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COMUNIDADE DE COMUNIDADES: UMA NOVA PARÓQUIA

Estudo 104 CNBB

ASPECTOS GERAIS DO

DOCUMENTO

TEXTOS BASES

FUNÇÕES DA PARÓQUIA

“MÍSTICA” DO DOCUMENTO

PERSPECTIVA BÍBLICA

PERSPECTIVA TEOLÓGICA

DESAFIOS

PERSPECTIVAS PASTORAIS

ASPECTOS GERAIS DO

DOCUMENTO

TEXTOS BASES





DESAFIOS


1 ASPECTOS GERAIS DO DOCUMENTO

Comunidade de comunidades:

uma nova paróquia

Fruto da 51ª Assembleia da CNBB, realizada em Aparecida no ano de 2013.


Proposta central

Ser instrumento de reflexão para buscar uma nova configuração da estrutura paroquial.


• Estrutura do Documento:

105 páginas, 242 parágrafos e quatro capítulos.

• Capítulo I: Perspectiva bíblica

• Capítulo II: Perspectiva teológica

• Capítulo III: Novos contextos: desafios à paróquia

• Capítulo IV: Perspectivas pastorais


Atualidade da discussão

Não se trata de uma novidade.

A paróquia tal qual a conhecemos possui uma estruturação medieval.

ASPECTOS GERAIS DO

DOCUMENTO

TEXTOS BASES





DESAFIOS


2 TEXTOS BASES

• Sagrada Escritura

• Concílio Vaticano II

• Documento de Aparecida

• Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil 2011/2015

ASPECTOS GERAIS DO

DOCUMENTO

TEXTOS BASES





DESAFIOS


3 FUNÇÕES DA PARÓQUIA

Comunhão koinonia

Pregação didaskalia

Testemunho martyria

Serviço diaconia

Culto leitourgia

ASPECTOS GERAIS DO

DOCUMENTO

TEXTOS BASES





DESAFIOS


4 “MÍSTICA” DO DOCUMENTO DE ESTUDO

Ponto de partida

Jesus Cristo, o qual foi além das estruturas da sinagoga e do Templo.


Intenção primeira do texto

Levantar questionamentos e busca de propostas.


Chave de leitura

Documento de Aparecida (2007), que solicita uma profunda conversão pastoral da Igreja e

apresenta a paróquia com um papel fundamental no anúncio de Jesus, mas que deve

ser uma rede de comunidades.


Medidas para a renovação das paróquias

• Renovação interior

• Mudanças de estruturas

ASPECTOS GERAIS DO

DOCUMENTO

TEXTOS BASES





DESAFIOS


5 PERSPECTIVA BÍBLICA

Toda comunidade cristã encontra sua inspiração naquelas comunidades que o próprio Jesus fundou por meio dos apóstolos, na força do

Espírito. (n. 06)


No Antigo Israel a vida comunitária era a base da convivência social e, por isso, era sinal explícito

de vida.

A ternura de Deus, então, se expressava nas relações comunitárias.

“Deus nos salvou porque nos fez povo.”


No exílio da Babilônia (587-538 a.C.) surgem as sinagogas, estrutura que “salva” as relações

comunitárias.


No tempo de Jesus, as sinagogas existem, mas não respondem mais à situação vigente.

(Cf. n. 08)


A proposta de Jesus é abrir-se a uma relação comunitária baseada no amor e na ternura de

seu Abbá.


A nova comunidade nasce de uma experiência:

de Jesus com seu Abbá e de Jesus com seus amigos, uma experiência que se tece além da

estrutura sanguínea.

(Cf. Mc 3,34-35).


Jesus não apenas anunciava o seu Abbá, mas testemunhava uma grande intimidade com Ele.

(Cf. n. 12)


Ao propor o Reinado de Deus

(núcleo da pregação de Jesus),

ele o faz como uma proposta de vida comunitária, comunidade que deve possuir as

seguintes características:


Comunidade fraterna

Comunidade de iguais

Comunidade da partilha

Comunidade sem hierarquia

Comunidade serviçal

Comunidade reconciliadora

Comunidade orante

Comunidade alegre


Comunidade fraterna

Ninguém deve aceitar títulos, pois “um é vosso Mestre e todos vós sois irmãos” (Mt 23,8).


Comunidade de iguais

Essa relação de igualdade se tece a partir de mudanças de perspectiva entre masculino e

feminino: não mais dominação, mas igualdade.

(Cf. Mt 19,7-12; Mc 15,41; Jo 4,26).


Comunidade da partilha

Ninguém tinha nada de próprio.

(Cf. Mc 10,28)

Havia um caixa comum.

(Cf. Jo 13,29)


Comunidade sem hierarquia

A comunidade de Jesus se relaciona como amigos e não como empregados.

(Cf. Jo 15,15)


Comunidade serviçal

O poder se estrutura

como serviço.

(Cf. Jo 13,15)

A perspectiva é a “de baixo”.

(Cf. Igreja do Avental)


Comunidade reconciliadora

A essa comunidade é dado o poder de perdoar. (Cf. Mt 18,18)


Comunidade orante

Essa comunidade reza em vários momentos: peregrinações, antes da refeições, nas

sinagogas, no Templo e, com grupos pequenos, Jesus se retira para a oração.

(Cf. Lc 9,28)


Comunidade alegre

Uma comunidade que convive com a dor e a incompreensão, mas que possui uma alegria

que ninguém será capaz de roubar.

(Cf. Jo 16,20-22)


Percebe-se que Jesus recupera e prima pela dimensão caseira da fé (Cf. n. 22), sem

desprezar a estrutura religiosa de seu tempo.


Sua forma de ensinar é muito ligada ao cotidiano das pessoas e de forma interativa.

(Cf. nn. 27-28).


Os apóstolos criam novas comunidades a partir da experiência que estabeleceram com Jesus.


É a partir das comunidades neotestamentárias que podemos haurir perspectivas para repensar

nossa comunidade eclesial.


Como eram as comunidades neotestamentárias?

“Eles eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações.”

(At 2,42)


Colunas básicas das comunidades

• Ensinamento

• Comunhão

• Partilha

• Oração

ASPECTOS GERAIS DO

DOCUMENTO

TEXTOS BASES





DESAFIOS


6 PERSPECTIVA TEOLÓGICA

Na base da experiência comunitária proposta por Jesus está a experiência da “comunhão”.

(Cf. n. 42)


Sem comunidade não há como viver autenticamente a experiência cristã.

(Cf. n. 42)


Não se pode separar Cristo e a Igreja. A graça do Batismo dá-nos a alegria de seguir Cristo na

Igreja e com a Igreja. (Papa Francisco. 11/04/2013)

ASPECTOS GERAIS DO

DOCUMENTO

TEXTOS BASES





DESAFIOS


7 DESAFIOS

“A dimensão comunitária da fé cristã conheceu diferentes formas de se concretizar

historicamente, desde a Igreja Doméstica até chegar à paróquia na acepção atual.”

(n. 43)

7 DESAFIOS

Tipos de vida comunitária

• Comunidades neotestamentárias

• Domus Ecclesiae

• Paroikia

• A paróquia do Vaticano II

• Documento de Aparecida

• Tipos de paróquias

7 DESAFIOS


Comunidades neotestamentárias

7 DESAFIOS


Domus Ecclesiae

A Igreja se reunia na casa dos cristãos. (cristianismo “rural”)

7 DESAFIOS


Paroikia

Após o Edito de Tessalônica (381), quando Teodósio é imperador, as Domus Ecclesiae ficaram abaladas.

As assembleias cristãs tornaram-se cada vez mais massivas e anônimas.

(Cf. n. 48)

7 DESAFIOS


Paroikia

A relação igreja-casa enfraquece-se e se faz a introdução das paróquias territoriais.

7 DESAFIOS


Paroikia

Paróquia: do termo paroikia, designa “migrante”, “estrangeiro”, “peregrino”,

“habitante de passagem”.

7 DESAFIOS


Paroikia

A partir do século IV, surgem, também, as dioceses:

expansão das comunidades eclesiais urbanas.

7 DESAFIOS


Paroikia

O Concílio de Trento, no século XVI, mesmo considerando a mudança epocal, não modifica o

perfil estrutural da paróquia.

7 DESAFIOS


Paroikia

“As determinações do Concílio de Trento delinearam o modelo ‘moderno’ de paróquia. Substancialmente, esse modelo chegou até os

nossos dias.”

(n. 52)

7 DESAFIOS


A paróquia do Vaticano II

Não há um documento conciliar que fale explicitamente de “paróquia”, pois a chave de

leitura eclesial do Vaticano II é a Igreja Particular.

7 DESAFIOS



Para o Vaticano II, a paróquia só pode ser compreendida a partir da Diocese.

(Cf. n. 57)

7 DESAFIOS



A paróquia encontra no conceito de comunidade a autocompreensão de sua realidade histórica.

(Cf. n. 58)

7 DESAFIOS



A paróquia deve ser sacramento e instrumento de comunhão.

(Cf. n. 62)

7 DESAFIOS



A paróquia, a partir do Vaticano II, apresenta três dimensões:

• Passagem do territorial para o comunitário.

• Passagem do “pároco” para os ministérios.

• Passagem do cultual para a comunhão.

7 DESAFIOS


Documento de Aparecida

Não há como fazer comunidade com multidões anônimas.

(Cf. n. 68)

7 DESAFIOS



Enfatize-se a formação de pequenas comunidades que se façam comunidade na

paróquia.

(Cf. n. 68)

7 DESAFIOS



As paróquias devem buscar uma renovação das estruturas para que sejam o que deveriam ser:

expressão de comunhão.

(Cf. n. 69)

7 DESAFIOS



Tipos de paróquias

• Territorial

• Não territorial - pessoal

• De acordo com a escolha da pessoa

ASPECTOS GERAIS DO

DOCUMENTO

TEXTOS BASES





DESAFIOS


PARA PENSAR:

1. O que temos de bom em nossa paróquia que a faz ser uma comunidade de comunidades?

2. Que pontos seriam interessantes serem discutidos com mais aprofundamento no

tocante à vida comunitária?

3. Quais estratégias poderíamos utilizar para fortalecer os laços comunitários?