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VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 0/30
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 1/30
EDITORIAL: MJdC sabe quem é? por Mphumo João Craveirinha. Pág. 7
PARCERIA: VuJonga / jornal ‘O Autarca’ da Beira, Moçambique. Págs. 3/6
Dona CACILDA: Gastronomia moçambicana – receitas da bisavó ricas em vitamina C, complexo B, ferro e cálcio. Pág. 8 (capa)
MYRIAM JUBILOT d’Carvalho: DESTAQUE: Fascismo no Ensino Primário / Rádio Televisão Portuguesa - RTP Memória – “Lá vamos cantando e rindo” (2/2) – a influência do fascismo italiano no ensino de Portugal, década 1930-1950. Págs. 9/17
FANISSE CRAVEIRINHA: Desafios da Psicoterapia. Pág. 18. (capa)
ADELTO GONÇALVES: Idéias Além-Atlântico / divulgação de obra – Brasil - O Reino, a Colônia e o Poder… São Paulo 1788-1797. Págs. 19/20
SILVYA GALLANNI: instantâneo - texto e imagem: Gui em 1.994… e parceira mãe e filho. / E-Livro ‘Haikai’ - Fragrâncias Poéticas. Págs. 21/24
FALUME CHABANE: Carta de Moçambique: covid19 e as crianças. Págs. 28/29
Ficha técnica: VuJonga - magazine digital ilustrado e actualizado. Pág. 27.
SIGNIFICADO de VuJonga: Págs. 28-29.
Contracapa: capas das primeiras 30 edições de 1º Dezembro 2019 a 4 de Julho 2020.
índice
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 2/30
CULINÁRIA | Dona Cacilda da Conceição Dias Craveirinha:
Moçambique | receitas | gastronomia | memórias associativas mestiças.
FILOSOFIA | Myriam Jubilot d’Carvalho: Península Ibérica |
[pseudónimo de Mª de Fátima Oliveira Domingues]
prosa e poesia | crónicas interculturais | ensaio.
REVISÃO | Mª de Fátima Oliveira Domingues: Portugal |
[co-fundadora]
textualidade e contexto | pedagogia | revisão de texto.
PSICOLOGIA CLÍNICA | Fanisse Craveirinha: Europa |
psicoterapias | juventude | reflexões sobre saúde mental quotidiana.
HISTÓRIA | idéias | Adelto Gonçalves: Brasil – Portugal |
resenhas literárias | Lusofonia.
INSTANTÂNEOS | Silvya Galllanni: Portugal – Brasil |
[co-fundadora]
instantâneos | crônicas | poesia | fotografia | revisão gráfica.
ARTE | Mphumo Kraveirinya: ‘Anima Mundi’ |
infografismo | layout | art work | poesia | crítica de arte | esoterika.
COMUNICAÇÃO e CULTURA | Mphumo João Craveirinha II : CPLP |
[fundador e coordenador]
comunicação e cultura | resenhas | revisão-geral.
E-mail | [email protected]
Facebook | https://www.facebook.com/VuJonga
Instagram | em organização
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 3/30
https://rl.art.br/arquivos/7000952.pdf
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DATA VENIA
WORLD / COUNTRIES / MOZAMBIQUE
Last updated: July 19, 2020, 06:56 GMT
Mozambique
Coronavirus Cases:1,435
Deaths: 10
Recovered: 408
FONTE / SOURCE
https://www.worldometers.info/coronav
irus/country/mozambique/
COVID 19: VEJA A SITUAÇÃO DO SEU PAÍS
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 6/30
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 7/30
Na vasta escrita da autora portuguesa, Myriam Jubilot d’Carvalho, poetisa e
filósofa, torna-se evidente o estudo elaborado dos seus temas escolhidos, a
pesquisa abalizada e um esforço criativo literário, e de auto-análise utilizando o
poderoso simbolismo da metáfora numa pretensa exegese de apaziguamento dos
fantasmas do passado, nem sempre benignos da História. São também
interessantes os arquétipos de bucolismo dialogante, na primeira pessoa,
reinventados pela sensibilidade da autora, dignos de estudo de caso mercê de uma
óptima capacidade de narrativa sobretudo em português, mas também em francês
e inglês.
Através da leitura da sua escrita, a autora deleita-nos nessa sua quase-escrita
transcendental nos proporcionando certos momentos de encanto no seu discurso
directo, leve, mas elegante e culto, comme il faut, superando tempos colectivos de
crise de reflexão, como a que actualmente as sociedades atravessam inundadas de
informação nem sempre cuidadas. Mormente, crise agravada pela pandemia gripal
da espécie dos corona – sars testando a solidariedade e o egoísmo sociais, num
mundo conturbado à exaustão, neste ano de 2020 em curso.
Nesse contexto, a autora Myriam Jubilot d’ Carvalho (também académica na
persona da Dra. Fátima Domingues ou vice-versa) transparece na sua escrita um
certo exercício intelectual de lucidez, expurgando as inquietações sociais e
exaltando as alegrias ou joie de vivre que transporte desde infância. Aliás, como
todos nós, parte dum destino cósmico comum. Pois, ao termos um passado como
certeza, este vai-se manifestando no presente através do subconsciente tecendo
como as ‘irmãs parcas,’ míticas tecelãs gregas, o futuro numa dimensão tão
próxima e ao mesmo tempo tão-distante, pelos contornos de incertezas.■ MJC.
editorial
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Continuação da edição anterior
Segundo essa mentalidade, nada deve ter tido a ver com Política, a ida à
Alemanha [do 3º Reich] de uma delegação da Mocidade Portuguesa – que,
segundo o filme-documentário, aí foi muito apreciada [pelos nazis].
Recordo-me que vi algures, não sei onde, fotos mostrando o [ainda] jovem
Marcelo Caetano em Itália, ao lado de Mussolini, numa demonstração dos
Camisas Negras [fascistas] de Mussolini. Mas este detalhe não é referido no
filme. [in MJdC edição 30, A Educação no ‘Estado Novo’... (1/2) pags.12/13]
O referido documentário televisivo1 fez-me pensar nos vários processos
educativos da estratégia salazarista. Por exemplo, quem já se apercebeu de que o
livro português de iniciação à leitura da época salazarista, é inspirado no livro
italiano da mesma época, 1933?
E certos livros de contos para crianças? Sob aparência inocente, semelhantes
a contos tradicionais, qual a mentalidade que procuravam criar?
É sobre esses dois aspectos que vou focar os dois textos que se seguem.
O primeiro será um texto apenas visual, contendo fotos dos livros de
iniciação à leitura, o Italiano e o Português, e um texto sobre uma experiência
educativa em África. Os leitores tirarão as suas conclusões.
O segundo texto será sobre um conto para Crianças, de Virgínia de Castro e
Almeida.
1 Rádio Televisão Portuguesa - RTP Memória – “Lá vamos cantando e rindo”– [ a influência do fascismo
italiano no ensino de Portugal da década de 1950…]
Myriam Jubilot d’Carvalho© 2020
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1. Ensino Primário no Estado Novo: Portugal – modelo Itália de Mussolini.
Imagens anexas e sequência fotografadas por telemóvel dos livros originais, por
Myriam Jubilot d’Carvalho (e enviadas para paginação por WhatsApp)
Lisboa. Maio de 2020.
ALCUNE AVVERTENZE PER GL’ INSEGNANTI
Roma, Anno XI. 1933.
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PORTUGAL | ENSINO NO ‘ESTADO NOVO.’ DÉCADAS 1930-1950.
ITÁLIA | ENSINO NO ESTADO FASCISTA. DÉCADA 1930-1940.
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Imagens anexas e sequência
fotografadas por telemóvel dos
livros originais por Myriam Jubilot
de Carvalho. Maio de 2020.
2. PORTUGAL: Manual do 1º ano do Ensino Primário em 1936.
Imagens de Livros únicos a partir do Decreto-Lei n. 0 27.279 de 24 de Novembro de 1936,
embora tenha levado algum tempo a ser encontrado o modelo ideal até a década de 1950.
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ITÁLIA: A classificação das Culturas Diferentes e a percepção errónea da
universal traquinice infantil. Retirado de “ Il Libro della II Classe ” La
Libreria dello Stato 1933.
“LE BUGIE SI SCOPRONO DA SÈ”
“Un missionario d’Africa faceva un giorno la sua lesione di religione a un
gruppo di selvaggi, che sembravano ascoltarlo con ogni interesse.
Su di una tavola della sua stanzetta vi era un piatto con quattro focaccette,
che dovevano servire da colazione al buon sacerdote. Egli dovette assentarsi un
momento salla stanza, e, al suo ritorno si accorse che una delle focacce era sparita.
Ma nessuno volle confessare di essere l’autore del furto. Il missionario allora
riempì otto bicchieri di acqua, quanti erano i suoi scolari, e disse:
– Poco fa qui vi erano quattro focacce ed ora ne trovo tre. Non vi domando
più chi l’ha presa; ma scommetto un’altra focaccia che il ladro non potrà inghiottire
il suo bicchieri d’acqua.
Gli otto selvaggi afferrarono i bicchieri e bevvero di un fato; poi uno di loro
disse con un piccolo riso di trionfo:
– Reverendo! voi avere perduta scommessa…
– Perché? – domandò il missionario mostrandosi sorpreso.
– Perché io avere inghiottito benissimo!
E cosi il selvaggio confessò senza accorgersene il suo piccolo furto.”
1933 – XII. Edição Impressa
em Palermo-Itália.
É despiciendo comentar que com pequenas histórias,
aparentemente inocentes, se consegue inculcar nos
jovens alunos europeus o conceito, racista, de que
povos estranhos, diferentes, sendo africanos, eram
“selvagens”, ladrões e, estúpidos. O padre que lhes
ensinava a “civilização” era “bom”.
(à direita: imagem de capa do citado livro original)
Segue-se o texto das páginas 117 e 118,
do referido livro escolar, conforme
ao original italiano de meu arquivo,
com a respectiva tradução.
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Versão em Português:
‘As Mentiras Descobrem-se Por Si’
‘Um missionário da África um dia dava a sua lição de religião a um grupo de
selvagens, que pareciam ouvi-lo com todo o interesse.
Sobre uma mesa da sala havia um prato com quatro fogaças, que serviriam
de café da manhã ao bom padre. Ele teve que se afastar um pouco da sala e, ao
voltar, percebeu que um dos pães tinha desaparecido. Mas ninguém queria
confessar quem era o autor. O missionário então encheu oito copos de água,
quantos eram seus alunos, e disse:
– Há pouco, estavam aqui quatro fogaças e agora encontro três. Não pergunto
mais quem a tirou; mas aposto outra fogaça que o ladrão não será capaz de engolir
o seu copo de água.
Os oito selvagens agarraram os copos e beberam de um trago; então um deles
disse com uma pequena risada triunfante:
– Reverendo! O Senhor perdeu a aposta. – Porquê?
Perguntou o missionário, mostrando surpresa.
– Porque eu engoli muito bem!
E assim o selvagem sem perceber confessou o seu pequeno roubo.’
(tradução de MJdC)
3. “O Coelhinho Verde”, de Virgínia de Castro e Almeida.
Trata-se de uma publicação da Livraria Clássica Editora, Lisboa, 1945,
Colecção contos de encantar, com Bonecos de PAM.
Releio este livrinho que fez as minhas inocentes delícias, teria eu uns 6 ou 7
anos. Ao relê-lo, actualmente, o que sobressai com toda a evidência, é a intenção
educativa que a Autora introduz no discurso.
Há intenções morais e sociais: A saber:
- Quando nos tratam bem, é imperativo agradecer;
- Na idade avançada, não se pode trabalhar. Então, quem não tem teres nem
haveres, vai pedir esmola. Mas é-se muito feliz, e não se pensa em querer ou fazer
mal a ninguém.
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 16/30
- Por outro lado, isso permite ser livre e vaguear ao acaso, à aventura. Com
muita alegria e boa disposição, e sem fazer mal a ninguém, obviamente.
- A caridade é muito bonita, é o arrimo dos desvalidos – que não são assim
tão desvalidos porque são muito alegres e felizes, como referi.
- Para ultrapassar os problemas da vida, é preciso não só coragem, mas
imaginação, ou seja, engenho – com a protecção das forças sobrenaturais, claro
está. E o concurso da imaginação – pelos vistos, quanto mais tresloucada, melhor.
Como quem diz: grandes males, grandes remédios. MAS sem rebelião. Tudo numa
boa, que o povo deve manter-se calmo – “mui respeitador e obrigado”.
- O Bem e o Mal existem. O Bem tem que vencer o Mal – e aí, a crueldade é
necessária para que o Bem saia vitorioso. Crueldade sem remorsos, sem
cogitações, nem hesitações. É cortar cabeças e pronto, já está.
- O mundo está dividido em classes sociais. E as classes favorecidas dirigem-
-se às classes desfavorecidas com fórmulas linguísticas que denotam, se não
desprezo – pelo menos, menosprezo. No entanto, a força braçal é do Povo, e o
povo está ao serviço dos poderosos.
- Há ainda a referir mais estas últimas marcas deste discurso subliminar:
As personificações do Bem e do Mal, sendo o Bem inerente à condição
feminina:
= A parte feminina, a Mulher, representada nas quatro fases da vida:
- a fada Boa, modelo da Mulher na maturidade, que é quem detém o poder
(enquanto não lhe é arrebatado pelo Homem) e o remédio;
a avó - a sabedoria da idade;
a neta - a infância, que deve seguir os bons exemplos e cooperar;
a jovem, a Princesa, coitadinha, que só tem que ser bonita e fielmente esperar
pelo casamento;
= A parte masculina: personificada no gigante, que é a força bruta que tem
que ser domada, domesticada; e o Príncipe, símbolo da juventude imatura, que só
por si é inoperante e tem que ser manipulado… pelas mulheres.
- Está presente a chamada “sabedoria popular”, através das formulações
lapidares dos ditados e provérbios:
“Quem não se aventurou, não perdeu nem ganhou”.
Muito adequado a um país de emigrantes.
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 17/30
= Por fim, o traço de beleza física que se realça, é que as beldades são todas
loiras, de cabelos de oiro. Ou seja, são celtas, são visigodos, são da casta da
nobreza guerreira. Nada de misturas com Moiros ou Africanos…
Concluindo – um discurso linguístico e literário bem de acordo com a moral
socioeconómica do Estado Novo. Um discurso circular, sem quebras nem saídas:
conservador, dualista, cruel, elitista e racista. Vencer na vida, mas deixando tudo
nos seus devidos lugares, pois sabemos que quem for bom, terá a recompensa.
E o que é ser bom?
É vencer na vida deixando tudo tal como se encontrou, nos seus devidos
lugares...
E assim se vê como um continho para crianças, que (aparentemente) trata
apenas de encantamentos, fadas boas e gigantes maus, é tudo menos inocente!
Enfim…
‘Re-encontrei’ este livrinho que outrora fez as minhas delícias. E sinto-me
feliz por constatar que apenas contribuiu para me cultivar a fantasia. Quanto ao
mais, fiquei apta a aprender outras lições.
Continuando numa leitura de símbolos, posso dizer que ‘re-encontro’ este
coelhinho verde em muito bom estado de conservação, apesar do papel
amarelecido pelo pó do tempo. Pois só o papel amareleceu. Infelizmente, a
ideologia que contém anda a refazer-se do recuo a que se viu forçada, e anda a
recompor-se a passos de mau gigante…
Dona Virgínia Folque de Castro e Almeida Pimentel Sequeira e Abreu viveu
entre 1874 e 1945. Era uma aristocrata. A sua obra bem o comprovou.■ ©MJdC.
Referências.
Virgínia de Castro e Almeida and the collection
«Grandes Portugueses»
http://www.cerimonias.net/libecline/n2/abstracts.pdf
Portuguese film pioneer Virgínia de Castro e Almeida
https://wfpp.columbia.edu/pioneer/virginia-de-castro-e-almeida/
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 18/30
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O Reino, a Colônia e o
Poder: o governo Lorena
na capitania de São
Paulo – 1788-1797
de Adelto Gonçalves
com Prefácio de
Kenneth Maxwell,
texto de apresentação de
Carlos Guilherme Mota
e fotos de
Luiz Nascimento.
São Paulo: Imprensa Oficial do
Estado de São Paulo, 408
páginas,
R$ 70,00, 2019.
Site:
www.imprensaoficial.com.br
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VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 22/30
Filhos são tesouros no mesmo baú do coração de Mãe… e este é o meu Gui em 1.994…
Ah… como o tempo passa… !!!
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 23/30
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 24/30
VuJonga – edição literária de autora 2016 /2020 e-Livro Silvya Gallanni: Haikai - Fragrâncias Poéticas
Haikai | Poetic Fragrances | e-Book https://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=212768
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 25/30
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 26/30
“Proteger a Criança é Garantir o futuro de Moçambique!” [… foi o slogan mobilizador do 1º de Junho de 2020: Dia Internacional da Criança.
No entanto, a data se manterá sempre válida para além dessa efeméride. ]
‘Proteger a Criança é Garantir o futuro de Moçambique!’ (…) num momento
particularmente difícil, devido ao surgimento e a propagação em curso à escala
planetária, da covid-19, uma pandemia que veio virar o paradigma vivencial em
todo o mundo, com destaque particular para o nosso país.
Está ainda muito difícil a luta contra o novo coronavírus porquanto não há
ainda medicamento específico de cura nem vacina e a única alternativa que para já
sobra à humanidade é a prevenção; prevenir o homem de hoje e o homem de
amanhã [incluindo a mulher de amanhã].
Porque a criança, a flor que nunca murcha, é o principal garante do amanhã,
todos os adultos de hoje são impostos a assumir o compromisso de proteger as
crianças. Porque uma medida mais viável para a prevenção da pandemia é mesmo
ficar em casa. Importa destacar que o Governo já fez a sua parte ao tomar a decisão
de suspender as aulas para permitir que as crianças fiquem de facto em casa.
Porém, o sucesso da implementação dessa medida depende em larga escala
do comportamento dos pais e ou encarregados de educação. Estes é que têm a
maior responsabilidade de proteger as crianças. Elas (as crianças) geralmente não
saem de casa, mas se os adultos saírem de casa sem a necessária necessidade e
muito menos sem observar as medidas de prevenção recomendadas corre-se o risco
de prejudicar a saúde das crianças. Por isso mesmo, todos os adultos devem fazer
de tudo para proteger as crianças da covid-19.
Caros pais e ou encarregados de educação, é importantíssimo nesse momento
complicado conter todos actos e práticas que prejudiquem o crescimento saudável
da criança, cujo direito transcende a toda dimensão humana. (…) Uma homenagem
especial dedicamos a todas as crianças do mundo e de Moçambique que por vários
factores sofrem, e não têm o devido crescimento.■ Falume Chabane 2020.
Vamos proteger as nossas crianças da covid-19
Sofala: Cidade da Beira (Falume Chabane)
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 27/30
VuJonga | magazine digital ilustrado e actualizado,
made in CPLP fundado por:
Ligações online de VuJonga cadernos literários | 2019/2020.
Silvya Gallanni
https://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=212768
Myriam Jubilot d’ Carvalho |
http://www.myriamdecarvalho.com/
Mphumo Kraveirinya
https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/joo_craveirinha_diversos/
BRASIL | E-book: Recanto das Letras (Américas): https://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=212768&categoria=M
MOÇAMBIQUE | PDF: Jornal O Autarca (África Oriental): https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/jornal_o_autarca_cidade_da_beira/
PORTUGAL | PDF: Macua Blogs (Europa): https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/letras_e_artes_cultura/
João Craveirinha (CLEPUL);
Silvya Gallanni (RL);
Mª de Fátima Oliveira Domingues (CLEPUL).
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 28/30
VuJONGA – significado.
VuJONGA significa ORIENTE, e também por analogia,
povo vaJonga do ‘Sol Nascente’– em língua Jonga.
ORIENTE – ponto cardeal
de uma das quatro direcções principais da rosa-dos-ventos
[Sul – Norte; Ocidente – Oriente]
ShiJonga ou ‘O Jonga’ é um idioma africano que tem a sua origem
milenar no idioma kiKongo, com sede em Bandundu no ‘Congo-
Kinshassa.’ Daí sairiam migrações cíclicas do povo (ba)Kongo, rumo à
África Austral, tomando rumos diferentes a partir do rio Zambeze, a sul
e a norte.
Posteriormente, em fusão genético-cultural, originou outras
variantes idiomáticas, tais como as dos povos Nhandja (Niassa), Guigóne
(Inhambane), Jonga (Móputso), e ainda outras variantes posteriores tais
como ShiSuate (Suazilândia), Zulo (Natal), Shengane (Gaza), ShiTsua
(Inhambane).
A língua Jonga é, pois, um idioma muito antigo da cultura baNto da
capital de Moçambique. Sofreu várias influências linguísticas no decurso
do tempo. Estas são o registo cultural de épocas em que navegadores
europeus e asiáticos circularam pela costa marítima moçambicana, aí
desenvolvendo relações comerciais – mais pacíficas – umas, e outras
mais conflituosas.
Este idioma, shiJonga, encontra-se actualmente em processo de
extinção, devido a imposições ideológicas do poder político
estabelecido desde 1975.■ coordenador JOÃO Craveirinha
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 29/30
1º Esboço de Mapa Etno-Etimológico
da região vaJonga - séculos XVI-XIX
VuJonga 31 magazine ilustrado - cadernos literários | Sábado – 18/07/20 – Pág. 30/30