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Contexto e processo da urbanização
LISBOA, O PROCESSO E A DIMENSÂO:
Cerca Moura e cerca FernandinaOs descobrimentos e o Paço da RibeiraA reconstrução de PombalO Passeio Publico e a AvenidaAs Avenidas Novas; Arco Cego Polos Industriais; bairros sociaisAlvalade, ResteloOlivais; Benfica; Ponte; 2ªCircularChelas; TelheirasEXPO; Alto Lumiar; Ponte; NS; CRIL
O presente:espaço público, Da revolução – Abril 74, até à EXPO
Na década de 70, a temática da habitação –nos anos do projecto SAAL a consigna revolucionária “casas sim barracas não!”, correspondia a um espaço público, de facto público :
o “agora” está na rua e as paredes testemunham que a rua está ocupada - com o desejo - e era espaço de decisão, espaço de todos. Alguns testemunhos…
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Nos anos 70-80 as Torres de escritórios sobre um Centro Comercial pósmoderno, inauguram a era shoping, do “espaço público-privado”.
Também coisas que não chegaram a ser como eram: O projecto de ocupação do espaço público de Belém com as “Torres do Tejo” e uma feira permanente...no lugar do CCB.
...e o “Papagaio da Avenida”, protestado como enorme restaurante construido, no passeio da principal avenida da cidade... foi deslocado, para animar Monsanto…
O incendio do chiado mudou mais que o Chiado
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O Porto de Lisboa - programa de renovação (de Alcântara a Belém) para usos de lazer.
Em 90 na sequência da mudança de mandato, o PDM…
Novas infraestruturas viárias;O Metro - programa de qualificação do espaço público - Arte nas estações...
O espaço público tem vindo a subir de cotação no quadro dos temas da cidade - Martim Moniz, Terreiro do Paço, Alto do Parque Eduardo 7º, Paços do Município, Rossio, S.Carlos...
...Do espaço público do Chiado pré-incêndio, desenhado por um decorador...
...ao descontentamento, que culmina no lançamento em 87, de um Concurso Alternativo para a reabilitação da Zona Ribeirinha, gerido pela Associação dos Arquitectos, com grande impacto na opinião pública...
A EXPO98, a esperança na cidade, nasceu da vontade do Tejo.
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A EXPO 98 realizou-se numa área de 50 ha no centro de uma outra, de 330 ha, com 5 km de frente ribeirinha, onde se decide o desafio mais difícil: O novo “bairro” de Lisboa -25 mil habitantes e 18mil postos de trabalho.
As áreas do desenho têm de ter presente as diferentes lógicas, e ciclos de tempo: o ciclo maior e o menor… Se não se pode prever o que serão necessidades e condições futuros, temos de actuar com a adaptabilidade.
Sobre os paradigmasda totalidade e da liberdade
“A Exposição de 98 á a exposiçãoda Democracia”.
A EXPO’98 demonstrou que o design urbano é indispensável ao conceito de qualidade ambiental.
Uma imensidão de artefactos respondendo à permanente nostalgia da totalidade: uma oportunidade para que Tudo fosse desenhado.
É o paradigma da liberdade –com um “poder esclarecido”.
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Desenhar tudo e sem limitações - significa afinal desenhar um mundo no domínio extraordinário.
A prova de resistenciaterá de ser prestada, agora, passada a festa -para o reingresso das coisas desenhadas no domínio da normalidade, a vida será decisiva ...
...não só para ver se ainda funcionam mas também se ainda emocionam.
O paradigma temático, no projecto urbano, não é da escala da Arquitectura nem do urbanismo, é da cultura mediática urbana, na vida comum.
Temáticas eram as ondas servindo de paredes, de palas, de coberturas, de proas de edifícios...
...cujo sentido se esgotou no curto prazo de uma festa.
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quando a arquitectura, a arte, e a paisagem, resultem naturais e espontâneos da acção do tempo e das decisões dos homens, ao longo de gerações...
...ter-se-á “dissolvido” a novidade, o “tema”. Mas a cidade continuará a não ser como era.
Dir-se-á, que sempre se fazem com negócios, as cidades. Mas quando não se fazem “deles”, por vezes se fazem apesar deles.
O “evento”, o excepcional: Como se enraizará a cultura do desenho, para o teste da normalidade, sem perder o que se gera no acto excepcional?
Uma cidade pode ser feita de coisas subtis, de que não nos lembramos – uma luz, uma métrica, um detalhe. O que lembramos de uma cidade será o seu melhor?
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MOVIMENTO - distancia, proximidade:da via de transporte (férrea),
do centro (comercial),da natureza (o parque).
A cidade moderna, tem novos actores: As estradas (e o automóvel)
O crédito bancário Os promotores imobiliários
As ideias do Urbanismo Moderno –de Howard (cidade jardim)
a Corbusier (a cidade num parque)
Utopias do urbano moderno
A rua é morta por… auto-estradas
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De “planear” a “construir”O processo – dos planos até às malhas, às infra-estruturas, ao espaço publico…Antes, durante, depois, as narrativas.O mar, a descoberta, a Identidade…
Há outrasfronteiras e barreiras
1992
O crescimentoA cidade pós-industrial cresce nas ruinas da cidade industrial e também nas periferias, na área metropolitana, o “sprawl”...
No novo e no velho, no cheio e no vazio.
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O crescimento urbano
Como é que a mudançapodería ter acontecido, semcrescerem os limites do mesmo espaço urbano?
COMPACTOouDISPERSO?
“Accelerating urbanization is an irreversible given fact” (UN Habitat II).
Espaço Viário, espaço urbano
A periferia é o mundo mais adaptado ao automóvel O meio mais eficaz para comunicar no espaço público é agora o meio viário – o ambiente do automóvel..
Quando o automóvel substituiu os transportes… parece agora indiferente se as casas ficam perto da via (ou o comércio…).
O espaço viario termina sempre no parking.
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Os passeios, símbolos de um mundo pedonal predominante, em que as pessoas habitavam o espaço público, interagiam e comunicavam tornaram‐se demasiado extensos, sem “acontecimentos”.
Em muitos casos, num ambiente de grandes distancias, os passeios são desnecessários.
0 20 40 60 80
1st Qtr
transportePublicofactorcrimepasseiosseguroslocaistrabalhovia segura
ciclovia
condições
actual
Só 5% dos cidadãos americanos andam a pé ou de bicicleta, como meio de deslocação habitual. Mas 2,5 vezes mais, isto é 12,5% prefeririam fazê‐lo, se as condições o permitissem
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Uma rede contínua de caminhos, ligando pontos de vida urbana, éterritorio comunicativo contínuo. Factores de êxito:
• Largura adequada da faixa e pavimentos adequados
• Declives: rampas em esquinas e planos, nos cruzamentos
• Boa visibilidade em esquinas e cruzamentos; sinalização eficaz
• Vias livres de mobiliário e obstáculos comunicativos
• Continuidade da rede, sem interrupções ou soluções de continuidade
• Bom estado de conservação, com manutenção adequada
• Iluminação pública de níveis: geral, local e frontal ...
Prioridades da localização da rede de continuidade de espaços pedonais e referencias comunicacionais:
• Escolas
• Paragens de Transporte
• Parques, equipamentos
desportivos de ar livre
• Centros Comerciais
• Equip. saúde e 3ª idade
• Equipamentos culturais
• Serviços públicos
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O espaço viário comunica (bem ou mal)
Monumento ícon + simboloo centro ou a periferia?
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No espaço público, a natureza do conteúdo da comunicação é determinante:
O seu interesse para a segurança e comodidade da deslocação, a estada, a orientação, a identidade dos locais e outros interesses do público
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Desenho Urbano Espaço Publico –interdisciplinaridade, entre…
Critérios da qualidade:1. Identidade2. Continuidade/ permeabilidade/ legibilidade3. Segurança/conforto/ aprazabilidade4. Acessibilidade/mobilidade5. Diversidade/adaptabilidade6. Robustez/resistência7. Sustentabilidade
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Critério IDENTIDADE
Parâmetros de Avaliação do Desempenho
Pontos Fortes
Pontos Fracos
Aval. (1 a 5)
O projecto promove o carácter formal e os significados reconhecíveis no local (p. Ex. significados históricos, simbólicos, políticos)
O projecto promove os padrões característicos da cultura e do desenvolvimento local, facilitando dinâmicas sociais de apropriação do espaço
O projecto promove a criação de novos elementos de diferenciação (estruturas naturais, de comunicação, de iluminação, equipamento e arte
Critério CONTINUIDADEPERMEABILIDADE
LEGIBILIDADE
Parâmetros de Avaliação do Desempenho
Pontos Fortes
Pontos Fracos
Av 1 a 5
O projecto proporciona uma boa integração no contexto e na malha urbana, por exemplo através de uma boa interligação de percursos e espaços
O projecto possibilita o reconhecimento de marcos que podem orientar o utente (vistas, pontos focais, referências paisagisticas, comunicativas, artísticas,
it tó i )
Projecto estabelece uma definição clara de delimitações, por exemplo entre espaço público e privado ou entre espaços com usos incompatíveis
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Critério SEGURANÇA CONFORTO
APRAZIBILIDADE
Parâmetros de Avaliação do Desempenho
Pontos Fortes
Pontos Fracos
Aval 1 a 5
O projecto promove a segurança de pessoas e bens (espaços visualmente defensíveis no período diurno e no período nocturno) e uma relação segura dos ambientes pedonais com a segurança rodoviária
O projecto incorpora critérios de conforto como a funcionalidade, ergonomia para todos os utentes (p. Ex.dimensionamento e posicionamento de equipamentos, infraestruturas, soluções de desníveis, controle de elementos de clima, limpeza e manutenção
Projecto com qualidade visual - equilíbrio formal de elementos, produtos ou sistemas do espaço e sua relação formal com a envolvente de forma intensa e aprazível
Critério ACESSIBILIDADE
MOBILIDADE
Parâmetros de Avaliação do Desempenho
Pontos Fortes
Pontos Fracos
Aval 1 a 5
Projecto que oferece facilidade de movimentação dentro do local, e/ou de atravessamento do local e/ou ligação a outros locais
O projecto promove a integração dos usos e padrões de movimentação locais com as estruturas viárias e os transportes públicos e respectivas estruturas de apoio
Projecto atento às expectativas e necessidades dos utentes, sem exclusão no uso do espaço de qualquer grupo social contemplando soluções de apoio a utentes com mobilidade reduzida
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Critério DIVERSIDADE
ADAPTABILIDADE
Parâmetros de Avaliação do Desempenho
Pontos Fortes
Pontos Fracos
Aval 1 a 5
Projecto com flexibilidade para adaptação a usos diversos e a possíveis mudanças futuras (sociais, tecnológicas e económicas)
Projecto compatível com a escolha de diferentes serviços e equipamentos, ou que adopta soluções compatíveis com a evolução das necessidades locais
Projecto que promove a diversidade formal (elementos naturais e artificiais), alternativas de vivência (apropriação, ou uso em diferentes períodos e/ou por diferentes públicos)
Critério ROBUSTEZ
RESISTÊNCIA
Parâmetros de Avaliação do Desempenho
Pontos Fortes
Pontos Fracos
Aval 1 a 5
Projecto com adequação de materiais, infraestrutras e equipamentos às solicitações do uso e desgaste (intensidade de utilização) e aos elementos do clima
Projecto com adequação de materiais, infraestruturas e equipamentos à prevenção do vandalismo
Projecto com adequação de materiais, infraestruturas e equipamentos ao maior tempo útil de vida possível, diminuindo o esforço de manutenção
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Critério SUSTENTABILIDADE
Parâmetros Avaliação do Desempenho
Pontos Fortes
Pontos Fracos
Aval1 a 5
ECONÓMICA projecto economicamente viável e que se mantém viável ao longo dos tempos, com contenção de custos e produzindo valor superior
AMBIENTAL projecto que ecologicamente tem pouco impacto ambiental, padrões baixos de poluição na construção e manutenção e/ou que utiliza energia eficiente
SOCIAL projecto que pode corresponder às aspirações e necessidades do público em geral, e que dentro do possível envolva a comunidade local e contribua para a equidade
CULTURAL projecto que promove um equilíbrio entre o desenho e o reconhecimento dos seus significados, com clareza e consistência
INFRAESTRUTURAS VIÁRIAS E
TRANSPORTES
Ponto
fraco
Adequado Ponto forte
Não se aplica
RUAS
Dimensionamento
Alinhamento
Interligação
Controle de velocidades
PASSEIOS
Dimensionamento, Perfil
ESTACIONAMENTO
Dimensionamento
Delimitação de lugares
PAVIMENTOS
Adequação de materiais
Pessoas com mobilidade reduzida
Avaliação de estruturas e elementos do espaço público
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SISTEMAS DE
COMUNICAÇÃO
URBANA
Ponto
fraco
Adequado Ponto forte
Não se aplica
Previsão e especificação de elementos (para as diferentes funções comunicativas)
Legibilidade/códigos
Organização
Contextualização
Suportes – adequação e integração
Modulação
Posicionamento
Avaliação de estruturas e elementos do espaço público
ILUMINAÇÃO Ponto
fraco
Adequado Ponto forte
Não se aplica
Articulação
Serviço/performance
Ciclo de vida
Recursos económicos (instalação e consumo)
Impactos ambientais
Identidade
Avaliação de estruturas e elementos do espaço público
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ESTRUTURAS E ELEMENTOS
NATURAIS
Ponto
fraco
Adequado Ponto forte
Não se aplica
Específicidade para o local
Promoção da identidade
Alinhamento, ponto focal
Resistencia, manutenção
ARVORES
ARBUSTOS
TREPADEIRAS
HERBACEAS
ELEMENTO AGUA
Avaliação de estruturas e elementos do espaço público
EQUIPAMENTO E MOBILIÁRIO URBANO Ponto
fraco
Adequado
Ponto forte
Não se aplica
Dimensionamento e implantação
Materiais, fixações, superfícies
BANCOS/MESAS
ABRIGOS BICICLETAS
ELEMENTOS DE SEGURANÇA /SEPARAÇÃO / PROTECÇÃO
CABINES DE TELEFONE / MARCOS CORREIO
ELEMENTOS E EQUIPAMENTOS DE RECOLHA DE LIXO
BEBEDOUROS
PARAGENS DE AUTOCARRO
QUIOSQUES
Avaliação de estruturas e elementos do espaço público
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ARTE PÚBLICA Ponto
fraco
Adequado Ponto forte
Não se aplica
Específicidade para o local
Promoção da identidade
Actividades cívicas
Envolvimento comunitário
Qualificação do ambiente
Visibilidade e acessibilidade
Resistencia às intempéries e vandalismo
Facilidade de manutenção
Tradução de intenções/objectivos
Avaliação de estruturas e elementos do espaço público
Avaliação de estruturas e elementos do espaço público
INFRAESTRUTURAS
SUBTERRÂNEAS
Ponto
fraco
Adequado Ponto forte
Não se aplica
Integração
Manutenção
Elementos de contacto com a superfície