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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“Júlio de Mesquita Filho”
Campus Experimental de Ourinhos
UTILIZAÇÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
PARA ANÁLISE DO USO, OCUPAÇÃO E SUSCETIBILIDADE
A EROSÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO DA
PENHA.
Vítor Moraes Ribeiro
Ourinhos – SP
NOVEMBRO/2012
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“Júlio de Mesquita Filho”
Campus Experimental Ourinhos
UTILIZAÇÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
PARA ANÁLISE DO USO, OCUPAÇÃO E SUSCETIBILIDADE
A EROSÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO DA
PENHA.
Vítor Moraes Ribeiro
Orientador: Prof. Dr. Edson Luís Piroli
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à banca
examinadora para obtenção do título de Especialista em
Gerenciamento de Recursos Hídricos e Planejamento
Ambiental em Bacias Hidrográficas pela UNESP –
Campus de Ourinhos.
Ourinhos – SP
NOVEMBRO/2012
AGRADECIMENTOS
Mais uma vez agradeço a Universidade Estadual Paulista campus de Ourinhos que
desde meu ingresso me acolheu muito bem e por mais que as dificuldades aparecessem
sempre houve o compromisso para a superação. Agradeço a todo corpo docente que
participou do curso de especialização e que se dispôs a assumir essa dura tarefa de lecionar
e principalmente o meu orientador Edson Luís Piroli pela confiança em me orientar.
Agradeço também ao comitê ALPA e ao FEHIDRO pela colaboração e
financiamento do curso de especialização.
ÍNDICES DE FIGURAS
Figura 1 Região hidrológica de Mogi-Guaçu.............................................................. 9
Figura 2 Área da bacia hidrográfica do Ribeirão da Penha e seus municípios
pertencentes..................................................................................................
10
Figura 3 Climograma de Itapira – SP com pluviometria de 1941 a 2003 e
temperatura de 1941 a 1970..........................................................................
11
Figura 4 Climograma de Amparo – SP com pluviometria de 1941 a 2003 e
temperatura de 1941 a 1970..........................................................................
12
Figura 5 Climograma de Serra Negra – SP com pluviometria de 1941 a 2003 e
temperatura de 1941 a 1970..........................................................................
12
Figura 6 Uso e ocupação do solo da bacia hidrográfica do Ribeirão da
Penha.............................................................................................................
20
Figura 7 Área de preservação permanente que deveriam compor a bacia
hidrográfica do Ribeirão da Penha...............................................................
22
Figura 8 Área ocupada por vegetação permanente na bacia hidrográfica do
Ribeirão da Penha ........................................................................................
25
Figura 9 Classes de declividade da bacia hidrográfica do Ribeirão da
Penha.............................................................................................................
27
Figura 10 Mapa pedológico da bacia hidrográfica do Ribeirão da
Penha.............................................................................................................
28
Figura 11 Mapa de suscetibilidade a erosão da bacia hidrográfica do Ribeirão da
Penha.............................................................................................................
30
ÍNDICE DE TABELA
Tabela 1 Classificação técnica interpretativa para análise de capacidade de
uso do solo...........................................................................................
5
Tabela 2 Áreas que segundo a legislação devem ser consideradas para a
criação de APPs e dimensões que estas devem possuir.......................
8
Tabela 3 Classes de declividade do solo............................................................ 16
Tabela 4 Determinações mínimas estabelecidas para áreas de APPs................. 17
Tabela 5 Índices estabelecidos para geração de mapa de suscetibilidade de
erosão do solo......................................................................................
18
Tabela 6 Classes de uso do solo da bacia hidrográfica do Ribeirão da Penha... 19
Tabela 7 Área de Preservação Permanente necessária para a bacia do
Ribeirão da Penha................................................................................
21
Tabela 8 Legislação x Realidade....................................................................... 23
Tabela 9 Classes de declividade determinadas na bacia hidrográfica do
Ribeirão da Penha................................................................................
26
SUMÁRIO Pg
RESUMO............................................................................................................ ........ 1
ABSTRACT................................................................................................................ 1
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 2
2 OBJETIVOS............................................................................................................... 3
3 REVISÃO DE LITERATURA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................... 3
3.1 A cartografia e o SIG – Sistema de Informação Geográfica.............................. 3
3.2 Capacidade de uso da terra................................................................................. 4
3.3 Solos.................................................................................................................. 6
3.4 O relevo e a geração do MNT - Modelo Numérico de Terreno....................... 7
3.5 Legislações das áreas de preservação permanente – APP................................ 8
4 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................. 9
4.1 Área de Estudo: Localização e aspectos gerais da bacia hidrográfica do Ribeirão da Penha.............................................................................................
9
4.1.1 Localização........................................................................................... 9
4.1.2 Clima....................................................................................................... 10
4.1.3 Histórico e economia ............................................................................. 13
4.2 Materiais utilizados para a realização do estudo.................................... 13
4.3 Métodos.................................................................................................. 14
4.3.1 Projeção Geográfica................................................................................ 14
4.3.2 MNT – Modelo Numérico de Terreno.................................................... 14
4.3.3 Delimitação da área da bacia hidrográfica.............................................. 15
4.3.4 Digitalização e atualização do Ribeirão da Penha e seus afluentes........ 15
4.3.5 Declividade............................................................................................. 16
4.3.6 Uso e ocupação....................................................................................... 16
4.3.7 Geração de APPS.................................................................................... 17
4.3.8 Suscetibilidade de erosão do solo........................................................... 17
5 RESULTADOS...................................................................................... 18
5.1 Uso e ocupação do solo.......................................................................... 18
5.2 As APPs.................................................................................................. 21
5.3 Declividade do solo................................................................................ 26
5.4 Mapa de solos......................................................................................... 28
5.5 Suscetibilidade a erosão.......................................................................... 29
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................. 31
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................... 31
1
RESUMO
Realizou-se um estudo de uso e ocupação atual do solo da bacia hidrográfica do Ribeirão
da Penha localizada em três municípios, quais são: Itapira – SP, Serra Negra - SP e
Amparo – SP. Com o objetivo de analisar a capacidade de uso do solo a fim de obter
informações como limitações e potencialidade perante práticas conservacionistas e
manejos agrícolas, também foi realizado o levantamento das áreas de preservação
permanente da bacia hidrográfica a fim de obter informações sobre a situação legal da
bacia hidrográfica. Para análise, utilizou-se o Software ARC GIS 10.1 e imagens de
satélite, possibilitando a geração e o cruzamento de mapas temáticos. Com os resultados,
foram obtidos mapas de preservação permanente, uso e ocupação, declividade, pedológico,
e de suscetibilidade à erosão. Os dados mostraram que as ferramentas de
geoprocessamento aliados a uma boa base de dados são fundamentais para o planejamento
de uso e ocupação territorial para fins de proteção dos recursos hídricos e edáficos,
garantindo, deste modo, uma aliança entre desenvolvimento econômico e proteção
ambiental.
Palavras chaves: Geoprocessamento, preservação permanente, capacidade de uso do solo e
suscetibilidade a erosão.
ABSTRACT
Conducted a study of current use and occupation of the soil of the watershed of Ribeirão da
Penha located in three municipalities, which are: Itapira - SP, Serra Negra - SP and
Amparo - SP. Aiming to analyze the ability of land use in order to obtain information as
limitations and potentiality towards conservation practices and agricultural management,
the survey was also conducted in the areas of permanent preservation of watershed to
obtain information about the legal situation of watershed. For analysis, we used the ARC
GIS Software 10.1 and satellite images, allowing the generation and cross-thematic maps.
With the results were obtained maps of permanent preservation, use and occupancy, slope,
pedological, and susceptibility to erosion. The data showed that the geoprocessing tools
combined with a good database is essential for planning land use and occupancy for
protection of water resources and soil, thereby ensuring an alliance between economic
development and environmental protection.
Keywords: Geoprocessing, permanent preservation, land use capability and susceptibility
to erosion.
2
1. INTRODUÇÃO
As discussões ambientais estão na pauta de todos os governos e em todas as
escalas, global, nacional, estadual e municipal. Isso ocorre visto que a relação do homem
com o meio em que vive está cada vez mais complicada, sendo necessário medir todas as
suas ações visando garantir a compatibilidade entre o desenvolvimento econômico e a
preservação dos recursos naturais, assegurando maior longevidade dos recursos
indispensáveis à sobrevivência humana.
Dentre os recursos naturais, o solo e a água são dois que o homem deve ter uma
atenção especial, pois o solo é de onde o homem retira seu sustento e constrói seu espaço
de socialização e a água é fonte essencial para sobrevivência humana, necessitando de
qualidade e abundância para garantir conforto ao ser humano.
Segundo Lepsch et al., 1991, deve-se empregar a cada parcela da terra um uso, de
acordo com a sua capacidade e limitação, propiciando sustentação e produtividade
econômica de forma que os recursos naturais sejam colocados à disposição do homem para
seu melhor uso e benefício e, ao mesmo tempo, preservá-los para gerações futuras.
Constantemente, os solos sofrem com os agentes intempéricos, como o sol, o vento
e a chuva, passando por desgaste e renovação por consequência do intemperismo das
rochas. No entanto, as práticas inadequadas de uso e ocupação do solo pelo homem
aceleram e dinamizam essa ação natural, ocasionando grandes perdas anuais de solos, que
se acumulam nos fundos de vales, nascentes e rios, provocando, por conseguinte, o
assoreamento com a perda da qualidade e quantidade de produção de água das drenagens.
Por decorrência desses efeitos, tanto o produtor rural como a população urbana
sofrem impacto econômico. O produtor rural tenta resistir contra a perda da fertilidade e
volume do solo, juntamente com a matéria prima para irrigação que se tornar cada vez
mais escassa, tendo que tomar medidas egoístas que intensificam o problema, como por
exemplo a construção de pequenas barragens para garantir água em períodos de estiagem.
Em relação à população urbana, ocorrem o encarecimento do tratamento da água devido
aos excessos de partículas na água e as enchentes, devido à diminuição das calhas dos rios.
Desta maneira, para garantir o uso adequado dos recursos naturais, as técnicas de
planejamento têm adotado as bacias hidrográficas como unidades de planejamento
ambiental, pois segundo Santos (2004, p.85), a
3
Bacia hidrográfica é um sistema natural bem delimitado no espaço, composto
por um conjunto de terras topograficamente drenadas por um curso d’ água e
seus afluentes, onde as interações, entre os elementos bióticos e abióticos
ocorrem de modo integrado, colocando-se enquanto uma unidade espacial de
fácil reconhecimento, caracterização e de grande aceitação enquanto área para
ordenamento territorial ou planejamento. Desta forma, toda ocorrência de
eventos em uma bacia hidrográfica, de origem antrópica ou natural, interfere
diretamente na dinâmica desse sistema.
Com base na unidade territorial de bacia hidrográfica, esse trabalho idealizou os
mapeamentos e sistematização da capacidade e limitações de uso do solo, auxiliado pelas
técnicas de geoprocessamento usando um SIG – Sistema de Informação Geográfica que
garante uma eficiente manipulação e cruzamento de dados para obtenção de respostas que
satisfaçam a realidade do terreno com relação as suas potencialidades e limitações. Assim,
esse trabalho tem o objetivo de delimitar, analisar a capacidade de uso do solo da bacia do
Ribeirão da Penha, unidade territorial responsável pelo abastecimento urbano da cidade de
Itapira – SP e fonte de recursos hídricos para os municípios de Serra Negra –SP e Amparo
– SP.
2. OBJETIVOS
Os objetivos desse trabalho são analisar a capacidade de uso do solo da bacia
hidrográfica do Ribeirão da Penha a fim de obter informações como limitações e
potencialidades perante práticas conservacionistas e manejos agrícolas. Fazer levantamento
das áreas de preservação permanente a fim de obter informações sobre a situação legal da
bacia hidrográfica em questão.
3. REVISÃO DE LITERATURA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 A cartografia e o SIG – Sistema de Informação Geográfica
Os mapas são utilizados de diversas formas no mundo contemporâneo, seja para
traçar rotas, localização espacial, planejamentos urbanos e ambientais. Os mapas temáticos
que são bastante usados no planejamento para tomada de decisões, estão frequentemente
presentes nos estudos ambientais, assim como esclarece Zacarias, 2006:
“ o mapa ajuda muito na tomada de decisões e, principalmente, na representação
espacial dos problemas. Na realidade, os mapeamentos temáticos tornam-se
ferramentas que envolvem, pelo menos, três fases no planejamento, cada qual
compreendendo um processo: a seleção e obtenção dos dados de entrada, a análise integrada e a elaboração de indicadores que servirão de base para a
tomada de decisão.” (ZACHARIAS, 2006, p. 19)
4
Segundo Zacharias, et al 2009, a evolução das tecnologias a partir de 1970 junto a
necessidade de conhecer, analisar, planejar a ocupação e recuperar vários dos espaços
naturais ocupados pelo homem, fez com que houvessem grandes investimentos no
desenvolvimento das ciências correlatas às geotecnologias, surgindo um novo ramo da
ciência, buscando reunir e aplicar as informações geradas por este conjunto de
conhecimentos, o Geoprocessamento.
Zacharias, et al 2009 destaca que o termo Geoprocessamento:
“ descreve a ciência que estuda o processamento de informações
georreferenciadas utilizando sistemas computacionais, grande diversidade de
fontes de dados e técnicos especializados para manipular, avaliar e gerar
produtos, normalmente cartográficos, relacionados principalmente à localização
de informações sobre a terra.” (ZACHARIAS, ET AL 2009 p. 14)
As ferramentas de alta tecnologia, como os satélites, fornecem cada vez mais dados
para a atualização e monitoramento de grandes áreas e o planejamento ambiental, dando
suporte indispensável para a confecção de mapas temáticos atualmente.
Esses dados associados aos instrumentos computacionais do Geoprocessamento são
chamados de SIG – Sistemas de Informação Geográfica, conforme descreve Zacharias, et
al 2009 citando Câmara; Medeiros, 1998 relata que os SIGs permitem a realização de
análises complexas ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados
georreferenciados, ainda que o objetivo principal do Geoprocessamento é fornecer
ferramentas computacionais para que os diferentes analistas determinem as evoluções
espacial e temporal de um fenômeno geográfico e as interrelações entre diferentes
fenômenos.
Dessa forma, com a base de dados, equipamentos computacionais e um especialista
com conhecimentos na área seria possível gerar mapas temáticos capazes de auxiliar na
gestão da capacidade do uso da terra.
3. 2 Capacidade do uso da terra
A análise da capacidade do uso da terra é uma prática recomendada para o
planejamento de uso e ocupação do solo, prevendo potencialidades e fragilidades que o
terreno oferece, visando definir uma melhor adequação de práticas de conservação, uso
agrícola intensivos, moderados ou com restrições.
5
Segundo Gibosh, (1999), para a avaliação da capacidade do uso da terra com
relação às limitações são necessários combinações de efeitos como clima, relevo e o tipo
de solo, devendo as interpretações para fins agrícolas serem feitas segundo os critérios que
reflitam a maior ou menor adaptabilidade do ambiente.
Lepsch et al., (1991) adaptou para o Brasil um sistema para a classificação
técnica interpretativa, originalmente criada pelo Serviço de Conservação do Solo dos
Estados Unidos, agrupando solos em classes de capacidade de uso. As classes estão
descritas na tabela 1 abaixo.
Tabela 1: Classificação técnica interpretativa para análise de capacidade de uso do solo
GRUPOS CLASSES
A: terras passíveis de utilização com
culturas anuais, perenes, pastagens e/ou reflorestamento e vida silvestre.
I: terras cultiváveis, aparentemente sem problemas
especiais de conservação;
II: terras cultiváveis com problemas simples de conservação;
III: terras cultiváveis com problemas complexos de
conservação;
IV: terras cultiváveis apenas ocasionalmente ou em
extensão limitada, com sérios problemas de conservação;
B: terras impróprias para cultivos intensivos, mas ainda adaptadas para
pastagens e/ou reflorestamento e/ou
vida silvestre, porém cultiváveis em
casos de algumas culturas especiais protetoras do solo.
V: terras adaptadas em geral para pastagens e/ou reflorestamento, sem necessidade de práticas
especiais de conservação, cultiváveis apenas em
casos muito especiais;
VI: terras com restrições moderadas ao uso,
com problemas simples de conservação,
cultiváveis em casos especiais de algumas
culturas permanentes protetoras do solo; VII - terras com severas restrições ao uso, adaptadas
em geral somente para pastagens ou
reflorestamento, com problemas complexos de conservação.
C: terras não adequadas para cultivos
anuais, perenes, pastagens ou
reflorestamento, porém apropriadas para a proteção da flora e fauna silvestre,
recreação ou armazenamento de água.
VIII: terras impróprias para cultura, pastagem ou
reflorestamento, podendo servir apenas como abrigo
e proteção da fauna e flora silvestre, como ambiente para recreação, ou para fins de armazenamento de
água.
Fonte: Lepsch et al., (1991) citado por Gibosh, (1999)
As áreas que não possibilitam o desenvolvimento de vegetação são denominados
tipos de terreno e não são classificadas em nenhuma das oito classes de capacidade de uso,
6
enquadrando-se afloramentos de rochas, areias de praias, áreas escavadas pelo homem,
entre outros (LEPSCH et al, 1991).
Para a análise da capacidade do uso da terra são necessários conhecimentos
detalhados das áreas em uso, como os tipos de solos, declividades do relevo, cobertura
vegetal e uso, que podem intensificar os problemas relacionados à erosão do solo.
3.3 Solos
O solo é um recurso natural importantíssimo para o homem, sendo a base para
construção da vida na terra, servindo como espaço para construções urbanas e a produção
rural.
A degradação do solo provoca impactos de ordem ambiental e econômica, visto que
sua destruição gera áreas impróprias para a produção rural ou urbana, encarecem a
produção seja de alimento ou para apropriação para construções civis.
O solo é formado por um conjunto de três fases: fase sólida, composta de minerais
em vários tamanhos e partículas orgânicas resultantes de decomposições de organismos
vivos, sendo este conjunto orgânico e mineral denominado de “Matrix” do solo; a fase
gasosa, composta por gases ou ar presente no solo; e a fase líquida, composta por sais em
diluição e material coloidal em suspensão, formando uma solução no solo (KIEHL,1979).
Para a formação deste importante recurso natural denominado solo depende de
cinco importantes fatores necessários, quais são: material de origem, relevo, clima, tempo e
interação biológica (Lepsch, 2002).
Segundo Freitas et al (2001) apud em Perusi (2008), a falta de planejamento e o
inadequado manejo do solo, somado ao desmatamento em áreas críticas resultam na perda
funcional e consequentemente facilita a ação dos agentes erosivos, implicando no
assoreamento dos reservatórios hídricos e na redução da sua fertilidade.
O uso e ocupação do solo desordenados ao longo de anos fazem com que o solo
sofra frequentes degradações como as erosões hídricas, sendo este tipo de erosão resultado
de alguns fatores considerados como ativos e passivos. Os fatores ativos são: o escoamento
superficial da chuva, influenciado pela declividade e a capacidade do solo absorver água,
já os fatores passivos são: densidade vegetal e resistência do solo a ação erosiva da água
(BERTONI, NETO, 2005).
Segundo Lepsch, 2002 a erosão superficial, laminar ou em lençol é causada pelo
escoamento superficial difuso.
7
Segundo Oliveira, 2009 citando Favaretto, 2006, o processo de erosão superficial é
causado pelas águas pluviais devido ao impacto da gota de chuva conhecido como efeito
splash, sendo ele o principal causador da desagregação e transporte das partículas de solo.
A partir da erosão superficial combinada a fatores físicos e influenciado pela
declividade ocasionam-se cisalhamentos na superfície do solo que são os percussores dos
pequenos sulcos e ravinas que, quando não efetuadas as práticas conservacionistas,
poderão resultar em grandes voçorocas.
3.4 O relevo e a geração do MNT - Modelo Numérico de Terreno
As informações do relevo são importantes, principalmente com relação às classes
de declividade que indicam a maior ou menor velocidade do escoamento superficial, sendo
as áreas com maiores declividades mais suscetíveis à erosão do que áreas com menores
declividades devido a menor infiltração e maior velocidade das águas em terrenos mais
inclinados.
Para a análise do relevo, os mapas de declividade são de grande importância por
apresentar a distribuição dos diferentes graus de inclinação existentes em um terreno, dessa
forma, expõe um padrão de áreas com maior ou menor suscetibilidade e erosão.
A análise da declividade das vertentes permite mostrar a distribuição das
inclinações das superfícies do relevo, sendo esta característica muito importante na análise
do uso e ocupação do solo da área, bem como o fluxo torrencial de superfície e os
consequentes processos erosivos e arrastamento de material para o curso hídrico da bacia,
dentre outras análises. (MENDONÇA, 1999). Sendo assim, com a carta de declividade é
possível identificar áreas mais suscetíveis ao deslizamento e erosões e as que necessitam
de maiores cuidados para o manejo agrícola.
Os Modelos Numéricos de Terreno - MNT são muito utilizados nos trabalhos
relacionados a geotecnologias, por meio destes dados são feitas análises precisas das áreas
desejadas para o estudo, permitindo o conhecimento do relevo da superfície terrestre e
derivando informações como a declividade, redes de drenagens e até mesmo a exposição
solar. Essas derivações são favoráveis para a identificação de áreas propícias à práticas
conservacionistas, agrícolas e avaliação de riscos de desmoronamentos.
Esses modelos são gerados a partir de técnicas de geoprocessamento que
atualmente estão se tornando cada vez mais comuns nos trabalhos acadêmicos e na
elaboração de planejamentos de uso e ocupação do solo.
8
3.5 Legislações das áreas de preservação permanente – APP
As áreas de preservação – APPs - começaram a ser idealizada em 1934, no governo
de Getúlio Vargas, por iniciativa do poder público, contudo teve pouco sucesso e o
descumprimento foi geral tanto do setor público como da sociedade.
Diante disso, um projeto “novo” do Código Florestal vagou pelo legislativo até
1965, quando o Brasil que vivia sob regime de ditadura militar teve a Lei n°. 4.771/65
(Brasil, 1965) aprovada. Essa lei conhecida como Código Florestal e definida como
rigorosa dispõe sobre os mínimos das chamadas áreas de preservação permanente – APPs
que devem ser respeitadas tanto pelo poder público e o setor privado.
Com as regulamentações da Resolução CONAMA n°. 303/02 (CONAMA, 2002),
as APPs ficaram definidas como áreas “...cobertas ou não por vegetação nativa, com a
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas.”.
No que se refere às APPs, a tabela 2 mostra segundo a Lei n°. 4.771/1965, alterado
pela Lei nº 7.803 de 18 de julho de 1989 (Brasil, 1989), e regulamentadas pela Resolução
CONAMA n°. 303/02.
Tabela 2 : Áreas que segundo a legislação devem ser consideradas para a criação de APPs
e dimensões que estas devem possuir.
Área de Preservação
Permanente
Critérios para Delimitação Extensão da APP
Rios e Cursos d’ água Largura do Rio (m) Largura da faixa marginal
da APP (m)
< 10 30
10 – 50 50
50 – 200 100
Nascentes ou olhos d’
água
APP com raio de 50 m ao redor do ponto
Lagos e Lagoas Localização Largura da faixa marginal
de APP (m)
Área urbana consolidada 30
Área rural, com corpo d’ < 20
há de superfície
50
Área rural, com corpo d’ água
> 20 há de superfície
100
Topos de Morro APPs delimitadas a partir da curva de nível correspondente a
2/3 da altura mínima de elevação em relação a base
Encosta APPs delimitada nas áreas com declividade > 45° na linha de
maior declive
Fonte: CAMPOS, F, F et al. 2010
9
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Área de Estudo: Localização e aspectos gerais da bacia hidrográfica do
Ribeirão da Penha
4.1.1 Localização
A região hidrológica que a bacia do Ribeirão da Penha está inserida é a da bacia do
Mogi-Guaçu, determinada como região N, conforme a figura 1 abaixo, segundo o
Relatório Zero, 1999.
Figura 1. Região Hidrológica de Mogi-Guaçu
Fonte: Relatório Zero da UGRHI-09
A área de estudo é a microbacia do Ribeirão da Penha, sendo uma sub-bacia da
Bacia do Peixe, onde seus divisores de água fazem divisa com as cidades de Serra Negra e
Águas de Lindóia, Amparo e Itapira. O principal rio da microbacia do Ribeirão da penha
foi batizado de Ribeirão da Penha, cortando o município de Itapira, este rio é afluente do
Rio do Peixe, sendo este último o principal rio da Sub-Bacia do Peixe.
10
A bacia do Ribeirão da Penha (figura 2) possui uma área 258,67 km², com quase
todos seus afluentes na área rural. A maior parte da bacia se encontra no município de
Itapira com aproximadamente 160 km² neste município.
Figura 2: Área da bacia hidrográfica do Ribeirão da Penha e seus municípios pertencentes.
A bacia é de fundamental importância para a cidade de Itapira – SP, pois o rio
principal chamado de Ribeirão da Penha é utilizado para a captação de água, existindo
somente um ponto na cidade para atender o município como um todo, sendo exceção
somente seus distritos Eleutério e Barão Ataliba Nogueira. Esse ponto de captação pode ser
localizado na figura 2.
Segundo o censo 2010, Itapira possuía 68.365 habitantes e é abastecido somente
por essa microbacia. O órgão responsável pela captação, tratamento e distribuição de água
é a autarquia SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), o qual possui uma capacidade
de captação de 360l/s, para uma média de consumo urbano de 200 litros por pessoa.
4.1.2 Clima
O tipo climático da bacia do Ribeirão da Penha é o Cwb, um clima mesotérmico
de inverno seco. O índice pluviométrico desse tipo climático varia entre 1300 e 1700 mm.
11
O mês mais seco ainda continua sendo julho, que é, em geral, também o mês mais frio com
temperaturas médias de 16,5ºC. O mês mais chuvoso é de janeiro, atingindo um total de
chuvas de mais de 10 vezes o valor de julho.
Na cidade de Itapira, a análise do climograma (figura 3) com médias pluviométricas
maiores nos meses de dezembro e janeiro ficam próximas de 260 mm e as menores em
julho e agosto com médias menores que 20 mm. As máximas de temperatura se encontram
nos meses de janeiro e fevereiro não ultrapassando 24,2° C e mínimas de 17,8 °C em julho.
Figura 3. Climograma de Itapira – SP com pluviometria de 1941 a 2003 e temperatura de
1941 a 1970. Fonte: DAEE.
A figura 4 mostra o climograma da cidade de Amparo, os meses com maiores
índices de chuva também são de dezembro e janeiro e os menores entre julho e agosto. As
temperaturas médias máximas não ultrapassam 24 ° C em fevereiro e as mínimas não
chegam a 17,4 em julho.
0
100
200
300
400
500
600
0
5
10
15
20
25
30 P mm T° C
meses
Climograma Itapira - SP
12
Figura 4: Climograma de Amparo – SP com pluviometria de 1941 a 2003 e temperatura
de 1941 a 1970. Fonte: DAEE.
Na cidade de Serra Negra, o climograma apresenta índices pluviométricos máximos
e mínimos parecidos com os das cidades de Itapira e Amparo, mas índices de temperatura
máxima e mínima mudam, chegando a 22°,2 em fevereiro e 15°,8 em julho, como mostra a
figura 5.
Figura 5: Climograma de Serra Negra – SP com pluviometria de 1941 a 2003 e
temperatura de 1941 a 1970. Fonte: DAEE.
0
100
200
300
400
500
600
0
5
10
15
20
25
30
P mm T° C
meses
Climograma Amparo - SP
0
100
200
300
400
500
600
0
5
10
15
20
25
30
P mm T° C
meses
Climograma Serra Negra - SP
13
4.1.3 Histórico e economia.
As cidades de Itapira, fundada em 1820 e Amparo, fundada em 1829, são fruto da
exploração de café. Contudo, somente a partir de 1840 essas cidades conheceram o
dinamismo econômico com o ciclo do café brasileiro, estabelecendo nessas áreas grandes
latifúndios com vários fazendeiros que compraram terras das antigas sesmarias ou quando
anexarão as terras de camponeses, através da grilagem.
No início do cultivo de café, praticado por mão de obra escrava, sendo
posteriormente substituída pelo lavrador e o colono em decorrência do fim da escravidão,
houve a monetarização da economia paulista em toda a região Mogiana, beneficiando as
cidades por trazer grandes frutos, com acumulação de capital, começando assim a nascer
uma pequena agroindústria na região e a diversificação de produtos agrícola como o
algodão e a cana-de-açúcar.
É importante mencionar a ferrovia Mogiana que se estendia do sul de Minas Gerais
até a cidade de Campinas, cortando os municípios de Itapira e Amparo.
A cidade de Serra Negra tem um início histórico diferente. Nasceu de uma estância
hidromineral e climática de uma antiga aldeia indígena em 1820. Até hoje, a cidade é
marcada pelo turismo hidromineral e climático, suas altitudes garantem médias baixas
durante o ano e as águas que brotam por toda a região atraem turistas de todas as regiões
dos Estados de São Paulo e Minas Gerais.
A cidade de Itapira possui um diversificado pátio industrial, contando com uma
usina de cana-de-açúcar, fato que explica as imensas áreas de cultivo dessa cultura na
região, um laboratório farmacêutico e indústrias de máquinas agrícolas. As áreas rurais são
cercadas por cana-de-açúcar, milho, feijão, algodão, hortaliças, café e eucaliptos de
reflorestamento. A cidade de Amparo também tem uma diversidade industrial, contando
com um das maiores indústrias brasileira do ramo de produtos de limpeza - Ypê e do ramo
automobilístico - Mercedes e a Magneti Marelli Brasil. A área rural segue o mesmo padrão
da cidade de Itapira. Já cidade de Serra Negra conta com o turismo ecológico e hoteleiro,
possuindo diversos hotéis de alto padrão e uma paisagem invejável.
4.2 Materiais utilizados para a realização do estudo
Para realização deste trabalho foram utilizados:
Carta Topográfica IBGE (1969) escala 1: 50.000. Folha SF.23-Y-A- VI- 11 -
Amparo –SP;
Carta Topográfica IBGE (1969) escala 1: 50.000. FolhaSF-23-Y-A-III- 2 -Socorro;
14
Carta Topográfica IBGE (1969) escala 1: 50.000. Folha SF-23-Y-A-III-3 Mogi -
Guaçu– SP
Carta Topográfica IBGE (1969) escala 1: 50.000. Folha SF-23-Y-A-III- 4 – Águas
de Lindóia – SP;
Imagem ASTER GDEM resolução espacial 30m x 30m. Fuso 23;
Imagem adquirida do satélite Geo-Eye, de 02/09/2011, resolução espacial de
1,65x1,65 metros no sensor multiespectral, resolução temporal menor de 3 (três)
dias.
Shape com os limites municipais do Estado de São Paulo (2005) fornecidos pelo
IBGE;
Imagens de satélite LISSIII, bandas 2, 3 e 4 pixel de 23,5m data 30/09/2012;
Software ARCGIS 10.1
4.3 Métodos
4.3.1 Projeção Geográfica
Todos os materiais utilizados foram convertidos para a projeção Universal
Transverso Mercato (UTM) fuso 23, DATUM WGS 1984.
4.3.2 MNT – Modelo Numérico de Terreno
Para análise do relevo da bacia do Ribeirão da Penha gerou-se um MNT através das
imagens de satélite ASTER-GDEM resolução 30m x 30m fornecidas gratuitamente pelo
site da USGS (Science for a changing Word), “essa imagem é uma informação altimétrica
derivada do instrumento estéreo ao longo da órbita do sensor ASTER, que adquire imagens
no infravermelho próximo (0,78 a 0,86 Micrometros), nas bandas 3 N (Nadir) e 3 B
(Back), as quais permitem gerar por processo digital de autocorrelação entre os 2 canais,
um MNT relativo sem pontos de controle, ou um MNT calibrado com pontos de controle
de apoio.” (ENGESAT, 2010).
A fim de obter maiores detalhes do relevo, aplicou-se na imagem ASTER-GDEM a
interpolação por Krigagem. Segundo CHERREM, (2009), em estudo da interpolação com
imagens STRM descreve que a interpolação por krigagem suaviza o relevo, excluindo os
valores extremos (picos e talvegues) que representam feições importantes da morfologia,
especialmente quando tratam-se de áreas com relevo movimentado. Em contrapartida,
mantém os atributos necessários para a derivação das variáveis (ou informações)
geomorfológicas, o que confere a esse tipo de interpolação resultados compatível com as
necessidades de estudos geomorfológicos de escala regional, melhorando a resolução
15
espacial dos dados e mantendo sua qualidade topológica para derivação de variáveis
geomorfológicas.
Ainda CHERREM, (2009), em estudo utilizando o método geoestatístico aplicado
– krigagem – em imagens SRTM de resolução 90 m x 90 m, transformando-as para
resolução de 30m x 30m, concluiu que este método confere maior confiabilidade aos
dados para que seja usado em análises morfológicas qualitativas e quantitativas
(morfométricas) de bacias hidrográficas em escala de maior detalhe – especialmente para
as escalas cartográficas 1:50.000 e 1:100.000, assim ele continua, a krigagem é um método
geoestatístico, o qual, quando aplicado a dados altimétricos, possibilita a conservação das
características primárias (altimetria) e secundárias (declividade, aspecto e comprimento de
vertente do relevo), isto é, o método possibilita a conservação da morfologia.
O método de krigagem para imagem ASTER 30 m x 30 m foi o de aplicação do
modelo ordinário gaussiano, onde esse utiliza médias locais ou tendências locais estimadas
a partir dos elementos amostrais vizinhos, ao invés de uma única média estacionária, como
o faz um algoritmo de interpolação simples. O procedimento foi feito por meio da
ferramenta Spatial Analyst Tool – Interpolation – Kriging, tendo a resolução da imagem
ASTER aumentada para 10 m X 10 m.
Com a nova imagem ASTER 10 m X 10 m e o software ARCGIS 10.1 extraiu as
isolinhas com equidistâncias de 10 m, gerando uma TIN (Triangular Irregular Network), ou
seja, uma Grade Triangular Irregular através da ferramenta 3D Analyst Tool – TIN
Management – Create TIN com o método Delaunay.
4.3.3 Delimitação da área da bacia hidrográfica
Para a delimitação da área da bacia do Ribeirão da Penha escolheu como exutório o
ponto de captação de água para o abastecimento da cidade de Itapira – SP, localizado na
latitude 22°26’18’’ O e longitude 46°49’9’’ S, utilizando MNT criado anteriormente e os
processos da ferramenta Spatial Analyst Tools – Hydrology – Watershed delimitou a bacia
automaticamente.
4.3.4 Digitalização e atualização do Ribeirão da Penha e seus afluentes.
Utilizando o software ARCGIS 101.1 e as imagens Geo-Eye, de 02/09/2011,
resolução espacial de 1,65 x 1,65 metros junto com as cartas topográficas do IBGE (1969)
escala 1: 50.000 georreferenciadas foram atualizados os cursos dos córregos pertencentes à
16
bacia do Ribeirão da Penha. De maneira associada, usando as cartas topográficas para as
áreas de cobertura vegetal, onde não se sabia os traçados dos córregos, foi possível
melhorar a qualidade dos traçados dos rios encontrados nas cartas topográficas do IBGE
(1969) com a alta resolução fornecida pelas imagens do satélite Geo-Eye.
4.3.5 Declividade
Para a análise da capacidade do uso da terra de uma determinada bacia é necessário
dados que permitam mostrar a distribuição das inclinações das superfícies de relevo. Como
salienta Santos (2004), a declividade permite inferir informações como as formas da
paisagem, erosão, as potencialidades para o uso agrícola, as restrições para ocupação
urbana e as práticas conservacionistas. Para a realização do mapa de declividades foram
usados os dados de hiposmetria gerados no MNT descritos anteriormente, por meio da
ferramenta do ARCGIS 10.1 Spatial Analyst Tools – Surface – Slope.
Utilizou-se os percentuais descritos por Lepsch et al., (1991), separados em 7
classes, como mostra a tabela 3, onde se realizou um fatiamento de cada percentual
especifico.
Tabela 3: Classes de declividade do solo
Classes Declividade %
A 0 – 2 %
B 2 – 5 %
C 5 – 10 %
D 10 – 15 %
E 15 – 45 %
F 45 – 70 %
G > 70 %
Fonte: Lepsch et al., (1991)
4.3.6 Uso e ocupação
O mapa de uso e ocupação foi realizado utilizando as imagens do satélite LISSIII,
bandas 2, 3 e 4 pixel de 23,5m data 30/09/2012 com o ARCGIS 10.1, foi realizado uma
composição falsa cor RGB e pela ferramenta do mesmo software a Spatial Analyst Tools –
Multivariate – Iso Cluster foi feita uma classificação não supervisionada.
17
“As classificações não supervisionadas não utilizam fases de treino para a
classificação de imagem. Esta família de classificadores compreende algoritmos que
examinam os pixels que posteriormente, os agregam num determinado numero de classes,
baseados nos agrupamentos naturais (clusters) existentes na imagem” (Rocha e Tenedorio,
2005, pag. 128 citado por Monteiro, 2011).
Gerou-se um mapa com 6 clusters, com 20 interações, ou seja, em que para cada
interação, calculada a media mais próxima ao longo de uma linha diagonal, num espaço de
amostra (Monteiro, 2011).
4.3.7 Geração de APPS
As Áreas de Preservação Permanente (APPs) são áreas definidas pelo Código
Florestal Brasileiro de 1965 - Lei 4.771/65 (BRASIL, 2008) e nas Resoluções CONAMA
nos 302 e 303 de 2002 (CONAMA, 2009), visando à proteção do meio ambiente. A função
dessas áreas é de “preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das
populações humanas” (BRASIL, 2008).
Para este trabalho, utilizou as determinações mínimas do Código Florestal
Brasileiro e as resoluções do CONAMA n° 302 e 303, determinando as áreas conforme a
tabela 4.
Tabela 4: Determinações mínimas estabelecidas para áreas de APPs.
Nascente e Rios com até 10 m de largura 30 m
Olhos d’ de água 50 m
Lagos e represas 50 m
Declividade > 45°
As APPS foram geradas a partir de Buffers no software ARCGIS 10.1.
4.3.8 Suscetibilidade de erosão do solo
A geração do mapa de suscetibilidade de erosão foi feito pelo cruzamento dos
mapas de cobertura vegetal, solo e declividade. A ferramenta utilizada foi a Weighted
overlay table do ARCGIS 10.1.
Essa ferramenta consiste em cruzar dados de acordo com a influência e os pesos de
importância para cada dado estabelecidos pelo especialista.
18
Os pesos foram distribuídos numa escala que varia de 1 a 10 e o nível de influência
de 0 a 100 %.
Os pesos e as influências distribuídas podem ser visualizados na tabela 5 abaixo.
Tabela 5: Índices estabelecidos para geração de mapa de suscetibilidade de erosão do solo
Mapas raster Tipo Peso Influência %
Cobertura Vegetal
Vegetação 2
30
Culturas temporárias 4
Pasto 3
Solo exposto 8
Área úmida 1
Solo
Latossolo 3
30 Argissolo 6
Declividade
0 -2 % 1
40
2 -5 % 2
5 – 10 % 3
10 – 15% 4
15 – 45 % 6
45 -70 % 7
70 – 100 % 8
5. RESULTADOS
5.1 O Uso e ocupação do solo
Através da metodologia adotada foi gerado um mapa com 5 (cinco) tipos de uso,
ou seja, classes de uso. Devido a sua enorme extensão e o pouco conhecimento da vasta
área, foram identificadas as classes de acordo com as principais atividades econômicas dos
municípios que abrangem a bacia. A tabela 6 abaixo mostra as classes de uso da bacia
hidrográfica e suas respectivas áreas.
19
Tabela 6. Classes de uso do solo da bacia hidrográfica do Ribeirão da Penha
Uso do solo atual Área Km²
Área úmida 30,28
Vegetação 49,32
Culturas temporárias 46,34
Solo exposto 88,34
Pasto 43,66
A bacia é ocupada por diversas atividades agrícolas, nessas áreas estão inseridas
chácaras de recreio, sítios de pequenas, médias e grandes fazendas.
Os resultados do mapeamento foram genéricos e apresentaram problemas devido ao
porte e umidade diferenciada das vegetações mapeadas. A vegetação que representa 49,32
km² da área da bacia também tem agregado ao seu grupo a cultura do café, eucalipto e
mata nativa, pois não foi possível fazer uma separação eficiente dessas culturas com o
cruzamento das bandas.
As culturas temporárias são representadas pela cana-de-açúcar, milho, tomate e
hortaliças cultivadas na região, representando 46,34 km² da área da bacia. O pasto foi a
área de melhor identificação e resposta espectral e agrupamento.
Ocupando quase 88 km² da bacia as áreas de solo exposto, representam a maior
parcela das classes estabelecidas, e esta está relacionada ao preparo do solo para a entrada
de uma cultura temporária. As áreas úmidas correspondem a objetos identificados como
lagos e as áreas de várzeas dos rios. Os resultados espaciais podem ser verificados na
figura 6 abaixo.
20
Figura 6. Uso e ocupação do solo da bacia hidrográfica do Ribeirão da Penha.
21
5.2 As APPs
A bacia do Ribeirão da Penha possui uma área de 258,67 km², sendo que 48,84 km²
devem estar protegidos por se tratar de Áreas de Preservação Permanente – APPs
conforme a metodologia estabelecida para determinar essas áreas pelos buffers, como
mostra a tabela 7 abaixo.
Assim, verifica-se que a principal área que deveria conter as APPs são os afluentes
do Ribeirão da Penha, com 31,45 km², já a segunda área onde as APPs são necessárias são
os lagos e represas rurais encontrados na bacia. Os olhos d’ água necessitam de uma área
de 5,59 km², enquanto o Ribeirão da Penha é o que menos necessita das APPS, com apenas
2,46 km² de vegetação.
Tabela 7: Área de Preservação Permanente necessária para a bacia do Ribeirão da Penha.
APPs/Buffers Área necessária/ km2
Nascentes 30 m 31,45
Olhos d’ água 50 m 5,59
Lagos e represas rurais 50 m 7,7
Ribeirão da Penha 30 m 2,46
Total 48,84
A figura 7 ilustra como deveria estar composta a bacia do Ribeirão da Penha,
segundo os critérios mínimos adotados pela legislação atual.
22
Figura 7: Áreas de preservação permanente que deveriam compor a bacia hidrográfica do Ribeirão da Penha.
23
Com o cruzamento do mapa de uso e ocupação, selecionando a classe da área
florestada e as áreas dos buffers gerados através da ferramenta Overlay foi possível
verificar a atual situação das APPs na bacia, como mostra a tabela 8 abaixo.
Tabela 8: Legislação x Realidade
APPs/Buffers Área necessária/
km2
Área ocupada com
APPs/Km²
Nascentes 30 m 31,45 6,10
Buffer: Olhos d’ água 50 m 5,59 0,94
Lagos rurais 50 m 7,70 0,55
Ribeirão da Penha 30 m 2,46 0,42
Total 47,2 8,01
Conforme se observa na tabela 8, a situação legal da bacia do Ribeirão da Penha é
crítica, com apenas 16,9 % de APPs, sendo que a situação das nascentes é a mais grave,
com apenas 6,1 km² dos 31,45 Km² necessários para preservação dos recursos hídricos. O
rio principal também se mostra em estado crítico, com apenas 17 % de cobertura vegetal,
também sendo preocupante os olhos d’ água, pois a preservação destes deve ser prioritária
devido a sua importância para a produção de água para a bacia, mas no caso possui apenas
0,94 Km² dos 5,59km² necessários.
A figura 8 abaixo mostra também a atual área ocupada por florestas, com base no
Código Florestal (Lei Federal n° 4.771/65) e a Resolução do CONAMA n° 302 e 303. É
possível perceber a carência do município nas áreas mínimas a serem respeitadas pela
legislação atual, sendo necessária maior atenção do setor público responsável pela
fiscalização.
O Ribeirão da Penha e seus afluentes são fontes de abastecimento do município de
Itapira e merecem atenção especial na preservação desse manancial tão importante, e essa
proteção transcende a fronteira política administrativa do município, tendo Itapira que
contar com a contribuição das cidades de Amparo – SP e Serra Negra – SP para garantir
sua integridade.
É fato que a preservação dos mananciais garante maior produtividade e qualidade
dos recursos hídricos e todos saem ganhando economicamente com isso, visto que a área
da bacia do Ribeirão da Penha é uma área com intensa atividade agrícola, sendo o produtor
24
dependente dos recursos hídricos e a mata ciliar a responsável em garantir qualidade e
produtividade os rios. A área urbana também ganha, como constatado em entrevistas no
SAAE de Itapira – SP, o município eleva os custos com o tratamento de água no verão,
pois a água neste período do ano apresenta maior turbidez devido às intensas chuvas e o
carregamento de partículas sólidas para os cursos d’ água. Com uma mata ciliar
preservada, essas partículas em sua maioria são retidas, com consequente menor custo para
o tratamento de água.
25
Figura 8. Área ocupada por vegetação permanente na bacia hidrográfica do Ribeirão da Penha.
26
5.3 Declividade do solo
O mapa de declividade gerado a partir do MNT descrito na metodologia foi
estabelecido com os percentuais descritos por Lepsch et al., (1991), separados em 7
classes. Essas classes e sua totalidade pertencente a bacia podem ser visualizadas na tabela
9 abaixo.
Tabela 9. Classes de declividade determinadas na bacia hidrográfica do Ribeirão da Penha
Declividade
%
Área em Km²
0 – 2 % 59,94
2 – 5 % 7,5
5 – 10 % 34,15
10 – 15 % 50,34
15 – 45 % 102,06
45 – 70 % 4,40
> 70 % 0,24
A bacia tem sua maior porção entre as declividades 15 - 45 %, o que é considerado
acidentado, segundo Lepch et al., 1991, nessas áreas somente as máquinas agrícolas
especiais ou mais leves podem ser usadas contudo ainda apresenta grande dificuldade.
As áreas entre 0 – 2 % de declividade são áreas que não apresentam problemas
com erosão devido a suavidade do relevo, onde o escoamento superficial é muito lento ou
lento. O declive do terreno não oferece nenhuma dificuldade ao uso de máquinas agrícolas,
entretanto, geralmente essas áreas estão situadas próximas aos rios e sofrem alagamentos
periódicos, pois são em sua maioria áreas de várzea.
As classes de 2 – 5 % e 5 – 10 % são áreas que, segundo Lepch et al., 1991 não
possuem problemas com a entrada de máquinas pesadas e podem ter seus problemas de
erosão controlados com práticas simples de contenção do escoamento superficial como,
por exemplo, as curvas de nível.
A declividade entre 45 – 70 % da bacia corresponde a 4,4 km² da bacia, essa classe
de declividade possui grande inclinação e o escoamento é muito rápido sendo uma área
suscetível a erosão e praticamente nenhum tipo de máquina agrícola consegue trabalhar.
As áreas com declividade superior a 70 % são geralmente áreas onde os solos são
rasos ou pouco desenvolvidos como o neossolo, estão associados a relevos escarpados e
exposições de rochas.
A figura 9 é possível identificar as áreas da bacia com maior ou menor declividade.
27
Figura 9: Classes de declividade da bacia hidrográfica do Ribeirão da Penha.
28
Analisando a figura, é possível verificar que as maiores declividades estão a
sudeste da bacia, próximo a montante da Ribeirão da Penha, na área que corresponde ao
município de Serra Negra – SP, sendo essa área a mais crítica merecendo maior atenção
dos órgãos públicos com relação á ocupação e responsabilidades do produtor rural com os
recursos naturais.
5.4 Mapa de solos
O mapa de solos foi retirado a partir do projeto Biota da FAPESP que se encontra
em CD-ROM e disponível para downloads, apresentando escala de 1:250.000. Assim, os
solos da bacia hidrográfica, como pode ser verificado na figura 10, estão divididos em duas
grandes classes que são os latossolos vermelhos - amarelos e os argissolos – vermelho
amarelo. Como pode ser observado, existe a predominância dos argissolos na bacia com a
concentração na margem e direita do rio.
Figura 10: Mapa pedológico da bacia hidrográfica do Ribeirão da Penha
29
O argissolo por sua natureza é um solo extremamente frágil, pois o seu perfil
necessita de uma cobertura vegetal integral para preservação, visto que a partir que ocorre
a supressão da vegetação, esses solos ficam altamente vulneráveis à erosão devido a sua
morfologia que apresenta nas camadas mais profundas: um horizonte de textura argilosa Bt
que se satura rapidamente e se torna uma área impermeabilizada, favorecendo, desta
forma, o processo de erosão de suas camadas superiores A e E, sendo esta última arenosa.
Já os latossolos são mais resistentes à erosão devido às suas características físicas
de boa permeabilidade e porosidade quando em condições naturais ou quando bem
manejados.
5.5 Suscetibilidade a erosão
O mapa de suscetibilidade a erosão elaborado de acordo com os critérios descritos
na metodologia pode ser visualizado na figura 11 abaixo.
É possível verificar que a porção norte da bacia do Ribeirão da Penha, que
corresponde ao município de Itapira – SP, é uma área de destaque com relação à alta e
muito alta suscetibilidade a erosão, essa situação pode ser associada a presença do
argissolo e as práticas intensas de agricultura nessa localidade. Sendo assim, essa área
necessita de práticas avançadas de preservação do solo.
A porção sudeste, próxima às localidades de Serra Negra, possui alta
suscetibilidade a erosão que está associada à presença dos argissolos e a alta declividade
nesta região estando a área sujeita a um rápido escoamento superficial, necessitando dessa
forma de uma proteção por coberturas vegetais como o reflorestamento e a preservação
com matas permanentes.
A porção oeste da bacia é onde existe a predominância da latossolo, esse, como já
descrito anteriormente, é mais resistente à erosão. Essa área possui os limites territoriais
nos municípios de Itapira –SP e Amparo – SP e possuem declividades entre 5 – 15 %,
sendo áreas onde máquinas agrícolas podem trabalhar com maior facilidade e onde a
pequenas técnicas de contenção de erosão são eficientes.
30
Figura 11: Mapa de suscetibilidade a erosão da bacia hidrográfica do Ribeirão da Penha
31
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso dos dados digitais como as imagens de satélites e os softwares para
integração dos dados georreferenciados se mostrou eficiente para analisar uma bacia
hidrográfica de médio porte, dando suporte para o reconhecimento de áreas que necessitam
de um planejamento integrado entre os órgãos públicos municipais. Considerando que a
maior parte do trabalho foi feito com dados que podem ser adquiridos gratuitamente, esse
tipo de análise se torna eficiente e barata.
Com relação aos resultados obtidos, esses se mostraram satisfatórios, pois
permitiram reconhecer as principais limitações da bacia hidrográfica com relação à erosão
e ao descumprimento da legislação na manutenção das áreas de preservação permanente. É
importante salientar que os estudos podem ainda serem aprofundados, pois a dinâmica de
uso e ocupação temporal não foi analisada de forma detalhada, cabendo um trabalho mais
apurado para identificar as demais práticas agrícolas durante outros períodos do ano e uma
divisão em cluster mais apurada com trabalhos de campo.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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