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XV SDIINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS RIO DE JANEIRO NOVEMBRO 1983 PLANEJAN ENTO E PROJETO DA BARRAGEM DE ENROCAMENTO COM FACE DE CONCRETO DE MACHADINHO TEMA IV HIDEO IMAIZUMI* ALVARO EDUARDO SARDINHA** *CONSORCIO NACIONAL DE ENGENHEIROS CONSULTORES S.A.-CNEC - FPOLIS,SC **CENTRAIS ELETRICAS DO SUL DO BRA- SIL S.A. - ELETROSUL - FPOLIS, SC

XV SDIINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS E PROJETO DA... · obrigara um avanco do macico de enrocamento no leito do rio, o que trara como consegUencia uma zona de cerca de 10 metros

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XV SDIINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENSRIO DE JANEIRO

NOVEMBRO 1983

PLANEJANENTO E PROJETO DA BARRAGEM DE ENROCAMENTO COM FACE

DE CONCRETO DE MACHADINHO

TEMA IV

HIDEO IMAIZUMI*

ALVARO EDUARDO SARDINHA**

*CONSORCIO NACIONAL DE ENGENHEIROS

CONSULTORES S.A.-CNEC - FPOLIS,SC

**CENTRAIS ELETRICAS DO SUL DO BRA-

SIL S.A. - ELETROSUL - FPOLIS, SC

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1 - SUMARIO

Este trabalho apresenta os principais condicionantes do planeja

mento da construcao da Usina Hidreletrica Machadinho que deram

origem a concepcao final da Barragem Principal e desvio do rio.

Sao discutidos, ainda os comportamentos reais de algumas barra

gens de enrocamento com face de concreto e comparados com os

resultados calculados pelo metodo de elementos finitos. 0 zonea

mento proposto para a Barragem Principal e comparado com 0 zo

neamento de outras barragens, considerando-se sua influencia no

comportamento da face.

2 - INTRODU^AO

A Usina Hidreletrica Nachadinho sera imnlantada no Rio Pelotas,

logo a jusante da confluencia do Rio Apuae, entre os municipios

de Marcelino Ramos no Estado do Rio Grande do Sul e Piratuba no

Estado de Santa Catarina, distando cerca de 320 km a oeste de

Florianopolis e 280 km de Porto Alegre, conforme indicado na

Figura 1.

Dentre os varios aproveitamentos localizados na regia-o da Bacia

do Rio Uruguai que se mostraram competitivos (vide Figura 1) pa

ra atendimento da demanda energetica das regioes sul e sudeste,

a curto e medio prazo, Machadinho destaca-se pelo Porte e pelo

mais baixo custo de energia em primeira adicao.

0 arranjo proposto para a Usina de Machadinho esta apresentado

na Figura 2 e constitui-se basicamente das seguintes estruturas:

- Barragem Principal de enrocamento com face de concreto, com

aproximadamente 127 m de altura maxima e extensao de crista

de 940 m, totalizando um volume de 10,4 milho-es de m3 de enro

camento;

- Vertedouro de superficie na ombreira esquerda da sela dimensi

onado para cheia maxima de 29.000 m3/s, controlado por 8 com-

portas setor de 14,80 m de largura nor 20, 00 m de altura sen-

do o defletor do tipo salto de esqui;

- Sistema de geracao, a direita do vertedouro, na parte mais

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baixa da sela, e constiturdo por: uma estrutura de tomada

dtagua tipo gravidade, com 4 vaos controlados por comportas

de emergencia; 4 condutos forcados com 7,8 m de diimetro; uma

casa de forma tipo abrigada alojando 4 geradores trifasicos

sincronos de 300 MW de pot&ncia nominal unitaria, cada um aco

plado a uma turbina "Francis" de eixo vertical;

- Barragem Auxiliar de fechamento em concreto do tipo gravidade,

com 66S m de comprimento e altura maxima de S7,S m;

- 0 desvio do rio sera feito atraves de 4 tuneis escavados em

rocha com secao tipo arco-retangulo de 14 m de largura e

14 m de altura. Um dos tuneis sera imulantado na margem es

querda do rio Pelotas e outros 3, serao escavados no macigo

da sela entre os rios Pelotas e Apuae, sob o vertedouro.

Para o aproveitamento de Machadinho os estudos geol6gicos geo

tecnicos revelaram condicoes proprcias a implantagao de uma bar

ragem de enrocamento, ja que a camada de cobertura de solo se

apresenta pouco espessa (t 5,0 m) na area de implantacao da bar

ragem, conferindo desta forma boas condicoes de fundacao com

pouca escavadao obrigat6ria.

0 estudo comparativo efetuado entre a alternativa de enrocamen-

to com face de concreto (EFC) e a de enrocamento com nucleo ar

giloso (ENA) mostrou as seguintes vantagens principais da pri

meira, que a levaram a escolha final:

. o custo referente ao desvio e a barragem principal para a al

ternativa EFC e ligeiramente menor do que para a alternativa-

ENA.

o cronograma fisico da barragem EFC apresenta maior certeza ,

por nao serafetado por condicoes climaticas adversas da regi-

ao.

0 volume de escavadoo em rocha na area de implantacao das estru

turas de concreto e suficiente para suprir os volumes necessa -

rios para as ensecadeiras, agregados para concreto e 28% do vo

lume requerido para a execugdo do corpo da Barragem Principal

de enrocamento, impondo desta forma que seiam obtidos os outros

72% do volume complementar atraves de exploragdo de pedreiras.

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3 - PLANEJAMENTO DE DESVIO DO RIO E CONSTRUcAO DA BARRAGEM

3.1 - Esquema de Desvio do Rio

0 esquema previsto para desvio e controle do rio Pelotas duran

to a construgao do aproveitamento de Machadinho, condicionado

pelas caracteristicas topograficas locais e pelo tipo da Barragem Principal adotado, considera a execucao da obra em tres eta

pas distintas.

Na la etapa o rio Pelotas permanecera em seu leito natural, en

quanto sao construidos um tunel sob a Barragem Principal e tres

tuneis em cota mais alta no maclgo sob o vertedouro.

Na 2a etapa o rio sera conduzido pelos tuneis de desvio, sendo

construidas as ensecadeiras necessarias para prosseguimento da

construgao da Barragem Principal.

Na 3a etapa sera retomada a construgao da Barragem, comegando

pelo espaldar de montante, plinto e transicao, e opcionalmente

a laje de concreto do paramento,devendo ser alteado, tao logo

quanto possivel, ate a cota 423,00 m. Dessa forma, sem Gusto

adicional, a obra tern protecao contra a ocorrencia de cheias

de ate 500 anos de recorrencia.

0 fechamento final do reservat6rio far-se-a atraves do tunel

sob a barragem, tao logo sejam concluidas todas as obras da bar

ragem e tamponamento dos demais tuneis na sela.

3.2 - Escolha do Tipo das Ensecadeiras Principais

Uma das caracteristicas mais vantajosas das barragens de enroca

mento com face de concreto e a simplificacao e minimizacao de

servigos com relacao ao desvio do rio. Em virtude do tempo de

servigo bastante reduzido, sao normalmente adotadas ensecadei-

ras de pequeno porte.

A facilidade de execucao de macigos de enrocamento, proporciona

uma producao bastante acelerada, independentemente dos fatores

climaticos adversos, caracteristicas da regiao de implantacao

do aproveitamento.

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Os estudos de desvio do rio mostraram que sera necessariv cerca

de nove meses de funcionamento da ensecadeira de montante para

protecao dos servicos de alteamento do enrocamento, contados a

partir do inicio da operas o de de gvio.

A ensecadeira de jusante em circunstancia normal sera incorpo-

rada no pr6prio corpo da barragem.

Para Machadinho , foi realizado um estudo detalhado de compara -

cao tecnica economica sobre o tipo de ensecadeira a ser adota

do, considerando - se a alternativa de ensecadeira de enrocamento

e a alternativa de terra. Este estudo foi efetuado em termos de

custos diretos , prazos de construcao e riscos de transbordamen-

to associados aos custos inerentes a uma tal ocorrencia duran

to a vida 6til das ensecadeiras.

A anilise comparativa dos cronogramas dos dois tipos de enseca-

deira permite observar que, sob condicdes meteorolo-gicas medias

do local da obra, a ensecadeira de terra demanda um prazo de

construc ao de aproximadamente sete meses , cerca de 2 meses a

mais do que o da ensecadeira de enrocamento , ficando assim su-

jeita a um risco de galgamento maior.

A partir das analises de custos, pode-se concluir que a vanta -

gem econ6mica inicial da ensecadeira de terra, com custo direto

inferior , de 20 % diminui no decorrer do tempo, chegando quase a

se anular no final da vida util.

Face aos motivos expostosacima , optou-se pela ensecadeira de

enrocamento, levando-se em consideranao ainda o aspecto de que

a ensecadeira de terra a mais sensrvel as condig6es meteorologi

cas adversas do local , alem dos materiais terrosos existentes

na area do aproveitamento nao apresentarem boas condig6es de

utilizacao , podendo a ensecadeira deste tipo demandar maiores

prazos de construcao.

3.3 - Construcao da Barragem Principal

Face a localizacao de todas as escavagoes obrigat6rias estarem

situadas na margem esquerda do rio Pelotas, o balanceamento dos

tateriais rochosos escavados exige que sejam colocados no corpo

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da barragem, um volume de 2,4 milhoes de m3 na fase anterior ao

desvio do rio, evitando-se estocagem intermediaria. Este volume

obrigara um avanco do macico de enrocamento no leito do rio, o

que trara como consegUencia uma zona de cerca de 10 metros de

espessura maxima de enrocamento do corpo da barragem, a ser

lancado submerso. Este procedimento introduz um zoneamento do

corpo da barragem pouco convencional, que e resultante exclusi

va do cronograma de construcao e dos custos pertinentes. Desta

forma o comportamento da Barragem de Machadinho, no que diz res

peito a deformabilidade do macico, deve ser estudado criteriosa

mente visando prever-se que efeitos a camada do enrocamento lan

cado tern na movimentacao da face. A Figura 3 mostra em plantaa disposicao acima relatada.

4 - HISTORICO DAS BARRAGENS DE ENROCAMENTO COM FACE DE CONCRETO

As Barragens de Enrocamento com face de concreto evoluiram basi

camente de maneira empirica ao longo dos anos, avalisadas nelo

fato de que nao anresentaram nroblemas relacionados com a segu

ranca, ja que a estrutura formada por aterros de enrocamento se

mostraram com grande estabilidade para diversas fases de sua

solicitacao.

A evolugao dessas Barragens de Enrocamento ficou condicionada

pelo comportamento que se desejava, no que diz respeito a estan

queidade. Os macicos de enrocamento langado, muito defornaveis,

das primeiras Barragens, causavam grande movimentacao na face

de montante, trazendo como consegUencia um consideravel volume

de infiltracao. Este fato levou a se tentar desenvolver juntas

com maior confiabilidade e com uma disposigao mais adequada ao

comportamento real das barragens. Concomitantemente foi introdu

zida ap6s meados da decada de 60 (Penman, 1982) a compactacao

dos enrocamentos acompanhando-se a evolucao das tecnicas cons -

trutivas.

Ainda nos dias de hoje esta orientacao e seguida na maioria dos

projetos de novas Barragens e este e um dos principais motivos,

que nortearam a pronosta de se tentar investigar alguns aspec-

tos mais relevantes do comportamento do macico de enrocamento

com objetivo de racionalizar o zoneamento da barragem.

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S - COMPORTAMENTOS REAIS DAS BARRAGENS DE ENROCAMENTO COMPACTA-

DO E ESTIMATIVAS TE6RICAS PRELIMINARES

5.1 - Modulos de Deformabilidade Observados

0 modo mais pratico de se estimar modulos de deformabilidade

dos enrocamentos a sem duvida a interpretacao dos deslocamentos

observados de obras em operacao, principalmente no caso de nao

se dispor de metodos e/ou equipamentos adequados para execucao

de ensaios representativos.

Para avaliar corretamente as deformacoes observadas tanto duran

to a construcao como durante a fase de carregamento por enchi-

mento do reservat6rio, e indispensavel o conhecimento do esta-

do de tensoes do macico de enrocamento. Como medir tensoes no

macico de enrocamento a uma tarefa bastante dificil e onerosa,

e natural recorrer-se a analise do estado de tensao- deformacao,

tornando-se necessario por sua vez um conhecimento razoavel so

bre os modelos e os parametros reologicos dense material. Desna

forma, as analises das grandezas observadas tornam-se um proces

so iterativo ate obter-se razoavel compatibilidade entre os mo

delos e parametros reologicos , e o estado de deformagao observa

do no prot6tipo.

Na Figura 4, sao apresentados alguns resultados de modulos de

deformabilidade vertical de enrocamentos de rochas basalticas,

durante a construgdo , para as faixas de variacao de tensao ver

tical media que possa ser estimada com a formula av = Y . h.

Uma vez fixado o estado de compartimentagao natural do macico

rochoso e sua litologia, nos locais de exploracao, a deformabi-

lidade do enrocamento de uma obra dependera principalmente da

granulometria, da variacao litologica e da compacidade obtida

na construcao, que por sua vez, sera determinado pela espessura

de langamento das camadas, peso e tipo do equipamento de compac

tacao, e numero de passadas. Pode-se notar grande influencia

desses fatores nos m6dulos observados e tambem grande dependen-

cia do nivel de tensao.

Na fase de carregamento devido ao enchimento do reservat6rio, a

direcao da tensao principal maior muda sensivelmente em relacao

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a existente no final da construcao. Ohserva-se nesta ease, um

aumento dos modulos de deformabilidade conforme ilustrados na

Figura 4, fato este que foi discutido por Mello (1981).

Esse aumento dos modulos de deformabilidade atribui-se certamen

to ao crescimento da pressao confinate (Q3) e provavelmente a

anisotropia em termos de deformabilidade do enrocamento que de

vera ser comprovada.

5.2 - Deformadoo Transversal da Barragem

Observando-se os deslocamentos das lajes de barragens com face

de concreto, nota-se que a face sempre se desloca, na secao

transversal, aproximadamente na direcao perpendicular a mesma

ou ligeiramente inclinada para baixo, ou seja, praticamente na

direcao do empuxo d'agua. As Barragens de Foz do Areia, Cethana,

Alto Anchicaya, Salt Spring, Bear Creek, apresentaram maior des

locamento da face em pontos situados entre 40% e 60% da altura

da barragem medidos a partir da fundacao.

A Figura S mostra os perfis de deslocamentos das lajes de con-

creto observados nas barragens de Cethana e de Foz do Areia, em

forma adimensional, a fim de possibilitar a comparacao direta

independentemente de suas alturas.

As diferentes geometrias dos contornos deformados dos taludes

podem ser atribuidos, em grande parte, as diferentas dos zonea-

mentos adotados para cada projeto conforme ilustrado na Figura

6. No entanto, nao se pode afastar totalmente a suspeita de in

terferencia da forma do vale bastante fechado na barragem de

Cethana.

No que diz respeito a geometria do contorno , desprezando-se sua

grandeza absoluta, a barragem de Cethana apresenta um melhor

comportamento da face em relacao ao de Foz do Areia, ja que os

recalques evoluem gradativamente chegando ao valor maximo na me

tade da altura da barragem.

Por outro lado, a superficie do talude de jusante se desloca pa

ra baixo e para a jusante de modo que a superficie deslocada fi

ca situada abaixo da sua posigdo original, bastante peculiar

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deste tipo de barragem. Isso nao se observa para outras barra-

gens do tipo nucleo inclinado ou central.

Atraves da observadao das variaC es do contorno das secoes

transversais, das barragens estudadas, foram calculadas as va

riagoes volumetricas, considerando o estado de deformacio pla

na.

Sob o regime elasto-linear isotropico, a variagio volumetrica

de um corpo com a geometria definida depende do seu tamanho e

dos parametros de elasticidade. A fim de possibilitar a compa-

ragao entre as variag6es volumetricas observadas das barragens

com diferentes alturas e diferentes m6dulos de deformabilidade,

com as estimadas pelo metodo de elementos finitos, descritos a-

diante em maior detalhe, os valores de recalques foram corrigi-

dos de forma aproximada para uma altura padrao de 126,5 m e m6

dulo de elasticidade medio igual a 1.000 kg/cm2. Esses valores

observados e corrigidos sao apresentados na Tabela 1.

Variacoes Volumetricas Reais e Calculadas pelo MEF Tab. 1

= Variacao Volumetrica ($)E v

Barragem Corrigido p/solugao

ObservacaoObservado H=126,5 m

E=1.000kg/cm2 Teorica

0,095 0,294 - 8 meses ap6s

Cethana19 enchimento

0,135 0,323 - Ap6s 10 anosde o era ao

0,42 0,31 - 14 enchimentoFoz do Areia

0,51 0,32 - 2,5 anos ap6s14 enchimento

Barragem v=0 - 0,272 0,272 isotropico

Padrao v=0,15- 0,243 0,243 isotr6pico

(Machadi v=0,3- 0,176 0,176 isotr6pico

nho) v=0,3 - 0,126 0,126 anisotro ico

NOTA: Ev (=eV/V) > 0 significa reducao de volume.

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6 - INTERPRETAcAO DOS COMPORTAMENTOS OhSERVADOS

6.1 - Hipoteses para o Modelo Reologico

Existe uma duvida no meio geotecnico sobre a deformagao trans

versal da face de concreto durante o enchimento do reservatorio,

face a discrepancia entre os comportamentos reais e os previs

tos atraves de analise de tensao-deformacao realizados por

Wilkins (1968) para Cethana Dam, Boughton (1970) para Wilmot

Dam, Sigvaldason et al (1975) para Alto Anchicaya Dam, etc.

Essas analises com modelos reol6gicos ligeiramente diferencia-

dos entre si, assumindo o enrocamento como material isotr6pico,

indicavam movimentos horizontais Para jusante exagerados. Em

todos os casos as faces de montante das barragens observadas de

formavam na realidade perpendicularmente ao talude ou ligeira-

mente inclinados para baixo, conforme mencionado anteriormente.

Essa discrepancia faz transparecer que nestas analises nao fo-

ram consideradas devidamente algumas propriedades fundamentais

dos enrocamentos, assim sendo, propde-se algumas justificati -

vas na tentativa de explicar os comportamentos observados:

Anisotropia dos m6dulos de deformabilidade do enrocamento

(Ev ¢ Eh)

. Efeito de interacao entre lajes de concreto e enrocamentos

. Conjunto de efeitos da variacao de modulo de deformabilidade

em funcao do nivel de tensao, junto com o efeito de pre-conso

lidacao induzido por compactadao energetica.

. Baixo valor de coeficiente de Poisson do enrocamento (v 0),

para a condicao de enchimento do reservat6rio.

Nao ha duvida da existencia de anisotropia, em grau desconheci-

do, nos enrocamentos compactados pelos processos modernos de

construgao onde a pratica corrente e o espalhamento em camadas

finas de espessura controlada, compactada com rolos lisos vibra

t6rios. No entanto, a explicagdo baseada somente na anisotropia

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como consegUencia dos processos de compactacao nao pode esclare

cer a totalidade do problema, uma vez que as barragens antigas

com enrocamentos lancados tambem comportaram -se de modo seme

lhante as barragens de enrocamento compactado.

A interacao entre as lajes de concreto e o enrocamento deve ter

efeito na direcao do movimento da face, porem sua influincia

quantitativa a uma incognita. Para reduzir o movimento horizon-

tal exagerado do enrocamento, as lajes devem exercer forcas de

tracao consideraveis. Esta hipotese nao foi confirmada nas medi

toes do estado de tensoes da laje da barragem de Cethana efetua

das por Fitzpatrick et al (1982).

A dependencia do modulo de deformabilidade com o nivel de ten

sao a uma propriedade conhecida do enrocamento e esta em concor

dancia, pelo menos qualitativamente, com o alto modulo de defor

mabilidade observado na barragem de Foz do Areia (Pinto, 1982),

durante a fase de enchimento do reservatorio quando a pressao

confinante no enrocamento aumenta sensivelmente. Nao obstante,a

analise do estado de tensao-deformacao realizada para a barra

gem de Alto Anchicaya que levou em consideracao devidamente es

to propriedade, nao resultou na previsao satisfatoria do compor

tamento.

Finalmente, resta analisar a hip6tese de que o enrocamento pode

apresentar baixo valor de coeficiente de Poisson (v=0) na fase

de enchimento do reservat6rio. Boughton (1970) executou uma se

rie de ensaios triaxiais com enrocamento de quartzito e riolito

chegando as seguintes conclusoes, juntamente com resultados de

ensaios realizados por Marsal em basalto e gneisse:

- quando Q1/Q3 tende para 1,0, o coeficiente de Poisson aproxi-

ma-se de zero;

- na fase de carregamento Q1/03 1 (v 0), cresce c modulo

tangente de deformabilidade.

Essas duas observacoes podem explicar o movimento real da face

de concreto das barragens de enrocamento.

Na regiao junto ao talude de montante, durante o enchimento do

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reservatorio, ocorre o aumento de 03 consequentemente a relagao

01/Q3 diminui ocasionando inclusive um giro da direcao de ten

sao principal maior.

6.2 - Analises Preliminares do Estado de Deformacao pelo Metodo

dos Elementos Finitos

Com objetivo de verificar melhor as hip6teses estabelecidas com

relacao a anisotropia de deformabilidade e a magnitude do coefi

ciente de Poisson, foram efetuados estudos parametricos atraves

de analises preliminares do estado de tensao-deformacao pelo me

'todo dos elementos finitos.

Para a etapa preliminar desta investigacao, a secao maxima da

Barragem de Machadinho foi estudada, utilizando- se modelos

elasto-linear isotr6pico e anisotropico Para a condicao de de

formacao plana, com os valores constantes do modulo de elastici

dade e do coeficiente de Poisson. para toda a barragem . Foi des

prezada a existencia das lajes de concreto. A Tabela 2 mostra

os casos estudados.

Combinacao de Parametros das Analises Efetuadas Tab. 2

AnaliseEv

(kg/cm2)

Eh

(kg/cm2)

v Coeficiente

de Poisson

Serie A

Caso 1 1.000 1.000 0

Caso 2 1.000 1.000 0,15

Caso 3 1.000 1.000 0,3

Serie B

Caso 1 1.000 1.500 0,3

Na Figura 5, sao apresentados os•deslocamentos do contorno da

Barragem, junto com os recalques observados nas barragens de

Cethana e de Foz do Areia. As variago-es volumetricas dessas ana

lises foram calculadas para comparagao e apresentadas na Tabela

1.

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6.3 - Comparacao entre Deformacoes Observada e Calculada

A deformagao da barragem correspondente ao coeficiente de

Poisson entre 0 e 0,15 com material isotropico, representa bem

o real comportamento observado das barragens , porem a direcao

do movimento da face varia consideravelmente ao longo do talude.

As variacoes volumetricas obtidas nas barragens reais sao maio

res que os valores teoricos, sugerindo que o coeficiente de

Poisson seja proximo de zero e que ocorra deformacao lenta devi

do ao peso pr6prio mesmo durante o enchimento do reservatorio.

0 recalque devido a deformacao lenta causado principalmente pe

lo peso pr6prio, cresce com o aumento da espessura da camada.No

caso da Barragem de Cethana os recalques devido a deformacao

lenta para as primeiros 10 anos de operacao foram varias vezes

superiores a deforma^ao elastica ocorrida durante o primeiro

enchimento do reservat6rio.

A deformacao teorica sob a hip6tese de material anisotr6pico

com o modulo maior na direcao horizontal difere completamente

da realidade,tanto do ponto de vista geometrico como do de va

riacao volumetrica.

7 - ALTERNATIVAS DE ZONEAMENTO DA BARRAGEM E SUGESTAO PARA

MACHADINHO

0 zoneamento de barragens de enrocamento com face de concreto ,

tem sido orientado por doffs aspectos geotecnicos : deformabilida

de e permeabilidade , visando reduzir ao minimo as movimentos da

face de concreto e obter permeabilidade crescente no sentido de

jusante,com o prop6sito de assegurar a estabilidade do corpo

da barragem durante uma eventual percolacao atraves do macigo

da barragem , antes da execucao da membrana impermeavel . Os zonea

mentos resultantes desse criterio tem apresentado algumas solu-

g6es alternativas levando - se em consideracao condico-es particu

lares de cada obra conforme apresentados na Figura 6.

Na solucao alternativa proposta para Machadinho, apresentada na

mesma figura , procurou - se estabelecer um zoneamento que, basea

do nos aspectos de comportamento dos enrocamentos acima preconi

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zados, fosse capaz de satisfazer as necessidades de deformabili

dade e permeabilidade imposta pelos criterion de projeto,

Especial atencao foi dada no sentido de minimizar a deformacao

longitudinal do corpo da barragem para reduzir as aberturas das

juntas perimetrais e juntas verticais entre lajes nas ombreiras.

Os movimentos das lajes tem maior consegUencia nas regioes iun

to ao pe do talude de montante onde ligaqoes com o plinto sao

feitas atraves de vedajuntas e ainda nas ombreiras onde os des

locamentos das lajes nessa regiao sao resultantes de deforma -

g6es longitudinais acumuladas do macico de enrocamento.

A zona mais nobre de enrocamento grosso (E2) da secao transver-

sal da barragem e colocada sob a parte inferior da laje com o

talude de jusante desta zona coincidente com o piano perpendicu

lar a membrana impermeavel. Esse zoneamento fica valido tanto

para a segao no leito do rio (secao maxima) como para ambas as

ombreiras

8 - OBSERVACOES FINAIS

Apesar de uma barragem de enrocamento com face de concreto ser

uma estrutura simples, constituida de um unico material natural,

a previsao de seu comportamento no que diz respeito a deforma -

cao do macico continua sendo uma tarefa dificil.

No caso da Barragem de Machadinho, a nao compreensao razoavel

do comportamento do macico de enrocamento implica na dificulda-

de de previsao adequada do comportamento da Barragem na regiao

pr6xima a zona de enrocamento lancado.

Muito embora exista uma certa consciencia de que as def^rmagoes

que venham a ocorrer, possam ser perfeitamente absorvidas pelos

elementos de vedacao das juntas, considera-se fundamental o

questionamento do comportamento das obras concluidas, ja que es

tas servirao como modelo.para os futuros projetos.

A comparacao das deformacoes transversais observadas durante o

enchimento dos reservatorios das Barragens de Cethana e Foz do

'Areia, com as calculadas pelo metodo dos elementos finitos com

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modelos reologicos simplificados demonstrou forte interferencia

do coeficiente de Poisson no comportamento das Barragens de en

rocamento com face de concreto. Esta analise te6rica demonstrou

tambem a possibilidade remota do enrocamento possuir a anisotro

pia de deformabilidade acentuada, pelo menos durante a fase de

enchimento do reservat6rio.

Para finalizar considera-se que ha necessidade imediata de se

investigar a variacao do coeficiente de Poisson nos diversos estados de tensoes, em laboratorios, aterros experimentais e em

prot6tipos com instrumentacao dirigida para este fim. Uma vez

concluida esta etapa da investigacao, poder-se -a estabelecer ummodelo reol6gico mais adequado, onde sejam considerados tambem,

os efeitos de interacao laje-enrocamento, a variacao do modulo

de deformabilidade com o nrvel de tenses e ainda o efeito de

"deformacao lenta" dos enrocamentos.

9 - AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a ELETROSUL e ao CNEC, pelos recursos colo

cados a disposicao. Em especial, a equipe tecnica do Setor de

Mecanica dos Solos da ELETROSUL, responsavel pela execugdo das

analises pelo metodo dos elementos finitos e ao Eng9 Nelson Pe-

reira do CNEC, pela elaboracao de varios dados publicados nes

to trabalho.

10 - BIBLIOGRAFIA

1 - BOUGHTON, N. (1970) - "Elastic Analysis for Behavior of

Rockfill" - Journal of the Soil Mech. and Found., ASCE,

Sept. 1970.

2 - FITZPATRICK, M.D., LIGGINS, T.B. e BARNETT, R.H.W. (1982)-

"Ten Years Surveillance of Cethana Dam" - 14th Congress

on Large Dams , Vol. 1, Rio de Janeiro, 1982.

3 - FITZPATRICK, M.D., LIGGINS, T.B., LACK, L.J. e KNOOP,B.P.

(1973) - " Instrumentation and Performance of Cethana Dam"

- 11th Congress on Large Dams, Vol. 3, Madrid, Junho 1973

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4 - MELLO, Victor F.B. de (1981), "As Licoes de Foz do Areia

Para Barragens Altas" - Revista Construcao Pesada, Abril

1981.

5 - PENMAN, A.D.M. - (1982) - "Materials and Construction

Methods for Embankment Dams and Cofferdams" 14th Congress

of Large Dams, Vol. IV, Rio de Janeiro, 1982.

6 - PINTO, Nelson L. S., MATERON, B e MARQUES FILHO, Pedro -

"Design and Performance of Foz do Areia Concrete Membrane

as Related to Basalto Properties", 14th Congress on Large

Dams, Vol. , Rio de Janeiro, 1982.

7 - SIGVALDASON, O.T., BENSON, R.P., MITCHELL, G.H. e

EICHENBAUM, H. (1975), "Analysys of the Alto Anchicaya

Dam Using the Finite Element Method" - International

Symposium , Criteria And Assumptions for Numerical

Analysis of Dams, Swansea , U., Sept. 1975.

8 - STEELE, I.C. e COOKE, J.B. - (1958) - "Rockfill Dams: Salt

Springs and Lower Bear River Concrete Face Dams ", Journal

of the Power Division, ASCE, August. 1958.

9 - WILKINS, J.K. - (1968) - "Decked Rockfill Dams" - Civil

Engineering Transactions, The Inst. of Engineers , Austra

lia, Vol. CE10. No. 1, April, 1968.

10 - WILKINS, J.K., MITCHELL, W.R., FITZPATRICK, M.D. e LIGGINS,

(1973) - " The Design of Cethana Concrete Face Rockfill

Dam", 11th Congress on Large Dams , Vol. 3, Madrid,

Junho 1973,

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OGL' Dc6 9 OOO'996 9

2

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'V 'v TEMSAO VERTICAL (t/J)

e0

0

U)

400

60 t0 100 200

il^ ^ ^ •\

\ •, 1

\ al

\•. a.

1

i t I 11d 1

Io

N

^^ 1

17V• N Vd;N 1 I

^I

NOTA AS CURVA3 IN REPRE3ENTAM RECALQUC ^IPERPENDICULARES A FACE VERSUS TEN SPRINCIPAIS MAIORES , OBSERVADO3 DIAIANTEENCNIMENTO DO RESERVAT0RIO.

1 I

W I

2

W

3

4

5

6

CURMAS BARRAGENSESPES. DEL ANCAM .

VARIACAO LITOLOGICA

I a FOZ DO AREIA 0,00 ID : INTERCALACAO DE BASALTO DENSO E BRECMA MSALTICA

I e SALTO SANTIAGO 1,6n^BASALTO DENSO ( 50),BAS. VESiCULD AMNIOAL04DAL(44)E

BRECNA SASALTICA (6 )

I a SALTO O3O IO 1,9w SASALTO SAO

U a FOY DO AREIA 1, 61a 18 BASALTO DENSO

II b SALTO SANTIAGO I , 6M BASALTO DENSO ( 7) E BAS . VESICULD AIieDALOIDAL (27)

Tff a F02 DO AREIA O, 8 m I B. E I D.

M b FOZ OO AREIA O,B Ia I S COM INFLU NCIA DE I D

IIIO SALTO SANTIAGO 0, SIaBASALTO DENSO ( 49),BAS 3 CULD AMGOALOIDAL (42) E

BRECNA BASALTICA (3 )

IY FOZ DO AREIA O,S. I B: SASALTO DENSQ

083. 09 NUMEROS EM PAREXTESE3 INOICAM PORCEMTAQEN APROXIMADA DE MISTURA3 OE CAOA UTOLOQIA

FIG. 4 - RECALOUES OBSERVADOS DOS ENROCAMENTOS DE BASALTO

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0'4U-QGCQCL20

26 3

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230 ZONA I - PEDRAS PROCESSADA3 GEM

GRADVADAI 1 MA. = 22,50m.ZONA 3A-ENROCAMENTO GEM $RADUADO

0 MAX. '60cm

ZONA 3S-ENROCAMENTO 0 MAX. 00 co

ARMA;AO DE ENROCAMENTO

CETHANA

COGERTURA DE SOLO

I - PEDRAS GEM GRADUADAI 0 MAX 30so

D - MELNOR MATERIAL GEM GRADUADO

0 MAX. - 60cm

E - IGUAL A ZONA D, NAI CON FINDS.

F -ENROCAMEMTO CON /MAX . SUP.A 00 co.

335

ALTO ANCHICAYA

740

FOZ DO AREIA

COSERTURA DE SOLO

WIC- ENROGAMENTO DE 6AMLTOMACIyO

I0 - INTERCALA; O OE GASALTOMACIQO

E BRECNA

US - PEDRAS PROCESGAOAS / MAX. ISCm

EI - ENROCAMENTO LANCADO

E2 - ENROCAMENTO GEM GRADUADO DE

BASALTO MACICO.

E3- ENNOC . DE GAS . MACICO 0 MAX. SOcm

E4- ENROC . DE SAS.MACI000 MAX.3{OOm

E6 - INTERCALACAO DE SASALTO MACHO

E GRECHA

T VT2 - PEDRAS PROCEI3ADA3 0 MAX. ISom E

376 O MAX. $ SM.

MACHADINHO (ALTERNATIVA PROPOSTA)

FIG. 6 - SECOES TRANSVERSAIS TIPICAS DAS BARRAGENS DE ENROCAMENTO COMPACTADO.

(050m)

I.1 1.26

I W LC l I D

810O (1.SOm) (0./0

M) (O.GOM)

^• t •r•'

IC

(1.60m)

264