71
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA CELCI MUNARETTO GUZZO LlTERATURA INFANTIL NAS SERIES INICIAIS DO JARDIM A 4' SERlE DO ENSINO FUNDAMENTAL CURITIBA 2003

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA CELCI MUNARETTO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/LITERATURA-INFANTIL... · de aula, 0 professor e a professora das series iniGiais podem

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

CELCI MUNARETTO GUZZO

LlTERATURA INFANTIL NAS SERIES INICIAIS DO JARDIM A 4 SERlE

DO ENSINO FUNDAMENTAL

CURITIBA

2003

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

CELCI MUNARETTO GUZZO

L1TERATURA INFANTIL NAS SERIES INICIAIS DO JARDIM A 4 SERlE

DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclus~o de

Curso apresentado ao

Curso de Pedagogia da

Faculdade de Ciencias

Humanas Letras e Artes da

UTP

)ST

Orientadora Profa Janine

Gross

CURITIBA

2003

~ ~~~~~~lt~~gto~~~~~~~~UIIP

llNIVERSIDADE TllWTI DO PARANAFACllLDADE DE CrENCIAS HllMANAS LETRAS E ARTES

CURSO DE IEDAGOGIA

TERMO DE APROY AltAo

NOME DO ALUNO CELCI MUNARETIO GUZZO

TiTULO L1TERATURA INFANTU_ NAS SERlES INICIAIS 00 JARDIM A 4 SERJE00 ENSINO FUNDAMENTAL

TRABALHO DE CONCLUSAo DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL

PARA A OBTENCAo DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOGIA CURSO DE

PEDAGOGIA DA EACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES DA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

MEMBROS DA COMISSAO AVALlADORA

PROF ROSILDA MARlMEMBRO DA BANCA

DATA 051112003

CURITIBA- PARANA2003

1_~3~jnt ~u ~Ant_IIr-11m n 4araquoI~tltraquomiddotCIP tlllaraquoO -fa (~)l1 nco I F(11)111711~oIltocr~C(Jo bullbullbullbullI~SooH~P40-_gtltlmiddotCEpmlIUFj~1)~4IOH~I bullbullbullbull(11)or4~C_ChWnolR~Ur_ bullbullbulloo~S(5-MmiddotCI1Ii0110middottllmiddotF_~1)lJTnDlrjll)1l17l1Clc_ ~l~~~ WON 11tmiddotW bullbullbullbullrQUtCifIm1OI) F_ )11 IoM41 bullbullbull 1)1) SS-I~Cf-~lIoogtpound bullbull~H bullbull o~IJdmiddot~middotCE_IF_C41)~)sect~IFli~l)r)~S3oICbullbullbullbull_liiLmtfIltRuabullbullbullbullomInlltb~c bullbullbullbullbullIIetltlmiddotPtarVnIomiddotCEP~IIl4~F bullbullbullfll)nIJF bullbull(41)JJIraquoJl~T~~~Ir_l_Modim~CE~lIIl bullbull0t0F_(41)ul-tII~oor(l)lII-3)lrl

AGRADECIMENTOS

A Professora Janine Gross peta dedic8CaO a

realizacao deste trabalho auxiliando-me

nesse processo de formacao profissional e

de vida 0 meu muito obrigada

A literatura e ern especial a infantil tern uma

tarefa fundamental a cllmprir nesta sociedade em

transformaltao a de servir como agente de

forrna~o seja no espontaneo convivio leitor I livre

seja no dialogo leitor I texto estimulado pela

escola

Nelly Novaes Coelho

iii

SUMARIO

RESUMO vi

INTRODUCAo 01

CAPiTULO I 03

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL 03

12 HISTORICO DA LlTERATURA INFANTIL

13 HISTORIA E ESTORIA

05

06

14 CLASSIFICAltAo DA LlTERATURA INFANTIL 09

141 Fabulas 11

142 Lendas 15

143 Contos de EncantCllllentos 22

144 Contos de Fadas

145 Hist6rias ACllmlllativas

22

31

146 Hist6ria de Aventuras 32

147 Poesias 34

CAPiTULO II 36

21 AUTORES E SUAS OBRAS 36

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS 38

221 Monteiro Lobato 38

222 Ana Maria Machado 38

223 Ruth Rocha 39

224 Ziraldo 41

225 Mauricio de Souza 41

226 Marina Colasanti 43

iv

227 SOnia Forjaz

228 Lygia Bojunga

229 Francisco Buarque de Holanda

CONCLUSAO

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANEXOS

43

44

44

46

48

52

RESUMO

Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil

Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea

VI

INTRODutAO

A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e

de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser

vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a

leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a

crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler

A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao

tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e

metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora

A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura

incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala

de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de

leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia

de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca

A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao

impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela

leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a

criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em

escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os

diversos caminhos existentes em determinada escolha

A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que

demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0

gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do

desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e

comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a

literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira

A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade

Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A

investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que

versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas

que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas

A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de

referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no

ensino fundamental

No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil

mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios

A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados

deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de

encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de

aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas

No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e

contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana

Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre

autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas

A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada

como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da

capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em

mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em

sua ambigUidade e pluralidade

E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de

literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel

sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05

pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e

saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em

que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando

la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara

com ele relac~es afetivas

a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD

prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no

desenvalvimento infantil

CAPiTULO I

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL

A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular

oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente

(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)

Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e

conhecimento

Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as

crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0

objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da

decada de 70

Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do

seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na

compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a

seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto

carente de uma literatura poetica e sedutora

As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para

a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que

contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos

acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos

educadores diante das crianyas

Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas

alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a

expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a

literatura questionadora e libertadora por es~ncia~

COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a

fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em

4

momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de

ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito

da literatura~

o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar

explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0

inusitado a surpresB 0 novo

Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a

mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de

conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao

menes valiosa

Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola

democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna

escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida

OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que

o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada

o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia

como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes

que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico

Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e

especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das

perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das

experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca

a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~

CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a

Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com

criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil

foram crian~as~

Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo

literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a

vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do

imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao

12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL

A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes

orientais par volta do seculo III e IV

A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma

transmissao oral

As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma

Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela

traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo

conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma

explica~o para seu cotidiano

COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui

todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que

n~o e cientificamente comprovado

o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura

transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o

No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem

tortemente pam a crescimento da literatura mundial

No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe

e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)

6

No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os

Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de

sociedade liberal burguesa

Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e

narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata

Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero

As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0

Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na

Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados

A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter

fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam

Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio

do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e

rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a

compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a

beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens

As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do

trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se

criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura

A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de

vi sao e de criatividade

A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a

conscitncia crifiee e questionadora

13 HISTORIA E ESTORIA

Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado

mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao

MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado

confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo

Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos

no afa de abter maior precisao em seus conceitos

Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o

Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor

a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas

Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do

Brasil

Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell

estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que

essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista

reducionista

IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na

Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao

fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel

para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua

comum~

A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas

forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados

convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios

de uso

A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a

ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a

narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas

daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma

arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua

proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o

story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer

distintOes vocabulares que outras nao fazem

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

CELCI MUNARETTO GUZZO

L1TERATURA INFANTIL NAS SERIES INICIAIS DO JARDIM A 4 SERlE

DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclus~o de

Curso apresentado ao

Curso de Pedagogia da

Faculdade de Ciencias

Humanas Letras e Artes da

UTP

)ST

Orientadora Profa Janine

Gross

CURITIBA

2003

~ ~~~~~~lt~~gto~~~~~~~~UIIP

llNIVERSIDADE TllWTI DO PARANAFACllLDADE DE CrENCIAS HllMANAS LETRAS E ARTES

CURSO DE IEDAGOGIA

TERMO DE APROY AltAo

NOME DO ALUNO CELCI MUNARETIO GUZZO

TiTULO L1TERATURA INFANTU_ NAS SERlES INICIAIS 00 JARDIM A 4 SERJE00 ENSINO FUNDAMENTAL

TRABALHO DE CONCLUSAo DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL

PARA A OBTENCAo DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOGIA CURSO DE

PEDAGOGIA DA EACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES DA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

MEMBROS DA COMISSAO AVALlADORA

PROF ROSILDA MARlMEMBRO DA BANCA

DATA 051112003

CURITIBA- PARANA2003

1_~3~jnt ~u ~Ant_IIr-11m n 4araquoI~tltraquomiddotCIP tlllaraquoO -fa (~)l1 nco I F(11)111711~oIltocr~C(Jo bullbullbullbullI~SooH~P40-_gtltlmiddotCEpmlIUFj~1)~4IOH~I bullbullbullbull(11)or4~C_ChWnolR~Ur_ bullbullbulloo~S(5-MmiddotCI1Ii0110middottllmiddotF_~1)lJTnDlrjll)1l17l1Clc_ ~l~~~ WON 11tmiddotW bullbullbullbullrQUtCifIm1OI) F_ )11 IoM41 bullbullbull 1)1) SS-I~Cf-~lIoogtpound bullbull~H bullbull o~IJdmiddot~middotCE_IF_C41)~)sect~IFli~l)r)~S3oICbullbullbullbull_liiLmtfIltRuabullbullbullbullomInlltb~c bullbullbullbullbullIIetltlmiddotPtarVnIomiddotCEP~IIl4~F bullbullbullfll)nIJF bullbull(41)JJIraquoJl~T~~~Ir_l_Modim~CE~lIIl bullbull0t0F_(41)ul-tII~oor(l)lII-3)lrl

AGRADECIMENTOS

A Professora Janine Gross peta dedic8CaO a

realizacao deste trabalho auxiliando-me

nesse processo de formacao profissional e

de vida 0 meu muito obrigada

A literatura e ern especial a infantil tern uma

tarefa fundamental a cllmprir nesta sociedade em

transformaltao a de servir como agente de

forrna~o seja no espontaneo convivio leitor I livre

seja no dialogo leitor I texto estimulado pela

escola

Nelly Novaes Coelho

iii

SUMARIO

RESUMO vi

INTRODUCAo 01

CAPiTULO I 03

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL 03

12 HISTORICO DA LlTERATURA INFANTIL

13 HISTORIA E ESTORIA

05

06

14 CLASSIFICAltAo DA LlTERATURA INFANTIL 09

141 Fabulas 11

142 Lendas 15

143 Contos de EncantCllllentos 22

144 Contos de Fadas

145 Hist6rias ACllmlllativas

22

31

146 Hist6ria de Aventuras 32

147 Poesias 34

CAPiTULO II 36

21 AUTORES E SUAS OBRAS 36

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS 38

221 Monteiro Lobato 38

222 Ana Maria Machado 38

223 Ruth Rocha 39

224 Ziraldo 41

225 Mauricio de Souza 41

226 Marina Colasanti 43

iv

227 SOnia Forjaz

228 Lygia Bojunga

229 Francisco Buarque de Holanda

CONCLUSAO

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANEXOS

43

44

44

46

48

52

RESUMO

Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil

Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea

VI

INTRODutAO

A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e

de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser

vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a

leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a

crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler

A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao

tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e

metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora

A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura

incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala

de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de

leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia

de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca

A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao

impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela

leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a

criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em

escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os

diversos caminhos existentes em determinada escolha

A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que

demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0

gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do

desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e

comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a

literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira

A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade

Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A

investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que

versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas

que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas

A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de

referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no

ensino fundamental

No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil

mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios

A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados

deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de

encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de

aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas

No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e

contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana

Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre

autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas

A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada

como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da

capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em

mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em

sua ambigUidade e pluralidade

E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de

literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel

sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05

pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e

saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em

que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando

la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara

com ele relac~es afetivas

a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD

prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no

desenvalvimento infantil

CAPiTULO I

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL

A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular

oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente

(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)

Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e

conhecimento

Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as

crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0

objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da

decada de 70

Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do

seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na

compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a

seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto

carente de uma literatura poetica e sedutora

As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para

a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que

contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos

acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos

educadores diante das crianyas

Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas

alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a

expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a

literatura questionadora e libertadora por es~ncia~

COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a

fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em

4

momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de

ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito

da literatura~

o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar

explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0

inusitado a surpresB 0 novo

Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a

mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de

conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao

menes valiosa

Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola

democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna

escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida

OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que

o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada

o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia

como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes

que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico

Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e

especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das

perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das

experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca

a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~

CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a

Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com

criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil

foram crian~as~

Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo

literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a

vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do

imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao

12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL

A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes

orientais par volta do seculo III e IV

A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma

transmissao oral

As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma

Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela

traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo

conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma

explica~o para seu cotidiano

COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui

todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que

n~o e cientificamente comprovado

o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura

transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o

No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem

tortemente pam a crescimento da literatura mundial

No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe

e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)

6

No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os

Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de

sociedade liberal burguesa

Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e

narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata

Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero

As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0

Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na

Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados

A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter

fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam

Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio

do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e

rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a

compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a

beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens

As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do

trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se

criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura

A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de

vi sao e de criatividade

A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a

conscitncia crifiee e questionadora

13 HISTORIA E ESTORIA

Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado

mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao

MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado

confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo

Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos

no afa de abter maior precisao em seus conceitos

Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o

Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor

a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas

Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do

Brasil

Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell

estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que

essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista

reducionista

IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na

Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao

fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel

para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua

comum~

A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas

forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados

convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios

de uso

A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a

ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a

narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas

daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma

arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua

proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o

story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer

distintOes vocabulares que outras nao fazem

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

~ ~~~~~~lt~~gto~~~~~~~~UIIP

llNIVERSIDADE TllWTI DO PARANAFACllLDADE DE CrENCIAS HllMANAS LETRAS E ARTES

CURSO DE IEDAGOGIA

TERMO DE APROY AltAo

NOME DO ALUNO CELCI MUNARETIO GUZZO

TiTULO L1TERATURA INFANTU_ NAS SERlES INICIAIS 00 JARDIM A 4 SERJE00 ENSINO FUNDAMENTAL

TRABALHO DE CONCLUSAo DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL

PARA A OBTENCAo DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOGIA CURSO DE

PEDAGOGIA DA EACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES DA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

MEMBROS DA COMISSAO AVALlADORA

PROF ROSILDA MARlMEMBRO DA BANCA

DATA 051112003

CURITIBA- PARANA2003

1_~3~jnt ~u ~Ant_IIr-11m n 4araquoI~tltraquomiddotCIP tlllaraquoO -fa (~)l1 nco I F(11)111711~oIltocr~C(Jo bullbullbullbullI~SooH~P40-_gtltlmiddotCEpmlIUFj~1)~4IOH~I bullbullbullbull(11)or4~C_ChWnolR~Ur_ bullbullbulloo~S(5-MmiddotCI1Ii0110middottllmiddotF_~1)lJTnDlrjll)1l17l1Clc_ ~l~~~ WON 11tmiddotW bullbullbullbullrQUtCifIm1OI) F_ )11 IoM41 bullbullbull 1)1) SS-I~Cf-~lIoogtpound bullbull~H bullbull o~IJdmiddot~middotCE_IF_C41)~)sect~IFli~l)r)~S3oICbullbullbullbull_liiLmtfIltRuabullbullbullbullomInlltb~c bullbullbullbullbullIIetltlmiddotPtarVnIomiddotCEP~IIl4~F bullbullbullfll)nIJF bullbull(41)JJIraquoJl~T~~~Ir_l_Modim~CE~lIIl bullbull0t0F_(41)ul-tII~oor(l)lII-3)lrl

AGRADECIMENTOS

A Professora Janine Gross peta dedic8CaO a

realizacao deste trabalho auxiliando-me

nesse processo de formacao profissional e

de vida 0 meu muito obrigada

A literatura e ern especial a infantil tern uma

tarefa fundamental a cllmprir nesta sociedade em

transformaltao a de servir como agente de

forrna~o seja no espontaneo convivio leitor I livre

seja no dialogo leitor I texto estimulado pela

escola

Nelly Novaes Coelho

iii

SUMARIO

RESUMO vi

INTRODUCAo 01

CAPiTULO I 03

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL 03

12 HISTORICO DA LlTERATURA INFANTIL

13 HISTORIA E ESTORIA

05

06

14 CLASSIFICAltAo DA LlTERATURA INFANTIL 09

141 Fabulas 11

142 Lendas 15

143 Contos de EncantCllllentos 22

144 Contos de Fadas

145 Hist6rias ACllmlllativas

22

31

146 Hist6ria de Aventuras 32

147 Poesias 34

CAPiTULO II 36

21 AUTORES E SUAS OBRAS 36

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS 38

221 Monteiro Lobato 38

222 Ana Maria Machado 38

223 Ruth Rocha 39

224 Ziraldo 41

225 Mauricio de Souza 41

226 Marina Colasanti 43

iv

227 SOnia Forjaz

228 Lygia Bojunga

229 Francisco Buarque de Holanda

CONCLUSAO

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANEXOS

43

44

44

46

48

52

RESUMO

Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil

Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea

VI

INTRODutAO

A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e

de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser

vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a

leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a

crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler

A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao

tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e

metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora

A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura

incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala

de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de

leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia

de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca

A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao

impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela

leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a

criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em

escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os

diversos caminhos existentes em determinada escolha

A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que

demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0

gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do

desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e

comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a

literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira

A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade

Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A

investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que

versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas

que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas

A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de

referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no

ensino fundamental

No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil

mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios

A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados

deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de

encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de

aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas

No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e

contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana

Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre

autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas

A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada

como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da

capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em

mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em

sua ambigUidade e pluralidade

E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de

literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel

sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05

pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e

saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em

que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando

la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara

com ele relac~es afetivas

a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD

prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no

desenvalvimento infantil

CAPiTULO I

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL

A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular

oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente

(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)

Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e

conhecimento

Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as

crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0

objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da

decada de 70

Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do

seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na

compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a

seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto

carente de uma literatura poetica e sedutora

As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para

a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que

contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos

acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos

educadores diante das crianyas

Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas

alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a

expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a

literatura questionadora e libertadora por es~ncia~

COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a

fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em

4

momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de

ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito

da literatura~

o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar

explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0

inusitado a surpresB 0 novo

Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a

mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de

conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao

menes valiosa

Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola

democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna

escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida

OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que

o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada

o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia

como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes

que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico

Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e

especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das

perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das

experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca

a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~

CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a

Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com

criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil

foram crian~as~

Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo

literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a

vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do

imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao

12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL

A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes

orientais par volta do seculo III e IV

A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma

transmissao oral

As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma

Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela

traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo

conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma

explica~o para seu cotidiano

COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui

todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que

n~o e cientificamente comprovado

o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura

transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o

No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem

tortemente pam a crescimento da literatura mundial

No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe

e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)

6

No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os

Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de

sociedade liberal burguesa

Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e

narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata

Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero

As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0

Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na

Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados

A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter

fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam

Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio

do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e

rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a

compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a

beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens

As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do

trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se

criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura

A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de

vi sao e de criatividade

A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a

conscitncia crifiee e questionadora

13 HISTORIA E ESTORIA

Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado

mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao

MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado

confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo

Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos

no afa de abter maior precisao em seus conceitos

Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o

Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor

a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas

Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do

Brasil

Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell

estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que

essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista

reducionista

IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na

Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao

fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel

para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua

comum~

A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas

forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados

convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios

de uso

A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a

ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a

narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas

daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma

arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua

proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o

story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer

distintOes vocabulares que outras nao fazem

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

AGRADECIMENTOS

A Professora Janine Gross peta dedic8CaO a

realizacao deste trabalho auxiliando-me

nesse processo de formacao profissional e

de vida 0 meu muito obrigada

A literatura e ern especial a infantil tern uma

tarefa fundamental a cllmprir nesta sociedade em

transformaltao a de servir como agente de

forrna~o seja no espontaneo convivio leitor I livre

seja no dialogo leitor I texto estimulado pela

escola

Nelly Novaes Coelho

iii

SUMARIO

RESUMO vi

INTRODUCAo 01

CAPiTULO I 03

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL 03

12 HISTORICO DA LlTERATURA INFANTIL

13 HISTORIA E ESTORIA

05

06

14 CLASSIFICAltAo DA LlTERATURA INFANTIL 09

141 Fabulas 11

142 Lendas 15

143 Contos de EncantCllllentos 22

144 Contos de Fadas

145 Hist6rias ACllmlllativas

22

31

146 Hist6ria de Aventuras 32

147 Poesias 34

CAPiTULO II 36

21 AUTORES E SUAS OBRAS 36

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS 38

221 Monteiro Lobato 38

222 Ana Maria Machado 38

223 Ruth Rocha 39

224 Ziraldo 41

225 Mauricio de Souza 41

226 Marina Colasanti 43

iv

227 SOnia Forjaz

228 Lygia Bojunga

229 Francisco Buarque de Holanda

CONCLUSAO

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANEXOS

43

44

44

46

48

52

RESUMO

Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil

Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea

VI

INTRODutAO

A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e

de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser

vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a

leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a

crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler

A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao

tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e

metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora

A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura

incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala

de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de

leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia

de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca

A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao

impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela

leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a

criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em

escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os

diversos caminhos existentes em determinada escolha

A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que

demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0

gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do

desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e

comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a

literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira

A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade

Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A

investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que

versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas

que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas

A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de

referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no

ensino fundamental

No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil

mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios

A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados

deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de

encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de

aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas

No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e

contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana

Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre

autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas

A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada

como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da

capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em

mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em

sua ambigUidade e pluralidade

E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de

literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel

sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05

pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e

saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em

que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando

la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara

com ele relac~es afetivas

a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD

prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no

desenvalvimento infantil

CAPiTULO I

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL

A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular

oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente

(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)

Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e

conhecimento

Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as

crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0

objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da

decada de 70

Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do

seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na

compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a

seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto

carente de uma literatura poetica e sedutora

As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para

a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que

contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos

acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos

educadores diante das crianyas

Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas

alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a

expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a

literatura questionadora e libertadora por es~ncia~

COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a

fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em

4

momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de

ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito

da literatura~

o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar

explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0

inusitado a surpresB 0 novo

Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a

mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de

conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao

menes valiosa

Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola

democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna

escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida

OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que

o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada

o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia

como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes

que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico

Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e

especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das

perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das

experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca

a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~

CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a

Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com

criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil

foram crian~as~

Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo

literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a

vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do

imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao

12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL

A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes

orientais par volta do seculo III e IV

A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma

transmissao oral

As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma

Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela

traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo

conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma

explica~o para seu cotidiano

COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui

todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que

n~o e cientificamente comprovado

o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura

transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o

No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem

tortemente pam a crescimento da literatura mundial

No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe

e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)

6

No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os

Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de

sociedade liberal burguesa

Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e

narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata

Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero

As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0

Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na

Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados

A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter

fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam

Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio

do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e

rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a

compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a

beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens

As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do

trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se

criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura

A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de

vi sao e de criatividade

A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a

conscitncia crifiee e questionadora

13 HISTORIA E ESTORIA

Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado

mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao

MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado

confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo

Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos

no afa de abter maior precisao em seus conceitos

Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o

Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor

a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas

Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do

Brasil

Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell

estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que

essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista

reducionista

IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na

Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao

fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel

para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua

comum~

A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas

forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados

convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios

de uso

A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a

ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a

narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas

daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma

arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua

proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o

story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer

distintOes vocabulares que outras nao fazem

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

A literatura e ern especial a infantil tern uma

tarefa fundamental a cllmprir nesta sociedade em

transformaltao a de servir como agente de

forrna~o seja no espontaneo convivio leitor I livre

seja no dialogo leitor I texto estimulado pela

escola

Nelly Novaes Coelho

iii

SUMARIO

RESUMO vi

INTRODUCAo 01

CAPiTULO I 03

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL 03

12 HISTORICO DA LlTERATURA INFANTIL

13 HISTORIA E ESTORIA

05

06

14 CLASSIFICAltAo DA LlTERATURA INFANTIL 09

141 Fabulas 11

142 Lendas 15

143 Contos de EncantCllllentos 22

144 Contos de Fadas

145 Hist6rias ACllmlllativas

22

31

146 Hist6ria de Aventuras 32

147 Poesias 34

CAPiTULO II 36

21 AUTORES E SUAS OBRAS 36

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS 38

221 Monteiro Lobato 38

222 Ana Maria Machado 38

223 Ruth Rocha 39

224 Ziraldo 41

225 Mauricio de Souza 41

226 Marina Colasanti 43

iv

227 SOnia Forjaz

228 Lygia Bojunga

229 Francisco Buarque de Holanda

CONCLUSAO

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANEXOS

43

44

44

46

48

52

RESUMO

Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil

Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea

VI

INTRODutAO

A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e

de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser

vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a

leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a

crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler

A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao

tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e

metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora

A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura

incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala

de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de

leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia

de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca

A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao

impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela

leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a

criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em

escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os

diversos caminhos existentes em determinada escolha

A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que

demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0

gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do

desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e

comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a

literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira

A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade

Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A

investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que

versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas

que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas

A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de

referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no

ensino fundamental

No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil

mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios

A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados

deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de

encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de

aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas

No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e

contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana

Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre

autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas

A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada

como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da

capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em

mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em

sua ambigUidade e pluralidade

E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de

literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel

sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05

pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e

saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em

que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando

la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara

com ele relac~es afetivas

a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD

prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no

desenvalvimento infantil

CAPiTULO I

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL

A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular

oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente

(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)

Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e

conhecimento

Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as

crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0

objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da

decada de 70

Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do

seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na

compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a

seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto

carente de uma literatura poetica e sedutora

As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para

a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que

contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos

acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos

educadores diante das crianyas

Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas

alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a

expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a

literatura questionadora e libertadora por es~ncia~

COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a

fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em

4

momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de

ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito

da literatura~

o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar

explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0

inusitado a surpresB 0 novo

Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a

mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de

conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao

menes valiosa

Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola

democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna

escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida

OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que

o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada

o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia

como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes

que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico

Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e

especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das

perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das

experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca

a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~

CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a

Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com

criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil

foram crian~as~

Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo

literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a

vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do

imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao

12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL

A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes

orientais par volta do seculo III e IV

A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma

transmissao oral

As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma

Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela

traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo

conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma

explica~o para seu cotidiano

COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui

todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que

n~o e cientificamente comprovado

o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura

transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o

No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem

tortemente pam a crescimento da literatura mundial

No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe

e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)

6

No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os

Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de

sociedade liberal burguesa

Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e

narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata

Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero

As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0

Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na

Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados

A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter

fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam

Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio

do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e

rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a

compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a

beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens

As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do

trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se

criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura

A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de

vi sao e de criatividade

A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a

conscitncia crifiee e questionadora

13 HISTORIA E ESTORIA

Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado

mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao

MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado

confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo

Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos

no afa de abter maior precisao em seus conceitos

Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o

Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor

a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas

Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do

Brasil

Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell

estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que

essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista

reducionista

IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na

Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao

fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel

para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua

comum~

A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas

forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados

convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios

de uso

A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a

ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a

narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas

daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma

arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua

proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o

story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer

distintOes vocabulares que outras nao fazem

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

SUMARIO

RESUMO vi

INTRODUCAo 01

CAPiTULO I 03

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL 03

12 HISTORICO DA LlTERATURA INFANTIL

13 HISTORIA E ESTORIA

05

06

14 CLASSIFICAltAo DA LlTERATURA INFANTIL 09

141 Fabulas 11

142 Lendas 15

143 Contos de EncantCllllentos 22

144 Contos de Fadas

145 Hist6rias ACllmlllativas

22

31

146 Hist6ria de Aventuras 32

147 Poesias 34

CAPiTULO II 36

21 AUTORES E SUAS OBRAS 36

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS 38

221 Monteiro Lobato 38

222 Ana Maria Machado 38

223 Ruth Rocha 39

224 Ziraldo 41

225 Mauricio de Souza 41

226 Marina Colasanti 43

iv

227 SOnia Forjaz

228 Lygia Bojunga

229 Francisco Buarque de Holanda

CONCLUSAO

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANEXOS

43

44

44

46

48

52

RESUMO

Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil

Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea

VI

INTRODutAO

A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e

de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser

vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a

leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a

crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler

A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao

tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e

metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora

A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura

incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala

de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de

leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia

de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca

A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao

impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela

leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a

criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em

escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os

diversos caminhos existentes em determinada escolha

A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que

demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0

gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do

desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e

comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a

literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira

A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade

Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A

investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que

versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas

que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas

A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de

referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no

ensino fundamental

No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil

mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios

A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados

deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de

encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de

aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas

No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e

contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana

Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre

autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas

A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada

como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da

capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em

mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em

sua ambigUidade e pluralidade

E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de

literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel

sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05

pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e

saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em

que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando

la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara

com ele relac~es afetivas

a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD

prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no

desenvalvimento infantil

CAPiTULO I

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL

A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular

oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente

(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)

Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e

conhecimento

Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as

crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0

objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da

decada de 70

Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do

seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na

compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a

seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto

carente de uma literatura poetica e sedutora

As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para

a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que

contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos

acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos

educadores diante das crianyas

Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas

alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a

expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a

literatura questionadora e libertadora por es~ncia~

COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a

fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em

4

momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de

ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito

da literatura~

o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar

explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0

inusitado a surpresB 0 novo

Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a

mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de

conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao

menes valiosa

Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola

democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna

escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida

OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que

o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada

o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia

como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes

que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico

Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e

especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das

perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das

experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca

a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~

CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a

Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com

criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil

foram crian~as~

Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo

literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a

vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do

imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao

12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL

A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes

orientais par volta do seculo III e IV

A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma

transmissao oral

As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma

Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela

traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo

conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma

explica~o para seu cotidiano

COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui

todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que

n~o e cientificamente comprovado

o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura

transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o

No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem

tortemente pam a crescimento da literatura mundial

No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe

e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)

6

No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os

Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de

sociedade liberal burguesa

Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e

narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata

Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero

As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0

Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na

Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados

A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter

fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam

Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio

do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e

rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a

compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a

beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens

As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do

trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se

criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura

A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de

vi sao e de criatividade

A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a

conscitncia crifiee e questionadora

13 HISTORIA E ESTORIA

Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado

mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao

MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado

confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo

Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos

no afa de abter maior precisao em seus conceitos

Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o

Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor

a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas

Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do

Brasil

Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell

estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que

essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista

reducionista

IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na

Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao

fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel

para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua

comum~

A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas

forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados

convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios

de uso

A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a

ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a

narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas

daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma

arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua

proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o

story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer

distintOes vocabulares que outras nao fazem

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

227 SOnia Forjaz

228 Lygia Bojunga

229 Francisco Buarque de Holanda

CONCLUSAO

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANEXOS

43

44

44

46

48

52

RESUMO

Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil

Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea

VI

INTRODutAO

A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e

de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser

vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a

leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a

crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler

A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao

tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e

metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora

A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura

incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala

de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de

leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia

de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca

A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao

impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela

leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a

criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em

escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os

diversos caminhos existentes em determinada escolha

A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que

demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0

gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do

desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e

comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a

literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira

A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade

Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A

investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que

versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas

que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas

A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de

referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no

ensino fundamental

No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil

mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios

A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados

deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de

encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de

aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas

No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e

contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana

Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre

autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas

A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada

como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da

capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em

mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em

sua ambigUidade e pluralidade

E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de

literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel

sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05

pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e

saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em

que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando

la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara

com ele relac~es afetivas

a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD

prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no

desenvalvimento infantil

CAPiTULO I

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL

A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular

oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente

(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)

Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e

conhecimento

Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as

crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0

objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da

decada de 70

Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do

seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na

compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a

seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto

carente de uma literatura poetica e sedutora

As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para

a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que

contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos

acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos

educadores diante das crianyas

Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas

alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a

expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a

literatura questionadora e libertadora por es~ncia~

COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a

fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em

4

momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de

ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito

da literatura~

o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar

explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0

inusitado a surpresB 0 novo

Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a

mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de

conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao

menes valiosa

Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola

democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna

escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida

OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que

o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada

o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia

como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes

que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico

Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e

especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das

perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das

experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca

a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~

CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a

Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com

criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil

foram crian~as~

Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo

literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a

vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do

imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao

12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL

A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes

orientais par volta do seculo III e IV

A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma

transmissao oral

As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma

Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela

traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo

conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma

explica~o para seu cotidiano

COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui

todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que

n~o e cientificamente comprovado

o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura

transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o

No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem

tortemente pam a crescimento da literatura mundial

No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe

e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)

6

No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os

Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de

sociedade liberal burguesa

Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e

narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata

Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero

As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0

Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na

Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados

A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter

fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam

Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio

do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e

rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a

compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a

beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens

As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do

trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se

criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura

A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de

vi sao e de criatividade

A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a

conscitncia crifiee e questionadora

13 HISTORIA E ESTORIA

Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado

mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao

MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado

confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo

Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos

no afa de abter maior precisao em seus conceitos

Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o

Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor

a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas

Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do

Brasil

Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell

estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que

essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista

reducionista

IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na

Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao

fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel

para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua

comum~

A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas

forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados

convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios

de uso

A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a

ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a

narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas

daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma

arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua

proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o

story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer

distintOes vocabulares que outras nao fazem

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

RESUMO

Este estudo tem como objetivo ressaltar a importncia da Literatura Infantil nasseries iniciais da literatura classica aos contemportmeos brasileiros ExpressivQste6ricos sobre a literatura infantil respaldaram a pesquisa que durante 0 avanto dosestudos oportunizou urn me1hor entendimento entre a literatura classica econtempor~nea permitindo uma nova vi sao novas reflexOes e recriay6es dopensamento A analise de diversos tipos de literatura que despertam 0 interesse dascrianyas foi a metodologia proposta A Literatura Infantil pode ter urn papel relevantenas series iniciais romper com pad rOes e corwen90es estimulando a consci~l1ciacritica e questionador8 e sua capacidade de fazer 0 leitar refletir Compara90esforam realizadas procuroumiddotse classificar as diversas formas de literatura 0 destaquemaior deste trabalho foi para os autores brasileiros que t~m enriquecido a Literaturarnfantil trazendo urn crescimento da arte fitenlria e fazendo parte como instrumenfodo conhecimento infantil

Palavras-chave literatura infantli series iniciais literatura cJassica literaturacontemporlnea

VI

INTRODutAO

A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e

de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser

vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a

leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a

crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler

A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao

tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e

metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora

A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura

incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala

de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de

leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia

de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca

A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao

impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela

leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a

criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em

escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os

diversos caminhos existentes em determinada escolha

A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que

demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0

gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do

desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e

comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a

literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira

A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade

Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A

investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que

versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas

que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas

A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de

referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no

ensino fundamental

No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil

mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios

A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados

deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de

encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de

aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas

No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e

contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana

Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre

autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas

A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada

como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da

capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em

mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em

sua ambigUidade e pluralidade

E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de

literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel

sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05

pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e

saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em

que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando

la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara

com ele relac~es afetivas

a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD

prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no

desenvalvimento infantil

CAPiTULO I

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL

A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular

oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente

(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)

Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e

conhecimento

Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as

crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0

objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da

decada de 70

Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do

seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na

compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a

seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto

carente de uma literatura poetica e sedutora

As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para

a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que

contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos

acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos

educadores diante das crianyas

Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas

alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a

expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a

literatura questionadora e libertadora por es~ncia~

COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a

fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em

4

momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de

ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito

da literatura~

o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar

explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0

inusitado a surpresB 0 novo

Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a

mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de

conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao

menes valiosa

Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola

democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna

escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida

OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que

o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada

o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia

como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes

que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico

Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e

especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das

perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das

experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca

a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~

CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a

Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com

criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil

foram crian~as~

Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo

literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a

vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do

imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao

12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL

A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes

orientais par volta do seculo III e IV

A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma

transmissao oral

As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma

Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela

traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo

conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma

explica~o para seu cotidiano

COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui

todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que

n~o e cientificamente comprovado

o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura

transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o

No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem

tortemente pam a crescimento da literatura mundial

No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe

e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)

6

No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os

Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de

sociedade liberal burguesa

Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e

narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata

Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero

As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0

Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na

Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados

A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter

fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam

Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio

do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e

rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a

compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a

beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens

As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do

trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se

criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura

A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de

vi sao e de criatividade

A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a

conscitncia crifiee e questionadora

13 HISTORIA E ESTORIA

Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado

mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao

MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado

confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo

Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos

no afa de abter maior precisao em seus conceitos

Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o

Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor

a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas

Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do

Brasil

Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell

estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que

essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista

reducionista

IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na

Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao

fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel

para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua

comum~

A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas

forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados

convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios

de uso

A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a

ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a

narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas

daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma

arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua

proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o

story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer

distintOes vocabulares que outras nao fazem

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

INTRODutAO

A literatura infantil pode proporcionar nova percepltao de mundo de vi sao e

de criatividade Alem de ser estimular 0 conhecimento IingOtstico a [eitura deve ser

vista como uma relaCao afetiva que se tern da crian~ com 0 livro Oessa maneira a

leitura se torna agradtlVel e prazerosa Entende-se que atraves da literatura a

crianya busca cada vez mais 0 905tO de ler

A crianya con segue abter atraves da literatura infantll uma melhor formacao

tanto acad~mica como preparayao para vida A literatura rompe com modelos e

metodos para dar vazao a sensibilidade a consciencia critica e questionadora

A hteratura infantil tern a capacidade de despertar 0 905tO pela [eitura

incentivando a busca pelo prazer de ler Ao trabalhar com a [iteratura infantil em sala

de aula 0 professor e a professora das series iniGiais podem identificar 0 tipo de

leitura que mais atrai as criamas E necessario que 0 professor tenha consci~ncia

de que atraves da leitura ocorre ums transformac~o na crianca

A estimulacao da leitura em sala de aula deve ocorrer de forma nao

impositiva e sim de maneira agradavel e curiosa despertando 0 interesse pela

leitura proporcionando uma nova forma de perceber 0 mundo usando para isse a

criatividade As criancas precisam ter acesso faolitado aos livros liberdade em

escolh~-Ios e de t~-Ios e a funtao de professor e estimular a leitura mostrando os

diversos caminhos existentes em determinada escolha

A intencao em realizar esse estudo e buscar subsidies praxicos que

demonstrem a importancia da literatura infantH como instrumental para despertar 0

gosto pele leitura resgatar a literalura infantil que mais se adeque a etapa do

desenvolvimente biopsicosocial de acordo com 0 ja conhecido classificar e

comparar a literatura classica e a classica brasileira traltar os paralelismos entre a

literatura infanti ~classica~ e a IIteratura infanti kclassica brasileira

A pesquisa foi realizada buscando-se reCllfSOS na biblioteca da Universidade

Tuiuti do Parana em diversas livrarias de Curitiba e em sites educacionais A

investigacao tambem gerou em toma de autares classicos e contemporaneos que

versam sobre a questao da literatura e os livros de contos poesias fabulas e lendas

que despertem 0 90sto e 0 habito da leitura nas crianltas

A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de

referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no

ensino fundamental

No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil

mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios

A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados

deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de

encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de

aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas

No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e

contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana

Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre

autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas

A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada

como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da

capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em

mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em

sua ambigUidade e pluralidade

E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de

literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel

sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05

pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e

saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em

que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando

la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara

com ele relac~es afetivas

a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD

prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no

desenvalvimento infantil

CAPiTULO I

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL

A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular

oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente

(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)

Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e

conhecimento

Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as

crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0

objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da

decada de 70

Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do

seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na

compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a

seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto

carente de uma literatura poetica e sedutora

As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para

a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que

contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos

acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos

educadores diante das crianyas

Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas

alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a

expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a

literatura questionadora e libertadora por es~ncia~

COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a

fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em

4

momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de

ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito

da literatura~

o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar

explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0

inusitado a surpresB 0 novo

Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a

mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de

conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao

menes valiosa

Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola

democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna

escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida

OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que

o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada

o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia

como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes

que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico

Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e

especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das

perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das

experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca

a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~

CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a

Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com

criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil

foram crian~as~

Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo

literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a

vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do

imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao

12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL

A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes

orientais par volta do seculo III e IV

A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma

transmissao oral

As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma

Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela

traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo

conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma

explica~o para seu cotidiano

COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui

todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que

n~o e cientificamente comprovado

o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura

transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o

No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem

tortemente pam a crescimento da literatura mundial

No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe

e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)

6

No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os

Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de

sociedade liberal burguesa

Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e

narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata

Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero

As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0

Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na

Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados

A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter

fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam

Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio

do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e

rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a

compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a

beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens

As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do

trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se

criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura

A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de

vi sao e de criatividade

A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a

conscitncia crifiee e questionadora

13 HISTORIA E ESTORIA

Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado

mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao

MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado

confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo

Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos

no afa de abter maior precisao em seus conceitos

Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o

Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor

a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas

Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do

Brasil

Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell

estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que

essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista

reducionista

IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na

Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao

fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel

para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua

comum~

A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas

forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados

convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios

de uso

A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a

ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a

narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas

daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma

arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua

proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o

story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer

distintOes vocabulares que outras nao fazem

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

A pesquisa de carc~ter bibliografica fai realizada mediante levantamento de

referendais te6ricos sobre a literatura infantil nas series iniciais do prime ira cicio no

ensino fundamental

No capitulo I discorre-se sabre a fundamenta900 teorica na literatura infantil

mostrando como aconteceu sua evolu~a hist6rica e os diversas achados literarios

A classjfica~o da literatura infantil conforme pa~metros ja conhecidos e aplicados

deve-se a necessidade de adequacao aos texios as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil PropOe-se uma analise das fabulas lendas contos de

encantamento contos de fadas das hist6rias acumulativas das hist6rias de

aventuras e das peesias com cita90es e exemplos de cada uma delas

No capitulo II faz-se 0 estudo sobre os auto res e suas obras classicos e

contemporaneos dando ~nfase aos auto res brnsileiros como Monteiro Lobato Ana

Maria Machado Ruth Rocha Ziraldo Mauricio de Souza Marina Colasanti entre

autros fazendo a cila9~0 de suas obras e breves anillises de sells trabalhas

A literatura infantil por iniciar 0 homem no mundo literaria deve ser lItilizada

como instfllmenta para a sensibilizayaa da consciencia para a expansao da

capacidade e interesse de analisar 0 munda Sua import~ncia e fundamental em

mostrar que a literatura deve ser encarada sempre de modo global e complexo em

sua ambigUidade e pluralidade

E fundamental na forma~o do lei tor que a oferta e a circula~o dos livros de

literatura infantil na sala de aula se pracesse de maneira espantanea agradavel

sem ritos e pressoos impositivas a fim de que as crianyas tenham facil acesso a05

pr6prios livros liberdade de escolh~-Ios e de H~-Ios deixando claro que a literatura e

saber mas tambem sa bar ele precisa ser lido e fluido dcurtido~ num ambiente em

que estejam presentes a descontra(ao a prazer e a liberdade 56 assim criando

la90s afetivos com a literatura apresentada como alga gostoso a crian9a estreitara

com ele relac~es afetivas

a professor em sala de aula tern oportunidade de estimular as criancas aD

prazer da leitura Para isso ele deve ter claro qual a importancia da literatura no

desenvalvimento infantil

CAPiTULO I

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL

A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular

oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente

(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)

Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e

conhecimento

Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as

crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0

objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da

decada de 70

Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do

seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na

compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a

seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto

carente de uma literatura poetica e sedutora

As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para

a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que

contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos

acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos

educadores diante das crianyas

Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas

alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a

expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a

literatura questionadora e libertadora por es~ncia~

COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a

fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em

4

momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de

ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito

da literatura~

o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar

explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0

inusitado a surpresB 0 novo

Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a

mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de

conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao

menes valiosa

Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola

democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna

escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida

OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que

o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada

o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia

como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes

que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico

Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e

especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das

perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das

experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca

a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~

CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a

Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com

criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil

foram crian~as~

Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo

literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a

vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do

imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao

12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL

A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes

orientais par volta do seculo III e IV

A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma

transmissao oral

As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma

Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela

traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo

conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma

explica~o para seu cotidiano

COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui

todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que

n~o e cientificamente comprovado

o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura

transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o

No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem

tortemente pam a crescimento da literatura mundial

No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe

e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)

6

No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os

Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de

sociedade liberal burguesa

Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e

narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata

Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero

As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0

Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na

Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados

A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter

fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam

Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio

do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e

rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a

compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a

beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens

As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do

trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se

criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura

A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de

vi sao e de criatividade

A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a

conscitncia crifiee e questionadora

13 HISTORIA E ESTORIA

Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado

mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao

MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado

confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo

Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos

no afa de abter maior precisao em seus conceitos

Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o

Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor

a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas

Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do

Brasil

Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell

estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que

essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista

reducionista

IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na

Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao

fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel

para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua

comum~

A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas

forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados

convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios

de uso

A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a

ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a

narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas

daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma

arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua

proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o

story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer

distintOes vocabulares que outras nao fazem

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

CAPiTULO I

11 0 QUE E A LlTERATURA INFANTIL

A literatura infantil tern suas raizes mais distantes na literatura popular

oral au escrita do Oriente (Calila e Oimna As Mil e Uma Noites) e do Ocidente

(Fabulas - Esopo La Fontaine e as Contos Maravilhosos - Perrault Grimm)

Eta nasce com a finalidade de transmitir ensinamentos morais e

conhecimento

Conforme TAVARES (1998 p 24) no Brasil a literatLJra destinada as

crianyas vai se despindo de sLlas vestes utilitaristas pedag6gicas com 0

objetivD de ensinar a lingua de illformar e formar 0 carater somente a partir da

decada de 70

Monteiro Lobato e 0 mais importante escritor para crianyas do inieto do

seculo XX (1921- A men ina do Narizinho Arrebitado) foi pioneiro na

compreens~o de que 0 leitor principal mente 0 infeHltil busca 0 prazer a

seduyao a beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens e portanto

carente de uma literatura poetica e sedutora

As instituiQOes escolares brasileiras t~m sido lugares privilegiados para

a divulgaltlto de textos literarios CUNHA (1997 p 31) explica que

contraditoriamente as instituicOes pela forma como utilizam estes textos

acabam provocando a averslio aos livros Isto se explica pelas atitudes dos

educadores diante das crianyas

Segundo CUNHA (1997 p 38) 0 nestas instituiltOes exauridas

alJtoritarias que queremos despertar 0 gosto pela leitura a fruiyao estetica e a

expressao criativa Dentro destas engrenagens paralisantes queremos colo car a

literatura questionadora e libertadora por es~ncia~

COELHO (1995 p 61) Bfirnla que alimentar deg espfrito exercitar a

fruiyao estetica da palavra despertar para a maravilha do ato de criar em

4

momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de

ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito

da literatura~

o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar

explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0

inusitado a surpresB 0 novo

Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a

mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de

conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao

menes valiosa

Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola

democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna

escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida

OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que

o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada

o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia

como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes

que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico

Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e

especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das

perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das

experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca

a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~

CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a

Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com

criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil

foram crian~as~

Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo

literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a

vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do

imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao

12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL

A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes

orientais par volta do seculo III e IV

A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma

transmissao oral

As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma

Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela

traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo

conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma

explica~o para seu cotidiano

COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui

todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que

n~o e cientificamente comprovado

o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura

transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o

No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem

tortemente pam a crescimento da literatura mundial

No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe

e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)

6

No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os

Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de

sociedade liberal burguesa

Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e

narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata

Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero

As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0

Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na

Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados

A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter

fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam

Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio

do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e

rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a

compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a

beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens

As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do

trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se

criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura

A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de

vi sao e de criatividade

A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a

conscitncia crifiee e questionadora

13 HISTORIA E ESTORIA

Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado

mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao

MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado

confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo

Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos

no afa de abter maior precisao em seus conceitos

Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o

Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor

a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas

Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do

Brasil

Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell

estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que

essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista

reducionista

IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na

Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao

fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel

para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua

comum~

A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas

forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados

convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios

de uso

A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a

ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a

narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas

daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma

arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua

proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o

story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer

distintOes vocabulares que outras nao fazem

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

4

momentos de jogo de brincadeira com a Ifvro e que a leitor se abre a treca de

ideias da expressao a seus temores e desejos deixa~se penetrar pelo espirito

da literatura~

o texto realmente literario acrescenta ao leitor nao por Ihe ensinar

explicitamente comportamentos au regras e bem viver mas porque Ihe traz 0

inusitado a surpresB 0 novo

Para CUNHA (1988 p 57) a obra liteniria infantil a essencialmente a

mesma obra de arte para 0 adulto Difere desta apenas na complexidade de

conceplttio a obra para crianlaquoCIs sera mais simples em seus recursos mas nao

menes valiosa

Prazer jogo conhecimento e expressao necessitam de urna escola

democratica criativa questionadora dintmica aberta ao novo e ao belo Urna

escola concreta com educadores e alunos apaixonados par livros e pela vida

OLIVEIRA (1998 p 11) escreve que

o pensamento infantil e aquele que esta sintonizado com esse pulsar pelasvias do imagimlrio E e justamente com esse pulsar pelas vias que as projetosmais arrojados de literatura infantit investem nao escamoteando a literarionem facilitando mas enfrentando sua qualidade artfstica e oferecendo asmelhores produtos possiveis ao repert6rio infantil que tern a compet~ncianecessaria para traduzi-to pelo desempenho de uma leitura multipla ediversificada

o educador tem que e~tar aierta para 0 fato de que nem tudo que circuia

como livro destinado a crianya e de fato literatura infanti Ha muitas produyOes

que nao v~o alem do lugar-comum estetico e ideol6gico

Eo tambam COELHO (1995 p 32) que afirma que Iiteratura e

especial mente a infantil tern que proporcionar uma reorganiza9aO das

perceP96es do mundo desse modo possibilitar uma nova ordenayAo das

experi~ncias existenciais da crianca A conviv~ncia com texlos literarios provoca

a forma9aO de novos padrOes e 0 desenvolvimento do critico~

CADEMARTORI (1986 p 7) postula a idaia de todos sabem 0 que a

Literatura Infantil ~isso porque a maior parte das pessoas tern algo a ver com

criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil

foram crian~as~

Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo

literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a

vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do

imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao

12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL

A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes

orientais par volta do seculo III e IV

A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma

transmissao oral

As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma

Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela

traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo

conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma

explica~o para seu cotidiano

COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui

todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que

n~o e cientificamente comprovado

o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura

transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o

No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem

tortemente pam a crescimento da literatura mundial

No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe

e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)

6

No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os

Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de

sociedade liberal burguesa

Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e

narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata

Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero

As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0

Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na

Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados

A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter

fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam

Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio

do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e

rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a

compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a

beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens

As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do

trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se

criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura

A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de

vi sao e de criatividade

A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a

conscitncia crifiee e questionadora

13 HISTORIA E ESTORIA

Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado

mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao

MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado

confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo

Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos

no afa de abter maior precisao em seus conceitos

Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o

Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor

a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas

Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do

Brasil

Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell

estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que

essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista

reducionista

IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na

Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao

fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel

para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua

comum~

A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas

forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados

convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios

de uso

A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a

ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a

narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas

daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma

arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua

proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o

story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer

distintOes vocabulares que outras nao fazem

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

criancta seja tilhos vizinhos sobrinhos alunos e raz~o inquestionavel todos jil

foram crian~as~

Para COELHO (1993 p 24) a literatura infantil e antes de tudo

literatura e arte fen Omena de criativfdade que representa a mundo a homem a

vida atraves da palavra onde heuma fun~o dos sonhos com a vida pratica do

imaginario com a real das ideias e sua possfvel au impossivel realizayao

12 HIST6RICO DA LlTERATURA INFANTIL

A Gnese da Literatllra Infantil e documentada a partir de fontes

orientais par volta do seculo III e IV

A difus~o no Ocidente europeu deu-se durante a Idade Media por uma

transmissao oral

As narrativas primordiais com origem no Oriente como As mil e uma

Noites permitiram a descoberta do fundo fabuloso que se perpetuou pela

traduyao oral Essas narrativas se passam fora dos limites do mundo

conhecido falam de um mundo imaginario mas sempre procurando uma

explica~o para seu cotidiano

COELHO (1999) tala que os contos revelam que 0 homem nao possui

todo 0 conhecimento e utilizam ate hoje elementos magicos para explicar a que

n~o e cientificamente comprovado

o Renascimento traz mudan((as profundas na arte e na cultura

transferindo para a literatura urn period a moral e crist~o

No Ocidente as novelas de cavalaria difundidas oralmente contribuem

tortemente pam a crescimento da literatura mundial

No seCtilo XVIII a Pre Romantismo oferece obras como Robson Crusoe

e Viagens de Guliver (Jonatham Swift)

6

No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os

Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de

sociedade liberal burguesa

Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e

narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata

Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero

As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0

Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na

Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados

A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter

fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam

Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio

do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e

rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a

compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a

beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens

As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do

trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se

criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura

A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de

vi sao e de criatividade

A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a

conscitncia crifiee e questionadora

13 HISTORIA E ESTORIA

Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado

mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao

MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado

confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo

Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos

no afa de abter maior precisao em seus conceitos

Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o

Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor

a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas

Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do

Brasil

Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell

estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que

essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista

reducionista

IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na

Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao

fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel

para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua

comum~

A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas

forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados

convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios

de uso

A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a

ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a

narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas

daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma

arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua

proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o

story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer

distintOes vocabulares que outras nao fazem

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

6

No secula XIX 0 Romantismo e 0 Realismo apresentam as Irm~os

Grimm - na Alemanha e Hans Christian Andersen em fase de consolidaltQo de

sociedade liberal burguesa

Charles Perrault na Franya colhendo e adaptando as lendas e

narra90es afloradas da tradi~o e do foldare imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como a do Gata de Botas Chapeuzinho Vermelho~ ~Gata

Borralheira sendo hoje considerado autor classico no o~nero

As noveias de cavalaria vieram para a Brasil pela literatura de corde 0

Brasil possuiu basicamente textos com intuito de catequizar enquanto que na

Europa as contos estavam cada vez mais interessantes e diversificados

A literatura no Brasil ap6s 0 iniao didHico (catequizaltlo) passa a ter

fins civicos e de ideologizar 0 que e importante que as cnan~s aprendam

Monteiro Lobato faz uma ruptura neste aspecto com suas obras do Sitio

do Pica-Pau Amarelo Traz uma nova concepyao de mundo e sociedade e

rompe com aspirayao politica envolvendo 0 Brasil Foi 0 primeiro autor a

compreender que a leitor principalmente 0 infantil busca 0 prazer a sedultAo a

beleza e 0 conhecimento do mundo e dos homens

As escolas mostram-se como campo propfdo para 0 desenvolvimento do

trabalho literario mas 0 resuJtado deste esta lange do satismiddotfatario Observam-se

criancas desinteressadas e aduJtos que nao criaram a habito de leitura

A literatura infantil deve proporcionar nova percepyao de mundo de

vi sao e de criatividade

A funltao da literatura e romper com pad rOes e convencOes estimular a

conscitncia crifiee e questionadora

13 HISTORIA E ESTORIA

Encontramos duas palavras que normalmente tern 0 mesma significado

mas que teve p~r urn pereda uma outra significacao

MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado

confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo

Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos

no afa de abter maior precisao em seus conceitos

Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o

Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor

a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas

Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do

Brasil

Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell

estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que

essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista

reducionista

IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na

Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao

fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel

para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua

comum~

A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas

forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados

convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios

de uso

A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a

ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a

narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas

daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma

arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua

proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o

story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer

distintOes vocabulares que outras nao fazem

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

MORENO (2003) afirma que 0 uso de est6ria poderia ter ficado

confinado ao mundo do Folciore ende talvez fosse de alguma utilidade Nao eincomum que certas areas do pensamento postulem para usa exclusivo

Yocabulos novas au variacOes fonologicas au ortograficas de Yocabulos antlgos

no afa de abter maior precisao em seus conceitos

Hist6ria e a narrativ8 de fatos reais e estoria e a narrativa de fic~o

Para nao complicar e nem cometer anglidsmo (importaltao do ingl~s) a melhor

a fazer e usar Nhist6ria tanto para fatas reais como para narrativas inventadas

Historia com h~ maiuscule se trata de ci~ncia estudo Exemplo Historia do

Brasil

Segundo MOREIO (2003) a histOria se refere ao passado e ao sell

estudo e a hist6ria da narrativa da fabula Para ele ~aexperi~ncia nos diz que

essas invasOes de searas alheias geralmente pecam por urn raciocinio simplista

reducionista

IS50 se verifica por exemplo na Filosofia na L6gica na LingUistica na

Psicanalise MORENO (2003) expOe que como e natural essas variantes vao

fazer parte de um c6digo especifico Clijo emprego passa a ser indispensavel

para os especialistas dessa area mas nao entram no grande caudal da lingua

comum~

A cria~o a utilizat~o e muito seguidamente a agonia e marie dessas

forma 5 sao registradas em discretos dicionarios especializados

convenientemente isolados do grande rebanho representado pelos dicionMios

de uso

A) Joao Ribeiro forte conhecedor de nosso idioma foi quem prop6s a

ado~o do termo est6ria em 1919 para designar no campo do Folclore a

narrativa popular 0 conto tradicional objeto de estudo dos especialistas

daquela area E nao se tratava de inventar mas sim de reabilitar uma forma

arcaica comLJm nos manuscritos medievais de Portugal Era uma ing~nua

proposta paroquial nascida da inveja compreensivel que causa a distin~o

story - history do Ingh~s E mais do que comllm 0 fato de uma Ifngu8 fazer

distintOes vocabulares que outras nao fazem

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

8

B A estoria medieval naa era LIm vocabulo diferente de historia era

apenas uma das muitas variantes que se encontram nos textos manllscritos de

nossos copistas naquele tempo heroico em que a estrutura de nossa ortografia

ainda lutava para sedimentar Ali aparecem hist6ria hest6ria estoria istoria

estOrea Da mesma forma vamos encontrar homem omem amee (algumas

vezes com til no primeiro e) e ate ome Nota-se que 0 emprego do h e das

vogais ainda nao estava estabilizado na escrita Entretanto ja no sec XVI a

grafia de homem e hist6ria era a que e lIsada ate hoje Qutras linguas da familia

latina como 0 EspanhoJ e 0 Franres tambem experimentaram essa variedade

de formas para hist6ria mas terminau prevalecendo a forma (mica (historia e

histoire respectivamente)

C) Segundo 0 Novo Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa

FERREIRA AB de H Novo Dicionario Aumlio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

Est6ria SFV historia (recomenda-se apenas a gratia historia tanto no

senti do de ci~mcia historica quanta no de narrativa de ficcao canto popular e

demais acepcoes)

OJ 0 Oicionario Aurelio da Lingua Portuguesa ainda explana Hist6ria -

1 narra~o met6dica dos fatos notfiveis ocorridos na vida des povos em

particular e na vida da humanidade em geral A hist6ria do Brasil historia

universal 2 Conjunto de conhecimento adquirido atraves da tradi~o eou por

meio dos documentos relativos a evolu~a ao passado da humanidade 3

Ci~ncia e metoda que permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos 4

o canjunto de obras referentes a histona 5 Conjunto de conhecimento relativos

a esta ci~ncia au que tem implicacOes com ela ministrados nas respectivas

faculdades estudante de histOria 6 Tratado au compt~mdio de histOna 7

Estudo das origens e processes de uma arte de uma ci~ncia au de um ramo do

conhecimento Hist6ria da pintura hist6ria da medicina Narrayao de

acontecimentos de a90es em geral cronologicamente dispostos A historia das

viagens do Capitao Cook a historia de Napole~o Narra~o de fatos

acontecimentos au particularidades relativas a urn determinade assunto Canto

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

narraltAo narra1iva enredo trama fabula t urn romance 6timo apesar de nao

ter historia

14 CLASSIFICACiio DA LlTERATURA INFANTIL

Para que 0 lei tor aproveite a leitura efetivamente muitos sao os fatores

importantes A necessidade de adequagao aos textos as diversas eta pas do

desenvolvimento infantil~uvenil

COELHO (1997 p 28) afirma que a inclusllo do leitor em determinada

classifica9Ao depende nao apenas de sua faixa etaria mas principalmente da

inter-relaltio existente entre sua idade cronol6gica nivel de amaduredmente

biopsiquico-afetivo-intelectual e grau all nivel de conhecimentodominio do

mecanisme da leitura As indicatOes para determinadas faixas-etMias sao

sempre aproximadasM

A mesma autora sugere alguns principles orientadores para a escolha

de livros adequados a cada categona de leitor Em COELHO (1997 p 28)

fcram levadas em conta as inter-relalt6es mencionadas dentro de lima evolucao

considerada normal

bull 0 Pre-Ieitor

Categoria inicial que abrange duas fases

Primeira inUmda (dos 15117 meses aos 3 anos) - a crianlta comeca a

reconhecer a reaJidade a sua volta principal mente pelos cantatas afetivos e

pelo tatoo Para COELHO (1997 p 29) e 0 momento em que a crianca comeca a

conquista da pr6pria linguagem e passa a nom ear as realidades a sua volta~

Para estimular tal impulso natural as gravuras de animais ou objetos

familiares a crianya devem ser induidos entre as sellS brinquedos Estes

desenhos podem ser em folhas soltas ou em tllbuns feitos em material

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

10

agradavel e resistente ao tatoo A atua~o do adulto neste fase e fundamental

nomeando e manipulando as brinquedos au desenhos

Segunda fase (a partir dos 23 anos) - as valores vitais e sensoriais

predominam fnicio da fase ego~ntrica e dos interesses ludo-praticos Interesse

crescente pela comunica~o verbal e adapta~o ao meio ffsico

bull 0 Leitor Iniciante (a partir dos 6fT anos)

Esta e a fase da aprendizagem da leitura na qual a crianca jil

reconhece as signos do alfabeto e reconhece a forma~o das silabas simples e

complexas Inieic do processo de socializa~o e de racionalizacao da realidade

A presen9CI do adulto ainda se faz necessaria principalmente para

estimular 0 novo leitor a decodificar as sinais graficos e a leva-I a a descobrir que

ele pode se comunicar sozinho com 0 mllndo da eserita

middot0 Leitor-em-proeesso a partir dos 819 anos)

A crianya nesta fazes ja domina com facilidade a mecanismo da leitura

Seu pensamento 16gieo organiza-se em formas eoneretas que permitem as

operayOes mentais Atrayao pelos desafios e pelos questionamentos de toda

natLJreZa A presenya do adulto ainda e importante como motiva~o ou estimulo

a leitura

bull0 Leitor Fluente (a partir dos 1011 anos)

Fase de eonsolidayao do dominic do mecanismo da leitLJra e da

eompreensao do mundo expresso no livre A leitura segue apoiada pel a

reflexao a capacidade de eoncentra~o aumenta Oesenvolve-se 0 pensamento

hipotetieo dedutivo e a conseqOente capaeidade de abstratyao A presenya do

adulto ja nao se faz necessaria

bull 0 Leitor Critico (a partir dos 1213 anos)

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

11

Fase de total dominic da leitura da linguagem escrita capacidade de

ref1ex~o em maior profundidade Desenvolvimento do pensamento reflexivo e

critico

o leitor deve ir alem do prazer au emoyao com 0 texto literario

procurando penetrar no mecanismo da leitura

o conhecimento basico de Tecria Literaria se faz necessario

141 Fabulas

NarraltOesque visam explicar a origem de certas particularidades de urn

ser au coisa Assim 0 porqu~ da rivalidade au animosidade entre animais como

o cae e 0 gato 0 motive da exis~ncia do raba dos macacos a razao pel a qual a

garganta da baleia e estreita etc Muito conhecido e 0 conto A Festa no Ceuque nos informa a causa do aspecto caracteristico do GOuro do sapo tao

salpicado a maneira de remendos

Fabulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar alga)

Narrativa (de natureza sirnb6lica) de uma situa~o vivida par animais

que alude a urna situaltao humana e tem par objetivo transrnitir certa moraJidade

A apresentaQAo de uma exemplaridade espelha a moralidade social da epoca

Essa moral e fechada inquestionavel A nao-mudanya implementada peles

fabulas re1rata LIma preocupayao com a manuten~o de ordem estabelecida

Oferece ent~o urn modelo de comportamento maniqueista onde 0 KcertO deve

ser copiado e 0 errado evitado

ANALISE DAS FABULAS DE ESOPO - FONTAINE E PORTELA

A CIGARRA E A FORMIGA

1 PORTELA F et aL Sete Faces dbullbullFolbulOl_ sao PalJlo Moderna 1992

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

12

Nesta tabula podemos ficar indignados com a avareza da formiga que

nega alimento a cigarra e a deixa marrer mas tambem nos faz refletir sabre a

necessidade de sermos comedidos e precavidos para a dia de amanh~

o CORVO E 0 PAvAo

Esta tabula afirma a necessidade de sermos humildes de fugirmos da

arrogancia mostrada pelo pavao A beleza na~ pode par si 56 ser 0 methor

atributo de alguem au de algo Par tras da beleza pode-se esconder grandes

defeitos

A AGUIA E A CORUJA

o comportamento da coruja em relaltao aos filhos e a tradultao de todas

as maes que amam as filhos podendo eles ser horrendos ou nao pois para

sempre Ihes parecerao lindos

Quando se ama 0 feio este se torna bonito IS50 e explicado pela

sabedoria popular que criou a expressao ~mae coruja simbolizando 0 amor

cegomiddot que impede 0 apaixonado de ver com dareza 0 ser amado

A RAPOSA E AS UVAS

Essa fabula mostra 0 menosprezo por aquilo que desejamos muito mas

nao consegllimos alcancar Este e urn habito humano que pode se mesclar com

sentimentos de inveja

o PARTO DA MONTANHA

o comportamento das pessoas diante de uma grande expectativa pode

corresponder a urn mal entendido gerando frustra~o por esperar algo que nao

acontecera

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

13

o RATO DA CIDADE E 0 RATO DO CAMPO

Esta fabula mostra que uma vida simples e muitas vezes melhor do que

muito luxo com muitos peri gas e preocupay6es

o LEAo E 0 RATINHO

Esta fabula mostra que a diferenca entre os seres nolo pode ser

empecilho para boas amizades

VENUSEAGATA

A apar~ncia externa pode ser modificada parem a natureza de cada ser

nunea podera ser mudada

OSAPOEOBOI

A tentativa de ser 0 que nao e e querer imitar as Qutros faz com que

tenhamos serios danos podendo inclusive acabar com a propria exist~ncia

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Esta fabula mostra que falar sempre e mais facH po rem fazer e tamar as

atltudes e Dutro departamento

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Esta fabula demonstra que quem tenta fcryar a destine acaba colhenda

infortunios e tudo aquilo que estava predestinado pode ser sucumbido par

atitudes impensadas

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

14

o BURRO NA PELE DO LEAo

Esta tabula mostra que a aparlmcia pode ser mudada orem a natureza

continuara a mesma

AS DUAS PANELAS

Nesta fabula v~se que quando 0 fraoo se aproxima do forte pade sair

perdendo se 0 forte nao liver humildade para reconhecer no fraea aquele que

poderia ter side ou ate se transform ado

A GARltA VELHA

Esta fabula mostra que nao se deve acreditar em conselhos de inimigos

o VELHO 0 MENINO E 0 BURRO

Nesta fabula v~se que a vontade de agradar as Qutros nao realiza as

desejos de ninguem e lodos saem perdendo

A LEBRE E A TARTARUGA

Esta tabula mostra que quem segue com constancia e devagar chega a

frente daqueles que se acham espertos demais

o GALO E A RAPOSA

Esla fabula mostra que nao se deve acreditar em inimigos e que e

preciso ter cuidado com amizades repentinas

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

15

A RAPOSA E A CEGONHA

Esta fabula mostra que devemos tratar as Qutros da mesma forma que

S8 e tratado

o PASTOR E 0 LOBO

Nesta fabula percebe-se que quando as mentirosos falam a verdade

ninguem acredita

142 Lendas

Segundo COELHO (1993) a palavra lenda tern origem no latim e

significa legenda - ler Nas primeiras idades do mundo as hom ens nao

escreviam Conservavam as lembranyas na tradi~o oral Onde a mem6ria

falhava entrava a imaginacao para supri-Ia e a imagina~o era 0 que pavoava

de seres 0 seu mundo

Todas as formas expressivas nasceram certamente a partir do

momento em que 0 homem sentiu necessidade de procurar uma explicacao

qualquer para as fatos que aconteciam a seu red or as sucessos de sua luta

contra natureza os animais e as inclemlmdas do meio ambiente uma especie

de exordsmo para espantar os espiritos do mal e trazer para sua vida os at05

dos espiritos do bem

A lend a em especial as mitol6gicas constitui 0 resumo do assombro e

do temor do hom em diante do mundo e uma explicayao necessaria das coisas

A lenda assim nao e mais do qLJe 0 pensamento infantil da humanidade em

sua primeira etapa refletindo 0 drama humano ante 0 outro em que atuam os

astros e meteoros forcasdesencadeadas e ocultas

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

16

A lenda e uma forma de narrativa antiqiiissima cujo argumento e tirado

da tradi~o Relata de acontecimentos ende 0 maravHhoso e 0 imaginario

superam 0 historico e 0 verdadeiro

LENDAS DO PARANA

o VEU DE PINGO DAGUA

0 pal de Pingo dAgua chamou-a e the disse que estava prometida para

Pucaerin 0 bravo caltador A jovem asslistada disse a seu pai que nao amava

o valente indio e sim Itaer~ e the suplicou que reconsiderasse a decisilo avetha homem no entanto disse que estava decidido pois tal casamento era

conveniente a paz entre as tribos A bela India ent~o nao mlJito conformada

disse que pediria forcas a Jaci para sliportar tal encargo

A noite Pingo dAgua saill a caminhar pedindo a Tupa que a salvasse do

tri5te destin~ Infelizmente as preparayaes para 0 festejo prosseguiram e Pingo

dAgua ia ficando cada vez mais angustiada Pens8va que seu amado Itaerlsect

viria e ambos fugiriam para 0 planalto dos pinheirais Mas ele nao aparecelL

Quando comeyou a celebrayao 0 grande-chefe iniciou a cerimOnia ordenando

que trouxessem a noiva Houve demara ate que vieram avlsar que ela nao se

encontrava na oca Imediatamente os indios sairam para procura-Ia Todos

desconfiavam que Itaer~ a tinha raptado

Seguiram 0 rastro da moca ate perto da cachoeira de onde as aguas

cafam a grande altura Pfngo dAgua n~o mais apareceu Dias depois uma

crianca correu avisar a tribe que havia um corpo boiando pr6ximo as rochas em

qlle as aguas da cachoeira despencavam Era Pingo dAgua a noiva que

acabara morrendo pelo amor de outro hom em A cachoeira recebeu entao 0

nome de Veu da Noiva

Esta lenda nos mostra que 0 amor nio pode ser reprimido ou ~acertado

e prometido p~r terceiros A ilusao de Pingo dmiddotAgua de que seu amado viria

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

17

busca-Ia a tarnau mais infeliz e desiludida preferindo a morte a casar-se com

alguem que ela nao amasse

A LENDA DO CAATIU

~Essa lenda e contada a partir do encontro entre Pi~lla9u e Jaira Ele urn

valoroso indio guarani forte energico terrivel nas lutas em defesa de slIa triba

Ela a cunhata que 0 amaya e que tanto chorava a cada vez que seu amado

partia para a guerra

Certa vez ele saiu em expediyao durante quatro luas Jaira teve urn

pressentimento ruim a triba sairia vitoriosa mas 0 preco da vit6ria seria alto E

assim 0 tempo todo Jaira se manteve angustiada Os guerreiros retornaram as

sobreviventes estavam serios e com ares funebres Jaira percebeu logo 0 que

acontecera sua angustia agora seria duradoura n~o suportando a aus~ncia de

Pi~uayu acabou morrendo Anhanga entio tomou 0 corpo da jovem India e 0

transformou num arbusto chamado caatiLL Suas flores amarelecem e vivificam

os novembr05 aos buqu~s que the ponteiam os galhos colorindo e iluminando

as tarefas de abelhas e borboletas Flores que depois se tornam chumaco de

suave paina e sao levadas pelo vento espalhando esse mesma sol par todo 0

Parana

Esta lenda nos mostra nova mente 0 poder do amor que pode se tornar

imortal e revivido em todos as momentos de nossa vida atraves de urn simbolo

deste am or

LENDA DA GRALHA AZUL

KEra madrugada a sol nao demoraria a nascer e a gralha ainda estava

acomodada no galho amigo ande dormira a nOite quando ollviu a batida aguda

do machado e 0 gemido surdo do pinheiro La estava a machadeiro golpeando a

arvore para transforma-Ia em tabllas

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

18

A gralha acordou As pancadas repetidas pareciam repercutir em seu

corayao Num momento de desespero e simpatia partiu em v60 vertical subiu

muito al9m das nuvens para nao Quvir mais as estertores do pinheiro amigo La

nas alturas escutou urna voz cheia de ternura - Ainda bern que as aves se

revoltam com as dares alheias

A gralha subiu ainda mais na imensid~o Novamente a mesma voz a ela

S8 dirigiu - Volte avezinha bondosa vae navamente para os pinheirais De hoje

em diante eu a vestirei de azul da cor deste ceu e ao voltar ao Parana voc~

vai ser minha ajudante vai plantar as pinheirais 0 pinheiro e a s[mbolo da

fraternidade Ao comer 0 pinhao tira-Ihe primeiramente a cabeca para depois a

bicadas abrir-Ihe a casca Nunca esquece de antes de terminar 0 seu repasto

enterrar alguns pinhOes com a ponta para eima ja sem cabeya para que

podridio nao destrua 0 novo pinheiro que dali nascera Do pinheiro nasee a

pinha da pinha nasee 0 pinhao pinhao que alegra nossas festas onde 0

regozijo barulhento e como um bando de gralhas azuis matracando nos galhos

altaneiros dos pinheirais do Parana Seus galhos sao bra90s abertos

permanentemente abertos repetindo as auras que 0 embalam 0 meu convite

eterno Vinde a mim todos

A gralha por uns instantes atingiu as alturas Que surpresa Onde seus

olhos eonseguiam ver 0 seu proprio corpo observou que estava todo azul

Somente ao redor da cabeya onde nao enxergava continuou preto Sim preto

porque ela e um corvideo Ao ver a beleza de suas penas da cor do cell voltou

celere para os pinheirais Tao alegre ficou que seu canto passou a ser um

verdadeiro alarido que mais pareee com vozes de crianyas brincando

Esta lenda nos mostra que por mais tristes que sejam nossos caminhos

ha uma solucio para tudo 0 recome90 e a esperanya diante da destruiyao e a

fonte para uma nova vida

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

19

A LENDA DE BREJATUBA

~Na cidade hoje chamada de Guaratuba existe urn morro imenso 0

Brejatuba Desse morro se destaca urna enorme rocha angulada dizem que 58

chamava Tacunhat~ Isso porque em tempos remotes as indios Tinguis

habitantes do planalto desceram ao litoral para a estaltao das tainhas e dos

caman~es Com eles vela Itacunhata 0 bravo guerreiro famoso par sua bravura

e par ser destre No litoral as tinguis visitaram a tribo dos Carljcs La Itacunhata

conheceu Juraci a filha do chefe earij6

Itacunhata perdeu-se de amores par Jurac~ Mas JLlra~ era muito

esquiva Entao a mayo tingui buscou as conselhos de urn dos vel has de sua

tribe E 0 velho Ihe falou que Jurare 0 amaya mas que seus sentimentos eram

semelhantes as ondas do mar que acariciam as rodlas Quando estas tentam

envolv~-Ias elas se retiram para 0 mar Portanto era preciso que Itacunhata a

agarrasse com for1a de guerreiro

o mO1o resolveu convidar Jura~ para passear levando-a ao alto do

morro Brejatuba La ehegando os dois se envolveram e quando Itacunhat~

aehava que sua vit6ria estava certa Juraclt foi tomando diS-IAncia ate que saiu

correndo E 0 moltocorreu atras Quando a alcanltou parou para admira-Ia De

repente Jurace deu um saito pra tras e sucumbiu engolida por urna onda 0

mo~ desesperado saltou em dire~o ell jovern mas na sua vez as ondas

recuaram e 0 rapaz caiu nas pedras 0 mar arrependeu-se e trouxe a jovem

como tern feito sempre para que urn dia ela seja agarrada por ItacunhaUlt

ESla lend a nos remete novamente a se ter esperan~ e paciencia para

alcanyar nossos objetivos

A LENDA DO FOGO

Na terra dos caingangues ninguem sabia como fazer fogo portanto

ninguem dele se beneficiava Apenas Minara um indio de ra~a estranha que 0

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

20

mantinha em sua lareira zelado par sua filha laravi que 0 guardava como a urn

tesouro Os caingangues nAo se conformavam com esse egoismo de Minart

Ate que um dia um jovem inteligente e ardiloso Fiiet6 decidiu descobrir 0

segredo de MinarA Transformou-se em uma gralha branca e foi ate 0 local onde

estava a cabana em cuja lareira 0 fogo ardia Ali encontrou larav banhando-se

no rio goio-Xopin Entao atirou-se na agua e se deixOu levar pela correnteza em

direltljo a formosa india Ela vill a pobre gralha encharcada e a recolhell

levando-a para junto da lareira Tao logo suas penas de ave secaram Fiiet6

pegou uma brasa com 0 bieD e fugiu Mais adiante pousando no galho de urn

pinheiro reavivau a brasa e com ela pOs fogo em uma grimpa Como 0 ramo era

muito pesado era difieil transporta-Io com 0 biro e ainda com 0 vento

aumentando ainda mais a chama Fieet6 decidiu arrasta-Io pelo mato e per

causa disso acabou provocando urn inoondio espetacular Durante dias as

noites ficaram claras como 0 dia com 0 fogo se alastrando pelas ftorestas

Todos os indios da regiao foram ver 0 indlndio aproveitando para levar ti913es

para suas casas que desde entaD passaram a ter suas pr6prias fogueiras

sempre acesas Depois do incAndio extensas areas de f10restas viraram as

campos que hoje conhecemos os Campos Gerais as campos de Palmas e as

campos de Guarapuava

Esta lenda nos ensina sobre 0 conhecimento adquirido e as metas qLle

devemos ter para conquistar estes conhecimentos

A LENDA DA ERVA-MATE

MSeculos atras as tribos Tupi e Guarani habitavam cada qual uma das

margens do rio Parana Conta a lenda que do lado dos tupis vivia lara uma

das filhas do cad que Era a enfermeira da tribo protetora das crianyas e dos

velhos vivia para fazer 0 bem e confortar os doentes Diariamente cumpria Lim

ritual de banhar-se no chuvisqueiro do Salta de Santa Maria nas Cataratas do

Igua9u e entao agradecer a TLipa os beneficios concedidos a sua tribo fJessas

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

21

ocasiOes pedia a Tup~ que Ihe indicasse remedios para atender sells doentes

Certa feita durante 0 banho a bela jovern teve a visilo de uma Iliz que iluminava

uma frondosa arvare de erva-mate (caa) Nessa ervateira estavam pausadas

sete araras que grasnavam uma mensagem de Tup~ dizendo que aquela arvare

produzia erva curativa que seria descoberta quando aparecessem 0 hom em

que sabia quebrar 0 mal

Do lado guarani vivia urn jovem guerreiro Gupi her6i da triba Nas

guerras ele usava suas flechas n~o para matar mas apenas para ferir No

mesma die em que lara tivera aquela vis~o lim raia atingiu urn jatoba milenar

em que Gupi mantinha a maior parte de suas provis6es 0 fogo se alastrava na

enorme arvare quando 0 valente indio saltando por sellS galhos apagou as

chamas ramo a ramo Exausto Gupi deitou~se para descansar Nesse

momenta urn cabore pousou no seu peito piando~lhe que a fogo qlleimava todo

a mal Gupi ficou impressionado com aquila

A seguir retornando a triba Glipi peroobeu que uma on~ pintada estava

prestes a saltar sobre urn filhote de capivara a beira de rio Gupi correll para

espantas a onya Na corrida escorregou e caiu no rio sen do [evado pela

correnteza que 0 level a foz do Igua9LJ as praias de agua dace na margem

esquerda da tribo Tupi

Os Indios 0 recolheram e 0 levaram ate 0 paje mas este disse que se

tratava de um caso perdido pois 0 m090 estava muito abatido lara ent~o

lembrou~se das folhas do caa e pediu ao paje que as usa sse 0 paje po rem

disse que ninguem da tribo sabia como preparar aquela erva lara pegou urn

galho de erva~mate e mostrou ao indio guarani tAo logo abrira os olhos

Perguntou~lhe se ele n~o sabia como preparar aquelas folhas Gupi lembrou~se

da mensagem do cabore e disse num sussurro que 0 fogo queimava todo a

mal Rapidamente lara juntoLi grimpas ateou~lhes fogo e sapecou as folhas de

erva-mate Assim fez 0 cha que reconstituiu as foryas de Gupi Os tupis

festejaram a descoberta e Gupi js apaixonado par lara articu[ou a paz entre as

tribos Essa paz foi consolidada com 0 casamento de lara com Gupi e as tribos

forma ram uma unica tribo a tribo dos Tupi-Guaranis

t4~~ bull ~ ~

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

22

Esta Jenda nos mostra que devemos estar atentos aos sinais da

natureza e a nossos instintos para que possamos descobrir e compreender as

valores da natureza e do mundo

143 Contos de Encantamento

Sao narracentes em cujo enredo oeorre qualquer fato extraordinario au

inverossimil tais como as metamorfoses fantasticas sortilegios estranhos

f6rmulas cabalisticas talismas invenciveis etc Enfim e a imperio absolute do

impossive da magica e do irnprevisto

144 Contos de Fadas

sao tambem contos de encantamento nos quais ocupam as fadas Jugar

de evidencia a terma fadas remonta ao grego com a sjgnifica~o de ~Brilho~

Fulgor tendo chegado ate n6s pelo latim atraves de fatum a que se prendem

na mesma familia etimologica outras palavras como fado fatal fatalidade

fabula etc A palavra NFada~ ainda integra a vocabulario em expressOes de

sentido delicado e laudat6rio trabalho de fada maos de fada dedos de fada

etc

Estrutura basica dos contos de fadas

Inicio - nele aparece a her6i (au heroina) e sua dificuldade au restri~o

Problemas vinculados a realidade como estados de car~ncia penuria confiitos

etc que desequilibram a tranq(lilidade inicial

Ruptura - e quando a her6i se desliga de sua vida concreta sai da

prote~o e mergulha no completo desconhecido

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

23

Confronto e superayio de obstaculos perigosos - busca de solugOes no

plano da fantasia com a introduyao dos elementos imaginarios

Restaurayao - inido do processo de descobrir 0 novo possibilidades

potencialidades e polaridades opostas

Desfecho - volt~ a realidade Uniao dos opostos germinaltio

florescimento colheita e transcendancia

ANALISE DOS CONTOS

OS TRES PORQUINHOS

Hist6rias como MOS tres porquinhos~ dos Irmaos Grimm sao muito

apreciadas pelas crianyas principal mente se sao apresentadas com sentimento

pelo contador da hist6ria middot05 tr~s porquinhos ensinam a crianca pequena que

nao devemos ser preguiltosos pais se assim 0 fizermos podemos perecer Par

outro lado com planejamento e previsio inteligentes combinadas com trabalho

arduo nos fare vitoriosos A hist6ria tambem mostra a vcmtagem de crescer pois

o terceiro e mais sabio dos porquinhos e retratado como 0 mai~r e rnais velho

As casas que os tr~s porquinhos constroem sao simb61icas quanto ao

progresso do hornem na historia Os porquinhos rnais novos buscam satisfa~o

imediata construindo suas casas de palha e de paus para ter mais tempo de

brincar durante 0 dia embora 0 segundo porquinho pense urn pouco no futuro e

na seguranlta construindo sua casa de paus 0 terceiro e mais velho dos

porquinhos aprendeu a viver de acordo com a realidade adiando seu desejo de

brincar e aproveitando suas habilidades para manter maior seguranya ern sua

casa contra as inimigos externos no caso 0 lobo Ele vence 0 lobo muitas

vezes em astucia

Atraves da hist6ria a crianca identifica-se com urn dos protagonistas

recebendo esperanlta atraves do desenvolvimento de sua intelig~ncia e que

atraves del a pode sair-se vitoriosa contra urn oponente mais forte

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

24

Os tr~s porquinhos dinge 0 pensamento da crianca sabre seu prOprio

desenvolvimento sem nunca dizer 0 que deveria ser permitindo a crianya extrair

suas pr6prias conclus6es Este e urn processo de amadurecimento natural da

crian9B

Na ve~o de Walt Disney ~Os porquinhos se divertem- a hist6ria econtada quase da mesma maneira as porquinhos menores querem brincar

enquanto 0 mais velho constr6i a casa de tijolos pensando no futuro e temendo

o lobo Os personagens da Disney como Mickey Paleta e Professor Pardal

entram no enredo Os porquinhos vao a praia com Mickey e Pateta e a hist6ria

termina com lodos num dirigivel e com 0 final do lobo de cama tendo levado

urna surra de urn campon~s e perdendo a vontade comer porquinhos

A historia de as Ires porquinhosmiddot dassifica-se na faixa etaria de

educayao infantil ou seja dos 4 aos 6 anos quando a crianra entra na fase

magica e da fantasia

Quanto ao gAnero Os tres porquinhos e um conto de fadas devido ao

seu final feliz e porque 0 lobo recebe a que merece

o PATINHO FEIO

0 patinho feio de Hans Christian Andersen e a hist6ria de uma ave

desprezada por sua feillra mas que no final prova sua superioridade para todos

os que escarneceram e zombaram dele A hist6ria contem 0 dado de 0 her6i ser

a mais novo e ter nascido por ultimo ja que todos as demais patinhos

perfuraram as avos e apareceram no munda antes dele Esta e uma hist6ria

classificada mais para adultos do que para criancas embara elas a apreciem

desarienta sua fantasia A crian98 que se sente incompreendida e n~o

apreciada pode desejar pertencer a uma outra espacie mas sabe que eimpassivel Sua passibilidade de sucesso na vida naa e crescer para ter uma

natureza diferente como a patinho que se transforma num cisne mas adquirir

qualidades melhores e fazer melhor 0 que as outros esperam sendo da mesma

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

25

natureza de seus pais e irma os Nos verdadeiros contos de fada 0 her6i no final

eo mesmo do inicio da hist6ria

Encorajar a criancta a acredltar que pertence a uma Qutra especie pade

leva-Ia a direyao oposta do que sugerem 05 contos de fadas que ela deve fazer

algo para conseguir sua superioridade Em middot0 patinho feio nao e expressa

nenhuma necessidade de fazer algo As eaisas simplesmente sAo predestinadas

e se desenrolam nesta direcao independente de 0 heroi tamar alguma atitude

Numa visio de mundo patente na historia pade-se imaginar que em certa

momento tocado pela ideia de que a ess~ncia do ser a potencialidade au

qualidade intrinseca do indivlduo sao muito mais importantes do que sliaapar~ncia fisica Oll sua cia sse social Andersen inventa uma situaltAo simb61ica

que atraindo a atenyao da crianca e divertindo-os Ihes ensinasse e5sa grande

lilt1lo de vida

Criou uma ideia uma linguagem litera ria que se transformou na alegre

mensagem de esperancta e confiancta no valor intrinseco do ser humano

A hist6ria de ~O patinho feio~ nao se classifica propriamente para

crianyas mas sim e uma hist6ria mais para adultos

Quanto ao g~nero middot0 pstinho (eio classifica-se como conto de fadas

devido ao seu final feliz

CHAPEUZINHO VERMELHO

A imagem de uma menina inocente e encantadora sendo engolida por um

lobo deixa uma marca indelevel na mente middotChapeuzinho Vermelho~ como a

maioria dos contos de fadas passui muitas versOes diferentes A rnais popular e

ados lrmaos Grimm na qual Chapeuzinho e a avo voltam a viver e 0 lobo

recebe um castigo bern merecido

Na versao de Perrault a historia term ina com a vito ria do lobo preferida

por alguns adultos que acham melhor amedrontar as crianyas para que elas se

comportem bern do que aliviar suas ansiedades como faz 0 conto de fadas

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

26

A hist6ria de Perrault comeya como em outras versOes contando que a

avo fizera uma capinha vermelha com chapell para a neta Urn dia a Capinha

Vermelha - chamada dessa maneira na historia - va levar uns daces para a avo

doente 0 caminho da menina passava par Lima f1oresta ende se deparou com 0

lobo Este nao se atreveu a devora-Ia porque havia muitos lenhadores na

floresta perguntando a Capinha Vermelha aonde ela iria 0 lobo dirigiu-se acasa da vDvazinha enquanto a menina se retardava pelo caminho 0 lobo

consegue entrar na casa da av6 fingindo-se de Capinha Vermelha e engole

imediatamente a velhinha Na hist6ria de Perrault 0 lobo nao 59 disfarya de av6

simplesmente deita-se na cama dela Quando a Capinha chega 0 lobo pede-Ihe

que se deite com ele Capinha Vermelha tira a roupa e entra na cama quando

entao se espanta com a aparencia da a6 e excJama Vov6 que braltos

enormes voc~ tem~ ao que 0 lobo responde - Sao para te abra~r melhor~ -

Capinha entao diz Vov6 que pernas grandes voce tem - E recebe como

resposta - sao para correr melhor - Seguem-se a estes dois diillogos (que

nao ocorrem na ve~o dos Irmaos Grimm) perguntas bem conhecidas sabre os

olhos orelhas e dentes gran des da a6 0 lobo responde a esta ultima pergunta

dizendo Sao para te comer melhor~ - E pronuncianda estas palavras atira-se

sabre Capinha Vermelha e dev~ra-a

o relato original de Perrault continua com urn pequeno poema no qual

prop6e uma moral a ser deduzida que meninas bonitinhas nao deviam dar

ouvidos a todo tipo de gente Perrault nao deseja apenas entreter 0 sell publico

mas dar uma Ii~o de moral especifica com cada um de seus contos

Capinha Vermelha de Perrault perde muito de sell atrativa porque fica

obvio que 0 lobo nao eo um animal avido mas Lima metafora que deixa pouce a

imagina~o do ollvinte

Os Irm~os Grimm contam duas vers6es desta hist6ria 0 que nao Ihes e

habitual A hist6ria do Chapeuzinho Vermelho apareceu pela primeira vez em

1812 mais de cem anos depois da publica~o de Perrault

Urna variayao importante da hist6ria que 05 Irmaos Grimm apresentam e

quando Chapeuzinho Vermelho leva docas para a av6 e 0 lobo tenta atrai-Ia

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

27

para fora do caminho correta (da virtude) Desta vez a menina carre para a avo

e conta-lhe 0 sucedido e juntas trancam a porta para que 0 lobo n~o possa

entrar No final 0 lobo escorrega do teta e cai numa tina cheia de agua e marre

afogado A hist6ria termina com Chapellzinho Vermelho voltando feliz para casa

sem nenhum mallhe ter acontecido

Enquanto no relato de Perrault a tnfase recai sabre a sedl(ao sexual na

hist6ria dos Irmaos Grimm da-se a oposto Para a mente infantil as implica~Oes

sexuais permanecem pre-conscientes como deveriam A hist6ria implica em que

a crianya nao sabe como pode ser perigoso ceder a desejos que considera

inofensivQs e par issa tern que aprender com a perigo au como adverte a

hist6ria a vida ensinara as suas custas

A historia e classificada para criancas em fase de educatljo infantil 0

genera classifica-se como conto de fadas pais a heroi se da bem no final e 0

mal termina

CINDERELA

A hist6ria tanto de Perrault quanta dos Innaos Grimm inicia de modo

semelhante sendo Cinderela a filha bondosa e de bam corayao de urn senhor

da corte que se casa com uma madrasta terrivel que tern duas filhas mais

maldosas ainda

Cinderela safre nas maos das duas mocas que a colocam para

trabalhar pesado e zombam dela fazendo-a escrava de sells caprichos

Cinderela que nunca se zanga taz tudo com capricho e dedicaltAo Ate que um

dia a filho do rei da uma festa para escolher uma noiva e manda convida todas

as bel as mocas da corte As duas irmas se preparam para a festa e quando

Cinderela diz que tambem quer ir recebe risadas e desprezo

Na hist6ria de Perrault Cinderela esta triste e sua fada madrinha

transfonna uma ab6bora nllma carruagem seis ratos em seis cavalos e lagartos

em pagens e COrll um toque de sua varinha veste e penteia Cinderela deixando-

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

28

a a mais bonita do balle A condiyao e que Cinderela nao poderia passar da

meia-noite pois 0 encanto se desfazeria

Na historia dos Irmaos Grimm Cinderela implora a madrasta que a deixe

ir a festa porem a madrasta faz de tude para impedi-Ia Cinderela pede ajuda a

seus amigos passaros que trazem 0 vestido e as sapatos e assim ela vai 80

baile

Nas duas versoes Cinderela vai mais de uma vez a festa com vestidos

diferentes e cada vez mais bonita 0 principe danya com ela toda a noite Na

histona de Perrault Cinderela sai correndo antes da meia-noite e perde 0

sapatinho de cristal 0 prlndpe guarda a sapato e experimenta em todas as

damas da corte ate que 0 sapatinho serve perfeitamente no pe de Cinderela

para espanto das irmas e madrasta Como sendo muito boa Cinderela perdoa

as irm~s de toda a maldade que a fizeram e leva-as para 0 palacio casando-as

com dais ricas fidalgas da corte

Nfl hist6ria das Irmaos Grimm Cinderela perde a sapato depais de fugir

do principe que a guarda para experimenta-Io nas macas As irmas fazem de

tudo para que 0 sapato sirva ate mesmo cortam urn pedaco do pe para que 0

sapato entre 0 principe enganado sai com a irmi montados no cavalo e 0

passaro amigo de Cinderela mostra para ele que esta com a maca errada Por

duas vezes 0 passaro a adverte ate Que Cinderela prova 0 sapato servindo-Ihe

perfeitamente Cinderela e 0 principe vao para 0 castelo e se casam

A historia deixa uma mensagem importante de relacOes com os irmaos

adotivos e 0 segundo casamento 0 dume e a inveja das irmas por Cinderela ebem retratado no momento em as irmas exigem servicos pesados de Cinderela e

nao a deixam ir a festas au ter as mesmas regalias que elas Cinderela mesmo

sabendo ser melhor do que elas mais bonita e ser mais bondosa agOenta os

malogros das irmas sabendo qlle lim dia sera recompensada

A historia de Cinderela~ dassifica-se para criancas no periodo de

educayao prima ria e quanta ao g~nero e um canto de fad as pelo final feliz e

pela mensagem que deixa

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

29

ALICE NO PAis DAS MARAVILHAS

A hist6ria de Lewis Carroll resume-se as peripecias de Alice desde que

ela adormece e sonha cair nurn paylt) muito fundo 0 poyo da nurn jardim e Alice

se v~ constrangida a experimentar sua posiyao nesta nova ordem A

contestayao da identidade pessoal de Alice e a perda de seu pr6prio nome s~o

desenvolvidos numa narrativa em que a primeira e a terceira pessoas do

discurso se confundem Temas urna narrativa em primeira pessoa que se

confunde com a vis~o exterior do narrador-autor Essa tensao confirma a crise

de identidade de Alice nurn jogo em que 0 paradoxa estabelece a 16gica do

senti do A crianya vive 0 paradoxa de ser ao mesma tempo grande e pequena

para as acentes do mundo

as animais falam a partir de sua pr6pria 16gica a que permite a

comparacao entre a 16Cica da Alice e a 16gica dos personagens maravilhosos

sao varias ordens que se entrecruzam a de Alice que e a da sociedade da qual

faz parte a do animais que se estabelece em funyao das mais inesperadas

combinacentes e a 16gica da Rainha de Copas que e unica quando qualquer

coisa a aborrece ela grita ~cortem-Ihe a cabe98 Seus suditos tremem e fogem

dela embora saibam que nao terna as cabe98s cortadas

A imporUmcia da persona gem Alice dentro da narrativa e a de estar

receptiva aos jogos de senti do que se estabelecem

A viagem de Alice pode representar metaforicamente urna experi~ncia de

confronto com as inconveni~ncias da vida Do mergulho ao fundo do polto a

volta a superficie Alice aparece renovada capaz de deslizar pela superiicie dos

problemas que Ihe sao apresentados

A hist6ria ~Alice no pais das maravilhas e classificada para crianltas em

fase escolar pOis trabalha com metaforas e paradox~s 0 gfnero e dassificado

como conto de encantamento pois acontecem fatos extraordinarios e

metamorioses fantasticas

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

30

CHAPEUZINHO AMARELO

A hist6ria de Chapeuzinho Amarelomiddot faz urna comparacao com a obra

Chapeuzinho Vermelho urna vez que aproveita varios de seus elementos

invertendo-os A persona gem e caracterizada como Mamarelado de medo que

nao ria e nao brincava De imediato se estabelece 0 confronto com Chapeuzinho

Vermelho que e alegre dinamica e destemida A Chapeuzinho dos dias atuais e

fruto das pressOes e da viol~ncia da sociedade de massa

Se 0 vermelho sugere vida sexualidade e voragem 0 amarelo insinua a

neutralidade a apatia a anemia 0 desagradavel 0 tipo de chapeu que a

ilustra~o propOe sugere urna hist6ria atual e que faya pensar em

comportamentos menes discriminados para as dois sexos A apresentayao

mostra urna menina com as medos que a dominam Na continuacao da hist6ria

aparece a figura do lobo inicialmente apenas como pen~mento fruto do medo

Quando a menina fica frente a frente com 0 lobo seu medo l tanto que a faz

inverter 0 jogo brincando de inverter e jogar com as palavras (lobo-bolo) A

men ina passa a nao ter mais medo ease sentir mais livre como mostra a

ilustrayao final (a menina apanhando uma fruta do alto de uma arvore muito

verde simbolo da liberdade) A menina enfrenta 0 medo sozinha e sai vitoriosa

disposta a cair e levantar-se

A obra de Chico Buarque estabelece uma intertextualidade com os textos

tradicionais A par6dia se da livremente

A BOlSA AMARElA

A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga 1976 ja se tomou urn classico da

literatura infantil E 0 romance de uma menina que entra em conflito consigo

mesma e com a familia ao reprimir tr6s grandes vontades (qLJe ela esconde

numa bolsa amarela) - a vontade de crescer a de ser garoto e a de se tornar

escritora A partir dessa revelayao - por si mesma uma contestayao a estrutura

familiar tradicional em cujo meio ~crianya nao tern vontade- - essa menina

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

31

sensivel e imaginativa nos conta 0 seu dia-a-dia juntando 0 mundo real da

familia ao mundo eriado por sua imagina~o tertii e povoada de amigos secretes

e fantasias Ao mesmo tempo em que se sucedem epis6dios reais e fantasticos

uma aventura espiritual se processa e a men ina segue rumo a sua afirma~o

como pessoa

A Bolsa Amarela recebeu 0 selo de Duro da Funda~o Nacional do Livro

Infantil e Juvenil dado anllalmente ao Hvro considerado 0 melhor para acrian9CJ~ Pr~mio ~O Melhor para a Crianca - FNLlJ 1976 Lista de Honra do

IBBY 1978

Este livra esta dassificado como hist6ria de aventuras

145 Hist6rias Acumulativas

sao narralt6es em que as epis6dios sucedem-se consecutivamente

encadeados numa seqO~ncia pela qual anteriores se repetem face a

representayao de Dutro as casas acumulam-se ent~o gradual mente at~ 0

desfecho que afinal refere-se aD pr6prio inieio da narrativa 0 exemplo tipico

dessa esp~eie vamos encontrar nas ~Mil Hist6rias sem Fim

As riMil Hist6rias sem Fim de Malba Tahan sao contos de inspirayOes

orientais ligados entre si mas constituindo narracoes isoladas pelo assunto

Formam assim uma interessante cadeia de narrativas variadas

Essas narrativas manifestam-se de forma oriental seus dons maiores

s~o a imagina~ogt a inspiracAo a vis~o e a profecia que caracterizam a Biblia

o Evangelho e 0 Alcor~o Sas ideias abstratas sao transformadas em imagens

as palavras adquirem magia

o 3mor e 0 tema fundamental de toda a literatura como e 0 tema

fundamental da pr6pria vida dos orientais

A paesia reflete a vida social e as emoltOes dos qLle a criam

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

32

A onipresenca de Deus par exemplo tern sido objeto de quantos

discursos 0 autor Julio Cesar Mello e Souza - Malba Tahan - a representa

entretanto com urna simples evocacao Kna noite preta sabre urna mesa de

marmore preto urna formiga preta Deus a v~

Malba Tahan - cujo nome e atualmente urn dos mais vulgarizados e

discutidos das letras brasileiras e cujos contos espalhados par tada a na~o e

admirados par todos sao transcritos Ilteralmente em tada a imprensa da lingua

portuguesa e traduzidos em Dutras deste continente e da Europa Ele foi a

primeiro escritor de gAnio arabe no Brasil e na America do SuI Malba Tahan

nasceu no Brasil e formou-se em engenharia

A sua obra iniciada em 1925 com a publica~o de Contos conquistou

a mais vasta popularidade NCeu de Ala Amor de Beduino e Lendas do Deserto

completaram a sua personalidade de prosador oriental definindo-a eincorporando-a ao que se podia chamar a NLegiao Estrangeira dos narradores

arabes espalhados pelo mundo A obra 0 Homem que Calculava e uma

grande contribuiyao no fomento cultural oriental

146 Hist6rias de Aventuras

Narray6es entremeadas de acidentes e epis6dios empolgantes p~r que

passam persona gens destacadas centralizadas na figura de her6is caso seja

mais de urn 0 assunto dessa especie euroI bern variavel ora se prende a lances

epicos e dramaticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e

piratas de vaqueiros e bandoleiros de espadachins etc) ora a casos

envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de misterio e nos contos

policiais) por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo

(como nas fiC(fOes de fundo cientista ou nas de con1eudo humoris1ico)

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

33

ANALISE DAS HISTORIAS DE AVENTURAS

ROBINSON CRUSOE

Robinson Crusoe e um grande epico literario escrito por Daniel Defoe um

dos maiores escritores ingleses de todos as tempos autor de obras como Moll

Flanders 0 livro comelta quando Robinson ainda com 17 anos faz sua primeira

viagem maritima Apesar da grande inflll~ncia de seus pais para seguir outros

caminhos Robinson senti a uma grande vontade que a levava para 0 mar e

acaba nao voltando mais para GaSa Ele e capturado por piratas e acaba se

tornando escravo por varias anos Depois de anos consegue fugir e encontra um

navio portllgu~s que vinha para 0 Brasil tornando-se amigo do capitao do navio

e decide residir no Brasil por ende fica por quatro anos No meio de lima via gem

para a Africa acontece um acidente e 56 Robinson consegue sair sobrevivente

parando no meio de uma ilha deserta Oepois de varias idas e vindas a seu

barco Robinson descobre qLJe alem dele um cachorro e dais gatos haviam

sobrevivido ao inddente Ele comeya a tazer seu proprio calendario e tambem a

anotar tudo 0 que ele fazia em um diario Ap6s dois anos Robinson decide

excursionar peJa ilha e encontra seu antigo companheiro de viagem 0 papagaio

Poll Depois de cinco anos daqueJe ocorrfdo Robinson acha a marca de urn pedescalyo na areia e fica surpreso ao ver urn monte de caveiras e ossos humanos

e sinais de uma fogueira Robinson acaba salvando urn homem que conheceu

em LIma sexta-teira por isso apelidando-o com este nome Sexta-feira torna-se

sell companheiro

Depois de muitas aventuras Robinson e encontrado e levado de volta a

sua patria a Inglaterra sO depois de repatriar os prisioneiros da ilha e esperar

par seus companheiros Robinson ficou na ilha par mais de 28 anos

A histona de Robinson Cnlsoe e indicada mais para jovens pelo

conteudo mais longo e de aventuras Ensina a crianca e ao jovem a buscar

recursos na pr6pria natureza e a viver mais independente a Iidar com perdas e

a ter esperanQa

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

34

o g~nero dassificado e 0 de historias de aventuras

Embora Robinson Crusoe tenha surgido como urn protesto contra a

civilizayao e tenha side muito valorizado como 0 elogio da vida natural da

solidao e do bom selvagem (DEFOE 1970 p 152) (igual a bondade do

homem natural antes da civiliza~o 0 corromper au deformar) acreditamos que

a sell maior merito e sell sucesso principal entre as jovens leitores esta na

~nfase dada a energia humana a extraordinaria capacidade que tern 0 homem

de inventar e realizar

Na hist6ria de Daniel Defoe a estilo e memorialista autobiografico

narrativa em primeira pessoa em linguagem cada vez rna is concisa clara e

objetiva indo direto aos acontecimentos e problemas tal como 0 exige cada vez

mais a inquietayao e a pressa dos espiritos jovens Em todas elas he a

exalta~o da energia vital que impulsiona 0 homem a agir atuar no mundo a sua

volta a crescer sempre interiormente pele ampliayAo e enriquecimento de suas

relacentes com 0 mundo

147 Poesias

o g~nero poetico tern uma configura~o distinta dos demais g~neros

literarios Sua brevi dade aliada ao potencial simbalico apresentado transforma

a poesia em urna atraente e ludica forma de cantato com 0 texto litera rio

He postas que quase brincam com as palavras de modo a cativar aScrianyas que ouvem au I~em esse tipo de texto Lidam com toda uma ludicidade

verbal sonora e musical no jeito como vao jllntando as palavras e acabam par

tornar a leitura alga muito divertido

Como recursos para despertar 0 interesse do pequeno leitor as autores

utilizam-se de rimas bem simples e que usem pCllavras do cotidiano infantil urn

ritmo que apresenta certa musicalidade ao texto repeticao para fixa~o de

ideias e melhor compreensao dentre Qutros

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

35

Entre as autores da poesia infantil podemos destacar Ana Maria

Machado Marina Colasanti Luciana Sandrani Vinicius de Moraes Ziraldo

Cecilia Meireles Sergio Caparelli entre tantos Qutros

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

CAPiTULO II

21 AUTORES E SUAS OBRAS

Charles Perrault (1928 - 1703) colhendo e adaptando as lendas e

narrayDes afloradas da traditAo e do folclore imortalizou-se atraves de contos

maravilhosos como 0 do Gato de Botas e 0 da oGata Borralheira sendo hoje

considerado 0 auter classico do gnero ao lado de Andersen e Grimm 0

primeiro livre de Perrault data de 1697

La Fontaine (1621 - 1695) 0 classico modamo das fabulas Adaptadas

elas constituem a encanto da garotada

No sEkula XVII lembramos

Jonathan Swift (1667 - 1745) com suas Viagens de Guliver

Daniel Defoe (1660 - 1731) com 0 Robison Crusoe

Mme Leprince de Beaumont (1711 - 1780) cuja obre denuncia

preocupaiAo educativa Entre suas produC6es salientamos ~A Fada das

Ameixasmiddot ~A Bela e a Feramiddot 0 Principe Encantado Loja dos Adolescentes~

middot0 Manual da Juventude

No s~culo XIX e fase contemportmea consignamos

Hans Christian Andersen (1805 - 1875) 0 e~ritor e poeta dinamarqu~s

e indubitavelmente 0 mais sensivel e delicado escritor de genero Em sell e5tilo

esta sempre presente a magi a que s6 a poesia pode comunicar envelada de

suave e contagiante temura E autor de 156 contos maravilhosos entre os quais

figuram 0 Patinho Feio (autobiografico)O Caracol e a Rosaw 0 Pinheiro~ wo

Rouxinol~ ~A Sereiazinha ~O Soldadinho de Chumbo~ A Roupa Nova do

Imperador~ A Pequena Vendedora de F6sforos Sapatinhos Vermelhos etc

Irmaos Grimm que sio LUIs Jacob (1785 - 1863) e Guilherme Carlos

(1786 - 1859) Alem de fil610905 e lexk6grafos foram os pioneiros d05 estudos

folcl6ricos Os contos que escreveram e os celebrizaram emanam diretamente

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

37

das tantes primitivas e genuinas da tradicao e saberes populares Publicaram

Contos Po pula res e -Lendas Alemas~

Franc~s Hodon Burnet e 0 autor de ~O Pequeno Lorer conhecida obra

de conteudo rom~ntico

Lewis Carrol pai da celebre ~Alice no Pais das MaravilhasH

obra de

critica ao esnobismo de urna epoea e impregnada daquilo que as ingleses

chamam de nonsense

Mark Twain com sell Tom Sawyer

Fenimore Cooper com ~O Ultimo dos MoicanosM

~O Corsario Vermelhow

etcLyman Frank Braum imortalizado com seu Magico de Oz~

Rudyard Kipling que tambem nos deu excelentes fabulas com seus

curiosos -Jungle Books e aventuras atraentes com 0 Kim-

Selma Lagerlof laureada com a premio Nobel autora de terna e

sugestivas hist6rias E chamada a rainha da fantasia suecaH

bull

Julio Verne autor de obras engenhosas e ao mesmo tempo instrutivas

Sua fi~o-cientifica popularizou-se em trabalhos como ~Vinte Mil lIsectguas

Submarinas uA IIha Misteriosa ~Cinco Semanas em um 8allo ~A Volta ao

Mundo em 80 Dias Os Filhos do Capitlo Grant

Otavio Feuillet com 0 ~Poljchinelo

Maeterlink admiravel escrito belga estilizador do famoso Passaro Azul

Tchekov com os ~Albuns de Contos Russos

Alex Pusckin grande escritos poeta romtintico com seus sonhos

melanc6licos e ternos como KO Pescador e 0 Peixinho ~A Princesa Morta e os

Sete Cavalheiros

PI Melnikov autor tambem de belo contos

Ivan Krylov escreveu fabulas calcadas em Esopo e Fedro Econsiderado 0 La Fontaine russo

Daniel Defoe

Homem de modesta cultura mais que remeter a modelos literarios recria

nos seus romances com uma tinguagem simples e direta a sua rica experi~ncia

vital Oesde Robinson Crusoe ate Moll Flanders 0 tema recorrente da sua obra e

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

38

a [uta pela vida guiada sempre par uma s61ida fe nas proprias foryas a sentido

comum e a provid~ncia divina

Walt Disney criou personagens hist6rias e ambientes que tem marcado

gerayOes sucessivas de jovens leitores

Ete foi a eriador de Mickey Mouse e de muitos Qutros personagens de

nossa infancia Fundador de urna moderna companhia de multimidia e parques

tematicos dentre estas Disneylfmdia e a Disneyworld Walt Disney contribuiu

significativamente para 0 campo do entretenimento assim como para nossas

fantasias de intancia Sua imaginayao mudou 0 mundo para sempre

22 AUTORES CONTEMPORANEOS BRASILEIROS

221 Monteiro Lobato

o maior escritor infanti[ brasileiro de todos as tempos entediado com a

vida nurna cidade pequena escreveu prefacios fez tradu90es mudou para a

fazenda buquira tentou modemizar a lavoura arcaica criou 0 pol~mico KJeca

Tatumiddot fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre 0 Saci publicada no jomal 0Estado de sao PaLllo Em 1918 lan=ou com sucesso seu primeiro livro de

contos URUPES Suas obras completas sao constituidas per 17 volumes

dirigidos as crianltas e 17 para adultos englobando contos ensaios artig05 e

correspond~ncias

222 Ana Maria Machado

Tem mais de 100 Ilvros publicados no Brasil e em mais de 17 parses

somando quase catorze milhOes de exemplares vendidos No final do ano de

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

39

1969 depois de ser presa e ter diversos amigos tambem detidos Ana deixou 0

Brasil e partiu para 0 exilio Ganhou 0 pr~mio Joao de Barro por ter escrito 0 livra

Historia meio ao Contrario em 1977 0 sucesso foi imenso gerando muitos

Ilvras e premios em seguida Em 1993 ela se tarn au hers-concours dos premios

da Funda~o Nacional do livro Infantil e Juvenil Em 2000 Ana ganhou 0 pr~mio

Hans Christian Andersen considerado 0 pr~mio Nobel da literatura infantil

mundial e em 2001 a Academia Brasileira de Letras Ihe deu 0 maior p~mio

literario nacional 0 Machado de Assis pelo conjllnto da obra

Entre suas obras mais conhecidas para crianltas e jovens podemos citar

Bento-que-bento-e-o-frade (1977) Camilao 0 comilao (1977) Currupaco papaco

(1977) Severino faz chover (1977) Hist6ria meio ao contrario (1978) 0 menino

Pedro e seu boi voador (1979) Bem do seu tamanho (1960) De olho nas penas

(1981) Bisa Bia Bisa Bel (1982) Menina bonita do la~o de fita (1988) De fora

da arca (1993)

223 Ruth Rocha

Ruth Machado Lousada Rocha e casada com Eduardo de Sousa LOllsada

Rocha tern uma filha Mariana e dois netos Miguel e Pedro Nascida em sao

Paulo capital em 02 de marco de 1931

Organizou e dirigill durante 15 anos 0 Departamento de Orienta~o

Educacional do Colegio Rio Branco em sao Paulo Foi Orientadora Educacional

do Instituto Maranhao de Psicologia aplicada Colaboradora para assuntos de

EduGa9lt30 da Revista Claudia da Editora Abril Orientadora Pedag6gica da

Revista Recreio da Editora Abril

Criou em colaboraQao com SOnia Robato 0 Projeto da Revista Bloquinho

Foi Orientadora Pedag6gica e Redatora da Revista Bloquinho da Bloch Editores

Fai Coordenadora de Red~ao de Revista Recreio Editora Abril

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

40

Trabalhou como Redatora - Chefe da Redaltlo de revistas nao Disney da

Editora Abril e Redatora - Chefe das Revistas da Divisao Infanto-Juvenil da

Editora Abril

Organizou e Editou 0 setor de Livros e Atividades da Divisao Infantil da

Editora Abril

Fai Editora-Chefe e Diretora de Grupo Editorial de livros e Fasciculos da

Editora Abril e Oiretora de Grupo de Atividades Livros e Colelt6es da Editora

Abril

Foi Consultora Editorial de livros Abril e do Setor de Educacao da Abril

Cultural e Consultora Editorial da Editora Mosaico

Fei Editora de diversas series de livres infanto-juvenis da Editora Cultrix e

da Editora Record S6cia-Gerente de Quinteta Editorial Uda e Consultora

Editorial da Editora Lastri

Recebeu diversos premios e homenagens tais como da Fundacao

Nacional do Livre Infantil e Juvenil da Lista de Honra do Pffimio Hans Christian

Andersen do BBY da Associa9Ao Paulista dos Crfticos de Arte M Melhor Autor

Infantil - 1981 Pr~mio Abril de Jornalismo - Destaque - 1984 Titulo de

Personalidade Cultural do Ano de 1984 de Se~o do Rio de Janeiro da Uniao

Brasileira de Escritores Voto de Jubilo e Congratul~oes com Ruth Rocha e

Otavio Roth pelo lanramento do Livro Azul e Lindo Planeta Terra Nossa Casa

pela camara Municipal de sao Paulo Pr~mio Monteiro Lobato da Academia

Brasileira de Letras melhor livro Infantil M 1992 Premio da Fundacao Nacional do

Livro Infantil e Juvenil - Melhor Livro Informativo M 1992 Pramio Jabuti - 1992

1993 e 1997 entre muitos outros

Escrevo para dizer a que penso Quero reclamar de govemos

autoritarios Quero mostrar a existancia de desigualdade entre a homem e a

mulher Nao fujo muito de lemas que supostamente nolo pertencem ao universo

infantil Acho que todo mundo e capaz de aprender (Ruth Rocha)

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

41

224 Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga

Minas Gerais Comecou SLla carreira nos anos 50 em jornais e revistas de

express~o como Jarnal do Brasil 0 Cruzeiro Folha de Minas etc Alem de

pintor e cartazista jornalista teatr6logo chargista carlcaturista e escritor Ziraldo

explodiu nos anos 60 com 0 lancamento da primeira revista em quadrinhos

brasileira feita por um s6 autor ~A Turma do Perere Durante a Ditadura Militar

(1964-1984) fundau com Qutros humoristas middot0 Pasquim - um jarnal n~o-

conformista que fez escata e ate hoje deixa saudades Seus quadrinhos para

adultos especial mente ~Supermae e Mineirinho - 0 Comequieto tambem

contam com uma legiao de admiradores Em 1969 Ziraldo plJblicoLJ a seu

primeiro livro infantil -FLleTS que conquistou f~s em todo a mLlndo A partir de

1979 concentrou-se na produlYao de livros para crian9as e em 1980 lanltoLl 0

Menino MaluqLJinho~ um dos maiores fenOmenos editoriais no Brasil de todos os

tempos 0 livro jil foi adaptado com grande sucesso para teatro quadrinhos

6pera infanti video-game Intemet e cinema Seus trabalhos js foram traduzidos

para diversos idiomas como ingl~s espanhol alemao franc~s italiano e basco

Os trabalhos de Ziraldo representam 0 talento e 0 humor brasileiros no mundo

lustrau 0 primeiro livro infantil brasileiro com versao integral on line em LIma

iniciativa pioneira

225 Mauricio de Souza

Mauricio de Souza nasceu e vive em S~o Paulo e tern uma vontade de

viver radiante que contagia quem esta ao seu redor A bern da verdade seus

personagens e suas hist6rias nada mais sao que reflexos de seu universo

interior plena de emo~o Dono de um aspirito otimista e sonhador 0 pai da

Turma da MOnica enxerga 0 mundo com olhos de crianlta onde tudo e possivel

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

42

Ambos v~m sen do cumplices nao impartando se as papeis representados

sao masculinos feminin~s bichos seres inanimados au ate mesma urn lou co

assumido Com a mesma arte seqOencial de seus quadrinhos ele vai dando

tra~os e escrevendo sua hist6ria Emanando sua alma infanti transportau sellS

sonhos para a vida real e acabou se tornando unanimidade numa atividade que

ha cerca de quarenta anos era quase obsoleta no Brasil

Nao foi por acaso que leltura escrita e desenho cairam no seu g05tO

Criado em uma familia de poetas e con1adores de hist6ria Mauricio herdou os

pendores artisticQs do pai Antonio Mauricio de Sousa que fora escritor poeta

pintar compositor artista de circa cronista e participante de todos as

movimentos literarios que passassem por perto Em meio a esse universo ele

acabou descobrindo a mlJsica os livros e sua grande paix~o os quadrinhos

A frente de seu imperio repleto de fantasia Mauricio confessa que e na

base da criatividade que costuma administrar Como disposi9aO e energia n~o

Ihe falta ele vai fazendo de tudo Alem da produtora concentra aten90es no

merchandising que envolve cerea de 3 mil produtos licenciados pianos de

anima9aO e projetos institucionais e educacionais Aposta no setor camercial e

sobretudo no sociaL

Num cotidiano cada vez mais dinamico e agressivo 0 ser humano ainda

se comove com a leveza e a simpticidade do universo infantil da Turma da

MOnica Grayas a mente privilegiada deste artista mil hares de crian9as e adultos

ainda se deparam com urn mUl1do feliz onde tudo de bom acontece De suas

pr6prias experi~ncias na inftmcia nasceu grande parte do universo de seus

quadrinhos e 0 jeito simples de viver que se observa em suas hist6rias fol muito

espelhado em sua vida quando crian9a

A familia uma das coisas que Mauricio mais presa foi grande fonte de

inspira9Eto Pai de nove filhos percebelJ que bastava observa-Ios e depois contar

historias Assim como seu gun( dos quadrinhos Will Eisner desenhista norte-

americano da decada de 40 e criador de ~O Espirito Mauricio acreditava que

seus persona gens nao deveriam ser super-her6is mas sim pessoas comuns

com emo90es e fraquezas normais em qualquer mortal

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

43

Ap6s quatro decadas alimentando a imaginario de crianyas e adultos em

todo 0 pais Mauricio de Souza ja enfrentou descredito dificuldades mas nuncadeixou de acreditar em si Com entusiasmo e criatividade nio poupou energia

nem fOlego e hoje ainda tern muitas hist6rias para contar

226 Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu na Eritreia Africa Aos dais anos de idade

mudou-se para a Italia e aos 11 veia com a familia para 0 Brasil radicando-se no

Rio de Janeiro Profissionalizou-se em jornalismo ingressando na imprensa em

1962 como redatora ilustradora colunista etc

Sua carreira de escritora teve inicio em 1978 com a obra memorialista Eu

sozinha Seguem-se as crOnicas de Nada de manga (1974) e as mini-contos

de ZooiI6gico (1975) Em 1978 publicou A morada do ser e em seguida as

ensaios de A nova mulher (1980) e as de Mulher daqui pra frente (1991) -

livros que mantem urn dialogo com as problemas vividos pela mulher

Publicou para crianyas e jovens entre outros Uma ideia tad a azul (contos

de fadas 1979) Doze reis e a maya no labirinto do vento (contos de fadas

1982) A menina do arCO-iris (1984) 0 lobo e carneiro no sonho da menina

(1985) 0 menino que achou Lima estrela (1988) Ofelia a ovelha (1989) A mao

na massa (1990) Ana Z aonde vai voce (1993) Urn amor sem palavras (1995)

o homem que nao parava de crescer (1995)

227 SOnia Forjaz

Nasceu e sempre viveu na cidade de sao Paulo Ah~m de gas tar de

escrever sempre se interessou pelos relacionamentos human OS fato que a

levou a cursar Ciincias Sociais na USP IS50 basicamente explica a linha geral

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

44

dos seus livros Primeiro seus cenarios urbanos Segundo seus temas extraidos

do cotidiano e das relaCOes socia is A autora procura atraves da literatura

infanto-juvenil conscientizar 0 leitor discutindo assuntos muitas vezes pot~micos

e mostrando seus reflexos na sociedade Com as livros infantis espera despertar

a atenyao da crianya para a realidade as pessoas as sentimentos

228 Lygia Bojllnga

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas Aos dezenove anos Lygia abandonou

urn vestibular de medicina I iniciando assim a carreira de atriz Abandonou 0

teatro e passou a conviver com 0 radio e com a televisao representando

escrevendo traduzindo adaptando Teve todos as seus livros premiados no

Brasil Em 1992 produziu uma apresenta~o c~nica baseada em seu livro

Fazendo Ana Paz que foi 0 primeiro projeto da Casa Lygia Bojunga criada com

a inten930 de realizar projetos ligados a livros e palcos Em 1995 Lygia dedicou-

se ao segundo projeto Casa a produ9~0 de urn livra artesanal que se intitulou

Feilo a Mao

229 Francisco Buarque de Holanda

Chico (Francisco) Buarque de Holanda compositor brasileiro nasceu no

Rio de Janeiro em 1944 Trocou 0 curso de arquitetura pela musica popular da

qual se tornoll figura destacada a partir de A Banda (1966) Oepois de passar um

ano e meio na Italia VOitOll ao Brasil em 1970 Afora sua carreira maior a musica

e composi~o Chico Buarque incllrsionou pelo teatro escrevendo algumas

peyas como Roda-viva e Opera do Malandro 0 primeiro livra de Chico Buarque

publicado em 1966 trazia as manuscritos das primeiras composi900S e 0 conto

Ulisses Em 1974 escreve a novela Fazenda modelo e em 1979 Chapeuzinho

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

45

Amarelo urn livro-poema para crianltas A oordo do Rlli Barbosa foi escrito em

1963 au 1964 e publicado em 1981 Em 91 publicou 0 romance Estorvo e

quatro anos depois escrevell 0 livro Benjamim tambem um romance

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

CONCLusiio

A literatura infantil pode ser decisiva para a forma~o da criaf19B em relac~o a

sf me sma e ao mundo a sua volta 0 maniqueismo que divide as personagens em

boas e mas belas au feias poderosas au fracas etc facilita a crian~ a

compreensao de certes valores basicos da candlta humana au convivio social Tal

conceito se transmitido atraves de uma linguagem simb61ica durante a infancia nao

sera prejudicial a formayao de sua consci~ncia etic8 0 que as crianyas encontram

na literatura infantil sao categorias de valor que s~o perenes 0 que muda e apenas

a conteudo rotulado de bom au mau certa au errado

A crianya e levada a se identificar com 0 heroi born e beJo nao devido a sua

bon dade au beleza mas par sentir nele a pr6pria personificayao de seus problemas

infantis seu inconsciente desejo de bondade e beleza e principalmente sua

necessidade de seguranya e prote~o Pode assim superar 0 medo que a inibe e

entrentar os perigos e ameayas que sente a sua volta pod en do alcanyar

gradativamente 0 equilibrio adulto

A area da tabula dos mitos e das lend as tern linguagem metaf6rica que se

comunica facilmente com 0 pensamento magico natural das crianyas Os

significados simb6licos estAo ligados aos etemos dilemas qLle 0 homem enfrenta ao

longo de seu amadurecimento emocional

A arte literaria e sem duvida fonte de conhecimento e desenvolvimento

Quando 0 professor de cria~s das s~ries iniciais utiliza a literatura como

instrumento transformador e estimulante ha urn crescimento atetivo social e

psiqLlico tornando estes infantes muito mais re-alizados

o maior estimulo para a busca deste conhecimento foi a percepltAo que tive

da literatura classica que sao obras que passam por geracOes Elas parecem

conseguir um equilibrio impressionante entre a sua forma como foram escritas e 0

seu conteLdo ou seja a capacidade de abordar assuntos que por sLia humanidade

e poesia atingem em cheia a alma das pessoas

A obra classlca e a hist6ria que permanece que um povo incorpora a slla

existEmcia para sempre

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

47

Este estudo podera contribuir para 0 enriquecimento e a ampliayio da

conscientizacao dos profissionais comprometidos com a formaCao dos alunos das

series iniciais proporcionando uma maior amplitude de dire~o de futures projetos

relacionados a essa area

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDERSEN HC Contos de Andersen 4 ed Rio de Janeiro Paz e Terra

1981

A Historia e a Estoria Disponivel em lt httpvvwwciberduvidassapopt gt

Acesso em 08 jun 2003

BETTELHE1M B A psicanalise dos Contos de Fadas 15 ed Rio e Janeiro

Paz e Terra 1980

BOJUNGA L Disponivel em lthttpwwwipnpUliteraturainfantilgt Acesso em

220303

BORDINI M da G Poesia Infantil sao Paulo Atica 1999

BUARQUE C Chapeuzinho Amarelo 12 ed Rio de Janeiro Jose Olympia

2003

CADEMARTORI L 0 que e Literatura Infanti Sao Pallia Atica 1986

CARROLL L Alice no Pais das Maravilhas Rio de Janeiro Tecnoprint

COELHO N N Literatura Infantil teoria analise didatica S~O Paulo Atica

1993

COELHO NN Panorama Hist6rico da Literatura Infantil e Juvenil saoPaulo Atica 1995

CUNHA MAA Literatura Infanti sao Paulo Atica 1988

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

49

CUNHA MAA Literatura Infantil teoria e pratica 16 ed Sao Paulo Atica

1997

DEFOE R Robinson Crusoe Rio de Janeiro Brasil-America 1970

DISNEY W Os Porquinhos se Oivertem Sao Paulo Siciliano

FERREIRA AB de H Novo Dlcionario Aurelio da Lingua Portuguesa 2ed

Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986

FORJAZ S Oisponivel em lthttpwwwsoniaforjaznet-brcomiobrashtmlgt

Acesso em 15103103

GARCIA PB DAUSTER T (orgs) Teia de Autores Bela Horizonte Autntica

2000

GOULART Y Disponivel em lthttpwwwyeddafioripacombrlfotoshtmlgt

Acesso em 15103103

GRIMM I Contos de Fadas 2 ed Sao Paulo Iluminuras 2001

KHEDE 8S Uteratura Infantil urn genero poh~mico Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

KHEDE SS Persona gens da Literatura Infanto-Juvenil 2 ed Sao Paulo

Atica 1990

LA FONTAINE J Fabulas de Esopo Sao Paulo Scipione 1998

LARREULA E CAPDEVILA R 0 Casamento da Bruxa Onilda Sao Paulo

Scipione 1997

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

50

Lendas do Parana Disponivel em

httpvrvNgeocitiescomSoHoSquareI9407f1endashtm gt Acesso em 06 jun

2003

Literatura Intantil Disponivel em lthttptwwwdocedeletracombrgt Acesso em

220303

Literatura Infantil Disponivel em lthttpcuatrogatosorgarticulomachadohtmlgt

Acesso em 230303

Mini-diciomirio da Lingua Portuguesa ed atua S~O Paulo FTD SA 1996

MORENO C A Historia da Estoria Disponivel em

httpwwweducaterraterracombrlsualingual0I08_estoriahtm gt Acesso em 04

jlln 2003

OLIVEIRA MRD Literatura Infantil voz de crian 3 ed sao Paulo Atica

1998

PERRAULT C Contos de Perrault 8elo Horizonte Itatiaia limitada 1985

PINTO z Biografia e Livros Disponivel em

lthttpNwtverocombrJL01personalidadehtmgt Acesso em 120303

PORTELA F et al Sete Faces da Fabula Sao Paulo Modema 1992

SOUZA M Disponivel

lthttpWWWinpigovbrnoticiascontelld0200210pag10htmlgt

130303

Acesso

em

em

TAVARES H Teoria Literaria 8elo Horizonte Vila Rica 1998

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

51

ZILBERMAN R A Produ~ao Cultural para Crian~as Porto Alegre Mercado

Aberto 2000

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

ANEXOS

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

ANEXOS

1 BIBLIOGRAFIA DE ZIRALDO

A Leste do E Colecao ABZ S~O Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia da

letra E que trabalhava na rosa-dos-ventos e urn dia pregui~osa nao orientau 0 sol

CJassificacao 8 a 11 anas

o ABC do B Coleltllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria da

vida de uma letra B chamada Bia Classifica~o 8 a 11 anas

Alem do Rio Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987 E urn passeio

pelo Rio Amazonas da nascente ate a foz Classifica~o 5 a 8 anas

Um Amor de Familia Coleltllo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala da

familia do Bichinho da Maya

Um Beb~ em Fonma de Gente Coleao BeM Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Conta as aventuras de urn beb~ muito criativo e curiosa

lIustraoes de Ziraldo Mig e Paladino

A Bela Borboleta Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1980 Conta a

historia do Gata-de-Botas que arma urn exercito para libertar a Bela Borboleta

Classmeaao infantil

o Bichinho da Maltll Serie Mundo Colon do sao Paulo Melhoramentos 1982

Conta a hist6ria do simpatico Bichinho da Maya que adorava con tar casas Deu

origem a Cole~o Bichim com 12 livros Classificay~o 5 a 8 anos

o Bichinho que Quefia Crescer Coletao Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Fala do Bichinho da Maya que esta loueD para crescer Classificayao 5 a 8 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

54

Um Bichinho na Linha Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse

livro 0 Bichinho da Maya fala de geometria linhas retas e finalmente de curvas

ClassificaCao infanti

Brasil - Manual de InstrU(6es Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Explica urn pOlleD

da estrutura poHtica do nosso pais

Um C em Concerto ColeCao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da insaciavelletra C ClassificaCao B a 11 anos

Cada Um Mora onde Pode Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991

Mostra as inusitados lugares em que moram as amigos do Bichinho da Ma~

Classificacao 5 a 8 anos

Como Ir ao Mundo da Lua Cole9io Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Fala

do Bichinho da Maya que admira e quervisitar a Lua Classificayao 5 a 8 anos

As Cores e as Dias da Semana Colecao Bichim S~o PaLllo Melhoramentos 1991

Fala das cores do areo-fris e dos dias da semana Classifica9aO 5 a 8 anos

As Desventuras de Mr W ColecAoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a

l1ist6ria do W que colecionava quadros com seu retrato Classificacao 8 a 11 anos

Os Dez Amigos Coleyao Corpim s~o Paulo Melhoramentos 1987 E dedicado avida de uma parte do corpo nesse caso os dedos da mao Classifica9aO 8 a 11

anos

A Dieta do D Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a historia de

um 0 guloso que comia todas as outras letrinhas Classificayao 8 a 11 anos

A Dieta do O Colecao ASZ Sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria de

um 0 guloso que comia todas as outras le1rinhas Classifica~o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

55

Oiga-me com Quem Come Cole9~o Bichim S~O Paulo Melhoramentos 1991

Mostra 0 Bichinho da Maya imaginando todas as caisas que pade ser quando

crescer Classifica~o 5 a a anos

Ood6 Coletao Corpim S~O Paulo Melhoramentos 1987 Descreve assim como as

Qu1ros Hvros da coleAo a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 bumbum

DodO Classificarao 8 a 11 anos

o Eneantado Planeta O Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a

historia do magico planeta O Classificayao 8 a 11 anos

Um F Chamado Fred Coleltao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria do F que era um valente campeao de boxe Classific39aO 8 a 11 anos

A Fabula das Tras Cores Sene Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1985

Conta a hist6ria das cores da bandeira nacional com desenhos e fotos

Classifica~o 5 a 8 anos

FLiCTS Serie Mundo Colorido S~o Paulo Melhoramentos 1969 Conta a historia

de uma cor procurando 0 seu lugar no mundo 0 livre foi traduzido para diversos

idiomas Classifica9~o 5 a 8 anos

As Flores da Primavera Cole~o Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a

hist6ria da e5ta9~o predileta do Bichinho da Maya a Primavera Classificalt30 5 a 8anos

o G e um Ganio Coleyao A8Z sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do G que descobriu que era um g~nio Classificacao 6 a 11 anos

Os Guerreiros de K Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Conta a

hist6ria da letm K que com um forte espirito de lideranya acaba comandando um

exercito Classific89aO 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

56

H - Nessa Heroi Coleqao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1991 Conta a hist6ria

do heroi H que teve seu cinturao da fo~ roubado pero v Classifica9~o 8 a 11

anos

Tern Bicho no Circa Cole9~o Bichim Sao Paulo Melhoramentos 1991 Mestra 0

Bichinho da Ma~ falando de todos as bichos do circo Classifica9aO 5 a 8 anos

A Hist6ria do Galileu Rio de Janeiro Rio Grafica 1985 Conta a hist6ria de urna

oncapintada que urn dia aearda sem as suas pintas

A Historia do A Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta a historia do

A minusculo gordinho e baixinho mas que sonhava grande Classificatao 8 a 11

anos

A Historia do I que Engoliu 0 Pinguinho Cole9~o ABZ sao Paulo Melhoramentos

1990 Conta a hist6ria do I que engoliU seu pingo e foi expulso do alfabeto

Classificacao 8 a 11 anos

Uma Historinha sem Sentido sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria de

urn her6i sabichao que s6 nao sabia fazer uma coisa

Urn J na Minha Vida Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1992 Mostra todas

as qualidades e utilidade da letra J na nossa vida Classifica9~O 8 a 11 anos

o Joelho Juvenal ColeltAo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como os outras livras da coleCao a vida de uma parte do

corpo nesse caso 0 Joelho Juvenal Classificacao 8 a 11 anos

A Letra N e 0 Nascimento da Noite ColecaoABZ sao Paulo Melhoramentos 1994

Conta a romantismo e as lendas em torno da noturna letra N Classificacao 8 a 11

anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

57

Liclo de Geografia Coleclo Bichim sao Paulo Melhoramentos 1991 Nesse livro

o Bichinho da Maya da urna grande e irreverente aula de geografia Classifica9~o 5

a 8 anos

o Livre de Receitas do Menino Maluquinho Rio de Janeiro LampPM 1994 Acaba com

a ideia de que cDzinha n~o e lugar para crianca Classificacao 8 a 11 anos

Marcas Nada Patentes S~O Paulo Salamandra 1988 Ziraldo exerce sua

criatividade criando marcas para leones da atualidade

Menino do Rio Doce sao Paulo Companhia das Letras 1996 Desenhos de

Dem6crates inspiraram a familia Dumont a criar bordados com a naturalidade de

quem conhece a assunto Em eima desses bordados a livro conta a historia do

Menino do Rio Doce Classificayao 8 a 11 anos

o Menino Mais Bonito do Mundo Slrie Mundo Colorido S~O Paulo Melhoramentos

1983 Conta a hist6ria do encantamento do homem diante da crialttao de todas as

coisas do mundo Participalttao de Sami Mattar e Apoena Classificalttao 5 a 8 anos

o Menino Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1980 Urn dos maiores

fenOmenos editorials no Brasil de todos os tempos 0 livre jel foi adaptado com

grande sucesso para teatro quadrinhos opera infantil video-game Internet e

cinemaEditora Melhoramentos Classificalttao juvenil

o Menino Marrom Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1986 Conta a

historia de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos Classifica~o 5 a 8

anos

Meu Amigo 0 Canguru Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1987

Tem como tema um dos animais que fascinam Ziraldo desde criancta Classificaltt~o

5 a 8 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

58

Os Misterios de X Coteyllo ABZ sao Pauto Melhoramentos 1994 Desvenda as

enigmaticos misterios do X Classificaltao 8 a 11 anos

Muito Prazer Beb~ Coleltio 8ebl Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1996

Apresenta para as leitores 0 irresistivel 8e~ Maluquinho lIustra90es de Ziraldo Mig

e Paladino

Na Terra de M Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria de

urn pais que se chamava M ClassificacAo 8 a 11 anos

Onde nao esta 0 Meninc Maluquinho sao Paulo Melhoramentos 1992 Oesafia 0

leitor a descobrir em cada pagina urn local sem a presenQa do Menino Maluquinho

Classificaltao 5 a 8 anos

Pelegrino e Petronio Coleyllo Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve

irreverentemente assim como as Qutros Ilvros da coleyao a vida de uma parte do

corpo nesse casa as pes Pelegrino e PetrOnio Classificactao 8 a 11 anos

o Pequeno P Coleyllo ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a hist6ria da

letrinha P que abandonou seu livro ClassificaltBO 8 a 11 an os

o Pequeno Planeta Perdido sao Paulo Melhoramentos 1985 Conta a hist6ria de

um astronauta que fica sem combustivel em um planeta distante Hist6ria original de

Mino Classifica=ao 5 a 8 anos

o Planeta lilas Serie Mundo Colorido sao Paulo Melhoramentos 1979 Conta a

hist6ria de um bichinho que vivia num planeta lilas e sai em uma espa=onave para

explorar 0 Universo Classificayao 5 a 8 anos

Uma Professora Muito Maluquinha sao Paulo Melhoramentos 1995 Conta a

hisl6ria de uma professora apaixonante que se toma fundamental na vida de seus

alunos Classificayao 5 a 8 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

59

Um Q Todo Especial Col~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1993 Conta a

hist6ria de um Q que nasceu sem rabinho Classific8930 8 a 11 anos

Quatro Estaces e um Trem Doido Cole~o Beb~ Maluquinho sao Paulo

Melhoramentos 1996 Nana 0 primeiro ano de vida do Beb~ Maluquinho lIustrayOes

de Ziraldo Mig e Paladino Classifica~o infantil

R a Princesinha Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria

da princesa R que se apaixona pelo principe P ClassificaltAo 8 a 11 anos

Rolim Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1983 Descreve a vida de urna

parte do corpo nesse casa 0 umbigo Rolim Classific8CaO 8 a 11 anos

o S Feinho Cole~o ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conla a historia de

uma letra diferente que resolve procurar a seu lugar no mundo Classificayao 8 a 11

anos

o Segredo de U Coleao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

instigantes aventuras de uma letra U inteligente chamada Ursula Cla55ificay~o 8 a

11 anos

Um Sorriso Chamado Luiz Cole~o Corpim sao Paulo Melhoramentos 1987

Oescreve a vida de uma parte do corpo nesse casa 0 Sorriso Luiz Classifica9~o 8

a 11 anos

Tantas Tias Serie As Tias S~o Paulo Melhoramentos 1996 Fala sobre os varios

tipos diferentes de tias que existem no mundo

The Superm~e 0 Estado de Minas 1996 E uma colet~nea das melhores hist6rias

da Supermae ji3 publicadas Apresenta tambem material inedito

Tia Nota Dez Sene As Tias sao Paulo Melhoramentos 1996 Conta a hist6ria de

um menino que tenta de todo jeito tirar nota dez na escola

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

60

Tia Te Arno Serie As Tias S~O Paulo Melhoramentos 1996 Fala sabre as

rela96es de 8mor e paix~o que diferentes pessoas tam com diferentes tias

Todos com T Coleyao ABZ sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a hist6ria da

letra T que aparece em tudo que e lugar ClassificaCao 8 a 11 anos

o Armazem do Mundo A Turma do Perere sao Paulo Nova Oidatica A turminha

da Mata do Fundao persona gens freqGentes das lend as brasileiras esta refletindo

sabre a maneira de consertar 0 mundo na hip6tese de ele sofrer 0 impacto de um

cometa que Ihe provoque muita destruiCao Este e 0 pretexto do autor para introduzir

a descoberta sobre a origem das coisas que nos cercam e das quais necessitamos

para viver Sua pro posta leva suave mente as crianC8s a uma reflex~o filos6fica

sabre temas como saUde meio ambiente alica trabalho e con sumo Classificayao

infanto-juvenil

Livre para Ventar A Turma do Perer6 sao Paulo Nova Didatica A pergunta atica

basjca que se faz e Como agir em rela~o ao pr6ximo Resposta imediata com

justica inspirada nos valores da igualdade e eqOidade Na abordagem de sse tema

Ziraldo usou do fantastico e do maravilhose 0 redemoinho do Saci e injustamente

prese acusado de estar provocando desastres e catastrofes naturals Em defesa da

cidadania do reu seus amigos se unem num trabalho conjunto para descobrir 0

verdadeiro respensavel pelos crimes contra 0 meio ambiente Classifica~o infanti

A Ponte do Rio Uai A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Segundo 0 autor

informa trata-se de uma homenagem ao classico do cinema itA Ponte do Rio Kwai

que encantou plataias do mundo tode e conquistou sete Oscar no final dos anos 50

mostrando a altrulsmo do Exercito ingl6s na Segunda Guerra Mundia Tininim a

menino mais esperto da tribo dos Parakototas lidera seu grupo de amigos para

salvar a Mata do Fundao de ser derrubada em favor da construgao de uma estrada

Mas esta e necessaria vern sendo exigida pela popula9aO E entao Como conciliar

a controversia dessa situayio 0 Rio Uai seria uma op~o 0 meio ambiente

precisa ser preservado principalmente visando a saude de Planeta Numa

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

61

demonstra9io de comprometimento com a cidadania portanto na transversalidade

da etica todos se engajam no trabalho exigido pelo con sumo Classificayao infanta-

juvenil

o Mais Brasileiro A Turma do Perere sao Paulo Nova Didatica A principia na

condi9io de indio Tininim foi rejeitado para protagonizar urn documentario sabre 0

mais brasileiro dos brasileiros Entao 0 grupo parte em expediyao para encontrar 0

personagem ideal nao sem tamar as devidos cuidados preventivos com a saude

Usanda seus poderes magicos Perertt faz ate chaver no Sertio Nordestino nurna

atitude solidaria com aquete pavo tao sofrido Etica e pluralidade cultural presentes

em todo 0 textc Classificacao infanto-juvenil

o Qujproqu6 A Turma do Perera sao Paulo Nova Didatica Tem que ler avis a

Ziraldo para saber 0 que a gente pode tirar de bom do bate-boca entre Sad-Perera

e seu desafeto 0 arrogante e chato duende irlandes Os amigos fazem mil

conjecturas sobre 0 motivo do mau-humor de nosso herOi por quem sentem imenso

carinho Dai tanta preocupa9ao etica Percebe-se a velada critica do autor quanto ao

desprezo dos estrangeiros principalmente europeus pelo Brasil no aspecto do meio

ambiente considerando tudo 0 que ja provocaram em seu pr6prio continente

Fazendo Eco + Numa Fria A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica Quem

vive num ecossistema natural como 0 da Mata do Fundao tern plena consciencia da

importtlncia do meio ambiente inclusive tendo ideias mirabolantes para salva-Io dos

constantes crimes cometidos pelos seres humanos Mesmo os projetos viilveis nem

sempre se concretizam como os propostos na ECO-XXI Oesta vez a Compadre

Tonico e que se torn a uma especie em extin~o como calaquoBdor de on9a Afinal e a

elica das relaltOes entre os seres vivos que esla FAZENDO ECO E em NUMA

FRIA a FazendoFazendos personagens encontram uma f6rmula muito original de

com bater a aquecimento da Terra em bora mantenham a preocupayao pela saude

em virtude da destruj~o da camada de ozOnio que nos protege dos raios ultravioleta

do Sol Enquanto vivem uma grande aventura na Antilrtida para on de se dirigiram

demonstrando toda a etica da solidariedade vao registrando as eteitos da poluiyao

sobre 0 meio ambiente Classificaltao infanto-juvenil

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

62

Tininim a Gal~ A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica 0 arnor leva

naturalmente ao sexo naa 0 inverse Esta e a liCio da historieta que se inicia

mencionando a mais classica das hist6rias de amar Romeu e Julieta de

Shakespeare Muita confus~o nos ensaios da peya a ser apresentada pela turma

porque Tininim precisa de orientaltao sexual para atuar no papel de Rameu pois tern

dClvida se engravidaria a 8oneea-de-Piche au melhor Julieta na celebre cena do

balcao ClassificacAo infanto-juvenil

o Planeta Azul A Turma do Pererl sao Paulo Nova Oidatica Oesta vez 0 grupo

da Mata do Fundao embarca por engano numa nave espacial que esta indo

pesquisar a possibilidade de vida em outros planeta do Sistema Solar A aventura

vai explorando varias faces da pluralidade cultural Novamente nossos amigos dao

uma liyao sobre a etica da conviv~ncia e a preservayao do meio ambiente incluindo

a do espayo sideral Classificacao infanto-juvenil

A Edelvinha A Turma do Perer~ sao Paulo Nova Didatica Saude etica e

pluralidade cultural se revelam na sutileza com que 0 autor lida com urn assunto

social tao pol~mico como 0 das drogas Numa superaventura com a turma do

Pere~ Nozito aprende que 0 barato e aproveitar tudo de born que esteja a nossa

volta E que liyao para pais e prafessores Classificacao infanto-juvenil

N6s Versus N6s A Turma do Pere~ sao Paulo Nova Didatica 0 grupo do Perer~

se mete numa daquelas discuss6es filosoficas bern pol~micas Antes de

descobrirem a etica da necessidade de respeitar as opiniOes divergentes a brig a

entre eles quase pegou fogo Classificacao infanto-juvenil

Um Dois Feijao com Arroz Coleyao Beb~ Maluquinho sao Paulo Melhoramentos

1996 Explica a ratina do Beb~ e ensina a can tar ate dez lIustrayoos de Ziraldo Mig

e Paladino Classifica~o 5 a 8 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos

63

As Viagens de L Coleao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1990 Conta as

jornadas de duas letras L que trabalhavam em um livro de aventuras ClassificaC8o

8a 11 anos

Os V60s do V Colecao ABZ Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta as viagens e

aventuras da letra V Classificac9o 8 a 11 anos

Z - a Missao ColeC8o A8Z Sao Paulo Melhoramentos 1994 Conta a historia da

letra Z designada para fazer algumas tarefas Classificacc3o 8 a 11 anos