Ano 31 | Edicação 01 | Agosto de 2015 - www.sintepp.org.br | [email protected]
A educação pública, no Brasil e no esta-do, tem passado por grandes dificuldades
por conta das sucessivas retiradas e des-vios de verbas públicas que deveriam garantir condições dignas para que se possa educar com qualidade nossas crianças, adolescentes e jovens, com o objetivo de garantir um futuro melhor.
O que temos hoje é um ensino público sucateado pelo governo para justificar a privatização da educação, há muito denunciada pelos trabalha-dores em educação, que testemunham a lenta e progressiva terceirização da rotina dentro das escolas.
Quem não se lembra do porteiro da escola que nos acompanhava desde o antigo primário? A rotina era sempre a mesma, da entrada da escola a meren-da escolar (quando tinha), sempre feita pelas mesmas pessoas.
Hoje, lamentavelmente presen-ciamos uma forte terceirização desses serviços. Hoje seu filho entra na escola e se depara cada dia com um profissio-nal de segurança, enfiado numa farda, que não transmite segurança, mas des-confiança, pois não se sabe quem é a pessoa por dentro da roupa vigilante. O mesmo vale para quem tem a responsa-bilidade de preparar as refeições do seu filho, nunca será a mesma, pois as em-presas as trocam constantemente.
POR QUE A EDUCAÇÃO PÚBLICA PARAENSE É UMA DAS PIORES DO BRASIL?
governo jatene|helenilson quer privatizar o ensino do seu filho!
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muitos têm recebido abaixo do sa-lário mínimo, o que tem dificultado no sustento de nossas famílias.
A GREVE FOI EM DEFESA DE DI-REITOS E DA ESCOLA PÚBLICA
• A greve deflagrada no primeiro se-mestre foi um grito de socorro por melhores condições de trabalho e o pagamento do Piso Salarial Nacio-nal, garantido em lei federal. Soma-dos a isto, está a violência crescente nas escolas, péssima infraestrutu-ra, falta de água potável, jornadas extensas, salas superlotadas sem climatização, rede de energia pro-blemática e banheiros inadequados para o uso. Esta é a dura realidade de quem depende da escola pública para estudar ou nela trabalha.
• Com o fim da greve, recorremos ao Ministério Público para garan-tir nossos salários e a reposição dos dias parados, no sentido de garantir
POR QUE OS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO FIZERAM GREVE?
• O governo Jatene, através da Se-cretaria de Educação - SEDUC, que tem como titular Helenilson Pontes, um advogado tributarista, que nada entende de educação pública pro-move a retirada de direitos, corte de verbas para nossas escolas e reduziu os salários dos trabalhadores em educação em até 70%.
• Em agosto, contrariando o judici-ário e lei federal, o governo conti-nuou descontando dos nossos salá-rios, a título de erro de sistema, uma importância significativa de nossos rendimentos, de tal maneira que
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o direito dos (as) estudantes. Mas de nada serviu, pois o governo Jatene mostrou-se irredutível na sua gana por punição e preferiu contratar pro-fessores inexperientes para substituir os efetivos da rede ao custo de mi-lhões no jogo do clientelismo políti-co. Dinheiro que o governo diz não ter para pagar nosso Piso Salarial.
LUTAR NÃO É CRIME!
• Lutar por direitos não é crime, pelo contrário, é justo e legítimo, principalmente, quando se trata da educação pública, direito que para milhares de famílias do nosso esta-do é o único meio de melhorar de vida, por isso pedimos o seu apoio e contamos com a sua disposição para nos ajudar a construir realmente uma educação pública de qualidade.
GOVERNO JATENE NÃO CUMPRE OS 200 DIAS LETIVOS
• Em não aceitar a reposição propos-ta pelo Sintepp e Ministério Público, o governo do estado impossibilita o cumprimento do calendário esco-lar de 2015 (200 dias), haja vista que retirou sem explicação mais 35 dias letivos em 2014. Com isso prejudica milhares de estudantes, particular-mente aqueles que estão concluindo o
Ensino Médio, às portas do vestibular.• O governo Jatene|Helenilson em-preende um processo incansável de ataque aos direitos e à própria edu-cação pública do nosso estado com o objetivo expresso de pavimentar o caminho para a privatização da es-cola pública, que materializa-se na prática recorrente de reduzir a car-ga horária de professores(as), dimi-nuindo assim o salário de todos.
ESPAÇOS PEDAGÓGICOS
• Os professores dos espaços peda-gógicos eram lotados com jornada de trabalho de 200 ou 100 horas. A Seduc impôs a redução para apenas 75 horas, fechando esses importan-tes espaços, que ajudavam no en-sino/aprendizado dos alunos, tais como bibliotecas, sala de leitura, laboratórios de informática, salas multi meio-didáticos, etc.
ESCOLAS PRECÁRIAS
• Tudo que seria necessário para os es-tudantes poderem assistir uma aula de qualidade não existe em nossas escolas. O que temos são salas de aulas super-lotadas e muito quentes, sem falar dos banheiros sujos e entupidos, falta de bebedouros e água potável. Sem essas condições mínimas, não é possível de-
senvolver bem nossas atividades e com isso, também, não é possível para o alu-no ter uma educação de qualidade. Por isso, na nossa pauta consta a reforma urgente das escolas.
MERENDA ESCOLAR DE QUALIDADE
• É responsabilidade do governo do estado, garantir a oferta regular de ali-mentação escolar de qualidade em to-das as escolas da rede de ensino. Mui-tas de nossas crianças e adolescentes saem de suas casas sem o café ou sem almoçar, por falta de condições finan-ceiras de suas famílias e, portanto, tem na merenda escolar a oportunidade de comer bem, o que deveria ser o corre-to. Suco artificial e bolacha mofada não alimentam e prejudicam o processo de raciocínio de nossas crianças.
CONTRA OS DESCONTOS ABUSIVOS E ARBITRARIOS
• A perversidade desses senhores que estão à frente do governo do estado é tanta que houve “descontos de greve” em contracheques de professores que não possuíam carga horária, ocasio-nando uma dívida indevida do pro-fissional para com o estado.• O Secretário de Educação, Helenil-son Pontes, continua não honrando com os compromissos assumidos na carga horária de 220 horas e lotou os professores abaixo de 100 horas. Isso
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MERCADORIA
EDUCAÇÃO
Diga não à privatização!tem levado a descontos absurdos. • Em muitos casos as contas ban-cárias ficaram negativadas, o que inviabilizou a vida pessoal de muitos professores e funcionários de escola. Realmente a insensibi-lidade do governo beira o princí-pio básico de sobrevivência.
INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA AOS SERVIDORES DO ESTADO - IASEP
• Os servidores do Estado têm so-frido com o descredenciamento de inúmeras clínicas e médicos no atendimento à saúde dos ser-vidores do estado. Marca-se uma consulta ou exame e quando che-ga o dia, o consultório ou clínica não pertence mais ao plano. Isso se tornou frequente. Porém, os descontos são feitos rigorosamen-te nos nossos contracheques. Exi-gimos que o governo do estado honre seus compromissos com os credenciados do plano ou devolva nosso dinheiro.
EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA
• O governo do Estado insiste na
política privatista ao “comprar” vagas nas escolas particulares para “reforço”. E somos sabedores que temos professores concursa-dos competentes para realizar tal atividade.
• A política do governo é tão des-carada que insiste em “contratar” empresas de amigos, denunciadas por irregularidades no Ministé-rio Público, para ministrar aulas
de inglês ao custo total de 200 milhões. E ressaltamos que pos-suímos professores concursados e capacitados para ministrar tal disciplina na rede estadual.
PARTICIPE DA NOSSA LUTA• EM DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA
• CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO• POR REFORMAS URGENTES DAS
ESCOLAS PÚBLICAS• POR MAIS SEGURANÇA NAS
UNIDADES DE ENSINO• MATERIAIS DIDÁTICOS DE
QUALIDADE