O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 20
08
Versão On-line ISBN 978-85-8015-039-1Cadernos PDE
VOLU
ME I
ELOIZA PIANA MARQUETTI
PREVENÇÃO DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: CUIDANDO DA CRIANÇA NA CRECHE
MEDIANEIRA
2008
IDENTIFICAÇÃO
PROFESSOR PDE: Eloiza Piana Marquetti
ÁREA PDE: Ciências
NRE: Foz do Iguaçu
PROFESSOR ORIENTADOR IES: Ms. Solânia Durman
IES VINCULADA: Unioeste
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual João Manoel Mondrone
PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: Alunos de 7ª série
TEMA: GRAVIDEZ PRECOCE
TÍTULO: PREVENÇÃO DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: CUIDANDO DA
CRIANÇA NA CRECHE
MEDIANEIRA
2008
Justificativa:
A adolescência compreende um período de transformações
biopsicossociais, situado entre a infância e a idade adulta; marcado por
momentos de tumultuada rebeldia, oscilações de humor e impulsividade.
Conforme alguns autores, tem início aos 10 anos e término aos 20 anos.
Constitui uma fase de identificação dos adolescentes com sua
sexualidade, deixando-os mais expostos e vulneráveis aos riscos que a
envolvem. A sexualidade abrange o corpo inteiro, compreende aspectos
físicos, emocionais e culturais; está presente na história do homem desde os
primórdios e apresenta diferenciações conforme a evolução da sociedade.
No Brasil é notório o aumento do número de mulheres jovens que se
tornam mães durante a segunda década de vida. Como consequência da
gravidez na adolescência, muitas vezes, registra-se maior morbidade e
mortalidade materna, baixo peso ao nascer e prematuridade, riscos mais
elevados quanto ao crescimento e desenvolvimento infantil, salientando ainda,
os desajustes sociais que a situação pode trazer.
A diminuição da idade da menarca, com consequente maturação sexual
precoce, a curiosidade acentuada, bem como o estímulo dado pelos meios de
comunicação, impulsionam a adolescente a iniciar a atividade sexual também
precocemente.
A impulsividade vivenciada e sentimento de imunidade, característicos
desse período, apresentam reflexos no exercício de sua sexualidade, podendo
conduzir às consequências inesperadas e abomináveis, como as doenças
sexualmente transmissíveis e a gestação indesejada.
De acordo com Cavalcanti et al. (2000), adolescência e gestação são
crises; a primeira é necessária para o desenvolvimento do indivíduo, enquanto,
a segunda pode ser desestruturante, impossibilitando que sejam vivenciados
importantes etapas de maturação psicossexual.
A adolescente tem direito de exercer sua sexualidade desvinculada da
reprodução e livre de consequências desastrosas, mas, com responsabilidade
e com prazer, sem sentir-se desvalorizada e desprotegida, porém, conforme
observamos neste estudo as adolescentes têm compreensão fragmentada das
informações referentes à contracepção e conhecimento de seu corpo, bem
como ao autocuidado.
Partindo do pressuposto que a gravidez precoce pode trazer sérios
problemas psicológicos, fisiológicos e sociais no desenvolvimento da
adolescência, acreditamos ser necessário oferecer subsídios para que possam
compreender a situação dramática que abrange todo o processo desde a
gravidez, parto, puerpério, o acompanhamento do bebê, e a família envolvida.
Problematização:
Ao longo dos anos as escolas têm trabalhado com orientação sexual,
fazendo parte de seu currículo, com os adolescentes. Embora, acreditando-se
que os adolescentes têm conhecimento sobre métodos contraceptivos,
observa-se que o número de meninas grávidas ainda faz parte do cenário das
escolas.
Na realidade brasileira, não é raro ver uma adolescente grávida, o que
já é bastante incomum em países de primeiro mundo. Isto nos leva a ponderar
a questão cultural de cada família.
Para tanto este projeto ousa por meio de dinâmicas de trabalho,
projeção de filmes, aulas expositivas, sensibilizar os adolescentes em relação a
seus comportamentos de risco em relação à sexualidade.
Objetivo Geral:
Investigar o impacto do cuidado de crianças em uma creche, na
possibilidade de prevenir a gravidez na adolescência.
Objetivos Específicos:
-Avaliar o conhecimento prévio dos adolescentes, quanto à sexualidade;
-Propor os conhecimentos básicos sobre o sistema reprodutor humano;
-Esclarecer sobre os métodos anticoncepcionais e DSTs (Doenças
Sexualmente Transmissíveis);
-Aplicar técnicas que levem os adolescentes a uma reflexão sobre seu
comportamento sexual;
- Informar sobre os riscos de uma atividade sexual inconsequente;
-Alertar sobre as consequências das DSTs;
-Demonstrar aos adolescentes os cuidados que uma criança necessita em seu
desenvolvimento.
Fundamentação Teórica:
O modo como nos tornamos homens e mulheres, aprendemos a cuidar
ou ensinar é uma construção de cultura e das relações sociais. Nada do que
fazemos, ou sabemos fazer, existe em nós como algo predeterminado ao
nascer.
A forma de ver o mundo, de ver a família, a reprodução da vida está no
conjunto de uma série de valores ligados a um modelo patriarcal de ser. Nossa
civilização ocidental é fruto de culturas mediterrâneas, que são patriarcais.
Esse modo de ser e de organizar a sociedade acaba por influenciar e
determinar o modo como desenvolvemos nossas práticas educativas
(TAMANINI, 2006).
Revendo as raízes históricas da desigualdade entre homens e mulheres,
dentro da sociedade ocidental, observamos a importância materna na mitologia
em organização de povos que viveram na Europa entre 300.000 e 21.000 a.C.
Mulheres eram representadas, por estatuetas de terra cozida, com seios,
ventre, nádegas e corte vaginal grandes (TAMANINI, 2006).
No período paleolítico (antiga idade da pedra), os humanos viviam a
maior parte do tempo em bosques, onde sua alimentação era constituída de
raízes e frutos. Foi a descoberta do fogo que tornou os grupos humanos mais
independentes do clima e do lugar. Podiam cozinhar, espantar animais e
iluminar cavernas. Adquiriram, então, maior autonomia diante da natureza e
aos ataques dos inimigos (ELIADE, 1977 apud TAMANINI, 2006).
Acreditavam que a vida que nascia da mulher entrava nela, vinda de
sítios e seres inusitados do reino animal (das fendas, das pedras, das árvores,
dos peixes, entre muitos outros). Essa compreensão irá resultar, ao longo de
muitos séculos, em práticas que ajudassem as mulheres estéreis a engravidar.
Há relatos dos séculos XVI a XIX de como as mulheres procuravam as raízes e
frutos das árvores para deles extrair a vitalidade, de como elas encostavam-se
em árvores, abraçavam as árvores ou se esfregavam nelas em busca da
fertilidade. Também faziam isso com as pedras, principalmente, esfregando o
umbigo e o ventre (GÉLIS, 1984, apud TAMANINI, 2006).
Os homens não sabiam de sua participação no nascimento de uma
criança e isso continuou sendo ignorado por milênios. Cada mulher pertencia
igualmente a todos os homens e vice-versa. As crianças tinham vários pais e
mães e as relações de parentesco davam-se por meio da família da mãe
(TAMANINI, 2006).
O pensamento predominante era mágico-religioso, que caracterizou o
período inicial da caça e da coleta (paleolítico). As estatuetas desse período
eram femininas, chamadas as Vênus pré-históricas. Tinham exageradas
características sexuais, apontando para a capacidade procriadora da mulher,
símbolo da fertilidade. Essas estatuetas datavam de 30.000 a 25.000 a.C. e
eram feitas de marfim de mamute, pedra macia ou argila misturada com cinza e
depois cozida (LINS,1997, apud TAMANINI,2006).
Em 6.000 a.C., a agricultura estabeleceu-se definitivamente. Presume-se
que foi invenção da mulher, devido às saídas do homem para caçar e pescar, o
que fazia com que demorasse em voltar ou nem voltava por causa das guerras
entre tribos e das dificuldades com o meio ambiente (TAMANINI, 2006).
Com o passar do tempo os homens começaram a domesticar os animais
e foram abandonando a caça. A agricultura tornou-se mais importante e a
mulher também, pois acreditavam que a fecundidade da mulher fecundava os
campos. A partir de então, a mulher teve enorme prestígio e a mãe tornou-se a
figura central da época.
Os homens não arriscavam mais a vida como caçadores e seus valores
viris não se sobressaíam e aí a ausência de deuses masculinos. A religião é
uma forma fundamental de sustentação das sociedades e das ideologias.
Nesse período, as súplicas e sacrifícios eram dirigidos à Deusa e toda
atividade econômica era voltada ao seu culto. Os homens não se sentiam
inferiores, portanto, não exerciam qualquer tipo de opressão sobre as
mulheres. Ignoravam sua participação na procriação e acreditavam que a vida
pré-natal das crianças iniciava-se nas águas, pedras, árvores, grutas, no
coração da terra-mãe, antes de serem introduzidas no ventre de su a mãe
humana (TAMANINI, 2006).
A agricultura feminina da enxada era presidida pela divindade lunar. A
ligação entre o ciclo lunar e o ciclo menstrual constituía uma espécie de
calendário natural da mulher, que era relacionado ao tempo de germinação e
colheita de cereais. Surge assim, uma complexa religião centrada ao culto da
Deusa-Mãe, fonte e regeneração de todas as formas de vida, sobrevivendo à
época pré-histórica, transformando-se durante períodos históricos e
permanecendo nos diferentes universos culturais (TAMANINI, 2006).
Com o passar dos tempos, ocorreram mudanças com o trabalho na
terra, o tipo de alimentação e habitação e, mais tarde, os homens descobriram
sua participação na paternidade. Tudo isso faz com que a mulher perca sua
imagem central na organização da sociedade. Encerrou-se a harmonia entre
homens e mulheres. Um deus masculino decretou que a mulher era inferior ao
homem e deveria servir a ele. A humanidade é dividida em duas partes, a
feminina e a masculina, com o domínio da parte masculina sobre a feminina
(TAMANINI, 2006).
Descobriram, surpresos, que eles eram os fertilizadores da mulher. A
partir daí, a história da humanidade mudou. A compreensão do homem sobre
sua superioridade física, transforma-se em superioridade ideológica: o homem
começa a mandar na mulher e a decidir o que ela devia fazer. Através do
controle da sua fecundidade e da sua sexualidade, o homem, ao invés de
parceiro, passa a ser opressor da mulher. Começa o sistema patriarcal; o
homem é o centro do universo, da terra, da casa e da propriedade. A
autoridade paterna não pode ser discutida (TAMANINI, 2006).
À medida que a riqueza aumentava, o homem ia se tornando mais
importante do que a mulher, e os filhos e a mulher passaram a ser sua
propriedade. A agricultura expandiu-se e precisou de mais gente para
trabalhar. Quanto mais filhos, melhor. Naquele tempo as mulheres,
fornecedoras da futura mão-de-obra, eram tidas como objetos e mercadorias
preciosas. Eram trocadas entre tribos e roubadas como propriedade dos
homens (TAMANINI, 2006).
A partir da descoberta da paternidade, os princípios feminino e
masculino se separaram, e o sexo tornou-se fundamental na religião. Um Deus
homem irá governar o mundo. A segurança econômica, presente e futura, será
baseada na fertilidade da lavoura, do rebanho e da mulher, passando a ser
preocupação básica das comunidades agrícolas e pastoris (TAMANINI, 2006).
Segundo relatos de Lins (1997), em alguns templos antigos dedicados a
divindades fálicas, o deus esculpido em madeira era visitado com tanta
frequência por mulheres estéreis e esperançosas de engravidar, onde a
fertilidade da mulher era vista como castigo, que o pênis se desgastava pelo
manuseio, beijos, fricções e sucções a que eram submetidas. E estas práticas
religiosas continuavam e muitos preconceitos contra as mulheres passaram a
ser construídos. Dando um grande salto na história, quando da revolução
industrial do século XVIII, o positivista Augusto Comte, coloca que os operários
deveriam se espelhar nas mulheres para aprender a viver dignamente. Assim
como as mulheres sabiam seu lugar no lar, os operários deveriam saber seu
lugar natural na fábrica.
As mulheres sabiam que ao marido cabia ser o chefe, e a elas a
obediência ao seu senhor e a educação dos filhos. Comte pregava que a
norma natural é a seguinte: cabe ao homem a sua parte como o mais forte e
apto. O lugar da mulher é no lar, onde é subordinada ao melhor julgamento do
homem, e ao mesmo tempo ela cumpre importante função na educação dos
filhos, para o amor altruísta, abnegado e cumpridor dos seus deveres
(TAMANINI, 2006).
Para Comte apud Tamanini (2006) a mulher se torna peça fundamental
na construção da ordem familiar e social, ainda que seja apenas pelo
cumprimento do seu dever e por meio da abnegação, virtudes que
caracterizavam o espírito da época. Em famílias tradicionais, ainda é claro o
papel dominador do homem e onde a mulher desempenha funções
subordinadas e tarefas de menos status. Exclui-se a possibilidade de igualdade
e de reciprocidade entre os sexos e esses valores são repassados aos filhos.
Tal organização tem como modelo o pai como chefe, e a mulher educadora e
guardiã da honra do marido e da educação dos filhos.
Quando caminhamos ao longo da história, podemos perceber que as
sociedades vão se organizando conforme a sua época, de modos diferentes.
Mudam-se os costumes, os pensamentos, as ações humanas. As gerações
futuras herdam o que foi construído em tempos passado e também vão
modificando a sua história. Muitos dos nossos costumes vieram dos nossos
antepassados e que também passaremos aos nossos descendentes.
O adolescente e a sexualidade
A adolescência é uma fase de transição entre a infância e a idade
adulta, e entendida como um momento difícil e arriscado em que a ex- criança
e futuro adulto se prepara para o acesso ao exercício pleno de sua autonomia.
Socialmente, ela é reconhecida e associada a traços de indisciplina, a
questionar a autoridade dos pais, a ter desejos sexuais, a necessitar de maior
liberdade, dentre outros (WEINBERG, 2001).
A identidade sexual começa a se organizar desde o nascimento e
adquire sua estrutura e perfil definitivo, na adolescência. É nesta etapa da vida
que ocorre a passagem da bissexualidade (infantil) para a heterossexualidade
(adulta). Passagem esta, que se dá como uma vivência importante tanto
socialmente como para o mundo interno do indivíduo (OUTEIRAL, 1982).
O adolescente, nesse processo, passa por transformações corporais
impostas pelas ações hormonais e faz a ruptura do seu corpo de criança e de
seus pais da infância, transformando sua conduta e influenciado por fatores
sociológicos. Essas rupturas são edificantes para o adolescente, na busca do
seu mundo adulto.
Ser adolescente hoje tem sido mais difícil do que em épocas anteriores,
embora as coisas pareçam mais fáceis. Os pais são mais compreensivos, há
maior liberdade de expressão, sexual, de escolha profissional, enfim, ampliou
todo o horizonte no campo da liberdade do adolescente.
No cotidiano dos jovens percebe-se que a iniciativa destes em relação
ao futuro, anda um tanto quanto reduzida, muitas vezes apresentam-se
angustiados, deprimidos, estressados, com dificuldades para a escolha
profissional, para sair da casa dos pais e definir o seu próprio caminho. Não
podemos é claro generalizar, pois cada jovem pertence a uma família, sendo
que cada uma tem suas particularidades na forma de educar.
Segundo Weinberg (2001), com medo de repetir a educação repressora
que tiveram, alguns pais caem ao extremo oposto. Acabam não impondo
limites e deixando de serem pais que educam verdadeiramente.
A educação sexual começa em casa, por meio do comportamento e
educação dos pais. Seu exemplo, atitudes, modo de pensar relativo ao sexo,
irradiam-se, repercutem, refletem-se e vão agir sobre a criança desde o
nascimento, passando até a fase adulta e se estendendo mesmo depois
(MIELNIK, 1980).
Quanto mais cedo os pais começarem a discutir sexualidade
abertamente com seus filhos, como fatos de vida, maiores as chances de terem
adolescentes e adultos sadios e bem ajustados (KAHN; DAVIS, 1981).
Os pais devem ter uma atitude de aceitação e aprovação em áreas
sexuais da criança em formação. Ao mesmo tempo, devem-se fornecer
informações necessárias sobre sexualidade para um desenvolvimento sadio e
positivo. O diálogo deve ser contínuo, à medida que cresce e muda com o
desenvolvimento cognitivo, emocional e físico da criança (KAHN; DAVIS,
1981).
Pais comprometidos devem explicar os problemas emocionais que a
sexualidade pode acarretar, e as razões porque um adolescente de pouca
idade não deve ter atividade sexual. Devem ainda informar sobre métodos
anticoncepcionais. Os pais que esperam a puberdade para informar sobre
sexualidade correm o risco de ser tarde demais, pois as dúvidas sobre este
tema hoje iniciam bem mais cedo (KAHN; DAVIS, 1981).
No contexto das modernidades, não poderíamos excluir a sexualidade
dos adolescentes. Os pais de hoje compreendem que seus filhos cada vez
mais cedo iniciam suas atividades sexuais, porém existe uma falsa moral em
encobrir esta realidade; alegando que seus filhos usam de métodos
anticoncepcionais, como forma de tratamento de outros problemas, pois é
menos doloroso para os pais.
Segundo Ribeiro (1999), os índices de gravidez na adolescência no
Brasil, tem sido alarmantes, considerando até como uma epidemia de gravidez.
As pesquisas recentes neste tema revelam que os adolescentes têm
informação e conhecem os métodos de contraconcepção, porém os mesmos
acreditam que a gravidez acontece com os outros e não com eles. Emitindo
assim a ideia de imunidade para consigo.
Outras pesquisas apontam para a relação sexual sem responsabilidade,
sem planejamento, por acaso, no calor e no impulso do momento. Tudo o que
significar algo planejado e implicação dos sujeitos envolvidos, deve ser
descartado. Consequentemente não existe o planejamento de qualquer método
contraceptivo (RIBEIRO, 1999).
A imagem que a mídia transmite se for mal compreendida, pode emitir
falsas promessas, levando o adolescente a imaginar que ser jovem é ser feliz,
sem medir as consequências. Entra aqui o desejo de juventude eterna e que
envelhecer passa a ser algo indesejável.
A dupla mensagem que é transmitida por meio da mídia para a
sociedade, de que hoje tudo é mais fácil, por outro lado, exige a competência
profissional, estética, sucesso dentre outros; sendo responsável por novos
sintomas que se manifestam nas relações familiares, na escola e
consequentemente refletindo na corporalidade do indivíduo (WEINBERG,
2001).
Um dos alicerces do indivíduo está na infância, a princípio o contato com
a mãe, consequentemente com outros indivíduos que a substitui. À medida que
vai crescendo, a criança amplia seus contatos, passando pela figura do pai,
enriquecendo seus relacionamentos além da família (RIBEIRO, 1999).
Muitos pais acreditam que se colocarem na posição de colega dos
filhos, poderiam estar acercando-se dos mesmos; porém para os filhos pode
parecer fuga de seu papel. Os adolescentes precisam de modelos adultos
fortes, que saibam resistir ao enfrentamento em situações de crise. Quando
esse indivíduo cresce, admite que os modelos que o inspiraram também são
frágeis, que tentaram e fizeram o que puderam fazer no momento, que
envelhecem e que não são imortais.
Em nossa cultura, ser velho é triste, expondo-se mais à solidão. Há
enfraquecimento generalizado do corpo e da energia vital. Ser útil, amado e
acolhido pelos descendentes, é o que alivia o sofrimento. E o contato com os
netos adolescentes ou adultos faz com que o entusiasmo e as novidades
juvenis, auxiliem nesta etapa de vida. Os velhos são mais contadores de casos,
lembranças, de como era seu tempo de juventude, transmitindo aos netos
experiência de vida, tradição familiar e social (TIBA, 2002).
È importante mostrar aos adolescentes, o quanto um idoso participou da
vida familiar e social. Desta forma, a valorização auxilia no respeito do
adolescente com o idoso.
A sexualidade se constitui talvez, num dos pontos mais importantes e
difíceis tanto para o adolescente como para seus pais e a sociedade como um
todo. Paralelamente com a liberdade sexual, acrescentam-se outros
comprometimentos como as DSTs, gravidez precoce, envolvimento com
drogas, prostituição, dentre outros.
Alguns fatores como os psicológicos e socioculturais envolvem os
adolescentes: a informação mal compreendida, dificuldade de acesso a
serviços de planejamento familiar, custo dos métodos anticoncepcionais,
necessidade de uso clandestino desses métodos, não cooperação do parceiro
(a), preconceitos, bloqueios emocionais, dentre outros.
Na busca da identidade sexual, o adolescente fica entre a masturbação
e a exploração genital, não havendo necessariamente uma verdadeira relação
genital completa, com penetração. É o período do enamoramento, do amor
apaixonado, correspondido ou não, das carícias e de muita emoção. A primeira
relação sexual ocorre, geralmente, na adolescência tardia, embora, em nossa
sociedade esse período venha se tornando cada vez mais precoce (RIBEIRO,
1999).
Nos últimos anos, vem crescendo a preocupação da sociedade, com a
elevada frequência de gestações involuntárias entre adolescentes, que causam
um efeito colateral do exercício da sexualidade pelos adolescentes. Esses
jovens, ainda não são capazes de avaliar e assumir o ônus da vida sexual
ativa. Além disso, ocorre uma maior mortalidade materna e fetal, surgimento de
neuroses, inadequação das mães adolescentes, problemas que acontecem
com o grande número de crianças abandonadas e mal amadas, aumento da
mortalidade infantil e a delinquência juvenil (RIBEIRO, 1999).
No tumulto de todos os aspectos, depois de detectada a gestação
indesejada, a adolescente tem poucas opções de resolutividade deste
problema, acaba utilizando-se de abortamento provocado, casamento por
conveniência ou, ser mãe solteira adolescente.
A opção pela interrupção da gravidez apresenta riscos, mesmo realizada
por profissionais competentes, porém na maioria das vezes esta intervenção é
feita clandestinamente, por profissionais desqualificados, os riscos são bem
maiores. As pesquisas, neste campo, mostram resultados desastrosos, com
altos índices de mortalidade por infecções, hemorragias, lesões viscerais ou
complicações de anestesia, podendo também ocorrer consequências
orgânicas, como a esterilidade.
Para a jovem, a condição de mãe solteira implica uma série de
limitações subsequentes em sua vida. É induzida a abandonar a escola, os
colegas se afastam por ser “má companhia”, um futuro casamento é mais
difícil, pelo fato de ter um filho. Os pais não dão o apoio necessário,
discriminando-a. Sem o apoio familiar, baixo nível de escolaridade e grau de
profissionalização, ela tem dificuldade em sustentar o seu filho e a si própria.
Sem o apoio dos familiares, frequentemente segue o caminho da prostituição
(RIBEIRO, 1999).
A gestação entre adolescentes é uma situação na maioria dos casos,
indesejável para todos – a adolescente, seu parceiro, a família e a sociedade.
Sendo a gestação tão danosa e constrangedora para os adolescentes, com
tantos métodos anticoncepcionais eficazes e seguros, como ainda podemos
observar estes altos índices de gestação indesejada na adolescência?
A (o) adolescente é pressionada (o) pela sociedade a buscar uma forma
de interromper o que provavelmente será grande motivo de ser isolada (o) e
rotulada (o). Quando os métodos (clandestinos) utilizados de interrupção não
surtem o efeito esperado, emocionalmente transtornados e sem orientação do
que fazer, não procura assistência pré-natal na maioria dos casos e as
consequências dessa desorientação e a má nutrição interferindo na gestação,
no parto e no recém-nascido dentre outros inúmeros fatores que podem
prejudicar a gravidez e o puerpério.
A falta de assistência pré-natal adequada gera frequentes complicações
clínicas e obstétricas. Dentre as patologias mais frequentes em gestantes
adolescentes, aparecem: níveis elevados de pressão arterial, anemia,
moléstias sexualmente transmissíveis, tuberculose, infecções urinárias, parto
prematuro, duração do trabalho de parto maior à duração média, partos com
intervenções obstétricas, como o fórceps e cesariana, lesões do trajeto,
malformações fetais e mortalidade perinatal. Patologias estas ocorrem em
maior frequência em adolescentes do que em mulheres adultas (RIBEIRO,
1999).
Além do início da vida sexual cada vez mais precoce, o que leva ao
aumento de adolescentes grávidas, é surpreendente e preocupante a alta
ocorrência de uma segunda gravidez não planejada.
A reincidência de gravidez na adolescência é muito frequente no Brasil e
no mundo. Em geral ocorre a segunda gravidez ainda no primeiro ano, ou no
segundo ano pós-parto (CUNHA; BRUNO, 2007).
O uso de contraceptivos hormonais de longa ação, nível de escolaridade
compatível com a idade, relacionamentos estáveis e melhores perspectivas de
vida são fatores de proteção para a reincidência de gravidez na adolescência.
(CUNHA; BRUNO, 2007).
Em geral, adolescentes vindas de famílias disfuncionais, pobres, de
pouca instrução e cujas mães já tiveram precocemente seu primeiro filho,
correm maior risco de engravidarem (MELHADO et al. 2007).
Famílias com história de violência, abuso sexual, uso de drogas e
doença crônica de um dos pais podem predispor adolescentes à relação sexual
prematura. Meninas que apresentam baixa autoestima, baixo rendimento
escolar e falta de aspirações profissionais também constituem um grupo de
risco (MELHADO, et al. 2007).
A gravidez é a primeira causa de internação (66% de moças entre 10 e
19 anos) na rede do Sistema Único de Saúde - SUS). Aproximadamente um
quarto do total de partos realizados envolve adolescentes nessa mesma faixa
etária. A segunda causa de internação nessa mesma população corresponde a
causas externas, como tentativa de suicídio. Alguns autores sugerem que a
gravidez na adolescência associa-se ao risco suicida elevado, tanto na
gestação quanto no pós-parto, paralelamente a uma maior incidência de
depressão (MENEZES et al, 2008).
Participação da família e da escola no desenvolvimento sexual do
adolescente.
Família
É dentro do grupo familiar que ocorrem os primeiros ensinamentos que
encaminham o ser humano para sua conduta dentro da sociedade em que vive.
A própria construção de identidade de uma pessoa perpassa as condições que
a família lhe permitiu para formação desta, ou daquela identidade.
Segundo Ferreira (1975, p. 69),
família é o conjunto de pessoas aparentadas, que vivem, em geral, na mesma casa, particularmente o pai, a mãe e os filhos. Pessoas do mesmo sangue. Ascendência, linhagem, estirpe (...). Comunidade constituída por um homem e uma mulher, unidos por laço
matrimonial, e pelos filhos nascidos dessa união. Unidade espiritual constituída pelas gerações descendentes de um mesmo tronco, e fundada, pois, na consanguinidade. Grupo formado por indivíduos que são ou se consideram consanguíneos uns dos outros, ou por descendentes dum tronco ancestral comum (filiação natural) e estranhos admitidos por adoção.
A família desempenha um papel central na vida do adolescente e é uma
parte importante do contexto de sua vida. É dentro das famílias que as pessoas
crescem, são nutridas, obtém uma sensação de si próprio, cultivam crenças e
valores sobre a vida, e progridem através dos vários estágios de
desenvolvimento (BARE; SMELTZER, 2002).
As considerações a seguir são baseadas em conceitos de Taylor (1992).
Uma família é um agrupamento especial que está unido na busca do objetivo
comum do crescimento e desenvolvimento de seus membros, sendo esse
atingido por meio de algumas funções como:
Reguladora da atividade sexual e reprodução: a estrutura familiar
proporciona a atividade sexual aprovada socialmente entre os cônjuges, ao
mesmo tempo, que reforça o tabu contra o incesto, definindo os
relacionamentos entre os pais e os irmãos. Portanto, uma família transmite aos
seus filhos sua herança cultural como um meio de garantir o futuro dessa
cultura.
Manutenção física: a estrutura familiar proporciona um modo de organização
da responsabilidade para o atendimento das necessidades básicas de
alimento, vestuário, casa e saúde.
Proteção: visa proporcionar proteção tanto no sentido literal quanto figurativo,
a seus membros, oferecendo um modelo de convívio com a sociedade que os
proteja contra influências externas indesejáveis.
Educação e socialização: estas são duas das funções fundamentais na
família, pois ai que as crianças aprendem com atuar e relacionar-se com o
mundo em que vivem.
Recreação: a família tem sido a estrutura na qual o indivíduo engaja-se em
atividades de lazer, que são uma fonte de recreação e renovação pessoal e de
grupo, possibilitando um aumento na coesão da família. Infelizmente com o
advento da televisão e outras formas passivas e não participativas de
recreação esta função está lentamente desaparecendo.
Status assegurado: antes do advento da industrialização em uma sociedade
democrática, que coloca ênfase sobre o individualismo, o status era conferido a
uma pessoa em virtude da família na qual nascera. Embora esse não mais seja
rigorosamente o caso, atualmente o status social ainda é determinado, até
certo ponto, pelo nível socioeconômico da família de origem do indivíduo.
Garantia de afeto: o afeto dentro da família é um sentimento garantido
incondicionalmente. Nas famílias funcionais, a aceitação é transmitida por um
afeto profundo e duradouro entre os membros.
Portanto ao regular a atividade sexual dentro da família, a sociedade
está protegida das consequências das ligações temerárias, simultaneamente a
unidade familiar oferece serviços essenciais aos seus membros, tais como
manutenção física e garantia de afeto.
Escola
A escola é um dos pilares da educação, da construção da cidadania, da
formação de um povo e de uma nação. É por meio dela que a criança inicia sua
educação, sua integração e inclusão social, seus relacionamentos e seus
potenciais, ou seja, relações complexas que se estendem por toda a vida.
Assim, um ambiente escolar onde não existe promoção da segurança contribui
na desestruturação do papel da escola, colocando em cheque seus
pressupostos.
Segundo Delors (2001, p. 97-98), “a educação tem alguns objetivos
como, por um lado, transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie
humana e, por outro, levar as pessoas a tomar consciência das semelhanças e
da interdependência entre os seres humanos do planeta” .
Portanto para este mesmo autor, a descoberta do outro,
necessariamente pela descoberta de si mesmo, e por dar à criança e o
adolescente uma visão ajustada do mundo, a educação, seja ela dada pela
família, pela comunidade ou pela escola, deve antes de mais nada ajudar o
mesmo a se descobrir, assim este pode pôr-se no lugar dos outros e
compreender suas reações. Desenvolver essa atitude de empatia na escola, é
útil para os comportamentos sociais ao longo de toda vida.
Para Dalbosco; Sudbrack (2005), somente um trabalho conjunto entre a
escola, a família e demais instituições responsáveis pela proteção à infância e
adolescência permitirá o pleno alcance desta meta que é prioritária no atual
cenário brasileiro. Os adolescentes deixarão de representar apenas quantidade
para se tornarem verdadeiros protagonistas do desenvolvimento social, se
tiverem acesso à educação que compreende tanto a formação como a plena
escolarização.
Situamos a escola como a instituição de vanguarda neste processo, uma
vez que, juntamente com a família desempenha papel decisivo no processo de
formação destes adolescentes, enquanto sujeitos plenos, capazes de exercitar
seus direitos e corresponder com seus deveres na sociedade brasileira que os
integra como cidadãos.
A escola constitui referencial estruturante nesta fase importante da
formação da personalidade que é a adolescência e, por este motivo, deve
contemplar em seu projeto pedagógico atividades que promovam o
amadurecimento do indivíduo. Cabe, pois, à escola além das ações específicas
da escolarização, assumir seu papel de instância formadora e de preciosa
influência sobre a pessoa do adolescente em desenvolvimento (DALBOSCO;
SUDBRACK, 2005).
A escola precisa oportunizar contextos de expressão para que o jovem
possa elaborar este turbilhão de energia e também de angústias que afloram
em seu ser. Na medida em que os professores representam um
prolongamento de suas relações com a autoridade, a postura do jovem face
aos mesmos tenderá a ser igualmente permeada de conflitos e ambivalências.
Se por um lado, estão buscando segurança e proteção, precisam também
confrontá-los, questioná-los.
Por esta razão, esta possibilidade de exercitar sua postura crítica aos
modelos de autoridade e de receber o retorno dos mesmos numa relação
sincera e de respeito constitui ingrediente fundamental para a formação de uma
postura crítica madura.
A educação é, na realidade, um processo e um sistema de transmissão
de conhecimentos. Ela se dá pelo ambiente desde o nascimento. São os pais,
tios, avós, empregadas, amigos da casa, vizinhos, e outros que, direta ou
indiretamente, agem sobre o indivíduo como o rádio, cinema, TV, professores,
colegas de escola (MIELNIK, 1980).
A orientação sexual são esclarecimentos, noções e orientação dados
deliberadamente, intencionalmente ao indivíduo por outras pessoas, além dos
pais (MIELNIK, 1980).
Na escola o professor vai encontrar o indivíduo com ideias formadas,
noções e superstições, preconceitos e crendices, explicações e origens de
fatos, interpretações infantis erradas, lógica e raciocínios infantis autóctones.
(MIELNIK, 1980).
Pais e professores não podem fugir à função de educadores. Devem
transmitir os conhecimentos de ordem sexual. O alvo desejado no preparo
sexual da criança é o de conseguirmos que o indivíduo obtenha um
desenvolvimento psicossocial normal, atingindo a maturidade com um bom
ajustamento sexual (MIELNIK, 1980).
A formação sexual da criança tem tanta importância quanto à formação
moral e ética. O setor sexual ocupa parte importante na vida psicossocial do
indivíduo e não deve ser considerado com pouco caso.
Sabemos que na escola a criança forma grande parte de sua
personalidade e todos conhecem a influência importantíssima do professor
sobre seus alunos (MIELNIK, 1980).
A escola, mais do que ninguém, está em condições de orientar
sexualmente a criança, fazendo-o metódica e gradativamente, com o mesmo
cuidado e noção de responsabilidade com que se cumprem as demais funções.
Ela pode e deve funcionar como fonte de informações, evitando que as
crianças vão buscá-las em fontes menos puras, cínicas, desiludidas ou
indiferentes às condições psicoemocionais infantis (MIELNIK,1980).
Aqueles que recebem uma educação sexual esclarecida e liberal
dispõem de mais recursos para o escoamento normal de suas energias
sexuais, sublimando-as com maior desembaraço do que outros que podem
tornar-se obcecados com os problemas sexuais (MIELNIK, 1980).
A instrução sexual na escola por si só não é suficiente. É preciso que os
jovens desenvolvam senso de responsabilidade em matéria de problemas
relacionados ao sexo, havendo, nas escolas, a possibilidade de discussões
com os adolescentes, em torno de problemas sexuais (MIELNIK, 1980).
A solução do problema só pode acontecer em longo prazo com a
implantação de uma mentalidade social que mude o enfoque dado para a
sexualidade atualmente e para a educação sexual em particular.
Solução esta, que passa pela conscientização de todos, sejam
profissionais da área de saúde, professores, pais ou mesmo cidadãos comuns,
de que só serão possíveis mudanças com a participação de todos os
segmentos da sociedade.
ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
Esse é um trabalho do tipo relato de experiência a partir de vivências
realizadas em sala de aula, com adolescentes de 7ª série, onde utilizaremos a
estratégia didático-pedagógica de dinâmicas de grupo, projeção de filmes,
aulas expositivas, com o intuito de suscitar discussões sobre sexualidade e
suas implicações.
Para tanto estamos utilizando a terminologia de dinâmica de grupo
citada por Lopes (2001, p.145) como sendo “uma forma de trabalho didático e
pedagógico baseado no prazer, na vivência e na participação em situações
reais e imaginárias, onde por meio de técnicas de dinâmica de grupo, jogos
didáticos e outros, os participantes conseguem por meio da fantasia, trabalhar
situações concretas”.
ABRANGÊNCIA: Alunos do Colégio Estadual João Manoel Mondrone de 7ª série
AÇÕES:
A princípio será realizada uma reunião com os pais dos adolescentes em
questão, para que possam ter conhecimento do trabalho que será desenvolvido
com seus filhos. Nesta mesma reunião, os pais, depois de estarem cientes do
projeto, assinarão uma autorização, concordando com o trabalho proposto.
A população pesquisada serão alunos de 7ª série do Ensino
Fundamental. Será desenvolvido o conteúdo teórico para todos os alunos da 7ª
série, porém para o trabalho na creche somente participarão os alunos
voluntários e autorizados pelos seus responsáveis.
Como instrumento de coleta de dados será utilizado um questionário
semiestruturado que será fornecido aos alunos, após a autorização dos pais. A
coleta de dados será dividida em dois momentos: 1- Antes de iniciar o trabalho;
2- No final do mesmo.
Desenvolvimento de temas sobre sexualidade, DSTs e métodos
anticoncepcionais, por meio de atividades lúdicas (dinâmicas de grupo, aulas
expositivas, jogos educativos e projeção de filmes) que estarão sendo
desenvolvidas, para que os adolescentes possam refletir sobre sua
sexualidade.
Proporcionar aos adolescentes uma vivência em creche, para que
possam sensibilizar-se sobre o cuidado com crianças.
CRONOGRAMA:
MÊS / ANO MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
ATIVIDADE 2008
Elaboração do Projeto X X X X
Referencial teórico X X X X X X X X X X
Estratégia de ação X X X X
MÊS / ANO MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
ATIVIDADE 2009
Referencial teórico X X X X X X X X X X
Aplicação do projeto X X X X X
Organização do material coletado
X X
Elaboração do Relatório Final X X X
Artigo X X X
Entrega do Trabalho X
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