Viveiro e Producao de Mudas

ISSN 1517 - 5111

Outubro, 2005 147Cerrados

Ministrio da Agricultura,Pecuria e Abastecimento

Ministrio da Agricultura,Pecuria e Abastecimento

Viveiro e Produo de

Mudas de Algumas

Espcies Arbreas

Nativas do Cerrado

CG

PE 7

294

Documentos 147

Planaltina, DF2005

ISSN 1517-5111

Outubro, 2005Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaEmbrapa CerradosMinistrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

Viveiro e Produo deMudas de AlgumasEspcies Arbreas Nativasdo Cerrado

Maria Cristina de OliveiraDjalma Jos de Sousa PereiraJos Felipe Ribeiro

Exemplares desta publicao podem ser adquiridos na:

Embrapa CerradosBR 020, Km 18, Rod. Braslia/FortalezaCaixa Postal 08223CEP 73310-970 Planaltina, DFFone: (61) 3388-9898Fax: (61) 3388-9879http://[email protected]

Comit de Publicaes

Presidente: Jos de Ribamar N. dos AnjosSecretria-Executiva: Maria Edilva Nogueira

Superviso editorial: Maria Helena Gonalves TeixeiraReviso de texto: Maria Helena Gonalves TeixeiraNormalizao bibliogrfica: Marilaine Schaum PelufCapa: Leila Sandra Gomes AlencarFotos da capa: Maria Cristina de OliveiraEditorao eletrnica: Wellington CavalcantiImpresso e acabamento: Divino Batista de Souza

Jaime Arbus Carneiro

1a edio1a impresso (2005): tiragem 100 exemplares

Todos os direitos reservados.A reproduo no-autorizada desta publicao, no todo ou emparte, constitui violao dos direitos autorais (Lei n 9.610).

Oliveira, Maria Cristina de.

Viveiro e produo de mudas de algumas espcies arbreas nativasdo Cerrado / Maria Cristina de Oliveira, Djalma Jos de Sousa Pereira,Jos Felipe Ribeiro. Planaltina, DF : Embrapa Cerrados, 2005.

76 p. (Documentos / Embrapa Cerrados, ISSN 1517-5111 ; 147)

1. rvore. 2. Cerrado. 3. Planta nativa. 4. Viveiro florestal. I.Pereira, Djalma Jos de Sousa. II. Ribeiro, Jos Felipe.III. Ttulo. IV. Srie.

634.9 - CDD 21

O48v

Embrapa 2005

CIP-Brasil. Catalogao na publicao.Embrapa Cerrados.

Maria Cristina de OliveiraConsultora MMA/DEA, M.Sc., BotnicaPrograma Vamos Cuidar do Brasil - Bioma Cerrado(MMA/DEA) e Projeto Conservao e Manejo daBiodiversidade do Bioma Cerrado (CMBBC/EmbrapaCerrados)[email protected]

Djalma Jos de Sousa PereiraTc. Agrc., ViveiristaProjeto Conservao e Manejo da Biodiversidade doBioma Cerrado CMBBC/Embrapa Cerrados

Jos Felipe RibeiroPesquisador da Embrapa [email protected]

Autores

Este Documento foi um dos produtos do Projeto de Cooperao UNESCO/Ministrio do Meio Ambiente: 914BRA2047 Educao Ambiental - PNEA. Asopinies aqui expressadas so de responsabilidade dos autores e no refletemnecessariamente a viso da UNESCO sobre o assunto.

Agradecimento

Os autores agradecem ao apoio financeiro do Department for InternationalDevelopment - DFID do Governo Britnico, Ministrio do Meio Ambiente/DEA/UNESCO e da Embrapa Cerrados durante a execuo deste estudo, uma dasaes do projeto Conservao e Manejo da Biodiversidade do Bioma Cerrado(CMBBC).

Os autores

Apresentao

Este documento sobre Viveiro e Produo de Mudas de Algumas EspciesArbreas Nativas do Bioma Cerrado um dos produtos da parceria entreEmbrapa Cerrados: Projeto Conservao e Manejo da Biodiversidade do BiomaCerrado e o Ministrio do Meio Ambiente: Diretoria de Educao Ambiental pormeio do Programa Vamos Cuidar do Brasil - Bioma Cerrado.

As informaes aqui disponveis visam facilitar o entendimento principalmente dealunos e de professores do Ensino Fundamental e do Ensino Mdio, membros decomunidades e associaes rurais, pequenos agricultores e outros, em questesfundamentais sobre viveiros e produo de mudas de algumas espcies nativasdo Cerrado. De maneira geral, esta publicao destinada queles que,recebendo as informaes, possam estimular a capacitao recproca do grupocom a finalidade de melhor cuidar do ambiente Cerrado.

Quando construdos em escolas, os viveiros, alm da produo de mudas pararecuperao dos diferentes tipos de vegetao, so instrumentos de aulasprticas produtivas, criativas e reflexivas junto natureza que permitem aosprofessores e alunos construrem juntos seus conhecimentos nas diversas reas.

Os dados disponveis neste documento tratam da construo e da manutenode viveiros, da coleta e da germinao de sementes e, finalmente, da preparaodo substrato e produo de mudas de espcies nativas para mais de 20 espcieslenhosas nativas de diferentes ambientes do Bioma Cerrado.

Roberto Teixeira AlvesChefe-Geral da Embrapa Cerrados

Sumrio

Introduo .................................................................................. 11Tipos de Viveiro ........................................................................... 12Estabelecimento do Viveiro ............................................................ 13

Escolha do local ....................................................................... 13Preparo do local ...................................................................... 14Drenagem .............................................................................. 14Construo dos canteiros .......................................................... 14Substrato ............................................................................... 16Recipientes ............................................................................. 17Enchimento dos recipientes........................................................ 17Posicionamento dos recipientes no canteiro .................................. 18

Formao das Mudas .................................................................... 18Coleta das sementes ................................................................ 18Retirada das sementes (beneficiamento) ...................................... 20Tipos de Semeadura ................................................................. 22Construo da sementeira ......................................................... 24

Distribuio das sementes na sementeira ................................. 24Transferncia das mudas para os recipientes definitivos .................. 25

Cuidados com as Mudas no Viveiro .................................................. 26Rega ..................................................................................... 26Limpeza do viveiro e dos recipientes ............................................ 26

Adubao das mudas ............................................................... 26Controle de doenas, pragas e ervas daninhas ............................... 27Dana ou moveo .................................................................. 27

Tempo de Permanncia da Muda no Viveiro ...................................... 28Tamanho da Muda para ser Transferida para o Campo ........................ 28

Endurecimento ou Rustificao ................................................... 28Seleo das Mudas para Plantio no Campo ....................................... 29Sugestes sobre Produo de

Mudas para 23 Espcies Nativas do Cerrado ................................. 30Angico-branco e Angico-preto ........................................................ 31Araticum .................................................................................... 33Aroeira ...................................................................................... 35Bacupari-do-cerrado ..................................................................... 37Blsamo ..................................................................................... 39Barbatimo ................................................................................. 41Baru .......................................................................................... 43Buriti ......................................................................................... 45Cagaita ...................................................................................... 47Copororoca ou Pororoca ................................................................ 49Gonalo-alves.............................................................................. 51Jatob-da-mata ........................................................................... 53Jussara ...................................................................................... 55Landim ....................................................................................... 57Mama-cadela .............................................................................. 59Mangaba .................................................................................... 61Pau-dleo .................................................................................. 63Pau-pombo ................................................................................. 65Pequi ......................................................................................... 67Pinha-do-brejo ............................................................................. 69Tamboril-da-mata ......................................................................... 71Vinhtico .................................................................................... 73Referncias................................................................................. 74

Viveiro e Produo deMudas de AlgumasEspcies Arbreas Nativasdo Cerrado

Maria Cristina de OliveiraDjalma Jos de Sousa PereiraJos Felipe Ribeiro

Introduo

A demanda por mudas de espcies nativas do Bioma Cerrado tem crescidobastante nos ltimos anos. Entretanto, pela falta de conhecimento de comoproduzi-las ou pela simples indisponibilidade de sementes, s vezes, muitodifcil encontr-las nos viveiros comerciais j existentes. Recentemente foi criadaa Rede de Sementes do Cerrado (www.sementesdocerrado.bio.br) para facilitar ointercmbio de informaes sobre a disponibilidade de sementes em diferenteslocais do Bioma Cerrado.

Antes de se iniciar a produo de mudas, o planejamento das atividades fundamental. No planejamento, devem participar os principais interessados daescola, da comunidade ou da associao local. Para isso, as pessoas envolvidasdevem levantar sugestes e idias para a discusso sobre produo de mudas,considerando as tarefas e as aes envolvidas e tambm quando e quem irrealiz-las. Nesse caso, tcnicas de planejamento estratgico so fundamentaispara que o objetivo final seja atingido.

As principais tarefas/aes para a construo do viveiro, a coleta e obeneficiamento das sementes e a produo de mudas sero abordadas aqui paraajudar os interessados. Com essas informaes, os usurios sero responsveispor adequ-las s diferentes realidades locais.

12 Viveiro e Produo de Mudas de Algumas Espcies ...

Este texto foi elaborado com base em material j publicado sobre o assunto etambm em experincia pessoal de diversos membros da equipe do projetoCMBBC com a produo de mudas de espcies nativas do Bioma Cerrado.

Tipos de Viveiro

VIVEIRO o ambiente/lugar onde as mudas so produzidas e cuidadas. neleque elas vo ficar at adquirir idade recomendada e tamanho suficiente para quepossam ser levadas ao local definitivo onde sero plantadas.

Dois tipos de viveiros podem ser destacados:

Viveiros temporrios ou provisrios - so aqueles cuja durao limitada,destinados produo de poucas mudas a uma rea determinada. Esse tipo deviveiro pode ser construdo utilizando a sombra de uma rvore frondosa nofundo do quintal (Figura 1).

Figura 1. Viveiro temporrio utilizando a sombra

de uma rvore na propriedade da dona Giovanda

em Damianpolis, GO.

Viveiros permanentes ou fixos - so aqueles construdos para durar um tempomais longo e para produo de mudas em quantidades maiores, principalmente,visando comercializao. Como essas instalaes necessitam de materialresistente, os gastos para sua construo so bem maiores do que os do viveirotemporrio (Figura 2).

13Viveiro e Produo de Mudas de Algumas Espcies ...

Figura 2. Viveiro permanente construdo na

Embrapa Cerrados, Planaltina, DF.

Estabelecimento do Viveiro

Escolha do localA construo do viveiro deve ser definida depois da anlise cuidadosa dediferentes aspectos do ambiente. De preferncia, o usurio dessas informaesdeve considerar um local com as seguintes caractersticas:

O viveiro deve estar orientado no seu maior comprimento, no sentido do Solnascente para o poente (leste-oeste).

O solo deve oferecer boa drenagem, evitando solos pedregosos.

O terreno deve ser levemente inclinado, a fim de evitar o acmulo de gua.

O viveiro dever estar localizado o mais prximo possvel do local onde asmudas sero plantadas.

O local deve estar prximo de uma fonte de gua limpa e permanente,suficiente para irrigao em qualquer poca do ano.

Finalmente, o local deve ser cercado para impedir a entrada de animais eprotegido dos ventos com cerca-viva e quebra-ventos.


Preparo do localA limpeza do local onde ser construdo o viveiro muito importante. Para isso,devem ser retirados: mato, razes, tocos, pedras e qualquer material que possaatrapalhar o bom andamento dos trabalhos.

DrenagemEste procedimento, em viveiros temporrios, nem sempre necessrio, mas emviveiros permanentes, com irrigao artificial, importante a construo de valasde drenagem no piso do viveiro, distanciadas umas das outras a cada 3 m.Essas valas podem ser preenchidas com material de tamanhos diferentes comobrita, cascalho, pedaos de tijolo, telhas , de forma a permitir a absoro doexcesso da gua. Na Figura 3, possvel visualizar o tamanho e a distnciasugeridos para essas valas.

Quando a drenagem deficiente, em alguns casos, com o passar dos anos, area do viveiro pode ficar muito mida. Nesse caso, recomenda-se cobrir todo opiso do viveiro com uma camada de brita ou areia grossa para ajudar naabsoro do excesso da gua.

Figura 3. Ilustrao mostrando a distncia e o tamanho de valas de

drenagem no piso do viveiro.

Construo dos canteirosCanteiro o local onde sero colocados os recipientes (sacos plsticos, tubetes,garrafas PET e outros) com as mudas.

Quando as mudas so feitas em recipientes maiores, como os sacos plsticos, oscanteiros devem ter 1 m de largura, com um comprimento varivel de 10 m a12 m (Figura 4) sempre dispostos perpendicularmente linha do declive. Adistncia entre os canteiros deve ser de 60 cm, a fim de facilitar a movimentao

80

cm

a

10

0cm

Pedras irregulares,britas, telhas, tijolos,

cascalho...50 cm

a 60 cm

3 m

Dreno


e o trabalho no viveiro. Se os sacos plsticos utilizados forem muito pequenos,os canteiros devem ser protegidos lateralmente por ripa ou tarugo para evitar otombamento dos recipientes.

Figura 4. Canteiros de 1 m x 10 m distanciados

60 cm, localizados no viveiro da Embrapa

Cerrados, Planaltina, DF.

No caso da produo de mudas em tubetes, o canteiro deve ser formado porbandejas ou telas, dispostas a 0,80 m a 1,0 m de altura e sustentadas porsuportes (Figura 5).

Figura 5. Canteiro formado por bandejas paraproduo de mudas em tubetes.


SubstratoSubstrato o local onde as razes das mudas vo se desenvolver. Ele poder serproduto da mistura de vrios componentes que podem ser de origem animal,vegetal e mineral e sero utilizados para encher o recipiente escolhido. A funodesse substrato sustentar e fornecer nutrientes s mudas para que elas possamcrescer.

possvel produzir diferentes substratos utilizando propores de diversoscomponentes, como terra (subsolo-retirado a 30 cm abaixo da superfcie dosolo); hmus de minhoca; esterco curtido de gado; adubo qumico NPK; areia eoutros. Infelizmente, no possvel padronizar um tipo de substrato e aproporo dos componentes para todas as espcies de plantas nativas existentesno Bioma Cerrado. Espcies que ocorrem no Cerrado sentido restrito possuemnecessidades diferentes daquelas que crescem nas formaes florestais. Nessecaso, o que se deve fazer tentar imitar as condies de solo em que a espcieocorre em seu ambiente natural. Na parte final deste texto, encontram-sedisponveis informaes especficas para a produo de mudas de algumasespcies nativas do Bioma Cerrado, inclusive, abordando o substrato especficopara o desenvolvimento mais adequado para cada uma delas.

importante lembrar que, durante o preparo do substrato, os componentesdevem ser peneirados separadamente antes de serem misturados. Esseprocedimento evita que pedras, folhas, pedaos de pau e (ou) outro tipo dematerial dificultem o enchimento dos recipientes, a germinao ou mesmo ocrescimento adequado das mudas. Peneirados esses componentes, o prximopasso mistur-los muito bem. Para isso, pode-se utilizar a enxada para facilitaro trabalho (Figura 6).

Figura 6. Mistura dos componen-

tes do substrato com a enxada.


Recipientes o local onde ser colocado o substrato para o desenvolvimento das mudas. Eledeve ser grande o suficiente para a manuteno proporcional das razes dasmudas at o momento do plantio. Os recipientes mais utilizados so: os sacosplsticos pretos (Figura 7a), tubetes (Figura 7b) e os vasos de polipropileno.Alm desses, quando a produo de mudas no muito grande, pode-setambm reutilizar material como garrafas PET, caixinhas de papelo, de suco, deleite ou similares.

Figura 7. (a) saco plstico preto; (b) tubete.

importante lembrar que, quanto maior o recipiente, como o caso dos sacosplsticos pretos, mais substrato ser gasto. Assim, se por um lado a mudapoder permanecer no viveiro por mais tempo, por outro mais difcil ser o seutransporte para o local definitivo.

Enchimento dos recipientesPreparado o substrato e selecionado o recipiente, o prximo passo o seuenchimento. Muitas vezes, para facilitar essa atividade, pode-se utilizar umpedao de cano de pvc com corte em bizel em uma das extremidades(Figura 8a). Os recipientes escolhidos no devem ficar totalmente cheios,deixando-se de 1 cm a 2 cm livres na superfcie para que possa ser retida maisgua na irrigao (Figura 8b).

a b


Figura 8. (a) Enchimento dos recipientes utilizando um

pedao de cano de pvc; (b) recipientes prontos para

receber as sementes ou plntulas da repicagem.

a b

Posicionamento dos recipientes no canteiroOs recipientes devem ser colocados em p um ao lado do outro. Esseenfileiramento no canteiro no poder ultrapassar 1 m de largura (Figura 9), poisir dificultar os tratos culturais, a irrigao e a luminosidade para as mudas docentro, alm de todos os procedimentos necessrios para o controle de pragas edoenas.

Figura 9. Enfileiramento dos recipientes no canteiro.

Formao das Mudas

Coleta das sementesUm bom comeo para a coleta de sementes de boa qualidade procur-las emrvores vigorosas (matrizes) que no apresentem sinais evidentes de ataque de


pragas e doenas. A coleta das sementes poder ser feita no cho ou na prpriarvore. Isso vai depender da espcie e do tipo de fruto.

No caso de plantas altas, o acesso ao fruto na copa poder ser feito por meio dopodo (vara com gancho na ponta) (Figuras 10a e b) ou subindo na rvore, coma utilizao de equipamento de segurana. Para a coleta em plantas mais baixas,o acesso aos frutos poder ser direto com as mos ou com varas, escadas, ouainda, sacudindo os galhos. Nesses casos, importante limpar o solo ao redorda planta ou forr-lo com lona ou plstico para facilitar a coleta dos frutos ou dassementes.

Figura 10. (a) coleta de frutos utilizando o

podo; (b) detalhe do podo.

Durante a coleta dos frutos e sementes, alguns princpios de manejo sustentveldevem ser observados:

Todo recurso finito - Por mais abundante que parea, nenhum recurso deveser explorado em sua totalidade. No caso de frutos e sementes, importantelembrar que esses devero ser compartilhados com a fauna local ou mesmocom o sucesso reprodutivo da espcie. Em frutos como araticum, pequi,mangaba, cagaita e outros, por exemplo, recomenda-se a coleta de apenasmetade dos frutos disponveis em cada rvore. Alm disso, os coletorespodem plantar algumas sementes no local da coleta com a finalidade deproduzir plntulas jovens para garantir a propagao das espcies, alimentopara a fauna e at mesmo o sucesso de futuras coletas.

b

a


Garantir a diversidade - Independentemente do tipo de coleta realizada, importante lembrar que as sementes devem ser coletadas do maior nmero dervores possvel, estendendo-se por toda a rea considerada e no se restrin-gir apenas quela de mais fcil acesso. Por sua vez, se o objetivo da coletafor a seleo de indivduos com caractersticas genticas desejadas, comfrutos maiores e saborosos, esses indivduos devem ser identificados e,quando possvel, georreferenciados, ou seja, ter sua posio geogrficaanotada. Isso facilita futuras coletas.

Retirada das sementes (beneficiamento)As sementes devem ser retiradas dos frutos logo aps a coleta. A maneira de seextrairem as sementes vai depender do tipo de fruto coletado.

Os frutos podem ser secos ou carnosos. Em geral, os frutos secos rompem-sesozinhos, naturalmente, muitas vezes na prpria rvore sem necessidade defora externa (ex: bolsa-de-pastor, pau-santo, tingui e outros) (Figura 11a). Jos frutos carnosos, aqueles que possuem polpa carnosa, tais como pequi(Figura 11b), araticum, mangaba, bacupari-do-cerrado, podem ser despolpadosmanualmente em gua corrente ou mesmo por raspagem ou fermentao. Se ofruto carnoso possuir casca mole, como a cagaita e a mangaba, a semente podeser retirada macerando os frutos sobre uma peneira. Entretanto, as sementes defrutos de casca dura, como jatob, sucupira-branca, tamboril, devero serretiradas com auxlio de ferramentas como tesoura de poda, faca, pilo, martelo.

Figura 11. Tipos de frutos: (a) fruto seco - bolsa-de pastor (Aspidosperma

macrocarpa); (b) fruto carnoso - pequi (Caryocar brasiliense).

a b


Recomenda-se, para a maioria das espcies, que, aps a retirada das sementes,elas devem ser deixadas sombra e em local ventilado at ficarem secas aotoque. Essa pequena secagem tem-se mostrado eficiente para o tratamento aseguir de esterilizao das sementes. Depois de secas, as sementes devem sermergulhadas em um mistura de 400 mL de gua sanitria (que contmusualmente cerca de 2% a 3% de hipoclorito de sdio) para 600 mL de gua, de3 a 5 minutos para esterilizao, dependendo do tegumento das sementes. Porexemplo, para sementes de angico-branco (Anadenanthera colubrina), quepossuem tegumento mais fino, deix-las embebidas por trs minutos. J parasementes como as de jatob-da-mata (Hymeneae courbaril), cujo tegumento umpouco mais grosso, aconselha-se embebio por cinco minutos. Antes dasemeadura, deve haver uma seleo para eliminar as sementes com indcios deataque por fungos, insetos e bactrias ou mesmo aquelas que estiverem chochase com danos fsicos aparentes.

Para uma semente poder germinar, necessria a contribuio de vrios fatoresinternos (condies da prpria semente) e externos (condies do meioambiente). As sementes devem estar maduras, inteiras, possuir reservasnutritivas e no ser muita velhas. J, no meio ambiente, as sementes precisamencontrar nveis de oxignio, temperatura e umidade adequados e, s vezes, luz.

Muitas sementes no germinam, mesmo que as condies internas e externascitadas anteriormente sejam adequadas. Nesse caso, diz-se que elas seencontram em estado de dormncia. Segundo Gonzles e Torres (2003), adormncia um impedimento do processo inicial de germinao, causado porfatores mecnico, qumico e (ou) fisiolgico. Para germinar, as sementesprecisam de outras condies, que podem variar de uma espcie para outra. Omecanismo mais comum de impedimento do processo inicial de germinaoencontrado nas espcies do Bioma Cerrado o mecnico, devido dureza dotegumento, como pode ser observado em jatob, tamboril, sucupiras, entreoutras (GONZLES; TORRES, 2003). Sementes de jatob, por exemplo,necessitam de escarificao mecnica, com corte do tegumento. Esseprocedimento rompe essa barreira, permitindo germinao mais rpida dassementes.

No final deste texto, encontram-se disponveis informaes especficas sobreesses diferentes tipos de tratamento para algumas espcies nativas do BiomaCerrado.


Tipos de SemeaduraDepois de beneficiadas, as sementes podem ser colocadas para germinar emdiferentes tipos de recipientes ou na sementeira. A semeadura pode ser direta ouindireta.

Semeadura ou plantio direto acontece quando se colocam as sementesdiretamente nos recipientes definitivos (sacos plsticos, tubetes, garrafas PET)onde a muda vai se desenvolver no viveiro. Esse tipo de semeadura utilizado,geralmente, para espcies com porcentagem de germinao alta e regular, ouseja, todas as sementes germinam mais ou menos ao mesmo tempo. Algumasespcies com esse padro so: angico-branco (Anadenanthera colubrina),angico-preto (Anadenanthera macrocarpa), ing (Inga sp.) e tamboril(Enterolobium contortisiliquum).

Na Figura 12, esto listados esses passos para sementes de fcil germinao,como o jenipapo (Genipa americana). Em geral, as sementes devero sercolocadas para germinar numa profundidade que varia de 0,5 cm a 3,0 cm,dependendo do tamanho de cada uma delas.

Figura 12. Esquema ilustrativo do plantio direto da

semente de jenipapo: (a) frutos de jenipapo; (b) abertura

do fruto; (c) macerao da polpa em peneira;

(d) sementes em tubetes; (e) plntulas; (f) muda

formada.

a b c

d e

f


Semeadura ou plantio indireto acontece quando as sementes so colocadas paragerminar na sementeira. Depois de germinadas, as sementes so transferidaspara os recipientes (sacos plsticos, tubetes ou outros) onde iro se desenvolverno viveiro. Geralmente, esse tipo de semeadura utilizado para espcies comgerminao baixa e irregular, ou seja, a germinao de todas as sementes noocorre simultaneamente. Esse o caso de espcies como araticum (Annonacrassiflora), jatob-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa), pequi (Caryocarbrasiliense), pinha-do-brejo (Talauma ovata), entre outras.

Na Figura 13, ilustram-se esses passos para sementes de jatob-do-cerrado(Hymenaea stigonocarpa). Na sementeira, essas sementes devero ser colocadaspara germinar cobertas, preferivelmente, com uma camada de vermiculita. Naausncia dela, pode-se utilizar esterco, bem curtido, de gado ou, ainda,Plantmax.

a b

c d e

Figura 13. Esquema ilustrativo do plantio indireto das sementes de jatob-do-cerrado:

(a) escarificao das sementes; (b) sementes de jatob escarificadas imersas em

gua; (c) plntulas na sementeira; (d) mudas no saco plstico; (e) mudas de jatob

formadas.

Repicagem


Construo da sementeiraA sementeira poder ser construda diretamente no cho do viveiro, comcomprimento varivel, largura mxima de 1 m e de 15 cm a 20 cm deespessura. Como sementeiras, podem ser utilizadas, ainda, caixas de plstico oude madeira, ou bandejas de isopor (Figuras 14 a, b e c).

Como substrato, a sementeira poder conter 100% de areia lavada peneiradacom cobertura, preferivelmente, de vermiculita. Na ausncia dela, pode-se utilizaresterco, bem curtido, de gado ou, ainda, Plantmax.

a b

Figura 14. Sementeiras construdas: (a) no

cho no viveiro; (b) em caixas plsticas;

(c) em bandeja de isopor.c

Quanto luminosidade, a localizao da sementeira depender da espcieconsiderada. Se a planta for originalmente de mata, a sementeira dever ficarpreferencialmente sombra para que suas sementes possam nascer. Por sua vez,se a planta for de Cerrado sentido restrito, a sementeira poder ficar ao sol,lembrando sempre que poder haver excees. Sem a presena do sombrite, assementes que esto germinando podero ser mais atacadas por pssaros. Casoisso ocorra, recomenda-se que a sementeira seja coberta com sombrite.

Distribuio das sementes na sementeiraA distribuio das sementes na sementeira pode ser a lano ou em sulcos. Noprimeiro caso, as sementes so jogadas com as mos, tomando cuidado parano ficarem amontoadas. Em seguida, elas devero ser cobertas com uma finacamada de vermiculita.


No caso de sulcos, as sementes so distribudas em linhas, dentro de pequenavala (Figura 15), e depois cobertas com fina camada de vermiculita. A distnciae o nmero de sementes por linha dependero do tamanho da sementeconsiderada. Feita a distribuio, a sementeira dever ser regada duas vezes aodia, no incio da manh e no final da tarde.

Sulco

Figura 15. Detalhe da sementeira

em sulcos contendo sementes de

jatob-da-mata distribudas em

linhas, dentro de pequenas valas.

Transferncia das mudas para os recipientes definitivosA transferncia das mudas da sementeira para os recipientes (sacos plsticos,tubetes, garrafas PET e outros) chamada de repicagem. Essa transfernciageralmente feita logo aps a emergncia das plntulas na sementeira.

Antes de transferir as mudas, deve-se molhar a sementeira para facilitar oarrancamento. Depois de arranc-las com bastante cuidado, segurando pelo colo(regio entre a raiz e o caule), deve-se coloc-las em um recipiente com gua(MACEDO, 1993). Durante esse processo, deve-se fazer a seleo das mudas,observando possveis defeitos ou m-formao. Em seguida, com a ajuda de umpalito de sorvete ou um pedao de madeira de forma rolia com ponta cnica(12 cm x 1,5 cm dimetro), ser aberto pequeno buraco no substrato umedecidodo recipiente definitivo, com profundidade suficiente para acomodar as razes.Colocadas as mudas, deve-se utilizar novamente o palito para ajustar o tamanhoda cova s razes. O substrato dever ser apertado levemente ao redor dasrazes, para que possa ficar firme. A seguir, regar as mudas transferidas paraaproximar o substrato das razes. Regas suaves devem ser realizadas duas vezesao dia, ou seja, pela manh e ao final do dia, at o estabelecimento definitivo damuda.


Cuidados com as Mudas no ViveiroDurante a fase em que as mudas estaro crescendo no viveiro, sero necessrioscuidados, como rega, limpeza, adubao e controle de pragas e doenas, entreoutros. Cada um desses aspectos ser abordado em seguida.

RegaTodo ser vivo necessita de gua para o seu desenvolvimento. Assim, deve-semolhar o substrato das mudas pelo menos duas vezes ao dia: incio da manh efinal da tarde. Dependendo do tamanho do viveiro e da disponibilidade de mo-de-obra e da tecnologia disponvel, as regas podero ser feitas manualmente comregadores de crivo fino para evitar eroso (Figura 16), mangueiras, aspersores dejardim ou, at mesmo, aspersores automticos. Muito cuidado deve ser tomadocom a quantidade de gua adicionada a cada recipiente, pois o excesso pode serto prejudicial quanto a falta de gua. O encharcamento do recipiente podedificultar a circulao do ar no solo, impedir o crescimento das razes, lavar os

nutrientes e ainda propiciar oaparecimento de doenas(MACEDO, 1993).

Figura 16. Rega manual

utilizando o regador com crivo

fino.

Limpeza do viveiro e dos recipientesO viveiro, de maneira geral, deve ser mantido limpo. Recomenda-se limpar os

recipientes, os corredores e as laterais externas do viveiro. Essas prticas evitam

que as mudas carreguem ervas daninhas, pragas ou doenas para outras reas,

quando transportadas (PEREIRA; PEREIRA, 2004).

Adubao das mudasCom a perda de nutrientes, que pode acontecer durante a rega, a reposio delespode ser necessria durante o desenvolvimento das mudas.


De maneira geral, a primeira adubao dever acontecer aproximadamente 30dias aps a transferncia das mudas da sementeira para os recipientes. Devemser utilizados 2,5 gramas de uria ou 3,0 gramas de sulfato de amnio para cadalitro de gua. A cada 30 dias, recomenda-se fazer nova adubao utilizando 3,0gramas de uria ou 4,0 gramas de sulfato de amnio para cada litro de gua ato plantio no campo.

Entretanto, para algumas espcies, a uria no tem produzido os efeitosesperados. Nessa situao, melhor aplicar 10,0 gramas de sulfato de amnio e3,0 gramas de cloreto de potssio por litro de gua a cada 15 dias. Alm disso,aps cinco minutos de aplicao, importante dar uma chuveirada fina degua com esguicho para evitar injrias nas folhas. Se por um lado o cloreto depotssio pode ser custico para as folhas, por outro lado, o potssio ajuda amuda a no ficar muito tenra.

Outra opo, alm do adubo mineral, a utilizao do adubo orgnico, que, almde ser mais barato, pode ser preparado na prpria propriedade.

Controle de doenas, pragas e ervas daninhasA presena de folhas murchas, amarelas ou ainda cortadas indica que as mudaspodem estar doentes ou sendo atacadas por insetos. Se for o caso de doenanas folhas, recomenda-se inicialmente a reduo do sombreamento e dairrigao. Se isso no for suficiente, pode ser necessrio pulverizao comfungicida, mas sempre mediante orientao de tcnicos profissionais.

No caso de pragas, como pulges, formigas, cupins, besouros, grilos, lagartas,o controle qumico tambm dever ser feito sob orientao profissional.

J em relao s ervas daninhas, o controle deve ser feito em todo viveiro e nosomente nos canteiros. Esse controle poder ser feito manualmente porarrancamento ou mediante o uso de herbicidas. Da mesma maneira, conformerecomendado para os casos de pragas e doenas, esse procedimento deveracontecer sempre com orientao profissional.

Dana ou moveoConsiste na troca das mudas, de um local para outro, dentro do prprio canteiroou entre canteiros (MACEDO, 1993). Esse procedimento evita possveisdesequilbrios na competio, principalmente, por luz, pois algumas mudas, por


estarem no meio das outras, recebem menor incidncia de luminosidade. Almdisso, esse procedimento evita que razes que eventualmente transpuseram orecipiente possam se fixar no solo.

Tempo de Permanncia da Mudano Viveiro

O tempo de permanncia das mudas no viveiro varivel, pois depende dodesenvolvimento de cada espcie ou mesmo da poca em que o plantiodefinitivo para o campo vai acontecer. Em geral, o tempo mdio deaproximadamente 6 meses, podendo chegar at 12 meses, como o caso dasucupira-branca (Pterodon pubescens), da faveira (Dimorphandra mollis) e dobarbatimo (Stryphnodendron adstringens).

Tamanho da Muda para serTransferida para o Campo

O tamanho mdio para se levaruma muda para o plantio nocampo de 30 cm a40 cm de altura (MACEDO, 1993)(Figura 17).

Figura 17. Muda de cagaita (Eugenia

dysenterica) pronta para o plantio.

Endurecimento ou RustificaoAs condies de luminosidade, umidade e irrigao das mudas, no viveiro,podem ser bastante diferentes daquelas que ela vai encontrar nos locais deplantio definitivo. Portanto, muito importante que ela passe por um perodo deadaptao, denominado de endurecimento ou rustificao, por 30 dias antesde serem levadas ao campo. Nesse perodo, o sombreamento parcial (sombrite50%) eliminado e a irrigao, reduzida. As mudas devero ser levadas a plenosol, e a irrigao dever acontecer uma vez ao dia, de modo a prepar-las para ascondies adversas do campo. Depois desses procedimentos, as mudas estaroem condies de serem levadas ao campo para plantio definitivo.


Seleo das Mudas para Plantio noCampo

Infelizmente, nem todas as mudas produzidas estaro em condies de seremtransplantadas no campo. Em plantios comerciais, a seleo deve ocorrer logo noviveiro. As ms condies de desenvolvimento inicial iro refletir em toda a vidadaquela planta. Assim sendo, deve-se dar preferncia s mudas com boaaparncia e saudveis. Mudas muito velhas podem apresentar problemas, comorazes enoveladas (Figura 18). Entretanto, se forem muito novas, elas podem sermuito frgeis e no resistir ao processo de rustificao.

Figura 18. Muda apresentando raiz

enovelada (seta).

Figura 19. Mudas contaminadas por pragas e doenas.

Cuidados especiais devem ser observados quanto s pragas e s doenas.Mudas contaminadas (Figura 19) devem, igualmente, ser descartadas, pois seudesenvolvimento no campo pode no ser satisfatrio.


Feitas essas consideraes, selecionadas as mudas e preparado o local para oplantio, mos obra. Agora hora de plantar! No se esquea que a melhorhora de comear a fazer o plantio no incio das chuvas, pois assim no sernecessrio molhar. A prpria natureza encarregar-se- disso nesse perodo.

Sugestes sobre Produo deMudas para 23 Espcies Nativas doCerrado

A seguir disponibilizam-se informaes sobre a produo de mudas de algumasespcies nativas do Bioma Cerrado, com base em trabalhos que foramdesenvolvidos pela equipe do projeto CMBBC, no viveiro da Embrapa Cerrados:

Nome comum Nome cientfico

Angico-branco Anadenanthera colubrinaAngico-preto Anadenanthera peregrinaAraticum Annona coriaceaeAroeira Myracroduon urundeuvaBacupari-do-cerrado Salacia crassifoliaBlsamo Myroxylon peruiferumBarbatimo Stryphnodendron adstringensBaru Dipterix alataBuriti Mauritia flexuosaCagaita Eugenia dysentericaCopororoca ou Pororoca Rapanea guianensisGonalo-alves Astronium fraxinifoliumJatob-da-mata Hymeneae courbarilJussara Euterpe edulisLandim Calophyllum brasilienseMama-cadela Brosimum gaudichaudiiMangaba Hancornia speciosaPau-dleo Copaifera langsdorffiiPau-pombo Tapirira guianensisPequi Caryocar brasiliensesPinha-do-brejo Talauma ovataTamboril Enterolobium cortortisiliquumVinhtico Plathymenia reticulata


Angico-branco e Angico-preto

Nome cientfico: Anadenanthera colubrina (angico-branco);Anadenanthera macrocarpa (angico-preto).

rvores encontradas em Matas de Galeria.

Como praticamente no existe diferena na coleta e na preparao das mudasdessas espcies, elas sero tratadas em conjunto.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos de angico-preto e angico-branco devero ser coletados durante osmeses de setembro e novembro, poca de frutificao dessas espcies. Os frutosdevem ser colhidos diretamente da rvore quando iniciarem a abertura. Durante acoleta, necessrio colocar uma lona embaixo da rvore para facilitar a coleta eevitar perda das sementes.

Terminada a coleta, os frutos devero ser colocados em local ventilado esombreado para completar a abertura e liberao das sementes. Aps sualiberao, as sementes devero ser mergulhadas em uma mistura de 400 mL degua sanitria para 600 mL de gua, durante 3 minutos, para esterilizao.Antes da semeadura, as sementes sero selecionadas para eliminar aquelas comindcios de pragas ou doenas, ou mesmo as chochas ou com danos fsicosaparentes.

Semeadura e germinaoAs sementes podero ser semeadas diretamente em recipientes (sacos plsticosou tubetes) contendo substrato, como indicado a seguir. As sementes deveroser levemente enterradas a uma profundidade de 0,5 cm a 1 cm. Aps asemeadura e durante o perodo de emergncia das plntulas, a rega deve ser feitaduas vezes ao dia: incio da manh e final da tarde. Esse procedimento visa amanter o solo da sementeira mido, mas sempre evitando o encharcamento.Lembre-se que o excesso de gua propicia o apodrecimento das sementes e oataque de patgenos. Os sacos plsticos ou tubetes contendo as mudas deveroser mantidos em ambiente sombreado 50%. Com esses tratamentos, assementes comeam a germinar entre quatro e oito dias e a porcentagem dassementes que nascem superior a 85%.


Substrato Trs carrinhos-de-mo cheios (aproximadamente 210 litros) de solo

Latossolo Vermelho.

Um carrinho-de-mo (aproximadamente 70 litros) de esterco, curtido, degado.

Quatro ps (aproximadamente 15 litros) de areia lavada peneirada.

Quinhentos gramas de adubo (NPK) da frmula 4-14-8.

Duzentos gramas de calcrio dolomtico.

Cinqenta gramas de FTE BR-12.

Tempo de permanncia no viveiroAs mudas estaro prontas para plantio no campo em cinco meses.

Adubao1Confira pginas 26 e 27.

1 A adubao nitrogenada dever ser feita sempre no fim da tarde substituindo, nesse dia, a irrigao.


Araticum

Nome cientfico: Annona coriaceae

rvore encontrada nas fisionomias Cerrado e Cerradosentido restrito.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos de araticum devem ser coletados de fevereiro a abril, poca de

frutificao da espcie, diretamente do cho, depois de sua queda espontnea.

Os frutos devem ser colocados dentro de um recipiente com gua durante

24 horas para facilitar a retirada da polpa, caso elas no venham a ser utilizadas

para a alimentao. Depois desse perodo, esfrega-se a polpa em uma peneira

contendo areia, para total liberao das sementes. Em seguida, elas devero ser

lavadas em gua corrente e colocadas para secar em local sombreado e

ventilado.

As sementes precisam ser escarificadas manualmente para melhor absoro de

gua. A seguir, devem ser imersas em um recipiente contendo a proporo de

2 litros de gua para 1 grama de cido giberlico (GA3) durante 24 horas.

Antes da semeadura, recomenda-se fazer uma seleo visando a eliminar as

sementes com indcios de pragas ou doenas, chochas ou com danos fsicos

aparentes.

Semeadura e germinaoPara a semeadura, recomenda-se o uso de sementeira/canteiro contendo 100%

de areia lavada peneirada, cobertas com uma camada de vermiculita de 0,5 cm a

1,0 cm. A sementeira dever ficar a pleno sol, devendo-se regar duas vezes ao

dia: incio da manh e final da tarde. Esse procedimento visa a manter o solo da

sementeira mido, mas sempre evitando o encharcamento, lembrando que o

excesso de gua propicia o apodrecimento das sementes e o ataque de

patgenos. Com esses tratamentos, as sementes comeam a nascer de 25 a

50 dias e a porcentagem de germinao de 30% a 40%.


Repicagem2As plntulas devero ser repicadas para sacos pretos, perfurados na base e nalateral, e dispostos no viveiro sob cobertura com sombrite 50% desombreamento durante 40 dias. Passado esse perodo, as mudas devero serremovidas para pleno sol, com reduo da irrigao de duas para uma vez pordia.

Substrato Quatro carrinhos-de-mo (aproximadamente 280 litros) de solo Latossolo

Vermelho.

Um carrinho-de-mo (aproximadamente 70 litro) de esterco, curtido, de gado.

Cinco ps (aproximadamente 18 litros) de areia lavada peneirada.


Cento e cinqenta gramas de calcrio.

Tempo de permannciaAs mudas estaro prontas para plantio no campo de 8 a 12 meses.

AdubaoConfira pginas 26 e 27.

2 Repicagem: a transferncia das plntulas da sementeira para os sacos plsticos ou tubetes.


Aroeira

Nome cientfico: Myracrodruon urundeuva

rvore encontrada nas fisionomias de Mata Seca,Cerrado e Cerrado sentido restrito.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos de aroeira devem ser coletados entre os meses de agosto e outubro,poca de frutificao das espcies. Os frutos devero ser colhidos diretamente darvore quando apresentarem colorao escura e iniciarem queda espontnea. Osfrutos colhidos devero ser colocados em local sombreado e ventilado paracompletar o ciclo de maturao.

A seguir, devem ser esfregados manualmente em peneira para remoo dassementes. Depois desse tratamento, as sementes devero ser mergulhadas emuma mistura contendo 400 mL de gua sanitria para 600 mL de gua, durante3 minutos para esterilizao.

Antes da semeadura, deve-se fazer uma seleo para eliminar as sementes comindcios de ataques por fungos, insetos e bactrias, aquelas chochas ou comdanos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoA semeadura dever ser feita em sementeira/canteiro contendo 100% de areialavada peneirada. As sementes devero ser colocadas para germinar, cobertascom uma camada de vermiculita de 0,5 cm. A sementeira dever ficar a plenosol, devendo-se regar duas vezes ao dia: incio da manh e final da tarde. Esseprocedimento visa a manter o solo da sementeira mido, mas sempre evitando oencharcamento, lembrando que o excesso de gua propicia o apodrecimento dassementes e o ataque de patgenos. Com esses tratamentos, as sementescomeam a nascer de 8 a 12 dias, e a porcentagem de germinao superior a90%.

RepicagemDepois da emergncia, as plntulas devero ser repicadas para sacos pretos, oque permite maior tempo de permanncia das mudas no viveiro. Os sacos devemser perfurados na base e na lateral e estar dispostos no viveiro sob cobertura


com sombrite 50% de sombreamento durante 60 dias. A partir da, devero serremovidas para pleno sol, com reduo da irrigao de duas para uma vez pordia.


Vermelho.

1 carrinho-de-mo (aproximadamente 70 litros) de esterco, curtido, de gado.



Cento e cinqenta gramas de calcrio dolomtico.




Bacupari-do-cerrado

Nome cientfico: Salacia crassifolia


Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos de bacupari-do-cerrado devem ser coletados entre os meses denovembro a janeiro, poca de frutificao da espcie. Os frutos devem sercolhidos quando apresentarem colorao amarelada e iniciarem a quedaespontnea, recolhendo-os do cho.

Para facilitar a retirada da semente, a polpa pode ser esfregada manualmente emgua corrente utilizando uma peneira. Retiradas as sementes, elas devero sermergulhadas em uma mistura contendo 400 mL de gua sanitria para 600 mLde gua, durante 5 minutos para esterilizao.

Antes da semeadura, deve haver uma seleo para eliminar as sementes comindcios de ataques por fungos, insetos e bactrias ou mesmo aquelas queestiverem chochas e com danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoA semeadura dever ser feita em sementeira/canteiro contendo 100% de areialavada peneirada, cobertas com uma camada de vermiculita de 0,5 cm a 1,0 cm.A sementeira dever ficar a pleno sol, devendo-se reg-la duas vezes ao dia:incio da manh e final da tarde. Esse procedimento visa a manter o solo dasementeira mido, mas sem encharcamento, lembrando que o excesso de guapropicia o apodrecimento das sementes e o ataque de patgenos. Com essestratamentos, as sementes comeam a germinar entre 25 e 40 dias, e aporcentagem das sementes que nascem de 60%.

RepicagemAs plntulas devero ser repicadas para sacos pretos, o que permite maior tempode permanncia das mudas no viveiro. Os sacos devero ser perfurados na basee na lateral e colocados no viveiro cobertos por sombrite 50% durante 40 dias.A partir da, as mudas devero ser removidas para pleno sol, com reduo dairrigao de duas para uma vez por dia.



Vermelho.


Cinco ps (aproximadamente 18 litros) de areia lavada.






Blsamo

Nome cientfico: Myroxylon peruiferum

rvore encontrada nas Matas de Galeria.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos do blsamo devem ser coletados entre os meses de outubro a

dezembro, poca de frutificao da espcie. Os frutos devero ser colhidos

diretamente da rvore quando apresentarem cor amarelada e iniciarem queda

espontnea.

Coletadas as sementes, elas devero ser mergulhadas em uma mistura contendo

400 mL de gua sanitria para 600 mL de gua, durante 5 minutos para

esterilizao.

Antes da semeadura, deve haver uma seleo para eliminar as sementes com

indcios de ataques por fungos, insetos e bactrias ou mesmo aquelas que

estiverem chochas e com danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoA semeadura dever ser feita em sementeira/canteiro contendo 100% de areia

lavada peneirada. As sementes devero ser colocadas para germinar, cobertas

com uma camada de vermiculita de 1,0 cm a 2,0 cm. A sementeira dever ficar a

pleno sol, devendo-se reg-la duas vezes ao dia: incio da manh e final da tarde.

Esse procedimento visa a manter o solo da sementeira mido, mas sem

encharcamento, pois o excesso de gua propicia o apodrecimento das sementes

e o ataque de patgenos. Com esses tratamentos, as sementes comeam a

nascer entre 15 e 25 dias, e a porcentagem de germinao superior a 70%.

RepicagemDepois da emergncia, as plntulas devero ser repicadas para sacos pretos, o

que permite maior tempo de permanncia das mudas no viveiro. Os sacos devem

ser perfurados na base e na lateral e estar dispostos no viveiro sob cobertura

com sombrite 50%.


Substrato Trs carrinhos-de-mo cheios (aproximadamente 210 litros) de solo

Latossolo Vermelho.





Cinqenta gramas de FTE BR-12.




Barbatimo

Nome cientfico: Stryphnodendron adstringens

rvore encontrada no Cerrado sentido restrito.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos devem ser coletados entre os meses de agosto a outubro, poca defrutificao da espcie. Os frutos devero ser colhidos diretamente da rvorequando apresentarem colorao escura e iniciarem queda espontnea.

Os frutos coletados devero ser deixados em local sombreado e ventilado paratotal secagem. Para facilitar a abertura e liberao das sementes, recomenda-se autilizao do pilo. A seguir, essas devero ser escarificadas com objetoscortantes (tesoura de poda, faca, canivete) ou lixadas, para melhor absoro degua. Depois da escarificao, devem ser mergulhadas em uma mistura contendo400 mL de gua sanitria para 600 mL de gua, durante 10 minutos paraesterilizao.

Antes da semeadura, deve-se fazer uma seleo para eliminar as sementes comindcios de ataques por fungos, insetos e bactrias, alm daquelas que estiveremchochas e com danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoA semeadura dever ser feita em sementeira/canteiro contendo 100% de areialavada peneirada. As sementes devero ser colocadas para germinar, cobertascom uma camada de vermiculita de 0,5 cm a 1,0 cm. A sementeira dever ficar apleno sol, devendo ser regada duas vezes ao dia: incio da manh e final datarde. Esse procedimento visa manter o solo da sementeira mido, mas noencharcado, uma vez que o excesso de gua propicia o apodrecimento dassementes e o ataque de patgenos. Com esses tratamentos, as sementescomeam a germinar entre 10 e 20 dias, e a porcentagem das sementes quenascem superior a 70%.

RepicagemAs plntulas devero ser repicadas para sacos pretos, o que permite maior tempode permanncia das mudas no viveiro. Os sacos devem ser perfurados na base ena lateral e estar dispostos no viveiro sob cobertura com sombrite 50% durante


60 dias. A partir da devero ser removidas para pleno sol, com reduo dairrigao de duas para uma vez por dia.


Vermelho.








Baru

Nome cientfico: Dipteryx alata

rvore encontrada no Cerrado sentido restrito.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos devem ser coletados durante os meses de setembro a novembro,

quando iniciarem a queda espontnea, recolhendo-os do cho.

As sementes devem ser retiradas do fruto utilizando uma marreta ou por outros

mtodos. Depois, devem ser mergulhadas em uma mistura contendo 400 mL de

gua sanitria para 600 mL de gua, durante 20 minutos, para esterilizao.

Antes da semeadura, deve-se fazer uma seleo para eliminar as sementes com

indcios de ataques por fungos, insetos e bactrias ou mesmo aquelas que

estiverem chochas e com danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoA semeadura dever ser feita em sementeira/canteiro contendo 100% de areia

lavada peneirada. As sementes devero ser colocadas para germinar, cobertas

com uma camada de vermiculita de 1,0 cm a 2,0 cm. A sementeira dever ficar a

pleno sol, devendo-se reg-la duas vezes ao dia: incio da manh e final da tarde.

Esse procedimento visa a manter o solo da sementeira mido, mas sem

encharcamento, lembrando que o excesso de gua propicia o apodrecimento das

sementes e o ataque de patgenos. Com esses tratamentos, as sementes

comeam a nascer de 12 a 25 dias, e a porcentagem de germinao de 80%.

RepicagemDepois da emergncia, as plntulas devero ser repicadas para sacos pretos, o

que permite maior tempo de permanncia das mudas no viveiro. Os sacos

devem ser perfurados na base e na lateral e estar dispostos no viveiro sob

cobertura com sombrite 50% de sombreamento durante 40 dias. A partir da,

devero ser removidas para pleno sol, com reduo da irrigao de duas para

uma vez por dia.



Vermelho.








Buriti

Nome cientfico: Mauritia flexuosa

Palmeira encontrada em Veredas e brejo.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos de buriti devem ser coletados durante os meses de fevereiro a junho,poca de frutificao da espcie, devendo ser recolhidos do cho aps quedaespontnea.

Coletados os frutos, estes devem ser colocados dentro de um recipiente comgua durante 24 horas para facilitar a despolpa. A seguir, as sementes devemser mergulhadas em uma soluo de 1 mL de inseticida sistmico por 1 litro degua, durante 24 horas a 48 horas (mediante orientao de tcnicosprofissionais).

Antes da semeadura, os frutos devem ser selecionados visando a eliminar assementes com indcios de ataques por fungos, insetos e bactrias, as chochasou com danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoAs sementes devero ser semeadas utilizando luvas de proteo em sementeira/canteiro contendo 100% de areia lavada peneirada e cobertas com uma camadade vermiculita de 1,0 cm a 2,0 cm. A sementeira dever estar em localsombreado, devendo ser regada duas vezes ao dia: incio da manh e final datarde. Esse procedimento tem por finalidade manter o solo da sementeira mido,mas sem encharcamento, uma vez que o excesso de gua propicia oapodrecimento das sementes e o ataque de patgenos. Com esses tratamentos,as sementes iniciam a germinao entre 30 a 60 dias, e a porcentagem dassementes que nascem de 60%.

RepicagemAs plntulas, depois da emergncia, devero ser repicadas para sacos pretos, oque permite maior tempo de permanncia das mudas no viveiro. Essa repicagemdeve acontecer logo depois de as mudas emergirem. Os sacos devem serperfurados na base e na lateral e estar dispostos no viveiro sob cobertura comsombrite 50% de sombreamento.



Vermelho.

Dois carrinhos-de-mo (aproximadamente 140 litros) de esterco, curtido, degado.



Cinqenta gramas de FTE BR 12.

Tempo de permannciaAs mudas estaro prontas para plantio de 6 a 8 meses.



Cagaita

Nome cientfico: Eugenia dysenterica

rvore encontrada nas fisionomias de Cerrado, Cerradoe Campo.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos de cagaita devero ser coletados durante os meses de outubro anovembro, diretamente da rvore, quando apresentarem colorao amarelada, ourecolh-los no cho depois da queda espontnea.

Feita a coleta, a despolpa do fruto dever ser manual em gua corrente utilizandouma peneira. A seguir, as sementes devero ser mergulhadas em uma mistura de400 mL de gua sanitria para 600 mL de gua, durante 5 minutos paraesterilizao. Antes da semeadura, recomenda-se fazer uma seleo para eliminaras sementes com indcios de ataques por fungos, insetos e bactrias, aschochas e com danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoAs sementes devero ser semeadas colocando-se duas sementes por recipiente(sacos plsticos ou tubetes) contendo substrato como indicado abaixo,enterrando-as a uma profundidade de 1,0 cm. Depois da semeadura e durante operodo de emergncia, as plntulas devem ser regadas duas vezes ao dia: incioda manh e final da tarde. Esse procedimento visa a manter o solo da sementeiramido, porm sem encharcamento, visto que o excesso de gua propicia oapodrecimento das sementes e o ataque de patgenos. Com esses tratamentos,as sementes comeam a nascer entre 25 e 40 dias, e a porcentagem germinao superior a 70%. Deve-se fazer desbaste aps 30 dias da germinao. Ossacos ou tubetes contendo as mudas devero ser mantidos em ambientesombreado 50% de 50 a 60 dias. A partir da, devero ser removidas para plenosol, com reduo da irrigao de duas para uma vez por dia.


Vermelho.






Tempo de permanncia no viveiroAs mudas ficaro prontas para plantio no campo de 12 a 15 meses.

AdubaoA primeira adubao nitrogenada dever ser feita 10 dias aps desbaste dasmudas. Confira pginas 26 e 27.


Copororoca ou Pororoca

Nome cientfico: Rapanea guianensis

rvore encontrada nas fisionomias de Mata de Galeria eCerrado sentido restrito.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos de copororoca devem ser coletados entre os meses de outubro ejaneiro, poca de frutificao da espcie, diretamente da rvore, quandoapresentarem colorao escura.

Coletados os frutos, estes devero ser colocados em uma peneira para seremlavados em gua corrente e despolpados. Depois desse procedimento, assementes devero ser deixadas em local sombreado e ventilado para a secageme, em seguida, devero ser mergulhadas em uma mistura contendo 400 mL degua sanitria para 600 mL de gua, durante 3 minutos para esterilizao.

Antes da semeadura, deve-se fazer uma seleo para eliminar as sementes comindcios de ataques por fungos, insetos e bactrias ou mesmo aquelas queestiverem chochas e com danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoAs sementes devero ser colocadas para germinar em sementeira/canteirocontendo 100% de areia lavada e peneirada, cobertas com uma camada devermiculita de 0,5 cm a 1,0 cm. A sementeira dever ficar em local sombreadodevendo-se reg-la duas vezes ao dia: incio da manh e final da tarde. Esseprocedimento visa a manter o solo da sementeira mido, mas semencharcamento, lembrando que o excesso de gua propicia o apodrecimento dassementes e o ataque de patgenos. Com esses tratamentos, as sementescomeam a germinar entre 20 e 30 dias, e a porcentagem das sementes quenascem de 40% a 50%.

RepicagemDepois da emergncia, as plntulas devero ser repicadas para sacos pretos, oque permite maior tempo de permanncia das mudas no viveiro. Os sacos devemser perfurados na base e na lateral e estar dispostos no viveiro sob coberturacom sombrite 50%.


Substrato Trs carrinhos-de-mo (aproximadamente 210 litros) de solo Latossolo

Vermelho.



Quatrocentos gramas de adubo (NPK) da frmula 4-14-8.






Gonalo-alves

Gonalo-alves: Astronium fraxinifolium


Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos de gonalo-alves devem ser coletados entre os meses de setembro eoutubro, poca de frutificao da espcie, diretamente da rvore, quandoiniciarem queda espontnea.

Coletados os frutos, estes devem ser esfregados manualmente na peneira pararemoo das sementes. Aps esse tratamento, as sementes devero sermergulhadas em uma mistura contendo 400 mL de gua sanitria para 600 mLde gua, durante 3 minutos para esterilizao.

Antes da semeadura, deve haver uma seleo para eliminar as sementes comindcios de ataques por fungos, insetos e bactrias ou mesmo aquelas queestiverem chochas e com danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoDepois dos procedimentos de coleta, limpeza e seleo, as sementes devero sersemeadas em sementeira/canteiro contendo 100% de areia lavada peneirada,cobertas com uma camada de vermiculita de 0,5 cm a 1,0 cm. A sementeiradever ficar a pleno sol, devendo-se reg-la duas vezes ao dia: incio da manh efinal da tarde. Esse procedimento visa a manter o solo da sementeira mido, massem encharcamento, visto que o excesso de gua propicia o apodrecimento dassementes e o ataque de patgenos. Com esses tratamentos, as sementescomeam a germinar entre 8 e 12 dias, e a porcentagem das sementes quenascem superior a 70%.

RepicagemAps a emergncia, as plntulas devero ser repicadas para sacos pretos, o quepermite maior tempo de permanncia das mudas no viveiro. Os sacos devem serperfurados na base e na lateral e estar disposto no viveiro sob cobertura comsombrite 50% de sombreamento durante 60 dias. A partir da, devero ser


removidas para pleno sol, com reduo da irrigao de duas para uma vez pordia.


Vermelho.


Cinco ps (aproximadamente 18 litros) de areia lavada.



Tempo de permannciaAs mudas estaro prontas para serem plantadas no campo de 6 a 8 meses.

AdubaoA primeira adubao nitrogenada dever ser feita 45 dias aps a transferncia

das mudas da sementeira para os sacos plsticos. Confira pginas 26 e 27.


Jatob-da-mata

Nome cientfico: Hymeneae courbaril

rvore encontrada nas Matas de Galeria.

Obteno de sementes, limpeza e seleoA coleta dos frutos de jatob-da-mata ocorre durante os meses de junho asetembro, poca de frutificao da espcie quando iniciarem a queda espontnea,devendo ser recolhidos diretamente no cho.

Depois da coleta, os frutos devem ser quebrados manualmente ou socados nopilo, para a liberao das sementes. Para retirada da polpa (farinha), recomenda-se lavar as sementes com areia grossa em gua corrente utilizando a peneira. Porse tratar de sementes duras, estas devero ser escarificadas para melhorabsoro de gua. Aps esse tratamento, as sementes devero ser mergulhadasem gua por um perodo de 10 horas a 12 horas e, a seguir, mergulhadas emuma mistura contendo 400 mL de gua sanitria para 600 mL de gua, durante5 minutos para esterilizao. Antes da semeadura, deve haver uma seleo paraeliminar as sementes com indcios de ataques por fungos, insetos e bactrias oumesmo aquelas que estiverem chochas e com danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoDepois dos procedimentos de coleta, limpeza e seleo, as sementes devero sercolocadas para germinar em sementeira/canteiro contendo 100% de areia lavadapeneirada, cobertas com uma camada de vermiculita de 0,5 cm a 1,0 cm. Asementeira dever ficar a pleno sol, devendo-se reg-la duas vezes ao dia: incioda manh e final da tarde. Esse procedimento visa a manter o solo da sementeiramido, mas sempre evitando o encharcamento, lembrando que o excesso degua propicia o apodrecimento das sementes e o ataque de patgenos. Comesses tratamentos, as sementes comeam a germinar de 7 a 14 dias, e aporcentagem de germinao superior a 85%.

RepicagemAps a emergncia das plntulas, elas devero ser repicadas para sacos pretos, oque permite maior tempo de permanncia das mudas no viveiro. Os sacos devemser perfurados na base e na lateral e estar dispostos no viveiro sob coberturacom sombrite 50%.



Vermelho.






Tempo de permanncia no viveiroAs mudas estaro prontas para plantio no campo entre 5 e 7 meses.



Jussara

Nome cientfico: Euterpe edulis

Palmeira encontrada na Mata de Galeria inundvel.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos de jussara devem ser coletados de abril a agosto, poca de frutificaoda espcie e podem ser colhidos diretamente da rvore quando apresentaremcolorao escura e iniciarem queda espontnea ou, ainda, recolh-los do cho.

Os frutos, aps a colheita, devem ser mergulhados em gua por um perodo de8 horas a 12 horas, para facilitar a retirada da polpa e, em seguida, lavados emgua corrente e esfregados em uma peneira contendo areia para a completaretirada da polpa. As sementes devero ser colocadas para secar em localsombreado e ventilado. Depois de secadas, mergulh-las em uma misturacontendo 400 mL de gua sanitria para 600 mL de gua, durante 5 minutospara esterilizao.

Antes da semeadura, deve-se fazer uma seleo para eliminar as sementes comindcios de ataques por fungos, insetos e bactrias ou mesmo aquelas queestiverem chochas e com danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoFeitos os procedimentos de coleta, limpeza e seleo, as sementes devero sercolocadas para germinar em sementeira/canteiro contendo 100% de areia lavadapeneirada, cobertas com uma camada de vermiculita de 0,5 cm a 1,0 cm. Asementeira dever ficar em local sombreado, devendo-se reg-la duas vezes aodia: incio da manh e final da tarde. Esse procedimento visa a manter o solo dasementeira mido, mas sempre evitando o encharcamento, lembrando que oexcesso de gua propicia o apodrecimento das sementes e o ataque depatgenos. Com esses tratamentos, as sementes comeam a nascer entre 30 a60 dias, e a porcentagem de germinao de 70%.

RepicagemAps a emergncia, as plntulas devero ser repicadas para sacos pretos, o quepermite maior tempo de permanncia das mudas no viveiro. Os sacos devem ser


perfurados na base e na lateral e estar dispostos no viveiro sob cobertura comsombrite 50% de sombreamento.


Vermelho.








Landim

Nome cientfico: Calophyllum brasiliense

rvore encontrada nas fisionomias de Mata de Galeria eMata Ciliar.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos de landim devem ser coletados durante os meses de maio a agosto,

poca de frutificao da espcie, diretamente da rvore, quando iniciarem a

queda espontnea, ou podem ser recolhidos do cho.

Os frutos, depois da coleta, devero ser colocados em local ventilado e

sombreado para completar o ciclo de maturao e para facilitar a liberao da

polpa. Caso no ocorra a total liberao da polpa, ela dever ser retirada

manualmente (raspagem) com auxlio de canivete ou faca. A seguir, as sementes

devero ser mergulhadas em uma mistura contendo 400 mL de gua sanitria

para 600 mL de gua, durante 5 minutos para esterilizao.

Antes da semeadura, faz-se uma seleo visando a eliminar as sementes com

indcios de ataques por fungos, insetos e bactrias ou mesmo aquelas chochas e

com danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoTerminados os procedimentos de coleta, limpeza, escarificao e seleo, as

sementes devero ser semeadas em sementeira/canteiro (semeadura indireta)contendo 100% de areia lavada peneirada, cobertas com uma camada de

vermiculita de 1,0 cm a 2,0 cm. A sementeira dever ficar em ambiente

sombreado (sombrite 50%).

Durante o perodo de emergncia da planta, a sementeira deve ser regada duasvezes ao dia: incio da manh e final da tarde. Esse procedimento tem por

finalidade manter o solo da sementeira mido, todavia, sem encharcamento,

visto que o excesso de gua colabora para o apodrecimento das sementes e o

ataque de patgenos. Com esses tratamentos, as sementes comeam a nascer

entre 30 e 50 dias, e a porcentagem de germinao superior a 60%.


RepicagemAs plntulas devero ser repicadas para sacos pretos, perfurados na base e nalateral e estar dispostos no viveiro sob cobertura com sombrite 50% desombreamento.


Vermelho.





Tempo de permanncia no viveiroAs mudas estaro prontas para plantio no campo de 7 a 10 meses.



Mama-cadela

Nome cientfico: Brosimum gaudichaudii

Arbusto encontrado nas fisionomias de Cerrado e noCerrado sentido restrito.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos de mama-cadela devem ser coletados entre os meses de outubro ejaneiro, poca de frutificao da espcie. Devero ser colhidos diretamente darvore, quando apresentarem cor amarelada e iniciarem queda espontnea, ourecolhidos diretamente do cho.

Coletados os frutos, estes devero ser colocados em local sombreado paracompletar a maturao e para facilitar a retirada da polpa manualmente. Aps aretirada das sementes, estas devero ser mergulhadas em uma mistura contendo400 mL de gua sanitria para 600 mL de gua, durante 5 minutos paraesterilizao.

Antes da semeadura, importante fazer uma seleo para eliminar as sementescom indcios de ataques por fungos, insetos e bactrias ou mesmo aquelaschochas e com danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoDepois dos procedimentos de coleta, limpeza e seleo, as sementes devero sersemeadas em sementeira/canteiro contendo 100% de areia lavada peneirada ecobertas com uma camada de vermiculita de 1,0 cm a 2,0 cm. A sementeiradever ficar a pleno sol, devendo-se reg-la duas vezes ao dia: incio da manh efinal da tarde, procedimento que visa a manter o solo da sementeira mido,todavia sem encharcamento, uma vez que o excesso de gua propicia oapodrecimento das sementes e o ataque de patgenos. Com esses tratamentos,as sementes comeam a nascer entre 15 e 30 dias, e a porcentagem degerminao inferior a 50%.

RepicagemAs mudas devero ser repicadas para sacos pretos, perfurados na base e nalateral e estar dispostos no viveiro sob cobertura com sombrite 50% durante 60


dias. A partir da, devero ser removidas para pleno sol, com reduo dairrigao de duas para uma vez por dia.


Vermelho.








Mangaba

Nome cientfico: Hancornia speciosa

rvore encontrada nas fisionomias de Cerrado sentidorestrito e Cerrado.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos de mangaba devero ser coletados durante os meses de outubro anovembro, poca de frutificao da espcie, devendo ser colhidos no cho apsqueda espontnea.

Para separar a polpa da semente, recomenda-se utilizar uma peneira paramacerao dos frutos em gua corrente. Feito esse procedimento, as sementesdevem ser colocadas em local sombreado sobre papel absorvente, de um diapara o outro, para uma secagem superficial (PEREIRA et al., 2002).Posteriormente, devem ser mergulhadas em uma mistura contendo 400 mL degua sanitria para 600 mL de gua, durante 3 minutos para esterilizao.

Antes da semeadura, recomenda-se uma seleo para eliminar as sementes comindcios de ataques por fungos, insetos e bactrias ou mesmo aquelas chochas ecom danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoTerminados os procedimentos de coleta, limpeza e seleo, as sementes deveroser semeadas colocando-se de duas a trs sementes por recipiente (sacosplsticos ou tubetes) em minicovas perfuradas com a ponta dos dedos (PEREIRAet al., 2002), cobrindo-as com uma camada de 1,0 cm de substrato arenoso ouvermiculita fina (PEREIRA et al., 2002), regando-as duas vezes ao dia: incio damanh e final da tarde. Esse procedimento visa a manter o solo da sementeiramido, mas sempre evitando o encharcamento, pois o excesso de gua propiciao apodrecimento das sementes e o ataque de patgenos. Com essestratamentos, as sementes comeam a nascer de 15 a 25 dias, e a porcentagemde germinao de 80%. Aos 90 dias depois da semeadura, deve-se fazer odesbaste das mudas (PEREIRA et al., 2002).

Os sacos ou tubetes com as mudas devero ser mantidos em ambientesombreado 50% durante 60 dias. A partir da, devero ser removidas parapleno sol, com reduo da irrigao de duas para uma vez por dia.


Substrato3 Um carrinho rs-de-mo (aproximadamente 50 litros) de areia grossa de rio.

Cinco litros de esterco, curtido, de gado.

Cento e cinqenta gramas de adubo de liberao controlada da frmula (15-10-10).


3 Segundo Pereira et al., 2002.


Pau-dleo

Nome cientfico: Copaifera langsdorffii

rvore encontrada nas fisionomias de Matas de Galeria,Ciliar e Cerrado sentido restrito.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos do pau dleo devero ser coletados durante os meses de maio aoutubro, poca de frutificao da espcie, diretamente da rvore, quandoiniciarem a abertura e a queda espontnea.

Depois da coleta, os frutos devero ser colocados em local ventilado esombreado para total secagem e liberao do arilo aderente s sementes. Apsesse procedimento, as sementes devero ser escarificadas em local contrrio aohilo, para melhor absoro de gua, e mergulhadas em uma mistura de 400 mLde gua sanitria para 600 mL de gua, durante 5 minutos para esterilizao.Antes da semeadura, recomenda-se fazer uma seleo para eliminar as sementescom indcios de ataques por fungos, insetos e bactrias ou mesmo aquelas queestiverem chochas e com danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoFeitos os procedimentos de coleta, limpeza, escarificao e seleo, as sementesdevero ser semeadas em sementeira/canteiro contendo 100% de areia lavadapeneirada, cobertas com uma camada de vermiculita de 0,5 cm a 1,0 cm. Asementeira dever ficar a pleno sol, devendo-se reg-la duas vezes ao dia: incioda manh e final da tarde, para manter o solo da sementeira mido, porm noencharcado, visto que o excesso de gua propicia o apodrecimento dassementes e o ataque de patgenos. Com esses tratamentos, as sementescomeam a nascer entre 15 e 30 dias, e a porcentagem de germinao inferiora 50%. Os sacos ou tubetes com as mudas devero ser mantidos em ambientesombreado 50%.

RepicagemAs plntulas devero ser repicadas para sacos pretos que so recipientes maiorese que permitem s mudas maior tempo de permanncia no viveiro. Os sacosdevem ser perfurados na base e na lateral e estar dispostos no viveiro sobcobertura com sombreamento parcial (sombrite 50%).



Vermelho.

1 carrinho-de-mo (aproximadamente 70 litros) de esterco, curtido, de gado.




Trinta gramas de FTE BR 12.




Pau-pombo

Nome cientfico: Tapirira guianensis

rvore encontrada nas fisionomias de Mata de Galeria e

Cerrado.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos de pau-pombo devem ser coletados de outubro a maro, poca de

frutificao da espcie, devendo ser colhidos diretamente da rvore quando

apresentarem colorao escura e queda espontnea. A seguir, as sementes

devero ser colocadas em um local sombreado e ventilado para completar ciclo

de maturao.

Depois da coleta, os frutos devero ser despolpados manualmente, esfregando-

os sobre uma peneira em gua corrente. Aps esses procedimentos, as sementes

devero colocadas em local sombreado para serem parcialmente secadas.

Posteriormente, devem ser mergulhadas em uma mistura de 400 mL de gua

sanitria para 600 mL de gua, durante 5 minutos para esterilizao. Antes da

semeadura, deve-se fazer uma seleo para eliminar as sementes com indcios de

ataques por fungos, insetos e bactrias ou mesmo aquelas que estiverem

chochas e com danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoDepois de coletadas, limpas e selecionadas, as sementes devero ser semeadas

em sementeira/canteiro contendo 100% areia lavada, cobertas com uma camada

de vermiculita 0,5 cm a 1,0 cm. A sementeira dever ficar a pleno sol ou em

local sombreado.

Durante o perodo de emergncia, deve-se regar as plntulas duas vezes ao dia:

incio da manh e final da tarde. Esse procedimento visa a manter o solo da

sementeira mido, mas sem encharcamento, visto que o excesso de gua

propicia o apodrecimento das sementes e o ataque de patgenos. Com esses

tratamentos, as sementes comeam a nascer de 18 a 30 dias, e a porcentagem

de germinao de 70% a 80%.


RepicagemDepois da emergncia das plntulas, elas devero ser repicadas para sacospretos, que so recipientes maiores e que permitem s mudas maior tempo depermanncia no viveiro. Os sacos devem ser perfurados na base e na lateral eestar dispostos no viveiro sob cobertura com sombreamento parcial (sombrite50%).


Vermelho.









Pequi

Nome cientfico: Caryocar brasilienses

rvore encontrada nas fisionomias de Cerrado eCerrado.

Obteno de sementes, limpeza e seleoA coleta dos frutos de pequi inicia-se em dezembro prolongando-se at fevereiro.

Os frutos devem ser recolhidos do cho logo aps sua queda espontnea.

Aps a coleta, deve-se remover a casca. Para despolp-los, devem ser deixadosem recipiente ou lona sombra, de 1 a 2 semanas at o apodrecimento da polpa

(PEREIRA et al., 2002). A seguir, devem ser submetidos a jato dgua para total

retirada da polpa. Despolpados, os caroos devero ser colocados em local

sombreado e ventilado, por at 10 dias. Antes da semeadura, as sementes

devem ser submetidas a um tratamento com cido giberlico, na proporo de

um grama do cido para quatro litros de gua, durante um perodo de quatro dias(PEREIRA et al., 2004).

Semeadura e germinaoOs caroos devero ser semeados em sementeira/canteiro contendo 100% de

areia lavada peneirada a uma distncia de 2 cm a 3 cm entre si e cobertos com

uma camada de vermiculita de 1,0 cm (PEREIRA et al., 2002). A sementeira

dever ficar a pleno sol.

De acordo com Pereira et al. (2002), para a obteno de plntulas normais, os

caroos devem ser colocados para germinar com a ponta para baixo (lado menos

dilatado e prximo ao orifcio do caroo).

Durante o perodo de emergncia da planta, deve-se reg-la duas vezes ao dia:incio da manh e final da tarde. Esse procedimento visa a manter o solo da

sementeira mido, porm sem encharcamento, pois o excesso de gua propicia o

apodrecimento das sementes e o ataque de patgenos. Com esses tratamentos,

as sementes comeam a nascer de 20 a 45 dias, e a porcentagem de germinao

de 50% a 60%.


RepicagemDepois da germinao, as plntulas com at 5 cm de altura devero ser repicadaspara sacos plsticos (PEREIRA et al., 2002). Para facilitar a drenagem, devemser feitas mais duas fileiras de furos de 0,5 cm a 0,7 cm de dimetro, no fundoe outra no quarto inferior dos sacos (PEREIRA et al., 2002). As mudas devemestar dispostas no viveiro sob cobertura com sombreamento parcial (sombrite50%) durante 30 dias. A partir da, devero ser removidas para pleno sol, comreduo da irrigao de duas para uma vez por dia.


Vermelho.




Oitocentos e quarenta gramas de adubo de liberao controlada da frmula(15-10-10).

Tempo de permanncia no viveiroAs mudas estaro prontas para plantio de campo de 7 a 10 meses.

AdubaoA primeira adubao dever ser feita a partir do nono ms, se necessrio.Devero ser utilizados trs gramas de adubo de liberao controlada da frmula(15-10-10).


Pinha-do-brejo

Nome cientfico: Talauma ovata

rvore encontrada na Mata de Galeria inundvel.

Obteno de sementes, limpeza e seleoOs frutos de pinha-do-brejo devem ser coletados durante os meses de junho asetembro, poca de frutificao da espcie quando iniciarem a aberturaespontnea, expondo o arilo vermelho aderente s sementes.

Depois da coleta, os frutos devero ser colocados em local ventilado esombreado para completar a abertura, liberao e secagem do arilo aderente semente, o qual dever ser removido. Recomenda-se mergulhar as sementes emuma mistura de 400 mL de gua sanitria para 600 mL de gua, durante 3minutos para esterilizao. Antes da semeadura, deve-se fazer uma seleo paraeliminar as sementes com indcios de ataques por fungos, insetos e bactrias oumesmo aquelas que estiverem chochas e com danos fsicos aparentes.

Semeadura e germinaoFeitos os procedimentos de coleta, limpeza e seleo, as sementes devero sersemeadas em sementeira/canteiro contendo 100% de areia lavada e peneirada,cobertas com uma camada de vermiculita 0,5 cm a 1,0 cm. A sementeira deverficar em local sombreado.

No perodo de emergncia da plntula, as sementes devem ser regadas duasvezes ao dia: incio da manh e final da tarde, para manter o solo da sementeiramido, mas sem encharcamento, visto que o excesso gua propicia oapodrecimento das sementes e o ataque de patgenos. Com esses tratamentos,as sementes comeam a nascer de 20 a 40 dias, e a porcentagem de germinao de aproximadamente 60%.

RepicagemAs mudas devero ser repicadas para sacos pretos, que so recipientes maiores eque permitem s mudas maior tempo de permanncia no viveiro. Os sacosdevem ser perfurados na base e na lateral e estar dispostos no viveiro sobcobertura com 50% de sombreamento.



Vermelho.








Tamboril-da-mata

Nome cientfico: Enterolobium contortisiliquum

rvore encontrada nas fisionomias de Mata de Galer

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Viveiro e Producao de Mudas