UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA EMPRESARIAL
AVM FACULDADE INTEGRADA
GESTÃO EMOCIONAL E DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA
Por: Rachel Ferreira Maquinta da Silva
Orientadores
Prof. José de Oliveira
Rio de Janeiro
2014
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO PEDAGOGIA EMPRESARIAL
AVM FACULDADE INTEGRADA
GESTÃO EMOCIONAL E DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Pedagogia Empresarial
Por: Rachel Ferreira Maquinta da Silva
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AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais João Carlos
Maquinta da Silva e Solange Ferreira
Maquinta da Silva que sempre
incentivaram a nunca parar de estudar.
Agradeço também aos meus irmãos
Christine e João.
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DEDICATÓRIA
Dedico aos meus familiares e as amigas
desta pós-graduação, principalmente
Antonieta Schanuel, Fabiane Uchôa,
Janaina Araújo, Monique Thedim, Roberta
Netto e ao meu primeiro orientador
Marcelo Saldanha.
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RESUMO
Através de estudos bibliográficos foi possível aprofundar o tema Gestão
Emocional e Desenvolvimento da Liderança tem por objetivo abordar a
importância das reações humanas e fisiológicas geradas pela falta deste
equilíbrio, além de propiciar pensamentos e ações que visando a qualidade dos
resultados corporativos e desenvolvimento da liderança.
A fundamentação teórica está embasada na pesquisa e leitura de
estudiosos da Gestão Emocional e Liderança. Conclui-se com os referidos
estudos realizados para este trabalho podem ser encontradas questões que
proporcionem ao leitor um primeiro contato com o assunto que caracteriza-se
com uma estratégia bem planejada de forma potencializar bons resultados
corporativos e de qualidade de vida contextualizada dentro da gestão
emocional e desenvolvimento da liderança.
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METODOLOGIA
A metodologia adotada para a realização da presente monografia
caracterizou-se pela pesquisa realizada a partir da coleta de dados
bibliográficos, através da leitura nas bibliotecas de Administração e Psicologia
da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e visitação a sebos.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Ser Humano – Razão e Emoção 10
CAPÍTULO II - Inteligência Emocional 21
CAPÍTULO III – Desenvolvimento da Liderança 29
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA 39
ANEXOS
ÍNDICE 41
FOLHA DE AVALIAÇÃO
8
INTRODUÇÃO
É do conhecimento de todos que ambiente corporativo exige de seus
colaboradores metas e resultados o tempo todo, partindo deste princípio as
organizações verificam que não só as competências técnicas seriam
necessárias e que além delas as comportamentais. Esse pensamento nos
remete a importância das competências comportamentais e estudo das
emoções e reações fisiológicas do ser humano.
A vertente do primeiro capítulo fala sobre dicotomia emocional, frente
ao estudo da razão e emoção do ser humano e como reage a mente o corpo
no desequilíbrio emocional vinculado ao estado do estresse. O presente estudo
aprofunda-se na base científica dos hormônios do estresse, as intervenções
através de atitudes positivas, além dos fatores psicológicos que podem
influenciar o sistema imunológico. Com base científica o estresse e as doenças
específicas tem a possibilidade de estar relacionada ao desequilíbrio
emocional.
No capítulo que se segue será visto a temática da inteligência
emocional que significa controlar e compreender os sentimentos e não sufoca-
los. Com a abordagem da condução dos sentimentos, reações fisiológicas,
reação das particularizadas e a percepção ocorridas dentro e fora do ambiente
de trabalho. O grande desafio demonstrar as competências técnicas e
comportamentais para os profissionais de primeira grandeza.
Terceiro capítulo direcionado ao estudo do desenvolvimento da
liderança, as competências técnicas e comportamentais essenciais para
liderança corporativa, além de demonstrar as oportunidades de fortalecimento
das equipes visando a qualidade dos resultados e desenvolvimento do
ambiente para trabalho com produtividade. Enfatizado pela competitividade e
necessidade de mudar par inovar no mercado competitivo. A estratégia bem
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desenhada do modelo de líder que tem como objetivo estar atento à equipe
que trabalha e suas necessidades.
A fundamentação desta pesquisa teórica está embasada na literatura
de estudiosos da Gestão Emocional e da Liderança com metodologia de
pesquisa exploratória de bibliografias através da análise de livros e visitação a
Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Sebos. Os métodos específicos
resumem-se a literatura.
10
CAPÍTULO I
SER HUMANO - RAZÃO E EMOÇÃO
Em uma análise contemporânea percebemos que vivemos em
constantes mudanças. Mudanças tecnológicas, sociais, econômicas, políticas
e culturais, com a facilidade de acesso a informação. Estas facilidades fizeram
com que as empresas competissem ainda mais. A qualidade do produto e
prestação de serviço não seria mais o diferencial no mercado e sim as
pessoas.
Desta forma, o desenvolvimento individual do ser humano, pessoas ou
colaboradores, seria o diferencial no mercado. As competências técnicas são
importantes, mas as comportamentais são essenciais, hoje chamamos de
talento. Aquele que possuir sairá na frente. São as pessoas que geram o lucro
para dentro das empresas, pessoas movidas por suas culturas, formação
familiar, traumas, alegrias, tristezas e etc., expostas aos julgamentos
corporativos e guiada pela sua razão e emoção. As empresas como um todo
não estão preocupadas com a felicidade do seu colaborador de forma
individual, mas de forma coletiva, fazer com que tenham ferramentas para
chegar às metas corporativas e consequentemente ao lucro.
Não aprendemos desde pequenos a gerenciar nossos sentimentos e
relações com as pessoas que nos rodeiam. Tem gente que até o final de sua
vida ainda não aprendeu. Vemos muitos exemplos em nosso cotidiano:
pessoas rindo de situações que não tem graça ou chorando e gritando em
situações banais por não terem aprendido como lidar com suas emoções. Até
mesmo perceber e analisar que a apresentação e desenvoltura de uma pessoa
que conhecemos, muitas das vezes, não é a mesma em uma conversa
individual. Nem sempre o problema está relacionado a comunicação oral e
escrita, ler, falar e escrever e sim a conseguir ultrapassar bloqueios
emocionais.
11
“No plano de vida pessoal não é diferente. Quantas
pessoas nós conhecemos, gente famosa, bonita, rica,
com prestígio, mas extremamente infeliz, por não saber
se relacionar com o outro! A verdade é que ninguém é
feliz sozinho, mas, ao mesmo tempo, temos medo de nos
relacionar com o próximo. Conseguimos diminuir a
distância que nos separa das partes mais longínquas do
mundo, por meio da aviação a jato, da tevê a cabo, da
internet, mas não conseguimos diminuir a distância que
nos separa do nosso próximo....Temos medo de entrar
em contato com o outro em nível pessoal, mas
precisamos vencer esse medo. Há pessoas que vestem
uma espécie de armadura virtual para se defender. O
tempo passa e elas não percebem que essas armaduras
não as estão protegendo, está apenas escondendo as
feridas da sua solidão.... Nós nunca estamos diante de
pessoas prontas e também não somos pessoas prontas.
Ao contrário, é no relacionamento com o outro que nos
vamos construindo como pessoas humanas e ganhando
condições de sermos felizes. Fernando Pessoa nos fala
da frustação de quem não foi capaz de viver essa
aventura:
Pensastes já quão invisíveis somos uns para os outros?
Meditaste já em quanto nos desconhecemos? Vemo-nos
e não nos vemos. Ouvimo-nos e cada um escuta apenas
uma voz que está dentro de si. As palavras dos outros
são erros do nosso ouvir, náufragos do nosso entender. 2
Fernando Pessoa, Livro do Desassossego, p. 69.”
(ABREU, 2009, p.19-20).
12
De acordo com Abreu (2009) muitas vezes as pessoas temem pelo
poder dos chefes, pessoas de nível social mais elevado, até mesmo seus
próprios pais. O poder que se dá a outra pessoa seria apenas uma concessão
dada pela própria pessoa. Nossa mente pode ser fonte de poder do outro.
“ Na Austrália, em uma tribo aborígine em que existiam
práticas semelhantes ao vodu, o xamã podia condenar
alguém à morte, simplesmente apontando-o com um osso
e ordenando-lhe que morresse. E o índio apontado de fato
morria, sem cometer suicídio, de morte natural, pois ele
estava preso dentro de sua própria mente ao poder do
xamã. ” (ABREU, 2009, p. 21).
Verifico que o medo é uma das sensações que perdura na evolução
humana, ele nos trava, nos mobiliza contra o perigo, mas pode nos levar ao
processo de solidão e até mesmo a morte. As emoções estão longe de serem
bobagens neurológicas. Segundo Goleman (2012) temos duas mentes a que
raciocina e a que sente, e interagem na construção da nossa vida mental. Na
racional se pondera, reflete e constrói a compreensão, a chamada consciência.
Na mente emocional é outro sistema do conhecimento, mas impulsivo e
poderoso e muitas vezes ilógico. Quanto maior o sentimento, mas inoperante o
racional.
“ A dicotomia emocional / racional aproxima-se da
distinção que popularmente é feita entre “coração” e
“cabeça”. (GOLEMAN, 2012, p. 35).
Diante do medo que bloqueia: a liberdade de correr risco, ousadia,
criatividade e inovação, muitas pessoas travam sua inteligência e deixam seus
projetos e sonhos sempre para depois, se conformam e acabam esquecendo
daquilo que a faria feliz. Nossa mente pode nos aprisionar, quando não saímos
por medo de nos acidentar, medo de se relacionar para não ser magoado ou
13
traído, quando não nos relacionarmos nem damos nossa opinião para não ter
um inimigo pelo que pensamos. Não estou falando de colocar sua vida em
risco e sim equilíbrio entre razão e emoção.
1.1 Entre a Mente e o Corpo
Sabemos que a mente e corpo estão ligados, assim como saúde e
doença e a vida e a morte. Mas até que ponto podemos interceder ou nos
curarmos das doenças controlando nosso emocional. Hoje temos estudos e
evidências de doenças que surgem nas pessoas devido ao descontrole
emocional. Doenças fora dos padrões de normalidade: doenças de adultos em
crianças, de idosos em jovens e etc.
Escutei relatos de pessoas que viram criança de menos de 12 anos ter
princípio de infarto, jovens com pressão alta depois de aborrecimento no
trabalho ou em casa ou doenças proveniente de uma forte emoção. A cada
década uma nova realidade, um panorama de doenças, mas também
pesquisas para melhorar da qualidade de vida humana. Vemos essa
preocupação em caráter mundial e pioneiramente oriental, quando falamos da
meditação.
Segundo Goleman (1997) as pesquisas convergiam em três áreas:
• Pesquisa fisiológica, que investigam as ligações biológicas e
bioquímicas entre cérebro e os sistemas orgânicos.
• Pesquisa epidemiológica, que mostram correlações entre certos
fatores psicológicos e certas doenças na população em geral.
• Pesquisa clínica, que testam a eficiência das abordagens
mente/corpo na prevenção, no alívio ou no tratamento de doenças
específicas.
14
Goleman (1997) aponta que baseados em estudos científicos que
sistema nervoso pode afetar o sistema imunológico diretamente ou através dos
neuroendócrinos (sistema nervoso sobre hormônios). Observou o estresse
associados a diversos distúrbios psiquiátricos, doenças autoimunes, doenças
coronarianas, distúrbios funcionais do trato intestinal, dor crônica e em vários
outros distúrbios médicos e psicológicos.
Com base científica do fisiologista de Harvard Walter B. Cannon foi um
dos primeiros a descrever sobre a reação dos hormônios do estresse, onde
organismo secreta catecolaminas. Catecolaminas são um conjunto de
hormônios e mais abundantes adrenalina, que é produzida pelas glândulas
suprarrenais. Essa reação é chamada de luta ou fuga, na época das cavernas
essencial para a sobrevivência para enfrentar ameaças físicas que
ocasionavam intenso estresse, em contrapartida em nossa vida moderna tem
diferentes consequências para a saúde.
No estado de estresse as catecolaminas desencadeiam uma enxurrada
de mudanças fisiológicas que colocam o organismo de prontidão: a frequência
cardíaca, a pressão arterial e a tensão muscular, todas sobem rapidamente;
diminui a atividade do estômago e dos intestinos; e o nível sanguíneo de
glicose ou açúcar sobe, a fim de gerar rapidamente uma rápida energia. Essa
agitação física geralmente ocorre ao mesmo tempo em que ocorre a reação
psicológica: você pode passar por pensamentos acelerados, ansiedade e até
pânico. No livro de Goleman (1997) continua a detalhar o estresse de curto
prazo ou intenso e de longo prazo ou crônico. Sob condições de estresse
crônico e de longo prazo, as reações perfeitamente normais decorrentes do
estresse de curto prazo são prolongadas são prolongadas de forma anormal e
podem levar à doença crônica ou contribuir para o desenvolvimento de
doenças. Com estresse crônico, o sistema imunológico tende a ser suprimido
ou a tornar-se menos ativo, o nível de colesterol no sangue aumenta e os
ossos perdem cálcio. Quando prolongado por mais tempo, os aumentos
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normais de curto prazo da pressão sanguínea podem se transformar em
hipertensão, a maior tensão muscular pode levar a dores de cabeça e agravar
a dor, mudanças anormais na atividade do trato intestinal podem levar a
diarreia ou espasmo, a frequência cardíaca acelerada pode aumentar o risco
de arritmia. Além disso, a menos imunidade pode deixar o indivíduo suscetível
a resfriados e gripes ou possivelmente a doenças mais graves.
A lista dos sintomas do estresse, compilado pelo psicólogo Michael
Antoni, da Universidade de Miami, e seus colegas.
• Sintomas Cognitivos: Ansiedade, expectativa receosa, baixa
concentração, dificuldade de memória.
• Sintomas Emocionais: Sensações de tensão, irritabilidades,
inquietação, angústia, incapacidade de relaxar, depressão.
• Sintomas Comportamentais: esquivar-se das tarefas, problemas
de sono, dificuldade de concluir deveres profissionais,
nervosismo, tremores, fisionomia cansada, punhos cerrados,
choro, mudanças nos hábitos alimentares, relacionados à bebida
ou cigarro.
• Sintomas Fisiológicos: Músculos doloridos ou tensos, ranger dos
dentes, transpiração, dores devido à tensão, sensação de
desmaio iminente, sensação de sufocamento, dificuldade de
engolir, dor de estômago, náusea, vômito, intestino solto,
constipação, frequência e urgência para urinar, perda de
interesse no sexo, cansaço, calafrios ou tremores, perda ou
ganho de peso, atenção exagerada aos batimentos cardíacos.
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• Sintomas Sociais: em períodos de estresse, algumas pessoas
tendem a procurar outros, em busca de companhia. Outras de
isolam. Além disso, a qualidade dos relacionamentos pode
mudar quando uma pessoa está sob estresse.
Os neurocientistas que a ansiedade, hostilidade e outros estados
emocionais podem afetar o sistema imunológico, que explicaria as doenças
emocionais.
1.1.1 Estresse e Doenças Específicas
Os fatores psicológicos poderia afetar sistema imunológico, com base
em vários estudos e investigações acerca das mudanças ocorridas, caberia
então analisar os estudos citados ao longo, por Goleman (1997). Cabe
esclarecer que os estudos realizados que o estresse oferece fortes indícios de
oscilação das doenças.
No caso do vírus do herpes o estresse pode influenciar no
desenvolvimento de uma infecção ou até mesmo aumentar o risco da
recorrência dos sintomas. Ao contrário dos vírus comuns, que normalmente
são eliminados do o sistema imunológico, o vírus do herpes no organismo pela
vida toda, além de não poderá prever sua manifestação. Existem diversos tipos
de vírus de herpes que causam herpes genital, labial, mononucleose, infecção
por citomegalovírus, catapora e herpes-zoster. A pesquisa foi fundamentada
através do acompanhamento de cadetes pelo período de quatro anos, logo
após ingresso na academia militar. O vírus do herpes foi estudado em
diferentes situações de estresse. O alto nível de estresse diminui a função do
sistema imunológico, em sinal de defesa o organismo pode produzir anticorpos
contra o vírus do herpes. o que significa que o corpo está com baixa função. A
produção dos anticorpos, decorrentes da baixa do sistema imunológico podem
ajudar a criar as doenças autoimunes quando equivocadamente os anticorpos
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e sistema imunológico identificam as células saudáveis como invasores
externos, atacando-as. Exemplos de doenças como inflamações crônicas,
artrite reumatoide, lúpus, diabetes tipo 1, alergias.
“ A possibilidade de o estresse estar associado a doenças
autoimunes é intrigante, mas ainda é especulativa. Não
está claro como o estresse poderia precipitar essas
doenças; o estresse crônico normalmente está associado
a supressão imunológica, embora o estresse agudo possa
ativa-lo. Porém diversos relatos sem comprovação
científica sugerem a existência de um elo – talvez ainda
não se tenha descoberto a operação por meio de um
caminho imunológico – e vários pesquisadores estão
começando a estudar essa possibilidade”. (GOLEMAN,
1997, p. 48 e 49).
O presente estudo se aprofunda em outras duas doenças mais temidas
e regidas pelo sistema imunológico. Segundo Goleman (1997) existe uma
vertente de estudo de pesquisa que em nosso organismo surgem células
cancerosas todo o tempo, mas normalmente controladas por células
imunológicas e as reconhecem como invasoras e as destroem. Em conjunto, os
indícios fornecidos pelos estudos com seres humanos e animais mostram que
estresse pode suprimir a função imunológica. O câncer só se desfaz se as
células são ineficazes. No caso da AIDS, iniciado por um vírus destrói o
sistema de imunidade celular. O engajamento desse estudo é usar técnicas
mente e corpo para mostrar a pacientes com AIDS e câncer que podem ser
corresponsáveis pela a melhora na resposta em seus tratamentos no que diz a
respeito sobre o sistema imunológico. Comprovado através de estudos que
tratamentos como terapia de grupo, orientado relaxamento e apoio psicológicos
pode melhorar a resposta imunológica, ficar saudável.
18
1.1.2 Mente na doença
Entre as principais abordagens reconhecidas culturalmente atitudes
positivas trazem respostas positivas. Significa dizer que os pensamentos e
sentimentos e consequentemente um estado mental em equilíbrio e harmonia
desempenha um papel fundamental no controle das doenças. As emoções não
percorrem somente a mente, mas também ao corpo. A notícia de uma doença
pode nos levar a transtornos psíquicos e piorando nossa saúde física.
Exemplos simples como imaginar chupando pedaço de limão ou que uma
pessoa passa as unhas em um quadro negro, nos certificam o quanto poder da
nossa mente podem influenciar reações em nosso corpo. Ficamos fragilizados
emocionalmente quando estamos doentes, com a imaginação mais vulnerável.
“Tendo em vista que as emoções geram consequências
fisiológicas, concluí que isso também acontece com o
estilo emocional: os padrões de atividade cerebral
subjacentes a cada uma de suas dimensões estão
associados a sistemas fisiológicos associados à saúde ou
à doença. O que está no cérebro necessariamente
influencia o que está no corpo. A comunicação é
bidirecional, de modo que o que está no corpo também
influencia o que está no cérebro. Nada disso é muito
surpreendente, uma vez que as emoções claramente
afetam o corpo, como sabe qualquer pessoa que já tenha
sentido náusea por um estresse extremo, ou que tenha
percebido um aumento no nível de energia em resposta a
uma felicidade intensa, ou ainda que tenha tido insônia
por causa de uma tristeza profunda”. (DAVIDSON, 2013,
p. 133).
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A partir da definição de Davidson (2013) a medicina comportamental ou
medicina psicossomática também chamada de medicina mente-corpo baseiam
em pesquisas inovadoras para mudar a maneira de como nos enxergamos e as
pessoas que estão a nossa volta e de que forma mudar nosso estilo emocional.
Estudos realizados demonstraram que isolamento social produz aumento de
cortisol e de outros hormônios do estresse bem como elevar a pressão arterial
e enfraquecer o sistema imunológico. A medicina comportamental também
mostrou que o envolvimento social está associado ao menor risco de doença
coronariana, ao contrário também podemos causar efeitos nocivos a alguém
introvertido a ser sociável, que causaria desconforto emocional. Não existindo
uma verdade universal, porém está comprovado que a depressão aumenta o
risco de morte por doenças coronarianas.
O estilo emocional tem uma base genética, que não precisa se manter
inalterada. O primeiro impulso vem do coração, a cabeça demora mais a
registrar e reagir, ao contrário existe outro tipo de reação emocional quando a
partir de um pensamento gera cadeia de emoções. Por causa das diversas
possibilidades existem diversos mecanismos pode-se influenciar a saúde
através do estilo emocional. Algumas estratégias de autocontrole é a prática de
relaxamento muscular, meditação guiada, geralmente utilizada em conjunto
para reestruturação cognitiva.
“..Conhecia-se a bem o poder da mente sobre o
organismo. Nos séculos anteriores aos antibióticos e
outras “drogas milagrosas”, médicos cuidadosos
esperavam que uma forma tranquilizadora de tratamento
mobilizasse recursos ocultos em seus pacientes para lutar
contra doenças e utilizavam concidentemente o poder da
mente para ajudar a curar o organismo. Essa abordagem
era essencial na época em que médicos tinham
relativamente poucas medicações ou métodos eficazes
para oferecer, na verdade, um lema da medicina até um
20
século atrás: “sempre o conforto, raramente a cura”.”
(GOLEMAN, 1997, p. 10).
Pode-se verificar que nossas mentes na doença podem ser
trabalhadas a nosso favor. Uma associação a essa informação seria quanto as
pesquisas associadas ao placebo que é uma demonstração notável do efeito
do efeito da mente sobre a saúde.
21
CAPÍTULO II
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Na definição de Weisinger (1997) inteligência emocional é
simplesmente o uso inteligente das emoções. É fazer com que ela trabalhe a
seu favor de forma intencional, ditando seu comportamento e raciocínio de
maneira a aperfeiçoar seus trabalhos.
As emoções ocorridas no dia a dia, fora e dentro do ambiente de
trabalho podem ser alertas sobre outras pessoas e você mesmo. Utilizar as
informações de das emoções pode ajudar a reverter situações de estresse,
como momento de raiva ou até mesmo situações extremas, como agressão.
Controlar nossas emoções não significa sufoca-las e sim compreendê-
las, a partir daí modifica-la em nosso benefício. Por isso Weisinger (1997)
coloca que autoconsciência é elemento básico que temos que conhecer nossas
sensações, emoções, avaliações, ações e intenções para que possamos
reagir, agir e comunicar e operar em diferentes situações e ao final a
autoconsciência seria o processamento das informações. Importante frisar que
todas nossas emoções pertencem a nós e não a qualquer outra pessoa, isso
requer que se assuma o controle.
“ ...pode também maximizar a eficácia da sua inteligência
emocional desenvolvendo sua capacidade de
comunicação, sua destreza interpessoal e sua habilidade
como mentor emocional. A autoconsciência está no cerne
de cada uma dessas aptidões, porque a inteligência
emocional só pode começar quando a informação entra
no sistema perceptivo. Por exemplo: para conseguir
controlar a raiva, você tem que ter consciência daquilo
22
que a provoca e de como essa poderosa emoção o afeta
– então poderá aprender a reduzi-la e usá-la
acertadamente,; para driblar o desânimo e conseguir se
motivar, precisa ter consciência do modo como você
permite que afirmações negativas a respeito de si mesmo
sabotem seu trabalho; para ajudar os outros a se ajudar,
precisa ter consciência de seu envolvimento emocional na
relação. ” (WEISINGER, 1997, p. 26).
Acredito que a autoconsciência, consequentemente autoconhecimento
se dará através de reflexões sobre que realmente penso sobre a vida, o que
julgo importante e o que meu trabalho significa para mim. Desta forma, quase
que permanentemente estaria em um diálogo interno, mas sabe-se que o
nosso dia a dia, não temos tempo para refletir em nossas atitudes, por isso
verificar alguns descontentamentos por parte ou/e de outro.
Como saber se o que é avaliado e pensado está de acordo, senão
escutar as pessoas. O diálogo é uma das condutas mais flexível para
entendimento e conclusão. Ele também conduzirá a parceria e ao resultado e
pensamento comum, sujeito a mudanças.
Weisinger (1997) dá dicas sobre nossos sentidos e sentimentos que
temos que prestar a atenção:
Visão – prestar a atenção no modo como às pessoas olham umas as
outras enquanto falam ou ouvem, se olham diretamente nos olhos indicam
confiança, se olham para todos significa que está à vontade, se os olhares
vagueiam, risos ou franzir a testa sugere desinteresse.
Audição – quando uma pessoa fala e o resto fica em silêncio ou você
escuta gente se mexendo na cadeira, no primeiro caso interesse e segundo
desinteresse. Pessoas falando em tom estridente sugere frustação, raiva.
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Gaguejar pode significar falta de conhecimento sobre assunto. Cochichos
enquanto fala pode sugerir que as pessoas gostaram do que disse, mas
também pode ser desaprovação.
Os sentimentos apesar de externos expressam-se extremamente.
• Rosto quente em uma conversa pode ser que esteja embaraçado;
• Estômago contraído pode estar nervoso;
• Corpo relaxado na cadeira deve estar à vontade com a outra
pessoa;
• Respiração acelerada, coração batendo forte, mandíbula tensa,
punhos cerrados pode ser uma demonstração de raiva.
Tem que se ficar atento ao pensamentos automáticos que quase
sempre são irracionais, como por exemplo, “tenho vontade de mata-lo”, “otário”,
“Ele não vai com a minha cara”. Os pensamentos automáticos levam a
raciocínios distorcidos quando a partir de problema ou diálogo insatisfatório, já
entende-se que podemos ser demitidos e que não conseguirá outro emprego.
Controlar o raciocínio distorcido dará melhor domínio do pensamento
automático. Técnica adicional é utilizar o bom humor, “rir é o melhor remédio”.
Rir libera substância endorfina que diminui a percepção da dor, que afastam as
emoções negativas como raiva, tristeza, ansiedade.
Quem nunca viu uma reportagem na televisão falando sobre o tema?
Como crianças com câncer e doenças graves melhoram com a visita de
palhaços, melhoram a imunidade. Ou quem nunca escutou de um colega de
trabalho ou falou – só você para me fazer rir nessa situação e melhorar meu
dia.
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Outra técnica que aprendi com meu professor de biologia no segundo
grau que quando nos sentimos um pouco mole em ambientes fechados que
pode ser falta de oxigênio no cérebro ou ambiente fechado com muitas
pessoas seria muito gás carbônico. Por isso mexa-se, vá para ambiente com
circulação de ar para revigorar-se, respire corretamente, exercite-se subindo ou
descendo uma escada, o ritmo acelerado vai levar mais oxigênio para suas
células.
Mas em caso contrário, depois de um dia de trabalho agitado e muito
cansativo ideal seria é fazer um relaxamento, algo que te de prazer, escutar
música, tomar um banho de banheira, cozinhar e etc. Exercício nesse caso
seria somente se gerasse prazer, senão seria desconfortante e ainda mais
exaustivo.
Local de trabalho ou ambiente residencial, ambos têm que ser
propícios ao ciclo de funcionamento e fluxo de energias boas. Ar, iluminação,
objetos, odores, limpeza são estimulantes. Atenção aos sons porque algumas
pessoas conseguem trabalhar bem e outras não.
Algumas pessoas podem achar isso tudo uma besteira, mas fui prova
viva de uma dessas situações, meu local de trabalho foi cobaia, quando ganhei
de presente um purificador de ar com cheirinho de bebê, todos que entravam
comentavam sobre o cheiro agradável e pude verificar na face delas o prazer
ou uma remota lembrança agradável. Aquele cheirinho de bebê poderia
remeter a lembrança da infância ou família.
Segundo Weisinger (1997) outras técnicas para comunicação eficaz
permitiriam melhor produtividade.
• A auto revelação – revelar o que você pensa, sente, deseja;
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• A positividade – defender suas opiniões, ideias, crenças e
necessidades, a só mesmo tempo respeitar as dos outros;
• A escuta dinâmica – ouvir o que a outra pessoa está realmente
dizendo;
• A crítica – expor construtivamente suas ideias e sentimentos em
relação à ideia e atos de outros;
• A comunicação de equipe – saber comunicar-se numa situação
de grupo.
2.1 Profissionais de Primeira Grandeza
Trabalhar em uma empresa grande ou pequena que deseja crescer é
sofrer avaliação habitual das competências e talentos. O mercado de trabalho
não busca somente as competências técnicas, mas também as competências
comportamentais, que são competências essências empresariais e humanas.
Uma mesma competência pode ser destaque em diferentes trabalhos.
Competências Técnicas e Comportamentais junto às metas organizacionais
ajudará a traçar descrição de cada cargo, que será o diferencial competitivo
nas organizações.
A competência emocional é essencial na formação da liderança. Os
pontos fortes e fracos de um líder podem ser medidos como ganhos e perdas
em uma organização. Portanto de certa maneira podemos dizer que as perdas
tem que ser pontos de aprendizado. Não significa dizer na permissão de
descontrole.
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Goleman (1999) define uma moldura da competência emocional:
pessoal e social.
Competência Pessoal: essas competências determinam como lidamos
conosco.
Auto percepção: conhecer os próprios estados interiores, preferências,
recursos e intuições.
• Percepção emocional – reconhecer as próprias emoções;
• Auto avaliação precisa – conhecer os próprios pontos fortes e
limitações;
• Auto confiança – certeza do próprio valor e capacidade.
Auto regulação: lidar com os próprios estados interiores, impulsos e
recursos.
• Autocontrole – lidar com emoções perturbadoras e impulsos;
• Merecer confiança – manter padrões de honestidade pelo
desempenho pessoal;
• Ser consciencioso – assumir a responsabilidade pelo
desempenho pessoal;
• Adaptabilidade – flexibilidade para lidar com as mudanças;
• Inovação – sentir-se à vontade e aberto diante de novas ideias,
enfoques e novas informações.
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Motivação: tendências emocionais que guiam ou facilitam o alcance de
metas.
• Vontade de realização – esforçar-se para melhorar ou satisfazer
um padrão de excelência;
• Dedicação – alinhar-se com as metas do grupo ou organização;
• Iniciativa – estar pronto para agir diante das oportunidades;
• Otimismo – persistência na perseguição das metas a despeito de
obstáculos e reveses.
Competência Social: essas competências determinam como lidarmos
com relacionamentos
Empatia: percepção dos sentimentos, necessidades e preocupação
dos demais.
• Compreender os outros – pressentir os sentimentos e
perspectivas dos outros e assumir um interesse ativo por suas
preocupações;
• Orientação para o serviço – antever, reconhecer e satisfazer as
necessidades dos clientes;
• Desenvolver os outros – pressentir as necessidades de
desenvolvimento dos outros e melhorar sua habilitação;
• Alavancamento da diversidade – cultivar oportunidade através de
diferentes tipos de pessoas;
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• Percepção política – ler as correntes emocionais e os
relacionamentos de poder de um grupo.
Aptidões Sociais: aptidão natural para induzir-nos outros as respostas
desejáveis
• Influência – implementar táticas eficazes de persuasão
• Comunicação – emitir mensagens claras e convincentes
• Liderança – inspirar e guiar grupos e pessoas
• Catalisador de mudanças – iniciar ou administrar aas mudanças
• Gerenciamento de conflitos - negociar e solucionar desacordos
• Formação de vínculos – estimular os relacionamentos produtivos
• Colaboração e cooperação – trabalhar com outros, rumos a metas
compartilhadas.
• Capacidade de equipe – Criar uma sinergia de grupo, buscando
atingir metas coletivas.
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CAPÍTULO III
DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA
Antigamente as pessoas que lideravam eram pessoas que nasciam
com dom, com passar dos tempos os lideres assumem não só a gestão de
pessoas como também a busca por resultados. Hoje mercado de trabalho esta
mudado, existem novos critérios e não importa o quanto somos inteligentes
nem nossa formação e especialização, mas como lidamos com os outros. Claro
que o conhecimento é importante, mas o diferencial no processo de
contratação é como nos relacionamos. O foco são as qualidades pessoais,
como iniciativa e empatia, capacidade de adaptação e persuasão. As
organizações preocupam-se com a sucessão de líderes e seu recrutamento. O
capital humano é um ativo intangível para os recrutadores.
“Em um mundo altamente competitivo, precisamos ser
competentes, e muito. Mas também devemos saber que
nossa missão nessa viagem pelo planeta é ser felizes e
criar oportunidade para que os outros também sejam.
A primeira transformação necessária para que ocorra a
felicidade e passar a creditar na possibilidade de um
mundo todos possam se realizar. Empresas cujos
acionistas e colaboradores sintam que sua participação
vale a pena. Casamento em que ninguém precisa se
anular para que os dois continuem juntos. E,
principalmente, um mundo onde cada pessoa seja
respeitada pela sua maneira de ser.” (SHINYASHIKI,
1997, p.23)
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As empresas estão se adequando o tempo todo ao mercado e a
necessidade do cliente, por isso, desta forma, ser resiliente é um ingrediente de
excelência para cargos de chefia. Essa preocupação otimiza a inteligência
coletiva do grupo e sinergia torna a empresa cada vez mais eficiente e
produtiva. Inteligência emocional não quer dizer liberar todos seus sentimentos,
significa administrar seus sentimentos de forma a expressa-los
apropriadamente para que as pessoas trabalhem com tranquilidade. Todo bom
líder deve realizar uma série de passos ou manobras com estratégias para
alcançar alvo específico. Um líder sem convicção e apático seria um fantoche
sem emoções, que não é notado. Ninguém crê nas suas palavras e não o
seguem.
Há a necessidade de mudar para inovar, cujo objetivo é atender as
grandes transformações sociais, econômicas, políticas, culturais e obter maior
competitividade no mercado. Toda inovação exige aprimoramento e novos
Conhecimentos, Habilidades e Atitudes (CHA – elo de comportamentos que
eleva o conhecimento e habilidade). E é através do mapeamento das
necessidades de desenvolvimento de cada colaborador com relação às
atividades a serem realizadas e o mapeamento das competências
indispensáveis de cada cargo, que poderemos então buscar um plano de
desenvolvimento mais focado para a função do colaborador e maior eficácia no
valor a ser investido (custo X benefício).
As competências técnicas e comportamentais são essenciais na
competitividade global. O diferencial dos grandes líderes é saber lidar com as
emoções. Os líderes sempre tem o poder de decisão, desempenham um papel
emocional e conduz a emoção de todos. Na empresa em que trabalho pude
perceber a gestão emocional de dois gerentes de uma área comercial, onde as
metas de ambas eram sempre crescentes, mas a forma de lidar com seus
subordinados faziam com que cumprissem as metas com medo e com outra
gerência com comprometimento.
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No segundo caso era uma liderança que canalizava as emoções de
forma positiva, onde se procurava elo emocional e existia empatia. Inteligência
emocional é isso, na liderança, os líderes sabem lidar com suas emoções e dos
que se relaciona. Não é só o que se faz, mas como se faz.
“A adaptabilidade às mudanças é uma condição
indispensável para a sobrevivência de pessoas e
organizações, e mais ainda para seu sucesso na
economia global de hoje. Quem consegue se adaptar é
recompensado.
A maioria dos gerentes bem sucedidos sabe disso e tenta
criar ambientes que ajudem as pessoas a mudar – e
apreciar as mudanças. Quando a velocidade da mudança
aumenta, mais do que nunca todos nós precisamos nos
adaptar.
As mudanças inesperadas – no trabalho ou na vida –
podem, como você sabe, ser estressantes, a menos que
você tenha um modo de encará-las que o ajude a
compreendê-las, ....” (JOHNSON, 2003, p. 14).
A liderança é uma competência importante. Diante disso, é necessário
que as organizações tenham seus princípios éticos definidos e estabelecidos,
pois atitudes éticas são fundamentais para os processos de mudanças, devido
à necessidade de alto grau de comprometimento e participação. Os princípios e
valores regem a conduta de seus colaboradores, representantes legais, tornam
explícito o comportamento esperado na relação com colegas de trabalho e
clientes externos. Lideres só lideram, obtém prestígios, eficácia, adesão dos
melhores profissionais e da sua lealdade, quando conquistam a confiança dos
mesmos a partir da sua conduta ética.
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O líder apresenta atitudes que podem apaziguar as situações
problemas do dia a dia, sabe se manter imparcial e não demonstra favoritismo
a questões levantadas. Em suas interpretações busca um ponto favorável e
aceitável as duas partes. É valido ressaltar a capacidade de o líder perceber a
individualidade e necessidade específica no surgimento do conflito, logo a
solução do problema é proporcionar o entendimento e o bem comum de acordo
com a necessidade específica.
“Não obstante, a influência sobre as emoções vai além do
que o líder diz. Nesses estudos, mesmo quando os
líderes nada falam, são observados mais atentamente do
que qualquer outro membro do grupo. Quando alguém
levanta a questão para o grupo como um todo, todos se
voltam para o líder, esperando sua resposta. Com efeito,
os membros do grupo costumam ver a reação emocional
do líder como a mais válida, com base na qual modelam a
sua própria – sobretudo em uma situação ambígua, em e
que cada um reage de maneira diferente. De certa forma,
o líder estabelece o padrão emocional. Os lideres
distribuem elogios ou se calam, criticam de modo positivo
ou destrutivo, oferecem apoio ou fazem vista grossa ás
necessidades de seus subordinados. Podem apresentar a
missão da equipe para conferir um significado mais rico à
contribuição de cada um – ou não. Podem orientar de
modo a proporcionar um senso de clareza e direção no
trabalho, a estimular a flexibilidade, a permitir que as
pessoas valham-se de seu bom senso para decidir como
desincumbir-se de suas respectivas tarefas. Todas essas
atitudes ajudam a determinar o impacto emocional
primário do líder.” (GOLEMAN, 2002, p. 8).
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Os líderes emocionalmente inteligentes atraem pelo prazer de trabalhar
ao seu lado, já os resmungões, negativos, dominadores e frios afastam as
pessoas e ninguém quer trabalhar com ele. As pessoas não se transforma
quando querem nem porque precisam. Mudam somente quando se
comprometem e as mudanças exigem como primeira condição o desejo de
transformação. O mais importante é o compromisso com a mudança. O
verdadeiro líder é construído pelo enfrentamento do problema. A mudança só
pode acontecer quando a própria pessoa se compromete consigo mesma. Não
adianta querer assumir a responsabilidade pela mudança do outro.
Goleman menciona os líderes dotados deste talento como imãs
emocionais, atraem naturalmente as pessoas e principalmente as talentosas
apenas pelo prazer de trabalhar com ela. Pesquisas sobre humor no trabalho
revelam que as brincadeiras oportunas ou risadas podem estimular a
criatividade, abrir linhas de comunicação, reforçar vínculo e confiança.
Os líderes deverão dispor de predicativos como: habilidade para
aprender, criatividade, vocação experimental, visão estratégica,
interdependência, cooperação, autonomia, responsabilidade e maturidade. Na
sua grande maioria com atitudes construtivas mesmo que sob pressão o líder
mantém no controle dos seus sentimentos. A autogestão é uma virtude de
liderança que propicia transparência, base da empatia.
A liderança inspiradora confere ao líder um estilo visionário alicerçada
na autoconfiança, autoconsciência e empatia. Os lideres devem saber qual o
seu papel, responsabilizar-se pelo equilíbrio entre seus dons e caráter, ser
generoso e positivo, em resumo liderar com amor, se importar. O
comprometimento da equipe criará um círculo forte onde a confiança fará com
que os erros sirvam de aprendizado para todos tornando a equipe grandiosa. O
crescimento começa com líder que busca sempre com sabedoria delegar para
preparar seu sucessor, não existe líder solitário.
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“Tempos de fracasso não só revelam o verdadeiro caráter
de um líder, mas também apresentam oportunidades para
lições significativas de liderança.
Depois de uma grande vitória sobre os filisteus, o rei Davi
cometeu erro enorme: parou de confiar em Deus para a
defesa de sua nação e ordenou censo para medir seu
poderio militar. Sua disposição em responsabilizar-se por
seu ato tolo demonstrou sua profundidade de caráter. Ele
se arrependeu e aceitou a punição de mão de Deus,
confiando a graça divina. Mesmo assim o erro de Davi
aniquilou a vida de setenta mil israelitas. Quando líderes
fazem besteiras, muitos sofrem.
Muitos líderes tentam esconder o fracasso, culpar os
outros ou corres de Deus. Mas Davi admitiu seu fracasso
e se arrependeu. Embora tenha passado por muitas
dificuldades, Davi admitiu seu fracasso e se arrependeu.
Embora tenha passado por muitas dificuldades, Davi
trabalhou para restaurar seu relacionamento com Deus e
fez tudo o que pôde para minimizar as consequências de
seu fracasso na vida dos outros.” (MAXWELL, 2008, p.09)
Todo com líder treina sua equipe trabalhando a estratégia para alcance
das metas da empresa e o desenvolvimento do seu time. Os líderes observam
atentamente as necessidades e os problemas, aconselha. Qualificações
pessoais possibilitam qualificações de liderança, exemplo disso é o caráter que
nos permite fazer o que certo quando parece difícil, coragem nos permite tomar
iniciativa e correr riscos para alcançar objetivo que valha a pena, consideração
nos permite atrair e dar poderes aos outros em prol da nossa causa e
perspectiva nos permite entender que as coisas devem acontecer para que
objetivo seja alcançado. Cria-se um equilíbrio entre seus dons e seu caráter.
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A estratégia desenhada aliada a comunicação contínua é a chave da
produtividade que exercitará a troca de informação. Devem ter clareza quanto
aos papéis que exerce ou nos submete. O magnetismo de um líder pode
causar impactos intelectuais e emocionais, atraindo seguidores semelhantes
quanto complementares. O essencial é reconhecer que as pessoas são
diferentes e poderão não se sentir atraídas. Importante lembrar que a maioria
evita confrontos que podem gerar ressentimentos, pessoas infelizes tendem a
atacar o líder. A adversidade enfatiza uma reflexão na condução da equipe,
pensar no futuro da organização e promover mudanças no planejamento e
determinar seu propósito primário.
“Navegadores fazem mais do que guiar. Eles planejam a
viagem inteira em sua mente antes de deixar a doca. Eles
têm a visão para seu destino, entendem o que é preciso
para chegar lá, sabem do que precisam em um time para
dar certo e reconhecem os obstáculos muito antes que
apareçam no horizonte. Líderes que se preparam bem
podem levar seu pessoal para qualquer lugar.”
(MAXWELL, 2008, p.62)
Criar um círculo forte com pessoas de dons variados. A delegação de
tarefas aumenta a produtividade individual e aumenta a produtividade da
equipe. Incrementam o desempenho alheio, melhoram a confiança das
pessoas em si mesmas e nos outros. Os líderes assim conseguem trabalhar
nas pessoas o que há de melhor nelas, criam ambiente de responsabilidade
fazendo do que aprendam de modo criativo e independente. Discretamente
esses profissionais facilitarão os processos de comprometimento gradual e
possibilitará em novos ativos de liderança e a melhora entre os colaboradores
da equipe. Aqueles que realmente perceberem a magnitude para a diversidade
dentro da liderança será avaliado com as melhores práticas.
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Muitas vezes o processo de mudança organizacional fazem com que
rituais organizacionais sejam desfeito e assim possam impulsionar mudanças
e mobilizar o apoio dos colaboradores e reformulação da cultura
organizacional.
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CONCLUSÃO
A pesquisa realizada me proporcionou e permitiu um trabalho de
conhecimento e compreensão do resultado de nossas habilidades racionais
bem como a compreensão dos resultados da nossa habilidade emocional.
Muitas pessoas não sabem lidar com seus sentimentos que significa não ter
gestão emocional. Nesse sentido, conflito razão e emoção – cabeça e
coração.
É importante ressaltar que essa sensação é não tão somente em nossa
vida pessoal e sim em nosso ambiente de trabalho onde existem emoções a
flor da pele, boicotes e líderes despreparados. A leitura atenta me fez constatar
todo ser humano precisa se sentir preocupados e focados com o resultado dos
outros e da empresa como um todo.
Através do estudo pude constatar o quanto o estresse pode influenciar
em nosso sistema imunológico, na vida pessoal e profissional do ser humano.
Isso não significa que o estresse é de todo ruim, para nossa segurança
precisamos da adrenalina para alcançar nossas metas de vida, assim
perpetuar nossa existência. A observação mais importante é saber como
alcançar ao equilíbrio, se proporcionar momentos de prazer para aliviar o
estresse negativo, respirar, fazer meditação, massagem, algo que goste.
Na qualidade da liderança percebo a diferença de chefe e líder. Num
grupo as pessoas tem que estar focada não somente no seu resultado
profissional, mas também da equipe. Construir competências de afeto,
interação, viver em um ambiente que proporcione prazer de trabalhar, que se
tenha abertura para escutar as pessoas e fazer com que elas cresçam e
saibam como avaliar e que possam pensar com sua própria cabeça.
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Em suma, considero que os valores pessoais precisam estar alinhados
aos valores e missão da empresa, desenvolvendo assim um significado que vai
além do lugar que se vai ganhar dinheiro, tem que ser o lugar para produzir e
crescer com prazer.
Considero que obtive bons resultados em minha pesquisa com a
leitura, reflexão e aprendizados com esse estudo. Acredito que esse estudo
será de suma importância para minha vida pessoal e profissional na área de
Pedagogia Empresarial. Espero que possa ser um ponto de reflexão para todos
aqueles que compartilharem desta leitura.
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BIBLIOGRAFIA
ABREU, Antônio Suárez. A arte de argumentar: gerenciando razão e emoção.
Cotia: Ateliê Editorial,2009.
CURY, Augusto. O código da inteligência. Rio de Janeiro: Thomas Nelson
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Rio de Janeiro: Sextante , 2013.
GOLEMAN, Daniel, ph D. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que
define o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
GOLEMAN, Daniel, ph D.; BOYATZIS, Richard; MCKEE, Annie. O poder da
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GOLEMAN, Daniel, ph D.; Trabalhando com a inteligência emocional. Rio de
Janeiro: Objetiva, 1999.
GOLEMAN, Daniel, ph D.; GURIN, Joel. Equilíbrio mente/corpo: como usar sua
mente para uma saúde melhor. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
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2003.
LOWEN, Alexander. Medo da vida: caminhos da realização pessoal pela vitória
sobre o medo. São Paulo: Summus: 1986.
MAXWELL, John C. Minutos de liderança. Rio de Janeiro: Thomas Nelson
Brasil, 2008.
40
MCCOOL, Joseph Daniel. Escolhendo líderes: como os recrutadores orientam,
dirigem e inovam na busca global por talentos. São Paulo: Saraiva, 2010.
MOSCOVICI, Fela. Razão & Emoção: a inteligência emocional em questão.
Salvador, BA: Casa da Qualidade, 1997.
SHINYASHIKI, Roberto T. O sucesso é ser feliz. São Paulo: Editora Gente,
1997.
WEISINGER, Hendrie, ph D. Inteligência emocional no trabalho. Rio de
Janeiro: Objetiva, 1997.
41
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
SER HUMANO – RAZÃO E EMOÇÃO 10
1.1 – Entre a Mente e o Corpo 13
1.1.1 – Estresse e doenças específicas 16
1.1.2 – Mente na doença 18
CAPÍTULO II
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 21
2.1 – Profissionais de Primeira Grandeza 25
CAPÍTULO III
DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA 29
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA 39
ÍNDICE 41