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Minha casa,minha vida
MARÇO 2012ARARUAMA - RJwww.alertararuama.com.br
pág. 2
ANO I - Nº 3R$ 5,50
Click do Leitor:
Deputado leva asfalto
para Iguaba Grande
leia na pág. 3
VALORIZOU!
Declaração de bens de
deputados sob investigaçãoO Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), de-
pois da série de re-
portagens publicadas
no jornal O GLO-
BO, em 2004, resol-
veu cruzar os dadosdas declarações de
bens dos deputa-
dos da ALERJ com
a Receita Federal.
A partir daí, várias
informações coni-
tantes despertaram a
atenção dos audito-
res scais. Imóveis,
entre outros benssubvalorizados, es-
tão agora na mira da
scalização. A partir
de agora, dezenas de
deputados terão que
se entender com a
Justiça Eleitoral e o
Fisco.
Segundo a declaração do deputado estadual Miguel Jeovani para as eleições de 2010, sua mansão no Centro de Araruamaestá avaliada em R$ 36.738,00. Vários outros bens apresentam valores inferiores aos do mercado.
Minha casa,minha vida
Desespero toma conta da oposição
e leva assessoria do deputado a in-
ventar factóides e manchetes dis-
torcidas.
ASSESSORES TRAPALHÕES
leia nas págs. 8 e 9 leia na pág. 3
MURETA DA VIALAGOS TEM PAI
Projeto criado em 2004 pelo deputa-do estadual Paulo Ramos fnalmen-
te será colocado em prática, apesar
dos “caronas” de plantão.
Casal Garotinho e mais 17 pesso-
as foram denunciados em fevereiro
pelo Ministério Público Federal por
improbidade administrativa.
CASAL 22
leia nas págs. 6 e 7
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EXPEDIENTE
JORNAL ALERTA ARARUAMA
ÍNDICE
MARÇO DE 201202
Click do Leitor
Por Luís Paulo Rodrigues
Uma das funções do jornalismo é scalizar poderes
públicos e privados, assegurando transparência nas re-lações políticas, econômicas e sociais. É por isso queos meios de comunicação social são apontados como“quarto poder”, pois têm a capacidade de manipular aopinião pública, de ditar regras de comportamento e deinuenciar nas escolhas dos indivíduos e da própria so-ciedade.Um texto noticioso implica uma seleção vocabular e umordenamento dos fatos por inuência de múltiplos fato-res de ordem subjetiva. Os jornalistas, intencionalmente
ou não, podem ser vítimas da propaganda ou da desin-formação. Mesmo sem errar com dolo, podem dar umavisão parcial dos fatos, focando determinados aspectosem detrimento de outros. Como diz Nélson Traquina, nomanual Jornalismo (2002), a atividade jornalística é umarealidade muito seletiva, construída através dos óculos
dos prossionais do jornalismo.
Mário Mesquita, no livro O Quarto Equívoco – O Po-der dos Media na Sociedade Contemporânea (2003),aborda mitos e realidades do chamado “quarto poder”,
começando por identicar uma crise de representação
dos poderes do Estado que se reete na diminuição da
participação cívica, na prevalência do consumidor sobreo cidadão e num distanciamento dos eleitores perante oseleitos. A questão é saber se estamos perante um “quar-to poder”, orientado pelos órgãos de comunicação e a
serviço dos cidadãos, ou se estamos perante um “quartoequívoco”, telecomandado por poderes fáticos que in-uenciam e decidem opções editoriais.
“Um poder voluntarioso e impotente”Segundo Mesquita, o poder mediático dissemina infor-mação e institui-se em tribuna de debate, o que deveriaincentivar a cidadania. No entanto, agrava a crise porque
facilita a “desintermediação” das instituições representa-tivas, acentua a personalização no exercício dos cargos
Deputado leva asfalto para Iguaba Grande
públicos e, por via da transformação da notícia num es- petáculo, contribui para uma atitude de desconança so-cial em relação aos poderes legitimados pelo voto, que
passam a ser cada vez mais subalternizados por deci-sões adotadas em “centros de poder invisíveis”. Assim,o exercício da governação nas democracias contempo-râneas é cada vez mais prisioneiro de poderes fáticos denatureza nanceira, econômica e tecnológica. A globa-lização, os mercados, a banca e as bolsas são palavras--chave de uma reconguração do mundo que coloca em
perigo o Estado-nação, como se observa na atual crise
portuguesa e europeia.Ao mesmo tempo, os media tendem a questionar a legi-timidade do representante eleito – ao confrontá-lo, em
permanência, com fatos ou opiniões desfavoráveis –, ea dar palco a guras com “boa imagem mediática” ou
cuja ação provoque o conito ou o incidente, que pode
resultar numa imagem de televisão espetacular. Destemodo, como observa Mário Mesquita, a ação mediáti-co-jornalística pode inuenciar, distorcer ou corroer a
representatividade política – o que pode acontecer emfunção do dinheiro disponível, da qualidade da assesso-ria de comunicação ou do talento teatral dos candidatos.António José Teixeira, diretor da SIC Notícias, na
conferência “A Política e o Poder do Jornalismo”, naUniversidade Lusófona de Lisboa (2009), confessou o
mesmo pessimismo: “Vivemos uma crise de representa-ção em que o poder político vai cando refém de teias
de poderes não sufragados”, o que, aliado a “um poder mediático tão voluntarioso como impotente”, coloca ademocracia em risco. Curiosamente, em 2011 mudou ogoverno em dois países europeus (Grécia e Itália), sem
que houvessem eleições...
[Luís Paulo Rodrigues é consultor de Comunicação eautor do blog Comunicação Integrada]
JORNALISMO & MANIPULAÇÃOPoderes fáticos e novas censuras
HUMOR
Impressão:
Lancenet!
Editora Alerta Ltda.
Diagramação earte:Ronald Fonseca
Consultor Jurídico: Nathan & Asso-ciadosAv. Rio Branco,156 - 18º andar
Centro - RJ
e-mail:[email protected]
Editor:Marcelo Araújo
RegistroProssional
nº 27434/RJDRT. nº 015935
Federação Nacio-nal dos Jornalistas
FENAJ nº 72602
Araruama correo risco de perder seu deputado paraa cidade vizinha.
Recentemente eleasfaltou o estacio-namento do seusupermercado emIguaba. Já é um
começo... abre oolho, Araruama!
*Colaborou
Jorge Hilário deSouza - morador do bairro EstaçãoLinha Direta: (22)9726-9765
4 Chiquinho apoia prefeitos na Região
5 Praia Seca ganha escola
6 Chiquinho acusa Miguel na rádio
7 Deputado falta importante votação
10 Senador Lindbergh lança livro
11 Ambientalista denuncia perseguição
12 Saúde 24 horas em Praia Seca
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03MARÇO DE 2012
Homens de Bens
O leão da Receita Federal rugiu alto
para a bancada dos sonegadores da As-
sembléia Legislativa. Na primeira puni-ção decorrente da série de reportagens
“Homens de bens da Alerj”, publicada
pelo GLOBO em 2004, oito deputados
e ex-deputados estaduais já foram noti-
cados de que terão de pagar um totalde R$3,4 milhões em bens sonegados emultas, referentes aos exercícios scaisde 2000 a 2003.
Reeleito para o terceiro mandato como
presidente da Alerj, o deputado Jorge
Picciani (PMDB) aparece na lista desonegadores com uma multa de R$1,5
milhão, já lançada pela Receita. O autode infração de maior valor foi aplicado
ao ex-deputado André Luiz: R$1,9 mi-lhão. Completam a relação Átila Nunes(R$770 mil), Coronel Jairo (R$680 mil),
Graça Pereira (R$330 mil), José Gui-
lherme Godinho, o Sivuca (R$230 mil),Domingos Brazão (R$130 mil) e Rena-
to da Costa Mello Júnior (R$117 mil).As reportagens mostraram a evolução
patrimonial de deputados do Rio, de
1996 a 2001, e revelaram que 27 re-
gistraram um crescimento de mais de
100%. Com base nelas, a Receita ins-
taurou ações scais e investigou durantequase dois anos o patrimônio dos polí-
ticos citados.
Além da cobrança dos valores sone-
gados, acrescidos de multas, a Receita
encaminhou à Procuradoria Regionalda República representações para ns
penais. Pelo menos três políticos já res-
pondem a inquéritos no Tribunal Regio-
nal Federal (TRF) da 2ª Região, a pedi-
do do Ministério Público (que se baseou
inicialmente nas notícias publicadas).
Declaração de bens no TSE nãorefete patrimônio de deputadoConforme a declaração do deputado estadual Miguel Jeovani (fotos), vários imóveis estão bem abaixo do valor de mercado. Só a mansãono centro de Araruama, avaliada em mais de R$2 milhões, foi declarada por pouco mais de R$30 mil, para espanto daqueles que aces-saram o site do TSE. Vale lembrar, conforme a matéria abaixo, que a Receita Federal estará cruzando os dados com a declaração do IR.
Abaixo, a declaração de bens do deputado
estadual Miguel Jeovani que encontra-se à
disposição no site do TSE.
A mansão onde reside o deputado, no Centro da cidade,
declarada por ele no valor de R$ 36.738,00. De acordo comcorretores da região, o imóvel vale 80 vezes mais.
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04 MARÇO DE 2012
Acabar com a pobreza extrema no
Estado do Rio de Janeiro. Esta é ameta do Plano Rio Sem Miséria, o primeiro plano estadual de supe-ração da pobreza extrema do país,que foi lançado nesta segunda-feira,dia 30, nos municípios de Araruamae Saquarema. O Rio Sem Miséria,que está integrado ao programa dogoverno federal, o Brasil Sem Misé-
ria, atenderá 1,3 milhões de pessoasaté 2014, com investimento de R$1 bilhão. A coordenação do projeto
ca a cargo da Secretaria de Esta-do de Assistência Social e DireitosHumanos e vai chegar, já em 2013,
a 51 municípios do Estado.“Aqui em Araruama serão mais decinco mil famílias, cerca de vintemil pessoas, contempladas neste
programa que mudará a vida delas.Cada família vai receber um benefí-cio que varia entre R$30 e R$300,a média aqui será de R$100, cominvestimento, por parte do gover-no, de R$500 mil mensais na eco-nomia da cidade. Uma família como auxílio vai comprar mais carne, odono do açougue vai empregar mais
funcionários e nós construímosessa roda do bem, que movimentaa economia nas cidades. Não tenho
dúvidas de que o Rio Sem Misé-ria e o conjunto de ações, como a poupança-escola do Renda Melhor
Jovem, a qualicação prossional,
entre outros, vai mudar a realidadede 250 mil famílias em 51 cidadesdo Estado do Rio, atingindo, nes-
te primeiro momento, àquelas commaior índice de pobreza”, destacouo governador Sérgio Cabral.
Ex-prefeito de Araruama vem prestando
apoio a prefeitos de Sérgio Cabral na Região
O benefício vai ajudar a fa-
mília da dona de casa JaneteConceição, de 33 anos, mãede três crianças com idadeentre 11 e dois anos. A rendada família gira em torno deR$300, que é a soma do queela recebe do Bolsa Famíliae a ajuda do ex-marido.“Entrei na internet para
procurar o que era o RendaMelhor, porque não acredi-tei quando me disseram queeu teria direito ao benefício.Depois escutei o anúncio norádio e agora eu vejo que érealmente verdade. Estoumuito feliz e as coisas vãomelhorar cada vez mais”,
comemora Janete, que pensa
em comprar uma cama nova parao lho mais velho, Vitor Hugo, em
março, quando começará a receber o auxílio.O Renda Melhor é um programa
de transferência de renda do Esta-do destinado às famílias que vivem
mensalmente com menos de R$ 100 per capita. A situação de pobreza
também é caracterizada com baseem informações do Cadastro Único,levando em consideração não ape-nas a renda declarada, mas tambémas condições de moradia, sanea-mento, escolaridade dos membrosda família e a presença de gruposvulneráveis (pessoas com deciên-cia, idosos e crianças), entre outrosfatores.
“O Plano Rio Sem Miséria tem umameta ousada, viável e generosa: su- perar a pobreza extrema no Estado
do Rio de Janeiro, até 2014. Apro-
ximadamente 28 milhões de brasi-leiros já saíram desta condição, mashá ainda 16 milhões de cidadãos
que vivem abaixo da linha de po- breza extrema. O plano não é umainiciativa de pessoas, é uma política pública, aprovada por lei, na Alerj,que vai mudar não apenas a vida dasfamílias beneciárias, mas provocar
o desenvolvimento econômico nosmunicípios”, armou o secretário
Rodrigo Neves.Além do Renda Melhor, que é a
transferência direta de renda, há
mais três componentes: o RendaMelhor Jovem, uma poupança-esco-la destinada aos jovens integrantesde famílias beneciadas pelo Renda
Melhor, que estejam matriculados
na Rede Regular de Ensino MédioEstadual e que tenham até 18 anos
incompletos; a Gestão de Oportu-
Com exceção de Búzios, onde tem suas pretensões políticas, Chiquinho tem participado de inaugurações e prestigiando pré-candidatos do governador
Renda Melhor e Renda Melhor Jovem chegam à Araruama e SaquaremaEm 2013, o Plano Rio Sem Miséria chegará a 51 municípios do Estado
nidades Econômicas e Sociais e o
acompanhamento familiar.O lho de 16 anos da dona de casa
Marinete Pereira receberá o bene-fício, pois está cursando o 1º anodo Ensino Médio. O Renda Melhor
Jovem funciona da seguinte forma:o estudante, ao concluir a 1ª série,recebe R$ 700; a 2ª série, recebeR$ 900; e ao terminar a 3ª série, re-
cebe R$ 1 mil. Caso curse EnsinoProssionalizante, em quatro anos,
ao nal do último ano o estudante
receberá ainda R$ 1,2 mil.“O meu lho é muito estudioso e
essa poupança vai estimulá-lo aindamais. Com o dinheiro que vou re-ceber do Renda Melhor quero ainda
pagar cursos para ele e para os ir-mãos. Eu achei muito bom esse au-
xílio que vai me ajudar a colocar emdia as contas de luz e água”, contaMarinete.
Depois de ter participado com o prefeito de
Araruama, André Mônica, do lançamento do
projeto, Chiquinho seguiu em comitiva para
Saquarema a fm de prestigiar a PMDBista
Franciane Motta.
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05
A história da Escola Ponta do CapimA escola foi fundada pelo casal José Palhares
e Cacilda Palhares, proprietários da Salina
Ponta do Capim. Funcionava, inicialmente,em uma pequena salinha, que depois se tor -
nou insuciente para atender as demandas e
foi transferida para uma sala mais ampla na
casa da Sra. Rosa Maria da Conceição Sil-
va, avó de Francisco Orlando, onde as aulas
eram ministradas pelas professoras Marlene
e Maria de Lourdes Ferreira Antunes.
Neste período a viúva do Sr. Leonardo An-
tunes, Rosa Antunes, juntamente com seusfamiliares, principalmente o industrial Abel
Antunes, resolveram fazer a doação ao Esta-
do do terreno da Salinas Marrecas, onde foi
fundado o Grupo Escolar, com participação
da professora Sonia Maria de Figueiredo.
Também colaborou para história da escola, a
Sra. Antonieta Soares de Sá, mãe do subpre-
feito de Praia Seca, Francisco Orlando.
- A história do nosso município está ligada di-
retamente com as salinas e os moradores queestudaram nesta escola – ressaltou a professo-
ra Vera Pinto, secretária municipal de Educa-
ção, sobre a necessidade de reativar a escola.
Reativada tradicional escola em
Praia SecaApós muito tempo fechada, devido ao precá-
rio estado estrutural, o prédio foi reformado e
ampliado, resgatando a história local e aten-
dendo mais crianças do distrito. A reinaugu-
ração faz parte dos festejos de 153 anos de
emancipação de Araruama, comemorados noúltimo dia 6.
A escola recebeu quatro salas de aula, sala de
professores, três banheiros, refeitório e cozi-
nha. Durante a obra, foram instalados novos
sistemas elétricos, hidráulicos, e de esgoto.
Todos os revestimentos foram substituídos e
a quadra de esportes recebeu novo piso de
concreto, alambrado e equipamentos espor-
tivos. Além disso, todo o terreno foi murado para garantir maior segurança para as crian-
ças. A unidade funcionará em dois turnos, já
tendo 70 alunos e matriculados e expectativa
de mais inscrições para este ano.
- Estamos devolvendo para população um
patrimônio que é dela – explicou o prefeito
André Mônica, lembrando que as obras de
cinturamento da Lagoa de Araruama tam-
bém vão gerar benefícios diretos ao turismo
e à pesca em Praia Seca. André Mônica reve-lou, ainda, que nos próximos dias o distrito
também será contemplado com um Centro
Social que reunirá o CRAS, o DPO e a sub-
prefeitura e que Praia Seca, e receberá, em
breve, o Programa Prodetur, do Governo do
Estado, que em parceria com o Governo Mu-
nicipal, vai urbanizar e revitalizar as orlas da
Lagoa de Araruama e do mar de Praia Seca.
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06 07MARÇO DE 2012
O Ministério Público Federal
propôs, no dia 13 de evereiro,uma ação civil pública por im-probidade administrativa contraos ex-governadores do Rio An-thony Garotinho e Rosinha Ga-
rotinho, além de outras 17 pes-soas. Os acusados são, segundoo MP, envolvidos num esquemaque desviou verba pública ed-eral em avor de campanhaseleitorais do casal Garotinho. Se
condenados na Justiça Federal,entre outras penas, o casal Ga-rotinho poderá perder os direi-tos políticos por até dez anos.O procurador da República
Edson Abdon sustenta que o“Esquema das ONG’s”, supos-tamente montado na gestão dagovernadora Rosinha, envolv-endo a contratação irregular de
organizações não governamen-tais pela Fundação Escola doServiço Público (Fesp) — órgãoestadual — também desviou re-cursos de uma empresa pública
ederal: a Companhia de Pes-quisa de Recursos Minerais(CPRM). O Ministério Públicoestadual já apontara o desvio de
Ministério Público Federal processa casal Garotinho Ambos poderão perder os direitos políticos
recursos públicos estaduais no“esquema”.O MPF constatou que a CPRMcontratou, em 2 de janeiro de
2004, a Fesp, num contratoemergencial e sem licitação,para prestar serviços técnicos deinormática. O valor do contratooi de R$ 780 mil. Um mês an-
tes, no entanto, a Fesp, incapazde prestar ela mesma o serviço, já tinha recebido três orçamen-tos de organizações para a sub-contratação. O escolhido oi
o Instituto Nacional de Aper-eiçoamento da AdministraçãoPública (INAAP), que cobrouR$ 757 mil. O MPF constatouque o serviço nunca oi reali-zado.
“(...) a inevitável conclusão quese chega é a de que os recursosempregados pela empresa públi-ca ederal possuíam um únicodestino: o fnanciamento das
campanhas eleitorais dos réusAnthony Garotinho e Rosinha
Garotinho”, diz o procurador naação.O procurador lembra que, numprocesso anterior, o Ministé-
rio Público estadual constatoutambém a remessa de dinheirorepassado a essas ONGs pelogoverno Rosinha para as cam-
panhas do casal Garotinho.Procurado, o ex-governadorAnthony Garotinho disse quenão tinha conhecimento daação movida pelo MPF. Disse
ainda: “Não dá para acreditarque seja sério (a ação). Todoano de eleição é assim. Ficamesquentando coisas antigas”.Aex-governadora Rosinha não oi
encontrada.Governo Rosinha agiu em todosos níveis de pecadoO relatório fnal da CPI da Ar-recadação, aprovado pela As-sembléia Legislativa do Rio
de Janeiro (Alerj), apurou quehouve sonegação de ICMSdurante o período de 2003 a2006, na gestão da governado-ra Rosinha Matheus no estado
do Rio de Janeiro. Segundo odocumento de 253 páginas, o
excesso de incentivos fscaisconcedidos no período podeter causado um rombo de R$1,4 bilhão aos cores estaduais.
O relatório também apontauma ausência de controle e deinteligência fscal na secretariade receita. “Muitas oram às
causas. A primeira oi o excessodestes incentivos. Tanto isso é verdade que o próprio governa-dor Sérgio Cabral revogou, pordecreto, 104 destes incentivos
fscais”, disse o deputado LuizPaulo Correa da Rocha (PSDB),presidente da CPI, em entre- vista a Sidney Rezende na CBN.“A consequência destes excessos
oi um menor recolhimento deICMS. Mas aconteceram out-ros problemas bastante graves eortes. A Secretaria de Fazenda(na época, Secretaria de Receita)não completou seu processo de
inormatização e por isso, tantoas multas emitidas quanto osrecursos dessas multas, que se-riam julgados na junta de re- visão fscal e no conselho con-
tribuinte não tiveram agilidadenecessária, e muitos processos
prescreveram, se perdendo aíoutros tantos milhões de reais”,relatou. O relatório indicouainda a participação consciente
Chiquinho: “O primeiro ato do deputado de Araruama foi nomear o namorado de sua lha, com salário de R$ 7 mil, para pagar
a faculdade sem sequer ir a Alerj. Além de manchar seu mandato, o deputado também envergonha o povo Araruamense”.
Depois da polêmica sobrea autenticidade de listas nainternet e das poucas in-ormações dadas pela As-sembléia Legislativa sobrea votação da lei de reestru-turação tariária das barcas,a lista completa com os vo-tos dos deputados já está
disponível no site da Alerj,conorme a ata da sessão de19 de dezembro de 2011.
O ano eleitoral malcomeçou e parece que adisputa na cidade será mar-cada pela troca de oensas edenúncias por todos os la-dos. O ex preeito Chiquin-ho da Educação, em seuprograma de rádio, vemazendo severas críticas ao
deputado estreante, ata-cando em diversas rentescom acusações ortes e
de fscais no processo de son-egação. Neste caso específco,suas participações pela inação.“Eles postergaram a fscalização
que deveria haver, e por conse-qüência, possibilitaram a pre-scrição do crime tributário desonegação. Uma das hipótesesé de que tenham recebido din-
heiro para isso, que precisa serinvestigada”, afrmou Rocha, naépoca. Segundo o deputado, umdos motivos da improbidade dosfscais é a alta de renovação do
quadro da secretaria da Receita,sem concursos desde 1986, oque teria causado a aposenta-doria de muitos uncionáriosno decorrer do tempo e o esva-ziamento do órgão. O deputado
também apontou a incompetên-cia, aliada à má é, como atorque mais prejudicou o uncion-amento tributário na admin-istração de Rosinha. “Muitas
decisões de caráter tributáriooram tomadas de maneira er-
rada, sem tomar uma avaliaçãoconcreta da repercussão des-sas decisões na arrecadação doICMS, principalmente na área
de substituição tributária depetróleo e de combustível emgeral”, disse Rocha. “Acho que ogoverno Rosinha agiu em todos
os níveis de pecados. Quandose associa a incompetência e asdecisões tributárias erradas por
dolo ou má é vai gerar sonegação
e corrupção. O resultado é danosoda mesma orma, é a perda de re-ceita e se propiciar que esquemas
ilícitos se estruturem”, acusou. “O
rombo detectado oi de R$ 1,4 bil-hão, envolvendo a parte de incen-tivo fscal e ICMS. Mas a parte da
incompetência aliada à sonegação
e, em alguns casos, corrupçãopode no valor global do quad-riênio ter dado um prejuízo de R$
1 bilhão, seguramente.”
com tom de ameaça: “Ondeo senhor Miguel estiver euestarei azendo oposição”diz, Chiquinho.Do outro lado, o deputadode Araruama az uso damesma rádio para rebateras acusações de seu desae-to. Recentemente, no Jornal
Correio da Cidadania, a imde se deender, Jeovani disseestar sendo vítima de uma
campanha diamatória, noentanto, seus argumentoscalam-se diante dos atos.No episódio do acidentecom um helicóptero, ondeele airma ter acontecidoum “milagre”, ele omite quenão cumpriu as normas daANAC e expôs a vida de
centenas de pessoas. Umailial de sua empresa so-reu iscalização da Vig-
ilância Sanitária por crimecontra a saúde pública. Alista com as nomeações es-candalosas ele parece nãose lembra mais. Sua in-sistência em airmar queredução na taria do pedá-gio e a mureta divisória namesma Via, são rutos de
seu mandato, quando todossabem que essa discussão
vem de longa data. Sua li-
gação direta com pessoa deconduta duvidosa que hojecumpre pena em presídiode segurança máxima, tudoisso e muitas outra maze-las, parecem colocar emcheque sua credibilidade.Então, alegar campanhadiamatória diante desses ede outros tantos atos é, nomínimo, uma total alta deexperiência política.
x
Divulgada lista de votação da Alerj para a
reestruturação da tarifa das Barcas
FALTOU: Infelizmente, o nome do deputado
Miguel Jeovani não fgura na lista dessaimportante votação.
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08 MARÇO DE 2012
Após receber uma saraivadade críticas o assessor ainda
tentou redimir-se colocando a
culpa do “mau entendido” no
próprio jornalista. Para inte-grantes do Grupo, o assessor
agiu com leviandade e má fé
ao não ouvir os moderadores
antes de publicar a matéria
que segue abaixo:
Leo Anelhe:“Luiz bom dia. Não nos
conhecemos mas eu
sou o autor do livro to-das as cores da política
de Araruama. Ao ler o
que você postou sobre
a questão Chiquinho,resolvi mandar um re-
cado para você, porque
gostei do equilíbrio,
bem como das coloca-
ções que zestes. No
texto disse que quandoestivesse no Rio teria
um prazer de conversar
contigo, anal tenho 74anos e pesquisei trinta
e cinco anos da polí-
tica econômica bem como
colhi depoimentos sobre osgovernantes que, que segun-
do os seus depoimentos, eles
cometeram inúmeros erros, o que deu origem aos pro-
blemas que hoje enfrentamosem Araruama, aliás um preço
muito alto. Aproveitei a opor-
tunidade para te oferecer, se
fosse do teu interesse um
exemplar da obra, solicitando
que me mandasses teu ende-
reço que encaminharia um
exemplar.Também na oportunidade
comentei alguns aspectos
Cortina de fumaça
Assessor inventa “censura” e someLuiz Barbosa Neves, assessor do deputado estadual Miguel Jeovani, contrariando todas as leis do jornalismo,
acusou o Grupo do Facebook denominado Jornais de Araruama, de ter censurado o Jornalista Léo Anelhe.
Grupo Jornais de Araruama
censura Leo AnelheTodas as cores da política de
Araruama, agora com novas
coresPor Luiz Barbosa Neves
O grupo de Facebook Jor-
nais de Araruama, local onde
o ex-prefeito Chiquinho e o pré-candidato João Ribei-
ro postam diariamente suas
mensagens, censurou os co-
mentários do Jornalista Leo
Anelhe em postagem que dis-
cutia a situação política elei-toral do ex-prefeito.
Leo Anelhe, respeitável jor -nalista e autor do livro TO-
DAS AS CORES DA PO-
LÍTICA DE ARARUAMAvem lutando para garantir o
seu direito de livre expressão,
pois o ex-prefeito Chiquinhoentrou na justiça mandando
retirar de circulação o livro.Inclusive recentemente emBúzios munido de mandato
de apreensão e busca, enviou
ociais a residências de mo-
radores locais a m de reco-
lher o livro conforme noti-ciou o Jornal Primeira Hora.
A censura ao comentário do
Leo Anelhe foi comunicado
ao jornalista pelos própriosmoderadores do grupo. Se o
ato de censura já é lamentá-
vel em si, o que dizer então
dos moderadores do grupo
que são jornalistas e artistas
que admitem e praticam atos
típicos de ditadores.
Abaixo na íntegra a mensa-
gem que o Leo Anelhe en-
viou ao autor da postagem
que gerou este ato deplorável
por parte dos moderadores do
grupo.
N.R. Nota-se claramente que
em momento nenhum, no tex-
to ao lado, o Sr. Leo Anelhe
cita ter sido censurado e ape-
nas estranhado o fato de seu
comentário não ter sido pu-
blicado. Abaixo, o assessor
tenta se explicar, sem conse-
guir convencer:
sobre o perl do Chiquinho,seu narcisismo e que ele não
entendeu o objetivo da obra,
o que escrevi, pois era uma
coletânea de depoimentos e
em momento algum coloquei
minha posição, a não ser forado livro na pos-capa, portan-
to era um trabalho jornalísti-co e não biograa de prefei-tos. Para minha surpresa ele
resolveu mandar recolher oslivros porque segundo ele o
texto denegria a sua pessoa,
entretanto ele tem inúmeros
processos, que efetivamentemostra seu perl. Ganhamosa primeira etapa o livro con-
tinua nas livrarias, e recen-
temente um casal de Búzios
comprou 50 exemplares e
distribuiu por lá, ai a coisa
pegou porque ele dizia em
alto e bom tom que fora o
melhor, porém alguns depoi-
mentos de quem conviveu naépoca desmentia isso. Nosso
“amigo” foi para a radio e
disse que nos éramos neuró-
ticos de guerra e psicopata, o
mais curioso e que servi ao
exercito brasileiro durante
a maior parte da minha vidae nunca fui enquadrado pela
instituição, nessa visão.
Finalizando recebi uma co-
municação que o que postei
para você não seria publica-
do, estranhei mais resolvi to-
mar a liberdade de te
escrever essa mensa-
gem. Na verdade Luiz
já desaei a que vies-
sem a meu programade radio na radio Mar
Aberto FM (comunitá-
ria) provar que minhasarmações são inve-
rídicas até agora nin-
guém apareceu por lá.
Essa Rádio atualmente
administro se quiseres
ouvir a programação
ela esta no ar 24 horas.meu programa e das
9h as 10h com o nomeBom dia Comunidade,
e o site é www.mara-
bertofm.com.br. Me
perdoe por ter alongado mui-
to, inclusive fugi a regra de
que jornalista deve escrever
pouco e informar muito.
Um grande abraço e se qui-ser me mande seu endereço
que remeterei o livro. Ape-
sar de não estar enquadrado
como seu amigo, essa intro-
missão se deu porque já que
não foi publicado nos grupo
jornais de Araruama, minhaopinião, decidi escrever essa
mensagem. Entretanto acho
que o tempo deverá mudar essa situação. Bom domingo
amigo”.
N.R2. Realmente, prever e
adivinhar é proibido. No en-
tanto, bastaria fazer contato
com a outra parte interessada
para ver que tudo não passava
de um mal entendido e não,
censura. A pergunta que não
quer calar: Como uma pessoa
tão esclarecida não ouve os
dois lados de uma história an-tes de publicar uma denúncia
tão séria como essa?
Em tempo:
Nas palavras do próprio LéoAnelhe, houve um imbróglio
que foi explicado pelo próprioe moderadores com a minha
participação ao vivo na rádio.
Uma mensagem enviada pelo
Facebook deu ao jornalista a
sensação que teria sido censu-
rado no grupo, porém chateadoe constrangido não comentou
com pessoas próximas a ele eque participam também do gru-
po. Esta mensagem foi enviada
pelo próprio para mim e depois
de conversar por telefone atendiao pedido dele de ajuda na re-
percussão do fato que por ele
colocado era de censura. Dito
isso, rechaço veementementequalquer armação fora do con-
texto apresentado pois não tenhocomo prever, adivinhar e nemsaber se algum comentário não
foi publicado por quem quer que
seja em algum post meu.
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09MARÇO DE 2012
Cortina de fumaça - 2
Jornalista distorce matéria para atingir
o governo municipal Arlindo Jr., jornalista e assessor de imprensa do de-
putado Miguel Jeovani, num ato de desespero, postou
em seu blog no dia 6/3, a seguinte manchete: “Saúde
de Araruama tem o pior índice de desempenho no ID-
SUS”, o que sugeria que a cidade teria o pior índice
de todo o país. No entanto, na matéria ele coloca Ara-
ruama entre os menores índices da região, confun-
dindo propositalmente a cabeça do leitor. Araruama
fcou com a média 4,37, superando Rio das Ostras
e Maricá, mas é no item Avaliação da Efetividade de
Atenção Básica que o município se destaca com a
média 9,40, acima de todos os demais. Criado pelo
Ministério da Saúde, o índice é o resultado do cruza-
mento de 24 indicadores que avaliam se a população
está conseguindo ser atendida em uma unidade públi-
ca de saúde, além da qualidade do serviço.
Santa Catarina obteve o maior índice 6.29 e o Rio
4.58.
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10 MARÇO DE 2012
No lançamento de seu livro (Royal-
ties do Petróleo – As Regras do Jogo)em São Pedro da Aldeia, sexta, 02/03,
o senador Lindbergh Farias (PT) re-
velou aos 300 convidados presentes
que a estratégia para defesa do Rio de
Janeiro deve ser a mobilização da po-
pulação. O livro, fala sobre a grande
polêmica que envolve a redistribuição
dos lucros derivados da extração de
petróleo na região litorânea do Rio deJaneiro. A obra, tem prefácio assinado
pelo governador do Rio, Sérgio Cabral
(PMDB).
Eleito senador pelo estado do Rio de
Janeiro, o paraibano Lindemberg Fa-
rias (PT) aparece entre os cinco par-
lamentares mais votados pelos jor-
nalistas que fazem a cobertura do
Congresso Nacional para concorrer
ao “Parlamentar de futuro”, concedido
pelo site Congresso em Foco ao con-
gressista com menos de 45 anos de ida-de que mais se destacou este ano.
Concorrem ao prêmio com o senador
Senador lança livro na região
paraibano, o deputado José Antonio
Reguffe (PDT-DF), a deputada Ma-nuela D’Ávila (PCdoB-RS), o depu-
tado Jean Wyllys (Psol-RJ) e o sena-
dor Randolfe Rodrigues (Psol-AP).
Além de serem os “parlamentares de
futuro”, no entendimento dos jorna-
listas, Lindberg, Reguffe, Manuela,
Jean e Randolfe têm algo mais em
comum. Os cinco são também na-
listas das principais categorias da
premiação: a dos melhores deputa-dos e a dos melhores senadores.
Lindberg
Líder do movimento dos “caras-pin-
tadas”, que tomou as ruas em 1992 pedindo o impeachment do então presidente Fernando Collor, o parai-
bano Lindberg Farias (PT-RJ) divide
espaço hoje com o antigo desafeto,agora também senador. Aos 41 anos,
em seu primeiro mandato no Senado,Lindberg não é um estreante no Con-
gresso. Antes de assumir a prefeitura
de Nova Iguaçu (RJ), seu último cargo público, foi deputado por dois manda-
tos. No Senado, tem se destacado na
defesa dos direitos de crianças e adul-tos com síndrome de Down. Recebeu
39 votos na primeira fase do prêmio.
Lindbergh Farias estará em Araruama no dia 24 e em Maricá no dia 26 autografando sua obra
Pelo menos, desde 2004 parlamenta-res da Alerj tentam dar uma solução
para a matança que ocorre na Via-
Lagos, por conta de inexistência de
uma divisória em toda via adminis-
trada pela CCR.
Veja a matéria de Max Monjardim
em 10/6/2004:
“Foi aprovada nesta última terça-
-feira, 8, projeto de Lei do deputa-
do Paulo Ramos, líder do PDT naAlerj, que obriga a concessionária
Via Lagos - responsável pela estra-
da que liga Rio Bonito à Região dosLagos - a colocar muretas divisóriasentre as pistas. Conhecida pelos mo-
toristas como um dos pedágios mais
caros do país - cerca de R$ 10 nos
ns de semana - a rodovia também
é palco de tragédias automobilísticas
freqüentemente, segundo relatou odeputado Paulo Ramos.
Paulo Ramos contou que elaborou
o projeto
depois de
uma via-
gem à Re-
gião dos
Lagos, pela
rodovia pe-
d a g i a d a ,onde pre-
senciou três
acidentes
graves. “A
estrada tem
muitas curvas e é comum, principal-
mente à noite, motoristas invadirema pista contrária. Quando ocorrem
estes tipos de acidentes, as chances
de mortes são muito grande”, ressal-tou o deputado. Ramos armou ain-
da que a segurança dos motoristas é
de respon-
sabilidade
da empresa
Via Lagos,
e que a
mesma não
pode alegar
que a cons-trução das
m u r e t a s
divisóriasnão está no
c o n t r a t o .
“O pedágio é um dos mais altos”,
lembra.
A preocupação do deputado se re-
ete nos moradores das localidades
que a rodovia corta. Eles contam queos motoristas passam, em sua maior
parte, em alta velocidade. Durante o
carnaval deste ano (2004), um aci-
dente entre dois carros na altura de
Iguaba Grande, deixou seis mortos edois feridos. Quatro pessoas eram da
mesma família.”
Mureta da Via Lagos tem projeto desde 2004
Recentemente em propaganda
partidária do PR, na TV Alto--Litoral, o deputado de Araruama
atribuía as conquistas da redução
do pedágio bem como a mureta
divisória, ao seu mandato.
Comunidade “Mureta já!”
no Orkut, existe desde 2006
h t t p : / / w w w .o r k u t . c o m .b r /ain#Community?cmm=8093954
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Entrevista
11MARÇO DE 2012
O inícioEu comecei com a rádio sozinho. Sou
presidente da Sociedade Ambienta-
lista de Praia Seca. Então, eu, minha
esposa, minha mãe, vizinhos e amigos
resolvemos criar essa instituição para
poder pedir a concessão dessa rádio
comunitária que só é concedida a ins-
tituições lantrópicas. Ficamos quatroanos batalhando por essa concessão e,
em 2004, nalmente abrimos e fui to-
cando o projeto até 2006, porem, sozi-
nho e sem apoio de ninguém, eu resol-
vi fechar a rádio e, na época, tinha uma
pessoa que fazia a manutenção dos
equipamentos totalmente de graça e
eu cava até desconado porque pobre
quando vê esmola demais descona.
Quando chegou o ano de 2006 e eu não
estava agüentando arcar com as despe-
sas esse senhor, o senhor Antonio Car -
los Pinto Alberto, o Tony, que trabalha
para Rui Carvalho da Silva, da Rádio
Costa do Sol, fazendo a manutenção
dos equipamentos, ele veio para cá se
oferecendo para dar continuidade a
programação comunitária e que eu não
precisaria me preocupar que ele iria
cuidar também da administração. Ele
mudou até o nome da Rádio, passando para Líder FM e cou por um ano. Só
que depois de seis meses o telefone foi
cortado pela então Telemar.
Eles entraram para rádio em 2006. An-
tonio Carlos Pinto Alberto Júnior, Fi-
lho do Tony, que tinha o nome limpo
na praça, porque o pai sempre teve o
nome sujo, mas como ele tinha como
padrinho o ex-tesoureiro da OAB de
Araruama, eles então registraram anova diretoria da Sociedade Ambienta-
lista tendo como presidente o lho do
Tony e como tesoureiro o Sr. Rui Car-
valho da Silva. Durante esse período
de um ano que eles caram a frente da
rádio, eles pouco apareciam por aqui.
Colocavam a programação do compu-
tador no automático e apareciam vez
em quando.
As dívidasApós o telefone ser cortado, já em fe-
vereiro de 2007, o Tony, já com a ener-
O ambientalista Roberto Pollmann conta a trajetória da
Rádio Comunitária Mar Aberto FM e denuncia perseguiçãogia elétrica também cortada por falta
de pagamento, veio me pedir para eu
ceder a energia de minha residência
para ele efetuar a troca do padrão de
trifásico para bifásico. Na verdade era
para eu ceder a luz em meu nome para
meu nome também car sujo, porque
depois de três meses ele também não
pagou as contas e meu nome tambémfoi parar no SPC, porque o da Socieda-
de Ambientalista já estava. O irmão do
Tony, o Manoel, que tem uma loja de
eletrônica, se propôs a pagar a dívida
em meu nome após ter se passado três
anos. O irmão pagou a minha dívida,
mas a Sociedade Ambientalista, eu só
consegui zerar a dívida no ano passado
após um longo parcelamento.
Eu reabri a rádio em um cômodo daminha residência, um lugar precário, e
quei três meses para depois arrombar
a porta da rádio e ter acesso ao estúdio
e voltar a funcionar do estúdio.
Todo esse transtorno envolvendo meu
nome e o da Sociedade Ambientalista
somado ao grande prejuízo nanceiro
eu atribuo aos Srs. Antonio Carlos Pin-
to Alberto, o Tony, e Rui Carvalho da
Silva, ex-tesoureiro da OAB-Araruama
e atualmente gerente da Rádio Costa do
Sol. O lho do Tony só entrou com o
nome, ele nunca apareceu por aqui. Na
verdade serviu como “laranja”.
Em agosto de 2007 eu fui ao cartório e
z uma complementação de mandato
de dois anos para a Sociedade Ambien-
talista, destitui eles do cargo por esta-
rem com todas as contas em atraso e
o escrivão me empossou para que eu
zesse a complementação do mandatodeles e colocar as contas em dia o que
eu só consegui em 2011.
Eu entrei com um processo de presta-
ção de contas contra o Sr. Tony, mas
o endereço que ele forneceu ele nunca
morou lá. O Sr. Rui também deu um
endereço aonde ele também nunca mo-
rou, ou seja, desde o início houve má
fé. A intenção desse dupla era que a
Rádio Mar Aberto nunca mais viessea funcionar, além de me dar um grande
prejuízo nanceiro para não conseguir
reergue-la.
O fechamentoEm Abril, com a rádio já fechada, ele
veio aqui com a chave, que está com
ele até hoje, porque eu tive que ar -
rombar a porta para ter acesso a área
interna da rádio e ele mandou que eu
cobrasse na justiça aquilo que era obri-
gação dele. O Ecad, a Anatel, enm,
tudo estava atrasado. Meu nome e o daSociedade Ambientalista no SPC Sera-
sa. Fiquei por três anos com o nome
sujo na praça por conta desse episódio.
O processoEu estou com essa prestação de contas
contra eles na justiça, e, por acaso, o
Sr. Rui é ex-tesoureiro da OAB-Ara-
ruama e usa de sua inuência fazendo
com que o processo “caduque” esseano. Em setembro, quando completar
cinco anos, eu vou pegar esse proces-
so e entrar na Comarca do Rio porque
por lá ele não tem inuência nenhu-
ma, e tentar reaver todo esse prejuízo
que eles me deram. A inuência dele
aqui é tão grande que nem os advo-
gados de Araruama quiseram pegar o
caso ao saber que é contra ele. Em se-
tembro, no Rio, além de levar para láo processo, também vou denunciar o
caso na corregedoria. Não existe ética
em Araruama.
As denúnciasEstranhamente, após a passagem des-
ses senhores pela rádio, e o fato deles
não terem conseguido atingir seus ob-
jetivos, a rádio está sendo vítima de
uma enxurrada de denúncias na Ana-tel, que já chegaram a cinqüenta. Seja
por interferência, seja por propaganda
comercial, o que não procede até por-
que a própria Anatel ainda não tem um
conceito formado sobre o que é pro-
paganda comercial ou apoio cultural.
Nós só trabalhamos com apoio cultu-
ral, não damos preço de mercadorias e
sempre foi assim. Recentemente rece-
bemos uma multa, com valor estipula-
do, sem aviso prévio, nos dando cincodias de prazo para questionarmos. Eu
não só questionei a multa como tam-
bém levei um CD contendo todos os
áudios de nossos apoiadores culturais
para eles analisarem e nos informar
aonde estamos errando. Outra denún-
cia, que nos causa espanto, é de que
a rádio não teria licença o que basta
qualquer pessoa entrar na internet, no
site do Ministério das Telecomunica-
ções e vericar que não passa de uma
grande mentira. A rádio Mar Aberto
está totalmente legalizada como de-termina a legislação.
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O sal da terra
A Prefeitura Municipal de Araruama entregou, no distrito de
Praia Seca, o Centro Administrativo Prefeito Armando da Sil-
va Carvalho. A inauguração foi realizada em comemoração ao
aniversário de 153 anos de emancipação de Araruama. Para
animar o evento, a bateria do “Bloco Empurra que Vai” se
apresentou fazendo a abertura do Carnaval de Praia Seca.
O local recebeu obras de adaptação, modicação, construção
e reforma que possibilitaram a instalação de um Posto de Saú-
de da Família, Subprefeitura, Núcleo da Defesa Civil, Posto
dos Correios e base da Guarda Municipal. O Centro Admi-nistrativo cou com um total de 877 m2 construídos que irão
servir de referência para o atendimento da população de Praia
Seca.
O Posto de Saúde da Família vai oferecer sala de espera, consultórios, salas adminis-
trativas, de enfermagem, plantão médico, repouso masculino, feminino e infantil, almoxarifado,
rouparia, refeitório, banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais e garagem co-
berta para ambulância.
As instalações da Subprefeitura são adequadas para o atendimento ao público administrativo, ofe-
recendo mais conforto e agilidade. Na parte externa, o terreno possui estacionamento para viaturas
e automóveis dos visitantes e parquinho para as crianças. O prefeito André Mônica lembrou do
desenvolvimento que está chegando em Praia Seca.
- Construímos um importante Centro Administrativo em Praia
Seca, pensando no grande desenvolvimento que está ocorrendo
neste distrito, que possui forte potencial econômico e turístico.
Esta estrutura permite amplo atendimento médico e irá funcio-
nar 24 horas, oferecendo mais tranqüilidade para os moradores
e turistas – explicou o prefeito sobre a necessidade da obra.
Ele também falou sobre as importantes obras de cinturamento e
revitalização da Lagoa de Araruama que estão impulsionado o
crescimento de Praia Seca, valorizando os imóveis e fortalecen-
do o comércio e a pesca.