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UNIVERSIDADE TUIUTÍ DO PARANÁ
Paulo Roberto Alonso
EFICÁCIA DE COMUNICAÇÃO EM WEBSITES
CURITIBA 2010
Paulo Roberto Alonso
EFICÁCIA DE COMUNICAÇÃO EM WEBSITES
Trabalho apresentado ao Curso de MBA em Gestão da Comunicação Empresarial da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Gestão da Comunicação Empresarial.
Orientadora: Evary Elys Anghinoni
CURITIBA 2010
TERMO DE APROVAÇÂO Paulo Roberto Alonso
EFICÁCIA DE COMUNICAÇÃO EM WEBSITES Esta Dissertação foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Especialista em Gestão da Comunicação Empresarial no Curso de MBA em Gestão da Comunicação Empresarial da Universidade Tuiutí do Paraná.
Curitiba, 21 de Junho de 2010
MBA em Gestão da Comunicação Empresarial
Universidade Tuiutí do Paraná
Profa. Denise Stacheski Universidade Tuiutí do Paraná Profa. Ana Melech Universidade Tuiutí do Paraná Profa. Patrícia Brum Universidade Tuiutí do Paraná
DEDICATÓRIA
A todos que me ensinaram a caminhar em vez de levarem-me ao colo.
E aos caminhos que me levaram até onde hoje me encontro.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao passado pelas memórias.
Ao presente pela força e vida,
E ao futuro pelas esperanças.
Ao desconhecido que nos conhece mais que nós mesmos.
EPÍGRAFE
To see a world in a grain of sand
And a heaven in a wild flower
Hold infinity in the palm of your hand
And eternity in an hour.
(William Blake)
RESUMO
Este trabalho aborda o estudo da internet como meio interativo de comunicação empresarial, aplicando eficácia no desenvolvimento de ferramentas para esse meio, assim como eficácia na criação do conteúdo dessa ferramenta. Na criação de conteúdo para a web, o trabalho aborda questões que definem o que são elementos verbais e não-verbais eficazes. Já do lado do desenvolvedor, o presente trabalho aborda assuntos técnicos importantes para que o produto final desenvolvido seja eficiente e eficaz para seu público-alvo, no caso, os internautas. Os assuntos técnicos são: usabilidade, projeto navegacional, projeto visual e acessibilidade. Palavras-chave: interatividade, conteúdo web, hipermídia, usabilidade, acessibilidade.
ABSTRACT
This work approaches the study of internet as business communication interactive environment, applying effectiveness on developing tools for this media, as well effectiveness on creating the content for this tool. On creating web content, this work approaches issues that define what verbal and nonverbal elements are, and its effectiveness. Already, on the side of the developer, this work approaches technical issues relevant to the final product be efficiently and effectively to your target, in this case, the surfers. The technical issues are: usability, navigation design, visual design, and accessibility. Palavras-chave: interactivity, web content, hypermedia, usability, accessibility.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – PIRÂMIDE DO CONTEÚDO .................................................................. 9 FIGURA 2 – DIAGRAMA DE PRIORIDADE DE LEITURA ...................................... 10 FIGURA 3 – EXEMPLO DE TEXTO EFICAZ ............................................................ 14 FIGURA 4 – EXEMPLO DE TEXTO INEFICAZ ....................................................... 15 FIGURA 5 – EXEMPLO DE USO DE IMAGEM 3D ................................................... 17 FIGURA 6 – EXEMPLO DE ANIMAÇÃO CONTENDO OUTROS ELEMENTOS ..... 19 FIGURA 7 – EXEMPLO DO USO DE ANIMAÇÃO .................................................. 20 FIGURA 8 – EXEMPLO DE SITE COM ÁUDIO ....................................................... 22 FIGURA 9 – MODELO CONCEITUAL ..................................................................... 23 FIGURA 10 – METAS DE USABILIDADE ................................................................ 26
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – CREDIBILIDADE EM WEBSITES ....................................................... 12
LISTA DE ABREVIATURAS
HTML – Hypertext Markup Language W3C – World Wide Web Consortium WAI – Web Accessibility Initiative WCAG – Web Content Accessibility Guidelines
SUMÁRIO
TERMO DE APROVAÇÃO ....................................................................................... iii DEDICATÓRIA ......................................................................................................... iv AGRADECIMENTOS ................................................................................................. v EPÍGRAFE ................................................................................................................ vi RESUMO .................................................................................................................. vii ABSTRACT ............................................................................................................. viii LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. ix LISTA DE TABELAS ................................................................................................. x LISTA DE ABREVIATURAS ..................................................................................... xi SUMÁRIO ................................................................................................................ xii 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1 1.1 OBJETIVOS ......................................................................................................... 2 2 COMUNICAÇÃO E INTERNET .............................................................................. 3 2.1 O SITE COMO CANAL DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ............................ 3 2.2 A INTERATIVIDADE COMO DIFERENCIAL ........................................................ 4 2.3 CONTEÚDO EFICAZ NA INTERNET .................................................................. 7 2.3.1 A Criação do Conteúdo ................................................................................... 10 2.3.1.1 Elementos Verbais ....................................................................................... 12 2.3.1.2 Elementos Não-Verbais ................................................................................ 15 2.4 ESTRUTURAS DE QUALIDADE ....................................................................... 23 2.4.1 A Usabilidade .................................................................................................. 25 2.4.2 Projeto Navegacional ...................................................................................... 28 2.4.3 Projeto Visual .................................................................................................. 31 2.4.4 A Acessibilidade .............................................................................................. 34 3 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 40 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 43
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta o desenvolvimento de uma pesquisa direcionada
sobre o ambiente da internet, com foco na eficácia da comunicação dirigida nessa
mídia, tanto na concepção do conteúdo quanto na criação visual e estrutural de um
website.
Ao navegar pela internet, é difícil encontrar um site que agrade totalmente o
internauta, isso se deve ao desconhecimento das empresas de desenvolvimento de
sistemas e/ou das empresas que as contratam sobre técnicas que aplicam melhoria
na eficácia de uma ferramenta de comunicação como um website.
Esse desconhecimento deve-se à complexidade que hoje envolve a
comunicação para a internet. Precisa-se de conhecimentos em diversas áreas e a
bibliografia atual está muito segmentada nesse sentido, cada autor conhece sua
área e não há um que una esses conhecimentos para a construção de um guia
simplificado.
Com um pouco de conhecimento de cada área envolvida nesse processo, é
possível ter uma noção inicial e compreensível da complexidade e amplitude que a
internet possui nos dias de hoje.
O estudo abrangeu diversas áreas do conhecimento como: desenvolvimento
de sistemas web, comunicação empresarial, design gráfico, jornalismo, hipermídia,
entre outras.
Creio que o resultado agrade àqueles que desejam além de apenas criar um
website, que este seja eficaz para com o seu público atingindo seu objetivo.
2
1.1 OBJETIVOS
Como objetivo geral, o trabalho pretendeu:
Estudar e analisar características particulares da internet como meio de
comunicação aplicando eficácia na concepção de um website.
Como objetivos específicos, o trabalho almejou:
Especificar a utilização da internet dentro do uso empresarial e as questões
envolvidas nesta escolha.
Apresentar a interatividade como grande diferencial da nova era dos meios
de comunicação.
Conceituar conteúdo eficaz para internet e mostrar sua importância frente ao
público-alvo do website.
Promover as boas técnicas para criação das estruturas de websites.
2 COMUNICAÇÃO E INTERNET
Antes de adentrar ao estudo propriamente dito, é importante citar o que
Veen (2001) afirma sobre o comportamento da internet e como ela modifica nosso
olhar:
A internet é uma lente que torna magnífico e modifica tudo o que vemos. Comprar é diferente quando visto nessa lente, mas continua sendo comprar. O e-mail mudou fundamentalmente como nos comunicamos uns com os outros e como as empresas operam. Mas continua sendo comunicação e negócios.
2.1 O SITE COMO CANAL DE COMUNICAÇÃO
Depois de tornar-se um fenômeno de dimensão global, com as taxas de
crescimento vertiginosas e estimuladas pala difusão do acesso à rede e pelo
ingresso de organizações, instituições e principalmente de empresas comerciais, a
internet começou a ser encarada como um meio de comunicação potencial.
Pinho (2000) diz que, hoje, tanto as grandes corporações quanto os
pequenos negócios utilizam os serviços da Internet para que seus negócios estejam
disponíveis ao consumidor 24 horas por dia, todos os dias. Numerosas funções de
marketing e atividades comerciais são desenvolvidas com sucesso na web, como a
comunicação interna e externa, os serviços ao consumidor, a assistência técnica e,
naturalmente, a publicidade e as vendas.
Mas o que permitiu a internet chegar a este patamar? Shiva (1997) identifica
sete conceitos fundamentais da internet como vantagens do meio de comunicação a
seguir serão apresentados três destes conceitos relevantes para este trabalho.
O primeiro conceito é o fato de que a internet é um meio e não um fim em si
mesmo. Fisicamente, ela é uma estrada de informação, um mecanismo de
4
transporte que a conduz por um caminho de milhões de computadores interligados,
no qual se pode receber e enviar informação de um site para outro.
O segundo conceito é que a internet cria a unicidade de cada site ou
localização no tempo e espaço. Cada site da rede é igual em razão do sistema de
comunicação não hierárquica.
O sétimo conceito é que a internet possui uma cultura própria, portanto, na
rede temos de acatar e seguir as regras específicas ditadas pela cultura do
ciberespaço.
No entanto é preciso caracterizar o uso da internet como instrumento de
promoção de marca (podendo ser caracterizado empresarial ou corporativo), para
isso, Sampaio (1997) ressalta que a propaganda desempenha oito tarefas
primordiais, sendo elas: divulgação da marca, promoção da marca, criação de
mercado, expansão de mercado, correção de mercado, educação de mercado,
consolidação de mercado, e manutenção de mercado. Portanto uma ação
desenvolvida na internet (podendo ser um website) pode ter como objetivo uma ou
mais dessas tarefas citadas.
Para consolidar essa afirmação, Pinho (2000) afirma que a internet possui
todas as características para alcançar os clientes: interação com o consumidor,
respostas mensuráveis e um alto nível de segmentação e personalização. Deste
modo, as características formam um cenário favorável para a comunicação
empresarial.
2.2 A INTERATIVIDADE COMO DIFERENCIAL
As mídias em geral, tanto a tradicional quanto às novas providas pela
tecnologia recente, oferecem recursos de informação e entretenimento para grandes
5
públicos. Como citado anteriormente, a internet não passa de uma lente que
modifica tudo o que vemos através dela. Porém, a internet ganha espaço a cada dia.
O que permite este crescimento? O que ela possui de diferente que os outros meios
de comunicação não têm?
Dizard (2000) afirma que para a indústria da mídia, a Internet amplifica a
distribuição de diversos serviços avançados de informação e entretenimento para
maiores audiências.
O autor traz também o conceito de uma “nova mídia”, a qual o mundo está
imerso atualmente. Essa nova mídia possui três características: (1) em termos de
alcance e influência, possui os mesmos da mídia de massa tradicional. (2) opera
basicamente sobre a mídia de massa eletrônica de última geração (banco de dados,
computadores, internet, etc). (3) possui a mídia eletrônica pessoal compostas de
agrupamentos de pessoas de mentalidade semelhante como uma nova forma de
comunicação em massa, com a internet sendo o exemplo mais evidente de
formação de redes de massa.
Essa convergência das mídias é conceituada por Straubhaar (2004), como
sendo as formas convencionais de mídia (rádio, televisão, impressos, filmes, etc)
juntamente com outras formas híbridas que convergem em um único meio. A
hipermídia pode descrever corretamente esse desenvolvimento, pois ela permite aos
usuários um controle de seu próprio consumo de mídia que levam o usuário através
da informação em formatos digitais que combinam áudios, imagens e textos.
Isso quer dizer que estamos caminhando sobre um patamar nunca antes
atingido dentro da comunicação. Estamos aproximando cada vez mais o consumidor
do fornecedor de informação, e ainda mais, tornando esse consumidor um gerador
de informação. Assim sendo, Dizard (2000) afirma que a nova mídia é
6
crescentemente interativa, permitindo escolher quais recursos de informação e
entretenimento deseja-se, quando os querem e sob qual forma. Ou seja, é o
consumidor quem seleciona o que deseja, ao contrário das mídias tradicionais, que
impõem um conteúdo. A principal característica dessa revolução é a interatividade.
Veen (2001) defende que a internet é funcional; possui interatividade; possui
comportamento. Essas qualidades de fato separam a internet das outras mídias, dos
impressos, filmes, ou qualquer animação. E por isso podemos chamá-la de
hipermídia, pois contém elementos das diversas outras mídias em si, como textos,
músicas, sons, animações, filmes, etc.
Contudo Dizard (2000) defende que não se trata apenas de novas maneiras
de comercializar produtos; o conteúdo e as funções dos próprios produtos estão
mudando. Isso significa que a internet está indo além do meio eletrônico: está
atingindo o meio social, alterando a forma das pessoas se relacionarem com outras
pessoas e com as máquinas, está mudando seus hábitos de consumo, de
comunicação, de lazer e muito mais. Podemos pegar como exemplo o velho
costume de assistir a um telejornal diário reunindo toda a família. Atualmente o
telejornal perdeu sua exclusividade, pois, como diz Pinho (2000), na web a interação
com o consumidor potencial é instantânea e acontece a qualquer hora do dia.
Vemos empresas virtuais vendendo produtos virtuais para usuários virtuais.
Vemos relacionamentos virtuais entre pessoas reais. Vemos também negócios
gerarem milhões de dólares sem possuírem nada palpável em nosso mundo
concreto. É a era da interatividade e da tecnologia, e nesse mar imenso de
possibilidades, é preciso ser seletivo e distinguir o que possui e o que não possui
qualidade.
7
2.3 CONTEÚDO EFICAZ NA INTERNET
Devido à sua recente expansão, a internet é um meio de comunicação muito
imaturo, diante de comunicações impressas como por exemplo o jornal. Segundo
Pinho (2000), a internet tornou-se acessível ao público em 1993, ano em que foram
abolidas as restrições para seu uso comercial.
O público também evoluiu com essa acessibilidade. Hoje possuímos um tipo
de consumidor mais dinâmico, interligado com o mundo, possuidor de acesso a um
vasto conhecimento disponível e de poder de escolha. Pois como afirma Kendzerski
(2009), o que importa, hoje, é quem está mais bem preparado para conhecer,
entender, respeitar e se comunicar com as gerações de novos consumidores, que
hoje decidem o futuro das empresas.
E para estar preparado para esses novos consumidores, Erthal (2008)
sustenta que a internet merece um tratamento diferenciado em seu conteúdo
visando a qualidade de sua comunicação ao seu respectivo público. Portanto é
importante a definição de informações sobre os consumidores/clientes respectivos
da marca que serão alvo da ferramenta de marketing, no nosso caso: o website.
A importância de se ter bem definido quem é o alvo de seu site, é explicada
por Gerry McGovern, cuja idéia central se apega ao conceito de convergência dentro
da organização de um site:
A internet nos desafia a organizar acerca do consumidor, quem quer que ele seja. A organização que houver na internet é a que colocará o consumidor no centro de tudo. Um grande website leva os consumidores rapidamente a fazer o que precisam fazer, de preferência levando-os a fazer as coisas da forma que a organização quer que as faça. Quando se organiza o conteúdo web, coloca-se o consumidor no centro da estrutura. Encontre as tarefas do seu consumidor e faça delas a base da classificação de seu site. É como acontece na internet. É como se faz uma venda, entrega um serviço, e constrói uma marca (2006).
8
Já na ótica de Camila Leporace,
Ao pensar o conteúdo online, é preciso avaliar a informação como um todo, a comunicação que aquele site deseja fazer, que tipo de impressão deseja despertar nos internautas e quais as perguntas do público que ele se prestará a responder. É preciso ainda pensar em caminhos, de preferência simples, que façam sentido para o internauta chegar ao que deseja, e isso tem tudo a ver com arquitetura da informação, usabilidade e acessibilidade, três inseparáveis companheiras. De que adianta um conteúdo maravilhoso, mas que ninguém encontra? É algo que tem tão pouca utilidade quanto um site visualmente lindo, mas sem conteúdo algum (2009).
Para fortalecer o tratamento diferenciado proposto por Erthal para o público
alvo da comunicação, Leporace (2009) conclui que quanto mais informação sobre o
público ao qual o site se destina, os webwriters, arquitetos da informação, designers
e programadores tiverem, mais chances eles terão de desenvolver um trabalho que
de fato atenda aos internautas e lhes dê aquilo que procuram e esperam.
Podemos ir mais adiante, numa análise holística de um website, como afirma
Vitale (2010) que o conteúdo deve refletir a imagem de sua empresa e parecer
atrativo aos olhos do público. Essa percepção pode ser considerada sinestésica,
como um parágrafo ou uma foto do conteúdo do site evocar a marca da empresa,
atingindo esse objetivo por seus padrões estéticos.
Avaliar a eficácia de um conteúdo exige a análise de diversos fatores que
vão desde o desenvolvimento do sistema online até a geração do conteúdo que o
alimenta. Como afirma Leporace (2009), faz-se necessário verificar se o que é
apresentado está sendo dito de uma forma que os internautas entendem e gostam.
Se o conteúdo está bem feito e bem organizado, se os caminhos estabelecidos pela
equipe são fáceis de serem compreendidos pelos usuários, enfim, se o site é
eficiente.
9
Há ainda algumas comprovações sobre quantidade de conteúdo e
localização de elementos numa página para melhor prover qualidade num site, como
veremos a seguir.
A pirâmide do conteúdo explicada por McGovern (2006) (figura 1), sugere
uma estrutura quantitativa e hierárquica para inserção do conteúdo nas páginas. Na
página principal, por ser a primeira a ser acessada, o conteúdo deve ser curto e
objetivo, para, se houver maior interesse, levar o internauta a níveis mais internos da
estrutura do website. E quanto mais profundo está a página na estrutura do site,
mais conteúdo detalhado deve conter.
FIGURA 1 – Pirâmide do Conteúdo (FONTE: MCGOVERN, 2006)
Quanto à localização de elementos dentro da estrutura visual da página,
McGovern explica o diagrama de prioridade de leitura de uma página qualquer na
internet (figura 2).
10
FIGURA 2 – Diagrama de Prioridade de Leitura (FONTE: MCGOVERN, 2006)
O diagrama na figura 2 mostra onde os olhos dão mais atenção durante a
visualização de uma página na internet. Prioridade 1 em vermelho é onde os olhos
olham em primeiro lugar. A prioridade 2 em amarelo, é o espaço mais popular, e a
prioridade 3 em verde recebe a menor atenção.
Na web, o “achismo” não tem valor e nem é necessário, como afirma
Leporace (2009), com estatísticas de fácil acesso e fácil compreensão, como por
exemplo, as mostradas anteriormente, pode-se ter certeza de que o trabalho está
bem feito, e de que o conteúdo está categorizado e disponibilizado de uma forma
que lhe permite ser encontrado e que provavelmente tenha boa aceitação entre os
usuários.
2.3.1 A Criação do Conteúdo
Um dos aspectos mais críticos de todo o projeto web é a criação de
conteúdo eficaz. É o fator que determina se os usuários permanecerão interessados
em sua página ou partirão para outro site sem ter encontrado o que procuram, às
vezes pior, sem ter se interessado em procurar o que quer que seja em sua página.
Hoje não basta marcar presença na internet com seu site e ter usuários acessando-
11
o. É preciso fazer com que estes usuários permaneçam navegando pelo site. É
preciso manter sua atenção.
Nielsen (2002) explica que a maioria dos usuários bate os olhos no conteúdo
on-line, em vez de ler cuidadosamente, desse modo deve-se otimizar esse conteúdo
quanto a qual modalidade de varredura e projetá-lo de modo a transmitir o máximo
de informações com o mínimo de palavras.
Segundo uma pesquisa da Universidade de Stanford, Califórnia, foi
encontrada uma relação de credibilidade entre internautas e websites avaliando os
aspectos visuais e funcionais dos websites. A tabela 1 exibe a porcentagem para
cada aspecto. Com participação de 2.684 pessoas, a pesquisa levantou 10 websites
para cada categoria, sendo elas: Comércio eletrônico, entretenimento, finanças,
saúde, notícias, sem-fins lucrativos, opinião, mecanismos de busca, esportes e
viagem. Os pesquisados escolheram para cada categoria o website mais confiável,
na maioria das vezes gerando um comentário sobre sua escolha. Este comentário
dizia respeito aos aspectos visuais ou funcionais do site. O resultado geral segue
abaixo.
12
TABELA 1: Credibilidade em websites (fonte: http://www.consumerwebwatch.org/pdfs/stanfordptl.pdf)
Como se pode notar, em primeiro lugar, com 46,1%, foi projeto visual
(Design Look) o aspecto mais influente quanto à criação da relação de credibilidade
com o site, seguido pela estrutura da informação (Information Design/Structure) com
28,5%, e em terceiro lugar pelo aspecto do Foco da informação (Information Focus)
com 25,1%. Podemos concluir facilmente que estes três aspectos são altamente
influentes para o internauta estabelecer uma relação de credibilidade com o site. E
credibilidade na internet é sinal de eficácia.
2.3.1.1 Elementos Verbais
Como visto anteriormente, a internet é um meio de comunicação diferente do
meio impresso. Contextualmente, a mensagem a ser transmitida merece um
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tratamento diferenciado em sua forma. Até mesmo a elaboração de textos exige
particularidades.
McGovern (2002) sustenta que um dos impedimentos da leitura online é
físico: é mais difícil ler numa tela que ler no papel. Até mesmo os melhores
monitores para computadores comparados às brilhosas páginas de revistas, e o
esforço extra exigido dos olhos humanos diminuem a capacidade de leitura. Quanto
maior o documento, maior o problema.
Portanto, um texto de internet deve prever isso e oferecer um conteúdo que
possa ser consumido na velocidade da leitura. Erthal (2008) propõe quatro
sugestões para otimizar os textos produzidos para a web. A primeira sugestão é
deixar as informações mais importantes no começo do texto, evitando rodeios. A
segunda é usar apenas uma idéia por sentença e parágrafos com três linhas no
máximo. A terceira é tratar cada parágrafo individualmente. A quarta e última
sugestão é fazer ganchos cuidadosos entre um parágrafo e outro.
McGovern (2002) também sugere ações para melhorar a fluência dos textos
na internet, são elas:
• Quanto o menor tamanho dos textos, melhor: os textos para internet
raramente devem ter mais que 1000 palavras, uma boa quantidade é de
600 a 700;
• Ser direto na abordagem do assunto: o texto deve ser objetivo sem ter
barreiras ou escape para informações supérfluas;
• Utilizar cabeçalhos (ou títulos) eficazes: cabeçalho é sinal de organização
e chama mais atenção que o próprio texto. Por este motivo ajuda a
14
encontrar o que se procura, pois é ele quem deve fisgar o leitor e convidá-
lo à continuar a leitura;
• Utilizar subtítulos: funcionam como os títulos, fazem com que o leitor
continue lendo;
• Ser adequado com o tamanho dos parágrafos: o tamanho dos parágrafos
é relativo ao contexto, sites com diferentes públicos-alvo e diferentes
assuntos merecem padrões diferentes;
• Manter uma simplicidade nas frases: sentenças curtas e simples são
amigáveis aos usuários.
As duas figuras (3 e 4) exemplificam as propostas de McGovern aplicadas
ou não.
FIGURA 3 – Exemplo de texto eficaz
(FONTE: http://opiniaoenoticia.com.br/cultura/livros/biografia-de-mark-twain)
15
FIGURA 4 – Exemplo de texto ineficaz (FONTE: http://www.havenworks.com/)
Na figura 3, podemos destacar sua objetividade e clareza na apresentação
visual. Com três parágrafos curtos e um título chamativo e simples. Já na figura 4
notamos o contrário: não há distinção de parágrafos, há poluição visual pela
profusão de informação, o que dificulta muito a leitura e o interesse pela navegação.
2.3.1.2 Elementos Não-Verbais
Tamanho é o poder da imagem que como visto anteriormente na pesquisa
realizada pela Universidade de Stanford (FOGG, 2002) comprova que o que mais
estabelece a relação de credibilidade com um site é o visual.
Como afirma Ferreira (2002), a informação visual influencia-nos mais do que
qualquer outra modalidade sensorial. Atualmente somos constantemente
bombardeados com informações, mas sabe-se que a percepção de um elemento
visual faz-se sem esforço. Uma vez que o contato que o homem de hoje tem com a
16
internet é essencialmente visual, através da imagem que aparece no monitor, parece
ter coerência prestar atenção a um discurso que procura convencer pela imagem.
Portanto está mais do que provado que é importante para os produtores de
conteúdo web, que o uso de fotografias, ilustrações entre outros, auxiliam e muito a
compreensão da idéia a ser transmitida pelo conteúdo. Por essa razão, a imagem
deve ser coerente com os demais elementos.
Devido à interatividade, a imagem na internet pode tornar-se mais moderna,
dinâmica e é claro, interativa. Como podemos observar em (Casos de Sucesso...,
2010), diversos websites, a maior parte deles lojas virtuais, têm optado pelo uso de
imagens 3D para apresentar os seus produtos, serviços ou conteúdo em detrimento
ao tradicional uso de fotografias.
A figura 5 é um exemplo de website que utiliza imagem 3D para
apresentação de produtos.
A principal vantagem de uma imagem 3D está no fato de que ela apresenta
todos os detalhes de um produto muito melhor do que qualquer fotografia. Muitos
clientes que só têm a opção de visualizar o produto através de fotografias em uma
loja on-line acabam não se convencendo em realizar a compra. Eles acabam
preferindo ir a uma loja física para ver o produto de verdade e assim efetuar a
compra (Uso de Imagens 3D..., 2010).
17
FIGURA 5 – Exemplo de uso de imagem 3D
(FONTE: http://www.bestbuyeyeglasses.com/d-&-g-dd-8039/274732.html)
Podemos concluir que a internet permite o uso de recursos visuais
avançados para ilustrar um conteúdo. Esses recursos de imagens fundem-se aos
conceitos de vídeos e animações vistos a seguir, e cada vez mais se perde os
limites conceituais do que é um e o que é outro. A internet proporciona essa
evolução nas mídias de comunicação.
Quando é conveniente e necessário o uso de elementos mais atrativos para
seduzir o usuário ao seu site, pode-se utilizar a multimídia para esse objetivo.
Porém, deve-se ter em mente certas limitações que proporcionam qualidade.
18
Nossos olhos dirigem-se para o movimento, por isso gráficos animados
naturalmente atraem mais atenção que imagens estáticas (VEST, 2005). Podemos
comprovar essa afirmação por nós mesmos, em nossas experiências diárias, em
frente à televisão, ou ao computador, em sites repletos de elementos multimídias.
Porém, deve-se utilizar a multimídia com cuidado, como afirma Vest (2005),
Manter as pessoas em seu site é tudo, então você não irá querer entediá-los ou
aborrecê-los. O primeiro cuidado é quanto ao tamanho dos arquivos a serem
carregados. O autor conclui a esse respeito que, arquivos grandes tomam muito
tempo para carregar, e isso pode funcionar contra você na internet. Se um site
demora muito para carregar, os usuários o deixarão.
Devemos também ter o cuidado de escolher o tipo de multimídia a ser
utilizada, porém, os limites que determinam os tipos de mídia estão desaparecendo
com o tempo, como Smith (2006) explica que, no mundo da multimídia
computadorizada, as linhas de distinção muitas vezes desaparecem. Por exemplo,
animações podem conter texto, som e vídeo. Vídeos podem incluir texto, animação,
e imagens estáticas. A figura 6, exemplifica um website construído basicamente
sobre uma única animação e dentro desta está todo o conteúdo.
19
FIGURA 6 – Exemplo de animação contendo outros elementos(FONTE: http://www.v5design.com/)
Veremos neste tópico o conceito de três destes tipos de multimídia e suas
aplicações: animação, vídeo e áudio.
Animação pode ser definida como a criação da ilusão de movimento. Ela
pode realizar várias mudanças súbitas em uma sequência de elementos ou imagens
estáticas. Uma animação não é apenas um objeto visualizável, ela pode incorporar
também elementos da interatividade para resposta do usuário (SMITH, 2006).
Quanto ao uso apropriado de animações em websites, Nielsen (2000) define
alguns propósitos favoráveis como: indicar transições, ilustrar mudanças no tempo,
mostrar múltiplos objetos no mesmo espaço, enriquecer a representação gráfica,
visualizar estruturas tridimensionais, atrair atenção.
20
FIGURA 7 – Exemplo do uso de animação (FONTE: http:// www.whitevoid.com)
A figura 7, ilustra uma animação utilizada com o objetivo de apresentar
estruturas tridimensionais, sobretudo para enriquecer a apresentação gráfica.
O vídeo tem se tornado progressivamente mais digital e a união com o
computador já era uma realidade na década passada, agora com o
microcomputador, se faz mais acessível para o produtor de vídeo de orçamento
limitado (ARMES, 1998). Mas o que é o vídeo? E como podemos utilizá-lo na
internet?
Armes (1998) sustenta que vídeo é um meio criativo independente que, ao
mesmo tempo que reflete ou repete conquistas passadas, pode ser encarado como
a nova fusão e som, imagem e atuação, novas maneiras de representar tempo e
espaço. O autor ainda afirma que ele tem o potencial de ser verdadeiramente a arte
do século XXI.
21
Segundo um próprio vídeo, publicado na internet por Thomas (2010),
somente no Youtube, um bilhão de vídeos são vistos por dia e 12.2 bilhões são
assistidos por mês. Somente nos Estados Unidos, 82% dos internautas assistem
vídeos na internet, e destes, a média de vídeos assistidos por mês é de 182. Não
podemos chegar a números aproximados no Brasil com essa fonte, mas podemos
concluir que a tendência do consumo desses vídeos e sua considerada importância
no interesse do internauta não muda muito em qualquer lugar.
Armes (1998) explica, que a conseqüência da acessibilidade na produção de
um vídeo é mais produtores produzindo para muitos. A internet é um caso extremo
dessa conseqüência. A digitalização progressiva tem colocado muitos falando para
muitos. A tendência digital confirma que o vídeo é o elemento central da nova
convergência.
Porém, alguns anos atrás um site com vídeos era motivo para muitas
críticas, por tornar a página pesada e pelo fato de usuários de conexão discada
(grande maioria) levar horas para poder visualizarem o arquivo de mídia (ALVES,
2006). Hoje, vemos um cenário invertido. O crescente acesso da internet de alta
velocidade, e barateamento da mesma, que contribui para o aprimoramento do
desenvolvimento de websites, que cada dia exige mais criatividade e inovação.
Apesar da web ser um meio que prima pelo visual, o uso de áudio tem cada
dia se tornado mais comum, permitido por essa evolução da internet. Smith (2006)
afirma que o áudio pode servir à muitos propósitos em um site. Dar humor, auxiliar a
comunicação da parte visual, ou dar pistas audíveis para diferentes ações da
interface.
Porém é necessária uma atenção quanto à qualidade do recurso sonoro.
Assim como o olho consegue perceber muitas variações diferentes de luz, o ouvido
22
é capaz de sentir um vasto conjunto de sons como a alteração de timbre, sonoridade
e passo. A mente humana consegue associar esses sons com eventos, objetos, ou
idéias abstratas (LOMBARDI, 1997).
Mas é preciso lembrar que como todos os elementos multimídia, é
necessário um uso consciente para um propósito bem fundamentado e não
sobrecarregar a página. O uso de áudio enriquece um website, pois como afirma
Lombardi (1997), a experiência com áudio, pode complementar os gráficos e textos
para criar redundância valiosa, reforçando um conceito na mente do usuário.
FIGURA 8 – Exemplo de site com áudio (FONTE: http:// www.solution4web.com.br)
A figura 8 exemplifica um website que utiliza do áudio para proporcionar uma
experiência mais rica ao internauta. As trilhas de áudio que acompanham as
sessões do site ambientam o usuário no cenário que a empresa intenta
proporcionar.
23
2.4 ESTRUTURAS DE QUALIDADE
A partir de um modelo conceitual apresentado por Veen (2001), baseado em
três divisões de um website, sendo elas: conteúdo, visual e código, e construído em
cima de três conceitos sendo eles: Estrutura, Apresentação e comportamento,
podemos chegar ao seguinte modelo apresentado na figura 9.
FIGURA 9 – Modelo Conceitual (VEEN, 2001)
Basicamente um site está dividido em código, que define o comportamento
do site sobre o visual e o conteúdo, em conteúdo, que define a estrutura que todo o
website terá, e em visual, que define a forma de apresentação do site para o
internauta.
Segundo esse modelo, pode-se concluir que não somente o visual e o
conteúdo influenciam na experiência do usuário, uma vez que o código está
interligado a esses elementos de um site. Como define Veen (2001), comportamento
é como os usuários interagem com o produto e como o produto interage com os
usuários. Fica claro então que o comportamento tem grande influência na
experiência do internauta, portanto o desenvolvimento desse código merece
24
atenção, apesar de invisível aos olhos do usuário, é o código quem define essa
interatividade, e portanto merece um tratamento especial de qualidade.
Veen (2001) faz uma analogia de um website com um livro, para mostrar a
importância do que é invisível à primeira vista. Julgar um livro pela sua capa pode
resultar num desentendimento, mas certamente podemos conhecer muito,
simplesmente olhando o trabalho impresso. Os livros possuem tamanho, forma,
número de páginas e qualidade de papel. Você pode dizer a diferença entre uma
lista telefônica, um relatório anual corporativo e uma revista apenas segurando-os
em suas mãos.
Na internet não é diferente. Não podemos julgar um site pela sua aparência
visual, é um conjunto de fatores, visíveis e invisíveis, que proporcionam uma
experiência qualificável. Esse conjunto pode ser ilustrado pela já discutida figura 10.
Neste tópico será discutida a importância da qualidade do outro lado de um
site, o lado no qual o internauta não tem acesso visualmente, o lado do
desenvolvimento. As empresas ou profissionais liberais que desenvolvem para a
internet, deveriam ter conhecimento da aplicação de qualidade em seus serviços, o
que não ocorre muito frequentemente hoje em dia. Podemos comprovar apenas
navegando na internet.
A qualidade na estrutura de um site envolve algumas questões importantes,
como a usabilidade, o projeto navegacional, o projeto visual, e a acessibilidade.
Todos discutidos a seguir. Porém não é objetivo deste trabalho o ensino de técnicas
de aplicação destas questões, mas sim provar sua importância para o usuário final
da aplicação.
25
2.4.1 A Usabilidade
A usabilidade é um atributo de qualidade relacionado à facilidade do uso de
algo. Mais especificamente, refere-se à rapidez com que os usuários podem
aprender a usar alguma coisa, a eficiência deles ao usá-la, o quanto lembram
daquilo, seu grau de propensão a erros e o quanto gostam de utilizá-la. Se as
pessoas não puderem ou não utilizarem um recurso, ele pode muito bem não existir.
(NIELSEN, 2007).
Segundo a ISO 9241-11 a usabilidade é a capacidade de um produto ser
usado por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia,
eficiência e satisfação em um contexto específico de uso.
Esses três elementos da usabilidade são explicados por Cláudia Dias
(2003), sendo a eficácia a principal motivação que leva um usuário a utilizar um
produto ou sistema. A eficiência é definida quantitativamente por tempo de resposta.
E a satisfação, refere-se à percepções, sentimentos e opiniões dos usuários a
respeito de um sistema.
Podemos dizer que a usabilidade colabora para o desenvolvimento de
interfaces que permitam que os objetos técnicos envolvidos sejam utilizados pelo
homem de forma transparente e automática repercutindo não apenas como uma
extensão do seu corpo (MCLUHAN, 1964), mas como uma quebra de horizontes,
uma desconexão momentânea da realidade externa, uma extensão de seu mundo
físico, mesmo que ainda não pautada por avançados mecanismos de realidade
virtual (ANDRADE, 2007).
Portanto a usabilidade se estende aos sistemas da computação, incluindo os
websites. Como afirma Andrade (2007) um software pode ser dito eficaz se ele
26
atingir os objetivos para o qual foi projetado. No entanto, pode não ser eficiente,
caso consuma muito tempo para a realização da tarefa, ou mesmo, caso ocupe
espaço desnecessário na memória ou no disco rígido. Assim, para ser eficiente, não
basta chegar aos resultados, é preciso que isso seja feito com o melhor
aproveitamento possível dos recursos disponíveis.
Quanto às metas de usabilidade podemos ilustrar com a abordagem de
Preece (2005), na figura 11.
FIGURA 10 – Metas de Usabilidade (FONTE: Preece, 2005)
A figura 10 ilustra as metas da usabilidade e os efeitos de cada uma sobre a
experiência do usuário com um determinado sistema. Por exemplo, se um sistema
alcança a meta de ser fácil de entender, ele se torna interessante e proveitoso para
o usuário.
Mas, como saber se o website satisfaz e como satisfaz o usuário? Existem
testes que são aplicados em sistemas para encontrar problemas de usabilidade. Um
destes testes é chamado de avaliação heurística.
27
A Avaliação heurística é um método de inspeção introduzido por Jakob
Nielsen no início da década de 90 para a avaliação de usabilidade de sistemas que
possui um custo reduzido. Seu site é avaliado por pelo menos três consultores,
usando como base heurísticas de usabilidade. (Avaliação Heurística, 2010).
Estes testes ajudam a encontrar problemas de usabilidade no sistema,
através da avaliação das heurísticas estabelecidas por Nielsen, sendo elas: (1)
Visibilidade de Status do Sistema, (2) relacionamento entre a interface do sistema e
o mundo real, (3) liberdade e controle do usuário, (4) consistência, (5) prevenção de
erros, (6) reconhecimento ao invés de lembrança, (7) flexibilidade e eficiência de
uso, (8) estética e design minimalista, (9) ajuda os usuários a reconhecer,
diagnosticar e sanar erros, (10) ajuda e documentação.
Os avaliadores verificam a adesão as heurísticas individualmente, e portanto
detectarão problemas diferentes, consolidando essas descobertas em relatórios.
Isso permite ao final, a melhoria do sistema rumo às metas de usabilidade.
Outro teste pode ser feito com os próprios usuários. Seleciona-se algumas
pessoas e propõe-se tarefas a serem executadas no site. De acordo com as
dificuldades encontradas e as respostas do sistema, têm-se uma avaliação bem
precisa das melhorias que podem ser feitas.
Vieira (2003) nos aponta as vantagens de avaliar a usabilidade:
• Funcionalidades do sistema: obtém-se qualidade de adequação aos
problemas do usuário, e um design que permite ao mesmo que efetue as
tarefas pretendidas de modo fácil e eficiente.
28
• Interface: a avaliação aprimora a qualidade de interação usuário/sistema
e a fácil aprendizagem e uso do sistema, tornando este uso agradável e
eficiente.
• Comunicabilidade: a avaliação aprimora a qualidade de comunicação
projetista/usuário expressando através da interface o modelo de interação
previsto pelos projetistas.
• Aprendizado do usuário: a avaliação objetiva a evolução do
conhecimento do usuário através da interação.
2.4.2 Projeto Navegacional
O projeto navegacional de um site tem imensa importância para o usuário
final, no caso, o internauta. A eficiência é um elemento que determina a usabilidade
do sistema, como visto anteriormente, e a navegação de qualidade é eficiente, pois
facilita o encontro da informação desejada para o usuário.
Como defende Kalbach (2007), a navegação é a maior formadora de
experiências na internet. Ela permite o acesso à informação de uma forma que
podemos entender, reflete a marca e dá credibilidade geral ao site.
O projeto navegacional trata-se de interligações, de determinar a importância
e relevância das páginas e do conteúdo do site. Isso requer julgamento no
estabelecimento de relações significativas entre páginas de informação. Em
conjunto, os elementos da navegação determinam não somente se você pode
encontrar a informação procurada, mas também como experimentar essa
informação (KALBACH, 2007).
É difícil encontrar um site que fuja dos padrões de navegação familiar,
Kalbach (2007) explica que, na verdade, as pessoas não querem navegar e se
29
arriscar a se perder. Eles vêm a um site para obter respostas ou realizar uma tarefa.
Como tal, a navegação web pode ser considerada um significado para um fim. Mas,
é um mal necessário? Se a navegação não tem graça, porque impor um trabalho às
pessoas que pode confundi-las?
O autor ainda mostra diferentes funções que a navegação possui:
• Provê acesso à informação;
• Mostra a localização dentro de um site: A localização ajuda os usuários
a se orientarem;
• Mostra o assunto do site: A navegação transmite a amplitude e o tipo de
conteúdo e objetivos de um site;
• Reflete a marca: A navegação reflete e representa aspectos da marca.
As opções de navegação mostrados, a ordem dos elementos, o tom de
voz dos títulos, e o estilo visual da navegação, tudo contribui para uma
experiência holística da marca na internet;
• Afeta a credibilidade do site: A credibilidade refere-se a quão confiável é
um site. Esta é uma qualidade percebida e julgada pelo visitante;
• Afeta os usuários.
Devido à tamanha importância que a navegação impõe na qualidade e
sucesso de um website, deve-se tomar um cuidado especial ao projetá-la. Pois,
como afirma Kalbach (2007), a informação é inútil se não pode ser encontrada. As
organizações desperdiçam muito tempo e dinheiro tornando a informação disponível
na internet sem realmente saber como, ou se, ela está sendo usada.
Não há regras para definir o sucesso da navegação de um site, o que pode
funcionar para um site pode ser prejudicial para outro. Porém, entender as
30
qualidades que uma boa navegação proporciona, pode guiar o desenvolvimento
para bons resultados. Segundo Kalbach (2007), as mais importantes qualidades
para o sucesso da navegação são:
• Equilíbrio: refere-se ao equilíbrio entre o número de itens visíveis no
menu da página (largura) e o número hierárquico de níveis na estrutura
(profundidade);
• Fácil de aprender: os usuários não esperam que precisarão aprender
como usar um website;
• Consistência (e inconsistência): ser consistente é uma guia primária do
projeto de interface;
• Feedback: quando navegam em um site os usuários devem ser
informados sobre o que está acontecendo;
• Eficiência: boa navegação minimiza o esforço para chegar ao conteúdo;
• Títulos claros: o bom equilíbrio da estrutura do site é relacionado à
claridade dos títulos.
• Claridade visual: cor, fonte e layout, tudo contribui para uma experiência
rica em informação;
• Apropriação para o tipo de site: o sucesso da navegação é relativo ao
tipo de site que ela aparece;
• Alinhamento com os objetivos do usuário: o sucesso da navegação é
relativo ao público alvo e a informação que procuram.
Portanto ter uma boa navegação em seu site constitui levar em conta estes
fatores de qualidade citados.
31
2.4.3 Projeto Visual
Como visto anteriormente, na pesquisa de Fogg (2002), em 46,1% dos
casos, é o projeto visual o fator mais importante que determina a credibilidade de um
website. Essa pesquisa comprova a importância do visual para o internauta, por este
motivo, este tópico traz os conceitos de um projeto visual bem construído.
Antes de tudo, diz Beaird (2007), a coisa mais importante para se ter em
mente, é que design é comunicação. Os elementos e funcionalidades de um website
devem funcionar como uma única unidade coesa: o design não deve ser um
obstáculo. Ele deve conduzir o usuário à informação.
O objetivo do projeto visual, segundo Kalbach (2007), é guiar os visitantes
visualmente através do sistema de navegação e aprimorar a experiência da
informação. O autor conclui que o desenvolvimento desse projeto envolve três
grandes áreas descritas a seguir:
• Design da informação: torna o conteúdo mais fácil de usar e de
entender. Envolve tipografia, lingüística, psicologia, ergonomia,
computação, e outras áreas correlatas. É o que determina a claridade da
informação;
• Interação com a navegação: Além de criar uma navegação que é fácil
de ler e esteticamente plausível, também se deve projetar para ser
usável;
• Design Gráfico: a aparência tem um papel crítico em sua percepção e
uso. O design gráfico de um site percorre um longo caminho na criação e
reforça a imagem da marca, tão bem quanto às características gerais de
um site.
32
Como o design da informação já foi apresentado no tópico 2.3 e a Interação
com a navegação no tópico 2.4.2, resta-nos apresentar o Design Gráfico.
Existem convenções padrões para se criar um visual bem sucedido, e na
maioria das vezes os webdesigners seguem essas convenções. Segundo Veen
(2001), o que se tenta criar é um conjunto de convenções internas para o website,
baseado em convenções externas do restante da internet. O autor exemplifica, que o
seu modelo deve se igualar com o do usuário. Seu site pode ter uma logomarca no
topo da página. Um usuário descobre que clicando nela, volta-se para a página
principal. Se em alguma página o click na logo não leva para a página principal, o
modelo falha.
Veen (2001) expõe algumas considerações para construir e gerenciar o
modelo mental dos usuários:
• Convenções de interface externas vem para seu site com seus usuários.
Quebre-as, mesmo se for feito numa consistência interna, e você
confundirá os usuários;
• Você pode estender as convenções externas, mas só conseguirá fazer
isso com extrema cautela;
• Fazer algo diferente de todos somente quando trará benefício
mensurável;
• Convenções internas de interface criam confiança com o usuário. Quebre-
as e quebrará a confiança.
O layout de uma página é inquestionavelmente um dos mais fortes contextos
usados pelos designers. Esses contextos de layout padrão não aconteceram por
33
acidente, mas têm crescido e desenvolvido ao longo da tecnologia e tendências da
internet por si mesma (VEEN, 2001).
Essas convenções estão fortemente ligadas às questões de usabilidade já
discutidos anteriormente. Há diretrizes de usabilidade que andam juntamente com a
experiência do usuário. Beaird (2007) complementa ainda que, um tema ou estilo
deve existir através das páginas de um site para ajudar a manter o design unido.
Kalbach (2007) conclui que, desde que se reconheça quão necessária é a
navegação e os diferentes mecanismos envolvidos, você pode começar a organizar
isso na página. Princípios tradicionais de layout e teoria da Gestalt podem guiá-lo. O
objetivo é criar um padrão reconhecível dos elementos que facilitam navegar no site.
O uso das cores é, senão o mais, um dos mais importantes fatores que
determinam um bom layout. E seu uso merece muita atenção. Como afirma Kalbach
(2007), cor é mais que somente decoração. Pode facilitar a interação e ajudar a criar
sentido de prioridade com as opções de navegação. Pode-se, contudo, separar em
camadas com cores. Usando diferentes tons de cores, pode-se trazer algumas
opções à frente e visualmente empurrar outras para trás.
Ninguém nega que as cores carregam intensa expressividade, mas ninguém
sabe como tal expressividade ocorre. O efeito da cor é demasiadamente direto e
espontâneo para ser apenas o produto de uma interpretação ligada ao que se
percebe pelo conhecimento (ARNHEIM, 2007).
Ícones também podem ser utilizados para melhorar a qualidade visual para o
usuário. Como afirma Kalbach (2007), o uso de ícones pode aumentar o sentido da
informação. Se dão um claro propósito e significado, os ícones são mais que
34
decoração. Eles trabalham em conjunto com o texto para prover melhor senso de
orientação.
A construção do projeto visual se estende à amplas e complexas teorias da
concepção visual que não concernem ao objetivo deste trabalho.
2.4.4 A Acessibilidade
A acessibilidade num contexto geral representa uma qualidade relacionada a
usabilidade. No contexto internet, a acessibilidade é empregada para que sites
tornem-se mais visitados por públicos variados, como por exemplo, disponibilizar a
mesma página em outro idioma, possibilitando assim o aumento do número de
visitantes que conseguem interagir com o sistema (ALONSO, 2007).
Sendo assim, a acessibilidade é definida como a capacidade de um produto
ser flexível o suficiente para atender às necessidades e preferências do maior
número possível de pessoas, além de ser compatível com tecnologias assistivas
utilizadas por pessoas com necessidades especiais (DIAS, 2003).
Há diversas razões para se utilizar conceitos de acessibilidade na
construção de websites. Uma delas, diz o censo de 2000 (IBGE, 2006) que, no
Brasil, quase 17 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência, além da
população de idosos que cresce a cada dia.
Se pararmos para pensar que esse número aumenta e que todos estamos
vulneráveis às deficiências, esta aí uma boa razão para não ignorar esse item.
Dias (2003) traz outras razões para se aplicar acessibilidade (econômicas,
técnicas, legais, altruísticas e pessoais):
• Designs acessíveis são mais fáceis de usar não só por esse grande
mercado de deficientes, mas também por qualquer cliente;
35
• É possível que um número maior de dispositivos possa interagir com um
sistema acessível, pois as diferenças entre dispositivos existentes, como
celulares, televisão, entre outros, são tecnicamente grandes;
• O projetista pode adotar acessibilidade em seus produtos por consciência
de que está à mercê da idade ou de alguma deficiência física ou ainda por
aprendizado de técnicas que acarretam em enriquecimento na qualidade
do conhecimento;
• Em países como os Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá, (e
em início no Brasil), a acessibilidade na web não é apenas uma boa idéia,
mas é lei;
• As razões mais nobres para projetar portais web acessíveis são aquelas
que visam melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas
deficientes e idosas, permitindo-lhes o acesso às informações que,
teoricamente, estão disponíveis a todos.
Quanto ao desenvolvimento, Alonso (2007) afirma que desenvolver sites
acessíveis não é somente adicionar a acessibilidade ao trabalho já feito, é na
verdade, mudar totalmente o modo de desenvolvimento, seguindo padrões, para que
a aplicação permaneça dentro de limites propostos.
Para auxiliar nos padrões a serem utilizados no projeto, o World Wide Web
Consortium (W3C)1
1 http://www.w3.org/
desenvolve tecnologias (especificações, recomendações,
softwares e ferramentas) que promovam a evolução da web e garantam sua
interoperabilidade.
36
Com o objetivo do acesso universal, o W3C deu origem à Iniciativa para
Acessibilidade na Web, ou Web Accessibility Initiative (WAI)2
Como guia oficial do W3C, em 1999 foi anunciado o lançamento das
Recomendações para Acessibilidade de Conteúdo Web 1.0, ou WCAG
, que em parceria com
a indústria, trabalha no estabelecimento de padrões e tecnologias que permitam aos
desenvolvedores web criarem sites universalmente acessíveis (DIAS, 2003).
3
O WCAG 1.0 propõe 14 recomendações, as quais o principal objetivo é
promover a acessibilidade explicadas por Fortes (2005):
, utilizado
em diversos países, como padrão para o projeto de conteúdo web acessível a seus
cidadãos (DIAS, 2003).
1. Fornecer alternativas ao conteúdo sonoro e visual: indica a
necessidade de disponibilizar um conteúdo além de sua forma original,
numa forma que não seja sonora ou visual;
2. Não recorrer apenas à cor: deve-se garantir a percepção do texto e dos
elementos gráficos do documento, mesmo quando são vistos sem cores;
3. Utilizar corretamente anotações e folhas de estilo: indica que se deve
utilizar adequadamente a marcação com os elementos e controlar a
apresentação por meio de folhas de estilo em vez de elementos de
apresentação e atributos;
4. Indicar claramente qual o idioma utilizado: recomenda utilizar
marcações que facilitam a pronuncia e a interpretação de abreviaturas ou
texto por línguas estrangeiras;
2 http://www.w3.org/WAI 3 http://www.w3.org/TR/WCAG10/
37
5. Criar tabelas passíveis de transformação harmoniosa: assegura que
as tabelas tenham a marcação necessária para poderem ser
transformadas de forma harmoniosa por navegadores acessíveis e outros
agentes do usuário;
6. Assegurar que as páginas dotadas de novas tecnologias sejam
transformadas harmoniosamente: assegura que as páginas devem ser
acessíveis mesmo quando as tecnologias mais recentes não forem
suportadas ou tenham sido desativadas;
7. Assegurar o controle do usuário sobre as alterações temporais do
conteúdo: recomenda que o usuário possa interromper momentânea ou
definitivamente o movimento, intermitência, transcurso ou atualização
automática de objetos da página;
8. Assegurar a acessibilidade direta em interfaces integradas pelo
usuário: propõe que a interface deve obedecer a princípios de design
para a acessibilidade, como a independência de dispositivos e
operacionalidade pelo teclado;
9. Projetar páginas considerando a independência de dispositivos:
garante funções que permitam a ativação de elementos de página por
meio de uma grande variedade de dispositivos de entrada;
10. Utilizar soluções provisórias ou de transição: recomenda a
utilização de soluções de acessibilidade transitórias, para que as
tecnologias de apoio e os navegadores mais antigos funcionem
corretamente;
11. Utilizar tecnologias e recomendações do W3C: assegura o uso de
tecnologias do W3C e das recomendações de acessibilidade;
38
12. Fornecer informações de contexto e orientações: recomenda o
fundamental fornecimento de contexto e orientações para ajudar o
usuário;
13. Fornecer mecanismos de navegação claros: indica o fornecimento
de mecanismos de navegação coerentes e sistematizados;
14. Assegurar a clareza e a simplicidade dos documentos: assegura a
produção de documentos claros e simples, para que sejam fáceis de
compreender.
Cada recomendação possui pontos de verificação associados, os quais
representam problemas de acessibilidade comumente encontrados, assim como o
que fazer para solucioná-los. Todos os pontos de verificação, juntamente com as
recomendações são encontrados em DIAS (1999).
É preciso validar o site desenvolvido quanto a sua acessibilidade. Para isso
existem ferramentas automatizadas, disponíveis gratuitamente na web, que avaliam
a acessibilidade de páginas por meio de análise estática, e geram relatórios com
observações sobre a avaliação.
Contudo o trabalho de desenvolver sites acessíveis não traz benefícios
somente para os visitantes com alguma deficiência, também é positivo para os
desenvolvedores, sendo estes benefícios apontados por Duckett (2005):
• Sites acessíveis separam o design do conteúdo;
• Seu site se torna acessível em mais dispositivos e situações, evitando a
re-escrita do site no futuro;
• Um site projetado para ser acessível é muito mais fácil de usar, não
somente para pessoas com alguma deficiência, aumentando a audiência.
39
Pois não somente expande seu potencial de visitantes que utilizam
dispositivos que não sejam computadores pessoais;
• Projetar um site com acessibilidade desde o começo é mais eficiente que
voltar atrás de um projeto já em andamento.
Portanto a acessibilidade agrada e apenas favorece quem a utiliza. Tanto do
lado do usuário, o internauta que vê mais facilidade no uso de um site, quanto do
desenvolvedor, que projeta consciente de um trabalho bem feito.
3 CONCLUSÃO
O trabalho apresentado teve como objetivo expor o conceito de qualidade
aplicado no contexto da internet abrangendo os dois lados do ambiente. De umlado
está o internauta, consumidor do produto desenvolvido. Por outro lado, o
desenvolvimento.
Devido à proposta de estudo de características diversas que envolvem um
website, o trabalho exigiu um esforço para o estudo e busca de informações para
diversos campos do conhecimento. E por razão dessa abrangência, adquiriu-se
experiência nos conhecimentos estudados.
Em geral, o trabalho acrescentou conhecimento dentro do desenvolvimento
para a web, campo de atuação do autor. Sendo enriquecido dos tópicos
apresentados dentro da estrutura de qualidade. Além de enriquecer enormemente o
conhecimento em qualidade de comunicação em geral, especificamente para a
internet, e criação de conteúdo.
Sendo a internet um ambiente riquíssimo para estudo, e pouco abrangido
qualitativamente até agora na visão do autor, o presente trabalho tentou compilar as
diversas áreas que englobam o desenvolvimento de um site, com certeza não o
sendo por completo, devido à amplidão da internet.
Talvez devido a pouca idade da internet, à sua grandeza por englobar
praticamente todo, senão todo o conhecimento humano, e também pela sua
evolução veloz, o seu potencial de uso não tenha sido de todo explorado. E menos
ainda compreendido por completo pelos profissionais que lidam com essa área. Por
estes motivos, provavelmente, as empresas de desenvolvimento, hoje, não
oferecem a qualidade necessária, exposta em parte neste trabalho.
41
Acreditava, antes de iniciar as pesquisas, que poderia chegar a uma
definição mais completa do que se poderia aplicar ao conteúdo de um site para se
obter maior eficácia, porém o resultado obtido foi tão subjetivo que foi impossível
definir tal padrão que aplicasse em todos os casos. A conclusão é que cada caso
merece uma análise especial a partir das variáveis apresentadas para os elementos
verbais e não-verbais.
Foram muitas outras dificuldades encontradas, porém nenhuma delas
danificou a integridade do trabalho. A maior delas portanto, foi a amplitude que o
trabalho merecia, devido a importância dada pelo autor para a internet com
qualidade. Muito foi excluído da proposta para se chegar ao resultado atual, já de
tamanho razoável. O tempo e a finalidade da proposta não permitiram um aumento
dos assuntos abordados, e já deram uma limitação “apertada” para o
desenvolvimento do escopo atual.
Como trabalho futuro, há a possibilidade de ampliar o estudo e torná-lo mais
específico em certos pontos, e dividi-lo caso necessário. Este trabalho pode ser
acrescido nos tópicos referentes à criação de conteúdo abrangendo demais
componentes do conteúdo. Quanto ao desenvolvimento, o trabalho poderia crescer
em informação explanando mais questões de qualidade dentro do processo de
desenvolvimento de um website adotado por uma empresa de desenvolvimento.
Também poderiam ser acrescentadas outras sessões sobre comunicação e
internet que envolvem as empresas, como as particularidades da identidade visual
no ambiente interativo, e apresentação de SEO (Search Engine Optimization) como
fator de qualidade para divulgação de um website.
Enfim, este trabalho pode ser considerado uma fonte de informações para
quem deseja se aprimorar em seus estudos profissionais em comunicação ou
42
desenvolvimento de sistemas para web. Para quem busca especificamente a criação
de conteúdo de qualidade, recomendo um estudo direto do tópico 3.3.
Para aqueles que buscam conhecer o que envolve um website em questões
de qualidade no desenvolvimento, pode ter uma noção de técnicas aplicadas qe
podem ser usadas por desenvolvedores no tópico 3.4.
43
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