Coletânea de CONTOS
Índice DEDICATÓRIA ......................................................................................................................... 5
O ASSASSINATO EM VENEZA .................................................................................................. 6
O AMOR SEM ESCOLHA .......................................................................................................... 7
O REENCONTRO ..................................................................................................................... 9
JOAQUIM E O MENINO FREDERICO ...................................................................................... 11
O HOMEM SOLITÁRIO .......................................................................................................... 13
LEMBRANÇAS ....................................................................................................................... 14
ANA E JOÃO ......................................................................................................................... 16
CORRA ATRÁS DE QUEM AMA ............................................................................................. 17
UMA LINDA HISTÓRIA DE AMOR .......................................................................................... 20
A ÁRVORE ............................................................................................................................ 22
OS RUÍDOS DA MORTE ......................................................................................................... 22
O NAVIO FANTASMA ............................................................................................................ 23
O MENDIGO E O MENINO .................................................................................................... 24
O AMOR PROIBIDO .............................................................................................................. 25
O AMOR GUARDADO ........................................................................................................... 26
O CADERNO DE SOFIA .......................................................................................................... 28
MARCELO E JASMIM ............................................................................................................ 30
O MENINO, SEU AVÔ E A ÁRVORE DA VIDA .......................................................................... 30
O HOMEM POBRE E O RICO ................................................................................................. 33
O MELHOR AMIGO DO HOMEM ........................................................................................... 34
O DOUTOR E O VELHO ANALFABETO.................................................................................... 35
O MEDO DE UM RECOMEÇO ................................................................................................ 36
VIVER A VIDA ....................................................................................................................... 38
O DESPERTAR DE ELISA ........................................................................................................ 39
VIDAS CRUZADAS ................................................................................................................. 57
A RAPOSA E O LENHADOR .................................................................................................... 61
AS FORMIGAS ...................................................................................................................... 62
DOCE ILUSÃO ....................................................................................................................... 63
DEDICATÓRIA
A maior aventura de um ser humano é viajar,
E a maior viagem que alguém pode empreender
É para dentro de si mesmo.
E o modo mais emocionante de realizá-la é ler um livro,
Pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros,
Mas é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas
E descobrir o que as palavras não disseram...
É com grande prazer que a turma de Aquicultura oferece à você caro(a) leitor(a) essa
Coletânea de Contos. Esperamos que a leitura destes lhes proporcione momentos prazerosos e
divertidos, já que os mesmos foram feitos pelos próprios alunos da turma com muito carinho
pra você.
O ASSASSINATO EM VENEZA
Virginia era uma mulher bela, que morava co seu esposo, que se chamava
Alexandre em Veneza cidade italiana ,este casal brasileiro morava á 7 anos
fora de seu país de origem e eram muito felizes .
Certa manhã ,ao acordar Virginia percebe que seu esposo não está em
casa ,neste dia comemorava-se os 10 anos de casados. Virginia não
gostando do sumiço do marido decidiu ligar ,mas ele não atendia ,ligou para
o escritório onde seu esposo trabalhava e lá informaram a ela que ele não
havia trabalhado naquela manhã. A mulher preocupada fica perambulando
de um lado para o outro na conzinha ,quando de repente a porta da sala se
abre e se fecha muito rápido a mulher corre para ver o que é ,poderia ser seu
marido ou um vento muito forte mais nada teria mostrado que poderia ser
seu marido.
Virginia muito nervosa pega seu casaco que estava na sala e parte para a
casa vizinha onde morava sua amiga. Chegando lá, percebe que a amiga não
estava em casa .Então ,volta para casa e na divisa de sua casa com a da
vizinha havia um portão logo ali abaixo atrás do portão vê homens fortes
levando coisas para dentro de sua residência ,ela acha isso muito estranho
,vê seu esposo e sua amiga atrás do caminhão de caixas .Sem chegar muito
perto a mulher se esconde atrás de um arbusto ela ouve seu marido falando
com a amiga ,mas não consegue entender absolutamente nada.
Virginia entra na casa pelos fundo ,sem que ninguém a veja ,ela entra e
sobe rapidamente as escadas,tira seu casaco e deita em sua cama ,fingindo
estar dormindo,cinco minutos depois aparece seu marido com um café para
eles, os dois tomam o café e a mulher vai tomar um banho. Logo seu marido
há avisa que vai sair de novo e ela pergunta onde ele está indo ,mas ele
desconversa e diz que não pode lhe falar. Quando seu marido sai ,a mulher
pega um táxi e vai atrás .Ele entra em uma lanchonete ,da um beijo na boca
de outra mulher e senta com ela em uma mesa .Virginia vendo a cena do
lado de fora da lanchonete e vai embora chorando. Ela chega em casa e na
frente de casa senta numa calçada. A amiga, sua vizinha ,vê Virginia
chorando e vai dar uma força .
Virginia de cabeça quente discute com amiga dizendo vários palavrões
e bate a porta na cara dela .Ao meio dia após seu marido chegar ,Virginia
pede a separação. O marido sem entender nada, diz que não aceita a
separação. Ela toda arrumada sai de casa e vai para um restaurante,do outro
lado da cidade. Chegando lá, ela se senta e pede o cardápio ,quando de
repente vem um homem e senta ao seu lado e sussurra em seu ouvido, á
dizendo que ela é muito bonita . A mulher toda envergonhada pede para o
homem sentar com ela para comer alguma coisa e ela o beija. Logo aparece
seu marido lá ele vê ela sentada abraçando outro homem e vai embora
.Quando ela chega em casa ,não o vê e seu ex-marido liga para a mãe e
conta tudo o que aconteceu ,ao desligar o telefone ela joga a bolsa na cama e
tira o casaco. Ela se vira para o outro lado ,quando ela faz isto é acertada
com um tiro ,diretamente em seu peito esquerdo. No dia seguinte quando o
marido chega em casa vê o corpo da mulher estirado no chão ,chora muito e
liga para a policia e a mãe de sua mulher. Quando conta para a mãe de sua
esposa, chora muito o marido, a amiga ou quem poderia ter assassinado a
mulher. A mãe dela coloca os melhores detetives da Itália atrás do assassino
mas apenas anos depois descobrem que quem assassinou Virginia foi seu
marido . Ele é preso e julgado á pena de morte e diz não se arrepender
,todos ficaram assustados mas felizes por terem conseguido justiça .
Alex Renan Galvão. Nº:01
O AMOR SEM ESCOLHA
O meu quarto estava escuro, quando levantei para abrir a janela,
abri é percebi que estava trocando a noite pelo o dia. Tinha ido dormir 4:30
da manha preparando panquecas com macarrão que sobrou do jantar.
Quando olhei para fora da janela avistei uma garota. Alta, olhos verdes,
morena cabelos longos, rosto arredondado e com um estilo interessante. Ele
pensou, aquela garota é do meu interesse. Avó de Bruno subiu para o quarto
é bateu na porta é chamou
- Bruno, Bruno. – duas vezes muito zangada.
Ele abriu a porta é falou.
- Oi vó. – com maior cara de sono.
- Vamos agora para novena nos estávamos muito atrasados.
-Vó eu não gosto de novena.
- Você vai para a novena sim, você Bruno não pode ficar só em
casa.
-Está bem vou me arrumar.
Sua avó desseu é esperou na sala pelo o seu Bruno, quando ele
terminou de se arrumar, eles foram para a novena, quando ele chegou ele
veu a garota da janela, com um vestido rosa, sapatinha de onçinha e cabelos
soltos.
Ele olhou para ela já com um ár de apaixonado, já quase sem
reação, se aproxima da mesma é falou.
- Boa noite. – com um lindo sorriso no rosto.
- Boa noite, para você também .
- Como você se chama?
- Sofia, é você.
- Bruno.
Sua avó chega perto é fala.
- Bruno eu quero apresentar alguém para você.
- Quem vó. – com cara de assustado.
- Sua prima Sofia.
Bruno com a notícia que recebeu ficou muito surpreso é pessou,
aquela garota da janela que mi apaixonei, em minha prima. Mais ele
percebeu que o amor não tem escolha.
Aline Alcântara. Nº: 02
O REENCONTRO
Era 3 (três) de março, em um finalzinho de tarde. E como sempre, ao
regressar da faculdade, sentava-me em uma lanchonete, próximo a uma
pequena praça para lanchar. Lembro-me como se fosse hoje, quando um
velho homem veio em minha direção, sentou-se ao meu lado, sem ao menos
pedir permissão, e disse:
- Ola meu jovem! Descupe-me a entromissão.
Já puxando a cadeira a minha frente para se sentar.
- Sou novo por aqui e venho lhe observando desde o momento em que
cheguei. Como de costume, passo sempre minhas manhãs aqui nesta praça.
Mais não se assuste, pois o que pretendo é lhe passar confiança.
Mais o que se esperar de um homem que não me recordava e, de uma
hora pra outra, ja entrava em meu caminho tendo tanto outros lugares para
se acomodar? Mais por incrivel que pareça, não senti medo. E lhe perguntei:
- O que pretendes ganhando minha confiança pobre homem?
E o homem responde:
- Quando te vi, senti-se como se fossemos amigos, como se nos
conhececemos a muito tempo.
Sentado ao seu lado permaneci calado. Devia ter, no máximo, uns 60
anos de idade, rosto de homem sofrido. Passado alguns minutos em silêncio
ele fala:
- Olha aqui Thomas! Sei que a vida não tem sido fácil, temos batalhas
a serem vencidas, colhemos hoje o que vinhemos plantando no decorrer de
nossas vidas. Sei que é rapaz, moço...
Não vinha entendendo absolutamente nada sobre o motivo daquela
conversa, pra mim aquele homem era mais um fanático do que um contador
de Estórias. Mais quando falou meu nome, interrompe sua fala, até então
surpresso:
- Só um momento Senhor. Chegas aqui, falas comigo. Ao menos me
disse como se chamas? E quando menos espero, falas o meu nome. Quem é
você? Me conheci?
Derrepente ele fala:
- Sim! Te conheço muito bem. Agora preste bastante atenção.
Olhando fixo em seus olhos, queria uma explicação, e ele prossegue:
- Lembra-te da bicicleta azul, que ganhas-tes quando ainda era
pequeno? Pois bem, foi comprada com bastante esforço vindos das mão de
um marceneiro.
-Ah! E a queda do telhado? Onde subistes para pegar a bola que
brincava com teus amigos. Devia ter no máximo uns 7 (sete) anos de idade.
Sei que foi dificil ter que passar dias em um hospital, esperando a cirurgia
pela gravidade da queda. Mais graças a Deus estas bem, o que lhe restou foi
apenas uma cicatriz na barriga.
Ao ouvir isso, lágrimas caiam de meu rosto, não tinha nem a coragem
de perguntar como ele sabia de tudo isso já sabendo do óbvio, e ele conclui:
- Eu sei Thomas, fácil não foi, ter que passar noites em claro com
receio de que teria ou não o que comer no dia seguinte, pelo fato de ter ido
pra cama sem a janta. Foram momentos ruins, eu sei. Mais tudo isso acabou.
Desnortiado sem reação, lembrando-me daquela face que agora ja
estava fixada em minha mente, falei:
- Não me diga que se chamas Mauricio?
- Sim, sei que te apareci derrepente, sem ao menos me apresentar,
mais sabia que iria me conhecer. Posso te pedir uma coisa? um abraço?! ...
Pois foi assim, tudo muito rápido.
- Só um momento. Poxa papai! Muito contraditório tudo isso e
inacreditavel. Mais o que aconteceu? você o abraçou?
- Não! lhe dei apenas um aperto de mão, ja me levantando, pela hora
que se passava. Lhe falei algo que, por pedido dele, ficará só entre nós, e
sai. Não guardo magoas pelo fato de ter me deixado. O "PAI" que me
abandonou a uns 20 (vinte) anos atrás, era aquele com quem conversei por
um curto periodo de tempo.
Amanda Brandão Dias. Nº: 03
JOAQUIM E O MENINO FREDERICO
Um dia quando saia do trabalho encontrei um garoto na rua ele
estava com frio e fome, já era madrugada eu senti dor dele deu vontade de
levar ele para casa, e ainda mais ele era muinto fofinho Tinha mais ou
menos 8 anos, mas por sigurança não levei tinha medo que foce um mine
ladrão.
No outro dia quando sai do trabalho ela lá estava no mesmo lugar
fui em direção a ele.
- Garoto qual o seu nome?
- Frederico senhor.
- O que você faz aqui sozinho ?
- Sobrevivendo senhor.
- Você quer e para minha casa?
- Sim senhor.
Então levando ele para minha casa não sei que ele sentia na quela
hora, felicidade ou medo de esta andando com um estranho, mas sei que ele
vai ter uma baita surpresa quando nós chegarmos em casa.
- Senhor que casa legal.
- Eu sei, e você pode brincar com todos esses brinquedos.
- Sério?
- Já posso brincar
- Ainda não primeiro vai tomar banho e comer.
O garoto já tinha tomado banho, comido e brincado muinto então já
tava na hora de dormi.
- Já tabom de brincadeira por hoje.
- Mas já?
- Sim
- Então eu já vou.
- Não.
- A partir de hoje essa é sua nova casa.
- Sério mesmo?
- Claro pode ficar aqui o tempo que quiser.
O garoto muinto feliz foi dormi, mas antes ele me perguntou.
- Quem é o senhor?
- O que o senhor faz?
- Sou Joaquim barto
- Dono da brinquedopatria.
O muleque foi dormir muinto feliz de saber que eu sou o dono da
brinquedopatria o lugar onde ele ficava toda noite esperando que a sorte
viesse com o vento.
O garoto cresceu me ajudou muinto, tinha muinto talento o garoto
fez a impresa de brinquedopatria para brinquedomundo, hoje já tou velho e
fraco mas sei que minha mição que foi comprida com a formação desse
garoto.
Amsterdan Vasconcelos. Nº: 04
O HOMEM SOLITÁRIO
Havia um homem muito solitário que vivia na margura da solidão,
mas um dia lindo encontro u sua amada, com isso ela resolveu casar e ter
vários filho, pois sua esposa ficou muito triste ao saber-lhe que estava muito
doente com isso ela não quiz dizer sseu marido para não vê-lo sofre-lo, mas
um dia sua esposa estava muito ocupada e pedio ao seu Diogo para arrumar
o quarto deles, com isso viu um diagnóstico, que pertencia sua esposa e
perguntou Diogo a sua esposa
- você estar doente?
- não querido não estou.
- mas o que significa isso?
- não é só um diagnóstico.
- mas esse diagnóstico estar transmitindo que você tem câncer. com isso eles
dois começaram a chorar e Diogo deixou seu trabalho para viver mais
tempo com ela, com o passar do tempo ela morreu. Passando alguns dias ele
foi ate o seu guarda-roupa e viu uma carta que sua esposa tinha deixado na
carta estava escrito essa mensagem:
...Que o sol ao nascer te faça sorrir te mostrando qe mais um dia se inicia.
Que o vento leve seus sonhos ate Deus e que tudo se realize... Mas quando
entardecer e tudo se escurecer, não desanime, as estrelas vão brilhar e logo
mais a lua aparecera... mas se As nuvens cobrirem o céu feche os olhos e
perceba. Nem todos os dias terminam como a gente quer mas podem
começar como a gente sonha. sempre estarei ao seu lado mesmo que voce
não possa mim ver...
Te amo amor!
Quando ele terminou de ler a mensagem ficou muito triste e se matou, e
seus filhos ainda inconformados com a morte de seus pais são levados para
um orfanato.
Ana Flávia. Nº:06
LEMBRANÇAS
O céu tão escuro, nublado, ou como minha mãe diz o tempo fechou,
como se a terra precisasse da escuridão por alguns minutos. Meu avô
sempre comparava o céu à vida. Tempos de chuva, tempos de sol, quando a
vida tá nublada, depois vem o arco Iris. Dizia ele. Talvez o céu estivesse de
luto junto comigo. Olhei ao meu redor e vitantos túmulos, também me vi
entre aquele amontoado de pessoas, tantos altos como baixos, tantos gordos
como magros, uns ruivos, outros com óculos, uns de preto, outros de branco,
tão diferentes, tão vazios, que se amontoaram com o mesmo objetivo. Eu
estava segurando uma rosa vermelha na minha mão direita.
- Jogue. Sussurrou minha mãe ofegante. Olhei para a rosa, tão linda,
tão pura, como meu pai, que mundo injusto.Pensei.
- Por quê? Ele não a verá mãe. Falei tão sinceramente, que nem
parecia comigo, eu que sempre fui escondida, nunca dei minhas opiniões,
ninguém precisava pra falar a verdade, preferia ficar calada e só conseguia
me abrir em uma roda de amigos, mas nunca fui eu mesma. Minha mãe me
olhou assustada.
- Marina, jogue está flor. Pediu mais uma vez, quase derramando o
que restava de suas lagrimas.
- Não percebe que isso é em vão? . Todos me olharam tão
assustados, outros cochichavam um. O que ela está falando? . Ela perdeu o
juízo? . Pobrezinha. Resmungavam. A maioria dessas pessoas não
conheceu o meu pai, mãe. Não sabem seu sorvete favorito, nem o jeito que
ele dormia, não sabem nem porque estão chorando, só ficam repetindo, ele
foi um homem bom, ele era uma boa pessoa, isso foi uma tragédia,
perdemos mais uma pessoa pura no mundo, foi à mesma coisa que disseram
no enterro da vovó.
- Marina, o que pensa que está fazendo? . Gritou meu tio Aroldo,
pegando no meu braço. Vá para o carro, já conversamos. Obedeci. Antes
olhei para aquelas pessoas encarando e disse.
- Sabem o nome completo do meu pai pelo menos? . Olhei para um
homem em especial que vestia um terno preto, ele adorava ligar pro meu pai
e chama-lo para sair, devia ser porque o meu pai pagava as despesas do bar
sempre, meus pais sempre brigavam por causa disso. Entrei em um carro
preto, e ouvi minha mãe chorar escandalosamente no peito do meu tio. Senti
pena e uma enorme tristeza, porém não consegui chorar, minha prima disse
que isso é normal, demora um pouco pra conseguir captar as coisas, o
problema é que eu estava entendendo muito bem, até mais do que eu queria.
Vi um cara pelo espelho do carro, acocado em um tumulo, ele era
mais ou menos da minha idade, tinha cabelo preto comprido e usava uma
calça azul, meio rasgada. Saí do carro e me aproximei. Não sei bem porque
fiz isso, mas eu fiz nada mais me importava naquele momento. Fiquei atrás
dele, e li o nome que estava escrito na lápide. Ana Lucia. Li os primeiros
nomes.
- Você está com aquele pessoal? . Perguntou o homem, nem me
olhava, parecia fixo naquelas letras.
- Sim. Sussurrei.
- Quem morreu? . Perguntou ele de uma forma tão normal, que me
assustei. Soltei um “nossa” sem querer.
- O quê? . Ele me olhou. Ah... Desculpe. Sei que a maioria das
pessoas fala de uma forma mais doce, tentando amenizar a dor do outro, de
alguma forma isso funciona, mas prefiro ser mais direto. Eu odeio pena.
Falou ele, e voltou a olhar aquele nome. Ana Lucia.
- É melhor assim, cansei da piedade das pessoas. Ele deu uma risada
abafada - Quem é Ana Lucia pra você? – Perguntei sendo menos discreta do
que imaginei. Ele demorou um pouco pra entender a pergunta.
- Alguém que eu realmente gostava. Finalmente falou.
- Não gosta mais? . Perguntei espontaneamente. Ele sorriu.
- Agora eu a amo. – Sorri com aquelas palavras. Sabe, quando
alguém morre a gente passa a valorizar mais do que antes, mas aí já é tarde.
- Isso não é tecnicamente verdade. Corrigi, sendo a filosofa como
sempre, zoada pelo pessoal da minha sala. A gente passa a valorizar as
lembranças. Às vezes penso pobre daqueles que perdem suas lembranças.
Ele me olhou, se levantou.
- Não respondeu minha pergunta. Ele levantou uma das
sobrancelhas, seu rosto era pálido meio cristalino. Quem morreu? . Repetiu.
- Alguém que eu amo muito. Olhei para os meus pés.
- Ana Lucia, ficava em uma biblioteca da escola, São Jorge, não
muito longe daqui. Conheci-a lá.
- Vocês se apaixonaram?
- Eu sim. Ela se apaixonou, mas por outro e ele fez mal a ela. Toquei
no seu ombro, não sabia o que falar. “Eu sinto muito” saiu tão fraco.
- Odeia pena – Falou sorrindo.
- Sinto muito. E rimos juntos. Ele olhou para um carro vermelho,
onde uma mulher de óculos escuros o esperava.
- Tenho que ir. Talvez nos esbarramos por aí. Falou ele acenando.
- Sim, tchau. – falei. Foi a primeira e ultima vez que vi aquele
homem. Quando olhei em minha volta, senti algo pegajoso escorrer na
minha bochecha e percebi que era a primeira vez que chorava naquele dia.
Meu pai é só mais um de muitos túmulos, mas que sempre será lembrado
por mim. Pensei.
Antônia Brena. Nº: 07
ANA E JOÃO
Um dia tão bonito numa cidade pequena, lá onde morava uma bela
menina chamada Ana, lá estava triste como sempre sofredo de amor pelo
um menino chamado João, ela amava muito ele, era completamente
apaixonada a pobre vivia nos cantos da escola sozinha para não expressa o
que sentia por ele além disso tudo ele o João considerava ela a ama como
uma amiga apenas. João confiava muito mesmo nela, contava tudo para
Ana, por quem ele se apaixonava e tudo mais por isso Ana tinha medo de
dizer que amava, era completamente louca por ele.
Os dias passavam e o seu amor aumentava e o medo ia junto, Ana
sofria mais ainda.
Um dia Ana resolveu conta tudo para uma ‘’amiga’’ chamada Lívia
disse tudo do começo onde ela começou a se apaixona pelo João passou
horas contando.
- Ana disse, por favor não conta o que você ouviu para ninguém!
- Lívia disse, certo da minha boca não sair nada dessa historia pode confiar
em mim!
No outro dia todos do colégio já sabia da história, começaram a zoar
Ana alunos disseram, Ana gostam de João hum!
Então os aluno não paravam de brinca com ela. Assim ela fugiu.
- o João chega, sabe de tudo, e disse que também ama, onde ela esta.
Então chega a noticia que Ana tinha morrido João se desespera, vai
atrás de sabe o que aconteceu e ai, atropelado por um carro.
Débora Ísis. Nº: 10
CORRA ATRÁS DE QUEM AMA
Numa manhã qualquer, de um dia qualquer. Ela estava na praça mais
movimentada perto da cidade. O lugar era lindo, cheio de flores e árvores.
Lugar onde ela ia quase todos os dias. Uma moça sozinha, com aparência
triste e pensamentos longes. O clima estava agradável, não estava quente e
nem muito frio. A moça estava sentada em um banco, ela olhava para o céu,
com uma certa angústia. Ela estava alí, pois precisava ficar sozinha, parecia
estar cheia de decepções. E de repente soa uma voz ao seu lado, que à
encantou, logo quando à escutou.
— Está um belo dia.
Ela se virou, e viu um homem, bonito, que se sentou ao seu lado.
• Sim, está um lindo dia mesmo.
A moça, apesar de aparentar-se triste, sorri para o homem encantador, esperando
alguma resposta.
— Você parece está preocupada, talvez uma dor que quer tentar esconder.
— A vida nos trazem decepções...
— Não deveria está assim, você é linda e não deve esconder sua beleza toda,
com tanta tristeza.
— Pena que algumas vezes, não escolhemos o que iremos sentir
— Mas podemos passar por cima e tentar algo novo.
— Não quando você acha que tudo o que irá fazer, é inútil.
— Nunca diga que o que irá fazer, é inútil, impossível, pois sempre você terá
novas chances.
— Sempre te observei nessa praça, sempre tive vontade de falar com você, mas
nunca tive coragem.
— Por que não teve coragem?
— Porque você não é igual as outras, você tem algo diferente. Sempre quando te
via, sentia que você era especial...
— Desculpa, mas tenho quer ir.
— Poderia me dizer seu nome?
— Isabela, e o seu?
— Muito prazer Isabela, me chamo Kaique.
Depois desse dia, eles nunca mais se viram. Ela ia para a praça todos os dias, com
esperança que aquele homem que à encantou, chegasse ao seu lado no banco e
conversasse com ela, pois naquele dia que o conheceu, parecia que todos aqueles
grandes problemas, enormes tristezas e decepções, tinham sido esquecidos, nem
que isso tivesse sido apenas naquele momento.
Isabela, que trabalhava com turismo, recebe uma proposta de viajar, mas à
trabalho. Mas antes dessa viagem, por conta do destino, eles se reencontraram,
em um shopping. Ela não conseguiu se segurar e foi falar com ele.
— Olá, que bom te ver, de novo.
— Oi, é..
— Tá tudo bem?!
— Sim, só estou um pouco ocupado.
— Ei, você está me evitando?
— Quer saber.. Sim, estou te evitando, sei que parece loucura, mas eu tenho
medo...
— Medo?!
— Sim, desde aquele dia, na praça, venho sentindo algo estranho, algo que todo
esse tempo, nunca tinha sentido por ninguém.
— E o que você sente, é algo ruim?
— Não, mas é melhor não falar, estou ocupado, foi bom conversar com você.
Ela, sabendo que ele estava à ignorando, virou para ele, com lágrimas nos olhos.
— Só queria que soubesse que viajo amanhã, vou bem cedo, viajar à trabalho e
quero te falar que mesmo você me evitando, desde aquele dia na praça, senti que
por você, eu faria tudo, até o impossivel...
Ele olhou para ela, mas virou ás costas e apenas continuou o que estava fazendo.
Ela voltou para casa, arrumou suas malas, e estava pronta para esquecer aquele
dia, em que aquele homem, a fez se sentir bem e a conquistou tão de repente.
Na manhã seguinte, ela pegou um táxi e se dirigiu para o aeroporto. Estava tão
angustiada, mas sabia que aquela viagem iria lhe fazer bem, ao contrário, se não
podia ficar com o homem que amava, não iria ficar tendo que pensar em
encontra-lo casualmente, em qualquer lugares, horas.
Quando já estava quase entrando no avião, ouviu alguém gritando o seu nome, ela
sabia que aquela voz não era estranha. Quando de repente, era Kaique, correndo
ao encontro de Isabela.
— Não pude deixar de vim.
— O que faz aqui?
Vim te falar algo e só quero que escute.
— Naquele dia na praça, que eu fui falar com você, já vinha te observando á
vários dias. Naquele dia, eu criei coragem e fui falar com você, mas depoiste
evitei, pois quando falei com você, senti que tudo que sempre procurei em uma
mulher pra mim, estava em você, mas por já ter sofrido tanto por amor, acreditei
demais em sentimentos e as pessoas só fizeram me machucar, e foi por isso que
te evitei, não queria sofrer ainda mais. Depois percebi que desdeaquele dia, não
parei de pensar em você, e sendo por você, sofro tudo de novo, por que você é
tudo o que eu sempre sonhei.
Ele á beijou e ficou ancioso com o que Isabela iria falar.
Você chegou do nada e conseguiu me conquistar tão rápido, viver sempre com
você, é tudo que mais quero.
Elilia Duarte. Nº: 11
UMA LINDA HISTÓRIA DE AMOR
Como qualquer mãe, quando Raquel soube que um bebê estava a
caminho, fez todo o possível para ajudar o seu outro filho, Micael com três
anos de idade, a se preparar para a chegada. Os exames mostraram que era
uma menina, e todos os dias Micael cantava da barriga de sua mãe. Ele já
amava a sua irmãzinha antes mesmo dela nascer a gravidez se desenvolveu
normalmente.
No tempo certo, vieram as contrações. Primeiro, a cada cinco minutos;
depois a cada três minutos; então, a cada minuto uma contração. Entretanto
surgiram algumas complicações e o trabalho de parto de Raquel demorou
horas. Todos discutiam a necessidade provocável de uma cesariana. Até
que, enfim, depois de muito tempo, a irmãzinha de Micael nasceu. Só que
ela estava muito mal. Com a sirene no último volume a ambulância levou a
recém-nascida para a UTI neonatal do Hospital Saint Mary. Os dias
passaram. A menina piorava. O médico, disse aos pais: “preparem-se para o
pior. Há poucas esperanças”. Raquel e seu marido começaram então, os
preparativos para funeral. Alguns dias atrás estavam arrumando o quarto
para esperar pelo novo bebê. Hoje, os planos eram outros: Enquanto isso,
Micael, todos os dias, pedia aos pais que levassem para conhecer a sua
irmãzinha: -“Eu quero cantar pra ela” – ele dizia. A segunda semana de UTI
entra e esperava-se que o bebê não sobrevivesse até o final dela. Micael
continuava insistindo com seus pais para que o deixassem cantar para sua
irmã, mas crianças não eram permitidos na UTI. Entretanto, Raquel decidiu.
Ela levaria Micael ao hospital de qualquer jeito. Ele ainda não tinha visto a
Irma e, se não fosse hoje, talvez não visse viva. Ela vestiu Micael com uma
roupam um pouco maiorm para disfarçar a idade, e rumou para o hospital. A
enfermeira não permitiu que ele entrasse e exigiu que ela o retirasse dali.
Mas Raquel insistiu. –“ele não irá embora até que veja a irmãzinha”. Ela
levou Micael até a incubadora. Ele olhou para aquela trouxinha de gente que
perdia a batalha pela vidas. Depois de alguns segundos olhando, ele
começou a cantar, com uma voz pequeninha: -“Voce é o meu sol, o meu
único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro...” Nesse
momento, o bebê pareceu reagir. A pulsação começou a baixar e se
estabilizou. Raquel encorajou Micael a continuar cantando. “você não sabe,
querida, quanto, eu te amo. Por favor, não leve o meu sol embora...”
Enquanto Micael cantava, a respiração difícil do bebê foi se tornando suave.
“Continue, querido” , pediu Raquel, emocionada. “Outra noite, querida, eu
sonhei que você estava em meus braços...” O bebê começou a relaxar.
“Cante mais um pouco Micael.” A enfermeira começou a chorar.
-“Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o
céu está escuro... Por favor, não leve o meu sol embroa...” No dia seguinte,
a irmã de Micael já tinha se recuperado e em poucos dias foi para casa.
O Womans Day Magaizine chamou essa história de “O milagre da canção
de um irmão”. Os médicos chamaram simplesmente de um “milagre”.
Raquel chamou de “milagre de amor de Deus”
Paula Santos. Nº: 13
A ÁRVORE
Ao amanhecer, quando o sol mostra seu primeiros raios do dia vindo
ainda uma leve brisa fria, acorda a pequena menina para ver sua querida
arvore no alto de uma serra frente sua casa, com os braços presos ao peito e
uma manta longa fica horas a observa e conversar com sua leal amiga. Ela
era bela, cheia de flores, cintilava a todo seu redor com o verde tão forte
vindo de seus galhos como se distribuísse felicidade e trazia a pequena
harmonia.
Assim, repetia-se o fato todos os dias. Menos naquele no qual, por
doença, a menininha não se apresentou a seu compromisso no alto da serra.
E a sua amiga perdera o brilho e as folhas aos poucos caim como pedra no
chão a espera, sua raízes já se encontrava seca pois mesmo tando molhadas
não tinha o carinho da quela que tanto amava .
Renata Meneses. Nº: 14
OS RUÍDOS DA MORTE
Os habitantes das ilhas Samoa acreditam que, quando a morte se aproxima,
pancadas secas paranormais são ouvidas na casa da vítima.
Esse estranho fenômeno já foi chamado de ruídos da morte, e sua existência
representa mais do que mero folclore.
Johnny Miller, por exemplo, sempre ouviu esses estranhos ruídos,
principalmente na infância. As pancadas ocorreram durante o verão de 1924
em Carolina do sul, quando sua irmã, Stephanie, ficou acamada com uma
doença misteriosa.
Enquanto a menina permanecia na cama, ruídos estranhos, semelhantes a
batidas feitas com os dedos, ecoavam pela casa. Eles soavam de três em
três, sendo que o primeiro era mais longo do que os outro dois.
Certa vez, o pai da família ficou tão irritado com os ruídos que arrancou
todas as cortinas das janelas da casa, culpando-as por aquele barulho
infernal. Contudo, essa demonstração de nervosismo de pouco adiantou para
terminar com aquele sofrimento.
No dia 4 de outubro, já se sabia que Stephanie estava morrendo. Quando o
médico chegou, ele também ouviu as pancadas estranhas.
- O que é isso? - perguntou, voltando-se para tentar descobrir a fonte do
barulho.
Quando se virou novamente para a pequena paciente, ela pronunciou suas
últimas palavras e morreu. As pancadas diminuíram a atividade após a
morte de Stephanie, porém nunca chegaram a parar de todo. Elas voltaram,
ocasionalmente, quando a família se mudou para uma casa nova.
Então, em 1928, o irmão de Stephanie morreu afogado quando a superfície
congelada de um rio, sobre a qual caminhava, quebrou-se. A partir dessa
época, os ruídos da morte nunca mais foram ouvidos.
Francisco de Assis. Nº: 15
O NAVIO FANTASMA
Em um dia havia um homem chamado Roberto, ele estava em alto mar, com os
seus tripulantes e uns dos seus tripulantes se chamava José, Francisco. Pois em certo
dia no mar, ele viu um nevoeiro em sua frente e disse:
- O que é aquilo, será que é outro navio pirata. Quando de repente ele viu que era um
navio fantasma, pois ele invade o navio fantasma para poder busca informações
sobre aquele navio abandonado.
E ainda em alto mar no dia mais quente, Roberto viu uma ilha por perto, pois ele
parou o navio para poder descansa. Logo após a noite ele se lançou ao mar outra vez,
e outra vez ele viu o nevoeiro, pois ele sabia que era o navio fantasma e desta vez
havia cadáveres abordo daí eles entraram no período de guerra entre os dois navios.
Porém o Roberto descobriu algo precioso, que era um tesouro escondido, pois ele viu
que o navio fantasma só aparecia á noite, porque ele via que estava na hora de tomar
o baú de tesouro daquele navio. Porém o Francisco disse:
- Capitão o que será que tem dentro daquele baú de tesouro. E o Roberto disse:
- Não sei, vamos descobrir. Logo após a se lançarem em alto mar outra vez, eles
viram o navio fantasma, pois eles entraram em guerra, porque eles iam à busca do
tesouro, e depois o José conseguiu invade o navio em busca do baú de tesouro,
quando de repente lá estava o baú de tesouro, pois o José viu e disse:
- Finalmente encontramos o baú de tesouro agora eu vou leva para o capitão. Pois
ainda na guerra, José pegou e jogou para o navio do capitão Roberto, depois ele
pulou de volta para o navio do Capitão, e então eles fugiram para um lugar bem
distante. Porém Francisco viu uma ilha e disse:
- Terra a vista. E o Roberto disse:
- Vamos para aqui. Quando eles chegaram à ilha, eles desceram do navio para
conhecer a ilha, pois o Roberto mandou o José abrir o baú de tesouro para saber o
que tinha dentro, depois o José disse:
- Capitão esta cheio de pedras. E depois o Francisco disse:
- Fomos enganados capitão. Depois o Capitão disse:
- Pois então continuamos pobres José e Francisco.
Ísmael Cícero. Nº: 17
O MENDIGO E O MENINO
Seria o mesmo mendigo a quem feriu com uma pedra no dia anterior?
Depois disso, nunca mais jogou pedra em ninguém, e nem em animais.
Enterrou o estilingue com medo de ser pego, e julgado. Passaram semanas,
meses e nenhum culpado foi encontrado. Um grande alívio para o menino
que se tornou homem com consciência do passado. Pesadelo assombra ele
todas as noites quando ele vai dormir.
Respira fundo e tenta acalma-se. Passam-se alguns minutos, ele tenta
aproxima-se da sacada e vê se o mendigo ainda está lá fora. Está, sim! Na
sacada, por dentro olhando para ele com seus olhos vermelhos e brilhantes
parecendo as chamas do inferno. Ouve uma alma gritando na consciência
dele. Está rindo. Rindo dele. Ali há um pesadelo. Um pesadelo muito real. O
homem não grita, não pisca e nem mexe. Sabe que nada adiantaria fugir de
um pesadelo, pois este está dentro da sua mente. O mendigo se transforma
em um ser demoníaco, e suas mãos em garras chegam próximas a ele. O
homem enfia a mão no bolso e retira um coração que bate furiosamente,
jorrando sangue por entre os seus dedos até explodir.
Ele não acorda aos berros como costume todas as noites. Nem mexe.
Nem geme. E nem respira.
Janderson Freitas. Nº:18
O AMOR PROIBIDO
Ao sair da casa de sua mãe às cinco horas da tarde Diego visualizou
uma linda mulher que no mesmo instante se apaixonou-se por ela,
aproveitando que aquela linda mulher tinha deixando seu livro cai no chão,
Diego o apanhou e entregou a ela, com essa situação acabou conhecendo
aquela linda mulher que se chamava Maria, tinha cabelos longos e pretos e
seus olhos de cor verde, como duas esmeralda. Ficou triste a pensar que
estava só passando férias na casa de sua mãe e não podia ter uma relação
séria com Maria, cada dia ficava na janela de sua casa para vê-la passar
sempre com aquele sorriso, mas estava cansado de só vê-la queria algo
mais, então quis falar com ela
-olá
-oi
-você esta bem?
-sim estou muito abrigada por pergunta como eu estou
-posso lhe falar algo muito importante para mim
-sim, o que?
-desse do primeiro dia que eu lhe vi fiquei apaixonado por você agora não
consigo te esquece
-mais você não pode
-por quê?
-já sou comprometida, tenho ir, ate outro dia
-não deixe aqui sozinho alguém que lhe amar muito
-tenho que ir, adeus
Chegando do encontro que teve com Maria, Diego ficou com coração
partido, queria beijar sua boca e olhar nos olhos de Maria e dizer eu te amo.
Com tudo que aconteceu Diego foi embora, mas dentro do seu coração tinha
uma grande tristeza que era esquecer Maria.
Muitos tempos se passaram, quanto, mas Diego tentava esquecer Maria, mas
o lembrava, com isso foi visitar sua mãe e perguntou pela sua amada
- Mãe você sabe alguma informação sobre Maria?
-sim filho
- onde ela esta
-infelizmente ela faleceu
-mas não pode ter acontecido isso
-ela me falou que também te amava muito, mas não podia ficar com você
porque estava com dias contados, tinha câncer, por isso ela mentiu para
você falando que tinha namorando, mas na verdade ela não queria ver você
sofrer.
-não
Chorando Diego foi ao cemitério onde sua amada estava enterrada,
chegando a seu túmulo ficou pensado: se ela estivesse mim aceitado apesar
de pouco tempo nos dois iríamos ser felizes.
Apesar de tudo o amor eterno vive no coração de Diego, nunca ele vai
esquece aquela linda mulher que lhe roubou o coração.
Joana Andrada. Nº: 19
O AMOR GUARDADO
Tudo se inicia em uma cidade tranqüila chamada Montilaguna, mais
precisamente em uma escola pública onde se tem como passado uma das
mais belas histórias de amor sem fim.
O romance começa com uma espécie de rotina que prende de certa
forma a vida de todas as pessoas, uma garota chamada Linda que todos os
dias se encaminhava a escola com toda sua dedicação, do outro lado estava
Carlitos que estudava na mesma escola que Linda, embora cursando o
mesma série ambos em salas diferentes. A escola onde os dois estudavam
era nova o contato entre os alunos era frio e a “fisionomia” aparentemente
diferente. Com o tempo nada de mais, relações se firmando e sentimentos
aflorando. Carlitos começaram a olhar, entreolhar e até mesmo a encarar
apesar de tímido Linda, que despertou sentimentos diferentes cujo
desconhecimento se fazia sentir, ainda mais quando ele ao gostar do jeito
dela, ela percebia de certa forma que ela nem lhe dava bola e que por menos
que fosse poderia continuar a olhar os movimentos e gestos de quem só lhe
despertava admiração.
O tempo passou e o inesperado aconteceu Linda tinha amigas antigas
na mesma sala de Carlitos e de surpresa Milene e Dani que também eram
suas amigas chegaram até ele e de certa forma deram-lhe uns “toques”
dizendo que Linda também tinha por ele tamanhas formas de se questionar
passou a se questionar.
- Nossa que surpresa! Mas eu nunca pensei! Ela é tão especial como devo
chegar nela?
Com o passar do tempo ele estando feliz e aflito por dentro começou
a juntar forças para falar com ela, ele então fala
-Linda vem aqui. É verdade que você gosta de mim?
Como um cavalo é assim que ele se analisa diante do que falou diante
de sua amada que por ser muito inteligente pensava que esta não merecia
enrolação. Linda logo após diz as amigas como foi.
- Vocês não sabem o que ele me disse pela primeira vez...
Os dois em meio a curtas conversas resolvem se conhecer melhor, o
que foi muito interessante ele sorriu quando ela falou de sua família que era
enorme em relação a dele e ele pensava que seria ao contrário. Ele nunca
soube o que ela realmente sentiu, sabe que não estavam se relacionado o
bastante para estabelecerem uma relação firme o que foi em parte culpa
dele. Mas ele tentou, mesmo enfrentando diversos problemas.
- Como falar? Como agir? Ele era um completo bobo se enrolava com as
palavras até ao escrever para ela.
Carlitos então se afastou sem saber direito o que fazer, tentando
arranjar tempo para tomar uma decisão, ela o pressionou
-Eu só queria alguém que me desse à atenção que eu sei que mereço!
Ele ficou ainda mais cabisbaixo, pois o velho problema que sempre
rondava sua vida voltara a persuadir diretamente em sua autoconfiança e em
sua insuficiência e foi aí que Linda tomou um decisão e começou em pouco
tempo a namorar Damião.Carlitos não pensou em nada, não falou nada,
apenas continuou a viver achando melhor pra ela mesma ter uma pessoa que
ao menos tivesse segurança. Ele não quis mais ninguém e passou a se
dedicar aos estudos foi bom em diversas profissões, solitário apesar de
alegre e guardou na lembrança apenas os momentos em que pode ter o
sorriso de Linda próximo a sua face.
João Vitor. Nº:20
O CADERNO DE SOFIA
Virginia era uma mulher bela, que morava co seu esposo, que se
chamava Alexandre em Veneza cidade italiana ,este casal brasileiro morava
á 7 anos fora de seu país de origem e eram muito felizes .
Certa manhã ,ao acordar Virginia percebe que seu esposo não está em
casa ,neste dia comemorava-se os 10 anos de casados. Virginia não
gostando do sumiço do marido decidiu ligar ,mas ele não atendia ,ligou para
o escritório onde seu esposo trabalhava e lá informaram a ela que ele não
havia trabalhado naquela manhã. A mulher preocupada fica perambulando
de um lado para o outro na conzinha ,quando de repente a porta da sala se
abre e se fecha muito rápido a mulher corre para ver o que é ,poderia ser seu
marido ou um vento muito forte mais nada teria mostrado que poderia ser
seu marido.
Virginia muito nervosa pega seu casaco que estava na sala e parte para a
casa vizinha onde morava sua amiga. Chegando lá, percebe que a amiga não
estava em casa .Então ,volta para casa e na divisa de sua casa com a da
vizinha havia um portão logo ali abaixo atrás do portão vê homens fortes
levando coisas para dentro de sua residência ,ela acha isso muito estranho
,vê seu esposo e sua amiga atrás do caminhão de caixas .Sem chegar muito
perto a mulher se esconde atrás de um arbusto ela ouve seu marido falando
com a amiga ,mas não consegue entender absolutamente nada.
Virginia entra na casa pelos fundo ,sem que ninguém a veja ,ela entra e
sobe rapidamente as escadas,tira seu casaco e deita em sua cama ,fingindo
estar dormindo,cinco minutos depois aparece seu marido com um café para
eles, os dois tomam o café e a mulher vai tomar um banho. Logo seu marido
há avisa que vai sair de novo e ela pergunta onde ele está indo ,mas ele
desconversa e diz que não pode lhe falar. Quando seu marido sai ,a mulher
pega um táxi e vai atrás .Ele entra em uma lanchonete ,da um beijo na boca
de outra mulher e senta com ela em uma mesa .Virginia vendo a cena do
lado de fora da lanchonete e vai embora chorando. Ela chega em casa e na
frente de casa senta numa calçada. A amiga, sua vizinha ,vê Virginia
chorando e vai dar uma força .
Virginia de cabeça quente discute com amiga dizendo vários palavrões
e bate a porta na cara dela .Ao meio dia após seu marido chegar ,Virginia
pede a separação. O marido sem entender nada, diz que não aceita a
separação. Ela toda arrumada sai de casa e vai para um restaurante,do outro
lado da cidade. Chegando lá, ela se senta e pede o cardápio ,quando de
repente vem um homem e senta ao seu lado e sussurra em seu ouvido, á
dizendo que ela é muito bonita . A mulher toda envergonhada pede para o
homem sentar com ela para comer alguma coisa e ela o beija. Logo aparece
seu marido lá ele vê ela sentada abraçando outro homem e vai embora
.Quando ela chega em casa ,não o vê e seu ex-marido liga para a mãe e
conta tudo o que aconteceu ,ao desligar o telefone ela joga a bolsa na cama e
tira o casaco. Ela se vira para o outro lado ,quando ela faz isto é acertada
com um tiro ,diretamente em seu peito esquerdo. No dia seguinte quando o
marido chega em casa vê o corpo da mulher estirado no chão ,chora muito e
liga para a policia e a mãe de sua mulher. Quando conta para a mãe de sua
esposa, chora muito o marido, a amiga ou quem poderia ter assassinado a
mulher. A mãe dela coloca os melhores detetives da Itália atrás do assassino
mas apenas anos depois descobrem que quem assassinou Virginia foi seu
marido . Ele é preso e julgado á pena de morte e diz não se arrepender
,todos ficaram assustados mas felizes por terem conseguido justiça.
Joaquina Acácio. Nº: 21
MARCELO E JASMIM
Marcelo tinha 15 anos de idade, era um menino pobre, ele morava em
uma pequena casa, todo dia ele saia de manhã sedo para ajudar seu pai a
entregar jornais.
Certo dia seu pai lhe deu dinheiro e ele foi correndo comprar sorvete,
ele foi comendo sorvete para a praça, lá ele esbarrou em uma menina
chamada Jasmim que também tinha 15 anos e era de uma família bastante
rica. Ela como sempre muito mal educada foi logo dizendo:
- Você não olha por onde anda seu desastrado. Você estragou minha roupa
nova.
- Desculpa! Não foi por mal! Disse Marcelo.
Ela não ligou e saiu esnobando-o, mas os dois ficaram chateados.
Tempos depois Jasmim voltou à mesma praça para reencontrar
Marcelo, mas não o encontrou muito triste Jasmim se sentou em um banco e
começou a pensar como foi mal educada com ele. De repente Jasmim olha
pra traz e ver Marcelo, os dois se olham apaixonadamente, arrependida pelo
o q fez Jasmim pediu desculpas a Marcelo, ele sorrindo a convidou pra ir ao
cinema.
Moral da história: os opostos se atraem.
José Deyvisson. Nº: 22
O MENINO, SEU AVÔ E A ÁRVORE DA VIDA
Era uma vez um menino chamado Felipe que morava com seus pais e
seu avô. Todos os dias, quando o sol já não era tão forte, Felipe e seu avô
faziam longas caminhadas ao longo do rio ou pelos campos, aventurando-se
também nas matas da região.
Felipe gostava dessas caminhadas com seu avô, pois seus pais muito
ocupados com inúmeros trabalhos, não tinha tempo para ficar com ele e
passear. O avô não contrario, tinha o dia inteiro pra ficar com seu neto. Foi
caminhando com o avô que Felipe conheceu muitos segredos e mistérios da
vida. E que os avôs, com a experiência que tem, adquirem a sabedoria da
vida. Um desses segredos
referia-se ao rio ao longo do qual caminhavam frequentemente. Era um rio
extremamente perigoso. Ninguém conseguia atravessá-lo, apesar de muitos
esforços. Todos os que tentaram, nele perderam sua vida, e seus barcos se
despedaçaram contra as pedras da correnteza.
Do outro lado desse rio havia uma floresta, e dentro dela uma árvore capaz
de curar qualquer tipo de doenças. Os antigos moradores do lugar a
chamavam de árvore da vida . Num dia em que caminhavam a beira do rio,
o avô de Felipe contou-lhe que conhecia o segredo para atravessar sem
perigo o rio. Revelou-lhe também a frase mágica a frase mágica que faria
aparecer a árvore da vida quando alguém conseguisse passar para a outra
margem. O menino Felipe decorou a frase mágica.
Alguns dias depois o rei daquela lugar decretou que todos os idosos, por
serem improdutivos deveriam desaparecer do reino dentro de uma semana.
quem desobedecesse a ordem seria morto. Foi assim que os velhinhos
começaram a desaparecer. Quem tinha recursos mudara-se para outro lugar,
longe do malvado rei; outros morreram de tristeza e abandonados; outros
ainda foram mortos pelo decreto impiedoso do rei. Não ficou sequer um
velhinho naquela região .
Felipe não queria se separar do seu querido amigo avô. com a ajuda de seus
pais, escondeu-o numa alto montanha, de modo que todos pensavam que o
velho tivesse mudado para outra região. O passado algum tempo, um vento
mau trouxe uma grave doença para toda aquela região. Nem o médico que
pudesse curar as pessoas. Muito gente morreu.
O próprio rei com toda o seu poder, não escapou desse mal. Morreu em
poucos dias, cheio de desespero e tristeza por ver partir, antes dele sua
amada esposa e seus adorados filhos Felipe lembrou-se,então do seu avô.
Ele conhecia o segredo para atravessar o rio e ter acesso a árvore da vida.
quem sabe o avô pudesse salvar toda a população.
Pensando nisso,foi mais que depressa a montanha contou o casa ao avô e
pediu insistentemente que descesse para salva o resto do povo. O
velho,compadecido de sua gente e também porque amava Felipe,abandonou
seu esconderijo na montanha e,quando lhe permitiam suas forças,correu
com seu neto a beira do grande e perigoso rio. Parou em cento lugar e disse:
- E aqui que se deve atravessar. vamos,venha comigo!
- E muito perigoso!-respondeu Felipe
- Não tenha medo! Eu vou a frente.
Os dois entraram na água. O velho sabia que,naquele lugar,havia grandes e
invisíveis pedras atravessando todo o rio. Quem pisasse nelas mal molhava
os pés, e podia atravessá-lo com se estivesse caminhando em campo aberto.
Em poucos minutos os dois estavam na outra margem. Então Felipe
lembrou-se da frase mágica e gritou a plenos pulmões: e então a floresta
começou a ser agitada por forte vento. As árvores balançavam pra Lá e para
Cá, até que apareceu diante delas uma árvore majestosa, coberta de folhas
que reluziam ao sol. – A árvore da vida !exclamou Felipe. – vamos colher
folhas, o mais que pudermos- disse ao avô – pois e com elas que o nosso
povo será a doença mortal.!
Os dois colheram grande quantidade de folhas e voltaram imediatamente.
Convocaram todos as pessoas para fazem um chás com as folhas de árvore
da vida. A saúde, e a vida voltou a alegria e voltou a festa. vendo o que
acontecera o novo rei aboliu o decreto de expulsão dos idosos de modo,que
todos os velhinhos puderam voltar para suas famílias amigos e parentes.
Felipe voltou a caminhar todos os dias com seu avô, aprendendo dele
muitos segredos para uma vida feliz e todos, naquela região descobriram
que a salvação muitas vezes pode estar nas pessoas que julgamos inúteis ou
improdutivos.
José Gleidson. Nº:24
O HOMEM POBRE E O RICO
Um homem rico e um pobre, levara seus filhos para alto de uma
montanha. Chegando lá, o homem rico põe a mão no ombro de seu filho,
aponta para as terras a sua frente e diz:
- Veja! Um dia tudo isso será seu.
O filho olhou para as terras a sua frente, sorriu e disse:
- Obrigado por você ser tão rico e poder me dar tudo que eu quero, mas eu
não quero terras... quero dinheiro!
O homem pobre, que assistira à tudo, também pôs a mão no ombro de
seu filho e disse:
- Veja eu não posso te dar tudo que você quer e deseja, muito menos terras e
dinheiro, mas saiba que sempre vou amar e torcer por você.
O filho olhando para o horizonte, falou:
- Pai, você já me oferece tudo que preciso e vou ser sempre grato por isso.
O tempo passou, o homem rico morreu e seu filho ficou com as terras
e o dinheiro de seu pai. Mas, com era de se esperar, gastou todo o dinheiro e
só restou-lhe as terras, que julgava sem valor algum.
O filho do homem pobre, que também havia falecido, trabalhou muito após
a morte de seu pai e assim ficou rico. Quando ficou sabendo da história do
outro, resolveu ajudá-lo de alguma forma, então lembrou-se das terras e
resolveu comprá-las. Quando lançou-lhe sua proposta o jovem, já falido,
não hesitou e vendeu-lhe as terras, mas disse:
-Essas terras pertenceram a minha família por mais de seis gerações... e eu,
um jovem irresponsável não tive capacidade de mantê-las no nome de
minha família. Por favor, cuide bem delas...
O jovem, agora proprietário das terras, ficou comovido com aquelas
palavras, enxugou uma lágrima que escorria-lhe na face falou:
- Você só fez o que julgou certo e não pensou no futuro. Já está mais que na
hora de mudar isso... E eu vou te ajudar...
Assim, os dois tornaram-se amigos, trabalharam juntos e hoje vivem nas
terras que um dia um desses jovens julgou sem valor e que hoje é , para as
duas lindas famílias que moram lá, uma benção do Criador, pois é um lugar
com muito amor e carinho.
Joyce Marques. Nº:25
O MELHOR AMIGO DO HOMEM
No interior do Ceará contam uma história de um sujeito que se perdeu
em uma mata. Ficou vagando por dias, sem água ou comida. Todo
maltrapilho e à beira da morte viu de longe em uma clareira um cão que
latia para ele. Por um momento pensou que fosse uma alucinação causada
pelo seu estado debilitado. Chegando mais perto, pode ver que se tratava de
um cão de verdade que se afastava a passos lentos cada vez que o sujeito se
aproximava.
Pensou então com ele: "Se há um cachorro aqui, devo estar perto de
alguma casa. Alguém deve morar por perto. Vou segui-lo.”.
Andou na direção do animal, que se afastava como que mostrando um
caminho para o homem. Após algumas horas o sujeito pode ver uma
pequena casinha mal construída, feita de barro e palha, onde um casal
sentado à porta conversava sobre intimidades.
Feliz e desesperado, o homem correu na direção dos dois moradores,
sentindo-se salvo.
Assustados, os dois receberam o homem tentando entender o que
havia se passado. Depois de beber um pouco d'água e se recuperar, o sujeito
contou a história, falando do cachorro que o havia guiado pela mata até o
local onde estava agora.
Entreolhando-se, os dois moradores desconfiaram da história, dizendo que
não havia nenhum cachorro pelas redondezas. Ele, então, se propôs a levar
os dois ao local onde havia visto o cachorro pela primeira vez.
Ao chegar lá, nada viram a não ser uma cruz sobre uma cova rasa, que
o morador informou tratar-se do túmulo do filho, que havia sido assassinado
por uma matilha de lobos.
Kauan Hessler. Nº: 27
O DOUTOR E O VELHO ANALFABETO
Foi em um rio do estado de Ceará. Pode ter sido em qualquer um, não faz
diferença. Era um doutor, destes metido a besta que gostava de pisar nas
pessoas, principalmente os humildes. Belo dia estava na margem de um rio,
desejando passar para o outro lado. De repente avistou um caboclo e falou:
Caboclo, eu quero passar para o outro lado. Qual é a tua canoa? Ele nem
ao menos perguntou se o caboclo podia ou não passar para o outro lado.
O caboclo indicou com um gesto na boco a direção da canoa, e o doutor
embarcou.
Mal a pequena canoa embarcou o doutor começou a humilhar o caboclo.
Ele perguntou:
- Caboclo, tu és formado em quê?
- Formado, o que é isto dotô?
- Que faculdade tu cursou?
- Ora dotô, eu não cursei nenhuma faculdade.
- Então, perdeste dez anos da tua vida. Mas tu cursou o segundo grau?
- Não senhor, isto não tem por aqui não.
- Perdeste mais dez anos de tua vida. Mas pelo menos tu cursou o
primeiro grau?
- Não, seu dotô.
- Perdeste mas dez anos de tua vida.
O caboclo ficou parado, calado, pensando, e fez as conta e percebeu que
já tinha perdido trinta anos de sua vida. Ele olhava o doutor com espanto. E
o doutor fez mais perguntas.
- Mas caboclo, tu sebe ler e escrever?
- Sei não senhor, eu sou analfabeto.
- Pois perdeste mais dez anos de tua vida.
Já eram quarenta anos que o caboclo tinha perdido. E os dois já estavam
bem no meio do rio, quando começou a entrar água na canoa e rapidamente
a afundar.
Aí, o caboclo perguntou ao doutor:
- Dotô, o senhor sabe nadar?
- Não... Disse o doutor com medo
– Pois então o senhor perdeu sua vida enquanto eu perdi quarenta anos!
Clarisse Almeida. Nº:31
O MEDO DE UM RECOMEÇO
Lembro-me bem quando a conheci, logo depois de uma tragédia que
aconteceu em minha família, quando perdi a única pessoa que eu tinha, que
estava sempre ao meu lado, meu querido pai John.
Maio desatou uma torrente de chuva, depois de um inverno de seca
total, em um dia assim, chuvoso que conheço a Melissa a mulher da minha
vida . Estava eu olhando pela janela os pingos caírem um por um,como as
lágrimas que rolavam no meu rosto, com pensamentos vagando alto sem
direção, quando a visto uma mulher no meio da chuva andando sem rumo ,
toda ensopada, veio em minha mente: quem será essa mulher? Logo sem
pensar saí de casa e fui em direção a ela, ela com um olhar assustado, me
pediu ajuda, logo percebi sua beleza sublime, em meio à tristeza em sua
face, a levei até minha casa, preparei um lanche e umas roupas secas para
ela, não trocamos uma só palavra, fiquei só parado admirando a sua beleza,
cabelos pretos ondulados, seus olhos cor de mel, que neles retratavam uma
tristeza. Logo após de lanchar, ela me perguntou, qual era meu nome, e fui
logo me desculpando, pois não havia me apresentado, e disse: _ me chamo
Henry Félix e o seu ? Ela me respondeu com uma voz doce e suave, _ me
chamo melissa. E passamos horas conversando, mas eu não perguntei
porque ela estava, no meio da tempestade, ficamos tão entusiasmados que
não vimos que a chuva já havia passado. E quando percebemos, ela foi logo
se despedindo e agradecendo. Ela saiu e sem trocarmos informações. Não
nos vimos mais, com o tempo fiquei procurando por ela na rua, mas não
consegui encontrá-la. Até que um dia caminhando nas ruas de São Paulo a
avistei dentro de uma cafeteria , ela também me viu e nos abraçamos,
passamos horas conversando, mas dessa vez trocamos endereços. Passei o
dia pensando naquela garota misteriosa, e resolvi convidá-la para sair, liguei
para ela, e marcamos um encontro, depois desse encontro percebi que ela
era uma garota diferente e que não passava mais um dia sem pensar nela.
Passamos a nos encontrar todos os fins de semana, quando pela primeira vez
nos beijamos, e foi maravilhoso, contei para ela que estava sentindo algo
diferente por ela, quando a vejo chorando e pergunto por que ela estava
assim, e ala só me fala que não queria que eu me apaixonasse por ela, pois
tinha medo de se relacionar com alguém, mas era inevitável porque nós já
estávamos loucos apaixonados um pelo outro.. E passamos a namorar e vivi
os melhores momentos de minha vida, planejava casar, ter dois filhos uma
casa um cachorro. Durante o tempo que passamos juntos foi maravilhoso,
não poderia viver sem ela. Em um dia, normal, liguei para ela mas ela não
atendeu, resolvi ir até a casa dela pra encontrá-la, mas sua casa estava vazia
sem ninguém, quando voltei para casa, e vi uma carta.
Querido Félix
Estou lhe escrevendo, para te dizer o quanto você foi importante para
mim, e que com você passei os melhores momentos de minha vida, você me
fez muito feliz. Nesses últimos dias que me restavam. E estou contendo as
emoções, escolhendo as melhores palavras para te dizer que com você
queria construir uma família, te dar as duas crianças que tanto
sonhávamos, construirmos nosso ninho de amor, um lar para vivermos
felizes. Quero que você saiba, que quando te conheci naquele dia de
tempestade estava sem rumo, sem vontade para viver , pois eu tinha sido
diagnosticada, o medico me revelou que eu estava com pouco tempo de vida
e que a minha doença era muito grave e não tinha cura . você me fez olhar
a vida com o novo jeito, quando te olhei meu sol votou a brilhar, meu
coração se encheu de esperança, com você voltei a sonhar. Tentei ser forte
e guardar a realidade comigo mesma, não te contei que eu estava na beira
da morte, pois não queria que você sofresse e fui o mais forte possível, mas
a doença foi mais forte que eu... Por isso tinha tanto medo que você se
apaixonasse por mim. Meu amor vou sempre estar ao seu lado, mesmo que
você não possa me ver. Se quiseres lembrar-se de mim olhe para a lua, pois
ela sempre te acompanhará para onde você for. E nunca esqueça que foi
com você que vivi pouco, mas foi o bastante para ser feliz. Recomece sua
vida ao lado de uma pessoa que te faça feliz, assim como você me fez.
Eu te amo.
Melissa Fanizzi.
Fiquei em choque meu mundo desmoronou, passei horas chorando e
pensando por que ela partiu. Por que nosso amor vai embora, talvez por ter
chegado a hora. Mas com tanto desespero e angustia veio uma leve alegria
por ter feito ela tão feliz. Ó como a minha vida ficou vazia e calma quando a
perdi, e até hoje rezo para ao menos encontrar alguém que me lembre ela,
uma pessoa que me faça sorrir novamente. Mas tenho medo de um
recomeço sem ela.
Gerliane Lima. Nº:33
VIVER A VIDA
Um homem que amava toda a sua família. Certo dia todo isso virou
apenas um sonho ele perdeu sua mulher que foi embora com a sua filha, ele
ficou sozinho abandonado. Então resolveu adotar uma menina chamada
Hya. Como se fosse a sua filha verdadeira. A menina cresceu . – Ela sempre
falava que queria encontrar a sua verdadeira mãe, quando um dia, o homem
chamado Carlos encontra uma mulher linda que viram amigos – ela conta
toda a sua história pra ele. Eles se apaixonam, quando um dia ela marca ir
na casa dele, chegando lá, ela ver uma meninazinha, ela reconheçe que a
menina é sua filha abraça a garotinha. E diz finalmente senhor eu achei a
minha filha. A menina fica super contente. Eles conversam e vão marcar um
dia do seu casamento, já o dia marcado se casam e vivem felizes por pouco
tempo. Quando ele descobre que ela tinha câncer ela não falo para ele que
não era para ele ficar preucupado, a sua filha já tinha dezoito anos já estava
trabalhando e morando em sua própria casa. Sua mãe estava muito mal
quando um dia ela morre. Com o passar do tempo seu marido fica muito
triste é resolve se mata quando sua filha chega; não deixa seu pai se mata.
Salvando é levando o para mora com ela vivendo um pouco feliz o pai e a
filha tentando esquecer o que acontece com a sua mãe.
Rafaela Silva. Nº: 34
O DESPERTAR DE ELISA
“Colégio Sta. Maria 1961
Elisa já não conseguia prestar atenção na aula, se
contorcia de um lado para o outro com as mãos entre
as pernas que balançavam tentando segurar.
- Elisa! Posso saber o que está acontecendo? –
perguntou a professora chamando a atenção de toda a
classe.
Era o que Elisa temia, a sala toda olhando para ela, sua
pele pálida ficou ruborizada. Elisa era uma garota
tímida, não tinha amiga, e era sempre hostilizada no
colégio. Toda escola tem um aluno que é alvo de
piadas, gozações e humilhações. Ela era a preferida no
colégio feminino Sta. Maria, um dos mais rígidos e
tradicionais colégios de São Paulo.
As outras meninas judiavam dela, por ser
extremamente ingênua e não ter o padrão de beleza
ideal para elas. Elisa era magra, de pouca estatura,
cabelo preto escorrido, seus olhos verdes ficavam
quase escondidos pela longa franja.
Foi assim durante anos, e Elisa aos dezesseis não era
muito diferente de quando ingressou, sempre
introvertida, era muito difícil vê-la sorrir, não
participava das conversas e rodinhas das suas
companheiras de sala. De família humilde, Elisa se
esforçava o máximo para tirar boas notas, mantendo
assim a sua bolsa de estudo.
Agora não tinha saída, ela já sabia que seria motivo de
piada novamente. Levantou-se e com a cabeça baixa
pediu:
- Desculpe professora… É que eu preciso ir ao
banheiro.
- Porque você não foi na hora do intervalo? –
perguntou a professora sem obter resposta. – Vai! Não
quero ninguém fazendo na calça, justamente na minha
aula.
A turma foi ao delírio. Elisa se arrumou rapidamente e
saiu da sala sob o coro de Mijona!”
As meninas aguardavam com ansiedade a chegada de
Clara, elas combinaram de se encontrar no vestiário.
- Você não quer ligar pra ela? Está demorando. Não
temos muito tempo. – disse Regina.
- Ela deve estar chegando. Vou mandar uma
mensagem. – respondeu Ana.
- Não precisa! Já cheguei…
- Clara! Ainda bem, não temos muito tempo. E aí
conseguiu? – perguntou Regina
- Claro! Olha aqui… – respondeu Clara tirando da
mochila um pedaço de cartolina e uma caixa de papel.
Clara estendeu a cartolina no chão e colocou
trouxinhas de pano em cada extremidade enquanto Ana
acendia as velas.
“ Elisa caminhou pelo corredor escuro do vestiário de
cabeça baixa tentando não chamar atenção.
Impossível! Havia algumas meninas se trocando no
vestiário e uma delas logo percebeu sua presença. A
garota ficou espiando pela fresta atrás dos armários
para ver em qual banheiro ela entrava.
- Pessoal, sabe quem acaba de entrar no banheiro? –
sussurrou – Aquela menina esquisita. Como é mesmo o
nome dela?
- Elisa? Não acredito! – respondeu a amiga dando um
largo sorriso – Vamos dar um susto nela?”
Na cartolina estava o alfabeto e algarismos distribuídos
em círculo e as palavras sim e não em cada
extremidade.
Sob os olhares atenciosos de suas amigas Clara
explicava com calma, passo a passo o ritual para a
comunicação com espíritos através do jogo do copo.
- Sempre tive medo de brincar com isso. E se der
errado? – disse Ana
- Não fique com medo. Já fiz várias vezes e nunca
aconteceu isso, só precisamos seguir as regras direito
para que não ocorra nenhum problema. O segredo é
acreditar e não demonstrar medo. – respondeu Clara.
As meninas deram as mãos em torno do tabuleiro e
começaram o ritual.
- Estamos aqui para nos comunicar com o plano
espiritual, gostaríamos de fazer perguntas aos espíritos
que aqui se encontram. – disse Clara.
Com o dedo indicador em cima do copo, elas
começaram a invocação.
- Tem alguém querendo se comunicar? – perguntou
Clara
O copo permaneceu imóvel.
- Algum espírito gostaria de se comunicar? –
perguntou novamente.
- Acho que eles não estão muito afim. – disse Regina
- Concentrem-se! Deixem a mente vazia… – disse
Clara – Invocamos os espíritos que aqui estejam e
queiram se comunicar. Tem alguém ai?
O copo se arrastou vagarosamente até a palavra SIM e
retornou para o centro. Ana e Regina arregalaram os
olhos.
- Você quer se comunicar conosco? – perguntou Clara.
O copo novamente se moveu na direção afirmativa.
- Quem é você? Pode dizer o seu nome? – perguntou
Ana
O copo começou a se mover quando foi interrompido
por uma forte batida no armário.
- Posso saber o que vocês estão fazendo aqui?
“As garotas retiraram folhas de seus cadernos,
juntaram embaixo da porta sem que Elisa percebesse, e
colocaram fogo. O papel começou a queimar
rapidamente, as chamas começaram a queimar o fundo
da porta. Elas tentavam segurar a vontade de rir e se
amontoavam no banheiro ao lado para ver o que
aconteceria. Elisa se assustou ao ver toda aquela
fumaça saindo da porta, vestiu sua saia rapidamente e
tentou abrir a trava, mas o fogo estava consumindo
rapidamente a velha porta de madeira. Ela começou a
berrar desesperada e as meninas riam com toda a
situação.
- Elisa aqui em cima! Suba por aqui! – gritou uma
delas no vão do banheiro ao lado.
O sistema de incêndio foi acionado, o alarme ecoava
pela escola inteira.”
Clara levantou assustada e ficou na frente do tabuleiro,
ela conhecia essa voz. Todos no colégio conheciam.
Era a inspetora Helena, a funcionária mais velha do
colégio, sua vida era o Sta. Maria, não se cansava
nunca de desempenhar o duro trabalho que carregava
há quase quarenta anos.
Elas rapidamente foram ao encontro da inspetora para
evitar que ela visse o tabuleiro.
- Desculpa Dona Helena, sou eu, a Clara.
- O que vocês estão fazendo nessa escuridão meninas?
- Estávamos procurando o brinco da Regina, mas já
encontramos. – retrucou Clara tentando disfarçar.
- E estão procurando brinco no escuro? Ora vamos
logo! Vocês estão atrasadas… Mas o que é isso? Pra
que essas velas?
As meninas tentaram, mas, não conseguiram enganar a
velha inspetora.
- Alguém pode me dizer que diabos é isso?
As meninas ficaram sem reação…
- Até você Clara?
- Eu posso explicar. Isso é apenas um jogo. – disse
Clara
A inspetora se abaixou e com sua lanterna iluminou o
tabuleiro.
- Isso mais parece um culto a Satanás. As senhoritas
conhecem as regras da nossa escola. Jogos não são
perm…
A velha Helena não podia acreditar no que via. O copo
começou a mover-se sozinho pelo tabuleiro.
“Elisa apoiou-se no vaso sanitário, tentando atravessar
a divisória.
- Isso Elisa! Força! – gritou desesperada uma das
meninas – Você está conseguindo!
Ficou na ponta dos pés, chegando ao limite e segurou
firme a divisória. Os sapatos molhados não
sustentaram a pressão, Elisa não conseguiu se segurar,
sofreu uma forte alavanca e bateu a cabeça no vaso.
- Oh! Meu Deus! Ela caiu! Ela caiu! – gritou a menina
desesperada.
O zelador e a inspetora entraram correndo pelo
vestiário com um extintor. Enquanto ela tentava apagar
as labaredas que consumiam a porta, o zelador subia
pelo banheiro ao lado.
- Ela está ferida. Helena, eu vou ter que pular.
O zelador saltou e com pontapés derrubou o que
restara da porta.
Elisa estava caída com um corte profundo na cabeça, o
vaso estava repleto de sangue, seus olhos estavam
abertos sem nenhuma direção.
- Afastem-se! Afastem-se! – gritava o zelador com a
garota no colo.
O vestiário já estava repleto de professores e alunos
curiosos, tentando saber o que se passava.
- Minha nossa! Ela está… Ela está… Morta! – gritou a
inspetora levando as mãos à cabeça.”
Juntamente com a inspetora as meninas se
aproximaram para ver o copo. Ele começou a deslizar
vagarosamente entre as letras.
“E”
- Meu Deus está formando algo.
“L”
- Não acredito! O que significa isso Clara?
“I”
- Um espírito… Ele está usando o copo para se
comunicar. “S”
- Não pode ser…
“A”
- O espírito está respondendo o que perguntamos. É o
nome dela! – falou Regina
- Elisa? Isso é loucura! – disse a inspetora – Recolham
isso agora!
- Não podemos terminar assim Dona Helena… –
retrucou Clara
As meninas explicaram que tinham que finalizar o que
começaram, mas a inspetora não ficou convencida e
retirou o copo do tabuleiro.
- Não por favor! Não pode ser assim… – pediu Clara
em vão.
- Já vi muito por hoje. E quero as três em quinze
minutos em minha sala. – disse a inspetora – E esse
material fica comigo.
A inspetora recolheu o copo e o tabuleiro e saiu do
vestiário.
“Elisa foi levada para a enfermaria do colégio, mas não
havia nada a ser feito. Foi velada no salão de
cerimônias do próprio colégio. Usando o vestido preto
que vestiria em sua formatura. Sua pele pálida
contrastava com o cabelo negro, escorrido, em volto a
flores. As mãos repousavam sobre o peito com os
dedos entrelaçados segurando um terço de prata. A
cerimônia foi interrompida algumas vezes por causa
dos desmaios de sua mãe e também para fechar os
olhos de Elisa que se abriram duas vezes durante a
madrugada. Ninguém soube explicar sua morte e nem
achar os culpados por aquela infeliz brincadeira. Elisa
se despediu de uma vida que não teve.”
Ainda no vestiário as meninas tentavam entender o que
tinha acontecido. Clara disse que nunca tinha visto o
copo se mover sozinho daquele jeito. Ana e Regina
estavam mais preocupadas com a advertência que
provavelmente receberiam.
- Meti vocês em confusão né? Desculpa… – disse
Clara.
- Não! Estávamos curiosas para saber como era esse
jogo. – respondeu Ana – Gente vocês acham que essa
Elisa existiu mesmo? Tinha mesmo um espírito
naquele copo?
- Eu acredito que sim! E o pior é que não terminamos,
e isso não é nada bom.
Logo após, as meninas se dirigiram a sala da inspetora,
ouviram duras broncas, ela condenou aquilo que
chamou de obra de satanás e disse que se aquilo se
repetisse ela teria que reportar a diretora.
As três prometeram não fazer mais esse tipo de jogo e
se preocupar mais com os estudos.
Após saírem, Helena debruçou na janela, e pensou em
voz alta:
- Elisa…?!?!
A inspetora jamais esqueceu daquele olhar triste, Elisa
sentada em sua sala, chorando, humilhada, tinham
destruído o trabalho que ela apresentaria na feira de
ciências. A inspetora sempre esperou que um dia Elisa
fosse explodir, soltar toda sua angustia, revidar as
provocações. Mas isso nunca aconteceu. Quanto mais
era provocada, mais se isolava. Por mais que quisesse
ela não pode ajudá-la.
No dia seguinte Clara não conseguia prestar atenção na
aula, tinha passado a noite inteira pensando no que
tinha acontecido. A voz da professora parecia diminuir
cada vez mais, os movimentos pareciam cada vez mais
lentos…
Mas algo chamou sua atenção, ela viu uma menina
passando pelo corredor, pode ver pela janela a menina
andar lentamente até a porta. Ela vestia uma camisa
branca totalmente fechada, uma saia de pregas azul
marinho, e meias brancas. A menina ficou parada em
frente à porta, com a cabeça baixa.
Ela olhou para suas amigas, mas todas prestavam
atenção no que a professora dizia, se levantou e foi ao
encontro da garota. Quanto mais se aproximava menos
ouvia a voz da professora. Ficou frente a frente com
ela. A menina tremia, as lágrimas escorriam no rosto
delicado. Clara passou a mão no rosto da garota e
levantou sua cabeça. A pele era pálida, gelada e
endurecida, os olhos verdes arredondados tinham as
pupilas dilatadas. A menina começou a caminhar pelo
corredor. Clara passou a acompanhá-la. Seus passos
eram curtos e rápidos. As duas desceram a enorme
escadaria e continuaram caminhando. A menina parou
em frente à diretoria e quando Clara se aproximou, ela
se curvou e começou a expelir sangue. O sangue
tomou conta de todo o corredor.
Clara gritou desesperada…
Todos na sala se assustaram com o grito de Clara.
- Clara? – perguntou a professora – O que aconteceu
querida? Você está bem?
Ela olhou para a professora e apenas balançou a
cabeça.
- Acho que você cochilou. Vá ao banheiro e lave seu
rosto.
Regina se ofereceu para acompanhá-la e com a
permissão da professora, elas se dirigiram ao banheiro.
- Ela está aqui! Rê, eu vi… Era ela… Elisa.
- Isso é loucura! Você teve um pesadelo.
- Foi real! Eu pude sentir. Ela estava muito triste, e
começou a sair sangue de sua boca…
- A brincadeira do copo nos impressionou e você
cochilou e acabou tendo um sonho ruim. Eu também
não consegui dormir direito à noite.
As duas entraram no vestiário, enquanto Clara lavava o
rosto, Regina ficou lendo os recados no mural pregado
na parede.
- Que maravilha! Dia vinte tem show dos… Clara?
Ela não estava mais no lavatório. Regina estranhou e
foi até o banheiro.
- Clara? Você está ai? – sem resposta, ela começou
abrir a porta de cada cabine.
O medo tomou conta de Regina, a cada porta aberta
sua tensão aumentava. Restara apenas a ultima porta.
Ela suspirou fundo e tentou abrir. Estava fechada.
- Clara? Você está bem? Você quase me mata de susto!
- Clara? Quem está aí? Abra essa porta!
- Rê… Estou aqui! Fui pegar um lenço no meu
armário.
- Mas… Se não é você, quem está nesse banheiro?
Nesse momento a trava da porta se abriu. Os pés de
Clara e Regina pareciam cimentados pelo medo. A
porta foi se abrindo lentamente com um ranger forte e
lento.
Elas não esboçaram nenhuma reação…
Até que saiu do banheiro uma garota usando um fone
de ouvido. Todas se assustaram. Após ela atravessar o
corredor, as duas não conseguiram parar de rir.
- Tá vendo Clara? Estamos muito impressionadas.
Você viu a cara dela?
- É verdade. Não sei quem estava com mais medo se
era a gente ou ela…
- Precisamos voltar! Daqui a pouco a professora manda
alguém ver o que está acontecendo.
- Vai subindo! Eu já vou… Toda essa história acabou
mexendo com meu intestino. – disse Clara
Regina sorriu, colocou a mão no ombro de Clara e
disse:
- Ok! Mas não demora hein? Bom, pelo menos você
está melhor…
Regina saiu do vestiário. Clara, desabotoou a calça
rapidamente e entrou no banheiro. E como sempre
repetiu o velho ritual antes de travar a porta. Alternou a
trava para OPEN e CLOSED duas vezes para não
correr o risco de ficar trancada. Clara chegava a ser
paranóica com algumas coisas. Tinha diversas manias,
na sua casa antes de dormir, verificava pelo menos
umas três vezes se tinha fechado a porta. Gostava de
tirar todos os aparelhos da tomada e sempre fechar o
registro do gás antes de sair.
Após terminar mais uma das suas verificações, enfim
pode relaxar. Abaixou a calça, sentou no vaso e com os
braços apoiados nas pernas repousou seu queixo sobre
os punhos.
Naquele instante ela pôde ouvir passos. Alguém
andava rapidamente pelo corredor. A pessoa estava
ofegante e de repente bateu a porta e travou. Clara
ficou arrepiada, alguém tinha acabado de entrar no
banheiro ao lado.
Ela tentou se distrair, mas o som que vinha do outro
banheiro a deixava aflita.
Clara podia ouvir a respiração ofegante que saia do
banheiro ao lado.
Ela estava com medo, mesmo assim decidiu ver o que
estava acontecendo. Subiu em cima do vaso e se
apoiou na divisória, tentando espiar.
Viu a menina de cabeça baixa, chorando, com as duas
mãos na nuca.
- O que foi? Precisa de ajuda?
A menina levantou a cabeça e estendeu as mãos cheias
de sangue.
- Elisa?!?
Nesse momento, ela perdeu o equilíbrio e caiu. Ela
estava no vestiário, mas tudo era diferente. Viu um
amontoado de meninas conversando. E não acreditou
quando viu aquela menina cruzar o corredor. Elisa…
Ela estava entrando no banheiro.
Clara ficou imóvel, olhando tudo o que acontecia ao
seu redor. Viu as meninas retirarem as folhas dos
cadernos e atearem fogo na porta.
Ela gritou, tentou ajudar, mas nada acontecia. Era
como se ela não estivesse lá, era como um pesadelo.
Aproximou-se das meninas que se amontoavam no
banheiro ao lado para ver o desespero de Elisa. Viu a
maldade estampada no rosto de cada uma delas. Ao
perceber que o fogo aumentava as meninas se
afastaram do banheiro. Menos uma. Ela estava
pendurada no vaso. Clara não hesitou e subiu ao seu
lado. A menina dos cabelos cacheados estendeu a mão
na direção de Elisa.
- Elisa aqui em cima! Suba por aqui! – gritou
O sistema de incêndio foi acionado, o alarme ecoava
pela escola inteira.
Elisa apoiou-se no vaso sanitário, tentando atravessar a
divisória.
- Isso Elisa! Força! – gritou desesperada – Você está
conseguindo!
Elisa ficou na ponta dos pés, chegando ao limite e
segurou firme a divisória até alcançar a mão da
menina. Mas, a menina pregava a ultima peça em
Elisa. No momento que Elisa conseguiu segurar sua
mão ela puxou. Sofreu uma forte alavanca e caiu.
A menina deu um largo sorriso, virou para trás e
Gritou:
- Óh meu Deus! Ela caiu! Ela caiu!
Sentindo uma forte dor na cabeça Clara se levantou.
Abriu a porta devagar e espiou pela fresta. Não havia
ninguém no corredor. Cautelosa, saiu do banheiro sem
fazer barulho. Não havia nada no outro no banheiro, e
todas as outras portas estavam abertas.
- O que você quer de mim? O que você quer de mim?
O que você quer? – gritou
Foi até o lavatório, abriu a torneira, encheu as mãos de
água e jogou no rosto. No intervalo, Clara contou para
suas amigas o que tinha acontecido.
- Meu Deus… Parecia tão… real… Eu vi, ela estava no
banheiro. Ela morreu aqui… Ela morreu no banheiro.
- Isso é loucura. Eu já falei pra você. – disse Regina
- Foi o jogo! Nós a despertamos com o jogo. Mas
porque ela me atormenta? O que ela quer?
- Eu acho que sei o que podemos fazer, vamos
conversar com a Dona Helena. Ela trabalha há muito
tempo aqui, se Elisa um dia botou os pés nesse colégio
ela pode nos ajudar.
As meninas seguiram a idéia de Ana. E procuraram a
inspetora.
Entraram na sala e Clara começou a contar tudo o que
tinha acontecido.
Dona Helena estava espantada. Não conseguia
esconder sua perplexidade perante o que ouvia.
- Meninas… Não sei como dizer isso pra vocês. Mas o
que a Clara acaba de contar, realmente aconteceu.
Elisa estudou aqui nesse colégio há quarenta anos
atrás, eu tinha acabado de entrar aqui. Tinha alguns
meses de escola quando aconteceu um terrível
acidente. Houve um principio de incêndio no banheiro
e Elisa tentando escapar acabou tendo um
traumatismo. Ela já estava morta quando socorremos.
Foi tudo muito rápido.
- Então é verdade? Essa Elisa existiu mesmo? Não
quero entrar naquele banheiro tão cedo. – disse Ana
- Sim! Querem ver a foto dela? Nós temos todos os
prontuários.
A inspetora Helena abriu o extenso arquivo aonde
guardava fichas de alunos de cada ano.
- Hummm… Cinqüenta e sete, cinqüenta e oito…
Achei! Turma de sessenta e um.
Ela retirou as fichas e colocou em cima da mesa.
- Aqui está. Essa era Elisa. Ela era um anjo. Um amor
de menina.
Clara pegou a foto e ficou olhando atentamente.
- Foi ela… Agora tenho certeza. Essa é a garota que
tenho visto.
Dona Helena pediu para as outras meninas saírem da
sala. Sentou ao lado de Clara e disse:
- Minha filha, eu disse para vocês não fazerem esse
tipo de brincadeira. Mexer com pessoas que já se
foram sempre atrai coisa ruim. Vou pedir para o Padre
Lauro fazer uma oração no vestiário. Mas me promete
que não vai contar para mais ninguém o que me disse.
Não quero tumulto na escola. – disse a inspetora.
Clara concordou, mas ao sair, uma das fichas chamou
sua atenção.
”Meu Deus… Foi essa garota que eu vi no banheiro.
Ela não ajudou Elisa”.- pensou
Olhou atentamente para a foto e disse:
- Dona Helena, quem é essa?
Ela deu um enorme sorriso.
- Ah, sim! Não consegue reconhecer?
- Não pode ser. Jura?
- Sim, minha linda… Sim!
Clara saiu da sala muito confusa. As visões que teve
pipocavam em sua mente. Saiu correndo pelo corredor
e entrou com tudo na sala da diretora.
- O que é isso menina? – perguntou a diretora.
- Desculpa Dona Shirley. Mas a senhora… Precisa me
ajudar. A Dona Helena…
- Calma…
- Não! Eu… Estou bem… Mas a senhora precisa vir
comigo. – disse Clara ofegante
- Mas o que está acontecendo?
A diretora acompanhava os largos passos de Clara,
sem entender o que acontecia.
- O que aconteceu? Diga o que aconteceu. – perguntou
a diretora.
Mas Clara não respondia, andava cada vez mais
depressa até parar em frente ao vestiário.
- Aqui! Ela está aqui… Entre, por favor…
As duas entraram no vestiário, a diretora acompanhava
os passos de Clara.
- No banheiro, ela está no banheiro!
As duas entraram no corredor dos banheiros.
- Maldito zelador! Quantas vezes eu preciso pedir pra
ele trocar essas lâmpadas.
- Ela está naquele banheiro! – disse Clara
- Não tem ninguém aqui menina! – respondeu a
diretora ao abrir a porta.
Clara empurrou a diretora para dentro do banheiro e a
porta se fechou. Ela se levantou e tentou abrir, mas
sem sucesso.
- O que você está fazendo? Menina estúpida! Você vai
pagar por essa brincadeira. Vai me pagar! – gritou
enquanto socava a porta.
- Está com medo agora, senhora diretora? Engraçado…
Achei que gostasse de brincar no banheiro. Você não
gostava? Você e suas amigas?
- Cale essa boca! Você será expulsa! Menina
insolente… Abra essa porta!
- Isso não te lembra alguma coisa?
- Não sei do que você está falando. Você deve estar
maluca! Abra essa porta!
De repente um som estranho invadiu todo o vestiário.
As portas dos armários começaram a bater. O ar ficou
pesado e frio…
- Ela está chegando Dona Shirley. Consegue sentir?
Elisa está aqui!
- Isso é loucura! Ela está morta! Elisa está morta!
- Sim ela está morta… Mas ela quer acertar as contas
com alguém que lhe fez mal… Uma ex-aluna da
escola. Uma garota mimada que adorava fazer
maldade. Consegue se lembrar diretora?
A diretora estava cada vez mais desesperada. De
repente ela sentiu algo agarrar sua perna. Ela olhou
para baixo e viu Elisa saindo de um imenso buraco que
se abria no chão. Ela estava com o rosto coberto de
sangue. A diretora tentava se desvencilhar, mas não
conseguia. Sentia seus ossos serem quebrados pela
pressão exercida. A diretora gritou por socorro, e
agarrou-se no vaso, mas já não conseguia conter a
força de Elisa. Ao olhar para cima pode ver Clara,
espiando tudo pela divisória.
- Me ajude… Por favor… Por fa…
A diretora foi completamente engolida pelo buraco,
que então se fechou.
A diretora jamais foi encontrada. Seu desaparecimento
ganhou notícias diárias em vários jornais e emissoras
por um longo período.
Alguns meses depois:
Clara estava jogando handebol em um campeonato na
escola. No calor da partida uma menina lhe acertou o
rosto com uma bolada.
- O que foi sua idiota? Não gostou? Fracote!
Clara se virou para a arquibancada e lá estava Elisa
observando atentamente. Ela então voltou seu olhar
para a garota, deu um sorriso e disse:
- Vamos resolver isso, eu e você… Após a aula no
vestiário.
Natiane Pimentel. Nº: 37
VIDAS CRUZADAS
André está em uma rodoviária, sentado, espera
aproximadamente 15 minutos para o seu ônibus partir
em direção à cidade de Esperança. Indo com o objetivo
de conhecer uma garota muito especial, Cecília. Ele à
ama, mesmo sem nunca ter visto ela pessoalmente,
pois a conheceu pela internet.
Tudo começou em abril, quando André decidiu
entrar em uma sala de bate papo, foi amor a primeira
vista. A partir desse dia eles passaram a conversar
diariamente, trocaram histórias e segredos, sabia tudo
sobre a garota, menos seu endereço e telefone, pois ela
se recusava a lhes dá. Somente após dois meses ele
conseguiu seus dados. Descobriu que morava em
cidades bem distantes, separados por 70 km, mas a
vontade foi maior, e decidiu conhece - lá
pessoalmente.
André estava muito curioso para ver Cecília,
decidiu dormir durante a viagem.
-Acorda moço, chegamos à Esperança. – disse o
motorista, dando um leve empurram em André.
Chegou à hora, ao descer suas pernas
começaram a tremer e ficaram meio bambas. Entregou
a passagem ao motorista.
-Você está bem? – perguntou o motorista,
percebendo suas mãos trêmulas.
-Sim, estou bem. Obrigado.
André desceu do ônibus pegou um taxi, para
conduzi- lo até a casa de sua amada. Com o endereço
em mãos, nem precisou olhar, pois já havia decorado.
Entrou no taxi, e de repente todo o seu pavor se
transformou em excitação. Pois sentia que algo
maravilhoso iria acontecer. Levaram menos de 10
minutos para chegar até a casa de Cecília. Ele estava
muito ansioso, queria tocar a campainha e a vê- lá ir
abrir a porta para ele. Chegando ao local destinado,
tocou a campainha, seu coração bateu mais forte.
Esperou, mas ninguém foi atende- lo. Tocando a
campainha pela segunda vez, suspeitava que a casa
estivesse vazia
-Isso é muita falta de sorte. – disse André
preocupado.
Novamente tocou a campainha, e uma senhora
abril a porta. Ela tinha uma aparência de uns 40 e
poucos anos. -O que
você quer? - gritou a mulher.
Sua voz travou. Tudo o que ele conseguiu foi
sussurrar:
-Eu queria saber se Cecília esta em casa.
A mulher não conseguiu ouvi- lo, e novamente
repetiu:
-O que você quer? – ela tornou a perguntar, agora
parecendo mais irritada.
-Eu queria saber se Cecília mora aqui.
Ela saiu sem responder, deu uma volta pelo
jardim que cercava toda a casa, indo até André, disse:
-Eu posso ajuda- lo? – ela perguntou, agora com o
tom de voz bem suave. Nem parecia a mesma pessoa
de segundos atrás.
-Gostaria de saber se é aqui que mora a Cecília.
– finalmente, André conseguiu se expressas de forma
clara.
A mulher esbugalhou os olhos, começando a
chorar.
-A senhora esta bem? – perguntou André sem saber
o que fazer.
A mulher continuou chorando, olhando para o
jardim. De repente um senhor veio em sua direção.
A mulher continuava a chorar
desesperadamente. E o homem olhou para André meio
espantado.
-O que houve? – ele perguntou irritado. –O que
você quer?
O homem aproximou- se da senhora e a
abraçou, mas continuava fitando André.
-Perdoe- me, senhor. - André disse tremendo de
nervoso.
-O que você quer?
-Eu só perguntei a ela, se é aqui que mora Cecília.
-Perdoe- me. – disse André - parece que errei de
casa.
-Não exatamente. – falou o homem abraçando a
senhora.
-Aqui é a casa de Cecília.
André ficou surpreso.
-Ela esta?
-Não. Cecília morreu faz três meses, meu rapaz.
André entrou em desespero. Não acreditando.
-O senhor esta brincando comigo.
O homem ficou enfurecido.
-Brincadeira? Quem você acha que sou, um
moleque?
-Perdão, senhor, mas isso não pode ser verdade. Já
faz quatro meses que converso com ela, isso
diariamente.
-Olha, eu não sei quem é você, eu só peço que saia
daqui imediatamente. Veja só o que você fez com
minha esposa! Que brincadeira de mau gosto é esta?
-Perdão, senhor, mas não é brincadeira, eu...
-Eu vou chamar a polícia. Qual é seu nome?
-Calma, senhor, não precisa fazer isso. Eu vou
embora. Meu nome é André.
Quando André pronunciou seu nome, ambos
ficaram ainda mais assustados.
-Como é mesmo seu nome? – perguntou o homem.
-André.
-Não pode ser. – sussurrou o homem, olhando
espantado parar a mulher.
-O que foi? – perguntou André assustado.
A mulher parando de chorar abriu o portão para
ele entrar.
-Entre, por favor.
Olhando meio espantado, ele entrou.
-Provavelmente queira ver isso. – disso o
homem.
Entraram todos pelo jardim.
-Dê uma olhada. – disse o homem, lhe mostrando
uma árvore.
Examinou André a árvore e não compreendeu o
que estava querendo lhe mostrar.
-Não estou vendo nada. – disse ele.
-Olhe com mais atenção.
André fez o que o homem pediu e finalmente
compreendeu do que se tratava.
Havia alguns desenhos na árvore, como se estivesse
sido feitos com um canivete , desenhos em forma de
coração, com os nomes Cecília e André escritos no
meio.
-Faz pouco mais de um mês que isso começou a
aparecer nas árvores. – disse a mulher, com os olhos
vermelhos. –Em todas as nossas árvores.
Raquel Carneiro. Nº:38
A RAPOSA E O LENHADOR
Um lenhador acordava todos os dias às 6 horas da manhã e trabalhava
o dia inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele tinha um filho
lindo de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de
estimação e de sua total confiança.
Todos os dias, o lenhador, que era viúvo, ia trabalhar e deixava a
raposa cuidando do bebê. Ao anoitecer, a raposa ficava feliz com a sua
chegada.
Sempre os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um animal
selvagem, e, portanto, não era confiável. Quando sentisse fome comeria a
criança. O lenhador dizia que isso era uma grande bobagem, pois a raposa
era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam:
- Lenhador, abra os olhos!
- A raposa vai comer seu filho.
- Quando ela sentir fome vai devorar seu filho!
Um dia, o lenhador, exausto do trabalho e cansado desses
comentários, chegou à casa e viu a raposa sorrindo como sempre, com a
boca totalmente ensanguentada.
O lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, deu uma machadada
na cabeça da raposa. A raposinha morreu instantaneamente.
Desesperado, entrou correndo no quarto e encontrou seu filho no
berço, dormindo tranquilamente, e, ao lado do berço, uma enorme cobra
morta.
Moral da História: Se você confia em alguém, não importa o que os
outros pensem a respeito, siga sempre o seu caminho e não se deixe
influenciar.
Rômulo Nunes. Nº: 39
AS FORMIGAS
Quando eu e meu irmão descemos do carro, já era quase
noite. Ficamos imóveis diante da velha casa de janelas redondas
iguais a dois olhos tristes, um deles quebrado por uma pedra.
- pelo menos não vi baratas por aqui – disse meu irmão.
Nos fomos dormi. No sonho, eu estava em um filme de
terror em que um louco de cabelo recortado no meio entrou no
quarto fumando charuto. Sentou-se em uma cadeira que estava no
lado da cama do meu irmão, e ficou muito serio vendo-o a dormi.
Eu quis gritar, tem um louco do seu lado !mas acordei antes. A luz
estava acesa. Ajoelhado no chão, ainda vestido meu irmão estava
olhando fixamente algum ponto do chão.
O que você esta fazendo ai? - perguntei.
Essas formiga. Apareceram de repente já enfileiradas. Tão
decididas, esta vendo.
Levantei e dei de cara com as formigas pequenas e
vermelhas que entravam em trilha espessa pela fresta debaixo da
porta, atravessando o quarto para a cozinha subiam o armário iam
para a lata de açúcar, disciplinadas como exército em marcha
exemplar.
São milhares, nunca vi tantas formigas assim. E não tem
trilha de volta, só de ida – estranhei.
Meu irmão calçou os sapatos e como fosse equilibrista
andou no fio de arame, foi pisando firme, um pé diante do outro
na trilha de formigas.
No chão a trilha de formigas mortas era agora uma fita
escura que encolheu. Uma formiguinha que escapou da matança
passou perto do meu pé, já ia esmagá-la quando vi que levava as
mãos à cabeça, como uma pessoa desesperada. Deixei-a sumir
numa fresta do assoalho.
As cinco horas o despertador disparou. Travei a campainha.
Meu irmão dormia com a cabeça coberta. No banheiro, olhei para
as paredes, para o chão de cimento, à procura delas e nunca mais
elas voltaram.
Sâmylo Rodrigues. Nº: 41
DOCE ILUSÃO
Já era noite e o vento frio e suave tocava o rosto de Rosana, uma garota linda e
que sonhava em encontrar seu príncipe encantado. Sentada em um banco da praça,
conversava atenciosamente com sua amiga Izabel. De repente olhou pro lado e viu
que tinha uma turma de amigos, e percebeu que um deles lhe olhava sem parar.
Vendo isso, levantou-se e seguiu com sua amiga. Quando passou perto do rapaz, seu
coração disparou. Por um instante decidiu ela ir falar com o garoto, então deu alguns
passos e perguntou:
-“ Qual seu nome?
E ele respondeu:
- Marcos. E o seu? Disse ele...
- Me chamo Rosana.
Nesse momento aproximaram-se um do outro, seus olhares se cruzaram,
seus lábios se encontraram e suas bocas se saciaram. Depois disso conversaram, e
Rosana perguntou: Você é solteiro?
Ele respondeu:
-Totalmente.
Ao ouvir isso a menina se encheu de alegria e esperança. Mas esses
sentimentos ficaram mais intensos , quando Marcos olhou e perguntou se queria ser
sua namorada,e como estava encantada com ele, não pensou duas vezes e disse
sim. Então chegou a hora de Rosana ir pra casa, se despediu do amor e partiu com
um lindo sorriso estampado no rosto. No outro dia quando se dirigia a casa de sua
amiga, avistou um casal passando de mãos dadas na sua frente, de longe
reconheceu Marcos seu grande amor. Naquele momento a tristeza tomou conta do
seu coração, e uma lagrima de seus olhos caiu. No dia seguinte começou a arrumar
as malas, dizia ela ir embora pra bem longe. A verdade é que nada disso fez,
conversou com as amigas, e as mesmas perguntaram sobre Marcos e ela
respondeu: “Marcos foi apenas uma doce ilusão”. Mas a realidade é que tinha
vergonha de dizer o que estava sentido.
Sem nome...