Os subdomínios :
da Morfologia (B.2.), das Classe de Palavras (B.3.) e da
(B.4.).
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Função sintática desempenhada pelo constituinte da frase
que controla a concordância verbal.
O sujeito deixou de ser identificado como «aquele que
pratica a ação», uma vez que em frases como «O João
levou uma bofetada.» tal não se verificava.
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Apesar de o português ser uma
língua SVO, é comum o sujeito
encontrar-se em posição pós
verbal, como nas frases:
"Vendem-se casas",
"Chegaram os meninos",
"Espanta-me [que faças isso]".
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Sujeito constituído exclusivamente por um grupo nominal (i) ou
por uma oração (ii). A este contrapõe-se o sujeito composto.
Exemplos
(i) [O Manuel] telefonou pelas nove horas.
(ii) [Quem não arrisca] não petisca.
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Sujeito constituído por uma coordenação de grupos
nominais (i), de orações (ii), de pronomes (iii) ou de
combinações destas categorias (iv). A este contrapõe-se
o sujeito simples.
Exemplos
(i) [O Manuel e a Maria] telefonaram pelas nove horas.
(ii) [Quem arrisca e quem sabe o que quer] é bem sucedido.
(iii) [Eu e tu] telefonámos pelas nove horas.
(iv) [Ela e o Manuel] telefonaram pelas nove horas.
[O Pedro e quem tu sabes] acabam de entrar na sala.
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Sujeito sem realização lexical.
- o sujeito não está expresso, não tem
realização lexical, embora, pelo contexto, seja conhecido quem
pratica a acção.
Li um livro fantástico!
- não se sabe quem pratica a acção. É um
sujeito sem realização lexical, expresso pela 3.ª pessoa do plural do
verbo ou 3.ª pessoa do singular seguida de “se”.
Dizem que o homem era um forasteiro.
Diz-se que nesse dia choveu muito.
- surge na oração com verbos impessoais cuja
acção não pode ser atribuída a um sujeito - verbos como
trovejar, chover, nevar - sujeito sem qualquer realização lexical ou
semântica.
Ontem nevou muito na Serra da Estrela.
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Nova Gramática didática de Português, Santillana
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Função sintática desempenhada pelo grupo verbal.
Exemplos
(i) O João [pôs os livros na estante ontem].
(ii) [Surpreende-me] que a Teresa tenha mentido.
(iii) O João [está doente], infelizmente.
(iv) [É óptimo] que possas vir à festa.
Amanhã, ele encontrar-se-á com a Rita na Biblioteca da
escola.
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Função sintática desempenhada por constituintes não
selecionados por nenhum elemento do grupo sintático de que
fazem parte. Por não serem selecionados, a sua omissão
geralmente não afecta a gramaticalidade de uma frase (i).
Exemplos
(i) [Felizmente], vou ficar em casa.
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• Sujeito
• Predicado (verbo, complementos e modificadores de predicado)
•Complemento circunstancial Modificador (de frase)
•Modificador (de frase)
•Vocativo
Notas!
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18Dicionário terminológico – principais alterações, Texto
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Complemento selecionado pelo verbo, que pode ter uma das
seguintes formas:
- grupo preposicional que não é substituível pelo pronome
pessoal na sua forma dativa ("lhe" / "lhes") (i-ii).
- grupo adverbial (iii).
- a coordenação de qualquer uma destas formas (por exemplo
(iv)).
Exemplos:
(i) O João foi [a Nova Iorque].
*O João foi-lhe.
(ii) O João gosta [de bolos].
*O João gosta-lhes.
(iii) O João mora [aqui].
(iv) O João vive [aqui ou em Lisboa]?
Um complemento oblíquo pode ter diferentes valores semânticos,
conforme exemplificado em (i) e (ii).
21A Gramática no Ensino Básico, Porto Editora (PPT de Fernanda Costa)
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Função sintática desempenhada por constituintes não
selecionados por nenhum elemento do grupo sintático de que
fazem parte. Por não serem selecionados, a sua omissão
geralmente não afecta a gramaticalidade de uma frase (i). Os
modificadores podem relacionar-se com constituintes verbais
(ii) ou nominais (iii).
Exemplos
(i) (a) O camião explodiu [aqui].
(b) O camião explodiu.
(ii) A Ana cantou [ontem].
A Ana cantou [mal].
(iii) O rapaz [gordo] chegou.
O rapaz [que tu conheces] chegou.
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Os modificadores podem ter diferentes formas (iv) e diferentes
valores semânticos (v).
Exemplos
(iv) Modificadores com diferentes formas (grupo adverbial, grupo
preposicional e oração) e com valor semântico idêntico (temporal):
A Ana cantou [ontem].
A Ana cantou [naquele dia].
A Ana cantou [quando tu chegaste de França].
(v) Modificadores com forma idêntica e diferentes valores semânticos
(locativo, temporal e de modo):
A Ana cantou [naquela sala].
A Ana cantou [naquele dia].
A Ana cantou [daquela maneira].
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Função sintática desempenhada pelo constituinte que
ocorre em frases com verbos copulativos, que predica algo
acerca do sujeito. O predicativo do sujeito pode ser um
grupo nominal (i), um grupo adjetival (ii), um grupo
preposicional (iii) ou um grupo adverbial (iv-v).
Exemplos
(i) O João é [professor de Matemática].
(ii) Os alunos estão [muito interessados].
(iii) A Joana ficou [na escola].
(iv) A minha casa é [aqui].
(v) O teste é [amanhã].
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O predicativo do sujeito contribui para a interpretação
do sujeito, atribuindo-lhe uma propriedade, uma
característica ou uma localização (temporal ou
espacial).
Neste sentido, diferencia-se dos complementos dos
verbos transitivos (diretos ou indiretos), cujo significado
não contribui necessariamente para uma identificação
de uma propriedade ou de uma localização atribuível
ao sujeito.
É possível constatar que expressões com valor locativo
selecionadas por verbos copulativos desempenham a
função de predicativo do sujeito, porque podem ser
coordenadas com outros constituintes com a mesma
função, independentemente do seu valor:
(i) O João está [em Paris e muito doente].
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Complemento oblíquo designa o constituinte da frase pedido
obrigatoriamente pelo verbo e constituído por um grupo
preposicional, ou adverbial, ou pela coordenação de uma dessas
formas. Exemplos:
O João gosta de bolachas.
A Joana portou-se mal.
O Pedro mora aqui.
Modificador do grupo verbal designa um constituinte não
selecionado pelo verbo. Exemplos:
Choveu ontem.
Ela compra roupa onde calha.
Fui ao teatro com o meu namorado.
Complemento circunstancial Complemento oblíquo
Modificador (do grupo
verbal)
Notas!
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Complemento selecionado por um nome. O complemento do
nome pode ser um grupo preposicional oracional (i) ou não
oracional (ii)) ou, menos frequentemente, um grupo adjetival
(iii).
Exemplos
(i) [A ideia [de que o João aceitaria o lugar]] é absurda. ([de que o
João aceitaria o lugar] é o complemento do nome "ideia" no
grupo nominal [a ideia de que o João aceitaria o lugar])
(ii) [A construção [do edifício]] parece-me difícil. ([do edifício] é
complemento do nome "construção" no grupo nominal [a
construção do edifício])
(iii) [A pesca [baleeira]] tem vindo a aumentar. ([baleeira] é o
complemento do nome "pesca" no grupo nominal [a pesca
baleeira])
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Um nome pode selecionar mais de um complemento (iv).
Os complementos do nome são sempre de preenchimento
opcional.
Exemplos
(iv) [A oferta [de livros] [às bibliotecas escolares]] é importante.
([de livros] e [às bibliotecas escolares] são complementos do nome
"oferta" no grupo nominal [a oferta de livros às bibliotecas
escolares]).
Complemento do nome – esta função sintática é selecionada, na
maioria das vezes, por nomes derivados ou de natureza
relacional.
O complemento do nome situa-se à direita do nome que o
seleciona e é de preenchimento opcional.
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1.
Nomes derivados
Nomes derivados
de verbos
Nomes derivados
de nomes
Nomes derivados de
adjetivos
cedência (ceder)
ocorrência
(ocorrer)
tolerância (tolerar)
invasão (invadir)
oferta (oferecer)
porteiro (porta)
artista (arte)
beleza (belo)
alegria (alegre)
Transparência
(transparente)
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A relação que existe entre o nome derivado de um verbo e os
seus complementos é de natureza semelhante à relação que
existe entre esse verbo e os seus complementos.
EX.: edificar > edificação
edificar Os trabalhadores edificaram [a estátua].
edificação A edificação [da estátua] sofreu alguns atrasos.
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Nomes derivados de verbos – conclusões:
1.ª – os nomes derivados de verbos trazem consigo a estrutura
argumental do verbo de que derivam: se o verbo selecionar um
argumento, o nome selecionará um argumento, se selecionar dois, o
nome terá o mesmo comportamento.
Ex.: inaugurar verbo que seleciona um complemento
O Presidente da Junta inaugurou [a ponte].
inauguração nome que vai selecionar um complemento
A inauguração [da ponte] correu como previsto.
oferecer verbo que seleciona dois complementos
O Rui ofereceu [um livro] [à irmã].
oferta nome que vai selecionar dois complementos
A oferta [do livro] [à irmã] emocionou a família.
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Nomes derivados de verbos – conclusões:
2.ª – no caso do verbo, a presença dos complementos é
obrigatória, pois o verbo define uma situação em processo; no caso
do nome, o complemento é opcional, pois o nome apresenta a
situação como resultado.
Ex.: O Presidente da Junta inaugurou [a ponte]. / *O Presidente da
Junta inaugurou.
O Rui ofereceu [um livro] [à irmã]. / *O Rui ofereceu.
A inauguração [da ponte] correu como previsto. / A
inauguração correu como previsto.
A oferta [do livro] [à irmã] emocionou a família. / A oferta
emocionou a família.
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2.
Nomes relacionais
Parentesco Partes do
corpo
Icónicos Epistémicos
pai
mãe
filho
tia…
perna
cabeça
mão
braço...
quadro
imagem
fotografia
pintura...
hipótese
verdade
pensamento
constatação...
Outros nomes
livro, casa, embalagem, tecido...
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Modificador do nome que limita, i.e., restringe a referência
do nome que modifica (i).
(i) (a) Os escuteiros que são simpáticos brincaram com as
crianças.
(b) Os escuteiros que são simpáticos brincaram com as
crianças, os antipáticos não.
A relativa "que são simpáticos" restringe a referência do nome
"escuteiros", isto é, define o subconjunto dos escuteiros simpáticos
num conjunto prévio de escuteiros. Note-se que, pelo facto de "que
são simpáticos" restringir a referência de "escuteiros", é possível
inferir que nem todos os escuteiros eram simpáticos - por isso
mesmo, a frase (ib) é aceitável.
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Os elementos que podem funcionar como modificadores
restritivos do nome podem ser grupos adjetivais (ii), grupos
preposicionais (iii) ou orações subordinadas adjetivas (iv).
Exemplos
(ii) Adoro [flores [frescas e coloridas]].
(iii) [O rapaz [de barba]] é meu aluno.
(iv) [Os lobos [que vivem no Parque Peneda-Gerês]] estão em vias
de extinção.
Na escrita, os modificadores restritivos não podem ser separados
por vírgulas dos nomes a que se referem (cf. exemplos).
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Modificador do nome que não restringe a referência do nome que
modifica (i).
(i) (a) Os escuteiros, que são simpáticos, brincaram com as crianças.
(b) *Os escuteiros, que são simpáticos, brincaram com as
crianças, os antipáticos não.
A relativa "que são simpáticos" não restringe a referência do nome
"escuteiros", isto é, não define o subconjunto dos escuteiros
simpáticos num conjunto prévio de escuteiros. Note-se que, pelo
facto de "simpáticos" não restringir a referência de "escuteiros", não
é possível inferir que nem todos os escuteiros eram simpáticos - por
isso mesmo, a frase (ib) não é aceitável.
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Os elementos que podem funcionar como modificadores
apositivos são, tipicamente, grupos nominais (ii) ou orações
relativas explicativas (iii).
Exemplos
(ii) [D. Afonso II [, o gordo,]] tem um novo monumento.
(iii) [Os lobos [,que são mamíferos,]] são animais muito bonitos.
Na escrita, os modificadores apositivos são sempre separados por
vírgulas dos nomes a que se referem (cf. exemplos).
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Complemento selecionado por um adjetivo. O complemento
do adjetivo pode ser um grupo preposicional (oracional (i) ou
não oracional (ii)).
Os complementos do adjetivo são, muitas vezes, de
preenchimento opcional.
Exemplos
(i) O João está [contente [por te ter convidado]] ([por te ter
convidado] é complemento do adjetivo "contente" no grupo adjetival
[contente por te ter convidado]).
(ii) O João está [contente [com a situação]] ([com a situação] é
complemento do adjetivo "contente" no grupo adjetival [contente
com a situação]).
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ANTES E DEPOIS…
1. O que aconteceu ao sujeito?
O sujeito deixou de ser identificado como «aquele que pratica a ação»,
uma vez que em frases como «O João levou uma bofetada.» tal não se
verificava.
O sujeito não realizado chama-se sujeito nulo:
subentendido (Estou atrasado.),
indeterminado (Assaltaram a ourivesaria.)
expletivo (em vez de inexistente – Choveu muito.).
2. O que aconteceu aos complementos circunstanciais?
O tradicional complemento circunstancial pode ser classificado como:
Predicativo do sujeito – O Luís está em Lisboa. / O Luís está aqui.
Complemento oblíquo – O Luís mora em Lisboa. / O Luís mora aqui.
Modificador – O Luís estuda em Lisboa. / O Luís estuda aqui
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3. O que aconteceu aos complementos determinativos?
De um modo geral, os complementos determinativos são
modificadores (restritivos) do grupo nominal
– O rapaz de calções está à minha frente.
Podem igualmente ser complementos do nome
– O pai da Marta.
4. O que aconteceu ao atributo?
O tradicional atributo é um modificador (restritivo) do grupo nominal
– A saia azul é bonita
5. O que aconteceu ao aposto?
O aposto é um modificador (apositivo) do grupo nominal
– O Pedro, meu primo, chegou ontem.
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