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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
EQUIDEOCULTURA
- TRABALHO DE EQUIDEOCULTURA -
1 ª AVALIAÇÃO
SÃO LUÍS – MA
2013
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
EQUIDEOCULTURA
- TRABALHO DE EQUIDEOCULTURA -
1 ª AVALIAÇÃO
Trabalho entregue ao Prof. Dr. Afranio
Gonçalves Gazolla referente à segunda
chamada da primeira avaliação da
disciplina de Equideocultura
Mariana Mendes de Souza Martins
0951227
SÃO LUÍS – MA
2013
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SUMÁRIO
1 O AGRONEGÓCIO CAVALO 4
2 PELAGEM EQUINA 7
2.1 Pelagens simples e uniformes 8
2.1.2 Branca 8
2.1.2 Preta 9
2.1.3 Alazã 9
2.1.4 Baio 9
2.2 Pelagens simples com crina, cauda e extremidades pretas 10
2.2.1 Castanha 10
2.2.2 Pelo de rato 11
2.3 Pelagens compostas 11
2.3.1 Tordilha 11
2.3.2 Rosilha 12
2.3.3 Pampa 13
2.3.4 Toveira 13
3 PARTICULARIDADES DAS PELAGENS 13
3.1 Particularidades gerais 13
3.2 Particularidades especiais 14
3.2.1 Cabeça 14
3.2.2 Pescoço 15
3.2.3 Tronco 15
3.2.4 Membros 15
4 DENTIÇÃO 16
4.1 Estruturação dentária 17
4.2 Tipos, características e nomenclatura dentária 17
4.3 Cronologia etária 19
4.4 Cronologia do desgaste etário 20
REFERÊNCIAS 24
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1 O AGRONEGÓCIO CAVALO
Na década de 50, os professores Jonh Davis e Ray Goldberg, da
Universidade Harvard, constataram que as atividades rurais e aquelas ligadas
a elas não poderiam viver isoladas. Utilizando fundamentos de teoria
econômica sobre as cadeias integradas construíram uma metodologia para
estudo da cadeia agroalimentar e cunharam o termo “agribussines” que foi
traduzido para o português como agronegócio (MEGIDO e XAVIER, 1998).
Em 1957 Jonh Davis e Ray Goldberg caracterizaram o agronegócio
como a soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos
agrícolas, das operações de produção nas unidades agrícolas, do
armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens
produzidos a partir deles‖ (BATALHA e SILVA, 2001).
Dessa forma, o conceito engloba os fornecedores de bens e serviços
para a agricultura, os produtores rurais, os processadores, os transformadores
e distribuidores além de todos os envolvidos na geração e fluxo dos produtos
de origem agrícola até o consumidor final (PADILHA JÚNIOR e MENDES,
2007).
O agronegócio é uma cadeia produtiva que envolve desde a fabricação
de insumos, passando pela produção nos estabelecimentos agropecuários e
pela sua transformação, até o seu consumo. Essa cadeia incorpora todos os
serviços de apoio: pesquisa e assistência técnica, processamento, transporte,
comercialização, crédito, exportação, serviços portuários, distribuidores
(dealers), bolsas, industrialização e o consumidor final. O valor agregado do
complexo agroindustrial passa, obrigatoriamente, por cinco mercados: o de
suprimentos, o da produção propriamente dita, o do processamento, o de
distribuição e o do consumidor final (GASQUES et al., 2004).
A literatura define complexo agroindustrial como um conjunto de cadeias
produtivas, relativamente independentes de outros complexos. Deve-se
destacar que é necessária a existência de articulações intersetoriais entre a
agropecuária e a indústria (antes e após a porteira) para a formação do
complexo agroindustrial (LIMA, SHIROTA e BARROS, 2006).
Ainda, de acordo com Lima, Shirota e Barros (2006), na equideocultura
uma atividade apresenta um papel duplo. Por exemplo, uma escola de
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equitação pode tanto ser o consumidor final quanto ser um elo anterior ao
frigorífico na cadeia da carne de equinos. Além disto, ao contrário de muitas
cadeias agroindustriais tradicionais, o principal fator dinâmico do setor não está
localizado na indústria à montante. Diante dessas características específicas
do agronegócio cavalo, a análise deste tem início com a indústria à montante e,
a partir daí, as diversas atividades são divididas com base nos aspectos
funcionais do cavalo e não exatamente em atividade secundárias e industriais.
Desde a formação social, econômica e política do país, quando o cavalo
ainda representava a vaidade, o orgulho e até o diferencial social entre muitas
famílias, o rebanho de equinos no Brasil cresceu e desempenhou diferentes
papéis. O cavalo que era utilizado para transporte de cargas e pessoas, tração,
trabalho no campo, e até mesmo em guerras nos campos de batalha, hoje é
considerado animal de companhia e está sendo amplamente empregado em
atividades de esporte e lazer (LIMA et al., 2006)
Apesar da criação de cavalo ser vista, atualmente, como atividade de
lazer, o comércio e o negócio na equinocultura mostram-se expressivos. O
Brasil possui o quarto maior rebanho equino do mundo, com 5.514.253 milhões
de cabeças (IBGE, 2011), perdendo apenas para China, Estados Unidos e
México. O maior número de equinos encontra-se nas Regiões Nordeste
(24,8%), seguida das regiões Sudeste (24,6%) e Centro-Oeste (20,4%). O
negócio na equinocultura é composto por cerca de 30 segmentos que vão
desde a confecção de selas e equipamentos, passando pela produção de
insumos, medicamentos, rações, acessórios, entre outros. Além disto, inclui
como mão de obra: ferrageadores, veterinários, treinadores e outros
profissionais envolvidos desde a criação até o destino final dos animais,
compondo desta forma, a base do Complexo do Agronegócio do Cavalo (LIMA
et al., 2006).
Na participação do comércio internacional de equinos, o Brasil tem
grande destaque. A expansão da exportação brasileira de cavalos vivos
alcançou 524% entre 1997 e 2009, passando de US$ 702,8 mil para US$ 4,4
milhões (MAPA, 2010). Os Estados Unidos foram o principal exportador do ano
de 2009 (148.472 cabeças, representando 48,8% do comércio mundial) e a
Argentina, principal exportador da América do Sul, exportou quase sete vezes
mais que o Brasil (4.255 animais), com preço médio por equino
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aproximadamente igual ao brasileiro (6.800 dólares) (REGATIERI e MOTA,
2012).
No caso das importações de cavalos vivos, o Brasil ocupa a 35º posição
e a liderança fica com a Europa (49,8% do comércio mundial) seguida da Ásia
(26%), sendo México, Canadá e Itália, individualmente, os principais
importadores em número de cabeças.
Estão agrupados na tabela abaixo os principais segmentos do complexo
do agronegócio do cavalo no Brasil e sua respectiva movimentação financeira,
com dados que foram obtidos no estudo contratado pela Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA e que gerou o trabalho elaborado por
Lima, Shirota e Barros (2006).
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Os cavalos de corrida compõem um dos segmentos mais ativos nesse
comércio internacional. As exportações de cavalos de corrida brasileiros, da
raça Puro Sangue Inglês (PSI) têm aumentado cada vez mais para Dubai, nos
Emirados Árabes Unidos. De 2002 para 2006, o número de cavalos de corridas
exportados saltou de 99 para 314, segundo dados da Associação Brasileira de
Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida (ABCPCC). Em relação às
técnicas de produção do cavalo de corrida, o Brasil melhorou desde o manejo e
a pastagem até a reprodução (REGATIERI e MOTA, 2012).
Milhares de atletas praticam esportes equestres em suas diversas
modalidades: Salto, Pólo, Enduro, Apartação, Volteio, Adestramento, Turismo
Equestre, Vaquejada, Equitação, Turfe, CCE (Concurso Completo de
Equitação), 6 Balizas, Três Tambores, Rodeio, etc. No complexo agropecuário,
o segmento de equinos utilizados em diversas atividades esportivas movimenta
valores da ordem de R$ 705 milhões e emprega, diretamente, cerca de 20.500
pessoas, com a participação estimada de 50 mil atletas (LIMA et al., 2006).
Os negócios que envolvem a criação e utilização do cavalo ocupam
posição de destaque nos países desenvolvidos e em muitos em
desenvolvimento, como o Brasil. Os diversos segmentos que configuram o
Agronegócio Cavalo têm participação fundamental no desenvolvimento do país,
principalmente a partir da contribuição pela geração de renda e de postos de
trabalho (REGATIERI e MOTA, 2012).
2 PELAGEM EQUINA
A pelagem é conjunto de pelos, de uma ou diversas cores espalhados
pela superfície do corpo e extremidades, em distribuição e disposição variadas,
cujo todo determina a cor do animal. A cor do pelo dos cavalos é determinada
por uma combinação de 39 genes, sendo por isso possível obter diversos tons de
pelagem. O cavalo é uma espécie que apresenta vários tipos de pelagem,
apresentado uma grande variação e nomenclaturas específicas (RIBEIRO,
2013).
A coloração da pelagem pode ser alterada por alguns fatores como:
sexo- garanhões e éguas prenhes apresentam a pelagem com aspecto
brilhante, tonalidade mais firme e pelo mais liso, em virtude da ação hormonal;
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Idade – algumas pelagens modificam com o avançar da idade; Nutrição –
animais mal nutridos apresentam pelagem opaca e ressacada.
Estação do ano e clima – no inverno os equinos apresentam pelos maiores, mais
espessos e opacos, enquanto que no verão a pelagem fica com tonalidade mais viva
e os pelos ficam curtos e brilhantes. Os cavalos podem apresentar diversos
tipos de pelagens e cada uma delas tem nomenclaturas específicas, o que
varia de acordo com a região do Brasil.
Os tipos de pelagens conhecidos são
branca, preta, alazã, castanha, baia, pelo de rato, tordilha, rosilha, lobuna,
ruão, pampa, persa, apalusa e oveira, dentro destes tipos pode haver diversas
variações (UCHÔA et al., 2013)
As pelagens dos cavalos são divididas em três grupos: pelagens
simples, pelagens compostas, e pelagens justapostas.
As pelagens simples são aquelas em que o pelo do cavalo possui
apenas uma cor, dando um aspecto homogêneo na coloração do cavalo, sem
manchas ou misturas de cores, as pelagens compostas são aquelas em que o
pelo do cavalo tem duas cores, e dão um aspecto de cores misturadas na
pelagem do cavalo, e as pelagens justapostas são aquelas que apresentam as
manchas, nas quais duas cores de sobrepões formando – as (PORTAL, 2007).
2.1 Pelagens simples e uniformes São caracterizadas por
apresentarem pelos, crina e cauda de uma só tonalidade (PORTAL, 2007)
2.1.1 Branca
Composta exclusivamente de pelos brancos. Os cavalos brancos
verdadeiros são os que possuem o gene W que, quando em homozigose
dominante (WW), causam perda embrionária ou morte do potro logo após o
nascimento. Em virtude dessa característica letal do gene, a pelagem branca
foi praticamente extinta. Porém, existe a variedade branca pseudo-albina,
conhecida como gázeo ou pombo, que ocorre por uma combinação gênica
independente do gene W, e se caracteriza pela presença de pelos brancos em
pele com ausência quase total de pigmentação. Geralmente, apenas os olhos
se apresentam coloridos (castanhos ou azulados) (UCHÔA, et al., 2013).
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2.1.2 Preta
Caracterizada por pelos, crina e cauda de coloração preta. Variedades:
• Preto-mal-tinto, pezenho ou macado: Quando dá a impressão de
desbotado;
• Preto comum: Quando na mostra reflexos;
• Preto-murzelo ou franco: Com laivos arroxeados, como amora
madura;
• Preto-azeviche: Quando a coloração preta dá um reflexo brilhante
(RIBEIRO, 2012)
.
2.1.3 Alazã
Pelos, crina e cauda de tonalidade vermelha, que pode variar de escura
a amarela. A crina pode ser de tonalidade mais clara. Variedades mais
comuns: (UCHÔA, et al., 2013).
• Alazã Amarilha: Pelos de tonalidade amarela, que pode variar da clara
à escura, com crina e cauda branca ou creme. Também chamada
erroneamente de Palomina (nome de uma raça americana onde todos os
animais registrados são portadores desta pelagem) e baia amarilha
(geneticamente a pelagem alazã amarilha se relaciona com alazã e não com a
baia)
• Alazã Cereja: Pelos com tonalidade vermelha, lembrando a cor da
cereja.
• Alazã sobre Baia (acima de baia): Cabeça, pescoço e troncos
amarelos, com crina, cauda e extremidades avermelhadas.
• Alazã Tostada: Pelos do corpo, crina e cauda de tonalidade vermelha
escura, lembrando a cor do café torrado.
• Alazã Clara: Cabeça, pescoço, tronco e membros cobertos por pelos
de tonalidade vermelha clara, com algumas áreas como membros, cauda e
crina mais claras.
• Alazã Salpicada: Cabeça, pescoço, tronco e membros de tonalidade
vermelha, com interpolação de pelos brancos no torso (RIBEIRO, 2012)
2.1.4 Baio
10
Formado por pelos amarelados em todo o corpo, inclusive crineira, cola
e membros, que vão de um matiz claro de palha de trigo ou milho até um bem
escuro, mais ou menos bronzeado, de modo a constituir as seguintes
variedades (UCHÔA, et al., 2013).
• Baio-simples-claro ou baio-palha: Quando se parece com a cor de
palha de trigo;
• Baio-simples-ordinário: O amarelo é um intermediário entre o palha e
o escuro;
• Baio-simples-escuro: A tonalidade do amarelo é mais carregada;
• Baio-simples-encerado: A coloração amarela é sombria, lembrando a
cera bruta;
• Baio-amarelo ou amarilho: A coloração amarela é dourada,
lembrando a gema do ovo e apresentando, obrigatoriamente, crina e cola bem
mais clara que os pelos do corpo, razão pela qual é conhecido também por
baio-ruano. O baio-amarelo ou baio-amarilho é ainda conhecido, em algumas
regiões da zona sul do estado de São Paulo, por baio-marinho. Uma corruptela
amarilho. Também é chamado de “Palomino”.
• Baio-simples: Coloração baia um pouco encardida.
Todas as variedades do baio-simples podem apresentar ou não a lista
de mulo, banda crucial e zebruras, embora, algumas vezes, sejam um pouco
apagadas (RIBEIRO, 2012)
2. 2 Pelagens simples com crina, cauda e extremidades pretas
Caracterizadas por apresentarem coloração uniforme na cabeça,
pescoço e tronco, porem com crina, cauda e extremidades pretas (PORTAL,
2007)
2.2.1 Castanha
Presença de pelos vermelhos na cabeça, pescoço e tronco, lembrando a
cor da castanha madura, com crina, cauda e extremidades pretas. Variedades:
• Castanha Clara: O vermelho da pelagem é de tonalidade clara com
crina, cauda e membros pretos, sendo que a tonalidade preta dos membros
pode não atingir toda a canela.
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• Castanha Escura: O vermelho da pelagem é de tonalidade escura
com crina, cauda e membros pretos.
• Castanha Zaina: Pelagem castanha escura ou pinhão que não
apresenta particularidades na cabeça e nos membros.
• Castanha Pinhão: pelagem de tonalidade vermelha bem escura,
quase preta. Pode ser diferenciada da preta maltinta avaliando-se a cabeça,
que na castanha pinhão tem predominância de pelos vermelhos e na preta
maltinta é coberta de pelos pretos (RIBEIRO, 2012)
2.2.2 Pelo de Rato
Caracterizada pela presença de pelos cinza na cabeça, pescoço e
tronco, lembrando a cor do rato de esgoto, com crina, cauda e extremidades
pretas. Esta pelagem não é encontrada nos equinos (cavalos e éguas), só
ocorre nos asininos (jumentos) e muares (burros e mulas) (UCHÔA, et al.,
2013).
2.3 Pelagens compostas
São formadas pela interpolação de pelos de duas ou três cores
diferentes, distribuídos no corpo do animal. A variação de cores pode ocorrer
no mesmo pelo (PORTAL, 2007).
2.3.1 Tordilha
Interpolação de pelos brancos em todo o corpo do animal. O gene
responsável pela pelagem tordilha é epistático, ou seja, sempre que estiver
presente no genótipo, vai se manifestar no fenótipo. Portanto, todo produto
tordilho é fruto de um acasalamento em que pelo menos um dos pais é tordilho.
O animal tordilho tem clareamento progressivo. O potro pode nascer com a
interpolação de pelos brancos característica do tordilho e clarear lentamente,
com o avançar da idade. Porém, a maioria nasce com uma pelagem firme e os
pelos brancos vão aparecendo à medida que envelhecem. Esse clareamento é
observado a partir das extremidades, principalmente na região da cabeça
(contorno dos olhos, narinas e orelhas), podendo iniciar também a partir da
crina, cauda e membros. Durante sua vida, o animal tordilho pode apresentar
diversas alterações na tonalidade da pelagem (UCHÔA, et al., 2013).
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• Tordilho-claro: Quando há grande predominância de pelos brancos,
com um mínimo de pelos de outras cores;
• Tordilho-ordinário: Quando há uma proporção mais ou menos entre
pelos brancos e escuros, dando ao todo um aspecto acinzentado típico;
• Tordilho-escuro: Quando a predominância dos pelos escuros sobre
os brancos;
• Tordilho-negro: Quando a forte predominância de pelos negros,
quase o tornando mouro, mais só não é por não ter a cabeça negra;
• Tordilho-sujo ou safranado: Quando a mistura de pelos amarelados
ou avermelhados, dando ao todo um aspecto cinza-amarelado de sujeira ou
açafrão;
• Tordilho-azulego ou cardão: Quando há reflexos azulados, pode ser
claro ou escuro;
• Tordilho-salpicado ou pedrez: Quando a muito salpicados de pelos
pretos sobre o fundo de pelos brancos;
• Tordilho-vinagre ou Sabino: Quando há uma mescla avermelhados
sobre pelos brancos, dando um aspecto de ferrugem;
• Tordilho-rodado: Quando os pelos pretos se aglomeram formando
manchas pequenas, arredondadas e mais escuras que o todo (RIBEIRO,
2012).
2.3.2 Rosilha
Caracterizada pela interpolação de pelos brancos nas diversas
pelagens. Esses pelos brancos são menos evidenciados na cabeça. Os potros
já nascem rosilho, mas raramente podem apresentar ao nascimento pelagens
uniformes e a interpolação de pelos brancos acontecerá mais tarde. As
variedades mais comumente encontradas se caracterizam pela ação do gene
do rosilho em outra pelagem qualquer. Pode ainda ser classificada como clara
(predominância de pelos brancos no pescoço e tronco) ou escuras
(predominância de pelos da pelagem de origem) (UCHÔA, et al., 2013).
• Rosilho-alazão-claro: Quando predominam os pelos brancos sobre o
fundo alazão desbotado, dando ao conjunto uma cloração levemente rosada;
• Rosilho-alazão-ordinária: Fracamente róseo;
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• Rosilho-alazão-escuro: Quando predominam os pelos alazões ou
avermelhados;
• Rosilho-alazão-mil-flores: Os pelos brancos se distribuem em
verdadeiros tufos sobre o fundo alazão, dando a impressão de flores de cor
branca;
• Rosilho-alazão-flores-de-pessegueiro: Os pelos alazões ou
vermelhos se agrupam em pequenos tufos sobre o fundo alazão mais claro,
interpolado de pelos brancos, lembrando a flor de pessegueiro (RIBEIRO,
2012).
2.3.3 Pampa
Conjugação de malhas brancas despigmentadas, bem delimitadas, em
qualquer outra pelagem. A designação pampa precede o nome da pelagem de
fundo, se a proporção de malhas brancas for maior, ou deve vir depois do
nome da pelagem de fundo, se as malhas brancas estiverem em menor
proporção. Algumas variedades: (UCHÔA, et al., 2013)
.• Pampa de Preto: pelagem preta sobre fundo branco.
• Preta Pampa: malhas brancas sobre fundo preto.
• Pampa de Alazã: pelagem alazã sobre fundo branco.
• Alazã Pampa: malhas brancas sobre fundo alazão.
• Pampa de Castanha: pelagem castanha sobre fundo branco.
•Pampa de Tordilha: pelagem tordilha sobre fundo branco
despigmentado (róseo) (RIBEIRO, 2012).
2.3.4 Toveira
Sua caracterização pode ser feita observando as malhas que são
irregulares e grande parte da cabeça apresenta malha despigmentada, como
na oveira, porém, as marcas do tronco ultrapassam a linha dorsal e na maioria
dos animais, a área despigmentada é maior que a pigmentada (UCHÔA, et al.,
2013).
3. PARTICULARIDADES DAS PELAGENS
3.1 Particularidades gerais
14
Não tem sede fixa no corpo do animal. Os pelos modificam o aspecto
das pelagens conferindo-lhes nomes especiais. Exemplos: apatacada,
salpicada e tordilho pedrês.
A direção natural dos pelos também pode ser diferente do corpo, em
pequenas áreas, são denominadas rodopios. Possui forma arredondada,
especificamente nas regiões da cabeça, garganta, pescoço e flancos. Quando
esses pelos irregulares possuírem formato mais alongado recebem o nome de
espiga. Se a espiga se localizar na tábua do pescoço é chamada de espada
romana, se situada nas espáduas ou costelas é denominada seta. A
localização zootécnica dos rodopios espigas sempre deve ser descrita na
resenha.
3.2 Particularidades especiais
Áreas delimitadas cobertas de pelos brancos contrastando com a
pelagem dominante. Podem ser observadas na cabeça, pescoço, tronco e
membros (UCHÔA, et al., 2013)
3.2.1 Cabeça
Celhado - Quando pelos brancos aparecem nas sobrancelhas.
Vestígio de estrela - Quando aparecem pelos brancos esparsos na
fronte.
Estrelinha - Quando há uma pequena pinta branca na fronte.
Estrela ou flor - Formada por uma mancha branca na fronte, podendo
ter várias formas: Em coração, em losango, em meia lua, em U.
Luzeiro - Formado por uma malha na fronte, podendo ser "escorrido".
Filete - Determinado por um estreito fio de pelos brancos que escorre
pela fronte ou chanfro.
Cordão - Determinado por uma fina mancha branca (mais largo que o
filete), que se estende da fronte ao chanfro, e até as narinas às vezes, podendo
ser interrompido ou desviado.
Frente aberta - Quando o cordão se alarga tomando toda a frente da
cabeça e indo até a região das narinas.
Façalvo - Determinada por malha branca sobre as faces laterais da
cabeça ou somente sobre um dos lados (esquerdo ou direito).
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Beta - Pinta branca que corre entre as narinas.
Bebe em branco - Quando um dos lábios ou ambos são brancos,
devendo isto ser esclarecido na resenha.
Cabeça de mouro - Mancha escura (pelos mais escuros ou pretos)
toma toda a cabeça.
Com embornal - A mancha abrange apenas a parte inferior da cabeça.
As particularidades acima citadas devem ser descritas na resenha, se
possível com um esboço dos contornos e desvios (CICCO, 2011).
3.2.2 Pescoço
Crinado - Quando o animal apresenta a crina branca ou desbotada.
Esta particularidade é comumente encontrada na pelagem Alazão, variedade
amarilho. Deve ser mencionada no resenho somente quando aparecer nas
pelagens mais escuras. Neste caso a cauda poderá ou não acompanhar a cor
da crineira (RIBEIRO, 2012)
3.2.3. Tronco
Listra de burro - Listra estreita, mais escura que a pelagem, que se
estende ao longo da linha dorsal, indo da cernelha à base da cauda.
Faixa crucial - Faixa escura que corta transversalmente a cernelha,
geralmente de pelagem vermelha, alcançando as espáduas.
Pangaré - É o animal que apresenta a parte inferior do ventre, face
interna das coxas e outras partes do corpo, esbranquiçadas.
Rabicão - Animal que apresenta fios brancos na cauda interpolados com
outros mais escuros (CICCO, 2011)
3.2.4 Membros
Zebruras - Estrias que cortam transversalmente os joelhos e jarretes.
Bragado - Quando o animal apresenta malhas brancas no terço
posterior do ventre e nas partes internas das coxas.
Cana-preta - O animal apresenta canelas pretas nas pelagens que não
as incluem.
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Calçado - Quando a cor branca aparece nos membros, bem delimitada,
nas pelagens que não incluem o branco nestas partes. Conforme a extensão
do branco o calçamento recebe as seguintes denominações:
Cascalvo - Quando somente os cascos são brancos
Calçado sobre coroa - Quando o branco está situado apenas na
circunferência da coroa do casco.
Baixo calçado - Quando o branco vai até o boleto.
Médio Calçado - Quando o branco abrange a qualquer parte da
canela.
Alto Calçado - Quando o branco alcança os joelhos e jarretes
Arregaçado - Quando o branco ultrapassa estas articulações
(joelhos e jarretes), alcançando os antebraços e pernas.
Argel - Quando um só membro é calçado.
Manalvo - Somente os anteriores são calçados.
Pedalvo - Somente os posteriores são calçados.
Calçado em diagonal - O calçamento é no bípede em diagonal,
devendo ser esclarecido apenas qual o anterior que forma a diagonal.
Trialvo -Três membros são calçados (baixo, médios ou altos);
devendo ser citado na resenha da seguinte forma: "trialvo anterior esquerdo" -
estando nisto explícito que o único membro não calçado é o anterior direito.
Quatralvo - Todos os membros são calçados (CICCO, 2011)
Os dados de pelagem, de que se lança mão para a resenha, devem
obedecer à seguinte sistemática: modalidade ou categoria, tipo, subtipo (se for
o caso), variedades, particularidades gerais, particularidades especiais e
finalmente particularidades independentes da pelagem.
Examina-se o animal de diante para trás, de cima para baixo e da
esquerda para a direita, de ambos os lados e, também, deve ser visto por trás.
Todos os sinais e marcas, bem como certas taras, devem ser detalhadamente
citados (RIBEIRO, 2012).
4 DENTIÇÃO
Apesar de relatos quanto à preocupação com a dentição equina, durante
a dinastia Shang (1.200 a.C.) na China e nas civilizações egípcias, os dentes
dos equinos somente começaram a ser avaliados quando a equinocultura
17
passou a ter valor comercial, uma vez que, a estimativa da idade é de
importância fundamental para determinação da vida útil do animal, procedida
de forma subsidiosa através da avaliação dentária. (ARCHANJO, 2009).
4.1 Estruturação dentária
Os dentes estão dispostos e inseridos nos ossos maxilar e mandibular,
que constituem duas curvas chamadas de arcadas dentárias (JUNQUEIRA e
CARNEIRO, 2004).
Cada dente é composto por uma parte visível exteriormente, a coroa, e
por uma parte interna, a raiz ou raízes. A zona estreita de separação entre a
coroa e a raiz ou raízes é denominada colo do dente. No interior do dente
encontra-se a cavidade pulpar, cuja forma se assemelha à do dente, e que nas
raízes termina num orifício designado forame apical ou apex, por onde passam
os vasos e os nervos. O esmalte, a dentina (estruturas mineralizadas) e a polpa
(não mineralizada) constituem-se os principais componentes dentários (DIXON,
2005).
4.2 Tipos, características e nomenclatura dentária.
Os mamíferos domésticos têm uma dentição classificada como
heterodonte, ou seja, apresentam diversos tipos ou grupos de dentes -
incisivos, caninos, pré-molares e molares - cada um com características e
funções específicas; ou seja, do tipo cortante ou penetrante, como os incisivos
e caninos de todos os animais e do tipo triturador, como é observado nos pré-
molares e molares, particularmente dos animais herbívoros (GETTY, 1986;
OMURA, 2003; FRANDSON, 2005).
Os dentes dos equinos evoluíram para o tipo hipsodonte, isto é,
possuem longas coroas, de sete a dez centímetros, no sentido ápico-coronal,
nos dentes pré-molares e molares; a maior parte da coroa é inclusa e,
denominada “coroa de reserva”. A mesa dentária dos incisivos apresenta uma
cavidade (invaginação do esmalte), com mais de 1 cm de profundidade num
dente virgem, designada cavidade dentária externa, infundíbulo ou corneto.
Esta cavidade está revestida por uma camada de cemento que se denomina
germe da fava (GETTY, 1986; OMURA, 2003).
18
Alguns dentes recebem nomenclatura diferenciada ou específica, de
acordo com a sua função, localização ou vulgaridade. Segundo Silva et al.
(2003) conforme a sua localização , os incisivos do equino são designados em
cada arcada, por pinças; os dois mais próximos do plano mediano, médios, os
dois que se seguem às pinças, cantos os dois mais distais, que se seguem aos
médios (OMURA, 2003).
. Esses dentes têm a forma de uma pirâmide, cujo vértice corresponde à
raiz do dente, enquanto a base corresponde à extremidade livre. O dente é
encurvado no sentido antero-posterior e achatado e inclinado em sentido lábio-
lingual na região da base, correspondente à face oclusal (GETTY, 1986; SILVA
et al., 2003).
Os dentes caninos são também denominados de dente-do-olho, dente-
do-freio, presas ou colmilhos. Em geral não ocorre mais que um par de dentes
caninos em cada maxila, em qualquer idade e podem estar completamente
ausente na égua, nos animais castrados e nos ruminantes (FRANDSON,
2005).
Paralelamente próximos às bochechas estão localizados os dentes pré-
molares (P) e molares (M). Os dentes decíduos da bochecha são os pré-
molares, sendo numerados, da frente para trás, P1, P2, P3 e P4. Os molares
surgem caudais aos pré-molares, senda repetida a sequência numérica da
nomenclatura: M1, M2 e M3(FRANDSON, 2005; GALLO e PAVEZI, 2006).
Localizado rostralmente ao segundo pré-molar, podem ocorrer os
primeiros pré-molares ou “dentes de lobo” (GETTY, 1986; OMURA, 2003;
RIBEIRO, 2004). Os quais apresentam forma de caninos e estão presentes, de
modo vestigial, na arcada maxilar em 20 a 60% dos equinos, mas são
raramente encontrados na arcada mandibular (SMITH, 2006).
O espaço inter-dentário entre caninos e pré-molares no antímero de uma
arcada,designa-se barra ou diastema, sendo particularmente grande quando os
dentes caninos estão ausentes (CALDEIRA et al. 2002; OMURA, 2003;
RUCKER, 2006).
Nos dentes que ainda não sofreram desgaste a extremidade livre
termina no bordo oclusal (cúspide), que se constitui o local de contato do dente
mandibular com o homólogo maxilar. Uma vez iniciado o desgaste do dente, é
mais correto utilizar para a designação dessas extremidades, as terminologias
19
mesa dentária ou face oclusal (GETTY, (1986), JUNQUEIRA e CARNEIRO
(1998)).
A conformação da mesa molar de superfície irregular é considerada
normal e traz vantagens pelo fato de ser áspera e promover o esmagamento
eficiente da forragem ingerida (ALLEN, 2008).
4.3. Cronologia etária
Embora não seja absolutamente indispensável a quem lida com equino,
saber determinar a idade de forma rigorosamente exata através da avaliação
dentária, deixando essa precisão para um perito nos casos litigiosos, uma
compra, ou seguro, é útil possuir conhecimentos suficientes para evitar erros
graves (MARCENAC et al, 1990).
O conhecimento da idade dos animais é naturalmente importante para
adequar o seu acompanhamento e expectativa da utilização futura. Se o animal
é criado para fins exclusivamente produtivos a idade possibilita noção
eminentemente econômica quanto à perspectiva do aproveitamento na
exploração. Em se tratando de animal de companhia e/ou lazer, a idade é uma
indicação precisa dos cuidados especiais, indispensáveis em cada fase da sua
vida, de modo a usufruir dessa relação durante o maior período de tempo. Em
termos práticos, a idade implica uma variação do valor comercial do animal,
assumindo assim, importância decisiva na determinação do valor da transação
(SILVA et al., 2003).
No que diz respeito à cronologia de erupção dentária, Lowder e Mueller
(1998) descrevem de acordo com a Tabela 1. Contudo, segundo Omura
(2003), como a maior parte da coroa dos dentes hipsodontes é inclusa, cerca
de 10 a 15% dos dentes pré-molares e molares em animais jovens, forma a
coroa clínica, ou seja, a parte da coroa que erupcionou. Transcorrendo de
forma lenta, aproximadamente dois a três milímetros por ano, durante a maior
parte da vida do equino.
20
.
4.4 Cronologia do desgaste etário
Embora a estimativa da idade dos equinos através do exame dentário
tenha atualmente uma aplicabilidade limitada, continua a ser a melhor forma de
conhecer a idade na ausência de provas documentais. Considera-se nesta
avaliação, aspectos relativos à estrutura, tipos de dentes, fórmula dentária, a
evolução dentária dos equinos e a cronologia dos eventos observáveis no
exame dentário principalmente da arcada inferior dos equinos (SILVA et al.,
2003).
A estimativa da idade dos equinos através do exame da dentição é
realizada essencialmente através da observação dos dentes incisivos,
considerando-se os seguintes aspectos: (GETTY, 1986; SILVA et al., 2003).
21
• Arcada mandibular: A erupção dos dentes temporários e
permanentes, o seu desenvolvimento até ser atingido o nível da arcada e,
posteriormente, as alterações da superfície oclusal ou mesa dentária,
decorrentes de desgaste; no que se refere à cavidade dentária externa e ao
esmalte central, à estrela dentária e à forma da mesa dentária;
• Arcada maxilar: Nos incisivos laterais (Cantos), a apreciação da
formação da “cauda de andorinha” e do “sulco de Galvayne”;
• O perfil do ângulo de oclusão das duas arcadas: Com o desgaste
dos dentes incisivos, ocorre achatamento da face oclusal para a raiz, que se
modifica gradualmente para lateral. Assim, da extremidade livre para a raiz, a
secção dos incisivos evolui de uma forma aproximadamente elíptica para oval,
redonda, triangular e finalmente de novo oval (também designada biangular),
quando o achatamento é já nitidamente lateral (KNOTTENBELT e PASCOE,
1998; CALDEIRA et al., 2002; SILVA et al., 2003).
O desgaste dos dentes ocorre de três mecanismos: mecanismos de
abrasão (o desgaste resulta da ação de substâncias abrasivas durante a
mastigação), mecanismos de atrição (resulta da ação das peças dentárias
entre si) e mecanismos de erosão, em que o desgaste resulta da ação química
de certas substâncias. Naturalmente, os dois primeiros mecanismos são os
mais importantes nos equinos. A erupção e o desgaste dos dentes incisivos é
feita a partir do plano médio para os extremos. Em cada dente, o desgaste
inicia-se pela região labial do bordo oclusal (por ser mais alta que a região
lingual), e divide o esmalte que reveste o dente em duas partes: a externa ou
periférica e a interna ou central. À medida que o desgaste progride, o corneto
diminui em largura e em profundidade até não ser visível qualquer depressão
física, sendo, no entanto ainda evidente o esmalte central; quando a depressão
do corneto desaparece diz-se que o dente está raso (CALDEIRA et al., 2002).
Sabe-se que o desgaste ocorre conforme com o tipo de dente e segundo
a idade. Indicando a Tabela 2, as idades aproximadas de rasamento,
nivelamento, aparecimento da estrela dentária e em que esta assume uma
posição central e uma forma arredondada na mesa dentária dos incisivos
adultos.
22
Portanto, conforme evidenciado, o desgaste dentário é bastante
consistente quanto à interpretação etária a partir dos seis anos.
Sendo assim Knottenbelt e Pascoe (1998), Getty (1986), Caldeira et al.
(2002) e Silva et al (2003) abordam as seguintes evidências.
• Em potros de um ano de idade, normalmente a estrela dentária é bem
visível nas pinças e médios temporários. Evidencia-se o desgaste dos cantos é
ainda pouco marcado. Estão presentes os primeiros molares.
• Aos dois anos e meio de idade: Ocorre à erupção das pinças
definitivas; os médios temporários estão “rasos e os cantos curtos e muito
gastos”; estão erupsionados, os segundos pré-molares definitivos e, os
primeiros e os segundos molares.
• Aos três anos de idade: A erupção das pinças definitivas está ao nível
da arcada e erupsionados os primeiros (caso existam), segundos e terceiros
pré-molares definitivos e, presentes os primeiros e os segundos molares.
• Aos três anos e meio de idade: Erupção dos médios definitivos, as
pinças definitivas apresentam algum desgaste e os cantos temporários rasos. A
partir desta idade pode iniciar-se a erupção dos dentes caninos (caso existam);
estão erupsionados os primeiros (caso existam), segundos e terceiros pré-
molares definitivos e, presentes os primeiros e os segundos molares.
• Aos quatro anos de idade: As pinças definitivas revelam algum
desgaste, porém os cornetos são ainda profundos; os médios definitivos
atingem o nível da arcada e estão presentes todos os pré-molares e molares.
23
• Aos quatro anos e meio de idade: Inicia-se a erupção dos cantos
definitivos; as pinças e os médios apresentam sinal desgaste, com cornetos
ainda profundos.
• Aos cinco anos de idade: Todos os incisivos atingiram o nível da
arcada - “o animal tem a boca feita” - as pinças e os médios com sinal de
desgaste; nos cantos, desgaste apenas visível na região labial do bordo oclusal
• Aos sete anos de idade: As pinças rasadas e o esmalte central
próximo ao bordo lingual, podendo também os médios começar a rasar. A
estrela dentária pode aparecer nas pinças com a forma de uma linha
transversal e, poderá estar presente nos cantos maxilares a “cauda de
andorinha”.
• Aos oito anos de idade: As pinças e os médios estão rasos, podendo
também os cantos começar a rasar, a estrela dentária é evidente nas pinças e
pode aparecer também nos médios. A mesa dentária das pinças começa a
“tomar uma forma arredondada”.
• Aos dez anos de idade: Mesa dentária das pinças e dos médios
arredondada, com o esmalte central das pinças próximo do bordo lingual;
“estrela dentária”, próxima ao centro da mesa dentária, com forma cada vez
mais arredondada.
• Aos onze anos de idade: Todos os incisivos podem apresentar uma
mesa dentária redonda. O esmalte central aproxima-se do bordo lingual em
todos os incisivos. A estrela dentária pode ocupar já uma posição central em
todos os incisivos, e pode assumir uma forma arredondada.
• Aos doze anos de idade: Todos os incisivos podem apresentar uma
mesa dentária redonda. As pinças podem estar niveladas e a estrela dentária
resumir-se a uma pequena mancha amarela no centro da mesa dentária.
• Aos treze anos de idade: A mesa dentária das pinças pode começar a
assumir uma forma triangular. Todos os incisivos podem estar nivelados e a
estrela dentária resumir-se a uma pequena mancha amarela no centro da mesa
dentária.
• Aos vinte e dois anos de idade: A mesa dentária pode ter uma forma
oval em todos os incisivos, que parecem estar comprimidos transversalmente.
Os acidentes da mesa dentária resume-se à estrela dentária que aparece como
uma pequena mancha amarela em posição central.
24
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