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da Igreja Jornal da Diocese de Petrópolis Voz www.diocesepetropolis.org.br/jornaldiocesano Ano II | Nº 13 | Junho 2015 O Bispo Dom Gregório Paixão, realizou o lançamento oficial do Projeto Raquel na Diocese de Pe- trópolis, no dia 11 de maio, no programa Ecclesia – Igreja Católica em Foco. Este é um ministério de cura pós-aborto, criado pela Igreja Católica nos Estados Unidos, que atualmente está ativo em diver- sos países, inclusive no Brasil. O projeto visa atender pessoas que de alguma forma foram atingidas pela prática do aborto, permitin- do-lhes sentir o luto, desenvolver um relacionamento pessoal com Cristo e se unirem novamente à Igreja, por meio do Sacramento da Reconciliação. “Estamos abertos para acolher essas pessoas, lhes falar de Deus, consolar o coração, porque sabe- mos que as crianças já não voltam e as lágrimas permanecem, mas nós queremos restaurar esses corações feridos”, expressou o Bispo. Mais de dois mil jovens participaram do 27º Congresso da Juventude Católica da Diocese de Petrópolis, que aconteceu no dia 3 de maio, em Teresópolis. Entre os momentos centrais do evento, estiveram a Santa Missa e a Adoração ao Santíssimo. P.3 Foto: Pascom Diocese de Petrópolis Projeto Raquel é lançado na Diocese de Petrópolis JUVENTUDE CATÓLICA No dia 12 de maio, o Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, presidiu ceri- mônia de entronização da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Santuário de Fátima, em Portugal. O ato faz parte das comemorações pelos 300 da aparição da imagem no Rio Paraíba do Sul, o que será celebrado em 2017. P.8 Cardeal Damasceno entroniza imagem de Aparecida em Fátima Pascom lança projeto diocesano A Pastoral da Comunicação (Pas- com) da Diocese de Petrópolis lan- çou no dia 17 de maio e seu projeto diocesano. O documento contém informações sobre a pastoral, sua estrutura e forma de atuação, além de orientações para os trabalhos nos decanatos e paróquias. O lançamento aconteceu durante assembleia realizada no Dia Mun- dial das Comunicações Sociais, data comemorada todos os anos no do- mingo da Ascenção do Senhor. P.4 Foto: Pascom Diocese de Petrópolis

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Noticias da Diocese de Petrópolis

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da IgrejaJornal da Diocese de Petrópolis

Vozwww.diocesepetropolis.org.br/jornaldiocesano Ano II | Nº 13 | Junho 2015

O Bispo Dom Gregório Paixão, realizou o lançamento ofi cial do Projeto Raquel na Diocese de Pe-trópolis, no dia 11 de maio, no programa Ecclesia – Igreja Católica em Foco. Este é um ministério de

cura pós-aborto, criado pela Igreja Católica nos Estados Unidos, que atualmente está ativo em diver-sos países, inclusive no Brasil. O projeto visa atender pessoas que de alguma forma foram atingidas pela prática do aborto, permitin-do-lhes sentir o luto, desenvolver um relacionamento pessoal com Cristo e se unirem novamente à Igreja, por meio do Sacramento da Reconciliação.

“Estamos abertos para acolher essas pessoas, lhes falar de Deus, consolar o coração, porque sabe-mos que as crianças já não voltam e as lágrimas permanecem, mas nós queremos restaurar esses corações feridos”, expressou o Bispo.

Mais de dois mil jovens participaram do 27º Congresso da Juventude Católica da Diocese de Petrópolis, que aconteceu no dia 3 de maio, em Teresópolis. Entre os momentos centrais do evento, estiveram a Santa Missa e a Adoração ao Santíssimo. P.3

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Projeto Raquel é lançado naDiocese de Petrópolis

JUVEntUDE catÓLica

No dia 12 de maio, o Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, presidiu ceri-mônia de entronização da imagem de Nossa Senhora Aparecida no

Santuário de Fátima, em Portugal. O ato faz parte das comemorações pelos 300 da aparição da imagem no Rio Paraíba do Sul, o que será celebrado em 2017. P.8

Cardeal Damasceno entroniza imagem de Aparecida em Fátima

Pascom lança projeto diocesanoA Pastoral da Comunicação (Pas-

com) da Diocese de Petrópolis lan-çou no dia 17 de maio e seu projeto diocesano. O documento contém informações sobre a pastoral, sua estrutura e forma de atuação, além de orientações para os trabalhos nos decanatos e paróquias.

O lançamento aconteceu durante assembleia realizada no Dia Mun-dial das Comunicações Sociais, data

comemorada todos os anos no do-mingo da Ascenção do Senhor. P.4

Foto: Pascom Diocese de Petrópolis

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Voz da Igreja2 | Junho 2015

EXPEDIENTE:O jornal Voz da Igreja é uma produção da Pastoral da Comunicação da Diocese de Petrópolis.

Bispo: Dom Gregório PaixãoCoordenador: Padre Alexandre Brandão dos Santos

Edição: Natalia ZimbrãoRedação: Rogério Tosta e Natalia ZimbrãoDiagramação: Natalia ZimbrãoDiocese de PetrópolisR. São Pedro de Alcântara, 12,Centro – Petrópolis / RJ - CEP: 25.685-300.Telefone: (24) 2231-5212 | Site: diocesepetropolis.org.br/jornaldiocesano E-mail: [email protected]

Homilia na Missa de Corpus Christi

VOZ DO PAPA

“O Senhor teu Deus...

deu-te por alimento o maná, que tu não conhecias”(Dt 8, 2-3).

Estas palavras do Deuteronô-mio fazem referência à história de Israel, que Deus fez sair do Egi-to, da condição de escravidão, e durante quarenta anos guiou no deserto rumo à terra prometida. Uma vez que se estabelece nessa terra, o povo eleito alcança uma determinada autonomia, certo bem-estar, e corre o risco de se es-quecer das tristes vicissitudes do passado, ultrapassadas graças à intervenção de Deus e à sua bon-dade infinita. Então, as Escrituras exortam a recordar, a fazer memó-ria de todo o caminho percorrido no deserto, durante a época da carestia e do desânimo. O convite consiste em voltar ao essencial, à experiência da dependência total de Deus, quando a sobrevivência estava confiada nas suas mãos, para que o mundo compreendes-se que “não vive só de pão o ho-mem, mas de tudo o que sai da boca do Senhor” (Dt 8, 3).

Além da fome física, o homem sente outro tipo de fome, uma fome que não pode ser saciada

com o alimento comum. Trata-se da fome de vida, fome de amor, fome de eternidade. E o sinal do maná — como toda a experiência do êxodo — continha em si tam-bém esta dimensão: era figura de um alimento que satisfaz esta for-me profunda que o homem sente. Jesus concede-nos este alimento, aliás, Ele mesmo é o pão vivo que dá vida ao mundo (cf. Jo 6, 51). O seu Corpo é o verdadeiro alimen-to, sob a espécie do pão; o seu San-gue é a verdadeira bebida, sob a espécie do vinho. Não se trata de um simples alimento com o qual saciar os nossos corpos, como no caso do maná; o Corpo de Cristo é o pão dos últimos tempos, capaz de dar vida, e vida eterna, porque a substância deste pão é o Amor.

Na Eucaristia comunica-se o amor do Senhor por nós: um amor tão grandioso que nos nutre com Ele mesmo; um Amor gratui-to, sempre à disposição de cada pessoa faminta e necessitada de regenerar as próprias forças. Vi-ver a experiência da fé significa deixar-se alimentar pelo Senhor e construir a própria existência não sobre os bens materiais, mas so-bre a realidade que não perece; os dons de Deus, a sua Palavra e o

seu Corpo.Se olharmos ao nosso redor,

damo-nos conta de que existem muitas ofertas de alimento que não derivam do Senhor e que apa-rentemente satisfazem em maior medida. Alguns se nutrem de dinheiro, outros de sucesso e de vaidade, outros ainda de poder e de orgulho. Mas o único alimento que nos nutre verdadeiramente e que nos sacia é aquele que o Se-nhor nos concede! O alimento que o Senhor nos oferece é diferente dos demais, e talvez não nos pa-reça tão saboroso como determi-nadas comidas que o mundo nos oferece. Então, sonhamos outras refeições, como os hebreus no deserto, que tinham saudades da carne e das cebolas que comiam quando estavam no Egito, esque-cendo-se, contudo, de que co-miam aqueles pratos na mesa da escravidão. Naqueles momentos de tentação, eles recuperavam a memória, mas uma memória do-entia, uma memória seletiva. Uma memória escrava, não livre.

Hoje, cada um de nós pode per-guntar-se: e eu? Onde quero co-mer? De que mesa me desejo ali-mentar? Na mesa do Senhor? Ou então sonho em comer alimentos

saborosos, mas na escravidão? Além disso, cada um de nós pode interrogar-se: qual é a minha me-mória? A do Senhor que me salva, ou a do alho e das cebolas da es-cravidão? Com que memória sa-cio a minha alma?

O Pai diz-nos: “Dei-te por ali-mento o maná, que tu não conhe-cias”. Recuperemos a memória! Eis a tarefa, recuperar a memória. E aprendamos a reconhecer o pão falso que ilude e corrompe, por-que é fruto do egoísmo, da autos-suficiência e do pecado.

Daqui a pouco, durante a procis-são, seguiremos Jesus realmente presente na Eucaristia. A Hóstia é o nosso maná, mediante o qual o Senhor se nos oferece a Si mesmo. Dirijamos-nos a Ele com confian-ça: Jesus, defendei-nos das tenta-ções do alimento mundano que nos torna escravos, do alimento envenenado; purificai a nossa me-mória, a fim de que não perma-neça prisioneira na seletividade egoísta e mundana, mas seja me-mória viva da vossa presença ao longo da história do vosso povo, memória que se faz “memorial” do vosso gesto de amor redentor. Assim seja!

19 de Junho de 2014

EDITORIAL

Um mês marcado por tantas celebrações

Esse mês que estamos encerrando foi marcado pelo término do Tempo Pascal, pelas solenidades da Ascensão do Senhor e Pente-costes, sendo coroado com as celebrações de Festas Marianas im-portantes como a de Nossa Senhora de Fátima no dia 13 e a de Nossa Senhora do Amor Divino no dia 31. No diálogo do anjo com Nossa Senhora, no Evangelho de São Lucas no capítulo primeiro, aprendemos muito a dinâmica do chamado que Deus faz a todos nós. O chamado é sempre para uma obra que supera nossas capa-cidades, por isso, nasce a dúvida no coração e as palavras do anjo nos ajudam a continuar lutando para responder ao Senhor: “Não tenhas medo, porque o que vai acontecer é obra do Espírito Santo... porque a Deus nada é impossível”.

Esse mês também foi marcado pelo Dia Mundial das Comunica-

ções Sociais, celebrado no dia 17 de Maio, dia da Festa da Ascensão do Senhor. O dia foi marcado por muitas iniciativas e encontros tan-to no Brasil quanto no mundo. Na Diocese de Petrópolis, a Pastoral da Comunicação organizou a sua assembleia diocesana apresentan-do o novo projeto de comunicação e também algumas experiências de comunicação que vem dando frutos na Diocese como é o caso da TV Católica e da Rádio Imperial. Também foram apresentados os novos coordenadores de decanato e o novo trabalho a partir do diretório nacional e do projeto diocesano.

Para o mês de junho, a Diocese celebrará com muita fé a Festa de Corpus Christi, a solenidade do Sagrado Coração e continuará toda preparação para a Jornada Diocesana da Juventude que acontecerá em julho.

O chamado é sempre para uma obra que supera nossas capacidades

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Junho 2015 | 3Voz da Igreja

Em evento realizado no dia 3 de maio, no Ginásio Pedrão, o Bispo Dom Gregório Paixão exortou os jovens a testemunharem Cristo com a própria vida

DIOCESE

Congresso Juventude reúne milhares, em Teresópolis

O 27º Congresso da Juventude, realizado em Teresópolis, no dia 3 de maio, reuniu mais de dois mil jovens das 45 paróquias da Dio-cese de Petrópolis, no Ginásio Pe-drão. Eles foram convocados pelo Bispo diocesano, Dom Gregório Paixão, a seguirem o exemplo dos Apóstolos e cumprirem a missão que o Senhor lhes convida a re-alizar, “ir por todos os lugares e anunciar o evangelho, testemu-nhando com a própria vida”.

Entre os pontos altos do Con-gresso, estiveram a Santa Missa presidida pelo bispo diocesano Dom Gregório Paixão, e a Adora-ção ao Santíssimo, conduzida pelo

diácono Janderson Ferreira Souza – um momento presente em todos os congressos, quando os jovens têm um encontro pessoal com Je-sus vivo e presente na Eucaristia.

As atividades iniciaram com a oração da manhã e seguiram com a animação conduzida pelo Mi-nistério Mater Dei, com músicas que levaram os jovens a louvar o Senhor. Após as palavras de aco-lhidas, os presentes tiveram um momento com os símbolos da JDJ. A cruz e a imagem de Nossa Senhora do Amor Divino foram levadas pelos jovens ao centro do ginásio, onde todos rezaram pela juventude da Diocese de Petrópo-

lis, por suas famílias, por toda a Diocese e pela JDJ.

Em seguida, foram realizados três workshops: Renato Vargens, da Comunidade Shalom, e Ve-rônica Jordão, da Comunidade Mater Dolorosa de Jerusalém, fa-laram sobre o tema “O que faço com a minha sexualidade?”; Pau-lo César, da Comunidade Sha-lom, falou sobre “Adicção ciber-nética: quando a rede é a droga”; e Alessandro Garcia, da Oficina de Valores, abordou a questão da “Civilização do espetáculo e au-toexibição: qual o problema”.

Na parte da tarde do Congres-

so, a juventude tomou conta do ginásio para participar da Santa Missa, presidida pelo Bispo Dio-cesano e concelebrada por diver-sos padres. Em sua homilia, Dom Gregório Paixão observou que durante os tempos, foram surgin-do várias tribos, mas existe uma que está acima de todas e que não exclui ninguém, é a tribo daque-les que buscam o Senhor e esco-lhem Jesus Cristo. Comentando a liturgia do dia, o Bispo ressaltou que uma maneira de viver em um mundo tão dividido é estar liga-do à videira, que é Jesus. Assim, segundo ele, é possível atender o chamado do Senhor que diz “Ide”, convidando a anunciar sua Palavra ao mundo. Dirigindo-se aos jovens, Dom Gregório disse que a Igreja acredita na juventude e quer caminhar com ela.

Encerrando o Congresso, todos aproveitaram o show da cantora católica Ana Gabriela. Com suas canções, ela levou aos jovens uma mensagem de felicidade, encon-trada em Jesus.

Pré-CongressoO Congresso da Juventude teve

início no sábado, com a realização do Pré-Congresso com as lideran-ças jovens. O coordenador dioce-sano do Setor Juventude, Padre Luiz Henrique Veridiano, disse que o encontro foi muito bom e puderam definir uma série de coi-sas para juventude diocesana. Ele convocou os jovens para partici-parem da Jornada Diocesana da Juventude (JDJ-2015), que aconte-ce entre os dias 23 e 26 de julho, no Decanato São Pedro de Alcân-tara, reunindo jovens de todas as 45 paróquias.

Dom Gregório Paixão presidiu a Santa Missa, durante à tarde, no 27º Congresso da Juventude da Diocese de Petrópolis

Fotos: Pascom Diocese de Petrópolis

Confira mais fotos em: www.flickr.com/pascomdiocesepetrpolis

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Voz da Igreja4 | Junho 2015

DIOCESE

Foi inaugurada no dia 13 de maio, a Creche São Judas Tadeu da Mose-la. A instituição paroquial funciona por meio de um convênio da Mitra Diocesana com a Prefeitura de Pe-trópolis e soma-se ao trabalho edu-cacional promovido pela Paróquia São Judas Tadeu.

O espaço começou as atividades no dia 18 de maio, atendendo, ini-cialmente, 50 crianças entre 1 e 4 anos e, futuramente, esse número será aumentado para 150. O fun-cionamento da creche é das 7h30 às 17h. Segundo a diretora, Eliene de Fátima Silva Xavier, o diferencial do trabalho oferecido pela creche pa-roquial está na formação oferecida. “Sempre vejo o trabalho educacio-nal além daquilo que aprendemos na teoria. É um trabalho missio-nário dentro da Paróquia. Para as crianças, isso faz toda a diferença,

porque colocamos a questão dos valores com elas e com as próprias famílias”, conta a profissional.

Estiveram presentes na inaugura-ção, o Bispo Diocesano, Dom Gre-gório Paixão, o pároco Padre Jardel Lima, o vigário Padre Luis Mello, o pároco de Nogueira, Padre Fabia-no Motta, o Diácono Permanente Cláudio Portilho, o prefeito Rubens Bomtempo, a primeira dama Lucia-ne Bomtempo, a secretária de Edu-cação Mônica Freitas, a subsecre-tária Rosilene Ribeiro, vereadores e os representantes da Cruzada do Menor, Sr. Belmiro Nunes e a Sra. Teresa Cristina.

A construção da Creche teve início com Padre Luis Mello, que assumiu a Paróquia da Mosela em 2010, e contou com o apoio da Cruzada do Menor. Em agosto de 2014, a Paró-quia foi assumida por Padre Jardel

Lima que deu continuidade ao pro-jeto. O pároco fez memória da histó-ria da educação no bairro, que teve como um dos precursores Frei Ani-ceto Kroker. “Ele também destacou os apoios do poder público e das Obras Sociais São Judas Tadeu.

O Bispo Diocesano, Dom Gregório Paixão, agradeceu a Deus e a todos os colaboradores dessa obra. “O po-eta diz ‘Deus quer, o homem sonha, a obra nasce’”, citou, ao ressaltar que mesmo antes que surgisse a ideia da creche, Deus já havia planejado.

Creche São Judas Tadeu é inauguradaFoto: Pascom Paróquia São Judas Tadeu

No dia 24 de maio, as Novas Co-munidades que atuam na Diocese de Petrópolis realizaram uma pe-regrinação ao Santuário de Nos-sa Senhora do Amor Divino, em Corrêas. Durante a peregrinação os fundadores, membros, amigos e benfeitores das Comunidades puderam partilhar dos seus dons e carismas uns com os outros. A peregrinação foi marcada pela ale-gria do encontro, pois este momen-to tem por finalidade promover a unidade e principalmente a frater-nidade entre as Comunidades que atuam com casas de missão dentro do território diocesano.

Todos foram recebidos no Santu-ário pelo padre referencial para as Novas Comunidades na Diocese de Petrópolis, Pe. Thiago de Freitas, que motivou a vivência de forma fecunda deste momento de encon-tro, partilha e profunda espiritua-lidade junto da Virgem do Amor Divino padroeira da Diocese.

Os participantes não só clamaram a renovação da graças de Deus em suas almas, mas, como comunida-de cristã, promoveram a unidade através da oração do Santo Rosário, meditando nos mistérios da Salva-ção e, logo em seguida, participa-ram da Celebração Eucarística pre-sidida pelo Bispo diocesano, Dom Gregório Paixão.

Em sua homilia, o Bispo chamou a atenção para o capítulo 20 do Evan-gelho de São João: “os discípulos estavam com medo”. Ele afirmou que “o Senhor quer nos dar a paz, portanto, não devemos ter medo de fazer em vontade a vontade de Jesus”. Dom Gregório chamou as Novas Comunidades a se revesti-rem da força do Espírito Santo.

Peregrinação das Novas

Comunidades

O lançamento do CD Com Maria, da cantora católica Marcela Sies-ler, aconteceu na noite do dia 24 de maio, uma homenagem ao Padre Quinha (Padre José Carlos Medeiros Nunes), falecido em 2013, e em bene-fício a obra criada por ele, Oficina de Jesus. O show aconteceu no Theatro Dom Pedro, em Petrópolis e contou com a presença do Bispo Diocesano, Dom Gregório Paixão, OSB e os fa-miliares do Padre Quinha.

A artista acompanhou todo o pro-cesso de produção do CD e conta que a escolha do repertório foi uma das fases mais difíceis, com a se-leção das músicas e a autorização dos compositores. Para este traba-lho teve como foco o objetivo de relembrar o sacerdote. “Como se trata de uma homenagem ao sau-doso e querido Pe. Quinha e ele era demasiadamente mariano, um dos

critérios foi recolher músicas que falassem do amor maternal e tes-temunho da Mãe de Jesus Cristo, Maria de Nazaré. O outro critério foi falar um pouco da saudade que ele nos deixou”, declara.

O incentivo para gravar um CD surgiu há alguns anos, com o pró-prio Pe. Quinha, que foi quem des-cobriu o talento de Marcela, quan-do, aos 9 anos, ela cantava no coral da Igreja Nossa Senhora do Amor Divino, em Corrêas. “Segundo ele, minha voz era diferente das ou-tras crianças do coral, muito ‘afi-nadinha’ Depois minha família se mudou para Itaipava e perdemos o contato. Nós nos reencontramos em 2004 e ele reconheceu em mim aquela menininha-cantora”, conta a artista. “A ideia foi dele: ‘Você tem que gravar um CD!’, disse. Sonha-mos juntos com isso, mas lamentei

muito por não ter dado tempo de realizá-lo antes de sua tão inespe-rada partida”.

Com Maria é também o nome da música principal do CD e faz refe-rência a conhecida frase de Pe. Qui-nha, “Toda hora, todo dia, de mãos dadas com Maria”. Uma compo-sição de Thomaz Filho, a canção foi criada após, em uma conversa, Marcela recitar para ele esta frase. “Ele pediu que eu repetisse e, na semana seguinte, veio com a músi-ca que virou o carro chefe do CD”.

CD de Marcela Siesler homenageia Pe. QuinhaFoto: Pascom Diocese de Petrópolis

A Diocese de Petrópolis lançou, no dia 25 de maio, seu novo site (www.diocesepetropolis.org.br). Com layout moderno, o site tem caráter mais institucional do que anterior, com destaque para as in-formações sobre a Diocese, o clero, as pastorais, as paróquias, os mo-vimentos e as comunidades. Além disso, tem espaço dedicado à Litur-gia Diária, Santo do Dia e também notícias da Diocese.

A proposta busca acompanhar o desenvolvimento das novas tecno-logias de comunicação e mantém relação com as redes sociais e in-

tegração entre os instrumentos de comunicação da Diocese.

Com a consolidação do site, o próximo passo do mesmo projeto será a criação do aplicativo dioce-sano para tablets e smartphones, que será lançado em breve.

Esse mais novo projeto diocesa-no faz parte das comemorações da Pastoral da Comunicação e da as-sessoria de comunicação da Dioce-se de Petrópolis, pelo Dia Mundial das Comunicações Sociais, que foi celebrado por toda a Igreja no do-mingo da Ascensão do Senhor, 17 de maio.

Diocese de Petrópolis ganha novo site

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Junho 2015 | 5Voz da Igreja

DIOCESE

AGENDA DIOCESANA

JUNHO JULHO

Dia 2 - Reunião geral do cleroDia 4 - Corpus ChristiDia 7 - Dia do Encontreiro - ECCDia 9 - Aniversário de Magé - Missa no Poço BentoDias 11 a 14 - Cursilho feminino de Magé/GuapimirimDia 12 - Sagrado Coração de JesusDia 13 - Santo Antônio (Alto da Serra, Nogueira e Paquequer)Dia 14 - Festa junina no Seminário e admissão às Sagradas OrdensDia 14 - Formação para leitores e músicos (decanatos São Pedro de Alcântara e Nossa Senhora do Amor Divino)Dias 18 a 21 - Cursilho masculino de Magé/GuapimirimDia 24 - São João Batista (Posse)Dias 25 a 28 - 93º Cursilho de Senhoras de PetrópolisDia 29 - São Pedro (Pedro do Rio e Teresópolis)

Dia 1 - Reunião dos Bispos do Regional Leste 1 Dia 2 - Reunião dos Bispos da Prevíncia de NiteróiDia 6 - Aniversário de TeresópolisDias 6 a 9 - Retiro do CleroDias 10 a 12 - Retiro de Música IIDia 12 - Um Canto pela Vida - 25 anos da Comunidade Jesus MeninoDia 17 - Santo AleixoDias 18 e 19 - Encontro dos ex-alunos do SeminárioDias 23 a 26 - Jornada Diocesana da JuventudeDia 24 - São Cristóvão (Fonte Santa)Dia 26 - Sant’Ana e São Joaquim (Cascatinha)Dias 27 a 30 - Retiro anual dos seminaristasDia 29 - 9º aniversário de ordenação episcopal de Dom Gregório Paixão

No dia 17 de maio, ao celebrar a Ascen-são do Senhor, a Igreja também come-morou o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Nesse dia, a Pastoral da Comu-nicação (Pascom) da Diocese de Petrópo-lis realizou uma assembleia, que reuniu cerca de 60 agentes pastorais de todos os decanatos, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Teresópolis. Para marcar a data, foi lançado o Projeto Diocesano da Pascom.

O encontro foi baseado no Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil que pro-põe como quatro eixos de atuação pasto-ral: espiritualidade, articulação, formação e produção.

Logo no início, todos participaram do momento de Adoração ao Santíssimo, colocando diante de Jesus o trabalho que realizam em suas Paróquias. Em segui-da, foram apresentadas três mensagens sobre o Dia Mundial das Comunicações, que teve como tema “Comunicar a famí-lia: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor”. A primeira delas, com o presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB, Dom Dar-ci Nicioli, que destacou a família como escola de comunicação. Já o bispo refe-rencial da Pascom no Regional Leste 1 da

CNBB, Dom Orani Tempesta, falou sobre a importância de se comemorar tal data. Por fim, o bispo diocesano, Dom Gregório Paixão, falou sobre a beleza de comunicar o Reino de Deus no ambiente familiar. Se-gundo ele, a família é um lugar favorável para se anunciar o Evangelho, comunicar a Verdade.

Como momento de formação, o coorde-nador Diocesano da Pascom, Pe. Alexan-dre Brandão, apresentou o Diretório de Comunicação e o Projeto Diocesano. No Diretório, destacou os capítulos 1 e 10: o primeiro sobre a comunicação e a Igreja, e o segundo sobre a atuação da Pascom. Pe. Brandão pediu a todos os agentes que tenham em mente sempre que o papel da comunicação é gerar a comunhão. Sobre o Projeto Diocesano, ressaltou o caráter prático que ele possui, trazendo diversas ações a serem implementadas na Diocese, nos decanatos e paróquias.

A Assembleia contou ainda com a expo-sição de dois veículos de comunicação, a TV Católica de Teresópolis e a Rádio Im-perial de Petrópolis.

No segundo momento da Assembleia fo-ram apresentados os novos coordenadores dos decanatos: Davi Corrêa, do decanato São Pedro de Alcântara; Damião Marinho,

do decanato Nossa Senhora do Amor Di-vino; André Oliveira, do decanato São Pio X; Dominique Barros e Cássio Almeida, do decanato São José de Anchieta. Com os agentes dos respectivos decanatos, cada coordenador realizou uma reunião quan-do puderam conhecer melhor as pesso-as com quem vão trabalhar, montar uma equipe e articular a pastoral.

Assim como iniciou, a Assembleia termi-nou também voltada para a espiritualida-de, com a celebração da Santa Missa. Du-rante sua homilia, Pe. Brandão direcionou aos agentes da Pascom a frase do Evange-lho “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!”.

Pascom lança Projeto DiocesanoFoto: Pascom Diocese de Petrópolis

A Pastoral Familiar do Decanato São José de Anchieta promoveu, no dia 17 de maio, o seu primei-ro Congresso. O evento aconte-ceu na Paróquia São Nicolau, em Suruí. Participaram agentes pas-torais de diversas paróquias do decanato, que refletiram sobre o tema “A família deve ser a vos-sa prioridade pastoral” (São João Paulo II).

Durante toda a tarde, aconte-ceram palestras, havia barracas abordando temas variados, hou-ve momentos de animação, além de espaço para a diversão das crianças.

O Diácono Paulo Roberto Oli-veira conduziu a Adoração ao Santíssimo Sacramento, quando, diante de Jesus Eucarístico, cada um teve seu momento de intimi-dade com o Senhor, podendo re-zar pelas famílias e pelo trabalho da pastoral.

Também participou do evento o Vigário Geral da Diocese de Pe-trópolis, Monsenhor Paulo Daher, que presidiu a Santa Missa. O pá-roco, Padre Leonardo Tassinari foi concelebrante. Ao fim da Cele-bração Eucarística foi feita a coro-ação de Nossa Senhora, represen-tada por uma menina.

Foto: Pascom Paróquia São Nicolau

Congresso da Pastoral Familiar

O movimento Equipes de Nossa Senho-ra comemorou 50 anos na cidade de Pe-trópolis, no dia 24 de maio, com Missa ce-lebrada, na Igreja Nossa Senhora do Sion, na Universidade Católica de Petrópolis.

A Missa foi presidida pelo Bispo Dioce-sano, Dom Gregório Paixão, OSB, e con-celebrada pelo Vigário Geral da Diocese e assessor eclesiástico para Equipe de Nos-sa Senhora, Monsenhor Paulo Daher, pelo sacerdote, Frei Ludovico Garmus, OFM, e pelo Padre Marcio, de Belo Horizonte.

Segundo o casal responsável pelo setor de Petrópolis, Wilson e Celina, cerca de 300 pessoas participaram do encontro, que con-tou com várias atividades. Uma das visitas que os casais fizeram foi a Capela Nossa Senhora Auxiliadora, no Bingen, onde no altar tem a inscrição “Por Maria a Jesus”. De acordo com Wilson, esta foi construída pelos franciscanos e tem 114 anos.

Os coordenadores da Região Rio 2 da Equipes de Nossa Senhora, Fernando e Leila, de Teresópolis, disseram que a mis-são principal deste trabalho na Igreja é a santificação e formação dos casais. Segun-do eles, a Região Rio 2 é formada pelas se-guintes regiões: Nova Friburgo, Teresópo-lis, Petrópolis (Centro), Itaipava, Valença, Volta Redonda e Parapeúna.

Dom Gregório Paixão manifestou sua alegria por ver tantos casais participando das Equipes de Nossa Senhora. Duran-te sua homilia, enfatizou a necessidade desses casais continuarem a testemunhar o amor de Cristo. “Não tenham medo de manifestar ao mundo aquilo que todos nós já conhecemos, pois tenho plena cer-teza que não estamos sozinhos, Cristo está conosco”.

O encontro teve início no dia 23 de maio, com a recepção dos casais que vieram de

várias regiões, inclusive de Minas Gerais. Neste dia, os casais participaram de um momento de oração na Catedral São Pedro de Alcântara, no Trono de Fátima e um passeio cultural em Petrópolis, incluindo uma visita ao Museu Imperial.

No último dia do encontro, os casais participaram de uma palestra no salão no-bre da UCP e, em seguida, da Missa, ter-minando com um grande almoço na Casa de Portugal.

Equipe de Nossa Senhora completa 50 anos em Petrópolis

Foto: Pascom Diocese de Petrópolis

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Voz da Igreja6 | Junho 2015

ATUALIDADE - PROJETO RAQUEL

Lançado Projeto Raquel na Diocese de Petrópolis

O Bispo Dom Gregório Paixão, realizou o lan-çamento ofi cial do Projeto Raquel na Diocese de Petrópolis, no dia 11 de maio, no programa Ecclesia – Igreja Católica em Foco. Este é um minis-tério de cura pós-aborto, criado pela Igreja Ca-tólica nos Estados Unidos, que atualmente está ativo em diversos países, inclusive no Brasil. O projeto visa atender pessoas que de alguma for-ma foram atingidas pela prática do aborto, abra-çá-las e ajudá-las a traçarem uma vida nova, por meio do Sacramento da Reconciliação.

Ao apresentar o projeto, Dom Gregório des-tacou a realidade do aborto, que é um pecado gravíssimo. “A Palavra de Deus é muito clara, ‘não matarás’. Nenhum de nós nasceu para matar outra pessoa. Ninguém tem licença para matar o outro, para matar um inocente e, prin-cipalmente, quando você tem consciência de que é um ser”. Ele ressaltou o fato de as pes-soas saberem que aquela semente que está no ventre materno é uma pessoa e que, portanto, a prática do aborto mata um ser humano. Daí, afi rmou, vem os dramas e traumas de pessoas que estão, de alguma maneira, envolvidas nes-sa realidade.

“Como sou monge beneditino e venho de um mosteiro, lembro que lá o nosso maior trabalho era o de acolher as pessoas. Era quase uma fi la de mulheres para falar sobre o aborto. E, nun-ca vi ninguém ir se confessar e dizer que abor-tou e estava tranquila porque não queria que a criança nascesse. É ainda bem interessante quando a gente ouve outras pessoas que não têm nenhum fundo religioso e dizem que estão desesperadas pela consciência de que mataram um ser inocente e têm consciência de que isso é algo muito grave”, contou o Bispo.

Sobre esta questão, o documento “Ministério do Projeto Raquel: um Manual de consulta pós-aborto para Padres e Líderes do Projeto Raquel”, da Conferência Norte-Americana de Bispos Cató-licos, assinala que, hoje, sabe-se “que eventos traumáticos podem causar danos emocionais consideráveis e superar a capacidade de uma pessoa lidar com as pressões da vida”. Nesse sentido, observa que o aborto é apontado por homens é mulheres como uma perda traumáti-ca e que também pode ser vivenciada por pais, avós e outros membros da família. Sendo assim, esse mesmo manual indica a oportunidade de conversar com um padre ou conselheiros com-

passivos e informados do Projeto Raquel como uma porta para que a pessoa se abra a trabalhar seus sentimentos com relação ao aborto.

O amor e a misericórdia de Deus são, então, os pontos principais do atendimento a essa pessoa que vai a procura do Projeto Raquel. De acordo com Dom Gregório Paixão, é preciso ter em mente uma frase do Papa Francisco que diz ‘Deus nunca deixou de nos dar o perdão, nós é que nos esquecemos de pedi-lo’. “Como mui-tas vezes a pessoa que abortou não tem cora-gem de falar com ninguém, porque tem aquela luta interna da não aceitação do crime cometi-do, então, essas pessoas têm na Igreja um lugar propício para que elas possam falar, abrir o co-ração e serem perdoadas pelo Sacramento da Reconciliação”, disse.

Segundo o Bispo, essa pessoa que sofre por conta do aborto deve pedir perdão a Deus e também se perdoar pelo crime cometido. O Sacramento da Reconciliação é uma das gran-des graças deixadas por Jesus Cristo, confor-me assinalou Dom Gregório. Ele explicou que,

após a confi ssão, o sacerdote dá a absolvição em nome de Deus e que também orienta a no-vos caminhos. Mas, ressaltou que se a própria pessoa não se perdoar, não ira a lugar algum. “É preciso viver plenamente a consciência do pecado cometido e, ao mesmo tempo, a certeza de que Deus é amor, misericórdia e pode per-doar o nosso pecado. Nós desejamos fazer com que a pessoa que sofre com isso viva a miseri-córdia de Deus em sua vida”.

Na Diocese de Petrópolis, o atendimento do Projeto Raquel acontece por meio dos telefo-nes (24) 99313-3575 e (24) 98868-9084. Tal como na confi ssão, o ponto fundamental desse aten-dimento é o sigilo. A pessoa será atendida por um padre ou outra pessoa preparada para isso e a identidade dela será mantida preservada. “Estamos abertos para acolher essas pessoas, lhes falar de Deus, consolar o coração, por-que sabemos que as crianças já não voltam e as lágrimas permanecem, mas nós queremos restaurar esses corações feridos”, expressou o Bispo.

O Projeto Raquel foi lançado oficialmente na Diocese de Petrópolis, pelo Bispo Dom Gregório Paixão, que destacou o serviço de acolhida, amor e misericórdia da Igreja para com aquelas pessoas que sofrem por causa do aborto. “Estamos abertos para acolher essas pessoas, lhes falar de Deus, consolar o coração, porque sabemos que as crianças já não voltam e as lá-grimas permanecem, mas nós queremos restaurar esses corações feridos”.

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ATUALIDADE - PROJETO RAQUEL

Pai eterno,Fonte de todo amor e misericórdia,Que por amor a nós mandou seu Filho,E permitiu que sangue e águaJorrassem de seu lado para purificar-nos de nos-sos pecadosE restaurar a inocência perdida.Ouça o chora de cada mulher que lamenta A perda de seu filho por aborto.Perdoe o pecado dela, restaurar-a para Sua graçaE retire o terror de seu coraçãoCom sua paz que vai além de todo entendimento.

Pela intercessãoDa Santíssima Virgem Maria,Mãe de toda doçura e nossa Mãe,Aumente sua fé em Vós.Dê a ela consolo para acreditarQue seu filho agora vive com o Senhor.Pedimos-vos isto por Cristo nosso Senhor,Que venceu o pecado e a morte,E que vive e reina convosco, Na unidade do Espírito Santo,Um só Deus por todos os séculos. Amém

Mons. James Moroney

As marcas deixadas pelo aborto

Para explicar a origem do Pro-jeto Raquel, o Bispo Diocesano, Dom Gregório Paixão, em entre-vista ao programa Ecclesia – Igre-ja Católica em Foco, relembrou que os Estados Unidos é um país tido como mais liberal e aberto. O Bis-po pontuou as décadas de 1960 e 1970, quando se “teve a grande pregação a favor dos anticoncep-cionais e, quando a pessoa não conseguia ter o controle sobre seu corpo, sobre sua sexualidade e engravidava, então, o remédio era o aborto”. Mas, após esse pe-ríodo, foi feita uma revisão em relação ao tema, percebendo-se que se trata de um crime, ao ma-tar um ser humano. Além disso, Dom Gregório ressaltou outra observação feita pela sociedade americana, esta, no que diz res-peito às mulheres. “Viram que estavam gerando uma população de mulheres doentes por causa do aborto”, declarou.

O documento “Ministério do Pro-jeto Raquel: um Manual de consulta

pós-aborto para Padres e Líderes do Projeto Raquel”, da Conferência Norte-Americana de Bispos Cató-licos, destaca que “evidências de traumas pós-aborto que duram décadas, que antes eram meras su-posições, hoje podem ser compro-vadas por psicólogos, conselhei-ros profissionais, pesquisadores acadêmicos e pessoas envolvidas no ministério pós-aborto”.

De acordo com este documen-to, “o significado e o impacto de um aborto podem mudar no de-correr da vida de uma mulher”. Algumas buscam por ajuda ime-diatamente após o aborto, outras quando se sentem prontas para ser mãe novamente ou quando estão grávidas. Há ainda aquelas que se confrontam com essa rea-lidade quando enfrentam a infer-tilidade, uma perda de gravidez subsequente, uma doença grave ou a morte de alguém próximo, especialmente outra criança. Ou-tro caso é o das que não reconhe-cem a perda até que seus amigos

estejam se tornando avós, ou al-cançam a velhice ou até mesmo quando estão se preparando para morrer.

Nesses casos, o documento da Conferência Norte-Americana cita alguns exemplos de mani-festações mais comuns em trau-mas pós-aborto, tais como: culpa e vergonha; mágoa que ela não consegue compartilhar; depres-

são e baixa autoestima, às ve-zes ao ponto de se tornar uma suicida; isolamento e/ou rejeição ao companheiro/cônjuge, famí-lia e amigos; medo de que Deus irá puni-la, ou de que a está pu-nindo, por ter cometido um pe-cado imperdoável; transtornos alimentares, comportamentos de autopunição tais como cortes; disfunções sexuais, hipersexua-lidade ou perda de interesse se-xual; problemas com intimidade; problemas em estabelecer laços emocionais com os outros filhos ou filhos posteriores, inclusive sendo super protetora, emocio-nalmente distante, indisponível ou agressiva; raiva desmotiva-da e profunda de si mesma, do companheiro/cônjuge, da famí-lia, dos amigos, da pessoa que viabilizou o aborto e até mesmo de Deus; problemas para dormir, incluindo pesadelos relacionados ao aborto, flashbacks ou a escuta de sons de um bebê chorando; dependência de álcool e drogas

utilizadas como automedicação; desejo te ter um bebê substituto, uma nova gravidez em seguida com grande risco de aborto sub-sequente; reações de angústia ou depressão no aniversário da data do aborto ou da data ante-riormente prevista para o parto; irritabilidade ou isolamento em conversas sobre bebês ou aborto; envolvimento em movimentos pró-escolha ou um envolvimen-to doentio ou desequilibrado no movimento pró-vida; comporta-mento workaholic.

Diante de tal realidade, o do-cumento esclarece que “um dos maiores presentes que se pode dar a uma mulher que cometeu um aborto é escutá-la compas-sivamente, fazer perguntas com sensibilidade, mostrando com-preensão da dor que o aborto pode causar, e construir um re-lacionamento que seja canal de esperança e transformação”.

Nesse sentido, no programa Ec-clesia, Dom Gregório explicou qual o papel da Igreja ao receber esta mulher, por meio do Proje-to Raquel. “A Igreja acolhe essas pessoas que abortaram para dizer: ‘você cometeu um grande crime, mas Deus é amor e misericórdia. Deus deseja que você recomece uma nova vida, que não apenas não cometa mais esse erro, como também colabore para que outras pessoas não abortem’”.

OraçãO

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Voz da Igreja8 | Junho 2015

IGREJA

Papa envia carta pela beatificação de dom Romero

“Dom Romero, que construiu a paz com o poder do amor, deu tes-temunho da fé com sua vida en-tregue ao extremo”, disse o Papa Francisco em carta enviada ao ar-cebispo de São Salvador e presi-dente da Conferência Episcopal de El Salvador, dom José Luís Escobar, por ocasião da beatificação de dom Oscar Romero. A Missa de beatifi-cação, celebrada na Praça do Divi-no Salvador do Mundo, no dia 24, reuniu mais de 250 mil fiéis, e foi presidida pelo prefeito da Congre-gação para as Causas dos Santos cardeal Angelo Amato.

De acordo com o Papa, dom Os-car Romero, que foi pastor da arqui-diocese de São Salvador, de 1977 a 1980, “soube guiar, defender e pro-teger seu rebanho, em tempos de difícil convivência, permanecendo

fiel ao Evangelho e em comunhão com toda a Igreja”. Francisco disse que o ministério de dom Romero se distinguiu pela particular atenção aos mais pobres e marginalizados. “No momento de sua morte, en-quanto celebrava o Santo Sacrifício do amor e da reconciliação, rece-beu a graça de identificar-se plena-mente com Aquele que deu a vida por suas ovelhas”, acrescentou na mensagem.

Para Francisco, a voz do novo beato continua a ressoar hoje para recordar que a Igreja é família de Deus, na qual não pode haver di-visões.

Ao final da carta, o Papa Francisco falou que este é um momento favo-rável para a reconciliação nacional diante dos desafios atuais.

A festa litúrgica do novo beato será em 24 de março, dia em que dom Romero foi assassinado por um franco-atirador, em 1980, ao ce-lebrar missa na capela do Hospital da Divina Providência, em São Sal-vador, em meio a doentes e enfer-meiros.

Fonte: CNBB

Santuário de Fátima recebe imagem de Nossa Senhora Aparecida

O arcebispo de Aparecida (SP), Dom Raymundo Damasceno As-sis, presidiu no dia 12 de maio, em Fátima, Portugal, a cerimônia de entronização de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, sinal da “união” entre Portugal e Brasil. “Queremos que a presença desta imagem seja sinal da união destes povos, portugueses e brasileiros, que estão unidos em profundos la-ços históricos, pela mesma fé, pelo mesmo amor a Nossa Senhora”, de-clarou o arcebispo de Aparecida.

O presidente da peregrinação in-ternacional do 13 de maio rezou pela paz e colocou sob a proteção da Virgem Maria o próximo Síno-do sobre a família, que vai decorrer em outubro, no Vaticano.

O cardeal brasileiro explicou a devoção que nasceu em Apareci-da há 300 anos, cuja importância “foi crescendo, ao ponto de exigir a construção de uma nova basílica”, e vai celebrar em 2017 os 300 anos do encontro desta imagem.

A celebração que marcou o iní-cio da peregrinação contou com a presença de milhares de pessoas, incluindo 128 grupos organizados

de 29 países.O Bispo de Leiria-Fátima, Dom

António Marto, também rezou pela paz e evocou os “mártires” de hoje que são perseguidos por causa da sua fé em Jesus Cristo. “Nossa Senhora Aparecida, abençoai este povo que ora e canta, abençoai to-dos os vossos filhos, abençoai Por-tugal e o Brasil”, rezou.

A entronização da imagem de Nos-sa Senhora Aparecida faz parte das comemorações dos 300 anos do en-contro da imagem da Mãe Apare-

cida no rio Paraíba do Sul, que será celebrado em 2017. Estas celebrações se realizam em conjunto com o San-tuário de Fátima, que em 2017 come-mora o centenário das aparições de Nossa Senhora aos pastorinhos.

A imagem foi colocada numa das entradas principais do santuário, na Cova da Iria. “Ao entronizar-mos esta imagem de Nossa Senhora Aparecida nesta entrada do recinto do Santuário Nacional de Nossa Se-nhora de Fátima, queremos que ela permaneça aqui para sempre, lem-

brando-nos a todos de que ela é nos-sa Mãe”, explicou Dom Raymundo Damasceno, no final da cerimônia.

Com o cardeal-arcebispo de Apa-recida e o bispo auxiliar, Do Darci José Nicioli, peregrinaram ao San-tuário português com cerca de 400 pessoas.

Na coletiva de imprensa de lan-çamento da peregrinação do 13 de maio, Dom António Marto citou Bento XVI para falar de Aparecida como “coração mariano do Brasil” e de Fátima como “coração espi-ritual de Portugal”. O prelado fa-lou da cerimônia de entronização como um “momento emocionante e feliz” de celebração da devoção a Nossa Senhora, que recorda a “dig-nidade única e preciosa de cada ser humano, sobretudo dos pobres”.

Dom Raymundo Damasceno As-sis, por sua vez, manifestou a sua felicidade por contribuir para que s Senhora Aparecida “também seja venerada” na Cova da Iria e desta-cou uma “devoção muito grande” dos brasileiros pela Virgem de Fá-tima.

Fonte: Agência Ecclesia

Foto: Santuário de Fátima

Foto: www.beatificacionromero.org

Comissões do Regional promovem reuniões

No dia 13 de maio, aconteceu a reunião de Liturgia do Regional Leste 1 da Conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil (CNBB). O encontro, realizado na Cúria Diocesana de Duque de Caxias, contou com a presença do Bispo de Nova Friburgo, Dom Edney Gouvêa Mattoso, que é Bispo Re-ferencial do setor no Regional, do Bispo Diocesano de Duque de Ca-xias, Dom Tarcisio Nascentes dos Santos, do coordenador Regional, Monsenhor João Alves Guedes, e dos coordenadores diocesanos de Liturgia.

A reunião teve como pauta a organização do Encontro Forma-tivo Litúrgico que será realizado na Diocese de Nova Friburgo, no dia 29 de novembro. O evento terá como tema “A Música Litúrgica como serviço e oração na Cele-bração da Santa Missa” e preten-de reunir representantes das duas Arquidioceses e oito Dioceses que compõe o Regional Leste 1. A as-sessoria do encontro ficará com o perito em Música Litúrgica, Frei Marco Antônio, da Diocese de Pe-trópolis, que auxiliará o Monse-

nhor Guedes na organização. A Diocese de Duque de Caxias

também acolheu à reunião da Co-missão para Animação Bíblico-Ca-tequética do Regional Leste 1, no dia 14 de maio. O encontro contou com a presença do novo Bispo refe-rencial para esta Comissão no Re-gional, Dom Roque Costa Souza, Bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Ele substitui o Bis-po emérito de Valença, Dom Elias James Manning. A principal pauta foi a avaliação da caminhada da Pastoral Catequética nas dioceses para ser apresentada no Encontro sobre a práxis Catequética atual, que acontecerá em setembro no Santuário Nacional de Aparecida.

Fonte: CNBB Leste 1

Foto: Diocese Nova Friburgo

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Junho 2015 | 9Voz da Igreja

FAMÍLIA

Os deveres da família cristã

TERCEIRA PARTEOS DEVERES DA FAMÍLIA CRISTÃ

Família, torna-te aquilo que és! 17. No plano de Deus Criador e Redentor a família descobre não só a

sua “identidade”, o que “é”, mas também a sua “missão”, o que ela pode e deve “fazer”. As tarefas, que a família é chamada por Deus a desenvolver na história, brotam do seu próprio ser e representam o seu desenvolvimento dinâmico e existencial. Cada família descobre e encontra em si mesma o apelo inextinguível, que ao mesmo tempo define a sua dignidade e a sua responsabilidade: família, “torna-te aquilo que és!”.

I. A FORMAÇÃO DE UMA COMUNIDADE DE PESSOASO amor, princípio e força de comunhão18. A família, fundada e vivificada pelo amor, é uma comunidade de pes-

soas: dos esposos, homem e mulher, dos pais e dos filhos, dos parentes. A sua primeira tarefa é a de viver fielmente a realidade da comunhão num constante empenho por fazer crescer uma autêntica comunidade de pes-soas. [...]

A unidade indivisível da comunhão conjugal19.A primeira comunhão é a que se instaura e desenvolve entre os côn-

juges: em virtude do pacto de amor conjugal, o homem e a mulher “já não são dois, mas uma só carne” e são chamados a crescer continuamente nes-ta comunhão através da fidelidade quotidiana à promessa matrimonial do recíproco dom total. Esta comunhão conjugal radica-se na complementari-dade natural que existe entre o homem e a mulher e alimenta-se mediante a vontade pessoal dos esposos de condividir, num projeto de vida integral, o que têm e o que são: por isso, tal comunhão é fruto e sinal de uma exi-gência profundamente humana. Porém, em Cristo, Deus assume esta exi-gência humana, confirma-a, purifica-a e eleva-a, conduzindo-a à perfeição com o sacramento do matrimônio: o Espírito Santo infuso na celebração sacramental oferece aos esposos cristãos o dom de uma comunidade nova, de amor, que é a imagem viva e real daquela unidade singularíssima, que torna a Igreja o indivisível Corpo Místico do Senhor. [...]

Uma comunhão indissolúvel20. [...] É dever fundamental da Igreja reafirmar vigorosamente - como

fizeram os Padres do Sínodo - a doutrina da indissolubili-dade do matrimônio: a quantos, nos nossos dias, consi-deram difícil ou mesmo impossível ligar-se a uma pessoa por toda a vida e a quantos, subvertidos por uma cul-tura que rejeita a indissolubilidade matrimonial e que ridiculariza abertamente o empenho de fidelidade dos esposos, é necessário reafirmar o alegre anúncio da forma definitiva daquele amor con-jugal, que tem em Jesus Cristo o fundamento e o vigor. Radicada na doação pessoal e total dos cônjuges e exigida pelo bem dos filhos, a indissolubilidade do ma-trimônio encontra a sua verda-de última no desígnio que Deus manifestou na Revelação: Ele quer e concede a indissolubili-dade matrimonial como fruto, sinal e exigência do amor abso-lutamente fiel que Deus Pai ma-nifesta pelo homem e que Cristo vive para com a Igreja. [...]

A mulher e a sociedade23. [...] Não há dúvida que a igual dignidade e responsabilidade do ho-

mem e da mulher justificam plenamente o acesso da mulher às tarefas pú-blicas. Por outro lado, a verdadeira promoção da mulher exige também que seja claramente reconhecido o valor da sua função materna e familiar em confronto com todas as outras tarefas públicas e com todas as outras profissões. [...] A Igreja, com o devido respeito pela vocação diversa do ho-mem e da mulher, deve promover, na medida do possível, também na sua vida, a igualdade deles quanto a direitos e dignidades, e isto para o bem de todos: da família, da Igreja e da sociedade. É evidente, porém, que isto não significa para a mulher a renúncia à sua feminilidade nem a imitação do caráter masculino, mas a plenitude da verdadeira humanidade feminil, tal como se deve exprimir no seu agir, quer na família quer fora dela, sem, contudo esquecer, neste campo, a variedade dos costumes e das culturas.

O homem esposo e pai25. [...] O amor à esposa tornada mãe e o amor aos filhos são para o ho-

mem o caminho natural para a compreensão e realização da paternidade. De modo especial onde as condições sociais e culturais constringem facil-mente o pai a um certo desinteresse em relação à família ou de qualquer forma a uma menor presença na obra educativa, é necessário ser-se solícito para que se recupere socialmente a convicção de que o lugar e a tarefa do pai na e pela família são de importância única e insubstituível. Como a experiência ensina, a ausência do pai provoca desequilíbrios psicológicos e morais e dificuldades notáveis nas relações familiares. O mesmo acontece também, em circunstâncias opostas, pela presença opressiva do pai, espe-cialmente onde ainda se verifica o fenômeno do “machismo”, ou seja, da superioridade abusiva das prerrogativas masculinas que humilham a mu-lher e inibem o desenvolvimento de relações familiares sadias. Revelando e revivendo na terra a mesma paternidade de Deus, o homem é chamado a garantir o desenvolvimento unitário de todos os membros da família. [...]

Os direitos da criança26. [...] O acolhimento, o amor, a estima, o serviço multíplice e unitário

- material, afectivo, educativo, espiritual - a cada criança que vem a este mundo deverão constituir sempre uma nota distintiva irrenunciável dos cristãos, em particular das famílias cristãs. Deste modo as crianças, ao pode-rem crescer “em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens”, darão o seu precioso contributo à edificação da comunidade familiar e à santificação dos pais.

Os anciãos na família27. [...] É necessário que a ação pastoral da Igreja estimule to-dos a descobrir e a valorizar as tarefas dos anciãos na comuni-dade civil e eclesial, e, em particular, na família. Na realidade,

“a vida dos anciãos ajuda-nos a esclarecer a escala dos valores humanos; mostra a continuidade das gerações e demonstra maravilhosamente a interdependência do povo de Deus. Os anciãos têm, além disso, o carisma de encher os espaços vazios entre gerações, antes que se su-blevem. Quantas crianças têm encon-trado compreensão e amor nos olhos, nas palavras e nos carinhos dos an-ciãos! E quantas pessoas de idade

têm subscrito com gosto as inspi-radas palavras bíblicas que a ‘co-roa dos anciãos são os filhos dos filhos’ (Prov. 17, 6)”.

Seguindo com o espaço dedicado à Exortação Apostólica Familiaris Consortio, o Voz da Igreja traz trechos da terceira parte do documento, Os deveres da família cristã. Nela, são abordados quatro deveres gerais da família: 1) a formação de uma comunidade de pessoas; 2) o serviço à vida; 3) a participação no desenvolvimento da sociedade; 4) a partici-

pação na vida e na missão da Igreja. Nesta edição, será dado destaque para o primeiro dever.

A Exortação Apostólica Familiaris Consortio, sobre a função da fa-mília cristã no mundo, foi promulgada por São João Paulo II, em 22 de novembro de 1981, após o sínodo de 1980, que abordou este assunto.

Familiaris Consortiode Sua Santidade João Paulo II ao episcopado ao clero e aos fiéis de toda a Igreja Católica sobre a função

da família cristã no mundo de hoje

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“Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos estabeleceu como guardiões, com pastores” (At 20,28)

Existem tantas pastorais em nos-sa Igreja para atender as diversas necessidades dos fiéis, e não po-

deria deixar de existir também uma que cuide dos padres, que antes de serem pastores são fiéis pelo Batismo. Assim, surgiu tam-bém a Pastoral Presbiteral.

A Pastoral Presbiteral foi bem definida pelo Pe. Guido Villalta

como: “cuidado-acompanhamento, pessoal e comunitário, integral e or-gânico que uma Igreja Particular ofe-rece aos seus pastores, para que estes se sintam tratados e vivam como pes-soas, conheçam Jesus Cristo, sejam como Ele, vivam e ajam como Ele, de modo que possam dedicar-se ple-namente ao ministério de Pastores que Deus e a Igreja lhes confiaram em prol da comunidade.” (VILLAL-TA, G., La Pastoral Sacerdotal en América Latina y el Caribe, Bole-tim Celam 282 (1999), 34).

Esta Pastoral tem por objetivo proporcionar a todos os presbíte-ros condições para a sua própria realização humana e vocacional, ajudando-os na missão de configu-rar-se ao Cristo Bom Pastor no meio de um povo concreto, garantindo sua saúde física, psíquica e afetiva, proporcionando meios para a for-mação em suas dimensões comu-nitária, humano afetiva, espiritual, intelectual e pastoral. Além do jus-to descanso e lazer. Procura acom-panhar, de modo especial, os pres-

bíteros novos, enfermos e idosos, bem como aqueles que enfrentam algum tipo de problema. Incentiva a fraternidade presbiteral e os gru-pos de espiritualidade.

Em nossa Diocese, o trabalho é relativamente novo. Começou em 2011, com Pe. Luiz Henrique como primeiro coordenador. Nes-te tempo, organizamos confrater-nizações e encontros de espiritua-lidade e convivência para padres, divididos em faixas etárias.

Hoje, Pe. Fabiano é o coordena-dor diocesano e representante na CNP (Comissão Nacional de Pres-bíteros). E temos um representan-te de cada decanato: Pe Luis Clau-dio, Pe. Carlos Caridade e Pe. Luis Carlos. Mas para que a Pastoral Presbiteral faça um bom trabalho, é necessário que todos os padres se sintam não só objeto, mas tam-bém agentes desta pastoral.

Padre Fabiano MottaCoordenador Diocesano da

Pastoral Presbiteral

Voz da Igreja10 | Junho 2015

SANTO DO MÊS

PASTORAL

Natividade de São João Batista

A Bíblia nos diz que Isabel era prima e mui-to amiga de Maria, e elas tinham o costume de visitarem-se. Uma dessas ocasiões foi quando já estava grávida: “Quando Isabel ouviu a sau-dação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo” (Lc 1,41). Ainda no ventre da mãe, João faz uma reverência e reconhece a presença do Cristo Je-sus. Na despedida, as primas combinam que o nascimento de João seria sinalizado com uma fogueira, para que Maria pudesse ir ajudar a prima depois do parto.

Assim os evangelistas apresentam com todo ri-gor a figura de João como precursor do Messias, cujo dia do nascimento é também chamado de “Aurora da Salvação”. É o único santo, além de Nossa Senhora, em que se festeja o nascimento, porque a Igreja vê nele a preanunciação do Na-tal de Cristo.

Ele era um filho muito desejado por seus pais, Isabel e Zacarias, ela estéril e ele mudo, ambos de estirpe sacerdotal e já com idade bem avan-çada. Isabel haveria de dar à luz um menino, o qual deveria receber o nome de João, que signi-fica “Deus é propício”. Assim foi avisado Zaca-rias pelo anjo Gabriel.

Conforme a indicação de Lucas, Isabel estava no sexto mês de gestação de João, que foi fixa-do pela Igreja três meses após a Anunciação de Maria e seis meses antes do Natal de Jesus. O sobrinho da Virgem Maria foi o último profeta e o primeiro apóstolo. “É mais que profeta, dis-se ainda Jesus. É dele que está escrito: eis que

envio o meu mensageiro à tua frente; ele pre-parará o teu caminho diante de ti”. Ou seja, o primo João inicia sua missão alguns anos antes de Jesus iniciar a sua própria missão terrestre.

Lucas também fala a respeito da infância de João: o menino foi crescendo e fortificando-se em espírito e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.

Com palavras firmes, pregava a conversão e a necessidade do batismo de penitência. Anun-ciava a vinda do messias prometido e esperado, enquanto de si mesmo deu este testemunho: “Eu sou a voz do que clama no deserto: Endirei-tarei o caminho do Senhor...” Aos que o confun-diam com Jesus, afirmava com humildade: “Eu não sou o Cristo” e “Não sou digno de desatar a correia de sua sandália”. Sua originalidade era o convite a receber a ablução com água no rio Jordão, prática chamada batismo. Por isso o seu apelido de Batista.

João Batista teve a grande missão de batizar o próprio Cristo. Ele apresentou oficialmente Cristo ao povo como Messias com estas pala-vras: “Eis o Cordeiro de Deus que tira os peca-dos do mundo... Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo”.

Jesus, falando de João Batista, tece-lhe o maior elogio registrado na Bíblia: “Jamais surgiu en-tre os nascidos de mulher alguém maior do que João Batista. Contudo o menor no Reino de Deus é maior do que ele”.

Ele morreu degolado no governo do rei He-rodes Antipas, por defender a moralidade e os

bons costumes. O seu martírio é celebrado em 29 de agosto, com outra veneração litúrgica.

São João Batista é um dos santos mais popula-res em todo o mundo cristão. A sua festa é mui-to alegre e até folclórica. Com muita música e danças, o ponto central é a fogueira, lembrando aquela primeira feita por seus pais para comu-nicar o seu nascimento: anel de ligação entre a antiga e a nova aliança.

Fonte: www.paulinas.org.br

A Igreja que cuida de seus pastores

Imagem: Reprodução da Internet

Comemorado no dia 24 de junho

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Junho 2015 | 11Voz da Igreja

CULTURA

JDJ

Publicado livro de Pe. Anderson AlvesO livro “Ser e Dever-ser: Tomás de Aquino e o

Debate Filosófico Contemporâneo”, de autoria do Padre Anderson Machado Rodrigues Alves, foi apresentado no dia 30 de abril, na Univer-sidade Católica de Petrópolis (UCP), durante a VIII Semana Acadêmica do Centro de Teologia e Humanidades.

O prólogo do livro foi escrito pelo seu pro-fessor de Metafísica da Pontifícia Universida-de Santa Cruz, em Roma, Mons. Lluis Clavell, recentemente nomeado pelo papa Francisco como Consultor do próximo Sínodo da Famí-lia.

“Anderson M. R. Alves captou com lucidez e valentia a origem da debilidade cultural de hoje e das conseguintes crises e quis ir à sua raiz, investigando a relação entre o bem e a verdade, o amor e o conhecimento, a vontade e a inteligência, a ética e a metafísica. Expresso o mais sincero desejo de que a juventude uni-versitária do Brasil possa ajudar a velha Euro-pa a recuperar-se do seu cansaço. O presente trabalho é uma mostra valiosa de uma leitura renovada dos clássicos a partir da experiência atual, na busca de orientação para construir o futuro”, afirmou Mons. Lluís Clavel, consultor do próximo Sínodo da Família.

O livro estuda uma questão candente de nosso tempo – a crise do sentido. A falta de sentido de muitas vidas, lamentada no mun-do inteiro, parece ser o resultado de duas atitudes: da ignorância do bem que deve ser perseguido e da desconfiança na capacida-de da razão humana em alcançar a verdade. Atitudes, aliás, que se reforçam mutuamente, levando o ser humano à desesperança e à re-volta.

“Sem dúvida, superaremos estes tempos críticos – diz o autor – quando nos dermos conta de que a verdade é um bem e de que somos capazes de a conhecer e amar”.

O autor discute com perspicácia esse tema no contexto do debate filosófico contempo-râneo, sustentando sua opinião com base no autêntico pensamento de Tomás de Aquino.

Fonte: Zenit

Ficha técnica:Título: Ser e Dever-ser: Tomás de Aquino e o Debate Filosófico ContemporâneoAutor: Padre Anderson Machado Rodrigues AlvesEditora: Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência Rai-mundo Lúlio (Ramon Llull)Nº de páginas: 362

Imagem: Divulgação

Seguem abertas as inscrições

para a Jor-nada Dio-cesana da J u ve n t u -de (JDJ) 2015, que a c o n t e -cerá entre

os dias 23 e 26 de julho,

com sede no decanato São Pe-

dro de Alcântara. O primeiro lote das inscrições terminou no dia 20 de maio. Agora, há mais dois lotes, com valores distintos. O segundo vai até o dia 15 de junho e o terceiro, até o dia 30 de junho.

No momento em que for realizar a inscrição no site da JDJ (www.jdjpetropolis.com.br), é preciso escolher uma das três modalidades. Para o segundo lote (até 15/06) os valores são os seguintes: kit e alimentação, R$125; kit sem alimentação, R$95; somente a inscrição, sem kit e sem alimentação, R$55. Quando passar ao terceiro lote (até 30/06), os valores terão re-ajuste, passando a: kit e alimentação, R$145; kit sem alimentação, R$125; somente a inscri-ção, sem kit e sem alimentação, R$75.

No ato da inscrição, os participantes devem fornecer seus dados pessoais, além de especi-ficar a paróquia e o decanato de origem, o dia em que chegará para a Jornada e se precisará

ou não de hospedagem.Não há restrições em relação à faixa etária

para se inscrever na JDJ. Mas, os menores de idade deverão seguir algumas orientações. No caso dos menores de 12 anos, é preciso que estejam acompanhados por um responsável legal, ou que sejam acompanhados por uma pessoa maior de idade, portando uma auto-rização registrada em cartório. Para aqueles menores que já tem mais de 12 anos, embora não seja necessário o acompanhamento de um responsável, estes devem levar consigo uma carta assinada pelos pais. No site da JDJ, há um modelo de como deve ser feita esta carta.

HospedagemA hospedagem será oferecida aos peregri-

nos que, no ato da inscrição, optarem por este serviço. Será realizada em casas de famílias, alguns colégios e casas religiosas nas 14 paró-quias do Decanato São Pedro de Alcântara.

O objetivo da organização é priorizar a hos-pedagem na casa de famílias, a fim de propor-cionar uma oportunidade para a comunhão entre irmãos e a criação de novos vínculos. Para tal, cada paróquia do decanato São Pe-dro de Alcântara está se organizando com a inscrição de famílias acolhedoras.

Para realizar a divisão dos peregrinos entre as paróquias e locais e hospedagens, a organi-zação buscará fazer com que jovens do mes-mo grupo serão alojados juntos na medida do possível. Além disso, pessoas menores de 18 anos ficarão hospedadas junto a seus respon-

sáveis.

MobilizaçãoPara promover a divulgação e orientar as

pessoas sobre a Jornada Diocesana da Juven-tude, muitas Paróquias estão desenvolvendo diferentes projetos. Dois exemplos são os re-alizados pelas Paróquias Nossa Senhora da Piedade, de Magé, e São José e São Charbel, de Teresópolis.

O Setor Juventude da Paróquia de Magé produziu um vídeo, no qual os jovens e o pároco, Pe. Ernande Nascimento, fazem um convite a todos para participarem da JDJ. Ao som da música “Malas prontas”, de Missio-nário Shalom, todos demonstram a alegria da juventude e deixam o recado: “Vem pra a JDJ você também, vem!”.

Já em Teresópolis, o Setor Juventude está atuando em comunhão com a Pastoral da Comunicação (Pascom), na Paróquia São José de São Charbel. “Montamos uma base da Pascom, com internet e computadores, para realizarmos as inscrições daqueles que ainda não fizeram e não disponibilizam de acesso a internet em suas residências”, ex-plica o coordenador paroquial da Pascom, Edson Marcos.

Enquanto a Pascom cuida da parte técnica, com estrutura e equipamentos, os jovens são responsáveis por orientar as pessoas que os procuram. “O Setor Juventude realiza as ins-crições e tira as dúvidas que possam surgir”, conta a coordenadora Lorrane Martins.

Ainda dá tempo de se inscrever na JDJ

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Voz da Igreja12 | Junho 2015