Derivativos
Vinícius Kendi Ogawa Alves dos Santos
Gestão de Riscos
Gestão de Riscos
• Motivo
– Capacidade de endividamento
– Manter orçamento de capital ótimo aolongo do tempo
– Dificuldades financeiras
• Vantagens comparativas com cobertura de risco(hedge)
• Custos de empréstimos
• Efeitos fiscais
• Sistema de remuneração
Tipos de riscos
• Riscos puros
• Riscos especulativos
• Riscos risco de demanda
• Riscos de insumos
• Riscos financeiros
• Riscos patrimoniais
• Riscos do passivo trabalhista
Tipos de riscos
• Riscos ambientais
• Riscos de responsabilidade
• Riscos seguráveis
Tipos de riscos
Processo de identificação de risco
1. Identificar os riscos aos quais a empresaestá exposta
2. Calcular o efeito potencial de cada risco
3. Decidir como cada risco relevante deveser tratado
Algumas técnicas de redução de riscos
• Transferir risco para uma seguradora
• Transferir a função que produz risco aterceiros
• Comprar contratos derivativos para reduziro risco
• Reduzir a probabilidade de ocorrência de um evento adverso
• Diminuir a magnitude da perda associada a um evento adverso
• Evitar totalmente atividades que propiciem o risco
Algumas técnicas de redução de riscos
Como os derivativos podem reduzir os riscos?
De onde vem o nome derivativos?
• Um derivativo pode ser definido como um instrumento financeiro cujo valor depende (deriva) de valores de outras variáveis mais básicas ao qual ele se refere. (HULL, 2009)
• Título cujo valor é determinado pelo preço de mercado ou taxa de juros de algum outro título. (Ehrhard e Brigham, 2012)
• Na perspectiva de Lima, Lima e Pimentel,2012 eles afirmam que uma visão rigorosaderivativos são derivativos se:
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Se seu valor se altera em
resposta à mudanças...
Não requer investimento
inicial ou se sim muito pequeno
Será liquidado no futuro
De onde vem o nome derivativos?
O que são derivativos?
• Como surgiu?
• Problema:Produção continua x sazonalidade da colheita
Incerteza do futuroRiscos financeiros
• Solução: Fixar o preço no início do ano
• Resultado: Risco assumido em ambas as partes
Menos preocupação com incertezasVenda garantidaMelhor planejamento
Contrato a termoHedge = proteção de riscos
O que são derivativos?
• São ativos cuja formação de preços está sujeita a variação de preços de outros ativos;• Foram criados com o objetivo de se transferir riscos entre os participantes do mercado;
O que são derivativos?
• Os derivativos são uma forma de se negociar apenas a oscilação de preços dos ativos sem haver necessariamente a negociação física.
O que são derivativos?
• Os derivativos representam operações que poderiam, em sua maioria, ser realizadas com o ativo referência, no mercado à vista (“Spot”);
Ex: Mercadorias, moedas, ações, títulos de renda fixa, etc;
• Consomem pouco caixa, quando comparados à negociação com o ativo referente.
O que são derivativos?
• São quantificáveis por modelos matemáticos próprios e com características distintas para cada ativo referência;
• Podem figurar tanto em posições compradas (“Long”) quanto em posições vendidas (“Short”).
O que são derivativos?
Características básicas de derivativos negociados em bolsa
• Padronizados;• Possuem grande liquidez;
• São fiscalizados;• Transparentes;
• Preços determinados pelos participantes do mercado;
• Risco de crédito uniforme e garantido pela bolsa;
BM&F: negociam-se derivativos de duas naturezas distintas:
• Derivativos agropecuários: têm como ativo objeto commodities agrícolas, tais como café, boi ,milho, soja;
• Derivativos financeiros: têm o seu valor de mercado referenciado em alguma taxa ou índice financeiro: taxa de juros, taxas de inflação, taxas de câmbio, índices de ações.
Derivativos negociados em bolsa
HISTÓRICO DE DERIVATIVOS
• Nasce a partir da sazonalidade dosprodutos agrícolas
• Buscava eliminar riscos no períodos de entressafra
• Fixação de preço – “Preços Futuros”
Derivativos: elementos históricos
• O termo bolsa advém da cidade de Bruges, naBélgica, 1487
• Ocorriam assembleias num casa da famíliaVan der Burse
• O bouquet de tulipa chegou a ser negociadoem valor atual US$ 34’584
Derivativos: elementos históricos
Valor equivalentes das tulipas em 1635
BensFlorim
(Moeda da Holanda em 1635)
Dólares
1998
2 sacos de trigo 448 440
4 sacos de centeio 558 1.152
4 bois 480 3.476
8 porcos 240 1.134
12 carneiros 120 702
2 barris de vinho 70 4.792
4.000 litros de cerveja 32 7.571
2 toneladas de manteiga 192 6.109
1.000 libras de queijo 120 6.980
1 cama 100 1.410
1 armário 80 750
1 copo de prata 60 68
Total
equivalente a 1 bouquet2.500 34.584
Derivativos: elementos históricos
• Em 1848 nasce a CBOT – Chicago Board of Trade
• Bolsa de mercadorias e futuros de Chicago
• Eles nasce a partir do aparecimento dos intermediários.
• Negociantes de futuros
Derivativos: elementos históricos
• No Brasil, em 1917 surge a Bolsa de Mercadorias de São Paulo, ainda não negociava futuros
• Em 1983, Constitui-se a Bolsa Brasileira de Futuros
• Em 1986, a bolsa de mercados de São Paulo vira BM&F
• Em 1991, se unificam a BBF e a BM&F e em 2008 une-se com a BOVESPA e passa à ser BM&FBOVESPA
Derivativos: elementos históricos no Brasil
• Visa melhor uma eficiência
• Diminuição dos custos de operação
• Hedge?(Riscos semelhantes entre as contrapartes. Natural)
O QUE BUSCA ORGANIZAR-SE?
• Especuladores, visavam a alavancagem
• A priori aumentaria os riscos
• Na verdade estabilizavam o mercado
• Absorvendo riscos
• Hegde Naturais
• Hedge Simétricos, riscos são eliminados
• Hedge Assimétricos, transferidos ou eliminados por meio de diversificação de uma entidade financeira mais robusta
• Seguros é ...
Koch Ind.
• Altamente Diversificada
• Têm gestão de riscos?
GESTÃO DE RISCOS?
Pespi Bottling Group
• Monitorar riscos dos fornecedores
• Perdeu antes disso 100mi no Lehman Brothers
GESTÃO DE RISCOS?
MITIGAR, GERIR, OU TRANSFERIR
PASSO1
• Identificar• Observar a que está exposto
PASSO 2
• Calcular o efeito• Foca nos mais sérios
PASSO 3
• Decidir como tratar /Transferir para terceiros ou segurados• Reduzir sua ocorrência/ “Dos males o menor”• Derivativos
• Gestão de Risco?� Identificação de eventos que poderiam ter conseqüências financeiras
adversas.� Busca-se minimizar ou prevenir o dano causado por esses eventos.
• Insumos e custos
• “Se proteger de riscos sem aumentar os riscos”
GESTÃO DE RISCOS E OS DERIVATIVOS
GESTÃO DE RISCOS E OS DERIVATIVOS
• Ex. Desde 2011 nos EUA grandesempreendimentos como prédios comerciais,shopping centers, refinarias de petróleos, aviõese navios.
• Seguro Contra Atentados Terroristas (TRIA,inglês)
RISCOS
RAZÕES PARA ADMINISTRAR
O RISCO
Plastics Inc.
• Insumo: Petróleo
• Manutenção de Contrato:500mil por $20 cada
• Petróleo Lucro
CASES
• Garantir o preço do petróleo.
• Fluxo de caixa livre futuros esperados aumentem
• WACC cair(wacc –custo médio ponderado de capital)
• Isso aumentaria o preço da ação?
• Capacidade de endividamento(diminuir a probabilidade de falência)
• Manter orçamento de capital ótimo ao longo do tempo(mix entre capital próprio e de terceiros para manter o fluxo de caixa estável)
• Dificuldades financeiras(reduzir as oscilações do fluxo de caixa)
• Vantagens comparativas com cobertura de risco(cobertura mais eficiente de riscos)
• Custo de empréstimos
• Efeitos fiscais(estabilizar o ganho reduz a carga tributária)
• Sistemas de remuneração(pagamento ao executivos por esforços extras na busca por novos investimentos)
• Um levantamento em 1998 apontou que 83% das empresas com valor de mercado acima de 1,2Bi dedicavam a gestão do riscos
• Derivativos são ferramentas mais importantes para os gestores de risco
E NOS NOTICIÁRIOS?
• Altamente alavancados: Não admitem erros• Complexo: Caso não sejamos, G-Managers• Falta de controle apropriado (alta gerência)
PERIGOSOS???
PERIGOSOS???
Faces of rogue trading (from left): Former Société Générale juniortrader Jerome Kerviel, former Barings Bank trader Nick Leesonand UBS investment desk trader Kweku Adoboli
PERIGOSOS???
• Caso Barings Bank (Banco da rainha inglesa)
• Um funcionário FUECA (não passaria em AI com Dr. ISIDRO) se envolveu em transações equivocadas e levou todo o banco à falência
PERIGOSOS???
Lições do caso Baring
Role of traders� Customer trade� Arbitrage� Position trades
Role of the back office� Oversight on trader behavior� Needs to be independent of traders
Role of main office� Needs to understand and better scrutinize
anomalous cash flows� Better understand the derivatives business
Mensagem da gestão de risco
Risco operacional� Fraude� Controles inadequados
Teria VaR ajudado?� Realmente não necessitaria desta tecnologia para revelar exposição de risco de Leeson
Caso Lehman Brothers
PERIGOSOS???
PERIGOSOS???
PERIGOSOS???
As apostas de Adoboli causaram prejuízo de US$ 2,3 bilhões, no maior escândalo do gênero no Reino Unido
PERIGOSOS???
DERIVATIVOS SÃO
PERIGOSOS?
• Falta de controle da alta administração
• Informações não transparentes
• Informações de solvência das contrapartes
• Regulamentação quanto na compra de ativos de risco
Os perigos do derivativos
Fonte: Veja, 29.10.08
DERIVATIVOS – Perdas bilionárias de companhias brasileiras
REGULAMENTAÇÃO
REGULAMENTAÇÃO
• Em 1976 nasce CVM – comissão e valoresmobiliários
• Nesse contexto a BM&F passa a operar comSwaps (1993) devido a Circular 037/93-SG
• Esses contratos poderiam ser de duasformas: Com e Sem Garantias
• As operações de Hedge, são regulamentadas pelo BC – Banco Central em 1993 mediante a circular Nº 2.348
• Nesta circular fica decidido que é permitido:�Hedge de taxas de juros, de moedas e de mercadorias e seus derivativos incluindo opções ;
�E transações em bolsas no exterior .
REGULAMENTAÇÃO
• A resolução 2.014 de 1994 é a que traz maisinformações sobre o IR (Imposto de renda)
• Em 2005 o CMN (conselho monetárionacional) editou a 3.312 que revoga todas asresoluções anteriores (2.012 e 2.348)
• Essa resolução amplia os mecanismos deproteção (inst. financeiras) abrir para hedgesno exterior (proteção contra a BM&F)
REGULAMENTAÇÃO
• Com o advento dos Swaps, CMNregulamentou alguns pontos operacionais,culminados em duas resoluções (2.138/94 e2.149/95)
• Estas cobram das instituições financeiras:
� Diretor regido por um estatuto de competência técnica comprovada (curso de especialização)
� Utilização de uma metodologia de gerencia de risco adequada, usando um sistema gerido pela CETIP (central de custódia e liquidação de títulos)
REGULAMENTAÇÃO
TIPOS DE DERIVATIVOS
Derivativos Mais
populares
A Termo
Futuros
Opções
Swaps(Trocas)
Primeira Geração
Derivativos Mais
populares
Straddle
Strangel
Strap
Butterfly
Condor ou box
Swaption
Exóticos
Inseridos
Segunda Geração
Negociações de compra e venda de ativos para liquidação futura
que podem ocorrer tanto em Bolsa como também em Balcão;
CONTRATO A TERMO
Limitações do contrato a termo
• Não existe padrão
• Baixa liquidez
• Normalmente negociadas por grandes empresas (por exigir alto padrão de crédito)
Limitações do contrato a termo
• Não existe padrão
• Baixa liquidez
• Normalmente negociadas por grandes empresas (por exigir alto padrão de crédito)
Contratos Futuros
Futuros
Commodities Financeiros
Negociações de compra e venda de contratos padronizados para liquidação futura, que ocorrem apenas em Bolsa.
DEFINIÇÃO
Especificações dos cinco contratos mais negociados
Contrato Valor Último dia de negociação Vencimento
DI1R$ 100.000 último dia útil do mês
anterior ao de vencimento
primeiro di autil do mês de vencimento
DOL US$ 50.000ultimo dia útil do mês anterior ao de vencimento
primeiro di a útil do mês de vencimento
DDI E FRA
US$ 50.000ultimo dia útil do mês anterior ao de vencimento
primeiro di a útil do mês de vencimento
INDCotação futuro x R$ 1,00
Quarta-feira mais próxima do dia 15 meses pares
Quarta-feira mais próxima do dia 15 dos meses
pares
Contratos Futuros
Contrato futuro
• Não ocorre a entrega física dos ativos
• Padronização de preço/qualidade
• Local, data de entrega, tamanho e volume determinados
• Ajustes diários com vencimento estabelecido pela bolsa de futuros
• Qualquer pessoa física ou jurídica pode operar
• Negociável antes do vencimento
Contrato futuro
• Maior liquidez
• Entrada especuladores
• É elaborado limites para garantir a segurança do mercado
Contrato futuro
Mecanismo de proteção do mercado
• Câmaras de compensação (clearings)– Central ou mecanismo de processamento central por meio do
qual as instituições financeiras acordam trocar instruções de pagamento ou outras obrigações financeiras (por exemplo, valores mobiliários). As instituições liquidam os instrumentos trocados em um momento determinado com base em regras e procedimentos da Câmara de Compensação. Em alguns casos, ela pode assumir responsabilidades significativas de contraparte, financeiras ou de administração do risco para o sistema de compensação. Por definição, a Câmara de Compensação deve ser ente dotado de personalidade jurídica
Mecanismo de proteção do mercado
• Mecanismos de proteção– Ajuste diário das posições em aberto ao
preço de mercado– Estabelecimento de margens iniciais ,
calculado sobre oscilações máximas– Estabelecimento de limites de oscilação de
mercado– Limite de concentrações de posições abertas
• Margem de garantia– Ajustes diários das posições– Limites diários de oscilação de preços*– Limites de posição*
*evita ações especulativas
Mecanismo de proteção do mercado
Exemplo de futuros
FUTUROS x A TERMO
NEGOCIAÇÃO
Swaps • Uma troca de obrigações de pagamento em dinheiro em
que cada uma das partes opta pelo padrão ou tipo de pagamento da outra parte
• Surgiu devido a atividades comerciais internacionais, afetadas pelas variações da taxa de câmbio
• Normalmente acontece com pagamentos de juros ou cambio
• Alinhar melhor os interesses das empresas eliminando ainda mais o risco
Contrato de opções
Contrato de opções
• Call: direito de compra de um determinado ativo em uma certa data por determinado preço
• Put: direito de vender de um determinado ativo em uma certa data por determinado preço
• Prêmio: determinado preço estipulado pelo emissor que dá ao portador um direito
Derivativos são perigosos?
• Necessidades– Controle da alta administração sobre os profissionais
que lidam com derivativos– Informações mais transparentes sobre detalhes de
obrigações dos contratos– Melhores informações de solvência das contrapartes– Regulamentação adicional da reserva de capital que
as instituições financeiras precisam ter quando compram ativos de risco
OS DERIVATIVOS E A CRISE DE CRÉDITO
Crise de Crédito
• Conduites associados a hipotecas
• Securitização de títulos de primeira com títulos de segunda avaliados em triplo A
• Títulos de comercialização fácil por conta dessa superavaliação
• Operações interbancárias baseadas em títulos asset-backet commercial papers
Efeitos
• Diminuição drástica dos créditos
• Injeção de liquidez pelos bancos centrais
• Redesconto, venda de títulos lastreados em ativos emitidos pelos próprios
• Venda da parte saudável dos ativos para compensar perdas
• Busca de títulos seguros
ADERALDO, I. L. Derivativos. Slides. Colóquio de Investimentos. Evento da disciplina de Análise de Investimentos ministrado pelo prof. Isidro. UFC/FEAC/Departamento de Administração. Fortaleza, 01.02.13.
EHRHARDT, M.C. e BRIGHAM, E.F. Administração Financeira: Teoria e Prática. São Paulo:CERCAGE, 2012
LECTURES 15. BARINGS BANK AND NICK LEESON. Fall, 2006
LIMA, I.S. LIMA, G.A.S.F de e PIMENTEL, R.C. Curso de mercado financeiro. São Paulo:ATLAS,2012
PINA, M. Derivativos financeiros. Curitiba:IESDE,2011.
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REFERÊNCIAS
Obrigado!
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