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Escola EB 2,3 André Soares - BragaEscola EB 2,3 André Soares - Braga
Formação CívicaFormação Cívica(Turma K do 5.º ano)(Turma K do 5.º ano)
Filipa Beatriz Ramos Torres (n.º 7)Filipa Beatriz Ramos Torres (n.º 7)
Isabel Carina R. V. Oliveira (n.º 11)Isabel Carina R. V. Oliveira (n.º 11)
Braga / Novembro 2008Braga / Novembro 2008
Nascido em 1950, Amares, Braga.Formou-se em Letras na Universidade do Porto,passando a leccionar em Lisboa a partir de 1993.
Nos últimos anos, reuniu quase toda a sua poesia no volume “A Imposição das Mãos” (1999) e parte da sua actividade crítica em “A Sétima Face do Dado” (2000).
No domínio da ficção publicou, entre outros, os livros:
Chão de Víboras (1982)
O Navio de Fogo (1993)
A Biblioteca de Alexandria (2001)
Está representado nas seguintes antologias:
Antologia do Conto Português Contemporâneo (Lisboa, 1984);
A Imagem de Marrocos/Relatos Portugueses de Viagens (Fez, 1998);
Antologia da Poesia Portuguesa Contemporânea (Rio de Janeiro, 1999);
Vozes Poéticas da Lusofonia (Lisboa, 1999); Antologia da Ficção Portuguesa
Contemporânea (Budapeste, 2000); Antología del Cuento Portugués del Siglo
XX (México, 2001).
Está traduzido para castelhano, francês e búlgaro, línguas em que acaba de ser publicada uma antologia poética — Peregrinação ao Sul (Sófia, 2004).
Autor de doze títulos (poesia, narrativa, teatro) no domínio da literatura infantil e juvenil,
Editou “As Palavras São Como as Cerejas” (2001), experiência criativa levada a cabo no âmbito de um Projecto de Oficinas de Escrita.
Escreveu sobre livros no Diário de Lisboa, revista África, Jornal de Notícias e semanário Expresso.
Integrou o júri dos principais prémios literários portugueses (APE, PEN Club, Eixo-Atântico, Correntes d’Escritas, etc.).
Depois de Cidade Irreal e Outros Poemas (1999/ 2.ª edição, 2003), publicou O Voo da Serpente (2001), Coágulos (2002) e Crescente Branco (2004), também de poesia.
A um grego foi possível Outrora sonhar divinamente as águas
de outro rio Esse rio é homem de Heráclito
Ainda em sonho ignora Quão diferente sobre si mesmo corre
o rio agora é noite E o grego as naturezas escuta
Em toda a parte enquanto Pensa o fogo harmonioso do passado
O que na cinza se escreveu Perdido foi Éfeso
De astros coroada Pelos aterros que a despojada lua
Insinuou até o fim Sob outros sóis esfria perdida
Essa cabaça Que à terra fatigada o corpo prende ainda
Os panos que sustentam Há muito que ignoravam o terros dessa paixão
A Poseidon o escrutínio das partes De estrela a estrela
Brilha agora no peito a enorme solidão Sobre o abismo um só momento trai
Ó lírio amado
De astros coroada Pelos aterros que a despojada lua
Insinuou até o fim Sob outros sóis esfria perdida
Essa cabaça Que à terra fatigada o corpo prende ainda
Os panos que sustentam Há muito que ignoravam o terros dessa paixão
A Poseidon o escrutínio das partes De estrela a estrela
Brilha agora no peito a enorme solidão Sobre o abismo um só momento trai
Ó lírio amado
A revolução das letras
Livros dos desejos Pára-me de repente
Crescente Branco O saco das mentiras
Papéis de fumar A biblioteca de Alexandria
Os livros dos outros O circo de papel
O peixinho Folha-de-Água
A pulga atrás da orelha
Para não quebrar o encanto
Para chegar a uma estrela
Do alto do cavalo azul
A semana dos nove dias
Filipa Beatriz Ramos Torres & Isabel Carina R. V. OliveiraFilipa Beatriz Ramos Torres & Isabel Carina R. V. Oliveira