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FACULDADE MERIDIONAL – IMED CURSO DE ODONTOLOGIA BRUNA CARON PIZZATTO A PREVALÊNCIA DE DISTÚRBIOS TEMPOROMANDIBULARES E FATORES PSICOLÓGICOS NOS ALUNOS DE ODONTOLOGIA DA FACULDADE IMED

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FACULDADE MERIDIONAL – IMED

CURSO DE ODONTOLOGIA

BRUNA CARON PIZZATTO

A PREVALÊNCIA DE DISTÚRBIOS TEMPOROMANDIBULARES E FATORES PSICOLÓGICOS NOS ALUNOS DE ODONTOLOGIA DA

FACULDADE IMED

PASSO FUNDO

2016

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BRUNA CARON PIZZATTO

A PREVALÊNCIA DE DISTÚRBIOS TEMPOROMANDIBULARES E FATORES PSICOLÓGICOS NOS ALUNOS DE ODONTOLOGIA DA

FACULDADE IMED

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado pela acadêmica de Odontologia Bruna Caron Pizzatto, da Faculdade Meridional - IMED, como requisito indispensável para a obtenção de grau em Odontologia.

PASSO FUNDO

2016

BRUNA CARON PIZZATTO

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A PREVALÊNCIA DE DISTÚRBIOS TEMPOROMANDIBULARES E FATORES PSICOLÓGICOS NOS ALUNOS DE ODONTOLOGIA DA

FACULDADE IMED

Professora orientadora:

Prof. Ms. Alexandra Magalhães Silveira

PASSO FUNDO

2016

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Dedico este trabalho aos meus pais e meu irmão, que nunca mediram esforços para que esta conquista fosse possível, que nunca me deixaram desistir e que sempre me incentivaram a chegar até o fim desta jornada!

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A dificuldade de estarmos longe uns dos outros nestes quatro anos, agora vale a pena, por isso dedico esta conquista para minha Família.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida e pela saúde concedida para

suportar todas as dificuldades.

Aos meus pais, Roberto e Jo, que apesar das dificuldades deixaram os seus sonhos de

lado para que eu pudesse ter uma profissão e um futuro melhor. Por todo carinho e

amor que eles sempre tiveram para comigo. Obrigada, vocês são meu exemplo.

Ao meu irmão, Arthur, que também sempre me apoiou e que apesar da distância

sempre se manteve por perto.

Ao meu namorado, Tiago, que foi sempre o primeiro a me apoiar em tudo, e a exigir

que eu fosse sempre melhor. Obrigada pelo amor e pela ajuda.

À minha orientadora, Alexandra, que me acompanhou nesses meses de dificuldade, e

que com muita inteligência me ajudou a construir este trabalho. Obrigada por todas as

correções e pelo apoio.

A faculdade e todos os seus professores. Aqui formamos uma família que está sempre

pronta pra ajudar e isso faz desta Faculdade um lar para todos nós.

Por fim, agradeço a toda minha família e amigos que direta e indiretamente fizeram

parte deste caminho.

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‘’Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos.” Friedrich Nietzsche

RESUMO

Disfunção Temporomandibular (DTM) é definida como um termo coletivo que abrange vários problemas clínicos envolvendo a musculatura da mastigação, a ATM, e as estruturas associadas da face de um indivíduo. Sua etiologia não tem causa única, sendo assim classificada como multifatorial, porém na atualidade os fatores psicossociais estão ganhando destaque como fatores predisponentes e perpetuantes desta patologia. O presente trabalho teve como objetivo verificar a prevalência de DTM e a presença de ansiedade e depressão nos alunos de Odontologia da Faculdade IMED. O estudo teve abordagem quantitativa e a amostra foi de 146 alunos. A coleta de dados foi realizada por meio de dois questionários auto aplicados, para DTM utilizamos o questionário de Fonseca, 1994 e para presença de ansiedade e depressão, a Escala HAD. Os resultados obtidos quanto a DTM foram de 42% de indivíduos sem DTM, 36% com índice de DTM leve, 19% índice de DTM moderada e apenas 3% índice de DTM severa. Sobre os fatores psicossociais, foi constatado que 23% dos alunos apresentavam ansiedade e 6% depressão. A porcentagem de alunos que necessitam de tratamento de DTM foi de 22%, esse resultado é elevado se tratando de uma população jovem, e comparado à população geral, quanto aos fatores psicológicos podemos concluir que a ansiedade se mostrou elevada, assim como a depressão.

Palavras-chave: DTM. Prevalência. Ansiedade. Estudantes de odontologia.

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ABSTRACT

Temporomandibular disorder (TMD) is defined as a collective term that encompasses many clinical problems involving the masticatory muscles, TMJ, and associated structures of the face of an individual. Its etiology has no a single cause and it is classified as multifactorial, but today the psychosocial factors are gaining prominence as predisposing factors and perpetuating this pathology. This study aimed to determine the prevalence of TMD and the presence of anxiety and depression in students of Dentistry at IMED College. The study was a quantitative approach and the sample was 146 students. Data collection was performed by two self applied questionnaires, for DTM use the questionnaire Fonseca, 1994 and the presence of anxiety and depression, HAD scale. The results obtained were as DTM 42% of individuals without DTM, DTM 36% slight index, 19% TMD index moderate and only 3% severe TMD index. On psychosocial factors, it was found that 23% of students had anxiety and depression 6%. The percentage of students who need TMD treatment was 22%, the result is high when dealing with a young population, as the psychological factors we can conclude that anxiety and depression proved to be high.

Key Words: TMD. Prevalence. Anxiety. Dentistry students.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS

Figura 1- População total X gênero................................................... 26

Figura 2- População total X índice de DTM....................................... 27

Figura 3- População total X Ansiedade.............................................. 28

Figura 4- População total X Depressão.............................................. 28

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 10

2 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 11

3 OBJETIVOS... ..................................................................................... 22

4 MÉTODOLOGIA..................................................................................... 23

4.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO................................................................ 23

4.2 AMOSTRA................................................................................................. 23

4.3 COLETA DE DADOS................................................................................. 23

4.3.1 Critérios de inclusão............................................................................... 24

4.3.2 Critérios de Exclusão.............................................................................. 24

4.4 ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................. 24

4.5 QUESTOES ÉTICAS.................................................................................. 25

5 RESULTADOS......................................................................................... 26

6 DISCUSSÃO............................................................................................. 29

ANEXOS/APÊNDICES.......................................................................................... 38

REFERÊNCIAS..................................................................................................... 34

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1 INTRODUÇÃO

As Disfunções Temporomandibulares (DTMs) constituem um conjunto de sinais e

sintomas que irão envolver os músculos da mastigação, as Articulações

Temporomandibulares (ATMs) e suas estruturas associadas na região da oroface.

Algumas das características dessa disfunção seriam dores musculares e articulares,

limitação e desvio na trajetória mandibular, ruídos nas articulações e dores de cabeça.

A DTM não apresenta como etiologia uma única causa, mas alterações funcionais,

estruturais e psicológicas estão sendo relacionadas como fatores predisponentes e

perpetuantes dessa patologia. Sendo assim, fica definida como uma disfunção de

etiologia multifatorial (SANTOS et al, 2006; ROSA, et al. 2008).

Ao considerar os fatores psicológicos, vários são os autores que dão ênfase a

essa correlação, afirmando que a presença do estresse emocional, da ansiedade e da

depressão aumentariam a prevalência de DTM. (PASINATO, CORRÊA, SOUZA, 2009;

LEMOS et al, 2015). No entanto, nem todos os autores encontraram essa associação.

(Reiβman et al, 2008).

A prevalência da DTM tem sido estudada durante anos, porém ela é bastante

controversa. Agerbeg e Carlssom em 1972 relatam que ela seria de 7% e Conti et al em

1996 encontra uma prevalência de 6, 46% em estudantes da USP-Bauru, já Rosa et al

(2008) mostrou que a prevalência da desordem em jovens universitários foi de 42,9%.

Outro estudo realizado por Motta et al (2015), mostra que 73, 3% dos adolescentes

apresentavam DTM.

A literatura é bastante controversa quanto à prevalência de DTM, bem como com

a associação dessa, aos fatores psicológicos. No entanto, os autores são unânimes na

importância da precocidade no diagnóstico da DTM, pois desta maneira se evita várias

de suas consequências. Sendo assim, julga-se necessário estudar a presença e a

prevalência de DTM na população, bem como a existência de ansiedade e depressão.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

Agerberg e Carlssom em 1972, realizaram uma pesquisa sobre a prevalência de

Desordens do Sistema Mastigatório em 1106 indivíduos. Os resultados obtidos foram

que os principais sintomas de DTM são: ruídos articulares (39%), dores de cabeça e na

face (24%) e limitação dos movimentos da mandíbula (7%). Os autores consideraram

que somente em 7% destes indivíduos havia necessidade de tratamento.

Helkimo publicou em 1974, uma série de quatro trabalhos sobre função e

disfunção mastigatória e ainda, propôs um índice anamnésico e um índice clínico para o

diagnóstico e medida de severidade dessas desordens. Esse índice permite a

classificação do paciente, anamneticamente, em três níveis: 1-sem sintomas; 2-médio;

3-severo. O índice clínico, por sua vez, é graduado em quatro níveis: 1-sem sinais; 2-

médio; 3-moderado; 4-severo. Relatou ainda nessa série de artigos, que os indivíduos

classificados como índice anamnésico severo eram de 20%, dos quais 75%

apresentavam um sintoma severo e 44%, dois ou mais sintomas. Helkimo comprovou

também a validade do uso do índice como meio de identificação das desordens da ATM

e musculatura mastigatória.

Fonsêca desenvolveu em sua dissertação de mestrado, em 1991, um questionário

anamnésico autoaplicado e o correlacionou com o índice clínico modificado de Helkimo

para diagnóstico de DTM. Foi encontrado, nesse questionário, um grau de

confiabilidade de 95%, sendo assim, é possível a sua utilização em pesquisas

epidemiológicas para DTM.

A fim de verificar a prevalência de DTM e o possível papel dos fatores emocionais

e oclusais nesta patologia, Conti e colaboradores em 1996 pesquisaram 310 estudantes

da cidade de Bauru-São Paulo, Brasil. A presença e a severidade dos sintomas foram

avaliados através de um questionário autoaplicado (Fonseca, 1994). Obtiveram-se os

seguintes resultados: 58, 71% dessa população estavam livres de sintomas, 34, 84%

dos estudantes foram classificadas com DTM do grau leve, 5, 81% DTM do grau

moderado e somente 0, 65% DTM do grau severo. Os alunos que apresentaram grau

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moderado e grau severo foram interpretados como necessitando de tratamento,

portanto 6, 46% dessa população.

Outro estudo teve como objetivo avaliar as frequências dos sinais e sintomas dos

hábitos parafuncionais e das características oclusais de 80 crianças, pacientes da

clínica Ortodôntica Preventiva da Faculdade de Odontologia de Araçatuba- UNESP. As

crianças foram submetidas a exame clínico para avaliar as características oclusais e

observação de hábitos parafuncionais. As crianças também foram submetidas a uma

entrevista, com supervisão dos pais, sobre os sinais e sintomas da disfunção. A

conclusão desse estudo foi que os sinais e sintomas mais frequentes foram o hábito de

ranger os dentes, dores de cabeça e ruídos na ATM (SANTOS et al., 2006).

Disfunção temporomandibular (DTM) é uma doença multifatorial que acomete

várias idades, manifestando-se com mais frequência em crianças e adolescentes. O

estudo teve como objetivo verificar a prevalência de sinais e sintomas de DTM em

crianças e universitários. Foram entrevistadas, por meio de questionário, mães de 90

crianças entre 3 e 7 anos, e 107 universitários, entre 17 e 38 anos. Após a análise dos

questionários, os autores constataram a diferença na prevalência de sintomas de

disfunção entre os grupos avaliados. É possível sugerir que a presença dos sintomas

de DTM tornam-se mais frequentes entre adolescentes do que em crianças (TOSATO;

CARIA, 2006).

Segundo Brandini et al., 2007, as desordens temporomandibulares (DTMs)

representam a maioria das queixas de dores crônicas na região da oroface estudadas

por cirurgiões-dentistas. Quanto a localização desta afecção, os locais de foco seriam

os músculos das regiões da face, cabeça, pescoço, articulação temporomandibular,

periodonto e estruturas dentais. Em relação aos sinais e sintomas, os mais presentes

seriam as dores faciais, cervicais, cefaleias, limitações nos movimentos mandibulares,

fadiga muscular, sensibilidade, desgastes dentais e ruídos articulares. Como fatores

etiológicos, os autores acreditam que os aspectos psicológicos são extremamente

relevantes na etiologia, progressão e tratamento das DTMs. Eles afirmam ainda que os

fatores oclusais também se constituiriam como premissa básica na gênese das DTMs.

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Um estudo verificou qual o principal instrumento de avalição da DTM comparado a

todos os disponíveis na literatura, para ajudar os clínicos a ter um resultado mais

correto. Questionários são mais adequados para avaliar eventuais impactos da DTM. O

RDC/TMD (Research Diagnostic criteria for temporomandibular disorders) é um dos

poucos questionários que define critérios para o diagnóstico clínico, e ele possui maior

parte de suas propriedades psicométricas verificadas, sendo assim é caracterizado

como uma das ferramentas mais apropriadas para avaliar a DTM (CHAVES; OLIVEIRA;

GROSSI, 2007).

Pires (2007) realizou um estudo com o objetivo de avaliar a prevalência de

bruxismo nos militares da Marinha do Brasil que atuam em áreas operativas e

administrativas, verificando a existência de associação com o estresse emocional.

Foram avaliados 486 militares, de ambos os sexos, com idade entre 19 e 48 anos,

divididos em dois grupos, um administrativo e um operativo (militares embarcados em

navios de guerra). Os pacientes foram submetidos ao Inventário de Sintomas de

Estresse para Adultos de Lipp, exames clínicos e um questionário para anamnese. Foi

observado a prevalência de 35, 6% de militares com bruxismo, desses, o grupo

administrativo foi o mais atingido e os indivíduos tinham idade acima de 30 anos. Foi

verificado na amostra de 103 pacientes com sintomas de estresse, 57 pessoas sem

evidencias clínicas de bruxismo e 46 com evidencias clínicas do hábito parafuncional. O

bruxismo apresentou relação significativa com a consciência do hábito, dores nos

músculos da mastigação ao acordar, sensibilidade nos músculos masseter e temporal e

dentes com presença de desgaste. Uma correlação positiva entre o estresse e o

bruxismo também foi observada e a prevalência do bruxismo encontrada foi maior do

que a apresentada na literatura para a população em geral.

Um trabalho teve como objetivo abordar aspectos relacionados a disfunção

temporomandibular em crianças, como etiologia, diagnóstico e tratamento, destacando

a importância do correto diagnóstico, sabendo que estes pacientes estão em fase de

crescimento e de desenvolvimento da face. As disfunções temporomandibulares

acarretam vários problemas clínicos que envolvem os músculos da mastigação, a

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articulação temporomandibular e suas estruturas. Nas crianças estes sintomas estão

presentes com menor intensidade do que em adultos. As DTM’s em crianças possuem

etiologia multifatorial, sendo os hábitos parafuncionais, traumas, fatores oclusais,

sistêmicos e psicológicos, os fatores mais citados. Os autores concluíram então que os

sinais e sintomas da DTM em crianças são mais suaves e aumentam com a idade, por

isso é de grande importância o diagnóstico precoce dessa patologia (BERTOLI;

LOSSO; MORESCA, 2008).

Okeson publicou em 2008, seu livro referente às DTMs. Segundo esse autor,

diversos são os fatores etiológicos da DTM, dentre eles: fatores de trauma,

considerações anatômicas, fatores fisiopatológicos e questões psicossociais. Quanto ao

fator trauma, ele subdivide em direto, indireto e microtrauma, podendo ser incluído os

hábitos parafuncionais e em consequência o bruxismo. Nas considerações anatômicas

entram as relações esqueléticas como discrepâncias ósseas intra e inter-arcos, bem

como as relações oclusais. Considerando os fatores fisiopatológicos, se apresentam os

fatores sistêmicos como lúpus eritematoso, fibromialgia, entre outras desordens. Dentre

os fatores locais, ele considera alterações musculares como atividade muscular

exacerbada e trauma tecidual, e como alterações da ATM, morfologia anômala de disco

e modificações na viscosidade e na quantidade de líquido sinovial. Os fatores

psicossociais são as alterações de maior evidência, como por exemplo o estresse.

Um estudo realizado na Faculdade de Odontologia do Centro Universitário

Hermínio Ometto (São Paulo) tinha como objetivo verificar a prevalência de desordens

da articulação temporomandibular em amostra composta por jovens universitários. Para

esse estudo, foram selecionados 117 voluntário com média de 22 anos de idade.

Inicialmente, os voluntários responderam a um questionário e foram submetidos a

exame clínico e eletrovibratografia. Posteriormente, foram classificados como

portadores ou não de desordem temporomandibular, considerando a presença de

sensibilidade dolorosa na articulação ou presença de ruídos articulares. A prevalência

na amostra avaliada foi de 42, 9%, e associação significante foi encontrada entre

desordem temporomandibular e ruídos articulares; e entre desordem

temporomandibular e bruxismo (ROSA et al., 2008).

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Blini et al (2009) verificaram a ocorrência de Bruxismo em mulheres adultas com

queixa de disfunção temporomandibular e sua relação com o grau de sintomatologia da

disfunção. Participaram do estudo 28 mulheres na faixa etária de 19 a 56 anos, todas

responderam ao questionário de índice Anamnésico proposto por Fonseca e realizaram

uma avaliação odontológica, constituída de exame da musculatura mastigatória e

exame dental. Verificou-se que o bruxismo esteve presente 50% dos casos de

disfunção temporomandibular. Não houve relação entre o bruxismo e o grau de

sintomatologia de disfunção temporomandibular.

Autores de um estudo, tiveram como objetivo avaliar a presença do estado e do

traço de ansiedade em pacientes assintomáticos e com DTM. Participaram do estudo

20 pacientes diagnosticado com DTM e 15 assintomáticos, os pacientes foram

avaliados, para determinar o grau de Disfunção, pelo Índice Anamnésico de Fonseca,

pelo Índice Anamnésico e Clínico de Disfunção e Estado Oclusal. A avaliação do grau

de ansiedade foi realizada pelo Inventário de Ansiedade Traço-Estado. Os resultados

sugeriram que estado e traço de ansiedade podem sim, contribuir para a gênese e

perpetuação das DTM’s (PASINATO; CORRÊA; SOUZA, 2009).

Os pesquisadores Santos et al,. em 2009, realizaram um estudo que teve como

objetivo fazer uma revisão de literatura sobre as características gerais da disfunção

temporomandibular. Os autores verificaram que, segundo os artigos avaliados, as

disfunções temporomandibulares possuem inúmeros sinais clínicos e sintomas,

envolvendo dores nos músculos mastigadores, e dor na articulação temporomandibular.

No que diz respeito à etiologia, hábitos parafuncionais, desarmonias oclusais, estresse,

ansiedade, traumas e microtraumas, instabilidade mandibular, desequilíbrios posturais

e alterações fisiológicas seriam os principais desencadeantes. Os autores afirmam que

desse modo, a disfunção temporomandibular apresentaria uma etiologia multifatorial e

predisporia assim interdisciplinaridade para seu tratamento. Santos e colaboradores

ainda alertam que é preciso atentar para o fato que nem toda dor relacionada à face

pode ser considerada disfunção temporomandibular, e que o paciente necessitaria

algumas vezes de uma equipe multidisciplinar para o correto diagnóstico de uma

patologia nessa região.

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Em outro caso estudado, o objetivo foi avaliar a prevalência de DTM e de níveis

de ansiedade em estudantes dos curso de Ciências Biológicas, Educação física,

Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Psicologia e Odontologia da Universidade

Estadual de Paraíba. Participaram dessa pesquisa 336 estudantes. Nessa ocasião foi

aplicado um Índice Anamnésico DMF e o Inventario de Ansiedade Traço- Estado para

coletar os dados. Também foram utilizados os teste Qui-quadrado de Pearson e Exato

de Fischer. Os resultado mostraram que 48, 2% dos acadêmicos apresentaram DTM

leve, 11,3% DTM moderada e 3% DTM grave. O distúrbio temporomandibular foi mais

frequente em acadêmicos do sexo feminino, solteiros e na faixa etária entre 18 e 22

anos, todos com sintomas de tensão emocional. Os acadêmicos do curso de

Fisioterapia mostraram maior necessidade de tratamento para a DTM e níveis mais

elevados de ansiedade (BEZERRA; et al, 2012).

Cardozo et al., 2012, realizaram uma pesquisa a fim de avaliar a prevalência de

sintomas de desordens temporomandibulares em acadêmicos de Odontologia, na

Clínica Odontológica da Faculdade de Odontologia de Araguaína-TO. Os dados foram

obtidos mediante levantamento e análise das fichas clínicas dos acadêmicos avaliados

na disciplina de Oclusão nos anos de 2008 e 2009. Foram avaliadas 143 fichas para

classificar a DTM, utilizando o método de Fonseca. Utilizaram 93 pessoas do gênero

feminino e 50, masculino. Nessas fichas foram anotados os sinais clínicos e sintomas

das DTM que servem de base para diagnóstico da patologia. Os dados obtidos

permitiram considerar que eram portadores de DTM leve, moderada e severa,

respectivamente, 32,86%, 4,19% e 0,69% dos estudantes considerados. Concluiu-se

que os sintomas de DTM mais prevalentes entre os acadêmicos foram a presença de

dores de cabeça frequentes, a sensação de os dentes não articularem bem e a

presença de tensão emocional

Na Universidade Estadual de Ponta Grossa foram examinados estudantes de

Odontologia com o objetivo de avaliar a prevalência de DTM nesses alunos. Foram

examinados estudantes de todos os períodos, totalizando 153 alunos, com idades entre

17 e 25 anos, desses, foram excluídos da pesquisa os alunos com aparelho ortodôntico

e com doenças sistêmicas graves. Para a coleta de dados foi utilizado uma ficha clínica

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composta por exame físico detalhado e questionário de saúde. O exame físico foi

realizado por palpação bidigital, auscultação das articulações temporomandibulares,

assim como, foi analisado os movimentos mandibulares e de amplitude de abertura de

boca. Os resultados trouxeram um número de 39% de estudantes com algum tipo de

DTM, sendo que 73% eram mulheres. A porcentagem de desordem articular foi de 93%

e de desordem muscular 7%. A DTM com maior ocorrência foi o deslocamento de disco

com redução. Os pesquisadores concluíram então que quase metade dos estudantes

avaliados apresentou algum tipo de DTM (FERREIRA; et al, 2012).

Os distúrbios temporomandibulares são alterações que atingem a articulação

temporomandibular e os músculos da cabeça e pescoço, com isso, a qualidade de vida

e o comportamento do paciente estão envolvidos na etiologia das DTM e também na

sua evolução. Este estudo teve como objetivo analisar se o comportamento e qualidade

de vida dos pacientes portadores de DTM interferiam na cura da doença. Foram

pesquisadas 1643 pessoas com idade entre 20 e 65 anos, que utilizavam o Sistema de

Saúde Pública de Maringá- PR, esses pacientes foram entrevistados com o

questionário RDC/TMD Eixo I e II. Os resultados encontrados foram de que pacientes

com mais de um diagnóstico, incluindo alterações musculares, possuem dores mais

fortes, afetando assim nos sintomas de depressão e na capacidade de resolver

atividades diárias. Esses resultados também indicaram que os pacientes com risco

elevado de desenvolver DTM crônica têm mais dor autorreferida e também interferência

nas atividades diárias. Conclui-se que a qualidade de vida do paciente pode afetar no

seu comportamento frente ao distúrbio tanto quanto nas suas relações sociais. Isso

porque a ansiedade, qualidade de vida e estado geral de saúde estão diretamente

ligados à disfunção (RICCI; PROGIANTE, 2012).

Foi realizado um estudo comparativo entre o Índice de Disfunção

Temporomandibular e os níveis de ansiedade em 73 mulheres idosas, na faixa etária

entre 60 a 87 anos. Para a coleta de dados da DTM foi utilizado o índice Anamnésico

para DTM, que separou os indivíduos em: sem DTM, portador de DTM Leve, de DTM

moderada e de DTM severa. O Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) foi

utilizado para classificar as mulheres em: indivíduo com tendência a reagir à pressão

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psicológica com ansiedade e o nível de ansiedade momentânea. Os resultados

mostraram que existe correlação significativa entre a DTM e os níveis de ansiedade

(RIOS; ROCHA; SANTOS, 2012).

Soares et al. (2012) buscaram estabelecer uma correlação entre a severidade da

DTM e os níveis de depressão dos pacientes. Participaram da pesquisa 73 pacientes já

diagnosticados com DTM crônica, a partir do questionário RDC/TMD, que buscaram

atendimento no Serviço- ATM da UFJF. A relação entre os índices de DTM e os

aspectos psicológicos do paciente foi positiva na maioria das avaliações. Obteve-se

correlações positivas entre os índices temporomandibulares (diagnóstico e gravidade

da DTM), os aspectos psicológicos avaliados (depressão, sintomas físicos inespecíficos

acompanhados ou não de dor e intensidade da dor crônica) e ao índice muscular.

Portanto sinais e sintomas de DTM em tempo prolongado, mesmo em baixa

intensidade, acarretam desordens psicológicas. .

A disfunção temporomandibular pode se tornar crônica, desse modo, pode causar

maior comprometimento da qualidade de vida. O estudo teve como objetivo realizar

uma revisão de literatura para verificar qual o impacto da educação e de autocuidados

na dor e na disfunção relacionada à DTM dolorosa crônica. Os fatores psicossociais

geralmente estão envolvidos na cronificação da dor, isso torna as abordagens

biocomportamentais cada vez mais indicadas para reduzir a dor e sofrimento. A pouca

literatura existente, indica resultados positivos na aplicação dos métodos de educação e

autocuidados em DTM dolorosa crônica, mas mais estudos precisam ser realizados

para comprovar tal achado (CAMPI; et al, 2013).

Um estudo teve como objetivo avaliar a presença de DTM, fatores psicológicos e

dor em pacientes com fibromialgia. 50 mulheres tratadas no Ambulatório de Acupuntura

e Dor do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco,

diagnosticadas com fibromialgia, foram avaliadas segundo o grau e a classificação de

DTM pelo Índice Anamnésico Simplificado e os fatores psicológicos foram avaliados

pelo Critérios Diagnósticos de Pesquisa em DTM (RDC/ TMD). Das 49 pacientes

apresentavam sinais e sintomas de DTM, 80% delas relataram dor facial. A depressão

foi encontrada em 90% das entrevistadas e o grau da DTM mostrou relação com o grau

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de depressão. Concluíram então que existe uma prevalência muito alta de DTM e

depressão em pacientes com fibromialgia, a DTM apareceu mais intensa nos indivíduos

com depressão mais severa (LEITÃO, et al., 2014).

As disfunções temporomandibulares são distúrbios da ATM comuns em crianças e

adolescentes e tendem a aumentar na fase adulta. Um estudo teve como objetivo

analisar a frequência das DTM’s e sua relação com a ansiedade e a depressão em

pacientes que procuram o setor da Odontologia em unidades de APS. Participaram do

estudo 257 pacientes maiores de 18 anos, que foram atendidos de forma consecutiva

na unidade. Para avaliarem o grau de DTM entre os pacientes, foi utilizado o

questionário proposto por Maciel, para avaliação da ansiedade foi utilizada a Escala

Hospitalar de Ansiedade e Depressão, validada por Marcolino. Foi encontrada

frequência de 86, 7% de DTM nos pacientes, as DTM’s severa e moderadas estavam

mais presentes, em 55, 7% dos pacientes, e 45, 3% dos pacientes foram

diagnosticados como não portadores ou portadores leves de DTM. Foi observado

também uma relação significativa entre DTM e ansiedade e depressão relacionado aos

não portadores (SILVA, et al., 2014).

Wieckiewicz et al. (2014) realizaram um estudo com o objetivo de avaliar a

prevalência de disfunção temporomandibular (DTM) e hábitos parafuncionais orais e

suas relações com fatores psicoemocionais em estudantes Poloneses. A pesquisa foi

realizada com 456 alunos, o formulário de exame era composto por um questionário e

exame clínico. O questionário utilizado era RDC/TMD, para verificar os sintomas de

DTM. Apresentaram sintomas de DTM 54 % dos alunos, sendo que o maior grupo

envolvia estudantes com deslocamento de disco. Foi observado também que as

mulheres (36%) sofriam mais com distúrbios do Sistema Estomatognático que os

homens (18%). Desse modo, foi verificado uma correlação positiva entre a DTM e os

problemas psicoemocionais destes alunos.

Dados da Organização Mundial da Saúde (2014) apontam que 10,4% da

população brasileira apresenta depressão, e 33% sofre de ansiedade.

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Os fatores psicossociais têm ganhado força quando se analisa a etiologia

multifatorial das DTM, mas ainda existem alguns estudos que contradizem essa

relação. O objetivo de um estudo foi determinar a prevalência dos sinais e sintoma

desta disfunção e sua associação com a depressão, a ansiedade e a tensão emocional

em estudantes do curso de Odontologia. Foram selecionados 135 alunos

aleatoriamente. Os sinais e sintomas da DTM foram coletados através do questionário

anamnésico adaptado de Fonseca (1994), e para estimar a presença dos fatores

psicológicos foi usada a escala Hospital Anxiety and Depression, traduzida a validada

para o português. Os dados foram analisados descritivamente e estatisticamente. Dos

135 alunos, 76, 3% mostraram ter disfunção. Desses 54, 1%, eram de disfunção leve,

sendo que em 22, 2% foi visto que havia necessidade de tratamento. A tensão

emocional foi associada à presença de disfunção, a ansiedade e depressão foram

associadas apenas a necessidade de tratamento. Concluíram então que a presença de

disfunção temporomandibular nos universitários foi elevada, sendo que os sinais

clínicos mais apresentados eram articulares (LEMOS, et al., 2015).

Os autores de um estudo tinham como objetivo determinar a prevalência de sinais

e sintomas de DTM, de acordo com o nível de ansiedade de adolescentes na cidade de

São Roque em São Paulo. Para determinar a presença e a severidade do Distúrbio

Temporomandibular, foi utilizado o Índice de Fonseca. Para avaliação do nível de

ansiedade, os autores utilizaram o Inventário de Ansiedade Traço- Estado. Participaram

da pesquisa 3538 adolescentes entre 10 e 19 anos, os resultados mostraram que 73,

3% dos adolescentes apresentavam DTM em algum grau, mas somente 15,3%

apresentaram DTM com necessidade de tratamento (moderada e severa), e 72, 7%

apresentavam ansiedade. Foi observado também associação significativa entre a

presença de DTM e de ansiedade, principalmente no sexo feminino. Os autores

concluíram que os adolescentes do sexo feminino tem mais chances de desenvolver

DTM do que os do sexo masculino, e que quanto mais alto o nível de ansiedade do

indivíduo, maior sua chance de desenvolver DTM (MOTTA et al., 2015).

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Progiante et al (2015) realizaram um estudo com objetivo de avaliar a prevalência

de DTM e fatores como o bruxismo do sono e dor de cabeça. O estudo foi realizado em

Maringá, no estado do Paraná, Brasil. Para avaliação de sinais e sintomas da DTM,

foram utilizados os Eixos I e II do Critério de Diagnóstico para Pesquisa (RDC/TMD). A

população estudada era de usuários do SUS, de ambos os sexos, de idade entre 20 e

65 anos, esses usuários não haviam procurado tratamento para DTM. De acordo com a

classificação de grau de dor crônica na RDC/TMD Eixo II, 36, 2% dos pacientes

apresentaram algum grau de dor crônica, mas somente 5,1% tinham grave limitação

devido à dor. Nos resultados RDC/TMD Eixo I, 29,5% apresentaram alterações

musculares, 7,9% de deslocamento de disco e 39,1% com outras desordens articulares.

A dor de cabeça estava presente em 67,9% dos paciente, o bruxismo do sono em 33,

4%, e o bruxismo acordado em 30%. Concluíram assim que a prevalência de sinais e

sintomas nesta população foi alta, no entanto a proporção de paciente com

necessidade de tratamento foi baixa.

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3 OBJETIVOS

Este trabalho teve como objetivos verificar nos alunos de Odontologia da

Faculdade IMED:

1- a prevalência de DTM.

2- o índice de DTM leve, moderado ou severo.

3- a presença de fatores psicológicos- depressão e ansiedade.

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4 METODOLOGIA

4. 1 DELINEAMENTO DO ESTUDO

Este é um estudo de abordagem quantitativa.

4.2 AMOSTRA

A amostragem é do tipo probabilística, os dados foram coletados em setembro

de 2016, participaram da pesquisa 146 alunos que cursam Odontologia na Faculdade

IMED.

4.3 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS

Para obtenção da presença ou não de DTM foi utilizado o questionário idealizado

por Fonseca em 1994 (anexo B), que consiste em 10 questões anamnésicas, com a

possibilidade de três respostas: sim, não ou às vezes. Para cada resposta indicando

“sim” foi atribuído o valor “2”, “às vezes” valor de “1”, e “não” valor “0”. Nas questões 6 e

7, a presença de sintomas bilaterais receberam valor “3” a ser somando no Índice de

DTM. Também na questão 4 um escore “3” foi atribuído quando relatado que a dor era

frequente e intensa. A somatória dos valores obtidos permitiu a classificação da

amostra em relação a DTM sendo considerada, de agora em diante, como índice de

DTM. Os valores de 0 a 3 são definidos como não portador de DTM; de 4 a 8 índice de

DTM leve; de 9 a 14 índice de DTM moderada e de 15 a 23 índice de DTM severa.

Para a avaliação dos fatores psicológicos, utilizamos a escala HAD (Hospital

Anxiety and Depression - anexo C) esta escala consiste em 14 itens, dos quais, 7

avaliam a ansiedade (HAD-A), e 7 avaliam a depressão (HAD-D). Cada um dos itens

podem ser pontuados de 0 a 3, tendo uma pontuação máxima de 21 pontos para cada

escala. A avaliação da presença da ansiedade e da depressão foram consideradas de

acordo com a somatória dos itens: HAD-A sem ansiedade de 0 a 8 e com ansiedade ≥

9; HAD-D sem depressão de 0 a 8 e com depressão ≥ 9

A coleta de dados foi realizada abordando os alunos após o final de sua aula. O

convite para participar da pesquisa foi realizado, bem como uma pequena explanação

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contendo as informações importantes para seu desenvolvimento. Foi entregue para

cada aluno o Termo de Consentimento Livre Esclarecido contendo as explicações por

escrito.

Os alunos que aceitaram participar, receberam dois questionários. A

intepretação do questionário de presença de DTM foi realizada imediatamente após a

entrega desse. Todos os participantes receberam, ao final, uma carta com sua

classificação e explicações em caso de necessidade de melhor avaliação e tratamento,

visto que este questionário somente determina a presença ou ausência de disfunção,

não classificando o tipo da doença. Foi deixado claro que, caso o participante

necessitasse da segunda etapa, avaliação e tratamento, ela deverá ocorrer por sua

conta tanto legal como financeira.

Por motivos éticos, o resultado do questionário de fatores psicológicos não foi

divulgado, a não ser aos alunos que o solicitaram, considerando que o resultado

poderia causar constrangimentos.

De posse de todos os dados, realizamos a interpretação e a estatística

necessária para conclusão do trabalho.

4.3.1 Critérios de inclusão

Foram incluídos na pesquisa todos os alunos do curso de Odontologia da

Faculdade de Odontologia da IMED que concordaram em participar deste trabalho.

4.3.2 Critérios de exclusão

Foram excluídos da pesquisa os alunos do Curso de Odontologia, que não

assinaram o TCLE e não quiseram participar do trabalho.

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4.4 ANÁLISE DOS DADOS

Após a coleta de dados, os alunos foram submetidos à análise a partir de um

banco de dados apropriado para o caso.

4.5 QUESTÕES ÉTICAS

Este projeto foi submetido à aprovação do CEP da IMED recebendo o número

do parecer de 1.625.825, e foram solicitadas assinaturas dos alunos no TCLE.

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5 RESULTADOS

A Faculdade de Odontologia da IMED possui 179 alunos matriculados. Após a

aplicação dos critérios de exclusão, participaram deste trabalho 146 alunos. A partir

desta amostra, chegamos aos resultados expostos abaixo.

A figura 1 mostrou que a maior parte da amostra era constituída por pessoas do

gênero feminino, sendo 77% do total.

77%

23%

12

Figura 1- Total de pessoas entrevistadas quanto ao gênero.

Legenda: 1- Feminino; 2- Masculino

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Como mostra a figura 2, 42% dos alunos entrevistados apresentaram DTM ausente,

36% índice de DTM leve, 19% índice de DTM moderada e apenas 3% índice de DTM

severa.

42%

36%

18%

3%

1234

Figura 2- Índice de DTM a partir da população total.

Legenda: 1- Não portador de DTM; 2- Índice de DTM leve; 3- Índice de DTM moderada; 4- Índice de DTM severa.

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77%

23%

12

Figura 3- Porcentagem de pessoas sem e com ansiedade, a partir da amostra total.

Legenda: 1- Sem ansiedade; 2- Com ansiedade.

94%

6%

12

Figura 4- Porcentagem de pessoas sem e com depressão, a partir da amostra total.

Legenda: 1- Sem depressão; 2- Com depressão.

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6 DISCUSSÃO

A Disfunção Temporomandibular (DTM) é um termo coletivo e amplo de

desordens que afetam os músculos da mastigação, as articulações

temporomandibulares (ATMs) e estruturas associadas (BRANDINI et al., 2007,

BERTOLI et al., 2008). Garcia e colaboradores em 1997; Santos et al. 2006 e Rosa et

al., 2008 colocaram que essa patologia abrange diversos sinais e sintomas, tais como

cefaleias, dores nas ATMs, ruídos articulares, dores faciais e cervicais, limitações

funcionais e otalgias, sendo que o último trabalho conclui que o hábito de ranger os

dentes também pode ser considerado um sinal ou sintoma frequente de DTM.

Okeson em seu livro sobre DTM, em 2008, descreve como sendo fatores

etiológicos para esta patologia o trauma, considerações anatômicas, fatores locais e

fatores fisiopatológicos. O autor considera ainda os distúrbios psicossociais como fator

de causa de DTM, e complementa explicando que o estresse seria a maior alteração

deste tipo, essa questão é avalizada por Brandini et al., 2007, Santos et al., 2009,

Campi et al., 2013. Inclusive Pires em 2007, ao avaliar a existência de associação entre

o estresse e o bruxismo coloca que existe uma correlação positiva entre eles, fato este

corroborado por Blini et al., 2009 que encontrou bruxismo presente em 50% dos casos

de DTM.

Conforme visto anteriormente, muitos são os fatores etiológicos de DTM, portanto

a fim de um diagnóstico e um tratamento correto deve-se atentar para o fato de que

algumas vezes o paciente precisará de uma equipe multidisciplinar para avaliação de

uma patologia na região orofacial (BERTOLI et al., 2008 e SANTOS et al., 2009). Bertoli

e colaboradores (2008) assim como Tosato e Caria 2006, alertam que sinais e sintomas

de DTM quando presente nas crianças aumentam de intensidade quando elas se

tornam adultas. Portanto seria de suma importância o diagnóstico precoce desta

patologia e a inclusão desse tipo de exame em consultas de rotina.

Existem vários métodos para determinar a presença de DTM, como o

questionário RDC/TMD utilizado por Chaves, Oliveira, Grossi, 2007; Ricci, Progiante,

2012; Wieckiewvicz et al., 2014 e Leitão et al., 2014, ou o questionário proposto por

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Maciel e utilizado por Silva et al., 2014, ou ainda o questionário DMF (BEZERRA et al.,

2012). Porém, o primeiro à desenvolver esse método de diagnóstico foi Helkimo, que

em 1974 sistematizou perguntas, por meio de questionário, e uma sequência de exame

clínico visando avaliar pacientes quanto à DTM. Com esses métodos propôs um índice

anamnésico e um índice clínico para o diagnóstico e medida de severidade desta

desordem. Fonsêca em 1991, afim de simplificar o método de determinação de

presença ou não de DTM, desenvolveu em sua dissertação de mestrado um

questionário anamnésico autoaplicado. Este questionário obteve um grau de

confiabilidade e equivalência em relação ao questionário de Helkimo de 95%. Assim o

autor sugere a utilização apenas deste questionário em pesquisas epidemiológicas para

DTM, por ser tão confiável quanto o índice de Helkimo, ter custo mais baixo, bem como

menos tempo para ser aplicado. Posteriormente este questionário foi adotado pelos

pesquisadores Conti et al., 1996, Blini et al., 2009, Cardozo et al., 2012, Lemos et al.,

2015 e Motta et al., 2015.

A partir destes dados, o presente trabalho definiu para coleta e obtenção de

dados, utilizar o questionário anamnésico de Fonsêca, 1991, pois ele se mostrou

confiável, de fácil aplicação e bastante utilizado na literatura.

Nesta pesquisa os resultados encontrados foram: 42% dos alunos não

apresentaram DTM, 36% com índice de DTM leve, 19% com índice de DTM moderada

e apenas 3% com índice de DTM severa, sendo que segundo Fonseca, os pacientes

que realmente seriam portadores de DTM e portanto necessitam de melhor avaliação e

tratamento são os que têm índice de DTM moderada e severa, ou seja, 22 % dos

alunos. Os resultados desta pesquisa estão de acordo com Lemos et al. 2015, que

utilizando o mesmo questionário e com uma população similar à do nosso estudo, ou

seja, alunos do curso de Odontologia de uma Faculdade, encontraram 23,7% dos

participantes sem DTM, 54,1% com DTM leve, 17% com DTM moderada e 5,2% com

DTM severa, ou seja, 22,2% com necessidade de tratamento.

Estes resultados não estão de acordo com Conti et al, que em 1996 obteve

34,84% com índice de DTM leve, 5,81% DTM moderada e apenas 0,65% de DTM

severa, ou seja, 6,46% apresentam necessidade de tratamento e com Cardozo et al.,

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2012 que também com a população similar e mesmo questionário, obteve 32,86% de

DTM leve, 4,19% DTM moderada e 0,69% DTM severa, ou seja, 4, 88% de pacientes

com necessidade de tratamento. Agerberg e Carlssom em 1972 mesmo utilizando uma

população diferente, população em geral, consideraram também que somente 7% dos

indivíduos avaliados necessitavam de tratamento. Outros trabalhos como de Rosa et

al., 2008 e Ferreira et al., 2012 com uma população similar aos trabalhos anteriores, de

jovens universitários, utilizando avaliação por exame físico e questionário de saúde,

obtiveram como resultados de prevalência de DTM nas amostras observadas 42,9% e

39%, respectivamente.

Quanto à depressão, Leitão et al., 2014 ao avaliar uma população de mulheres

com fibromialgia, utilizando o questionário RDC/TMD, encontrou uma prevalência de

90% de depressão, segundo ele, o grau de DTM mostrou relação com o grau de

depressão das pacientes. Já Soares et al., 2012 ao avaliar pacientes que procuraram

um serviço especializado em dor orofacial, utilizando RDC\TMD e relacionando os dois

eixos (I: sinais e sintomas físicos e eixo II fatores psicossociais) encontram nos

pacientes portadores de DTM crônica uma prevalência de depressão de 61,64%, porém

em ambas as pesquisas os pacientes possuíam histórico de doença crônica, fato que

não acontece em nossa amostra. Já ao se considerar a população brasileira, segundo a

Organização mundial da saúde (OMS) 2014, a depressão está presente em 10,4% das

pessoas. Esses últimos dados não diferem muito com os encontrados em nossa

pesquisa, que obteve em 6% dos alunos a presença de depressão.

Em relação à ansiedade, os dados encontrados em nosso levantamento, a partir

da Escala HAD, aponta que ela estava presente em 23% dos estudantes. Pasinato e

colaboradores em 2009, ao avaliar pacientes com e sem DTM, verificaram uma

correlação positiva entre ansiedade e DTM, concluindo que a ansiedade pode ser um

fator tanto de gênese quanto de perpetuação para DTM. Também Rios (2012) mostrou

em seus resultados, que existe correlação significativa entre a DTM e os níveis de

ansiedade. Motta et al em 2015, utilizando o questionário Ansiedade Traço-estado,

encontraram em sua pesquisa que 72,7% dos estudante entre 10 e 19 anos

apresentaram ansiedade, porém não há possibilidade de confrontar estes dados com a

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presente pesquisa pois há diferenças entre os questionários utilizados, e a população,

apesar de similar, não possuiu a mesma faixa etária. Deve-se, no entanto observar que,

segundo a OMS (2016) 33% da população sofre desta condição, portanto ela está

bastante presente na vida das pessoas. Em 2012, Ricci concluiu, após um estudo que a

qualidade de vida do indivíduo pode influenciar no seu comportamento frente ao

distúrbio, pois indicadores demostraram que a ansiedade e a depressão estão

associados as disfunções.

Por fim, ao serem comparados os dados de prevalência de DTM nesta pesquisa

com os dados de outros autores, com mesma metodologia e população similar, os

resultados mostraram-se contraditórios, e ao se comparar esta população com a

população em geral, em que esta prevalência é em média de 4 a 7%, os mesmos

mostraram-se elevados. A porcentagem de estudantes com depressão nesse trabalho

foi de 6%, sendo que a segundo a Organização mundial da saúde (OMS), 2014, 10,4%

da população brasileira possui depressão. Quanto à ansiedade, a OMS em 2016

aponta 33% da população sofrendo desta condição, e os dados obtidos nessa pesquisa

foram de 23% de ansiedade.

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33

7 CONCLUSÃO

Após realizada esta pesquisa, foi concluído que os índices de DTM nos alunos de

Odontologia da Faculdade IMED, foi de 36% de índice leve, 19% de moderado e 3% de

severo, sendo que a somatória dos dois últimos é traduzido como portador de DTM. Em

42% ele se apresentou como ausente. Já quanto aos fatores psicológicos de depressão

e ansiedade, os mesmos estiveram presentes em 6% e 23 % respectivamente.

Sugerem-se estudos longitudinais para esta população, a fim de se monitorar e intervir

se necessário, tanto em relação à DTM quanto a ansiedade e depressão.

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ANEXO A

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ANEXO B

QUESTIONÁRIO DE FONSECA

N: ______

FICHA CLÍNICA

DATA: ___________

Nome: ___________________________________________________________________

Idade: ____________Gênero: ______________

Telefone para contato: ____________________ RG: ______________________________

ANAMNESE

SIM NÃO ÁS VEZES

1. Você sente dificuldade de abrir a boca? ( ) S ( ) N ( ) AV

2. Você sente dificuldade de movimentar ( ) S ( ) N ( ) AV

sua mandíbula para os lados?

3. Você sente desconforto ou dor muscular ( ) S ( ) N ( ) AV

quando mastiga?

4. Você sente dores de cabeça com freqüência? ( ) S ( ) N ( ) AV

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5. Você sente dores no pescoço e/ou ombros? ( ) S ( ) N ( ) AV

6. Você sente dores de ouvido ou próximo a ele? ( ) S ( ) N ( ) AV

7. Você percebe algum ruído na ATM? ( ) S ( ) N ( ) AV

8. Você considera sua mordida “anormal”? ( ) S ( ) N ( ) AV

9. Você usa apenas um lado da boca para mastigar? ( ) S ( ) N ( ) AV

10. Você sente dores na face ao acordar? ( ) S ( ) N ( ) AV

CLASSIFICAÇÃO: _______________________________

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ANEXO C

ESCALA HAD- ANXIETY AND DEPRESSION

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APÊNDICE A

CARTA DE DIAGNÓSTICO

Conforme combinado, estou enviando o diagnóstico da sua condição, avaliados

através do questionário aplicado.

Segundo o questionário de Fonseca, seu diagnóstico foi definido como:

( ) não portador de DTM.

( ) portador de DTM leve.

( ) portador de DTM moderada.

( ) portador de DTM severa.

Caso sua condição foi classificada como moderada ou severa, seria necessário

procurar um atendimento para auxiliar no seu tratamento.

Você pode procurar atendimento na Clínica Odontológica da Faculdade

Meridional (IMED), no endereço Rua Senador Pinheiro 304, Passo Fundo- Rio Grande

do Sul, ou em algum profissional de sua confiança.

Agradeço sua colaboração.

Alexandra Magalhães Silveira

Passo Fundo, ____________ 2016.

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APÊNDICE B

TERMO CONFIDENCIALIDADE DOS DADOS

Eu, Alexandra Magalhães Silveira, declaro que todos os pesquisadores

envolvidos no projeto intitulado “Prevalência de DTM nos alunos de Odontologia da

Faculdade IMED’’ realizaram a leitura e estão cientes do conteúdo da Resolução CNS

nº 466/12 e suas complementares. Comprometo-me a: somente iniciar o estudo após a

aprovação pelo CEP-IMED e, se for o caso, pela Comissão Nacional de Ética em

Pesquisa (CONEP); zelar pela privacidade e pelo sigilo das informações que serão

obtidas e utilizadas para o desenvolvimento do estudo; utilizar os materiais e as

informações obtidas no desenvolvimento deste estudo apenas para atingir o objetivo

proposto no mesmo e não utilizá-los para outros estudos, sem o devido consentimento

dos participantes. Declaro, ainda, que não há conflitos de interesses entre o/a (os/as)

pesquisador/a(es/as) e participantes da pesquisa.

_________________________________

Assinatura do Pesquisador Responsável

Passo Fundo, ____ de ___________ de _____.

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APÊNDICE C

TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE LOCAL

Eu, ____________________, responsável pela Faculdade de Odontologia IMED autorizo

o pesquisador Bruna Caron Pizzatto a coletar dados para a pesquisa intitulada

Prevalência de DTM nos alunos da Faculdade de Odontologia IMED, após aprovação do

Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Meridional – CEP / IMED.

Cidade, ____ de ___________ de _____.

___________________________________

Assinatura do Responsável

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APÊNDICE D

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado(a) Sr. (Sra.)______________,

Estamos desenvolvendo um estudo que visa verificar a prevalência de DTM e

fatores psicológicos nos alunos de Odontologia e verificar se existe correlação entre os

dois, cujo título é “A Prevalência de Distúrbios Temporomandibulares e associação com

aspectos psicológicos nos alunos de Odontologia da Faculdade IMED”. Você está sendo

convidado a participar deste estudo.

Esclareço que durante o trabalho não haverá riscos ou desconfortos, nem

tampouco custos ou forma de pagamento pela sua participação no estudo.

Eu, Alexandra Magalhães Silveira e a minha equipe Bruna Caron Pizzatto,

estaremos sempre à disposição para qualquer esclarecimento acerca dos assuntos

relacionados ao estudo, nas manhãs de sexta-feira na clínica V da IMED, e no momento

em que desejar, através do telefone (54) 96238479 com Bruna, e no endereço R. Paul

Harris 71, apto 501. .

É importante que você saiba que a sua participação neste estudo é voluntária e

que você pode recusar-se a participar ou interromper a sua participação a qualquer

momento sem penalidades.

Gostaríamos também de deixar bem claro, que esta pesquisa somente lhe dará a

resposta da ausência ou presença de Distúrbios Temporomandibulares, mas não

classificará o tipo e o tratamento necessário para a patologia.

Se no seu caso for necessário tomar alguma atitude, uma correspondência

contendo uma lista dos profissionais e entidades que poderão avaliá-lo nesta segunda

etapa lhe será entregue, mas esta próxima etapa ocorrerá por sua conta, tanto financeira

quanto legalmente.

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Pedimos a sua assinatura neste consentimento, para confirmar a sua

compreensão em relação a este convite, e sua disposição a contribuir na realização

deste trabalho, em concordância com a Resolução CNS n° 466/12 que regulamenta a

realização de pesquisas envolvendo seres humanos.

Desde já agradecemos a sua atenção.

_________________________________

Assinatura do Pesquisador Responsável

Eu, _________________________________, após a leitura deste

consentimento, declaro que compreendi o objetivo deste estudo e confirmo o meu

interesse em participar desta pesquisa.

_________________________________

Assinatura do Participante.

Passo Fundo, ____ de ___________ de _____.