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& -*^fe 4 R) •"*/7'i|\\\v BjjB- Os senhores, que nos quizerem honrar com ¦artigos e desenhos,terão a bondade de remettél- Kos em carta fechada, á redacção da SEMANA ¦f ILLUSTRA.DA, no Imperial Instituto Artis- Btico, largo de S. Francisco de Paula n. 16,publica-se ^^onde também se assigna.TODOS OS DOMINGOS ,/múWm\. - '.¦¦'— Pü i^l «^^áSÊÊm' (C mmmm\m%:: |k^npB|:ü RiSI---- Xm^^mmmmmmmim^^Ê'^So^^lHM^ ¦^S9ES Kg^- % ¦ -^©SíSKíSEÍÍ.Ac^-AA.:k'V 8Ir ¦=; I ¦ZZZXm^^m^mmmW^^m^mV'?l|8Wf ¦ J" '" II í— ^^B •—'"^'*'^'t'-^~^^^^"¦*'"i':"-'*r'""-'i^^B." - ^^^B—*——^^^^^^Mpy, SEXTO ANNO. N. 290. PREÇOS. , CORTE.PROVÍNCIA^ Trimestre. . 5^000 I Trimestre. . . . 6R000 Semestre . . 9§000 Semestre. ll$00ü Anno .... 16&000 | Anno ...... 18$000 Avulso 500 rs. ¦|f- / yi-xsy- '\^ s.m% W'^i*h> . Sou Hermann. estas bolas, nhonhô ? Maioria e opposição. Zás. Um, dous, tres. Empalmo a oppo- siçao, e fica a maioria. Chama-se isto dissolução egypcia. Dr. Semaka : Deus te ouça!

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BjjB- Os senhores, que nos quizerem honrar com¦artigos e desenhos,terão a bondade de remettél-Kos em carta fechada, á redacção da SEMANA

¦f ILLUSTRA.DA, no Imperial Instituto Artis-Btico, largo de S. Francisco de Paula n. 16, publica-se

^^onde também se assigna. TODOS OS DOMINGOS

/mú Wm\. - '. ¦¦'—ü i^l «^^ áSÊÊm ' (Cmmm m\ m%:: |k^npB|: ü RiSI ----

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^^^B —*—— ^^^^^^Mpy ,

SEXTO ANNO.

N. 290.PREÇOS. ,

CORTE. PROVÍNCIA^Trimestre. . 5^000 I Trimestre. . . . 6R000Semestre . . 9§000 Semestre . ll$00üAnno .... 16&000 | Anno ...... 18$000

Avulso 500 rs.

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s.m%

W'^i*h>

. — Sou Hermann. Vê estas bolas, nhonhô ? Maioria e opposição. Zás. Um, dous, tres. Empalmo a oppo-siçao, e fica a maioria. Chama-se isto dissolução egypcia.Dr. Semaka : — Deus te ouça!

3214 SEMANA ILLUSTRADA.

SEMANA' ILLUSTRADA

Rio, 1 de Julho de 1866.

Novidades da semana.

Que queres tu, moleque?Venho lembrar a nhonhô que é preciso fazer as

Novidades da Semana. E' hoje o dia.Hoje ?Hoje, sim senhor.Nem me lembrava. Se faz um frio !Faz um senado !Como assim, moleque? um senado?

¦— Um senado, sim, senhor; o senado estes dias temestado um sorvete... .frio de tremer o queixo! Lanacâmara, não, sempre quente. Deputado falia pelastripas de judas. E aquelle alto,como se chama,nhonhô?aquelle que faz dous discursos de cada vez?

Cala a boca, tagarella; traze-me tinta.Aqui está.Onde estão as minhas pennas?Aqui, nhonhô. Ora, eu sempre queria vêr o que é

que nhonhô escreve desta vez para as Novidades daSemana.

Deveras? Se fallas sempre, não escrevo nada.Não é isso: é que nhonhô não tem noticia ne-

nhuma. Mesmo nenhuma. Iche!Pois não tenho o doutor Freitas e a receita da

perna? E' uma noticia importante, que merece ser ge-neralisada.Bem; éuma cousa. Que é que nhonhô vai dizer

delle?Direi que é um homem serio no fundo e divertido

na fôrma.... Um estylo original, uma boa fé rara nestetempo e....

Bem, e depois?Depois o que?Essa é uma noticia. Mas outras?Temos o conflito dos soldados de cavallaria e dos

urbanos, farei considerações philosophicas a este res-peito, chamarei a attenção dos poderes do estado, con-vidarei as referidas praças a ir para o sul, louvarei odigno chefe de policia....Está bom, isso sim. Duas noticias. Que mais?

Depois a câmara....Oh!Temos as interpellações....Isso é assumpto divertido,

, — Que pensas tu, moleque, a este respeito?Nhonhô, eu penso que qualquer dia os deputados

interpellão o céo, porque nos dá chuva, e as gallinhas

porque põem ovos. Safa! Que comixão deAcho melhor não fallar nisso....

Mas, moleque, é um facto.E', sim; mas olhe nhonhô, a dar tudo

chega o papel... •Bem, mas eu tenho a faca e o queijo

paro onde me convier.Não falia no Dr. Capanema?De certo, que fallo....Dr. Capanema fez um bonito discur

francez. Falia tão bem que parece mesmo ter nascidolá na França E como elle sabe aquellas cousas de rochae montanha, nhonhô. Olhe....Que é ? Não me deixarás escrever ?Escute, nhonhô, arrange de modo que se possaapplicar o systema do Dr. Capanema á câmara dosdeputados. Que diz? O sol e o mar dissolvendo a mon-

tanha parlamentar debaixo da fôrma de um decreto....Que me diz, nhonhô?

Tens uma lingua de prata, moleque!Nhonhô, eu sou como o barbeiro Figaro: quemsabe se o mundo não ha de acabar daqui a tres se-

manas ?Abrenuncio!

Olhe que era bom, nhonhô. Este mundo precisade uma reforma. Não vai bom, não. Eu depois que vi oHermann comecei a desconfia de que a cousa está pro-xima. Que homem mágico é o Hermann! Como ellepesca, nhonhô! E' capaz de fazer o milagre dos douspeixes—¦ Sim, o Hermann é um professor; sabe a suaarte.. .Que horas.são?

Meio-dia.Bom, vai para dentro; deixa-me escrever.Já vou, nhonhô.Ha algum boato?Boato, de que?Politico.Houve muitos. Eu tenho um camarada, o mo-

leque Luiz, escravo de um conselheiro, que me disse...O que?Nhonhô não diga isso miSemana.Não digo. Falia.O moleque me disse, que o senhor delle ha duas

semanas mandou tirar para fóra a farda e mandou es-covar tudo á espera de ser chamado ao Paço.

Não é má... Quem é o conselheiro?Isso não posso dizer.Não te fias em mim ?Fio; mas nhonhô vai-me comprometter,

eu digo, mas ha de ser em francez como o Dr.nem a: é o conselheiro Tout le monde.

— Quem é esse bicho?Pois não conhece? W Tout le monde, ov MrMy

tra, todos os conselheiros, bem ou mal aconselhados.quese preparão para agarrar as pastas. Ora, nhonno, e..

EmfimCapa-

SEMANA ILLUSTEADA. 3215

queria ver uma pasta,para ficar convencido de que valea pena botarem os deputados os bofes pela boca fóra...

Homem, sempre vale.Mas, nhonhô, já notou uma cousa?O que é?

—• Já notou que todos as opposições dizem sempre amesma cousa contra todos os ministérios? E sempre omesmo estribilho! E' o caso de dizer como aquella moçado theatro: Que monotonia !

Mas política é assim, moleque....Então é cousa muito feia. Nhonhô nunca seja mi-

nistro.Porque?

São capazes de dizer que a Semana é a causa denão haver colheita de café.

A propósito, o que ha de imigração?A cousa vai bem. Mas, nhonhô, porque motivo

não dá nas rajadasinhas contra os senhores que ándãoescrevendo contra o casamento civil? Parece que essa

! gente é muito grosseira.Querem o casamento inciviÜOra: veja! E então os senhores padres....i — Esses têm razão....| — Pode ser. Nhonhô tem ahi constituição?

Tenho.—Ella não diz que todos podem dizer o que pensão?Diz.

Então, como é que se anda chamando a attençãodo governo para a sociedade de immigração porque dizo que pensa?E' uma maneira de pensar dos que pedem isso. Aconstituição garante tudo.

Nhonhô, parece que essa constituição é de borra-cha.... Mas a borracha arrebenta; tanto lhe hão depuxar por ella....

Qúasi uma hora! Vai-te, moleque.Agora vou. Mas faça-me um favor. Diga duas li-

nhas sobre os turcos. Já os vio, nhonhô?Mas que hei de dizer delles?Qualquer cousa... .Umas cousiderações philoso-

phicas....Ora!Agora vou. Escreva bem, nhonhô. Ahi está o Sr.

paginador que pede matéria.Já?E' verdade.Mas eu não escrevi nada. Tomaste-me o tempo,

moleque. Precisamos de Novidades da Semana. Oraisto!

Olhe, uma idéa, nhonhô.O què é?Deixe uma pagina em branco.Não se' brinca com os leitores, moleque.Mas eu não digo que brinque; digo que deixe uma

pagina em branco. Os leitores que facão de conta quetiverão Novidades. Em?'que me dia á-idéa?

E' fresca. Podes limpar a mão á parede. Não haremédio; Desta vez não temos Novidades da Semanal

Ora esta! moleque, se me fazes outra!Que é que nhonhô faz?Ponho-te na rua?Boas! Eu faço uma interpellação a nhonhô, como

Dr. Ratisbona....—- Diabo de moleque!

Não se zangue, nhonhô. Meu caro Sr. paginador,não ha Novidades ãa Semana.Db. Semaka.

Sparta no Rio de Janeiro,Ha momentos na vida dos povos, que passão como

sonhos rápidos, mas que a historia registra para que aposteridade os commente e tire-lhes a moralidade, algu-mas vezes difíerente daquella que os contemporâneoscomprehenderão ou procurarão comprehender. A Grécia,com os seus heróes,os seus oraculos,as suas cidades fabu-losas e os seus poetas sonoros e plangentes, capitaneadospelo capadocio Homero, deixou-nos episódios, que va-mos aceitando e commentando como nos parece, embo-ra culpemos algum innocente ou santifiquemos algumcavalheiro de industria. Em todo o caso, será isso umafatalidade, como dizia o grande Oráculo de Júpiter,mas não é uma injuria ou calumnia, classificada noscódigos criminaes das nações modernas; Quem nos as-severa que' (Edipo decifrava enigmas ou que Orestesmatricidou Clytemnestra para vingar a morte do papaiAgamemnon ? Até hoje, ignora-se o destino que teve aserpe, que matou Eurydice, e ninguém sabe se aindaexiste o carro, no qual Achilles amarrou o corpo de Hei-tor para rodear o túmulo de Patrocles. Mas ahi estãoos feitos grandiosos das Thermopilas, .onde havia águasvirtuosas como na Campanha; de Platea, onde não se pa-teavão os artistas ; e de Salamina," onde ninguém tinhalicença para culotar uma biqueira de espuma do mar.Bezaráõ as chronicas a verdade tal qual deve ser acre-ditada ? Respondão os ad vinhos, os mediums e os spiri-tistas, em cujo numero conta hoje a França o distinctodramaturgo Victorien Sardou. Seja tudo como fôr, oque não se póüe negar é que

Helena,Não morena,Mas serena,De melena,Tão amenaQue faz pena;

pregou uma.... catarata na menina do olho do rei-Me-neláo (typo desconhecido entre nós), dizendo adeus aSparta e indo abrigar-se na rua Uruguayana. Quemnão acreditar pergunte a Mr. Arnaud ou mesmo ao- bonvicillard Martin.que podem]dar-nosínformações exactasa respeito da fugitiva descendente dos cysnes do PasseioPublico.

Ha cousas que ninguém pôde explicar.»., A Grécia:

i«P FINAL.Não morrerão- Sewgue derramarãoEm vão alçaes. 6 vicios macüentos Já seus nomes as filhas da memória

3218 SEMANA ILLUSTRADA

dentro de um Alcaçar! Bem se vê que é questão dooriente e que só o director do theatro francez uruguaya-no poderá dire le mot, desculpando-se com uma nome-nagem aos porteiros de Stamboul, que vierão refrescar-se no nosso porto a bordo de dous navios, que parecemde gente e não de turcos.

A Grécia na rua Valia ! Shame ! Ninguém o diiá,mas como negal-o ? Todo o mundo, que teve bilhete, avio com os olhos, ouvio com os ouvidos; e a décima par-te comprehendeu ou não comprehendeu, pouco importaisso para a nossa narração.

Levanta-se o panno, que rep resenta um menino espa-nando a barriga, e apparece tanta cousa, tanta cousa,azul, encarnada, amarella, branca, côr de. rosa, verde,roxa, parda, côr de café com leite, côr de vinho, lilás,dourada, prateada, abrilhantada, e offenbachada (Per-mitão porque é argot), que ninguém

'mais pôde conter o

riso e o ouvido.Começa a peça, estando todos de joelhos, ouvindo

missa na porta da igreja, porque dentro estava tudo cheio,depois.... Pois eu não ia contando a historia da bellaHelena ? Nada, não caio nessa, porque não quero ti-rar a Mr. Arnaud muitos concurrentes, que ficarião sa-tisfeitos com a minha discripçâo. Quem quizer ter a

; Grécia na cabeça vá lá ver e admirar.i Raras vezes tem o Rio de Janeiro visto, nos nossosi theatros, uma peça mais bem montada e ensaiada. Ha, gosto, ha vontade de agradar e ha prodigalidade de despeza A musica é sonora e original, e a execução é ape.

|titõsa, cheirosa e cheia de relevos. Assim, portanto, osj que desejarem vêr, ouvir, cheirar, provar e apalpar umaI operetta de gosto podem ir ao theatro, que tem actual-' mente a Grécia no ventre.

Mlle. Aimée faz o importante papel da belle reine deSparte ; porém ella não é somente reine de Sparta, é averdadeira rainha do Alcazar e de todos os mordidos,que vão para lá ficar de queixo cahido, diante de tantagraça, de_ tanta intelligencia e de tanto estudo. Nessenumero, infelizmente.... não posso entrar eu.

Os costumes dessa distincta artista são dignos da rai-nha de Sparta. Disse-me Mr. Forestque custarão 30,000francos em Pariz. E' crível, por que são muito ricos ede uma elegância aimée. Um meu amigo, sabendo dessepreço, disse-me, tirando o chapéo branco e cossando acalva: eri dava por elles o triplo só por terem estado en-Costados ao coração da filha de Leda. E'um helleno,não façãò caso.

metta-se ella no waggon, e deixe de andar cascadeanãoo coração dos Paris impares do Rio de Janeiro.Urbain faz o rei Meneláo. Devo acrescentar maisalguma cousa ? Quem não conhecer o meu symnathicoUrbain que o compre, assim como aredondinha Snio„~_.

que sempre se mostra nsonhasiuha, coradinha, lourinháe arrepiadinha, apezar de ter a mania de chorar alga-mas vezes. O papel de Solange é por demais pequeno eella tem outras peças,, onde, se não tem creado, comoMr. Marchand, tem, pelo menos, amamentado bemsoffrivelmente alguns papeis. Agamemnon e os dousAjax vão optimamente. As meninas e os meninos doresto da tropa dizem menos mal o que decorarão e Le-priol é magrinha, mas espertinha. A ingênua Mlle Lo-vato talvez merecesse um conselho, porém tem uns olhos!uns olhos ! uns olhos Canta bem e tem talento ¦porém tem uns olhos!.... Nos papeis de rapaz....'tem uns olhos !.... capazes de descerem um olhar daprunélle soberana (phrase de Paris) até o mais intimoLovatista da platea. Que olhos, dizem todos, e eu repi-to tambem —que olhos !....

Recommendo, como lindos, os seguintes pedaços dabella Helena (opera): duetío do 2o acto ; árias de sopra-no do Io, e do 2o; coros em geral; e a ária do tenor doIo acto.

Elogios ao Sr. João Caetano pelo scenario e ao filho-te Graverstein pelo ensaio da partitura.Tudo correo bem, até a galera enfeitada com anegri-nha.

Antes de terminar, duas palavras a respeito de Mlle.Delmary, que estreou ha poucos dias. Não tem uma vozextensa; mas não aborrece epode ser ouvida sem enfado.Os applausos, que teve, forão sinceros e devião ter-lhemostrado o bom gosto do nosso publico. Um meu ami-go sahio, dizendo:

— Não é uma belleza, mas.. *» volto cá amanhã.E no entanto ella só tinha margaridas Ou. paquerettesnas orelhas, no collo e no penteado!O maior elogio que se pôde fazer de Mlle Delmary

Quanto á voz, será preciso dizer que Aimée deu maisessa prova, se já não bastavão tantas, de que é uma ar-tista, que tem hoje um futuro brilhante diante de si eque ha de fazer furor em qualquer parte, onde appare-ça, mesmo em,Pariz, que é o viveiro dos grandes artistase dos grandes talentos !? Thereza valerá Aimée ? Res-ponda alguém se fôr capaz. A Briani deve ella muito, eé-digna de todo o- elogio por ter mostrado o desejo

'de

| aperfeiçoasse no canto, morando na esquina da Regentt Street.-.A arte já accendeu as .fornalhas da locomotiva;

foi ouvido por Briani dos lábios de uma sua distinctadiscípula:—• E' uma voz bonita e tem alguma cousaque agrada e arrasta.

Finalisarei, ordenando que todos os que não forem vera belle Âimée, isto é, a belle Helene, sejão degradadospara Creta ou para a Turquia, aproveitando os vaporesdos engorrados, que aqui se achão.

Mr. Arnaud talvez não goste dessa minha ordem....Paciência.

Senõr Rolàhdo.

N. B. O Dr. Semanano enthusiasmo.

deita umas gottinhas de: agüa

SEMANA 1LLUSTHADA. 3219

Os sete castellos do rei da Bohemia.

IV

AEPABIÇA0.

Tive um sonho, doutor, (O caso é serio :Se eu fosse Pharaó, dava o EgyptoPor um novo Joseph.) sonho maldicto,Que commigo pregou n'um cemitério.

Alta noite, rugia a tempestadeE da tuba da indomita procellaCahia sobre a escura immensidadeA saliva das nuvens. Da rodellaDo tempo, do vestuto cavalleiro,Fazia resaltar a mão do Inverno,Sob a espada feroz, igneo chuveiro.Nem céo, nem mundo havia ; era o inferno !

Não sei que intima força me animava !Penetrei os umbraes do pouso eterno,Onde a alma soberana livre desceA visitar o pó da carne escrava.Eis súbito um phantasma surge e cresce :Não sei se o vi, não juro -.. .adivinhei-o ;Mas ouvi-lhe um gemido, que do seio

JPayorosQ^arrancou e da tormentaAs vozes sufíbcou por largo instante.

Olhou-me, e a falia erguendo clara e lenta:" Quem és, bradou, mancebo petulante," Que o meu sereno aspeito não pertuba ?" E's misero mortal ? Eu te maldigo," Filho da minha pátria ! Vens da turba" Matricida e feroz ? Fuge, inimigo !" Volta ao seio da vida, volta aos lares," Aos corrompidos lares. Dize ao povoK Que eu sou aquelle heroe que o mundo novo" Proclama venerando. Nos altares" Da pátria sustentei o facho accêso" Da deusa Liberdade ; e o rude peso" Do berço do gigante" Senti sobre meus hombros. Espirante" Leguei-lhe a minha gloria.— Que fizeste," Oh ! raça vil e ingrata, do legado ?" Despedaçaes da deusa a pura veste,"Eo cadáver deixaes ensangüentado !" Proclamaes a desordem ; n'um abysmo" Lançaes a pátria minha tão amada !" Despedaçaes a algema da anarchia!" Desprendei-a; será tão negro dia8 A véspera do fero despotismo.

Desrespeitai a lei e os magistrados,Ide ! em nome da santa liberdadeMatai a liberdade ! Hallucinãdos,Cuspi no altar, desmuronai o templo;Imponde o vosso jugo á sociedade '— Eu—-a sombra de Andeadà—vos contemplo!

Sede de celebridade.

E' moléstia ou uma das tristes manifestações da am-bicão a sede de celebridade reconhecida em tanta gentedesde os tempos mais remotos até os actuaes de contris-tadoras observações ?

Erostrato era doudo, ou simplesmente ambiciosoquando, para immortalisar-se, queimou o templo deDiana?

Ingolfo oexterminadorera apenas terrível facinoroso,ou aspirava á immortalidade, bebendo pelo craneo doinimigo, que assassinara?

Attila, o fiagello de Deus, padecia somente de depra-vação, ou almejava conquistar nauseabundo renomesorvendo todos os dias uma vasilha com a repugnantebebida, de que resa a historia?

Um personagem, que ha annos se innovelou n'um la-byrintho de linhas, assim alinhado diffamando a umdigno servidor do Estado, está doente, ou quer"immor-redoura fama de diffamador, accusando gratuitamentea outro elevado funccionario publico?

A este quesito acrescenta-se—o odiento innovella-dor só falia para accusar, é o seu único forte, e com elletem até aqui aberto espaço, vai andando seu caminho.

Vê-se quanto é grave. esta questão e quanto careceser dilucidada.

E porque ella refere-se a bichos homens, submette^-"mol-a ao critério da illustre commissão de Minas eBosques, da qual nos dizem que faz parte um nobredeputado, medico abalisado, orador eminente e escrip-tor ameno.

Se assim é, temos meio caminho andado e podemosver ainda na actual sessão da electiva, uma larga dis-cnssão a este respeito e com a soluçãoda qual resultarãoao publico vantagens, que ainda não colheu de nenhumdos tamanduás qüe a patriótica opposição tem lançadono recinto da representação nacional.

O carretei de linhas.

Typ. do Imp. Inst. Artístico — Largo dc S. Francisco n. 16.

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BOLETIM DE LOPEZ.Na batalha de 24 confessa que as armas ãa republica sofrerão um ligeiro contraste, devido ás más

posições que occupavao. (Palavras textuaes do grande mariscai).

¦tá|fti}pV ^*^. _¦**//•!¦ ^^fl»f I ¦_m/_Kf "a^ív T^dhA j^jjjjjjjJÍK I^JJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJÍK^^H v^áKOwSfijfr - ^.- ^^1 HB

— Mestre carpinteiro, faça-me um trabalho, de que tenhonecessidade, pois que me casei. Abra buracos nos meus guar-da-roupas para entrar o ar. A idéa de que lá entrasse alguéme morresse,é horrível. Ninguém sabe o que pôde acontecer.

_ O homem é perfeito; mas devia ter as ventas »brinJ»P»;ra cima. Deste modo, com um raminho de »rrua*' "/ko

emgente sempre cheirosa. Üm nariz assim, podia-se m*.

qualquer parte, no copo e na boca das moças bomw-