Assistência de Enfermagem ao Parto/Aborto
Assistência de Enfermagem ao Parto
O controle da dor no trabalho de parto
• De difícil avaliação pelo seu caráter subjetivo;
• Com a evolução do trabalho de parto e progressão da apresentação, a dor assume
características somáticas em decorrência da distensão perineal
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• Repercussões Materno Fetais
Dentre as alterações que acompanham a dor, pode-se destacar:
o Aumento do volume minuto, acompanhado de aumento do consumo de oxigênio
em torno de 40% acima dos níveis anteriores ao trabalho de parto, podendo
chegar até 100% durante o segundo estágio. Essa hiperventilação pode diminuir
a PaCO2 materna e 10 a 20 mmHg e elevar p ph arterial até 7,55 – 7,60. Pode
reduzir o estímulo ventilatório materno, reduzindo a PaO2 materna em 10 a
50%. Quando PaO2 cai abaixo de 70 mmHg, o feto pode sofrer hipoxemia e
apresentar desacelerações de sua frequência cardíaca;
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o Aumento progressivo do débito cardíaco materno. No período de dilatação há
aumento de 10 a 15% e de 50% no segundo período. Pode chegar até 80%
acima dos valores preliminares imediatamente após o parto;
o Aumento dos níveis de adrenalina, noradrenalina, cortisol e ACTH no sangue
materno;
o Modificações na função gastrointestinal
o Acidose metabólica materna progressiva
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• Métodos de Analgesia
o Métodos não Farmacológicos
o Métodos Farmacológicos Sistêmicos
o Métodos Farmacológicos regionais
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o Métodos não Farmacológicos:
- Método Psicoprofilático: o mais popular foi introduzido por Lamaze em 1994, com
preparo da mulher para o trabalho de parto através de programa educacional sobre
fisiologia do parto, além de exercícios físicos e respiratórios. Pode ser usado na
fase inicial de trabalho de parto e complementado com outras técnicas quando
necessário;
- Acupuntura: produz analgesia através da liberação de endorfinas pelo Sistema
Nervoso Central. Na maioria dos casos, obtém-se alívio parcial da dor e muitas
parturientes necessitam de métodos adicionais no segundo estágio de trabalho de
parto;
- Estimulação elétrica transcutânea: produz analgesia através da colocação de
eletrodos em regiões específicas. Tem resultados variáveis e é uma forma de
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o Outros Métodos alternativos no controle da dor:
Hidroterapia – refere-se ao banho de imersão ou aspersão. Oferece alívio sem
interferir na progressão do parto e sem trazer prejuízos ao RN;
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Deambulação e mudança de posição – auxiliam a acelerar o trabalho de parto
em razão de acrescentar os benefícios da gravidade e as mudanças no formato
da pelve;
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Exercícios de relaxamento – visa reduzir a ansiedade e tensão muscular,
tranquilizando a mente e relaxando os músculos;
Técnica de respiração – passa pelo estabelecimento de um reflexo condicionado,
contração/respiração, trazendo a tona a respiração “cachorrinho” e buscando a
hiperventilação durante as contrações; Acelera sua respiração quando a
contração aumenta e atinge o máximo e a reduz quando a contração começa a
diminuir;
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Massagem – propicia o alívio das tensões, aliviando as dores do parto;
Bola de parto – diminui contração dolorosa durante contração uterina de acordo
com a movimentação. Ajuda na rotação e descida fetal;
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Musicoterapia - é a melhoria das capacidades humanas através do uso das
influências da música sobre o funcionamento do cérebro;
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o Métodos Farmacológicos Sistêmicos:
- Geralmente utiliza-se via parenteral e raramente inalatória;
- Vantagens: facilidade de administração e aceitação das parturientes;
- Os opióides são agentes eficientes quando empregados via sistêmica para
controlar a dor no trabalho de parto;
- A administração sistêmica requer cautela para não provocar depressão
respiratória materna e/ou neonatal;
- Efeitos colaterais maternos: náuseas, vômitos e raramente depressão
respiratória;
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o Métodos Farmacológicos Regionais:
A analgesia produzida por bloqueios regionais apresenta vantagens em relação aos
métodos sistêmicos, sem depressão do feto;
- Bloqueio do pudendo: Os nervos pudendos têm sua origem nas raízes sacrais e
inervam o períneo, vagina, reto e parte da bexiga;
Está indicado somente para o segundo estágio;
Complicações: relacionadas à punção – hematomas ou abcessos- ou à
toxicidade sistêmica dos anestésicos locais por administração intravenosa
inadvertida;
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o Métodos Farmacológicos Regionais:
- Analgesia Peridural: proporciona alívio da dor considerado bom por 80 a 90%
das parturientes.
Vantagens: controle da dor, efeito prolongado, controle da intensidade e da
extensão do bloqueio, ausência de depressão respiratória materna e fetal;
Efeitos indesejáveis: hipotensão materna secundária ao bloqueio simpático,
relaxamento muscular do assoalho pélvico e da parede abdominal ( pode
dificultar rotação interna do polo cefálico fetal dentro do canal de parto e
eventual prolongamento do período expulsivo)
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o Métodos Farmacológicos Regionais:
- Raquianestesia: adequada no final do primeiro estágio e durante o período
expulsivo. Efetiva para ter um bom relaxamento perineal (quando necessário
utilização de fórceps) tendo a apresentação fetal já iniciado a progressão dentro
do canal de parto. Indicada também para manipulação e revisão do canal de
parto e Utero;
Desvantagens: cefaleia pós punção, níveis altos de bloqueio com perda da
prensa abdominal seguida de dificuldade na progressão fetal e retardo do
período expulsivo;
- Bloqueio combinado raqui-peridural: basicamente, consiste na aplicação das
duas técnicas anteriores