p<0,05).
22
Discussão
O esmalte dental é uma estrutura mineralizada, formada principalmente por
cristais de hidroxiapatita que, dependendo das condições do meio, como por
exemplo acúmulo de biofilme, higiene deficiente e substrato favorável, o desequilíbrio
entre a perda e ganho de minerais prevalece. A redução da concentração mineral é
devido a queda de pH abaixo do nível crítico para dissolução da hidroxiapatita.17
Com o objetivo de reproduzir e simular a perda e ganho de minerais, ou seja,
desmineralização e remineralização, que ocorre na cavidade bucal, lesões artificiais
são recriadas nos estudos in vitro.18,19,20 Em sua maioria, são compostas por ácido
lático ou acético e permitem a formação de lesões de cárie incipientes.21 Portanto, foi
utilizado neste estudo um desafio desmineralizante (solução com ácido lático)
simulando alto desafio de cárie e remineralizante com os dentifrícios e imersão em
solução neutra. O objetivo foi simular duas escovações e seis refeições diárias - o
total foi de 6 horas de pH crítico em torno de 4,0 e 18 horas de pH neutro 7,0.22
Quando essas lesões de cárie ainda estão em estágio incipiente, clinicamente
identificadas como manchas brancas, terapias remineralizadoras podem reverter seu
progresso, além de reparar essas lesões.2 Para tanto, dentifrícios com fluoretos são
o protocolo convencional para prevenção da formação dessas lesões e para
remineralização. A presença constante de qualquer íon flúor na cavidade oral
possibilita ao flúor uma atuação considerada anticárie.23 Em contrapartida, qualquer
F absorvido pelo organismo e consequentemente circulante através da corrente
sanguínea possui potencial de manifestar alguns efeitos colaterais. Estes efeitos
colaterais são dependentes da dose absorvida e também do tipo de exposição ao
fluoreto. A toxicidade causada pelo íon F pode ser dividida em aguda e crônica,
ambos sendo efeitos sistêmicos do flúor. Os sintomas da toxicidade aguda, que
ocorre quando uma grande dose de flúor é ingerida de uma só vez, incluem vômitos,
mal estar gástrico, hipersalivação, suor frio, queda de pressão, arritmia cardíaca,
desorientação, coma e até mesmo a morte do indivíduo.23 A toxicidade crônica pelo
íon flúor se manifesta como fluorose dental, que é uma alteração do esmalte que
acontece durante o período de formação dos dentes como consequência da ingestão
excessiva de fluoretos por um período de tempo prolongado. Contemporaneamente,
a fluorose dentária decorre da ingestão de fluoretos através de múltiplas fontes de
flúor, sendo estas geralmente a água e dentifrícios fluoretados.24
23
Além disso, concentrações altas de flúor podem limitar a remineralização da
subsuperfície de esmalte desmineralizada, já que causam rápida precipitação
mineral na superfície do esmalte e obstrução dos poros da superfície do esmalte.
Este fato pode explicar a baixa eficácia dos fluoretos em promover o ganho mineral
de esmalte e, consequentemente, alterar a cor das lesões de mancha branca.8
Considerando as limitações supracitadas em relação à utilização de fluoretos,
torna-se importante a busca por compostos bioativos alternativos ao flúor que sejam
uma opção viável de utilização pela população e que possam ser seguramente
incorporados aos produtos de uso odontológico, como nos dentifrícios, sem oferecer
os riscos de toxicidade pertencentes ao íon flúor. Portanto, o objetivo deste trabalho
foi avaliar in vitro o efeito de um dentifrício com nanohidroxiapatita na rugosidade de
superfície do esmalte bovino submetido à ciclagem de pH por meio de teste de
rugosidade de superfície, simulando alto desafio cariogênico, comparando-o a um
dentifrício convencional com flúor.
As características físicas e ópticas da superfície de esmalte nos indicam
atividade ou não das lesões iniciais de cárie. Lesões de cárie ativa são descritas
como manchas brancas, opacas e rugosas. Posteriormente, com a adequação da
higiene oral, essas manchas se tornam inativas com aspecto liso e brilhoso.
Clinicamente, o diagnóstico dessas lesões se dá a partir da observação visual da
superfície (opaca ou brilhosa) e tátil, com relação a textura superficial (lisa ou
rugosa).25 A partir desse conceito, foi escolhido o teste de rugosidade de superfície
para a avaliação da superfície de esmalte tratada nesse estudo, se aproximando da
realidade clínica de diagnóstico de lesões iniciais de cárie e processo de
remineralização. Segundo Field et al.26, apesar de vários métodos disponíveis para
avaliação in vitro das mudanças de superfície de esmalte, o teste de rugosidade de
superfície ainda é o principal e mais reportado nos estudos.
Os resultados desse estudo demonstraram que a rugosidade de superfície do
esmalte submetido a ciclagem de pH e tratamento com dentifrício convencional com
flúor foi maior do que com o tratamento com dentifrício experimental com nanoHAp,
após quatorze dias. O que sugere um processo de reversão da desmineralização, ou
seja, uma maior remineralização superficial do esmalte tratado com nanoHAp,
demonstrado por uma maior lisura superficial. Concordando assim com as
recomendações de uso pelo fabricante, de no mínimo quatorze dias para que haja
esse processo de remineralização e concordando assim com Tschoppe et al.27 que
24
encontraram que cremes dentais que contenham nanoHAp revelaram efeitos
remineralizantes mais elevados em comparação com dentifrícios fluoretados (AmF)
em dentina bovina e tendências comparáveis foram obtidas para o esmalte. E Souza
et al.21, utilizaram uma pasta experimental à base de nanoHAp e encontraram
resultados que sugeriram a redução da desmineralização na dentina e um aumento
na remineralização do esmalte.
Enquanto Comar et al.28 avaliaram in vitro o potencial de pastas
experimentais contendo nanopartículas de hidroxiapatita a 10% e 20% (nanoHAp),
com ou sem fluoreto, na prevenção da desmineralização dentária e concluíram que
as pastas experimentais nanoHAp, independentemente da presença ou não de
fluoreto, não foram capazes de reduzir a desmineralização dentária in vitro.
Vale ressaltar que este estudo foi realizado in vitro e, apesar da metodologia
tentar se aproximar ao máximo do que ocorre na cavidade bucal, ela não
corresponde exatamente à realidade clínica. Com isso, sugere-se a continuidade
novos estudos para avaliar a real eficácia desses materiais, realizando-se outros
testes, tais quais a avaliação de cor e brilho, microdureza, imagens em MEV e
contagem de elementos Ca e P.
Conclusão Conclui-se que o dentifrício experimental a base de nanoHAp promoveu uma
maior lisura superficial do que o convencional com flúor após 14 dias de tratamento
sob condições de ciclagem de pH, sugerindo um aumento no processo de
remineralização superficial do esmalte.
Referências
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27
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo mostra-se de extrema importância para a comunidade
científica por encontrar resultados bastante promissores em relação à
nanohidroxiapatita, um composto bioativo e biocompatível que pode ser utilizado
como alternativa aos fluoretos nos dentifrícios. Este estudo sugere que dentifrícios
contendo nanohidroxiapatita possuem um potencial remineralizador considerável e
inclusive maior do que os dentifrícios convencionais fluoretados, podendo ser uma
excelente alternativa aos dentifrícios contendo flúor, considerando-se as limitações
da utilização deste elemento, que já foram claramente descritas na literatura.
Devido aos resultados promissores desta pesquisa sugerimos que a
nanohidroxiapatita deve continuar sendo estudada, com estudos complementares in
situ e in vivo para melhor elucidar os efeitos desse composto em outras propriedades
além da rugosidade superficial, assim como a realização de outras avaliações e
testes.
28
5 REFERÊNCIAS
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6. CALAZANS, Fernanda Signorelli. Avaliação in vitro do efeito remineralizante de diferentes princípios bioativos no esmalte dental bovino submetido à erosão. 2011. 76 f. Dissertação (Mestrado em Odontologia/Dentística) - Faculdade de Odontologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011.
7. CALAZANS, Fernanda Signorelli. Avaliação do potencial remineralizante de pastas e soluções com compostos bioativos no esmalte dental bovino submetido a ciclos de desafio erosivo. 2014. 86 f. Tese (Doutorado em Odontologia) - Faculdade de Odontologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.
29
6 ANEXOS ANEXO 1: Normas da Revista Brasileira de Odontologia DIRETRIZES PARA AUTORES
1. PADRÃO DE APRESENTAÇÃO 1.1 O artigo deverá estar redigido em português e encaminhado em formato DOC ou DOCX, com fonte Arial tamanho 12, com espaço duplo e margem de 3 cm de cada lado, numeradas com algarismos arábicos no ângulo superior direito. A nova política da revista, com o objetivo de aumentar a visibilidade dos artigos, está incentivando o envio do artigo também em Inglês. Em caso de envio de artigos na língua inglesa, os autores cuja língua nativa não seja o Inglês, devem ter seus manuscritos revisados, sendo obrigatório envio do certificado de revisão por empresa profissional de revisão da língua inglesa. Os artigos originais de pesquisa e de revisão de literatura devem estar divididos em: folha de rosto, resumo com palavras-chave, abstract com keywords, introdução, material e métodos, resultados, discussão, conclusão, agradecimentos (se houver), referências, tabelas (se houver), legenda das figuras (se houver). As abreviações devem aparecer entre parênteses, ao lado da sua descrição por extenso, na primeira vez em que são mencionadas. Não serão aceitos artigos encaminhados por correio. O autor deverá submeter seu artigo através da plataforma, se cadastrando como autor. 1.2 Folha de rosto A folha de rosto deverá conter o título (português/inglês), título resumido (short title) com no máximo 50 caracteres, nome completo dos autores com afiliação institucional/profissional (incluindo departamento, faculdade, universidade ou outra instituição, cidade, estado e país), especialidade ou área de pesquisa e declaração de conflito de interesse. Deverá constar o nome e endereço completo do autor correspondente, informando e-mail e telefone de contato. A indicação da afiliação dos autores deve ser em numerais arábicos sobescrito, por exemplo: Bruna Lavinas Sayed Picciani1 Geraldo Oliveira Silva-Júnior2 1 Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil 2 Departamento de Diagnóstico e Terapêutica, Faculdade de Odontologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil Para facilitar o processo de revisão, a folha de rosto deve ser enviada como um arquivo separado do artigo. No manuscrito, a primeira folha deve conter apenas a
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especialidade do artigo, o título do estudo e o título resumido (short title) com no máximo 50 caracteres. É obrigatório que todos os autores coloquem seus respectivos e-mails, pois se não o fizerem não serão devidamente cadastrados, o que ocasionará problemas no sistema. 1.3 Resumo Não deve exceder 250 palavras, sendo apresentado de forma clara e concisa, em um parágrafo único, contendo: objetivo, material e métodos, resultados e conclusão. Abaixo do resumo deve conter de três a cinco palavras-chave em letras minúsculas, separadas por vírgulas, cadastradas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). A consulta deve ser feita nos seguintes endereços eletrônicos: http://decs.bvs.br/, com termos em português ou inglês, ou www.nlm.nih.gov/mesh, para termos apenas em inglês. A folha seguinte deve conter o abstract e keywords, seguindo as mesmas orientações do resumo. 1.4 Texto Introdução Deve apresentar uma breve exposição do assunto, contendo o objetivo do estudo ao final desta seção. Material e Métodos A metodologia deve ser apresentada de forma detalhada, possibilitando a reprodução por outros pesquisadores e embasando os resultados. Devem ser inseridos os testes estatísticos, que foram utilizados, e a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados Apresentar os resultados em sequenciamento, utilizando tabelas e figuras para destacar os dados e facilitar o entendimento do leitor; entretanto, não devem ocorrer repetições de conteúdo. Os resultados estatísticos devem estar presentes nesta seção. Discussão Este capítulo deve sintetizar os achados sem repetir exaustivamente os resultados, buscando a comparação com outros estudos. Além disso, deve conter as limitações da pesquisa, as observações do pesquisador e as perspectivas futuras. Conclusão A conclusão deve ser separada da discussão, de forma corrida, sem divisão em tópicos, respondendo o objetivo proposto. Agradecimentos
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Esta seção é opcional, entretanto, deve ser mencionado sempre que houver apoio financeiro de agências de fomento. Referências As referências devem ser apresentadas no estilo Vancouver, sendo numeradas consecutivamente, na mesma ordem que foram citadas no texto e identificadas com algarismos arábicos e sobrescrito. Quando a citação for referente ao parágrafo todo, deve vir depois do ponto final. Quando for referente a um determinado autor, deve vir após o sobrenome. E em casos de citações específicas, como, por exemplo: frases ou palavras, deve vir após este trecho. A lista de referências deve ser digitada no final do manuscrito, em sequência numérica. Em artigos de revisão da literatura, serão aceitas no máximo de 50 referências. Os títulos de periódicos deverão ser abreviados de acordo com o estilo apresentado pelo List of Journal Indexed in Index Medicus, da National Library of Medicine e disponibilizados no endereço: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/journals/loftext_noprov.html No caso de citações, em artigos com dois autores deve-se citar os dois nomes sempre que o artigo for referido. Para artigos com três ou mais autores, citar apenas o primeiro autor, seguido de et al. A citação de anais de congressos e livros deve ser evitada, a menos que seja absolutamente necessário. Caso o artigo esteja na língua portuguesa, citar de preferência o título em inglês. Abaixo seguem alguns exemplos de como organizar as referências bibliográficas. 1. Artigo de um autor até seis autores Quando o documento possui de um até seis autores, citar todos os autores. Oliveira GMR, Pereira HSC, Silva-Junior GO, Picciani BLS, Dias EP, Cantisano MH. Use of occlusive corticosteroid for the treatment of desquamative gingivitis: an effective option. Rev Bras Odontol. 2013;70(1):89-92. 2. Artigo com mais de seis autores Quando o documento possui mais de seis autores, citar todos os seis primeiros seguidos de et al. Picciani BLS, Humelino MG, Santos BM, Costa GO, Santos VCB, Silva-Júnior GO, et al. Nitrous oxide/oxygen inhalation sedation: an effective option for odontophobic patients. Rev Bras Odontol. 2014;71(1):72-5. 3. Organizações como autores The Cardiac Society of Australian and New Zealand. Clinical exercise stress testing. Safety and performance guidelines. Med J Aust. 1996;164:282-4.
32
4. Artigo de volume suplemento Bachelez H. What's New in Dermatological Therapy? Ann Dermatol Venereol. 2015;142, Suppl 12:S49-54. 5. Artigo não publicado (In press) Cooper S. Sarilumab for the treatment of rheumatoid arthritis. Immunotherapy. In press 2016. 6. Livro Ringsven MK, Bond D. Gerontology and leadership skills for nurses. 2nd ed. Albany(NY): Delmar Publisher; 1996. 7. Capítulo de livro Phillips SJ, Whisnant JP. Hypertension and stroke. In: Laragh JH, Brenner BM, editores. Hypertension: pathophysiology, diagnosis and management. 2nd ed. New York: Raven Press; 1995. P. 465-78. 8. Dissertação ou Tese Picciani BLS. Investigação oral em pacientes portadores de psoríase e/ou língua geográfica: estudo clínico, citopatológico, histopatológico e imuno-genético [tese]. Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, Faculdade de Medicina, Programa de Pós graduação em Patologia, 2014. 9. Base de dados na internet EARSS: the European Antimicrobial Resistance Surveillance System [Internet]. Bilthoven (Netherlands): RIVM. 2001 - 2005 [citado em 2007 Feb 1]. Disponível em: http://www.rivm.nl/earss/. Tabelas Deverão ser numeradas de acordo com a sequência de aparecimento no texto em algarismos arábicos, apresentando a possibilidade de ser compreendida independente do texto. O título deve ser inserido na parte superior e a legenda na parte inferior. Devem ser enviadas no final do texto. Figuras e Gráficos Deverão ser enviados em um arquivo a parte JPEG ou TIFF com 300 dpi de resolução e numerados em algarismos arábicos. Figuras com mais de uma imagem devem ser identificadas com letras maiúsculas. Para melhor entendimento do leitor, sugerimos demarcar a área de interesse da figura. As legendas devem estar em uma página separada, após as referências, ou quando houver, após as tabelas. Não serão aceitas figuras de baixa resolução ou nitidez.
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Comunicações breves Devem ser limitados a 15.000 caracteres incluindo espaços (considerando-se, introdução, metodologia, resultados, discussão, conclusão, agradecimentos). É permitido um máximo de duas figuras e dez referências. O resumo deve conter, no máximo, 100 palavras. Nesta seção, podem ser incluídos os relatos de casos, que só serão aceitos se forem relevantes, raros e apresentarem contribuição para o enriquecimento da literatura científica. Cartas ao editor Cartas devem apresentar evidências que apoiem a opinião relatada em artigo científico ou editorial da revista. Apresenta limite de 700 palavras, sem a permissão de figuras ou tabelas. 1.5 Todas as pesquisas que envolverem estudos com seres humanos e animais deverão estar de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, devendo ter o consentimento por escrito do paciente e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Deve ser enviada a cópia do parecer do CEP. A ausência deste documento implicará na devolução do trabalho. 1.6 Os originais com avaliação “desfavorável” serão devolvidos aos autores, revogando-se a transferência de direitos autorais. Os originais com avaliação “sujeito a modificações” serão remetidos aos autores para que as modificações sugeridas sejam realizadas, no prazo indicado pelo editor, e, posteriormente, reavaliados. Os artigos aprovados pela RBO terão um prazo de até 12 meses para publicação. Declaração de Direito Autoral O manuscrito submetido para publicação deve ser acompanhado do Termo de Transferência de Direitos Autorais e Declarações de Responsabilidade, disponível abaixo e de preenchimento obrigatório.
Condições para submissão
Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores.
1. A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação em outra revista.
2. O arquivo do texto principal deve estar em formato DOC ou DOCX. 3. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos
em Diretrizes para Autores, na seção Sobre a Revista. 4. A folha de rosto do trabalho deve ser removida do texto principal, garantindo
desta forma o critério de sigilo da revista, conforme instruções disponíveis em assegurando a Avaliação por Pares Cega.
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5. No campo de submissão de autores, no formulário de cadastramento, deverão ser relacionados todos os autores, com seus e-mails de contato e sua Instituição/Afiliação.
Declaração de Direito Autoral
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE E TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS Eu (Nós), abaixo assinado(s), CPF (s), transfiro(rimos) todos os direitos autorais do artigo intitulado: (título) à Revista Brasileira de Odontologia - RBO. Declaro(amos) que o trabalho é original e que não está sendo considerado para publicação em outra revista, quer seja no formato impresso ou no eletrônico. Local, data, mês e ano.
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Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou à terceiros.
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ANEXO 2: Bula do dentifrício Megasonex Ingredientes: Nanohidroxiapatita, sorbitol, glicerina, água, sílica, xilitol, pirofosfato
tetrassódico, metil cocoil taurato de sódio, mica, dióxido de titânio,
carboximetilcelulose de sódio, ácido cítrico, sacarina de sódio, aroma.
Fabricado na Califórnia (Estados Unidos da América) por: Grupo Goldspire LTDA.
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ANEXO 3: Bula do dentifrício Colgate Total 12 (Clear Mint) Ingredientes: Fluoreto de sódio 0,32% (1450 ppm de flúor), triclosano 0,3%, água,
sorbitol, sílica hidratada, laurilsulfato de sódio, copolímero PVM/MA, sabor,
carragenina, hidróxido de sódio, sacarina sódica, dióxido de titânio (CI 77891),
dipenteno.
Fabricado no Brasil por: Colgate-Palmolive Industrial LTDA. São Bernardo do Campo – São Paulo.