7.̊ ano#etapa 2
Semana 15
2
7º.
ano
Semana 15 – #etapa 2
Língua Portuguesa
Semana 15 – 2º semestre
7º Ano
Neste Guia, você vai estudar sobre Gênero Textual Cordel
Página 43 à 46 – Vol. 4 Capítulo 11
Profa.Simone Müller
3Semana 15 – #etapa 27º. ano –
O cordel é um gênero literário popular. Leia o fragmento de um cordel.
Um cordel sobre o cordel
[...]
São as rimas de cordel Encaixadas nas sextilhas Nos martelos e galopesNas oitavas e setilhasQue encantam muito maisDo que as sete maravilhas .
[...]
Pra dizer um bom cordel Tem que ser bem inspirado Pois ninguém aguenta ouvir Um cordel desanimado. Mas o verso fica lindo Quando é bem declamado.
[...]
4Semana 15 – #etapa 27º. ano –
Os cordéis são gêneros textuais que abordam diversos temas.
1. Que tema é abordado nesse cordel?
2. Do que trata cada estrofe? Relacione o número de cada estrofe ao conteúdo abordado nela.( ) Como deve ser a oralização do cordel.
( ) Rimas e estrutura composicional do cordel.
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5Semana 15 – #etapa 27º. ano –
Agora, leia o início da história clássica da literatura infantil O patinho feio, narrada em cordel.
O “Patinho feio” em versosCom carinho eu vou contar. Um jeitão bem diferente A história vai ganhar, Porque quando a rima entra É para tudo alegrar.
Imaginem, meus amigos, Uma tarde de verão. Uma linda mamãe pata Tem alegre o coração,Pois seus filhos vão nascer Com amor e emoção.
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6Semana 15 – #etapa 27º. ano –
Quando abriu o primeiro ovo, saiu um lindo patinho. Quando abriram todos outros,um tão belo, outro lindinho. Mas o último, coitado, era tão feio o bichinho.
[...]
OBEID, César. O patinho feio em cordel. São Paulo: Mundo Mirim, 2010. p. 8-9.
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7Semana 15 – #etapa 27º. ano –
Leia o início da introdução do livro O patinho feio em cordel, escrito pelo próprio autor, César Obeid, sobre o gênero textual CORDEL.
LITERATURA DE CORDEL
A literatura de cordel, também conhecida por cordel ou folheto, é uma narrativa animada, divertida de uma forma bem brasileira de contar histórias. Escrito sempre em versos, o cordel nasceu no interior de alguns estados nordestinos que cada vez mais conquista novos apreciadores por todo o país, pois o sertanejo nordestino, quan-do migra para as grandes cidades, leva consigo seus costumes e tradições.
Antigamente, a literatura de cordel era vendida em feiras populares. O vendedor de cordel, que poderia ser ou não o autor dos versos, utilizava recursos de entonação de voz e expressões corporais para tornar a sua narrativa muito mais interessante e atrair os possíveis compradores. Nos dias de hoje, os folhetos continuam sendo co-mercializados em feiras, só que agora em feiras culturais, de livros, de artesanato, de turismo, etc. Mesmo com a mudança do local de venda, a literatura de cordel não perdeu o seu elemento essencial: a oralidade. Essa forma de narrativa é escrita para ser dita em voz alta, sempre com muito ânimo a fim de prender a atenção do leitor.
[...]
OBEID, César. O patinho feio em cordel. São Paulo: Mundo Mirim, 2010. p. 6.
8Semana 15 – #etapa 27º. ano –
Os desafios ou pelejas são disputas entre poetas improvisadores. Cada poeta tenta provar sua superioridade perante seu “oponente” poético. Nas pelejas, existe a “deixa”, ou seja, um poeta começa a sua estrofe com a mesma rima do último verso feito pelo companheiro. Muitos cordelistas criam desafios inventados.
Você sabia???
Veja, a seguir, um exemplo de peleja.
9Semana 15 – #etapa 27º. ano –
Desafio das rimas complicadas Modalidade: sextilha; última estrofe, setilha
Poeta 1 – Eu proponho ao poeta
Em sextilha bem rimada
Fazermos desafio
Só com rima complicada
Mas não valem rimas simples
Rima só sofisticada.
Poeta 2 – Eu aceito essa parada
Vou usar minha razão
Não farei rima em “ar”
Nem tampouco rima em “ão”
E o povo vai dizer
Qual de nós foi campeão.
Poeta 1 – Uso minha intuição
Que no verso nunca perco.
Para vencer um desafio
Sempre armo o meu cerco
Que meu verso é perfumado
Já o seu cheira a esterco.
[...]
OBEID, César. Desafios de Cordel. São Paulo: FTD, 2009. p. 47.