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UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA AGROINDÚSTRIA NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES Mestrando: Criszoel Ferreira Souza Orientador: Vicente Ribeiro Rocha Junior Maio/ 2013 1

Utilização de resíduos da fruticultura e agroindústria Final.ppt

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UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA AGROINDÚSTRIA NA

ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES

Mestrando: Criszoel Ferreira Souza

Orientador: Vicente Ribeiro Rocha Junior

Maio/2013

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INTRODUÇÃO

Brasil: conhecido como seleiro mundial

Características

Extensão territorial 5° maior país do mundo 8,5 milhões de km²

Terras produtivas Água potável Clima

Pecuária

Território utilizado 20% (ABIEC, 2011)

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Norte de minas Gerais

Estiagem

clima semiárido

Projetos de Irrigação

Projeto Gorutuba: área de 5.000 ha. Projeto Jaíba: área de 300.000 ha.

Instalações de indústrias de beneficiamento na região

Pomar Brasil, Nutrilac e Best Pulp Gerou produção de resíduos

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SOUZA, 2010

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COMO CONTORNAR ESSE PROBLEMA?

www.realizedworth.comeuclidesdacunha.net

www.milkpoint.com.br

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Possibilitou a utilização de resíduos na dieta de ruminantes

Perdas pós-colheita são estimadas entre 20% e 50%.

(FAO, 1994)

Pode promover uma custos

Alimentação equivale a 70% custo

Composição nutricional

(GONÇALVEZ et al, 2009)

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O objetivo deste seminário é descrever as características nutricionais, bem como as limitações de uso e os níveis de inclusão de alguns subprodutos disponíveis no Norte de Minas Gerais para alimentação de Ruminantes.

OBJETIVO

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BOVINOCULTURA

Brasil: 2° maior produtor

Ruminantes: 236 milhões de cabeças

87% eram representados por bovinos, 7,4% por ovinos 3,9% pelos caprinos

Minas

22,7 milhões de cabeças de bovinos 8,75 milhões de litros de leite

(IBGE, 2012)7

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ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS

Pastagens principal fonte de alimentação

174 milhões de hectares Gêneros: Panicum; Brachiarias; Cynodon; e Andropogon

(ANUALPEC, 2010)

Período chuvoso (3 a 4 meses)

Período de seca (8 a 9 meses)

qualidade e quantidade de forragens disponíveis índices zootécnicos na criação

Idade de abate: alta, acima de 36 meses Taxa de desfrute: baixa

(CLEMENTINO, 2008) 8

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COPRODUTOS

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COPRODUTO

Os resíduos e coprodutos são os materiais secundários gerados no processo da industrialização de produtos agrícolas.

Diferença

Resíduo X Coproduto

A existência ou não de um mercado definido para a sua comercialização.

(BURGI,1986) 10

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Característica de um bom coproduto alimentar

Disponibilidade regionalValor nutritivo

ConsumoDigestibilidade

(ROGÉRIO et al., 2003 e JOBIM et al., 2006)

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Disponibilidade Regional Proximidade da agroindústria

Disponibilidade em todo o ano

Uso da Irrigação na fruticultura

período de escassez de alimentos produção de frutos a custos baixos gerando preços acessíveis para a aquisição dos resíduos

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(ROGÉRIO et al., 2003)

(CLEMENTINO, 2003)

www.google.com

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VALOR NUTRITIVO

  ABACAXI GOIABA MANGA MARACUJÁ TOMATE

MS (%) 14,8 93,0 18,7  

PB* 8,5 8,3 5,9 12,6 22,0FDN* 68,0 73,2 29,8 56,3 71,7

FDA* 29,0 54,7 19,7 47,0 40,0NIDN¹ 38,4 35,2 64,6 24,6

NIDA¹ 16,3 21,0 13,8 20,0 18,6

Hemicelulose* 38,0 18,3 10,1 12,2Celulose* 25,0 37,2 32,3

lignina* 5,7 18,5 10,9 12,7 17,3tanino* 2,47 3,4

CNF* 16,8 12,7 61,9 22,8CHOs Totais* 83,7 82,1 85,1 76,8

Pectina* 13,3 15,6   25,0EE* 1,2 6,0 5,3 1,0 14,4

MM* 7,9 3,4 3,7 8,3  

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* = % de matéria seca

¹ = % N total

Tabela 1. Composição bromatológica de coprodutos de fruticultura

Adaptado de (LOUSADA et al., 2005 e VIEIRA et al., 2009)

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Resíduos da agroindústria com excessivas quantidades de taninos, lignina e cutina

apresenta baixo valor nutricional tendem a ser subvalorizados

Taninos

causa deficiência de N em bactérias não adaptadas inibem a digestão celulolítica reduz o consumo de alimentos

(Van Soest, 1994) 14

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CONSUMO

Consumo voluntário

Definido como a quantidade de matéria seca ingerida espontaneamente por um animal ou um grupo de animais durante dado período de tempo com acesso livre ao alimento

(FORBES,1995)

Importância

60 a 90% da variação na ingestão de energia digestível entre animais e dietas

Diferença no consumo

De 10 a 40% a diferenças na digestibilidade

(CRAMPTON et al., 1957)

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Mecanismos fisiológicos de regulação de consumo

Quimiostático, densidade energética da dieta

Físico (repleção ruminal), consumo de dietas de qualidade

Limite preconizado da ingestão de FDN está em torno de 1,2% do peso vivo do animal

(VAN SOEST, 1994)

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Porém, outros aspectos influenciam as respostas de consumo dos animais

tamanho de partícula frequência e efetividade da mastigação fragilidade das partículas proporção de FDN indigestível taxa de fermentação da FDN potencialmente digestível

(ALLEN, 1996)

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Ovinos alimentados com coprodutos, o consumo de FDN foi: farelo de caju 2,28%, goiaba 3,5%, abacaxi 2,0% e melão 2,1% do peso vivo

(LOUSADA et al.,2005)

Avaliando o CMS em ovinos recebendo dietas contendo cinco níveis (0, 20, 40, 60 e 80%) de coproduto da manga desidratado.

O consumo máximo ocorreu quando a adição foi de 36,11%.

Redução a partir da utilização de 40% do coproduto de manga na dieta

Presença dos taninos. (CAVALCANTE et al., 2006)

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Dietas com coproduto de maracujá em ovinos

CMS médio de 19,90 kg dia, o que representou 3,27% do PV,

Verificou uma grande aceitação do material.

(VIEIRA et al., 1999)

Concluiu que a inclusões acima de 18% na dieta reduz o consumo de nutrientes.

(ALBUQUERQUE et al., 2005)

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DIGESTIBILIDADE

Indica % de cada nutriente ser utilizado pelo animal

Fatores:

lignificação e taxa de digestão

Teores PB da dieta abaixo de 7% ou diminuição teor de N para as bactérias ruminais

digestibilidade das fibras da parede celular o consumo

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A fibra fisicamente efetiva na dieta é essencial para promover

ruminação

fluxo de saliva

tamponamento ruminal pH ruminal

relação ácidos graxos voláteis

acetato/propionato

funcionalidade da parede do rúmen

(FOX et al.,1992 e MERTENS, 1992)21

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Entretanto, em função da disponibilidade ruminal da proteína

Deve suplementar fonte de PDR para manutenção dos microrganismos

Avaliando a fermentação ruminal de bovinos com fornecimento de 30 ou 45% de RIT:

A utilização de RIT não compromete a fermentação ruminal,

(CAMPOS et al., 2004)

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Avaliando CMS e o desempenho de novilhos alimentados com o coproduto de maracujá in natura com ou sem suplemento 0,5 kg a cada 100 kg de PV, substituindo a silagem de sorgo

Concluíram que coproduto foi superior à silagem de sorgo, para bovinos em crescimento,

elevado CMS 3,67 CS e 3,28% PV SS

ganho de peso de 1,45 CS e 1,38 kg/dia SS

(ALVES et al., 2003)

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Considerações Finais

A utilização de coprodutos da agroindústria de frutas surge como alternativa promissora na alimentação de animais ruminantes.

O aproveitamento destes pode reduzir a utilização de alimentos concentrados para animais ruminantes, contribuindo com a melhoria do desempenho animal, além de possibilitar a formulação de misturas alimentares mais econômicas. 24

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Deve-se considerar que a composição química, disponibilidade ao longo do ano, o excesso de umidade, a presença de tanino em teores elevados podem interferir no consumo e desempenho dos ruminantes.

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MUITO OBRIGADOPELA ATENÇÃO!

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