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Todos os direitos reservados. Proibida a reproduo total ou parcial desta cartilha, por qualquer meio ou sistema, sem prvia autorizao dos autores, ficando os infratores sujeitos s penas da Lei.
Copyright 2016 by Instituto Lado a Lado Pela Vida
WWW.LADOALADOPELAVIDA.ORG.BR
UMA CAMPANHA DO
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PALAVRA DA PRESIDENTEO Brasil est entre os 10 pases com mais mortes por Doenas Cardiovasculares (DCVs). No mundo, comparadas a outras cau-sas, as DCVs so as maiores responsveis pelos bitos totais. Os pases que mais sofrem so os de baixa e mdia renda, com mais de das mortes relacionadas a essas doenas. Nas duas ltimas dcadas, segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS), o nmero de pessoas que morreram por proble-mas do corao subiu 13% nos pases em desenvolvimento. Isso ocorre, principalmente, pelo aumento dos fatores de risco, como presso alta, obesidade, tabagismo e consumo excessivo de sal e sdio.
A preveno uma forma de reduzir bruscamente a dissemi-nao dessas doenas. Para isso, a OMS adotou um plano de ao que busca, at 2025, reduzir em 25% as mortes causadas pelo corao.
Para contribuir na reduo desses nmeros, o Instituto Lado a Lado pela Vida lanou a campanha Siga Seu Corao em 2014 e traz uma de suas ferramentas no combate desinformao e falta de preveno: a cartilha Dilogos do Corao, em mais uma edio, renovada e atualizada.
Por isso, ao invs de desejarmos boa leitura, dizemos apenas bom aprendizado!
MARLENE OLIVEIRAPRESIDENTE
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REVISO CIENTFICA
MARCELO SAMPAIO
GRADUAO EM MEDICINA PELA FACULDADE DE MEDICINA SANTO AMARO (1987). DOUTORADO EM CINCIAS PELA FACULDADE DE MEDICINA DA USP (2005). MDICO DA SEO MDICA DE CORONARIOPATIA DO INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA. DIRETOR CLNICO DO HOSPITAL OSWALDO CRUZ. PESQUISADOR DA USP. DOCENTE DA UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO. PRESIDENTE DE HONRA DA SOCIEDADE DAS LIGAS DE CARDIOLOGIA GESTO 2010/2011. RESPONSVEL PELA DISCIPLINA DE GENOMA, TRANSCRIPTOMA E PROTEOMA APLICADO A CARDIOLOGIA NO PROGRAMA DE PS-GRADUAO: MEDICINA/ TECNOLOGIA E INTERVENO EM CARDIOLOGIA DA USP/IDPC DE 2009 A 2014.
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SUMRIO1 SEU CORAO CORRE PERIGO
2 PREVINA-SE! COMO CUIDAR DO SEU CORAO
3 FATORES DE RISCO: O QUE PODE PREJUDICAR O SEU CORAO
4 CONHEA AS DOENAS CARDACAS MAIS COMUNS
5 DOENAS CARDACAS NO HOMEM E NA MULHER
6 PREPARE-SE PARA A CONSULTA
7 TRATAMENTOS
8 MAPEAMENTO GENTICO
06
10
14
19
28
31
35
38
1SEU CORAO CORRE PERIGO
7
17,5 milhes
1. SEU CORAO CORRE PERIGO
17,5 milhes* de pessoas morrem no mundo a cada ano por doenas cardiovasculares. Isso representa 31% de todas as mortes no mundo. como se toda a populao dos 7 Estados da regio Norte do Brasil fosse dizimada pelas doenas cardiovasculares.
*Levantamento feito em 2012 pela Organizao Mundial de Sade.
Deste nmero, estima-se que...
de bitos foram por doena cardaca coronria.
por AVC (Acidente Vascular Cerebral)
7,4 MILHES
6,7 MILHES
AS DOENAS CARDIOVASCULARES SO RESPONSVEIS POR:
1 em cada 3 mortes no mundo.
20% de todos os bitos em adultos acima dos 30 anos.
Principal causa de morte em pessoas de 40 aos 65 anos de idade.
300 mil mortes sbitas por ano no Brasil.
Alguns fatores de risco podem ser controlados e evitados
com bons hbitos.
COMO VOC PODE MUDAR ESSA REALIDADE?
TABAGISMO
ANTICONCEPCIONAL
IDADE E SEXO
COLESTEROL
DIABETES SEDENTARISMO
LCOOL E DROGAS
HIPERTENSO ARTERIAL
DOENAS DO CORAO
HISTRIA DE DOENA VASCULAR PRVIA
9
Mais de 9 milhes das mortes por
doenas no-transmissveis ocorrem
antes dos 60 anos.
POR QUE SE PREVENIR?
Aps o infarto, at 20% dos
pacientes desenvolvem depresso.
37% das causas de mortes por doenas
no-transmissveis so cardiovasculares.
75% das mortes por DCVs ocorrem em pases
de baixa e mdia renda.
2PREVINA-SE! COMO CUIDAR DO CORAO
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2. PREVINA-SE! COMO CUIDAR DO SEU CORAOPASSOS PARA UMA VIDA SAUDVEL
Para cuidar da sade do corao, adquira hbitos saudveis em seu cotidiano. A alimentao um dos coringas para manter corao e corpo saudveis. Aliada prtica de atividades fsicas, abandonar o tabagismo e realizar check-up anual so essenciais para evitar doenas cardiovasculares.
Veja os alimentos que no podem faltar na sua dispensa e os que voc deve deixar de lado na hora das compras.
O que no pode faltar: Abacate: rico em gordura monoinsaturada, contribui para a diminuio do LDL e aumento do HDL.
Aveia: fonte de fibras, potssio, folato e mega 3, auxilia na reduo do LDL (colesterol ruim) que, em altos nveis, um dos gatilhos para doenas cardacas.
Azeite de oliva extra-virgem: fonte de gordura monoinsaturada, reduz o colesterol total - em especial o LDL (colesterol ruim).
Castanha-do-par e nozes: fonte de gorduras monoinsaturas, selnio e fibras que contribuem para a reduo do LDL.
Frutas vermelhas e roxas (framboesa, amora, uvas, blueberry, aa e morango): ricas em potentes antioxidantes e anti-inflamatrios, protegem o corao contra o ataque dos radicais livres, assim como reduzem o LDL. Importante: a uva deve ser consumida com a casca, onde est a maior quantidade desses antioxidantes.
Peixes: ricos em mega 3 e pobres em gorduras saturadas, especialmente a sardinha e o salmo, agem como um potente protetor cardaco, diminuindo consideravelmente os riscos de infarto e outras doenas associadas.
Quinua: possui grande quantidade de fibras, auxiliando no controle do colesterol total e na diminuio do LDL (colesterol ruim).
Semente de linhaa dourada: rica especialmente em megas 3 e 6, atua como protetor cardaco, alm de conter grande quantidade de fibras que controlam o LDL (colesterol ruim).
Tomate: suas fibras reduzem o colesterol ruim (LDL) e a fruta rica em licopeno, antioxidante que auxilia na limpeza das artrias e no bloqueio dos radicais livres.
O que voc deve deixar de lado:
Acar: consumido em excesso pode levar obesidade, diabetes e leso arterial. Alm de controlar a quantidade consumida, d preferncia ao mascavo e ao demerara, que contm maior quantidade de nutrientes.
Cafena: encontrada em chs pretos, cafs e refrigerantes, causa aumento dos batimentos cardacos e presso arterial.
Carboidratos simples: encontrados em pes brancos, doces e massas, eles so responsveis por elevar as taxas de acar no sangue. Podem ser substitudos por itens integrais, que contm taxa de acar, mas so aproveitados de forma mais lenta pelo organismo.
Gordura saturada: presente em carnes vermelhas gordas, frituras, alimentos industrializados, embutidos, pes e bolos gordurosos, leite integral, cremes e molhos. Inimiga do corao, a gordura saturada responsvel por aumentar as taxas de colesterol.
Gorduras trans: presente em sorvetes, chocolates, molhos prontos e margarinas, essa gordura deixa os alimentos mais saborosos e conservados, mas pode causar acidente vascular cerebral e entupimento dos vasos sanguneos.
Sdio: eleva a presso arterial, endurece as artrias e prejudica a funo renal, aumentando as chances de infarto e derrame. Alguns alimentos industrializados e embutidos apresentam grande quantidade de sdio: fique atento tabela de valores nutricionais!
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Para evitar doenas cardiovasculares, mdicos recomendam um remdio maravilhoso: a prtica de exerccios fsicos. O corpo em movimento beneficia a sade do corao, pois ele trabalha com mais eficincia e sem ter que fazer tanto esforo. O sangue flui melhor e as artrias e vasos ficam mais flexveis. Tudo isso ajuda a prevenir as doenas cardiovasculares, alm de controlar o colesterol e o ganho de peso.
Caminhada, corrida, natao, ciclismo, futebol, vlei, basquete, tnis, step e jump so exerccios que fazem bem ao corao. A prtica desses esportes favorece o sistema cardiovascular, pois so exerccios aerbicos que elevam a frequncia cardaca. Escolha um de sua preferncia e abandone o sof!
PRATIQUE ATIVIDADE FSICAFaa atividades de trs a cinco dias na semana, com uma carga horria de 30 a 50 minutos por dia. Comece com intensidade leve a moderada.
Com atitudes saudveis e mais ateno aos hbitos alimentares possvel:
Aumentar de 46% a 70% o controle da
presso arterial
Reduzir em at 20% o consumo de sdio
na dieta
Subir de 33% a 70% o controle
do colesterol
Cortar pela metade (50%) o consumo de
gordura trans
Ter de 23% a 70% mais chances de conseguir
parar de fumar
3FATORES DE RISCO O QUE PODE PREJUDICAR O SEU CORAO?
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3. FATORES DE RISCO: O QUE PODE PREJUDICAR O SEU CORAO?Muitos fatores colaboram para o desenvolvimento de doenas cardiovasculares. M alimentao, falta de atividade fsica, fumo e consumo exagerado de lcool so alguns deles. O controle desses fatores diminui muito as chances de ocorrncia de problemas, inclusive nos casos com predisposio gentica ou comorbidades (doenas pr-existentes que podem agravar o estado do paciente).
Fatores de risco no-modificveis:
Fatores de risco modificveis:
Gnero (sexo)HereditariedadeIdade
Diabetes
Drogas e alcoolismo
Alimentao inadequada
Circunferncia abdominal
Colesterol elevado
Hipertenso arterial
Obesidade
Sedentarismo
Tabagismo
Estresse
DROGAS E ALCOOLISMOSe sozinhos esses fatores j so considerados ruins, a combinao aumenta ainda mais os riscos de aceleramento do corao, podendo causar arritmia, parada cardaca ou morte sbita.
SEDENTARISMOO sedentarismo, somado a uma alimentao desregrada, responsvel por 54% do nmero de mortes por infarto. Os exerccios ajudam a baixar os nveis de colesterol, alm de melhorar as condies respiratrias. Entre as atividades indicadas esto caminhadas, pedaladas ou corridas.
HIPERTENSO ARTERIALA presso alta o principal fator de risco para as doenas cardiovasculares. Cerca de 80% das pessoas que sofrem de derrame so hipertensas. E de 40 a 60% dos pacientes com infarto apresentam hipertenso associada.
O corao do hipertenso trabalha mais e, com isso, o msculo cardaco fica mais fraco com o passar do tempo. A hipertenso pode ser controlada com hbitos saudveis e, em alguns casos, com medicamentos que mantenham a presso arterial dentro da normalidade (128). Nestes casos, a medicao indicada por um cardiologista, que avalia as condies clnicas de cada paciente.
TABAGISMOO cigarro responsvel por aumentar as chances de um ataque cardaco em duas vezes para pessoas fumantes. O risco de morte sbita tambm cresce em at quatro vezes. O tabagismo aumenta a frequncia dos batimentos do corao e, por conta disso, acelera a carga de trabalho do rgo. Os fumantes tambm sofrem alterao na presso sangunea, podendo causar um acidente vascular cerebral.
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DIABETESConhecida por elevar o nvel de acar no sangue, um fator de risco para o corao mesmo com tratamento, mas em propores menores do que em pacientes que no fazem este controle. Um homem diabtico tem 40% a mais de chances de risco de sofrer um infarto do que um homem que no tem diabetes. Esse nmero aumenta quando so mulheres e pode chegar aos 50%.
COLESTEROLExistem dois tipos de colesterol: o bom (HDL) e o ruim (LDL). O papel do HDL reduzir o risco de formao das camadas de gordura. J o LDL responsvel pela formao de camadas gordurosas no sangue, que podem levar obstruo das artrias.
Em taxas elevadas, o mau colesterol se torna um dos principais fatores de risco para problemas cardiovasculares, aterosclerose (uma das causas do infarto) e acidente vascular cerebral (AVC), segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS).
Baixo risco: LDL colesterol at 100 mg/dl.
Baixo risco para portadores de diabetes ou de fatores de risco: LDL colesterol at 70 mg/dl.
Risco intermedirio: LDL colesterol de 100 mg/dl a 130 mg/dl.
Risco alto: LDL colesterol de 130 mg/dl a 160 mg/dl.
LEMBRE-SE!O HDL colesterol deve estar acima de:
60 mg/dl40 mg/dl 60 mg/dl
baix
o
normal
alto
ESTRESSEO estresse necessrio ao corpo para momentos de perigo, mas manter uma tenso constante libera altos nveis de hormnios, como a adrenalina e o cortisol, que provocam instabilidade no organismo. Por isso, o estresse um fator de risco para problemas do corao.
Com a liberao desses hormnios, as plaquetas se agregam, as clulas imunolgicas so ativadas, o acar do sangue vai para os msculos para proporcionar energia, a respirao e a frequncia cardaca aumentam e a presso arterial sobe.
A cortisona de incio mantm a resposta ao estresse e depois lentamente vai diminuindo at o organismo voltar funo normal. Quando a situao estressante persiste, a reao tambm continua e pode tornar-se prejudicial em vez da reao benfica inicial.
Como o corao no est preparado para receber esta alta quantidade de hormnios, o organismo reconhece esse efeito como uma intoxicao e provoca o infarto. A adrenalina aumenta os batimentos cardacos e a presso arterial. Como as artrias do corao ficam obstrudas, falta de ar, cansao e dor no peito so os principais sintomas, dificultando o bombeamento e a passagem do sangue.
Tipos de estresse Estresse agudo: relacionado a um evento pontual, como a perda de
um parente, um assalto, doena grave na famlia, entre outros.
Estresse crnico: caracterizado pelos problemas do dia a dia,
como trnsito, dificuldades econmicas, relaes de trabalho,
entre outros.
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4CONHEA AS DOENAS CARDACAS MAIS COMUNS
4. CONHEA AS DOENAS CARDACAS MAIS COMUNSDoenas cardiovasculares so doenas que acometem o corao e tambm os vasos sanguneos. Na lista esto:
Doena cardaca coronria: atinge os vasos sanguneos que irrigam o msculo cardaco.
Doena cerebrovascular: atinge os vasos sanguneos que irrigam o crebro.
Doena arterial perifrica: acomete os vasos sanguneos ligados aos braos e pernas.
Doena cardaca reumtica: provoca uma inflamao no msculo do corao e nas vlvulas cardacas causada pela infeco das bactrias estreptoccicas.
Doena cardaca congnita: desenvolve malformaes na estrutura do corao do feto.
Trombose venosa profunda e embolia pulmonar: cria cogulos sanguneos nas veias das pernas, que podem se desalojar e chegar ao corao e pulmes atravs da corrente sangunea.
Existem mais de 100 tipos de doenas cardiolgicas, mas trs so as mais recorrentes: arritmia cardaca, infarto e insuficincia cardaca. As DCVs so classificadas como doenas no-transmissveis, assim como o cncer, o diabetes e as doenas respiratrias crnicas.
CONTROLAR OS FATORES DE RISCO PODE:
Evitar das doenas cardacas, derrame
e diabetes tipo 2
Impedir 40% dos casos de cncer
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ARRITMIA CARDACAA arritmia (ou palpitao) pode fazer com que o corao no consiga bombear sangue suficiente para suprir as necessidades do corpo. Uma arritmia grave pode causar infarto e levar o paciente ao bito.
Um corao sadio e descansado bate de 60 a 100 vezes por minuto. Se ele bater mais rpido, ocorre a taquicardia. Se a batida for mais lenta, acontece uma bradicardia.
Existem vrios tipos de arritmia cardaca: FA (fibrilao atrial), taquicardia sinusal multifocal, taquicardia paroxstica supraventricular, taquicardia ventricular e fibrilao ventricular.
FA (fibrilao atrial)
A FA responsvel por um a cada cinco derrames. Ela atinge 1,5 milho de brasileiros.
Sintomas da arritmia cardaca
Sentir o corao acelerado ou lento
Dores no peito
Palpitaes
Excesso de suorFalta de ar
Sncope
Tontura
Os sintomas de arritmia no so contnuos, podendo aparecer de forma repentina e desaparecer, voltando depois. Por isso, importante ficar alerta e, se notar alguma mudana, procurar um cardiologista.
AVC (ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL)O acidente vascular cerebral (AVC), ou derrame cerebral, ocorre quando a obstruo (AVC Isqumico), ou rompimento (AVC Hemorrgico), de uma artria, por ateromas, trombose ou embolia, impede a chegada de sangue ao crebro, provocando paralisia na rea que ficou sem a irrigao adequada.
Nos dois tipos de AVC, ocorre a perda de funes dos neurnios na regio afetada, uma vez que eles no recebem os nutrientes e o oxignio que seria levado atravs do sangue.
O AVC responsvel por 10% de todas as mortes no mundo. No Brasil, j a principal causa de bitos entre doenas cardiovasculares, segundo dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de So Paulo (SOCESP).
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Perda repentina de fora muscular
Alteraes na fala
Dormncia na face, perna ou brao
Perda sbita de visoDor de cabea sbita e intensa
Formigamentos
Tontura
INFARTOO infarto est entre as principais causas de morte no Brasil e no mundo. Por ano, mais de 100 mil brasileiros morrem em decorrncia dele.
Tambm conhecido como ataque cardaco, acontece quando o fluxo de sangue para o corao interrompido e o rgo no recebe sangue e oxignio suficientes para se manter em atividade.
Sintomas do AVC
A CADA 5 MINUTOS......uma pessoa sofre infarto no Brasil por ano.
5
Sintomas do infarto
A dor no peito o principal sintoma do infarto. O paciente tambm pode sentir dores estendidas nos braos, nos ombros e no pescoo. Esses sinais duram aproximadamente 20 minutos e podem ir e voltar. Pacientes diabticos geralmente no apresentam sintomas, mas tambm podem ser acometidos pela doena.
AS VTIMAS DO INFARTO NO BRASIL......lotariam dois estdios de futebol por ano.
Fique atento aos sintomas!Os sintomas so desmaio, tontura, falta de ar (principalmente em idosos) e excesso de suor. Outros sintomas tambm so relatados por quem j passou pela situao. Entre eles os mais citados so azia e ardncia na garganta.
MITO: Uma pessoa pode infartar e no perceber.VERDADE: Os sintomas podem no ocorrer imediatamente.
Mitos e verdades!
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MITO: Quem j tem problemas do corao deve evitar fortes emoes
VERDADE: A acelerao dos batimentos pode provocar a doena em quem j tem predisposio.
MITO: Mais alimentos saudveis e menos lcool e tabaco ajudam na preveno
VERDADE: Uma vida equilibrada diminui os riscos dessa e de outras doenas.
MITO: Apenas pessoas mais velhas sofrem de infarto.
MITO: A doena no est relacionada com a idade, mas sim com a condio fsica.
MITO: Pessoas magras no tm chances de ter um infarto.
MITO: Apesar de a obesidade ser um fator de risco, outros hbitos podem influenciar a doena, como o sedentarismo e o tabagismo.
O infarto considerado uma emergncia mdica, e as duas primeiras horas so decisivas para o risco de morte.
AO PERCEBER OS SINTOMAS, LIGUE IMEDIATAMENTE PARA O SERVIO DE ATENDIMENTO MVEL DE URGNCIA (SAMU). LIGUE 192
INSUFICINCIA CARDACAA doena pode afetar um ou ambos os lados do corao e acontece quando o rgo no consegue mais bombear sangue para as outras partes do corpo. Pessoas com mais de 65 anos so as mais afetadas, com 80% dos casos. Isso acontece porque na maioria das vezes a doena se relaciona com outros problemas cardacos, alm de hipertenso e doenas metablicas.
comum perceber tais alteraes no corpo durante algumas atividades fsicas como correr, nadar, ou at mesmo andar mais rpido.
Dor nos ossos e nas articulaes
Inchao nos ps
Falta de ar durante exerccio fsico
Dor atrs dos olhos ( piora com o movimento ocular)
Fortes dores de cabea
Moleza e cansao
Dificuldade para dormir
Nuseas e vmito
Palpitaes
Manchas vermelhas (parecidas com
sarampo) na pele
Ganho de peso
Cansao aps esforo
Suor
Falta de apetite e paladar
Febre sbita e alta (acima de 40C)
PRECISO ESTAR ATENTO FREQUNCIA E INTENSIDADE DOS SINTOMAS. EM CASO DE DVIDAS, PROCURE UM MDICO.
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TROMBOEMBOLISMOA trombose venosa profunda, ou tromboembolismo venoso, causada pela formao de trombos (sangue coagulado) no interior das veias que levam o sangue de volta ao corao. As veias das pernas (panturrilha ou coxas) so as mais atingidas.
O desprendimento do cogulo pode provocar embolia pulmonar, quando o trombo obstrui uma artria do pulmo. Em longo prazo, o risco a insuficincia venosa crnica, que ocorre em virtude da obstruo das vlvulas que levam o sangue venoso de volta ao corao.
Inchao nas pernasFormao de ndulos
dolorosos e varizes
Vermelhido e calor no local
Endurecimento dos msculos
Dor intensa
5DOENAS CARDACAS NO HOMEM E NA MULHER
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5. DOENAS CARDACAS NO HOMEM E NA MULHERApesar das diferenas entre o funcionamento dos corpos masculino e feminino, os cuidados com a sade e a orientao de hbitos saudveis so os mesmos e podem ser realizados por ambos os sexos. Fique atento aos riscos: obesidade, tabagismo, alcoolismo, alimentao rica em gordura e produtos industrializados, como embutidos e com alto teor de conservantes, falta de atividade fsica, estresse, presso alta, diabetes e colesterol elevado, entre outros.
HOMENS
18,9% dos homens fumam regularmente*, um dos principais fatores de risco para o corao.
Os homens tendem a sofrer de infarto mais jovens, cerca de 10 anos antes do que as mulheres.
*Pesquisa Nacional de Sade do Ministrio da Sade em 2013.
Cuidados com o corao masculino
Todas as fases da vida so importantes no cuidado com o corao e os riscos de desenvolver uma doena cardiovascular est presente em qualquer faixa etria, por diferentes fatores.
Os maus hbitos podem influenciar no desenvolvimento de doenas que atingem todo o corpo e at os 50 anos de idade o risco de mortalidade em homens maior do que nas mulheres. De acordo com o Ministrio da Sade, as mortes por infarto aumentaram 34,15% na populao masculina em menos de duas dcadas.
MULHERESAps a menopausa, o risco de doena cardiovascular 3 vezes maior pela reduo do hormnio protetor contra a aterosclerose, o estrognio.
As chances de uma mulher infartar 50% maior do que em homens.
Cerca de 20 mil mulheres morrem por dia de doenas do corao.
So 8,5 milhes de bitos todos os anos.
Mulheres que praticam atividade fsica pelo menos 150 minutos por semana reduzem em 25% os riscos de desenvolver doena arterial coronariana (aterosclerose).*
O consumo de cigarro para as que usam mtodo contraceptivo oral pode aumentar o risco de infarto em at 5 vezes.
Cuidados com o corao feminino
As mulheres tm cada vez mais problemas relacionados s doenas cardacas. Por mais que estejam protegidas a partir da primeira menstruao, com a produo de estrgeno, que auxilia na elasticidade das artrias. Mas, com a chegada da menopausa, os riscos das doenas cardiovasculares praticamente triplicam.
Com a insero cada vez mais intensa da mulher no mercado de trabalho, o estresse, o alcoolismo, o sedentarismo e o tabagismo vm crescendo nesse grupo e aumentando os riscos de desenvolver as DCVs. Em uma avaliao nacional, elas tiveram aumento de 40% na medida da cintura abdominal, mais de 20% so tabagistas, 18% j fumaram, 23% tm presso arterial elevada e 21% esto com os nveis de colesterol acima do recomendado.
*Heart Foundation.
31
6PREPARE-SE PARA A CONSULTA
6. PREPARE-SE PARA A CONSULTALembre-se sempre de anotar todas as dvidas antes de ir ao mdico e no se acanhe em fazer perguntas aparentemente bvias. Nada to lgico que no merea ser questionado.
Para ajudar, veja algumas das dvidas mais comuns que podem ser as suas tambm.
Para quem no foi diagnosticado com as cardiovasculares
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Para quem j tem uma ou mais doenas cardiovasculares
LEMBRE-SE!Independentemente de voc ter ou no uma doena cardaca, muito importante fazer o controle das suas taxas e nveis de colesterol, glicemia, peso, etc. Consulte um profissional de sade para medir a presso arterial, nveis de colesterol e glicose. Alm disso, pea que ele verifique o valor da sua circunferncia abdominal e seu ndice de massa corprea (IMC). Conhecendo o risco geral, possvel desenvolver um plano especfico para melhorar a sade do seu corao e se prevenir.
Anote aqui seus nmeros e mostre ao seu mdico.
Anote tambm seu ltimo IMC para avaliar se est dentro do seu peso ideal.
Presso arterial Colesterol Glicose
ndice IMC Classificao=40,0 Obesidade Grau III (mrbida)
IMC
IMC=peso
altura x altura
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7TRATAMENTOS
7. TRATAMENTOSO quadro de doenas cardiovasculares muito grande e requer diversos tipos de tratamentos com medicamento, cirurgia, monitoramento, mudana de alimentao e incluso de novos hbitos.
A sade do paciente um grande influenciador na escolha da terapia, mas tambm na rpida recuperao. A seguir temos alguns exemplos para os tipos mais comuns de problemas cardiovasculares que sempre so definidos pelo mdico em comum acordo com o paciente ou seu responsvel legal.
Arritmia cardaca: marca-passo, medicamento intravenoso ou
desfibrilao para diagnosticar o descompasso e normalizar as batidas
do corao.
Infarto: medicamento, cirurgia de angioplastia ou revascularizao do
miocrdio. A escolha do tratamento vai depender muito da gravidade
do infarto, mas quase sempre necessrio manter o tratamento para
evitar um novo infarto.
Insuficincia cardaca: cirurgia de ponte de safena, marca-passo
ou medicamentos.
Outro passo no tratamento monitorar a doena cardaca para impedir que ela reincida no paciente, como costuma acontecer no caso do infarto. Alguns exames so realizados e podem servir tambm para auxiliar no diagnstico.
Eletrocardiograma: registra as alteraes eltricas provocadas pelo
batimento cardaco.
Ecocardiograma: ultrassom que amplifica e analisa o som
das batidas.
Teste ergomtrico: avalia o esforo fsico e a resistncia do corao
em bombear mais sangue pelo corpo.
37
Cateterismo cardaco: busca por obstrues nas artrias coronrias
ou disfunes nas valvas (que constituem as vlvulas) e no msculo
cardaco. um exame invasivo.
Holter 24 horas: identifica alteraes nos batimentos cardacos.
utilizado por 24 horas.
LEMBRE-SE!Grande parte dos sintomas e comorbidades (doenas pr-existentes que podem agravar o estado do paciente) que levam ao desenvolvimento das doenas cardiovasculares so consideradas crnicas e tendem a precisar de tratamento por toda a vida.
Um levantamento apontou que a adeso aos tratamentos para colesterol e diabetes inferior a 20% e apenas 15% dos pacientes mantm o uso da medicao por mais de um ano.
8MAPEAMENTO GENTICO
39
8. MAPEAMENTO GENTICOA Biologia Molecular o estudo da Biologia em nvel molecular. Ela estuda os padres moleculares baseados em aprofundamento gentico e bioqumico. Esses padres definem as estruturas e funes do material gentico e seus produtos de expresso (protenas), analisa a interao entre diversos sistemas celulares entre eles a interao entre DNA e RNA e a sntese proteica. O foco principal no estudo da estrutura e funo do material gentico e seus produtos de expresso, as protenas.
Mapeamento gentico: um exame que vasculha o DNA procura de genes e mutaes ligadas a enfermidade. O mapeamento l a estrutura dos genes, avaliando em quais cromossomos esto localizados e se esto ou no modificados ou danificados. Atravs do conhecimento da estrutura gentica a do ser humano, o mapeamento
avalia se determinada gentica tem predisposio para alguma doena.
O mapeamento gentico ajuda na preveno, no diagnstico e no tratamento de doenas.
Quanto preveno, com o resultado em mos indicando alguma predisposio gentica possvel mudar o estilo de vida, fazendo com que a enfermidade detectada no aparea ou demore mais a manifestar.
O mapeamento auxilia a realizar um diagnstico bastante precoce de uma condio de sade, dando evidncias de que uma doena hereditria est ligada a um ou mais genes.
Para o tratamento o mapa gentico tambm bastante benfico, pois permite ao mdico aperfeioar o tratamento. o que se chama de medicina personalizada.
Temos hoje trs possibilidades de atuao na cardiologia, do ponto de vista da biologia molecular.
No diagnstico
Atravs de anlise possvel avaliar, pela distribuio de genes, os cromossomos que esto mutantes ou polimrficos, o que difere do gene habitual.
Um gene sintetiza uma protena. Se ele est alterado ou mutante, essa protena ser disfuncional, podendo causar um sintoma ou at uma doena.
Muitas doenas adquiridas podem ocorrer por combinao de genes mutantes ou polimrficos. Nessas condies o mapeamento gentico poderia fazer um diagnstico preventivo.
Um paciente com combinao de genes ruins saber se vai desenvolver hipertenso arterial, arritmia, insuficincia cardaca, por exemplo. E, assim, lanar mo de aes de preveno e at medicamentos para controlar a situao.
Na vertente frmaco-genmica
Nessa rea de atuao o mapeamento gentico serve para selecionar determinados quadros de pacientes que usam algumas medicaes e avaliar a resposta do organismo. Por exemplo, se o paciente recebe remdio para tratar hipertenso arterial e ela no abaixa; remdio para colesterol e no abaixa.
Quando se faz uma avaliao sobre o motivo desse resultado, muitas vezes descobre-se que o os pacientes tm determinadas mutaes no gene nas reas que metabolizam o remdio, como o fgado por exemplo.
O remdio passa por uma quebra. Sem a atuao do fgado realizando essa ao, o medicamento no dar resultado. Com a informao em mos o mdico pode ajustar a dose ou mudar o medicamento para que ele no passe por aquele processo.
41
No tratamento
Com a atuao gentica no tratamento possvel manipular o vrus, tirar a parte que infecta a pessoa, retirar a parte malvola do vrus, que infecta.
Uma vez que a parte malvola retirada, so colocados genes do bem, que vo provocar efeitos positivos, vo sintetizar protenas boas, corrigir determinadas condies. Esse processo feito em laboratrio.
Depois o vrus injetado no paciente. Ele vai dentro da clula, seleciona onde est o defeito e corrige a protena que est defeituosa no paciente onde j foi identificado o problema.
Esse processo chamado de terapia gnica, que consiste em levar genes bons e genes programados para corrigir determinadas situaes defeituosas, anmalas ou disfuncionais.
A IMPORTNCIA DA BIOLOGIA MOLECULAREssas atuaes so ligadas biologia molecular, que traz um conceito maior. Antes se travava a batalha contra a doena na mesa cirrgica ou com remdios. Hoje os tratamentos so voltados para a funo da clula, para a vida molecular dessa clula.
A gentica est inserida na biologia molecular.
O Brasil bastante incipiente nessa rea, mas participa de estudos internacionais. Essa rea ser impactante nos prximos anos, a da medicina personalista.
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