1. Apresentação ________________________________________________________ 2
2. ResumoExecutivo____________________________________________________ 3
3. ContextualizaçãodoAgronegócio________________________________________ 5
4. Projeções ___________________________________________________________ 6
Grãos _____________________________________________________________ 6
Algodão______________________________________________________________8
Feijão _______________________________________________________________ 12
Milho_______________________________________________________________16
Soja _______________________________________________________________ 20
Sorgo_______________________________________________________________24
Trigo_______________________________________________________________27
Banana_______________________________________________________________31
Batata_______________________________________________________________34
Café__________________________________________________________________38
Cana‐de‐açúcar________________________________________________________43
Carnebovina_________________________________________________________47
Carnedefrango________________________________________________________52
Carnesuína__________________________________________________________56
Celulose____________________________________________________________60
Laranja ______________________________________________________________ 64
Leite_________________________________________________________________67
Limão_______________________________________________________________73
Manga______________________________________________________________76
Mel________________________________________________________________79
Ovos________________________________________________________________81
Tangerina____________________________________________________________85
Tomate ___________________________________________________________ 88
5. ReferênciasBibliográficas_______________________________________________92
SUMÁRIO
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Paraaelaboraçãoda3ªediçãododocumentoProjeçõesdoAgronegócioMineiro2017a 2027foramutilizadosdadoshistóricos,apartirdeumasérietemporal,naexpectativadesinalizaçãodetendênciasquepermitamidentificartrajetóriaspossíveis,bemcomoestruturarvisõesdefuturodoagronegócionocontextoestadual.Noentanto,acreditarqueofuturoserátraçadocombasesnosdadospassadosenosrecentes,semlevaremconsideraçãooutrasvariáveis,implicaforteriscodeumaleituradistorcidadocenáriofuturo.
Para o próximo decênio, a procura por ganhos de escala, a inovação tecnológica(biotecnologia,informação,agriculturaepecuáriadeprecisão),asegmentaçãoeprofissionalizaçãodeprodutores,amodificaçãonocomportamentodosconsumidoresenoprocessodedistribuiçãosãofatosamplamenteconhecidosedeelevadosignificadoparaodirecionamentodoagronegóciofuturo. Há que se considerar, também, a importância climática no processo produtivo e nosresultadosdaagropecuária.
Mesmodiantedacomplexidadedesefazerprojeções,elassãoimportanteseummarcoreferencialparaosagentesdosgovernosedosegmentoprivado.Esseéumrelevanteinstrumentona hora de formular estratégias para o desenvolvimento do agronegócio e para avaliar ospossíveis caminhosquepossamser tomados.Assim,estedocumento contémestimativas sobreprodução,áreaplantada,númeroefetivodorebanho,exportaçãoeimportaçãofutura,baseadaseminformaçõesdeperíodospassados.Mesmoassim,estaediçãomantémopropósitodeindicardireçõesdodesenvolvimentoefornecersubsídiosaosformuladoresdepolíticaspúblicasquantoàstendênciasdosprincipaisprodutosdoagronegócionoestado.
Nesta3ªediçãoestedocumentocontoucomacolaboraçãodetécnicosdaSecretariadeAgricultura,PecuáriaeAbastecimentodeMinasGerais(Seapa),daEmpresadeAssistênciaTécnicae Extensão Rural (Emater‐MG), da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Epamig) e do InstitutoMineirodeAgropecuária(IMA),quecooperaramnasdiversasfasesdapreparaçãodestaediçãodoProjeçõesdoAgronegócioMineiro2017a2027.
APRESENTAÇÃO
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OdocumentoProjeçõesdoAgronegócioMinasGerais2017a2027,elaboradopelaSeapa,emparceriacomassuasvinculadas(Emater‐MG,IMAeEpamig),emsua3ªedição,apresentaastendênciasparaosprincipaisprodutosagrícolasepecuáriosparaopróximodecênio.Osprodutosdoagronegóciomineiroanalisados,prospectivamente,foram:grãos(algodão,feijão,milho,soja,sorgoetrigo),café,celulose,batata,cana‐de‐açúcar,tomate,ovos,leite,carnes(bovina,defrangoesuína),melefrutas(banana,manga,limãoetangerina).Aanáliseocorreuapartirdaaplicaçãodemodelosestatísticosdesériestemporaisemumasériehistóricade20anos,queestimouocomportamentodosprodutos,nasvariáveisdeárea,produção,exportação,importação,vacasordenhadaseanimaisabatidos.Osresultadosdasprojeçõesdebaseagrícolaepecuáriamostraram‐semajoritariamentepositivos, justificadosemsuagrandemaioriapeloaumentode suasprodutividades.Esseganhoresultará em uma maior disponibilidade dos produtos do agronegócio no mercado interno econtribuiránaampliaçãodenegócioscomparceiroscomerciaisinternacionais.
É oportuno registrarquetaisprojeções,porestaremlastreadaspormodelosestritamenteestatísticos,podemsofreralteraçõesdecorrentesdevariáveisrelacionadasàscondiçõesclimáticas,conjuntura mundial e o próprio mercado, que eventualmente podem gerar instabilidades,alterandoasexpectativasapuradas.Mesmocomessas limitaçõeséadequadaasinalizaçãodospossíveiscaminhosparaoagronegóciomineiro,portanto,segueasíntesedasprojeçõesparaosprincipaisprodutos:
• Aproduçãodegrãosteráumcrescimentode17,6%,oquelevaráa16,8milhõesdetoneladas(t),em2027.Omilhoeasojacontinuarãocompondoamaioriadosgrãosproduzidosnoestado(75,0%),principalmentepelademandadasindústrias“esmagadoras”desojaepelaexpressividadedapecuáriamineira.Omilhoatingiráopatamarde6,9milhõesdet,comoaumentodaproduçãodomilho safrinha. Para a sojaprojeta‐seumaproduçãode5,8milhõesdet,em2027,emumaárea23,0%maiorqueasafra2016/17.Ocrescimentodaáreacultivadadesojadeveráocorrer,principalmente,nasáreasdeplantiodomilho1ªsafra.
• Aexpectativaédeumganhodeprodutividadeparaocafé,ouseja,tendênciadediminuiçãodaáreacomaumentonaprodução.Jánocasodacana‐de‐açúcar,háindicativosdeaumentoem54,9%daáreae62,4%daprodução,tambémcomganhosdeprodutividade.
• O sorgo e o trigo obtiveram significativo destaque nessas estimativas, com projeçõesapontandoganhosnaprodução.
• Paraabatataestima‐sequeaáreasemanteránomesmoníveldasafra2016/2017.Emrelaçãoaprodução,projeta‐seumaumentode22,3%,alcançando1,5milhãodet,ouseja,éesperadoumganhoexpressivodeprodutividade.
• Todasasfrutasanalisadas,banana,manga,laranja,limãoetangerinaapresentaramganhosdeprodução.Essesindicativossinalizamqueafruticulturapoderáserumaopçãopromissoraparaatividadeagrícolanoestado.
• Paraacarnebovina,projetam‐se,paraoanode2027,resultadosmenospromissorestanto
RESUMO EXECUTIVO
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naquantidadede animais abatidos comonaproduçãode tonelada equivalente carcaça(tec). Esses resultados estão relacionados às perdasnonúmerode cabeçasdo rebanhobovinoestadual, decorrentesdasúltimas secasocorridasemMinasGerais.Noentanto,háumotimismonaprojeçãodaproduçãodecarnedefrangoedeanimaisabatidosque,em2027,seráde1,3milhãodete656milhõesdecabeças,respectivamente.Avariaçãonoperíodo seráde35,1%naproduçãode carneede35,5%paraonúmerode frangosabatidos.Oprognósticotambéméfavorávelparaosetorprodutivodecarnesuína.Oestadodeveráenviaraoabate8,1milhõesdecabeçaseproduzir707miltdecarne.Omesmonãoé identificadoparaaaviculturadepostura,quesinalizaumdeclíniononúmerodeavesalojadase,consequentemente,reduçãonaproduçãodeovos.
• Ovolumedeleiteprojetadoéde12,0bilhõesdelitroseaprojeçãoestabelecidaparaospróximosdezanosédeumavariaçãopositivade23,1%.Apossibilidadedeampliaçãodofornecimentodeprodutoslácteosparaomercadoexternoéumavariávelimportanteaserconsideradanessaperspectiva.
• A atividade apícola já está consolidada no estado e tem indicativos de resultadosextremamentepositivostantonaproduçãocomonaexportaçãoparaopróximodecênio.
• Aexpansãodeflorestasplantadassedarápelademandadaproduçãodepapelecelulosebemcomodecarvãovegetal.
• Aproduçãodetomate(industrialemesa)tenderáasemanterconstante.
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Aagriculturasemprefoieserádependentedascondiçõesdanaturezae,semdúvida,essadependênciavem,aolongodosséculos,impondoaostécnicoseagricultoresnãosomenterespeito,mas,acadadia,novosemaiscomplexosdesafiosasuacapacidadederomperbarreiraselutarporumavidamaisdignaesaudável.
Hoje, mais do nunca, os desafios se ampliaram por força dos impactos das mudançasclimáticas e das novas demandas impostas pela sociedade, urbanizada, em conformidade comos padrões éticos mais exigentes em respeito à natureza e à alimentação humana saudável,consubstanciadanapráticadeumaagriculturamodernaesustentável.
Anovadinâmicadoconhecimento integradaàmodernizaçãono instrumentaldegestãodainformaçãoviasensoriamento,automaçãoemonitoramentodigital irámudarradicalmenteapaisagemruraldomundoeatingirátodososprodutores indistintamente,nãoimportandoasuacategoria–sepequeno,médioougrande.
Essas mudanças evidenciam um novo padrão tecnológico da produção, muito maisdinâmico, que consideramais intensamente os novos padrões de consumo, a integração entrecadeiasprodutivas,especialmentenosegmentodaproduçãoprimáriaeaquestãodaidentificaçãodeorigem(rastreabilidade).
Consideradaessanovadinâmica,vê‐sequeoperíodoatualéderevoluçãonastecnologiasenosprocessosagrícolas,semprecondicionadosàbuscadeavançosnamelhoriadaprodutividade,nareduçãodosdesperdíciosde insumos,menoresriscosdecontaminaçãohumanaeambientaleempregocrescentedaInternetdascoisas(IoT internet of things).Esta,amparadaemredesdesensoressemfioedeanálisededadosemnuvem,cadavezmaispresentenosmercadosemtodoomundo.
A inovaçãotecnológicaéconsideradaumadasmelhoresalternativasparadarsuporteàexpansãodoagronegócio.Nessecontexto,osdomíniosdoconhecimentoedainformaçãopassamaservariáveisfundamentaisnadeterminaçãodopodernasrelaçõescomerciais,jáqueosavançoscientíficospossibilitamincrementosnasmudançastecnológicas.
Por outro lado, o grande desafio será incorporar conhecimento e tecnologia de formacontínuaaosprocessosprodutivosedetransformação,sejanaindústria,naatividaderuralounaprestaçãodeserviços.
Assim,derivadosde inovaçõestecnológicasosprocessosprodutivosestãopassandoporprofundasmodificações.Contínuosecrescentes,essesprocessosafetamosdiversoscamposdaatividadehumana,comoopolítico,otecnológico,ocomercial,osocioambientaleoeconômico,commaioroumenorintensidadeecomtendênciadecontinuaremritmomaisintenso.
Nessaperspectiva,oestadodeMinasGerais,precisaestarcadavezmaisestruturadoepreparadonoseuâmbitointerno,deformaaatenderosrequisitosetendênciasdoagronegócioe,assim,consolidareampliarsuaparticipaçãonomercadointernoeexterno.
CONTEXTUALIZAÇÃODO AGRONEGÓCIO
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Os grãos são, semdúvida nenhuma, os componentesmais importantes na alimentaçãohumana. Alémde compor amaior parte da dieta humana, eles são ingredientes fundamentaisdas rações fornecidas aos animais. Também, em inúmeros casos, entram na fabricação debiocombustíveisegeraçãodebioenergia.Outravertente importantesãoos subprodutosdestesgrãos aproveitados nosmais diversos usos e funções, que vão desde a alimentação humana eanimalatéousocomofertilizante.
Paraasafra2016/2017oBrasilproduziu238,8milhõesdetdegrãos,oquerepresentouumcrescimentode28,0%,emrelaçãoàsafraanterior.
Minas Gerais possui uma produção bastante diversificada de grãos, produzindo,principalmente,milho,feijão,soja,algodão,trigo,sorgo,amendoim,girassolemamona(6,0%daproduçãonacional).Aáreacolhida,em2017,foide3,4milhõesdeha,produzindo14,3milhõesdet,concentradasemsuamaiorpartenasregiõesNoroesteeTriângulomineiro(Figura1).
Figura1‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodegrãos
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
Asojaeomilhoocuparamposiçãodedestaquetantoemáreaplantadacomonovolumedeproduçãoejuntosrepresentarammaisde88,0%daprodução.
Aproduçãodasojaserestringeàsafradeverãoeomilhonormalmenteemduassafras,sendoqueasafrinhadomilhovemcrescendonoestado.Ofeijãoécultivadoemtrêssafras(verão,secae inverno), sendoade inverno cultivada comusode irrigação.Algunsgrãos, como trigoeaveia,sãousadosparacomporsistemasdeproduçãonoinvernoetêmpermitidobonsganhosdeprodutividadenassafrasdeverão,evitandoqueosolofiqueexpostoeagregandomatériaorgânicaaosistemaprodutivo.
Oplantiodiretodegrãoseasintegraçõeslavoura‐pecuáriatêmtrazidoganhosimportantes,tantoambientaiscomoeconômicosetendemasermaisutilizadosnofuturo,visandominimizarosefeitosdosconstantesdéficitshídricosedaconservaçãodo solo.Noestado,osmunicípiosquemaissedestacamnaproduçãodegrãosestãosituadosemáreasdeboatopografia,oquefacilitaa
GRÃOS
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mecanização,desdeoplantioatéacolheita,destacando‐seoscincoprimeirosdatabela1.
Tabela1‐Principaismunicípiosprodutoresdegrãos
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
Unaí NoroestedeMinas 996,00 6,99
Uberaba Triângulo 815,76 5,72
Paracatu NoroestedeMinas 586,30 4,11
Buritis NoroestedeMinas 556,70 3,91
Coromandel AltoParanaíba 444,50 3,12
Total 3.399,26 23,84
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
Asprojeçõesdegrãosapresentamumcrescimentomédioanualde0,6%naáreacolhidae1,6%naprodução,oquelevaráparaospróximos10anosumaumentode6,0%daáreae17,6%daprodução,passandodosatuais3,4milhõesdehapara3,6milhõesdehaem2027eaproduçãode14,3milhõesdetpara16,8milhõesdet(Tabela2).Osresultadosprojetadospodemsersuscetíveisàs variações climáticas e, alémdo fato dequemuitos desses grãos são commodities, portanto,influenciadospelomercadoespeculativo.
Tabela2–Projeçõesdeáreaedeproduçãodegrãos
Ano Área Colhida (mil ha) Produção (mil t)
2017 3.404 14.315
Projeção2018 3.299 13.594
2019 3.334 13.954
2020 3.368 14.314
2021 3.402 14.674
2022 3.436 15.034
2023 3.470 15.394
2024 3.505 15.754
2025 3.539 16.114
2026 3.573 16.474
2027 3.607 16.834
2017/2027 Área colhida (mil ha) Produção (mil t)
Variação no período (%) 5,99 17,60
Taxa de cresc. anual (%) 0,58 1,63
Cabeobservarqueaexpansãodaproduçãosedaránãoapenasnasáreasdepastagens,utilizando‐se do sistema de integração lavoura‐pecuária, mas também pelo aumento daprodutividade.Outro fator que contribuirá na eficiência da atividade é o uso da tecnologia, darobóticaedossoftwares,ouseja,aagriculturadeprecisão.Todosessesinstrumentospermitirãoumaavaliaçãoemtemporealdaplanta,dosoloedaspragas,permitindoaoprodutorumaprecisatomadadedecisão.
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Ocultivodealgodãopassoudepequenas áreas com intensautilizaçãodemão‐de‐obraparagrandesáreasplanasemecanizáveis.Esseprocessoocorreu,nasúltimasdécadas,comumareduçãoacentuadanaáreacultivadanoNortedeMinas.Paraquantificaressareduçãodaatividade,em1997,22,8milhaforamcolhidos;jáem2017,apenas4,4milha.Houveumamigraçãodocultivodo algodãopara as regiões doAlto Paranaíba e doNoroeste, onde a cotonicultura empresarialfoi instalada. Deve‐se considerar que, além das questões de mercado e tecnológicas, a perdadecompetitividadedosprodutoresdoNortenadécadade80 tambémestá relacionadaà forteinfestaçãodapragadobicudodoalgodoeiroeàfaltaderecursosdosprodutoresparaoseucombate.
Amudançanoperfildocotonicultornãofoisuficienteparaalterarareduçãodaatividadenoestado.Em1997,ocultivosedeuem56,1milhae,em2017,foramcultivadosapenas19,2milha.Dentreos fatoresque contribuírampara a substituiçãoda cotoniculturaporoutras culturasfoi o seu elevado custo de produção. Outro fator limitante foi o expressivo investimento emmáquinaseequipamentosparaoprocessodecolheita,bemcomoainfraestruturanecessáriaparaobeneficiamento(algodoeiras).Essasvariáveislimitaramaexpansãodaculturanoestado.Detodomodo, a atividade permanece sendo cultivada em grandes extensões de área, principalmente,noAltoParanaíbaeNoroestedeMinas(Figura2).AregiãoNortemanteveaspequenasunidadesprodutivas,comaexceçãodeumasignificativaproduçãoemSãoRomão.
Figura2‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodealgodão
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
Os principais municípios mineiros produtores de algodão são Coromandel, no AltoParanaíba,SãoRomão,noNortedeMinas;PresidenteOlegário,SãoGonçalodoAbaetéeUnaí,noNoroestedeMinas(Tabela3).
ALGODÃO
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Tabela3‐Principaismunicípiosprodutoresdealgodão
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
Coromandel AltoParanaíba 13,5 22,4
São Romão NortedeMinas 12,7 21,1
PresidenteOlegário NoroestedeMinas 10,1 16,7
SãoGonçalodoAbaeté NoroestedeMinas 7,8 13,0
Unaí NoroestedeMinas 6,8 11,3
Total 50,9 84,5
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
ApesardeMinasGeraisestargeograficamentebemlocalizadoepossuiroterceiroparquetêxtilbrasileiro,aproduçãomineiracorrespondeapenasa1,6%daproduçãonacional.MesmocomosesforçosdoGovernodeMinasGerais,porintermédiodoProgramaMineirodeIncentivoàCulturadoAlgodão(Proalminas),daAssociaçãoMineiradosProdutoresdeAlgodão(AMIPA)eAssociaçãoBrasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA), trazendo incentivos e vantagens competitivasà produção do algodão, ainda sim, a demanda da indústria têxtil do estado não foi atendidasuficientemente.
MatoGrossoeBahiaforamosgrandesresponsáveispelocrescimentodaatividade.Oavançodaprodução,nessesestados,esteveancoradoemumnovosistemaprodutivobaseadoemgrandesextensõesdeáreasemecanizadodoplantioàcolheita.Comisso,aprodutividadebrasileiracresceu,ultrapassandoasmédiasobtidaspelosprincipaispaísesprodutores.
Hoje, a produção interna gera excedentes consideráveis. O Brasil passou a ter umaimportanteparticipaçãonocenáriomundial.EmMinasGerais,aproduçãodoalgodãoemcaroço,nosúltimosanos,nãoobtevealteraçãosignificativa,noentanto,ospreçospercorreramgrandesoscilaçõeseforaminfluenciadospelademandaeofertamundial.
Gráfico1‐Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdealgodãonomercadonacional
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.Fonte: Cepea/USP. *R$/libra-peso convertidos para R$/@. Deflacionado pelo IGP/DI.
Deacordocomaprojeção,nospróximosdezanosaproduçãodealgodãoemcaroçodeverá
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declinar em 7,7% e crescer em 4,0% na pluma (Tabela 4). Estima‐se assim um crescimento norendimentonaproduçãodepluma.
Uma alternativa que vem sendo adotada pelos cotonicultores e que pode contrariar aprevisãodedeclínioéaadoçãodarotaçãodeculturas,poisessesistemaproporcionaaproduçãodiversificadadealimentosefibras.Essapráticamelhoraascaracterísticasfísicas,químicasebiológicasdosolo;auxilianocontroledeplantasdaninhas,doençasepragas;repõematériaorgânica;protegeosolodaaçãodosagentesclimáticoseajudaaviabilizarosistemadeplantiodiretoeseusefeitosbenéficossobreaproduçãoagropecuáriaesobreomeioambiente.
Outrapossibilidadedeaumentodaproduçãoéacotoniculturairrigada,quevemocorrendoem algumas propriedades, garantindo a estabilidade da produção e possibilitando ganhosexcepcionaisdeprodutividade,secomparadoscomosdaagriculturadesequeiro.
Tabela4‐Projeçõesdeáreaedeproduçãodealgodão
Ano Área Colhida (mil ha) Prod. caroço (mil t) Prod. pluma (mil t)
2017 16 60 24
Projeção2018 10 70 28
2019 7 68 28
2020 5 67 28
2021 3 65 27
2022 1 63 27
2023 ‐ 62 27
2024 ‐ 60 26
2025 ‐ 59 26
2026 ‐ 57 25
2027 ‐ 55 25
2017/2027 Área colhida (mil ha) Prod. caroço (mil t) Prod. pluma (mil t)
Variação no período (%) ‐100 ‐7,67 4,04
Taxa de cresc. anual (%) ‐100 ‐0,79 0,40
Estima‐seaumentonataxamédiadecrescimentoanualde1,3%nasexportações,alcançando18,7mil tem2027.Atualmente,aomercadoexternosãodestinados127NCM’s (NomenclaturaComumdoMERCOSUL)dogrupoalgodãoeprodutostêxteis.Em2016,foramexportadas12miltegeraramumareceitadeUS$7,2milhões,sendoqueaArgentina,tradicionalmente,figuracomooprincipalimportadordessegrupodeprodutos,comumaparticipaçãodeaproximadamente44,4%nototalexportado.
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Tabela5‐Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodealgodão
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 16.432 ‐
2018 16.661 ‐
2019 16.890 ‐
2020 17.119 ‐
2021 17.348 ‐
2022 17.577 ‐
2023 17.806 ‐
2024 18.035 ‐
2025 18.264 ‐
2026 18.493 ‐
2027 18.722 ‐
2017/2027 Exportação (t) Importação (t)
Variação no período (%) 13,94 ‐
Taxa de cresc. anual (%) 1,31 ‐
Aalternativaparaaexpansãodaexportaçãonoestadoéabuscanamelhoriadaeficiênciadoprocessoprodutivo,comganhosemprodutividadeequalidade,gestãocomvisãoempresarialemelhoriasnosprocessos.
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O feijão é um produto alimentar típico da população brasileira, sendo os tipos maisconsumidosofeijãodecor(Phaseolus vulgaris)eofeijãofradinho(Vigna unguiculata).Mesmoopaísestandoentreosmaioresprodutoresdestegrão,ocorremeventuaisimportaçõesparasuprirademandainterna.EmMinasGerais,prospecta‐seaproduçãomaiorqueademanda,comexportaçãodoprodutoeraraimportação.
A culturado feijãoestápresenteem todoo estado,mesmohavendoalgunsmunicípiossemregistrodeproduçãoemescalacomercial.ONoroestedeMinaséomaiorprodutorestadualdestegrão.(Figura3).Osquatroprincipaismunicípiosprodutoresdessaregiãototalizam27,6%daprodução(Tabela6),devidoaoempregodairrigaçãoealtatecnologianoprocessoprodutivo.
Figura3‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodefeijão
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
Tabela6‐Principaismunicípiosprodutoresdefeijão
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
Unaí NoroestedeMinas 71,1 13,1
Paracatu NoroestedeMinas 45,0 8,3
Guarda‐Mor NoroestedeMinas 17,8 3,3
BonfinópolisdeMinas NoroestedeMinas 15,7 2,9
MadredeDeusdeMinas Central 14,4 2,7
Total 164,0 30,3
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
A mosca branca (Bemisia tabaci e Bemisia argentifolli) tem provocado prejuízos naprodução, aumentando o custo. O vazio sanitário torna‐se uma alternativa para minimizar osefeitosdapraga.No períodode 20 de setembroa 20 deoutubro,não é permitidaaexistênciade plantasvivasde feijoeiroemáreasde cultivo,sobo sistemade irrigaçãoou qualquer outramodalidade de cultivo. A semeadura ficou limitada a junho, reduzindo em ummês e meio ocalendáriotecnicamenterecomendávelaoplantio.NoNoroeste,essefatodiminuiuaproduçãodefeijão,secomparadocomdadosdeanosanteriores.MadredeDeusdeMinasapareceemquinto
FEIJÃO
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lugarsuperandoBuritis,que,em2016,ocupavaessaposição.
Ofeijãode1ªsafraéplantadonoperíododaságuas,semousodeirrigação,concorrendocomoplantiodemilhoesojaemostraumatendênciadediminuirsuaáreadeplantio.Porém,autilizaçãodecultivaresmaisprodutivaslançadaspeloconsórciocompostopelaEmpresaBrasileiradePesquisaAgropecuária(Embrapa),UniversidadeFederaldeLavras(Ufla),UniversidadeFederaldeViçosa(UFV)eEpamig,tempropiciadooaumentodaproduçãomesmocomadiminuiçãodeárea.
A 2ªsafraplantadanoperíododaseca,apartirdefevereiro,podeserirrigadadeformacomplementaroumesmoplantadasemirrigação,comriscosdefrustraçãodesafra,devidoaoclimaesegueamesmatendênciada1ªsafradediminuiçãodeáreacomaumentodaprodução.Omilhosafrinha,osorgoe,recentemente,otrigoconcorremcomofeijãonesseplantio.
A3ªsafraouplantiodeinvernoexigeirrigaçãototal.Nesseplantio,ofeijãoéaculturamaisimportantedeinvernonoestado.
Ofeijãoéconsideradoumprodutoinelástico,ouseja,mesmoaumentandoasquantidadesofertadasereduzindoospreços,arespostanademandamantém‐sepraticamenteinalterada,semsubstituto.Oconsumidor,quandocompraofeijão,independentedopreço,levasempreamesmaquantidade.Seademandasemantémconstante,avariaçãodepreçoocorredevidoàoferta.Ográfico 2mostra a variação dos preços do feijão. Coma produçãomuito próximado consumo,qualquer mudança climática que venha afetar a produção torna‐se causa de oscilação na suacotação,quepodeserminimizadacomoestoquedepassagem,que,porsuavez,éinfluenciadopelaexportaçãoe/ouimportaçãodoproduto.Éimportantesalientarqueofeijãotipocariocanãosuportaperíodosprolongadosdeestocagem.
Gráfico2‐Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdofeijãonomercadonacional
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.
Fonte: Cepea/USP. *Saca de 60Kg (R$/sc. Deflacionado pelo IGP/DI.
AculturadofeijoeiroérealizadaemMinasGeraistantoporagricultoresfamiliaresquantoporagricultoresempresariais.Tem‐seobservadoporpartedospequenosagricultoresodesejodeaumentarousodetecnologiae,comisso,asuaprodutividade.
Nosúltimos20anos,houvereduçãodaáreanas1ªe2ªsafrascomataxadecrescimentoanualnegativaem1,8%e2,2%,respectivamente,mascomaumentode0,3%e1,2%aoanona
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produção.Jána3ªsafrahouveaumentode3,9%aoanoeaproduçãoregistroucrescimentode6,0%aoanonasduasúltimasdécadas(1997a2017).
Nãoseesperagrandeaumentonademandainterna,oquevemdeencontrocomastaxasdeaumentodaprodução,mastalaumentosedarápelademandaexterna.
OsdadosprojetadosparaospróximosdezanosparaMinasGeraismostramoaumentodaáreatotal,emdecorrênciadoaumentodaáreana3ªsafra,superando,assim,adiminuiçãodasáreasdas1ªe2ªsafras.Emrelaçãoàprodução,estima‐seaumentonastrêssafras.Houveacréscimode1,9%paraáreae18,1%paraaprodução.Ataxadecrescimentoanualindicouaumentode0,2%paraaáreae1,7%paraaprodução(Tabela7).
Tabela7‐Projeçõesdeáreaedeproduçãodefeijão
Feijão 1ª safra Feijão 2ª safra Feijão 3ª safra Feijão Total
Ano *Área *Produção Área Produção Área Produção Área Produção
2017 161 195 116 167 68 182 345 545
Projeção2018 162 207 118 196 83 221 362 623
2019 158 207 118 198 85 229 357 623
2020 154 208 111 200 87 236 352 643
2021 154 208 111 200 87 236 352 643
2022 154 208 111 200 87 236 352 643
2023 154 208 111 200 87 236 352 643
2024 154 208 111 200 87 236 352 643
2025 154 208 111 200 87 236 352 643
2026 154 208 111 200 87 236 352 643
2027 154 208 111 200 87 236 352 643
Feijão3ªsafra Feijão1ªsafra Feijão2ªsafra FeijãoTotal
(2017/2027) *Área *Prod. Área Prod. Área Prod. Área Prod.
Var. no período (%) ‐4,45 6,39 ‐4,19 19,55 27,75 29,63 1,86 18,07
Taxa de cresc. anual (%) ‐0,45 0,62 ‐0,43 1,80 2,48 2,63 0,18 1,77
*Refere à área colhida (mil ha) e produção (mil t)
Emrelaçãoaomercadoexterno,hápouca importação,dadoqueoconsumidormineiropreferefeijõesdogrupovermelhoecarioca,ambosproduzidosemMinasGerais.Osfeijõespretoebranco,tradicionalmenteimportadosdaChinaedaArgentina,estãotendoreduçãodeconsumo.Deve‐seconsiderarque,quandoseutilizaummodelomatemáticoparaelaborarumaprojeção,nãoécomputado,nessaferramenta,ocomportamentodomercado,osfatoresclimáticos,biológicosedemudançadepreferênciadoconsumidor.
15
Tabela8‐Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodefeijão
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 409,0 ‐2018 432,4 ‐
2019 456,1 ‐
2020 479,8 ‐
2021 479,8 ‐
2022 479,8 ‐
2023 479,8 ‐
2024 479,8 ‐
2025 479,8 ‐
2026 479,8 ‐
2027 479,8 ‐
(2017/2027) Exportação (t) Importação (t)
Variação (%) 17,40 ‐100,00
Taxa cresc. anual (%) 1,62 ‐100,00
MinasGeraistemnasuaextensãoterritorialseugrandepotencialparaaumentaraáreade plantio e produção para a cultura do feijoeiro, como já observado nomapa (Figura 3), queresponderáademandadomercadoe/ouapreçosatrativos.Outrapossibilidadeéoplantioparaexportaçãodenovostiposdefeijão,comoofeijãoazukieofeijãomungo‐verde,destinadoparapaísesasiáticos.
16
Omilho é a culturamais cultivada domundo. Essa gramínea de origemmexicana temregistrosdecultivohámaisde8milanos,nasdiversasregiõesdogloboterrestre.Aculturaestáintimamente ligadaàalimentaçãohumanaeanimal,commaisde3milprodutosderivados.Emtemposmaisrecentes,temsidousado,também,naproduçãodebiocombustível(Etanol).
ODepartamento deAgricultura dos EstadosUnidos (USDA) revisou a projeção da saframundialdemilhoparaociclo2016/2017de1,1trilhãodetpara1,0trilhãodet.Deacordocomogovernoamericano,estima‐sequeasexportaçõesmundiaispassemde165,3milhõespara150,6milhõesdet.Osestoquesfinaismundiaisdevemserde227,0milhõesdetem2016/2017e202,5milhõesdetem2017/2018.
AsafradosEstadosUnidos,maiorprodutormundial,foide384,8milhõesdetem2016/2017eestima‐seumareduçãode3,6%paraasafra2017/2018com360,3milhõesdet.Jáasafrabrasileirapassaráde98,5milhõesdetem2016/2017para95milhõesdetnasafra2017/2018.Umareduçãode3,6%,devidoaosbaixospreçospraticadosem2017eàcompetiçãoporáreacomasoja,quedetémapreferênciadosprodutoresnasafradeverão.OsprincipaisestadosprodutoresdemilhosãoMatoGrosso, seguidodoParaná,MatoGrossodo Sul,Goiás eMinasGerais.Nesteestado,omilhopossui forte tradição,masaáreaplantadanãotemcrescido,emgrandepartedevidoàconcorrênciacomasojanas safrasdeverão,mas têmocorridobonsganhosemprodutividade,sendoquenasafra2016/2017oestadoconseguiu5.936Kg/ha,segundoaConab.Asprincipaisregiõesmineirasquemaisproduzirammilhoforam:AltoParanaíba,NoroestedeMinaseTriângulo(Figura4).
Figura4‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodemilho
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
Oscincomunicípiosquemaissedestacaram,nasregiõescitadas,somamumpercentualde18,0%emrelaçãoaototaldaproduçãoestadual,conformeatabela9.
MILHO
17
Tabela9‐Principaismunicípiosprodutoresdemilho
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
Uberaba Triângulo 387,0 5,0
Unaí NoroestedeMinas 348,0 4,5
Sacramento AltoParanaíba 257,0 3,3
Coromandel AltoParanaíba 228,2 3,0
Buritis NoroestedeMinas 174,0 2,3
Total 1.394,2 18,1
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
EmMinasGerais,deveráhavercrescimentodaordemde8,0%naáreademilhosegundasafra(safrinha),devidoaosbonsíndicesdeprodutividadeobtidosem2016/2017,quechegaramaatingir110sacasporha.Quandoconsideramosaproduçãodasafradeverão,MinasGeraiséomaiorprodutorcom909,4milha,segundoaConab.Aproduçãomineiraébastantediversificadadopontodevistatecnológico.Hápequenasáreascomcultivodevariedades,baixostand,baixaadubaçãoeproduçãoparaospaióis,bemcomograndesáreascomhíbridosaltamenteespecializados,viaderegratransgênicos,adubaçãopesadaealtatecnologiadeplantioecolheita.Essadiversidadeconstitui‐se em um grande mercado que tem espaço para todos. Com nichos tecnológicosespecíficos e consumidores variados, movimentando um volume de recursos consideráveis egerandoinúmerosempregos.
Osetordealimentaçãoanimalusaogrãodediversasmaneiras,tantonacomposiçãodasraçõescomofornecedordeenergiaàsmisturasconcentradasounosvolumosos,comonasilagemdealtaqualidade,utilizandoaplantainteiraouapenasogrãoúmido.
Comotodacommodity,opreçodomilhoébastantevolátil,comascotaçõesvariandoaosabordeummercadobastanteespeculativoenemsempreaofertaeademandaditamasregras(Gráfico3).
Gráfico3‐Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdemilhonomercadonacional
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.
Fonte: Cepea/USP. *Saca de 60Kg (R$/sc). Deflacionado pelo IGP/DI.
18
Osmercadosamericanoechinêsrespondempormaisde55,0%daproduçãomundial,e,portanto,sãoos“players”quemaisinfluenciamnomercado,respondendopelamaiorpartedosestoquesmundiais.
Atendênciaparaospróximosanosmostraumcrescimentodaprodução,emgrandepartedevidoaoavançoda tecnologia, comoaagriculturadeprecisãoquepoupa insumos,melhoraaprodutividadeeaindaproporcionaganhosambientais.Espera‐setambémumaevoluçãodossistemasintegradosdelavoura‐pecuária,tantocomoformaderecuperaçãodepastagensdegradadascomoparaaumentodaproduçãodemilho.Porém,emMinasGeraispersisteacompetiçãoporáreacomasojana1ªsafraemcondiçõesdeverão,compreçosbemmaisfavoráveisàleguminosaemrelaçãoaomilho. Pesam também contra omilho amenor liquidez e os altos custos de produção, comdestaqueparaassementes,hojecompreçoselevados.
Do ponto de vista agronômico, novas pragas e doenças, como a cigarrinha vetora doenfezamentodasplantasnomilho,fazemsubiroscustosdeproduçãoeexigemcadavezmaisdoprodutorousodetecnologiaseocontroleeficientedepragasedoenças.
As projeções paraopróximodecêniomostramqueaproduçãocrescerádeformasignificativacomapenasumpequenoacréscimodeáreaplantada.Muitodissodevidoàprofissionalizaçãodaatividadeagrícolaeaoinvestimentoemtecnologia(Tabela10).
Tabela10‐Projeçõesdeáreaedeproduçãodemilho1ºsafra,2ªsafraetotal
Milho Total Milho 1ª safra Milho 2ª safra
Ano Área Colhida (mil ha)
Produção (mil t)
Área Colhida (mil ha)
Produção (mil t)
Área Colhida (mil ha)
Produção (mil t)
2017 1.289 7.743 909 5.797 379 1.946
Projeção2018 1.263 7.217 849 5.442 409 1.790
2019 1.261 7.233 786 5.214 468 2.035
2020 1.258 7.235 718 4.956 530 2.297
2021 1.255 7.223 647 4.669 597 2.573
2022 1.252 7.197 571 4.352 668 2.866
2023 1.249 7.157 491 4.006 742 3.173
2024 1.246 7.103 407 3.630 820 3.497
2025 1.243 7.036 319 3.225 903 3.836
2026 1.240 6.954 227 2.791 989 4.190
2027 1.237 6.858 131 2.327 1.079 4.560
Milho Total
2017/2027 Área Colhida (mil ha)
Variação no período (%) ‐3,97
Taxa de cresc. anual (%) ‐0,40
Quantoàsexportaçõeseimportaçõesmineiras,astendênciasestãoligadasaodesempenhomineironaáreazootécnicacomaaviculturaeasuinoculturacomodemandantesmais intensos,
19
seguidospela tradicionalbovinoculturade leiteedenovasatividades.Oconsumohumanotemumaestreitarelaçãocomocrescimentoeconômicoedepolíticaspúblicasquepossamincentivarapopulaçãotantoaconsumirosprodutosderivadosdemilho,comocarneseovos.
Tabela11‐Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodemilho
Milho
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 295.721 6.697
2018 312.588 7.105
2019 329.455 7.513
2020 346.322 7.921
2021 363.189 8.329
2022 380.056 8.737
2023 396.923 9.145
2024 413.790 9.553
2025 430.657 9.961
2026 447.524 10.369
2027 464.391 10.777
2017/2027 Exportação (t) Importação (t)
Variação no período (%) 57,04 60,92
Taxa de cresc. anual (%) 4,62 4,87
20
Minas Gerais produziu um volume de 5 milhões de t de soja na safra 2016/2017,representando 4,4% da produção total do país, ocupando o 7º lugar no ranking dos estadosprodutoresdesoja.Apesardo incrementode6,7%naprodução,aáreacolhidafoiestimadaem1,5milhãodeha, representandoumareduçãode0,9%emcomparaçãocomasafrapassada.Oaumentodeproduçãosedeveuàprodutividademédiade3,5milkg/ha, superiorem7,6%emcomparaçãocomasafraanterior.
OsprincipaismunicípiosprodutoresestãolocalizadosnasregiõesdoNoroesteeTriânguloMineiro(Figura5).
Figura5‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodesoja
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
OprincipalmunicípioprodutordoNoroesteéUnaícom539,4miltenoTriânguloéUberaba,responsávelpor6,2%daprodução.Essesmunicípiosrepresentam17,0%dototaldesojaproduzidapeloestado(Tabela12).
Tabela12–Principaismunicípiosprodutoresdesoja
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
Unaí NoroestedeMinas 539,4 10,8
Buritis NoroestedeMinas 361,0 7,2
Paracatu NoroestedeMinas 361,0 7,2
Uberaba Triângulo 309,6 6,2
Guarda‐Mor NoroestedeMinas 209,0 4,2
Total 1.780,00 35,7
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
Aculturavemseexpandindocontinuamentenoestado,safraapóssafra.Nasafra1996/97foicolhidaumaáreade523milhacomumaproduçãode1,2milhãodet,chegandoaumaáreacolhidade1,5milhãodehae5,0milhõesde tna safrade2016/2017,oque representou,nosúltimos20anos,umcrescimentode4,3vezesnaproduçãoede2,8vezesnaáreacolhida.Deve‐se
SOJA
21
ressaltara importânciadapesquisaparaosavançosnaprodutividade,pormeiodosprogramasdemelhoramentogenético,quedesenvolveramcultivares superiores;da tecnologiademanejo,comoautilizaçãodoplantiodiretoeomanejointegradodepragasedoenças;damecanizaçãoedaagriculturadeprecisão;dentreoutrastecnologiasadotadaspelossojicultores.
Opreçodasacadasojatemtidooscilaçõesnosúltimosdezanos.Nesteano,obteve‐seumaquedasignificativade21,0%emrelaçãoàsafraanterior,cujasacafoicomercializadanamédiaporR$69,00(Gráfico4).Essefatosedeveuprincipalmenteaoaumentoconsideráveldaproduçãodesojatantonoestadoquantonopaís,ondeoBrasilproduziuumasafrarecordede114milhõesdet,em2016/17.Outrofatorquecontribuiuparaareduçãodospreçosfoiadesvalorizaçãododólarnoúltimoano.
Gráfico4‐Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdasojanomercadonacional
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.
Fonte: Cepea/USP. *Saca de 60Kg (R$/sc). Deflacionado pelo IGP/DI.
Nessasafra,houveumaumentorecordedeprodutividade,comrendimentode3,5milKg/ha,enquantoque,nasafraanterior,foide3,2milKg/ha.Nosúltimos20anos,representouumaumentode54,0%naprodutividadeporha,valoraltamentesignificativo,devido,principalmente,àstecnologiasdesenvolvidasparaacultura.
Paraospróximosdezanos,asprojeçõesapontamumaumentode14,3%naprodução,oequivalentea5,8milhõesdetdesojaaseremproduzidasnoestado,emumaárea22,8%maior,equivalente a 1,8milhão de ha na safra 2027/28. Essas projeções apontam para uma taxa decrescimentoanualde1,3%paraaproduçãoede2,1%paraaáreacolhida.Noentanto,osavançostecnológicos aplicados no desenvolvimento de novas cultivares e a expansão dos instrumentosadotadosnaagriculturadeprecisãopodemreverterosindicadoresdeproduçãoapresentadosparaopróximodecênio.
22
Tabela13‐Projeçõesdeáreaedeproduçãodesoja
Ano Área Colhida (mil ha) Produção (mil t)
2017 1.456 5.047
Projeção2018 1.416 4.372
2019 1.457 4.527
2020 1.499 4.682
2021 1.540 4.837
2022 1.581 4.992
2023 1.623 5.147
2024 1.664 5.302
2025 1.706 5.457
2026 1.747 5.612
2027 1.788 5.767
2017/2027 Área colhida (mil ha) Produção (mil t)
Variação no período (%) 22,82 14,27
Taxa de cresc. anual (%) 2,08 1,34
AChinaéomaiorimportadordegrãosdesojaeimportoudoBrasil39,4milhõesdet,nesteano,oquecorrespondea77,0%dototaldegrãosexportados.
Estima‐sequeaexportaçãomineiradesojaemgrãoscresça44,0%nospróximos10anos,enquantoadefarelocaia1,0%.
Tabela14‐Projeçõesdeexportaçãodegrão,fareloeóleodesoja
Exportação (mil t)
Ano Grão Farelo Óleo
2017 1.639.641 204.845 ‐
2018 1.711.774 204.647 ‐
2019 1.783.907 204.449 ‐
2020 1.856.040 204.251 ‐
2021 1.928.173 204.053 ‐
2022 2.000.306 203.855 ‐
2023 2.072.439 203.657 ‐
2024 2.144.572 203.459 ‐
2025 2.216.705 203.261 ‐
2026 2.288.838 203.063 ‐
2027 2.360.971 202.865 ‐
ComplexoSoja‐Exportação
2017/2027 Grão (t) Farelo (t)
Variação no período (%) 43,99 ‐0,97
Taxa de cresc. anual (%) 3,71 ‐0,10
23
OBrasiltempotencialparaultrapassaraproduçãodesojadosEstadosUnidosnospróximosdezanos,passandoaseromaiorprodutormundialdogrão,deacordocomoorelatórioPerspectivasAgrícolas2017‐2026,divulgadopelaOrganizaçãoparaaCooperaçãoeDesenvolvimentoEconômico(OCDE)eaOrganizaçãodasNaçõesUnidasparaAgriculturaeAlimentação(FAO).
Nestasafra,aprodutividademédiafoisuperioràsanteriores,tantonoestadoquantonopaís;porém,oBrasiltempotencialparaaumentaraindamaisosíndicesdeprodutividademédiadasoja,sendoumgrandedesafioparaospróximosanos.
24
OsorgopermiteaadoçãodediferentessistemasdeproduçãoemMinasGerais.NaregiãoNorte, em face às restrições e irregularidades das precipitações, predomina o cultivo do sorgoforrageirocomosafraprincipal.JánoTriânguloMineiroenoAltoParanaíba,ocultivoéfeitopormeiodedoissistemasdeprodução.OprimeirosistemaadotadoémuitosemelhanteaodoNortedeMinas,utilizandoosorgoparasilagemnoplantiodeverãopara incrementodevolumosonoperíododaseca.Ooutrosistemaadotadoé feitocomusodosorgograníferonasegundasafra.Assim,aculturadosorgopropiciamelhoraproveitamentodosolo, formaçãodepalhadaparaoplantiodiretodapróximasafradeverão,maiorquantidadedegrãosparaalimentaçãoanimal,maiorestabilidadedaprodução toleranteà secaemais rendapormeiodacomercializaçãodaculturaplantadanaentressafra.Aáreacultivadacomessecerealrepresentaapenasosorgogranífero,poisolevantamentoébaseadonacomercializaçãodegrãos(Figura6).AregiãoNortedeMinasé uma dasprincipaisprodutorasdesorgoforrageiroparaaalimentaçãodebovinosnaformadesilagem.Dessaformaosdadosdaáreacultivadanão sãoapresentadosnareferidafigura.
Figura6‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodesorgo
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
Na tabela 15 são apresentados os principais municípios produtores de sorgo graníferodoestado.Esseslocaisobtiveramincrementosnaproduçãoem2017,quandocomparadoaoanoanteriorquefoicaracterizadoporforteseca.Dessaforma,muitosprodutoresoptarampelosorgoemáreas tradicionais demilho como formade segurançadaproduçãodevidoàs instabilidadesclimáticas.Ademais,essesmunicípiospossuemmuitasgranjaseogrãodesorgotemsidomuitoutilizado para alimentação de poedeiras e frangos de corte, o que reduz consideravelmente oscustosdeprodução,devidoaomenorpreço,quandocomparadoaomilho.
SORGO
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Tabela15–Principaismunicípiosprodutoresdesorgo
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
Uberaba Triângulo 112,5 16,7
Sacramento AltoParanaíba 50,0 7,4
Capinópolis Triângulo 34,0 5,1
Unaí NoroestedeMinas 32,0 4,8
ConceiçãodasAlagoas Triângulo 25,0 3,7
Total 253,5 37,7
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
Nosúltimosvinteanos,destaca‐sequehouveincrementosemáreacultivadaeprodução.Aculturasedespontou,nadécadade90,comocomplementoasistemasdeproduçãoemsafrinhasmaistardiase,recentemente,asinstabilidadesclimáticasassociadasaomenorcustodeproduçãotêmdespertadomaiorinteressepelosorgo.
AsprojeçõesapontamqueoprodutodeveráganharaindamaisespaçoemMinasGeraisnospróximos10anos.Aáreatemumaprevisãodecrescimentode33,3%,passandode178milhaem2017para260milhaem2027,seguindoumataxadecrescimentode2,9%aoano.Emrelaçãoàprodução,avariação,noperíodoapresentado,éde22,2miltano,passandode544miltpara820milt,oquedemonstraaumentodaprodutividadenospróximosdezanos(Tabela16).
Tabela16‐Projeçõesdeáreaedeproduçãodesorgo
Ano Área Colhida (mil ha) Produção (mil t)
2017 178 544
Projeção2018 186 572
2019 194 600
2020 203 627
2021 211 655
2022 219 682
2023 227 710
2024 235 738
2025 243 765
2026 251 793
2027 260 820
2017/2027 Áreacolhida(milha) Produção(milt)
Variação no período (%) 33,34 22,20
Taxa de cresc. anual (%) 2,92 2,02
Diante da grande demanda domercado global pela produção brasileira de soja, milhoe trigo,osorgoainda temsuaproduçãotímidae inexpressivaemmeioaessecenário.UmdosgrandesfatoressedeveàforteproduçãodaChinaedosEstadosUnidos,consideradososmaioresexportadores do grão. Entretanto, mesmo sendo uma produção relativamente sem expressão,quandocomparadoaosoutroscereais,oprodutorbrasileiroestásentindoocrescimentodaprodução
26
einvestindonessapossíveltendênciadomercadopelosorgo,jáqueasdemandasprincipaisvêmdaChina,grandeprodutoreestocadordesorgo.Natabela17,épossívelnotarincrementosde113t/anoparaospróximos10anos.Aimportaçãodesorgo,emMinas,aindaébaixaetendeamanter‐seinalteradanospróximosanos.Apequenaproduçãodessecereal,quandocomparadoaomilho,épraticamenteconsumidainternamente.
Tabela17‐Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodesorgo
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 1.640 4
2018 1.753 4
2019 1.866 4
2020 1.979 4
2021 2.092 4
2022 2.205 4
2023 2.318 4
2024 2.431 4
2025 2.544 ‐
2026 2.657 ‐
2027 2.770 ‐
2017/2027 Exportação (t) Importação (t)
Variação no período (%) 68,90 ‐10,33
Taxa de cresc. anual (%) 5,38 ‐1,08
27
Nosúltimos20anos,aculturadotrigoaumentousignificativamentesuaáreadecultivoesuaproduçãonoestadodeMinasGerais.Nofinaldoséculopassado,poucosprodutoresdealgunsmunicípioslocalizadosnasregiõesdoAltoParanaíba,TriânguloMineiroeNoroestedeMinasincluíamaculturanoseusistemaprodutivo.Impulsionadapelosesforçosconjuntosdeaçõesgovernamentaisdapesquisaedaassistênciatécnica,daindústriaedosprodutores,aculturaexpandiudentrodasregiõestradicionalmenteprodutoraseavançouemdireçãoaocentrodoestadoe,também,paraoSuldeMinas.Deacordocomdadosdo IBGE(2017),aproduçãodetrigoemMinasGerais foiregistradaoficialmenteem77municípios(Figura7).
Figura7‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodetrigo
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
Para2017,estima‐seumaáreatotalcultivadade84,0milhaeproduçãode235,0milt.OsmunicípiosdeIbiá,Perdizes,MadredeDeusdeMinas,TrêsCoraçõeseRioParanaíbaconcentram38,0%dotrigoproduzidonoestado(Tabela18).
Tabela18–Principaismunicípiosprodutoresdetrigo
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
Ibiá AltoParanaíba 24,5 10,4
Perdizes AltoParanaíba 18,5 7,8
MadredeDeusdeMinas Central 16,9 7,2
TrêsCorações SuldeMinas 15,0 6,4
RioParanaíba AltoParanaíba 14,7 6,2
Total 89,6 38,0
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
Considerandoosúltimos20anos,aáreacultivadadetrigonoestadoaumentoumaisde27vezes,passandode3,1para84,3milha.Analisandoumhorizontemaiscurto,nosúltimos10anostambémhouveexpressivoaumentodeáreacultivada.Essaexpansãoelevouaproduçãodetrigodeumpatamarquaseinsignificanteem1997(14,1milt)paraasatuais235,5miltprevistasparaasafra
TRIGO
28
colhidaem2017.Apesardeaproduçãoatualaindaestaraquémdademandainterna,percebe‐seumatendênciacontínuadecrescimentoemáreaeproduçãoemMinasGerais.Aprodutividademédiaestadualvemdecrescendogradualmentenosúltimosanos,passandode4,4milkghaem2007paraosatuais2,7milkgha.Oaumentodasáreascomcultivoemsequeiro,areduçãonovolumedechuvas,observadonosúltimosanos,easemeaduramaistardiaemmesescomíndicespluviométricosmaisbaixosjustificamareduçãonaprodutividademédiadoestado.
Gráfico5A–Sériehistóricadeáreaeproduçãodetrigo
Fonte: CONAB/2017 - Séries históricas
Outrofatorquetematraídoosprodutoresparacultivodotrigosãoospreçospraticadosnosúltimosanos.DeacordocomaAssociaçãoBrasileiradaIndústriadoTrigo(Abitrigo),ospreçospagosaosprodutoresforambemsuperioresàmédiahistóricadessecereal.
Gráfico5B‐Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdotrigonomercadonacional
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.
Fonte: Cepea/USP. *R$/tonelada. Deflacionado pelo IGP/DI.
MinasGeraisé,tradicionalmente,importadordetrigo,pois,ademanda,emtornode900milt,émuitosuperioràprodução.Entretanto,anossaproduçãonãofica,obrigatoriamente,dentrodo estado. Entre outros fatores, a alta qualidade do trigomineiro atrai compradores de outrosestadoscomoSãoPauloeGoiás,quetambémnãosãoautossuficientesnaproduçãodetrigo.
Aáreaplantadadetrigoprojetadapara2027éde232milha.Aprojeçãodeproduçãodo
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trigomineiroéde307miltpara2027,apresentandovariaçãode30,5%etaxadecrescimentoanualde2,7%,nospróximosdezanos.
Tabela20‐Projeçõesdeáreaedeproduçãodetrigo
Área Colhida (mil ha) Produção (mil t)
2017 85 236
Projeção2018 99 209
2019 111 220
2020 123 231
2021 137 242
2022 151 253
2023 166 264
2024 181 275
2025 197 286
2026 214 297
2027 232 307
2017/2027 Área colhida (mil ha) Produção (mil t)
Variação no período (%) ‐ 30,53
Taxa de cresc. anual (%) ‐ 2,70
Considerandoosúltimosvinteanos,asexportaçõesdotrigoproduzidoemMinasGeraisapresentaramumavariaçãode724,0%eumataxadecrescimentode9,6%aoano,enquantoasimportaçõesapresentaramqueda,tantonavariação(‐38,5%)quantonataxadecrescimento(‐2,4%aoano).
AsprojeçõesdeexportaçõesdetrigoemMinasGeraisapontampara108miltpara2027,enquanto as importações serão de 139,6mil t nomesmo período. Nos próximos dez anos, asprojeçõesindicamcrescimentonasexportaçõesde58,0%comumataxadecrescimentoanualde4,7%(Tabela21).Poroutrolado,asprojeçõesparaopróximodecênioindicamumatendênciadequedanasimportaçõesmuitopróximadaquelaobservadanosúltimosvinteanos,de‐31,3%eumataxadecrescimentoanualdecrescentede3,7%.
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Tabela21‐Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodetrigo
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 68 203.151
2018 72 196.800
2019 76 190.449
2020 80 184.098
2021 84 177.747
2022 88 171.396
2023 92 165.045
2024 96 158.694
2025 100 152.343
2026 104 145.992
2027 108 139.641
2017/2027 Exportação (t) Importação (t)
Variação no período (%) 58,01 ‐31,26
Taxa de cresc. anual (%) 4,68 ‐3,68
Devidoàumasériedevantagens,nosestadosdoSuldoBrasil,aculturadotrigofazpartedosistemadeproduçãodamaioriadaspropriedades.Nasregiõestropicaise,maisespecificamente,emMinasGerais, somente nas últimas décadas, os produtores estão percebendoos benefíciostrazidospela inserçãodaculturadotrigo.Entreasprincipaisvantagensestãoapalhadaresidualdeixadaparaosistemadeplantiodireto,areduçãodecustosnocontroledeplantasdaninhasparaimplantaçãodasafradeverão,areduçãode inóculodedoençasdasculturasdeverão,alémdelucrocomavendadiretadosgrãos.
Osnúmerosdasúltimassafrasconfirmamqueaculturadotrigoestáganhandosignificativoespaçoentreasopçõesdecultivonoperíododeentressafrasdasculturasdeverão.SomenteemMinasGerais,existeumhorizontepromissorparaocultivodessecereal.Considerandoapenasasáreasplantadascommilhode1ªsafra(909,0milha),soja(1,5milhãoha)efeijãode1ªsafra(195milha),registrou‐senoestadomaisde2,4milhõesdehacultivadosnasafradeverão2016/2017(IBGE,2017).Em2017,apenas85milhaforamcultivadoscomtrigo,correspondendoà3,4%dasáreascultivadascomsoja,milhoefeijãodeprimeirasafra(Conab).
Paraproduzir900miltealcançaraautossuficiênciadetrigoemMinasGerais,precisa‐sede450milhacultivados,considerandoumaprodutividademédiade2,0milkg/ha,abaixodasatuais2,7milkg/ha.Entreosentravesaseremsuperados,destaca‐seanecessidadedeinfraestruturadearmazenamentoadequadaparamanteraqualidadedogrãoeasegregaçãodascultivarescolhidas,a logística de transporte e o suporte financeiro continuado para o apoio técnico da pesquisa,transferênciadenovastecnologiaseaassistênciatécnicaaosprodutores.
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MinasGeraisproduziu815miltdebananaemumaáreaplantadade46milha,3ºmaiorprodutornacional.Oestadoapresentouprodutividadede17,7milkg/ha,quefoi21,0%superioràprodutividadenacional(14,6milkg/ha).Asprincipaisvariedadescultivadasnoestadosãoasdogrupoprataedogruponanica.Outrasvariedadescultivadasemmenorextensãocompreendem:marmelo(figo),terra,maçãeouro.
Figura8‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodebanana
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
Osprincipaismunicípiosprodutoressão:Jaíba,NovaPorteirinha,Delfinópolis,Janaúba,eUberlândia, respondendo por 33,2%da produção estadual (Tabela 22). Entre os cincomaioresprodutores,aquelesdoNortedeMinassedestacamcom29,9%daproduçãoestadual,beneficiadospelosistemadeproduçãoirrigada.
Tabela22‐Principaismunicípiosprodutoresdebanana
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
Jaíba NortedeMinas 94,0 11,5
NovaPorteirinha NortedeMinas 52,2 6,4
Delfinópolis SuldeMinas 50,2 6,2
Janaúba NortedeMinas 47,4 5,8
Uberlândia Triângulo 27,1 3,3
Total 270,9 33,2
Fonte: IBGE/LSPA – Junho 2017
Ressalta‐sequeomunicípiodeDelfinópolisiniciouaproduçãodabananiculturacomercialem1993.Osprodutores,embuscadealternativaàcafeicultura,transformaramomunicípioemumdosmaioresprodutoresdebananadoestado,comumaatividademodernaeemfrancaexpansão.
BANANA
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Abananiculturamineiraconvivecomduasrealidadesdistintas.Aprimeiraéaconduzidaemregiõesmarginaisparaaculturaemtermosdeclimaerelevo,semusode irrigação,compráticasculturais deficientes e sem estrutura adequada para as fases de colheita e pós‐colheita. Essabananiculturavemperdendoespaçonomontantedaprodução,maséfontederendaparamuitasfamíliasdeagricultores.Aoutrarealidadeéocultivoemáreascomrelevoeclimapropícios,comusodeirrigação,boaspráticasagronômicasesistemasadequadosdecolheitaepós‐colheita.AbananiculturadosperímetrosirrigadosdoNortedeMinasedeDelfinópolisseenquadranessacategoria.
Diversos fatores e variáveis concorreram para o crescimento da atividade no estado, asaber:oaumentodademandadevidoaocrescimentodapopulaçãoemaiorconsumoper capita;aexistênciadeáreascomclima,soloserelevosadequados;aposiçãoestratégicadoestado,próximoaosgrandescentrosconsumidores;adiversificaçãoeorganizaçãodacadeiaprodutiva;apesquisaaplicadanasregiõesprodutoraseosperímetrosdeirrigação.
Noúltimodecênio,observou‐seumatendênciadecrescimentonaproduçãoenospreços.Noquetangeaospreços,houveumamelhorianosúltimosanosecredita‐seestefatoàreduçãodaproduçãodosestadosdaBahiaedeSãoPaulo,devidoaosproblemasclimáticos.
Gráfico6–Comportamentodaproduçãoedospreçosdabanananomercadomineiro
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.Fonte: Seção de Informações de Mercado - CeasaMinas/Banana maçã, nanica, ouro, prata, marmelo e terra.
*R$/Kg. Deflacionado pelo IGP/DI.
Seguindoatendênciadosanosrecentes,aproduçãodebananadeveevoluir,nospróximosdezanos,aumataxadecrescimentoanualde1,8%,projetandoumaproduçãode976miltemumaáreade63milhaeprodutividadede15,5milkg/hapara2027(Tabela23).
Essaestimativadeaumentodaproduçãopodeserretraída,emdecorrênciadodesempenhoeconômicodopaís,dadisponibilidadede incentivosparaodesenvolvimentoda fruticultura,dacrise hídrica e da falta de investimento em infraestrutura de transporte e armazenamento. Apossívelentradadedoençasaindainexistentesnopaís,aexemplodaRaça4TropicaldeFusarium oxysporum cubense,tambémameaçaoaumentodaprodução.
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Tabela23‐Projeçõesdeáreaedeproduçãodebanana
Ano Área Colhida (mil ha) Produção (mil t)
2017 46 815
Projeção2018 47 807
2019 48 825
2020 50 844
2021 51 863
2022 53 882
2023 55 901
2024 57 919
2025 59 938
2026 61 957
2027 63 976
2017/2027 Área Colhida (mil ha) Produção (mil t)
Variação no período (%) ‐ 19,79
Taxa de cresc. anual (%) ‐ 1,82
Algumas tentativas de ampliar o mercado externo estão sendo feitas, porém, existemalgunsfatoresrestritivos,taiscomoalogísticaeapreferênciapelasvariedadesdogrupoCavendish,menosproduzidasemMinas.
Noentanto, inúmeros esforços vêmocorrendopara conquistaromercadoexterno coma banana prata. Os empresários têm participado de feiras em diversos países da Europa paraapresentaressaiguariaaoseuropeus.Assim,estratégiasestãosendotraçadasparaqueestafrutaseja entregue em todo o continente europeu. A conquista desse mercado poderá resultar nainserçãodessafrutanapautadabalançacomercialmineirae,consequentemente,criarumanovaopçãodemercadoparaosprodutoresmineiros.
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MinasGeraiséomaiorprodutordebatatadopaís,atingindo,em2017,umaproduçãode1,3milhãodet.Dadasassuascondiçõesedafoclimáticas,permiteoferecerproduçãoduranteoanotodo,gerandoempregoerenda,desdeaslavourasatéoprocessamentoindustrial.
A produção do tubérculo encontra‐se distribuída em 10,0% dos municípios mineiros,totalizando86,dosquais60estãolocalizadosnaregiãoSul(Figura9).
Figura9‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodebatata
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
OsprincipaismunicípiosprodutoresestãolocalizadosnoAltoParanaíbaenoSuldeMinas,merecendodestaqueparaPerdizesquerepresenta19,0%daprodução(Tabela24).
Tabela24–Principaismunicípiosprodutoresdebatata
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
Perdizes AltoParanaíba 239,0 19,0
Ipuiúna SuldeMinas 117,8 9,4
RioParanaíba AltoParanaíba 107,0 8,5
Sacramento AltoParanaíba 96,3 7,7
SantaJuliana AltoParanaíba 82,0 6,5
Total 642,1 51,1
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
Abatataapresentaumagamadevariáveisquantoaostiposdemercadoemrelaçãoaodestinodostubérculos,desdeaalimentaçãohumanaeanimalatéousoparaaproduçãodeamidoparaa indústriadecosméticos,perfumarias,bebidas(destilados),corantesenoenriquecimentodealimentoscomantioxidantes (batatasdepolpacoloridas).NoBrasil,aproduçãovisaatendero mercado de material propagativo (batata‐semente), batata para o mercado fresco e para oprocessamento industrial, principalmente, de frituras nas formas de chips, batata‐palha e pré‐frita congelada. O estado é autossuficiente no abastecimento domercado de batata in natura e produz excedentes que são exportados para vários estados brasileiros, em especial para São
BATATA
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Paulo. Em relação à batata industrializada, o estado é autossuficiente na fabricação de batata‐palha,com100,0%damatéria‐prima(tubérculos)produzidanoestadoeexportaoexcedenteparaoutrosestados,emespecialoRiodeJaneiro.ComarecenteimplantaçãodeumagrandeempresaemPerdizes, noAlto Paranaíba, o estado atinge tambéma autossuficiência embatata pré‐fritacongelada, utilizando cerca de 60,0% da matéria prima (tubérculos) produzida no estado, e orestanteimportadadeoutrosestados,principalmentedeSãoPaulo.Oexcedentedabatatapré‐fritacongeladaéexportadoparaoutrosestados.Quantoàproduçãodebatata‐chips,oestadopossuiumagrandeempresaprocessadoraemSeteLagoas,naregiãocentral,eoutrasdemenorportenaregiãoSuldeMinas,queatendemgrandepartedademanda.Comoháváriostiposdebatata‐chips(lisa,ondulada,etc),oestadodependedaimportaçãodeoutrosestados.Oestadodependeaindadaimportaçãodecercade40,0%debatata‐semente,oriundadeoutrosestadosedeoutrospaíses.
Naúltimasafraagrícola (16/17),ascondiçõesclimáticas favoreceramaprodutividade,aumentandoaofertadoproduto.Aliadoaessefato,houveumareduçãodoconsumodabatatain natura,decorrentedacriseeconômicadopaís.Assim,ocorreuquedadepreçosdoprodutonomercado.
Gráfico7‐Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdabatatanomercadonacional
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.
Fonte: Seção de Informações de Mercado - CeasaMinas/Batata Lisa. *R$/Kg. Deflacionado pelo IGP/DI.
Os pequenos produtores ficaram descapitalizados e desmotivados para o plantiosubsequente de batata. Na região Sul deMinas, prevê‐se uma redução em torno de 30,0% noplantiodapróximasafra(daságuas).
Poroutrolado,aimplantaçãodeumagrandeempresadeprocessamentodebatataspré‐fritascongeladas,emPerdizes,naregiãodoAltoParanaíba,comumpotencialprodutivode250.000t/ano, impactou todaacadeiaprodutivado tubérculo, comaumentos substanciaisnaproduçãoparaatenderàdemandadaindústria,naproduçãodebatata‐sementeenareduçãodaimportaçãodebatatapré‐fritacongelada.Oconsumodebatatapré‐fritanoBrasiléde1,5kgper capta/anoeapresentacrescimentoanualde7,0%,sendoprevistoumaumentonaproduçãopara700miltanoapartirde2025.Diantedessequadro,éprevistoumavariaçãodaáreaeproduçãoemtornode60,0%eumataxadecrescimentoanualdecercade5,0%paraopróximodecênionopaís.Assim,mesmocomareduçãoprevistanaproduçãodebatataparaomercadoin natura,éprevistoumaumentonaáreaenaproduçãodebatatacomocrescimentodaindústriadeprocessamento.
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AmesmatendênciadecrescimentoéobservadaparaMinasGerais,cujaprojeçãoindicaestabilidadenaáreaplantadaeacréscimode22,3%naproduçãoaumataxaanualde2,0%nospróximosdezanos(Tabela25).
Tabela25‐Projeçõesdeáreaedeproduçãodebatata
Ano Área Colhida (mil ha) Produção (mil t)
2017 39 1.257
Projeção2018 39 1.328
2019 39 1.351
2020 39 1.374
2021 39 1.398
2022 39 1.421
2023 39 1.444
2024 39 1.467
2025 39 1.491
2026 39 1.514
2027 39 1.537
2017/2027 Área (mil ha) Produção (mil t)
Variação no período (%) 0,28 22,30
Taxa de cresc. anual (%) 0,03 2,03
As exportaçõesbrasileirasdebatatadevemsercrescentes,podendochegara640miltapartirde2025,principalmente,comoaumentodaproduçãodebatatapré‐fritacongelada.Paraimportaçãoprojeta‐secrescimentode4,9%,alcançando60milt,em2025.OsdadosprojetadosparaMinasGerais sinalizamtendênciadezerarasexportações,masa implantaçãodeunidadesfabrispodereverteressaperspectivadasexportaçõesnoestado.
Embora a instalação da nova indústria, em Perdizes, possa atender 55,0% do consumonacional, reduzindo a importação da batata pré‐frita, a importação de batata‐semente ainda écrescente para atender o aumento da área cultivada. Nesse contexto, a importação de batata‐sementeparaatenderademandadeprodutoresabreperspectivasparaaorganizaçãodoprocessoprodutivo de sementes no estado. Outro fator positivo que poderia contribuir na redução daimportação,bemcomofavorecerosaldodabalançacomercialdoprodutoseriaaimplantaçãodenovasindústriasprocessadorasdebatata(pré‐fritacongelada),revertendoessaprojeção.
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Tabela26‐Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodebatata
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 52 32.043
2018 39 37.010
2019 27 42.327
2020 15 47.994
2021 3 54.011
2022 ‐ 60.378
2023 ‐ 67.095
2024 ‐ 74.162
2025 ‐ 81.579
2026 ‐ 89.346
2027 ‐ 97.463
2017/2027 Exportação (t) Importação (t)
Variação no período (%) ‐100,00 ‐
Taxa de cresc. anual (%) ‐100,00 ‐
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A importância do café paraMinasGerais se dá emdiversos campos comoohistórico, opolíticoeocultural,masé,principalmente,noscampossocialeeconômicoqueaatividadesedestaca.AnalisadodentrodoProdutoInternoBruto(PIB)doagronegóciomineirodebaseagrícola,ocafééoprincipalproduto,gerandoempregosedistribuindorendanasregiõesprodutorasenasregiõesondesedesenvolvemasetapasseguintesnosváriossegmentosdacadeia.Nosmunicípioscommaioráreaplantadae,consequentemente,commaiorproduçãodecafé,oÍndicedeDesenvolvimentoHumano‐IDHtambém émaior,ratificandosuaimportânciasocialeeconômica.
Além disso, outra riqueza marcante caracteriza a cafeicultura do estado, que é amultiplicidadeclimática.Umagamaenormedediferentesaltitudese facesdeexposiçãoaosol,combinadacomdiferentestiposdesolos,dediversastecnologiasdeproduçãoedemúltiplasformasde processamento definem uma diversidade inigualável de cafés. Essa multiplicidade climáticapermitesepararoscafésproduzidosemquatroregiões(SuldeMinas,MatasdeMinas,CerradoMineiroeChapadadeMinas).
Figura10‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodecafé
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
Tabela27–Principaismunicípiosprodutoresdecafé
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
Patrocínio AltoParanaíba 740,4 2,8
Manhuaçu ZonadaMata 434,3 1,7
TrêsPontas SuldeMinas 420,1 1,6
CamposGerais SuldeMinas 402,6 1,6
NovaResende SuldeMinas 401,6 1,5
Total 2.399,0 9,2
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
Ocafétemseuspreçosbalizadosinternacionalmenteembolsas,comimportantesvariaçõestantoentreosanosesazonalmenteao longodeummesmoano,sendo,seguramente,umadascommoditiesdemaiorvolatilidade.OBrasildestaca‐seporproduzircercadeumterçodetodaa
CAFÉ
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produçãomundial.ConsiderandoapenasotipoArábica,produzquasemetadedaproduçãoglobal.Dessemodo,édeseesperarqueasafrabrasileirasejaimportantecomponentenaformaçãodopreçoacadaano.Talfatoseconfirmanográfico8,referenteàúltimadécada,segundodadosdoCepea/USP.
Gráfico8‐Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdecafénomercadonacional
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.Fonte: Cepea/USP. *Sacade60Kg(R$/sc).Deflacionado pelo IGP/DI.
A variação de preços médios anuais obteve movimentos inversos com a variação detamanhodasafrabrasileira,emquepesea influênciadeoutros importantes indicadores,comovariaçãocambialeníveldosestoquesmundiais.Paraintervalosdetemposmenoresqueumano,outrosfatorescomosazonalidadedeprodução(entradadassafras,especialmenteabrasileira)edeconsumo(inverno,commaiorconsumo,nospaísesconsumidores),promovemmovimentosdepreçosmenosduradouros.
As duas safras baixas consecutivas no Brasil, em decorrência das secas nas principaisregiõesprodutorasem2014e2015contraumconsumomundialcrescenteacentuaramareduçãonosestoques.Em2016,osníveisficarammuitobaixos,apesardasafrarecordebrasileirade51,4milhões de sacas. Os preços semantiveram elevados em relação àmédia dos anos anteriores.SegundodadosdaConab,houve,naúltimadécada,umaexpansãodeplantionasáreasdecerrado(Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste) da ordem de 18,1%. No mesmo período, ocorreu umareduçãode23,0%naáreaplantadanasregiõesZonadaMata,RioDoceeCentral.Emquepeseessaconstatação,aáreaplantadatotalmanteve‐secommínimaalteração,reduzindo‐sede1,02milhãodehapara1,01milhãodeha;eaproduçãototalaumentoucercade40,0%.Talfatoéexplicadopeloganhodeprodutividadealcançadoportodasasregiõesetambémporquenasregiõesdecerrado,paraondepreferencialmentemigraacafeiculturamineira,aprodutividademédiaémaiorquenasregiõestradicionaisdeprodução.
Essamigração,jáesperada,dasáreasmontanhosasparaáreasplanas,deve‐seàbuscadeincrementonoíndicedemecanizaçãodasatividadescomoelementoimportantenareduçãodoscustosdeproduçãoecomoatenuantenadificuldadedeofertademãodeobra.Amecanização,combinada com maior produtividade, potencializa a redução do custo por saca e aumenta acompetitividade.Essemovimentodeexpansão/retraçãopodenãocausarperdasparaacafeicultura
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mineira, quando vista de modo global; entretanto, é fator de preocupação para as regiõesmontanhosas,quetêmnacafeiculturasuasustentaçãoeconômica,compoucasopçõesparaumareconversãodeatividade.
Minas Gerais possui uma expressiva área apta ao plantio de café, além de condiçõesnaturaisfavoráveis,quelhepermitemumdiferencialemvantagemcomparativa.Dispõedetradição,infraestruturae logística, institutosdepesquisaeserviçosoficiaiseprivadosdetransferênciadetecnologias,queserevertememaltacapacidadecompetitivaparaaproduçãodocaféverde.
O consumomundial de150,8milhõesde sacas, em2016, segundoaOIC, temcrescidonumamédia anual relativamente estável de 2,1% nos últimos 5 anos.Mantida a atual taxa decrescimento,espera‐sechegara2027comumacréscimodecercade25,0%,ouseja,umconsumomundialdaordemde190milhõesdesacas.
Aproduçãomundialfoide155,7milhõesdesacasem2016etemcrescidoaumataxamédiade1,5%aoano.Aproduçãotemexibidocrescimento;noentanto,diferentementedoconsumo,suaexpansãonãosedáemritmoconstante.Arigor,devidoaosfatoresfisiológicoseclimáticos,aproduçãoesperadaécrescente,porém,dá‐secomalternânciadesafrasaltasebaixas,estandoaindasujeitaàssecas,doençaseoutroseventosadversos.Maisrecentemente,comaadoçãodepráticasmodernas,essavariaçãoanualtendeasereduzir.Nastrêsúltimascolheitas,porexemplo,asafrade2014foibaixa,emfunçãodeseveraseca,oqueprojetavapara2015umasafraalta,comoconsequênciadaesperadaalternância.Em2015,houveumanovaseca,comrepetição,também,de outra safra baixa. Com isso, a expectativa de uma safra alta deslocou‐se para 2016, que foiconfirmada.Ressalta‐sequemesmotendosidoumasafraaltade30,7milhõesdesacasmineiras,nãochegouaserumasupersafra.
Considerando, hipoteticamente, mantidos esses índices de aumento de consumo e deprodução,essasduasgrandezastenderiamaseequivaleremdentrode,aproximadamente,7anos,ouseja,porvoltade2024.
Outratendênciatemsidooaumentoglobaldoconsumodecafésespeciais,principalmentepelosconsumidorestradicionais(UniãoEuropeia,EUAeJapão).Issolevouoestadoaintensificarpolíticas públicas em apoio ao setor. Nesse sentido, a parceria com os cafeicultores e váriossegmentosdacadeiaprodutiva,vemsendotrabalhadapelacertificação,buscandoasustentabilidadeambiental, socialeeconômicae,mais recentemente,a certificaçãodaqualidade.Oestado tempotencialparaatenderacrescentedemandaglobaldeconsumo,sobretudodoscafésespeciais,sustentáveisecertificados,quesãoexigênciascadavezmaiores.
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Tabela28‐Projeçõesdeáreaedeproduçãodecafé
Ano Área Colhida (mil ha) Produção (mil sacas)
2017 974 28.154
Projeção2018 952 29.009
2019 928 29.864
2020 902 30.719
2021 873 31.574
2022 841 32.429
2023 807 33.284
2024 771 34.139
2025 733 34.994
2026 692 35.849
2027 649 36.704
2017/2027 Produção (mil sacas)
Variação no período (%) 40,94
Taxa de cresc. anual (%) 3,49
AsexportaçõesparaospaísesdoorientecomoCoreiadoSul,Turquia,Rússia,Austrália,Líbano,Malásia, Taiwan, Israel, China, Nova Zelândia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos,Hong Kong, Coreia do Norte e Coveite têm crescido. O aumento do consumo de café nessespaísesorientais éummovimentoque vemganhando cada vezmais adeptos.Dentreos fatoresquecontribuíramparaamaioraceitaçãodessabebidaestãoocrescimentodapopulaçãourbana,oaumentodarendaea instalaçãoderedesdecafeteriasdirecionadas, inclusive,paraopúblicojovem. Outro ponto são as inovações que as indústrias têm disponibilizado como máquinas eequipamentosquevêmpossibilitandoamudançadohábitodosconsumidores,proporcionandomaior praticidade e qualidade da bebida,mesmo no ambiente doméstico. Nesse particular, asmonodoses,representadaspeloscafésemcápsulasesachês,sãoumafortetendência.
AChinaéumdessespaísesquetemampliadoaimportaçãodecafé.Comoparâmetrodessecrescimento,noanode2006oschinesesimportaram6milsacaseem2016ovolumeimportadofoide35,8milsacas,umcrescimentode493,0%paraocafémineiro.Nomesmoperíodo,tambémocorreu expansão da importação pela Coreia do Sul (99,0%), Turquia (151,0%), Rússia (98,0%),Austrália(56,0%),Líbano(20,0%),Malásia(315,0%),dentreoutros.Essesaltosíndicespercentuaisdecrescimentoseexplicam,emgrandemedida,porseroacréscimoaplicadosobreumabasedeconsumoaindapequena.Poroutrolado,sinalizamaperspectivadegrandeespaçoparaaexpansãodoconsumo,inclusivecompossívelmudançadehábitodepartedapopulaçãoemalgunsdessespaíses,porexemplo,docháparaocafé.AChinaeaÍndia,commaisdeumterçodapopulaçãomundiale,ambosjáacenandoparaocrescimentodoconsumodecafé,dãomostrasdequeháumaenormeoportunidadeaserexplorada.
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Tabela29‐Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodecafé
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 20.387 16,85
2018 23.919 09,65
2019 24.544 10,26
2020 25.169 10,87
2021 25.794 11,48
2022 26.419 12,08
2023 27.044 12,69
2024 24.669 13,30
2025 28.294 13,91
2026 28.919 14,52
2027 29.544 15,13
2017/2027 Exportação (t) Importação (t)
Variação no período (%) 26,83 67,37
Taxa de cresc. anual (%) 1,26 2,75
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A cultura da cana‐de‐açúcar encontra‐se distribuída em todo o territóriomineiro, sendoutilizada para diversos fins, como para produção de açúcar, etanol, uso na alimentação animal,produçãodecachaçaerapadura.Nasafrade2017,asmaioresproduçõesseconcentraramnaregiãodoTriângulo, comdestaqueparaosmunicípiosdeUberaba, Frutal, SantaVitória, ConceiçãodasAlagoaseCampoFlorido,representando29,7%daproduçãodoestado(Figura11eTabela30).OZoneamentoAgroecológicodacana‐de‐açúcar(2009)mostraumpotencialde11,3milhõesdehadeáreasaptasaoseucultivo,comdestaqueparaoNoroeste,ondeaatividadeapresentaexpansão.
Figura11‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodecana‐de‐açúcar
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
Tabela30–Principaismunicípiosprodutoresdecana‐de‐açúcar
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
Uberaba Triângulo 6.768,0 9,5
Frutal Triângulo 5.017,8 7,1
SantaVitória Triângulo 3.500,0 4,9
ConceiçãodasAlagoas Triângulo 3.440,0 4,9
CampoFlorido Triângulo 2.322,0 3,3
Total 21.047,8 29,7
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
AsériehistóricadeáreacolhidaedeproduçãodecanaemMinasGerais,noperíodode1997a2017,demonstraquehouveumaevoluçãoexpressivadessesparâmetros.Noanode1997,foicolhidaumaáreade279milhaeobtidaproduçãode16,3milhõesdet,enquantoque,noanode2017,essesvaloresatingiram912milhae70,9milhõesdet,respectivamente.Registra‐se,noperíodo,umataxadecrescimentoanualde10,0%naáreaede12,7%naproduçãoevariaçãode573,4%e996,8%,respectivamente.Issosignificaquetambémhouvemelhoriadaprodutividadenoperíodo,passandode58,3t/haem1997para77,8t/haem2017.Considerandoosúltimosdezanosdasériehistórica,de2007a2017,registra‐seumataxadecrescimentoanualdaáreaem5,7%edaproduçãoem6,3%.Avariaçãonoperíodofoide74,1%daáreae83,3%daprodução.
CANA-DE-AÇÚCAR
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AexportaçãodeaçúcaremMinasGerais,deacordocomasériehistóricade1997a2017,demonstraquehouveumaevoluçãoexpressivanoperíodo.Em1997,foramexportadas181,7milt,enquantoqueem2016essesvaloresatingiram3.213,1milhõesdet.Ataxadecrescimentoanualdaexportaçãoestimada,noperíodo,foide14,3%evariaçãode1.344,7%.Considerandoosúltimosdezanos,de2007a2017,ataxadecrescimentofoide8,0%evariaçãode114,9%.
Aexportaçãodeetanolteveiníciomaisexpressivoapartirde2002com11,1milt,fechandoem2016com40,7milt.Destaqueparaosanosentre2006e2010,queforammaisfavoráveisàexportaçãodesseproduto,atingindovaloresmáximosde230,4milte247,9miltem2007e2008,respectivamente.AimportaçãodeetanolemMinasGerais,de1997a2016,foipoucosignificativa,atingindoa13,4tnoperíodo.
Noperíodode2007a2017,opreçodoaçúcarapresentouoscilações, influenciadaspelaofertaedemandamundial,tendeemvistaqueoBrasiléoprincipalexportadordeaçúcar.(Gráfico9).
Gráfico9‐Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdeaçúcarnomercadonacional
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.
Fonte: Cepea/USP. *Sacade50Kg(R$/sc).Deflacionado pelo IGP/DI.
Aprojeçãodaáreacolhidaedaproduçãodecana‐de‐açúcar,em2027,édaordemde1,4milhãodehae115,2milhõesdet,respectivamente.Ataxadecrescimentoanualprojetadaéde4,5%paraaáreacolhida,comvariaçãode55,0%noperíodode2017/2027,ede5,0%aoanoparaaproduçãoevariaçãode62,4%(Tabela31).
Observa‐se que a projeção para a expansão da área de cana‐de‐açúcar, nos próximos10anos,émodestatendoemvistaqueutilizaapenas15,8%daáreaapta.Alémdaprojeçãodocrescimentodaatividade,emrazãodademandadosetorsucroalcooleiro,deve‐selevaremcontaseuusocrescenteparaoutrosfinsnaspropriedadesagrícolas.
Naalimentaçãoanimal,acanatemseapresentadocomoalternativamaisbarataedemaiorpotencialprodutivoqueoutrasforragensnoperíodosecodoano.
Acachaçaéoutroprodutoquetemconquistadonovosmercados,principalmenteexterno,
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pelamelhoriadaqualidade,oque temdemandadomais canapara sua fabricação.Domesmomodo, a produção de rapadura, açúcar mascavo e melado, que são produtos resultantes deprocessoartesanaldefabricação,temapresentadoprocuracrescentepelomercadoconsumidorinternoeexterno.
Tabela31‐Projeçõesdeáreaedeproduçãodecana‐de‐açúcar
Ano Área Colhida (mil ha) Produção (mil t)
2017 912 70.923
Projeção2018 1.033 82.777
2019 1.076 86.375
2020 1.118 89.973
2021 1.160 93.571
2022 1.202 97.169
2023 1.244 100.767
2024 1.287 104.365
2025 1.329 107.963
2026 1.371 111.561
2027 1.413 115.159
2017/2027 Área (mil ha) Produção (mil t)
Variação no período (%) 54,97 62,37
Taxa de cresc. anual (%) 4,48 4,97
Aprojeçãodeexportaçãodeaçúcarparaospróximosdezanosépassarde3,1milhõesdetpara4,7milhõesdetem2027,oquerepresentaumataxamédiadecrescimentoanualde4,4%evariaçãode53,5%(Tabela32).Aimportação,noperíodo,permaneceembaixopatamar,comparadaàexportação.
Apolíticadepreçosdecombustíveisadotadanaúltimadécadaafetoudiretamenteosetorsucroenergético,reduzindodrasticamenteosinvestimentosnaatividade,provocandoadesativaçãodeváriasplantas industriais,quealiadaàscondiçõesclimáticasadversas, resultouemquedadeprodutividadenosúltimosanos.Esseseoutrosfatores,comoospreçosbaixosdoaçúcar,agravaramasituaçãodosetor.Noentanto,muitosdessesfatoresnegativospoderãoserrevertidosaolongodoperíododasprojeções,quersejapormeiodeaçõesdegoverno,conjugadascomaçõesdoprópriosetor,quer sejapela incorporaçãodenovas tecnologias aoprocessoprodutivo,bemcomopeladinâmicadomercado.
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Tabela32‐Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodeaçúcareetanol
Açúcar Etanol
Ano Exportação (t) Importação (t) Exportação (t) Importação (t)
2017 3.089.420 132 - 0,232
2018 3.254.583 155 - 0,192
2019 3.419.746 180 - 0,152
2020 3.584.909 207 - 0,112
2021 3.750.072 236 - 0,073
2022 3.915.235 266 - 0,033
2023 4.080.398 298 - ‐
2024 4.245.561 332 - ‐
2025 4.410.724 368 - ‐
2026 4.575.887 405 - ‐
2027 4.741.050 444 - ‐
Açúcar
2017/2027 Exportação (t) Importação (t)
Variação no período (%) 53,46 237,13
Taxa de cresc. anual (%) 4,38 12,92
Asprojeçõesparaospróximosdezanos,de2017a2027,sãodecrescimentomoderadoparaaculturadacana‐de‐açúcar,bemcomoparaasexportaçõesdeaçúcareetanol.Noentanto,MinasGeraisapresentacondiçõesfavoráveisdeclimaedesolos,oquepermitemaiorexpansãodessaculturanoestado,emboraessapossibilidadetambémdependadeummercadoexternomaispropícioàsexportações.
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Abovinoculturadecortemineirapossuigrandeimportâncianocontextodoagronegócionacional, por produzir alimentos de qualidade e pelo potencial de gerar postos de trabalho erenda. Para manter‐se competitiva, essa atividade se reinventa a cada ano, buscando técnicasquemantenhamosempreendimentoseconomicamenterentáveisealternativasquesuperemosobstáculos, como a complexidade dos fatores produtivos, instabilidades políticas e econômicas,assimcomoasflutuaçõesdascotaçõesparaomercadointernoeexterno.
O cenário da carne bovina para os próximos anos parece bastante desafiador e exigeprudênciaquantoàsinalizaçãodeperspectivasparaosetor.Issoporqueproblemasconjunturais,principalmente os que envolveram a maior multinacional processadora de proteína animal domundo, as turbulências sanitárias relacionadas aos abscessos/reações das vacinas, operaçõespoliciais, os embargosdosparceiros comerciais, alémdobaixo consumo internomotivadopeloendividamentodapopulaçãoeaaltataxadedesempregodesequilibraramtodaacadeiaprodutivanoanode2017.
Nomeiode todoesse contexto, háuma forteexpectativada retomadado crescimentodoPIBparaospróximos anos, bemcomopoderáocorrer a ampliaçãodas exportaçõesparaosmercadosjácompradoreseaaberturadenovosmercados,trazendoalentoparaosenvolvidoscomoagronegóciodacarne.
MinasGeraiséo6ºmaiorprodutordecarnedoBrasil.Suaprodução,em2016,representou8,0%das7,4milhõesdetdecarcaçasproduzidaspelopaís.Onúmerodeanimaisabatidos,noestadoficounaordemde2,6milhõesdecabeçasparaomesmoperíodo,sendoque61,5%dosanimaissãomachose38,5%defêmeas.AregiãodoTriângulopermanecenaliderançanonúmerode animais abatidos, tendo enviado para os frigoríficos, aproximadamente, 715,6 mil cabeças,seguidapelaregiãodoJequitinhonha/Mucuricomcercade264,0milcabeças,segundoosdadoscontidosnoRelatóriodotrânsitodebovinosparaabate–IMA,2016.
O estado destaca‐se nacionalmente por ter o segundomaior rebanho bovino (leite ecorte)entreasdemaisunidadesdafederação,comcercade23,5milhõesdecabeças.Osanimaisseencontramdistribuídosnos853municípiosmineiroseem360,5milestabelecimentosrurais(IMA,2016).
CARNE BOVINA
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Figura12‐Distribuiçãoespacialdorebanhobovino
Fonte: IBGE/PPM – 2016
Nosúltimosdezanos,oTriânguloliderouorankingdasprincipaisregiõesdoestadocomomaiornúmerodeanimais.AoanalisarosdadoshistóricoseatuaisdessaregiãoedosmunicípiosdePrata,CampinaVerdeeSantaVitória,observa‐sequehácertatendênciaqueessaexpressividadesemantenhaparaospróximosanospelascondições favoráveis comoaaltaproduçãodegrãos,tecnologiasetécnicasdeprodução,queauxiliamparaosavançoscontínuosdapecuáriadecortedessaslocalidades.
Tabela33‐Principaismunicípiosdetentoresderebanhobovino
Município Regiões Produção (mil cabeças) % em MG
Prata Triângulo 426,9 1,8
CampinaVerde Triângulo 370,0 1,6
Unaí NoroestedeMinas 350,7 1,5
SantaVitória Triângulo 276,5 1,2
JoãoPinheiro NoroestedeMinas 267,1 1,1
Total 1.691,2 7,2
Fonte: IBGE/PPM – 2016
Amédiadospreçosporarrobadoboigordo,entreosanosde2007e2016,varioudeR$64,09aR$164,07.Omaiorpreçonegociado,nomercadofísico,nosúltimos10anosdasériehistóricafoiregistradoem2016.Asdificuldadesencontradaspelosfrigoríficosemadquiriranimaisprontospara o abate, tais como:menor número de animais confinados ocasionados pelos altos preçosdosgrãos,principalmenteomilhoesoja;menordescartedematrizesporpartedopecuaristaquetinhamcomointuitoaproveitarosbonspreçosdosbezerros;eacrescentedemandadomercadointernoeexterno,principalmentedosnovoscompradores,influenciaramaofertaedemandaque,porconsequência,pressionaramoaumentodospreços.
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Gráfico10‐Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdecarnebovinanomercadonacional
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.Fonte: Cepea/USP. *R$/@. Deflacionado pelo IGP/DI.
Noanode1997,foramabatidos0,9milhãodecabeçasresultandoemumaproduçãode202,5miltequivalentecarcaça(tec),enquantoque,noanode2016,osabatesforamsuperiores,naordemde2,5milhõesdecabeçaseumaproduçãode589,0miltec.
Observa‐se que, no período, houve uma expansão de 1,6 milhão de animais abatidos,representandoumavariaçãode177,7%eacréscimodeproduçãode386,4miltec,comumavariaçãode 190,9%. Esse ganho em produtividade, certamente, ocorreu pelo melhoramento genéticodorebanhodoestado.Aseleçãodecaracterísticasdeproduçãoeganhodepesovêmtornandoosanimaiscadavezmaiseficienteseprodutivos,aliadoàsmelhoriasquetambémocorremnossistemasprodutivos.
Igualmenteexpressivofoioincrementodaexportaçãodecarnebovinaque,em1997,erade 0,6mil t. Já em2016, o registro foi de 92,3mil t, representando 46,0%de todas as carnescomercializadas.Essesvaloressónãoforammaioresporqueosprincipaismercadosimportadoresdacarnemineira,comoHongKong,Rússia,Irã,Egito,Chile,EmiradosÁrabeseItálianãoampliaramsuascomprasdaformaqueosetoresperava,tendoemvistaopotencialdeconsumodessespaíseseadependênciadomercadoexternonoabastecimentodecarnebovina.
De2006a2016,omercadointernorespondeuporcercade85,0%doconsumodacarnebovinaproduzidapeloestadoeosdemais15,0%foramcolocadosnomercadointernacional,fatoestesemelhanteaodocenárionacional.Asprojeçõesrelacionadasàsexportaçõesparaoperíodode2017/2027sinalizamqueserãomantidosbonsresultados.Ataxadecrescimentoanualseráde4,2%comumavariaçãode51,3%,noperíodo.
Asimportaçõesmineirasdecarnebovinaoscilarammuitonosúltimostempos.Comparandooanode1997com2016,registra‐seumaquedade97,8%novolumeimportado.
Paraoanode2017,projeta‐sequeaproduçãodecarcaçaenúmerodeanimaisabatidosparaMinasGeraisatinja663milcabeçase2,8milhõesdetec,respectivamente.Essasinformaçõestrarão reflexos positivos para o agronegócio e para toda a sociedade, pois a demandamundialfuturaporalimentosestáocorrendodemaneiraascendente.Estima‐sequeoconsumoampliará
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cercade45,0%,comoconsequênciadoaumentodarendaper capita,queaumentará26,0%epelocrescimentodapopulacionalmundial(ONU/FAO).Quedeacordocomdiferentesprevisõesteremosem2050teremosmaisdenovebilhõesdehabitantes.
Asprojeçõesparaopróximodecênioindicamqueparaoanode2027,aproduçãoseráde575milcabeçase2,4milhõesdeanimaisabatidos.
Tabela34‐Projeçõesdeproduçãoeanimaisabatidos
Carne bovina
Ano Produção (mil cabeças) Animais abatidos (mil tec)
2017 663 2.837
Projeção2018 665 2.836
2019 664 2.824
2020 661 2.802
2021 656 2.770
2022 648 2.726
2023 638 2.672
2024 626 2.608
2025 611 2.533
2026 594 2.447
2027 575 2.351
AprojeçãoreferenteàsexportaçõesdecarnebovinadeMinasGerais,paraospróximosdezanos,seráde117,4miltem2017ealcançará177,6milem2027,oquerepresentaumataxamédiadecrescimentoanualde4,2%evariaçãode51,3%,noperíodo.
Tabela35‐Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodecarnebovina
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 117.429 204
2018 123.448 264
2019 129.467 330
2020 135.486 404
2021 141.505 484
2022 147.524 570
2023 153.543 663
2024 159.562 763
2025 165.581 869
2026 171.600 982
2027 177.619 1.102
2017/2027 Exportação (t) Importação (t)
Variação no período (%) 51,26 ‐
Taxa de cresc. anual (%) 4,22 ‐
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Oprincipalentravequeretardaodesenvolvimentomaisvigorosodabovinoculturadecortenoestadoestáassociadoàescassezhídrica,queafetaasregiõessemiáridashámaisdequatroanos.Asecavemprovocandoefeitosdevastadoresnossistemasprodutivos,comolavourasdestruídas,pastagens degradadas, animais desnutridos, centenas de rios e córregos secos, agravando odesemprego,porqueumaboapartedosagricultoresepecuaristasnão têmmeiosfinanceiroseestruturaisparacontinuaremnaatividade.
Outroproblemaquemerecedestaqueéoaltoníveldepastagensdegradadasnoestado,poiscercade96,0%encontram‐sedeleveafortementedegradadas.Asituaçãoprovocaconsequênciasnegativasnoquedizrespeitoàtaxadelotaçãodaáreaocupadapelosanimais(INAES,2015).
Todavia, existem, no estado, inúmeros fatores que contribuem para o desenvolvimentosustentávelecompetitivodabovinoculturamineiracomoaadoçãodosistemadeintegraçãolavourapecuária, recuperação das pastagens degradas, um grande volume de grãos produzidos, amplonúmerodefrigoríficos,grandenúmerodeanimais,‘’capitalnacional’’dozebu,extensonúmerosdeeventoseleilões,promovendooportunidadesdenegócio.
Paraofuturooprognósticoéfavoráveleosetorprodutivodecarnebovinadeverámanterofocoporincrementosdeprodutividade,assimcomonaincorporaçãodetecnologiasetécnicasparaqueseintensifiquemcadavezmaisossistemasdeprodução,deformaqueosmantenhameconomicamenteviáveis,socialmentejustoseambientalmentecorretos.
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Aproduçãoavícolacomercialsurgiuem,MinasGerais,noiníciodoséculopassado,quandooestadocomeçouacomercializargalináceosparaoutrasregiõesdopaís.Acriaçãodofrango,noentanto,eracampestre.Asaves(crioulasougalinhascaipiras)viviamsoltasedemoravamnovemesesparaatingiropesodeabate,nafaixade2,5Kgoumais.Oprocessodemodernizaçãoedeproduçãoemescalacomeçounadécadade30,emrazãodanecessidadedeabastecerosmercadosquejáeramdemandantespelacarnedefrango.Apartirdosanos50,aaviculturaganhouimpulsocomosavançosdagenética,comodesenvolvimentodasvacinas,nutriçãoeequipamentosespecíficosparasuacriação.Asgrandesagroindústriasavícolasganharamestruturanoiníciodosanos60eoincrementotecnológicocontinuoupresenteatéosdiasdehoje.Provadessedesenvolvimentoéretratadanosindicadoresdeproduçãoedaexportaçãodessaproteínaanimal,bemcomoaposiçãodedestaquenocenárionacional.
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal,Minas Gerais é o 5ºmaiorprodutordecarnedefrango,com7,9%doabatedeavesrealizadonopaís.OInstitutoMineirodeAgropecuária(IMA)registraapresençade2.019granjasavícolascomerciaisativas.Dessas,1.804sãogranjasdecorte,199granjasdeposturadeovosdeconsumoe16granjasclassificadascomooutras aves, que engloba, por exemplo, granjas de codorna e galo índio gigante. Em relação àsgranjasdereprodução,28estabelecimentosestãoativoseentreeleshá:matrizeiras(21),granjasdeavós(6)egranjasdebisavó(1).
Aaviculturaestápresentenagrandemaioriadosmunícipiosmineiros,comcadastrosdepropriedadesvoltadastantoparaaproduçãoindustrialquantoparaàsubsistência.
O principal sistema de produção é o tipo integração, no qual é celebrado um contratode parceria entre produtores e indústrias avícolas. Essetipo de sistemade produção justifica aconcentraçãodasgranjasnosmunícipiosrelacionadosnatabela36,umavezqueaproximidadedosestabelecimentosdeabatefavoreceareduçãonoscustosdeprodução.
Figura13‐Distribuiçãoespacialdorebanhodeaves
Fonte: IBGE/PPM – 2016
CARNE DE FRANGO
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Asprincipaisregiõesprodutorasdecarnesão:TriânguloMineiro(NovaPonte,Uberaba,Araguari,MonteAlegredeMinaseUberlândia),Central(ParádeMinaseSãoSebastiãodoOeste),Sudoeste(JuruaiaeMonteSantodeMinas)eZonadaMata(Barbacena,ErváliaeViscondedoRioBranco).
Tabela36‐Principaismunicípiosdetentoresderebanhodeaves
Município Regiões Produção (mil cabeças) % em MG
Uberlândia Triângulo 13.340,0 11,0
ParádeMinas Central 10.266,7 8,5
SãoSebastiãodoOeste CentroOestedeMinas 8.120,0 6,7
Itanhandu SuldeMinas 5.668,6 4,7
SãoJosédaVarginha Central 5.276,8 4,4
Total 42.671,6 35,3
Fonte: IBGE/PPM – 2016
Aevoluçãodaproduçãodecarcaçadefrangotemocorridodeformaexpressivaaolongodaúltimadécadaeospreçosdofrangocongeladonomercadotemoscilado,mascomumatendênciaaacompanharocrescimentodaprodução.SegundoaAssociaçãoBrasileiradeProteínaAnimal,em2016,oconsumoper capitadefrangonoBrasilfoidaordemde41,1kgporhabitante.Essevaloré11,0%superioraoregistradoem2006.Nessemesmoperíodo,apopulaçãobrasileiracresceu10,0%eaproduçãoem61,2%.Essesnúmerosevidenciamapujançadosetoremdisponibilizarproteínaanimaledeofertarvolumesuperioraodocrescimentopopulacional,evidenciandoaimportânciadessacadeianoabastecimentodessafontedeproteínanomercadointernoeterumexcedenteexpressivoparaofertaraomercadoexterno.
Gráfico11‐Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdecarnedefrangonomercadonacional
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.Fonte: Cepea/USP. *R$/kg – frango congelado. Deflacionado pelo IGP/DI.
Na última década, o setor de avicultura de corte teve um crescimento de 223,5 % naprodução,resultadodeumataxadecrescimentoanualde6,4%.Esseexcelentedesempenhodacadeiaprodutivadofrango,emMinasGerais,éreflexodoprocessodereestruturaçãoindustrialcom
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aadoçãodenovasformasdeorganizaçãoindustrialemlargaescala,demudançastecnológicasedemelhoriasnastécnicasdemanejo,nutriçãoesanidadedasaves.Alémdisso,hádeseconsiderarqueoestadoapresentaváriasregiõesprodutorasdemilho(Triângulo,NoroesteeSuldeMinas)eproximidadecomoutrasunidadesdaFederação(MatoGrosso,GoiáseMatoGrossodoSul),queapresentamexpressivaproduçãodemilho,oprincipalcomponentedaraçãodessasavesequetemparcelarepresentativanocustodaatividade.Noentanto,essaproximidadedaproduçãodemilhonemsempreéasseguradaporpreçosmenores.Em2016,comascondiçõesclimáticasdesfavoráveishouveescassezdoprodutoeospreçosregistraramlimitesrecordes.
Diante desse crescimento da atividade nos últimos anos, há uma expectativa otimistapara apróximadécada.Aprojeçãodaproduçãode carnede frangoedeanimais abatidos, em2027,poderáalcançaronívelde1,3milhãode te656,2milhõesdecabeças, respectivamente.Ataxamédiadecrescimentoanualprojetadaéde3,1%paraaprodução,comvariaçãode35,1%noperíodode2017/2027,ede3,1%paraonúmerodefrangosabatidosecomvariaçãode35,5%(Tabela37).
Tabela37‐Projeçõesdeproduçãoeanimaisabatidos
Carne de frango
Ano Produção (mil cabeças) Animais abatidos (mil tec)
2017 980 484.422
Projeção2018 1.015 501.604
2019 1.049 518.786
2020 1.084 535.968
2021 1.118 553.150
2022 1.152 570.332
2023 1.187 587.514
2024 1.221 604.696
2025 1.256 621.878
2026 1.290 639.060
2027 1.324 656.242
2017/2027 Produção (mil cabeças) Animais abatidos (mil tec)
Variação no período (%) 35,09 35,47
Taxa de cresc. anual (%) 3,05 3,08
É importante registrar que a sustentação do desempenho da avicultura está associadaaoaumentodoconsumo internoe,principalmente,ao incrementodasexportações.Assim, sãofundamentais as negociações para a ampliação ou abertura dosmercados compradores, sendoqueasvendasnosúltimosanosestãoconcentradasnospaísesdoOrienteMédio(ArábiaSaudita,EmiradosÁrabesUnidoseCoveite),perfazendo42,7%dareceitageradaem2016.Outroaspectorelevanteéaquestãodabiosseguridadedosplantéis.Porexemplo,umúnicocasode influenzaaviária,doençainexistentenopaís,poderáafetartodaaexportaçãobrasileiradosetor,resultandoemum forte impacto em toda a cadeia produtiva. Assim, essa questão deve estar presente na
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conduçãodaatividadeenaspolíticaspúblicasdedefesasanitáriaanimal.
Com base no histórico das exportações dos últimos anos há uma estimativa de que aprojeçãodasexportaçõesdecarnedefrango,paraopróximodecênio,passaráde246,4milt,em2018,para356,1miltem2027,oquerepresentaumataxamédiadecrescimentoanualde4,3%evariaçãode52,0%(Tabela38).EssesvaloresprojetadoscorroboramcomoprognósticodaOCDE/FAO,queregistraemseuRelatóriodePerspectivasAgrícolas2017‐2026,queospreçosdecarnesdevemcairemtermosreais,nospróximosanos,aníveissimilaresaosdocomeçodosanos2000,permitindoàpopulaçãomundialomaioracessoaessaproteínadeorigemanimal.
Tabela38‐Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodecarnedefrango
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 234.265
2018 246.445 ‐
2019 258.625 ‐
2020 270.805 ‐
2021 282.985 ‐
2022 295.165 ‐
2023 307.345 ‐
2024 319.525 ‐
2025 331.705 ‐
2026 343.885 ‐
2027 356.065 ‐
2017/2027 Exportação (t) Importação(t)
Variação no período (%) 51,99 ‐
Taxa de cresc. anual (%) 4,28 ‐
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Como em qualquer atividade, também em suinocultura, ganhar dinheiro é o primeiroobjetivo. De posse dessa constatação, fica fácil perceber que a melhor performance biológica,somadaàeficiênciadagestão,équedefineosucessodaatividade.Nocampoeconômico,sabe‐se que omercado de carne suína é fortemente influenciado pela oferta de outras carnes, comdestaqueparaacarnebovinaepelopoderdecompradosconsumidores.
Qualidade,formasdeproduçãoedeapresentação,evidentemente,nãoestãoforadessecontexto.Quandoaofertadacarnebovinaaumenta,ospreçosdacarnesuína,emgeral,ficamcomprimidosea rentabilidadedaatividade sofre revezese,não raramente,perdaseconômicasexpressivas.Osempreoscilantecustodeprodução,enãopoderiaserdiferente,tambémexerceforteinfluênciasobreoretornoeconômicodaatividade.Nessecaso,ganhamdestaqueospreçosdos insumosutilizadosnaalimentaçãodosanimais.Frustraçãodesafrademilhoafetadeformanegativaaproduçãodecarnesuína,e sónãocausadanos irreversíveis,porque,atualmente,osprodutores praticam uma gestão mais profissional. A suinocultura deixou de ser apenas umaatividade de produção para transformar‐se emnegócio.Mas, nem sempre foi percebida assim.Houveépocaemque,de formamais acentuada,preçosaltosebaixos,pagospela carne suína,alternavam‐secomfrequência.Preçoselevadosserviamdeestímuloaprodutoresestabelecidos,sempercepçãodecenáriofuturo,paraampliaremseusnegóciose,também,paranovosprodutoressemplanejamentoiniciarem‐senaatividade.Oexageradoaquecimento,proporcionadopelospreçosatrativos,provocavanoperíodosubsequentemaiorofertadecarnenomercadoe,emdecorrência,maiorcompressãonospreços.Nãotinhamregistradonamemóriaqueofertaedemandasempreexpressam a realidade do mercado. A percepção, no entanto, mudou. O mercado vem sendoabastecidodeformaequilibradaeospreçosdacarnesuína,emMinasGerais,nãooscilamcomafrequênciaeaintensidadedeanospassados.(Gráfico12).
Gráfico12.Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdacarnesuínanomercadonacional
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.Fonte: Cepea/USP. *R$/Kg. Deflacionados pelo IGP/DI.
CARNE SUÍNA
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Apoucaafinidadecomosegmentogestãoedificuldadesparaseposicionarnomercado,este cheio de imperfeições, ganharam visibilidade a partir demeados da década de 1990, porocasiãodoiníciodoplanodeestabilizaçãodaeconomiadopaís.Nessemomento,ficouevidentequeapenasprodutoresmaiseficientes,nãosóemtermosprodutivos,masprincipalmentesobaóticaadministrativa,possuíamalgumaresistênciaparasuportaroscontratemposdemercado.Osprodutorescomeçaram,então,abuscar,commaisintensidadeefrequência,orientaçãotécnicanasáreasdegestãoetecnologiaspara implementaremseusnegócios.Planejamentoegestãoforamincorporadosàatividade,atéentãopraticadadeformapoucoprofissional.
EmMinas Gerais, 4º estadomaior produtor, o negócio suínos avançou, nesse período,e conquistou status de indústriaprodutorade carne.Aprópriaexpansãodaatividade,ocorridanasúltimasdécadasdemonstraessaverdade.Asuinocultura industrial, seguindoaspegadasdomilhoe tambémda soja, principais ingredientesutilizadosna alimentaçãodos animais, ganhouexpressãonasregiõesdoTriânguloMineiroedoAltoParanaíba.Sobressai,nessasduasregiões,oclimabastantefavorávelàcriaçãodesuínos,bemcomoatopografiaeosoloquepermitemmelhordistribuiçãodosdejetossuínosparausocomoaduboorgânico.Tambémemfoco,apresençaeofortalecimentodeuma indústriaprocessadorade carnena região, fatoqueprovocouestímulossubstanciaisaocrescimentodaatividade.Aproduçãodecarnesuína,noentanto,continuasendopraticadacomsignificânciaemregiõestradicionaiscomoasZonasdaMataeMetropolitanadeBeloHorizonte,próximasdegrandescentrosconsumidores.
Figura14‐Distribuiçãoespacialdorebanhosuíno
Fonte: IBGE/PPM – 2016
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Tabela39‐Principaismunicípiosdetentoresderebanhosuíno
Município Regiões Produção (mil cabeças) % em MG
Uberlândia Triângulo 656,7 12,9
Jequeri ZonadaMata 272,3 5,3
Urucânia ZonadaMata 253,8 5,0
PatosdeMinas AltoParanaíba 214,9 4,2
ParádeMinas Central 157,2 3,1
Total 1.554,9 30,5
Fonte: IBGE/PPM – 2016
Para melhor percepção da evolução do negócio suíno, em Minas Gerais, é pertinenteobservarasériehistóricadosúltimos20anos.Noprimeirodecênio(1997‐2006),tantoonúmerodeanimaisabatidosquantoovolumeproduzidodecarneaumentaramdeformasignificativa.Em1997,foramabatidos695milanimaise,em2006,2,6milhões,umcrescimentode375,0%.Naquelemesmoperíodo,ovolumedecarnecolocadonomercadoaumentou494,0%.Comaestabilizaçãodaeconomiaeaconsequentemelhoriadopoderdecompradapopulação,ademandaporcarneaumentou.Paraatenderocrescimentodademandaoprodutorbuscouinformação,apropriou‐sedetecnologiasedeestratégiasdegestão.Passouaproduzir,utilizandoanimaisdemelhorpadrãogenéticoqueincorporamdeformamaiseficientecarnenacarcaça.Emsíntese,oprodutoradotousistemasmaiscompetitivosdeprodução.
Distintamente,nodecêniosubsequente(2007‐2016),tantoonúmerodeanimaisabatidosquantoovolumeproduzidodecarneevoluíramdeformamaismodesta.
Nessesegundoperíodo,onúmerodeanimaisabatidoscresceu88,4%eovolumedecarneproduzida81,5%.Emalgunsperíodosdessedecênio,particularmenteduranteasegundametade,aofertademilhoedefarelodesojaficoubastantereduzidae,emconsequência,ospreçosalcançaramvaloresquaseproibitivos.Osprodutores,comomedidaeconômica,colocaramnomercadoanimaiscompesoaquémdohabitual.
Cabelembrarqueoconsumodecarnesuínacresceudeformaacentuadaemanosanterioresealcançou,emMinasGerais,21,0kgper capita (informaçãoobtidanaAssociaçãodosSuinocultoresdeMinasGerais),enquantoamédianacionalsitua‐se,hoje,emtornode15,0kgper capita, eagoranãotemfôlegoparacontinuaravançandonomesmoritmo.
Estaé,noentanto,umamoedadeduasfaces.Oexageradopreçoalcançadopelomilho,em 2016, estimulou seu plantio e, em 2017, foi colhida a safra da tranquilidade, pelo menosparaosprodutoresde carne suína. Com frequência essa situaçãoocorreeproduzdificuldades,oquenãoénenhumanovidadeparaosprodutores. Expansão,portanto, só complanejamentoeresponsabilidade.Oconsumointernojáatingiuumótimopatamareagoratempotencialparacrescerapenasdeformamoderada.Contudo,asperspectivasdeixamtransparecerotimismo,emespecialparaocurtoprazo.Projeçõespositivasparaaatividadenãoestãoforadocontexto,masavançossignificativosestãocondicionadosàconquistadenovosmercados.
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Tabela40‐Projeçõesdeproduçãodecarnesuínaeanimaisabatidos
Ano Produção(milcabeças) Animaisabatidos(miltec)
2017 487 5.590
Projeção2018 509 5.841
2019 531 6.092
2020 553 6.343
2021 575 6.594
2022 597 6.845
2023 619 7.096
2024 641 7.347
2025 663 7.598
2026 685 7.849
2027 707 8.100
2017/2027 Produção(milcabeças) Animaisabatidos(miltec)
Variaçãonoperíodo(%) 45,16 44,90
Taxadecresc.anual(%) 3,80 3,78
Háespaçonomercadoexteriorenomercadodeoutrosestadosbrasileiros,particularmenteaquelesdoNordeste.Entretanto,aexportaçãodecarnesuínatemosciladoenãotemsidoumpontofortedasuinoculturamineira.MinasGerais,compoucafrequência,vaitambémàscompras,jáqueoconsumidorvaiaomercadoeencontracarnedeótimaqualidadeproduzidanoestado.Poroutrolado,volumeexpressivodecarneprocessadaconsumidapelosmineirosaindatemsuaorigememoutrosestados.Situaçãoquesóserámodificadacomofortalecimentodaindústriaprocessadoradecarnedoestado.Importante:matéria‐primadequalidadenãofalta.
Tabela41‐Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodecarnesuína
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 18.777 105
2018 14.543 109
2019 9.787 112
2020 4.509 115
2021 ‐ 118
2022 ‐ 121
2023 ‐ 124
2024 ‐ 128
2025 ‐ 131
2026 ‐ 134
2027 ‐ 137
2017/2027 Exportação (t) Importação (t)
Variação no período (%) ‐ 30,18
Taxa de cresc. anual (%) ‐ 2,67
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Asflorestasplantadas,emMinasGerais,seestendemporcercade1,5milhãodeha,emsuagrandemaioria,compostadeeucalipto.Essaáreacultivadaconfereaoestadoaliderançanopaís,posiçãomantidaháváriasdécadas,frutodapresençadeumvastoparquesiderúrgicodemandantedecarvãovegetal.Outrofatorqueconferiuestímuloaoplantiofoia instalaçãodeumaunidadefabrilprodutoradecelulosedeeucalipto,naregiãodoValedoAço,em1970.
Hátambémoutrasopçõesdeaproveitamentodoeucalipto, taiscomo:madeiraserrada,produtos demadeira sólida emadeira processada, produçãodebiomassa, sem se esquecer damanutençãodosrecursosflorestaisedosbenefíciosclimáticoscomosequestrodecarbono.
Em relação à produção de madeira em tora para papel e celulose, a unidade fabril,implantadanaregiãodoRioDoce,foiagranderesponsávelpelaexpansãodaculturanaprópriaregião,mascontribuiutambémparaaexpansãodocultivoempartedaZonadaMataedaregiãoCentral,alémdeplantiosnosValesdeJequitinhonha/MucurienoNortedeMinasGerais(figura15).
Figura15‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodemadeiraemtoraparapapelecelulose
Fonte: IBGE/PEVS – 2016
Osmunicípiosque lideramaproduçãodemadeiraemtoraestãonasregiõesNorte,RioDoceeCentral,comapenas2,1%dovolumeproduzido.Os97,9%daproduçãodessamatéria‐primasãocultivadasemmaisde100municípiosmineiros.
Tabela42–Principaismunicípiosprodutoresdemadeiraemtora
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
PadreCarvalho NortedeMinas 393,0 0,5
Coroaci RioDoce 355,1 0,4
VargemGrandedoRioPardo NortedeMinas 349,8 0,4
BomJesusdoGalho RioDoce 326,1 0,4
Curvelo Central 317,7 0,4
Total 1.741,7 2,1
Fonte: IBGE/PEVS – 2016
CELULOSE
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Emrelaçãoàproduçãodecarvãovegetalprovenientedeflorestasplantadas,adistribuiçãosedáemváriasregiõesdoestado,comumadistribuiçãoespacialmaisuniforme(Figura16).Essadistribuiçãosedeveaofatodequeopolosiderúrgicoestálocalizadonapartecentraleengloba25municípiosaoredordacapital.Háestimativaqueasflorestasplantadascontribuamcom82,0%docarvãoconsumidopelassiderúrgicas,evidenciandoaimportânciadestesegmento.
Figura16‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodecarvãovegetal
Fonte: IBGE/PEVS – 2016
A produção de carvão proveniente de floresta plantada está presente emmais de 400municípios.NoValedoJequitinhonha,omunicípiodeItamarandibaapresentaamaiorproduçãodecarvão.Oscincoprincipaismunicípiosgeramvolumede1,9milhãodetdecarvão,querepresentam4,3%daproduçãodoestado(Tabela43).
Tabela43–Principaismunicípiosprodutoresdecarvãovegetal
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
Itamarandiba Jequitinhonha/Mucuri 928,5 2,1
JoãoPinheiro NoroestedeMinas 354,9 0,8
TrêsMarias Central 272,6 0,6
Curvelo Central 195,8 0,4
Itacambira NortedeMinas 150,5 0,3
Total 1.902,3 4,2
Fonte: IBGE/PEVS – 2016
Oestadotemtradiçãoevocaçãoparaaexpansãodacadeiaprodutivadebaseflorestal,poisoplantioestábemdistribuídoespacialmenteeasunidadesfabrisapresentamumalogísticabastanteinteressanteparadisponibilizarosprodutosnomercadointernoeparaoescamentoaomercadoexterno.
Nasúltimasdécadas,aculturadoeucaliptotornou‐secadavezmaisimportante,concorrendodiretamentecomasáreasdepastagenseculturasdecereais.Emalgunsmunicípios,chegou‐seatéa
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cogitarproibiraformaçãodenovasflorestasdeeucaliptoparaimpedirquefossetransformadaemumaimensamonocultura.Ademais,osetortemváriasdificuldadesaseremsuperadas,aexemplodasquestõesdelicenciamento.
Contudo,mesmodiantedosdesafios,ademandaporprodutosflorestaisécrescenteemtodoomundoeéevidenteamigraçãodaproduçãodoHemisférioNorteparaoSul,fatoquedeverásuportarocrescimentodosetoraolongodemuitosanos.Nessaperspectiva,háumaprojeçãodecrescimentode36,6%e37,0%decarvãoedemadeiraemtoraparacelulose,respectivamente,paraopróximodecênio.
Tabela44‐Projeçõesdeproduçãodecarvãovegetalemadeiraemtoraparapapelecelulose
Ano Carvão Vegetal (milhões t) Madeira em tora (milhões m3)
2017 4,5 7,8
Projeção2018 4,7 8,1
2019 4,9 8,4
2020 5,0 8,7
2021 5,2 9,0
2022 5,4 9,3
2023 5,5 9,5
2024 5,7 9,8
2025 5,9 10,1
2026 6,0 10,4
2027 6,2 10,7
2017/2027 Carvão Vegetal (milhões t) Madeira em tora (milhões m3)
Variação no período (%) 36,60 37,01
Taxa de cresc. anual (%) 3,17 3,20
Apesar da diminuição do consumo de papel causada pela evolução da informática, háoutrossetoresquetêmapresentadoexpansão.Pavimentandoessaestradadecrescimentoparapapelecelulose,estáaexpansãodoconsumodepapéissanitárioseembalagens,sobretudo,empaísesemergentes.Papelsanitário,conhecidocomotissues,éumacategoriaqueenglobapapelhigiênico,fraldasdescartáveis,absorventeseguardanapos,entreoutrositensafins.Essademandaemexpansãovemprincipalmentedepaísesemergentese,comdestaqueespecial,paraaChina.Jáosegmentodeembalagenscresceareboquedoavançoemconsumodealimentoseoutrosprodutosdeusorotineiro.Combasenessesmercados,háumaexpectativadaexpansãodasexportaçõesdecelulosedaordemde21,9%.
Outrapossibilidadedeexpansãodosetorépormeiodeumapolíticadeincentivoaousode fontes renováveisedebiomassaflorestal, como tambéma implementaçãoda tecnologiadeproduçãodoetanoldeorigemcelulósico,quepodemampliaraindamaisaimportânciadasflorestasplantadas.Aimplementaçãodepolíticasdeestímuloaoconsumosustentáveleumaeconomiadebaixocarbonosãofundamentaisparadiversificareestimularademandapormadeiraeporfibras.
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Hátambémaperspectivaderendimentospormeiodomercadodecarbonoflorestal,noqualoprodutorrecebepelaremoçãodegáscarbônico(CO2)daatmosferapeloprocessodefotossínteseemflorestasformadas,apartirdereflorestamento.
Tabela45‐Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodecarvãovegetalecelulose
Carvão Vegetal Celulose
Ano Exportação (t) ) Importação (t) Exportação (t) Importação (t)
2017 46 ‐ 1.239.855 3.565
2018 ‐ ‐ 1.267.056 3.741
2019 ‐ ‐ 1.294.257 3.917
2020 ‐ ‐ 1.321.458 4.093
2021 ‐ ‐ 1.348.659 4.269
2022 ‐ ‐ 1.375.860 4.445
2023 ‐ ‐ 1.403.061 4.621
2024 ‐ ‐ 1.430.262 4.797
2025 ‐ ‐ 1.457.463 4.973
2026 ‐ ‐ 1.484.664 5.149
2027 ‐ ‐ 1.511.865 5.325
2017/2027 Carvão Vegetal (t) Celulose (t)
Variação no período (%) 21,94 49,37
Taxa de cresc. anual (%) 2,00 4,09
Nessaperspectivadeproduçãosustentávelenvolvendoflorestasplantadas,surgeosistemade IntegraçãoLavoura‐Pecuária‐Floresta (ILPF),quese tornaumaalternativaviáveldeproduçãopararecuperaçãodeáreasdegradadas.Aintegraçãodeárvorescompastagenseoucomlavouraséconceituadacomoosistemaqueintegraoscomponenteslavoura,pecuáriaefloresta,emrotação,consórcioousucessão,namesmaárea.
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Pertencente à família Rutaceae, a laranja é um fruto híbrido, que teria surgidonaantiguidadeapartirdocruzamentodacimboacomatangerina.
Atualmente,SãoPauloéconsideradoomaiorprodutordelaranjaeprocessadordesucode laranja Congelado Concentrado (SLCC) do Brasil. Já no estado deMinasGerais, o cultivo delaranjaencontra‐seemsuamaioriadescentralizadoecarentedeprofissionalismoeinvestimentostecnológicose,apesardessesproblemas,oestadoproduzemmédia1milhãodet,detendoo2ºlugarnorankingdoBrasil.
A região do TriânguloMineiro (Figura 17), com ênfase nosmunicípios de ComendadorGomes, Prata, Frutal,Uberlândia eMonteAlegredeMinas, sedestacanaproduçãode laranja,possivelmente,devidoàproximidadecomoestadodeSãoPaulo(Tabela46).
Figura17‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodelaranja
Fonte: IBGE/PAM – 2016
Tabela46.Principaismunicípiosprodutoresdelaranja
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
ComendadorGomes Triângulo 202,4 22,5
Prata Triângulo 157,5 17,5
Frutal Triângulo 122,5 13,6
Uberlândia Triângulo 90,0 10,0
MonteAlegredeMinas Triângulo 54,0 6,0
Total 626,4 69,6
Fonte: IBGE/PAM – 2016
Pode‐seobservar,nafiguraacima,queessescincomunicípiosmineirosemconjuntosãoresponsáveispelaproduçãodemaisde626,4miltdelaranja,aproximadamente69,6%daproduçãodeMinasGerais.Osnúmerosapontadosestãoligadosdiretamenteàgeraçãodeempregonoestado,principalmentenaregiãodoTriânguloMineiro.SegundoosdadosdoCadastroGeraldeEmpregadose Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o segmento foiresponsável pela geração de 45.508 postos de trabalho, entre julho de 2016 a junho de 2017,
LARANJA
65
períodoquecompreendeasafra2016/2017delaranja,nosestadosdeMinasGeraiseSãoPaulo.
Ocomportamentodopreçoapresentadonográfico13éda laranja‐peracomercializadanaCeasaminas.Asoscilaçõesocorridas,nosúltimosanos,estão ligadasdiretamenteàofertadelaranjadeSãoPauloedasexportaçõesdesucocongeladoeconcentrado.Noentanto,observa‐seumcomportamentoascendentedesde2013,oquevemfavorecendoaatividade.
Noestado,aprodução,emsuagrandemaioria,édestinadaparaomercadoin natura. As exportaçõesestãoconcentradasemSãoPaulo,bemcomoasindústriasprocessadoras.
Gráfico13‐Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdalaranjaperanomercadomineiro
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.Fonte: Seção de Informações de Mercado - CeasaMinas/Laranja-pera. *R$/Kg. Deflacionados pelo IGP/DI.
Aprojeçãodelaranja,paraospróximosdezanos,apontaincrementosdeaproximadamente28,6%,emrelaçãoàprodução.
Observa‐sequeasprojeçõessãobastanteotimistas,tendocomoosprincipaisriscosdessasprojeçõesodesempenhomacroeconômicodopaíseafaltadeincentivosparaodesenvolvimentoeinfraestruturanecessáriaparaacultura.
66
Tabela47‐Projeçõesdeáreaedeproduçãodelaranja
Ano Área Colhida (mil ha) Produção (mil t)
2017 47,1 981,1
Projeção2018 50,1 1.009,2
2019 53,5 1.037,3
2020 57,2 1.065,4
2021 61,2 1.093,5
2022 65,5 1.121,6
2023 70,1 1.149,7
2024 75,1 1.177,8
2025 80,3 1.205,9
2026 95,9 1.234,0
2027 91,8 1.262,1
2017/2027 Área Colhida (mil ha) Produção (mil t)
Variação no período (%) ‐ 28,64
Taxa de cresc. anual (%) ‐ 2,55
67
LEITE
Os desafios político‐setoriais e econômicos associados às adversidades climáticas pelosquaispassaopaíseoestadodeMinasGerais,emparticular,sãofatoresrestritivosaocrescimentodovolumedeleiteproduzidonoestado.Contudo,avitalidadedosetorleiteirodoestadopersiste.Essa assertiva pode ser confirmada pormeio do Valor Bruto da Produção – VBP gerado pelosprodutosagropecuáriosproduzidospeloestadoem2016,quandoo leite, apresentou resultadosuperioratodososdemaisprodutosagropecuários,àexceçãodocafé.
Para o segmento de produção primária, o cenário apresentou‐se favorável no segundosemestrede2016eprimeirosemestrede2017,considerandoospreçosmédiosrecebidospelosprodutores em relação aos anos anteriores e, da mesma forma, o custo de produção quandoanalisadaarelaçãodetrocaentreproduçãoeinsumos.Noentanto,ademandainternaporprodutoslácteos,nesseúltimoperíodo,aindanãoapresentoucrescimentosignificativo,oquepodeviraserrevertidoaindaesteano,considerandoaquedanastaxasdejurosassociadaaodesaquecimentodainflaçãooraverificadas.
Aproduçãoeacomercializaçãodeleitesão,atualmente,atividadespraticadasemtodososmunicípiosmineiros.Deformaisolada,aregiãoSuldeMinaséaquerespondepelomaiorvolumedeleiteproduzido.JáasregiõesNoroeste,AltoParanaíba,TriânguloMineiroeCentral,caracterizadascomoáreasdecerrado(Figura18),noconjunto,constituiaprincipalbacialeiteiradoestado,ondeestão localizadososmunicípios commaiorprodução.Destaquepode serdadoà regiãodoAltoParanaíbaeaomunicípiodePatosdeMinas(Tabela48).
Figura18‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodeleite
Fonte: IBGE/PPM – 2016
68
Tabela48‐Principaismunicípiosprodutoresdeleite
Município Regiões Produção (milhões de litros) % em MG
PatosdeMinas AltoParanaíba 152,8 1,7
Coromandel AltoParanaíba 121,2 1,4
Patrocínio AltoParanaíba 119,8 1,3
Pompéu Central 107,7 1,2
Ibiá AltoParanaíba 106,0 1,2
Total 607,5 6,8
Fonte: IBGE/PPM – 2016
AatividadeleiteiraemMinasGeraisé,historicamente,umadasatividadesprodutivasdemaiorexpressividadeeconômica,social,ambientalecultural.Foiâncoraatémesmodaestruturadealternânciadepoderestabelecidanopaís,porocasiãodavelharepública(1889–1930),entrecafeicultoresdeSãoPauloepecuaristasdeMinasGerais,conhecidacomoa“políticadocafécomleite”.Soma‐seaissoatrajetóriadoqueijoartesanal,reconhecidomundialmentecomopatrimôniohistóricoimaterialeexpressãodaculturamineira,hojepremiadoemeventosinternacionais.
AsregiõesSul/SudoestedeMinaseZonadaMataforamasregiõesque,inicialmente,seconcentravamasprincipaisbaciasleiteirasdoestado.Noentanto,apartirdaabertura,ocupaçãoeexpansãodafronteiraagrícolanasregiõesdecerrado,houveumamigraçãodaatividadeparaessasregiões,atraídapelasmelhorescondiçõesdeinfraestrutura,logísticaecustodeprodução.
Atualmente,aatividadeépraticadaemcercade250.000propriedadesrurais,distribuídasnos853municípiosdoestado,produzindo9,0bilhõesdelitrosdeleiteanualmenteeumVBPdaordemdeR$7,8bilhões.
O valor líquido recebido pelos produtores, emMinas Gerais, para o leite produzido ecomercializadoentreosanosde2007e2016,namédiaestadual,ficouentreR$0,62eR$1,26.Entresetembrode2013emarçode2016,ospreçospraticadosestiveramdeprimidos,proporcionandomargens aindamais apertadas para o produtor, em função dos custos de produção. Isso veiocontribuirparaaquedadaprópriaproduçãoregistradanosanosde2015e2016,oquepodeterinfluenciadonaelevaçãodepreçospagosaoprodutor,verificadaapartirdeabrilde2016.
69
Gráfico14‐Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdeleitenomercadonacional
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.Fonte: Cepea/USP. *R$/l. Deflacionado pelo IGP/DI.
Conformepode serobservadona tabela49,nosúltimos cincoanos, tendo referênciaomêsdejulho,foipossívelverificarumavariaçãopositivade25,2%nopreçomédiolíquidorecebidopelosprodutoresdeMinasGerais,comumpicodepreçoocorridoemagostode2016comovalorchegandoaR$1,61.Talsituação,consideradaatípica,foicreditadaàreduçãoocorridanaprodução,levando à retração na captação de leite pela indústria. Vale destacar a valorização do produtoocorridanaregiãoSuldeMinasemcomparaçãoàsoutrasmacrorregiõesgeográficasdoestado.
Tabela49.MédiasdepreçoslíquidosrecebidospelosprodutoresemMinasGerais–2013a2017
MesorregiãoPreço Médio Líquido – (R$)
Jul/2013 Jul/2014 Jul/2015 Jul/2016 Jul/2017Var%
2016/2017Var%
2013/2017
Triâng./AltoPar. 1,0215 1,1092 1,0657 1.5191 1,2547 ‐17,41 22,83
Sul/Sudoeste 0,9317 0,8963 0,7765 1,3834 1,3114 ‐5,20 40,75
ValedoRioDoce 1,0553 1,1005 1,0744 1,4740 1,1503 ‐21,96 9,00
Metropolitana 1,0594 1,0488 0,9999 1,3749 1,2797 ‐6,92 20,79
ZonadaMata 0,9461 0,8849 0,8674 1,3251 1,0998 ‐17,00 16,25
Média mineira 0,9956 1,027 0,9752 1,4199 1,2469 -12,18 25,24
Fonte: Cepea – Esalq/USP – Boletim do Leite
AproduçãodeleiteemMinasGeraiscresceuaumataxamédiaanualde2,4%,nosúltimos20 anos, partindo de 5,6 bilhões de litros em 1997 para 9,0 bilhões em 2016. Ao longo desseperíodoaproduçãodeleitemineiracresceu60,2%.Onúmerodevacasordenhadas,porsuavez,erade4,0milhõesem1997eatingiusuamaiorexpressãoem2013,com5,9milhões.Apartirdaíessenúmerovemsereduzindo,chegandoa5,0milhõesdevacasordenhadasem2016.Apesardareduçãoregistrada,onúmeroatualé23,7%superioraototaldevacasordenhadashá20anos.Arelaçãoentreoscrescimentospercentuaisdaproduçãodeleiteedonúmerodevacasordenhadas
70
permiteverificarocrescimentodaprodutividadedesserebanhoquepartiude1.385,5,em1997,para1.778,7 litrosde leite/vaca/ano,em2016,expressandoumcrescimentode28,4%ao longodoperíodo.Valeressaltarque,emborasejaregistradareduçãonovolumedeleiteproduzidoenototaldevacasordenhadasnosúltimosquatroanos,aprodutividadedorebanhomineirodevacasordenhadas cresceuauma taxamédia anual de3,0%, sugerindoa incorporaçãode tecnologiaspelospecuaristasemseussistemasdeprodução.
Noquetangeaomercadoexterno,noperíodoentre1997e2001,houvesaldosensivelmentenegativo na balança comercial de produtos lácteos, com o estado importandomuitomais queexportando.Em2003,essasituaçãoérevertidaeoestadosemanteveexportadoraté2012,quandoarelaçãopraticamenteseequilibrou.Em2013,iniciou‐seumareaçãonomercado,permitindoqueem2015oestadoatingisse30,2miltdeexportação.Apesardocrescimentoregistrado,omesmonão se sustentou, ocorrendo, em2016, nova queda de aproximadamente um terço do volumeregistradoem2015.Ressalta‐se,noentanto,queapesardaquedaregistrada,ovolumedelácteosexportadosem2016foidequatrovezesovalordovolumeimportado.Talfatopodeserderivadodavalorizaçãoocorridanopreçodeleiteempónomercadomundial,oquepoderáaindacontribuirpara a retomada das exportações pelo estado nos próximos anos. Os dados de exportação eimportação não apresentam, portanto, correlação direta, nem linearidade de comportamentos,obedecendo, naturalmente, condições demercado e de acordos estabelecidos entre parceiroscomerciaisdoestado.
Quantoàprojeçãode2016,cujovolumedeleitefoide9,4bilhõesdelitros,observou‐seque,defato,foialcançadasomenteumaproduçãode8,9bilhões,valoresteinferioraoestimado.
Omodelomatemáticopropostoorientaparaumavariaçãopositivade23,1%,nospróximosdezanos,chegandoàproduçãode12.027milhõesdelitrosdeleiteem2027,comumataxadecrescimentoanualde2,1%.Aosecompararavariaçãodecrescimentopercentualentreasduasdécadas(2016/2026e2017/2027),verifica‐seumataxadecrescimentoestávelparaaproduçãodeleite.
Damesmaforma,onúmerodevacasordenhadasencerrouoanode2016com5,0milhõesdeanimais,abaixo,portanto,daexpectativade5,51milhõesdevacasordenhadas.Noentanto,omodelomatemáticotrabalhadoestimaem5,8milhõesototaldevacasordenhadasnoestadoem2017,numataxadecrescimentoanualde1,4%,eumcrescimentode14,7%,aolongodospróximosdezanos.
Aexpectativaemrelaçãoàprodutividadedorebanhodasvacasordenhadaséadequealcanceem2027,1.795litros/vaca/ano,umcrescimento,portanto,de6,6%nospróximosdezanos.
71
Tabela50‐Projeçõesdeproduçãodeleiteevacasordenhadas
Leite
Ano Produção (mil l) Vacas Ordenhadas (mil cabeças)
2017 9.767 5,8
Projeção2018 9.993 5,9
2019 10.219 6,0
2020 10.445 6,1
2021 10.671 6,2
2022 10.897 6,3
2023 11.123 6,4
2024 11.349 6,4
2025 11.575 6,5
2026 11.801 6,6
2027 12.027 6,7
2017/2027 Produção (mil l) Vacas Ordenhadas (mil cabeças)
Variação no período (%) 23,14 14,66
Taxa de cresc. anual (%) 2,10 1,38
MinasGeraiséosegundomaiorexportadordeleiteUHTeleiteempódopaís.Osdadosprojetadosparaaexportaçãoeaimportaçãodelácteospeloestadosugeremumasinalizaçãodecrescimentoemritmosdiferentesparaasduaspossibilidades,porémcomumvolumeexportadobastantesuperioraoimportado,oqueremeteaumaexpectativadesaldopositivoparaosprodutoslácteosnabalançacomercial.
Vale ressaltar, no entanto, que deve sempre ser considerada a conjuntura mundial,particularmente a do próprio mercado, que eventualmente pode vir gerar instabilidadesalterando as expectativas e projeções. Exemplo disso pode ser verificado em 2016, quandohouveaexpansãodasfronteirascomerciaispeloestado,quepassouaexportarlácteosparasetenovospaíses.Emcontrapartida,acriseeconômicapelaqualpassaaVenezuela,umdosprincipaisimportadoresdelácteosdoestado,fezcomqueaquelepaísretrocedesseacentuadamenteseuvolumedeleiteimportado.
72
Tabela51‐Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodeleite
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 42.398 8.979
2018 44.368 10.569
2019 46.338 12.551
2020 48.308 14.655
2021 50.278 16.971
2022 52.248 19.499
2023 54.218 22.239
2024 56.188 25.191
2025 58.158 28.355
2026 60.128 31.731
2027 62.098 35.319
2017/2027 Exportação (t) Importação (t)
Variação no período (%) 46,46 ‐
Taxa de cresc. anual (%) 3,89 ‐
MinasGeraiséreconhecidohistoricae internacionalmentepelasuaproduçãode leiteedederivados.Alémdedetentordaprimeiraposiçãonacionalnaproduçãodeleite,deumparqueindustrial de lácteos próximo amil estabelecimentos inspecionados, é conhecido emmercadosmundiaispelasuaproduçãopremiadadequeijosartesanais.Taisconstataçõesagregamumgrandenúmerodepessoaseinstituições,públicaseprivadas,quetornamosistemaagroindustrialdoleiteumdestacadosetordeoportunidadesedepotencialidadesparaoestado.
Todavia, vários são os desafios enfrentados pelo setor. Do acesso ao crédito ruralcom assistência técnica à política de importação de leite atualmente praticada, passando pelaescala de produção, gestão ambiental, organização e associativismo, infraestrutura e logística,legislação,qualidadeesegurançadeprodutoslácteos.Hádesafiosaseremenfrentadosdeformacomprometida,harmônicaesinérgicaentreosvárioscomponentesdosistemaagroindustrialdoleiteederivados,tantonaesferapúblicacomonainiciativaprivada.Somentecomaefetividadedeaçõessuperandoosdesafiosexistenteséqueserãoampliadasaspotencialidades.
73
LIMÃO
Em2016,MinasGeraisobteve86,4miltnaproduçãodelimão,oquesustentaaterceiracolocação no ranking nacional, superado apenas pelo estado de São Paulo e Bahia. O limãoé cultivado emdiferentes regiões do estado (Figura 19).ONorte deMinasmantéma primeiracolocação entre as principais regiões produtorasmineiras. O bom desempenho dessa região érepresentado pela contribuição dosmunicípios de Jaíba eMatias Cardoso com45,4% e 13,9%,respectivamente.Juntososdoismunicípiospraticamumaagriculturairrigadaresponsávelpormaisde59,3%daproduçãoestadual,ultrapassando51,2miltdafruta(Tabela52).
Figura19.Distribuiçãoespacialdaproduçãodelimão
Fonte: IBGE/PAM – 2016
Tabela52.Principaismunicípiosprodutoresdelimão
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
Jaíba NortedeMinas 39,2 45,4
MatiasCardoso NortedeMinas 12,0 13,9
Iturama Triângulo 7,4 8,5
BeloVale Central 5,4 6,3
Botelhos SuldeMinas 2,4 2,8
Total 66,4 76,8
Fonte: IBGE/PAM – 2016
O preçodoprodutovemcrescendode2007a2017e,nosúltimoscinco,anosapresentoucrescimentoexpressivo(Gráfico15).Avalorizaçãodaculturadolimãotempropiciado,nasregiõesprodutoras,a ampliaçãodo empregoe da renda, pormeio da diversificaçãoda produçãoe daconsolidaçãodaexportaçãodafruta,impactando positivamenteocrescimentodessaatividade.
74
Gráfico15.Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdolimãonomercadomineiro
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.Fonte: Seção de Informações de Mercado - CeasaMinas/Limão Tahiti. *R$/Kg. Deflacionado pelo IGP/DI.
A indicaçãoparaos próximosdez anos sinaliza aumentoda taxade crescimentomédioanualde4,5%daproduçãoede3,8%daárea.Aprojeçãoparaproduçãodasafra2027éde178,4milt,oquecorrespondeacréscimode55,5%sobreasafra2017.
Para a áreaestima‐seumaumentode44,5%,passandode4,9milhaem2017para7,1milhaem2027.Amédiadaprodutividadedeveserde26t/ha,nasafra2016,ede21,3t/haem2027.Essaestimativademonstrareduçãodaprodutividadeepodeserexplicadaporaltoscustosnaprodução,baixoíndicepluviométriconasregiõesprodutoras,ausênciadezoneamentoparaaculturaparafinsdeacessoaocréditoruraleameaçadenovaspragas (moscanegra,estrelinha,cancro cítricoegreening).
Tabela53.Projeçõesdeáreaedeproduçãodelimão
Ano Área Colhida (mil ha) Produção (mil t)
2017 4,90 114,77
Projeção2018 5,12 121,14
2019 5,34 127,51
2020 5,56 133,88
2021 5,80 140,25
2022 5,99 146,62
2023 6,21 152,99
2024 6,43 159,36
2025 6,65 165,73
2026 6,87 172,10
2027 7,08 178,47
2017/2027 Área (mil ha) Produção (mil t)
Variação no período (%) 44,45 55,50
Taxa de cresc. anual (%) 3,75 4,51
75
Aprojeçãodeexportaçãode limãoparaospróximosdezanosépassarde1,1mil tpara1,6mil tem2027,oquerepresentaumavariaçãonoperíodode52,9%(Tabela54).Noprimeirosemestrede2016,oprincipaldestinodolimãofoiaHolanda,com44,0%dascompras.Bélgica,Omã eReinoUnidoresponderampor31,2%dasexportaçõesmineirasdesseproduto.
Tabela54.Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodelimão
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 1.096 6,02
2018 1.154 6,45
2019 1.212 6,87
2020 1.270 7,30
2021 1.328 7,72
2022 1.386 8,14
2023 1.444 8,57
2024 1.502 8,99
2025 1.560 9,42
2026 1.618 9,84
2027 1.676 10,27
2017/2027 Exportação (t) Importação (t)
Variação no período (%) 52,92 70,39
Taxa de cresc. anual (%) 4,34 5,47
Nessecontexto,opotencialdeexportação,juntamentecomoaumentodaáreaplantada,aorganizaçãodacadeiaprodutivaeopreçodolimão,tantonomercadointernocomonoexterno,são fatores quepodem impulsionar a produção da fruta no estadonos próximosdez anos.Osprincipais riscos dessas projeções estão ligados ao desempenhomacroeconômico do país, aosincentivos para o desenvolvimento da fruticultura nacional, investimentos na infraestrutura dearmazenamentoetransporteeocontroledoavançodamaisgraveedestrutivadoençaqueatacaos cítricosqueé o Greening.
76
A exploração damanga no Brasil convive com sistemas extensivos cultivados em áreasesparsas,quintaisefundosdevalesempequenaspropriedades,formandobosquessubespontâneosecomsistemastecnificados,normalmenteirrigadoseemextensasáreas,visandoàproduçãodevariedadesselecionadasparaosmercadosinternoeexterno.
NossistemasextensivospredominamasvariedadeslocaisdotipoBourbon,Rosa,Espada,Coqueiro, Ouro, entre outras. Nos sistemas tecnificados predominam novas variedades demanga,principalmentedeorigemnorte‐americanaedecomprovadaaceitação pelosmercados,principalmenteparaconsumoin natura commelhorsabor.
Dentre as muitas variedades, a Tommy Atkins (de origem norte‐americana) é a maisproduzidaequepossuiamaiorparticipação novolumecomercializadodemanganomundo,devidoprincipalmenteàsuacoloraçãointensa,produçõeselevadaseresistênciaaotransporte.Noentanto,variedadescommelhorsaborvêmseprojetandonomercadomundial,comoaPalmer.Aevolução da produção da fruta fresca no Brasil tem assegurado o abastecimento da crescente demandadomésticae,aomesmotempo,conquistadoumacrescenteparticipação na pautadeexportações defrutas.Opaíséoterceiromaiorprodutormundialdefrutasfrescas,posiçãoconquistadapelascondiçõesfavoráveisdeclima,solo,águaparairrigaçãoedisponibilidadedeáreaquevemsendosustentadapelosinvestimentospúblicoseprivados.
Noanode2016,aproduçãomineirademangafoide85,7milt,representando8,6%dovolumenacionalcomáreacolhidade5,5milhaeprodutividadede15,7t/ha.Asvariedadesmaiscultivadascomercialmentesão:Palmer,Tomy Atkins e Haden.
Figura20.Distribuiçãoespacialdaproduçãodemanga
Fonte: IBGE/PAM – 2016
AregiãoNortedeMinaséaprincipalprodutora,beneficiadapelo sistemadeprodução irrigadaepelascondiçõesedafoclimáticas(Figura20).OsmunicípiosdeMatiasCardoso,Janaúba,Frutal,JaíbaeUberlândia,juntos,representam43,6%daproduçãomineira.
MANGA
77
Tabela55.Principaismunicípiosprodutoresdemanga
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
MatiasCardoso NortedeMinas 12,0 14,0
Janaúba NortedeMinas 10,8 12,6
Frutal Triângulo 5,7 6,7
Jaíba NortedeMinas 4,8 5,6
Uberlândia Triângulo 4,0 4,7
Total 37,3 43,6
Fonte: IBGE/PAM – 2016
A cultura damanga propiciou, nas regiões produtoras, a geração de emprego e renda,pormeio da diversificação da produção e a consolidação da exportação de frutas, impactandopositivamenteocrescimentodaatividadeemMinasGerais,oquerefletiunavalorizaçãodoproduto,cujopreçovemmantendocrescimento(Gráfico16).
Gráfico16.Comportamentodaproduçãoedospreçosdamanganomercadomineiro
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.Fonte: Seção de Informações de Mercado – CeasaMinas. *R$/Kg. Deflacionado pelo IGP/DI.
Aprojeçãoparaospróximosdezanosapontacrescimentonaproduçãode24,0%,oquerepresentaumataxadecrescimentomédioanualde2,2%,comligeiroacréscimode4,8%daárea (Tabela56).
78
Tabela56.Projeçõesdeáreaedeproduçãodemanga
Ano Área Colhida (mil ha) Produção (mil t)
2017 7,3 112,4
Projeção2018 7,3 115,1
2019 7,3 117,8
2020 7,4 120,5
2021 7,4 123,2
2022 7,5 125,9
2023 7,5 128,6
2024 7,5 131,3
2025 7,6 134,0
2026 7,6 136,7
2027 7,6 139,4
2017/2027 Área (mil ha) Produção (mil t)
Variação no período (%) 4,98 24,02
Taxa de cresc. anual (%) 0,49 2,18
Aprojeçãodeexportaçãodemangaparaospróximosdezanosépassarde1.319tpara1.879mil t, em 2027, o que representa uma variação no período de 42,5%, com uma taxa decrescimentoanual,equivalentea3,6%(Tabela57).
Tabela57.Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodemanga
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 1.319 ‐
2018 1.375 ‐
2019 1.431 ‐
2020 1.487 ‐
2021 1.543 ‐
2022 1.599 ‐
2023 1.655 ‐
2024 1.711 ‐
2025 1.767 ‐
2026 1.823 ‐
2027 1.879 ‐
2017/2027 Exportação (t) Importação (t)
Variação no período (%) 42,46 ‐
Taxa de cresc. anual (%) 3,60 ‐
Osprincipais riscosdessasprojeçõesestão ligadosaodesempenhomacroeconômicodopaís,aos incentivosparaodesenvolvimentodafruticulturae investimentosna infraestruturadebeneficiamento,transporteearmazenamento.Noentanto,devidoàqualidadequeseapresenta,afrutavemganhandoogostodoconsumidorinternoeoconsumidordoexterior.
79
MEL
OestadodeMinasGeraisocupao4ºlugarno rankingnacionalcom11,6%daproduçãodemel(IBGE2015),mascompotencialdecrescimentoparaquepossatermelhorclassificação,compossibilidadedeatingiro2ºlugar,segundoestimativasdaEmater‐MG.
Paraquepossaalcançarumpatamarmaisaltoseránecessárioinvestiremalgumasáreasprioritárias, como a da assistência técnica aos apicultores e suas formas associativas, além doincentivo ao crédito de uma forma acessível, bem como recursos para os programas sociais decomercialização,incluindoosmercadosinstitucionais.
Atualmente, segundo dados da Emater‐MG, Minas Gerais possui 7.180 apicultoresdistribuídos em várias regiões do estado, principalmente nas que apresentammaior coberturavegetalnativaeemáreasreflorestadascommenoresáreasdeagriculturaintensiva.
AproduçãodoscincomunicípiosmaioresprodutoresemMinasGeraiséde642,80tdemel,oequivalentea13,1%doestado.
Figura21‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodemel
Fonte: IBGE/PPM – 2016
Tabela58.Principaismunicípiosprodutoresdemel
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
Bocaiúva NortedeMinas 180,0 3,7
Itamarandiba Jequitinhonha/Mucuri 150,0 3,1
Sabinópolis RioDoce 118,8 2,4
TrêsMarias Central 110,0 2,2
JoãoMonlevade Central 84,0 1,7
Total 642,8 13,1
Fonte: IBGE/PPM – 2016
Considerandoasériededadosde1997a2006,aproduçãoemMinasteveumcrescimentode94,1%,enquantode2006a2016oaumentonaproduçãofoide109,1%,sendoquenaexportaçãonosdoisperíodoscitadosocrescimentofoide1.495,3%e890,2%,respectivamente.Alémdisso,o
80
consumo per captaobteveaumentode76gem1997e143gem2016.
Projeta‐se,paraospróximosdezanos,queaproduçãodemelpassaráde4,3miltpara5,8milt,umavariaçãode34,7%noperíodoetaxadecrescimentode3,0%.
Tabela59.Projeçõesdeproduçãodemel
Ano Produção (mil t)
2017 4,30
Projeção2018 4,45
2019 4,60
2020 4,75
2021 4,90
2022 5,04
2023 5,19
2024 5,34
2025 5,49
2026 5,64
2027 5,79
2017/2027 Produção (mil t)
Variação no período (%) 34,66
Taxa de cresc. anual (%) 3,02
Asestimativasparaopróximodecênio,noquetangeàsexportações,revelamumexpressivovolumedevendasexternas,queatingirão2,1miltem2027,comtaxadecrescimentoanualequivalentea4,5%.
Tabela60.Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodemel
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 1.534,70 ‐
2018 1.430,40 ‐
2019 1.506,10 ‐
2020 1.581,80 ‐
2021 1.657,50 ‐
2022 1.733,20 ‐
2023 1.808,90 ‐
2024 1.884,60 ‐
2025 1.960,30 ‐
2026 2.036,00 ‐
2027 2.111,70 ‐
2017/2027 Exportação (t)
Variação no período (%) 55,88
Taxa de cresc. anual (%) 4,54
81
OVOS
Diferentementedaaviculturadecorte,naposturaosistemadeintegraçãonãoéutilizado,predominando a produção verticalizada, na qual o produtor é também o responsável peloprocessamentodosovosparaacomercialização.AaviculturadeposturaestádistribuídaportodooEstadodeMinasGerais(Figura22).
Figura22‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodeovos
Fonte: IBGE/PPM – 2016
Aproduçãodeovosocorreemgranjastradicionais,dotipocaliforniano,mastambémemgranjastecnificadas,comoéocasodaregiãodoSuldeMinas,ondeestãoalojadascercade12,0milhõesdeaves.
Das 199 granjas de ovos de consumo que estão ativas no estado, a grande parte éclassificadacomocalifornianas.Taisgranjaspossuemestruturarústica,menorquantidadedeavesalojadasporgalpãoeestãovoltadas,principalmente,paraomercadointerno.Tem‐seobservadoqueoaumentodas temperaturasmédiasnosúltimosanos,decorrentedoaquecimentoglobal,temcausadomortalidadeconsideráveldasavescriadasnessesistema.Umaalternativaquetemsido adotada pelos avicultores é o investimento em galpões automatizados e climatizados, quemelhoramconsideravelmenteosíndicesdeprodutividadesdosplantéis.
OsmunicípiosdeMontesClaros,NepomucenoeSantoAntôniodoMonterepresentamumimportantepolodeaviculturadeposturadeovosdeconsumo.Emcontrapartida,oSuldeMinas,especificamenteosmunicípiosdeItanhandu,Itamonte,PousoAltoePassaQuatro,écaracterizadoporpossuirgranjasmaiores,amaiorpartedelascomgalpõesautomatizadosecommaiornúmerodeavesalojadas,cercade100mil.Partedestaproduçãoestávoltadaaomercadoexterno.
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Tabela61‐Principaismunicípiosprodutoresdeovos
Município Regiões Produção (milhões de dúzias) % em MG
Itanhandu SuldeMinas 87,4 24,0
MontesClaros NortedeMinas 51,0 14,0
PassaQuatro SuldeMinas 34,1 9,3
Nepomuceno SuldeMinas 23,8 6,5
Uberlândia Triângulo 17,5 4,8
Total 213,8 58,6
Fonte: IBGE/PPM – 2016
No último decênio (2006 a 2016), observa‐se que o alojamento de aves de posturaapresentoutaxadecrescimentonegativo(‐5,9%),acompanhandoatendênciabrasileiradereduçãononúmerodeavesalojadas.Essaatividadeédemandantedemilhoefarelodesoja,produtosdacomposiçãodaração,insumoimportantenaaviculturadepostura,querepresentaaté70,0%docustodeproduçãodeumagranja.Omilho,principal insumoda ração, influidiretamente sobreacadeiadeproduçãodeovos,que irápesaremmaioroumenorgraunoscustosdeprodução,conformesuacotaçãonomercado.Oequilíbrioentreaofertaeademandaéasseguradocomoajusterápidonasgranjasprodutoraspelareduçãoouampliaçãodonúmerodeavesalojadascomoobjetivodeotimizarseusresultados.
Mesmocomareduçãodaprodução,emváriosanos,ocorreuaevoluçãodoconsumoper capita, saltandode148ovosem2010para190ovosporhabitante,em2016.Essa situação foifavorávelparaamelhoriacontínuanospreçospagospelacaixade30dúziasdeovos(Gráfico17).
Gráfico17‐Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdeovosnomercadomineiro
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.Fonte: Cepea/USP e Avimig. *R$/cx (30 dúzias). Deflacionado pelo IGP/DI.
Paraoanode2017,aaviculturadeposturacomercialalojoupintainhassuficientesparaaumentaraproduçãodeovosecrescerinternaeexternamente.Mas,diantedacriseinternaquecontinuaafetandoaeconomianodecorrerde2017,oavançonoconsumoper capita,sehouver,tendeaserpequeno.
Aprojeçãosinalizaparaumareduçãononúmerodeavesalojadas,bemcomodaprodução
83
deovosnoestado (Tabela62). Esse indicativo temcomobase a reduçãodaproduçãoocorridadesde2009.Noentanto,essasituaçãopodeserrevertida,desdequeocorraumaintensificaçãodascampanhaspró‐consumodeovoseocenáriosetornefavorável.
Tabela62.Projeçõesdeproduçãodeovosegalinhaspoedeiras
Ano Produção (milhões de dúzias) Galinhas poedeiras (milhões cabeças)
2017 340,7 20,9
Projeção2018 330,3 20,8
2019 318,5 20,7
2020 305,3 20,5
2021 290,8 20,4
2022 274,7 20,3
2023 257,3 20,1
2024 238,5 20,0
2025 218,3 19,9
2026 196,6 19,7
2027 173,5 19,6
2017/2027 Produção (milhões de dúzias) Galinhas poedeiras (milhões cabeças)
Variação no período (%) ‐ ‐6,31
Taxa de cresc. anual (%) ‐ ‐0,65
Por ser uma proteína acessível, os ovos têm muitos benefícios que contribuem paraalimentarapopulaçãomundial,cujaestimativaatualmostraquecercade1,0bilhãodepessoassofremcomalgumtipodesubnutrição.
Minas Gerais possui algumas granjas, que implantaram sistemas de processamento deovos(pasteurizados, líquidoseempó),oquepossibilitouatenderconsumidoresdiferenciadoseampliarnovosmercados.Assim,permitiu‐sequeasexportaçõesdeovosederivadosalcançassemposiçãodedestaquenocenárionacional,tendoesteitemaliderançanasvendas.Asexportaçõesestiveramconcentradasemumcomprador,EmiradosÁrabesUnidos,queadquiriram78,3%,em2016,oqueresultouemumareceitadeUS$4,1milhões.Noentanto,osEmiradosvêmreduzindosignificativamenteasuaimportação.Paramanterasexpectativasascendentes,torna‐senecessárioconquistarnovosmercadoseintensificarinvestimentosemmarketingenamelhoriadosprocessosdeproduçãoparatornaroprodutomaiscompetitivo.
84
Tabela63.Projeçõesdeexportaçãoeimportaçãodeovos
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 17.572 5,2
2018 18.587 4,7
2019 19.602 4,2
2020 20.617 3,7
2021 21.632 3,2
2022 22.662 2,6
2023 23.662 2,1
2024 24.677 1,6
2025 25.692 1,1
2026 26.707 0,6
2027 27.722 0,1
2017/2027 Exportação (t) Importação (t)
Variação no período (%) 57,76 ‐97,32
Taxa de cresc. anual (%) 4,66 ‐30,38
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TANGERINA
Produzidaemtodoterritóriomineiro,atangerina,culturaquepertenceaogrupodeplantasdogêneroCitrus,éorigináriaprincipalmentedasregiõessubtropicaisetropicaisdosulesudestedaÁsia,incluindoáreasdaAustráliaeÁfrica.ChegouaoBrasiltrazidapelosportugueses,noséculoXVI.
Atualmente, as regiões que se destacam em produção são: Sudeste e Sul do país, queforneceramjuntoscercade93,3%dovolumenacionalem2016.
Noanode2016,MinasGeraisassumiuosegundolugarnoranking,ultrapassandooRioGrandedoSuleoParaná.
Atangerinaéproduzidaemtodooestado(Figura23),comdestaquepararegiõesCentral,Zona da Mata e Sul de Minas. Em âmbito municipal, os maiores resultados positivos foramregistradosporBeloVale(Central),Campanha(Sul),BrumadinhoePiedadedosGerais(Central)eTocantins(ZonadaMata).
Figura23‐Distribuiçãoespacialdaproduçãodetangerina
Fonte: IBGE/PAM – 2016
Tabela63‐Principaismunicípiosprodutoresdetangerina
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
BeloVale Central 45,0 21,3
Campanha SuldeMinas 24,3 11,5
Brumadinho Central 18,5 8,6
PiedadedosGerais Central 18,2 7,1
Tocantins ZonadaMata 15,0 4,8
Total 121,0 53,3
Fonte: IBGE/PAM – 2016
86
A cultura da tangerina proporcionou, nas regiões produtoras, a geração de emprego erenda, pormeio da diversificação da produção existente e da consolidação das exportações dafruta.IssorefletiunocrescimentodaatividadeemMinasGerais,valorizandooproduto,cujopreçovemmantendocrescimento,comopodeservistonográfico18.
Os municípios da região Central, que distam em média 162,4 Km da CeasaMinas deContagem,atendemmajoritariamenteessemercado.Poroutrolado,asoutrasregiõesprodutorasexplorammaisoutrosmercados,comoodeSãoPauloeRiodeJaneiro.
Gráfico18.ComportamentodaproduçãoestadualedospreçosdatangerinaPonkannomercadomineiro
Os preços referem-se à média anual. Os preços de 2017 referem-se a média de janeiro a agosto.
Fonte: Seção de Informações de Mercado - CeasaMinas/Tangerina Ponkan. *R$/Kg. Deflacionado pelo IGP/DI.
Aqualidadedoprodutoofertadoéumpontopositivoparaaculturaevemaoencontrodaexigênciadoconsumidorfinal,mostrandoserumatendênciafortedemercadoparaasfrutascomoumtodo.Jáascondiçõesedafoclimáticasdesfavoráveis,dificuldadesdeacessoaocréditorural,aameaçadenovaspragasedoençaspodemserfatoresqueprejudiquemocrescimentodaculturaemtodopaís.AdoençademaiorpreocupaçãoparaacitriculturaéoGreening(Huanglongbing/HLB),devidoàssuascaracterísticasaltamentedestrutivas,derápidadisseminaçãoededifícilcontrole.
Aprojeçãodatangerinaparaospróximosdezanosquantoàáreaapontaqueaproduçãoalcançará299,5milt,comvariaçãode43,4%.Aárea,atingirá1,01milha,incrementode22,8%.
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Tabela64.Projeçõesdeáreaedeproduçãodetangerina
Ano Área (mil ha) Produção (mil t)
2017 8,2 208,8
Projeção2018 8,4 217,8
2019 8,6 226,9
2020 8,8 236,0
2021 8,9 245,1
2022 9,1 254,1
2023 9,3 263,2
2024 9,5 272,3
2025 9,7 281,3
2026 9,9 290,4
2027 10,1 299,5
4,5 Área (mil ha) Produção (mil t)
Variação no período (%) 22,81 43,44
Taxa de cresc. anual (%) 2,08 3,67
Osprincipais riscosdessasprojeçõesestão ligadosaodesempenhomacroeconômicodopaís,aos incentivosparaodesenvolvimentodafruticulturae investimentosna infraestruturadebeneficiamento, transportee armazenamento.Outro fatorquepoderá afetar significativamenteessaatividadeéoGreening.Umcontroleefetivodessadoençaéessencialparaqueasestimativasapresentadaspara2027seconsolidem.
88
EmMinasGeraisháproduçãodetomatedemesaeindústria.Omaiorvolumeofertadonoestadoéreferenteaotomatedemesa,queévendidoin natura.
Aestimativaanualdaáreadecultivodetomatedemesaédecercade6.500a7.000ha,perfazendo81,0%daáreaplantadaede3.000a3.500hadetomateparaaindústria,ocupando19,0%daáreaplantada(Figura24).
AliderançanacionalnaproduçãodetomatedemesaemvolumepertenceaoestadodeMinasGerais,fazendofrenteaSãoPaulo.Emrelaçãoàproduçãoparaindústria,oestadoocupaaterceiraposição,precedidodeGoiáseSãoPaulo.Aproduçãonacionaldetomateindustrialemesaestáemtornode4,1milhõesdet,comumaáreatotalcultivadade62,1milha.OcustototalmédiodeproduçãodotomateindustrialfoideR$15miledotomatedemesadeR$76mil.Aestimavaéqueosetorempregue15.000pessoasnocampo.
Os maiores municípios produtores de tomate de mesa emMinas são: Araguari, LagoaFormosaeCarandaí.OsmunicípiosdoJaíba,PresidenteOlegário,PatosdeMinas,SãoGonçalodoAbaeté,Manga,VarjãodeMinas,LagoaGrandesãoossetemunicípiosqueproduzemtomatedeindústria,comproduçãode67mil,45mil,20mil,12mil,11,9mil;11mile10mil,respectivamente.Aproduçãototaléde176,9milt(Tabela64).
Figura24.Distribuiçãoespacialdaproduçãodetomate(mesaeindustrial)
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
TOMATE
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Tabela64.Principaismunicípiosprodutoresdetomate(mesaeindustrial)
Município Regiões Produção (mil t) % em MG
Araguari Triângulo 96,0 14,4
Jaíba NortedeMinas 67,0 10,0
PresidenteOlegário NoroestedeMinas 45,0 6,7
LagoaFormosa AltoParanaíba 22,4 3,4
Carandaí Central 21,3 3,2
Total 251,7 37,7
Fonte: IBGE/LSPA – junho 2017
A áreaproduzidacomtomatedemesanoestadovemsemantendoestávelnosúltimosanos.Emrelaçãoàproduçãoindustrial,comamudançadoparquedeprocessamentonoano2000,houvedecréscimona áreacultivadanasregiõesdoTriânguloMineiroeAltoParanaíba,emMinasGerais.Jáapartirde2006,observa‐seoressurgimentodocultivonosmunicípiosdoAltoParanaíbaedoNortedeMinas,principalmentenoperímetroirrigadodoJaíba.
Ospreçosdotomateindustrialvariamdeacordocomaépocadoano,qualidadeeoteordesólidossolúveisencontradosnosfrutos.Soma‐seaissoqueocálculodoíndicedeprodutividadetecnológica,quelevaemconsideraçãotambémoteordesólidossolúveis,determinaorendimentoindustrialdalavouraeassimestabeleceopreçopagopeloproduto.
Paraotomatedemesaostiposecultivaresquedeterminamospreçosnomercadosão:SantaCruz,LongaVidaeoSaladeteoutipoItaliano.
Devidoaosaboretextura,oSaladetevemganhandomercadonosúltimosanospelamaioraceitaçãoemelhorespreçospagosnoatacado,cujospreços sãosuperioresaoSantaCruzeLongaVida.
Nosdoissegmentos,industrialetomatedemesa,oqueorganizaospreçosdomercadoé aleidaofertaedaprocura,comquedadospreçosnosperíodosdemaiorsafra.EmMinasGerais,esseperíodoocorrenosmesesdeabrilasetembro,edemenorofertacommaiorespreçosnosmesesdeoutubroamarço.
Avalia‐sequea tomadadedecisãodosprodutoresemmantere/ouexpandir aáreade produção de tomate na safra seguinte é feita de acordo com os resultados financeiros (preços x custos) obtidos no ano anterior. Essa decisão tambémocorre devido ao alto custo e risco deimplantaçãodaculturaque,comresultadosnegativos,descapitalizaoprodutoreficareduzidaapossibilidadedecusteiodenovaslavourasdetomate.
AproduçãodotomateemMinasGerais,nosúltimosdoisanos,vemmantendoarelaçãodeproduçãoepreço.Noanode2017,principalmentedevidoàcrisefinanceiraqueocorrenopaíseatingediretamenteopoderdecompradoconsumidor,sinalizaumanodereduçãodepreçosnoatacado,oquepoderálevaraumareduçãodaáreaplantadaem2018,comaumentodospreçospraticadosnomercadoatacadista.(Gráfico19).
90
Gráfico19.Comportamentodaproduçãoestadualedospreçosdotomatenomercadomineiro
Os preços referem-se à média anual. (‘) Os preços de 2017 referem-se à média de janeiro a agosto.
Fonte: Seção de Informações de Mercado – CeasaMinas/Tomate Longa Vida. *R$/Kg. Deflacionado pelo IGP/DI.
Nosúltimos20anos,aproduçãodetomateduplicounoBrasiletambémnomundo.Osfatoresquecorrelacionamesse incrementodaproduçãopodemseroaumentodoconsumodotomate in natura, bemcomonaformadeprodutosindustrializados,queatualmenteéde18kg/pessoa/anonoBrasil.
Atualmente,otomatevemsendocultivadoempaísesdaÁfricaedaÁsia,tirandoofocodaproduçãodospaísesdaAméricadoNorteedaEuropa.AChinavemdespontandocomoumagrandepotêncianoprocessamentodetomate.
OBrasil sedestacaem termosdeprodutividade. Issoocorredevidoà adoçãodenovastecnologiasporpartedostomaticultores,alcançandoprodutividademédiade58t/ha,bemacimadamédiamundial,queéde27t/ha.Estima‐sequecercade84,0%dassementesdetomatecultivadashojenoBrasilsejamdehíbridos.
Comosurgimentodecultivaresespeciaisdenominadasgourmet,comfrutosdeformatosvariadosemaiorconcentraçãodeaçúcares,estãoaparecendonovosnichosdemercado.Aindústriatambémsegueessemodeloepromoveprodutosprocessadosdiferenciados,comootomatepeladoparamolho,despertandomaiorinteressedoconsumidoreampliandosobremaneiraoconsumo.
NoBrasil,ataxadecrescimentodaofertadeprodutosorgânicoséde30,0%aoanoeomesmo ocorre no segmento de tomate orgânico, que nos últimos anos vem tomando corpo eganhandomercado,oquesetraduznumgrandepotencialparaoaumentodasáreascultivadasnessesistema.Poroutrolado,osproblemasdeescassezdeáguaemalgumasregiões,adependênciadomercadointernacionalemtermosdeinsumos,areduçãodamãodeobraeaperdadepoderdecompradapopulaçãosãofatoresquepoderãolimitaramédioelongoprazoaexpansãodasáreas deprodução.
Observa‐sequenomodelomatemáticopropostoháumaumentodaáreacolhidaereduçãodaprodução,comaconsequênciadaquedadaprodutividade,oquevainacontramãodaexpectativa
91
dostomaticultores,jáqueatendênciaédeadoçãodetecnologiasquepromovamincrementosnorendimentoporhectare.
Tabela65.Projeçõesdeáreaedeproduçãodetomate
Ano Área colhida (mil ha) Produção (mil t)
2017 9 668
Projeção2018 10 610
2019 11 614
2020 11 618
2021 12 621
2022 13 625
2023 14 628
2024 14 632
2025 15 636
2026 16 639
2027 17 643
2017/2027 Área colhida (mil ha) Produção (mil t)
Variação no período (%) ‐ ‐3,69
Taxa de cresc. anual (%) ‐ ‐0,38
Osprincipaisitensdeimportaçãoeexportaçãodetomateestãorelacionadosaosprodutosprocessados,comoextratodetomate,ketchup,entreoutros.Aexportaçãodoprodutofrescoaindaémuitoincipiente,devidoàsbarreirasfitossanitáriaseàdeficiêncialogísticadosprodutores.
Tabela66.Projeçõesparaexportaçãoeimportaçãodetomate
Ano Exportação (t) Importação (t)
2017 1.770 3.156
2018 1.607 4.210
2019 1.444 5.381
2020 1.281 6.668
2021 1.118 8.072
2022 955 9.592
2023 792 11.229
2024 629 12.982
2025 466 14.852
2026 303 16.839
2027 140 18.942
2017/2027 Exportação (t) Importação (t)
Variação no período (%) ‐92,09 ‐
Taxa de cresc. anual (%) ‐22,41 ‐
92
ALICEWEB ‐ SistemadeAnálise das Informações deComércio Exterior. Ministério da Indústria,ComércioeServiços
CEASAMINAS–www.ceasaminas.com.br
CONAB,CompanhiaNacionaldeAbastecimento.http://www.conab.gov.br/
FAO–OrganizaçãodasNaçõesUnidasparaaAlimentaçãoeaAgricultura–www.fao.org
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USDA–UnitedStatesDepartmentofAgriculture‐https://www.usda.gov
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Governador do Estado de Minas GeraisFernandoDamataPimentel
Vice-Governador do EstadoAntônioEustáquioAndradeFerreira
Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e AbastecimentoPedroCláudioCoutinhoLeitão
Secretário-Adjunto de Agricultura, Pecuária e AbastecimentoAmarildoJoséBrumanoKalil
Subsecretaria de Política e Economia AgrícolaMariaIvoneRamalhodosSantos
Superintendente de Política e Economia AgrícolaJoãoRicardoAlbanez
CoordenadoresJoãoRicardoAlbanez–Seapa
LucíolaVellosoFerreiraMurtaPark–SeapaManoelaTeixeiradeOliveira–Seapa
VictorSoaresLopes–Seapa
ColaboradoresAlbertoMarcattiNeto–Epamig
AnaCristinaPintoJuhasz–EpamigCarlosJulianoBrantAlbuquerque–UFMG
DenySanábio–Emater‐MGFelicianoNogueiradeOliveira–Emater‐MG
FlávioAntônio–Emater‐MGFranciscoAugustoLaraSouza–Seapa
GeraldoAntônioResendeMacêdo–EpamigGeorgetonSilveira–Emater‐MG
IzabellaHergot–IMAJoaquimGonçalvesdePádua–Epamig
JoãoRobertodeMelloRodrigues–EpamigJoséRogérioLara–Emater‐MG
LauraCanedo–IMALuizFernandoMendes–Emater‐MG
MarceloFranco–Emater‐MGMarianaGabrielaPaulaMoreiraMarotta–Seapa
MaurícioCoelho–Epamig
EXPEDIENTE
NatháliaRabeloPereiraOliveira–SeapaNíwtonCastroMoraes–SeapaRaulMariaCássia–Emater‐MGSergioBrásRegina–Emater‐MG
WilsonMourãoLasmar–Emater‐MG
Apoio TécnicoBárbaradeAndradePortilhoSantos
CreumaDamásioVianaErnaneSantosLima
FátimaAparecidaLagePinheiroMarcoAntônioFigueiredoRomualdoMariaRaymundaRamosFernandes
Diagramação e Projeto GráficoÉllidaAlves–Seapa
RevisãoMárciaFrança–Seapa
Governo do Estado de Minas Gerais
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
SubsecretariadePolíticaeEconomiaAgrícola
SuperintendênciadeAbastecimentoeEconomiaAgrícola
Contate-nos:SuperintendênciadeAbastecimentoeEconomiaAgrícola–SAEA
Endereço:RodoviaPapaJoãoPauloII,4.001BairroSerraVerde–PrédioGerais–10ºandarCEP:31630‐901–BeloHorizonte/MG
(31)3915‐8601www.agricultura.mg.gov.br