DISACUSIA
Deficiência Auditiva
(Surdez)
INTRODUÇÃO
Helen Keller e Anne Sullivan
Anátomo-fisiologia do aparelho auditivo
Tipos de deficiência auditiva
Patologias
Apostilas de Otorrino : moodle – material de apoio
teams – material de aula
Imagens particulares e
de livros e artigos de
vários autores.
Décio Gomes de Souza
www.dgsotorrinolaringologia.med.br
DISACUSIA
Os problemas da surdez são mais profundos,
mais complexos e mais importantes que os da
cegueira. A surdez é o maior dos infortúnios, a
perda do mais vital dos estímulos : o som da
voz, que nos traz a linguagem, desencadeia-
nos os pensamentos e nos mantêm na
companhia intelectual dos homens.
Helen Keller (1880-1968)
(cega e surda com 1,5 anos)
Aristóteles
«De todas as faculdades, a mais importante para os desejos
animais é a vista; mas para a inteligência, é o ouvido»
Nascida em 27 de junho de 1880 no Alabama (EUA), Helen Keller
foi excluída do mundo com um ano de idade: uma escarlatina
deixou-a totalmente cega e surda. Helen foi crescendo como uma
selvagem, num universo escuro e silencioso. Em 1887, sua vida
deu uma guinada com a chegada de Anne Sullivan, que teve
deficiência visual na infância, e aceitou o desafio de educá-la.
Durante um mês, Sullivan ensinou a menina a soletrar palavras
com os dedos de uma mão, enquanto tocava um objeto com a
outra. Helen aprendeu. Só não sabia que estava formando
palavras, porque não sabia que elas existiam... Certa tarde,
Anne mergulhou a mão esquerda de Hellen num balde d’água e
soletrou "água" com a outra mão. Repetiu várias vezes a operação
e o milagre aconteceu: Helen entendeu que "água" era o nome do
líquido que sentia pelo tato. Até o fim do dia, aprendeu mais 30
palavras. Em pouco tempo dominou o alfabeto braile,
demonstrando incrível facilidade em ler e escrever. Aos 10 anos
aprendeu a falar e propôs-se a cursar faculdade. Em 1904, formou-
se com louvor, sendo a primeira cega e surda a completar um
curso universitário. A partir daí dedicou-se à defesa dos direitos de
mulheres, pobres e deficientes. Morreu em 1968.
ANÁTOMO-FISIOLOGIA
Orelha e Vias auditivas
Sistema de condução Neurossensorial
Classificação
topográfica
- Condutiva
- Neurossensorial
- Central
- Mista
Classificação por
Intensidade no adulto (OMS)
-10/25dB - Normal
- 26/40dB - Leve
- 41/60dB - Moderada
- 61/80dB - Severa
- 81dBou+ - Profunda
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
HIPOACUSIA – SURDEZ - ANACUSIA
Classificação da
Discriminação Vocal
- Boa
- Moderada
- Ruim
- Péssima
DA Condutiva = boa
discriminaçao vocal
DA Neurossensorial = má
discriminação vocal
Anamnese
- Deficiência auditiva
- Zumbido
- Tontura
- Otalgia
- Prurido auricular
- Otorréia
Exame Físico
- Otoscopia
- Acumetria
OTOLOGIA - Semiologia
Exames Complementares
- Audiometria – Imitânciometria
- BERA, ECoG, EOA
- Exames de Imagem
OTITES EXTERNAS
1- OTITE EXTERNA DIFUSA AGUDA
2- OTITE EXTERNA ECZEMATOSA
3- FURÚNCULO DO MEATO ACÚSTICO
4- PERICONDRITE DO PAVILHÃO
5- OTOMICOSE
OTOHEMATOMA
CORPOS EXTRANHOS
ROLHA DE CERUMEM
TUMORES
1- BENIGNOS
2- MALIGNOS
AFECÇÕES DA ORELHA EXTERNA
OTITES MÉDIAS AGUDAS
OTITES MÉDIAS CRÔNICAS
1 – SUPURATIVAS
- Simples
- Colesteatomatosas.
2 – NÃO SUPURATIVA (Secretora)
OTOSCLEROSE
MALFORMAÇÕES CONGENITAS.
TUMORES GLÔMICOS
AFECÇÕES DA ORELHA MÉDIA
OTOSCLEROSE
PRESBIACUSIA
PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO
OTOTOXICOSE
DOENÇA DE MENIÈRE
SURDEZ SÚBITA
NEURINOMA DO VIII PAR
SÍNDROMES NEUROSSENSORIAIS
S. DA RUBÉOLA CONGÊNITA
OUTRAS SÍNDROMES CONGÊNITAS
AFECÇÕES DA ORELHA INTERNA
OTOSCLEROSE
Características gerais
Osteodistrofia da cápsula ótica
Geralmente com fixação do estribo na janela oval
– DA condutiva
Comprometimento coclear
– DA neurossensorial
Hereditária
Adulto jovem
Sexo feminino – piora na gravidez
Tratamento cirúrgico – Estapedotomia
PRESBIACUSIA
Características gerais
É a DA do idoso
Processo degenerativo principalmente
da cóclea
DA neurossensorial bilateral / zumbido
principalmente nas frequências agudas
Discriminação da fala prejudicada
Classificação
Sensorial: < das células ciliadas
Nervosa: < dos neurônios cocleares
Metabólica: atrofia da estria vascular
Condutiva coclear
Mista
Indeterminada
“A VELHA SURDA “– Tony Rios
PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR
RUÍDO
Características gerais
Lesão das células ciliadas
AGUDA = TRAUMA ACÚSTICO
- explosões, tiro, ambiental
CRÔNICA = PAIR
- industria
DA Neurossensorial Bilateral / zumbido
OTOTOXICIDADE
Características gerais
Provocada por drogas
Lesão das células ciliadas
DA Neurossensorial Bilateral
Zumbido
Tontura
DOENÇA DE MENIÈRE
Características gerais
Crises de vertigem, zumbido, < da audição e sensação de
ouvido tapado (síndrome de menière)
Fisiopatologia: Hidropsia labiríntica com lesão das células ciliadas
DA Neurossensorial (Uni ou Bilateral) flutuante
SURDEZ SÚBITA
Características gerais
PANS UNILATERAL DE APARECIMENTO SÚBITO
COM OU SEM VERTIGENS e ZUMBIDO
IDIOPÁTICA (vascular/viral)
FÍSTULA LABIRÍNTICA
NEURINOMA
PAROTIDITE EPIDÊMICA
NEURINOMA DO VIII PAR
(SCHWVANNOMA)
Características gerais
PANS UNILATERAL SÚBITA OU PROGRESSIVA
MÁ DISCRIMINAÇÃO VOCAL
COM OU SEM VERTIGEM / ZUMBIDO
PARALISIA FACIAL E COMPROMETIMENTO DE OUTROS PARES
CRANIANOS (SÍNDROME DO ÂNGULO PONTO-CEREBELAR)
S. NEUROSSENSORIAL
Classificação
METABÓLICA
(DM, DT, DHO)
VASCULAR
AUTO-IMUNE
CONGÊNITA
OUTRAS
DISAC
USIA
NA
CRIAN
ÇA
Genéticas Não Genéticas
S. DA RUBÉOLA CONGÊNITA
Características Gerais
Baixo peso ao nascer.
Icterícia.
Deficiência auditiva neurossensorial (50%).
Problemas cardíacos (50%).
Catarata ou glaucoma (40%).
Retardo mental ou psicomotor (40%).
Problemas comportamentais.
S. CONGÊNITAS
TREACHER COLLINS
Características Gerais
DEFORMIDADES OSSEAS
ATRESIA DO CAE e OSSICULOS
AUTOSSOMICO DOMINANTE
DEFICIÊNCIA AUDITIVA CONDUTIVA
S. DE CROUZON
(DISOSTOSE CRANIOFACIAL)
Características Gerais
Sinostose das suturas cranianas
Hipertelorismo, exoftalmai e estrabismo
Lábio superior curto, “nariz de papagaio”
Microtia, atresia do meato acústico e
malformações do ouvido médio
Deficiência auditiva condutiva ou mista
Doença de herança dominante e
autossômica.
RN DE ALTO RISCO
Asphyxia
Bacterial Meningitis
Congenital Perinatal Infection
Defects of the head and neck
Elevated Bilirubin
Family history
Gram birthweight
TORCH – A
- TOXOPLASMOSE
- RUBEOLA
- CITOMEGALOVIRUS
- HERPES
- AIDS
TANU – Triagem Auditiva Neonatal Universal
lei federal 2010
Otoemissões acústicas (teste da orelhinha)
Diagnosticar até os
3 meses de idade e
intervir até os 6 meses
PROTETIZAÇÃO
AASI
- APARELHO DE
AMPLIFICAÇÃO
SONORA
INDIVIDUAL
INTRACANAL
ENDOAURAL
RETROCOCLEAR
IMPLANTE
COCLEAR
IMPLANTE DE CONDUÇÃO ÓSSEA
Transcutâneo Percutâneo
CASOS
Anamnese
Exame físico
Exame audiológico
Diagnóstico
DISACUSIAS