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UNIVERSIDADE LISÓFONA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS
CURSO DE ACESSO AO MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
UNIDADE CURRICULAR: METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO EM EDUCAÇÃO
DOCENTE: Msr. MARIANO BRITO
PROJETO DE PESQUISA
ABORDAGENS E APLICABILIDADE DOS CONTEÚDOS DE MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
ANTÔNIO JOSÉ SILVA COSTA
Teresina – Piauí 2011
2
ANTÔNIO JOSÉ SILVA COSTA
ABORDAGENS E APLICABILIDADE DOS CONTEÚDOS DE MATEMÁTICA NO
ENSINO FUNDAMENTAL
Projeto de pesquisa apresentado à
Universidade Lusófona de Humanidade e
Tecnologias, FORUM – APROCEFEP do
curso de MESTRADO em Ciências da
Educação sob a orientação do professor
Mariano Brito.
Teresina – Piauí 2011
3
SUMÁRIO
I – INTRODUÇÃO .....................................................................................................04
II – PROBLEMATIZAÇÃO .........................................................................................06
III – QUESTÕES NORTEADORAS ...........................................................................07
IV – JUSTIFICATIVA .................................................................................................07
V – OBJETIVOS ........................................................................................................09
5.1 – Gerais ........................................................................................................09
5.2 – Específicos ................................................................................................10
VI – REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................10
VII – METODOLOGIA ...............................................................................................16
7.1 – A face da escola e dos sujeitos .................................................................16
7.2 – Coleta de dados ........................................................................................17
VIII – RECURSOS .....................................................................................................19
8.1 – Humanos ...................................................................................................19
8.2 – Materiais ....................................................................................................20
IX – CRONOGRAMA .................................................................................................21
X – BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................22
XI- Anexos questionários...........................................................................................23
4
I – INTRODUÇÃO
A educação é essencial para a construção da cidadania e para o
desenvolvimento do educando. Portanto, para que haja mais aprendizagem nos
conteúdos de matemática, é necessário que faça, além de uma boa abordagem,
diga também como se aplica no cotidiano. Assim, o aluno vai despertar o interesse e
evidentemente aprender com mais rapidez.
A respeito disso temos no Brasil, a disciplina de Matemática tem sido uma das
que mais amedronta o alunado, pelo fato de não ter uma boa abordagem dos
conteúdos, devido ao não uso de instrumentos e materiais didáticos, para melhor
explorar os conteúdos de matemática no ensino fundamental. No Piauí, e mais
precisamente em Esperantina, a absorção dos conteúdos e comparar ao uso diário
dos conhecimentos de matemática, são constatados, dificuldades enfrentadas, pelos
alunos por não ser dito em que se aplica, ou se usa no cotidiano. O fato que se
reflete na dinâmica da sala de aula.
A atividade que realizaremos, abordará conceitos práticos.
Mostrar num ábaco, a ordem dos números, como também o uso do dominó com
tabuada, para melhorar na aprendizagem das operações aritmética.
Calcular, com a torre de Hanói, as tentativas possíveis no seu quebra cabeça e
mostrar que se trabalha potência, além de ser uma atividade lúdica. Podemos
também, fazer uso de duas retas transpostas para somar e diminuir números
fracionários.
Usar dados numerados para trabalharmos com adição e subtração com dois
dados ou três, além de criar um mecanismo com tabuleiros para explorar as
operações fundamentais da aritmética.
O uso de dados e fichas para explorar os números primos, múltiplos e
divisibilidade.
Explorar o tangran, para descobrir formas geométricas e seus conceitos.
Trabalhar com dominó, que esteja explicito as operações fundamentais e
também o jogo da memória, usado como quebra – cabeça.
5
As abordagens e aplicabilidade dos conteúdos de matemática no ensino
fundamental.
Por que os professores não fazem uma boa abordagem dos conteúdos de
matemática? Quais fatores contribuem para a não abordagem dos conteúdos? A
explicação e o debate sobre todos esses aspectos parecem os primeiros passos
para a construção do consenso disciplinar, acerca desse tema.
Vale ressaltar que o uso de material didático apropriado, é um problema grave
e que deve ser analisado cuidadosamente, pois ela se reverte, em prejuízo tanto
para os educadores quanto e principalmente, para o educando.
Desse modo, espera-se que as hipóteses levantadas nesta pesquisa possam
contribuir para apoiar os educadores nas suas reflexões acerca dos motivos da
necessidade de inserir a aplicabilidade dos conteúdos na sala de aula e o uso de
material didático adequado, como instrumento para uma melhor abordagem dos
conteúdos.
6
II – PROBLEMATIZAÇÃO
As abordagens e aplicabilidade dos conteúdos de matemática no ensino
fundamental, no espaço escolar são consideradas um dos maiores obstáculos
pedagógicos nos dias atuais. Então, que fatores contribuem para que acontecer.
Uma melhor aprendizagem na escola?
7
III – QUSTÕES NORTEADORAS
Quais as concepções de alunos e professores sobre abordagens e
aplicabilidade dos conteúdos de matemática no ensino fundamental, dentro do
espaço escolar?
Por que os educando não interpretam com facilidade, os conteúdos de
matemática?
Quais as concepções dos orientadores pedagógicos sobre as abordagens e
aplicabilidade dos conteúdos de matemática no ensino fundamental, e também e o
uso de material didático?
IV – JUSTIFICATIVA
O projeto de pesquisa “Abordagens e Aplicabilidade dos Conteúdos de
Matemática no Ensino Fundamental” é de fundamental importância para o pleno
desenvolvimento intelectual e criatividade matemática nas serie de Ensino
Fundamental, além disso, será um meio de trabalhar o lúdico, e será a descoberta
de talentos escondidos além de fazer os alunos a permanecerem na sala de aula,
evitando assim o grande numero de evasão e repetência na disciplina, pois os
professores usam poucos instrumentos, e o motivo do não uso destes instrumentos
no espaço escolar.
A análise feita por estudos mais recentes tem demonstrado que há uma
relação muito estreita entre o não uso de material didático e o baixo desempenho
dos alunos. Porque esta afeta a qualidade do ensino e da aprendizagem, tendo em
vista que o professor “perde” muito tempo na sala de aula com questões relativas às
manifestações de atitudes de indisciplina no bom uso de material didático.
8
A sociedade, de forma geral e a escola, particularmente, têm demonstrado
uma preocupação muito grande em relação à disciplina de matemática e o
desinteressa dos alunos em sala de aula. As constantes reclamações de todos
(diretores, pedagogos, pais e alunos), evidenciam a presença e a gravidade do
problema com relação à matemática no espaço escolar.
A investigação sobre as abordagens e aplicabilidade dos conteúdos de
Matemática no Ensino Fundamental, no espaço da escola e sobre o fracasso escolar
de modo geral, tem apontado para um crescente desinteresse por parte da
disciplina, considerando assim, “agitados” e “rebeldes”. Dado o período de transição
entre a infância e a adolescência e a passagem para um novo ciclo escolar, quase
sempre marcado pela ruptura de vínculos afetivos entre professores e alunos, além
de questões específicas relativas ao desenvolvimento humano. Daí então a nossa
opção em trabalhar com a terceira série do primeiro segmento do ensino
fundamental, tentando apreender e captar a visão dos discentes sobre a
aprendizagem matemática na escola e os sujeitos que geram essa problemática.
Outro fator determinante na escolha da problemática a ser investigada, diz
respeito à nossa pequena (mas significativa) experiência no espaço escolar das
séries iniciais, quando da realização de trabalhos acadêmicos, momento em que
tivemos a oportunidade de estar, formal e informalmente, levantando estas
questões com os sujeitos que atuam no espaço escolar. Esses contatos foram
fundamentais, porque reacendeu em nós a vontade de ampliar o debate já iniciado
no espaço acadêmico.
Entende-se que a disciplina de matemática é necessária na escola, e também
no nosso cotidiano, porque esta se apresenta como um espaço privilegiado na
construção do saber. Por sua vez, a construção do saber é uma tarefa complexa e
representa a possibilidade de libertação de um povo e automaticamente preparar os
alunos para a vida.
Dada à complexidade da construção do conhecimento, a sua concretude,
depende de muita do professor da disciplina, e de como ela é abordada, além
também da concentração por parte do grupo envolvido no processo de ensinar e
aprender. Sendo assim, acredita-se que os alunos das classes populares são os que
mais precisam se apropriar da matemática e do modo pelo qual o saber
9
sistematizado é construído. Desse modo, a disciplina surge como necessidade e não
como imposição, podendo ser mais facilmente internalizada pelos aprendizes.
Apresentando-se como uma problemática grave no cotidiano escolar,
entende-se que rigorosidade na aplicabilidade dos conteúdos da disciplina, precisa
ser examinada exaustivamente, considerando-se todos os fatores e sujeitos
envolvidos na problemática. Dada à natureza desse trabalho, e considerando a
validade dos estudos que focalizam outros fatores do processo educativo e a relativa
escassez de trabalhos que priorizam a compreensão dos aprendizes acerca do
processo educativo, estamos priorizando nesta investigação o olhar do aluno sobre
a aplicabilidade e o uso de matérias didático para que haja melhor compreensão e
assimilação dos conteúdos.
Assim, espera-se que as questões levantadas nesta investigação possam
contribuir com os educadores nas suas reflexões acerca da prática educativa e as
suas dificuldades, possibilitando particularmente, que o professor, no exercício do
magistério possa examinar sobre outro ângulo os motivos que o professor possa
manifestar comportamentos de indisciplina com relação ao uso de instrumentos e a
aplicabilidade de cada conteúdo de matemática na sala de aula.
Portanto, esta pesquisa se apresenta como eixo norteador para educadores
compreenderem o que pensam os alunos em relação a abordagens e Aplicabilidade
dos Conteúdos de Matemática no Ensino Fundamental ,tomarem as medidas
cabíveis para um bom relacionamento entre professores e educando considerados
indisciplinados, trilhando uma nova direção no rumo de encontrar soluções para
diminuir esse problema grave que atinge todo espaço escolar.
V – OBJETIVOS
5.1. Gerais
.
A Melhorar aprendizagem matemática com o uso de recursos didáticos e
mostrando sua aplicabilidade.
10
Analisar as concepções de alunos de 3ª série do ensino fundamental da
Escola “Maria Pinheiro de Castro”.
5.2. Específicos
●Aplicar os conhecimentos, que possam ser úteis, no uso de recursos didáticos
para contribuir no processo ensino aprendizagem, mostrando assim,
aplicabilidade dos conteúdos no decorrer da pesquisa.
Verificar que ações são apontadas pelos alunos como sugestão ou alternativa
para o melhoramento na indisciplina de matemática;
Caracterizar os agentes causadores de desinteresse na disciplina de
matemática;
Identificar os fatores que contribuem para a não aceitação da disciplina por
parte do alunado;
Identificar as providências tomadas pela equipe pedagógica e direção da
escola;
Levantar as sugestões apontadas pelos alunos para compreensão e manejo com
instrumento.
VI – REFERENCIAL TEÓRICO
Aprender e gostar de Matemática são problemas que afligem e ameaçam a
escola, os educadores e a família, porque interfere no processo ensino-
aprendizagem, gerando muitos conflitos entre professores e alunos em sala de aula.
As pesquisas mais recentes têm mostrado que o baixo rendimento, no
aprendizado da matemática, tem se transformado em um dos maiores obstáculos
pelos sujeitos que atuam na prática educativa escolar.
Um número significativo desses estudos, focalizando as concepções de
professores acerca da desse problema na escola. A maioria dos professores
pesquisados em seus depoimentos conceitua a matemática relacionando-a quase
sempre aos comportamentos manifestos por aqueles sujeitos que não conseguem
11
gostar da disciplina, nem tão pouco aprender, diante mão, usar meios que possam
proporcionar melhoramento e aprendizagem, automaticamente a esse quadro que
possa ser considerado irreversível.
Assim, quando a questão em discussão é aprender matemática, na maioria
dos educadores sempre colocam em evidência o mau comportamento dos alunos
que geram diversos conflitos na sala de aula relacionando como exemplo:
desinteresse total, deficiência nas séries anteriores, etc.
Diante do exposto, é necessário estabelecer e criar mecanismos que possam
de fato, melhorar no aprendizado nos conteúdos de matemática. A primeira
pergunta, se respondida, certamente responde à segunda. Respondendo-se estas
duas questões, respondem-se as outras: É fácil aprender matemática? Podemos
aplicar o conhecimento matemático no cotidiano? Existe diferença entre uma aula
que aprendemos com o uso de material didático e outra sem o uso de material
didático?
Se começarmos pelo dicionário, encontraremos diversos significados para os
termos aplicabilidade matemática e abordagem matemática. Vejamos alguns:
Aplicabilidade matemática - Pretende-se ilustrar a aplicabilidade da
Matemática a outros ramos do conhecimento, através da contextualização matemática de alguns problemas (os modelos), da identificação da teoria
matemática subjacente à sua resolução e, finalmente, sempre que se justifique o tratamento numérico para obtenção de uma solução. Em algumas
situações apresentar-se-á o enquadramento histórico de elaboração e resolução do problema, reforçando deste modo a idéia de que o desenvolvimento de certas teorias matemáticas nasce por interação direta
com outras ciências, além do uso de alguns instrumentos e materiais didático.
Abordagem matemática - A importância prática de estudar Matemática é
extensamente reconhecida, mas relativamente poucos irão admitir que a matemática
da vida cotidiana possa ser um tópico atraente para o pensamento desocupado. A
matemática, no entanto, fornece uma maneira de ver o mundo e desenvolver uma
consciência ou atitude matemática pode melhorar as nossas rotinas diárias.
“Permita aos professores oportunidades plenas para o desenvolvimento de seu processo de ajuda na construção do conhecimento do aluno”.
12
“Ofereça condições para que os professores possam „acordar‟ em seus alunos sua potencialidade como elemento de autorrealização para o trabalho e exercício consciente da cidadania”.
“Permita um consciente trabalho de estímulo às habilidades operárias, aos desenvolvimentos de uma aprendizagem significativa e vivências geradoras da formação de atitudes socialmente aceitas em seus alunos”. (ANTUNES: 2002, p.9). 2
Saber matemática implica em:
Dominar os símbolos formais independentemente das situações específicas;
Poder devolver a tais símbolos o seu significado referencial e então usá-los nas situações problemas que assim o requeiram;
Conhecer aspectos sintáticos (disposição dos símbolos no discurso matemático) e semânticos (que atribui significado a algo).
(GRANELL, 2002, p.274)
De certo, se nos defrontarmos com uma turma nesses moldes, podemos
afirmar que estamos diante de uma classe indisciplinada matematicamente.
Pelas definições acima, parece claro que a disciplina escolar refere-se ao
cumprimento das normas estabelecidas bem como ao respeito ao professor,
enquanto que a indisciplina matemática diz respeito à transgressão das regras
impostas na escola. Mas entendemos que há questões que precisam ser mais bem
estabelecidas, e que particularmente nos interessam nesse estudo: Quais as causas
do baixo nível de aprendizagem nos conteúdos de matemática? Os alunos são os
únicos culpados pela não aprendizagem? O que pode ser feito para superar e
melhorar no aprendizado matemático dos alunos?
Nesse ponto, vale ressaltar que é lamentável que a discussão sobre a
aplicabilidade, abordagem matemática e uso de material didático, seja reduzida a
um mero falta de interesse dos alunos. Na maioria das vezes os professores
trabalham apenas o básico em cima da disciplina do aprendiz, que deixa muito a
desejar e na verdade o aluno termina não sabendo o que é que está aprendendo.
Os resultados das pesquisas realizadas na área, aliados à nossa experiência,
revelam que para a maioria dos educadores, a disciplina de matemática é
compreendida como o bicho papão.
Nas nossas escolas, com forte influência da pedagogia tradicional,
geralmente os professores não apresentam preocupação em relação a essa
13
temática. Para eles o aluno tem que permanecer em silêncio durante toda a aula.
Especialmente no ensino fundamental, somente o professor fala (transmite
conteúdos) provocando assim, uma reação de insatisfação entre os alunos que na
verdade não tem alternativas de melhoramento. Dessa forma, os alunos passam, na
maioria das vezes, a rejeitar o professor e as suas aulas, manifestando um
comportamento oposto ao desejado pelo professor, que é o de aprender
matemática.
A maioria dos professores por sua vez, quando percebe o comportamento
oposto à sua preferência no aluno, acaba medindo forças com o educando; jogando
a culpa nas autoridades que não compra material didático e é verdade que temos
que somar as forças para que possa de fato ter melhoras na aprendizagem
matemática.
Portanto, o diálogo com os alunos é um dos meios para evitar a uma suposta
evasão escolar pela dificuldade de aprender matemática.
“Se seus alunos conversam, isto é bom. Saiba fazer dessa notável qualidade humana uma „ferramenta‟ de ensino. Use a conversa do aluno, que é o que ele tem de mais valioso em sua vida, como instrumento para um trabalho pedagógico essencial”. 4
____________
3. CARDOSO, S. M. Estabelecendo limites: adultos servem como padrão de identificação para a criança , Revista do Professor. Porto Alegre, nº 14. 1998.
Para tanto, é preciso que o professor esteja constantemente atualizado sobre
as questões que permeiam a prática educativa para que ele possa intervir
eficazmente no processo educacional. A falta de conhecimento do professor nas
questões matemáticas, por exemplo, pode influenciar ou aumentar atitudes
inesperadas por parte dos alunos, gerando assim muitos conflitos e tornando-se
completamente desmotivados pela aula.
Portanto, uma análise mais apurada sobre a temática pode revelar outros
fatores de impacto nos comportamentos dos alunos. Nesse sentido, postula -se que
em alguns casos os métodos de ensino que o professor utiliza em sala de aula
podem desencadear comportamentos e de fato ter melhoria para os alunos.
A desmotivação dos alunos e o desinteresse explícito por aquilo que se
pretende ensinar ou qualquer outro comportamento inadequado, por vezes não são
mais do que chamadas de atenção ao professor sobre seus métodos de ensino ou
14
sobre as estratégias de relação na aula. O professor deve ser explícito, e justo na
negociação do contrato que é feito com os alunos.
Dessa forma, é importante que o professor saiba quem são os educando e o
que pensam sobre a uma melhor forma adequadamente competente, para que haja
aprendizagem na escola. E o educador pode fazer uma reflexão sobre sua prática
pedagógica, valorizando o que tem de essencial no aluno, fazendo -o sentir-se parte
integrante da escola em todos os seus aspectos.
É importante que o professor promova situações em sala de aula em que os
alunos possam revelar seus próprios sentimentos em relação à escola, a família e,
principalmente, em relação aos professores.
Somente assim podemos inovar, usar novas técnicas de aprendizagem e
ajudar vendo a matemática contextualizada , passando a compor o rol de causas
e sujeitos a saber:
A resistência dos professores diante de propostas novas;
A prática pedagógica domesticada desenvolvida nas salas de aula;
A má formação docente inicial e contínua;
O currículo fechado, despreocupado com a realidade local;
A falta de prioridade das políticas públicas educacionais alinhadas com a
realidade das pessoas.
Nessa mesma direção advoga-se claramente que há diversos fatores que
contribuem para o melhoramento na assi limalação dos conteúdos de matemática.
O aluno contesta porque não está de acordo com as exigências do professor,
com os valores que ele pretende impor com seus critérios de avaliação (...). Existe
entre o professor e o aluno uma relação desequilibrada no repasse dos conteúdos
matemáticos. O professor não consegue motivar o aluno ou despertá-lo ou cativá-lo,
para assim fazer uma melhor introdução dos conteúdos de matemática.
Conforme se pode notar, o autor também sinali za para a importância de se
considerar na análise dos comportamentos de indisciplina dos alunos, questões
relativas à prática do professor em sala de aula; as formas de estabelecimento das
regras, o quê e como ensinar e avaliar na escola, o impacto das relações
15
interpessoais e da motivação na aprendizagem do aluno além de outros aspectos,ou
o que se pode imaginar que a solução está no afeto.
É justamente porque comungamos dessa idéia de que a disciplina escolar
para ser mais bem compreendida, precisa ser analisada sob os diversos ângulos,
que estamos focalizando nesta investigação um aspecto ainda pouco explorado
pelas pesquisas: as concepções dos alunos, acerca do método de ensinar,
metodologia, instrumentação, etc.
Com isso, podemos observar que este é apenas um dos fatores causadores
da pouca aprendizagem, vem desde a estrutura familiar que não direciona a criança
ou adolescente a ter limites, induzir a criança nos primeiros anos de escola. Além
destas, estão relacionados ao baio nível sócio-econômico, problemas psicológicos e
históricos que interferem na dinâmica da sala de aula. E sendo assim, prejudica todo
o andamento do processo de ensino-aprendizagem.
A Riqueza da humanidade reside também em
sua diversidade.
Ela deve ser protegida em todos os seus
aspectos-
cultural,biológico,filosófico,espíritual.Para isso a
tolerância, a opinião do outro a recusa das
verdades definitivas devem ser sempre
lembradas.
Texto de uma das medidas aprovadas da
Conferência dos prêmios Nobel , reunida no
palácio do Eliseu – Paris.
16
VII - METODOLOGIA
A pesquisa será de natureza quantitativa e qualitativa, visto que pretendemos
captar e interpretar os significados de comportamentos e eventos observados nas
inter-relações que emergem de um dado contexto.
Optando por uma abordagem quanti-qualitativa, a metodologia que
consideramos mais adequadas é o estudo de casos, porque se examina uma
unidade social como um todo, isto é, estuda-se algo singular, com um valor em si
mesmo.
Dessa forma, o estudo de caso favorece a análise dos aspectos que estão
subjacentes à prática educativa, de modo contextualizado, conduzindo o
pesquisador a perceber que o processo ensino-aprendizagem, tal como é
desenvolvido na escola, não é uma abstração, mas resultam das intenções,
percepções, sensações e ações dos sujeitos num determinado tempo e espaço.
Ao definir os objetivos da metodologia em questão, argumenta-se que o
estudo de caso “o pesquisador procura revelar a multiplicidade de dimensões no
aprendizado matemático, presentes numa determinada situação ou problema,
focalizando-o como um todo”.
Assim, o estudo de caso se apresenta como um procedimento metodológico
confiável e válido nesse estudo porque pretendemos captar a multiplicidade dos
aspectos que envolvem o aprender, o ensinar, como ensinar e suas dificuldades
geradas acerca do uso de instrumentos de matemática.
7.1. A face da escola e dos sujeitos
17
O estudo será realizado numa escola pública da rede municipal de ensino, na
cidade de Esperantina-Piauí, a partir do primeiro semestre do ano letivo de 2009, a
escola deverá estar localizada no perímetro urbano, mais precisamente na Escola
Municipal Maria Pinheiro de Castro, Bairro Nova Esperança e funcionar no turno
diurno.
Dada à natureza do trabalho ora proposto e as questões que norteiam esta
investigação, elegemos como sujeitos da pesquisa os alunos da 3ª série do ensino
fundamental, turno manhã. A turma selecionada na escola a ser investigada, deverá
ser apontada pelos professores como sendo aquela que apresenta o menor índice
de aprendizagem na disciplina de matemática.
7.2. Coleta de Dados.
Considerando a opção metodológica como meio possível para analisar as
concepções dos alunos da 3ª série do ensino fundamental ( turno manhã ) sobre a
disciplina de matemática, elegemos como procedimentos metodológicos para a
coleta dos dados, o questionário, a entrevista e a observação. Portanto, esse estudo
será desenvolvido por meio de três momentos:
A primeira etapa constituir-se-á de uma sondagem junto à supervisão,
direção da escola e aos professores que atuam na 3ª série para a obtenção de
informações sobre o fato investigado. A técnica a ser utilizada na coleta de dados
nesse primeiro momento, será o questionário que deverá ser composto de questões
mistas (abertas e fechadas) objetivando uma análise mais apurada do discurso dos
sujeitos.
A segunda etapa constará de uma entrevista semi-estruturada com os
alunos apontados pelos professores como sendo aqueles que apresentam um
rendimento relativamente baixo. As entrevistas serão realizadas individualmente e
terão como ponto de partida um roteiro norteador, porém flexível, visando atender as
necessidades do pesquisador no momento da interação com os entrevistados.
A realização das entrevistas será marcada com antecedência, observando-se
a disponibilidade dos alunos. A realização de tais entrevistas ocorrerá na próxima
escola, objetivando-se a contextualização das perguntas direcionadas aos
entrevistados.
18
A terceira etapa constará de sessões de observação da turma de 3ª série,
priorizando-se as interações entre os sujeitos, tendo em vista o conhecimento mais
próximo do grupo, especialmente nos aspectos que tocam à maneira como os
alunos manifestam suas atitudes e verbalizam suas idéias matemáticas dentro do
espaço da sala de aula, bem como as formas como estes sujeitos reagem às
práticas pedagógicas adotadas pelos professores.
Nesta etapa, observar-se-á as atividades do grupo durante todo o turno de
trabalho.
O registro, seguido de descrições detalhadas dos comportamentos manifestos
e verbalizados das observações, será feito através de diário e deverão constar
dados de identificação da turma.
O diário constará ainda de observações relativas às atividades realizadas
incluindo também as de caráter extraclasse. O diário deverá documentar os
aspectos físicos dos diferentes espaços em que as atividades se desenvolverão,
bem como os aspectos metodológicos e as impressões a respeito dos
comportamentos dos aprendizes.
Durante as sessões de observação, será feito o registro dos episódios
considerados significativos para a pesquisa através de gravações, filmagens e
relatórios estruturados, buscando subsídios para compreender as respostas do
aluno à problemática de como aprender matemática e torná-la mais bem aceita no
espaço escolar que se obtêm nesse contexto.
A análise dos dados deverá perseguir todos os procedimentos utilizados nas
várias etapas da pesquisa, (questionário, entrevista e observação).
Em decorrência da natureza distinta dos procedimentos, os dados coletados
serão documentados de acordo com as peculiaridades de cada uma das etapas. No
entanto, resguardadas as diferenças existentes entre os instrumentos da pesquisa,
procuraremos perseguir uma aproximação na documentação, com vistas nas três
etapas de modo que possa tornar mais claros os aspectos que se consideram
relevantes nesse estudo.
Ainda ser mostrado alguns instrumentos que possam melhorar no
aprendizado e com relação a abordagem dos conteúdos da disciplina em estudo,
visando assim sua aplicabilidade no cotidiano.
19
Na entrevista feita com alunos que sentem dificuldades em aprender e ou
assimilar os conteúdos de matemática abordados, foi colhido algumas informações
de que a professora trabalha apenas com o livro, giz e caderno com planos de aula
e pouco se preocupando em usar material didático-pedagógico e ainda sem
trabalhar a questão da aplicabilidade dos conteúdos. E é bom que saibamos, que
existe uma brinquedoteca na escola , conforme podemos observar abaixo:
VIII – RECURSOS
8.1 – Recursos Humanos
ESPECIFICAÇÕES QUANTIDADE
Pesquisador 01
Entrevistado 01
TOTAL 02
20
8.2 – Recursos Materiais
ESPECIFICAÇÃO QUANTIDADE VALOR
UNITÁRIO
R$
VALOR TOTAL
R$
Serviço de digitação 22 0,80 17,60
Papel chamex (resma) 02 11,00 22,00
Lápis (grafite) 20
Ábaco 01
Caneta 30
Régua 30 cm 30
Caderno (diário) 01
Dominó com tabuada “carpintaria” 10
Dados 10
Torre de Hanói “carpintaria” 01
Decímetro cúbico “feito de zinco” 01 20,00 20,00
Régua de madeira nas dimensões
60cmx7cmx1cm “carpintaria” 10
Papel cartão 20
Pincéis pilot 10
Régua de madeira nas dimensões 100cm7xcmx1cm “carpintaria”
02
Bingos acompanhados de cartela,
para trabalhar com operações aritméticas.
02
Transferidor de grau de 40 cm 01
Compasso 40 cm 01
Bambo lê 02
Termômetro 01
“EVA” espessura 4 mm” 30
Xadrez “kit” 10
Material dourado “kit” 02
Compasso 13 cm 35
Transferidor de grau 13 cm 35
21
Régua 30cm 35
Esquadro 25 cm 35
Total Geral ............................................................................................. 59,60
IX – CRONOGRAMA
PERÍODO
ATIVIDADES MARÇO ABRIL MAIO
Revisão Bibliográfica x X
Coleta de dados x X
Organização e análise dos dados coletados
X X
Orientações x X X
22
Nota: os itens que se encontram sem o valor unitário e sem valor
total, são itens que se encontram na brinquedoteca da escola.
X – BIBLIOGRAFIA
ANTUNES, Celso. Professor bonzinho – aluno difícil; a questão da indisciplina
em sala de aula. Petrópolis: Vozes, 2002.
AQUINO, Júlio Groppa. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas.
São Paulo: Sumos, 1996.
CARDOSO, S. M. Estabelecendo limites: adultos servem como padrão de
identificação para a criança, Revista do Professor. Porto Alegre, nº 14. 1998.
DANTOLA, A (Org.) Disciplina na escola – autoridade versus autoritarismo. São
Paulo: EPU, 1989. (Temas básicos da educação e ensino).
ESTRELA, M. T. Relação pedagógica, disciplina e indisciplina na aula. Porto:
LDA, 1994.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário Século XI Escolar – O
minidicionário da Língua Portuguesa. 4ª edição revista e ampliada. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2002.
TIBA, Içami. Disciplina: o limite na medida certa. São Paulo: Editora Gente, 1996.
23
Anexos:
QUESTONÁRIO PARA MOSTRAR O GRAU DE DIFICULDADE NO USO DE INSTRUMENTOS E DE ENSINAR OS CONTEÚDOS DE MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
CURSO: ENSINO FUNDAMENTAL
3ª SÉRIE
Professor Participante (Cleusilene )
1. Como você avalia os recursos didáticos para uma boa abordagem dos conteúdos
de matemática? ( ) Ótimo
( X) Bom
( ) Regular
( ) não tem
2. Os materiais atendem às expectativas? ( ) Sim, superou o esperado
( X ) Sim, atendeu plenamente
( ) Sim, atendeu parcialmente
( ) Não atendeu
3. Como você avalia o incentivo no uso dos materiais por parte da direção ou
coordenação? ( ) Ótimo
( ) Bom
(X ) Regular
( ) Fraco
4. Manifeste sua opinião a respeito dos resultados obtidos com o uso do material
didático. ( ) Ótimo
( ) Bom
(X ) Regular
( ) Fraco
24
5. Como você avalia o suporte oferecido pelo seu município para capacitação para
o uso de alguns intrumentos?
( ) Ótimo
( ) Bom
( ) Regular
( X) Fraco
6. Você recomendaria esta Escola como referência no Município de Esperantina?
( X) Sim
( ) Não
7. A ação contribuiu para sua a aprendizagem? Por quê?
( X) Sim
( ) Não
Porque? Na verdade, o uso de materiais didático , faz com que o aluno desperte e
além de mostrar a aplicabilidade de cada contudo no cotidiano.
8. Quais são as suas perspectivas de continuidade de melhora na aprendizagem,
com o uso de material didático?
( x )Formação de Grupos de Estudos na escola
( ) Formação de Grupos de Estudos na Secretaria de Educação
( ) Inserção das atividades no PPP Escolar
( ) Inserção das atividades no Projeto Individual do Professor
( x)Ampliar parcerias de educação continuada
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( ) Não tem perspectiva de continuidade
9. Aponte os aspectos positivos e negativos e dê sugestões para o aperfeiçoamento
no uso de instrumentos na disciplina de matemática.
Positivos:
O lado positivo,é que além do aluno aprender com mais facilidade,a aula
se torna mais dinâmica e atrativa.
Negativos:
E que tem alguns aluno que danifica os materiais para serrem trabalhados.
QUESTIONÁRIO DESTINADO AO ALUNO
1) Qual a faixa etária dos alunos de sua sala?
( x ) De 09 a 10 anos
( ) De 10 a 11 anos
( ) De 12 a 13 anos
( ) De 14 a 15 anos
( ) Outros. Quais?____________________________________________________
2) Quem ajuda você a resolver as tarefas escolares?
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( x ) O pai
( x ) A mãe
( x ) Irmãos
( x ) Resolve sozinho
( ) Deixa sem resolver
( ) Pede auxílio a outras pessoas
3) O que você faz quando não entende a explicação do professor?
( ) Fica sem entender
( x ) Tenta entender sozinho
( x ) Pede ajuda aos colegas
( ) Não precisa do auxílio do professor
( ) Tem raciocínio rápido
4) Como é sua relação com o professor?
( x ) Bom
( ) Regular
( ) Amigável
( ) Agressivo
( ) Passivo
5) Como você age na sala de aula?
( ) Tímido
( ) Agressivo
(x ) Participativo
( ) Acomodado
( ) Dinâmico
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6) Seus pais vêm sempre à escola?
( x) Quase não vêm
( ) Não se preocupam em comparecer
( ) Às vezes participam
( ) Nunca aparecem
( ) Sempre estão presentes
7) Que tipo de relação existe entre você e seus colegas?
( ) Agressiva
( x) Amigável
( ) Harmoniosa
( ) Não existe relação
( ) solitária
8) Que tipo de recomendações sua mãe faz ao sair para a escola?
( x ) Respeite a sua professora
( x ) Tenha atenção nas aulas
( x ) Seja amigo dos seus colegas
( ) Não aceite nada de pessoas estranhas
( ) Se for agredido faça o mesmo
9) O que fazem seus pais quando você chega da escola?
( x) Perguntam o que você aprendeu
( ) Olham o que você escreveu e perguntam o que é aquilo
( ) Dizem tudo o que fizeram durante o dia
( ) Cobram um horário fixo para fazer os deveres
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( ) Não fazem nenhuma pergunta