ADEUS PROFESSOR, ADEUS
PROFESSORA? NOVAS EXIGÊNCIAS
EDUCACIONAIS E PROFISSÃO DOCENTE
José Carlos LIBÂNEO
Benilda Silva
Texto Analisado
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO, A
ESCOLA E OS PROFESSORES
Educação e comunicação
• Educação e comunicação sempre andaram juntas na reflexão pedagógica
• Segundo o autor as práticas educativas supõem processos comunicativos intencionais visando alcançar objetivos de formação humana.
• Os vínculos entre as práticas educativas e processos comunicativos estreitaram-se muito na sociedade contemporânea em consequência dos avanços tecnológicos na comunicação e na informática e a mudança no processo produtivo envolvendo novas qualificações, portanto, novas exigências educacionais.
É necessário fazer uma leitura
pedagógica dos meios de
comunicação
• Segundo o autor a prática educativa não se reduz a educação e ao ensino.
• A intervenção educativa ocorre em muitos lugares, de diversas formas, através de diversas agencias: família, escola, comunidade (convencionais) assim como, instituições sociais, culturais, recreativas, os meios de comunicação.
• A escola, portanto, não detém o monopólio do saber.
Poder pedagógico dos meios de comunicação
• Está se acentuando o poder pedagógico dos meios de comunicação, da televisão, imprensa escrita, rádio, revistas em quadrinhos.
• A mídia especializa-se em formar opinião e modificar atitudes não apenas no campo econômico, mas no político e moral.
Práticas Pedagógicas e os Meios de Comunicação
• Há práticas pedagógicas nos jornais, nos rádios, na produção de material informativo como livros didáticos, guias de turismo, mapas, vídeos, revistas, jogos, brinquedos e outros como museus, bibliotecas.
Leitura pedagógica dos meios de comunicação
• Fazer uma leitura pedagógica dos meios de comunicação é verificar a intencionalidade dos processos comunicativos (política, ética, psicológica, didática) presente nas novas tecnologias e nas formas de intervenção metodológicas e organizativas.
ALGUMAS RELAÇÕES PROBLEMÁTICAS ENTRE AS NOVAS TECNOLOGIAS E A EDUCAÇÃO
A relação estrita entre o sistema produtivo e o setor educacional, entre os avanços tecnológicos e a necessidade de formação tem gerado relações
problemáticas, dentre elas:
• Escolarização e as necessidades do novo paradigma produtivo;
• A resistência nas escolas públicas das novas tecnologias da informação e comunicação sob o argumento de estarem inseridas na lógica do mercado, teria como efeito mais exclusão e seletividades social;
• A qualidade social da educação.
Escolarização e as necessidades do novo paradigma produtivo
• O novo paradigma produtivo estaria supondo bases mínimas de escolarização que o capital precisaria para fazer frente as novas necessidade de qualificação e requalificação profissional, o que implicaria uma acentuação da formação geral (tendência a uma intelectualização do processo produtivo).
• É enganoso supor acreditar que a revalorização da formação geral tenha caráter democrático, na verdade, o modelo neoliberal estaria subordinando alvos político-sociais (equidade, cidadania, democracia) a intentos estritamente econômicos (desenvolvimento tecnológico, leis de mercado, competitividade internacional)
A resistência nas escolas públicas das novas tecnologias da informação e comunicação sob o
argumento de estarem inseridas na lógica do mercado, teria como efeito mais exclusão e
seletividades social
• Uma vez que sua não integração as práticas de ensino impediriam aos alunos oportunidade de recepção e emissão de informações e os deixariam desguarnecidos diante das investidas de manipulação cultural e política, de homogeneização de crenças, gostos e desejos, de substituição do conhecimento pela informação.
A qualidade social da educação
• Do ponto de vista de uma educação emancipatória há que se reforçar a exigência do aprimoramento do ensino fundamental para a população excluída, a partir de parâmetros de qualidade diferenciados daqueles veiculados no discurso neoliberal (ao invés de qualidade total, a qualidade social da educação)
SOCIEDADE INFORMACIONAL E A MORTE DA ESCOLA (desescolarização)
Será que na sociedade da
informacional não teria mais lugar
para a escola convencional, para o quadro negro e o
giz, significaria a morte da escola?
Mas quantos têm acesso aos meios
tecnológicos?
Não podemos perder de vista a
questão da desigualdade
social.
A escola é necessária sim – deve ser um espaço de síntese
• É o lugar onde os alunos aprendem a razão crítica para poderem atribuir significados as mensagens e informações recebidas das mídias, multimídias e outras formas de intervenção educativa urbana.
A escola deve prover condições cognitivas e afetivas para que o aluno possa reordenar e reestruturar as informações fragmentadas transmitidas pela TV, vídeos e propaganda.
• A escola deve ser possibilitadora de atribuição de significados as informações, propiciando aos jovens meios de buscá-la, para dar a ela significado pessoal. Terá que reordenar e reestruturar as diversas mensagens, assim como, a capacidade de emiti-las.
TECNOLOGIA INFORMÁTICA E SUBSTITUIÇÃO DA RELAÇÃO DOCENTE
• Pode a tecnologia e o computador substituir a relação docente convencional?
ISSO É OBVIAMENTE UM EQUIVOCO.
Logicamente os impactos da nova tecnologias interferem nos modos de educar e ensinar. Mas essa formação não se dá sem a presença mediadora dos docentes.
IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS E RESISTENCIAS DOS EDUCADORES
• Os docentes tendem a resistir a uma formação tecnológica. Isso ainda vem em decorrência da visão tecnicista da época da ditadura militar. Há ainda razões culturais, como o medo da despersonalização, de ser substituído pelas máquinas, ameaça ao emprego e outras.
INTEGRAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA
Objetivos pedagógicos dos usos das tecnologias nas escolas: • Democratização de saberes socialmente
significativos e o desenvolvimento de capacidade intelectuais e afetivas tendo em vista a formação humana;
• Possibilitar a todos a oportunidade de aprender sobre as mídias e multimídias e a interagir com elas de maneira crítica;
• Oportunizar preparação tecnológica para se inserir num mundo informatizado
IMPLICAÇÕES DIDÁTICO–PEDAGÓGICA
• Os docentes precisam pensar e a praticar comunicações mediatizadas, ou seja, é preciso ensinar os alunos a dominar a linguagem visual, uma vez que a televisão torna-se cada vez mais importante como fonte de socialização, tendendo a passividade e a dependência da criança.
• Daí a escola precisa ensinar os jovens a lidar com as tecnologias para que estes não sejam dominados por ela.
Os cursos de formação de professores
• Os cursos de formação de professores precisam garantir espaços para a prática e estudos sobre as mídias, precisam aprender a dominar um saber sobre as mídias e multimídias.
• Precisam apropriar-se da tecnologia para provocar uma reflexão critica a cerca das tecnologias.