FACULDADE CATOacuteLICA SALESIANA DO ESPIacuteRITO SANTO
PATRIacuteCIA HELENA TEIXEIRA
ESTADO NUTRICIONAL RELACIONADO Agrave PRAacuteTICA DE ATIVIDADE FIacuteSICA E QUALIDADE DA DIETA DE IDOSOS
VITORIA
2013
PATRIacuteCIA HELENA TEIXEIRA
ESTADO NUTRICIONAL RELACIONADO Agrave PRAacuteTICA DE ATIVIDADE FIacuteSICA E QUALIDADE DA DIETA DE IDOSOS
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentando aacute Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo como requisito obrigatoacuterio para obtenccedilatildeo do tiacutetulo
de Bacharel em Nutriccedilatildeo
Orientador Profordf Mirian Patriacutecia Castro P Paixatildeo
VITORIA
2013
PATRIacuteCIA HELENA TEIXEIRA
ESTADO NUTRICIONAL RELACIONADO Agrave PRAacuteTICA DE ATIVIDADE FIacuteSICA E QUALIDADE DA DIETA DE IDOSOS
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado aacute Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo como requisito obrigatoacuterio para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Nutriccedilatildeo
Aprovado em 04 de dezembro de 2013 por
________________________________________________________________
Prof Dra Mirian Patriacutecia C P Paixatildeo - Orientadora
_________________________________________________________________
Luciana Almeida Costa ndash Nutricionista e Especialista em Gestatildeo de Alimentos e
Alimentaccedilatildeo Coletiva
________________________________________________________________
Giuliana Rizzo Taveira ndash Nutricionista e Especialista em Nutriccedilatildeo Cliacutenica Funcional
AGRADECIMENTOS
Aacute minha orientadora professora Mirian Paixatildeo pela paciecircncia na orientaccedilatildeo
incentivo e inspiraccedilatildeo no amadurecimento dos meus conhecimentos gerados ao
longo do curso que tornaram possiacutevel a conclusatildeo deste trabalho e muito mais que
isso na realizaccedilatildeo de um sonho
Aacute todos os professores que foram tatildeo importantes ao longo do curso e contribuiacuteram
para o crescimento da minha paixatildeo pela ciecircncia da Nutriccedilatildeo Em especial meu
muito obrigada aacutes professoras Luciene Rabelo Ana Cristina Soares Kelly Amichi
Clauacutedia Cacircmara Alessandra Rodrigues e Michele Barrela
Aacute querida e competente nutricionista Luciana Almeida Costa que natildeo hesitou em me
ajudar em momentos tatildeo trabalhosos na realizaccedilatildeo deste trabalho e aos demais
nutricionistas da equipe de Alimentaccedilatildeo Escolar da SEDU ndash ES que de alguma
forma contribuiacuteram para o meu crescimento pessoal e profissional
As amigas especiais Abyla Josiane e Ingrid pelo incentivo companheirismo
desabafos e apoio constante
Agradeccedilo tambeacutem ao meu noivo Jefferson que de forma especial e carinhosa me
deu forccedila e coragem me apoiando nos momentos de dificuldades Valeu a pena
toda a distacircncia todo o sofrimento todas as renuacutencias valeu a pena esperar para
que juntos possamos colher bons frutos de todo nosso empenho
E dedico esta e demais conquistas aos meus amados pais Sebastiatildeo e Maria da
Penha aos meus irmatildeos Everton Helder e Leandro as minhas cunhadas-irmatildes
Aline e Julliethe e a minha preciosidade sobrinha-afilhada Aliacutecia que eacute o meu maior
presente
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo avaliar o estado nutricional e consumo alimentar a
partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo atividade fiacutesica
realizando comparaccedilatildeo entre estes Para realiza-lo foi selecionada uma amostra de
40 idosos no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe Serra-ES Dois encontros
foram realizados a fim de avaliar o estado nutricional niacutevel de atividade fiacutesica e
consumo alimentar atraveacutes da aplicaccedilatildeo do iacutendice de qualidade da dieta revisado
(IQD-R) Durante avaliaccedilatildeo nutricional foi realizada a afericcedilatildeo do peso e estatura
para realizaccedilatildeo do caacutelculo do iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da
cintura (CC) circunferecircncia do braccedilo (CB) circunferecircncia da panturrilha prega
cutacircnea tricipital e percentual de gordura corporal atraveacutes de biompedacircncia Para
avaliar o consumo alimentar atraveacutes do IQD-R foi coletado o registro alimentar de
trecircs dias de todos os indiviacuteduos e para mensurar o niacutevel de atividade fiacutesica foi
aplicado o questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ) Foram
avaliados 40 idosos sendo a amostra 100 do sexo feminino Quanto ao niacutevel de
atividade fiacutesica 32 (n=13) indiviacuteduos foram classificados com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e 68 (n=27) com niacutevel de atividade fiacutesica moderado No grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi constatado segundo IMC que apenas 769 (n=1)
se encontravam em eutrofia Em relaccedilatildeo aacute CC o grupo apresentou um valor meacutedio
equivalente ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas
Quanto ao de gordura corporal apenas 1111 (n=1) apresentaram valores
adequados No grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado em relaccedilatildeo ao IMC
4814 (n=13) apresentam eutrofia Em relaccedilatildeo a CC o valor meacutedio encontrado no
grupo equivale a um risco aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e 5185 (n=
14) dos indiviacuteduos do grupo apresentaram um de gordura corporal adequado
Quanto a avaliaccedilatildeo de CB CP e PCT tambeacutem pocircde ser observado melhores
resultados no grupo de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao grupo de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo Na avaliaccedilatildeo da
qualidade da dieta em geral obteve-se uma pontuaccedilatildeo meacutedia de 7592 que
caracteriza uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser observado que os
indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia
maior de iacutendice de qualidade (7688) quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo (7398) Diante do exposto conclui-se que os idosos que
praticam atividade fiacutesica moderadamente apresentam um melhor estado nutricional
quando comparados aos idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Em
relaccedilatildeo a qualidade da dieta verifica-se que em geral a populaccedilatildeo estudada
apresentou uma elevada pontuaccedilatildeo no qual caracteriza a dieta como ldquosaudaacutevelrdquo
Em suma eacute necessaacuteria a realizaccedilatildeo futura de estudos nutricionais em idosos
abrangendo outros assuntos ligados agrave nutriccedilatildeo que sejam pertinentes a este grupo
Palavras-chave Qualidade da dieta idosos estado nutricional
ABSTRACT
This study aimed to assess the nutritional status and dietary intake through the diet quality
index of elderly people that practicing or not physical activity and making comparison
between them To realize it we selected a sample of 40 subjects in the Health Committee of
the Elderly Jacaraipe Serra - ES Two meetings were held to assess the nutritional status
level of physical activity and food consumption by applying the diet quality index revised
(IQD-R) Nutritional assessment was performed during the measurement of weight and
height for calculation of body mass index (BMI) waist circumference (WC) arm
circumference (AC ) calf circumference triceps skinfold thickness and body fat percentage
biompedacircncia through To assess food intake through IQD -R was collected three days food
record of all individuals and to measure the level of physical activity we applied the
International Physical Activity Questionnaire short version (IPAQ) We evaluated 40 subjects
the sample being 100 female The level of physical activity 32 (n = 13) subjects were
classified as low level of physical activity and 68 (n = 27) with moderate level of physical
activity In the group with low physical activity level was determined using BMI only 769
(n = 1) were eutrophic In relation to waist circumference the group had a mean value equal
to the substantially increased risk of metabolic complications As for body fat only 1111
( n = 1 ) showed adequate In the group with moderate physical activity level in relation to
BMI 4814 (n = 13) had normal weight Compared to DC the average value found in the
group amounts to an increased risk of metabolic complications and 5185 ( n = 14 ) of
individuals from one group had adequate body fat Regarding the evaluation of arm
circumference Calf circumference and skinfold thickness also be observed better results in
the group of elderly patients with moderate level of physical activity when compared to the
group of older people with low level of physical activity In assessing the quality of the diet
in general we obtained an average score of 7592 featuring a healthy diet but can also
be observed that the individuals in the group with moderate level of physical activity had a
higher average index quality (7688) compared to those with low levels of physical activity
(7398) Given the above it is concluded that elderly people who practice physical activity
moderately have a better nutritional status compared to the elderly who have a low level of
physical activity Regarding the quality of the diet it appears that the general population has
a high score which characterizes the diet as healthy In short it is necessary to conduct
future studies of nutrition in the elderly covering other issues related to nutrition which are
relevant to this group
Keywords Quality of diet Elderly Nutritional status
LISTA DE SIGLAS
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
PCT ndash Prega Cutacircnea Tricipital
GC ndash Percentual de Gordura Corporal
CP ndash Circunferecircncia da Panturrilha
CC ndash Circunferecircncia da Cintura
CB ndash Circunferecircncia do Braccedilo
IQD-R ndash iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado
DCNT ndash Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
IPAQ ndash Questionaacuterio Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica
CEP ndash Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
SISVAN ndash Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional
PROEF ndash Programa de Orientaccedilatildeo ao Exerciacutecio Fiacutesico
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos) 35
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos 47
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos 47
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres
48
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
49
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra
53
Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica
53
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
58
Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
58
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
59
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
59
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
61
Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
61
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 19 2 REFERENCIAL TEORICO 21 21TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DCNT NO ENVELHECIMENTO 21 22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE 25 23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO 28 24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO 30 25 QUALIDADE DA DIETA 36 251 iacutendice de Qualidade da Dieta 36 252 Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel no Envelhecimento 37 253 Seguranccedila Alimentar 39 26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO 39 261 Iacutendice de Massa Corporal 40 262 Circunferecircncia do Braccedilo 41 263 Circunferecircncia da Cintura 41 264 Prega Cutacircnea Tricipital 41 265 Cinrcunferecircncia da Panturrilha 42 27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO 42 3 METODOLOGIA 45 31 DESENHO DE ESTUDO 45 32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO 45 33 ASPECTOS EacuteTICOS 46 34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA 46 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR 49 36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA 50 37 ANAacuteLISE DOS DADOS 52
53 4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS 53 42 DISCUSSAtildeO 62 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71
REFEREcircNCIAS 73 APEcircNDICE A 85
APEcircNDICE B 86
APEcircNDICE C 87
ANEXO A 88
ANEXO B 89
ANEXO C 90
ANEXO D 91
ANEXO E 92
19
1 INTRODUCcedilAtildeO
O Brasil vem apresentando claramente o envelhecimento da populaccedilatildeo nas uacuteltimas
deacutecadas que pode ser explicado pela chamada transiccedilatildeo demograacutefica um
fenocircmeno caracterizado por reduccedilotildees progressivas nas taxas de mortalidade e
fecundidade Outro fenocircmeno que tambeacutem acompanha o envelhecimento da
populaccedilatildeo brasileira eacute a transiccedilatildeo epidemioloacutegica no qual apresenta uma elevaccedilatildeo
na incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ao mesmo tempo em que
ocorre uma reduccedilatildeo progressiva de doenccedilas infecto contagiosas (LEBRAtildeO 2007)
Paralelo agrave transiccedilatildeo epidemioloacutegica diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas naturais do
envelhecimento como elevaccedilatildeo do tecido adiposo diminuiccedilatildeo na sensibilidade da
insulina reduccedilatildeo da secreccedilatildeo do aacutecido cloriacutedrico aleacutem de alteraccedilotildees na percepccedilatildeo
do paladar tambeacutem contribuem diretamente para a ocorrecircncia de doenccedilas crocircnicas
natildeo transmissiacuteveis como o diabetes quadros de constipaccedilatildeo intestinal e sobrepeso
em idosos (BUENO et al 2008)
A sauacutede e a qualidade de vida e consequentemente a nutriccedilatildeo dos idosos tambeacutem
se encontram comprometidas com a alta incidecircncia de depressatildeo decorrentes na
maioria das vezes pela solidatildeo morte do conjugue dependecircncia de outras pessoas
para realizaccedilatildeo de simples tarefas cotidianas como a de se alimentar (LACERDA
SANTOS 2007)
Uma nova ferramenta que vem sendo utilizada para a avaliaccedilatildeo do consumo
alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) no qual se baseia na
comparaccedilatildeo das porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do
Guia alimentar para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo
da sauacutede atraveacutes da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de
nutrientes e obesidade (WENDPAP 2012)
Considerando todos estes aspectos relacionados agrave sauacutede e qualidade de vida dos
idosos eacute de suma importacircncia estudos relacionados agrave identificaccedilatildeo do estado
nutricional e do consumo alimentar desta populaccedilatildeo que mais cresce no mundo de
modo que se criem condiccedilotildees de formulaccedilatildeo de novas propostas de intervenccedilatildeo e
acompanhamento nutricional que auxiliem no tratamento e na prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis contribuindo assim tambeacutem para o aumento
da qualidade de vida (BUENO et al 2008)
20
Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e consumo
alimentar a partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo
atividade fiacutesica realizando comparaccedilotildees entre estes
21
2 REFERENCIAL TEORICO 21 TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DOENCcedilAS CROcircNICAS NAtildeO
TRANSMISSIacuteVEIS NO ENVELHECIMENTO
O mundo estaacute vivenciando um momento especial chamado momento demograacutefico
considerado um dos melhores devido agrave transiccedilatildeo demograacutefica que eacute caracterizada
pela diminuiccedilatildeo na taxa de mortalidade e tambeacutem reduccedilatildeo na taxa de natalidade o
que leva a uma inversatildeo na piracircmide populacional (ALVES 2008)
O processo de envelhecimento demograacutefico eacute facilmente identificado em todo o
mundo sendo esse processo mais significativo e acelerado nos paiacuteses em
desenvolvimento Segundo registros do IBGE no Brasil houve um aumento na
populaccedilatildeo de idosos de mais de trecircs por cento entre os anos de 1970 e 1990
(SIQUEIRA BOTELHO COELHO 2002)
Muler e Vietz (2009) relatam que segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede satildeo
considerados idosos indiviacuteduos com idade igual ou superior a 60 anos e Marucci e
outros (2011) afirmaram que atraveacutes do censo do ano de 2010 os indiviacuteduos nesta
faixa etaacuteria representam cerca de 11 da populaccedilatildeo brasileira que gira em torno de
21 milhotildees de idosos
O aumento da populaccedilatildeo idosa tem sido relativo agrave expansatildeo da expectativa de vida
da populaccedilatildeo brasileira que apresentou um aumento de 337 anos na deacutecada 50
para 5099 anos no ano de 1990 e passou para 6625 anos em 1995 e a expectativa
eacute que chegue a 7708 entre os anos de 2020 e 2025 (SIQUEIRA BOTELHO
COELHO 2002)
A taxa de natalidade tambeacutem eacute um processo que colabora para a transiccedilatildeo
demograacutefica e a sua reduccedilatildeo vem mostrando natildeo ter ligaccedilatildeo direta com as
condiccedilotildees econocircmicas das famiacutelias que optaram por natildeo ter ou ter um nuacutemero
reduzido de filhos pelo contraacuterio essa queda de fecundidade vem acontecendo por
livre escolha dos casais (ALVES 2008)
Anualmente cerca de milhares de novos idosos satildeo inseridos na populaccedilatildeo
brasileira e com isso haacute uma alteraccedilatildeo no quadro da mortalidade que antes era de
uma populaccedilatildeo mais jovem para uma sobrecarga de doenccedilas caracteriacutesticas da
22
terceira idade como doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e muacuteltiplas que levam a
quadros de internaccedilatildeo por longos anos que exigem ainda cuidados constantes
Esse quadro leva a um aumento nas despesas de tratamento meacutedico e de
internaccedilotildees hospitalares o que gera grandes desafios para o governo que se ver
obrigado a criar planos estrateacutegicos para a prestaccedilatildeo de cuidados e para a
prevenccedilatildeo das doenccedilas comumente a terceira idade (VERAS 2007)
A alta carga de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis caracteriza tambeacutem a chamada
transiccedilatildeo epidemioloacutegica esse processo envolve principalmente a reduccedilatildeo de
doenccedilas transmissiacuteveis e do mesmo modo ocorre o aumento de doenccedilas natildeo
transmissiacuteveis a transiccedilatildeo de casos de morbimortalidades da populaccedilatildeo mais
jovens para a populaccedilatildeo mais idosa alteraccedilatildeo de um quadro de mortalidade da
populaccedilatildeo para um quadro de morbidades (SCHRAMM et al 2004)
Pode-se observar uma relaccedilatildeo niacutetida entre transiccedilatildeo demograacutefica e transiccedilatildeo
epidemioloacutegica com a reduccedilatildeo das doenccedilas infecciosas que em tempos atraacutes era a
principal causa de mortalidade a taxa de mortalidade de populaccedilatildeo mais jovem
reduziu e em contrapartida esses ldquojovensrdquo passam a conviver com os fatores de
riscos para doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que se tornam mais comum com a
vivecircncia dos anos de vida adicionais decorrente da transiccedilatildeo demograacutefica
(CHAIMOWICZ 1997)
A alteraccedilatildeo na carga de doenccedilas que mais atinge a populaccedilatildeo para a prevalecircncia
de doenccedilas crocircnicas natildeo degenerativas e suas complicaccedilotildees leva aacute evidentes
alteraccedilatildeo na utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede puacuteblica em que envolve principalmente
aumento de custos para promover o tratamento meacutedico adequado destas
enfermidades com isso se faz necessaacuterio agrave implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que
possam suprir esse quadro (SCHRAMM 2004)
As principais doenccedilas crocircnicas que acometem os idosos satildeo o diabetes mellitus
hipertensatildeo arterial dislipidemias e obesidade O diabetes Mellitus trata-se de uma
patologia de etiologias muacuteltiplas podendo ser representado atraveacutes da ausecircncia ou
reduccedilatildeo na siacutentese de insulina e na falha dos efeitos da atividade da insulina Eacute
caracterizado por alteraccedilotildees no metabolismo dos carboidratos o que leva a uma
hiperglicemia Este estado de hiperglicemia por um longo periacuteodo pode acarretar em
danos disfunccedilotildees ou ateacute mesmo falecircncias em diversos oacutergatildeos (BRASIL 2011a)
23
O tratamento do diabetes mellitus se baseia em uma educaccedilatildeo permanente a
respeito das modificaccedilotildees de haacutebitos como a incorporaccedilatildeo da praacutetica de atividade
fiacutesica suspensatildeo de fumo e de bebidas alcooacutelicas incorporaccedilatildeo de haacutebitos
alimentares mais saudaacuteveis e em alguns casos a utilizaccedilatildeo de medicamentos e de
insulina exoacutegena (BRASIL 2011a)
A hipertensatildeo arterial eacute uma patologia que tambeacutem apresenta etiologia multifatorial e
eacute caracterizada pelo aumento nos niacuteveis pressoacutericos associados a diversas
alteraccedilotildees metaboacutelicas como hipertrofia cardiacuteaca considerando valores pressoacutericos
anormais igual ou maiores que 14090 mmHg (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA 2010)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial baseia-se no alcance do
peso ideal que eacute representando por valores inferiores de IMC a 249kg msup2 e perda
de medida da circunferecircncia da cintura alcanccedilado medidas inferiores a 102 cm para
homens e 88cm para as mulheres uma vez que vaacuterios estudos demostraram uma
ligaccedilatildeo direta entre peso corporal e pressatildeo arterial apresentando uma elevaccedilatildeo
linear aleacutem do encorajamento da reduccedilatildeo da ingestatildeo de sal A relaccedilatildeo entre
pressatildeo arterial e ingestatildeo de soacutedio eacute niacutetida devido a chamada sensibilidade ao sal
sendo assim a ingestatildeo de sal de cozinha deve ser limitada a 5 gramas diariamente
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2010 )
A Dislipidemia eacute caracterizada atraveacutes de alteraccedilotildees nas taxas de lipiacutedios no
sangue podendo ser classificada em Hipercolesterolemia Isolada no qual ocorre
somende a elevaccedilatildeo do LDL em valores igual ou acima de 160mgdl
hipertrigliceridemia Isolada representada pelo aumento somente nos valores
trigliceriacutedeos no sangue em valor igual ou acima de 150mgdl hiperlidemia mista no
qual ocorre elevaccedilatildeo nos valores de LDL e trigliceriacutedeos e HDL baixo representando
pela reduccedilatildeo do HDL seacuterico nos valores menores que 40mgdl para homens e
50mgdl para mulheres (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da dislipidemia eacute voltado para a terapia nutricional
atraveacutes de planejamento alimentar adequado que vise a reduccedilatildeo na ingestatildeo de
gorduras principalmente de colesterol e de gorduras saturadas e consequentemente
na reduccedilatildeo de lipiacutedicos seacutericos A reduccedilatildeo da ingestatildeo de colesterol ocorre atraveacutes
da diminuiccedilatildeo no consumo de produtos de origem animal incluindo viacutesceras
embutidos e leites e derivados integrais entre outros alimentos A diminuiccedilatildeo do
24
consumo de gordura saturada se daacute atraveacutes da reduccedilatildeo no consumo de alimentos
principalmente de origem animal tais como carnes com gorduras e leites integrais
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico de dislipidemias tambeacutem engloba a praacutetica de
atividade fiacutesica regularmente no qual leva a reduccedilatildeo de trigliceriacutedeo plasmaacutetico e
elevaccedilatildeo de HDL-C seacuterico e o abandono do fumo O tratamento medicamentoso eacute
empregado quando as mudanccedilas no estilo de vida natildeo alcanccedilam um resultado
satisfatoacuterio ou quando se precisa de resultados raacutepidos para a reversatildeo do quadro
de dislipidemia com isso haacute a administraccedilatildeo de medicamentos hipolipemiantes que
atuam impedindo a siacutentese intracelular de colesterol aumentando os receptores de
LDL no fiacutegado que leva haacute uma maior captaccedilatildeo de colesterol circulante
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
A ocorrecircncia de excesso de peso em idosos geralmente eacute diagnosticada atraveacutes do
Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizando o ponto de corte de igual maior que 27
kgmsup2 (SILVEIRA KAC BARBOSA 2009) O excesso de massa gorda no corpo
humano tem trazido diversas complicaccedilotildees metaboacutelicas tornando um problema de
sauacutede puacuteblica que atinge diversos paiacuteses em todo o mundo natildeo distinguindo paiacuteses
desenvolvidos ou em desenvolvimento A obesidade eacute um integrante do grupo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que cada vez se torna mais prevalente na
sociedade aleacutem disso a proacutepria condiccedilatildeo de obesidade eacute um grande fator de risco
para o desenvolvimento de outras doenccedilas crocircnicas como diabetes mellitus e
hipertensatildeo arterial (KUMPEL et al 2011)
O tratamento da obesidade deve ter como objetivo principal a reduccedilatildeo de peso seja
esta meta alcanccedilada atraveacutes de tratamento dieteacutetico atraveacutes da incorporaccedilatildeo de
uma alimentaccedilatildeo adequada dentro recomendaccedilatildeo energeacutetica para cada paciente ou
farmacoloacutegico no qual se emprega o uso de medicamentos que agem diminuindo a
fome aumentando a saciedade ou ainda alterando os mecanismos de digestatildeo e
absorccedilatildeo de nutrientes ou o tratamento para a obesidade pode ser ainda ciruacutergico
no qual a reduccedilatildeo de peso eacute decorrente de alguma intervenccedilatildeo ciruacutergica (BORGES
NONINO SANTOS 2006)
A atual situaccedilatildeo demograacutefica do nosso Paiacutes requer uma mudanccedila de caraacuteter
emergencial na atenccedilatildeo agrave sauacutede dos idosos brasileiros Essa alteraccedilatildeo deve
envolver propostas modernas que possa fazer com que o sistema de sauacutede do paiacutes
25
ganhe e tambeacutem com que os idosos possam utilizar-se dos serviccedilos puacuteblicos de
modo a promover o aumento da qualidade nestes anos extras de vida pois mesmo
que o Brasil esteja apresentando um perfil demograacutefico semelhante ao perfil de
paiacuteses desenvolvidos o paiacutes em geral natildeo dispotildee de serviccedilos que possa suprir esse
novo perfil da populaccedilatildeo brasileira (VERAS 2007)
Entretanto jaacute pode ser verificado algumas accedilotildees voltadas a essa nova populaccedilatildeo
idosa como a criaccedilatildeo por parte do Governo de centros de convivecircncia de idosos
que incluem as mais diversas atividades como o objetivo de minimizar a solidatildeo e
aumentar a qualidade de vida (TOSCANO OLIVEIRA 2009)
22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE
De um modo geral a velocidade do crescimento da populaccedilatildeo idosa natildeo
acompanha a velocidade de implantaccedilatildeo e desenvolvimento de accedilotildees
governamentais voltadas para este puacuteblico sendo assim nos uacuteltimos anos pode-se
observar o crescente aumento de estudos que objetivam criar suportes para o
desenvolvimento de programas e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para o bem estar dessa
populaccedilatildeo (MENDES et al 2005)
Segundo Gonccedilalves e outros (2007) a criaccedilatildeo e execuccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas para
a populaccedilatildeo idosa implica em contradiccedilotildees uma vez que ainda haacute uma grande falha
na implantaccedilatildeo de poliacuteticas primaacuterias que possam favorecer por exemplo a
educaccedilatildeo e o emprego e o governo jaacute vem dando ecircnfase a poliacuteticas puacuteblicas para a
populaccedilatildeo no fim da vida
Mesmo assim o envelhecimento populacional estaacute em evidencia em diversas
organizaccedilotildees internacionais que lutam por investimentos financeiros que possa
garantir o envelhecimento da populaccedilatildeo de modo igualitaacuterio e com qualidade uma
vez que haacute uma grande diferenccedila no modo de se tratar idosos em paiacuteses em
desenvolvimento e paiacuteses desenvolvidos (GONCcedilALVES 2007)
No Brasil a preocupaccedilatildeo e atenccedilatildeo com qualidade de vida dos idosos teve grande
avanccedilo atraveacutes da implantaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (1993) no qual
defende a integraccedilatildeo definitiva do idoso na sociedade em 1994 ocorreu a
26
implantaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional do Idoso que tem como principal objetivo assegurar
os direitos sociais dessa populaccedilatildeo (BENEDETTI 2007)
No ano de 2003 o governo brasileiro sancionou o Estatuto do Idoso que visa
garantir os direitos reservados aos idosos com idade igual ou superior a sessenta
anos entre eles o Art 3 que assegura que
Eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia da comunidade da sociedade e do Poder Puacuteblico assegurar ao idoso com absoluta prioridade a efetivaccedilatildeo do direito agrave vida agrave sauacutede agrave alimentaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo agrave cultura ao esporte ao lazer ao trabalho agrave cidadania agrave libertada agrave dignidade ao respeito e agrave convivecircncia familiar e comunitaacuteria (BRASIL 2010a p11-169)
Quanto aacute sauacutede o estatuto garante que o Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS deve
assegurar agrave atenccedilatildeo integral a sauacutede do idoso utilizando-se de serviccedilos de para
prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede dando ecircnfase as doenccedilas
que mais atingem a populaccedilatildeo idosa (Brasil 1994)
Diante dessas diversas poliacuteticas implantadas pode-se observar claramente que nem
todos os direitos nestas estabelecidas satildeo realmente alcanccedilados na realidade
brasileira sendo assim a criaccedilatildeo oue implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas e
realizaccedilatildeo de accedilotildees para um envelhecimento saudaacutevel ainda estaacute em pleno
acontecimento Essas conquistas geralmente estatildeo ocorrendo atraveacutes da criaccedilatildeo de
programas para idosos como centros de vivecircncias campanhas de vacinaccedilatildeo
atividades de lazer programas de exerciacutecios fiacutesicos entre outros (BENEDETTI
2007)
Eacute possiacutevel observar uma crescente elevaccedilatildeo em todo o mundo na implantaccedilatildeo de
programas ao incentivo a praacutetica de atividade fiacutesica destinada a toda a populaccedilatildeo
incluindo os idosos No Brasil esse crescimento eacute niacutetido apoacutes a implantaccedilatildeo dos
Programas de Sauacutede da Famiacutelia que possibilitou a criaccedilatildeo de programas de
orientaccedilatildeo ao exerciacutecio fiacutesico em conjunto com as Prefeituras (BENEDETTI 2007)
O municiacutepio de Serra no estado do Espiacuterito Santo Brasil conta com diversos
programas municipais relacionados a promoccedilatildeo de sauacutede e qualidade de vida do
idosos entre os essenciais satildeo destacados o programa de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico (PROEF) no qual trata-se de um programa indicado inicialmente para os
idosos mas que alcanccedilou uma grande plenitude tendo como objetivo atual atingir o
27
puacuteblico jovem e adulto uma vez que o programa tem representando uma grande
participaccedilatildeo na prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas crocircnicas principalmente o
Diabetes Mellitus hipertensatildeo e Obesidade (SERRA 2012)
Outra ferramenta de controle do diabetes e hipertensatildeo no municiacutepio da Serra eacute o
monitoramento que acontece com esses indiviacuteduos nas Unidades de Sauacutede por
meio de atendimento multidisciplinar e oferecimento de materiais e medicamentos
para o controle destas doenccedilas como o fornecimento de insulina para pacientes que
necessitam do uso exoacutegeno de insulina (SERRA 2012)
Para melhorar a nutriccedilatildeo dos idosos o muniacutecipio da Serra disponibiliza para
indiviacuteduos com mais de 55 anos um quilo de leite em poacute desnatado por mecircs
enriquecido com caacutelcio atraveacutes do Programa de Suplemento Alimentar para o Idoso
(PSAI) que atende indiviacuteduo com mais de 55 anos e com renda de ateacute 40 do
salaacuterio miacutenimo per capta Os objetivos primordiais do programa satildeo alcanccedilar a
reduccedilatildeo de gastos com internaccedilotildees hospitalares ter um controle maior do diabetes
e hipertensatildeo aleacutem de promoccedilatildeo da qualidade de vida dessa faixa etaacuteria da
populaccedilatildeo serrana (SERRA 2012)
Com intuito de promover o controle das principais doenccedilas crocircnicas o Ministeacuterio da
Sauacutede em 2011 criou o Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial
e ao Diabetes Mellitus aprovado pela PortariaGM ndeg 16 de 03012002 no qual satildeo
definidas accedilotildees para prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede para indiviacuteduos hipertensos e
diabeacuteticos cadastrados no Sistema Uacutenico de Sauacutede (BRASIL 2011sup2)
Dentro do Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo aacute Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes
Mellitus criou-se o Programa Hiperdia atraveacutes da Portaria nordm 371GM Em 04 de
marccedilo de 2002 que visa o cadastramento e acompanhamento de todos os
indiviacuteduos portadores de hipertensatildeo e diabetes atraveacutes de um sistema
informatizado em todas as unidades de sauacutede O Hiperdia conta com uma equipe
multidisciplinar que envolve cardiologias nefrologistas dentista farmacecircutico
educador fiacutesico nutricionista e assistente social para atender todos os participantes
do programa conforme suas necessidades aleacutem da disponibilizaccedilatildeo de
medicamentos gratuitos para o controle destas patologias (INSTITUTO MINEIRO DE
ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA 2008)
23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO
28
O processo envelhecimento eacute caracterizado como um sistema contiacutenuo que
apresenta alteraccedilotildees fisioloacutegicas em oacutergatildeos e sistemas do corpo humano sendo
assim um a adesatildeo aacute um estilo de vida saudaacutevel pode levar a promoccedilatildeo da
qualidade de vida e consequentemente reduzir a velocidades destas alteraccedilotildees
fisioloacutegicas quem em muitas vezes leva a incapacidade e a dependecircncia por partes
dos idosos (NOBREGA et al 1999)
O processo natural do envelhecimento provoca diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas no
organismo no qual envolve alteraccedilotildees anatocircmicas e funcionais que refletem
diretamente na sauacutede desta populaccedilatildeo (CAMPO MONTEIRO ORNELAS 2000)
Aleacutem de dificultar a vivencia do indiviacuteduo idoso em seu meio que podem acelerar o
caminho para a morte (CHOCHAMOVITZ citado por PESSOA 2012)
O estado nutricional do indiviacuteduo tem importante papel no envelhecimento uma vez
que o controle das doenccedilas comumente a velhice como doenccedilas crocircnicas
relacionam-se diretamente com o estado nutricional Sendo assim a nutriccedilatildeo eacute de
suma importacircncia para localizaccedilatildeo de fatores de riscos para o desenvolvimento de
doenccedilas e de mortalidade entre os idosos (NASCIMENTO et al 2011)
Geralmente as alteraccedilotildees no estado nutricional do idoso influenciam
especificamente em algumas doenccedilas o baixo peso por exemplo estaacute em muitas
vezes relacionado com doenccedilas respiratoacuterias e o excesso de peso relacionado com
doenccedilas cardiovasculares e o diabetes (NASCIMENTO et al 2011)
O organismo envelhecido tambeacutem apresenta diversas alteraccedilotildees que afetam a
nutriccedilatildeo do indiviacuteduo idoso como a reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica basal alteraccedilotildees
no sistema digestoacuterio alteraccedilotildees na palatibilidade e na percepccedilatildeo da sede aleacutem da
redistribuiccedilatildeo da massa corporal com a reduccedilatildeo progressiva da massa magra e
aumento do tecido adiposo que afetam diretamente no consumo alimentar e no
estado nutricional da populaccedilatildeo idosa respectivamente (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
A alteraccedilatildeo da palatibilidade eacute comumente encontrada em cerca de 80 da
populaccedilatildeo idosa decorrente da diminuiccedilatildeo da percepccedilatildeo de gosto pelas papilas
gustativas devido a diminuiccedilatildeo na quantidade de bototildees gustativos (ROSA et al
2008)
29
Grandes alteraccedilotildees satildeo encontradas no sistema gastro-intestinal mas em geral o
funcionamento do intestino do pacircncreas e do fiacutegado satildeo encontrados com elevada
capacidade funcional as grandes alteraccedilotildees acontecem atraveacutes da atrofia da
mucosa gaacutestrica o que leva a diminuiccedilatildeo da siacutentese do aacutecido cloriacutedrico e do fator
intriacutenseco que consequentemente leva a menor absorccedilatildeo da vitamina B12 aleacutem da
reduccedilatildeo do gosto (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
As alteraccedilotildees gastrointestinais refletem principalmente na dificuldade absortiva de
micronutrientes (BHUTTO citado por TRAMONTINO et al 2009) e na dificuldade da
digestatildeo que levam ao aparecimento constante de gases mal estar constipaccedilatildeo
que pioram com uma alimentaccedilatildeo inadequada pobre em fibras comumente aos
haacutebitos alimentares dessa populaccedilatildeo (TRAMONTINO et al 2009)
As alteraccedilotildees no trato gastro-intestinal podem resultar tambeacutem na constipaccedilatildeo
intestinal que tambeacutem possui relaccedilatildeo direta com a alimentaccedilatildeo fatores psicoloacutegicos
fatores fiacutesicos e o uso de medicamentos podem ainda levar a maiores complicaccedilotildees
como distensatildeo abdominal cacircncer de coloacuten hemorroidas fiacutestula anal entre outras
patologias que vatildeo interferem diretamente tambeacutem na qualidade de vida dos idosos
(RAMOS citado por NESELLO TONELLI BELTRAME 2011)
A constipaccedilatildeo intestinal eacute definida atraveacutes da constataccedilatildeo de menos de trecircs
episoacutedios de evacuaccedilatildeo no periacuteodo de uma semana com a presenccedila de esforccedilo
sensaccedilatildeo de obstruccedilatildeo e presenccedila de fezes endurecidas de acordo com o consenso
de Roma III (LONGSTRETH et al citado por NESELLO TONELLI BELTRAME
2011)
Segundo Bosshard e outros citado por Nesello e outros(2004) a prevalecircncia da
constipaccedilatildeo intestinal eacute maior na populaccedilatildeo idosa o que nos jovens chegando a
atingir cerca de 20 dos idosos no geral e a sua prevalecircncia eacute ainda maior nas
mulheres do que nos homens
A intoleracircncia a glicose eacute uma caracteriacutestica bastante encontrada nos idosos no qual
possivelmente eacute decorrente da diminuiccedilatildeo da produccedilatildeo hormonal e do aumento no
nuacutemero de ceacutelulas adiposas frente a ceacutelulas musculares Com o diagnoacutestico da
intoleracircncia a glicose o tratamento eacute realizado apenas atraveacutes de uma dieta
equilibrada (TRAMONTINO et al 2009)
30
O diabetes mellitus tipo 2 estaacute entre as principais doenccedilas crocircnicas prevalentes na
sociedade atualmente e que atinge na sua maioria os idosos Aleacutem de ser uma das
causas principais de doenccedilas cardiovasculares (MENDES et al 2011)
Durante o processo de envelhecimento os processos de catabolismo e anabolismo
tambeacutem se encontram diferenciados no qual o catabolismo supera todos os
processos de anabolismo fazendo com que os oacutergatildeos tenham suas funccedilotildees
diminuiacutedas atraveacutes da reduccedilatildeo de ceacutelulas e ainda existem vaacuterias alteraccedilotildees
bioquiacutemicas que contribuem para a morte de ceacutelulas como a accedilatildeo de radicais livres
(TRAMONTINO 2009)
Os radicais livres satildeo moleacuteculas consideradas instaacuteveis uma vez que possuem um
nuacutemero iacutempar de eleacutetrons esse fato faz com que estas moleacuteculas procurem alguma
outra moleacutecula para capturarem um eleacutetron e se tornarem estaacuteveis podendo levar
consequentemente a degeneraccedilatildeo celular tecidual e orgacircnica (PEREIRA 2012)
Aleacutem das alteraccedilotildees fisioloacutegicas os fatores socioeconocircmicos tambeacutem exercem uma
importante influencia na sauacutede dos idosos o que envolve tambeacutem o consumo
alimentar (CAMPOS 2000)
24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO
Diversos estudos defendem a ideia de que a nutriccedilatildeo possui um caraacuteter
insubstituiacutevel na promoccedilatildeo do aumento de qualidade de vida devendo assim ser
associada a outros meacutetodos para garantir a eficaacutecia deste processo atraveacutes da
prevenccedilatildeo e controle de diversas patologias (CARVALHO et al 2003 DOBNER
BLASI KIRSTEN 2012)
A alimentaccedilatildeo adequada eacute imprescindiacutevel em qualquer faixa etaacuteria eacute a partir da
alimentaccedilatildeo que alcanccedilamos a capacidade de realizar diversas accedilotildees no dia a dia
desde a mais simples como estudar ateacute as mais complexas como a praacutetica de
exerciacutecios fiacutesicos Dentre as vaacuterias importacircncias da alimentaccedilatildeo a ingestatildeo de
nutrientes adequada eacute de suma importacircncia para um envelhecimento saudaacutevel
(FERNANDES 2010)
Em decorrecircncia da transiccedilatildeo epidemioloacutegica a nutriccedilatildeo ganhou um amplo espaccedilo
no campo da prevenccedilatildeo de doenccedilas e estados fisioloacutegicos comumente encontrados
31
em idosos decorrentes ao processo natural do envelhecimento e de outros agravos
como a alta incidecircncia no uso de diversos medicamentos A ingestatildeo adequada de
fibras relacionadas com uma ingestatildeo adequada de aacutegua por exemplo auxilia na
prevenccedilatildeo e tratamento da constipaccedilatildeo intestinal aumentando a qualidade de vida
Diversos estudos apontam que um consumo entre 20 e 40 gramas diariamente
associado a ingestatildeo adequada de aacutegua leva a uma melhora consideraacutevel no quadro
de constipaccedilatildeo (BECKENKAMP 2010)
Campos e outros relatam (2009) que os fatores psicossociais comuns aos idosos
como perda do cocircnjuge solidatildeo falta de renda depressatildeo entre outros satildeo os
principais fatores externos que contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo nesta populaccedilatildeo
uma vez que a maioria desses consomem em meacutedia menos de 1000kcaldia de
correntes da ingestatildeo de alimentos de menor custos e de maior facilidade de
preparo
A baixa renda com que a maioria dos idosos vive e que influencia diretamente no
consumo alimentar tambeacutem estaacute ligada a exclusatildeo desse grupo no mercado de
trabalho mesmo que muitos apresentem capacidade funcional e motora condizentes
com muitos trabalhos disponiacuteveis a idade muitas vezes acaba por ser o grande
obstaacuteculo para a conquista da vaga e consequentemente para o aumento da renda
que em muitos casos eacute composta apenas pela aposentadoria e ou pensotildees
(NOGUEacuteS citado por CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
O relacionamento social tambeacutem eacute um grande influenciador no consumo alimentar
segundo Campos e outros (2000) a solidatildeo vivenciada pelo idoso leva ao
esquecimento do cuidado com si mesmo sendo assim a alimentaccedilatildeo natildeo ganha
muita atenccedilatildeo sendo preparada de forma inadequada sem atentar para a qualidade
e quantidade suficiente Muitas vezes a alimentaccedilatildeo eacute composta por alimentos de
faacutecil preparo que inclui normalmente alimentos industrializados pobres em
nutrientes essenciais para o organismo idoso
A preocupaccedilatildeo com a nutriccedilatildeo do idoso cresceu atraveacutes de vaacuterios estudos que
demonstraram que a desnutriccedilatildeo e o sobrepeso predominam em indiviacuteduos idosos e
que este quadro eacute resultante das condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem aleacutem
de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
32
De acordo Sass (2010) cerca de 15 a 20 de idosos apresentam algum sintoma
depressivo A prevalecircncia da depressatildeo varia de acordo com fatores a idade sexo e
fatores sociais Esse quadro de depressatildeo eacute bastante preocupante tambeacutem pelo fato
de estar relacionado diretamente com o Estado Nutricional dos idosos uma vez que
haacute alteraccedilotildees no sistema neuroloacutegico que tambeacutem eacute responsaacutevel pelos mecanismos
da fome e ansiedade podendo assim resultar em desnutriccedilatildeo ou obesidade Aleacutem
dessas consequecircncias relacionadas agrave nutriccedilatildeo alguns estudos indicam tambeacutem a
depressatildeo como um fator para doenccedilas cardiovasculares
Diversos estudos tambeacutem apontam que a nutriccedilatildeo dos idosos pode ser influenciada
negativamente pelo fato da incapacidade e ou dificuldades da realizaccedilatildeo de
atividades cotidianas sozinhas como o simples fato de cozinhar aleacutem das
alteraccedilotildees motoras que tambeacutem podem piorar a preparaccedilatildeo dos alimentos e o seu
proacuteprio consumo Os aspectos emocionais como perda de cocircnjuge e depressatildeo
tambeacutem contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo por levar a reduccedilatildeo do apetite ou por
aumentar a recusa por alimentos (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
Diversos estudos demonstram uma reduccedilatildeo progressiva do valor energeacutetico da
alimentaccedilatildeo dos idosos que ao mesmo tempo apresenta um aumento no consumo
de carboidratos principalmente os chamados simples que pode contribuir para o
aparecimento ou complicar doenccedilas crocircnicas como o diabetes (MENEZES
MARUCCI 2012)
De acordo com Tramontino e outros (2009) um grande fator que tambeacutem afeta a
nutriccedilatildeo do idoso eacute a sauacutede bucal uma vez que uma condiccedilatildeo inadequada da boca
como a falta de denticcedilatildeo consequentemente leva a dificuldade de mastigaccedilatildeo que
leva a um consumo alimentar alterado que interfere diretamente em uma adequada
nutriccedilatildeo Aleacutem disso a sauacutede bucal e a nutriccedilatildeo acabam formando um ciclo onde
interfere no outro pois uma nutriccedilatildeo inadequada decorrente por falta de denticcedilatildeo ou
por outra caracteriacutestica leva a problemas na sauacutede bucal e a maiores perdas de
denticcedilatildeo
A nutriccedilatildeo tem relaccedilatildeo direta com a sauacutede bucal uma vez que a alimentaccedilatildeo pode
influenciar diretamente no aparecimento de caacuteries na perda dos esmaltes dos
dentes e no desenvolvimento em geral da denticcedilatildeo que assim podem levar ao
aparecimento de dores lesotildees doenccedilas periodontal que consequentemente
poderatildeo levar a mudanccedilas tambeacutem na alimentaccedilatildeo (MAGALHAtildeES 2011)
33
Devido a diversas patologias comumente encontradas nos idosos o uso de
medicamentos por esta populaccedilatildeo eacute grande e o consumo elevador de
medicamentos podem levar a alteraccedilotildees na cavidade oral como xerostomia
candidiacutease entre outras alteraccedilotildees (MAGALHAtildeES 2011)
Segundo Andrade (2009) a condiccedilatildeo da boca como o nuacutemero de dentes
adequados ou o uso de proacuteteses pode influenciar nas escolhas dos alimentos e ateacute
mesmo no seu modo de preparo o que influencia diretamente nos haacutebitos
alimentares dos idosos
Castilhos e Padilha (2002) afirmaram que a denticcedilatildeo pode influenciar as pessoas em
trecircs campos fisioloacutegico psicoloacutegico e social No aspecto fisioloacutegico os dentes
podem influenciar na alimentaccedilatildeo do individuo por meio do processo de mastigaccedilatildeo
dos alimentos que interferem diretamente na ingestatildeo de nutrientes na manutenccedilatildeo
corpoacuterea e ateacute mesmo no prazer em se alimentar
A diminuiccedilatildeo da saliva decorrente do processo natural do envelhecimento aleacutem de
comprometer a manutenccedilatildeo da cavidade oral por estar ter uma accedilatildeo na limpeza da
cavidade e por ter um efeito antimicrobiano tambeacutem influencia diretamente na
mastigaccedilatildeo na formaccedilatildeo do bolo alimentar e tambeacutem na digestatildeo e absorccedilatildeo dos
alimentos uma vez que com a reduccedilatildeo da saliva haacute tambeacutem a diminuiccedilatildeo da
siacutentese de amilase salivar (ROSA et al 2008)
O elevado uso de medicamentos tambeacutem pode interferir na absorccedilatildeo de diversos
nutrientes na interaccedilatildeo chamada de droga-nutriente e ainda a medicaccedilatildeo pode
influenciar na ingestatildeo alimentar uma vez que muitos podem levar a anorexia
alteraccedilotildees na percepccedilatildeo do gosto e do odor naacuteuseas vocircmitos e ainda as
adaptaccedilotildees na alimentaccedilatildeo dos idosos devido agrave incapacidade de mastigaccedilatildeo de
alguns alimentos comumente leva a carecircncias nutricionais principalmente atraveacutes
da reduccedilatildeo na ingestatildeo de Vitaminas dentre elas vitamina C e B12 essenciais ao
bom funcionamento orgacircnico (MAGALHAtildeES 2011)
Para estimar as necessidades nutricionais dos idosos deve se levar em
consideraccedilatildeo diversos fatores como as alteraccedilotildees fisioloacutegicas condiccedilatildeo da sauacutede
em geral frequecircncia de exerciacutecio fiacutesico fatores psicoloacutegicos e fatores
socioeconocircmicos sendo assim uma adequada nutriccedilatildeo deve envolver todos estes
fatores de forma a alcanccedilar suas reais necessidades e deve se ainda dar atenccedilatildeo as
34
diferenccedilas das recomendaccedilotildees nutricionais para adultos e idosos Os idosos
apresentam uma necessidade energeacutetica menor que os adultos uma vez que ocorre
a reduccedilatildeo do metabolismo basal decorrente das alteraccedilotildees da composiccedilatildeo corporal
reduccedilatildeo da massa magra e aumento de tecido adiposo (TRAMONTINO et al 2009)
As recomendaccedilotildees nutricionais dos idosos natildeo satildeo totalmente estabelecidas devido
as constantes alteraccedilotildees fisioloacutegicas desta populaccedilatildeo por isso os valores de
recomendaccedilotildees usados satildeo os mesmos valores de referecircncias usados para os
adultos (HESEKER SCHNEIDER 1994 citado por ARANHA et al 2000)
Magalhatildees (2011) afirmou que mesmo que o sobrepeso seja prevalente em grande
parte da populaccedilatildeo idosa a principal preocupaccedilatildeo relacionada agrave nutriccedilatildeo desta
populaccedilatildeo eacute a desnutriccedilatildeo uma vez que vaacuterios fatores levam a reduccedilatildeo na ingestatildeo
alimentar destes indiviacuteduos
De acordo Barbosa (2012) os idosos tambeacutem incorporaram novos haacutebitos
alimentares assim como toda a populaccedilatildeo nos uacuteltimos anos com o aumento do
consumo de alimentos industrializados realizaccedilatildeo de refeiccedilotildees fora de casa Sendo
assim a educaccedilatildeo nutricional se mostra como uma grande ferramenta para a
promoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis podendo contribuir para prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas comumente a populaccedilatildeo idosa
Segundo Muller e Vietz (2009) a educaccedilatildeo nutricional eacute uma parte da nutriccedilatildeo
voltada ao aprendizado na adequaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo de haacutebitos alimentares em todas
as fases da vida desde a infacircncia ateacute a velhice
Diversos autores engajaram haacute anos discussotildees sobre a importacircncia da educaccedilatildeo
nutricional principalmente no campo de promoccedilatildeo da sauacutede Essa importacircncia foi
crescendo a ponto de ser encontradas nos principais documentos de poliacuteticas
puacuteblicas ligadas a alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo como o Programa Fome Zero (SANTOS
2012)
Considerando todas as alteraccedilotildees fisioloacutegicas e psicoloacutegicas provenientes do
envelhecimento que dificultam em muitas vezes o consumo alimentar o processo de
educaccedilatildeo nutricional deve estar presente na ida do idoso de modo que estes tenham
conhecimento dessas principais alteraccedilotildees e de alternativas para contornar os
efeitos dessas alteraccedilotildees e tornar o ato de se alimentar mais prazeroso (FRANCO
2012)
35
Segundo Montenegro e Silva para que a alimentaccedilatildeo atenda as necessidades de
gasto energeacutetico de indiviacuteduos idosos eacute necessaacuterio que haja adequaccedilatildeo da dieta
aleacutem disso a associaccedilatildeo de uma alimentaccedilatildeo adequada com a praacutetica de atividade
fiacutesica regular pode promover benefiacutecios a sauacutede do idoso contribuindo tambeacutem para
a melhora do funcionamento dos processos metaboacutelicos ligados ao exerciacutecio bem
como auxiliar na recuperaccedilatildeo de lesotildees contribuindo assim para o aumento de
massa muscular e condicionamento fiacutesico
Na tabela 1 esta demostrado as recomendaccedilotildees nutricionais mais usadas
atualmente para os idosos e que satildeo provenientes da Dietary Reference Intakes
(DRI) na qual trata-se de uma revisatildeo dos valores de recomendaccedilotildees nutricionais
adotada em diversos paiacuteses (PADOVANI et al 2006)
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos)
EAR RDA AMDR Homens Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 30 _ Mulheres Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 21 _ Fonte Padovani et al 2006 Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos
nutricionais
25 QUALIDADE DA DIETA
251 iacutendice de qualidade da dieta
Aranha e outros (2000) afirmaram que a idade e a nutriccedilatildeo satildeo dois fatores
diretamente relacionados com o aparecimento e a gravidade de patologias os
idosos por exemplo apresentam uma reduccedilatildeo do funcionamento do sistema imune
devido a idade que pode ser piorado com uma maacute nutriccedilatildeo
Eacute evidente a importacircncia de uma alimentaccedilatildeo adequada para os idosos diversos
estudos demonstram uma relaccedilatildeo direta entre a dieta e o surgimento de doenccedilas
crocircnicas em idosos como hipertensatildeo arterial e diabetes (BARBOSA 2012)
36
A avaliaccedilatildeo do consumo alimentar que subsidia uma intervenccedilatildeo nutricional
adequada especiacutefica eacute um instrumento de muita eficaacutecia poreacutem de difiacutecil aplicaccedilatildeo
Vaacuterios estudos veem tentando criar instrumentos capazes de responder aos
desafios impostos pela complexidade da dieta humana Os meacutetodos de investigaccedilatildeo
do consumo de alimentos a serem utilizados dependem do objetivo do estudo e se
as estimativas seratildeo individuais ou para grupos populacionais sendo que cada
meacutetodo apresenta vantagens e desvantagens (WENDPAP 2012)
Com o aumento da incidecircncia de patologias relacionadas principalmente com os
haacutebitos alimentares tecircm se dado mais atenccedilatildeo a avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
de indiviacuteduos e populaccedilotildees um meacutetodo que vem sendo proposto para analisar a
ingestatildeo alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta (IQD) que foi adaptado para a
populaccedilatildeo brasileira e revisado por Previdelli e outros (2011)
O Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) se baseia na avaliaccedilatildeo das
porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do Guia alimentar
para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes
da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de nutrientes e obesidade
Previdelli e outros (2011) afirma que o IQD-R pode ser de grande auxiacutelio para a
avaliaccedilatildeo do consumo alimentar de diversas faixas etaacuterias aleacutem de promover
subsiacutedios para o planejamento de accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede como
intervenccedilatildeo e educaccedilatildeo nutricional
O IQD-R avalia doze componentes sendo nove grupos alimentares dois satildeo
nutrientes e um grupo de calorias proveniente de gordura soacutelida aacutelcool e accediluacutecar de
adiccedilatildeo (Gord_AA) Os grupos alimentares satildeo ldquoFrutas Totaisrdquo(inclui frutas e sucos
de frutas naturais) ldquoFrutas integraisrdquo (exclui sucos de frutas) ldquoVegetais Totaisrdquo
ldquoVegetais Verdes Escuros e Alaranjados e Leguminosasrdquo (este uacuteltimo soacute eacute pontuado
apoacutes atingir-se a pontuaccedilatildeo maacutexima de carnes ovos e leguminosas)ldquoCereais
Totaisrdquo (inclui raiacutezes e tubeacuterculos) ldquoCereais Integraisrdquo ldquoLeite e Derivadosrdquo(inclui
inclusive bebidas agrave base de soja) ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo ldquoOacuteleosrdquo (inclui as
gorduras mono e poliinsaturadas oacuteleos das oleaginosas e gordura de peixe) Os
nutrientes incluem ldquoSoacutediordquo e ldquoGordura saturadardquo O valor do IQD-R pode variar entre
0 e 100 sendo que os escores mais altos indicam que a ingestatildeo alimentar estaacute
proacutexima das recomendaccedilotildees (MOTA et al 2008 WENDPAP 2012)
37
252 Alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento
Segundo o manual brasileiro referente agrave alimentaccedilatildeo saudaacutevel para a pessoa idosa
publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede em 2009 dez passos devem ser seguidos como
forma de orientaccedilatildeo para alcanccedilar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento o
que inclui
bull Realizaccedilatildeo de pelo menos trecircs refeiccedilotildees e dois lanches saudaacuteveis ao longo
do dia evitando ficar sem alimentar por muito tempo dando preferecircncia a
alimentos de faacutecil mastigaccedilatildeo como frutas amassadas ou picadas e carnes
desfiadas ou moiacutedas devido agraves dificuldades de mastigaccedilatildeo e degluticcedilatildeo
comumente encontradas em idosos decorrente da perda de dentes e da
diminuiccedilatildeo da saliva
bull Inclusatildeo de seis porccedilotildees diaacuterias de cerais e tubeacuterculos dando preferecircncias
aos alimentos integrais uma vez que os alimentos integrais possuem um alto
teor de fibras que contribuem tambeacutem para um adequado funcionamento do
intestino
bull Trecircs porccedilotildees de legumes e verduras nas grandes refeiccedilotildees diariamente
Estes alimentos satildeo fontes principais de vitaminas minerais e fibras
bull Trecircs porccedilotildees ou mais de frutas nas sobremesas e nos lanches diariamente
As frutas tambeacutem satildeo importantes fontes de fibras e vitaminas e devem
incrementar os lanches saudaacuteveis ao longo do dia
bull Consumo de arroz e feijatildeo em pelo menos cinco dias da semana A
combinaccedilatildeo desses alimentos resulta em uma ingestatildeo de proteiacutena completa
bull Trecircs porccedilotildees diaacuteria de leite e derivados e uma porccedilatildeo de carnes aves
peixes ou ovos dando preferecircncia a carnes magras O leite e seus derivados
satildeo importantes fontes de caacutelcio um mineral essencial na manutenccedilatildeo do
tecido oacutesseo As carnes satildeo fontes de ferro e de proteiacutena de alto valor
bioloacutegico
bull Reduccedilatildeo da quantidade de sal nas refeiccedilotildees devido a grande prevalecircncia de
hipertensatildeo arterial encontrada em toda a populaccedilatildeo brasileira e em especial
em idosos
38
bull Ingestatildeo de pelo menos dois litros de aacutegua no qual equivale
aproximadamente aacute seis ou oito copos meacutedio Uma ingestatildeo de aacutegua
adequada eacute essencial para um bom funcionamento orgacircnico
bull Reduccedilatildeo no consumo de refrigerantes sucos industrializados biscoitos
recheados e doces em geral Estes alimentos industrializados possuem
geralmente em sua composiccedilatildeo um grande teor de soacutedio que contribui para o
aumento da pressatildeo arterial aleacutem de possuiacuterem tambeacutem grande quantidade
de conservantes
bull Reduccedilatildeo no consumo de bebidas alcooacutelicas e realizaccedilatildeo de praacutetica de
atividade fiacutesica regular por pelo menos trinta minutos diariamente O consumo
de aacutelcool estaacute diretamente relacionado ao ganho de peso e a diversos
prejuiacutezos aacute sauacutede como problemas hepaacuteticos por exemplo A praacutetica de
atividade fiacutesica regular traz inuacutemeros benefiacutecios agrave sauacutede como controle do
peso e prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis
Outras orientaccedilotildees tambeacutem satildeo de suma importacircncia para que o idoso tenha
condiccedilotildees de se realizar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel diariamente
bull A mesa de refeiccedilatildeo deve ser posta de forma simples de forma a facilitar a
realizaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pelo idoso
bull Deve haver um contraste entre toalha da mesa e utensiacutelios afim de que se
facilite a visatildeo do indiviacuteduo e consequentemente facilite a sua alimentaccedilatildeo
bull Os utensiacutelios a serem utilizados pelos idosos devem ser simples de modo
que o seu manuseio seja faacutecil e natildeo apresente riscos elevados de quebra
253 Seguranccedila Alimentar
O termo seguranccedila alimentar estaacute relacionado ao acesso a uma alimentaccedilatildeo
adequada em niacutevel qualitativo e quantitativo de forma a atender as necessidades
individuais enquanto que o termo de inseguranccedila alimentar engloba vaacuterios fatores
deste a preocupaccedilatildeo em adquirir o alimento a perda da qualidade e diversidade dos
alimentos (FAZZIO 2012)
39
Diversos estudos vecircm apontando os crescentes casos de inseguranccedila alimentar que
vem atingindo os idosos que interferem em uma adequada nutriccedilatildeo e
consequentemente interferem na sauacutede desta populaccedilatildeo (LEON et al 2005)
A prevalecircncia de residecircncias de idosos que apresentam inseguranccedila alimentar eacute
cada vez mais encontrada em todo o mundo nos Estados Unidos essa prevalecircncia
varia 6 a 16 em Campinas a inseguranccedila alimentar chegou a atingir 52 das
residecircncias com idosos (LEON et al 2005)
Os indiviacuteduos idosos que apresentam inseguranccedila alimentar e nutricional dentro de
suas residecircncias tem maiores chances de possuir deficiecircncias nutricionais
decorrente da inadequada ingestatildeo de diversos nutrientes incluindo principalmente
caacutelcio vitamina A e proteiacutena quando comparados a idosos que vivem em seguranccedila
alimentar (ROSE OLIVEIRA 1991 citado por BARBOSA et al 2013)
26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO
Para traccedilar o diagnoacutestico do estado nutricional de idosos muitos indicadores que
satildeo utilizados para avaliaccedilatildeo da antropometria de outras faixas etaacuterias tambeacutem
fazem parte deste diagnoacutestico como o peso e a altura que permitem a avaliaccedilatildeo do
iacutendice de massa corporal (IMC) Circunferecircncia do braccedilo (CB) Circunferecircncia da
Cintura (CC) e prega cutacircnea tricipital entretanto essa populaccedilatildeo ainda conta com
um indicador especiacutefico para avaliaccedilatildeo principalmente de perda de massa magra e
consequentemente desnutriccedilatildeo que eacute a Circunferecircncia da Panturrilha (CERVI
FRANCESCHINI PRIORE 2006)
Quanto aos indicadores observa-se assim uma vasta opccedilatildeo de utilizaccedilatildeo entretanto
as maiores dificuldades na precisatildeo do diagnoacutestico do estado nutricional do idoso
ficam por conta dos pontos de cortes especiacuteficos que em muitas vezes natildeo satildeo
estabelecidos para esta populaccedilatildeo que sofrem diversas alteraccedilotildees orgacircnicas e
funcionais (CERVI FRANCESCHINI PRIORE 2006)
261 Iacutendice de Massa Corporal O objetivo do iacutendice de massa corporal eacute avaliar a massa corporal em comparaccedilatildeo agrave
altura de forma simples e raacutepida utilizando apenas o peso em quilogramas e a
altura em metro quadrado (PERISSINOTTO et al 2002)
40
Sendo assim o uso deste indicador eacute muito frequente na avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica
de diversas populaccedilotildees Entretanto diversos estudos afirma a necessidade de
associar o diagnoacutestico pelo IMC com outros indicadores uma vez que este natildeo
diferencia a massa corporal ou seja natildeo identifica a distribuiccedilatildeo de tecido adiposo e
tecido muscular (PERISSINOTTO et al 2002)
Quanto aos pontos de corte utilizados do IMC para idosos o Ministeacuterio da Sauacutede
atraveacutes do Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
sugere a utilizaccedilatildeo de uma faixa de normalidade entre o valores de 22kgmsup2 e
27kgmsup2 sendo classificados como baixo peso indiviacuteduos idosos que apresentem
IMC inferior a 22kgmsup2 e como sobrepeso indiviacuteduos que apresentem uma valor
acima de 27kgmsup2 natildeo havendo pontos de cortes que defina o niacutevel de desnutriccedilatildeo
e niacutevel de obesidade (SAMPAIO 2006)
Uma grande dificuldade encontrada na utilizaccedilatildeo do IMC para idosos eacute decorrente
da insensibilidade deste indicador quanto ao decreacutescimo de estatura aumento de
tecido adiposo e aumento da massa muscular e quantidade de aacutegua corporal que
satildeo alteraccedilotildees comumente encontradas no envelhecimento (SANTOS SICHIERI
2005)
262 Circunferecircncia do Braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo reflete a composiccedilatildeo corporal total incluindo tecido oacutesseo
massa muscular e tecido adiposo e possibilita a aplicaccedilatildeo de outros indicadores
como a circunferecircncia muscular do braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo (CB) em idosos tende a diminuir devido agrave perda de massa
magra tiacutepico da idade e tambeacutem pelo deslocamento da gordura para regiatildeo central
na avaliaccedilatildeo deste indicador relaciona-se o valor encontrado com o valor meacutedio para
a idade do indiviacuteduo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA GONZALES
2013)
263 Circunferecircncia da Cintura A medida circunferecircncia da cintura eacute um indicador essencial uma vez que atraveacutes
deste eacute possiacutevel verificar uma possiacutevel localizaccedilatildeo acumulada de tecido adiposo
41
nessa regiatildeo e uma circunferecircncia da cintura elevada revela possiacuteveis riscos
cardiovasculares e metaboacutelicos (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
Em relaccedilatildeo aos pontos de cortes natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica para a utilizaccedilatildeo
em idosos o que dificulta a precisatildeo do diagnoacutestico nutricional uma vez que o
aumento de gordura na regiatildeo abdominal eacute comum em idosos devido a
redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo que acontece em maiores proporccedilotildees pelo
deslocamento desse tecido dos membros para a regiatildeo central do tronco (PAIVA
NETO OLIVEIRA SANTOS 2007)
264 Prega Cutacircnea Tricipital
A afericcedilatildeo da prega cutacircnea tricipital e em geral todas as outras pregas cutacircneas
permitem identificar a quantidade de tecido adiposo subcutacircneo Trata-se de um
indicador sensiacutevel a desnutriccedilatildeo que permite avaliar os estoques de gordura
corporal Os pontos de cortes utilizados na avaliaccedilatildeo deste indicador vatildeo de acordo
com a medida obtida e a medida meacutedia (p50) de acordo com a idade do indiviacuteduo
(FIORE et al 2006)
Assim como na Circunferecircncia do braccedilo espera-se uma reduccedilatildeo do valor da prega
cutacircnea tricipital decorrente da redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo nesta populaccedilatildeo
estudada o que leva a reduccedilatildeo da precisatildeo deste indicador em relaccedilatildeo a
sensibilidade de desnutriccedilatildeo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
265 Circunferecircncia da Panturrilha A circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador utilizado geralmente para avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica de indiviacuteduos idosos por ser sensiacutevel a depleccedilatildeo muscular nesta
faixa etaacuteria e de faacutecil obtenccedilatildeo (SAMPAIO 2004)
Segundo Acunatilde e Cruz (2004) a circunferecircncia da panturrilha eacute o indicador mais
sensiacutevel agrave desnutriccedilatildeo em idosos sendo superior a outro indicador de suma
importacircncia que eacute a circunferecircncia do braccedilo
42
O valor circunferecircncia da panturrilha menor que 31 cm classifica-se como
desnutriccedilatildeo representando perda de massa muscular enquanto que achados acima
desse valor satildeo classificados como eutrofia (SPEROTTO 2010)
27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO
Caracteriza-se como atividade fiacutesica qualquer movimento do corpo que envolva a
contraccedilatildeo muscular e em qualquer ambiente seja em casa no trabalho ou ao ar
livre e alguns benefiacutecios podem aparecer mesmo com pouco tempo de praacutetica em
indiviacuteduos sedentaacuterios (ZAITUNE et al 2010)
A praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem eacute de fundamental importacircncia na prevenccedilatildeo de
diversas doenccedilas crocircnicas e em meio agrave transiccedilatildeo demograacutefica essa praacutetica se torna
ainda mais relevante Essa importacircncia pode ser verificada atraveacutes de um dos
objetivos do Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o enfrentamento das doenccedilas
crocircnicas natildeo transmissiacuteveis do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil no qual quer a busca
da promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes da praacutetica de exerciacutecio fiacutesico (MADEIRA et al 2013)
A falta de atividade fiacutesica principalmente em idosos pode complicar a perda de
massa magra que eacute comum em indiviacuteduos dessa faixa etaacuteria uma vez que
geralmente eacute decorrente das alteraccedilotildees hormonais principalmente pela reduccedilatildeo na
siacutentese de hormocircnios de crescimento de hormocircnios sexuais (MAGALHAtildeES 2011)
A atividade fiacutesica eacute reconhecida por inuacutemeros benefiacutecios aacute sauacutede de quem a pratica
e com os idosos natildeo eacute diferente eacute constatada uma melhora na qualidade de vida e
na sauacutede em geral o que consequentemente leva a reduccedilatildeo da probabilidade do
aparecimento de doenccedilas crocircnicas internaccedilotildees e morte (ZAITUNE et al 2010)
Fiatorone-Singh (1998) citado por Matsudo (2002) afirma que a praacutetica regular de
atividade fiacutesica possui grande influecircncia sobre as alteraccedilotildees na composiccedilatildeo corporal
comumente encontradas em idosos uma vez em que em diversos estudos foi
confirmada a hipoacutetese de que idosos ativos possuem um melhor estado nutricional
quando comparado a idosos sedentaacuterios em relaccedilatildeo a indicadores de peso iacutendice
de massa corporal gordura corporal e ainda relaccedilatildeo cintura-quadril
Os benefiacutecios da praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem estatildeo relacionados diretamente
com o aumento da capacidade funcional de idosos uma vez que a capacidade
43
funcional interfere na forccedila muscular que por sua vez eacute inteiramente dependente da
massa muscular Visto que a atividade fiacutesica contribui para fortalecimento da massa
muscular haacute consequentemente uma reduccedilatildeo na perda natural deste tecido
decorrente do envelhecimento (MATSUDO 2002)
A prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas atraveacutes da melhora do estado nutricional
relacionada ao aumento da capacidade funcional e outros benefiacutecios decorrentes da
praacutetica de atividade fiacutesica leva consequentemente a uma elevaccedilatildeo da qualidade de
vida do indiviacuteduo idoso que me muitas vezes se encontra comprometida
(MATSUDO 2002)
A falta da praacutetica de atividade fiacutesica vem sendo crescente em toda a populaccedilatildeo
mundial Masso e outros (2005) em seu estudo que identificava a prevalecircncia de
sedentarismo em mulheres relataram que somente 37 da sua populaccedilatildeo se
encontram ativas ou seja que tinham o haacutebito regular de praticar alguma atividade
fiacutesica
Ferreira e Gobi (2003) afirma que o excesso de peso natildeo estaacute relacionado somente
com um consumo alimentar inadequado uma vez que estudos recentes vecircm
comprovando que a obesidade adquirida ao longo de anos estaacute mais relacionada
com o sedentarismo do que uma ingestatildeo excessiva de alimentos
Os mecanismos que levam a atividade fiacutesica agrave prevenccedilatildeo e ao tratamento de
doenccedilas e agrave incapacidade funcional envolvem principalmente a reduccedilatildeo da
adiposidade corporal a queda da pressatildeo arterial a melhora do perfil lipiacutedico e da
sensibilidade agrave insulina o aumento do gasto energeacutetico da massa e da forccedila
muscular da capacidade cardiorrespiratoacuteria da flexibilidade e do equiliacutebrio
(FERREIRA GOBI 2003)
Segundo Toscano e Olivera (2007) os programas puacuteblicos criados para a promoccedilatildeo
de praacutetica de atividade fiacutesicas satildeo importantes para o aumento da qualidade de vida
seja atraveacutes dos benefiacutecios desta praacutetica e atraveacutes de um maior conviacutevio social que
afasta a solidatildeo
Matsudo (2002) relata que vaacuterios pesquisadores ressaltam a necessidade da
implantaccedilatildeo de programas voltados agrave praacutetica de atividade fiacutesica em todo mundo
uma vez que estes mesmo pesquisadores encontraram resultados bastante
satisfatoacuterios relacionados agrave praacutetica regular de atividade fiacutesica demostrando ainda
44
que esta praacutetica eacute essencial para diminuir as consequecircncias indesejaacuteveis na sauacutede
dos indiviacuteduos decorrentes do envelhecimento
Atualmente no mundo todo a prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e
outras intercorrecircncias na sauacutede provocadas pelo passar da idade natildeo poder estar
isolada da praacutetica de atividade fiacutesica (MATSUDO et al 2006)
Atraveacutes de vaacuterios resultados positivos evidenciados em diversos estudos que
abordaram a atividade fiacutesica e os benefiacutecios proporcionados a seus praticantes jaacute eacute
possiacutevel verificar o aumento de investimento de oacutergatildeo puacuteblicos e privados em
programas de incentivo e orientaccedilatildeo a praacutetica de atividade fiacutesica (FERREIRA GOBI
2003)
Hoje em dia diversas aacutereas dos oacutergatildeos puacuteblicos estatildeo investindo em programas de
incentivo a atividade fiacutesica principalmente para os idosos entretanto deve-se ter
cautela na execuccedilatildeo destes programas garantindo um espaccedilo fiacutesico adequado com
profissionais qualificados a fim de que se possa realmente alcanccedilar os objetivos
destes programas (BENEDETTI GONCcedilALVES 2007)
45
3 METODOLOGIA 31 DESENHO DE ESTUDO
Foi realizado um estudo descritivo transversal com uma abordagem qualitativa com
40 idosos cadastrados no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe muniacutecipio de
Serra participantes e natildeo participantes do programa municipal de orientaccedilatildeo ao
exerciacutecio fiacutesico realizado neste espaccedilo
O estudo ocorreu em dois encontros na primeira consulta ocorreu a identificaccedilatildeo do
paciente e a coleta de dados antropomeacutetricos Inicialmente foi realizado a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) e em
seguida foi realizada uma entrevista para o preenchimento do Prontuaacuterio contendo
os seguintes itens Identificaccedilatildeo do paciente e avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica (Apecircndice
B) e o paciente foi convidado ainda a realizar o registro alimentar de trecircs dias para
ser analisado na proacutexima consulta (Apecircndice C)
No segundo encontro que foi realizado uma semana apoacutes a primeira consulta foi
coletado o registro alimentar de trecircs dias e ainda foi aplicado o questionaacuterio
Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica do tipo IPAQ curto para classificaacute-los
quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica exercido pelos mesmos (Anexo A)
32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO
O Comitecirc de sauacutede do idoso trata-se de uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
registrada regularmente instituiacutedo por um grupo de idosos da regiatildeo mas conta com
o apoio da Prefeitura da Serra o proacuteprio espaccedilo fiacutesico eacute cedido pela prefeitura e
sendo assim o mesmo local recebe o Programa municipal de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico
Os idosos cadastrados no comitecirc contribuem com um valor singelo mensalmente
para que sejam criadas atividades recreativas para os mesmos como curso de
pintura bordado viagens e outros Atualmente existem cerca de cento e sessenta
idosos cadastrados no comitecirc e um grupo de oito idosos compotildeem a diretoria sendo
um presidente que planejam atividades e buscam apoio de entidades puacuteblicas e
privadas para realizaccedilatildeo de alguns serviccedilos e atividades
46
A principal atividade exercida pelos cadastrados eacute o PROEF que conta com um
educador fiacutesico que orienta os participantes do programa com ginaacutestica aeroacutebica
com duraccedilatildeo de uma hora por trecircs vezes na semana entretanto natildeo satildeo todos os
cadastrados no comitecirc de sauacutede do idoso que participam deste programa
33 ASPECTOS EacuteTICOS
Foi informado aos indiviacuteduos todos os procedimentos a serem realizados durante a
pesquisa antes de assinar o termo de consentimento livre e esclarecido conforme
as normas para realizaccedilatildeo de Pesquisa em seres humanos e atendendo aos
criteacuterios da Eacutetica da Pesquisa em Sauacutede segundo descrito na Resoluccedilatildeo 19696
(BRASIL 2002)
O Projeto de pesquisa do presente trabalho foi submetido ao Comitecirc de eacutetica e
Pesquisa da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo tendo sido aprovado
34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
As medidas antropomeacutetricas analisadas para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal
dos indiviacuteduos foram peso corporal altura percentual de gordura circunferecircncias
do braccedilo cintura panturrilha e prega cutacircnea tricipital
Para a coleta das medidas antropomeacutetricas foram utilizados os seguintes
instrumentos balanccedila de bioimpedacircncia da marca Tanitareg devidamente calibrada
com capacidade de 150 kg e precisatildeo de 100g adipocircmetro de marca Cescorf
devidamente calibrado com amplitude de 88 mm e precisatildeo de 01mm fita meacutetrica
natildeo elaacutestica da marca Sanny estadiocircmetro da marca Altura Exata e com precisatildeo
de 05cm
O indiviacuteduo foi pesado usando roupas leves sem sapatos e sem qualquer objeto de
metal com o auxiacutelio da balanccedila Tanitareg colocada numa superfiacutecie plana e riacutegida
pela qual se obteve aleacutem do peso os valores dos percentuais de gordura e de
aacutegua Ressalta-se a natildeo indicaccedilatildeo do uso da bioimpedacircncias em indiviacuteduos que
possuem em seu corpo algum material metaacutelico como marcapasso devido as
possiacuteveis falhas na passagem da corrente eleacutetrica (CONSELHO FEDERAL DE
MEDICINA 2009)
47
A altura foi determinada utilizando-se o estadiocircmetro sendo orientado ao paciente
permanecer descalccedilo em posiccedilatildeo ereta olhando para o horizonte com os
calcanhares unidos e apoiados agrave parte posterior do estadiocircmetro assim como a
parte posterior dos joelhos naacutedegas e escaacutepulas estando a cabeccedila posicionada
reta (BRASIL 2011c)
Na tabela 2 satildeo encontrado os resultados do IMC com base no peso e altura
aferidos do paciente usando a foacutermula IMC = Peso corporal (kg) Estatura (m)sup2
sendo este avaliado segunda a classificaccedilatildeo recomendado pelo Sistema de
Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos Classificaccedilatildeo IMC (kgmsup2) Risco de Comorbidades
Baixo Peso lt 22 Baixo Peso Normal 22 - 269 Meacutedio Sobrepeso ge270 - Fonte The Nutrition Screening Initiative (1994) citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e
Nutricional Orientaccedilotildees para coleta anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede
(2011)
Os valores de referecircncia utilizados para a classificaccedilatildeo do percentual de gordura
corporal de idosos segundo GALLAGHER et al (2000) encontram-se no tabela 3
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos
Classificaccedilatildeo Gordura Corporal ()
Homens Mulheres Baixo lt13 lt24
Adequado 13 ndash 249 24 - 359
Elevado 25 - 299 36 - 419
Muito Elevado ge 30 ge 42
Fonte GALLAGHER et al 2000 Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex
A circunferecircncia da cintura foi aferida com o paciente em peacute usando a fita meacutetrica
para circundar o indiviacuteduo no ponto meacutedio entre a crista iliacuteaca e a uacuteltima costela A
circunferecircncia da cintura (CC) foi utilizada com o objetivo de identificar o padratildeo de
distribuiccedilatildeo da massa adiposa pois eacute considerado o melhor indicador para a
48
avaliaccedilatildeo do risco de doenccedilas cardiovasculares e metaboacutelicas em estudos
epidemioloacutegicos (MARTINS et al 2009) Utilizaram-se os pontos de corte definidos
na Diretriz Brasileira de Obesidade (2010) e atualmente recomendados pelo
Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (tabela 4)
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres Risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas Homem Mulher
Aumentado ge 94 ge 80
Substancialmente aumentado ge 102 ge 88
Fonte WHO 2000 citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilotildees para coleta
anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede (2011)
A circunferecircncia do braccedilo foi mensurada com o individuo em peacute com o braccedilo
flexionado a 90 graus para determinaccedilatildeo do ponto meacutedio entre o acrocircmio e o
oleacutecramo e em seguida com o braccedilo estendido e relaxado ao longo do corpo
posicionando a fita no sentido horizontal para a obtenccedilatildeo da medida (COSTA 2012)
O resultado obtido foi comparado aos valores de referecircncia demonstrados na tabela
de percentis por Frisancho (1990) no anexo B A adequaccedilatildeo da CB foi determinada
atraveacutes da foacutermula Adequaccedilatildeo da CB ()= CB obtida (cm) CB percentil 50 x 100 e
o estado nutricional classificado de acordo com o tabela 5
Tabela 5 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a circunferecircncia do braccedilo
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por Sommacal 2011 A circunferecircncia da panturrilha eacute considerada um oacutetimo indicador antropomeacutetrico
para idosos uma vez que possibilita a identificaccedilatildeo de alteraccedilotildees da massa
muscular em idosos com um ponto de corte menor de 31 centiacutemetros como
indicador de desnutriccedilatildeo (ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE citado por
MOREIRA et al 2011)
49
A teacutecnica de mensuraccedilatildeo da prega cutacircnea tricipital foi preconizada por Lohman
(1991) citado por Sommacal e outros (2011) no qual indica que para a afericcedilatildeo da
prega cutacircnea tricipital deve ser realizado no mesmo ponto meacutedio utilizado para a
CB no qual deve-se separar levemente a prega do braccedilo natildeo-dominante
desprendendo-a do tecido muscular e aplicar o calibrador formando um acircngulo reto
O braccedilo deve estar relaxado e solto ao lado do corpo
O valor encontrado da prega cutacircnea tricipital foi comparado ao padratildeo de referecircncia
no anexo C e posteriormente foi calculado a adequaccedilatildeo da PCT atraveacutes da
equaccedilatildeo
Adequaccedilatildeo da PCT = PCT obtida PCT percentil 50 x 100 A adequaccedilatildeo da PCT foi
classificada segundo a tabela 6
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a 110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por lSommacal 2011 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR
No primeiro encontro os indiviacuteduos participantes receberam trecircs formulaacuterios para
realizaccedilatildeo do registro e orientaccedilotildees de como realizar o registro alimentar de trecircs
dias sendo que deveriam ser realizados em dias natildeo consecutivos contemplando
dois dias da semana e um dia do final de semana Cada participante deveria anotar
todos os alimentos e bebidas ingeridos ao longo do dia e suas respectivas
quantidades incluindo os alimentos consumidos fora de sua residecircncia (FISBERG
MARCHIONI COLUCCI 2009) Foi orientado ainda ao indiviacuteduo que solicitasse
auxilio aacute um familiar caso encontrasse dificuldades em preencher o relatoacuterio
Com a coleta do registro alimentar de trecircs dias foi possiacutevel realizar o caacutelculo de
energia em (kcal) macronutrientes e micronutrientes A anaacutelise foi realizada atraveacutes
de caacutelculos manuais com o auxiacutelio da tabela brasileira de composiccedilatildeo dos alimentos
(TACO)
50
A anaacutelise do consumo alimentar ocorreu com a utilizaccedilatildeo o iacutendice de qualidade da
dieta revisado que foi reformulado por Previdelli (2011) em conformidade com as
recomendaccedilotildees dieteacuteticas preconizadas pelo guia alimentar para a populaccedilatildeo
brasileira de 2006 para a classificaccedilatildeo da qualidade da dieta seratildeo utilizados os
pontos de corte proposto pelo mesmo autor que classifica uma dieta ldquoinadequadardquo
abaixo de 40 pontos entre 41 e 64 pontos dieta que ldquoprecisa de modificaccedilatildeordquo e
acima de 64 pontos classifica-se como ldquodieta saudaacutevelrdquo (Anexo D e E)
36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA
A atividade fiacutesica pode ser considerada uma grande estrateacutegia em sauacutede puacuteblica
visto que poderiacuteamos atingir uma grande economia com a reduccedilatildeo do sedentarismo
Hoje em dia encontra-se mais de dois milhotildees de mortes anualmente causadas pela
inatividade fiacutesica em todo o mundo O sedentarismo natildeo estaacute relacionado somente
com doenccedilas e morte mas tambeacutem com a geraccedilatildeo de altos custos a sociedade No
ano de 1995 pode ser constatado que os Estados Unidos gastaram vinte e quatro
bilhotildees de doacutelares somente com o sedentarismo Sendo assim podemos observar
que com o aumento da praacutetica de atividade fiacutesica da populaccedilatildeo pode-se contribuir
indiretamente para o desenvolvimento humano e o progresso econocircmico
(WASHBURN 1993 et al Citado por PARDINI et al 2001 p46)
Um dos grandes fatores para o aparecimento de doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis eacute o sedentarismo O haacutebito de praticar algum tipo de atividade fiacutesica
tem sido usado como um meacutetodo faacutecil e de baixo custo para prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas Recomendam-se a praacutetica de pelo menos trinta minutos de atividade
diariamente para que seus benefiacutecios sejam apresentados (MASSON et al 2005)
O IPAQ estima o niacutevel de praacutetica habitual de atividade fiacutesica e foi desenvolvido pelo
Grupo Internacional para Consenso em Medidas da Atividade Fiacutesica constituiccedilatildeo
sob a chancela da OMS para ser utilizado em vaacuterios paiacuteses dentre eles Brasil e
Japatildeo (GUEDES et al 2005 GUEDES 2007 CORA 2003 citado por MIZUNO
2007)
O niacutevel de atividade fiacutesica foi determinado atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica ndash IPAQ na forma curta proposto por MIZUNO
(2007) sendo utilizadas quatro questotildees para avaliar a atividade fiacutesica dentro de uma
51
semana normal Os entrevistados relataram as atividades que satildeo realizadas ao
longo da semana em casa no trabalho e nas horas de lazer e descanso a
frequecircncia semanal e o tempo diaacuterio de cada atividade As atividades foram
classificadas como
1) vigorosas (corrida ginaacutestica aeroacutebica futebol velocidade raacutepida na bicicleta
basquete serviccedilos domeacutesticos pesados em casa ou no quintal carregar objetos com
peso alto)
2) moderadas (velocidade leve na bicicleta nataccedilatildeo danccedila ginaacutestica aeroacutebica leve
vocirclei carregar objetos com peso leve serviccedilos domeacutesticos em casa ou no quintal
como varrer e realizar cuidados no jardim)
3) caminhada (no trabalho ou por lazer)
4) sem gasto caloacuterico (sentado assistindo TV ou lendo)
Segundo o autor a partir dessas informaccedilotildees eacute possiacutevel estimar o gasto energeacutetico
em METs Um MET representa o consumo de oxigecircnio em repouso ou taxa
metaboacutelica de repouso Uma atividade que requer o dobro de energia do repouso
requer 2 METrsquos e assim sucessivamente Para o caacutelculo do gasto em METs o IPAQ
usa as seguintes foacutermulas
a) caminhada MET-minutosemanal = 33 X tempo diaacuterio de caminhada X frequumlecircncia
semanal
b) moderado MET- minutosemanal = 40 X tempo diaacuterio de atividade moderada X
frequecircncia semanal
c) vigoroso MET- minutosemanal = 80 X tempo diaacuterio de atividade vigorosa X
frequecircncia semanal d) total da atividade fiacutesica MET- minutosemanal = soma da
Caminhado + Moderado + Vigoroso MET - minutossemanal
Com essas informaccedilotildees classifica-se o indiviacuteduo em uma das seguintes categorias
a) baixo nenhuma atividade ou atividades que natildeo se enquadram nas categorias 2 e
3
b) moderado deve ser encaixar em pelos menos um dos criteacuterios de atividade
vigorosa por pelos menos trecircs dias por semana e em um periacuteodo miacutenimo de 20
minutos ou cinco ou mais dias de atividade moderada eou caminhada por pelo
52
menos 30 minutos por dia ou ainda qualquer combinaccedilatildeo de atividade moderada ou
vigorosa ou caminhada com gasto miacutenimo de 600 met-minsemana por cinco ou
mais dias na semana
c) alto Um dos dois criteacuterios atividade vigorosa em no miacutenimo 3 dias da semana
com gasto miacutenimo de 1500 MET-minutosemana ou 7 ou mais dias de combinaccedilatildeo
de caminhada atividade moderada e vigorosa com gasto miacutenimo de 3000 met-
minutosemana (IPAQ)
37 ANAacuteLISE DOS DADOS
Foi realizada uma anaacutelise descritiva das variaacuteveis quantitativas sendo os dados
apresentados em meacutedia desvio-padratildeo miacutenimo maacuteximo e mediana Os dados
qualitativos seratildeo apresentados atraveacutes de frequecircncia absoluta e relativa As
anaacutelises foram realizadas com auxilio do software SPSS V 20 2013
Para comparar os idosos praticantes de atividade fiacutesica baixo e praticantes de
atividade fiacutesica moderado foi aplicado o teste t de student nesta anaacutelise foi
considerado o niacutevel de significacircncia plt005
53
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS
Foram avaliados 40 indiviacuteduos sendo que natildeo houve perdas da amostra e nem
desistecircncia por parte dos participantes Na tabela 7 estatildeo apresentadas as
caracteriacutesticas gerais da amostra estudada na qual aponta que 40 (100)
indiviacuteduos pesquisados eram do sexo feminino Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade
fiacutesica 27 idosos (68) foram classificados com niacutevel moderado (MOD) seguido de
13 (32) indiviacuteduos da amostra com niacutevel baixo (BAIX)
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra VARIAacuteVEIS N
Sexo Masculino 0 0 Feminino 40 100 Niacutevel de Atividade Fiacutesica Baixo 13 32 Moderado 27 68 Alto 0 0 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica VARIAacuteVEIS GRUPO BAIX GRUPO MOD GERAL P-VALOR
IMC (kgmsup2) 3130 plusmn 851 2905 (2115-5664)
2553 plusmn 386 2488 (1973-3451)
274 plusmn 630 2688 (1973-5664) 0005
GC () 3726 plusmn 685 384 (246-462)
3298 plusmn 686 318 (222-543)
3405 plusmn 699 338(222-542) 0113
CC (cm) 9716 plusmn 1873 97 (575-1395)
8568 plusmn 1038 84 (685-107)
8941 plusmn 1447 8925 (575-1395) 0017
CP (cm) 373 plusmn 401 38 (29-46)
3464 plusmn 369 345 (295-46)
3551 plusmn 3 35 (29-46) 0006
CB 11267 plusmn 2204 10819 (754-168)
9534 plusmn 1328 9506 (6885-12218)
10097 plusmn 1829 10063 (6885-168) 0045
de PCT 10361 plusmn 3148 98 (74-172)
7963 plusmn 2684 74 (38-152)
8657 plusmn 2993 79 (38-172) 0006
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
54
O IMC meacutedio do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi equivalente a
3130kgmsup2 que equivale a classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o valor meacutedio
encontrado no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado foi de 2553kgmsup2
caracterizando eutrofia O percentual de gordura corporal obteve meacutedia de 3726
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que equivale a uma classificaccedilatildeo de
elevaccedilatildeo e 3298 no qual equivale a adequaccedilatildeo no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado A circunferecircncia da cintura apresentou valores meacutedio de 9716 cm
equivalendo ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e
8568 cm caracterizando risco aumentado para os grupos com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e com niacutevel de atividade fiacutesica moderado respectivamente O valor do
percentual de adequaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo apresentou media de 11267
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que caracteriza sobrepeso e 9534 no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado que caracteriza eutrofia (tabela 8)
Um importante instrumento para a avaliaccedilatildeo de composiccedilatildeo corporal eacute o IMC sendo
que para idosos o valor acima de 27kgmsup2 claacutessica o indiviacuteduo com sobrepeso
abaixo de 22kgmsup2 como baixo peso e a eutrofia se encaixa entre os valores de
22kgmsup2 a 27kgmsup2 sendo assim a avaliaccedilatildeo quantitativa do perfil antropomeacutetrico da
amostra destaca que segundo o IMC no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo
769 (n=1) dos indiviacuteduos estatildeo com baixo peso tambeacutem 769 (n=1) se
encontram eutroacuteficos e 8461 (n=11) estatildeo com sobrepeso jaacute no grupo com
atividade fiacutesica moderado 1852 (n=5) dos indiviacuteduos apresentam baixo peso
4814 (n=13) satildeo eutroacuteficos e 3333 (n=9) estatildeo com sobrepeso Sendo assim o
grupo de com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma maior ocorrecircncia
de indiviacuteduos eutroacuteficos (figura 1)
Observa-se ainda a existecircncia da diferenccedila significante entre o iacutendice de massa
corporal dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o iacutendice de massa corporal
dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado uma vez que o p-valor
encontrado foi menor que 005 (0005) Sendo assim conclui-se que haacute correlaccedilatildeo
positiva entre a praacutetica de atividade fiacutesica e o iacutendice de massa corporal uma vez que
os indiviacuteduos praticantes de atividade fiacutesica baixo obtiveram um valor meacutedio maior
de iacutendice de massa corporal quando comparado ao grupo de idosos que possuem
niacutevel de atividade fiacutesica moderado
55
Figura 1 - Perfil nutricional segundo IMC de acordo com niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode-se observar que no grupo de idosos que possuem um niacutevel menor de atividade
fiacutesica 6153 (n=8) dos indiviacuteduos apresentaram risco substancialmente elevado de
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura mensurada
2307 (n=3) indiviacuteduos apresentaram risco aumentado e 1538 (n=2) natildeo
apresentaram riscos
Enquanto que no grupo de quem praacutetica atividade fiacutesica moderadamente 3333
(n=9) natildeo apresentaram riscos 2962 (n=8) apresentaram risco aumentado e
3703 (n=10) apresentaram risco substancialmente elevado de complicaccedilotildees
metaboacutelicas (figura 2)
Houve correlaccedilatildeo significante entre as medidas de circunferecircncia da cintura dos
grupos estudados encontrando o p-valor menor que 005 (0017) Dessa forma
conclui-se que haacute correlaccedilatildeo entre a praacutetica de atividade fiacutesica e a medida da
circunferecircncia da cintura uma vez que o valor meacutedio desse indicador foi menor no
grupo de indiviacuteduos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao valor meacutedio encontrado no grupo de indiviacuteduos que possuem o niacutevel
de atividade fiacutesica baixo
769 769
8461
1852
4814
3333
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
56
Figura 2 - Classificaccedilatildeo de risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Com relaccedilatildeo ao percentual de gordura corporal apenas 9 indiviacuteduos do grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foram avaliados devido a impossibilidade de se usar a
bioimpedacircncia decorrente da presenccedila de placas metaacutelicas no corpo dos indiviacuteduos
Sendo assim podemos observa na figura 3 que apenas 1111 (n=1) dos indiviacuteduos
avaliados do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam valores
adequados de percentual de gordura 5555 (n=5) apresentam valores elevados
3333 (n= 3) apresentam valores muito elevados e nenhum indiviacuteduo apresentou
baixo valor
No grupo dos indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica moderado 5185
(n= 14) dos indiviacuteduos possuem um percentual adequado 74 (n= 2) apresentam
baixo valor 3703 (n= 10) apresentam valor elevado 37 (n= 1) apresentam um
valor muito elevado e nenhum indiviacuteduo apresentou baixo valor
Observa-se que o percentual de gordura dos idosos estudados natildeo apresentou
correlaccedilatildeo com a praacutetica de atividade fiacutesica uma vez que o p-valor deste indicador
foi maior que 005 (0113) ou seja natildeo houve diferenccedila significante entre os valores
meacutedios de percentual de gordura entre os grupos
1538
2307
6153
3333 2962
3703 NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
57
Figura 3 ndashClassificaccedilatildeo gordura corporal de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha pode constatar que apenas 10 (n=4)
de toda a populaccedilatildeo apresentou o quadro de desnutriccedilatildeo com um valor de CP
menor que 31 cm sendo que apenas 769 (n=1) do grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica baixo se enquadraram neste paracircmetro e 1111 (n=7) do grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Na correlaccedilatildeo dos valores meacutedios de circunferecircncia da panturrilha entre os grupos
de idosos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o grupo de idosos que
apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado observa-se uma diferenccedila
estatisticamente comprovada uma vez que o p-valor encontrado foi menor que
0005 (0045) sendo assim o valor meacutedio encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado foi menor quando comparado ao niacutevel de atividade fiacutesica
baixo
Observa-se que na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica baixo apresentou um valor meacutedio de percentual de adequaccedilatildeo de
11267 que equivale a sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou um valor meacutedio de 9534 que equivale a eutrofia
A anaacutelise da prega cutacircnea tricipital revelou que o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresenta uma classificaccedilatildeo meacutedia de eutrofia com o valor meacutedio de
percentual de adequaccedilatildeo de 10361 e o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
0
1111
5555
3333
74
5185
3703
37
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
58
moderado apresentou desnutriccedilatildeo moderada com o valor meacutedio de percentual de
adequaccedilatildeo de 7963
Observa-se que tanto a medida da circunferecircncia do braccedilo quanto a medida da
prega cutacircnea tricipital apresentaram diferenccedilas significantes entre os grupos
estudados uma vez que ambos apresentaram p-valor menor que 005 ou seja
conclui-se que os indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam
valores maiores destes indicadores quando comparados ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Eacute pertinente ao estudo comprovar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa corporal
e circunferecircncia da cintura coletadas no grupo de idosos com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado Para fazer a anaacutelise da natildeo correlaccedilatildeo entre os iacutendices de iacutendice
de massa corporal e circunferecircncia da cintura eacute necessaacuterio interpretar os dados
amostrais avaliando esses dois dados e confrontando-os em cada grupo amostral
Na tabela 9 e 10 estatildeo correlacionados os dados de iacutendice de massa corporal e
circunferecircncia da cintura do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e do grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS SEM RISCO RISCO
AUMENTADO RISCO SUBSTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 1 1 0 0
Eutrofia 1 1 0 0
Sobrepeso 11 0 3 8 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
SEM RISCO
RISCO AUMENTADO
RISCO SUSBTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 5 4 1 0 Eutrofia 13 5 5 3 Sobrepeso 9 0 2 7 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Observa-se de acordo com a tabela 9 somente os indiviacuteduos classificados como
sobrepeso no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentaram risco
59
aumentado ou substancialmente elevado para complicaccedilotildees metaboacutelicas associados
a circunferecircncia da cintura entretanto na tabela 10 pode-se observar que no grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado tanto alguns indiviacuteduos classificados com
eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com sobrepeso apresentaram risco
aumentado e substancialmente aumentado pode-se constatar ainda que um
indiviacuteduo classificado como baixo peso tambeacutem apresentou um risco aumentado
para complicaccedilotildees metaboacutelicas associado a circunferecircncia da cintura
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo CLASSIFICACcedilAtildeO
DO IMC Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 1 0 1 0 0
Eutrofia 1 0 0 1 0
Sobrepeso 11 0 0 4 3
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 5 2 3 0 0 Eutrofia 13 0 10 3 0 Sobrepeso 9 0 1 7 1 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 11 e 12 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o percentual de gordura corporal tanto no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado alguns indiviacuteduos
mesmo sendo classificados com eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com
sobrepeso apresentaram um percentual elevado de gordura corporal
Aplicando o iacutendice de qualidade da dieta pode se observar que a maioria da
populaccedilatildeo estudada encontra-se com uma ldquodieta saudaacutevelrdquo sendo representada por
7692 (n=10) no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e por 85 18 (n=23) no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou 2307 (n=3) dos indiviacuteduos com ldquodieta que precisa de
60
modificaccedilatildeordquo enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou 1481 (n=4) nenhum indiviacuteduo dos dois grupos apresentou ldquodieta
inadequadardquo (figura 4)
Em geral a populaccedilatildeo de idosos estudada apresentou uma meacutedia do IQD-R de
7592 com variaccedilatildeo de 5672 a 9074 pontos O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou uma meacutedia 7393 enquanto que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma valor meacutedia de 7688
Figura 4 - Iacutendice de qualidade da dieta de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 13 e 14 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o iacutendice de qualidade da dieta revisado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado a classificaccedilatildeo
de ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo apareceu em todas as classificaccedilotildees do iacutendice
de massa corporal ou seja indiviacuteduos com baixo peso eutroacuteficos e com sobrepeso
apresentaram ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo Em contrapartida diversos
indiviacuteduos com sobrepeso e tambeacutem com baixo peso apresentaram ldquodieta saudaacutevelrdquo
Sendo assim conclui-se que o iacutendice de massa corporal natildeo apresentou correlaccedilatildeo
com o iacutendice de qualidade da dieta ingerida pelos idosos
0
2307
7692
0
1481
8518
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
61
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO DIETA
SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 1 0 0 1 Eutrofia 1 0 1 0 Sobrepeso 11 0 2 9 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO
DIETA SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 5 0 1 4 Eutrofia 13 0 2 11 Sobrepeso 9 0 1 8
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
62
42 DISCUSSAtildeO
Da populaccedilatildeo estudada todo o grupo era composto por mulheres essa situaccedilatildeo de
um nuacutemero maior de idosos do sexo feminino do que do sexo masculino encontrada
em vaacuterios outros estudos com a populaccedilatildeo idosa Galesi e outros (2008) que
avaliaram o perfil alimentar e nutricional de 60 idosos do sexo feminino e apenas 25
do sexo masculino em uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia e tambeacutem por Abreu e
outros (2008) que avaliaram a inadequaccedilatildeo no consumo alimentar de idosos no
qual 69 da amostra estudada era composta pelo sexo feminino Salgado citado por
Galesi e outros (2008) afirma que essas situaccedilotildees refletem a feminizaccedilatildeo da
populaccedilatildeo idosa ou seja realmente existe uma proporccedilatildeo relativamente maior de
idosos do sexo feminino do que do sexo masculino esse fenocircmeno eacute decorrente de
diversos fatores entre eles eacute a elevada expectativa de vida para mulheres que em
meacutedia vivem sete anos a mais do que os homens outro fato eacute a mulher geralmente
se casar com homens mais velhos que consequentemente morrem primeiro que
esta aumentando assim a sobrevivecircncia da esposa em relaccedilatildeo ao seu marido
Em paralelo Vera citado por Machado e outros (2006) afirma que a mulher possui
atitudes diferentes a dos homens frente a preocupaccedilatildeo com a sauacutede tendo uma
maior procura pelos serviccedilos ou qualquer atividade puacuteblica relacionada a sauacutede
encontrando assim em seu estudo 743 da amostra composta por mulheres
idosas
De acordo com o IPAQ 325 dos indiviacuteduos possuiacuteam niacutevel de atividade fiacutesica
baixo e 675 possuiacuteam niacutevel moderado de atividade fiacutesica Uma vez que a pratica
de atividade fiacutesica moderada ou vigorosa classifica o indiviacuteduo como ativo isso
implica dizer que 675 dos idosos analisados satildeo ativos
A praacutetica de atividade fiacutesica eacute essencial para todas as faixas etaacuterias mas no caso de
idosos esta praacutetica pode beneficiar ainda a sauacutede dos mesmos uma vez que a
atividade fiacutesica contribui para diminuiccedilatildeo de dores nas articulaccedilotildees diminuiccedilatildeo de
gordura corporal e maior captaccedilatildeo de glicose sanguiacutenea entre outros benefiacutecios
(FRANCHI JUacuteNIOR MONTENEGRO) Mota e outros (2006) afirma que a pratica de
atividade fiacutesica regular por idosos pode tambeacutem contribuir na prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas como hipertensatildeo arterial doenccedilas cardiovasculares diabetes e siacutendrome
63
metaboacutelica impactando assim no aumento de qualidade de vida e reduccedilatildeo de
mortalidade nesta populaccedilatildeo
Aleacutem de diversos benefiacutecios aacute sauacutede do idoso como prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas a praacutetica regular de atividade fiacutesica ainda pode contribuir para o
retardamento da reduccedilatildeo da capacidade funcional do organismo decorrente do
envelhecimento contribuindo assim diretamente para o aumento da qualidade de
vida desta populaccedilatildeo (REIS SOUZA 2012)
Hurley e Hagber (1998) citado por Matsudo e Paiva Neto (2000) relatam que a
praacutetica de qualquer atividade fiacutesica por si soacute seja exerciacutecio aeroacutebico ou anaeroacutebico
levam a reduccedilatildeo de gordura corporal em idosos mesmo sem restriccedilatildeo caloacuterica
Shepard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) relatam que as
alteraccedilotildees ocorridas na composiccedilatildeo corporal com a praacutetica regular de atividade
fiacutesica podem ser decorrentes das alteraccedilotildees na taxa metaboacutelica em repouso No
estudo de Bergman (1991) citado por Ferreira (2007) foi constatado que a praacutetica
regular de atividade fiacutesica em curto espaccedilo contribui para uma melhora na
composiccedilatildeo corporal 27 idosas foram submetidas a realizar caminhadas em esteira
quatro vezes por semana e apoacutes 10 semanas obtiveram reduccedilatildeo na gordura
corporal e aumento de massa magra
Pode-se observar que os idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica moderada
apresentaram melhores resultados de composiccedilatildeo corporal quando comparado aos
idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica baixo o IMC meacutedio encontrado foi de
2553kgmsup2 e 3130kgmsup2 apresentando eutrofia e sobrepeso respectivamente
Mazo e outros (2006) tambeacutem constatou que 956 da sua populaccedilatildeo de idosas que
apresentavam excesso de peso possuiacuteam um baixo iacutendice de aptidatildeo funcional geral
decorrente da praacutetica irregular de atividade fiacutesica enquanto que 429 das idosas
que apresentavam IMC adequado estavam com o iacutendice de aptidatildeo funcional geral
bom Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) tambeacutem verificaram em seu estudo que
comparava a composiccedilatildeo corporal de idosos esportista e idosos irregularmente
ativos que o grupo de idosos esportistas possuiacutea um IMC de eutrofia enquanto que
o grupo de idosos irregularmente ativos possuiacuteam um IMC de sobrepeso
O baixo peso encontrado em 15 em toda a populaccedilatildeo estudada eacute tatildeo preocupante
como o sobrepeso tambeacutem encontrado Na atualidade estima-se que a prevalecircncia
de baixo peso fique em torno de 1 a 15 em idosos que vivem em residecircncias e
64
esse valor ainda tem aumento quando trata-se de idosos residentes em instituiccedilotildees
de longa permanecircncia (25 a 60) e um aumento ainda maior quando diz respeito a
idosos hospitalizados (35 a 65) A desnutriccedilatildeo em idosos pode favorecer a
incidecircncia de doenccedilas que consequentemente iratildeo interferir no estado nutricional do
indiviacuteduo Essa populaccedilatildeo eacute dita como um grupo de risco para o baixo peso devido a
vaacuterias alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento como reduccedilatildeo do
paladar dificuldades de mastigaccedilatildeo aleacutem do elevado uso de medicamentos que
consequentemente interfere no apetite na digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes
(SOUSA GUARIENTO 2009) Outros diversos estudos tambeacutem encontraram a
prevalecircncia de baixo peso em idosos Fiore e outros (2006) que avaliaram o perfil
nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede tambeacutem encontraram
na sua populaccedilatildeo 151 dos indiviacuteduos apresentando baixo peso de forma
semelhante Galesi e outros (2008) encontraram uma proporccedilatildeo de 18 de idosos
com baixo peso em seu estudo que avaliava o perfil alimentar e nutricional de idosos
institucionalizados
Quanto ao risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas associada agrave circunferecircncia da cintura
o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou uma meacutedia de 9716 cm o
que representa um risco substancialmente elevado e o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia de 8568 cm que classifica um risco
aumentado Aleacutem disso pode-se contatar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa
corporal e o risco de complicaccedilatildeo metaboacutelica de acordo com a circunferecircncia da
cintura de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado no qual foi encontrado que
mesmo indiviacuteduos que natildeo estavam com sobrepeso apresentaram um risco
aumentado ou substancialmente aumentado para complicaccedilotildees metaboacutelicas
Os elevados valores encontrados de circunferecircncia da cintura podem ser explicados
devido agraves alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento que contribuem
para o aumento de peso e tambeacutem para a redistribuiccedilatildeo da gordura corporal
(FERREIRA 2003) Bouchard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007)
afirmaram que a gordura corporal em idosos eacute encontrada em maiores quantidades
na regiatildeo do abdocircmen Outros autores ainda afirmam que o aumento da
circunferecircncia da cintura se deve a substituiccedilatildeo da gordura subcutacircnea pela gordura
visceral na regiatildeo abdominal aleacutem da existecircncia de uma redistribuiccedilatildeo da gordura
corporal que deixa de se depositar nos membros ocorrendo assim um acuacutemulo na
65
regiatildeo central do corpo Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do perfil
nutricional de idosos verificaram um alto iacutendice de prevalecircncia de risco para
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura 808 da
populaccedilatildeo estudada e especialmente em idosos do sexo feminino
Na avaliaccedilatildeo da gordura corporal tambeacutem pode ser notado a natildeo correlaccedilatildeo entre
iacutendice de massa corporal e percentual de gordura corporal no qual pode ser
encontrado um percentual de gordura elevado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e niacutevel de atividade fiacutesica moderado em indiviacuteduos que natildeo se
classificam como sobrepeso este iacutendice tambeacutem vem comprovar as alteraccedilatildeo
corporais no idoso Entretanto quando haacute a comparaccedilatildeo entre os valores meacutedios de
gordura corporal dos dois grupos observa-se que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica possui um menor percentual Matsudo (2002) afirma que idosos considerados
ativos apresentam um menor peso corporal e tambeacutem um menor percentual de
gordura corporal
A avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador muito utilizado na
avaliaccedilatildeo do estado nutricional do idoso por ser sensiacutevel a perda de massa magra e
consequentemente a desnutriccedilatildeo Observa-se que na populaccedilatildeo geral estudada a
meacutedia da CP foi de 3551 cm que equivale a eutrofia um resultado parecido foi
encontrado tambeacutem por Rauen e outros (2008) em uma pesquisa que avaliaram o
estado nutricional de idosos encontrando um valor meacutedio de CP de 328 cm
tambeacutem os classificando com eutrofia Machado e outros (2006) tambeacutem natildeo
encontrou comprometimento da massa magra atraveacutes da circunferecircncia da
panturrilha sendo que o valor meacutedio encontrado no seu estudo que avaliava o perfil
nutricional e funcional de idosos foi de 367 cm para idosos do sexo masculino e
348 cm para idosos do sexo feminino
A circunferecircncia do braccedilo eacute utilizada para mensurar tecido muscular gorduroso e
tambeacutem tecido oacutesseo (TARTARI BUSNELLO NUNES 2010) Na avaliaccedilatildeo deste
indicador observa-se que em meacutedia o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo
apresentou uma classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado apresentou um estado meacutedio de eutrofia Machado e
outros (2006) verificou tambeacutem nenhum comprometimento do tecido adiposo atraveacutes
dos valores encontrados de CB estando 100 da sua populaccedilatildeo de idosos
estudada dentro do limite de normalidade natildeo correspondendo assim tambeacutem o
66
que Menezes e Marucci (2013) relataram sobre a circunferecircncia do braccedilo em idosos
que tende a diminuir devido agrave perda de massa magra tiacutepico da idade devido ocorrer
o deslocamento da gordura dos membros para regiatildeo central
Com relaccedilatildeo a prega cutacircnea tricipital observa-se um valor meacutedio que representa
de eutrofia no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo e classificaccedilatildeo meacutedia de
desnutriccedilatildeo moderada no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica moderado A mesma
situaccedilatildeo foi encontrada por Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do
perfil nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede no qual 548
da populaccedilatildeo apresentou um valor reduzido deste indicador que expressa a
quantidade e a localizaccedilatildeo do tecido adiposo subcutacircneo O mesmo autor afirma
ainda que este fato eacute esperado em indiviacuteduos idosos uma vez que existem
evidecircncias que comprovam que com o avanccedilar da idade haacute uma redistribuiccedilatildeo do
tecido gorduroso antes localizado nos membros para a regiatildeo abdominal
Quando avaliamos o estado nutricional dos indiviacuteduos atraveacutes do iacutendice de massa
corporal relacionado ao iacutendice de qualidade da dieta pode-se constatar que o IMC
natildeo teve relaccedilatildeo direta com o IQD-R uma vez que a classificaccedilatildeo de ldquodieta que
precisa de modificaccedilatildeordquo atingiu todas as classificaccedilotildees do IMC assim como a ldquodieta
saudaacutevelrdquo tambeacutem alcanccedilou todas as classificaccedilotildees Dessa forma podemos afirmar
que natildeo eacute apenas o consumo alimentar que resulta no estado nutricional
Campos Monteiro e Ornelas (2000) confirmam que o estado nutricional dos idosos eacute
um quadro resultante das diversas condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem
aleacutem de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade Montilla Marucci e
Aldrighi (2006) encontraram e seu estudo que avaliava o estado nutricional e o
consumo alimentar de mulheres no climateacuterio que o iacutendice de massa corporal natildeo
estava acompanhando a mesma tendecircncia do valor energeacutetico consumido ou seja
o IMC estava acima da classificaccedilatildeo de eutrofia entretanto o valor energeacutetico da
dieta ingerida estava adequado estes mesmo autores afirmaram que este fato pode
ter acontecido por pelo menos dois fatores o IMC avalia o estado nutricional atual
do indiviacuteduo mas que foi adquirindo ao logo de um tempo enquanto que o
recordatoacuterio 24 horas instrumento que geralmente eacute usado para avaliar o consumo
alimentar de indiviacuteduos ou populaccedilatildeo avalia somente o dia anterior ou o fato pode
ter acontecido devido a reduccedilatildeo do metabolismo que acompanha o passar da idade
67
podendo assim levar ao desequiliacutebrio energeacutetico mesmo que o consumo esteja
dentro das recomendaccedilotildees
A maior meacutedia de pontuaccedilatildeo do IQD-R foi encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado sendo assim as maiores pontuaccedilotildees do IQD-R foram
diretamente associada com a praacutetica de atividade fiacutesica assim como encontrado por
Wendpap (2012) em seu estudo que avaliou a qualidade da dieta de adolescentes
no qual foram encontrados maiores pontuaccedilotildees do IQD-R em adolescentes que
gastavam menos tempo com atividades ditas como sedentaacuterias como assistir
televisatildeo ou jogar viacutedeo game
Na avaliaccedilatildeo das pontuaccedilotildees do IQD-R por componente pode-se observar que tanto
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado como no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo houve baixa pontuaccedilatildeo para os grupos ldquofrutas totaisrdquo (263 e
241) ldquofruta integraisrdquo (281 e 248) ldquovegetais verdes escuros e alaranjados e
leguminosasrdquo (181 e 033) e ldquoLeite e derivadosrdquo (335 e 295) no grupo de ldquoVegetais
Totaisrdquo a populaccedilatildeo do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou um
consumo intermediaacuterio (323) enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
moderado apresentou um consumo baixo (217) No grupo ldquoCereais Totaisrdquo
observou-se uma elevada pontuaccedilatildeo pela populaccedilatildeo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo (861) e uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria (533) para a populaccedilatildeo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado assim como no grupo de ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo
com pontuaccedilatildeo de 947 e 529 respectivamente e no ldquogrupo de oacuteleosrdquo (811 e 491)
e ldquogordura saturadardquo (953 e 697) no componente ldquosoacutediordquo os dois grupos
populacionais tiveram pontuaccedilatildeo intermediaacuteria com 653 para o grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo e 548 para o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado e
no componente ldquoGord AArdquo houve elevada pontuaccedilatildeo (1792) e (1189) nos dois
grupos Sendo assim pode-se constatar que o componente do IQD-R que mais
contribuiu para elevaccedilatildeo da pontuaccedilatildeo foi o ldquoGord AArdquo
O baixo consumo de frutas verduras e leitesderivados por idosos tambeacutem foi
encontrado Martins e outros (2010) em 765 da populaccedilatildeo estudada no qual
associou este achado com os niacuteveis elevados de pressatildeo arterial outros estudos
tambeacutem confirmam um baixo consumo fibras e consequentemente de frutas e
verduras por idosos Galesi e outros (2008) verificou que apenas 26 da populaccedilatildeo
estudada realizam a ingestatildeo adequada de fibras diaacuteria que eacute em torno de 30gdia
68
A ingestatildeo de fibras eacute de grande importacircncia para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel em
todas as fases da vida mas na velhice o consumo de fibras se torna ainda mais
relevantes devido a grande prevalecircncia de constipaccedilatildeo intestinal nesta populaccedilatildeo
uma vez que as fibras auxiliam na formaccedilatildeo do bolo fecal e juntamente com outros
fatores realizam os estiacutemulos para o peristaltismo intestinal (Brasil 2009)
O baixo consumo de leites e derivados foi constato por outros diversos estudos com
a populaccedilatildeo idosa Machado e outros (2006) verificaram que o consumo de leites e
derivados em qualquer quantidade natildeo chegou a 100 da amostra o que
caracteriza provavelmente uma inadequaccedilatildeo no consumo de caacutelcio e Matta Papini e
Corrente encontraram um consumo meacutedio de apenas 118 porccedilotildees de leites e
derivados ao dia por idosos o que representa um consumo baixo considerando a
recomendaccedilatildeo de trecircs porccedilotildees ao dia A deficiecircncia de caacutelcio no organismo de um
idoso representa uma grande preocupaccedilatildeo uma vez que este eacute um importante
mineral para os idosos pois o consumo adequado de caacutelcio auxilia na prevenccedilatildeo ou
na reduccedilatildeo do aparecimento de doenccedilas oacutesseas como a osteoporose que eacute
caracterizada pela reduccedilatildeo de massa oacutessea que leva consequentemente a uma
maior vulnerabilidade a fraturas e que acometem em sua maioria os idosos (Paixatildeo
e Bressan 2010)
O consumo de carboidratos em geral neste estudo pode ser considerado como
dentro da meacutedia alcanccedilando uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria diferentemente do
achado por Silva e outros (2010) que constatou um elevado consumo de
carboidratos por idosos chegando em torno de 75 do valor energeacutetico (VET) total
da dieta ingerida jaacute Farinea Ricalde e Siviero encontram um consumo adequado de
carboidratos ou seja em torno 5637 de carboidrato por praticantes de atividade
fiacutesica
Avaliando ainda o consumo alimentar pode ser constatado que em relaccedilatildeo ao
nuacutemero de refeiccedilotildees realizadas ao longo do dia pela populaccedilatildeo idosa estudada
percebe-se que em meacutedia satildeo realizadas 482 refeiccedilotildeesdia um nuacutemero menor do
que preconizado pelo guia alimentar da populaccedilatildeo brasileira (2011) que sugere a
realizaccedilatildeo de trecircs grandes refeiccedilotildees mais lanches saudaacuteveis ao longo do dia fato
que tambeacutem se relaciona pelo achado de Silva Filho e outros que em seu estudo de
verificaccedilatildeo do comportamento alimentar de idosos constatou quem em meacutedia foram
realizadas de 3 a 4 refeiccedilotildees diaacuterias por 96 idosos participantes da pesquisa Eacute de
69
suma importacircncia a realizaccedilatildeo de 5 a 6 refeiccedilotildees ao dia pelo fato de que com a
reduccedilatildeo do nuacutemero de refeiccedilotildees o indiviacuteduo fica um tempo maior sem se alimentar
levando ao organismo responder a esta inaniccedilatildeo reduzindo o metabolismo de forma
a guardar energia para o este periacuteodo em jejum o que consequentemente leva a ao
acuacutemulo de calorias aleacutem de outros processos orgacircnicos se manterem alterados
como a produccedilatildeo de hormocircnios e substacircncias participantes dos processos de
digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes (RUELA SOUSA JUNIOR 2010)
Observa-se ainda que 425 (n= 17) da populaccedilatildeo em geral estudada natildeo
possuiacuteam o haacutebito de realizar o jantar Machado e outros (2006) encontraram
tambeacutem um elevado percentual de idosos que natildeo realizavam o jantar em seu
estudo que avaliou o perfil nutricional e funcional de idosos sendo 307 da
populaccedilatildeo do sexo masculino seguido de 222 da populaccedilatildeo do sexo feminino
Esse mesmo autor relatou que esse haacutebito acaba se tornando comum pois os
idosos natildeo desejam consumir grande quantidade de alimentos como no almoccedilo
antes de dormir ou pelo simples fato de ser mais cocircmodo realizar um lanche do que
um jantar
70
71
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS Diante do exposto conclui-se que os idosos que praticam atividade fiacutesica
moderadamente apresentam um melhor estado nutricional quando comparados aos
idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Esse fato eacute comprovado
pelas diferenccedilas significativas encontradas nos indicadores usados na avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica neste estudo
A populaccedilatildeo estudada em geral apresentou um iacutendice de qualidade da dieta
elevado que representa uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser
observado que os indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou um maior iacutendice de qualidade quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo
Uma vez que haacute uma escassez de estudos envolvendo a praacutetica de atividade fiacutesica
e a qualidade da dieta de idosos recomenda-se a realizaccedilatildeo futura de estudos
nutricionais nesta populaccedilatildeo abrangendo outros assuntos ligados a nutriccedilatildeo que
sejam pertinentes a este grupo
Sendo assim eacute imprescindiacutevel a implantaccedilatildeo de Programas de Qualidade de Vida
que abranja orientaccedilotildees nutricionais e de atividade fiacutesica para idosos uma vez que
para esses indiviacuteduos obtenha uma elevada qualidade de vida eacute essencial a
prevenccedilatildeo da incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que comumente
atingem essa populaccedilatildeo
72
73
REFEREcircNCIAS
ABREU W C et al Inadequaccedilatildeo no consumo alimentar e fatores interferentes na ingestatildeo energeacutetica de idosos matriculados no programa municipal da terceira idade de viccedilosa (MG) Revista Baiana de Sauacutede Puacuteblica v32 n2 p177-189 maioago 2008 Disponiacutevel em httpinseeribictbrrbspindexphprbsparticleviewFile139135gt Acesso em 10 de out de 2013 ACUNAtilde K CRUZ T Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de adultos e idosos e situaccedilatildeo nutricional da populaccedilatildeo brasileira Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 48 n 3 p 345-361 jun 2004 Disponiacutevel em lthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache1J0Ta7oEv5UJscholargooglecom+circunferencia+da+panturrilha+idososamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 02 de out de 2013 ALVES J E D A Transiccedilatildeo Demograacutefica e a Janela de Oportunidade Satildeo Paulo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial 2008 Disponiacutevel emlt httpwwwbraudelorgbrpesquisaspdftransicao_demograficapdfgtacesso em 20 de fev 2013 AMADO T C F ARRUDA I K G FERREIRA A R Aspectos alimentares nutricionais e de sauacutede de idosas atendidas no Nuacutecleo de Atenccedilatildeo ao Idoso ndash NAI Recife Archivos Latinoamericanos de Nutricion v 57 n 4 p 366-372 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscieloorgvescielophpscript=sci_arttextamppid=S0004-06222007000400009amplng=esampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de abr 2013 ANDRADE FB CALDAS A F KITOKO P M Relationship between oral health nutrient intake and nutritional status in a sample of Brazilian elderly 2009 (Biblioteca Online) Disponiacutevel em httponlinelibrarywileycomdoi101111j1741-2358200800220xabstract Acesso em 18 de mar 2013 ARANHA F Q et al O Papel da Vitamina C Sobre as Alteraccedilotildees Orgacircnicas no Idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas 13(2) 89-97 maioago 2000Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv13n27911pdfgt Acesso em 12 mar 2013 BARBOSA M A Importacircncia da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel ao Longo da Vida Refletindo na Sauacutede do Idoso 2012 41 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Nutriccedilatildeo Cliacutenica) - Departamento de Ciecircncias da Vida Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ijuiacute 2012 Disponiacutevel em lthttpbibliodigitalunijuiedubr8080xmluibitstreamhandle1234567891045A20ImportC3A2ncia20da20AlimentaC3A7C3A3o20SaudC3A1vel20ao20Longo20da20Vida20Refletindo20na20SaC3BAde20do20Idosopdfsequence=1gt Acesso em 15 mar 2013 BARBOSA A M Ingestatildeo alimentar de caacutelcio e vitamina D e associaccedilatildeo com o niacutevel de escolaridade na pessoa idosa Revista Demetra Alimentaccedilatildeo Nutriccedilatildeo e Sauacutede Rio de Janeiro v 8 n 2 p 173-181 2013 Disponiacutevel emlthttpswwwepublicacoesuerjbrindexphpdemetraarticleview40825144gt Acesso em 15 set 2013 BECKENKAMP J SANTOS J S DOS Efeito da linhaccedila sobre a constipaccedilatildeo intestinal em idosos residentes em instituiccedilotildees geriaacutetricas Revista Brasileira de
74
Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 8 n 2 p 179-187 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview972pdfgt Acesso em 16 de abr 2013 BENEDETTI T R B GONCcedilALVES L H T MOTA J A P Uma proposta de poliacutetica puacuteblica de atividade fiacutesica para idosos Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 16 n 3 p 387-98 Jul Set 2007 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdftcev16n3a03v16n3pdf Acesso em 23 abr 2013 BORGES R M NONINO C B SANTOS J E Tratamento Cliacutenico da Obesidade Revista Medicina Ribeiratildeo Preto v 39 n 2 p 246-252 abrjun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwucgbrucgeventosObesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorialmaterial_consultamaterial_educacao_fisicatratamento20clinico20da20obesidadepdfgt Acesso em 08 de mar 2013 BOSSHARD W et al The treatment of chronic constipation in elderly people an update Drugs Aging v21 n14 p911-930 2004 Disponiacutevel em lthttplinkspringercomarticle10216500002512-200421140-00002page-1gt Acesso em 02 de abril 2013 BRASIL Lei no 10741 de 1ordm de outubro de 2003 Estatuto do Idoso Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leis2003l10741htmgt Acesso em 15 abr 2013 ______ Lei nordm 8842 de 4 de janeiro de 1994 Politica Nacional do Idoso Disponiacutevel em httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8842htm Acesso em 20 de abr 2013 ______ Lei nordm 8742 de 7 de dezembro de 1993Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social Disponiacutevel emlt httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8742htmgt Acesso em 20 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da sauacutede Manual da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel para a populaccedilatildeo idosa 2009 Disponiacutevel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesalimentacao_saudavel_idosa_profissionais_saudepdfgt Acesso em 03 de set 2013 _______ Ministeacuterio da sauacutede Anuaacuterio estatiacutestico de sauacutede do Brasil 2001 Disponiacutevel emlthttpportalsaudegovbrportalaplicacoesanuario2001indexcfmgt Acesso em 15 de abr 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Consenso sobre diabetes 2011a Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesconsenso_bras_diabetespdf Acesso em 05 de abr 2013
______ Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel emlt httpconselhosaudegovbrbibliotecalivrosManual_cepspdfgt Acesso em 20 fev 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes Mellitus 2011 b Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmiolo2002pdf Acesso em 05 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da Sauacutede Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilatildeo para coleta de dados antropomeacutetricos 2011 c Disponiacutevel emlt
75
http18928128100nutricaodocsgeralorientacoes_coleta_analise_dados_antropometricospdfgt Acesso em 30 mai 2013 BUENO J M et al Avaliaccedilatildeo nutricional e prevalecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis em idosos pertencentes a um programa assistencial Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 13 n4 p 1237-1246 2008 CALIXTO-LIMA L GONZALES M C Nutriccedilatildeo Cliacutenica no dia a dia Rio de Janeiro Ed Rubio 204p 2013 CAMPOS M T F S MONTEIRO J B R ORNELAS A P R C Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutriccedilatildeo do idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v13 n 3 p157-165 setdez 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfrnv13n37902pdfgt Acesso em 08 de mar 2013 CAMPOS M A G et al Estado nutricional e fatores associados em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo vol 52 n4 julagos 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=s0104-42302006000400019ampscript=sci_arttextgt Acesso em 25 fev 2013gt Acesso em 23 fev 2013 CARVALHO E N et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade Nutricional das Refeiccedilotildees Servidas aos Idosos em Instituiccedilatildeo Asilar 2003 17 f Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Porto Alegre 2003 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47322656gt Acesso em 11 de abr 2013 CASTILHOS E D PADILHA D M P A importacircncia dos dentes para trecircs diferentes grupos de idosos 2001 135 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em sauacutede bucal coletiva) - Faculdade de Odontologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2002 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=BBOamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=18747ampindexSearch=IDgt Acesso em 12 de mar 2013 CERVI A FRANCESCHINI S C C PRIORES E S Anaacutelise criacutetica do uso do iacutendice de massa corporal para idosos Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v18 n 6 765-775 NovDez 2005 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-52732005000600007gt Acesso em 01 de out de 2013 CHAIMOWICZ F A sauacutede dos idosos brasileiros agraves veacutesperas do seacuteculo XXI problemas projeccedilotildees e alternativas Revista Sauacutede Puacuteblica v 31 n 2 p184-200 1997 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfrspv31n22170gt Acesso em 01 de mar 2013 COSTA et al Estado nutricional e antropometria em idoso revisatildeo da literatura Revista Meacutedica de Minas Gerais Minas Gerais N p7 v 4 p 111-120 juldez 2000 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgi-binwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=556558ampindexSearch=IDgt Acesso em 26 fev 2013 DOBNER T BLASI T C KIRSTEN V R Perfil nutricional de idosos residentes em instituiccedilatildeo geriaacutetrica no interior do RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 9 n 1 p 109-118 Janabr 2012
76
Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview1730pdfgt Acesso em 13 de abr 2013 FARINEA N RICALDE S R SIVIEIRO J Perfil nutricional e antropomeacutetrico de idosos participantes de um grupo de ginaacutestica no municiacutepio de Antocircnio Prado ndash RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 7 n 3 p 394-405 setdez 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview783gt Acesso em 20 de out de 2013
FAZZIO D M G Envelhecimento e qualidade de vida ndash uma abordagem nutricional e alimentar Revista de Divulgaccedilatildeo Cientiacutefica Sena Aires Brasiacutelia v 1 n1 p 76-88 janjun 2012 Disponiacutevel em lthttprevistafacesasenaairescombrindexphprevisaarticleview15gt Acesso em 18 set 2013 FERNANDES M V Consumo de caacutelcio por idosos atendidos no programa de atendimento multidisciplinar agrave sauacutede do idoso 2010 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade do Extremo Sul Catarinense Criciuacutema 2010Disponiacutevel emlthttp200181527bitstreamhandle1140Mariana20Vaterkemper20Fernandespdfsequence=1gt Acesso em 21 abr 2013 FISBERG R M MARCHIONI D M L COLUCCI A C A Avaliaccedilatildeo do consumo alimentar e da ingestatildeo de nutrientes na praacutetica cliacutenica Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 53 n 5 p 627-654 jun 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfabemv53n514pdfgt Acesso em 30 de set de 2013 FLORA A P L DICHI I Aspectos atuais na terapia nutricional da doenccedila inflamatoacuteria intestinal Revista Brasileira de Nutriccedilatildeo Cliacutenica Satildeo Paulo v 21 n 2 p131-7 2006 Disponiacutevel em lthttpxayimgcomkqgroups24540475920552574namedoenC383C2A7a+inflamatC383C2B3ria+intestinal+e+terapia+nutricional+2006pdfgt Acesso em 26 mar 2013 FRANCHI K M B MONTENEGRO JUNIOR R M Atividade fiacutesica uma necessidade para a boa sauacutede na terceira idade Revista Brasileira em Promoccedilatildeo da Sauacutede Fortaleza v 18 n 3 p152-156 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwredalycorgarticulooaid=40818308gt Acesso em 19 de out de 2013 FRANCO L M Educaccedilatildeo Nutricional na terceira idade Alteraccedilotildees Fisioloacutegicas e Alimentaccedilatildeo Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlt httpconferenciasredeunidaorgbrindexphpredeunidaru10paperview2456gt Acesso em 15 de out 2013 FRISANCHO A R New norms of upper limb fat and muscle areas for assessent of nutritional status The American Journal of Clinical Nutrition v 34 p 2540-2545 1981 GALESI L F et al Perfil alimentar e nutricional de idosos residentes em moradias individuais numa instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no leste do estado de Satildeo Paulo Revista de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo Araraquara v19 n3 p 283-290 julset 2008 Disponiacutevel em lthttp20014571150seerindexphpalimentosarticleview632530gt Acesso em 20 de out de 2013
77
GALLAGHER D et al Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex The American Journal Clinical Nutrition Printed in USA vol 72 n 3 p694ndash701 2000 GUEDES DP GONCcedilALVES LAVV Impacto da Praacutetica habitual de Atividade Fiacutesica no perfil Lipiacutedico de adultos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia Satildeo Paulo v 51 n1 p 72-78 2007 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfabemv51n108pdfgt Acesso em 21 de abr 2013 GUEDES DP LOPES CC GUEDES JERP Reprodutibilidade e validade do Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica em Adolescentes Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 11 n 2 p 151-158 Marccedilabr 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev11n2a11v11n2pdfgt acesso em 24 de mai 2013 INSTITUTO MINEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA Hiperdia 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwimepencomhiperdiagt Acesso em 20 abr 2013 KUMPEL D A et al Obesidade em idosos acompanhados pela estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 20 n3 p 471-477 JulSet 2011 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdftcev20n307pdfgt Acesso em 15 de mar 2013 LACERDA N C SANTOS S S C Avaliaccedilatildeo nutricional de idosos um estudo bibliograacutefico Rev RENE Fortaleza v 8 n 1 p 60-70 janabr2007 Disponiacutevel em lthttprepositoriofurgbr8080xmluibitstreamhandle11857AvaliaC3A7C3A3o20nutricional20de20idosos20um20estudo20bibliogrC3A1ficopdfsequence=1gt Acesso em 20 mar 2013 LACOURT M X MARINI L L Decreacutescimo da funccedilatildeo muscular decorrente do envelhecimento e a influecircncia na qualidade de vida do idoso uma revisatildeo de literatura Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 3 n 1 p114-121 janjul 2006 Disponiacutevel emlt httpwwwupfbrseerindexphprbceharticleview5144gt Acesso em 05 de out de 2013 LEBRAtildeO M L O envelhecimento no Brasil aspectos da transiccedilatildeo demograacutefica e epidemioloacutegica Revista Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 4 n 17 p 135-140 ago set 2007 Disponiacutevel emlt httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem2559pdfgt Acesso em 24 mar 2013 LEON M et al Percepccedilatildeo da inseguranccedila alimentar em famiacutelias com idosos em Capinas Satildeo Paulo Caderno de Puacuteblica Rio de Janeiro v21 n 1 p1433-1410 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv21n516pdf Acesso em 02 out 2013 MACHADO J S Perfil nutricional e funcional de idosos atendidos em um ambulatoacuterio de nutriccedilatildeo da policliacute-nica Joseacute Paranhos Fontenelle na cidade do Rio de Janeiro Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 10 p 57-73 2006 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47972702gt Acesso em 05 de out de 2013
78
MADEIRA M C et al Atividade fiacutesica no deslocamento em adultos e idosos do Brasil prevalecircncias e fatores associados Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v29 n 1 p 165-174 jan 2013 Disponiacutevel emlt httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cachel0y4OnZr76sJscholargooglecom+MADEIRA+atividade+fisica+2013amphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 05 out 2013
MAGALHAtildeES L M R Relaccedilatildeo entre Sauacutede Oral e Nutriccedilatildeo em Idosos 2011 49 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Dentaacuteria) Universidade Fernando Pessoa Porto Alegre 2011 Disponiacutevel emlt httpbdigitalufpptbitstream1028424023Tpdfgtacesso em 15 mar 2013 MALTA M B PAPINI S J CORRENTE J E Avaliaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo de idosos de municiacutepio paulista ndash aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v18 n 2 p 377-384 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfcscv18n209pdfgt acesso em 30 de set de 2013 MARTINS W P et al Resistecircncia agrave insulina em mulheres com siacutendrome dos ovaacuterios policiacutesticos modifica fatores de risco cardiovascular Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Rio de Janeiro v 31 n 3 mar 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrscielophppid=S010072032009000300002ampscript=sci_arttextamptlng=ESgt Acesso em 01 out 2013
MARUCCI D M et al Hipertensatildeo arterial referida e indicadores antropomeacutetricos de gordura em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 57 n 1 p 25-30 2011 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdframbv57n1v57n1a11pdfgt Acesso em 15 fev 2013 MASSON C R et al Prevalecircncia de sedentarismo nas mulheres adultas da cidade de Satildeo Leopoldo Rio Grande do Sul Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 21 n 6 p 1685-1694 nov dez 2005 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcspv21n605pdfgt Acesso em 20 de set 2013 MAZO G Z et al Aptidatildeo funcional geral e iacutendice de massa corporal de idosas praticantes de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Cineantropometria amp Desempenho Humano Florianoacutepolis v8 n4 p46-51 2006 Disponiacutevel emlthttpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cachehttpwwwportalsaudebrasilcomartigospsbidoso077pdfgt Acesso em 20 de set de 2013 MENDES M R S et al Situaccedilatildeo social do idoso no Brasil uma breve consideraccedilatildeo 2005 11 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Enfermagem na Sauacutede do Adulto) Escola de Enfermagem da Universidade de Satildeo Paulo - USP ndash Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfapev18n4a11v18n4pdfgt Acesso em 23 mar 2013 MENEZES T N MARUCCI M F N Valor energeacutetico total e contribuiccedilatildeo de percentual de calorias por macronutrientes da alimentaccedilatildeo de idosos domiciliados m Fortaleza Cearaacute Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 58 n1 p 33-40 nov dez 2012 MIZUNO J Perfil Bioquiacutemico da Glicose e Praacutetica de Atividade Fiacutesica nos Nipo-brasileiros de Segunda Geraccedilatildeo da Cidade de Bauru 2007 46 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Licenciatura Plena em Educaccedilatildeo Fiacutesica) - Departamento de
79
Educaccedilatildeo Fiacutesica da Faculdade de Ciecircncias da Universidade Estadual Paulista Bauru 2007 MONTENEGRO S M R S Efeitos de um programa de fisioterapia como promotor de sauacutede na capacidade funcional de mulheres idosas institucionalizadas 80 f 2006 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Educaccedilatildeo e Sauacutede) Centro de Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Fortaleza Cearaacute 2005 Disponiacutevel em httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheoICqZeWR7EJscholargooglecom+montenegro+silva++alimentaC3A7C3A3o+de+idososamphl=ptBRampas_sdt=05gt Acesso em 10 set 2013 MONTILLA R N G ALDRIGHI J M AVALIACcedilAtildeO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES NO CLIMATEacuteRIO Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache0pygmM5iqLIJscholargooglecom+relaC3A7C3A3o+de+estado+nutricional+e+consumo+alimentar+de+idososamphl=pt-PTampas_sdt=05gt Acesso em 08 de out de 2013 MOTA J et al Atividade fiacutesica e qualidade de vida associada aacute sauacutede em idosos participantes e natildeo participantes em programas regulares de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Satildeo Paulo v20 n3 p219-25 julset 2006 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheCBoCKJNge0oJscholargooglecom+idosos+atividade+fC3ADsicaamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 07 de out de 2013 MULLER N VIETZ V R Educaccedilatildeo em sauacutede e educaccedilatildeo nutricional aos idosos do centro de convivecircncia do idoso Andreacutes Chamorro (cci) no municiacutepio de dourados MS 2009 7 f Trabalhatildeo de Conclusatildeo de Curso ( Bacharel em Enfermagem) - Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul 2009 Mato Grosso do Sul Disponiacutevel em lt httpperiodicosuemsbrindexphpsemexarticleview2305980gt Acesso em 10 mar 2013 NASCIMENTO C M et al Estado nutricional e fatores associados em idosos do Municiacutepio de Viccedilosa Minas Gerais Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 27 n12 p 2409-2418 dez 2011 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610721ampindexSearch=IDgt Acesso em 25 mai 2013 NESELLO L A N TONELLI F O BELTRAME T B Constipaccedilatildeo intestinal em idosos frequentadores de um Centro de Convivecircncia no municiacutepio de Itajaiacute-SC Revista Ceres Rio de Janeiro v 6 n 3 p 151-162 2011 Disponiacutevel em httpwwwe-publicacoesuerjbrindexphpceresarticleviewFile21252113 Acesso em 20 abr 2013 PAIVA NETO A OLIVEIRA A SANTOS R O Comparaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal em idosos esportistas com idosos irregularmente ativos Revista Movimento amp Percepccedilatildeo Espiacuterito Santo do Pinhal v 8 n 11 p41-54 juldez 2007 Disponiacutevel emhttpswwwgooglecombrurlsa=tamprct=jampq=ComparaC3A7C3A3o+da+composiC3A7C3A3o+corporal+em+idosos+esportistas+com+idosos+irregular
80
mente+ativosampesrc=sampsource=webampcd=1ampved=0CC0QFjAAampurl=http3A2F2Fwwwresearchgatenet2Fpublication2F26488733_Comparao_da_composio_corporal_em_idosos_esportistas_com_idosos_irregularmente_ativosampei=kRttUsWfJMuDkQeRx4HgBQampusg=AFQjCNHiqsY74lFQzTDoK8SjKlR0YQnChA Acesso em 10 de out de 2013 NOBREGA A C L Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Atividade Fiacutesica e Sauacutede no Idoso Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 5 n 6 NovDez 1999 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev5n6v5n6a02pdfgt Acesso em 03 mar 2013 PAIXAtildeO M P P C BRESSAN J Caacutelcio e sauacutede osseacutea tratamento e prevenccedilatildeo Revista Sauacutede e Pesquisa v 3 n 2 p 237-246 maioago 2010 Disponiacutevel emlthttpwwwcesumarbrpesquisaperiodicosindexphpsaudpesqarticleview11911079gt Acesso em 12 de out de 2013 PADOVANI R M et al Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 19 n 2 p 741-760 novdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv19n609pdfgt Acesso em 15 set 2013 PEREIRA B C Radicais Livres uma nova abordagem PERISSINOTTO E et alAnthropometric measurements in the elderly Age and gender differences Br J Nutr v 87 n1 p177-186 2012 Disponiacutevel lthttpjournalscambridgeorgdownloadphpfile=2FBJN2FBJN87_022FS0007114502000430apdfampcode=7c9a31135d39e8d85eecd461067b11c3gt Acesso em 15 out 2013 PESSOA L M O P Adequaccedilatildeo nutricional da alimentaccedilatildeo servida aos idosos do instituto Satildeo Vicente de Paulo Vinculado ao laboratoacuterio itinerante PROEAC UEPB 2012 39 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharelado em Enfermagem) ndash Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universidade Estadual da Paraiacuteba Campina Grande 2012 Disponiacutevel em lthttpdspacebcuepbedubr8080jspuibitstream1234567897791PDF20-20Larrycya20Mahayana20Oliveira20Pessoapdfgt acesso em 05 mar 2013 PREVIDELLI A N et al Iacutendice de Qualidade da Dieta Revisado para populaccedilatildeo brasileira Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 45 n4 p 794-798 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrspv45n42523pdfgt acesso em 15 jun 2013 RAUEN M S Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de idosos institucionalizados Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v21 n3 p 303-310 MaiJun 2008 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrnv21n3a05v21n3pdf Acesso em 05 de out de 2013 REIS A E S SOUZA J A Atividade fiacutesica para idosos 36 f 2012 Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica Universidade do Vale do Rio Verde de Trecircs Coraccedilotildees Minas Gerais 2012 Disponiacutevel em httprevistasunincorbrindexphpiniciacaocientificaarticleviewFile424343 Acesso em 13 de set de 2013 RINALDI D B COELHO I Nutriccedilatildeo sauacutede e envelhecimento um estudo sobre o estado nutricional de mulheres que participam do projeto de extensatildeo ldquoUniversidade
81
da Idade Ativardquo Revista Unoesc amp Ciecircncia ndash ACBS Joaccedilaba v 2 n 1 p 67-74 2011 Disponiacutevel lthttpeditoraunoescedubrindexphpacbsarticleview665gt Acesso em 11 abr 2013 ROSA L B et al Odontogeriatria ndash a sauacutede bucal na terceira idade Revista da Faculdade de Odontologia ndash UPF Satildeo Paulo v 13 n8 p 82-86 maiago 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprfoarticleview599392gt Acesso em 08 Mar 2013 RUELA L C R SOUSA JUNIOR F A C Avaliaccedilatildeo nutricional e estilo de vida de adolescentes de uma escola puacuteblica da regiatildeo sul fluminense ndash RJ Revista Nutrir Gerais Ipatinga v 4 n 6 p 554-565 fevjul 2010 Disponiacutevel emlt httpwwwunilestemgbrnutrirgeraisdownloadsartigosvolume4edicao_06avaliacao_nutricional_estilo_vidapdfgt acesso em 20 de set de 2013 SALGADO C D S Mulher idosa a feminizaccedilatildeo da velhice Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 4 p 7-19 2002 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47162642gt Acesso em 01 de out de 2013 SAMPAIO L R Avaliaccedilatildeo nutricional e envelhecimento Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 17 n4 p 507-514 outdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv17n422898pdfgt Acesso em 15 de out de 2013 SANTOS D M SCHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 2 p 163-168 out 2004 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfrspv39n224037pdfgt Acesso em 25 de set de 2013 SANTOS LA S O fazer educaccedilatildeo alimentar e nutricional algumas contribuiccedilotildees para reflexatildeo Revista Ciecircncia e Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 17 n 2 p33-41 Fev 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_pdfamppid=S1413-81232012000200018amplng=enampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de ago 2013 SASS A et al Depressatildeo em idosos inscritos no Programa de Controle de hipertensatildeo arterial e diabetes mellitus Revista Acta Paul Enfermagem Satildeo Paulo v25 n1 p80-85 jul 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfapev25n1v25n1a14pdfgt Acesso em 25 fev 2013 SILVA A K Q et al Perfil nutricional de idosos assistidos em instituiccedilatildeo de longa permanecircncia na cidade de Natal RN Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro v 4 n 1 p 27-35 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwsbggorgbrprofissionaisarquivorevistavolume4-numero1artigo05pdfgt Acesso em 02 de out de 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA VI Diretriz Brasileira de Hipertensatildeo Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo V17 n1 p 7-9 2010 Disponiacutevel em httpwwwanadorgbrprofissionaisimagesVI_Diretrizes_Bras_Hipertens_RDHA_6485pdf Acesso em 10 de abr 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenccedilatildeo da aterosclerose Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 9-23 2007 Disponiacutevel em
82
http9epublicacoescardiolbrconsenso2007diretriz-DApdf Acesso em 15 abr 2013 SOMMACAL H M et al Percentual de perda de peso e dobra cutacircnea tricipital paracircmetros confiaacuteveis para o diagnoacutestico de desnutriccedilatildeo em pacientes com neoplasia periampolar - avaliaccedilatildeo nutricional preacute-operatoacuteria Rev HCPA amp Fac Med Univ Fed Rio Gd do Sul Rio Grande do Sul v n 3 p 290-295 2011 Disponiacutevel emlthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610030ampindexSearch=IDgt Acesso em 28 ago 2013 SOUSA V M C GUARIENTO M E Avaliaccedilatildeo do idoso desnutrido Revista Brasileira de Cliacutenica Meacutedica Satildeo Paulo v7 n1 p 46-49 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwobservatorionacionaldoidosofiocruzbrbiblioteca_artigos83pdfgt acesso em 15 de out de 2013 SPEROTO F M SPINELLI R B Avaliaccedilatildeo nutricional em idosos independentes de uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no municiacutepio de Erechim-RS Revista Cientiacutefica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missotildees Rio Grande do Sul v 34 n 125 p 105-116 marccedilo2010 Disponiacutevel emlt httpwwwuriceredubrnewsitepdfsperspectiva125_78pdfgt Acesso em 01 de out de 2013 SERRA (ES) Secretaria de Sauacutede Guia de Sauacutede 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwserraesgovbrsesaguia_da_saudegt Acesso em 15 abr 2013 SILVEIRA E A KAC G BARBOSA L S Prevalecircncia e fatores associados agrave obesidade em idosos residentes em Pelotas Rio Grande do Sul Brasil classificaccedilatildeo da obesidade segundo dois pontos de corte do iacutendice de massa corporal Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 25 n7 p1569-1577 Jul 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfcspv25n715pdfgt Acesso em 15 abr 2013 SIQUEIRA R L BOTELHO M I V COELHO F M G A velhice algumas consideraccedilotildees teoacutericas e conceituais Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v 7 n4 p899-906 2002 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdf0Dcscv7n414613pdfgt Acesso em 20 fev 2013 SCHRAMM J M A et al Transiccedilatildeo epidemioloacutegica e o estudo de carga de doenccedila no Brasil Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v9 n4 p897-908 2004 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcscv9n4a11v9n4pdfgt Acesso em 28 fev 2013 Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos - TACO 4 ed 2011 Disponiacutevel em lthttp wwwunicampbrnepatacotabelaphpgt Acesso em 09 de out 2012 TARTARI R T BUSNELLO F M NUNES C H A Perfil Nutricional de Pacientes em Tratamento Quimioteraacutepico em um Ambulatoacuterio Especializado em Quimioterapia Revista Brasileira de Cancerologia Satildeo Paulo v56 n 1 p 43-50 jun2010 Disponiacutevel emlthttphospitalhelioangotticomenviados201053222221pdfgt Acesso em 11 de out de 2013 TOSCANO J J O OLIVEIRA A C C Qualidade de Vida em idosos com distintos niacuteveis de atividade Fiacutesica Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo
83
v 15 n3 MaiJun2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev15n3a01v15n3pdfgt acesso em 01 mar 2013 TRAMONTINO V S Nutriccedilatildeo para idosos Revista de Odontologia da Universidade Satildeo Paulo v 21 n 3 p 258-267 setdez 2009 Disponiacutevel lthttpfilesbvsbruploadS1983-51832009v21n3a009pdfgt Acesso em 15 mar 2013 VERAS R Envelhecimento populacional e as informaccedilotildees de sauacutede do PNAD demandas e desafios contemporacircneos Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 23 n10 p 2463-2466 out 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv23n1020pdfgt Acesso em 25 fev 2013 ZAITUNE M P Fatores associados aacute praacutetica de atividade fiacutesica global e de lazer em idosos inqueacuterito de sauacutede no estado de Satildeo Paulo Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 26 n 8 p 1606-1628 set 2010 Disponiacutevel em httpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=557075ampindexSearch=IDgt Acesso em 15 set 2013 WENDPAP L L Iacutendice da qualidade da dieta de adolescentes e fatores associados Dissertaccedilatildeo (Mestre em Biociecircncias) Poacutes Graduaccedilatildeo em Biociecircncias Faculdade de Nutriccedilatildeo da Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabaacute 2012 Disponiacutevel em httpwwwsaudemtgovbruploaddocumento104indice-de-qualidade-da-dieta-de-adolescentes-e-fatores-associados-autora-loiva-lide-wendpap-5B104-140312-SES-MT5Dpdf Acesso em 25 ago 2013 WASHBURN RA SMITH KW JETTE A M JANNEY CA The Physical Activity Scale for the Elderly (PASE) Development and evaluation Journal of Clinical Epidemiology 1993
84
85
APEcircNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) participante
Na condiccedilatildeo de estudante do curso de Nutriccedilatildeo da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo
estou realizando uma pesquisa com o objetivo de analisar o estado nutricional relacionado aacute praacutetica
de atividade fiacutesica e a qualidade da dieta de idosos
Necessito de sua contribuiccedilatildeo para responder questotildees relacionadas ao niacutevel de atividade fiacutesica
exercida informar sobre seus haacutebitos alimentares atuais e tambeacutem da permissatildeo para mensuraccedilatildeo
do seu peso estatura valores de pregas cutacircneas circunferecircncia da cintura da panturrilha e do
braccedilo Sua participaccedilatildeo nesse estudo eacute voluntaacuteria e se vocecirc decidir natildeo participar ou quiser desistir
de continuar em qualquer momento tem absoluta liberdade de fazecirc-lo
Na publicaccedilatildeo dos resultados desta pesquisa sua identidade seraacute mantida no mais rigoroso sigilo
Seratildeo omitidas todas as informaccedilotildees que permitam identificaacute-lo (a)
Os benefiacutecios desse estudo estatildeo relacionados ao conhecimento do seu estado nutricional e
orientaccedilotildees relativas para a melhora do mesmo Os riscos que podem acontecer satildeo referentes agraves
medidas das pregas cutacircneas que podem provocar hematomas e vermelhidatildeo Mas para minimizar e
evitar esse transtorno as medidas seratildeo feitas por pesquisadores treinados e aptos para essa coleta
Quaisquer duacutevidas relativas agrave pesquisa poderatildeo ser esclarecidas por mim ndash Patriacutecia Helena Teixeira
ou pela professora responsaacutevel Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo atraveacutes do telefone 3331-
8500
Atenciosamente
_________________________ Nome do aluno(a)
____________________________ Local e data
_________________________ Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo
(professora responsaacutevel)
____________________________ Local e data
Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma coacutepia deste termo de
consentimento
_____________________________ Nome e assinatura do participante
______________________________ Local e data
86
APEcircNDICE B
PRONTUAacuteRIO
IDENTIFICACcedilAtildeO Nome _______________________________Sexo ( )F ( )M Idade______ AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA Paracircmetros Peso Altura de Gordura CB PCT CC CP
87
APEcircNDICE C
REGISTRO ALIMENTAR DATA__________
Refeiccedilatildeo Horaacuterio Local
Alimento Preparaccedilatildeo Quantidade
Desjejum
Colaccedilatildeo
Almoccedilo
Lanche
Jantar
Ceia
88
ANEXO A
QUESTIONAacuteRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FIacuteSICA VERSAtildeO CURTA
Fonte Mizuno 2007
89
ANEXO B
CIRCUNFERENCIA DO BRACcedilO DE ACORDO COM GEcircNERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
90
ANEXO C
PERCENTIS DA PREGA CUTAcircNEA TRICIPITAL SEGUNDO GENERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
91
ANEXO D
IacuteNDICE DE QUALIDADE DA DIETA REVISADO
Fonte Wendpap 2012
92
ANEXO E
DESCRICcedilAtildeO DAS PONTUACcedilOtildeES DO IQD-R
Fonte Wendpap 2012
PATRIacuteCIA HELENA TEIXEIRA
ESTADO NUTRICIONAL RELACIONADO Agrave PRAacuteTICA DE ATIVIDADE FIacuteSICA E QUALIDADE DA DIETA DE IDOSOS
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentando aacute Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo como requisito obrigatoacuterio para obtenccedilatildeo do tiacutetulo
de Bacharel em Nutriccedilatildeo
Orientador Profordf Mirian Patriacutecia Castro P Paixatildeo
VITORIA
2013
PATRIacuteCIA HELENA TEIXEIRA
ESTADO NUTRICIONAL RELACIONADO Agrave PRAacuteTICA DE ATIVIDADE FIacuteSICA E QUALIDADE DA DIETA DE IDOSOS
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado aacute Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo como requisito obrigatoacuterio para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Nutriccedilatildeo
Aprovado em 04 de dezembro de 2013 por
________________________________________________________________
Prof Dra Mirian Patriacutecia C P Paixatildeo - Orientadora
_________________________________________________________________
Luciana Almeida Costa ndash Nutricionista e Especialista em Gestatildeo de Alimentos e
Alimentaccedilatildeo Coletiva
________________________________________________________________
Giuliana Rizzo Taveira ndash Nutricionista e Especialista em Nutriccedilatildeo Cliacutenica Funcional
AGRADECIMENTOS
Aacute minha orientadora professora Mirian Paixatildeo pela paciecircncia na orientaccedilatildeo
incentivo e inspiraccedilatildeo no amadurecimento dos meus conhecimentos gerados ao
longo do curso que tornaram possiacutevel a conclusatildeo deste trabalho e muito mais que
isso na realizaccedilatildeo de um sonho
Aacute todos os professores que foram tatildeo importantes ao longo do curso e contribuiacuteram
para o crescimento da minha paixatildeo pela ciecircncia da Nutriccedilatildeo Em especial meu
muito obrigada aacutes professoras Luciene Rabelo Ana Cristina Soares Kelly Amichi
Clauacutedia Cacircmara Alessandra Rodrigues e Michele Barrela
Aacute querida e competente nutricionista Luciana Almeida Costa que natildeo hesitou em me
ajudar em momentos tatildeo trabalhosos na realizaccedilatildeo deste trabalho e aos demais
nutricionistas da equipe de Alimentaccedilatildeo Escolar da SEDU ndash ES que de alguma
forma contribuiacuteram para o meu crescimento pessoal e profissional
As amigas especiais Abyla Josiane e Ingrid pelo incentivo companheirismo
desabafos e apoio constante
Agradeccedilo tambeacutem ao meu noivo Jefferson que de forma especial e carinhosa me
deu forccedila e coragem me apoiando nos momentos de dificuldades Valeu a pena
toda a distacircncia todo o sofrimento todas as renuacutencias valeu a pena esperar para
que juntos possamos colher bons frutos de todo nosso empenho
E dedico esta e demais conquistas aos meus amados pais Sebastiatildeo e Maria da
Penha aos meus irmatildeos Everton Helder e Leandro as minhas cunhadas-irmatildes
Aline e Julliethe e a minha preciosidade sobrinha-afilhada Aliacutecia que eacute o meu maior
presente
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo avaliar o estado nutricional e consumo alimentar a
partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo atividade fiacutesica
realizando comparaccedilatildeo entre estes Para realiza-lo foi selecionada uma amostra de
40 idosos no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe Serra-ES Dois encontros
foram realizados a fim de avaliar o estado nutricional niacutevel de atividade fiacutesica e
consumo alimentar atraveacutes da aplicaccedilatildeo do iacutendice de qualidade da dieta revisado
(IQD-R) Durante avaliaccedilatildeo nutricional foi realizada a afericcedilatildeo do peso e estatura
para realizaccedilatildeo do caacutelculo do iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da
cintura (CC) circunferecircncia do braccedilo (CB) circunferecircncia da panturrilha prega
cutacircnea tricipital e percentual de gordura corporal atraveacutes de biompedacircncia Para
avaliar o consumo alimentar atraveacutes do IQD-R foi coletado o registro alimentar de
trecircs dias de todos os indiviacuteduos e para mensurar o niacutevel de atividade fiacutesica foi
aplicado o questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ) Foram
avaliados 40 idosos sendo a amostra 100 do sexo feminino Quanto ao niacutevel de
atividade fiacutesica 32 (n=13) indiviacuteduos foram classificados com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e 68 (n=27) com niacutevel de atividade fiacutesica moderado No grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi constatado segundo IMC que apenas 769 (n=1)
se encontravam em eutrofia Em relaccedilatildeo aacute CC o grupo apresentou um valor meacutedio
equivalente ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas
Quanto ao de gordura corporal apenas 1111 (n=1) apresentaram valores
adequados No grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado em relaccedilatildeo ao IMC
4814 (n=13) apresentam eutrofia Em relaccedilatildeo a CC o valor meacutedio encontrado no
grupo equivale a um risco aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e 5185 (n=
14) dos indiviacuteduos do grupo apresentaram um de gordura corporal adequado
Quanto a avaliaccedilatildeo de CB CP e PCT tambeacutem pocircde ser observado melhores
resultados no grupo de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao grupo de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo Na avaliaccedilatildeo da
qualidade da dieta em geral obteve-se uma pontuaccedilatildeo meacutedia de 7592 que
caracteriza uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser observado que os
indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia
maior de iacutendice de qualidade (7688) quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo (7398) Diante do exposto conclui-se que os idosos que
praticam atividade fiacutesica moderadamente apresentam um melhor estado nutricional
quando comparados aos idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Em
relaccedilatildeo a qualidade da dieta verifica-se que em geral a populaccedilatildeo estudada
apresentou uma elevada pontuaccedilatildeo no qual caracteriza a dieta como ldquosaudaacutevelrdquo
Em suma eacute necessaacuteria a realizaccedilatildeo futura de estudos nutricionais em idosos
abrangendo outros assuntos ligados agrave nutriccedilatildeo que sejam pertinentes a este grupo
Palavras-chave Qualidade da dieta idosos estado nutricional
ABSTRACT
This study aimed to assess the nutritional status and dietary intake through the diet quality
index of elderly people that practicing or not physical activity and making comparison
between them To realize it we selected a sample of 40 subjects in the Health Committee of
the Elderly Jacaraipe Serra - ES Two meetings were held to assess the nutritional status
level of physical activity and food consumption by applying the diet quality index revised
(IQD-R) Nutritional assessment was performed during the measurement of weight and
height for calculation of body mass index (BMI) waist circumference (WC) arm
circumference (AC ) calf circumference triceps skinfold thickness and body fat percentage
biompedacircncia through To assess food intake through IQD -R was collected three days food
record of all individuals and to measure the level of physical activity we applied the
International Physical Activity Questionnaire short version (IPAQ) We evaluated 40 subjects
the sample being 100 female The level of physical activity 32 (n = 13) subjects were
classified as low level of physical activity and 68 (n = 27) with moderate level of physical
activity In the group with low physical activity level was determined using BMI only 769
(n = 1) were eutrophic In relation to waist circumference the group had a mean value equal
to the substantially increased risk of metabolic complications As for body fat only 1111
( n = 1 ) showed adequate In the group with moderate physical activity level in relation to
BMI 4814 (n = 13) had normal weight Compared to DC the average value found in the
group amounts to an increased risk of metabolic complications and 5185 ( n = 14 ) of
individuals from one group had adequate body fat Regarding the evaluation of arm
circumference Calf circumference and skinfold thickness also be observed better results in
the group of elderly patients with moderate level of physical activity when compared to the
group of older people with low level of physical activity In assessing the quality of the diet
in general we obtained an average score of 7592 featuring a healthy diet but can also
be observed that the individuals in the group with moderate level of physical activity had a
higher average index quality (7688) compared to those with low levels of physical activity
(7398) Given the above it is concluded that elderly people who practice physical activity
moderately have a better nutritional status compared to the elderly who have a low level of
physical activity Regarding the quality of the diet it appears that the general population has
a high score which characterizes the diet as healthy In short it is necessary to conduct
future studies of nutrition in the elderly covering other issues related to nutrition which are
relevant to this group
Keywords Quality of diet Elderly Nutritional status
LISTA DE SIGLAS
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
PCT ndash Prega Cutacircnea Tricipital
GC ndash Percentual de Gordura Corporal
CP ndash Circunferecircncia da Panturrilha
CC ndash Circunferecircncia da Cintura
CB ndash Circunferecircncia do Braccedilo
IQD-R ndash iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado
DCNT ndash Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
IPAQ ndash Questionaacuterio Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica
CEP ndash Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
SISVAN ndash Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional
PROEF ndash Programa de Orientaccedilatildeo ao Exerciacutecio Fiacutesico
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos) 35
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos 47
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos 47
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres
48
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
49
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra
53
Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica
53
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
58
Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
58
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
59
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
59
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
61
Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
61
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 19 2 REFERENCIAL TEORICO 21 21TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DCNT NO ENVELHECIMENTO 21 22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE 25 23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO 28 24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO 30 25 QUALIDADE DA DIETA 36 251 iacutendice de Qualidade da Dieta 36 252 Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel no Envelhecimento 37 253 Seguranccedila Alimentar 39 26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO 39 261 Iacutendice de Massa Corporal 40 262 Circunferecircncia do Braccedilo 41 263 Circunferecircncia da Cintura 41 264 Prega Cutacircnea Tricipital 41 265 Cinrcunferecircncia da Panturrilha 42 27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO 42 3 METODOLOGIA 45 31 DESENHO DE ESTUDO 45 32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO 45 33 ASPECTOS EacuteTICOS 46 34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA 46 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR 49 36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA 50 37 ANAacuteLISE DOS DADOS 52
53 4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS 53 42 DISCUSSAtildeO 62 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71
REFEREcircNCIAS 73 APEcircNDICE A 85
APEcircNDICE B 86
APEcircNDICE C 87
ANEXO A 88
ANEXO B 89
ANEXO C 90
ANEXO D 91
ANEXO E 92
19
1 INTRODUCcedilAtildeO
O Brasil vem apresentando claramente o envelhecimento da populaccedilatildeo nas uacuteltimas
deacutecadas que pode ser explicado pela chamada transiccedilatildeo demograacutefica um
fenocircmeno caracterizado por reduccedilotildees progressivas nas taxas de mortalidade e
fecundidade Outro fenocircmeno que tambeacutem acompanha o envelhecimento da
populaccedilatildeo brasileira eacute a transiccedilatildeo epidemioloacutegica no qual apresenta uma elevaccedilatildeo
na incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ao mesmo tempo em que
ocorre uma reduccedilatildeo progressiva de doenccedilas infecto contagiosas (LEBRAtildeO 2007)
Paralelo agrave transiccedilatildeo epidemioloacutegica diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas naturais do
envelhecimento como elevaccedilatildeo do tecido adiposo diminuiccedilatildeo na sensibilidade da
insulina reduccedilatildeo da secreccedilatildeo do aacutecido cloriacutedrico aleacutem de alteraccedilotildees na percepccedilatildeo
do paladar tambeacutem contribuem diretamente para a ocorrecircncia de doenccedilas crocircnicas
natildeo transmissiacuteveis como o diabetes quadros de constipaccedilatildeo intestinal e sobrepeso
em idosos (BUENO et al 2008)
A sauacutede e a qualidade de vida e consequentemente a nutriccedilatildeo dos idosos tambeacutem
se encontram comprometidas com a alta incidecircncia de depressatildeo decorrentes na
maioria das vezes pela solidatildeo morte do conjugue dependecircncia de outras pessoas
para realizaccedilatildeo de simples tarefas cotidianas como a de se alimentar (LACERDA
SANTOS 2007)
Uma nova ferramenta que vem sendo utilizada para a avaliaccedilatildeo do consumo
alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) no qual se baseia na
comparaccedilatildeo das porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do
Guia alimentar para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo
da sauacutede atraveacutes da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de
nutrientes e obesidade (WENDPAP 2012)
Considerando todos estes aspectos relacionados agrave sauacutede e qualidade de vida dos
idosos eacute de suma importacircncia estudos relacionados agrave identificaccedilatildeo do estado
nutricional e do consumo alimentar desta populaccedilatildeo que mais cresce no mundo de
modo que se criem condiccedilotildees de formulaccedilatildeo de novas propostas de intervenccedilatildeo e
acompanhamento nutricional que auxiliem no tratamento e na prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis contribuindo assim tambeacutem para o aumento
da qualidade de vida (BUENO et al 2008)
20
Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e consumo
alimentar a partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo
atividade fiacutesica realizando comparaccedilotildees entre estes
21
2 REFERENCIAL TEORICO 21 TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DOENCcedilAS CROcircNICAS NAtildeO
TRANSMISSIacuteVEIS NO ENVELHECIMENTO
O mundo estaacute vivenciando um momento especial chamado momento demograacutefico
considerado um dos melhores devido agrave transiccedilatildeo demograacutefica que eacute caracterizada
pela diminuiccedilatildeo na taxa de mortalidade e tambeacutem reduccedilatildeo na taxa de natalidade o
que leva a uma inversatildeo na piracircmide populacional (ALVES 2008)
O processo de envelhecimento demograacutefico eacute facilmente identificado em todo o
mundo sendo esse processo mais significativo e acelerado nos paiacuteses em
desenvolvimento Segundo registros do IBGE no Brasil houve um aumento na
populaccedilatildeo de idosos de mais de trecircs por cento entre os anos de 1970 e 1990
(SIQUEIRA BOTELHO COELHO 2002)
Muler e Vietz (2009) relatam que segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede satildeo
considerados idosos indiviacuteduos com idade igual ou superior a 60 anos e Marucci e
outros (2011) afirmaram que atraveacutes do censo do ano de 2010 os indiviacuteduos nesta
faixa etaacuteria representam cerca de 11 da populaccedilatildeo brasileira que gira em torno de
21 milhotildees de idosos
O aumento da populaccedilatildeo idosa tem sido relativo agrave expansatildeo da expectativa de vida
da populaccedilatildeo brasileira que apresentou um aumento de 337 anos na deacutecada 50
para 5099 anos no ano de 1990 e passou para 6625 anos em 1995 e a expectativa
eacute que chegue a 7708 entre os anos de 2020 e 2025 (SIQUEIRA BOTELHO
COELHO 2002)
A taxa de natalidade tambeacutem eacute um processo que colabora para a transiccedilatildeo
demograacutefica e a sua reduccedilatildeo vem mostrando natildeo ter ligaccedilatildeo direta com as
condiccedilotildees econocircmicas das famiacutelias que optaram por natildeo ter ou ter um nuacutemero
reduzido de filhos pelo contraacuterio essa queda de fecundidade vem acontecendo por
livre escolha dos casais (ALVES 2008)
Anualmente cerca de milhares de novos idosos satildeo inseridos na populaccedilatildeo
brasileira e com isso haacute uma alteraccedilatildeo no quadro da mortalidade que antes era de
uma populaccedilatildeo mais jovem para uma sobrecarga de doenccedilas caracteriacutesticas da
22
terceira idade como doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e muacuteltiplas que levam a
quadros de internaccedilatildeo por longos anos que exigem ainda cuidados constantes
Esse quadro leva a um aumento nas despesas de tratamento meacutedico e de
internaccedilotildees hospitalares o que gera grandes desafios para o governo que se ver
obrigado a criar planos estrateacutegicos para a prestaccedilatildeo de cuidados e para a
prevenccedilatildeo das doenccedilas comumente a terceira idade (VERAS 2007)
A alta carga de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis caracteriza tambeacutem a chamada
transiccedilatildeo epidemioloacutegica esse processo envolve principalmente a reduccedilatildeo de
doenccedilas transmissiacuteveis e do mesmo modo ocorre o aumento de doenccedilas natildeo
transmissiacuteveis a transiccedilatildeo de casos de morbimortalidades da populaccedilatildeo mais
jovens para a populaccedilatildeo mais idosa alteraccedilatildeo de um quadro de mortalidade da
populaccedilatildeo para um quadro de morbidades (SCHRAMM et al 2004)
Pode-se observar uma relaccedilatildeo niacutetida entre transiccedilatildeo demograacutefica e transiccedilatildeo
epidemioloacutegica com a reduccedilatildeo das doenccedilas infecciosas que em tempos atraacutes era a
principal causa de mortalidade a taxa de mortalidade de populaccedilatildeo mais jovem
reduziu e em contrapartida esses ldquojovensrdquo passam a conviver com os fatores de
riscos para doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que se tornam mais comum com a
vivecircncia dos anos de vida adicionais decorrente da transiccedilatildeo demograacutefica
(CHAIMOWICZ 1997)
A alteraccedilatildeo na carga de doenccedilas que mais atinge a populaccedilatildeo para a prevalecircncia
de doenccedilas crocircnicas natildeo degenerativas e suas complicaccedilotildees leva aacute evidentes
alteraccedilatildeo na utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede puacuteblica em que envolve principalmente
aumento de custos para promover o tratamento meacutedico adequado destas
enfermidades com isso se faz necessaacuterio agrave implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que
possam suprir esse quadro (SCHRAMM 2004)
As principais doenccedilas crocircnicas que acometem os idosos satildeo o diabetes mellitus
hipertensatildeo arterial dislipidemias e obesidade O diabetes Mellitus trata-se de uma
patologia de etiologias muacuteltiplas podendo ser representado atraveacutes da ausecircncia ou
reduccedilatildeo na siacutentese de insulina e na falha dos efeitos da atividade da insulina Eacute
caracterizado por alteraccedilotildees no metabolismo dos carboidratos o que leva a uma
hiperglicemia Este estado de hiperglicemia por um longo periacuteodo pode acarretar em
danos disfunccedilotildees ou ateacute mesmo falecircncias em diversos oacutergatildeos (BRASIL 2011a)
23
O tratamento do diabetes mellitus se baseia em uma educaccedilatildeo permanente a
respeito das modificaccedilotildees de haacutebitos como a incorporaccedilatildeo da praacutetica de atividade
fiacutesica suspensatildeo de fumo e de bebidas alcooacutelicas incorporaccedilatildeo de haacutebitos
alimentares mais saudaacuteveis e em alguns casos a utilizaccedilatildeo de medicamentos e de
insulina exoacutegena (BRASIL 2011a)
A hipertensatildeo arterial eacute uma patologia que tambeacutem apresenta etiologia multifatorial e
eacute caracterizada pelo aumento nos niacuteveis pressoacutericos associados a diversas
alteraccedilotildees metaboacutelicas como hipertrofia cardiacuteaca considerando valores pressoacutericos
anormais igual ou maiores que 14090 mmHg (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA 2010)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial baseia-se no alcance do
peso ideal que eacute representando por valores inferiores de IMC a 249kg msup2 e perda
de medida da circunferecircncia da cintura alcanccedilado medidas inferiores a 102 cm para
homens e 88cm para as mulheres uma vez que vaacuterios estudos demostraram uma
ligaccedilatildeo direta entre peso corporal e pressatildeo arterial apresentando uma elevaccedilatildeo
linear aleacutem do encorajamento da reduccedilatildeo da ingestatildeo de sal A relaccedilatildeo entre
pressatildeo arterial e ingestatildeo de soacutedio eacute niacutetida devido a chamada sensibilidade ao sal
sendo assim a ingestatildeo de sal de cozinha deve ser limitada a 5 gramas diariamente
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2010 )
A Dislipidemia eacute caracterizada atraveacutes de alteraccedilotildees nas taxas de lipiacutedios no
sangue podendo ser classificada em Hipercolesterolemia Isolada no qual ocorre
somende a elevaccedilatildeo do LDL em valores igual ou acima de 160mgdl
hipertrigliceridemia Isolada representada pelo aumento somente nos valores
trigliceriacutedeos no sangue em valor igual ou acima de 150mgdl hiperlidemia mista no
qual ocorre elevaccedilatildeo nos valores de LDL e trigliceriacutedeos e HDL baixo representando
pela reduccedilatildeo do HDL seacuterico nos valores menores que 40mgdl para homens e
50mgdl para mulheres (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da dislipidemia eacute voltado para a terapia nutricional
atraveacutes de planejamento alimentar adequado que vise a reduccedilatildeo na ingestatildeo de
gorduras principalmente de colesterol e de gorduras saturadas e consequentemente
na reduccedilatildeo de lipiacutedicos seacutericos A reduccedilatildeo da ingestatildeo de colesterol ocorre atraveacutes
da diminuiccedilatildeo no consumo de produtos de origem animal incluindo viacutesceras
embutidos e leites e derivados integrais entre outros alimentos A diminuiccedilatildeo do
24
consumo de gordura saturada se daacute atraveacutes da reduccedilatildeo no consumo de alimentos
principalmente de origem animal tais como carnes com gorduras e leites integrais
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico de dislipidemias tambeacutem engloba a praacutetica de
atividade fiacutesica regularmente no qual leva a reduccedilatildeo de trigliceriacutedeo plasmaacutetico e
elevaccedilatildeo de HDL-C seacuterico e o abandono do fumo O tratamento medicamentoso eacute
empregado quando as mudanccedilas no estilo de vida natildeo alcanccedilam um resultado
satisfatoacuterio ou quando se precisa de resultados raacutepidos para a reversatildeo do quadro
de dislipidemia com isso haacute a administraccedilatildeo de medicamentos hipolipemiantes que
atuam impedindo a siacutentese intracelular de colesterol aumentando os receptores de
LDL no fiacutegado que leva haacute uma maior captaccedilatildeo de colesterol circulante
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
A ocorrecircncia de excesso de peso em idosos geralmente eacute diagnosticada atraveacutes do
Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizando o ponto de corte de igual maior que 27
kgmsup2 (SILVEIRA KAC BARBOSA 2009) O excesso de massa gorda no corpo
humano tem trazido diversas complicaccedilotildees metaboacutelicas tornando um problema de
sauacutede puacuteblica que atinge diversos paiacuteses em todo o mundo natildeo distinguindo paiacuteses
desenvolvidos ou em desenvolvimento A obesidade eacute um integrante do grupo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que cada vez se torna mais prevalente na
sociedade aleacutem disso a proacutepria condiccedilatildeo de obesidade eacute um grande fator de risco
para o desenvolvimento de outras doenccedilas crocircnicas como diabetes mellitus e
hipertensatildeo arterial (KUMPEL et al 2011)
O tratamento da obesidade deve ter como objetivo principal a reduccedilatildeo de peso seja
esta meta alcanccedilada atraveacutes de tratamento dieteacutetico atraveacutes da incorporaccedilatildeo de
uma alimentaccedilatildeo adequada dentro recomendaccedilatildeo energeacutetica para cada paciente ou
farmacoloacutegico no qual se emprega o uso de medicamentos que agem diminuindo a
fome aumentando a saciedade ou ainda alterando os mecanismos de digestatildeo e
absorccedilatildeo de nutrientes ou o tratamento para a obesidade pode ser ainda ciruacutergico
no qual a reduccedilatildeo de peso eacute decorrente de alguma intervenccedilatildeo ciruacutergica (BORGES
NONINO SANTOS 2006)
A atual situaccedilatildeo demograacutefica do nosso Paiacutes requer uma mudanccedila de caraacuteter
emergencial na atenccedilatildeo agrave sauacutede dos idosos brasileiros Essa alteraccedilatildeo deve
envolver propostas modernas que possa fazer com que o sistema de sauacutede do paiacutes
25
ganhe e tambeacutem com que os idosos possam utilizar-se dos serviccedilos puacuteblicos de
modo a promover o aumento da qualidade nestes anos extras de vida pois mesmo
que o Brasil esteja apresentando um perfil demograacutefico semelhante ao perfil de
paiacuteses desenvolvidos o paiacutes em geral natildeo dispotildee de serviccedilos que possa suprir esse
novo perfil da populaccedilatildeo brasileira (VERAS 2007)
Entretanto jaacute pode ser verificado algumas accedilotildees voltadas a essa nova populaccedilatildeo
idosa como a criaccedilatildeo por parte do Governo de centros de convivecircncia de idosos
que incluem as mais diversas atividades como o objetivo de minimizar a solidatildeo e
aumentar a qualidade de vida (TOSCANO OLIVEIRA 2009)
22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE
De um modo geral a velocidade do crescimento da populaccedilatildeo idosa natildeo
acompanha a velocidade de implantaccedilatildeo e desenvolvimento de accedilotildees
governamentais voltadas para este puacuteblico sendo assim nos uacuteltimos anos pode-se
observar o crescente aumento de estudos que objetivam criar suportes para o
desenvolvimento de programas e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para o bem estar dessa
populaccedilatildeo (MENDES et al 2005)
Segundo Gonccedilalves e outros (2007) a criaccedilatildeo e execuccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas para
a populaccedilatildeo idosa implica em contradiccedilotildees uma vez que ainda haacute uma grande falha
na implantaccedilatildeo de poliacuteticas primaacuterias que possam favorecer por exemplo a
educaccedilatildeo e o emprego e o governo jaacute vem dando ecircnfase a poliacuteticas puacuteblicas para a
populaccedilatildeo no fim da vida
Mesmo assim o envelhecimento populacional estaacute em evidencia em diversas
organizaccedilotildees internacionais que lutam por investimentos financeiros que possa
garantir o envelhecimento da populaccedilatildeo de modo igualitaacuterio e com qualidade uma
vez que haacute uma grande diferenccedila no modo de se tratar idosos em paiacuteses em
desenvolvimento e paiacuteses desenvolvidos (GONCcedilALVES 2007)
No Brasil a preocupaccedilatildeo e atenccedilatildeo com qualidade de vida dos idosos teve grande
avanccedilo atraveacutes da implantaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (1993) no qual
defende a integraccedilatildeo definitiva do idoso na sociedade em 1994 ocorreu a
26
implantaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional do Idoso que tem como principal objetivo assegurar
os direitos sociais dessa populaccedilatildeo (BENEDETTI 2007)
No ano de 2003 o governo brasileiro sancionou o Estatuto do Idoso que visa
garantir os direitos reservados aos idosos com idade igual ou superior a sessenta
anos entre eles o Art 3 que assegura que
Eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia da comunidade da sociedade e do Poder Puacuteblico assegurar ao idoso com absoluta prioridade a efetivaccedilatildeo do direito agrave vida agrave sauacutede agrave alimentaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo agrave cultura ao esporte ao lazer ao trabalho agrave cidadania agrave libertada agrave dignidade ao respeito e agrave convivecircncia familiar e comunitaacuteria (BRASIL 2010a p11-169)
Quanto aacute sauacutede o estatuto garante que o Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS deve
assegurar agrave atenccedilatildeo integral a sauacutede do idoso utilizando-se de serviccedilos de para
prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede dando ecircnfase as doenccedilas
que mais atingem a populaccedilatildeo idosa (Brasil 1994)
Diante dessas diversas poliacuteticas implantadas pode-se observar claramente que nem
todos os direitos nestas estabelecidas satildeo realmente alcanccedilados na realidade
brasileira sendo assim a criaccedilatildeo oue implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas e
realizaccedilatildeo de accedilotildees para um envelhecimento saudaacutevel ainda estaacute em pleno
acontecimento Essas conquistas geralmente estatildeo ocorrendo atraveacutes da criaccedilatildeo de
programas para idosos como centros de vivecircncias campanhas de vacinaccedilatildeo
atividades de lazer programas de exerciacutecios fiacutesicos entre outros (BENEDETTI
2007)
Eacute possiacutevel observar uma crescente elevaccedilatildeo em todo o mundo na implantaccedilatildeo de
programas ao incentivo a praacutetica de atividade fiacutesica destinada a toda a populaccedilatildeo
incluindo os idosos No Brasil esse crescimento eacute niacutetido apoacutes a implantaccedilatildeo dos
Programas de Sauacutede da Famiacutelia que possibilitou a criaccedilatildeo de programas de
orientaccedilatildeo ao exerciacutecio fiacutesico em conjunto com as Prefeituras (BENEDETTI 2007)
O municiacutepio de Serra no estado do Espiacuterito Santo Brasil conta com diversos
programas municipais relacionados a promoccedilatildeo de sauacutede e qualidade de vida do
idosos entre os essenciais satildeo destacados o programa de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico (PROEF) no qual trata-se de um programa indicado inicialmente para os
idosos mas que alcanccedilou uma grande plenitude tendo como objetivo atual atingir o
27
puacuteblico jovem e adulto uma vez que o programa tem representando uma grande
participaccedilatildeo na prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas crocircnicas principalmente o
Diabetes Mellitus hipertensatildeo e Obesidade (SERRA 2012)
Outra ferramenta de controle do diabetes e hipertensatildeo no municiacutepio da Serra eacute o
monitoramento que acontece com esses indiviacuteduos nas Unidades de Sauacutede por
meio de atendimento multidisciplinar e oferecimento de materiais e medicamentos
para o controle destas doenccedilas como o fornecimento de insulina para pacientes que
necessitam do uso exoacutegeno de insulina (SERRA 2012)
Para melhorar a nutriccedilatildeo dos idosos o muniacutecipio da Serra disponibiliza para
indiviacuteduos com mais de 55 anos um quilo de leite em poacute desnatado por mecircs
enriquecido com caacutelcio atraveacutes do Programa de Suplemento Alimentar para o Idoso
(PSAI) que atende indiviacuteduo com mais de 55 anos e com renda de ateacute 40 do
salaacuterio miacutenimo per capta Os objetivos primordiais do programa satildeo alcanccedilar a
reduccedilatildeo de gastos com internaccedilotildees hospitalares ter um controle maior do diabetes
e hipertensatildeo aleacutem de promoccedilatildeo da qualidade de vida dessa faixa etaacuteria da
populaccedilatildeo serrana (SERRA 2012)
Com intuito de promover o controle das principais doenccedilas crocircnicas o Ministeacuterio da
Sauacutede em 2011 criou o Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial
e ao Diabetes Mellitus aprovado pela PortariaGM ndeg 16 de 03012002 no qual satildeo
definidas accedilotildees para prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede para indiviacuteduos hipertensos e
diabeacuteticos cadastrados no Sistema Uacutenico de Sauacutede (BRASIL 2011sup2)
Dentro do Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo aacute Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes
Mellitus criou-se o Programa Hiperdia atraveacutes da Portaria nordm 371GM Em 04 de
marccedilo de 2002 que visa o cadastramento e acompanhamento de todos os
indiviacuteduos portadores de hipertensatildeo e diabetes atraveacutes de um sistema
informatizado em todas as unidades de sauacutede O Hiperdia conta com uma equipe
multidisciplinar que envolve cardiologias nefrologistas dentista farmacecircutico
educador fiacutesico nutricionista e assistente social para atender todos os participantes
do programa conforme suas necessidades aleacutem da disponibilizaccedilatildeo de
medicamentos gratuitos para o controle destas patologias (INSTITUTO MINEIRO DE
ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA 2008)
23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO
28
O processo envelhecimento eacute caracterizado como um sistema contiacutenuo que
apresenta alteraccedilotildees fisioloacutegicas em oacutergatildeos e sistemas do corpo humano sendo
assim um a adesatildeo aacute um estilo de vida saudaacutevel pode levar a promoccedilatildeo da
qualidade de vida e consequentemente reduzir a velocidades destas alteraccedilotildees
fisioloacutegicas quem em muitas vezes leva a incapacidade e a dependecircncia por partes
dos idosos (NOBREGA et al 1999)
O processo natural do envelhecimento provoca diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas no
organismo no qual envolve alteraccedilotildees anatocircmicas e funcionais que refletem
diretamente na sauacutede desta populaccedilatildeo (CAMPO MONTEIRO ORNELAS 2000)
Aleacutem de dificultar a vivencia do indiviacuteduo idoso em seu meio que podem acelerar o
caminho para a morte (CHOCHAMOVITZ citado por PESSOA 2012)
O estado nutricional do indiviacuteduo tem importante papel no envelhecimento uma vez
que o controle das doenccedilas comumente a velhice como doenccedilas crocircnicas
relacionam-se diretamente com o estado nutricional Sendo assim a nutriccedilatildeo eacute de
suma importacircncia para localizaccedilatildeo de fatores de riscos para o desenvolvimento de
doenccedilas e de mortalidade entre os idosos (NASCIMENTO et al 2011)
Geralmente as alteraccedilotildees no estado nutricional do idoso influenciam
especificamente em algumas doenccedilas o baixo peso por exemplo estaacute em muitas
vezes relacionado com doenccedilas respiratoacuterias e o excesso de peso relacionado com
doenccedilas cardiovasculares e o diabetes (NASCIMENTO et al 2011)
O organismo envelhecido tambeacutem apresenta diversas alteraccedilotildees que afetam a
nutriccedilatildeo do indiviacuteduo idoso como a reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica basal alteraccedilotildees
no sistema digestoacuterio alteraccedilotildees na palatibilidade e na percepccedilatildeo da sede aleacutem da
redistribuiccedilatildeo da massa corporal com a reduccedilatildeo progressiva da massa magra e
aumento do tecido adiposo que afetam diretamente no consumo alimentar e no
estado nutricional da populaccedilatildeo idosa respectivamente (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
A alteraccedilatildeo da palatibilidade eacute comumente encontrada em cerca de 80 da
populaccedilatildeo idosa decorrente da diminuiccedilatildeo da percepccedilatildeo de gosto pelas papilas
gustativas devido a diminuiccedilatildeo na quantidade de bototildees gustativos (ROSA et al
2008)
29
Grandes alteraccedilotildees satildeo encontradas no sistema gastro-intestinal mas em geral o
funcionamento do intestino do pacircncreas e do fiacutegado satildeo encontrados com elevada
capacidade funcional as grandes alteraccedilotildees acontecem atraveacutes da atrofia da
mucosa gaacutestrica o que leva a diminuiccedilatildeo da siacutentese do aacutecido cloriacutedrico e do fator
intriacutenseco que consequentemente leva a menor absorccedilatildeo da vitamina B12 aleacutem da
reduccedilatildeo do gosto (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
As alteraccedilotildees gastrointestinais refletem principalmente na dificuldade absortiva de
micronutrientes (BHUTTO citado por TRAMONTINO et al 2009) e na dificuldade da
digestatildeo que levam ao aparecimento constante de gases mal estar constipaccedilatildeo
que pioram com uma alimentaccedilatildeo inadequada pobre em fibras comumente aos
haacutebitos alimentares dessa populaccedilatildeo (TRAMONTINO et al 2009)
As alteraccedilotildees no trato gastro-intestinal podem resultar tambeacutem na constipaccedilatildeo
intestinal que tambeacutem possui relaccedilatildeo direta com a alimentaccedilatildeo fatores psicoloacutegicos
fatores fiacutesicos e o uso de medicamentos podem ainda levar a maiores complicaccedilotildees
como distensatildeo abdominal cacircncer de coloacuten hemorroidas fiacutestula anal entre outras
patologias que vatildeo interferem diretamente tambeacutem na qualidade de vida dos idosos
(RAMOS citado por NESELLO TONELLI BELTRAME 2011)
A constipaccedilatildeo intestinal eacute definida atraveacutes da constataccedilatildeo de menos de trecircs
episoacutedios de evacuaccedilatildeo no periacuteodo de uma semana com a presenccedila de esforccedilo
sensaccedilatildeo de obstruccedilatildeo e presenccedila de fezes endurecidas de acordo com o consenso
de Roma III (LONGSTRETH et al citado por NESELLO TONELLI BELTRAME
2011)
Segundo Bosshard e outros citado por Nesello e outros(2004) a prevalecircncia da
constipaccedilatildeo intestinal eacute maior na populaccedilatildeo idosa o que nos jovens chegando a
atingir cerca de 20 dos idosos no geral e a sua prevalecircncia eacute ainda maior nas
mulheres do que nos homens
A intoleracircncia a glicose eacute uma caracteriacutestica bastante encontrada nos idosos no qual
possivelmente eacute decorrente da diminuiccedilatildeo da produccedilatildeo hormonal e do aumento no
nuacutemero de ceacutelulas adiposas frente a ceacutelulas musculares Com o diagnoacutestico da
intoleracircncia a glicose o tratamento eacute realizado apenas atraveacutes de uma dieta
equilibrada (TRAMONTINO et al 2009)
30
O diabetes mellitus tipo 2 estaacute entre as principais doenccedilas crocircnicas prevalentes na
sociedade atualmente e que atinge na sua maioria os idosos Aleacutem de ser uma das
causas principais de doenccedilas cardiovasculares (MENDES et al 2011)
Durante o processo de envelhecimento os processos de catabolismo e anabolismo
tambeacutem se encontram diferenciados no qual o catabolismo supera todos os
processos de anabolismo fazendo com que os oacutergatildeos tenham suas funccedilotildees
diminuiacutedas atraveacutes da reduccedilatildeo de ceacutelulas e ainda existem vaacuterias alteraccedilotildees
bioquiacutemicas que contribuem para a morte de ceacutelulas como a accedilatildeo de radicais livres
(TRAMONTINO 2009)
Os radicais livres satildeo moleacuteculas consideradas instaacuteveis uma vez que possuem um
nuacutemero iacutempar de eleacutetrons esse fato faz com que estas moleacuteculas procurem alguma
outra moleacutecula para capturarem um eleacutetron e se tornarem estaacuteveis podendo levar
consequentemente a degeneraccedilatildeo celular tecidual e orgacircnica (PEREIRA 2012)
Aleacutem das alteraccedilotildees fisioloacutegicas os fatores socioeconocircmicos tambeacutem exercem uma
importante influencia na sauacutede dos idosos o que envolve tambeacutem o consumo
alimentar (CAMPOS 2000)
24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO
Diversos estudos defendem a ideia de que a nutriccedilatildeo possui um caraacuteter
insubstituiacutevel na promoccedilatildeo do aumento de qualidade de vida devendo assim ser
associada a outros meacutetodos para garantir a eficaacutecia deste processo atraveacutes da
prevenccedilatildeo e controle de diversas patologias (CARVALHO et al 2003 DOBNER
BLASI KIRSTEN 2012)
A alimentaccedilatildeo adequada eacute imprescindiacutevel em qualquer faixa etaacuteria eacute a partir da
alimentaccedilatildeo que alcanccedilamos a capacidade de realizar diversas accedilotildees no dia a dia
desde a mais simples como estudar ateacute as mais complexas como a praacutetica de
exerciacutecios fiacutesicos Dentre as vaacuterias importacircncias da alimentaccedilatildeo a ingestatildeo de
nutrientes adequada eacute de suma importacircncia para um envelhecimento saudaacutevel
(FERNANDES 2010)
Em decorrecircncia da transiccedilatildeo epidemioloacutegica a nutriccedilatildeo ganhou um amplo espaccedilo
no campo da prevenccedilatildeo de doenccedilas e estados fisioloacutegicos comumente encontrados
31
em idosos decorrentes ao processo natural do envelhecimento e de outros agravos
como a alta incidecircncia no uso de diversos medicamentos A ingestatildeo adequada de
fibras relacionadas com uma ingestatildeo adequada de aacutegua por exemplo auxilia na
prevenccedilatildeo e tratamento da constipaccedilatildeo intestinal aumentando a qualidade de vida
Diversos estudos apontam que um consumo entre 20 e 40 gramas diariamente
associado a ingestatildeo adequada de aacutegua leva a uma melhora consideraacutevel no quadro
de constipaccedilatildeo (BECKENKAMP 2010)
Campos e outros relatam (2009) que os fatores psicossociais comuns aos idosos
como perda do cocircnjuge solidatildeo falta de renda depressatildeo entre outros satildeo os
principais fatores externos que contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo nesta populaccedilatildeo
uma vez que a maioria desses consomem em meacutedia menos de 1000kcaldia de
correntes da ingestatildeo de alimentos de menor custos e de maior facilidade de
preparo
A baixa renda com que a maioria dos idosos vive e que influencia diretamente no
consumo alimentar tambeacutem estaacute ligada a exclusatildeo desse grupo no mercado de
trabalho mesmo que muitos apresentem capacidade funcional e motora condizentes
com muitos trabalhos disponiacuteveis a idade muitas vezes acaba por ser o grande
obstaacuteculo para a conquista da vaga e consequentemente para o aumento da renda
que em muitos casos eacute composta apenas pela aposentadoria e ou pensotildees
(NOGUEacuteS citado por CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
O relacionamento social tambeacutem eacute um grande influenciador no consumo alimentar
segundo Campos e outros (2000) a solidatildeo vivenciada pelo idoso leva ao
esquecimento do cuidado com si mesmo sendo assim a alimentaccedilatildeo natildeo ganha
muita atenccedilatildeo sendo preparada de forma inadequada sem atentar para a qualidade
e quantidade suficiente Muitas vezes a alimentaccedilatildeo eacute composta por alimentos de
faacutecil preparo que inclui normalmente alimentos industrializados pobres em
nutrientes essenciais para o organismo idoso
A preocupaccedilatildeo com a nutriccedilatildeo do idoso cresceu atraveacutes de vaacuterios estudos que
demonstraram que a desnutriccedilatildeo e o sobrepeso predominam em indiviacuteduos idosos e
que este quadro eacute resultante das condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem aleacutem
de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
32
De acordo Sass (2010) cerca de 15 a 20 de idosos apresentam algum sintoma
depressivo A prevalecircncia da depressatildeo varia de acordo com fatores a idade sexo e
fatores sociais Esse quadro de depressatildeo eacute bastante preocupante tambeacutem pelo fato
de estar relacionado diretamente com o Estado Nutricional dos idosos uma vez que
haacute alteraccedilotildees no sistema neuroloacutegico que tambeacutem eacute responsaacutevel pelos mecanismos
da fome e ansiedade podendo assim resultar em desnutriccedilatildeo ou obesidade Aleacutem
dessas consequecircncias relacionadas agrave nutriccedilatildeo alguns estudos indicam tambeacutem a
depressatildeo como um fator para doenccedilas cardiovasculares
Diversos estudos tambeacutem apontam que a nutriccedilatildeo dos idosos pode ser influenciada
negativamente pelo fato da incapacidade e ou dificuldades da realizaccedilatildeo de
atividades cotidianas sozinhas como o simples fato de cozinhar aleacutem das
alteraccedilotildees motoras que tambeacutem podem piorar a preparaccedilatildeo dos alimentos e o seu
proacuteprio consumo Os aspectos emocionais como perda de cocircnjuge e depressatildeo
tambeacutem contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo por levar a reduccedilatildeo do apetite ou por
aumentar a recusa por alimentos (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
Diversos estudos demonstram uma reduccedilatildeo progressiva do valor energeacutetico da
alimentaccedilatildeo dos idosos que ao mesmo tempo apresenta um aumento no consumo
de carboidratos principalmente os chamados simples que pode contribuir para o
aparecimento ou complicar doenccedilas crocircnicas como o diabetes (MENEZES
MARUCCI 2012)
De acordo com Tramontino e outros (2009) um grande fator que tambeacutem afeta a
nutriccedilatildeo do idoso eacute a sauacutede bucal uma vez que uma condiccedilatildeo inadequada da boca
como a falta de denticcedilatildeo consequentemente leva a dificuldade de mastigaccedilatildeo que
leva a um consumo alimentar alterado que interfere diretamente em uma adequada
nutriccedilatildeo Aleacutem disso a sauacutede bucal e a nutriccedilatildeo acabam formando um ciclo onde
interfere no outro pois uma nutriccedilatildeo inadequada decorrente por falta de denticcedilatildeo ou
por outra caracteriacutestica leva a problemas na sauacutede bucal e a maiores perdas de
denticcedilatildeo
A nutriccedilatildeo tem relaccedilatildeo direta com a sauacutede bucal uma vez que a alimentaccedilatildeo pode
influenciar diretamente no aparecimento de caacuteries na perda dos esmaltes dos
dentes e no desenvolvimento em geral da denticcedilatildeo que assim podem levar ao
aparecimento de dores lesotildees doenccedilas periodontal que consequentemente
poderatildeo levar a mudanccedilas tambeacutem na alimentaccedilatildeo (MAGALHAtildeES 2011)
33
Devido a diversas patologias comumente encontradas nos idosos o uso de
medicamentos por esta populaccedilatildeo eacute grande e o consumo elevador de
medicamentos podem levar a alteraccedilotildees na cavidade oral como xerostomia
candidiacutease entre outras alteraccedilotildees (MAGALHAtildeES 2011)
Segundo Andrade (2009) a condiccedilatildeo da boca como o nuacutemero de dentes
adequados ou o uso de proacuteteses pode influenciar nas escolhas dos alimentos e ateacute
mesmo no seu modo de preparo o que influencia diretamente nos haacutebitos
alimentares dos idosos
Castilhos e Padilha (2002) afirmaram que a denticcedilatildeo pode influenciar as pessoas em
trecircs campos fisioloacutegico psicoloacutegico e social No aspecto fisioloacutegico os dentes
podem influenciar na alimentaccedilatildeo do individuo por meio do processo de mastigaccedilatildeo
dos alimentos que interferem diretamente na ingestatildeo de nutrientes na manutenccedilatildeo
corpoacuterea e ateacute mesmo no prazer em se alimentar
A diminuiccedilatildeo da saliva decorrente do processo natural do envelhecimento aleacutem de
comprometer a manutenccedilatildeo da cavidade oral por estar ter uma accedilatildeo na limpeza da
cavidade e por ter um efeito antimicrobiano tambeacutem influencia diretamente na
mastigaccedilatildeo na formaccedilatildeo do bolo alimentar e tambeacutem na digestatildeo e absorccedilatildeo dos
alimentos uma vez que com a reduccedilatildeo da saliva haacute tambeacutem a diminuiccedilatildeo da
siacutentese de amilase salivar (ROSA et al 2008)
O elevado uso de medicamentos tambeacutem pode interferir na absorccedilatildeo de diversos
nutrientes na interaccedilatildeo chamada de droga-nutriente e ainda a medicaccedilatildeo pode
influenciar na ingestatildeo alimentar uma vez que muitos podem levar a anorexia
alteraccedilotildees na percepccedilatildeo do gosto e do odor naacuteuseas vocircmitos e ainda as
adaptaccedilotildees na alimentaccedilatildeo dos idosos devido agrave incapacidade de mastigaccedilatildeo de
alguns alimentos comumente leva a carecircncias nutricionais principalmente atraveacutes
da reduccedilatildeo na ingestatildeo de Vitaminas dentre elas vitamina C e B12 essenciais ao
bom funcionamento orgacircnico (MAGALHAtildeES 2011)
Para estimar as necessidades nutricionais dos idosos deve se levar em
consideraccedilatildeo diversos fatores como as alteraccedilotildees fisioloacutegicas condiccedilatildeo da sauacutede
em geral frequecircncia de exerciacutecio fiacutesico fatores psicoloacutegicos e fatores
socioeconocircmicos sendo assim uma adequada nutriccedilatildeo deve envolver todos estes
fatores de forma a alcanccedilar suas reais necessidades e deve se ainda dar atenccedilatildeo as
34
diferenccedilas das recomendaccedilotildees nutricionais para adultos e idosos Os idosos
apresentam uma necessidade energeacutetica menor que os adultos uma vez que ocorre
a reduccedilatildeo do metabolismo basal decorrente das alteraccedilotildees da composiccedilatildeo corporal
reduccedilatildeo da massa magra e aumento de tecido adiposo (TRAMONTINO et al 2009)
As recomendaccedilotildees nutricionais dos idosos natildeo satildeo totalmente estabelecidas devido
as constantes alteraccedilotildees fisioloacutegicas desta populaccedilatildeo por isso os valores de
recomendaccedilotildees usados satildeo os mesmos valores de referecircncias usados para os
adultos (HESEKER SCHNEIDER 1994 citado por ARANHA et al 2000)
Magalhatildees (2011) afirmou que mesmo que o sobrepeso seja prevalente em grande
parte da populaccedilatildeo idosa a principal preocupaccedilatildeo relacionada agrave nutriccedilatildeo desta
populaccedilatildeo eacute a desnutriccedilatildeo uma vez que vaacuterios fatores levam a reduccedilatildeo na ingestatildeo
alimentar destes indiviacuteduos
De acordo Barbosa (2012) os idosos tambeacutem incorporaram novos haacutebitos
alimentares assim como toda a populaccedilatildeo nos uacuteltimos anos com o aumento do
consumo de alimentos industrializados realizaccedilatildeo de refeiccedilotildees fora de casa Sendo
assim a educaccedilatildeo nutricional se mostra como uma grande ferramenta para a
promoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis podendo contribuir para prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas comumente a populaccedilatildeo idosa
Segundo Muller e Vietz (2009) a educaccedilatildeo nutricional eacute uma parte da nutriccedilatildeo
voltada ao aprendizado na adequaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo de haacutebitos alimentares em todas
as fases da vida desde a infacircncia ateacute a velhice
Diversos autores engajaram haacute anos discussotildees sobre a importacircncia da educaccedilatildeo
nutricional principalmente no campo de promoccedilatildeo da sauacutede Essa importacircncia foi
crescendo a ponto de ser encontradas nos principais documentos de poliacuteticas
puacuteblicas ligadas a alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo como o Programa Fome Zero (SANTOS
2012)
Considerando todas as alteraccedilotildees fisioloacutegicas e psicoloacutegicas provenientes do
envelhecimento que dificultam em muitas vezes o consumo alimentar o processo de
educaccedilatildeo nutricional deve estar presente na ida do idoso de modo que estes tenham
conhecimento dessas principais alteraccedilotildees e de alternativas para contornar os
efeitos dessas alteraccedilotildees e tornar o ato de se alimentar mais prazeroso (FRANCO
2012)
35
Segundo Montenegro e Silva para que a alimentaccedilatildeo atenda as necessidades de
gasto energeacutetico de indiviacuteduos idosos eacute necessaacuterio que haja adequaccedilatildeo da dieta
aleacutem disso a associaccedilatildeo de uma alimentaccedilatildeo adequada com a praacutetica de atividade
fiacutesica regular pode promover benefiacutecios a sauacutede do idoso contribuindo tambeacutem para
a melhora do funcionamento dos processos metaboacutelicos ligados ao exerciacutecio bem
como auxiliar na recuperaccedilatildeo de lesotildees contribuindo assim para o aumento de
massa muscular e condicionamento fiacutesico
Na tabela 1 esta demostrado as recomendaccedilotildees nutricionais mais usadas
atualmente para os idosos e que satildeo provenientes da Dietary Reference Intakes
(DRI) na qual trata-se de uma revisatildeo dos valores de recomendaccedilotildees nutricionais
adotada em diversos paiacuteses (PADOVANI et al 2006)
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos)
EAR RDA AMDR Homens Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 30 _ Mulheres Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 21 _ Fonte Padovani et al 2006 Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos
nutricionais
25 QUALIDADE DA DIETA
251 iacutendice de qualidade da dieta
Aranha e outros (2000) afirmaram que a idade e a nutriccedilatildeo satildeo dois fatores
diretamente relacionados com o aparecimento e a gravidade de patologias os
idosos por exemplo apresentam uma reduccedilatildeo do funcionamento do sistema imune
devido a idade que pode ser piorado com uma maacute nutriccedilatildeo
Eacute evidente a importacircncia de uma alimentaccedilatildeo adequada para os idosos diversos
estudos demonstram uma relaccedilatildeo direta entre a dieta e o surgimento de doenccedilas
crocircnicas em idosos como hipertensatildeo arterial e diabetes (BARBOSA 2012)
36
A avaliaccedilatildeo do consumo alimentar que subsidia uma intervenccedilatildeo nutricional
adequada especiacutefica eacute um instrumento de muita eficaacutecia poreacutem de difiacutecil aplicaccedilatildeo
Vaacuterios estudos veem tentando criar instrumentos capazes de responder aos
desafios impostos pela complexidade da dieta humana Os meacutetodos de investigaccedilatildeo
do consumo de alimentos a serem utilizados dependem do objetivo do estudo e se
as estimativas seratildeo individuais ou para grupos populacionais sendo que cada
meacutetodo apresenta vantagens e desvantagens (WENDPAP 2012)
Com o aumento da incidecircncia de patologias relacionadas principalmente com os
haacutebitos alimentares tecircm se dado mais atenccedilatildeo a avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
de indiviacuteduos e populaccedilotildees um meacutetodo que vem sendo proposto para analisar a
ingestatildeo alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta (IQD) que foi adaptado para a
populaccedilatildeo brasileira e revisado por Previdelli e outros (2011)
O Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) se baseia na avaliaccedilatildeo das
porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do Guia alimentar
para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes
da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de nutrientes e obesidade
Previdelli e outros (2011) afirma que o IQD-R pode ser de grande auxiacutelio para a
avaliaccedilatildeo do consumo alimentar de diversas faixas etaacuterias aleacutem de promover
subsiacutedios para o planejamento de accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede como
intervenccedilatildeo e educaccedilatildeo nutricional
O IQD-R avalia doze componentes sendo nove grupos alimentares dois satildeo
nutrientes e um grupo de calorias proveniente de gordura soacutelida aacutelcool e accediluacutecar de
adiccedilatildeo (Gord_AA) Os grupos alimentares satildeo ldquoFrutas Totaisrdquo(inclui frutas e sucos
de frutas naturais) ldquoFrutas integraisrdquo (exclui sucos de frutas) ldquoVegetais Totaisrdquo
ldquoVegetais Verdes Escuros e Alaranjados e Leguminosasrdquo (este uacuteltimo soacute eacute pontuado
apoacutes atingir-se a pontuaccedilatildeo maacutexima de carnes ovos e leguminosas)ldquoCereais
Totaisrdquo (inclui raiacutezes e tubeacuterculos) ldquoCereais Integraisrdquo ldquoLeite e Derivadosrdquo(inclui
inclusive bebidas agrave base de soja) ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo ldquoOacuteleosrdquo (inclui as
gorduras mono e poliinsaturadas oacuteleos das oleaginosas e gordura de peixe) Os
nutrientes incluem ldquoSoacutediordquo e ldquoGordura saturadardquo O valor do IQD-R pode variar entre
0 e 100 sendo que os escores mais altos indicam que a ingestatildeo alimentar estaacute
proacutexima das recomendaccedilotildees (MOTA et al 2008 WENDPAP 2012)
37
252 Alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento
Segundo o manual brasileiro referente agrave alimentaccedilatildeo saudaacutevel para a pessoa idosa
publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede em 2009 dez passos devem ser seguidos como
forma de orientaccedilatildeo para alcanccedilar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento o
que inclui
bull Realizaccedilatildeo de pelo menos trecircs refeiccedilotildees e dois lanches saudaacuteveis ao longo
do dia evitando ficar sem alimentar por muito tempo dando preferecircncia a
alimentos de faacutecil mastigaccedilatildeo como frutas amassadas ou picadas e carnes
desfiadas ou moiacutedas devido agraves dificuldades de mastigaccedilatildeo e degluticcedilatildeo
comumente encontradas em idosos decorrente da perda de dentes e da
diminuiccedilatildeo da saliva
bull Inclusatildeo de seis porccedilotildees diaacuterias de cerais e tubeacuterculos dando preferecircncias
aos alimentos integrais uma vez que os alimentos integrais possuem um alto
teor de fibras que contribuem tambeacutem para um adequado funcionamento do
intestino
bull Trecircs porccedilotildees de legumes e verduras nas grandes refeiccedilotildees diariamente
Estes alimentos satildeo fontes principais de vitaminas minerais e fibras
bull Trecircs porccedilotildees ou mais de frutas nas sobremesas e nos lanches diariamente
As frutas tambeacutem satildeo importantes fontes de fibras e vitaminas e devem
incrementar os lanches saudaacuteveis ao longo do dia
bull Consumo de arroz e feijatildeo em pelo menos cinco dias da semana A
combinaccedilatildeo desses alimentos resulta em uma ingestatildeo de proteiacutena completa
bull Trecircs porccedilotildees diaacuteria de leite e derivados e uma porccedilatildeo de carnes aves
peixes ou ovos dando preferecircncia a carnes magras O leite e seus derivados
satildeo importantes fontes de caacutelcio um mineral essencial na manutenccedilatildeo do
tecido oacutesseo As carnes satildeo fontes de ferro e de proteiacutena de alto valor
bioloacutegico
bull Reduccedilatildeo da quantidade de sal nas refeiccedilotildees devido a grande prevalecircncia de
hipertensatildeo arterial encontrada em toda a populaccedilatildeo brasileira e em especial
em idosos
38
bull Ingestatildeo de pelo menos dois litros de aacutegua no qual equivale
aproximadamente aacute seis ou oito copos meacutedio Uma ingestatildeo de aacutegua
adequada eacute essencial para um bom funcionamento orgacircnico
bull Reduccedilatildeo no consumo de refrigerantes sucos industrializados biscoitos
recheados e doces em geral Estes alimentos industrializados possuem
geralmente em sua composiccedilatildeo um grande teor de soacutedio que contribui para o
aumento da pressatildeo arterial aleacutem de possuiacuterem tambeacutem grande quantidade
de conservantes
bull Reduccedilatildeo no consumo de bebidas alcooacutelicas e realizaccedilatildeo de praacutetica de
atividade fiacutesica regular por pelo menos trinta minutos diariamente O consumo
de aacutelcool estaacute diretamente relacionado ao ganho de peso e a diversos
prejuiacutezos aacute sauacutede como problemas hepaacuteticos por exemplo A praacutetica de
atividade fiacutesica regular traz inuacutemeros benefiacutecios agrave sauacutede como controle do
peso e prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis
Outras orientaccedilotildees tambeacutem satildeo de suma importacircncia para que o idoso tenha
condiccedilotildees de se realizar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel diariamente
bull A mesa de refeiccedilatildeo deve ser posta de forma simples de forma a facilitar a
realizaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pelo idoso
bull Deve haver um contraste entre toalha da mesa e utensiacutelios afim de que se
facilite a visatildeo do indiviacuteduo e consequentemente facilite a sua alimentaccedilatildeo
bull Os utensiacutelios a serem utilizados pelos idosos devem ser simples de modo
que o seu manuseio seja faacutecil e natildeo apresente riscos elevados de quebra
253 Seguranccedila Alimentar
O termo seguranccedila alimentar estaacute relacionado ao acesso a uma alimentaccedilatildeo
adequada em niacutevel qualitativo e quantitativo de forma a atender as necessidades
individuais enquanto que o termo de inseguranccedila alimentar engloba vaacuterios fatores
deste a preocupaccedilatildeo em adquirir o alimento a perda da qualidade e diversidade dos
alimentos (FAZZIO 2012)
39
Diversos estudos vecircm apontando os crescentes casos de inseguranccedila alimentar que
vem atingindo os idosos que interferem em uma adequada nutriccedilatildeo e
consequentemente interferem na sauacutede desta populaccedilatildeo (LEON et al 2005)
A prevalecircncia de residecircncias de idosos que apresentam inseguranccedila alimentar eacute
cada vez mais encontrada em todo o mundo nos Estados Unidos essa prevalecircncia
varia 6 a 16 em Campinas a inseguranccedila alimentar chegou a atingir 52 das
residecircncias com idosos (LEON et al 2005)
Os indiviacuteduos idosos que apresentam inseguranccedila alimentar e nutricional dentro de
suas residecircncias tem maiores chances de possuir deficiecircncias nutricionais
decorrente da inadequada ingestatildeo de diversos nutrientes incluindo principalmente
caacutelcio vitamina A e proteiacutena quando comparados a idosos que vivem em seguranccedila
alimentar (ROSE OLIVEIRA 1991 citado por BARBOSA et al 2013)
26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO
Para traccedilar o diagnoacutestico do estado nutricional de idosos muitos indicadores que
satildeo utilizados para avaliaccedilatildeo da antropometria de outras faixas etaacuterias tambeacutem
fazem parte deste diagnoacutestico como o peso e a altura que permitem a avaliaccedilatildeo do
iacutendice de massa corporal (IMC) Circunferecircncia do braccedilo (CB) Circunferecircncia da
Cintura (CC) e prega cutacircnea tricipital entretanto essa populaccedilatildeo ainda conta com
um indicador especiacutefico para avaliaccedilatildeo principalmente de perda de massa magra e
consequentemente desnutriccedilatildeo que eacute a Circunferecircncia da Panturrilha (CERVI
FRANCESCHINI PRIORE 2006)
Quanto aos indicadores observa-se assim uma vasta opccedilatildeo de utilizaccedilatildeo entretanto
as maiores dificuldades na precisatildeo do diagnoacutestico do estado nutricional do idoso
ficam por conta dos pontos de cortes especiacuteficos que em muitas vezes natildeo satildeo
estabelecidos para esta populaccedilatildeo que sofrem diversas alteraccedilotildees orgacircnicas e
funcionais (CERVI FRANCESCHINI PRIORE 2006)
261 Iacutendice de Massa Corporal O objetivo do iacutendice de massa corporal eacute avaliar a massa corporal em comparaccedilatildeo agrave
altura de forma simples e raacutepida utilizando apenas o peso em quilogramas e a
altura em metro quadrado (PERISSINOTTO et al 2002)
40
Sendo assim o uso deste indicador eacute muito frequente na avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica
de diversas populaccedilotildees Entretanto diversos estudos afirma a necessidade de
associar o diagnoacutestico pelo IMC com outros indicadores uma vez que este natildeo
diferencia a massa corporal ou seja natildeo identifica a distribuiccedilatildeo de tecido adiposo e
tecido muscular (PERISSINOTTO et al 2002)
Quanto aos pontos de corte utilizados do IMC para idosos o Ministeacuterio da Sauacutede
atraveacutes do Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
sugere a utilizaccedilatildeo de uma faixa de normalidade entre o valores de 22kgmsup2 e
27kgmsup2 sendo classificados como baixo peso indiviacuteduos idosos que apresentem
IMC inferior a 22kgmsup2 e como sobrepeso indiviacuteduos que apresentem uma valor
acima de 27kgmsup2 natildeo havendo pontos de cortes que defina o niacutevel de desnutriccedilatildeo
e niacutevel de obesidade (SAMPAIO 2006)
Uma grande dificuldade encontrada na utilizaccedilatildeo do IMC para idosos eacute decorrente
da insensibilidade deste indicador quanto ao decreacutescimo de estatura aumento de
tecido adiposo e aumento da massa muscular e quantidade de aacutegua corporal que
satildeo alteraccedilotildees comumente encontradas no envelhecimento (SANTOS SICHIERI
2005)
262 Circunferecircncia do Braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo reflete a composiccedilatildeo corporal total incluindo tecido oacutesseo
massa muscular e tecido adiposo e possibilita a aplicaccedilatildeo de outros indicadores
como a circunferecircncia muscular do braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo (CB) em idosos tende a diminuir devido agrave perda de massa
magra tiacutepico da idade e tambeacutem pelo deslocamento da gordura para regiatildeo central
na avaliaccedilatildeo deste indicador relaciona-se o valor encontrado com o valor meacutedio para
a idade do indiviacuteduo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA GONZALES
2013)
263 Circunferecircncia da Cintura A medida circunferecircncia da cintura eacute um indicador essencial uma vez que atraveacutes
deste eacute possiacutevel verificar uma possiacutevel localizaccedilatildeo acumulada de tecido adiposo
41
nessa regiatildeo e uma circunferecircncia da cintura elevada revela possiacuteveis riscos
cardiovasculares e metaboacutelicos (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
Em relaccedilatildeo aos pontos de cortes natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica para a utilizaccedilatildeo
em idosos o que dificulta a precisatildeo do diagnoacutestico nutricional uma vez que o
aumento de gordura na regiatildeo abdominal eacute comum em idosos devido a
redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo que acontece em maiores proporccedilotildees pelo
deslocamento desse tecido dos membros para a regiatildeo central do tronco (PAIVA
NETO OLIVEIRA SANTOS 2007)
264 Prega Cutacircnea Tricipital
A afericcedilatildeo da prega cutacircnea tricipital e em geral todas as outras pregas cutacircneas
permitem identificar a quantidade de tecido adiposo subcutacircneo Trata-se de um
indicador sensiacutevel a desnutriccedilatildeo que permite avaliar os estoques de gordura
corporal Os pontos de cortes utilizados na avaliaccedilatildeo deste indicador vatildeo de acordo
com a medida obtida e a medida meacutedia (p50) de acordo com a idade do indiviacuteduo
(FIORE et al 2006)
Assim como na Circunferecircncia do braccedilo espera-se uma reduccedilatildeo do valor da prega
cutacircnea tricipital decorrente da redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo nesta populaccedilatildeo
estudada o que leva a reduccedilatildeo da precisatildeo deste indicador em relaccedilatildeo a
sensibilidade de desnutriccedilatildeo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
265 Circunferecircncia da Panturrilha A circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador utilizado geralmente para avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica de indiviacuteduos idosos por ser sensiacutevel a depleccedilatildeo muscular nesta
faixa etaacuteria e de faacutecil obtenccedilatildeo (SAMPAIO 2004)
Segundo Acunatilde e Cruz (2004) a circunferecircncia da panturrilha eacute o indicador mais
sensiacutevel agrave desnutriccedilatildeo em idosos sendo superior a outro indicador de suma
importacircncia que eacute a circunferecircncia do braccedilo
42
O valor circunferecircncia da panturrilha menor que 31 cm classifica-se como
desnutriccedilatildeo representando perda de massa muscular enquanto que achados acima
desse valor satildeo classificados como eutrofia (SPEROTTO 2010)
27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO
Caracteriza-se como atividade fiacutesica qualquer movimento do corpo que envolva a
contraccedilatildeo muscular e em qualquer ambiente seja em casa no trabalho ou ao ar
livre e alguns benefiacutecios podem aparecer mesmo com pouco tempo de praacutetica em
indiviacuteduos sedentaacuterios (ZAITUNE et al 2010)
A praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem eacute de fundamental importacircncia na prevenccedilatildeo de
diversas doenccedilas crocircnicas e em meio agrave transiccedilatildeo demograacutefica essa praacutetica se torna
ainda mais relevante Essa importacircncia pode ser verificada atraveacutes de um dos
objetivos do Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o enfrentamento das doenccedilas
crocircnicas natildeo transmissiacuteveis do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil no qual quer a busca
da promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes da praacutetica de exerciacutecio fiacutesico (MADEIRA et al 2013)
A falta de atividade fiacutesica principalmente em idosos pode complicar a perda de
massa magra que eacute comum em indiviacuteduos dessa faixa etaacuteria uma vez que
geralmente eacute decorrente das alteraccedilotildees hormonais principalmente pela reduccedilatildeo na
siacutentese de hormocircnios de crescimento de hormocircnios sexuais (MAGALHAtildeES 2011)
A atividade fiacutesica eacute reconhecida por inuacutemeros benefiacutecios aacute sauacutede de quem a pratica
e com os idosos natildeo eacute diferente eacute constatada uma melhora na qualidade de vida e
na sauacutede em geral o que consequentemente leva a reduccedilatildeo da probabilidade do
aparecimento de doenccedilas crocircnicas internaccedilotildees e morte (ZAITUNE et al 2010)
Fiatorone-Singh (1998) citado por Matsudo (2002) afirma que a praacutetica regular de
atividade fiacutesica possui grande influecircncia sobre as alteraccedilotildees na composiccedilatildeo corporal
comumente encontradas em idosos uma vez em que em diversos estudos foi
confirmada a hipoacutetese de que idosos ativos possuem um melhor estado nutricional
quando comparado a idosos sedentaacuterios em relaccedilatildeo a indicadores de peso iacutendice
de massa corporal gordura corporal e ainda relaccedilatildeo cintura-quadril
Os benefiacutecios da praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem estatildeo relacionados diretamente
com o aumento da capacidade funcional de idosos uma vez que a capacidade
43
funcional interfere na forccedila muscular que por sua vez eacute inteiramente dependente da
massa muscular Visto que a atividade fiacutesica contribui para fortalecimento da massa
muscular haacute consequentemente uma reduccedilatildeo na perda natural deste tecido
decorrente do envelhecimento (MATSUDO 2002)
A prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas atraveacutes da melhora do estado nutricional
relacionada ao aumento da capacidade funcional e outros benefiacutecios decorrentes da
praacutetica de atividade fiacutesica leva consequentemente a uma elevaccedilatildeo da qualidade de
vida do indiviacuteduo idoso que me muitas vezes se encontra comprometida
(MATSUDO 2002)
A falta da praacutetica de atividade fiacutesica vem sendo crescente em toda a populaccedilatildeo
mundial Masso e outros (2005) em seu estudo que identificava a prevalecircncia de
sedentarismo em mulheres relataram que somente 37 da sua populaccedilatildeo se
encontram ativas ou seja que tinham o haacutebito regular de praticar alguma atividade
fiacutesica
Ferreira e Gobi (2003) afirma que o excesso de peso natildeo estaacute relacionado somente
com um consumo alimentar inadequado uma vez que estudos recentes vecircm
comprovando que a obesidade adquirida ao longo de anos estaacute mais relacionada
com o sedentarismo do que uma ingestatildeo excessiva de alimentos
Os mecanismos que levam a atividade fiacutesica agrave prevenccedilatildeo e ao tratamento de
doenccedilas e agrave incapacidade funcional envolvem principalmente a reduccedilatildeo da
adiposidade corporal a queda da pressatildeo arterial a melhora do perfil lipiacutedico e da
sensibilidade agrave insulina o aumento do gasto energeacutetico da massa e da forccedila
muscular da capacidade cardiorrespiratoacuteria da flexibilidade e do equiliacutebrio
(FERREIRA GOBI 2003)
Segundo Toscano e Olivera (2007) os programas puacuteblicos criados para a promoccedilatildeo
de praacutetica de atividade fiacutesicas satildeo importantes para o aumento da qualidade de vida
seja atraveacutes dos benefiacutecios desta praacutetica e atraveacutes de um maior conviacutevio social que
afasta a solidatildeo
Matsudo (2002) relata que vaacuterios pesquisadores ressaltam a necessidade da
implantaccedilatildeo de programas voltados agrave praacutetica de atividade fiacutesica em todo mundo
uma vez que estes mesmo pesquisadores encontraram resultados bastante
satisfatoacuterios relacionados agrave praacutetica regular de atividade fiacutesica demostrando ainda
44
que esta praacutetica eacute essencial para diminuir as consequecircncias indesejaacuteveis na sauacutede
dos indiviacuteduos decorrentes do envelhecimento
Atualmente no mundo todo a prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e
outras intercorrecircncias na sauacutede provocadas pelo passar da idade natildeo poder estar
isolada da praacutetica de atividade fiacutesica (MATSUDO et al 2006)
Atraveacutes de vaacuterios resultados positivos evidenciados em diversos estudos que
abordaram a atividade fiacutesica e os benefiacutecios proporcionados a seus praticantes jaacute eacute
possiacutevel verificar o aumento de investimento de oacutergatildeo puacuteblicos e privados em
programas de incentivo e orientaccedilatildeo a praacutetica de atividade fiacutesica (FERREIRA GOBI
2003)
Hoje em dia diversas aacutereas dos oacutergatildeos puacuteblicos estatildeo investindo em programas de
incentivo a atividade fiacutesica principalmente para os idosos entretanto deve-se ter
cautela na execuccedilatildeo destes programas garantindo um espaccedilo fiacutesico adequado com
profissionais qualificados a fim de que se possa realmente alcanccedilar os objetivos
destes programas (BENEDETTI GONCcedilALVES 2007)
45
3 METODOLOGIA 31 DESENHO DE ESTUDO
Foi realizado um estudo descritivo transversal com uma abordagem qualitativa com
40 idosos cadastrados no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe muniacutecipio de
Serra participantes e natildeo participantes do programa municipal de orientaccedilatildeo ao
exerciacutecio fiacutesico realizado neste espaccedilo
O estudo ocorreu em dois encontros na primeira consulta ocorreu a identificaccedilatildeo do
paciente e a coleta de dados antropomeacutetricos Inicialmente foi realizado a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) e em
seguida foi realizada uma entrevista para o preenchimento do Prontuaacuterio contendo
os seguintes itens Identificaccedilatildeo do paciente e avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica (Apecircndice
B) e o paciente foi convidado ainda a realizar o registro alimentar de trecircs dias para
ser analisado na proacutexima consulta (Apecircndice C)
No segundo encontro que foi realizado uma semana apoacutes a primeira consulta foi
coletado o registro alimentar de trecircs dias e ainda foi aplicado o questionaacuterio
Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica do tipo IPAQ curto para classificaacute-los
quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica exercido pelos mesmos (Anexo A)
32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO
O Comitecirc de sauacutede do idoso trata-se de uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
registrada regularmente instituiacutedo por um grupo de idosos da regiatildeo mas conta com
o apoio da Prefeitura da Serra o proacuteprio espaccedilo fiacutesico eacute cedido pela prefeitura e
sendo assim o mesmo local recebe o Programa municipal de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico
Os idosos cadastrados no comitecirc contribuem com um valor singelo mensalmente
para que sejam criadas atividades recreativas para os mesmos como curso de
pintura bordado viagens e outros Atualmente existem cerca de cento e sessenta
idosos cadastrados no comitecirc e um grupo de oito idosos compotildeem a diretoria sendo
um presidente que planejam atividades e buscam apoio de entidades puacuteblicas e
privadas para realizaccedilatildeo de alguns serviccedilos e atividades
46
A principal atividade exercida pelos cadastrados eacute o PROEF que conta com um
educador fiacutesico que orienta os participantes do programa com ginaacutestica aeroacutebica
com duraccedilatildeo de uma hora por trecircs vezes na semana entretanto natildeo satildeo todos os
cadastrados no comitecirc de sauacutede do idoso que participam deste programa
33 ASPECTOS EacuteTICOS
Foi informado aos indiviacuteduos todos os procedimentos a serem realizados durante a
pesquisa antes de assinar o termo de consentimento livre e esclarecido conforme
as normas para realizaccedilatildeo de Pesquisa em seres humanos e atendendo aos
criteacuterios da Eacutetica da Pesquisa em Sauacutede segundo descrito na Resoluccedilatildeo 19696
(BRASIL 2002)
O Projeto de pesquisa do presente trabalho foi submetido ao Comitecirc de eacutetica e
Pesquisa da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo tendo sido aprovado
34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
As medidas antropomeacutetricas analisadas para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal
dos indiviacuteduos foram peso corporal altura percentual de gordura circunferecircncias
do braccedilo cintura panturrilha e prega cutacircnea tricipital
Para a coleta das medidas antropomeacutetricas foram utilizados os seguintes
instrumentos balanccedila de bioimpedacircncia da marca Tanitareg devidamente calibrada
com capacidade de 150 kg e precisatildeo de 100g adipocircmetro de marca Cescorf
devidamente calibrado com amplitude de 88 mm e precisatildeo de 01mm fita meacutetrica
natildeo elaacutestica da marca Sanny estadiocircmetro da marca Altura Exata e com precisatildeo
de 05cm
O indiviacuteduo foi pesado usando roupas leves sem sapatos e sem qualquer objeto de
metal com o auxiacutelio da balanccedila Tanitareg colocada numa superfiacutecie plana e riacutegida
pela qual se obteve aleacutem do peso os valores dos percentuais de gordura e de
aacutegua Ressalta-se a natildeo indicaccedilatildeo do uso da bioimpedacircncias em indiviacuteduos que
possuem em seu corpo algum material metaacutelico como marcapasso devido as
possiacuteveis falhas na passagem da corrente eleacutetrica (CONSELHO FEDERAL DE
MEDICINA 2009)
47
A altura foi determinada utilizando-se o estadiocircmetro sendo orientado ao paciente
permanecer descalccedilo em posiccedilatildeo ereta olhando para o horizonte com os
calcanhares unidos e apoiados agrave parte posterior do estadiocircmetro assim como a
parte posterior dos joelhos naacutedegas e escaacutepulas estando a cabeccedila posicionada
reta (BRASIL 2011c)
Na tabela 2 satildeo encontrado os resultados do IMC com base no peso e altura
aferidos do paciente usando a foacutermula IMC = Peso corporal (kg) Estatura (m)sup2
sendo este avaliado segunda a classificaccedilatildeo recomendado pelo Sistema de
Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos Classificaccedilatildeo IMC (kgmsup2) Risco de Comorbidades
Baixo Peso lt 22 Baixo Peso Normal 22 - 269 Meacutedio Sobrepeso ge270 - Fonte The Nutrition Screening Initiative (1994) citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e
Nutricional Orientaccedilotildees para coleta anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede
(2011)
Os valores de referecircncia utilizados para a classificaccedilatildeo do percentual de gordura
corporal de idosos segundo GALLAGHER et al (2000) encontram-se no tabela 3
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos
Classificaccedilatildeo Gordura Corporal ()
Homens Mulheres Baixo lt13 lt24
Adequado 13 ndash 249 24 - 359
Elevado 25 - 299 36 - 419
Muito Elevado ge 30 ge 42
Fonte GALLAGHER et al 2000 Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex
A circunferecircncia da cintura foi aferida com o paciente em peacute usando a fita meacutetrica
para circundar o indiviacuteduo no ponto meacutedio entre a crista iliacuteaca e a uacuteltima costela A
circunferecircncia da cintura (CC) foi utilizada com o objetivo de identificar o padratildeo de
distribuiccedilatildeo da massa adiposa pois eacute considerado o melhor indicador para a
48
avaliaccedilatildeo do risco de doenccedilas cardiovasculares e metaboacutelicas em estudos
epidemioloacutegicos (MARTINS et al 2009) Utilizaram-se os pontos de corte definidos
na Diretriz Brasileira de Obesidade (2010) e atualmente recomendados pelo
Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (tabela 4)
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres Risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas Homem Mulher
Aumentado ge 94 ge 80
Substancialmente aumentado ge 102 ge 88
Fonte WHO 2000 citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilotildees para coleta
anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede (2011)
A circunferecircncia do braccedilo foi mensurada com o individuo em peacute com o braccedilo
flexionado a 90 graus para determinaccedilatildeo do ponto meacutedio entre o acrocircmio e o
oleacutecramo e em seguida com o braccedilo estendido e relaxado ao longo do corpo
posicionando a fita no sentido horizontal para a obtenccedilatildeo da medida (COSTA 2012)
O resultado obtido foi comparado aos valores de referecircncia demonstrados na tabela
de percentis por Frisancho (1990) no anexo B A adequaccedilatildeo da CB foi determinada
atraveacutes da foacutermula Adequaccedilatildeo da CB ()= CB obtida (cm) CB percentil 50 x 100 e
o estado nutricional classificado de acordo com o tabela 5
Tabela 5 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a circunferecircncia do braccedilo
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por Sommacal 2011 A circunferecircncia da panturrilha eacute considerada um oacutetimo indicador antropomeacutetrico
para idosos uma vez que possibilita a identificaccedilatildeo de alteraccedilotildees da massa
muscular em idosos com um ponto de corte menor de 31 centiacutemetros como
indicador de desnutriccedilatildeo (ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE citado por
MOREIRA et al 2011)
49
A teacutecnica de mensuraccedilatildeo da prega cutacircnea tricipital foi preconizada por Lohman
(1991) citado por Sommacal e outros (2011) no qual indica que para a afericcedilatildeo da
prega cutacircnea tricipital deve ser realizado no mesmo ponto meacutedio utilizado para a
CB no qual deve-se separar levemente a prega do braccedilo natildeo-dominante
desprendendo-a do tecido muscular e aplicar o calibrador formando um acircngulo reto
O braccedilo deve estar relaxado e solto ao lado do corpo
O valor encontrado da prega cutacircnea tricipital foi comparado ao padratildeo de referecircncia
no anexo C e posteriormente foi calculado a adequaccedilatildeo da PCT atraveacutes da
equaccedilatildeo
Adequaccedilatildeo da PCT = PCT obtida PCT percentil 50 x 100 A adequaccedilatildeo da PCT foi
classificada segundo a tabela 6
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a 110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por lSommacal 2011 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR
No primeiro encontro os indiviacuteduos participantes receberam trecircs formulaacuterios para
realizaccedilatildeo do registro e orientaccedilotildees de como realizar o registro alimentar de trecircs
dias sendo que deveriam ser realizados em dias natildeo consecutivos contemplando
dois dias da semana e um dia do final de semana Cada participante deveria anotar
todos os alimentos e bebidas ingeridos ao longo do dia e suas respectivas
quantidades incluindo os alimentos consumidos fora de sua residecircncia (FISBERG
MARCHIONI COLUCCI 2009) Foi orientado ainda ao indiviacuteduo que solicitasse
auxilio aacute um familiar caso encontrasse dificuldades em preencher o relatoacuterio
Com a coleta do registro alimentar de trecircs dias foi possiacutevel realizar o caacutelculo de
energia em (kcal) macronutrientes e micronutrientes A anaacutelise foi realizada atraveacutes
de caacutelculos manuais com o auxiacutelio da tabela brasileira de composiccedilatildeo dos alimentos
(TACO)
50
A anaacutelise do consumo alimentar ocorreu com a utilizaccedilatildeo o iacutendice de qualidade da
dieta revisado que foi reformulado por Previdelli (2011) em conformidade com as
recomendaccedilotildees dieteacuteticas preconizadas pelo guia alimentar para a populaccedilatildeo
brasileira de 2006 para a classificaccedilatildeo da qualidade da dieta seratildeo utilizados os
pontos de corte proposto pelo mesmo autor que classifica uma dieta ldquoinadequadardquo
abaixo de 40 pontos entre 41 e 64 pontos dieta que ldquoprecisa de modificaccedilatildeordquo e
acima de 64 pontos classifica-se como ldquodieta saudaacutevelrdquo (Anexo D e E)
36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA
A atividade fiacutesica pode ser considerada uma grande estrateacutegia em sauacutede puacuteblica
visto que poderiacuteamos atingir uma grande economia com a reduccedilatildeo do sedentarismo
Hoje em dia encontra-se mais de dois milhotildees de mortes anualmente causadas pela
inatividade fiacutesica em todo o mundo O sedentarismo natildeo estaacute relacionado somente
com doenccedilas e morte mas tambeacutem com a geraccedilatildeo de altos custos a sociedade No
ano de 1995 pode ser constatado que os Estados Unidos gastaram vinte e quatro
bilhotildees de doacutelares somente com o sedentarismo Sendo assim podemos observar
que com o aumento da praacutetica de atividade fiacutesica da populaccedilatildeo pode-se contribuir
indiretamente para o desenvolvimento humano e o progresso econocircmico
(WASHBURN 1993 et al Citado por PARDINI et al 2001 p46)
Um dos grandes fatores para o aparecimento de doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis eacute o sedentarismo O haacutebito de praticar algum tipo de atividade fiacutesica
tem sido usado como um meacutetodo faacutecil e de baixo custo para prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas Recomendam-se a praacutetica de pelo menos trinta minutos de atividade
diariamente para que seus benefiacutecios sejam apresentados (MASSON et al 2005)
O IPAQ estima o niacutevel de praacutetica habitual de atividade fiacutesica e foi desenvolvido pelo
Grupo Internacional para Consenso em Medidas da Atividade Fiacutesica constituiccedilatildeo
sob a chancela da OMS para ser utilizado em vaacuterios paiacuteses dentre eles Brasil e
Japatildeo (GUEDES et al 2005 GUEDES 2007 CORA 2003 citado por MIZUNO
2007)
O niacutevel de atividade fiacutesica foi determinado atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica ndash IPAQ na forma curta proposto por MIZUNO
(2007) sendo utilizadas quatro questotildees para avaliar a atividade fiacutesica dentro de uma
51
semana normal Os entrevistados relataram as atividades que satildeo realizadas ao
longo da semana em casa no trabalho e nas horas de lazer e descanso a
frequecircncia semanal e o tempo diaacuterio de cada atividade As atividades foram
classificadas como
1) vigorosas (corrida ginaacutestica aeroacutebica futebol velocidade raacutepida na bicicleta
basquete serviccedilos domeacutesticos pesados em casa ou no quintal carregar objetos com
peso alto)
2) moderadas (velocidade leve na bicicleta nataccedilatildeo danccedila ginaacutestica aeroacutebica leve
vocirclei carregar objetos com peso leve serviccedilos domeacutesticos em casa ou no quintal
como varrer e realizar cuidados no jardim)
3) caminhada (no trabalho ou por lazer)
4) sem gasto caloacuterico (sentado assistindo TV ou lendo)
Segundo o autor a partir dessas informaccedilotildees eacute possiacutevel estimar o gasto energeacutetico
em METs Um MET representa o consumo de oxigecircnio em repouso ou taxa
metaboacutelica de repouso Uma atividade que requer o dobro de energia do repouso
requer 2 METrsquos e assim sucessivamente Para o caacutelculo do gasto em METs o IPAQ
usa as seguintes foacutermulas
a) caminhada MET-minutosemanal = 33 X tempo diaacuterio de caminhada X frequumlecircncia
semanal
b) moderado MET- minutosemanal = 40 X tempo diaacuterio de atividade moderada X
frequecircncia semanal
c) vigoroso MET- minutosemanal = 80 X tempo diaacuterio de atividade vigorosa X
frequecircncia semanal d) total da atividade fiacutesica MET- minutosemanal = soma da
Caminhado + Moderado + Vigoroso MET - minutossemanal
Com essas informaccedilotildees classifica-se o indiviacuteduo em uma das seguintes categorias
a) baixo nenhuma atividade ou atividades que natildeo se enquadram nas categorias 2 e
3
b) moderado deve ser encaixar em pelos menos um dos criteacuterios de atividade
vigorosa por pelos menos trecircs dias por semana e em um periacuteodo miacutenimo de 20
minutos ou cinco ou mais dias de atividade moderada eou caminhada por pelo
52
menos 30 minutos por dia ou ainda qualquer combinaccedilatildeo de atividade moderada ou
vigorosa ou caminhada com gasto miacutenimo de 600 met-minsemana por cinco ou
mais dias na semana
c) alto Um dos dois criteacuterios atividade vigorosa em no miacutenimo 3 dias da semana
com gasto miacutenimo de 1500 MET-minutosemana ou 7 ou mais dias de combinaccedilatildeo
de caminhada atividade moderada e vigorosa com gasto miacutenimo de 3000 met-
minutosemana (IPAQ)
37 ANAacuteLISE DOS DADOS
Foi realizada uma anaacutelise descritiva das variaacuteveis quantitativas sendo os dados
apresentados em meacutedia desvio-padratildeo miacutenimo maacuteximo e mediana Os dados
qualitativos seratildeo apresentados atraveacutes de frequecircncia absoluta e relativa As
anaacutelises foram realizadas com auxilio do software SPSS V 20 2013
Para comparar os idosos praticantes de atividade fiacutesica baixo e praticantes de
atividade fiacutesica moderado foi aplicado o teste t de student nesta anaacutelise foi
considerado o niacutevel de significacircncia plt005
53
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS
Foram avaliados 40 indiviacuteduos sendo que natildeo houve perdas da amostra e nem
desistecircncia por parte dos participantes Na tabela 7 estatildeo apresentadas as
caracteriacutesticas gerais da amostra estudada na qual aponta que 40 (100)
indiviacuteduos pesquisados eram do sexo feminino Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade
fiacutesica 27 idosos (68) foram classificados com niacutevel moderado (MOD) seguido de
13 (32) indiviacuteduos da amostra com niacutevel baixo (BAIX)
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra VARIAacuteVEIS N
Sexo Masculino 0 0 Feminino 40 100 Niacutevel de Atividade Fiacutesica Baixo 13 32 Moderado 27 68 Alto 0 0 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica VARIAacuteVEIS GRUPO BAIX GRUPO MOD GERAL P-VALOR
IMC (kgmsup2) 3130 plusmn 851 2905 (2115-5664)
2553 plusmn 386 2488 (1973-3451)
274 plusmn 630 2688 (1973-5664) 0005
GC () 3726 plusmn 685 384 (246-462)
3298 plusmn 686 318 (222-543)
3405 plusmn 699 338(222-542) 0113
CC (cm) 9716 plusmn 1873 97 (575-1395)
8568 plusmn 1038 84 (685-107)
8941 plusmn 1447 8925 (575-1395) 0017
CP (cm) 373 plusmn 401 38 (29-46)
3464 plusmn 369 345 (295-46)
3551 plusmn 3 35 (29-46) 0006
CB 11267 plusmn 2204 10819 (754-168)
9534 plusmn 1328 9506 (6885-12218)
10097 plusmn 1829 10063 (6885-168) 0045
de PCT 10361 plusmn 3148 98 (74-172)
7963 plusmn 2684 74 (38-152)
8657 plusmn 2993 79 (38-172) 0006
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
54
O IMC meacutedio do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi equivalente a
3130kgmsup2 que equivale a classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o valor meacutedio
encontrado no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado foi de 2553kgmsup2
caracterizando eutrofia O percentual de gordura corporal obteve meacutedia de 3726
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que equivale a uma classificaccedilatildeo de
elevaccedilatildeo e 3298 no qual equivale a adequaccedilatildeo no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado A circunferecircncia da cintura apresentou valores meacutedio de 9716 cm
equivalendo ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e
8568 cm caracterizando risco aumentado para os grupos com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e com niacutevel de atividade fiacutesica moderado respectivamente O valor do
percentual de adequaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo apresentou media de 11267
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que caracteriza sobrepeso e 9534 no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado que caracteriza eutrofia (tabela 8)
Um importante instrumento para a avaliaccedilatildeo de composiccedilatildeo corporal eacute o IMC sendo
que para idosos o valor acima de 27kgmsup2 claacutessica o indiviacuteduo com sobrepeso
abaixo de 22kgmsup2 como baixo peso e a eutrofia se encaixa entre os valores de
22kgmsup2 a 27kgmsup2 sendo assim a avaliaccedilatildeo quantitativa do perfil antropomeacutetrico da
amostra destaca que segundo o IMC no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo
769 (n=1) dos indiviacuteduos estatildeo com baixo peso tambeacutem 769 (n=1) se
encontram eutroacuteficos e 8461 (n=11) estatildeo com sobrepeso jaacute no grupo com
atividade fiacutesica moderado 1852 (n=5) dos indiviacuteduos apresentam baixo peso
4814 (n=13) satildeo eutroacuteficos e 3333 (n=9) estatildeo com sobrepeso Sendo assim o
grupo de com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma maior ocorrecircncia
de indiviacuteduos eutroacuteficos (figura 1)
Observa-se ainda a existecircncia da diferenccedila significante entre o iacutendice de massa
corporal dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o iacutendice de massa corporal
dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado uma vez que o p-valor
encontrado foi menor que 005 (0005) Sendo assim conclui-se que haacute correlaccedilatildeo
positiva entre a praacutetica de atividade fiacutesica e o iacutendice de massa corporal uma vez que
os indiviacuteduos praticantes de atividade fiacutesica baixo obtiveram um valor meacutedio maior
de iacutendice de massa corporal quando comparado ao grupo de idosos que possuem
niacutevel de atividade fiacutesica moderado
55
Figura 1 - Perfil nutricional segundo IMC de acordo com niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode-se observar que no grupo de idosos que possuem um niacutevel menor de atividade
fiacutesica 6153 (n=8) dos indiviacuteduos apresentaram risco substancialmente elevado de
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura mensurada
2307 (n=3) indiviacuteduos apresentaram risco aumentado e 1538 (n=2) natildeo
apresentaram riscos
Enquanto que no grupo de quem praacutetica atividade fiacutesica moderadamente 3333
(n=9) natildeo apresentaram riscos 2962 (n=8) apresentaram risco aumentado e
3703 (n=10) apresentaram risco substancialmente elevado de complicaccedilotildees
metaboacutelicas (figura 2)
Houve correlaccedilatildeo significante entre as medidas de circunferecircncia da cintura dos
grupos estudados encontrando o p-valor menor que 005 (0017) Dessa forma
conclui-se que haacute correlaccedilatildeo entre a praacutetica de atividade fiacutesica e a medida da
circunferecircncia da cintura uma vez que o valor meacutedio desse indicador foi menor no
grupo de indiviacuteduos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao valor meacutedio encontrado no grupo de indiviacuteduos que possuem o niacutevel
de atividade fiacutesica baixo
769 769
8461
1852
4814
3333
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
56
Figura 2 - Classificaccedilatildeo de risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Com relaccedilatildeo ao percentual de gordura corporal apenas 9 indiviacuteduos do grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foram avaliados devido a impossibilidade de se usar a
bioimpedacircncia decorrente da presenccedila de placas metaacutelicas no corpo dos indiviacuteduos
Sendo assim podemos observa na figura 3 que apenas 1111 (n=1) dos indiviacuteduos
avaliados do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam valores
adequados de percentual de gordura 5555 (n=5) apresentam valores elevados
3333 (n= 3) apresentam valores muito elevados e nenhum indiviacuteduo apresentou
baixo valor
No grupo dos indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica moderado 5185
(n= 14) dos indiviacuteduos possuem um percentual adequado 74 (n= 2) apresentam
baixo valor 3703 (n= 10) apresentam valor elevado 37 (n= 1) apresentam um
valor muito elevado e nenhum indiviacuteduo apresentou baixo valor
Observa-se que o percentual de gordura dos idosos estudados natildeo apresentou
correlaccedilatildeo com a praacutetica de atividade fiacutesica uma vez que o p-valor deste indicador
foi maior que 005 (0113) ou seja natildeo houve diferenccedila significante entre os valores
meacutedios de percentual de gordura entre os grupos
1538
2307
6153
3333 2962
3703 NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
57
Figura 3 ndashClassificaccedilatildeo gordura corporal de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha pode constatar que apenas 10 (n=4)
de toda a populaccedilatildeo apresentou o quadro de desnutriccedilatildeo com um valor de CP
menor que 31 cm sendo que apenas 769 (n=1) do grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica baixo se enquadraram neste paracircmetro e 1111 (n=7) do grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Na correlaccedilatildeo dos valores meacutedios de circunferecircncia da panturrilha entre os grupos
de idosos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o grupo de idosos que
apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado observa-se uma diferenccedila
estatisticamente comprovada uma vez que o p-valor encontrado foi menor que
0005 (0045) sendo assim o valor meacutedio encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado foi menor quando comparado ao niacutevel de atividade fiacutesica
baixo
Observa-se que na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica baixo apresentou um valor meacutedio de percentual de adequaccedilatildeo de
11267 que equivale a sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou um valor meacutedio de 9534 que equivale a eutrofia
A anaacutelise da prega cutacircnea tricipital revelou que o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresenta uma classificaccedilatildeo meacutedia de eutrofia com o valor meacutedio de
percentual de adequaccedilatildeo de 10361 e o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
0
1111
5555
3333
74
5185
3703
37
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
58
moderado apresentou desnutriccedilatildeo moderada com o valor meacutedio de percentual de
adequaccedilatildeo de 7963
Observa-se que tanto a medida da circunferecircncia do braccedilo quanto a medida da
prega cutacircnea tricipital apresentaram diferenccedilas significantes entre os grupos
estudados uma vez que ambos apresentaram p-valor menor que 005 ou seja
conclui-se que os indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam
valores maiores destes indicadores quando comparados ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Eacute pertinente ao estudo comprovar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa corporal
e circunferecircncia da cintura coletadas no grupo de idosos com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado Para fazer a anaacutelise da natildeo correlaccedilatildeo entre os iacutendices de iacutendice
de massa corporal e circunferecircncia da cintura eacute necessaacuterio interpretar os dados
amostrais avaliando esses dois dados e confrontando-os em cada grupo amostral
Na tabela 9 e 10 estatildeo correlacionados os dados de iacutendice de massa corporal e
circunferecircncia da cintura do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e do grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS SEM RISCO RISCO
AUMENTADO RISCO SUBSTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 1 1 0 0
Eutrofia 1 1 0 0
Sobrepeso 11 0 3 8 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
SEM RISCO
RISCO AUMENTADO
RISCO SUSBTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 5 4 1 0 Eutrofia 13 5 5 3 Sobrepeso 9 0 2 7 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Observa-se de acordo com a tabela 9 somente os indiviacuteduos classificados como
sobrepeso no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentaram risco
59
aumentado ou substancialmente elevado para complicaccedilotildees metaboacutelicas associados
a circunferecircncia da cintura entretanto na tabela 10 pode-se observar que no grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado tanto alguns indiviacuteduos classificados com
eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com sobrepeso apresentaram risco
aumentado e substancialmente aumentado pode-se constatar ainda que um
indiviacuteduo classificado como baixo peso tambeacutem apresentou um risco aumentado
para complicaccedilotildees metaboacutelicas associado a circunferecircncia da cintura
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo CLASSIFICACcedilAtildeO
DO IMC Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 1 0 1 0 0
Eutrofia 1 0 0 1 0
Sobrepeso 11 0 0 4 3
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 5 2 3 0 0 Eutrofia 13 0 10 3 0 Sobrepeso 9 0 1 7 1 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 11 e 12 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o percentual de gordura corporal tanto no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado alguns indiviacuteduos
mesmo sendo classificados com eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com
sobrepeso apresentaram um percentual elevado de gordura corporal
Aplicando o iacutendice de qualidade da dieta pode se observar que a maioria da
populaccedilatildeo estudada encontra-se com uma ldquodieta saudaacutevelrdquo sendo representada por
7692 (n=10) no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e por 85 18 (n=23) no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou 2307 (n=3) dos indiviacuteduos com ldquodieta que precisa de
60
modificaccedilatildeordquo enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou 1481 (n=4) nenhum indiviacuteduo dos dois grupos apresentou ldquodieta
inadequadardquo (figura 4)
Em geral a populaccedilatildeo de idosos estudada apresentou uma meacutedia do IQD-R de
7592 com variaccedilatildeo de 5672 a 9074 pontos O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou uma meacutedia 7393 enquanto que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma valor meacutedia de 7688
Figura 4 - Iacutendice de qualidade da dieta de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 13 e 14 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o iacutendice de qualidade da dieta revisado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado a classificaccedilatildeo
de ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo apareceu em todas as classificaccedilotildees do iacutendice
de massa corporal ou seja indiviacuteduos com baixo peso eutroacuteficos e com sobrepeso
apresentaram ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo Em contrapartida diversos
indiviacuteduos com sobrepeso e tambeacutem com baixo peso apresentaram ldquodieta saudaacutevelrdquo
Sendo assim conclui-se que o iacutendice de massa corporal natildeo apresentou correlaccedilatildeo
com o iacutendice de qualidade da dieta ingerida pelos idosos
0
2307
7692
0
1481
8518
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
61
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO DIETA
SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 1 0 0 1 Eutrofia 1 0 1 0 Sobrepeso 11 0 2 9 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO
DIETA SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 5 0 1 4 Eutrofia 13 0 2 11 Sobrepeso 9 0 1 8
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
62
42 DISCUSSAtildeO
Da populaccedilatildeo estudada todo o grupo era composto por mulheres essa situaccedilatildeo de
um nuacutemero maior de idosos do sexo feminino do que do sexo masculino encontrada
em vaacuterios outros estudos com a populaccedilatildeo idosa Galesi e outros (2008) que
avaliaram o perfil alimentar e nutricional de 60 idosos do sexo feminino e apenas 25
do sexo masculino em uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia e tambeacutem por Abreu e
outros (2008) que avaliaram a inadequaccedilatildeo no consumo alimentar de idosos no
qual 69 da amostra estudada era composta pelo sexo feminino Salgado citado por
Galesi e outros (2008) afirma que essas situaccedilotildees refletem a feminizaccedilatildeo da
populaccedilatildeo idosa ou seja realmente existe uma proporccedilatildeo relativamente maior de
idosos do sexo feminino do que do sexo masculino esse fenocircmeno eacute decorrente de
diversos fatores entre eles eacute a elevada expectativa de vida para mulheres que em
meacutedia vivem sete anos a mais do que os homens outro fato eacute a mulher geralmente
se casar com homens mais velhos que consequentemente morrem primeiro que
esta aumentando assim a sobrevivecircncia da esposa em relaccedilatildeo ao seu marido
Em paralelo Vera citado por Machado e outros (2006) afirma que a mulher possui
atitudes diferentes a dos homens frente a preocupaccedilatildeo com a sauacutede tendo uma
maior procura pelos serviccedilos ou qualquer atividade puacuteblica relacionada a sauacutede
encontrando assim em seu estudo 743 da amostra composta por mulheres
idosas
De acordo com o IPAQ 325 dos indiviacuteduos possuiacuteam niacutevel de atividade fiacutesica
baixo e 675 possuiacuteam niacutevel moderado de atividade fiacutesica Uma vez que a pratica
de atividade fiacutesica moderada ou vigorosa classifica o indiviacuteduo como ativo isso
implica dizer que 675 dos idosos analisados satildeo ativos
A praacutetica de atividade fiacutesica eacute essencial para todas as faixas etaacuterias mas no caso de
idosos esta praacutetica pode beneficiar ainda a sauacutede dos mesmos uma vez que a
atividade fiacutesica contribui para diminuiccedilatildeo de dores nas articulaccedilotildees diminuiccedilatildeo de
gordura corporal e maior captaccedilatildeo de glicose sanguiacutenea entre outros benefiacutecios
(FRANCHI JUacuteNIOR MONTENEGRO) Mota e outros (2006) afirma que a pratica de
atividade fiacutesica regular por idosos pode tambeacutem contribuir na prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas como hipertensatildeo arterial doenccedilas cardiovasculares diabetes e siacutendrome
63
metaboacutelica impactando assim no aumento de qualidade de vida e reduccedilatildeo de
mortalidade nesta populaccedilatildeo
Aleacutem de diversos benefiacutecios aacute sauacutede do idoso como prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas a praacutetica regular de atividade fiacutesica ainda pode contribuir para o
retardamento da reduccedilatildeo da capacidade funcional do organismo decorrente do
envelhecimento contribuindo assim diretamente para o aumento da qualidade de
vida desta populaccedilatildeo (REIS SOUZA 2012)
Hurley e Hagber (1998) citado por Matsudo e Paiva Neto (2000) relatam que a
praacutetica de qualquer atividade fiacutesica por si soacute seja exerciacutecio aeroacutebico ou anaeroacutebico
levam a reduccedilatildeo de gordura corporal em idosos mesmo sem restriccedilatildeo caloacuterica
Shepard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) relatam que as
alteraccedilotildees ocorridas na composiccedilatildeo corporal com a praacutetica regular de atividade
fiacutesica podem ser decorrentes das alteraccedilotildees na taxa metaboacutelica em repouso No
estudo de Bergman (1991) citado por Ferreira (2007) foi constatado que a praacutetica
regular de atividade fiacutesica em curto espaccedilo contribui para uma melhora na
composiccedilatildeo corporal 27 idosas foram submetidas a realizar caminhadas em esteira
quatro vezes por semana e apoacutes 10 semanas obtiveram reduccedilatildeo na gordura
corporal e aumento de massa magra
Pode-se observar que os idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica moderada
apresentaram melhores resultados de composiccedilatildeo corporal quando comparado aos
idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica baixo o IMC meacutedio encontrado foi de
2553kgmsup2 e 3130kgmsup2 apresentando eutrofia e sobrepeso respectivamente
Mazo e outros (2006) tambeacutem constatou que 956 da sua populaccedilatildeo de idosas que
apresentavam excesso de peso possuiacuteam um baixo iacutendice de aptidatildeo funcional geral
decorrente da praacutetica irregular de atividade fiacutesica enquanto que 429 das idosas
que apresentavam IMC adequado estavam com o iacutendice de aptidatildeo funcional geral
bom Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) tambeacutem verificaram em seu estudo que
comparava a composiccedilatildeo corporal de idosos esportista e idosos irregularmente
ativos que o grupo de idosos esportistas possuiacutea um IMC de eutrofia enquanto que
o grupo de idosos irregularmente ativos possuiacuteam um IMC de sobrepeso
O baixo peso encontrado em 15 em toda a populaccedilatildeo estudada eacute tatildeo preocupante
como o sobrepeso tambeacutem encontrado Na atualidade estima-se que a prevalecircncia
de baixo peso fique em torno de 1 a 15 em idosos que vivem em residecircncias e
64
esse valor ainda tem aumento quando trata-se de idosos residentes em instituiccedilotildees
de longa permanecircncia (25 a 60) e um aumento ainda maior quando diz respeito a
idosos hospitalizados (35 a 65) A desnutriccedilatildeo em idosos pode favorecer a
incidecircncia de doenccedilas que consequentemente iratildeo interferir no estado nutricional do
indiviacuteduo Essa populaccedilatildeo eacute dita como um grupo de risco para o baixo peso devido a
vaacuterias alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento como reduccedilatildeo do
paladar dificuldades de mastigaccedilatildeo aleacutem do elevado uso de medicamentos que
consequentemente interfere no apetite na digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes
(SOUSA GUARIENTO 2009) Outros diversos estudos tambeacutem encontraram a
prevalecircncia de baixo peso em idosos Fiore e outros (2006) que avaliaram o perfil
nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede tambeacutem encontraram
na sua populaccedilatildeo 151 dos indiviacuteduos apresentando baixo peso de forma
semelhante Galesi e outros (2008) encontraram uma proporccedilatildeo de 18 de idosos
com baixo peso em seu estudo que avaliava o perfil alimentar e nutricional de idosos
institucionalizados
Quanto ao risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas associada agrave circunferecircncia da cintura
o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou uma meacutedia de 9716 cm o
que representa um risco substancialmente elevado e o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia de 8568 cm que classifica um risco
aumentado Aleacutem disso pode-se contatar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa
corporal e o risco de complicaccedilatildeo metaboacutelica de acordo com a circunferecircncia da
cintura de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado no qual foi encontrado que
mesmo indiviacuteduos que natildeo estavam com sobrepeso apresentaram um risco
aumentado ou substancialmente aumentado para complicaccedilotildees metaboacutelicas
Os elevados valores encontrados de circunferecircncia da cintura podem ser explicados
devido agraves alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento que contribuem
para o aumento de peso e tambeacutem para a redistribuiccedilatildeo da gordura corporal
(FERREIRA 2003) Bouchard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007)
afirmaram que a gordura corporal em idosos eacute encontrada em maiores quantidades
na regiatildeo do abdocircmen Outros autores ainda afirmam que o aumento da
circunferecircncia da cintura se deve a substituiccedilatildeo da gordura subcutacircnea pela gordura
visceral na regiatildeo abdominal aleacutem da existecircncia de uma redistribuiccedilatildeo da gordura
corporal que deixa de se depositar nos membros ocorrendo assim um acuacutemulo na
65
regiatildeo central do corpo Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do perfil
nutricional de idosos verificaram um alto iacutendice de prevalecircncia de risco para
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura 808 da
populaccedilatildeo estudada e especialmente em idosos do sexo feminino
Na avaliaccedilatildeo da gordura corporal tambeacutem pode ser notado a natildeo correlaccedilatildeo entre
iacutendice de massa corporal e percentual de gordura corporal no qual pode ser
encontrado um percentual de gordura elevado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e niacutevel de atividade fiacutesica moderado em indiviacuteduos que natildeo se
classificam como sobrepeso este iacutendice tambeacutem vem comprovar as alteraccedilatildeo
corporais no idoso Entretanto quando haacute a comparaccedilatildeo entre os valores meacutedios de
gordura corporal dos dois grupos observa-se que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica possui um menor percentual Matsudo (2002) afirma que idosos considerados
ativos apresentam um menor peso corporal e tambeacutem um menor percentual de
gordura corporal
A avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador muito utilizado na
avaliaccedilatildeo do estado nutricional do idoso por ser sensiacutevel a perda de massa magra e
consequentemente a desnutriccedilatildeo Observa-se que na populaccedilatildeo geral estudada a
meacutedia da CP foi de 3551 cm que equivale a eutrofia um resultado parecido foi
encontrado tambeacutem por Rauen e outros (2008) em uma pesquisa que avaliaram o
estado nutricional de idosos encontrando um valor meacutedio de CP de 328 cm
tambeacutem os classificando com eutrofia Machado e outros (2006) tambeacutem natildeo
encontrou comprometimento da massa magra atraveacutes da circunferecircncia da
panturrilha sendo que o valor meacutedio encontrado no seu estudo que avaliava o perfil
nutricional e funcional de idosos foi de 367 cm para idosos do sexo masculino e
348 cm para idosos do sexo feminino
A circunferecircncia do braccedilo eacute utilizada para mensurar tecido muscular gorduroso e
tambeacutem tecido oacutesseo (TARTARI BUSNELLO NUNES 2010) Na avaliaccedilatildeo deste
indicador observa-se que em meacutedia o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo
apresentou uma classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado apresentou um estado meacutedio de eutrofia Machado e
outros (2006) verificou tambeacutem nenhum comprometimento do tecido adiposo atraveacutes
dos valores encontrados de CB estando 100 da sua populaccedilatildeo de idosos
estudada dentro do limite de normalidade natildeo correspondendo assim tambeacutem o
66
que Menezes e Marucci (2013) relataram sobre a circunferecircncia do braccedilo em idosos
que tende a diminuir devido agrave perda de massa magra tiacutepico da idade devido ocorrer
o deslocamento da gordura dos membros para regiatildeo central
Com relaccedilatildeo a prega cutacircnea tricipital observa-se um valor meacutedio que representa
de eutrofia no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo e classificaccedilatildeo meacutedia de
desnutriccedilatildeo moderada no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica moderado A mesma
situaccedilatildeo foi encontrada por Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do
perfil nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede no qual 548
da populaccedilatildeo apresentou um valor reduzido deste indicador que expressa a
quantidade e a localizaccedilatildeo do tecido adiposo subcutacircneo O mesmo autor afirma
ainda que este fato eacute esperado em indiviacuteduos idosos uma vez que existem
evidecircncias que comprovam que com o avanccedilar da idade haacute uma redistribuiccedilatildeo do
tecido gorduroso antes localizado nos membros para a regiatildeo abdominal
Quando avaliamos o estado nutricional dos indiviacuteduos atraveacutes do iacutendice de massa
corporal relacionado ao iacutendice de qualidade da dieta pode-se constatar que o IMC
natildeo teve relaccedilatildeo direta com o IQD-R uma vez que a classificaccedilatildeo de ldquodieta que
precisa de modificaccedilatildeordquo atingiu todas as classificaccedilotildees do IMC assim como a ldquodieta
saudaacutevelrdquo tambeacutem alcanccedilou todas as classificaccedilotildees Dessa forma podemos afirmar
que natildeo eacute apenas o consumo alimentar que resulta no estado nutricional
Campos Monteiro e Ornelas (2000) confirmam que o estado nutricional dos idosos eacute
um quadro resultante das diversas condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem
aleacutem de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade Montilla Marucci e
Aldrighi (2006) encontraram e seu estudo que avaliava o estado nutricional e o
consumo alimentar de mulheres no climateacuterio que o iacutendice de massa corporal natildeo
estava acompanhando a mesma tendecircncia do valor energeacutetico consumido ou seja
o IMC estava acima da classificaccedilatildeo de eutrofia entretanto o valor energeacutetico da
dieta ingerida estava adequado estes mesmo autores afirmaram que este fato pode
ter acontecido por pelo menos dois fatores o IMC avalia o estado nutricional atual
do indiviacuteduo mas que foi adquirindo ao logo de um tempo enquanto que o
recordatoacuterio 24 horas instrumento que geralmente eacute usado para avaliar o consumo
alimentar de indiviacuteduos ou populaccedilatildeo avalia somente o dia anterior ou o fato pode
ter acontecido devido a reduccedilatildeo do metabolismo que acompanha o passar da idade
67
podendo assim levar ao desequiliacutebrio energeacutetico mesmo que o consumo esteja
dentro das recomendaccedilotildees
A maior meacutedia de pontuaccedilatildeo do IQD-R foi encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado sendo assim as maiores pontuaccedilotildees do IQD-R foram
diretamente associada com a praacutetica de atividade fiacutesica assim como encontrado por
Wendpap (2012) em seu estudo que avaliou a qualidade da dieta de adolescentes
no qual foram encontrados maiores pontuaccedilotildees do IQD-R em adolescentes que
gastavam menos tempo com atividades ditas como sedentaacuterias como assistir
televisatildeo ou jogar viacutedeo game
Na avaliaccedilatildeo das pontuaccedilotildees do IQD-R por componente pode-se observar que tanto
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado como no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo houve baixa pontuaccedilatildeo para os grupos ldquofrutas totaisrdquo (263 e
241) ldquofruta integraisrdquo (281 e 248) ldquovegetais verdes escuros e alaranjados e
leguminosasrdquo (181 e 033) e ldquoLeite e derivadosrdquo (335 e 295) no grupo de ldquoVegetais
Totaisrdquo a populaccedilatildeo do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou um
consumo intermediaacuterio (323) enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
moderado apresentou um consumo baixo (217) No grupo ldquoCereais Totaisrdquo
observou-se uma elevada pontuaccedilatildeo pela populaccedilatildeo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo (861) e uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria (533) para a populaccedilatildeo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado assim como no grupo de ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo
com pontuaccedilatildeo de 947 e 529 respectivamente e no ldquogrupo de oacuteleosrdquo (811 e 491)
e ldquogordura saturadardquo (953 e 697) no componente ldquosoacutediordquo os dois grupos
populacionais tiveram pontuaccedilatildeo intermediaacuteria com 653 para o grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo e 548 para o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado e
no componente ldquoGord AArdquo houve elevada pontuaccedilatildeo (1792) e (1189) nos dois
grupos Sendo assim pode-se constatar que o componente do IQD-R que mais
contribuiu para elevaccedilatildeo da pontuaccedilatildeo foi o ldquoGord AArdquo
O baixo consumo de frutas verduras e leitesderivados por idosos tambeacutem foi
encontrado Martins e outros (2010) em 765 da populaccedilatildeo estudada no qual
associou este achado com os niacuteveis elevados de pressatildeo arterial outros estudos
tambeacutem confirmam um baixo consumo fibras e consequentemente de frutas e
verduras por idosos Galesi e outros (2008) verificou que apenas 26 da populaccedilatildeo
estudada realizam a ingestatildeo adequada de fibras diaacuteria que eacute em torno de 30gdia
68
A ingestatildeo de fibras eacute de grande importacircncia para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel em
todas as fases da vida mas na velhice o consumo de fibras se torna ainda mais
relevantes devido a grande prevalecircncia de constipaccedilatildeo intestinal nesta populaccedilatildeo
uma vez que as fibras auxiliam na formaccedilatildeo do bolo fecal e juntamente com outros
fatores realizam os estiacutemulos para o peristaltismo intestinal (Brasil 2009)
O baixo consumo de leites e derivados foi constato por outros diversos estudos com
a populaccedilatildeo idosa Machado e outros (2006) verificaram que o consumo de leites e
derivados em qualquer quantidade natildeo chegou a 100 da amostra o que
caracteriza provavelmente uma inadequaccedilatildeo no consumo de caacutelcio e Matta Papini e
Corrente encontraram um consumo meacutedio de apenas 118 porccedilotildees de leites e
derivados ao dia por idosos o que representa um consumo baixo considerando a
recomendaccedilatildeo de trecircs porccedilotildees ao dia A deficiecircncia de caacutelcio no organismo de um
idoso representa uma grande preocupaccedilatildeo uma vez que este eacute um importante
mineral para os idosos pois o consumo adequado de caacutelcio auxilia na prevenccedilatildeo ou
na reduccedilatildeo do aparecimento de doenccedilas oacutesseas como a osteoporose que eacute
caracterizada pela reduccedilatildeo de massa oacutessea que leva consequentemente a uma
maior vulnerabilidade a fraturas e que acometem em sua maioria os idosos (Paixatildeo
e Bressan 2010)
O consumo de carboidratos em geral neste estudo pode ser considerado como
dentro da meacutedia alcanccedilando uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria diferentemente do
achado por Silva e outros (2010) que constatou um elevado consumo de
carboidratos por idosos chegando em torno de 75 do valor energeacutetico (VET) total
da dieta ingerida jaacute Farinea Ricalde e Siviero encontram um consumo adequado de
carboidratos ou seja em torno 5637 de carboidrato por praticantes de atividade
fiacutesica
Avaliando ainda o consumo alimentar pode ser constatado que em relaccedilatildeo ao
nuacutemero de refeiccedilotildees realizadas ao longo do dia pela populaccedilatildeo idosa estudada
percebe-se que em meacutedia satildeo realizadas 482 refeiccedilotildeesdia um nuacutemero menor do
que preconizado pelo guia alimentar da populaccedilatildeo brasileira (2011) que sugere a
realizaccedilatildeo de trecircs grandes refeiccedilotildees mais lanches saudaacuteveis ao longo do dia fato
que tambeacutem se relaciona pelo achado de Silva Filho e outros que em seu estudo de
verificaccedilatildeo do comportamento alimentar de idosos constatou quem em meacutedia foram
realizadas de 3 a 4 refeiccedilotildees diaacuterias por 96 idosos participantes da pesquisa Eacute de
69
suma importacircncia a realizaccedilatildeo de 5 a 6 refeiccedilotildees ao dia pelo fato de que com a
reduccedilatildeo do nuacutemero de refeiccedilotildees o indiviacuteduo fica um tempo maior sem se alimentar
levando ao organismo responder a esta inaniccedilatildeo reduzindo o metabolismo de forma
a guardar energia para o este periacuteodo em jejum o que consequentemente leva a ao
acuacutemulo de calorias aleacutem de outros processos orgacircnicos se manterem alterados
como a produccedilatildeo de hormocircnios e substacircncias participantes dos processos de
digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes (RUELA SOUSA JUNIOR 2010)
Observa-se ainda que 425 (n= 17) da populaccedilatildeo em geral estudada natildeo
possuiacuteam o haacutebito de realizar o jantar Machado e outros (2006) encontraram
tambeacutem um elevado percentual de idosos que natildeo realizavam o jantar em seu
estudo que avaliou o perfil nutricional e funcional de idosos sendo 307 da
populaccedilatildeo do sexo masculino seguido de 222 da populaccedilatildeo do sexo feminino
Esse mesmo autor relatou que esse haacutebito acaba se tornando comum pois os
idosos natildeo desejam consumir grande quantidade de alimentos como no almoccedilo
antes de dormir ou pelo simples fato de ser mais cocircmodo realizar um lanche do que
um jantar
70
71
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS Diante do exposto conclui-se que os idosos que praticam atividade fiacutesica
moderadamente apresentam um melhor estado nutricional quando comparados aos
idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Esse fato eacute comprovado
pelas diferenccedilas significativas encontradas nos indicadores usados na avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica neste estudo
A populaccedilatildeo estudada em geral apresentou um iacutendice de qualidade da dieta
elevado que representa uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser
observado que os indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou um maior iacutendice de qualidade quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo
Uma vez que haacute uma escassez de estudos envolvendo a praacutetica de atividade fiacutesica
e a qualidade da dieta de idosos recomenda-se a realizaccedilatildeo futura de estudos
nutricionais nesta populaccedilatildeo abrangendo outros assuntos ligados a nutriccedilatildeo que
sejam pertinentes a este grupo
Sendo assim eacute imprescindiacutevel a implantaccedilatildeo de Programas de Qualidade de Vida
que abranja orientaccedilotildees nutricionais e de atividade fiacutesica para idosos uma vez que
para esses indiviacuteduos obtenha uma elevada qualidade de vida eacute essencial a
prevenccedilatildeo da incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que comumente
atingem essa populaccedilatildeo
72
73
REFEREcircNCIAS
ABREU W C et al Inadequaccedilatildeo no consumo alimentar e fatores interferentes na ingestatildeo energeacutetica de idosos matriculados no programa municipal da terceira idade de viccedilosa (MG) Revista Baiana de Sauacutede Puacuteblica v32 n2 p177-189 maioago 2008 Disponiacutevel em httpinseeribictbrrbspindexphprbsparticleviewFile139135gt Acesso em 10 de out de 2013 ACUNAtilde K CRUZ T Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de adultos e idosos e situaccedilatildeo nutricional da populaccedilatildeo brasileira Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 48 n 3 p 345-361 jun 2004 Disponiacutevel em lthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache1J0Ta7oEv5UJscholargooglecom+circunferencia+da+panturrilha+idososamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 02 de out de 2013 ALVES J E D A Transiccedilatildeo Demograacutefica e a Janela de Oportunidade Satildeo Paulo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial 2008 Disponiacutevel emlt httpwwwbraudelorgbrpesquisaspdftransicao_demograficapdfgtacesso em 20 de fev 2013 AMADO T C F ARRUDA I K G FERREIRA A R Aspectos alimentares nutricionais e de sauacutede de idosas atendidas no Nuacutecleo de Atenccedilatildeo ao Idoso ndash NAI Recife Archivos Latinoamericanos de Nutricion v 57 n 4 p 366-372 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscieloorgvescielophpscript=sci_arttextamppid=S0004-06222007000400009amplng=esampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de abr 2013 ANDRADE FB CALDAS A F KITOKO P M Relationship between oral health nutrient intake and nutritional status in a sample of Brazilian elderly 2009 (Biblioteca Online) Disponiacutevel em httponlinelibrarywileycomdoi101111j1741-2358200800220xabstract Acesso em 18 de mar 2013 ARANHA F Q et al O Papel da Vitamina C Sobre as Alteraccedilotildees Orgacircnicas no Idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas 13(2) 89-97 maioago 2000Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv13n27911pdfgt Acesso em 12 mar 2013 BARBOSA M A Importacircncia da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel ao Longo da Vida Refletindo na Sauacutede do Idoso 2012 41 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Nutriccedilatildeo Cliacutenica) - Departamento de Ciecircncias da Vida Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ijuiacute 2012 Disponiacutevel em lthttpbibliodigitalunijuiedubr8080xmluibitstreamhandle1234567891045A20ImportC3A2ncia20da20AlimentaC3A7C3A3o20SaudC3A1vel20ao20Longo20da20Vida20Refletindo20na20SaC3BAde20do20Idosopdfsequence=1gt Acesso em 15 mar 2013 BARBOSA A M Ingestatildeo alimentar de caacutelcio e vitamina D e associaccedilatildeo com o niacutevel de escolaridade na pessoa idosa Revista Demetra Alimentaccedilatildeo Nutriccedilatildeo e Sauacutede Rio de Janeiro v 8 n 2 p 173-181 2013 Disponiacutevel emlthttpswwwepublicacoesuerjbrindexphpdemetraarticleview40825144gt Acesso em 15 set 2013 BECKENKAMP J SANTOS J S DOS Efeito da linhaccedila sobre a constipaccedilatildeo intestinal em idosos residentes em instituiccedilotildees geriaacutetricas Revista Brasileira de
74
Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 8 n 2 p 179-187 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview972pdfgt Acesso em 16 de abr 2013 BENEDETTI T R B GONCcedilALVES L H T MOTA J A P Uma proposta de poliacutetica puacuteblica de atividade fiacutesica para idosos Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 16 n 3 p 387-98 Jul Set 2007 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdftcev16n3a03v16n3pdf Acesso em 23 abr 2013 BORGES R M NONINO C B SANTOS J E Tratamento Cliacutenico da Obesidade Revista Medicina Ribeiratildeo Preto v 39 n 2 p 246-252 abrjun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwucgbrucgeventosObesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorialmaterial_consultamaterial_educacao_fisicatratamento20clinico20da20obesidadepdfgt Acesso em 08 de mar 2013 BOSSHARD W et al The treatment of chronic constipation in elderly people an update Drugs Aging v21 n14 p911-930 2004 Disponiacutevel em lthttplinkspringercomarticle10216500002512-200421140-00002page-1gt Acesso em 02 de abril 2013 BRASIL Lei no 10741 de 1ordm de outubro de 2003 Estatuto do Idoso Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leis2003l10741htmgt Acesso em 15 abr 2013 ______ Lei nordm 8842 de 4 de janeiro de 1994 Politica Nacional do Idoso Disponiacutevel em httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8842htm Acesso em 20 de abr 2013 ______ Lei nordm 8742 de 7 de dezembro de 1993Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social Disponiacutevel emlt httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8742htmgt Acesso em 20 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da sauacutede Manual da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel para a populaccedilatildeo idosa 2009 Disponiacutevel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesalimentacao_saudavel_idosa_profissionais_saudepdfgt Acesso em 03 de set 2013 _______ Ministeacuterio da sauacutede Anuaacuterio estatiacutestico de sauacutede do Brasil 2001 Disponiacutevel emlthttpportalsaudegovbrportalaplicacoesanuario2001indexcfmgt Acesso em 15 de abr 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Consenso sobre diabetes 2011a Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesconsenso_bras_diabetespdf Acesso em 05 de abr 2013
______ Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel emlt httpconselhosaudegovbrbibliotecalivrosManual_cepspdfgt Acesso em 20 fev 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes Mellitus 2011 b Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmiolo2002pdf Acesso em 05 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da Sauacutede Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilatildeo para coleta de dados antropomeacutetricos 2011 c Disponiacutevel emlt
75
http18928128100nutricaodocsgeralorientacoes_coleta_analise_dados_antropometricospdfgt Acesso em 30 mai 2013 BUENO J M et al Avaliaccedilatildeo nutricional e prevalecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis em idosos pertencentes a um programa assistencial Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 13 n4 p 1237-1246 2008 CALIXTO-LIMA L GONZALES M C Nutriccedilatildeo Cliacutenica no dia a dia Rio de Janeiro Ed Rubio 204p 2013 CAMPOS M T F S MONTEIRO J B R ORNELAS A P R C Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutriccedilatildeo do idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v13 n 3 p157-165 setdez 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfrnv13n37902pdfgt Acesso em 08 de mar 2013 CAMPOS M A G et al Estado nutricional e fatores associados em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo vol 52 n4 julagos 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=s0104-42302006000400019ampscript=sci_arttextgt Acesso em 25 fev 2013gt Acesso em 23 fev 2013 CARVALHO E N et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade Nutricional das Refeiccedilotildees Servidas aos Idosos em Instituiccedilatildeo Asilar 2003 17 f Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Porto Alegre 2003 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47322656gt Acesso em 11 de abr 2013 CASTILHOS E D PADILHA D M P A importacircncia dos dentes para trecircs diferentes grupos de idosos 2001 135 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em sauacutede bucal coletiva) - Faculdade de Odontologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2002 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=BBOamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=18747ampindexSearch=IDgt Acesso em 12 de mar 2013 CERVI A FRANCESCHINI S C C PRIORES E S Anaacutelise criacutetica do uso do iacutendice de massa corporal para idosos Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v18 n 6 765-775 NovDez 2005 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-52732005000600007gt Acesso em 01 de out de 2013 CHAIMOWICZ F A sauacutede dos idosos brasileiros agraves veacutesperas do seacuteculo XXI problemas projeccedilotildees e alternativas Revista Sauacutede Puacuteblica v 31 n 2 p184-200 1997 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfrspv31n22170gt Acesso em 01 de mar 2013 COSTA et al Estado nutricional e antropometria em idoso revisatildeo da literatura Revista Meacutedica de Minas Gerais Minas Gerais N p7 v 4 p 111-120 juldez 2000 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgi-binwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=556558ampindexSearch=IDgt Acesso em 26 fev 2013 DOBNER T BLASI T C KIRSTEN V R Perfil nutricional de idosos residentes em instituiccedilatildeo geriaacutetrica no interior do RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 9 n 1 p 109-118 Janabr 2012
76
Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview1730pdfgt Acesso em 13 de abr 2013 FARINEA N RICALDE S R SIVIEIRO J Perfil nutricional e antropomeacutetrico de idosos participantes de um grupo de ginaacutestica no municiacutepio de Antocircnio Prado ndash RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 7 n 3 p 394-405 setdez 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview783gt Acesso em 20 de out de 2013
FAZZIO D M G Envelhecimento e qualidade de vida ndash uma abordagem nutricional e alimentar Revista de Divulgaccedilatildeo Cientiacutefica Sena Aires Brasiacutelia v 1 n1 p 76-88 janjun 2012 Disponiacutevel em lthttprevistafacesasenaairescombrindexphprevisaarticleview15gt Acesso em 18 set 2013 FERNANDES M V Consumo de caacutelcio por idosos atendidos no programa de atendimento multidisciplinar agrave sauacutede do idoso 2010 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade do Extremo Sul Catarinense Criciuacutema 2010Disponiacutevel emlthttp200181527bitstreamhandle1140Mariana20Vaterkemper20Fernandespdfsequence=1gt Acesso em 21 abr 2013 FISBERG R M MARCHIONI D M L COLUCCI A C A Avaliaccedilatildeo do consumo alimentar e da ingestatildeo de nutrientes na praacutetica cliacutenica Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 53 n 5 p 627-654 jun 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfabemv53n514pdfgt Acesso em 30 de set de 2013 FLORA A P L DICHI I Aspectos atuais na terapia nutricional da doenccedila inflamatoacuteria intestinal Revista Brasileira de Nutriccedilatildeo Cliacutenica Satildeo Paulo v 21 n 2 p131-7 2006 Disponiacutevel em lthttpxayimgcomkqgroups24540475920552574namedoenC383C2A7a+inflamatC383C2B3ria+intestinal+e+terapia+nutricional+2006pdfgt Acesso em 26 mar 2013 FRANCHI K M B MONTENEGRO JUNIOR R M Atividade fiacutesica uma necessidade para a boa sauacutede na terceira idade Revista Brasileira em Promoccedilatildeo da Sauacutede Fortaleza v 18 n 3 p152-156 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwredalycorgarticulooaid=40818308gt Acesso em 19 de out de 2013 FRANCO L M Educaccedilatildeo Nutricional na terceira idade Alteraccedilotildees Fisioloacutegicas e Alimentaccedilatildeo Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlt httpconferenciasredeunidaorgbrindexphpredeunidaru10paperview2456gt Acesso em 15 de out 2013 FRISANCHO A R New norms of upper limb fat and muscle areas for assessent of nutritional status The American Journal of Clinical Nutrition v 34 p 2540-2545 1981 GALESI L F et al Perfil alimentar e nutricional de idosos residentes em moradias individuais numa instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no leste do estado de Satildeo Paulo Revista de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo Araraquara v19 n3 p 283-290 julset 2008 Disponiacutevel em lthttp20014571150seerindexphpalimentosarticleview632530gt Acesso em 20 de out de 2013
77
GALLAGHER D et al Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex The American Journal Clinical Nutrition Printed in USA vol 72 n 3 p694ndash701 2000 GUEDES DP GONCcedilALVES LAVV Impacto da Praacutetica habitual de Atividade Fiacutesica no perfil Lipiacutedico de adultos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia Satildeo Paulo v 51 n1 p 72-78 2007 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfabemv51n108pdfgt Acesso em 21 de abr 2013 GUEDES DP LOPES CC GUEDES JERP Reprodutibilidade e validade do Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica em Adolescentes Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 11 n 2 p 151-158 Marccedilabr 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev11n2a11v11n2pdfgt acesso em 24 de mai 2013 INSTITUTO MINEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA Hiperdia 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwimepencomhiperdiagt Acesso em 20 abr 2013 KUMPEL D A et al Obesidade em idosos acompanhados pela estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 20 n3 p 471-477 JulSet 2011 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdftcev20n307pdfgt Acesso em 15 de mar 2013 LACERDA N C SANTOS S S C Avaliaccedilatildeo nutricional de idosos um estudo bibliograacutefico Rev RENE Fortaleza v 8 n 1 p 60-70 janabr2007 Disponiacutevel em lthttprepositoriofurgbr8080xmluibitstreamhandle11857AvaliaC3A7C3A3o20nutricional20de20idosos20um20estudo20bibliogrC3A1ficopdfsequence=1gt Acesso em 20 mar 2013 LACOURT M X MARINI L L Decreacutescimo da funccedilatildeo muscular decorrente do envelhecimento e a influecircncia na qualidade de vida do idoso uma revisatildeo de literatura Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 3 n 1 p114-121 janjul 2006 Disponiacutevel emlt httpwwwupfbrseerindexphprbceharticleview5144gt Acesso em 05 de out de 2013 LEBRAtildeO M L O envelhecimento no Brasil aspectos da transiccedilatildeo demograacutefica e epidemioloacutegica Revista Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 4 n 17 p 135-140 ago set 2007 Disponiacutevel emlt httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem2559pdfgt Acesso em 24 mar 2013 LEON M et al Percepccedilatildeo da inseguranccedila alimentar em famiacutelias com idosos em Capinas Satildeo Paulo Caderno de Puacuteblica Rio de Janeiro v21 n 1 p1433-1410 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv21n516pdf Acesso em 02 out 2013 MACHADO J S Perfil nutricional e funcional de idosos atendidos em um ambulatoacuterio de nutriccedilatildeo da policliacute-nica Joseacute Paranhos Fontenelle na cidade do Rio de Janeiro Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 10 p 57-73 2006 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47972702gt Acesso em 05 de out de 2013
78
MADEIRA M C et al Atividade fiacutesica no deslocamento em adultos e idosos do Brasil prevalecircncias e fatores associados Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v29 n 1 p 165-174 jan 2013 Disponiacutevel emlt httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cachel0y4OnZr76sJscholargooglecom+MADEIRA+atividade+fisica+2013amphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 05 out 2013
MAGALHAtildeES L M R Relaccedilatildeo entre Sauacutede Oral e Nutriccedilatildeo em Idosos 2011 49 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Dentaacuteria) Universidade Fernando Pessoa Porto Alegre 2011 Disponiacutevel emlt httpbdigitalufpptbitstream1028424023Tpdfgtacesso em 15 mar 2013 MALTA M B PAPINI S J CORRENTE J E Avaliaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo de idosos de municiacutepio paulista ndash aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v18 n 2 p 377-384 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfcscv18n209pdfgt acesso em 30 de set de 2013 MARTINS W P et al Resistecircncia agrave insulina em mulheres com siacutendrome dos ovaacuterios policiacutesticos modifica fatores de risco cardiovascular Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Rio de Janeiro v 31 n 3 mar 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrscielophppid=S010072032009000300002ampscript=sci_arttextamptlng=ESgt Acesso em 01 out 2013
MARUCCI D M et al Hipertensatildeo arterial referida e indicadores antropomeacutetricos de gordura em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 57 n 1 p 25-30 2011 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdframbv57n1v57n1a11pdfgt Acesso em 15 fev 2013 MASSON C R et al Prevalecircncia de sedentarismo nas mulheres adultas da cidade de Satildeo Leopoldo Rio Grande do Sul Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 21 n 6 p 1685-1694 nov dez 2005 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcspv21n605pdfgt Acesso em 20 de set 2013 MAZO G Z et al Aptidatildeo funcional geral e iacutendice de massa corporal de idosas praticantes de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Cineantropometria amp Desempenho Humano Florianoacutepolis v8 n4 p46-51 2006 Disponiacutevel emlthttpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cachehttpwwwportalsaudebrasilcomartigospsbidoso077pdfgt Acesso em 20 de set de 2013 MENDES M R S et al Situaccedilatildeo social do idoso no Brasil uma breve consideraccedilatildeo 2005 11 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Enfermagem na Sauacutede do Adulto) Escola de Enfermagem da Universidade de Satildeo Paulo - USP ndash Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfapev18n4a11v18n4pdfgt Acesso em 23 mar 2013 MENEZES T N MARUCCI M F N Valor energeacutetico total e contribuiccedilatildeo de percentual de calorias por macronutrientes da alimentaccedilatildeo de idosos domiciliados m Fortaleza Cearaacute Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 58 n1 p 33-40 nov dez 2012 MIZUNO J Perfil Bioquiacutemico da Glicose e Praacutetica de Atividade Fiacutesica nos Nipo-brasileiros de Segunda Geraccedilatildeo da Cidade de Bauru 2007 46 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Licenciatura Plena em Educaccedilatildeo Fiacutesica) - Departamento de
79
Educaccedilatildeo Fiacutesica da Faculdade de Ciecircncias da Universidade Estadual Paulista Bauru 2007 MONTENEGRO S M R S Efeitos de um programa de fisioterapia como promotor de sauacutede na capacidade funcional de mulheres idosas institucionalizadas 80 f 2006 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Educaccedilatildeo e Sauacutede) Centro de Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Fortaleza Cearaacute 2005 Disponiacutevel em httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheoICqZeWR7EJscholargooglecom+montenegro+silva++alimentaC3A7C3A3o+de+idososamphl=ptBRampas_sdt=05gt Acesso em 10 set 2013 MONTILLA R N G ALDRIGHI J M AVALIACcedilAtildeO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES NO CLIMATEacuteRIO Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache0pygmM5iqLIJscholargooglecom+relaC3A7C3A3o+de+estado+nutricional+e+consumo+alimentar+de+idososamphl=pt-PTampas_sdt=05gt Acesso em 08 de out de 2013 MOTA J et al Atividade fiacutesica e qualidade de vida associada aacute sauacutede em idosos participantes e natildeo participantes em programas regulares de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Satildeo Paulo v20 n3 p219-25 julset 2006 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheCBoCKJNge0oJscholargooglecom+idosos+atividade+fC3ADsicaamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 07 de out de 2013 MULLER N VIETZ V R Educaccedilatildeo em sauacutede e educaccedilatildeo nutricional aos idosos do centro de convivecircncia do idoso Andreacutes Chamorro (cci) no municiacutepio de dourados MS 2009 7 f Trabalhatildeo de Conclusatildeo de Curso ( Bacharel em Enfermagem) - Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul 2009 Mato Grosso do Sul Disponiacutevel em lt httpperiodicosuemsbrindexphpsemexarticleview2305980gt Acesso em 10 mar 2013 NASCIMENTO C M et al Estado nutricional e fatores associados em idosos do Municiacutepio de Viccedilosa Minas Gerais Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 27 n12 p 2409-2418 dez 2011 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610721ampindexSearch=IDgt Acesso em 25 mai 2013 NESELLO L A N TONELLI F O BELTRAME T B Constipaccedilatildeo intestinal em idosos frequentadores de um Centro de Convivecircncia no municiacutepio de Itajaiacute-SC Revista Ceres Rio de Janeiro v 6 n 3 p 151-162 2011 Disponiacutevel em httpwwwe-publicacoesuerjbrindexphpceresarticleviewFile21252113 Acesso em 20 abr 2013 PAIVA NETO A OLIVEIRA A SANTOS R O Comparaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal em idosos esportistas com idosos irregularmente ativos Revista Movimento amp Percepccedilatildeo Espiacuterito Santo do Pinhal v 8 n 11 p41-54 juldez 2007 Disponiacutevel emhttpswwwgooglecombrurlsa=tamprct=jampq=ComparaC3A7C3A3o+da+composiC3A7C3A3o+corporal+em+idosos+esportistas+com+idosos+irregular
80
mente+ativosampesrc=sampsource=webampcd=1ampved=0CC0QFjAAampurl=http3A2F2Fwwwresearchgatenet2Fpublication2F26488733_Comparao_da_composio_corporal_em_idosos_esportistas_com_idosos_irregularmente_ativosampei=kRttUsWfJMuDkQeRx4HgBQampusg=AFQjCNHiqsY74lFQzTDoK8SjKlR0YQnChA Acesso em 10 de out de 2013 NOBREGA A C L Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Atividade Fiacutesica e Sauacutede no Idoso Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 5 n 6 NovDez 1999 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev5n6v5n6a02pdfgt Acesso em 03 mar 2013 PAIXAtildeO M P P C BRESSAN J Caacutelcio e sauacutede osseacutea tratamento e prevenccedilatildeo Revista Sauacutede e Pesquisa v 3 n 2 p 237-246 maioago 2010 Disponiacutevel emlthttpwwwcesumarbrpesquisaperiodicosindexphpsaudpesqarticleview11911079gt Acesso em 12 de out de 2013 PADOVANI R M et al Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 19 n 2 p 741-760 novdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv19n609pdfgt Acesso em 15 set 2013 PEREIRA B C Radicais Livres uma nova abordagem PERISSINOTTO E et alAnthropometric measurements in the elderly Age and gender differences Br J Nutr v 87 n1 p177-186 2012 Disponiacutevel lthttpjournalscambridgeorgdownloadphpfile=2FBJN2FBJN87_022FS0007114502000430apdfampcode=7c9a31135d39e8d85eecd461067b11c3gt Acesso em 15 out 2013 PESSOA L M O P Adequaccedilatildeo nutricional da alimentaccedilatildeo servida aos idosos do instituto Satildeo Vicente de Paulo Vinculado ao laboratoacuterio itinerante PROEAC UEPB 2012 39 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharelado em Enfermagem) ndash Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universidade Estadual da Paraiacuteba Campina Grande 2012 Disponiacutevel em lthttpdspacebcuepbedubr8080jspuibitstream1234567897791PDF20-20Larrycya20Mahayana20Oliveira20Pessoapdfgt acesso em 05 mar 2013 PREVIDELLI A N et al Iacutendice de Qualidade da Dieta Revisado para populaccedilatildeo brasileira Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 45 n4 p 794-798 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrspv45n42523pdfgt acesso em 15 jun 2013 RAUEN M S Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de idosos institucionalizados Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v21 n3 p 303-310 MaiJun 2008 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrnv21n3a05v21n3pdf Acesso em 05 de out de 2013 REIS A E S SOUZA J A Atividade fiacutesica para idosos 36 f 2012 Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica Universidade do Vale do Rio Verde de Trecircs Coraccedilotildees Minas Gerais 2012 Disponiacutevel em httprevistasunincorbrindexphpiniciacaocientificaarticleviewFile424343 Acesso em 13 de set de 2013 RINALDI D B COELHO I Nutriccedilatildeo sauacutede e envelhecimento um estudo sobre o estado nutricional de mulheres que participam do projeto de extensatildeo ldquoUniversidade
81
da Idade Ativardquo Revista Unoesc amp Ciecircncia ndash ACBS Joaccedilaba v 2 n 1 p 67-74 2011 Disponiacutevel lthttpeditoraunoescedubrindexphpacbsarticleview665gt Acesso em 11 abr 2013 ROSA L B et al Odontogeriatria ndash a sauacutede bucal na terceira idade Revista da Faculdade de Odontologia ndash UPF Satildeo Paulo v 13 n8 p 82-86 maiago 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprfoarticleview599392gt Acesso em 08 Mar 2013 RUELA L C R SOUSA JUNIOR F A C Avaliaccedilatildeo nutricional e estilo de vida de adolescentes de uma escola puacuteblica da regiatildeo sul fluminense ndash RJ Revista Nutrir Gerais Ipatinga v 4 n 6 p 554-565 fevjul 2010 Disponiacutevel emlt httpwwwunilestemgbrnutrirgeraisdownloadsartigosvolume4edicao_06avaliacao_nutricional_estilo_vidapdfgt acesso em 20 de set de 2013 SALGADO C D S Mulher idosa a feminizaccedilatildeo da velhice Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 4 p 7-19 2002 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47162642gt Acesso em 01 de out de 2013 SAMPAIO L R Avaliaccedilatildeo nutricional e envelhecimento Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 17 n4 p 507-514 outdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv17n422898pdfgt Acesso em 15 de out de 2013 SANTOS D M SCHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 2 p 163-168 out 2004 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfrspv39n224037pdfgt Acesso em 25 de set de 2013 SANTOS LA S O fazer educaccedilatildeo alimentar e nutricional algumas contribuiccedilotildees para reflexatildeo Revista Ciecircncia e Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 17 n 2 p33-41 Fev 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_pdfamppid=S1413-81232012000200018amplng=enampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de ago 2013 SASS A et al Depressatildeo em idosos inscritos no Programa de Controle de hipertensatildeo arterial e diabetes mellitus Revista Acta Paul Enfermagem Satildeo Paulo v25 n1 p80-85 jul 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfapev25n1v25n1a14pdfgt Acesso em 25 fev 2013 SILVA A K Q et al Perfil nutricional de idosos assistidos em instituiccedilatildeo de longa permanecircncia na cidade de Natal RN Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro v 4 n 1 p 27-35 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwsbggorgbrprofissionaisarquivorevistavolume4-numero1artigo05pdfgt Acesso em 02 de out de 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA VI Diretriz Brasileira de Hipertensatildeo Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo V17 n1 p 7-9 2010 Disponiacutevel em httpwwwanadorgbrprofissionaisimagesVI_Diretrizes_Bras_Hipertens_RDHA_6485pdf Acesso em 10 de abr 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenccedilatildeo da aterosclerose Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 9-23 2007 Disponiacutevel em
82
http9epublicacoescardiolbrconsenso2007diretriz-DApdf Acesso em 15 abr 2013 SOMMACAL H M et al Percentual de perda de peso e dobra cutacircnea tricipital paracircmetros confiaacuteveis para o diagnoacutestico de desnutriccedilatildeo em pacientes com neoplasia periampolar - avaliaccedilatildeo nutricional preacute-operatoacuteria Rev HCPA amp Fac Med Univ Fed Rio Gd do Sul Rio Grande do Sul v n 3 p 290-295 2011 Disponiacutevel emlthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610030ampindexSearch=IDgt Acesso em 28 ago 2013 SOUSA V M C GUARIENTO M E Avaliaccedilatildeo do idoso desnutrido Revista Brasileira de Cliacutenica Meacutedica Satildeo Paulo v7 n1 p 46-49 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwobservatorionacionaldoidosofiocruzbrbiblioteca_artigos83pdfgt acesso em 15 de out de 2013 SPEROTO F M SPINELLI R B Avaliaccedilatildeo nutricional em idosos independentes de uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no municiacutepio de Erechim-RS Revista Cientiacutefica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missotildees Rio Grande do Sul v 34 n 125 p 105-116 marccedilo2010 Disponiacutevel emlt httpwwwuriceredubrnewsitepdfsperspectiva125_78pdfgt Acesso em 01 de out de 2013 SERRA (ES) Secretaria de Sauacutede Guia de Sauacutede 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwserraesgovbrsesaguia_da_saudegt Acesso em 15 abr 2013 SILVEIRA E A KAC G BARBOSA L S Prevalecircncia e fatores associados agrave obesidade em idosos residentes em Pelotas Rio Grande do Sul Brasil classificaccedilatildeo da obesidade segundo dois pontos de corte do iacutendice de massa corporal Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 25 n7 p1569-1577 Jul 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfcspv25n715pdfgt Acesso em 15 abr 2013 SIQUEIRA R L BOTELHO M I V COELHO F M G A velhice algumas consideraccedilotildees teoacutericas e conceituais Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v 7 n4 p899-906 2002 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdf0Dcscv7n414613pdfgt Acesso em 20 fev 2013 SCHRAMM J M A et al Transiccedilatildeo epidemioloacutegica e o estudo de carga de doenccedila no Brasil Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v9 n4 p897-908 2004 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcscv9n4a11v9n4pdfgt Acesso em 28 fev 2013 Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos - TACO 4 ed 2011 Disponiacutevel em lthttp wwwunicampbrnepatacotabelaphpgt Acesso em 09 de out 2012 TARTARI R T BUSNELLO F M NUNES C H A Perfil Nutricional de Pacientes em Tratamento Quimioteraacutepico em um Ambulatoacuterio Especializado em Quimioterapia Revista Brasileira de Cancerologia Satildeo Paulo v56 n 1 p 43-50 jun2010 Disponiacutevel emlthttphospitalhelioangotticomenviados201053222221pdfgt Acesso em 11 de out de 2013 TOSCANO J J O OLIVEIRA A C C Qualidade de Vida em idosos com distintos niacuteveis de atividade Fiacutesica Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo
83
v 15 n3 MaiJun2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev15n3a01v15n3pdfgt acesso em 01 mar 2013 TRAMONTINO V S Nutriccedilatildeo para idosos Revista de Odontologia da Universidade Satildeo Paulo v 21 n 3 p 258-267 setdez 2009 Disponiacutevel lthttpfilesbvsbruploadS1983-51832009v21n3a009pdfgt Acesso em 15 mar 2013 VERAS R Envelhecimento populacional e as informaccedilotildees de sauacutede do PNAD demandas e desafios contemporacircneos Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 23 n10 p 2463-2466 out 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv23n1020pdfgt Acesso em 25 fev 2013 ZAITUNE M P Fatores associados aacute praacutetica de atividade fiacutesica global e de lazer em idosos inqueacuterito de sauacutede no estado de Satildeo Paulo Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 26 n 8 p 1606-1628 set 2010 Disponiacutevel em httpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=557075ampindexSearch=IDgt Acesso em 15 set 2013 WENDPAP L L Iacutendice da qualidade da dieta de adolescentes e fatores associados Dissertaccedilatildeo (Mestre em Biociecircncias) Poacutes Graduaccedilatildeo em Biociecircncias Faculdade de Nutriccedilatildeo da Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabaacute 2012 Disponiacutevel em httpwwwsaudemtgovbruploaddocumento104indice-de-qualidade-da-dieta-de-adolescentes-e-fatores-associados-autora-loiva-lide-wendpap-5B104-140312-SES-MT5Dpdf Acesso em 25 ago 2013 WASHBURN RA SMITH KW JETTE A M JANNEY CA The Physical Activity Scale for the Elderly (PASE) Development and evaluation Journal of Clinical Epidemiology 1993
84
85
APEcircNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) participante
Na condiccedilatildeo de estudante do curso de Nutriccedilatildeo da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo
estou realizando uma pesquisa com o objetivo de analisar o estado nutricional relacionado aacute praacutetica
de atividade fiacutesica e a qualidade da dieta de idosos
Necessito de sua contribuiccedilatildeo para responder questotildees relacionadas ao niacutevel de atividade fiacutesica
exercida informar sobre seus haacutebitos alimentares atuais e tambeacutem da permissatildeo para mensuraccedilatildeo
do seu peso estatura valores de pregas cutacircneas circunferecircncia da cintura da panturrilha e do
braccedilo Sua participaccedilatildeo nesse estudo eacute voluntaacuteria e se vocecirc decidir natildeo participar ou quiser desistir
de continuar em qualquer momento tem absoluta liberdade de fazecirc-lo
Na publicaccedilatildeo dos resultados desta pesquisa sua identidade seraacute mantida no mais rigoroso sigilo
Seratildeo omitidas todas as informaccedilotildees que permitam identificaacute-lo (a)
Os benefiacutecios desse estudo estatildeo relacionados ao conhecimento do seu estado nutricional e
orientaccedilotildees relativas para a melhora do mesmo Os riscos que podem acontecer satildeo referentes agraves
medidas das pregas cutacircneas que podem provocar hematomas e vermelhidatildeo Mas para minimizar e
evitar esse transtorno as medidas seratildeo feitas por pesquisadores treinados e aptos para essa coleta
Quaisquer duacutevidas relativas agrave pesquisa poderatildeo ser esclarecidas por mim ndash Patriacutecia Helena Teixeira
ou pela professora responsaacutevel Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo atraveacutes do telefone 3331-
8500
Atenciosamente
_________________________ Nome do aluno(a)
____________________________ Local e data
_________________________ Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo
(professora responsaacutevel)
____________________________ Local e data
Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma coacutepia deste termo de
consentimento
_____________________________ Nome e assinatura do participante
______________________________ Local e data
86
APEcircNDICE B
PRONTUAacuteRIO
IDENTIFICACcedilAtildeO Nome _______________________________Sexo ( )F ( )M Idade______ AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA Paracircmetros Peso Altura de Gordura CB PCT CC CP
87
APEcircNDICE C
REGISTRO ALIMENTAR DATA__________
Refeiccedilatildeo Horaacuterio Local
Alimento Preparaccedilatildeo Quantidade
Desjejum
Colaccedilatildeo
Almoccedilo
Lanche
Jantar
Ceia
88
ANEXO A
QUESTIONAacuteRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FIacuteSICA VERSAtildeO CURTA
Fonte Mizuno 2007
89
ANEXO B
CIRCUNFERENCIA DO BRACcedilO DE ACORDO COM GEcircNERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
90
ANEXO C
PERCENTIS DA PREGA CUTAcircNEA TRICIPITAL SEGUNDO GENERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
91
ANEXO D
IacuteNDICE DE QUALIDADE DA DIETA REVISADO
Fonte Wendpap 2012
92
ANEXO E
DESCRICcedilAtildeO DAS PONTUACcedilOtildeES DO IQD-R
Fonte Wendpap 2012
PATRIacuteCIA HELENA TEIXEIRA
ESTADO NUTRICIONAL RELACIONADO Agrave PRAacuteTICA DE ATIVIDADE FIacuteSICA E QUALIDADE DA DIETA DE IDOSOS
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado aacute Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo como requisito obrigatoacuterio para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Nutriccedilatildeo
Aprovado em 04 de dezembro de 2013 por
________________________________________________________________
Prof Dra Mirian Patriacutecia C P Paixatildeo - Orientadora
_________________________________________________________________
Luciana Almeida Costa ndash Nutricionista e Especialista em Gestatildeo de Alimentos e
Alimentaccedilatildeo Coletiva
________________________________________________________________
Giuliana Rizzo Taveira ndash Nutricionista e Especialista em Nutriccedilatildeo Cliacutenica Funcional
AGRADECIMENTOS
Aacute minha orientadora professora Mirian Paixatildeo pela paciecircncia na orientaccedilatildeo
incentivo e inspiraccedilatildeo no amadurecimento dos meus conhecimentos gerados ao
longo do curso que tornaram possiacutevel a conclusatildeo deste trabalho e muito mais que
isso na realizaccedilatildeo de um sonho
Aacute todos os professores que foram tatildeo importantes ao longo do curso e contribuiacuteram
para o crescimento da minha paixatildeo pela ciecircncia da Nutriccedilatildeo Em especial meu
muito obrigada aacutes professoras Luciene Rabelo Ana Cristina Soares Kelly Amichi
Clauacutedia Cacircmara Alessandra Rodrigues e Michele Barrela
Aacute querida e competente nutricionista Luciana Almeida Costa que natildeo hesitou em me
ajudar em momentos tatildeo trabalhosos na realizaccedilatildeo deste trabalho e aos demais
nutricionistas da equipe de Alimentaccedilatildeo Escolar da SEDU ndash ES que de alguma
forma contribuiacuteram para o meu crescimento pessoal e profissional
As amigas especiais Abyla Josiane e Ingrid pelo incentivo companheirismo
desabafos e apoio constante
Agradeccedilo tambeacutem ao meu noivo Jefferson que de forma especial e carinhosa me
deu forccedila e coragem me apoiando nos momentos de dificuldades Valeu a pena
toda a distacircncia todo o sofrimento todas as renuacutencias valeu a pena esperar para
que juntos possamos colher bons frutos de todo nosso empenho
E dedico esta e demais conquistas aos meus amados pais Sebastiatildeo e Maria da
Penha aos meus irmatildeos Everton Helder e Leandro as minhas cunhadas-irmatildes
Aline e Julliethe e a minha preciosidade sobrinha-afilhada Aliacutecia que eacute o meu maior
presente
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo avaliar o estado nutricional e consumo alimentar a
partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo atividade fiacutesica
realizando comparaccedilatildeo entre estes Para realiza-lo foi selecionada uma amostra de
40 idosos no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe Serra-ES Dois encontros
foram realizados a fim de avaliar o estado nutricional niacutevel de atividade fiacutesica e
consumo alimentar atraveacutes da aplicaccedilatildeo do iacutendice de qualidade da dieta revisado
(IQD-R) Durante avaliaccedilatildeo nutricional foi realizada a afericcedilatildeo do peso e estatura
para realizaccedilatildeo do caacutelculo do iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da
cintura (CC) circunferecircncia do braccedilo (CB) circunferecircncia da panturrilha prega
cutacircnea tricipital e percentual de gordura corporal atraveacutes de biompedacircncia Para
avaliar o consumo alimentar atraveacutes do IQD-R foi coletado o registro alimentar de
trecircs dias de todos os indiviacuteduos e para mensurar o niacutevel de atividade fiacutesica foi
aplicado o questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ) Foram
avaliados 40 idosos sendo a amostra 100 do sexo feminino Quanto ao niacutevel de
atividade fiacutesica 32 (n=13) indiviacuteduos foram classificados com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e 68 (n=27) com niacutevel de atividade fiacutesica moderado No grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi constatado segundo IMC que apenas 769 (n=1)
se encontravam em eutrofia Em relaccedilatildeo aacute CC o grupo apresentou um valor meacutedio
equivalente ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas
Quanto ao de gordura corporal apenas 1111 (n=1) apresentaram valores
adequados No grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado em relaccedilatildeo ao IMC
4814 (n=13) apresentam eutrofia Em relaccedilatildeo a CC o valor meacutedio encontrado no
grupo equivale a um risco aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e 5185 (n=
14) dos indiviacuteduos do grupo apresentaram um de gordura corporal adequado
Quanto a avaliaccedilatildeo de CB CP e PCT tambeacutem pocircde ser observado melhores
resultados no grupo de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao grupo de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo Na avaliaccedilatildeo da
qualidade da dieta em geral obteve-se uma pontuaccedilatildeo meacutedia de 7592 que
caracteriza uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser observado que os
indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia
maior de iacutendice de qualidade (7688) quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo (7398) Diante do exposto conclui-se que os idosos que
praticam atividade fiacutesica moderadamente apresentam um melhor estado nutricional
quando comparados aos idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Em
relaccedilatildeo a qualidade da dieta verifica-se que em geral a populaccedilatildeo estudada
apresentou uma elevada pontuaccedilatildeo no qual caracteriza a dieta como ldquosaudaacutevelrdquo
Em suma eacute necessaacuteria a realizaccedilatildeo futura de estudos nutricionais em idosos
abrangendo outros assuntos ligados agrave nutriccedilatildeo que sejam pertinentes a este grupo
Palavras-chave Qualidade da dieta idosos estado nutricional
ABSTRACT
This study aimed to assess the nutritional status and dietary intake through the diet quality
index of elderly people that practicing or not physical activity and making comparison
between them To realize it we selected a sample of 40 subjects in the Health Committee of
the Elderly Jacaraipe Serra - ES Two meetings were held to assess the nutritional status
level of physical activity and food consumption by applying the diet quality index revised
(IQD-R) Nutritional assessment was performed during the measurement of weight and
height for calculation of body mass index (BMI) waist circumference (WC) arm
circumference (AC ) calf circumference triceps skinfold thickness and body fat percentage
biompedacircncia through To assess food intake through IQD -R was collected three days food
record of all individuals and to measure the level of physical activity we applied the
International Physical Activity Questionnaire short version (IPAQ) We evaluated 40 subjects
the sample being 100 female The level of physical activity 32 (n = 13) subjects were
classified as low level of physical activity and 68 (n = 27) with moderate level of physical
activity In the group with low physical activity level was determined using BMI only 769
(n = 1) were eutrophic In relation to waist circumference the group had a mean value equal
to the substantially increased risk of metabolic complications As for body fat only 1111
( n = 1 ) showed adequate In the group with moderate physical activity level in relation to
BMI 4814 (n = 13) had normal weight Compared to DC the average value found in the
group amounts to an increased risk of metabolic complications and 5185 ( n = 14 ) of
individuals from one group had adequate body fat Regarding the evaluation of arm
circumference Calf circumference and skinfold thickness also be observed better results in
the group of elderly patients with moderate level of physical activity when compared to the
group of older people with low level of physical activity In assessing the quality of the diet
in general we obtained an average score of 7592 featuring a healthy diet but can also
be observed that the individuals in the group with moderate level of physical activity had a
higher average index quality (7688) compared to those with low levels of physical activity
(7398) Given the above it is concluded that elderly people who practice physical activity
moderately have a better nutritional status compared to the elderly who have a low level of
physical activity Regarding the quality of the diet it appears that the general population has
a high score which characterizes the diet as healthy In short it is necessary to conduct
future studies of nutrition in the elderly covering other issues related to nutrition which are
relevant to this group
Keywords Quality of diet Elderly Nutritional status
LISTA DE SIGLAS
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
PCT ndash Prega Cutacircnea Tricipital
GC ndash Percentual de Gordura Corporal
CP ndash Circunferecircncia da Panturrilha
CC ndash Circunferecircncia da Cintura
CB ndash Circunferecircncia do Braccedilo
IQD-R ndash iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado
DCNT ndash Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
IPAQ ndash Questionaacuterio Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica
CEP ndash Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
SISVAN ndash Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional
PROEF ndash Programa de Orientaccedilatildeo ao Exerciacutecio Fiacutesico
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos) 35
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos 47
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos 47
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres
48
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
49
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra
53
Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica
53
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
58
Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
58
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
59
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
59
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
61
Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
61
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 19 2 REFERENCIAL TEORICO 21 21TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DCNT NO ENVELHECIMENTO 21 22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE 25 23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO 28 24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO 30 25 QUALIDADE DA DIETA 36 251 iacutendice de Qualidade da Dieta 36 252 Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel no Envelhecimento 37 253 Seguranccedila Alimentar 39 26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO 39 261 Iacutendice de Massa Corporal 40 262 Circunferecircncia do Braccedilo 41 263 Circunferecircncia da Cintura 41 264 Prega Cutacircnea Tricipital 41 265 Cinrcunferecircncia da Panturrilha 42 27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO 42 3 METODOLOGIA 45 31 DESENHO DE ESTUDO 45 32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO 45 33 ASPECTOS EacuteTICOS 46 34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA 46 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR 49 36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA 50 37 ANAacuteLISE DOS DADOS 52
53 4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS 53 42 DISCUSSAtildeO 62 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71
REFEREcircNCIAS 73 APEcircNDICE A 85
APEcircNDICE B 86
APEcircNDICE C 87
ANEXO A 88
ANEXO B 89
ANEXO C 90
ANEXO D 91
ANEXO E 92
19
1 INTRODUCcedilAtildeO
O Brasil vem apresentando claramente o envelhecimento da populaccedilatildeo nas uacuteltimas
deacutecadas que pode ser explicado pela chamada transiccedilatildeo demograacutefica um
fenocircmeno caracterizado por reduccedilotildees progressivas nas taxas de mortalidade e
fecundidade Outro fenocircmeno que tambeacutem acompanha o envelhecimento da
populaccedilatildeo brasileira eacute a transiccedilatildeo epidemioloacutegica no qual apresenta uma elevaccedilatildeo
na incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ao mesmo tempo em que
ocorre uma reduccedilatildeo progressiva de doenccedilas infecto contagiosas (LEBRAtildeO 2007)
Paralelo agrave transiccedilatildeo epidemioloacutegica diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas naturais do
envelhecimento como elevaccedilatildeo do tecido adiposo diminuiccedilatildeo na sensibilidade da
insulina reduccedilatildeo da secreccedilatildeo do aacutecido cloriacutedrico aleacutem de alteraccedilotildees na percepccedilatildeo
do paladar tambeacutem contribuem diretamente para a ocorrecircncia de doenccedilas crocircnicas
natildeo transmissiacuteveis como o diabetes quadros de constipaccedilatildeo intestinal e sobrepeso
em idosos (BUENO et al 2008)
A sauacutede e a qualidade de vida e consequentemente a nutriccedilatildeo dos idosos tambeacutem
se encontram comprometidas com a alta incidecircncia de depressatildeo decorrentes na
maioria das vezes pela solidatildeo morte do conjugue dependecircncia de outras pessoas
para realizaccedilatildeo de simples tarefas cotidianas como a de se alimentar (LACERDA
SANTOS 2007)
Uma nova ferramenta que vem sendo utilizada para a avaliaccedilatildeo do consumo
alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) no qual se baseia na
comparaccedilatildeo das porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do
Guia alimentar para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo
da sauacutede atraveacutes da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de
nutrientes e obesidade (WENDPAP 2012)
Considerando todos estes aspectos relacionados agrave sauacutede e qualidade de vida dos
idosos eacute de suma importacircncia estudos relacionados agrave identificaccedilatildeo do estado
nutricional e do consumo alimentar desta populaccedilatildeo que mais cresce no mundo de
modo que se criem condiccedilotildees de formulaccedilatildeo de novas propostas de intervenccedilatildeo e
acompanhamento nutricional que auxiliem no tratamento e na prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis contribuindo assim tambeacutem para o aumento
da qualidade de vida (BUENO et al 2008)
20
Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e consumo
alimentar a partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo
atividade fiacutesica realizando comparaccedilotildees entre estes
21
2 REFERENCIAL TEORICO 21 TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DOENCcedilAS CROcircNICAS NAtildeO
TRANSMISSIacuteVEIS NO ENVELHECIMENTO
O mundo estaacute vivenciando um momento especial chamado momento demograacutefico
considerado um dos melhores devido agrave transiccedilatildeo demograacutefica que eacute caracterizada
pela diminuiccedilatildeo na taxa de mortalidade e tambeacutem reduccedilatildeo na taxa de natalidade o
que leva a uma inversatildeo na piracircmide populacional (ALVES 2008)
O processo de envelhecimento demograacutefico eacute facilmente identificado em todo o
mundo sendo esse processo mais significativo e acelerado nos paiacuteses em
desenvolvimento Segundo registros do IBGE no Brasil houve um aumento na
populaccedilatildeo de idosos de mais de trecircs por cento entre os anos de 1970 e 1990
(SIQUEIRA BOTELHO COELHO 2002)
Muler e Vietz (2009) relatam que segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede satildeo
considerados idosos indiviacuteduos com idade igual ou superior a 60 anos e Marucci e
outros (2011) afirmaram que atraveacutes do censo do ano de 2010 os indiviacuteduos nesta
faixa etaacuteria representam cerca de 11 da populaccedilatildeo brasileira que gira em torno de
21 milhotildees de idosos
O aumento da populaccedilatildeo idosa tem sido relativo agrave expansatildeo da expectativa de vida
da populaccedilatildeo brasileira que apresentou um aumento de 337 anos na deacutecada 50
para 5099 anos no ano de 1990 e passou para 6625 anos em 1995 e a expectativa
eacute que chegue a 7708 entre os anos de 2020 e 2025 (SIQUEIRA BOTELHO
COELHO 2002)
A taxa de natalidade tambeacutem eacute um processo que colabora para a transiccedilatildeo
demograacutefica e a sua reduccedilatildeo vem mostrando natildeo ter ligaccedilatildeo direta com as
condiccedilotildees econocircmicas das famiacutelias que optaram por natildeo ter ou ter um nuacutemero
reduzido de filhos pelo contraacuterio essa queda de fecundidade vem acontecendo por
livre escolha dos casais (ALVES 2008)
Anualmente cerca de milhares de novos idosos satildeo inseridos na populaccedilatildeo
brasileira e com isso haacute uma alteraccedilatildeo no quadro da mortalidade que antes era de
uma populaccedilatildeo mais jovem para uma sobrecarga de doenccedilas caracteriacutesticas da
22
terceira idade como doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e muacuteltiplas que levam a
quadros de internaccedilatildeo por longos anos que exigem ainda cuidados constantes
Esse quadro leva a um aumento nas despesas de tratamento meacutedico e de
internaccedilotildees hospitalares o que gera grandes desafios para o governo que se ver
obrigado a criar planos estrateacutegicos para a prestaccedilatildeo de cuidados e para a
prevenccedilatildeo das doenccedilas comumente a terceira idade (VERAS 2007)
A alta carga de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis caracteriza tambeacutem a chamada
transiccedilatildeo epidemioloacutegica esse processo envolve principalmente a reduccedilatildeo de
doenccedilas transmissiacuteveis e do mesmo modo ocorre o aumento de doenccedilas natildeo
transmissiacuteveis a transiccedilatildeo de casos de morbimortalidades da populaccedilatildeo mais
jovens para a populaccedilatildeo mais idosa alteraccedilatildeo de um quadro de mortalidade da
populaccedilatildeo para um quadro de morbidades (SCHRAMM et al 2004)
Pode-se observar uma relaccedilatildeo niacutetida entre transiccedilatildeo demograacutefica e transiccedilatildeo
epidemioloacutegica com a reduccedilatildeo das doenccedilas infecciosas que em tempos atraacutes era a
principal causa de mortalidade a taxa de mortalidade de populaccedilatildeo mais jovem
reduziu e em contrapartida esses ldquojovensrdquo passam a conviver com os fatores de
riscos para doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que se tornam mais comum com a
vivecircncia dos anos de vida adicionais decorrente da transiccedilatildeo demograacutefica
(CHAIMOWICZ 1997)
A alteraccedilatildeo na carga de doenccedilas que mais atinge a populaccedilatildeo para a prevalecircncia
de doenccedilas crocircnicas natildeo degenerativas e suas complicaccedilotildees leva aacute evidentes
alteraccedilatildeo na utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede puacuteblica em que envolve principalmente
aumento de custos para promover o tratamento meacutedico adequado destas
enfermidades com isso se faz necessaacuterio agrave implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que
possam suprir esse quadro (SCHRAMM 2004)
As principais doenccedilas crocircnicas que acometem os idosos satildeo o diabetes mellitus
hipertensatildeo arterial dislipidemias e obesidade O diabetes Mellitus trata-se de uma
patologia de etiologias muacuteltiplas podendo ser representado atraveacutes da ausecircncia ou
reduccedilatildeo na siacutentese de insulina e na falha dos efeitos da atividade da insulina Eacute
caracterizado por alteraccedilotildees no metabolismo dos carboidratos o que leva a uma
hiperglicemia Este estado de hiperglicemia por um longo periacuteodo pode acarretar em
danos disfunccedilotildees ou ateacute mesmo falecircncias em diversos oacutergatildeos (BRASIL 2011a)
23
O tratamento do diabetes mellitus se baseia em uma educaccedilatildeo permanente a
respeito das modificaccedilotildees de haacutebitos como a incorporaccedilatildeo da praacutetica de atividade
fiacutesica suspensatildeo de fumo e de bebidas alcooacutelicas incorporaccedilatildeo de haacutebitos
alimentares mais saudaacuteveis e em alguns casos a utilizaccedilatildeo de medicamentos e de
insulina exoacutegena (BRASIL 2011a)
A hipertensatildeo arterial eacute uma patologia que tambeacutem apresenta etiologia multifatorial e
eacute caracterizada pelo aumento nos niacuteveis pressoacutericos associados a diversas
alteraccedilotildees metaboacutelicas como hipertrofia cardiacuteaca considerando valores pressoacutericos
anormais igual ou maiores que 14090 mmHg (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA 2010)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial baseia-se no alcance do
peso ideal que eacute representando por valores inferiores de IMC a 249kg msup2 e perda
de medida da circunferecircncia da cintura alcanccedilado medidas inferiores a 102 cm para
homens e 88cm para as mulheres uma vez que vaacuterios estudos demostraram uma
ligaccedilatildeo direta entre peso corporal e pressatildeo arterial apresentando uma elevaccedilatildeo
linear aleacutem do encorajamento da reduccedilatildeo da ingestatildeo de sal A relaccedilatildeo entre
pressatildeo arterial e ingestatildeo de soacutedio eacute niacutetida devido a chamada sensibilidade ao sal
sendo assim a ingestatildeo de sal de cozinha deve ser limitada a 5 gramas diariamente
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2010 )
A Dislipidemia eacute caracterizada atraveacutes de alteraccedilotildees nas taxas de lipiacutedios no
sangue podendo ser classificada em Hipercolesterolemia Isolada no qual ocorre
somende a elevaccedilatildeo do LDL em valores igual ou acima de 160mgdl
hipertrigliceridemia Isolada representada pelo aumento somente nos valores
trigliceriacutedeos no sangue em valor igual ou acima de 150mgdl hiperlidemia mista no
qual ocorre elevaccedilatildeo nos valores de LDL e trigliceriacutedeos e HDL baixo representando
pela reduccedilatildeo do HDL seacuterico nos valores menores que 40mgdl para homens e
50mgdl para mulheres (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da dislipidemia eacute voltado para a terapia nutricional
atraveacutes de planejamento alimentar adequado que vise a reduccedilatildeo na ingestatildeo de
gorduras principalmente de colesterol e de gorduras saturadas e consequentemente
na reduccedilatildeo de lipiacutedicos seacutericos A reduccedilatildeo da ingestatildeo de colesterol ocorre atraveacutes
da diminuiccedilatildeo no consumo de produtos de origem animal incluindo viacutesceras
embutidos e leites e derivados integrais entre outros alimentos A diminuiccedilatildeo do
24
consumo de gordura saturada se daacute atraveacutes da reduccedilatildeo no consumo de alimentos
principalmente de origem animal tais como carnes com gorduras e leites integrais
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico de dislipidemias tambeacutem engloba a praacutetica de
atividade fiacutesica regularmente no qual leva a reduccedilatildeo de trigliceriacutedeo plasmaacutetico e
elevaccedilatildeo de HDL-C seacuterico e o abandono do fumo O tratamento medicamentoso eacute
empregado quando as mudanccedilas no estilo de vida natildeo alcanccedilam um resultado
satisfatoacuterio ou quando se precisa de resultados raacutepidos para a reversatildeo do quadro
de dislipidemia com isso haacute a administraccedilatildeo de medicamentos hipolipemiantes que
atuam impedindo a siacutentese intracelular de colesterol aumentando os receptores de
LDL no fiacutegado que leva haacute uma maior captaccedilatildeo de colesterol circulante
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
A ocorrecircncia de excesso de peso em idosos geralmente eacute diagnosticada atraveacutes do
Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizando o ponto de corte de igual maior que 27
kgmsup2 (SILVEIRA KAC BARBOSA 2009) O excesso de massa gorda no corpo
humano tem trazido diversas complicaccedilotildees metaboacutelicas tornando um problema de
sauacutede puacuteblica que atinge diversos paiacuteses em todo o mundo natildeo distinguindo paiacuteses
desenvolvidos ou em desenvolvimento A obesidade eacute um integrante do grupo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que cada vez se torna mais prevalente na
sociedade aleacutem disso a proacutepria condiccedilatildeo de obesidade eacute um grande fator de risco
para o desenvolvimento de outras doenccedilas crocircnicas como diabetes mellitus e
hipertensatildeo arterial (KUMPEL et al 2011)
O tratamento da obesidade deve ter como objetivo principal a reduccedilatildeo de peso seja
esta meta alcanccedilada atraveacutes de tratamento dieteacutetico atraveacutes da incorporaccedilatildeo de
uma alimentaccedilatildeo adequada dentro recomendaccedilatildeo energeacutetica para cada paciente ou
farmacoloacutegico no qual se emprega o uso de medicamentos que agem diminuindo a
fome aumentando a saciedade ou ainda alterando os mecanismos de digestatildeo e
absorccedilatildeo de nutrientes ou o tratamento para a obesidade pode ser ainda ciruacutergico
no qual a reduccedilatildeo de peso eacute decorrente de alguma intervenccedilatildeo ciruacutergica (BORGES
NONINO SANTOS 2006)
A atual situaccedilatildeo demograacutefica do nosso Paiacutes requer uma mudanccedila de caraacuteter
emergencial na atenccedilatildeo agrave sauacutede dos idosos brasileiros Essa alteraccedilatildeo deve
envolver propostas modernas que possa fazer com que o sistema de sauacutede do paiacutes
25
ganhe e tambeacutem com que os idosos possam utilizar-se dos serviccedilos puacuteblicos de
modo a promover o aumento da qualidade nestes anos extras de vida pois mesmo
que o Brasil esteja apresentando um perfil demograacutefico semelhante ao perfil de
paiacuteses desenvolvidos o paiacutes em geral natildeo dispotildee de serviccedilos que possa suprir esse
novo perfil da populaccedilatildeo brasileira (VERAS 2007)
Entretanto jaacute pode ser verificado algumas accedilotildees voltadas a essa nova populaccedilatildeo
idosa como a criaccedilatildeo por parte do Governo de centros de convivecircncia de idosos
que incluem as mais diversas atividades como o objetivo de minimizar a solidatildeo e
aumentar a qualidade de vida (TOSCANO OLIVEIRA 2009)
22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE
De um modo geral a velocidade do crescimento da populaccedilatildeo idosa natildeo
acompanha a velocidade de implantaccedilatildeo e desenvolvimento de accedilotildees
governamentais voltadas para este puacuteblico sendo assim nos uacuteltimos anos pode-se
observar o crescente aumento de estudos que objetivam criar suportes para o
desenvolvimento de programas e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para o bem estar dessa
populaccedilatildeo (MENDES et al 2005)
Segundo Gonccedilalves e outros (2007) a criaccedilatildeo e execuccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas para
a populaccedilatildeo idosa implica em contradiccedilotildees uma vez que ainda haacute uma grande falha
na implantaccedilatildeo de poliacuteticas primaacuterias que possam favorecer por exemplo a
educaccedilatildeo e o emprego e o governo jaacute vem dando ecircnfase a poliacuteticas puacuteblicas para a
populaccedilatildeo no fim da vida
Mesmo assim o envelhecimento populacional estaacute em evidencia em diversas
organizaccedilotildees internacionais que lutam por investimentos financeiros que possa
garantir o envelhecimento da populaccedilatildeo de modo igualitaacuterio e com qualidade uma
vez que haacute uma grande diferenccedila no modo de se tratar idosos em paiacuteses em
desenvolvimento e paiacuteses desenvolvidos (GONCcedilALVES 2007)
No Brasil a preocupaccedilatildeo e atenccedilatildeo com qualidade de vida dos idosos teve grande
avanccedilo atraveacutes da implantaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (1993) no qual
defende a integraccedilatildeo definitiva do idoso na sociedade em 1994 ocorreu a
26
implantaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional do Idoso que tem como principal objetivo assegurar
os direitos sociais dessa populaccedilatildeo (BENEDETTI 2007)
No ano de 2003 o governo brasileiro sancionou o Estatuto do Idoso que visa
garantir os direitos reservados aos idosos com idade igual ou superior a sessenta
anos entre eles o Art 3 que assegura que
Eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia da comunidade da sociedade e do Poder Puacuteblico assegurar ao idoso com absoluta prioridade a efetivaccedilatildeo do direito agrave vida agrave sauacutede agrave alimentaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo agrave cultura ao esporte ao lazer ao trabalho agrave cidadania agrave libertada agrave dignidade ao respeito e agrave convivecircncia familiar e comunitaacuteria (BRASIL 2010a p11-169)
Quanto aacute sauacutede o estatuto garante que o Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS deve
assegurar agrave atenccedilatildeo integral a sauacutede do idoso utilizando-se de serviccedilos de para
prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede dando ecircnfase as doenccedilas
que mais atingem a populaccedilatildeo idosa (Brasil 1994)
Diante dessas diversas poliacuteticas implantadas pode-se observar claramente que nem
todos os direitos nestas estabelecidas satildeo realmente alcanccedilados na realidade
brasileira sendo assim a criaccedilatildeo oue implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas e
realizaccedilatildeo de accedilotildees para um envelhecimento saudaacutevel ainda estaacute em pleno
acontecimento Essas conquistas geralmente estatildeo ocorrendo atraveacutes da criaccedilatildeo de
programas para idosos como centros de vivecircncias campanhas de vacinaccedilatildeo
atividades de lazer programas de exerciacutecios fiacutesicos entre outros (BENEDETTI
2007)
Eacute possiacutevel observar uma crescente elevaccedilatildeo em todo o mundo na implantaccedilatildeo de
programas ao incentivo a praacutetica de atividade fiacutesica destinada a toda a populaccedilatildeo
incluindo os idosos No Brasil esse crescimento eacute niacutetido apoacutes a implantaccedilatildeo dos
Programas de Sauacutede da Famiacutelia que possibilitou a criaccedilatildeo de programas de
orientaccedilatildeo ao exerciacutecio fiacutesico em conjunto com as Prefeituras (BENEDETTI 2007)
O municiacutepio de Serra no estado do Espiacuterito Santo Brasil conta com diversos
programas municipais relacionados a promoccedilatildeo de sauacutede e qualidade de vida do
idosos entre os essenciais satildeo destacados o programa de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico (PROEF) no qual trata-se de um programa indicado inicialmente para os
idosos mas que alcanccedilou uma grande plenitude tendo como objetivo atual atingir o
27
puacuteblico jovem e adulto uma vez que o programa tem representando uma grande
participaccedilatildeo na prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas crocircnicas principalmente o
Diabetes Mellitus hipertensatildeo e Obesidade (SERRA 2012)
Outra ferramenta de controle do diabetes e hipertensatildeo no municiacutepio da Serra eacute o
monitoramento que acontece com esses indiviacuteduos nas Unidades de Sauacutede por
meio de atendimento multidisciplinar e oferecimento de materiais e medicamentos
para o controle destas doenccedilas como o fornecimento de insulina para pacientes que
necessitam do uso exoacutegeno de insulina (SERRA 2012)
Para melhorar a nutriccedilatildeo dos idosos o muniacutecipio da Serra disponibiliza para
indiviacuteduos com mais de 55 anos um quilo de leite em poacute desnatado por mecircs
enriquecido com caacutelcio atraveacutes do Programa de Suplemento Alimentar para o Idoso
(PSAI) que atende indiviacuteduo com mais de 55 anos e com renda de ateacute 40 do
salaacuterio miacutenimo per capta Os objetivos primordiais do programa satildeo alcanccedilar a
reduccedilatildeo de gastos com internaccedilotildees hospitalares ter um controle maior do diabetes
e hipertensatildeo aleacutem de promoccedilatildeo da qualidade de vida dessa faixa etaacuteria da
populaccedilatildeo serrana (SERRA 2012)
Com intuito de promover o controle das principais doenccedilas crocircnicas o Ministeacuterio da
Sauacutede em 2011 criou o Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial
e ao Diabetes Mellitus aprovado pela PortariaGM ndeg 16 de 03012002 no qual satildeo
definidas accedilotildees para prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede para indiviacuteduos hipertensos e
diabeacuteticos cadastrados no Sistema Uacutenico de Sauacutede (BRASIL 2011sup2)
Dentro do Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo aacute Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes
Mellitus criou-se o Programa Hiperdia atraveacutes da Portaria nordm 371GM Em 04 de
marccedilo de 2002 que visa o cadastramento e acompanhamento de todos os
indiviacuteduos portadores de hipertensatildeo e diabetes atraveacutes de um sistema
informatizado em todas as unidades de sauacutede O Hiperdia conta com uma equipe
multidisciplinar que envolve cardiologias nefrologistas dentista farmacecircutico
educador fiacutesico nutricionista e assistente social para atender todos os participantes
do programa conforme suas necessidades aleacutem da disponibilizaccedilatildeo de
medicamentos gratuitos para o controle destas patologias (INSTITUTO MINEIRO DE
ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA 2008)
23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO
28
O processo envelhecimento eacute caracterizado como um sistema contiacutenuo que
apresenta alteraccedilotildees fisioloacutegicas em oacutergatildeos e sistemas do corpo humano sendo
assim um a adesatildeo aacute um estilo de vida saudaacutevel pode levar a promoccedilatildeo da
qualidade de vida e consequentemente reduzir a velocidades destas alteraccedilotildees
fisioloacutegicas quem em muitas vezes leva a incapacidade e a dependecircncia por partes
dos idosos (NOBREGA et al 1999)
O processo natural do envelhecimento provoca diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas no
organismo no qual envolve alteraccedilotildees anatocircmicas e funcionais que refletem
diretamente na sauacutede desta populaccedilatildeo (CAMPO MONTEIRO ORNELAS 2000)
Aleacutem de dificultar a vivencia do indiviacuteduo idoso em seu meio que podem acelerar o
caminho para a morte (CHOCHAMOVITZ citado por PESSOA 2012)
O estado nutricional do indiviacuteduo tem importante papel no envelhecimento uma vez
que o controle das doenccedilas comumente a velhice como doenccedilas crocircnicas
relacionam-se diretamente com o estado nutricional Sendo assim a nutriccedilatildeo eacute de
suma importacircncia para localizaccedilatildeo de fatores de riscos para o desenvolvimento de
doenccedilas e de mortalidade entre os idosos (NASCIMENTO et al 2011)
Geralmente as alteraccedilotildees no estado nutricional do idoso influenciam
especificamente em algumas doenccedilas o baixo peso por exemplo estaacute em muitas
vezes relacionado com doenccedilas respiratoacuterias e o excesso de peso relacionado com
doenccedilas cardiovasculares e o diabetes (NASCIMENTO et al 2011)
O organismo envelhecido tambeacutem apresenta diversas alteraccedilotildees que afetam a
nutriccedilatildeo do indiviacuteduo idoso como a reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica basal alteraccedilotildees
no sistema digestoacuterio alteraccedilotildees na palatibilidade e na percepccedilatildeo da sede aleacutem da
redistribuiccedilatildeo da massa corporal com a reduccedilatildeo progressiva da massa magra e
aumento do tecido adiposo que afetam diretamente no consumo alimentar e no
estado nutricional da populaccedilatildeo idosa respectivamente (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
A alteraccedilatildeo da palatibilidade eacute comumente encontrada em cerca de 80 da
populaccedilatildeo idosa decorrente da diminuiccedilatildeo da percepccedilatildeo de gosto pelas papilas
gustativas devido a diminuiccedilatildeo na quantidade de bototildees gustativos (ROSA et al
2008)
29
Grandes alteraccedilotildees satildeo encontradas no sistema gastro-intestinal mas em geral o
funcionamento do intestino do pacircncreas e do fiacutegado satildeo encontrados com elevada
capacidade funcional as grandes alteraccedilotildees acontecem atraveacutes da atrofia da
mucosa gaacutestrica o que leva a diminuiccedilatildeo da siacutentese do aacutecido cloriacutedrico e do fator
intriacutenseco que consequentemente leva a menor absorccedilatildeo da vitamina B12 aleacutem da
reduccedilatildeo do gosto (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
As alteraccedilotildees gastrointestinais refletem principalmente na dificuldade absortiva de
micronutrientes (BHUTTO citado por TRAMONTINO et al 2009) e na dificuldade da
digestatildeo que levam ao aparecimento constante de gases mal estar constipaccedilatildeo
que pioram com uma alimentaccedilatildeo inadequada pobre em fibras comumente aos
haacutebitos alimentares dessa populaccedilatildeo (TRAMONTINO et al 2009)
As alteraccedilotildees no trato gastro-intestinal podem resultar tambeacutem na constipaccedilatildeo
intestinal que tambeacutem possui relaccedilatildeo direta com a alimentaccedilatildeo fatores psicoloacutegicos
fatores fiacutesicos e o uso de medicamentos podem ainda levar a maiores complicaccedilotildees
como distensatildeo abdominal cacircncer de coloacuten hemorroidas fiacutestula anal entre outras
patologias que vatildeo interferem diretamente tambeacutem na qualidade de vida dos idosos
(RAMOS citado por NESELLO TONELLI BELTRAME 2011)
A constipaccedilatildeo intestinal eacute definida atraveacutes da constataccedilatildeo de menos de trecircs
episoacutedios de evacuaccedilatildeo no periacuteodo de uma semana com a presenccedila de esforccedilo
sensaccedilatildeo de obstruccedilatildeo e presenccedila de fezes endurecidas de acordo com o consenso
de Roma III (LONGSTRETH et al citado por NESELLO TONELLI BELTRAME
2011)
Segundo Bosshard e outros citado por Nesello e outros(2004) a prevalecircncia da
constipaccedilatildeo intestinal eacute maior na populaccedilatildeo idosa o que nos jovens chegando a
atingir cerca de 20 dos idosos no geral e a sua prevalecircncia eacute ainda maior nas
mulheres do que nos homens
A intoleracircncia a glicose eacute uma caracteriacutestica bastante encontrada nos idosos no qual
possivelmente eacute decorrente da diminuiccedilatildeo da produccedilatildeo hormonal e do aumento no
nuacutemero de ceacutelulas adiposas frente a ceacutelulas musculares Com o diagnoacutestico da
intoleracircncia a glicose o tratamento eacute realizado apenas atraveacutes de uma dieta
equilibrada (TRAMONTINO et al 2009)
30
O diabetes mellitus tipo 2 estaacute entre as principais doenccedilas crocircnicas prevalentes na
sociedade atualmente e que atinge na sua maioria os idosos Aleacutem de ser uma das
causas principais de doenccedilas cardiovasculares (MENDES et al 2011)
Durante o processo de envelhecimento os processos de catabolismo e anabolismo
tambeacutem se encontram diferenciados no qual o catabolismo supera todos os
processos de anabolismo fazendo com que os oacutergatildeos tenham suas funccedilotildees
diminuiacutedas atraveacutes da reduccedilatildeo de ceacutelulas e ainda existem vaacuterias alteraccedilotildees
bioquiacutemicas que contribuem para a morte de ceacutelulas como a accedilatildeo de radicais livres
(TRAMONTINO 2009)
Os radicais livres satildeo moleacuteculas consideradas instaacuteveis uma vez que possuem um
nuacutemero iacutempar de eleacutetrons esse fato faz com que estas moleacuteculas procurem alguma
outra moleacutecula para capturarem um eleacutetron e se tornarem estaacuteveis podendo levar
consequentemente a degeneraccedilatildeo celular tecidual e orgacircnica (PEREIRA 2012)
Aleacutem das alteraccedilotildees fisioloacutegicas os fatores socioeconocircmicos tambeacutem exercem uma
importante influencia na sauacutede dos idosos o que envolve tambeacutem o consumo
alimentar (CAMPOS 2000)
24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO
Diversos estudos defendem a ideia de que a nutriccedilatildeo possui um caraacuteter
insubstituiacutevel na promoccedilatildeo do aumento de qualidade de vida devendo assim ser
associada a outros meacutetodos para garantir a eficaacutecia deste processo atraveacutes da
prevenccedilatildeo e controle de diversas patologias (CARVALHO et al 2003 DOBNER
BLASI KIRSTEN 2012)
A alimentaccedilatildeo adequada eacute imprescindiacutevel em qualquer faixa etaacuteria eacute a partir da
alimentaccedilatildeo que alcanccedilamos a capacidade de realizar diversas accedilotildees no dia a dia
desde a mais simples como estudar ateacute as mais complexas como a praacutetica de
exerciacutecios fiacutesicos Dentre as vaacuterias importacircncias da alimentaccedilatildeo a ingestatildeo de
nutrientes adequada eacute de suma importacircncia para um envelhecimento saudaacutevel
(FERNANDES 2010)
Em decorrecircncia da transiccedilatildeo epidemioloacutegica a nutriccedilatildeo ganhou um amplo espaccedilo
no campo da prevenccedilatildeo de doenccedilas e estados fisioloacutegicos comumente encontrados
31
em idosos decorrentes ao processo natural do envelhecimento e de outros agravos
como a alta incidecircncia no uso de diversos medicamentos A ingestatildeo adequada de
fibras relacionadas com uma ingestatildeo adequada de aacutegua por exemplo auxilia na
prevenccedilatildeo e tratamento da constipaccedilatildeo intestinal aumentando a qualidade de vida
Diversos estudos apontam que um consumo entre 20 e 40 gramas diariamente
associado a ingestatildeo adequada de aacutegua leva a uma melhora consideraacutevel no quadro
de constipaccedilatildeo (BECKENKAMP 2010)
Campos e outros relatam (2009) que os fatores psicossociais comuns aos idosos
como perda do cocircnjuge solidatildeo falta de renda depressatildeo entre outros satildeo os
principais fatores externos que contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo nesta populaccedilatildeo
uma vez que a maioria desses consomem em meacutedia menos de 1000kcaldia de
correntes da ingestatildeo de alimentos de menor custos e de maior facilidade de
preparo
A baixa renda com que a maioria dos idosos vive e que influencia diretamente no
consumo alimentar tambeacutem estaacute ligada a exclusatildeo desse grupo no mercado de
trabalho mesmo que muitos apresentem capacidade funcional e motora condizentes
com muitos trabalhos disponiacuteveis a idade muitas vezes acaba por ser o grande
obstaacuteculo para a conquista da vaga e consequentemente para o aumento da renda
que em muitos casos eacute composta apenas pela aposentadoria e ou pensotildees
(NOGUEacuteS citado por CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
O relacionamento social tambeacutem eacute um grande influenciador no consumo alimentar
segundo Campos e outros (2000) a solidatildeo vivenciada pelo idoso leva ao
esquecimento do cuidado com si mesmo sendo assim a alimentaccedilatildeo natildeo ganha
muita atenccedilatildeo sendo preparada de forma inadequada sem atentar para a qualidade
e quantidade suficiente Muitas vezes a alimentaccedilatildeo eacute composta por alimentos de
faacutecil preparo que inclui normalmente alimentos industrializados pobres em
nutrientes essenciais para o organismo idoso
A preocupaccedilatildeo com a nutriccedilatildeo do idoso cresceu atraveacutes de vaacuterios estudos que
demonstraram que a desnutriccedilatildeo e o sobrepeso predominam em indiviacuteduos idosos e
que este quadro eacute resultante das condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem aleacutem
de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
32
De acordo Sass (2010) cerca de 15 a 20 de idosos apresentam algum sintoma
depressivo A prevalecircncia da depressatildeo varia de acordo com fatores a idade sexo e
fatores sociais Esse quadro de depressatildeo eacute bastante preocupante tambeacutem pelo fato
de estar relacionado diretamente com o Estado Nutricional dos idosos uma vez que
haacute alteraccedilotildees no sistema neuroloacutegico que tambeacutem eacute responsaacutevel pelos mecanismos
da fome e ansiedade podendo assim resultar em desnutriccedilatildeo ou obesidade Aleacutem
dessas consequecircncias relacionadas agrave nutriccedilatildeo alguns estudos indicam tambeacutem a
depressatildeo como um fator para doenccedilas cardiovasculares
Diversos estudos tambeacutem apontam que a nutriccedilatildeo dos idosos pode ser influenciada
negativamente pelo fato da incapacidade e ou dificuldades da realizaccedilatildeo de
atividades cotidianas sozinhas como o simples fato de cozinhar aleacutem das
alteraccedilotildees motoras que tambeacutem podem piorar a preparaccedilatildeo dos alimentos e o seu
proacuteprio consumo Os aspectos emocionais como perda de cocircnjuge e depressatildeo
tambeacutem contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo por levar a reduccedilatildeo do apetite ou por
aumentar a recusa por alimentos (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
Diversos estudos demonstram uma reduccedilatildeo progressiva do valor energeacutetico da
alimentaccedilatildeo dos idosos que ao mesmo tempo apresenta um aumento no consumo
de carboidratos principalmente os chamados simples que pode contribuir para o
aparecimento ou complicar doenccedilas crocircnicas como o diabetes (MENEZES
MARUCCI 2012)
De acordo com Tramontino e outros (2009) um grande fator que tambeacutem afeta a
nutriccedilatildeo do idoso eacute a sauacutede bucal uma vez que uma condiccedilatildeo inadequada da boca
como a falta de denticcedilatildeo consequentemente leva a dificuldade de mastigaccedilatildeo que
leva a um consumo alimentar alterado que interfere diretamente em uma adequada
nutriccedilatildeo Aleacutem disso a sauacutede bucal e a nutriccedilatildeo acabam formando um ciclo onde
interfere no outro pois uma nutriccedilatildeo inadequada decorrente por falta de denticcedilatildeo ou
por outra caracteriacutestica leva a problemas na sauacutede bucal e a maiores perdas de
denticcedilatildeo
A nutriccedilatildeo tem relaccedilatildeo direta com a sauacutede bucal uma vez que a alimentaccedilatildeo pode
influenciar diretamente no aparecimento de caacuteries na perda dos esmaltes dos
dentes e no desenvolvimento em geral da denticcedilatildeo que assim podem levar ao
aparecimento de dores lesotildees doenccedilas periodontal que consequentemente
poderatildeo levar a mudanccedilas tambeacutem na alimentaccedilatildeo (MAGALHAtildeES 2011)
33
Devido a diversas patologias comumente encontradas nos idosos o uso de
medicamentos por esta populaccedilatildeo eacute grande e o consumo elevador de
medicamentos podem levar a alteraccedilotildees na cavidade oral como xerostomia
candidiacutease entre outras alteraccedilotildees (MAGALHAtildeES 2011)
Segundo Andrade (2009) a condiccedilatildeo da boca como o nuacutemero de dentes
adequados ou o uso de proacuteteses pode influenciar nas escolhas dos alimentos e ateacute
mesmo no seu modo de preparo o que influencia diretamente nos haacutebitos
alimentares dos idosos
Castilhos e Padilha (2002) afirmaram que a denticcedilatildeo pode influenciar as pessoas em
trecircs campos fisioloacutegico psicoloacutegico e social No aspecto fisioloacutegico os dentes
podem influenciar na alimentaccedilatildeo do individuo por meio do processo de mastigaccedilatildeo
dos alimentos que interferem diretamente na ingestatildeo de nutrientes na manutenccedilatildeo
corpoacuterea e ateacute mesmo no prazer em se alimentar
A diminuiccedilatildeo da saliva decorrente do processo natural do envelhecimento aleacutem de
comprometer a manutenccedilatildeo da cavidade oral por estar ter uma accedilatildeo na limpeza da
cavidade e por ter um efeito antimicrobiano tambeacutem influencia diretamente na
mastigaccedilatildeo na formaccedilatildeo do bolo alimentar e tambeacutem na digestatildeo e absorccedilatildeo dos
alimentos uma vez que com a reduccedilatildeo da saliva haacute tambeacutem a diminuiccedilatildeo da
siacutentese de amilase salivar (ROSA et al 2008)
O elevado uso de medicamentos tambeacutem pode interferir na absorccedilatildeo de diversos
nutrientes na interaccedilatildeo chamada de droga-nutriente e ainda a medicaccedilatildeo pode
influenciar na ingestatildeo alimentar uma vez que muitos podem levar a anorexia
alteraccedilotildees na percepccedilatildeo do gosto e do odor naacuteuseas vocircmitos e ainda as
adaptaccedilotildees na alimentaccedilatildeo dos idosos devido agrave incapacidade de mastigaccedilatildeo de
alguns alimentos comumente leva a carecircncias nutricionais principalmente atraveacutes
da reduccedilatildeo na ingestatildeo de Vitaminas dentre elas vitamina C e B12 essenciais ao
bom funcionamento orgacircnico (MAGALHAtildeES 2011)
Para estimar as necessidades nutricionais dos idosos deve se levar em
consideraccedilatildeo diversos fatores como as alteraccedilotildees fisioloacutegicas condiccedilatildeo da sauacutede
em geral frequecircncia de exerciacutecio fiacutesico fatores psicoloacutegicos e fatores
socioeconocircmicos sendo assim uma adequada nutriccedilatildeo deve envolver todos estes
fatores de forma a alcanccedilar suas reais necessidades e deve se ainda dar atenccedilatildeo as
34
diferenccedilas das recomendaccedilotildees nutricionais para adultos e idosos Os idosos
apresentam uma necessidade energeacutetica menor que os adultos uma vez que ocorre
a reduccedilatildeo do metabolismo basal decorrente das alteraccedilotildees da composiccedilatildeo corporal
reduccedilatildeo da massa magra e aumento de tecido adiposo (TRAMONTINO et al 2009)
As recomendaccedilotildees nutricionais dos idosos natildeo satildeo totalmente estabelecidas devido
as constantes alteraccedilotildees fisioloacutegicas desta populaccedilatildeo por isso os valores de
recomendaccedilotildees usados satildeo os mesmos valores de referecircncias usados para os
adultos (HESEKER SCHNEIDER 1994 citado por ARANHA et al 2000)
Magalhatildees (2011) afirmou que mesmo que o sobrepeso seja prevalente em grande
parte da populaccedilatildeo idosa a principal preocupaccedilatildeo relacionada agrave nutriccedilatildeo desta
populaccedilatildeo eacute a desnutriccedilatildeo uma vez que vaacuterios fatores levam a reduccedilatildeo na ingestatildeo
alimentar destes indiviacuteduos
De acordo Barbosa (2012) os idosos tambeacutem incorporaram novos haacutebitos
alimentares assim como toda a populaccedilatildeo nos uacuteltimos anos com o aumento do
consumo de alimentos industrializados realizaccedilatildeo de refeiccedilotildees fora de casa Sendo
assim a educaccedilatildeo nutricional se mostra como uma grande ferramenta para a
promoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis podendo contribuir para prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas comumente a populaccedilatildeo idosa
Segundo Muller e Vietz (2009) a educaccedilatildeo nutricional eacute uma parte da nutriccedilatildeo
voltada ao aprendizado na adequaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo de haacutebitos alimentares em todas
as fases da vida desde a infacircncia ateacute a velhice
Diversos autores engajaram haacute anos discussotildees sobre a importacircncia da educaccedilatildeo
nutricional principalmente no campo de promoccedilatildeo da sauacutede Essa importacircncia foi
crescendo a ponto de ser encontradas nos principais documentos de poliacuteticas
puacuteblicas ligadas a alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo como o Programa Fome Zero (SANTOS
2012)
Considerando todas as alteraccedilotildees fisioloacutegicas e psicoloacutegicas provenientes do
envelhecimento que dificultam em muitas vezes o consumo alimentar o processo de
educaccedilatildeo nutricional deve estar presente na ida do idoso de modo que estes tenham
conhecimento dessas principais alteraccedilotildees e de alternativas para contornar os
efeitos dessas alteraccedilotildees e tornar o ato de se alimentar mais prazeroso (FRANCO
2012)
35
Segundo Montenegro e Silva para que a alimentaccedilatildeo atenda as necessidades de
gasto energeacutetico de indiviacuteduos idosos eacute necessaacuterio que haja adequaccedilatildeo da dieta
aleacutem disso a associaccedilatildeo de uma alimentaccedilatildeo adequada com a praacutetica de atividade
fiacutesica regular pode promover benefiacutecios a sauacutede do idoso contribuindo tambeacutem para
a melhora do funcionamento dos processos metaboacutelicos ligados ao exerciacutecio bem
como auxiliar na recuperaccedilatildeo de lesotildees contribuindo assim para o aumento de
massa muscular e condicionamento fiacutesico
Na tabela 1 esta demostrado as recomendaccedilotildees nutricionais mais usadas
atualmente para os idosos e que satildeo provenientes da Dietary Reference Intakes
(DRI) na qual trata-se de uma revisatildeo dos valores de recomendaccedilotildees nutricionais
adotada em diversos paiacuteses (PADOVANI et al 2006)
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos)
EAR RDA AMDR Homens Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 30 _ Mulheres Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 21 _ Fonte Padovani et al 2006 Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos
nutricionais
25 QUALIDADE DA DIETA
251 iacutendice de qualidade da dieta
Aranha e outros (2000) afirmaram que a idade e a nutriccedilatildeo satildeo dois fatores
diretamente relacionados com o aparecimento e a gravidade de patologias os
idosos por exemplo apresentam uma reduccedilatildeo do funcionamento do sistema imune
devido a idade que pode ser piorado com uma maacute nutriccedilatildeo
Eacute evidente a importacircncia de uma alimentaccedilatildeo adequada para os idosos diversos
estudos demonstram uma relaccedilatildeo direta entre a dieta e o surgimento de doenccedilas
crocircnicas em idosos como hipertensatildeo arterial e diabetes (BARBOSA 2012)
36
A avaliaccedilatildeo do consumo alimentar que subsidia uma intervenccedilatildeo nutricional
adequada especiacutefica eacute um instrumento de muita eficaacutecia poreacutem de difiacutecil aplicaccedilatildeo
Vaacuterios estudos veem tentando criar instrumentos capazes de responder aos
desafios impostos pela complexidade da dieta humana Os meacutetodos de investigaccedilatildeo
do consumo de alimentos a serem utilizados dependem do objetivo do estudo e se
as estimativas seratildeo individuais ou para grupos populacionais sendo que cada
meacutetodo apresenta vantagens e desvantagens (WENDPAP 2012)
Com o aumento da incidecircncia de patologias relacionadas principalmente com os
haacutebitos alimentares tecircm se dado mais atenccedilatildeo a avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
de indiviacuteduos e populaccedilotildees um meacutetodo que vem sendo proposto para analisar a
ingestatildeo alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta (IQD) que foi adaptado para a
populaccedilatildeo brasileira e revisado por Previdelli e outros (2011)
O Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) se baseia na avaliaccedilatildeo das
porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do Guia alimentar
para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes
da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de nutrientes e obesidade
Previdelli e outros (2011) afirma que o IQD-R pode ser de grande auxiacutelio para a
avaliaccedilatildeo do consumo alimentar de diversas faixas etaacuterias aleacutem de promover
subsiacutedios para o planejamento de accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede como
intervenccedilatildeo e educaccedilatildeo nutricional
O IQD-R avalia doze componentes sendo nove grupos alimentares dois satildeo
nutrientes e um grupo de calorias proveniente de gordura soacutelida aacutelcool e accediluacutecar de
adiccedilatildeo (Gord_AA) Os grupos alimentares satildeo ldquoFrutas Totaisrdquo(inclui frutas e sucos
de frutas naturais) ldquoFrutas integraisrdquo (exclui sucos de frutas) ldquoVegetais Totaisrdquo
ldquoVegetais Verdes Escuros e Alaranjados e Leguminosasrdquo (este uacuteltimo soacute eacute pontuado
apoacutes atingir-se a pontuaccedilatildeo maacutexima de carnes ovos e leguminosas)ldquoCereais
Totaisrdquo (inclui raiacutezes e tubeacuterculos) ldquoCereais Integraisrdquo ldquoLeite e Derivadosrdquo(inclui
inclusive bebidas agrave base de soja) ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo ldquoOacuteleosrdquo (inclui as
gorduras mono e poliinsaturadas oacuteleos das oleaginosas e gordura de peixe) Os
nutrientes incluem ldquoSoacutediordquo e ldquoGordura saturadardquo O valor do IQD-R pode variar entre
0 e 100 sendo que os escores mais altos indicam que a ingestatildeo alimentar estaacute
proacutexima das recomendaccedilotildees (MOTA et al 2008 WENDPAP 2012)
37
252 Alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento
Segundo o manual brasileiro referente agrave alimentaccedilatildeo saudaacutevel para a pessoa idosa
publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede em 2009 dez passos devem ser seguidos como
forma de orientaccedilatildeo para alcanccedilar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento o
que inclui
bull Realizaccedilatildeo de pelo menos trecircs refeiccedilotildees e dois lanches saudaacuteveis ao longo
do dia evitando ficar sem alimentar por muito tempo dando preferecircncia a
alimentos de faacutecil mastigaccedilatildeo como frutas amassadas ou picadas e carnes
desfiadas ou moiacutedas devido agraves dificuldades de mastigaccedilatildeo e degluticcedilatildeo
comumente encontradas em idosos decorrente da perda de dentes e da
diminuiccedilatildeo da saliva
bull Inclusatildeo de seis porccedilotildees diaacuterias de cerais e tubeacuterculos dando preferecircncias
aos alimentos integrais uma vez que os alimentos integrais possuem um alto
teor de fibras que contribuem tambeacutem para um adequado funcionamento do
intestino
bull Trecircs porccedilotildees de legumes e verduras nas grandes refeiccedilotildees diariamente
Estes alimentos satildeo fontes principais de vitaminas minerais e fibras
bull Trecircs porccedilotildees ou mais de frutas nas sobremesas e nos lanches diariamente
As frutas tambeacutem satildeo importantes fontes de fibras e vitaminas e devem
incrementar os lanches saudaacuteveis ao longo do dia
bull Consumo de arroz e feijatildeo em pelo menos cinco dias da semana A
combinaccedilatildeo desses alimentos resulta em uma ingestatildeo de proteiacutena completa
bull Trecircs porccedilotildees diaacuteria de leite e derivados e uma porccedilatildeo de carnes aves
peixes ou ovos dando preferecircncia a carnes magras O leite e seus derivados
satildeo importantes fontes de caacutelcio um mineral essencial na manutenccedilatildeo do
tecido oacutesseo As carnes satildeo fontes de ferro e de proteiacutena de alto valor
bioloacutegico
bull Reduccedilatildeo da quantidade de sal nas refeiccedilotildees devido a grande prevalecircncia de
hipertensatildeo arterial encontrada em toda a populaccedilatildeo brasileira e em especial
em idosos
38
bull Ingestatildeo de pelo menos dois litros de aacutegua no qual equivale
aproximadamente aacute seis ou oito copos meacutedio Uma ingestatildeo de aacutegua
adequada eacute essencial para um bom funcionamento orgacircnico
bull Reduccedilatildeo no consumo de refrigerantes sucos industrializados biscoitos
recheados e doces em geral Estes alimentos industrializados possuem
geralmente em sua composiccedilatildeo um grande teor de soacutedio que contribui para o
aumento da pressatildeo arterial aleacutem de possuiacuterem tambeacutem grande quantidade
de conservantes
bull Reduccedilatildeo no consumo de bebidas alcooacutelicas e realizaccedilatildeo de praacutetica de
atividade fiacutesica regular por pelo menos trinta minutos diariamente O consumo
de aacutelcool estaacute diretamente relacionado ao ganho de peso e a diversos
prejuiacutezos aacute sauacutede como problemas hepaacuteticos por exemplo A praacutetica de
atividade fiacutesica regular traz inuacutemeros benefiacutecios agrave sauacutede como controle do
peso e prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis
Outras orientaccedilotildees tambeacutem satildeo de suma importacircncia para que o idoso tenha
condiccedilotildees de se realizar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel diariamente
bull A mesa de refeiccedilatildeo deve ser posta de forma simples de forma a facilitar a
realizaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pelo idoso
bull Deve haver um contraste entre toalha da mesa e utensiacutelios afim de que se
facilite a visatildeo do indiviacuteduo e consequentemente facilite a sua alimentaccedilatildeo
bull Os utensiacutelios a serem utilizados pelos idosos devem ser simples de modo
que o seu manuseio seja faacutecil e natildeo apresente riscos elevados de quebra
253 Seguranccedila Alimentar
O termo seguranccedila alimentar estaacute relacionado ao acesso a uma alimentaccedilatildeo
adequada em niacutevel qualitativo e quantitativo de forma a atender as necessidades
individuais enquanto que o termo de inseguranccedila alimentar engloba vaacuterios fatores
deste a preocupaccedilatildeo em adquirir o alimento a perda da qualidade e diversidade dos
alimentos (FAZZIO 2012)
39
Diversos estudos vecircm apontando os crescentes casos de inseguranccedila alimentar que
vem atingindo os idosos que interferem em uma adequada nutriccedilatildeo e
consequentemente interferem na sauacutede desta populaccedilatildeo (LEON et al 2005)
A prevalecircncia de residecircncias de idosos que apresentam inseguranccedila alimentar eacute
cada vez mais encontrada em todo o mundo nos Estados Unidos essa prevalecircncia
varia 6 a 16 em Campinas a inseguranccedila alimentar chegou a atingir 52 das
residecircncias com idosos (LEON et al 2005)
Os indiviacuteduos idosos que apresentam inseguranccedila alimentar e nutricional dentro de
suas residecircncias tem maiores chances de possuir deficiecircncias nutricionais
decorrente da inadequada ingestatildeo de diversos nutrientes incluindo principalmente
caacutelcio vitamina A e proteiacutena quando comparados a idosos que vivem em seguranccedila
alimentar (ROSE OLIVEIRA 1991 citado por BARBOSA et al 2013)
26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO
Para traccedilar o diagnoacutestico do estado nutricional de idosos muitos indicadores que
satildeo utilizados para avaliaccedilatildeo da antropometria de outras faixas etaacuterias tambeacutem
fazem parte deste diagnoacutestico como o peso e a altura que permitem a avaliaccedilatildeo do
iacutendice de massa corporal (IMC) Circunferecircncia do braccedilo (CB) Circunferecircncia da
Cintura (CC) e prega cutacircnea tricipital entretanto essa populaccedilatildeo ainda conta com
um indicador especiacutefico para avaliaccedilatildeo principalmente de perda de massa magra e
consequentemente desnutriccedilatildeo que eacute a Circunferecircncia da Panturrilha (CERVI
FRANCESCHINI PRIORE 2006)
Quanto aos indicadores observa-se assim uma vasta opccedilatildeo de utilizaccedilatildeo entretanto
as maiores dificuldades na precisatildeo do diagnoacutestico do estado nutricional do idoso
ficam por conta dos pontos de cortes especiacuteficos que em muitas vezes natildeo satildeo
estabelecidos para esta populaccedilatildeo que sofrem diversas alteraccedilotildees orgacircnicas e
funcionais (CERVI FRANCESCHINI PRIORE 2006)
261 Iacutendice de Massa Corporal O objetivo do iacutendice de massa corporal eacute avaliar a massa corporal em comparaccedilatildeo agrave
altura de forma simples e raacutepida utilizando apenas o peso em quilogramas e a
altura em metro quadrado (PERISSINOTTO et al 2002)
40
Sendo assim o uso deste indicador eacute muito frequente na avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica
de diversas populaccedilotildees Entretanto diversos estudos afirma a necessidade de
associar o diagnoacutestico pelo IMC com outros indicadores uma vez que este natildeo
diferencia a massa corporal ou seja natildeo identifica a distribuiccedilatildeo de tecido adiposo e
tecido muscular (PERISSINOTTO et al 2002)
Quanto aos pontos de corte utilizados do IMC para idosos o Ministeacuterio da Sauacutede
atraveacutes do Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
sugere a utilizaccedilatildeo de uma faixa de normalidade entre o valores de 22kgmsup2 e
27kgmsup2 sendo classificados como baixo peso indiviacuteduos idosos que apresentem
IMC inferior a 22kgmsup2 e como sobrepeso indiviacuteduos que apresentem uma valor
acima de 27kgmsup2 natildeo havendo pontos de cortes que defina o niacutevel de desnutriccedilatildeo
e niacutevel de obesidade (SAMPAIO 2006)
Uma grande dificuldade encontrada na utilizaccedilatildeo do IMC para idosos eacute decorrente
da insensibilidade deste indicador quanto ao decreacutescimo de estatura aumento de
tecido adiposo e aumento da massa muscular e quantidade de aacutegua corporal que
satildeo alteraccedilotildees comumente encontradas no envelhecimento (SANTOS SICHIERI
2005)
262 Circunferecircncia do Braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo reflete a composiccedilatildeo corporal total incluindo tecido oacutesseo
massa muscular e tecido adiposo e possibilita a aplicaccedilatildeo de outros indicadores
como a circunferecircncia muscular do braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo (CB) em idosos tende a diminuir devido agrave perda de massa
magra tiacutepico da idade e tambeacutem pelo deslocamento da gordura para regiatildeo central
na avaliaccedilatildeo deste indicador relaciona-se o valor encontrado com o valor meacutedio para
a idade do indiviacuteduo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA GONZALES
2013)
263 Circunferecircncia da Cintura A medida circunferecircncia da cintura eacute um indicador essencial uma vez que atraveacutes
deste eacute possiacutevel verificar uma possiacutevel localizaccedilatildeo acumulada de tecido adiposo
41
nessa regiatildeo e uma circunferecircncia da cintura elevada revela possiacuteveis riscos
cardiovasculares e metaboacutelicos (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
Em relaccedilatildeo aos pontos de cortes natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica para a utilizaccedilatildeo
em idosos o que dificulta a precisatildeo do diagnoacutestico nutricional uma vez que o
aumento de gordura na regiatildeo abdominal eacute comum em idosos devido a
redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo que acontece em maiores proporccedilotildees pelo
deslocamento desse tecido dos membros para a regiatildeo central do tronco (PAIVA
NETO OLIVEIRA SANTOS 2007)
264 Prega Cutacircnea Tricipital
A afericcedilatildeo da prega cutacircnea tricipital e em geral todas as outras pregas cutacircneas
permitem identificar a quantidade de tecido adiposo subcutacircneo Trata-se de um
indicador sensiacutevel a desnutriccedilatildeo que permite avaliar os estoques de gordura
corporal Os pontos de cortes utilizados na avaliaccedilatildeo deste indicador vatildeo de acordo
com a medida obtida e a medida meacutedia (p50) de acordo com a idade do indiviacuteduo
(FIORE et al 2006)
Assim como na Circunferecircncia do braccedilo espera-se uma reduccedilatildeo do valor da prega
cutacircnea tricipital decorrente da redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo nesta populaccedilatildeo
estudada o que leva a reduccedilatildeo da precisatildeo deste indicador em relaccedilatildeo a
sensibilidade de desnutriccedilatildeo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
265 Circunferecircncia da Panturrilha A circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador utilizado geralmente para avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica de indiviacuteduos idosos por ser sensiacutevel a depleccedilatildeo muscular nesta
faixa etaacuteria e de faacutecil obtenccedilatildeo (SAMPAIO 2004)
Segundo Acunatilde e Cruz (2004) a circunferecircncia da panturrilha eacute o indicador mais
sensiacutevel agrave desnutriccedilatildeo em idosos sendo superior a outro indicador de suma
importacircncia que eacute a circunferecircncia do braccedilo
42
O valor circunferecircncia da panturrilha menor que 31 cm classifica-se como
desnutriccedilatildeo representando perda de massa muscular enquanto que achados acima
desse valor satildeo classificados como eutrofia (SPEROTTO 2010)
27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO
Caracteriza-se como atividade fiacutesica qualquer movimento do corpo que envolva a
contraccedilatildeo muscular e em qualquer ambiente seja em casa no trabalho ou ao ar
livre e alguns benefiacutecios podem aparecer mesmo com pouco tempo de praacutetica em
indiviacuteduos sedentaacuterios (ZAITUNE et al 2010)
A praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem eacute de fundamental importacircncia na prevenccedilatildeo de
diversas doenccedilas crocircnicas e em meio agrave transiccedilatildeo demograacutefica essa praacutetica se torna
ainda mais relevante Essa importacircncia pode ser verificada atraveacutes de um dos
objetivos do Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o enfrentamento das doenccedilas
crocircnicas natildeo transmissiacuteveis do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil no qual quer a busca
da promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes da praacutetica de exerciacutecio fiacutesico (MADEIRA et al 2013)
A falta de atividade fiacutesica principalmente em idosos pode complicar a perda de
massa magra que eacute comum em indiviacuteduos dessa faixa etaacuteria uma vez que
geralmente eacute decorrente das alteraccedilotildees hormonais principalmente pela reduccedilatildeo na
siacutentese de hormocircnios de crescimento de hormocircnios sexuais (MAGALHAtildeES 2011)
A atividade fiacutesica eacute reconhecida por inuacutemeros benefiacutecios aacute sauacutede de quem a pratica
e com os idosos natildeo eacute diferente eacute constatada uma melhora na qualidade de vida e
na sauacutede em geral o que consequentemente leva a reduccedilatildeo da probabilidade do
aparecimento de doenccedilas crocircnicas internaccedilotildees e morte (ZAITUNE et al 2010)
Fiatorone-Singh (1998) citado por Matsudo (2002) afirma que a praacutetica regular de
atividade fiacutesica possui grande influecircncia sobre as alteraccedilotildees na composiccedilatildeo corporal
comumente encontradas em idosos uma vez em que em diversos estudos foi
confirmada a hipoacutetese de que idosos ativos possuem um melhor estado nutricional
quando comparado a idosos sedentaacuterios em relaccedilatildeo a indicadores de peso iacutendice
de massa corporal gordura corporal e ainda relaccedilatildeo cintura-quadril
Os benefiacutecios da praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem estatildeo relacionados diretamente
com o aumento da capacidade funcional de idosos uma vez que a capacidade
43
funcional interfere na forccedila muscular que por sua vez eacute inteiramente dependente da
massa muscular Visto que a atividade fiacutesica contribui para fortalecimento da massa
muscular haacute consequentemente uma reduccedilatildeo na perda natural deste tecido
decorrente do envelhecimento (MATSUDO 2002)
A prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas atraveacutes da melhora do estado nutricional
relacionada ao aumento da capacidade funcional e outros benefiacutecios decorrentes da
praacutetica de atividade fiacutesica leva consequentemente a uma elevaccedilatildeo da qualidade de
vida do indiviacuteduo idoso que me muitas vezes se encontra comprometida
(MATSUDO 2002)
A falta da praacutetica de atividade fiacutesica vem sendo crescente em toda a populaccedilatildeo
mundial Masso e outros (2005) em seu estudo que identificava a prevalecircncia de
sedentarismo em mulheres relataram que somente 37 da sua populaccedilatildeo se
encontram ativas ou seja que tinham o haacutebito regular de praticar alguma atividade
fiacutesica
Ferreira e Gobi (2003) afirma que o excesso de peso natildeo estaacute relacionado somente
com um consumo alimentar inadequado uma vez que estudos recentes vecircm
comprovando que a obesidade adquirida ao longo de anos estaacute mais relacionada
com o sedentarismo do que uma ingestatildeo excessiva de alimentos
Os mecanismos que levam a atividade fiacutesica agrave prevenccedilatildeo e ao tratamento de
doenccedilas e agrave incapacidade funcional envolvem principalmente a reduccedilatildeo da
adiposidade corporal a queda da pressatildeo arterial a melhora do perfil lipiacutedico e da
sensibilidade agrave insulina o aumento do gasto energeacutetico da massa e da forccedila
muscular da capacidade cardiorrespiratoacuteria da flexibilidade e do equiliacutebrio
(FERREIRA GOBI 2003)
Segundo Toscano e Olivera (2007) os programas puacuteblicos criados para a promoccedilatildeo
de praacutetica de atividade fiacutesicas satildeo importantes para o aumento da qualidade de vida
seja atraveacutes dos benefiacutecios desta praacutetica e atraveacutes de um maior conviacutevio social que
afasta a solidatildeo
Matsudo (2002) relata que vaacuterios pesquisadores ressaltam a necessidade da
implantaccedilatildeo de programas voltados agrave praacutetica de atividade fiacutesica em todo mundo
uma vez que estes mesmo pesquisadores encontraram resultados bastante
satisfatoacuterios relacionados agrave praacutetica regular de atividade fiacutesica demostrando ainda
44
que esta praacutetica eacute essencial para diminuir as consequecircncias indesejaacuteveis na sauacutede
dos indiviacuteduos decorrentes do envelhecimento
Atualmente no mundo todo a prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e
outras intercorrecircncias na sauacutede provocadas pelo passar da idade natildeo poder estar
isolada da praacutetica de atividade fiacutesica (MATSUDO et al 2006)
Atraveacutes de vaacuterios resultados positivos evidenciados em diversos estudos que
abordaram a atividade fiacutesica e os benefiacutecios proporcionados a seus praticantes jaacute eacute
possiacutevel verificar o aumento de investimento de oacutergatildeo puacuteblicos e privados em
programas de incentivo e orientaccedilatildeo a praacutetica de atividade fiacutesica (FERREIRA GOBI
2003)
Hoje em dia diversas aacutereas dos oacutergatildeos puacuteblicos estatildeo investindo em programas de
incentivo a atividade fiacutesica principalmente para os idosos entretanto deve-se ter
cautela na execuccedilatildeo destes programas garantindo um espaccedilo fiacutesico adequado com
profissionais qualificados a fim de que se possa realmente alcanccedilar os objetivos
destes programas (BENEDETTI GONCcedilALVES 2007)
45
3 METODOLOGIA 31 DESENHO DE ESTUDO
Foi realizado um estudo descritivo transversal com uma abordagem qualitativa com
40 idosos cadastrados no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe muniacutecipio de
Serra participantes e natildeo participantes do programa municipal de orientaccedilatildeo ao
exerciacutecio fiacutesico realizado neste espaccedilo
O estudo ocorreu em dois encontros na primeira consulta ocorreu a identificaccedilatildeo do
paciente e a coleta de dados antropomeacutetricos Inicialmente foi realizado a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) e em
seguida foi realizada uma entrevista para o preenchimento do Prontuaacuterio contendo
os seguintes itens Identificaccedilatildeo do paciente e avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica (Apecircndice
B) e o paciente foi convidado ainda a realizar o registro alimentar de trecircs dias para
ser analisado na proacutexima consulta (Apecircndice C)
No segundo encontro que foi realizado uma semana apoacutes a primeira consulta foi
coletado o registro alimentar de trecircs dias e ainda foi aplicado o questionaacuterio
Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica do tipo IPAQ curto para classificaacute-los
quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica exercido pelos mesmos (Anexo A)
32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO
O Comitecirc de sauacutede do idoso trata-se de uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
registrada regularmente instituiacutedo por um grupo de idosos da regiatildeo mas conta com
o apoio da Prefeitura da Serra o proacuteprio espaccedilo fiacutesico eacute cedido pela prefeitura e
sendo assim o mesmo local recebe o Programa municipal de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico
Os idosos cadastrados no comitecirc contribuem com um valor singelo mensalmente
para que sejam criadas atividades recreativas para os mesmos como curso de
pintura bordado viagens e outros Atualmente existem cerca de cento e sessenta
idosos cadastrados no comitecirc e um grupo de oito idosos compotildeem a diretoria sendo
um presidente que planejam atividades e buscam apoio de entidades puacuteblicas e
privadas para realizaccedilatildeo de alguns serviccedilos e atividades
46
A principal atividade exercida pelos cadastrados eacute o PROEF que conta com um
educador fiacutesico que orienta os participantes do programa com ginaacutestica aeroacutebica
com duraccedilatildeo de uma hora por trecircs vezes na semana entretanto natildeo satildeo todos os
cadastrados no comitecirc de sauacutede do idoso que participam deste programa
33 ASPECTOS EacuteTICOS
Foi informado aos indiviacuteduos todos os procedimentos a serem realizados durante a
pesquisa antes de assinar o termo de consentimento livre e esclarecido conforme
as normas para realizaccedilatildeo de Pesquisa em seres humanos e atendendo aos
criteacuterios da Eacutetica da Pesquisa em Sauacutede segundo descrito na Resoluccedilatildeo 19696
(BRASIL 2002)
O Projeto de pesquisa do presente trabalho foi submetido ao Comitecirc de eacutetica e
Pesquisa da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo tendo sido aprovado
34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
As medidas antropomeacutetricas analisadas para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal
dos indiviacuteduos foram peso corporal altura percentual de gordura circunferecircncias
do braccedilo cintura panturrilha e prega cutacircnea tricipital
Para a coleta das medidas antropomeacutetricas foram utilizados os seguintes
instrumentos balanccedila de bioimpedacircncia da marca Tanitareg devidamente calibrada
com capacidade de 150 kg e precisatildeo de 100g adipocircmetro de marca Cescorf
devidamente calibrado com amplitude de 88 mm e precisatildeo de 01mm fita meacutetrica
natildeo elaacutestica da marca Sanny estadiocircmetro da marca Altura Exata e com precisatildeo
de 05cm
O indiviacuteduo foi pesado usando roupas leves sem sapatos e sem qualquer objeto de
metal com o auxiacutelio da balanccedila Tanitareg colocada numa superfiacutecie plana e riacutegida
pela qual se obteve aleacutem do peso os valores dos percentuais de gordura e de
aacutegua Ressalta-se a natildeo indicaccedilatildeo do uso da bioimpedacircncias em indiviacuteduos que
possuem em seu corpo algum material metaacutelico como marcapasso devido as
possiacuteveis falhas na passagem da corrente eleacutetrica (CONSELHO FEDERAL DE
MEDICINA 2009)
47
A altura foi determinada utilizando-se o estadiocircmetro sendo orientado ao paciente
permanecer descalccedilo em posiccedilatildeo ereta olhando para o horizonte com os
calcanhares unidos e apoiados agrave parte posterior do estadiocircmetro assim como a
parte posterior dos joelhos naacutedegas e escaacutepulas estando a cabeccedila posicionada
reta (BRASIL 2011c)
Na tabela 2 satildeo encontrado os resultados do IMC com base no peso e altura
aferidos do paciente usando a foacutermula IMC = Peso corporal (kg) Estatura (m)sup2
sendo este avaliado segunda a classificaccedilatildeo recomendado pelo Sistema de
Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos Classificaccedilatildeo IMC (kgmsup2) Risco de Comorbidades
Baixo Peso lt 22 Baixo Peso Normal 22 - 269 Meacutedio Sobrepeso ge270 - Fonte The Nutrition Screening Initiative (1994) citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e
Nutricional Orientaccedilotildees para coleta anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede
(2011)
Os valores de referecircncia utilizados para a classificaccedilatildeo do percentual de gordura
corporal de idosos segundo GALLAGHER et al (2000) encontram-se no tabela 3
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos
Classificaccedilatildeo Gordura Corporal ()
Homens Mulheres Baixo lt13 lt24
Adequado 13 ndash 249 24 - 359
Elevado 25 - 299 36 - 419
Muito Elevado ge 30 ge 42
Fonte GALLAGHER et al 2000 Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex
A circunferecircncia da cintura foi aferida com o paciente em peacute usando a fita meacutetrica
para circundar o indiviacuteduo no ponto meacutedio entre a crista iliacuteaca e a uacuteltima costela A
circunferecircncia da cintura (CC) foi utilizada com o objetivo de identificar o padratildeo de
distribuiccedilatildeo da massa adiposa pois eacute considerado o melhor indicador para a
48
avaliaccedilatildeo do risco de doenccedilas cardiovasculares e metaboacutelicas em estudos
epidemioloacutegicos (MARTINS et al 2009) Utilizaram-se os pontos de corte definidos
na Diretriz Brasileira de Obesidade (2010) e atualmente recomendados pelo
Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (tabela 4)
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres Risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas Homem Mulher
Aumentado ge 94 ge 80
Substancialmente aumentado ge 102 ge 88
Fonte WHO 2000 citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilotildees para coleta
anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede (2011)
A circunferecircncia do braccedilo foi mensurada com o individuo em peacute com o braccedilo
flexionado a 90 graus para determinaccedilatildeo do ponto meacutedio entre o acrocircmio e o
oleacutecramo e em seguida com o braccedilo estendido e relaxado ao longo do corpo
posicionando a fita no sentido horizontal para a obtenccedilatildeo da medida (COSTA 2012)
O resultado obtido foi comparado aos valores de referecircncia demonstrados na tabela
de percentis por Frisancho (1990) no anexo B A adequaccedilatildeo da CB foi determinada
atraveacutes da foacutermula Adequaccedilatildeo da CB ()= CB obtida (cm) CB percentil 50 x 100 e
o estado nutricional classificado de acordo com o tabela 5
Tabela 5 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a circunferecircncia do braccedilo
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por Sommacal 2011 A circunferecircncia da panturrilha eacute considerada um oacutetimo indicador antropomeacutetrico
para idosos uma vez que possibilita a identificaccedilatildeo de alteraccedilotildees da massa
muscular em idosos com um ponto de corte menor de 31 centiacutemetros como
indicador de desnutriccedilatildeo (ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE citado por
MOREIRA et al 2011)
49
A teacutecnica de mensuraccedilatildeo da prega cutacircnea tricipital foi preconizada por Lohman
(1991) citado por Sommacal e outros (2011) no qual indica que para a afericcedilatildeo da
prega cutacircnea tricipital deve ser realizado no mesmo ponto meacutedio utilizado para a
CB no qual deve-se separar levemente a prega do braccedilo natildeo-dominante
desprendendo-a do tecido muscular e aplicar o calibrador formando um acircngulo reto
O braccedilo deve estar relaxado e solto ao lado do corpo
O valor encontrado da prega cutacircnea tricipital foi comparado ao padratildeo de referecircncia
no anexo C e posteriormente foi calculado a adequaccedilatildeo da PCT atraveacutes da
equaccedilatildeo
Adequaccedilatildeo da PCT = PCT obtida PCT percentil 50 x 100 A adequaccedilatildeo da PCT foi
classificada segundo a tabela 6
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a 110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por lSommacal 2011 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR
No primeiro encontro os indiviacuteduos participantes receberam trecircs formulaacuterios para
realizaccedilatildeo do registro e orientaccedilotildees de como realizar o registro alimentar de trecircs
dias sendo que deveriam ser realizados em dias natildeo consecutivos contemplando
dois dias da semana e um dia do final de semana Cada participante deveria anotar
todos os alimentos e bebidas ingeridos ao longo do dia e suas respectivas
quantidades incluindo os alimentos consumidos fora de sua residecircncia (FISBERG
MARCHIONI COLUCCI 2009) Foi orientado ainda ao indiviacuteduo que solicitasse
auxilio aacute um familiar caso encontrasse dificuldades em preencher o relatoacuterio
Com a coleta do registro alimentar de trecircs dias foi possiacutevel realizar o caacutelculo de
energia em (kcal) macronutrientes e micronutrientes A anaacutelise foi realizada atraveacutes
de caacutelculos manuais com o auxiacutelio da tabela brasileira de composiccedilatildeo dos alimentos
(TACO)
50
A anaacutelise do consumo alimentar ocorreu com a utilizaccedilatildeo o iacutendice de qualidade da
dieta revisado que foi reformulado por Previdelli (2011) em conformidade com as
recomendaccedilotildees dieteacuteticas preconizadas pelo guia alimentar para a populaccedilatildeo
brasileira de 2006 para a classificaccedilatildeo da qualidade da dieta seratildeo utilizados os
pontos de corte proposto pelo mesmo autor que classifica uma dieta ldquoinadequadardquo
abaixo de 40 pontos entre 41 e 64 pontos dieta que ldquoprecisa de modificaccedilatildeordquo e
acima de 64 pontos classifica-se como ldquodieta saudaacutevelrdquo (Anexo D e E)
36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA
A atividade fiacutesica pode ser considerada uma grande estrateacutegia em sauacutede puacuteblica
visto que poderiacuteamos atingir uma grande economia com a reduccedilatildeo do sedentarismo
Hoje em dia encontra-se mais de dois milhotildees de mortes anualmente causadas pela
inatividade fiacutesica em todo o mundo O sedentarismo natildeo estaacute relacionado somente
com doenccedilas e morte mas tambeacutem com a geraccedilatildeo de altos custos a sociedade No
ano de 1995 pode ser constatado que os Estados Unidos gastaram vinte e quatro
bilhotildees de doacutelares somente com o sedentarismo Sendo assim podemos observar
que com o aumento da praacutetica de atividade fiacutesica da populaccedilatildeo pode-se contribuir
indiretamente para o desenvolvimento humano e o progresso econocircmico
(WASHBURN 1993 et al Citado por PARDINI et al 2001 p46)
Um dos grandes fatores para o aparecimento de doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis eacute o sedentarismo O haacutebito de praticar algum tipo de atividade fiacutesica
tem sido usado como um meacutetodo faacutecil e de baixo custo para prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas Recomendam-se a praacutetica de pelo menos trinta minutos de atividade
diariamente para que seus benefiacutecios sejam apresentados (MASSON et al 2005)
O IPAQ estima o niacutevel de praacutetica habitual de atividade fiacutesica e foi desenvolvido pelo
Grupo Internacional para Consenso em Medidas da Atividade Fiacutesica constituiccedilatildeo
sob a chancela da OMS para ser utilizado em vaacuterios paiacuteses dentre eles Brasil e
Japatildeo (GUEDES et al 2005 GUEDES 2007 CORA 2003 citado por MIZUNO
2007)
O niacutevel de atividade fiacutesica foi determinado atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica ndash IPAQ na forma curta proposto por MIZUNO
(2007) sendo utilizadas quatro questotildees para avaliar a atividade fiacutesica dentro de uma
51
semana normal Os entrevistados relataram as atividades que satildeo realizadas ao
longo da semana em casa no trabalho e nas horas de lazer e descanso a
frequecircncia semanal e o tempo diaacuterio de cada atividade As atividades foram
classificadas como
1) vigorosas (corrida ginaacutestica aeroacutebica futebol velocidade raacutepida na bicicleta
basquete serviccedilos domeacutesticos pesados em casa ou no quintal carregar objetos com
peso alto)
2) moderadas (velocidade leve na bicicleta nataccedilatildeo danccedila ginaacutestica aeroacutebica leve
vocirclei carregar objetos com peso leve serviccedilos domeacutesticos em casa ou no quintal
como varrer e realizar cuidados no jardim)
3) caminhada (no trabalho ou por lazer)
4) sem gasto caloacuterico (sentado assistindo TV ou lendo)
Segundo o autor a partir dessas informaccedilotildees eacute possiacutevel estimar o gasto energeacutetico
em METs Um MET representa o consumo de oxigecircnio em repouso ou taxa
metaboacutelica de repouso Uma atividade que requer o dobro de energia do repouso
requer 2 METrsquos e assim sucessivamente Para o caacutelculo do gasto em METs o IPAQ
usa as seguintes foacutermulas
a) caminhada MET-minutosemanal = 33 X tempo diaacuterio de caminhada X frequumlecircncia
semanal
b) moderado MET- minutosemanal = 40 X tempo diaacuterio de atividade moderada X
frequecircncia semanal
c) vigoroso MET- minutosemanal = 80 X tempo diaacuterio de atividade vigorosa X
frequecircncia semanal d) total da atividade fiacutesica MET- minutosemanal = soma da
Caminhado + Moderado + Vigoroso MET - minutossemanal
Com essas informaccedilotildees classifica-se o indiviacuteduo em uma das seguintes categorias
a) baixo nenhuma atividade ou atividades que natildeo se enquadram nas categorias 2 e
3
b) moderado deve ser encaixar em pelos menos um dos criteacuterios de atividade
vigorosa por pelos menos trecircs dias por semana e em um periacuteodo miacutenimo de 20
minutos ou cinco ou mais dias de atividade moderada eou caminhada por pelo
52
menos 30 minutos por dia ou ainda qualquer combinaccedilatildeo de atividade moderada ou
vigorosa ou caminhada com gasto miacutenimo de 600 met-minsemana por cinco ou
mais dias na semana
c) alto Um dos dois criteacuterios atividade vigorosa em no miacutenimo 3 dias da semana
com gasto miacutenimo de 1500 MET-minutosemana ou 7 ou mais dias de combinaccedilatildeo
de caminhada atividade moderada e vigorosa com gasto miacutenimo de 3000 met-
minutosemana (IPAQ)
37 ANAacuteLISE DOS DADOS
Foi realizada uma anaacutelise descritiva das variaacuteveis quantitativas sendo os dados
apresentados em meacutedia desvio-padratildeo miacutenimo maacuteximo e mediana Os dados
qualitativos seratildeo apresentados atraveacutes de frequecircncia absoluta e relativa As
anaacutelises foram realizadas com auxilio do software SPSS V 20 2013
Para comparar os idosos praticantes de atividade fiacutesica baixo e praticantes de
atividade fiacutesica moderado foi aplicado o teste t de student nesta anaacutelise foi
considerado o niacutevel de significacircncia plt005
53
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS
Foram avaliados 40 indiviacuteduos sendo que natildeo houve perdas da amostra e nem
desistecircncia por parte dos participantes Na tabela 7 estatildeo apresentadas as
caracteriacutesticas gerais da amostra estudada na qual aponta que 40 (100)
indiviacuteduos pesquisados eram do sexo feminino Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade
fiacutesica 27 idosos (68) foram classificados com niacutevel moderado (MOD) seguido de
13 (32) indiviacuteduos da amostra com niacutevel baixo (BAIX)
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra VARIAacuteVEIS N
Sexo Masculino 0 0 Feminino 40 100 Niacutevel de Atividade Fiacutesica Baixo 13 32 Moderado 27 68 Alto 0 0 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica VARIAacuteVEIS GRUPO BAIX GRUPO MOD GERAL P-VALOR
IMC (kgmsup2) 3130 plusmn 851 2905 (2115-5664)
2553 plusmn 386 2488 (1973-3451)
274 plusmn 630 2688 (1973-5664) 0005
GC () 3726 plusmn 685 384 (246-462)
3298 plusmn 686 318 (222-543)
3405 plusmn 699 338(222-542) 0113
CC (cm) 9716 plusmn 1873 97 (575-1395)
8568 plusmn 1038 84 (685-107)
8941 plusmn 1447 8925 (575-1395) 0017
CP (cm) 373 plusmn 401 38 (29-46)
3464 plusmn 369 345 (295-46)
3551 plusmn 3 35 (29-46) 0006
CB 11267 plusmn 2204 10819 (754-168)
9534 plusmn 1328 9506 (6885-12218)
10097 plusmn 1829 10063 (6885-168) 0045
de PCT 10361 plusmn 3148 98 (74-172)
7963 plusmn 2684 74 (38-152)
8657 plusmn 2993 79 (38-172) 0006
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
54
O IMC meacutedio do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi equivalente a
3130kgmsup2 que equivale a classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o valor meacutedio
encontrado no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado foi de 2553kgmsup2
caracterizando eutrofia O percentual de gordura corporal obteve meacutedia de 3726
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que equivale a uma classificaccedilatildeo de
elevaccedilatildeo e 3298 no qual equivale a adequaccedilatildeo no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado A circunferecircncia da cintura apresentou valores meacutedio de 9716 cm
equivalendo ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e
8568 cm caracterizando risco aumentado para os grupos com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e com niacutevel de atividade fiacutesica moderado respectivamente O valor do
percentual de adequaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo apresentou media de 11267
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que caracteriza sobrepeso e 9534 no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado que caracteriza eutrofia (tabela 8)
Um importante instrumento para a avaliaccedilatildeo de composiccedilatildeo corporal eacute o IMC sendo
que para idosos o valor acima de 27kgmsup2 claacutessica o indiviacuteduo com sobrepeso
abaixo de 22kgmsup2 como baixo peso e a eutrofia se encaixa entre os valores de
22kgmsup2 a 27kgmsup2 sendo assim a avaliaccedilatildeo quantitativa do perfil antropomeacutetrico da
amostra destaca que segundo o IMC no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo
769 (n=1) dos indiviacuteduos estatildeo com baixo peso tambeacutem 769 (n=1) se
encontram eutroacuteficos e 8461 (n=11) estatildeo com sobrepeso jaacute no grupo com
atividade fiacutesica moderado 1852 (n=5) dos indiviacuteduos apresentam baixo peso
4814 (n=13) satildeo eutroacuteficos e 3333 (n=9) estatildeo com sobrepeso Sendo assim o
grupo de com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma maior ocorrecircncia
de indiviacuteduos eutroacuteficos (figura 1)
Observa-se ainda a existecircncia da diferenccedila significante entre o iacutendice de massa
corporal dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o iacutendice de massa corporal
dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado uma vez que o p-valor
encontrado foi menor que 005 (0005) Sendo assim conclui-se que haacute correlaccedilatildeo
positiva entre a praacutetica de atividade fiacutesica e o iacutendice de massa corporal uma vez que
os indiviacuteduos praticantes de atividade fiacutesica baixo obtiveram um valor meacutedio maior
de iacutendice de massa corporal quando comparado ao grupo de idosos que possuem
niacutevel de atividade fiacutesica moderado
55
Figura 1 - Perfil nutricional segundo IMC de acordo com niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode-se observar que no grupo de idosos que possuem um niacutevel menor de atividade
fiacutesica 6153 (n=8) dos indiviacuteduos apresentaram risco substancialmente elevado de
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura mensurada
2307 (n=3) indiviacuteduos apresentaram risco aumentado e 1538 (n=2) natildeo
apresentaram riscos
Enquanto que no grupo de quem praacutetica atividade fiacutesica moderadamente 3333
(n=9) natildeo apresentaram riscos 2962 (n=8) apresentaram risco aumentado e
3703 (n=10) apresentaram risco substancialmente elevado de complicaccedilotildees
metaboacutelicas (figura 2)
Houve correlaccedilatildeo significante entre as medidas de circunferecircncia da cintura dos
grupos estudados encontrando o p-valor menor que 005 (0017) Dessa forma
conclui-se que haacute correlaccedilatildeo entre a praacutetica de atividade fiacutesica e a medida da
circunferecircncia da cintura uma vez que o valor meacutedio desse indicador foi menor no
grupo de indiviacuteduos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao valor meacutedio encontrado no grupo de indiviacuteduos que possuem o niacutevel
de atividade fiacutesica baixo
769 769
8461
1852
4814
3333
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
56
Figura 2 - Classificaccedilatildeo de risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Com relaccedilatildeo ao percentual de gordura corporal apenas 9 indiviacuteduos do grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foram avaliados devido a impossibilidade de se usar a
bioimpedacircncia decorrente da presenccedila de placas metaacutelicas no corpo dos indiviacuteduos
Sendo assim podemos observa na figura 3 que apenas 1111 (n=1) dos indiviacuteduos
avaliados do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam valores
adequados de percentual de gordura 5555 (n=5) apresentam valores elevados
3333 (n= 3) apresentam valores muito elevados e nenhum indiviacuteduo apresentou
baixo valor
No grupo dos indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica moderado 5185
(n= 14) dos indiviacuteduos possuem um percentual adequado 74 (n= 2) apresentam
baixo valor 3703 (n= 10) apresentam valor elevado 37 (n= 1) apresentam um
valor muito elevado e nenhum indiviacuteduo apresentou baixo valor
Observa-se que o percentual de gordura dos idosos estudados natildeo apresentou
correlaccedilatildeo com a praacutetica de atividade fiacutesica uma vez que o p-valor deste indicador
foi maior que 005 (0113) ou seja natildeo houve diferenccedila significante entre os valores
meacutedios de percentual de gordura entre os grupos
1538
2307
6153
3333 2962
3703 NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
57
Figura 3 ndashClassificaccedilatildeo gordura corporal de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha pode constatar que apenas 10 (n=4)
de toda a populaccedilatildeo apresentou o quadro de desnutriccedilatildeo com um valor de CP
menor que 31 cm sendo que apenas 769 (n=1) do grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica baixo se enquadraram neste paracircmetro e 1111 (n=7) do grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Na correlaccedilatildeo dos valores meacutedios de circunferecircncia da panturrilha entre os grupos
de idosos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o grupo de idosos que
apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado observa-se uma diferenccedila
estatisticamente comprovada uma vez que o p-valor encontrado foi menor que
0005 (0045) sendo assim o valor meacutedio encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado foi menor quando comparado ao niacutevel de atividade fiacutesica
baixo
Observa-se que na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica baixo apresentou um valor meacutedio de percentual de adequaccedilatildeo de
11267 que equivale a sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou um valor meacutedio de 9534 que equivale a eutrofia
A anaacutelise da prega cutacircnea tricipital revelou que o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresenta uma classificaccedilatildeo meacutedia de eutrofia com o valor meacutedio de
percentual de adequaccedilatildeo de 10361 e o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
0
1111
5555
3333
74
5185
3703
37
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
58
moderado apresentou desnutriccedilatildeo moderada com o valor meacutedio de percentual de
adequaccedilatildeo de 7963
Observa-se que tanto a medida da circunferecircncia do braccedilo quanto a medida da
prega cutacircnea tricipital apresentaram diferenccedilas significantes entre os grupos
estudados uma vez que ambos apresentaram p-valor menor que 005 ou seja
conclui-se que os indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam
valores maiores destes indicadores quando comparados ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Eacute pertinente ao estudo comprovar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa corporal
e circunferecircncia da cintura coletadas no grupo de idosos com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado Para fazer a anaacutelise da natildeo correlaccedilatildeo entre os iacutendices de iacutendice
de massa corporal e circunferecircncia da cintura eacute necessaacuterio interpretar os dados
amostrais avaliando esses dois dados e confrontando-os em cada grupo amostral
Na tabela 9 e 10 estatildeo correlacionados os dados de iacutendice de massa corporal e
circunferecircncia da cintura do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e do grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS SEM RISCO RISCO
AUMENTADO RISCO SUBSTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 1 1 0 0
Eutrofia 1 1 0 0
Sobrepeso 11 0 3 8 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
SEM RISCO
RISCO AUMENTADO
RISCO SUSBTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 5 4 1 0 Eutrofia 13 5 5 3 Sobrepeso 9 0 2 7 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Observa-se de acordo com a tabela 9 somente os indiviacuteduos classificados como
sobrepeso no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentaram risco
59
aumentado ou substancialmente elevado para complicaccedilotildees metaboacutelicas associados
a circunferecircncia da cintura entretanto na tabela 10 pode-se observar que no grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado tanto alguns indiviacuteduos classificados com
eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com sobrepeso apresentaram risco
aumentado e substancialmente aumentado pode-se constatar ainda que um
indiviacuteduo classificado como baixo peso tambeacutem apresentou um risco aumentado
para complicaccedilotildees metaboacutelicas associado a circunferecircncia da cintura
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo CLASSIFICACcedilAtildeO
DO IMC Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 1 0 1 0 0
Eutrofia 1 0 0 1 0
Sobrepeso 11 0 0 4 3
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 5 2 3 0 0 Eutrofia 13 0 10 3 0 Sobrepeso 9 0 1 7 1 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 11 e 12 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o percentual de gordura corporal tanto no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado alguns indiviacuteduos
mesmo sendo classificados com eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com
sobrepeso apresentaram um percentual elevado de gordura corporal
Aplicando o iacutendice de qualidade da dieta pode se observar que a maioria da
populaccedilatildeo estudada encontra-se com uma ldquodieta saudaacutevelrdquo sendo representada por
7692 (n=10) no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e por 85 18 (n=23) no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou 2307 (n=3) dos indiviacuteduos com ldquodieta que precisa de
60
modificaccedilatildeordquo enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou 1481 (n=4) nenhum indiviacuteduo dos dois grupos apresentou ldquodieta
inadequadardquo (figura 4)
Em geral a populaccedilatildeo de idosos estudada apresentou uma meacutedia do IQD-R de
7592 com variaccedilatildeo de 5672 a 9074 pontos O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou uma meacutedia 7393 enquanto que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma valor meacutedia de 7688
Figura 4 - Iacutendice de qualidade da dieta de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 13 e 14 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o iacutendice de qualidade da dieta revisado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado a classificaccedilatildeo
de ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo apareceu em todas as classificaccedilotildees do iacutendice
de massa corporal ou seja indiviacuteduos com baixo peso eutroacuteficos e com sobrepeso
apresentaram ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo Em contrapartida diversos
indiviacuteduos com sobrepeso e tambeacutem com baixo peso apresentaram ldquodieta saudaacutevelrdquo
Sendo assim conclui-se que o iacutendice de massa corporal natildeo apresentou correlaccedilatildeo
com o iacutendice de qualidade da dieta ingerida pelos idosos
0
2307
7692
0
1481
8518
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
61
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO DIETA
SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 1 0 0 1 Eutrofia 1 0 1 0 Sobrepeso 11 0 2 9 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO
DIETA SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 5 0 1 4 Eutrofia 13 0 2 11 Sobrepeso 9 0 1 8
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
62
42 DISCUSSAtildeO
Da populaccedilatildeo estudada todo o grupo era composto por mulheres essa situaccedilatildeo de
um nuacutemero maior de idosos do sexo feminino do que do sexo masculino encontrada
em vaacuterios outros estudos com a populaccedilatildeo idosa Galesi e outros (2008) que
avaliaram o perfil alimentar e nutricional de 60 idosos do sexo feminino e apenas 25
do sexo masculino em uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia e tambeacutem por Abreu e
outros (2008) que avaliaram a inadequaccedilatildeo no consumo alimentar de idosos no
qual 69 da amostra estudada era composta pelo sexo feminino Salgado citado por
Galesi e outros (2008) afirma que essas situaccedilotildees refletem a feminizaccedilatildeo da
populaccedilatildeo idosa ou seja realmente existe uma proporccedilatildeo relativamente maior de
idosos do sexo feminino do que do sexo masculino esse fenocircmeno eacute decorrente de
diversos fatores entre eles eacute a elevada expectativa de vida para mulheres que em
meacutedia vivem sete anos a mais do que os homens outro fato eacute a mulher geralmente
se casar com homens mais velhos que consequentemente morrem primeiro que
esta aumentando assim a sobrevivecircncia da esposa em relaccedilatildeo ao seu marido
Em paralelo Vera citado por Machado e outros (2006) afirma que a mulher possui
atitudes diferentes a dos homens frente a preocupaccedilatildeo com a sauacutede tendo uma
maior procura pelos serviccedilos ou qualquer atividade puacuteblica relacionada a sauacutede
encontrando assim em seu estudo 743 da amostra composta por mulheres
idosas
De acordo com o IPAQ 325 dos indiviacuteduos possuiacuteam niacutevel de atividade fiacutesica
baixo e 675 possuiacuteam niacutevel moderado de atividade fiacutesica Uma vez que a pratica
de atividade fiacutesica moderada ou vigorosa classifica o indiviacuteduo como ativo isso
implica dizer que 675 dos idosos analisados satildeo ativos
A praacutetica de atividade fiacutesica eacute essencial para todas as faixas etaacuterias mas no caso de
idosos esta praacutetica pode beneficiar ainda a sauacutede dos mesmos uma vez que a
atividade fiacutesica contribui para diminuiccedilatildeo de dores nas articulaccedilotildees diminuiccedilatildeo de
gordura corporal e maior captaccedilatildeo de glicose sanguiacutenea entre outros benefiacutecios
(FRANCHI JUacuteNIOR MONTENEGRO) Mota e outros (2006) afirma que a pratica de
atividade fiacutesica regular por idosos pode tambeacutem contribuir na prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas como hipertensatildeo arterial doenccedilas cardiovasculares diabetes e siacutendrome
63
metaboacutelica impactando assim no aumento de qualidade de vida e reduccedilatildeo de
mortalidade nesta populaccedilatildeo
Aleacutem de diversos benefiacutecios aacute sauacutede do idoso como prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas a praacutetica regular de atividade fiacutesica ainda pode contribuir para o
retardamento da reduccedilatildeo da capacidade funcional do organismo decorrente do
envelhecimento contribuindo assim diretamente para o aumento da qualidade de
vida desta populaccedilatildeo (REIS SOUZA 2012)
Hurley e Hagber (1998) citado por Matsudo e Paiva Neto (2000) relatam que a
praacutetica de qualquer atividade fiacutesica por si soacute seja exerciacutecio aeroacutebico ou anaeroacutebico
levam a reduccedilatildeo de gordura corporal em idosos mesmo sem restriccedilatildeo caloacuterica
Shepard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) relatam que as
alteraccedilotildees ocorridas na composiccedilatildeo corporal com a praacutetica regular de atividade
fiacutesica podem ser decorrentes das alteraccedilotildees na taxa metaboacutelica em repouso No
estudo de Bergman (1991) citado por Ferreira (2007) foi constatado que a praacutetica
regular de atividade fiacutesica em curto espaccedilo contribui para uma melhora na
composiccedilatildeo corporal 27 idosas foram submetidas a realizar caminhadas em esteira
quatro vezes por semana e apoacutes 10 semanas obtiveram reduccedilatildeo na gordura
corporal e aumento de massa magra
Pode-se observar que os idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica moderada
apresentaram melhores resultados de composiccedilatildeo corporal quando comparado aos
idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica baixo o IMC meacutedio encontrado foi de
2553kgmsup2 e 3130kgmsup2 apresentando eutrofia e sobrepeso respectivamente
Mazo e outros (2006) tambeacutem constatou que 956 da sua populaccedilatildeo de idosas que
apresentavam excesso de peso possuiacuteam um baixo iacutendice de aptidatildeo funcional geral
decorrente da praacutetica irregular de atividade fiacutesica enquanto que 429 das idosas
que apresentavam IMC adequado estavam com o iacutendice de aptidatildeo funcional geral
bom Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) tambeacutem verificaram em seu estudo que
comparava a composiccedilatildeo corporal de idosos esportista e idosos irregularmente
ativos que o grupo de idosos esportistas possuiacutea um IMC de eutrofia enquanto que
o grupo de idosos irregularmente ativos possuiacuteam um IMC de sobrepeso
O baixo peso encontrado em 15 em toda a populaccedilatildeo estudada eacute tatildeo preocupante
como o sobrepeso tambeacutem encontrado Na atualidade estima-se que a prevalecircncia
de baixo peso fique em torno de 1 a 15 em idosos que vivem em residecircncias e
64
esse valor ainda tem aumento quando trata-se de idosos residentes em instituiccedilotildees
de longa permanecircncia (25 a 60) e um aumento ainda maior quando diz respeito a
idosos hospitalizados (35 a 65) A desnutriccedilatildeo em idosos pode favorecer a
incidecircncia de doenccedilas que consequentemente iratildeo interferir no estado nutricional do
indiviacuteduo Essa populaccedilatildeo eacute dita como um grupo de risco para o baixo peso devido a
vaacuterias alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento como reduccedilatildeo do
paladar dificuldades de mastigaccedilatildeo aleacutem do elevado uso de medicamentos que
consequentemente interfere no apetite na digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes
(SOUSA GUARIENTO 2009) Outros diversos estudos tambeacutem encontraram a
prevalecircncia de baixo peso em idosos Fiore e outros (2006) que avaliaram o perfil
nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede tambeacutem encontraram
na sua populaccedilatildeo 151 dos indiviacuteduos apresentando baixo peso de forma
semelhante Galesi e outros (2008) encontraram uma proporccedilatildeo de 18 de idosos
com baixo peso em seu estudo que avaliava o perfil alimentar e nutricional de idosos
institucionalizados
Quanto ao risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas associada agrave circunferecircncia da cintura
o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou uma meacutedia de 9716 cm o
que representa um risco substancialmente elevado e o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia de 8568 cm que classifica um risco
aumentado Aleacutem disso pode-se contatar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa
corporal e o risco de complicaccedilatildeo metaboacutelica de acordo com a circunferecircncia da
cintura de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado no qual foi encontrado que
mesmo indiviacuteduos que natildeo estavam com sobrepeso apresentaram um risco
aumentado ou substancialmente aumentado para complicaccedilotildees metaboacutelicas
Os elevados valores encontrados de circunferecircncia da cintura podem ser explicados
devido agraves alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento que contribuem
para o aumento de peso e tambeacutem para a redistribuiccedilatildeo da gordura corporal
(FERREIRA 2003) Bouchard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007)
afirmaram que a gordura corporal em idosos eacute encontrada em maiores quantidades
na regiatildeo do abdocircmen Outros autores ainda afirmam que o aumento da
circunferecircncia da cintura se deve a substituiccedilatildeo da gordura subcutacircnea pela gordura
visceral na regiatildeo abdominal aleacutem da existecircncia de uma redistribuiccedilatildeo da gordura
corporal que deixa de se depositar nos membros ocorrendo assim um acuacutemulo na
65
regiatildeo central do corpo Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do perfil
nutricional de idosos verificaram um alto iacutendice de prevalecircncia de risco para
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura 808 da
populaccedilatildeo estudada e especialmente em idosos do sexo feminino
Na avaliaccedilatildeo da gordura corporal tambeacutem pode ser notado a natildeo correlaccedilatildeo entre
iacutendice de massa corporal e percentual de gordura corporal no qual pode ser
encontrado um percentual de gordura elevado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e niacutevel de atividade fiacutesica moderado em indiviacuteduos que natildeo se
classificam como sobrepeso este iacutendice tambeacutem vem comprovar as alteraccedilatildeo
corporais no idoso Entretanto quando haacute a comparaccedilatildeo entre os valores meacutedios de
gordura corporal dos dois grupos observa-se que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica possui um menor percentual Matsudo (2002) afirma que idosos considerados
ativos apresentam um menor peso corporal e tambeacutem um menor percentual de
gordura corporal
A avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador muito utilizado na
avaliaccedilatildeo do estado nutricional do idoso por ser sensiacutevel a perda de massa magra e
consequentemente a desnutriccedilatildeo Observa-se que na populaccedilatildeo geral estudada a
meacutedia da CP foi de 3551 cm que equivale a eutrofia um resultado parecido foi
encontrado tambeacutem por Rauen e outros (2008) em uma pesquisa que avaliaram o
estado nutricional de idosos encontrando um valor meacutedio de CP de 328 cm
tambeacutem os classificando com eutrofia Machado e outros (2006) tambeacutem natildeo
encontrou comprometimento da massa magra atraveacutes da circunferecircncia da
panturrilha sendo que o valor meacutedio encontrado no seu estudo que avaliava o perfil
nutricional e funcional de idosos foi de 367 cm para idosos do sexo masculino e
348 cm para idosos do sexo feminino
A circunferecircncia do braccedilo eacute utilizada para mensurar tecido muscular gorduroso e
tambeacutem tecido oacutesseo (TARTARI BUSNELLO NUNES 2010) Na avaliaccedilatildeo deste
indicador observa-se que em meacutedia o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo
apresentou uma classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado apresentou um estado meacutedio de eutrofia Machado e
outros (2006) verificou tambeacutem nenhum comprometimento do tecido adiposo atraveacutes
dos valores encontrados de CB estando 100 da sua populaccedilatildeo de idosos
estudada dentro do limite de normalidade natildeo correspondendo assim tambeacutem o
66
que Menezes e Marucci (2013) relataram sobre a circunferecircncia do braccedilo em idosos
que tende a diminuir devido agrave perda de massa magra tiacutepico da idade devido ocorrer
o deslocamento da gordura dos membros para regiatildeo central
Com relaccedilatildeo a prega cutacircnea tricipital observa-se um valor meacutedio que representa
de eutrofia no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo e classificaccedilatildeo meacutedia de
desnutriccedilatildeo moderada no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica moderado A mesma
situaccedilatildeo foi encontrada por Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do
perfil nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede no qual 548
da populaccedilatildeo apresentou um valor reduzido deste indicador que expressa a
quantidade e a localizaccedilatildeo do tecido adiposo subcutacircneo O mesmo autor afirma
ainda que este fato eacute esperado em indiviacuteduos idosos uma vez que existem
evidecircncias que comprovam que com o avanccedilar da idade haacute uma redistribuiccedilatildeo do
tecido gorduroso antes localizado nos membros para a regiatildeo abdominal
Quando avaliamos o estado nutricional dos indiviacuteduos atraveacutes do iacutendice de massa
corporal relacionado ao iacutendice de qualidade da dieta pode-se constatar que o IMC
natildeo teve relaccedilatildeo direta com o IQD-R uma vez que a classificaccedilatildeo de ldquodieta que
precisa de modificaccedilatildeordquo atingiu todas as classificaccedilotildees do IMC assim como a ldquodieta
saudaacutevelrdquo tambeacutem alcanccedilou todas as classificaccedilotildees Dessa forma podemos afirmar
que natildeo eacute apenas o consumo alimentar que resulta no estado nutricional
Campos Monteiro e Ornelas (2000) confirmam que o estado nutricional dos idosos eacute
um quadro resultante das diversas condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem
aleacutem de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade Montilla Marucci e
Aldrighi (2006) encontraram e seu estudo que avaliava o estado nutricional e o
consumo alimentar de mulheres no climateacuterio que o iacutendice de massa corporal natildeo
estava acompanhando a mesma tendecircncia do valor energeacutetico consumido ou seja
o IMC estava acima da classificaccedilatildeo de eutrofia entretanto o valor energeacutetico da
dieta ingerida estava adequado estes mesmo autores afirmaram que este fato pode
ter acontecido por pelo menos dois fatores o IMC avalia o estado nutricional atual
do indiviacuteduo mas que foi adquirindo ao logo de um tempo enquanto que o
recordatoacuterio 24 horas instrumento que geralmente eacute usado para avaliar o consumo
alimentar de indiviacuteduos ou populaccedilatildeo avalia somente o dia anterior ou o fato pode
ter acontecido devido a reduccedilatildeo do metabolismo que acompanha o passar da idade
67
podendo assim levar ao desequiliacutebrio energeacutetico mesmo que o consumo esteja
dentro das recomendaccedilotildees
A maior meacutedia de pontuaccedilatildeo do IQD-R foi encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado sendo assim as maiores pontuaccedilotildees do IQD-R foram
diretamente associada com a praacutetica de atividade fiacutesica assim como encontrado por
Wendpap (2012) em seu estudo que avaliou a qualidade da dieta de adolescentes
no qual foram encontrados maiores pontuaccedilotildees do IQD-R em adolescentes que
gastavam menos tempo com atividades ditas como sedentaacuterias como assistir
televisatildeo ou jogar viacutedeo game
Na avaliaccedilatildeo das pontuaccedilotildees do IQD-R por componente pode-se observar que tanto
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado como no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo houve baixa pontuaccedilatildeo para os grupos ldquofrutas totaisrdquo (263 e
241) ldquofruta integraisrdquo (281 e 248) ldquovegetais verdes escuros e alaranjados e
leguminosasrdquo (181 e 033) e ldquoLeite e derivadosrdquo (335 e 295) no grupo de ldquoVegetais
Totaisrdquo a populaccedilatildeo do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou um
consumo intermediaacuterio (323) enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
moderado apresentou um consumo baixo (217) No grupo ldquoCereais Totaisrdquo
observou-se uma elevada pontuaccedilatildeo pela populaccedilatildeo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo (861) e uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria (533) para a populaccedilatildeo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado assim como no grupo de ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo
com pontuaccedilatildeo de 947 e 529 respectivamente e no ldquogrupo de oacuteleosrdquo (811 e 491)
e ldquogordura saturadardquo (953 e 697) no componente ldquosoacutediordquo os dois grupos
populacionais tiveram pontuaccedilatildeo intermediaacuteria com 653 para o grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo e 548 para o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado e
no componente ldquoGord AArdquo houve elevada pontuaccedilatildeo (1792) e (1189) nos dois
grupos Sendo assim pode-se constatar que o componente do IQD-R que mais
contribuiu para elevaccedilatildeo da pontuaccedilatildeo foi o ldquoGord AArdquo
O baixo consumo de frutas verduras e leitesderivados por idosos tambeacutem foi
encontrado Martins e outros (2010) em 765 da populaccedilatildeo estudada no qual
associou este achado com os niacuteveis elevados de pressatildeo arterial outros estudos
tambeacutem confirmam um baixo consumo fibras e consequentemente de frutas e
verduras por idosos Galesi e outros (2008) verificou que apenas 26 da populaccedilatildeo
estudada realizam a ingestatildeo adequada de fibras diaacuteria que eacute em torno de 30gdia
68
A ingestatildeo de fibras eacute de grande importacircncia para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel em
todas as fases da vida mas na velhice o consumo de fibras se torna ainda mais
relevantes devido a grande prevalecircncia de constipaccedilatildeo intestinal nesta populaccedilatildeo
uma vez que as fibras auxiliam na formaccedilatildeo do bolo fecal e juntamente com outros
fatores realizam os estiacutemulos para o peristaltismo intestinal (Brasil 2009)
O baixo consumo de leites e derivados foi constato por outros diversos estudos com
a populaccedilatildeo idosa Machado e outros (2006) verificaram que o consumo de leites e
derivados em qualquer quantidade natildeo chegou a 100 da amostra o que
caracteriza provavelmente uma inadequaccedilatildeo no consumo de caacutelcio e Matta Papini e
Corrente encontraram um consumo meacutedio de apenas 118 porccedilotildees de leites e
derivados ao dia por idosos o que representa um consumo baixo considerando a
recomendaccedilatildeo de trecircs porccedilotildees ao dia A deficiecircncia de caacutelcio no organismo de um
idoso representa uma grande preocupaccedilatildeo uma vez que este eacute um importante
mineral para os idosos pois o consumo adequado de caacutelcio auxilia na prevenccedilatildeo ou
na reduccedilatildeo do aparecimento de doenccedilas oacutesseas como a osteoporose que eacute
caracterizada pela reduccedilatildeo de massa oacutessea que leva consequentemente a uma
maior vulnerabilidade a fraturas e que acometem em sua maioria os idosos (Paixatildeo
e Bressan 2010)
O consumo de carboidratos em geral neste estudo pode ser considerado como
dentro da meacutedia alcanccedilando uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria diferentemente do
achado por Silva e outros (2010) que constatou um elevado consumo de
carboidratos por idosos chegando em torno de 75 do valor energeacutetico (VET) total
da dieta ingerida jaacute Farinea Ricalde e Siviero encontram um consumo adequado de
carboidratos ou seja em torno 5637 de carboidrato por praticantes de atividade
fiacutesica
Avaliando ainda o consumo alimentar pode ser constatado que em relaccedilatildeo ao
nuacutemero de refeiccedilotildees realizadas ao longo do dia pela populaccedilatildeo idosa estudada
percebe-se que em meacutedia satildeo realizadas 482 refeiccedilotildeesdia um nuacutemero menor do
que preconizado pelo guia alimentar da populaccedilatildeo brasileira (2011) que sugere a
realizaccedilatildeo de trecircs grandes refeiccedilotildees mais lanches saudaacuteveis ao longo do dia fato
que tambeacutem se relaciona pelo achado de Silva Filho e outros que em seu estudo de
verificaccedilatildeo do comportamento alimentar de idosos constatou quem em meacutedia foram
realizadas de 3 a 4 refeiccedilotildees diaacuterias por 96 idosos participantes da pesquisa Eacute de
69
suma importacircncia a realizaccedilatildeo de 5 a 6 refeiccedilotildees ao dia pelo fato de que com a
reduccedilatildeo do nuacutemero de refeiccedilotildees o indiviacuteduo fica um tempo maior sem se alimentar
levando ao organismo responder a esta inaniccedilatildeo reduzindo o metabolismo de forma
a guardar energia para o este periacuteodo em jejum o que consequentemente leva a ao
acuacutemulo de calorias aleacutem de outros processos orgacircnicos se manterem alterados
como a produccedilatildeo de hormocircnios e substacircncias participantes dos processos de
digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes (RUELA SOUSA JUNIOR 2010)
Observa-se ainda que 425 (n= 17) da populaccedilatildeo em geral estudada natildeo
possuiacuteam o haacutebito de realizar o jantar Machado e outros (2006) encontraram
tambeacutem um elevado percentual de idosos que natildeo realizavam o jantar em seu
estudo que avaliou o perfil nutricional e funcional de idosos sendo 307 da
populaccedilatildeo do sexo masculino seguido de 222 da populaccedilatildeo do sexo feminino
Esse mesmo autor relatou que esse haacutebito acaba se tornando comum pois os
idosos natildeo desejam consumir grande quantidade de alimentos como no almoccedilo
antes de dormir ou pelo simples fato de ser mais cocircmodo realizar um lanche do que
um jantar
70
71
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS Diante do exposto conclui-se que os idosos que praticam atividade fiacutesica
moderadamente apresentam um melhor estado nutricional quando comparados aos
idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Esse fato eacute comprovado
pelas diferenccedilas significativas encontradas nos indicadores usados na avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica neste estudo
A populaccedilatildeo estudada em geral apresentou um iacutendice de qualidade da dieta
elevado que representa uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser
observado que os indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou um maior iacutendice de qualidade quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo
Uma vez que haacute uma escassez de estudos envolvendo a praacutetica de atividade fiacutesica
e a qualidade da dieta de idosos recomenda-se a realizaccedilatildeo futura de estudos
nutricionais nesta populaccedilatildeo abrangendo outros assuntos ligados a nutriccedilatildeo que
sejam pertinentes a este grupo
Sendo assim eacute imprescindiacutevel a implantaccedilatildeo de Programas de Qualidade de Vida
que abranja orientaccedilotildees nutricionais e de atividade fiacutesica para idosos uma vez que
para esses indiviacuteduos obtenha uma elevada qualidade de vida eacute essencial a
prevenccedilatildeo da incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que comumente
atingem essa populaccedilatildeo
72
73
REFEREcircNCIAS
ABREU W C et al Inadequaccedilatildeo no consumo alimentar e fatores interferentes na ingestatildeo energeacutetica de idosos matriculados no programa municipal da terceira idade de viccedilosa (MG) Revista Baiana de Sauacutede Puacuteblica v32 n2 p177-189 maioago 2008 Disponiacutevel em httpinseeribictbrrbspindexphprbsparticleviewFile139135gt Acesso em 10 de out de 2013 ACUNAtilde K CRUZ T Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de adultos e idosos e situaccedilatildeo nutricional da populaccedilatildeo brasileira Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 48 n 3 p 345-361 jun 2004 Disponiacutevel em lthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache1J0Ta7oEv5UJscholargooglecom+circunferencia+da+panturrilha+idososamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 02 de out de 2013 ALVES J E D A Transiccedilatildeo Demograacutefica e a Janela de Oportunidade Satildeo Paulo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial 2008 Disponiacutevel emlt httpwwwbraudelorgbrpesquisaspdftransicao_demograficapdfgtacesso em 20 de fev 2013 AMADO T C F ARRUDA I K G FERREIRA A R Aspectos alimentares nutricionais e de sauacutede de idosas atendidas no Nuacutecleo de Atenccedilatildeo ao Idoso ndash NAI Recife Archivos Latinoamericanos de Nutricion v 57 n 4 p 366-372 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscieloorgvescielophpscript=sci_arttextamppid=S0004-06222007000400009amplng=esampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de abr 2013 ANDRADE FB CALDAS A F KITOKO P M Relationship between oral health nutrient intake and nutritional status in a sample of Brazilian elderly 2009 (Biblioteca Online) Disponiacutevel em httponlinelibrarywileycomdoi101111j1741-2358200800220xabstract Acesso em 18 de mar 2013 ARANHA F Q et al O Papel da Vitamina C Sobre as Alteraccedilotildees Orgacircnicas no Idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas 13(2) 89-97 maioago 2000Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv13n27911pdfgt Acesso em 12 mar 2013 BARBOSA M A Importacircncia da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel ao Longo da Vida Refletindo na Sauacutede do Idoso 2012 41 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Nutriccedilatildeo Cliacutenica) - Departamento de Ciecircncias da Vida Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ijuiacute 2012 Disponiacutevel em lthttpbibliodigitalunijuiedubr8080xmluibitstreamhandle1234567891045A20ImportC3A2ncia20da20AlimentaC3A7C3A3o20SaudC3A1vel20ao20Longo20da20Vida20Refletindo20na20SaC3BAde20do20Idosopdfsequence=1gt Acesso em 15 mar 2013 BARBOSA A M Ingestatildeo alimentar de caacutelcio e vitamina D e associaccedilatildeo com o niacutevel de escolaridade na pessoa idosa Revista Demetra Alimentaccedilatildeo Nutriccedilatildeo e Sauacutede Rio de Janeiro v 8 n 2 p 173-181 2013 Disponiacutevel emlthttpswwwepublicacoesuerjbrindexphpdemetraarticleview40825144gt Acesso em 15 set 2013 BECKENKAMP J SANTOS J S DOS Efeito da linhaccedila sobre a constipaccedilatildeo intestinal em idosos residentes em instituiccedilotildees geriaacutetricas Revista Brasileira de
74
Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 8 n 2 p 179-187 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview972pdfgt Acesso em 16 de abr 2013 BENEDETTI T R B GONCcedilALVES L H T MOTA J A P Uma proposta de poliacutetica puacuteblica de atividade fiacutesica para idosos Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 16 n 3 p 387-98 Jul Set 2007 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdftcev16n3a03v16n3pdf Acesso em 23 abr 2013 BORGES R M NONINO C B SANTOS J E Tratamento Cliacutenico da Obesidade Revista Medicina Ribeiratildeo Preto v 39 n 2 p 246-252 abrjun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwucgbrucgeventosObesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorialmaterial_consultamaterial_educacao_fisicatratamento20clinico20da20obesidadepdfgt Acesso em 08 de mar 2013 BOSSHARD W et al The treatment of chronic constipation in elderly people an update Drugs Aging v21 n14 p911-930 2004 Disponiacutevel em lthttplinkspringercomarticle10216500002512-200421140-00002page-1gt Acesso em 02 de abril 2013 BRASIL Lei no 10741 de 1ordm de outubro de 2003 Estatuto do Idoso Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leis2003l10741htmgt Acesso em 15 abr 2013 ______ Lei nordm 8842 de 4 de janeiro de 1994 Politica Nacional do Idoso Disponiacutevel em httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8842htm Acesso em 20 de abr 2013 ______ Lei nordm 8742 de 7 de dezembro de 1993Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social Disponiacutevel emlt httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8742htmgt Acesso em 20 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da sauacutede Manual da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel para a populaccedilatildeo idosa 2009 Disponiacutevel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesalimentacao_saudavel_idosa_profissionais_saudepdfgt Acesso em 03 de set 2013 _______ Ministeacuterio da sauacutede Anuaacuterio estatiacutestico de sauacutede do Brasil 2001 Disponiacutevel emlthttpportalsaudegovbrportalaplicacoesanuario2001indexcfmgt Acesso em 15 de abr 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Consenso sobre diabetes 2011a Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesconsenso_bras_diabetespdf Acesso em 05 de abr 2013
______ Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel emlt httpconselhosaudegovbrbibliotecalivrosManual_cepspdfgt Acesso em 20 fev 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes Mellitus 2011 b Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmiolo2002pdf Acesso em 05 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da Sauacutede Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilatildeo para coleta de dados antropomeacutetricos 2011 c Disponiacutevel emlt
75
http18928128100nutricaodocsgeralorientacoes_coleta_analise_dados_antropometricospdfgt Acesso em 30 mai 2013 BUENO J M et al Avaliaccedilatildeo nutricional e prevalecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis em idosos pertencentes a um programa assistencial Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 13 n4 p 1237-1246 2008 CALIXTO-LIMA L GONZALES M C Nutriccedilatildeo Cliacutenica no dia a dia Rio de Janeiro Ed Rubio 204p 2013 CAMPOS M T F S MONTEIRO J B R ORNELAS A P R C Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutriccedilatildeo do idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v13 n 3 p157-165 setdez 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfrnv13n37902pdfgt Acesso em 08 de mar 2013 CAMPOS M A G et al Estado nutricional e fatores associados em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo vol 52 n4 julagos 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=s0104-42302006000400019ampscript=sci_arttextgt Acesso em 25 fev 2013gt Acesso em 23 fev 2013 CARVALHO E N et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade Nutricional das Refeiccedilotildees Servidas aos Idosos em Instituiccedilatildeo Asilar 2003 17 f Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Porto Alegre 2003 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47322656gt Acesso em 11 de abr 2013 CASTILHOS E D PADILHA D M P A importacircncia dos dentes para trecircs diferentes grupos de idosos 2001 135 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em sauacutede bucal coletiva) - Faculdade de Odontologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2002 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=BBOamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=18747ampindexSearch=IDgt Acesso em 12 de mar 2013 CERVI A FRANCESCHINI S C C PRIORES E S Anaacutelise criacutetica do uso do iacutendice de massa corporal para idosos Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v18 n 6 765-775 NovDez 2005 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-52732005000600007gt Acesso em 01 de out de 2013 CHAIMOWICZ F A sauacutede dos idosos brasileiros agraves veacutesperas do seacuteculo XXI problemas projeccedilotildees e alternativas Revista Sauacutede Puacuteblica v 31 n 2 p184-200 1997 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfrspv31n22170gt Acesso em 01 de mar 2013 COSTA et al Estado nutricional e antropometria em idoso revisatildeo da literatura Revista Meacutedica de Minas Gerais Minas Gerais N p7 v 4 p 111-120 juldez 2000 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgi-binwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=556558ampindexSearch=IDgt Acesso em 26 fev 2013 DOBNER T BLASI T C KIRSTEN V R Perfil nutricional de idosos residentes em instituiccedilatildeo geriaacutetrica no interior do RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 9 n 1 p 109-118 Janabr 2012
76
Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview1730pdfgt Acesso em 13 de abr 2013 FARINEA N RICALDE S R SIVIEIRO J Perfil nutricional e antropomeacutetrico de idosos participantes de um grupo de ginaacutestica no municiacutepio de Antocircnio Prado ndash RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 7 n 3 p 394-405 setdez 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview783gt Acesso em 20 de out de 2013
FAZZIO D M G Envelhecimento e qualidade de vida ndash uma abordagem nutricional e alimentar Revista de Divulgaccedilatildeo Cientiacutefica Sena Aires Brasiacutelia v 1 n1 p 76-88 janjun 2012 Disponiacutevel em lthttprevistafacesasenaairescombrindexphprevisaarticleview15gt Acesso em 18 set 2013 FERNANDES M V Consumo de caacutelcio por idosos atendidos no programa de atendimento multidisciplinar agrave sauacutede do idoso 2010 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade do Extremo Sul Catarinense Criciuacutema 2010Disponiacutevel emlthttp200181527bitstreamhandle1140Mariana20Vaterkemper20Fernandespdfsequence=1gt Acesso em 21 abr 2013 FISBERG R M MARCHIONI D M L COLUCCI A C A Avaliaccedilatildeo do consumo alimentar e da ingestatildeo de nutrientes na praacutetica cliacutenica Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 53 n 5 p 627-654 jun 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfabemv53n514pdfgt Acesso em 30 de set de 2013 FLORA A P L DICHI I Aspectos atuais na terapia nutricional da doenccedila inflamatoacuteria intestinal Revista Brasileira de Nutriccedilatildeo Cliacutenica Satildeo Paulo v 21 n 2 p131-7 2006 Disponiacutevel em lthttpxayimgcomkqgroups24540475920552574namedoenC383C2A7a+inflamatC383C2B3ria+intestinal+e+terapia+nutricional+2006pdfgt Acesso em 26 mar 2013 FRANCHI K M B MONTENEGRO JUNIOR R M Atividade fiacutesica uma necessidade para a boa sauacutede na terceira idade Revista Brasileira em Promoccedilatildeo da Sauacutede Fortaleza v 18 n 3 p152-156 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwredalycorgarticulooaid=40818308gt Acesso em 19 de out de 2013 FRANCO L M Educaccedilatildeo Nutricional na terceira idade Alteraccedilotildees Fisioloacutegicas e Alimentaccedilatildeo Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlt httpconferenciasredeunidaorgbrindexphpredeunidaru10paperview2456gt Acesso em 15 de out 2013 FRISANCHO A R New norms of upper limb fat and muscle areas for assessent of nutritional status The American Journal of Clinical Nutrition v 34 p 2540-2545 1981 GALESI L F et al Perfil alimentar e nutricional de idosos residentes em moradias individuais numa instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no leste do estado de Satildeo Paulo Revista de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo Araraquara v19 n3 p 283-290 julset 2008 Disponiacutevel em lthttp20014571150seerindexphpalimentosarticleview632530gt Acesso em 20 de out de 2013
77
GALLAGHER D et al Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex The American Journal Clinical Nutrition Printed in USA vol 72 n 3 p694ndash701 2000 GUEDES DP GONCcedilALVES LAVV Impacto da Praacutetica habitual de Atividade Fiacutesica no perfil Lipiacutedico de adultos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia Satildeo Paulo v 51 n1 p 72-78 2007 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfabemv51n108pdfgt Acesso em 21 de abr 2013 GUEDES DP LOPES CC GUEDES JERP Reprodutibilidade e validade do Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica em Adolescentes Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 11 n 2 p 151-158 Marccedilabr 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev11n2a11v11n2pdfgt acesso em 24 de mai 2013 INSTITUTO MINEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA Hiperdia 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwimepencomhiperdiagt Acesso em 20 abr 2013 KUMPEL D A et al Obesidade em idosos acompanhados pela estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 20 n3 p 471-477 JulSet 2011 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdftcev20n307pdfgt Acesso em 15 de mar 2013 LACERDA N C SANTOS S S C Avaliaccedilatildeo nutricional de idosos um estudo bibliograacutefico Rev RENE Fortaleza v 8 n 1 p 60-70 janabr2007 Disponiacutevel em lthttprepositoriofurgbr8080xmluibitstreamhandle11857AvaliaC3A7C3A3o20nutricional20de20idosos20um20estudo20bibliogrC3A1ficopdfsequence=1gt Acesso em 20 mar 2013 LACOURT M X MARINI L L Decreacutescimo da funccedilatildeo muscular decorrente do envelhecimento e a influecircncia na qualidade de vida do idoso uma revisatildeo de literatura Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 3 n 1 p114-121 janjul 2006 Disponiacutevel emlt httpwwwupfbrseerindexphprbceharticleview5144gt Acesso em 05 de out de 2013 LEBRAtildeO M L O envelhecimento no Brasil aspectos da transiccedilatildeo demograacutefica e epidemioloacutegica Revista Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 4 n 17 p 135-140 ago set 2007 Disponiacutevel emlt httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem2559pdfgt Acesso em 24 mar 2013 LEON M et al Percepccedilatildeo da inseguranccedila alimentar em famiacutelias com idosos em Capinas Satildeo Paulo Caderno de Puacuteblica Rio de Janeiro v21 n 1 p1433-1410 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv21n516pdf Acesso em 02 out 2013 MACHADO J S Perfil nutricional e funcional de idosos atendidos em um ambulatoacuterio de nutriccedilatildeo da policliacute-nica Joseacute Paranhos Fontenelle na cidade do Rio de Janeiro Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 10 p 57-73 2006 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47972702gt Acesso em 05 de out de 2013
78
MADEIRA M C et al Atividade fiacutesica no deslocamento em adultos e idosos do Brasil prevalecircncias e fatores associados Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v29 n 1 p 165-174 jan 2013 Disponiacutevel emlt httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cachel0y4OnZr76sJscholargooglecom+MADEIRA+atividade+fisica+2013amphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 05 out 2013
MAGALHAtildeES L M R Relaccedilatildeo entre Sauacutede Oral e Nutriccedilatildeo em Idosos 2011 49 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Dentaacuteria) Universidade Fernando Pessoa Porto Alegre 2011 Disponiacutevel emlt httpbdigitalufpptbitstream1028424023Tpdfgtacesso em 15 mar 2013 MALTA M B PAPINI S J CORRENTE J E Avaliaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo de idosos de municiacutepio paulista ndash aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v18 n 2 p 377-384 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfcscv18n209pdfgt acesso em 30 de set de 2013 MARTINS W P et al Resistecircncia agrave insulina em mulheres com siacutendrome dos ovaacuterios policiacutesticos modifica fatores de risco cardiovascular Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Rio de Janeiro v 31 n 3 mar 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrscielophppid=S010072032009000300002ampscript=sci_arttextamptlng=ESgt Acesso em 01 out 2013
MARUCCI D M et al Hipertensatildeo arterial referida e indicadores antropomeacutetricos de gordura em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 57 n 1 p 25-30 2011 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdframbv57n1v57n1a11pdfgt Acesso em 15 fev 2013 MASSON C R et al Prevalecircncia de sedentarismo nas mulheres adultas da cidade de Satildeo Leopoldo Rio Grande do Sul Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 21 n 6 p 1685-1694 nov dez 2005 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcspv21n605pdfgt Acesso em 20 de set 2013 MAZO G Z et al Aptidatildeo funcional geral e iacutendice de massa corporal de idosas praticantes de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Cineantropometria amp Desempenho Humano Florianoacutepolis v8 n4 p46-51 2006 Disponiacutevel emlthttpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cachehttpwwwportalsaudebrasilcomartigospsbidoso077pdfgt Acesso em 20 de set de 2013 MENDES M R S et al Situaccedilatildeo social do idoso no Brasil uma breve consideraccedilatildeo 2005 11 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Enfermagem na Sauacutede do Adulto) Escola de Enfermagem da Universidade de Satildeo Paulo - USP ndash Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfapev18n4a11v18n4pdfgt Acesso em 23 mar 2013 MENEZES T N MARUCCI M F N Valor energeacutetico total e contribuiccedilatildeo de percentual de calorias por macronutrientes da alimentaccedilatildeo de idosos domiciliados m Fortaleza Cearaacute Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 58 n1 p 33-40 nov dez 2012 MIZUNO J Perfil Bioquiacutemico da Glicose e Praacutetica de Atividade Fiacutesica nos Nipo-brasileiros de Segunda Geraccedilatildeo da Cidade de Bauru 2007 46 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Licenciatura Plena em Educaccedilatildeo Fiacutesica) - Departamento de
79
Educaccedilatildeo Fiacutesica da Faculdade de Ciecircncias da Universidade Estadual Paulista Bauru 2007 MONTENEGRO S M R S Efeitos de um programa de fisioterapia como promotor de sauacutede na capacidade funcional de mulheres idosas institucionalizadas 80 f 2006 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Educaccedilatildeo e Sauacutede) Centro de Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Fortaleza Cearaacute 2005 Disponiacutevel em httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheoICqZeWR7EJscholargooglecom+montenegro+silva++alimentaC3A7C3A3o+de+idososamphl=ptBRampas_sdt=05gt Acesso em 10 set 2013 MONTILLA R N G ALDRIGHI J M AVALIACcedilAtildeO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES NO CLIMATEacuteRIO Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache0pygmM5iqLIJscholargooglecom+relaC3A7C3A3o+de+estado+nutricional+e+consumo+alimentar+de+idososamphl=pt-PTampas_sdt=05gt Acesso em 08 de out de 2013 MOTA J et al Atividade fiacutesica e qualidade de vida associada aacute sauacutede em idosos participantes e natildeo participantes em programas regulares de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Satildeo Paulo v20 n3 p219-25 julset 2006 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheCBoCKJNge0oJscholargooglecom+idosos+atividade+fC3ADsicaamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 07 de out de 2013 MULLER N VIETZ V R Educaccedilatildeo em sauacutede e educaccedilatildeo nutricional aos idosos do centro de convivecircncia do idoso Andreacutes Chamorro (cci) no municiacutepio de dourados MS 2009 7 f Trabalhatildeo de Conclusatildeo de Curso ( Bacharel em Enfermagem) - Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul 2009 Mato Grosso do Sul Disponiacutevel em lt httpperiodicosuemsbrindexphpsemexarticleview2305980gt Acesso em 10 mar 2013 NASCIMENTO C M et al Estado nutricional e fatores associados em idosos do Municiacutepio de Viccedilosa Minas Gerais Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 27 n12 p 2409-2418 dez 2011 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610721ampindexSearch=IDgt Acesso em 25 mai 2013 NESELLO L A N TONELLI F O BELTRAME T B Constipaccedilatildeo intestinal em idosos frequentadores de um Centro de Convivecircncia no municiacutepio de Itajaiacute-SC Revista Ceres Rio de Janeiro v 6 n 3 p 151-162 2011 Disponiacutevel em httpwwwe-publicacoesuerjbrindexphpceresarticleviewFile21252113 Acesso em 20 abr 2013 PAIVA NETO A OLIVEIRA A SANTOS R O Comparaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal em idosos esportistas com idosos irregularmente ativos Revista Movimento amp Percepccedilatildeo Espiacuterito Santo do Pinhal v 8 n 11 p41-54 juldez 2007 Disponiacutevel emhttpswwwgooglecombrurlsa=tamprct=jampq=ComparaC3A7C3A3o+da+composiC3A7C3A3o+corporal+em+idosos+esportistas+com+idosos+irregular
80
mente+ativosampesrc=sampsource=webampcd=1ampved=0CC0QFjAAampurl=http3A2F2Fwwwresearchgatenet2Fpublication2F26488733_Comparao_da_composio_corporal_em_idosos_esportistas_com_idosos_irregularmente_ativosampei=kRttUsWfJMuDkQeRx4HgBQampusg=AFQjCNHiqsY74lFQzTDoK8SjKlR0YQnChA Acesso em 10 de out de 2013 NOBREGA A C L Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Atividade Fiacutesica e Sauacutede no Idoso Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 5 n 6 NovDez 1999 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev5n6v5n6a02pdfgt Acesso em 03 mar 2013 PAIXAtildeO M P P C BRESSAN J Caacutelcio e sauacutede osseacutea tratamento e prevenccedilatildeo Revista Sauacutede e Pesquisa v 3 n 2 p 237-246 maioago 2010 Disponiacutevel emlthttpwwwcesumarbrpesquisaperiodicosindexphpsaudpesqarticleview11911079gt Acesso em 12 de out de 2013 PADOVANI R M et al Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 19 n 2 p 741-760 novdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv19n609pdfgt Acesso em 15 set 2013 PEREIRA B C Radicais Livres uma nova abordagem PERISSINOTTO E et alAnthropometric measurements in the elderly Age and gender differences Br J Nutr v 87 n1 p177-186 2012 Disponiacutevel lthttpjournalscambridgeorgdownloadphpfile=2FBJN2FBJN87_022FS0007114502000430apdfampcode=7c9a31135d39e8d85eecd461067b11c3gt Acesso em 15 out 2013 PESSOA L M O P Adequaccedilatildeo nutricional da alimentaccedilatildeo servida aos idosos do instituto Satildeo Vicente de Paulo Vinculado ao laboratoacuterio itinerante PROEAC UEPB 2012 39 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharelado em Enfermagem) ndash Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universidade Estadual da Paraiacuteba Campina Grande 2012 Disponiacutevel em lthttpdspacebcuepbedubr8080jspuibitstream1234567897791PDF20-20Larrycya20Mahayana20Oliveira20Pessoapdfgt acesso em 05 mar 2013 PREVIDELLI A N et al Iacutendice de Qualidade da Dieta Revisado para populaccedilatildeo brasileira Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 45 n4 p 794-798 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrspv45n42523pdfgt acesso em 15 jun 2013 RAUEN M S Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de idosos institucionalizados Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v21 n3 p 303-310 MaiJun 2008 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrnv21n3a05v21n3pdf Acesso em 05 de out de 2013 REIS A E S SOUZA J A Atividade fiacutesica para idosos 36 f 2012 Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica Universidade do Vale do Rio Verde de Trecircs Coraccedilotildees Minas Gerais 2012 Disponiacutevel em httprevistasunincorbrindexphpiniciacaocientificaarticleviewFile424343 Acesso em 13 de set de 2013 RINALDI D B COELHO I Nutriccedilatildeo sauacutede e envelhecimento um estudo sobre o estado nutricional de mulheres que participam do projeto de extensatildeo ldquoUniversidade
81
da Idade Ativardquo Revista Unoesc amp Ciecircncia ndash ACBS Joaccedilaba v 2 n 1 p 67-74 2011 Disponiacutevel lthttpeditoraunoescedubrindexphpacbsarticleview665gt Acesso em 11 abr 2013 ROSA L B et al Odontogeriatria ndash a sauacutede bucal na terceira idade Revista da Faculdade de Odontologia ndash UPF Satildeo Paulo v 13 n8 p 82-86 maiago 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprfoarticleview599392gt Acesso em 08 Mar 2013 RUELA L C R SOUSA JUNIOR F A C Avaliaccedilatildeo nutricional e estilo de vida de adolescentes de uma escola puacuteblica da regiatildeo sul fluminense ndash RJ Revista Nutrir Gerais Ipatinga v 4 n 6 p 554-565 fevjul 2010 Disponiacutevel emlt httpwwwunilestemgbrnutrirgeraisdownloadsartigosvolume4edicao_06avaliacao_nutricional_estilo_vidapdfgt acesso em 20 de set de 2013 SALGADO C D S Mulher idosa a feminizaccedilatildeo da velhice Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 4 p 7-19 2002 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47162642gt Acesso em 01 de out de 2013 SAMPAIO L R Avaliaccedilatildeo nutricional e envelhecimento Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 17 n4 p 507-514 outdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv17n422898pdfgt Acesso em 15 de out de 2013 SANTOS D M SCHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 2 p 163-168 out 2004 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfrspv39n224037pdfgt Acesso em 25 de set de 2013 SANTOS LA S O fazer educaccedilatildeo alimentar e nutricional algumas contribuiccedilotildees para reflexatildeo Revista Ciecircncia e Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 17 n 2 p33-41 Fev 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_pdfamppid=S1413-81232012000200018amplng=enampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de ago 2013 SASS A et al Depressatildeo em idosos inscritos no Programa de Controle de hipertensatildeo arterial e diabetes mellitus Revista Acta Paul Enfermagem Satildeo Paulo v25 n1 p80-85 jul 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfapev25n1v25n1a14pdfgt Acesso em 25 fev 2013 SILVA A K Q et al Perfil nutricional de idosos assistidos em instituiccedilatildeo de longa permanecircncia na cidade de Natal RN Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro v 4 n 1 p 27-35 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwsbggorgbrprofissionaisarquivorevistavolume4-numero1artigo05pdfgt Acesso em 02 de out de 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA VI Diretriz Brasileira de Hipertensatildeo Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo V17 n1 p 7-9 2010 Disponiacutevel em httpwwwanadorgbrprofissionaisimagesVI_Diretrizes_Bras_Hipertens_RDHA_6485pdf Acesso em 10 de abr 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenccedilatildeo da aterosclerose Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 9-23 2007 Disponiacutevel em
82
http9epublicacoescardiolbrconsenso2007diretriz-DApdf Acesso em 15 abr 2013 SOMMACAL H M et al Percentual de perda de peso e dobra cutacircnea tricipital paracircmetros confiaacuteveis para o diagnoacutestico de desnutriccedilatildeo em pacientes com neoplasia periampolar - avaliaccedilatildeo nutricional preacute-operatoacuteria Rev HCPA amp Fac Med Univ Fed Rio Gd do Sul Rio Grande do Sul v n 3 p 290-295 2011 Disponiacutevel emlthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610030ampindexSearch=IDgt Acesso em 28 ago 2013 SOUSA V M C GUARIENTO M E Avaliaccedilatildeo do idoso desnutrido Revista Brasileira de Cliacutenica Meacutedica Satildeo Paulo v7 n1 p 46-49 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwobservatorionacionaldoidosofiocruzbrbiblioteca_artigos83pdfgt acesso em 15 de out de 2013 SPEROTO F M SPINELLI R B Avaliaccedilatildeo nutricional em idosos independentes de uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no municiacutepio de Erechim-RS Revista Cientiacutefica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missotildees Rio Grande do Sul v 34 n 125 p 105-116 marccedilo2010 Disponiacutevel emlt httpwwwuriceredubrnewsitepdfsperspectiva125_78pdfgt Acesso em 01 de out de 2013 SERRA (ES) Secretaria de Sauacutede Guia de Sauacutede 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwserraesgovbrsesaguia_da_saudegt Acesso em 15 abr 2013 SILVEIRA E A KAC G BARBOSA L S Prevalecircncia e fatores associados agrave obesidade em idosos residentes em Pelotas Rio Grande do Sul Brasil classificaccedilatildeo da obesidade segundo dois pontos de corte do iacutendice de massa corporal Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 25 n7 p1569-1577 Jul 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfcspv25n715pdfgt Acesso em 15 abr 2013 SIQUEIRA R L BOTELHO M I V COELHO F M G A velhice algumas consideraccedilotildees teoacutericas e conceituais Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v 7 n4 p899-906 2002 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdf0Dcscv7n414613pdfgt Acesso em 20 fev 2013 SCHRAMM J M A et al Transiccedilatildeo epidemioloacutegica e o estudo de carga de doenccedila no Brasil Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v9 n4 p897-908 2004 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcscv9n4a11v9n4pdfgt Acesso em 28 fev 2013 Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos - TACO 4 ed 2011 Disponiacutevel em lthttp wwwunicampbrnepatacotabelaphpgt Acesso em 09 de out 2012 TARTARI R T BUSNELLO F M NUNES C H A Perfil Nutricional de Pacientes em Tratamento Quimioteraacutepico em um Ambulatoacuterio Especializado em Quimioterapia Revista Brasileira de Cancerologia Satildeo Paulo v56 n 1 p 43-50 jun2010 Disponiacutevel emlthttphospitalhelioangotticomenviados201053222221pdfgt Acesso em 11 de out de 2013 TOSCANO J J O OLIVEIRA A C C Qualidade de Vida em idosos com distintos niacuteveis de atividade Fiacutesica Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo
83
v 15 n3 MaiJun2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev15n3a01v15n3pdfgt acesso em 01 mar 2013 TRAMONTINO V S Nutriccedilatildeo para idosos Revista de Odontologia da Universidade Satildeo Paulo v 21 n 3 p 258-267 setdez 2009 Disponiacutevel lthttpfilesbvsbruploadS1983-51832009v21n3a009pdfgt Acesso em 15 mar 2013 VERAS R Envelhecimento populacional e as informaccedilotildees de sauacutede do PNAD demandas e desafios contemporacircneos Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 23 n10 p 2463-2466 out 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv23n1020pdfgt Acesso em 25 fev 2013 ZAITUNE M P Fatores associados aacute praacutetica de atividade fiacutesica global e de lazer em idosos inqueacuterito de sauacutede no estado de Satildeo Paulo Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 26 n 8 p 1606-1628 set 2010 Disponiacutevel em httpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=557075ampindexSearch=IDgt Acesso em 15 set 2013 WENDPAP L L Iacutendice da qualidade da dieta de adolescentes e fatores associados Dissertaccedilatildeo (Mestre em Biociecircncias) Poacutes Graduaccedilatildeo em Biociecircncias Faculdade de Nutriccedilatildeo da Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabaacute 2012 Disponiacutevel em httpwwwsaudemtgovbruploaddocumento104indice-de-qualidade-da-dieta-de-adolescentes-e-fatores-associados-autora-loiva-lide-wendpap-5B104-140312-SES-MT5Dpdf Acesso em 25 ago 2013 WASHBURN RA SMITH KW JETTE A M JANNEY CA The Physical Activity Scale for the Elderly (PASE) Development and evaluation Journal of Clinical Epidemiology 1993
84
85
APEcircNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) participante
Na condiccedilatildeo de estudante do curso de Nutriccedilatildeo da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo
estou realizando uma pesquisa com o objetivo de analisar o estado nutricional relacionado aacute praacutetica
de atividade fiacutesica e a qualidade da dieta de idosos
Necessito de sua contribuiccedilatildeo para responder questotildees relacionadas ao niacutevel de atividade fiacutesica
exercida informar sobre seus haacutebitos alimentares atuais e tambeacutem da permissatildeo para mensuraccedilatildeo
do seu peso estatura valores de pregas cutacircneas circunferecircncia da cintura da panturrilha e do
braccedilo Sua participaccedilatildeo nesse estudo eacute voluntaacuteria e se vocecirc decidir natildeo participar ou quiser desistir
de continuar em qualquer momento tem absoluta liberdade de fazecirc-lo
Na publicaccedilatildeo dos resultados desta pesquisa sua identidade seraacute mantida no mais rigoroso sigilo
Seratildeo omitidas todas as informaccedilotildees que permitam identificaacute-lo (a)
Os benefiacutecios desse estudo estatildeo relacionados ao conhecimento do seu estado nutricional e
orientaccedilotildees relativas para a melhora do mesmo Os riscos que podem acontecer satildeo referentes agraves
medidas das pregas cutacircneas que podem provocar hematomas e vermelhidatildeo Mas para minimizar e
evitar esse transtorno as medidas seratildeo feitas por pesquisadores treinados e aptos para essa coleta
Quaisquer duacutevidas relativas agrave pesquisa poderatildeo ser esclarecidas por mim ndash Patriacutecia Helena Teixeira
ou pela professora responsaacutevel Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo atraveacutes do telefone 3331-
8500
Atenciosamente
_________________________ Nome do aluno(a)
____________________________ Local e data
_________________________ Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo
(professora responsaacutevel)
____________________________ Local e data
Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma coacutepia deste termo de
consentimento
_____________________________ Nome e assinatura do participante
______________________________ Local e data
86
APEcircNDICE B
PRONTUAacuteRIO
IDENTIFICACcedilAtildeO Nome _______________________________Sexo ( )F ( )M Idade______ AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA Paracircmetros Peso Altura de Gordura CB PCT CC CP
87
APEcircNDICE C
REGISTRO ALIMENTAR DATA__________
Refeiccedilatildeo Horaacuterio Local
Alimento Preparaccedilatildeo Quantidade
Desjejum
Colaccedilatildeo
Almoccedilo
Lanche
Jantar
Ceia
88
ANEXO A
QUESTIONAacuteRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FIacuteSICA VERSAtildeO CURTA
Fonte Mizuno 2007
89
ANEXO B
CIRCUNFERENCIA DO BRACcedilO DE ACORDO COM GEcircNERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
90
ANEXO C
PERCENTIS DA PREGA CUTAcircNEA TRICIPITAL SEGUNDO GENERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
91
ANEXO D
IacuteNDICE DE QUALIDADE DA DIETA REVISADO
Fonte Wendpap 2012
92
ANEXO E
DESCRICcedilAtildeO DAS PONTUACcedilOtildeES DO IQD-R
Fonte Wendpap 2012
AGRADECIMENTOS
Aacute minha orientadora professora Mirian Paixatildeo pela paciecircncia na orientaccedilatildeo
incentivo e inspiraccedilatildeo no amadurecimento dos meus conhecimentos gerados ao
longo do curso que tornaram possiacutevel a conclusatildeo deste trabalho e muito mais que
isso na realizaccedilatildeo de um sonho
Aacute todos os professores que foram tatildeo importantes ao longo do curso e contribuiacuteram
para o crescimento da minha paixatildeo pela ciecircncia da Nutriccedilatildeo Em especial meu
muito obrigada aacutes professoras Luciene Rabelo Ana Cristina Soares Kelly Amichi
Clauacutedia Cacircmara Alessandra Rodrigues e Michele Barrela
Aacute querida e competente nutricionista Luciana Almeida Costa que natildeo hesitou em me
ajudar em momentos tatildeo trabalhosos na realizaccedilatildeo deste trabalho e aos demais
nutricionistas da equipe de Alimentaccedilatildeo Escolar da SEDU ndash ES que de alguma
forma contribuiacuteram para o meu crescimento pessoal e profissional
As amigas especiais Abyla Josiane e Ingrid pelo incentivo companheirismo
desabafos e apoio constante
Agradeccedilo tambeacutem ao meu noivo Jefferson que de forma especial e carinhosa me
deu forccedila e coragem me apoiando nos momentos de dificuldades Valeu a pena
toda a distacircncia todo o sofrimento todas as renuacutencias valeu a pena esperar para
que juntos possamos colher bons frutos de todo nosso empenho
E dedico esta e demais conquistas aos meus amados pais Sebastiatildeo e Maria da
Penha aos meus irmatildeos Everton Helder e Leandro as minhas cunhadas-irmatildes
Aline e Julliethe e a minha preciosidade sobrinha-afilhada Aliacutecia que eacute o meu maior
presente
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo avaliar o estado nutricional e consumo alimentar a
partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo atividade fiacutesica
realizando comparaccedilatildeo entre estes Para realiza-lo foi selecionada uma amostra de
40 idosos no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe Serra-ES Dois encontros
foram realizados a fim de avaliar o estado nutricional niacutevel de atividade fiacutesica e
consumo alimentar atraveacutes da aplicaccedilatildeo do iacutendice de qualidade da dieta revisado
(IQD-R) Durante avaliaccedilatildeo nutricional foi realizada a afericcedilatildeo do peso e estatura
para realizaccedilatildeo do caacutelculo do iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da
cintura (CC) circunferecircncia do braccedilo (CB) circunferecircncia da panturrilha prega
cutacircnea tricipital e percentual de gordura corporal atraveacutes de biompedacircncia Para
avaliar o consumo alimentar atraveacutes do IQD-R foi coletado o registro alimentar de
trecircs dias de todos os indiviacuteduos e para mensurar o niacutevel de atividade fiacutesica foi
aplicado o questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ) Foram
avaliados 40 idosos sendo a amostra 100 do sexo feminino Quanto ao niacutevel de
atividade fiacutesica 32 (n=13) indiviacuteduos foram classificados com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e 68 (n=27) com niacutevel de atividade fiacutesica moderado No grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi constatado segundo IMC que apenas 769 (n=1)
se encontravam em eutrofia Em relaccedilatildeo aacute CC o grupo apresentou um valor meacutedio
equivalente ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas
Quanto ao de gordura corporal apenas 1111 (n=1) apresentaram valores
adequados No grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado em relaccedilatildeo ao IMC
4814 (n=13) apresentam eutrofia Em relaccedilatildeo a CC o valor meacutedio encontrado no
grupo equivale a um risco aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e 5185 (n=
14) dos indiviacuteduos do grupo apresentaram um de gordura corporal adequado
Quanto a avaliaccedilatildeo de CB CP e PCT tambeacutem pocircde ser observado melhores
resultados no grupo de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao grupo de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo Na avaliaccedilatildeo da
qualidade da dieta em geral obteve-se uma pontuaccedilatildeo meacutedia de 7592 que
caracteriza uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser observado que os
indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia
maior de iacutendice de qualidade (7688) quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo (7398) Diante do exposto conclui-se que os idosos que
praticam atividade fiacutesica moderadamente apresentam um melhor estado nutricional
quando comparados aos idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Em
relaccedilatildeo a qualidade da dieta verifica-se que em geral a populaccedilatildeo estudada
apresentou uma elevada pontuaccedilatildeo no qual caracteriza a dieta como ldquosaudaacutevelrdquo
Em suma eacute necessaacuteria a realizaccedilatildeo futura de estudos nutricionais em idosos
abrangendo outros assuntos ligados agrave nutriccedilatildeo que sejam pertinentes a este grupo
Palavras-chave Qualidade da dieta idosos estado nutricional
ABSTRACT
This study aimed to assess the nutritional status and dietary intake through the diet quality
index of elderly people that practicing or not physical activity and making comparison
between them To realize it we selected a sample of 40 subjects in the Health Committee of
the Elderly Jacaraipe Serra - ES Two meetings were held to assess the nutritional status
level of physical activity and food consumption by applying the diet quality index revised
(IQD-R) Nutritional assessment was performed during the measurement of weight and
height for calculation of body mass index (BMI) waist circumference (WC) arm
circumference (AC ) calf circumference triceps skinfold thickness and body fat percentage
biompedacircncia through To assess food intake through IQD -R was collected three days food
record of all individuals and to measure the level of physical activity we applied the
International Physical Activity Questionnaire short version (IPAQ) We evaluated 40 subjects
the sample being 100 female The level of physical activity 32 (n = 13) subjects were
classified as low level of physical activity and 68 (n = 27) with moderate level of physical
activity In the group with low physical activity level was determined using BMI only 769
(n = 1) were eutrophic In relation to waist circumference the group had a mean value equal
to the substantially increased risk of metabolic complications As for body fat only 1111
( n = 1 ) showed adequate In the group with moderate physical activity level in relation to
BMI 4814 (n = 13) had normal weight Compared to DC the average value found in the
group amounts to an increased risk of metabolic complications and 5185 ( n = 14 ) of
individuals from one group had adequate body fat Regarding the evaluation of arm
circumference Calf circumference and skinfold thickness also be observed better results in
the group of elderly patients with moderate level of physical activity when compared to the
group of older people with low level of physical activity In assessing the quality of the diet
in general we obtained an average score of 7592 featuring a healthy diet but can also
be observed that the individuals in the group with moderate level of physical activity had a
higher average index quality (7688) compared to those with low levels of physical activity
(7398) Given the above it is concluded that elderly people who practice physical activity
moderately have a better nutritional status compared to the elderly who have a low level of
physical activity Regarding the quality of the diet it appears that the general population has
a high score which characterizes the diet as healthy In short it is necessary to conduct
future studies of nutrition in the elderly covering other issues related to nutrition which are
relevant to this group
Keywords Quality of diet Elderly Nutritional status
LISTA DE SIGLAS
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
PCT ndash Prega Cutacircnea Tricipital
GC ndash Percentual de Gordura Corporal
CP ndash Circunferecircncia da Panturrilha
CC ndash Circunferecircncia da Cintura
CB ndash Circunferecircncia do Braccedilo
IQD-R ndash iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado
DCNT ndash Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
IPAQ ndash Questionaacuterio Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica
CEP ndash Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
SISVAN ndash Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional
PROEF ndash Programa de Orientaccedilatildeo ao Exerciacutecio Fiacutesico
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos) 35
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos 47
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos 47
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres
48
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
49
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra
53
Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica
53
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
58
Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
58
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
59
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
59
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
61
Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
61
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 19 2 REFERENCIAL TEORICO 21 21TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DCNT NO ENVELHECIMENTO 21 22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE 25 23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO 28 24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO 30 25 QUALIDADE DA DIETA 36 251 iacutendice de Qualidade da Dieta 36 252 Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel no Envelhecimento 37 253 Seguranccedila Alimentar 39 26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO 39 261 Iacutendice de Massa Corporal 40 262 Circunferecircncia do Braccedilo 41 263 Circunferecircncia da Cintura 41 264 Prega Cutacircnea Tricipital 41 265 Cinrcunferecircncia da Panturrilha 42 27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO 42 3 METODOLOGIA 45 31 DESENHO DE ESTUDO 45 32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO 45 33 ASPECTOS EacuteTICOS 46 34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA 46 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR 49 36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA 50 37 ANAacuteLISE DOS DADOS 52
53 4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS 53 42 DISCUSSAtildeO 62 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71
REFEREcircNCIAS 73 APEcircNDICE A 85
APEcircNDICE B 86
APEcircNDICE C 87
ANEXO A 88
ANEXO B 89
ANEXO C 90
ANEXO D 91
ANEXO E 92
19
1 INTRODUCcedilAtildeO
O Brasil vem apresentando claramente o envelhecimento da populaccedilatildeo nas uacuteltimas
deacutecadas que pode ser explicado pela chamada transiccedilatildeo demograacutefica um
fenocircmeno caracterizado por reduccedilotildees progressivas nas taxas de mortalidade e
fecundidade Outro fenocircmeno que tambeacutem acompanha o envelhecimento da
populaccedilatildeo brasileira eacute a transiccedilatildeo epidemioloacutegica no qual apresenta uma elevaccedilatildeo
na incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ao mesmo tempo em que
ocorre uma reduccedilatildeo progressiva de doenccedilas infecto contagiosas (LEBRAtildeO 2007)
Paralelo agrave transiccedilatildeo epidemioloacutegica diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas naturais do
envelhecimento como elevaccedilatildeo do tecido adiposo diminuiccedilatildeo na sensibilidade da
insulina reduccedilatildeo da secreccedilatildeo do aacutecido cloriacutedrico aleacutem de alteraccedilotildees na percepccedilatildeo
do paladar tambeacutem contribuem diretamente para a ocorrecircncia de doenccedilas crocircnicas
natildeo transmissiacuteveis como o diabetes quadros de constipaccedilatildeo intestinal e sobrepeso
em idosos (BUENO et al 2008)
A sauacutede e a qualidade de vida e consequentemente a nutriccedilatildeo dos idosos tambeacutem
se encontram comprometidas com a alta incidecircncia de depressatildeo decorrentes na
maioria das vezes pela solidatildeo morte do conjugue dependecircncia de outras pessoas
para realizaccedilatildeo de simples tarefas cotidianas como a de se alimentar (LACERDA
SANTOS 2007)
Uma nova ferramenta que vem sendo utilizada para a avaliaccedilatildeo do consumo
alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) no qual se baseia na
comparaccedilatildeo das porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do
Guia alimentar para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo
da sauacutede atraveacutes da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de
nutrientes e obesidade (WENDPAP 2012)
Considerando todos estes aspectos relacionados agrave sauacutede e qualidade de vida dos
idosos eacute de suma importacircncia estudos relacionados agrave identificaccedilatildeo do estado
nutricional e do consumo alimentar desta populaccedilatildeo que mais cresce no mundo de
modo que se criem condiccedilotildees de formulaccedilatildeo de novas propostas de intervenccedilatildeo e
acompanhamento nutricional que auxiliem no tratamento e na prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis contribuindo assim tambeacutem para o aumento
da qualidade de vida (BUENO et al 2008)
20
Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e consumo
alimentar a partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo
atividade fiacutesica realizando comparaccedilotildees entre estes
21
2 REFERENCIAL TEORICO 21 TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DOENCcedilAS CROcircNICAS NAtildeO
TRANSMISSIacuteVEIS NO ENVELHECIMENTO
O mundo estaacute vivenciando um momento especial chamado momento demograacutefico
considerado um dos melhores devido agrave transiccedilatildeo demograacutefica que eacute caracterizada
pela diminuiccedilatildeo na taxa de mortalidade e tambeacutem reduccedilatildeo na taxa de natalidade o
que leva a uma inversatildeo na piracircmide populacional (ALVES 2008)
O processo de envelhecimento demograacutefico eacute facilmente identificado em todo o
mundo sendo esse processo mais significativo e acelerado nos paiacuteses em
desenvolvimento Segundo registros do IBGE no Brasil houve um aumento na
populaccedilatildeo de idosos de mais de trecircs por cento entre os anos de 1970 e 1990
(SIQUEIRA BOTELHO COELHO 2002)
Muler e Vietz (2009) relatam que segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede satildeo
considerados idosos indiviacuteduos com idade igual ou superior a 60 anos e Marucci e
outros (2011) afirmaram que atraveacutes do censo do ano de 2010 os indiviacuteduos nesta
faixa etaacuteria representam cerca de 11 da populaccedilatildeo brasileira que gira em torno de
21 milhotildees de idosos
O aumento da populaccedilatildeo idosa tem sido relativo agrave expansatildeo da expectativa de vida
da populaccedilatildeo brasileira que apresentou um aumento de 337 anos na deacutecada 50
para 5099 anos no ano de 1990 e passou para 6625 anos em 1995 e a expectativa
eacute que chegue a 7708 entre os anos de 2020 e 2025 (SIQUEIRA BOTELHO
COELHO 2002)
A taxa de natalidade tambeacutem eacute um processo que colabora para a transiccedilatildeo
demograacutefica e a sua reduccedilatildeo vem mostrando natildeo ter ligaccedilatildeo direta com as
condiccedilotildees econocircmicas das famiacutelias que optaram por natildeo ter ou ter um nuacutemero
reduzido de filhos pelo contraacuterio essa queda de fecundidade vem acontecendo por
livre escolha dos casais (ALVES 2008)
Anualmente cerca de milhares de novos idosos satildeo inseridos na populaccedilatildeo
brasileira e com isso haacute uma alteraccedilatildeo no quadro da mortalidade que antes era de
uma populaccedilatildeo mais jovem para uma sobrecarga de doenccedilas caracteriacutesticas da
22
terceira idade como doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e muacuteltiplas que levam a
quadros de internaccedilatildeo por longos anos que exigem ainda cuidados constantes
Esse quadro leva a um aumento nas despesas de tratamento meacutedico e de
internaccedilotildees hospitalares o que gera grandes desafios para o governo que se ver
obrigado a criar planos estrateacutegicos para a prestaccedilatildeo de cuidados e para a
prevenccedilatildeo das doenccedilas comumente a terceira idade (VERAS 2007)
A alta carga de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis caracteriza tambeacutem a chamada
transiccedilatildeo epidemioloacutegica esse processo envolve principalmente a reduccedilatildeo de
doenccedilas transmissiacuteveis e do mesmo modo ocorre o aumento de doenccedilas natildeo
transmissiacuteveis a transiccedilatildeo de casos de morbimortalidades da populaccedilatildeo mais
jovens para a populaccedilatildeo mais idosa alteraccedilatildeo de um quadro de mortalidade da
populaccedilatildeo para um quadro de morbidades (SCHRAMM et al 2004)
Pode-se observar uma relaccedilatildeo niacutetida entre transiccedilatildeo demograacutefica e transiccedilatildeo
epidemioloacutegica com a reduccedilatildeo das doenccedilas infecciosas que em tempos atraacutes era a
principal causa de mortalidade a taxa de mortalidade de populaccedilatildeo mais jovem
reduziu e em contrapartida esses ldquojovensrdquo passam a conviver com os fatores de
riscos para doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que se tornam mais comum com a
vivecircncia dos anos de vida adicionais decorrente da transiccedilatildeo demograacutefica
(CHAIMOWICZ 1997)
A alteraccedilatildeo na carga de doenccedilas que mais atinge a populaccedilatildeo para a prevalecircncia
de doenccedilas crocircnicas natildeo degenerativas e suas complicaccedilotildees leva aacute evidentes
alteraccedilatildeo na utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede puacuteblica em que envolve principalmente
aumento de custos para promover o tratamento meacutedico adequado destas
enfermidades com isso se faz necessaacuterio agrave implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que
possam suprir esse quadro (SCHRAMM 2004)
As principais doenccedilas crocircnicas que acometem os idosos satildeo o diabetes mellitus
hipertensatildeo arterial dislipidemias e obesidade O diabetes Mellitus trata-se de uma
patologia de etiologias muacuteltiplas podendo ser representado atraveacutes da ausecircncia ou
reduccedilatildeo na siacutentese de insulina e na falha dos efeitos da atividade da insulina Eacute
caracterizado por alteraccedilotildees no metabolismo dos carboidratos o que leva a uma
hiperglicemia Este estado de hiperglicemia por um longo periacuteodo pode acarretar em
danos disfunccedilotildees ou ateacute mesmo falecircncias em diversos oacutergatildeos (BRASIL 2011a)
23
O tratamento do diabetes mellitus se baseia em uma educaccedilatildeo permanente a
respeito das modificaccedilotildees de haacutebitos como a incorporaccedilatildeo da praacutetica de atividade
fiacutesica suspensatildeo de fumo e de bebidas alcooacutelicas incorporaccedilatildeo de haacutebitos
alimentares mais saudaacuteveis e em alguns casos a utilizaccedilatildeo de medicamentos e de
insulina exoacutegena (BRASIL 2011a)
A hipertensatildeo arterial eacute uma patologia que tambeacutem apresenta etiologia multifatorial e
eacute caracterizada pelo aumento nos niacuteveis pressoacutericos associados a diversas
alteraccedilotildees metaboacutelicas como hipertrofia cardiacuteaca considerando valores pressoacutericos
anormais igual ou maiores que 14090 mmHg (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA 2010)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial baseia-se no alcance do
peso ideal que eacute representando por valores inferiores de IMC a 249kg msup2 e perda
de medida da circunferecircncia da cintura alcanccedilado medidas inferiores a 102 cm para
homens e 88cm para as mulheres uma vez que vaacuterios estudos demostraram uma
ligaccedilatildeo direta entre peso corporal e pressatildeo arterial apresentando uma elevaccedilatildeo
linear aleacutem do encorajamento da reduccedilatildeo da ingestatildeo de sal A relaccedilatildeo entre
pressatildeo arterial e ingestatildeo de soacutedio eacute niacutetida devido a chamada sensibilidade ao sal
sendo assim a ingestatildeo de sal de cozinha deve ser limitada a 5 gramas diariamente
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2010 )
A Dislipidemia eacute caracterizada atraveacutes de alteraccedilotildees nas taxas de lipiacutedios no
sangue podendo ser classificada em Hipercolesterolemia Isolada no qual ocorre
somende a elevaccedilatildeo do LDL em valores igual ou acima de 160mgdl
hipertrigliceridemia Isolada representada pelo aumento somente nos valores
trigliceriacutedeos no sangue em valor igual ou acima de 150mgdl hiperlidemia mista no
qual ocorre elevaccedilatildeo nos valores de LDL e trigliceriacutedeos e HDL baixo representando
pela reduccedilatildeo do HDL seacuterico nos valores menores que 40mgdl para homens e
50mgdl para mulheres (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da dislipidemia eacute voltado para a terapia nutricional
atraveacutes de planejamento alimentar adequado que vise a reduccedilatildeo na ingestatildeo de
gorduras principalmente de colesterol e de gorduras saturadas e consequentemente
na reduccedilatildeo de lipiacutedicos seacutericos A reduccedilatildeo da ingestatildeo de colesterol ocorre atraveacutes
da diminuiccedilatildeo no consumo de produtos de origem animal incluindo viacutesceras
embutidos e leites e derivados integrais entre outros alimentos A diminuiccedilatildeo do
24
consumo de gordura saturada se daacute atraveacutes da reduccedilatildeo no consumo de alimentos
principalmente de origem animal tais como carnes com gorduras e leites integrais
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico de dislipidemias tambeacutem engloba a praacutetica de
atividade fiacutesica regularmente no qual leva a reduccedilatildeo de trigliceriacutedeo plasmaacutetico e
elevaccedilatildeo de HDL-C seacuterico e o abandono do fumo O tratamento medicamentoso eacute
empregado quando as mudanccedilas no estilo de vida natildeo alcanccedilam um resultado
satisfatoacuterio ou quando se precisa de resultados raacutepidos para a reversatildeo do quadro
de dislipidemia com isso haacute a administraccedilatildeo de medicamentos hipolipemiantes que
atuam impedindo a siacutentese intracelular de colesterol aumentando os receptores de
LDL no fiacutegado que leva haacute uma maior captaccedilatildeo de colesterol circulante
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
A ocorrecircncia de excesso de peso em idosos geralmente eacute diagnosticada atraveacutes do
Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizando o ponto de corte de igual maior que 27
kgmsup2 (SILVEIRA KAC BARBOSA 2009) O excesso de massa gorda no corpo
humano tem trazido diversas complicaccedilotildees metaboacutelicas tornando um problema de
sauacutede puacuteblica que atinge diversos paiacuteses em todo o mundo natildeo distinguindo paiacuteses
desenvolvidos ou em desenvolvimento A obesidade eacute um integrante do grupo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que cada vez se torna mais prevalente na
sociedade aleacutem disso a proacutepria condiccedilatildeo de obesidade eacute um grande fator de risco
para o desenvolvimento de outras doenccedilas crocircnicas como diabetes mellitus e
hipertensatildeo arterial (KUMPEL et al 2011)
O tratamento da obesidade deve ter como objetivo principal a reduccedilatildeo de peso seja
esta meta alcanccedilada atraveacutes de tratamento dieteacutetico atraveacutes da incorporaccedilatildeo de
uma alimentaccedilatildeo adequada dentro recomendaccedilatildeo energeacutetica para cada paciente ou
farmacoloacutegico no qual se emprega o uso de medicamentos que agem diminuindo a
fome aumentando a saciedade ou ainda alterando os mecanismos de digestatildeo e
absorccedilatildeo de nutrientes ou o tratamento para a obesidade pode ser ainda ciruacutergico
no qual a reduccedilatildeo de peso eacute decorrente de alguma intervenccedilatildeo ciruacutergica (BORGES
NONINO SANTOS 2006)
A atual situaccedilatildeo demograacutefica do nosso Paiacutes requer uma mudanccedila de caraacuteter
emergencial na atenccedilatildeo agrave sauacutede dos idosos brasileiros Essa alteraccedilatildeo deve
envolver propostas modernas que possa fazer com que o sistema de sauacutede do paiacutes
25
ganhe e tambeacutem com que os idosos possam utilizar-se dos serviccedilos puacuteblicos de
modo a promover o aumento da qualidade nestes anos extras de vida pois mesmo
que o Brasil esteja apresentando um perfil demograacutefico semelhante ao perfil de
paiacuteses desenvolvidos o paiacutes em geral natildeo dispotildee de serviccedilos que possa suprir esse
novo perfil da populaccedilatildeo brasileira (VERAS 2007)
Entretanto jaacute pode ser verificado algumas accedilotildees voltadas a essa nova populaccedilatildeo
idosa como a criaccedilatildeo por parte do Governo de centros de convivecircncia de idosos
que incluem as mais diversas atividades como o objetivo de minimizar a solidatildeo e
aumentar a qualidade de vida (TOSCANO OLIVEIRA 2009)
22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE
De um modo geral a velocidade do crescimento da populaccedilatildeo idosa natildeo
acompanha a velocidade de implantaccedilatildeo e desenvolvimento de accedilotildees
governamentais voltadas para este puacuteblico sendo assim nos uacuteltimos anos pode-se
observar o crescente aumento de estudos que objetivam criar suportes para o
desenvolvimento de programas e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para o bem estar dessa
populaccedilatildeo (MENDES et al 2005)
Segundo Gonccedilalves e outros (2007) a criaccedilatildeo e execuccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas para
a populaccedilatildeo idosa implica em contradiccedilotildees uma vez que ainda haacute uma grande falha
na implantaccedilatildeo de poliacuteticas primaacuterias que possam favorecer por exemplo a
educaccedilatildeo e o emprego e o governo jaacute vem dando ecircnfase a poliacuteticas puacuteblicas para a
populaccedilatildeo no fim da vida
Mesmo assim o envelhecimento populacional estaacute em evidencia em diversas
organizaccedilotildees internacionais que lutam por investimentos financeiros que possa
garantir o envelhecimento da populaccedilatildeo de modo igualitaacuterio e com qualidade uma
vez que haacute uma grande diferenccedila no modo de se tratar idosos em paiacuteses em
desenvolvimento e paiacuteses desenvolvidos (GONCcedilALVES 2007)
No Brasil a preocupaccedilatildeo e atenccedilatildeo com qualidade de vida dos idosos teve grande
avanccedilo atraveacutes da implantaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (1993) no qual
defende a integraccedilatildeo definitiva do idoso na sociedade em 1994 ocorreu a
26
implantaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional do Idoso que tem como principal objetivo assegurar
os direitos sociais dessa populaccedilatildeo (BENEDETTI 2007)
No ano de 2003 o governo brasileiro sancionou o Estatuto do Idoso que visa
garantir os direitos reservados aos idosos com idade igual ou superior a sessenta
anos entre eles o Art 3 que assegura que
Eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia da comunidade da sociedade e do Poder Puacuteblico assegurar ao idoso com absoluta prioridade a efetivaccedilatildeo do direito agrave vida agrave sauacutede agrave alimentaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo agrave cultura ao esporte ao lazer ao trabalho agrave cidadania agrave libertada agrave dignidade ao respeito e agrave convivecircncia familiar e comunitaacuteria (BRASIL 2010a p11-169)
Quanto aacute sauacutede o estatuto garante que o Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS deve
assegurar agrave atenccedilatildeo integral a sauacutede do idoso utilizando-se de serviccedilos de para
prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede dando ecircnfase as doenccedilas
que mais atingem a populaccedilatildeo idosa (Brasil 1994)
Diante dessas diversas poliacuteticas implantadas pode-se observar claramente que nem
todos os direitos nestas estabelecidas satildeo realmente alcanccedilados na realidade
brasileira sendo assim a criaccedilatildeo oue implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas e
realizaccedilatildeo de accedilotildees para um envelhecimento saudaacutevel ainda estaacute em pleno
acontecimento Essas conquistas geralmente estatildeo ocorrendo atraveacutes da criaccedilatildeo de
programas para idosos como centros de vivecircncias campanhas de vacinaccedilatildeo
atividades de lazer programas de exerciacutecios fiacutesicos entre outros (BENEDETTI
2007)
Eacute possiacutevel observar uma crescente elevaccedilatildeo em todo o mundo na implantaccedilatildeo de
programas ao incentivo a praacutetica de atividade fiacutesica destinada a toda a populaccedilatildeo
incluindo os idosos No Brasil esse crescimento eacute niacutetido apoacutes a implantaccedilatildeo dos
Programas de Sauacutede da Famiacutelia que possibilitou a criaccedilatildeo de programas de
orientaccedilatildeo ao exerciacutecio fiacutesico em conjunto com as Prefeituras (BENEDETTI 2007)
O municiacutepio de Serra no estado do Espiacuterito Santo Brasil conta com diversos
programas municipais relacionados a promoccedilatildeo de sauacutede e qualidade de vida do
idosos entre os essenciais satildeo destacados o programa de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico (PROEF) no qual trata-se de um programa indicado inicialmente para os
idosos mas que alcanccedilou uma grande plenitude tendo como objetivo atual atingir o
27
puacuteblico jovem e adulto uma vez que o programa tem representando uma grande
participaccedilatildeo na prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas crocircnicas principalmente o
Diabetes Mellitus hipertensatildeo e Obesidade (SERRA 2012)
Outra ferramenta de controle do diabetes e hipertensatildeo no municiacutepio da Serra eacute o
monitoramento que acontece com esses indiviacuteduos nas Unidades de Sauacutede por
meio de atendimento multidisciplinar e oferecimento de materiais e medicamentos
para o controle destas doenccedilas como o fornecimento de insulina para pacientes que
necessitam do uso exoacutegeno de insulina (SERRA 2012)
Para melhorar a nutriccedilatildeo dos idosos o muniacutecipio da Serra disponibiliza para
indiviacuteduos com mais de 55 anos um quilo de leite em poacute desnatado por mecircs
enriquecido com caacutelcio atraveacutes do Programa de Suplemento Alimentar para o Idoso
(PSAI) que atende indiviacuteduo com mais de 55 anos e com renda de ateacute 40 do
salaacuterio miacutenimo per capta Os objetivos primordiais do programa satildeo alcanccedilar a
reduccedilatildeo de gastos com internaccedilotildees hospitalares ter um controle maior do diabetes
e hipertensatildeo aleacutem de promoccedilatildeo da qualidade de vida dessa faixa etaacuteria da
populaccedilatildeo serrana (SERRA 2012)
Com intuito de promover o controle das principais doenccedilas crocircnicas o Ministeacuterio da
Sauacutede em 2011 criou o Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial
e ao Diabetes Mellitus aprovado pela PortariaGM ndeg 16 de 03012002 no qual satildeo
definidas accedilotildees para prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede para indiviacuteduos hipertensos e
diabeacuteticos cadastrados no Sistema Uacutenico de Sauacutede (BRASIL 2011sup2)
Dentro do Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo aacute Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes
Mellitus criou-se o Programa Hiperdia atraveacutes da Portaria nordm 371GM Em 04 de
marccedilo de 2002 que visa o cadastramento e acompanhamento de todos os
indiviacuteduos portadores de hipertensatildeo e diabetes atraveacutes de um sistema
informatizado em todas as unidades de sauacutede O Hiperdia conta com uma equipe
multidisciplinar que envolve cardiologias nefrologistas dentista farmacecircutico
educador fiacutesico nutricionista e assistente social para atender todos os participantes
do programa conforme suas necessidades aleacutem da disponibilizaccedilatildeo de
medicamentos gratuitos para o controle destas patologias (INSTITUTO MINEIRO DE
ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA 2008)
23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO
28
O processo envelhecimento eacute caracterizado como um sistema contiacutenuo que
apresenta alteraccedilotildees fisioloacutegicas em oacutergatildeos e sistemas do corpo humano sendo
assim um a adesatildeo aacute um estilo de vida saudaacutevel pode levar a promoccedilatildeo da
qualidade de vida e consequentemente reduzir a velocidades destas alteraccedilotildees
fisioloacutegicas quem em muitas vezes leva a incapacidade e a dependecircncia por partes
dos idosos (NOBREGA et al 1999)
O processo natural do envelhecimento provoca diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas no
organismo no qual envolve alteraccedilotildees anatocircmicas e funcionais que refletem
diretamente na sauacutede desta populaccedilatildeo (CAMPO MONTEIRO ORNELAS 2000)
Aleacutem de dificultar a vivencia do indiviacuteduo idoso em seu meio que podem acelerar o
caminho para a morte (CHOCHAMOVITZ citado por PESSOA 2012)
O estado nutricional do indiviacuteduo tem importante papel no envelhecimento uma vez
que o controle das doenccedilas comumente a velhice como doenccedilas crocircnicas
relacionam-se diretamente com o estado nutricional Sendo assim a nutriccedilatildeo eacute de
suma importacircncia para localizaccedilatildeo de fatores de riscos para o desenvolvimento de
doenccedilas e de mortalidade entre os idosos (NASCIMENTO et al 2011)
Geralmente as alteraccedilotildees no estado nutricional do idoso influenciam
especificamente em algumas doenccedilas o baixo peso por exemplo estaacute em muitas
vezes relacionado com doenccedilas respiratoacuterias e o excesso de peso relacionado com
doenccedilas cardiovasculares e o diabetes (NASCIMENTO et al 2011)
O organismo envelhecido tambeacutem apresenta diversas alteraccedilotildees que afetam a
nutriccedilatildeo do indiviacuteduo idoso como a reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica basal alteraccedilotildees
no sistema digestoacuterio alteraccedilotildees na palatibilidade e na percepccedilatildeo da sede aleacutem da
redistribuiccedilatildeo da massa corporal com a reduccedilatildeo progressiva da massa magra e
aumento do tecido adiposo que afetam diretamente no consumo alimentar e no
estado nutricional da populaccedilatildeo idosa respectivamente (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
A alteraccedilatildeo da palatibilidade eacute comumente encontrada em cerca de 80 da
populaccedilatildeo idosa decorrente da diminuiccedilatildeo da percepccedilatildeo de gosto pelas papilas
gustativas devido a diminuiccedilatildeo na quantidade de bototildees gustativos (ROSA et al
2008)
29
Grandes alteraccedilotildees satildeo encontradas no sistema gastro-intestinal mas em geral o
funcionamento do intestino do pacircncreas e do fiacutegado satildeo encontrados com elevada
capacidade funcional as grandes alteraccedilotildees acontecem atraveacutes da atrofia da
mucosa gaacutestrica o que leva a diminuiccedilatildeo da siacutentese do aacutecido cloriacutedrico e do fator
intriacutenseco que consequentemente leva a menor absorccedilatildeo da vitamina B12 aleacutem da
reduccedilatildeo do gosto (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
As alteraccedilotildees gastrointestinais refletem principalmente na dificuldade absortiva de
micronutrientes (BHUTTO citado por TRAMONTINO et al 2009) e na dificuldade da
digestatildeo que levam ao aparecimento constante de gases mal estar constipaccedilatildeo
que pioram com uma alimentaccedilatildeo inadequada pobre em fibras comumente aos
haacutebitos alimentares dessa populaccedilatildeo (TRAMONTINO et al 2009)
As alteraccedilotildees no trato gastro-intestinal podem resultar tambeacutem na constipaccedilatildeo
intestinal que tambeacutem possui relaccedilatildeo direta com a alimentaccedilatildeo fatores psicoloacutegicos
fatores fiacutesicos e o uso de medicamentos podem ainda levar a maiores complicaccedilotildees
como distensatildeo abdominal cacircncer de coloacuten hemorroidas fiacutestula anal entre outras
patologias que vatildeo interferem diretamente tambeacutem na qualidade de vida dos idosos
(RAMOS citado por NESELLO TONELLI BELTRAME 2011)
A constipaccedilatildeo intestinal eacute definida atraveacutes da constataccedilatildeo de menos de trecircs
episoacutedios de evacuaccedilatildeo no periacuteodo de uma semana com a presenccedila de esforccedilo
sensaccedilatildeo de obstruccedilatildeo e presenccedila de fezes endurecidas de acordo com o consenso
de Roma III (LONGSTRETH et al citado por NESELLO TONELLI BELTRAME
2011)
Segundo Bosshard e outros citado por Nesello e outros(2004) a prevalecircncia da
constipaccedilatildeo intestinal eacute maior na populaccedilatildeo idosa o que nos jovens chegando a
atingir cerca de 20 dos idosos no geral e a sua prevalecircncia eacute ainda maior nas
mulheres do que nos homens
A intoleracircncia a glicose eacute uma caracteriacutestica bastante encontrada nos idosos no qual
possivelmente eacute decorrente da diminuiccedilatildeo da produccedilatildeo hormonal e do aumento no
nuacutemero de ceacutelulas adiposas frente a ceacutelulas musculares Com o diagnoacutestico da
intoleracircncia a glicose o tratamento eacute realizado apenas atraveacutes de uma dieta
equilibrada (TRAMONTINO et al 2009)
30
O diabetes mellitus tipo 2 estaacute entre as principais doenccedilas crocircnicas prevalentes na
sociedade atualmente e que atinge na sua maioria os idosos Aleacutem de ser uma das
causas principais de doenccedilas cardiovasculares (MENDES et al 2011)
Durante o processo de envelhecimento os processos de catabolismo e anabolismo
tambeacutem se encontram diferenciados no qual o catabolismo supera todos os
processos de anabolismo fazendo com que os oacutergatildeos tenham suas funccedilotildees
diminuiacutedas atraveacutes da reduccedilatildeo de ceacutelulas e ainda existem vaacuterias alteraccedilotildees
bioquiacutemicas que contribuem para a morte de ceacutelulas como a accedilatildeo de radicais livres
(TRAMONTINO 2009)
Os radicais livres satildeo moleacuteculas consideradas instaacuteveis uma vez que possuem um
nuacutemero iacutempar de eleacutetrons esse fato faz com que estas moleacuteculas procurem alguma
outra moleacutecula para capturarem um eleacutetron e se tornarem estaacuteveis podendo levar
consequentemente a degeneraccedilatildeo celular tecidual e orgacircnica (PEREIRA 2012)
Aleacutem das alteraccedilotildees fisioloacutegicas os fatores socioeconocircmicos tambeacutem exercem uma
importante influencia na sauacutede dos idosos o que envolve tambeacutem o consumo
alimentar (CAMPOS 2000)
24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO
Diversos estudos defendem a ideia de que a nutriccedilatildeo possui um caraacuteter
insubstituiacutevel na promoccedilatildeo do aumento de qualidade de vida devendo assim ser
associada a outros meacutetodos para garantir a eficaacutecia deste processo atraveacutes da
prevenccedilatildeo e controle de diversas patologias (CARVALHO et al 2003 DOBNER
BLASI KIRSTEN 2012)
A alimentaccedilatildeo adequada eacute imprescindiacutevel em qualquer faixa etaacuteria eacute a partir da
alimentaccedilatildeo que alcanccedilamos a capacidade de realizar diversas accedilotildees no dia a dia
desde a mais simples como estudar ateacute as mais complexas como a praacutetica de
exerciacutecios fiacutesicos Dentre as vaacuterias importacircncias da alimentaccedilatildeo a ingestatildeo de
nutrientes adequada eacute de suma importacircncia para um envelhecimento saudaacutevel
(FERNANDES 2010)
Em decorrecircncia da transiccedilatildeo epidemioloacutegica a nutriccedilatildeo ganhou um amplo espaccedilo
no campo da prevenccedilatildeo de doenccedilas e estados fisioloacutegicos comumente encontrados
31
em idosos decorrentes ao processo natural do envelhecimento e de outros agravos
como a alta incidecircncia no uso de diversos medicamentos A ingestatildeo adequada de
fibras relacionadas com uma ingestatildeo adequada de aacutegua por exemplo auxilia na
prevenccedilatildeo e tratamento da constipaccedilatildeo intestinal aumentando a qualidade de vida
Diversos estudos apontam que um consumo entre 20 e 40 gramas diariamente
associado a ingestatildeo adequada de aacutegua leva a uma melhora consideraacutevel no quadro
de constipaccedilatildeo (BECKENKAMP 2010)
Campos e outros relatam (2009) que os fatores psicossociais comuns aos idosos
como perda do cocircnjuge solidatildeo falta de renda depressatildeo entre outros satildeo os
principais fatores externos que contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo nesta populaccedilatildeo
uma vez que a maioria desses consomem em meacutedia menos de 1000kcaldia de
correntes da ingestatildeo de alimentos de menor custos e de maior facilidade de
preparo
A baixa renda com que a maioria dos idosos vive e que influencia diretamente no
consumo alimentar tambeacutem estaacute ligada a exclusatildeo desse grupo no mercado de
trabalho mesmo que muitos apresentem capacidade funcional e motora condizentes
com muitos trabalhos disponiacuteveis a idade muitas vezes acaba por ser o grande
obstaacuteculo para a conquista da vaga e consequentemente para o aumento da renda
que em muitos casos eacute composta apenas pela aposentadoria e ou pensotildees
(NOGUEacuteS citado por CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
O relacionamento social tambeacutem eacute um grande influenciador no consumo alimentar
segundo Campos e outros (2000) a solidatildeo vivenciada pelo idoso leva ao
esquecimento do cuidado com si mesmo sendo assim a alimentaccedilatildeo natildeo ganha
muita atenccedilatildeo sendo preparada de forma inadequada sem atentar para a qualidade
e quantidade suficiente Muitas vezes a alimentaccedilatildeo eacute composta por alimentos de
faacutecil preparo que inclui normalmente alimentos industrializados pobres em
nutrientes essenciais para o organismo idoso
A preocupaccedilatildeo com a nutriccedilatildeo do idoso cresceu atraveacutes de vaacuterios estudos que
demonstraram que a desnutriccedilatildeo e o sobrepeso predominam em indiviacuteduos idosos e
que este quadro eacute resultante das condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem aleacutem
de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
32
De acordo Sass (2010) cerca de 15 a 20 de idosos apresentam algum sintoma
depressivo A prevalecircncia da depressatildeo varia de acordo com fatores a idade sexo e
fatores sociais Esse quadro de depressatildeo eacute bastante preocupante tambeacutem pelo fato
de estar relacionado diretamente com o Estado Nutricional dos idosos uma vez que
haacute alteraccedilotildees no sistema neuroloacutegico que tambeacutem eacute responsaacutevel pelos mecanismos
da fome e ansiedade podendo assim resultar em desnutriccedilatildeo ou obesidade Aleacutem
dessas consequecircncias relacionadas agrave nutriccedilatildeo alguns estudos indicam tambeacutem a
depressatildeo como um fator para doenccedilas cardiovasculares
Diversos estudos tambeacutem apontam que a nutriccedilatildeo dos idosos pode ser influenciada
negativamente pelo fato da incapacidade e ou dificuldades da realizaccedilatildeo de
atividades cotidianas sozinhas como o simples fato de cozinhar aleacutem das
alteraccedilotildees motoras que tambeacutem podem piorar a preparaccedilatildeo dos alimentos e o seu
proacuteprio consumo Os aspectos emocionais como perda de cocircnjuge e depressatildeo
tambeacutem contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo por levar a reduccedilatildeo do apetite ou por
aumentar a recusa por alimentos (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
Diversos estudos demonstram uma reduccedilatildeo progressiva do valor energeacutetico da
alimentaccedilatildeo dos idosos que ao mesmo tempo apresenta um aumento no consumo
de carboidratos principalmente os chamados simples que pode contribuir para o
aparecimento ou complicar doenccedilas crocircnicas como o diabetes (MENEZES
MARUCCI 2012)
De acordo com Tramontino e outros (2009) um grande fator que tambeacutem afeta a
nutriccedilatildeo do idoso eacute a sauacutede bucal uma vez que uma condiccedilatildeo inadequada da boca
como a falta de denticcedilatildeo consequentemente leva a dificuldade de mastigaccedilatildeo que
leva a um consumo alimentar alterado que interfere diretamente em uma adequada
nutriccedilatildeo Aleacutem disso a sauacutede bucal e a nutriccedilatildeo acabam formando um ciclo onde
interfere no outro pois uma nutriccedilatildeo inadequada decorrente por falta de denticcedilatildeo ou
por outra caracteriacutestica leva a problemas na sauacutede bucal e a maiores perdas de
denticcedilatildeo
A nutriccedilatildeo tem relaccedilatildeo direta com a sauacutede bucal uma vez que a alimentaccedilatildeo pode
influenciar diretamente no aparecimento de caacuteries na perda dos esmaltes dos
dentes e no desenvolvimento em geral da denticcedilatildeo que assim podem levar ao
aparecimento de dores lesotildees doenccedilas periodontal que consequentemente
poderatildeo levar a mudanccedilas tambeacutem na alimentaccedilatildeo (MAGALHAtildeES 2011)
33
Devido a diversas patologias comumente encontradas nos idosos o uso de
medicamentos por esta populaccedilatildeo eacute grande e o consumo elevador de
medicamentos podem levar a alteraccedilotildees na cavidade oral como xerostomia
candidiacutease entre outras alteraccedilotildees (MAGALHAtildeES 2011)
Segundo Andrade (2009) a condiccedilatildeo da boca como o nuacutemero de dentes
adequados ou o uso de proacuteteses pode influenciar nas escolhas dos alimentos e ateacute
mesmo no seu modo de preparo o que influencia diretamente nos haacutebitos
alimentares dos idosos
Castilhos e Padilha (2002) afirmaram que a denticcedilatildeo pode influenciar as pessoas em
trecircs campos fisioloacutegico psicoloacutegico e social No aspecto fisioloacutegico os dentes
podem influenciar na alimentaccedilatildeo do individuo por meio do processo de mastigaccedilatildeo
dos alimentos que interferem diretamente na ingestatildeo de nutrientes na manutenccedilatildeo
corpoacuterea e ateacute mesmo no prazer em se alimentar
A diminuiccedilatildeo da saliva decorrente do processo natural do envelhecimento aleacutem de
comprometer a manutenccedilatildeo da cavidade oral por estar ter uma accedilatildeo na limpeza da
cavidade e por ter um efeito antimicrobiano tambeacutem influencia diretamente na
mastigaccedilatildeo na formaccedilatildeo do bolo alimentar e tambeacutem na digestatildeo e absorccedilatildeo dos
alimentos uma vez que com a reduccedilatildeo da saliva haacute tambeacutem a diminuiccedilatildeo da
siacutentese de amilase salivar (ROSA et al 2008)
O elevado uso de medicamentos tambeacutem pode interferir na absorccedilatildeo de diversos
nutrientes na interaccedilatildeo chamada de droga-nutriente e ainda a medicaccedilatildeo pode
influenciar na ingestatildeo alimentar uma vez que muitos podem levar a anorexia
alteraccedilotildees na percepccedilatildeo do gosto e do odor naacuteuseas vocircmitos e ainda as
adaptaccedilotildees na alimentaccedilatildeo dos idosos devido agrave incapacidade de mastigaccedilatildeo de
alguns alimentos comumente leva a carecircncias nutricionais principalmente atraveacutes
da reduccedilatildeo na ingestatildeo de Vitaminas dentre elas vitamina C e B12 essenciais ao
bom funcionamento orgacircnico (MAGALHAtildeES 2011)
Para estimar as necessidades nutricionais dos idosos deve se levar em
consideraccedilatildeo diversos fatores como as alteraccedilotildees fisioloacutegicas condiccedilatildeo da sauacutede
em geral frequecircncia de exerciacutecio fiacutesico fatores psicoloacutegicos e fatores
socioeconocircmicos sendo assim uma adequada nutriccedilatildeo deve envolver todos estes
fatores de forma a alcanccedilar suas reais necessidades e deve se ainda dar atenccedilatildeo as
34
diferenccedilas das recomendaccedilotildees nutricionais para adultos e idosos Os idosos
apresentam uma necessidade energeacutetica menor que os adultos uma vez que ocorre
a reduccedilatildeo do metabolismo basal decorrente das alteraccedilotildees da composiccedilatildeo corporal
reduccedilatildeo da massa magra e aumento de tecido adiposo (TRAMONTINO et al 2009)
As recomendaccedilotildees nutricionais dos idosos natildeo satildeo totalmente estabelecidas devido
as constantes alteraccedilotildees fisioloacutegicas desta populaccedilatildeo por isso os valores de
recomendaccedilotildees usados satildeo os mesmos valores de referecircncias usados para os
adultos (HESEKER SCHNEIDER 1994 citado por ARANHA et al 2000)
Magalhatildees (2011) afirmou que mesmo que o sobrepeso seja prevalente em grande
parte da populaccedilatildeo idosa a principal preocupaccedilatildeo relacionada agrave nutriccedilatildeo desta
populaccedilatildeo eacute a desnutriccedilatildeo uma vez que vaacuterios fatores levam a reduccedilatildeo na ingestatildeo
alimentar destes indiviacuteduos
De acordo Barbosa (2012) os idosos tambeacutem incorporaram novos haacutebitos
alimentares assim como toda a populaccedilatildeo nos uacuteltimos anos com o aumento do
consumo de alimentos industrializados realizaccedilatildeo de refeiccedilotildees fora de casa Sendo
assim a educaccedilatildeo nutricional se mostra como uma grande ferramenta para a
promoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis podendo contribuir para prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas comumente a populaccedilatildeo idosa
Segundo Muller e Vietz (2009) a educaccedilatildeo nutricional eacute uma parte da nutriccedilatildeo
voltada ao aprendizado na adequaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo de haacutebitos alimentares em todas
as fases da vida desde a infacircncia ateacute a velhice
Diversos autores engajaram haacute anos discussotildees sobre a importacircncia da educaccedilatildeo
nutricional principalmente no campo de promoccedilatildeo da sauacutede Essa importacircncia foi
crescendo a ponto de ser encontradas nos principais documentos de poliacuteticas
puacuteblicas ligadas a alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo como o Programa Fome Zero (SANTOS
2012)
Considerando todas as alteraccedilotildees fisioloacutegicas e psicoloacutegicas provenientes do
envelhecimento que dificultam em muitas vezes o consumo alimentar o processo de
educaccedilatildeo nutricional deve estar presente na ida do idoso de modo que estes tenham
conhecimento dessas principais alteraccedilotildees e de alternativas para contornar os
efeitos dessas alteraccedilotildees e tornar o ato de se alimentar mais prazeroso (FRANCO
2012)
35
Segundo Montenegro e Silva para que a alimentaccedilatildeo atenda as necessidades de
gasto energeacutetico de indiviacuteduos idosos eacute necessaacuterio que haja adequaccedilatildeo da dieta
aleacutem disso a associaccedilatildeo de uma alimentaccedilatildeo adequada com a praacutetica de atividade
fiacutesica regular pode promover benefiacutecios a sauacutede do idoso contribuindo tambeacutem para
a melhora do funcionamento dos processos metaboacutelicos ligados ao exerciacutecio bem
como auxiliar na recuperaccedilatildeo de lesotildees contribuindo assim para o aumento de
massa muscular e condicionamento fiacutesico
Na tabela 1 esta demostrado as recomendaccedilotildees nutricionais mais usadas
atualmente para os idosos e que satildeo provenientes da Dietary Reference Intakes
(DRI) na qual trata-se de uma revisatildeo dos valores de recomendaccedilotildees nutricionais
adotada em diversos paiacuteses (PADOVANI et al 2006)
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos)
EAR RDA AMDR Homens Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 30 _ Mulheres Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 21 _ Fonte Padovani et al 2006 Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos
nutricionais
25 QUALIDADE DA DIETA
251 iacutendice de qualidade da dieta
Aranha e outros (2000) afirmaram que a idade e a nutriccedilatildeo satildeo dois fatores
diretamente relacionados com o aparecimento e a gravidade de patologias os
idosos por exemplo apresentam uma reduccedilatildeo do funcionamento do sistema imune
devido a idade que pode ser piorado com uma maacute nutriccedilatildeo
Eacute evidente a importacircncia de uma alimentaccedilatildeo adequada para os idosos diversos
estudos demonstram uma relaccedilatildeo direta entre a dieta e o surgimento de doenccedilas
crocircnicas em idosos como hipertensatildeo arterial e diabetes (BARBOSA 2012)
36
A avaliaccedilatildeo do consumo alimentar que subsidia uma intervenccedilatildeo nutricional
adequada especiacutefica eacute um instrumento de muita eficaacutecia poreacutem de difiacutecil aplicaccedilatildeo
Vaacuterios estudos veem tentando criar instrumentos capazes de responder aos
desafios impostos pela complexidade da dieta humana Os meacutetodos de investigaccedilatildeo
do consumo de alimentos a serem utilizados dependem do objetivo do estudo e se
as estimativas seratildeo individuais ou para grupos populacionais sendo que cada
meacutetodo apresenta vantagens e desvantagens (WENDPAP 2012)
Com o aumento da incidecircncia de patologias relacionadas principalmente com os
haacutebitos alimentares tecircm se dado mais atenccedilatildeo a avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
de indiviacuteduos e populaccedilotildees um meacutetodo que vem sendo proposto para analisar a
ingestatildeo alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta (IQD) que foi adaptado para a
populaccedilatildeo brasileira e revisado por Previdelli e outros (2011)
O Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) se baseia na avaliaccedilatildeo das
porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do Guia alimentar
para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes
da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de nutrientes e obesidade
Previdelli e outros (2011) afirma que o IQD-R pode ser de grande auxiacutelio para a
avaliaccedilatildeo do consumo alimentar de diversas faixas etaacuterias aleacutem de promover
subsiacutedios para o planejamento de accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede como
intervenccedilatildeo e educaccedilatildeo nutricional
O IQD-R avalia doze componentes sendo nove grupos alimentares dois satildeo
nutrientes e um grupo de calorias proveniente de gordura soacutelida aacutelcool e accediluacutecar de
adiccedilatildeo (Gord_AA) Os grupos alimentares satildeo ldquoFrutas Totaisrdquo(inclui frutas e sucos
de frutas naturais) ldquoFrutas integraisrdquo (exclui sucos de frutas) ldquoVegetais Totaisrdquo
ldquoVegetais Verdes Escuros e Alaranjados e Leguminosasrdquo (este uacuteltimo soacute eacute pontuado
apoacutes atingir-se a pontuaccedilatildeo maacutexima de carnes ovos e leguminosas)ldquoCereais
Totaisrdquo (inclui raiacutezes e tubeacuterculos) ldquoCereais Integraisrdquo ldquoLeite e Derivadosrdquo(inclui
inclusive bebidas agrave base de soja) ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo ldquoOacuteleosrdquo (inclui as
gorduras mono e poliinsaturadas oacuteleos das oleaginosas e gordura de peixe) Os
nutrientes incluem ldquoSoacutediordquo e ldquoGordura saturadardquo O valor do IQD-R pode variar entre
0 e 100 sendo que os escores mais altos indicam que a ingestatildeo alimentar estaacute
proacutexima das recomendaccedilotildees (MOTA et al 2008 WENDPAP 2012)
37
252 Alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento
Segundo o manual brasileiro referente agrave alimentaccedilatildeo saudaacutevel para a pessoa idosa
publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede em 2009 dez passos devem ser seguidos como
forma de orientaccedilatildeo para alcanccedilar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento o
que inclui
bull Realizaccedilatildeo de pelo menos trecircs refeiccedilotildees e dois lanches saudaacuteveis ao longo
do dia evitando ficar sem alimentar por muito tempo dando preferecircncia a
alimentos de faacutecil mastigaccedilatildeo como frutas amassadas ou picadas e carnes
desfiadas ou moiacutedas devido agraves dificuldades de mastigaccedilatildeo e degluticcedilatildeo
comumente encontradas em idosos decorrente da perda de dentes e da
diminuiccedilatildeo da saliva
bull Inclusatildeo de seis porccedilotildees diaacuterias de cerais e tubeacuterculos dando preferecircncias
aos alimentos integrais uma vez que os alimentos integrais possuem um alto
teor de fibras que contribuem tambeacutem para um adequado funcionamento do
intestino
bull Trecircs porccedilotildees de legumes e verduras nas grandes refeiccedilotildees diariamente
Estes alimentos satildeo fontes principais de vitaminas minerais e fibras
bull Trecircs porccedilotildees ou mais de frutas nas sobremesas e nos lanches diariamente
As frutas tambeacutem satildeo importantes fontes de fibras e vitaminas e devem
incrementar os lanches saudaacuteveis ao longo do dia
bull Consumo de arroz e feijatildeo em pelo menos cinco dias da semana A
combinaccedilatildeo desses alimentos resulta em uma ingestatildeo de proteiacutena completa
bull Trecircs porccedilotildees diaacuteria de leite e derivados e uma porccedilatildeo de carnes aves
peixes ou ovos dando preferecircncia a carnes magras O leite e seus derivados
satildeo importantes fontes de caacutelcio um mineral essencial na manutenccedilatildeo do
tecido oacutesseo As carnes satildeo fontes de ferro e de proteiacutena de alto valor
bioloacutegico
bull Reduccedilatildeo da quantidade de sal nas refeiccedilotildees devido a grande prevalecircncia de
hipertensatildeo arterial encontrada em toda a populaccedilatildeo brasileira e em especial
em idosos
38
bull Ingestatildeo de pelo menos dois litros de aacutegua no qual equivale
aproximadamente aacute seis ou oito copos meacutedio Uma ingestatildeo de aacutegua
adequada eacute essencial para um bom funcionamento orgacircnico
bull Reduccedilatildeo no consumo de refrigerantes sucos industrializados biscoitos
recheados e doces em geral Estes alimentos industrializados possuem
geralmente em sua composiccedilatildeo um grande teor de soacutedio que contribui para o
aumento da pressatildeo arterial aleacutem de possuiacuterem tambeacutem grande quantidade
de conservantes
bull Reduccedilatildeo no consumo de bebidas alcooacutelicas e realizaccedilatildeo de praacutetica de
atividade fiacutesica regular por pelo menos trinta minutos diariamente O consumo
de aacutelcool estaacute diretamente relacionado ao ganho de peso e a diversos
prejuiacutezos aacute sauacutede como problemas hepaacuteticos por exemplo A praacutetica de
atividade fiacutesica regular traz inuacutemeros benefiacutecios agrave sauacutede como controle do
peso e prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis
Outras orientaccedilotildees tambeacutem satildeo de suma importacircncia para que o idoso tenha
condiccedilotildees de se realizar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel diariamente
bull A mesa de refeiccedilatildeo deve ser posta de forma simples de forma a facilitar a
realizaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pelo idoso
bull Deve haver um contraste entre toalha da mesa e utensiacutelios afim de que se
facilite a visatildeo do indiviacuteduo e consequentemente facilite a sua alimentaccedilatildeo
bull Os utensiacutelios a serem utilizados pelos idosos devem ser simples de modo
que o seu manuseio seja faacutecil e natildeo apresente riscos elevados de quebra
253 Seguranccedila Alimentar
O termo seguranccedila alimentar estaacute relacionado ao acesso a uma alimentaccedilatildeo
adequada em niacutevel qualitativo e quantitativo de forma a atender as necessidades
individuais enquanto que o termo de inseguranccedila alimentar engloba vaacuterios fatores
deste a preocupaccedilatildeo em adquirir o alimento a perda da qualidade e diversidade dos
alimentos (FAZZIO 2012)
39
Diversos estudos vecircm apontando os crescentes casos de inseguranccedila alimentar que
vem atingindo os idosos que interferem em uma adequada nutriccedilatildeo e
consequentemente interferem na sauacutede desta populaccedilatildeo (LEON et al 2005)
A prevalecircncia de residecircncias de idosos que apresentam inseguranccedila alimentar eacute
cada vez mais encontrada em todo o mundo nos Estados Unidos essa prevalecircncia
varia 6 a 16 em Campinas a inseguranccedila alimentar chegou a atingir 52 das
residecircncias com idosos (LEON et al 2005)
Os indiviacuteduos idosos que apresentam inseguranccedila alimentar e nutricional dentro de
suas residecircncias tem maiores chances de possuir deficiecircncias nutricionais
decorrente da inadequada ingestatildeo de diversos nutrientes incluindo principalmente
caacutelcio vitamina A e proteiacutena quando comparados a idosos que vivem em seguranccedila
alimentar (ROSE OLIVEIRA 1991 citado por BARBOSA et al 2013)
26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO
Para traccedilar o diagnoacutestico do estado nutricional de idosos muitos indicadores que
satildeo utilizados para avaliaccedilatildeo da antropometria de outras faixas etaacuterias tambeacutem
fazem parte deste diagnoacutestico como o peso e a altura que permitem a avaliaccedilatildeo do
iacutendice de massa corporal (IMC) Circunferecircncia do braccedilo (CB) Circunferecircncia da
Cintura (CC) e prega cutacircnea tricipital entretanto essa populaccedilatildeo ainda conta com
um indicador especiacutefico para avaliaccedilatildeo principalmente de perda de massa magra e
consequentemente desnutriccedilatildeo que eacute a Circunferecircncia da Panturrilha (CERVI
FRANCESCHINI PRIORE 2006)
Quanto aos indicadores observa-se assim uma vasta opccedilatildeo de utilizaccedilatildeo entretanto
as maiores dificuldades na precisatildeo do diagnoacutestico do estado nutricional do idoso
ficam por conta dos pontos de cortes especiacuteficos que em muitas vezes natildeo satildeo
estabelecidos para esta populaccedilatildeo que sofrem diversas alteraccedilotildees orgacircnicas e
funcionais (CERVI FRANCESCHINI PRIORE 2006)
261 Iacutendice de Massa Corporal O objetivo do iacutendice de massa corporal eacute avaliar a massa corporal em comparaccedilatildeo agrave
altura de forma simples e raacutepida utilizando apenas o peso em quilogramas e a
altura em metro quadrado (PERISSINOTTO et al 2002)
40
Sendo assim o uso deste indicador eacute muito frequente na avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica
de diversas populaccedilotildees Entretanto diversos estudos afirma a necessidade de
associar o diagnoacutestico pelo IMC com outros indicadores uma vez que este natildeo
diferencia a massa corporal ou seja natildeo identifica a distribuiccedilatildeo de tecido adiposo e
tecido muscular (PERISSINOTTO et al 2002)
Quanto aos pontos de corte utilizados do IMC para idosos o Ministeacuterio da Sauacutede
atraveacutes do Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
sugere a utilizaccedilatildeo de uma faixa de normalidade entre o valores de 22kgmsup2 e
27kgmsup2 sendo classificados como baixo peso indiviacuteduos idosos que apresentem
IMC inferior a 22kgmsup2 e como sobrepeso indiviacuteduos que apresentem uma valor
acima de 27kgmsup2 natildeo havendo pontos de cortes que defina o niacutevel de desnutriccedilatildeo
e niacutevel de obesidade (SAMPAIO 2006)
Uma grande dificuldade encontrada na utilizaccedilatildeo do IMC para idosos eacute decorrente
da insensibilidade deste indicador quanto ao decreacutescimo de estatura aumento de
tecido adiposo e aumento da massa muscular e quantidade de aacutegua corporal que
satildeo alteraccedilotildees comumente encontradas no envelhecimento (SANTOS SICHIERI
2005)
262 Circunferecircncia do Braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo reflete a composiccedilatildeo corporal total incluindo tecido oacutesseo
massa muscular e tecido adiposo e possibilita a aplicaccedilatildeo de outros indicadores
como a circunferecircncia muscular do braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo (CB) em idosos tende a diminuir devido agrave perda de massa
magra tiacutepico da idade e tambeacutem pelo deslocamento da gordura para regiatildeo central
na avaliaccedilatildeo deste indicador relaciona-se o valor encontrado com o valor meacutedio para
a idade do indiviacuteduo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA GONZALES
2013)
263 Circunferecircncia da Cintura A medida circunferecircncia da cintura eacute um indicador essencial uma vez que atraveacutes
deste eacute possiacutevel verificar uma possiacutevel localizaccedilatildeo acumulada de tecido adiposo
41
nessa regiatildeo e uma circunferecircncia da cintura elevada revela possiacuteveis riscos
cardiovasculares e metaboacutelicos (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
Em relaccedilatildeo aos pontos de cortes natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica para a utilizaccedilatildeo
em idosos o que dificulta a precisatildeo do diagnoacutestico nutricional uma vez que o
aumento de gordura na regiatildeo abdominal eacute comum em idosos devido a
redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo que acontece em maiores proporccedilotildees pelo
deslocamento desse tecido dos membros para a regiatildeo central do tronco (PAIVA
NETO OLIVEIRA SANTOS 2007)
264 Prega Cutacircnea Tricipital
A afericcedilatildeo da prega cutacircnea tricipital e em geral todas as outras pregas cutacircneas
permitem identificar a quantidade de tecido adiposo subcutacircneo Trata-se de um
indicador sensiacutevel a desnutriccedilatildeo que permite avaliar os estoques de gordura
corporal Os pontos de cortes utilizados na avaliaccedilatildeo deste indicador vatildeo de acordo
com a medida obtida e a medida meacutedia (p50) de acordo com a idade do indiviacuteduo
(FIORE et al 2006)
Assim como na Circunferecircncia do braccedilo espera-se uma reduccedilatildeo do valor da prega
cutacircnea tricipital decorrente da redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo nesta populaccedilatildeo
estudada o que leva a reduccedilatildeo da precisatildeo deste indicador em relaccedilatildeo a
sensibilidade de desnutriccedilatildeo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
265 Circunferecircncia da Panturrilha A circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador utilizado geralmente para avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica de indiviacuteduos idosos por ser sensiacutevel a depleccedilatildeo muscular nesta
faixa etaacuteria e de faacutecil obtenccedilatildeo (SAMPAIO 2004)
Segundo Acunatilde e Cruz (2004) a circunferecircncia da panturrilha eacute o indicador mais
sensiacutevel agrave desnutriccedilatildeo em idosos sendo superior a outro indicador de suma
importacircncia que eacute a circunferecircncia do braccedilo
42
O valor circunferecircncia da panturrilha menor que 31 cm classifica-se como
desnutriccedilatildeo representando perda de massa muscular enquanto que achados acima
desse valor satildeo classificados como eutrofia (SPEROTTO 2010)
27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO
Caracteriza-se como atividade fiacutesica qualquer movimento do corpo que envolva a
contraccedilatildeo muscular e em qualquer ambiente seja em casa no trabalho ou ao ar
livre e alguns benefiacutecios podem aparecer mesmo com pouco tempo de praacutetica em
indiviacuteduos sedentaacuterios (ZAITUNE et al 2010)
A praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem eacute de fundamental importacircncia na prevenccedilatildeo de
diversas doenccedilas crocircnicas e em meio agrave transiccedilatildeo demograacutefica essa praacutetica se torna
ainda mais relevante Essa importacircncia pode ser verificada atraveacutes de um dos
objetivos do Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o enfrentamento das doenccedilas
crocircnicas natildeo transmissiacuteveis do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil no qual quer a busca
da promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes da praacutetica de exerciacutecio fiacutesico (MADEIRA et al 2013)
A falta de atividade fiacutesica principalmente em idosos pode complicar a perda de
massa magra que eacute comum em indiviacuteduos dessa faixa etaacuteria uma vez que
geralmente eacute decorrente das alteraccedilotildees hormonais principalmente pela reduccedilatildeo na
siacutentese de hormocircnios de crescimento de hormocircnios sexuais (MAGALHAtildeES 2011)
A atividade fiacutesica eacute reconhecida por inuacutemeros benefiacutecios aacute sauacutede de quem a pratica
e com os idosos natildeo eacute diferente eacute constatada uma melhora na qualidade de vida e
na sauacutede em geral o que consequentemente leva a reduccedilatildeo da probabilidade do
aparecimento de doenccedilas crocircnicas internaccedilotildees e morte (ZAITUNE et al 2010)
Fiatorone-Singh (1998) citado por Matsudo (2002) afirma que a praacutetica regular de
atividade fiacutesica possui grande influecircncia sobre as alteraccedilotildees na composiccedilatildeo corporal
comumente encontradas em idosos uma vez em que em diversos estudos foi
confirmada a hipoacutetese de que idosos ativos possuem um melhor estado nutricional
quando comparado a idosos sedentaacuterios em relaccedilatildeo a indicadores de peso iacutendice
de massa corporal gordura corporal e ainda relaccedilatildeo cintura-quadril
Os benefiacutecios da praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem estatildeo relacionados diretamente
com o aumento da capacidade funcional de idosos uma vez que a capacidade
43
funcional interfere na forccedila muscular que por sua vez eacute inteiramente dependente da
massa muscular Visto que a atividade fiacutesica contribui para fortalecimento da massa
muscular haacute consequentemente uma reduccedilatildeo na perda natural deste tecido
decorrente do envelhecimento (MATSUDO 2002)
A prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas atraveacutes da melhora do estado nutricional
relacionada ao aumento da capacidade funcional e outros benefiacutecios decorrentes da
praacutetica de atividade fiacutesica leva consequentemente a uma elevaccedilatildeo da qualidade de
vida do indiviacuteduo idoso que me muitas vezes se encontra comprometida
(MATSUDO 2002)
A falta da praacutetica de atividade fiacutesica vem sendo crescente em toda a populaccedilatildeo
mundial Masso e outros (2005) em seu estudo que identificava a prevalecircncia de
sedentarismo em mulheres relataram que somente 37 da sua populaccedilatildeo se
encontram ativas ou seja que tinham o haacutebito regular de praticar alguma atividade
fiacutesica
Ferreira e Gobi (2003) afirma que o excesso de peso natildeo estaacute relacionado somente
com um consumo alimentar inadequado uma vez que estudos recentes vecircm
comprovando que a obesidade adquirida ao longo de anos estaacute mais relacionada
com o sedentarismo do que uma ingestatildeo excessiva de alimentos
Os mecanismos que levam a atividade fiacutesica agrave prevenccedilatildeo e ao tratamento de
doenccedilas e agrave incapacidade funcional envolvem principalmente a reduccedilatildeo da
adiposidade corporal a queda da pressatildeo arterial a melhora do perfil lipiacutedico e da
sensibilidade agrave insulina o aumento do gasto energeacutetico da massa e da forccedila
muscular da capacidade cardiorrespiratoacuteria da flexibilidade e do equiliacutebrio
(FERREIRA GOBI 2003)
Segundo Toscano e Olivera (2007) os programas puacuteblicos criados para a promoccedilatildeo
de praacutetica de atividade fiacutesicas satildeo importantes para o aumento da qualidade de vida
seja atraveacutes dos benefiacutecios desta praacutetica e atraveacutes de um maior conviacutevio social que
afasta a solidatildeo
Matsudo (2002) relata que vaacuterios pesquisadores ressaltam a necessidade da
implantaccedilatildeo de programas voltados agrave praacutetica de atividade fiacutesica em todo mundo
uma vez que estes mesmo pesquisadores encontraram resultados bastante
satisfatoacuterios relacionados agrave praacutetica regular de atividade fiacutesica demostrando ainda
44
que esta praacutetica eacute essencial para diminuir as consequecircncias indesejaacuteveis na sauacutede
dos indiviacuteduos decorrentes do envelhecimento
Atualmente no mundo todo a prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e
outras intercorrecircncias na sauacutede provocadas pelo passar da idade natildeo poder estar
isolada da praacutetica de atividade fiacutesica (MATSUDO et al 2006)
Atraveacutes de vaacuterios resultados positivos evidenciados em diversos estudos que
abordaram a atividade fiacutesica e os benefiacutecios proporcionados a seus praticantes jaacute eacute
possiacutevel verificar o aumento de investimento de oacutergatildeo puacuteblicos e privados em
programas de incentivo e orientaccedilatildeo a praacutetica de atividade fiacutesica (FERREIRA GOBI
2003)
Hoje em dia diversas aacutereas dos oacutergatildeos puacuteblicos estatildeo investindo em programas de
incentivo a atividade fiacutesica principalmente para os idosos entretanto deve-se ter
cautela na execuccedilatildeo destes programas garantindo um espaccedilo fiacutesico adequado com
profissionais qualificados a fim de que se possa realmente alcanccedilar os objetivos
destes programas (BENEDETTI GONCcedilALVES 2007)
45
3 METODOLOGIA 31 DESENHO DE ESTUDO
Foi realizado um estudo descritivo transversal com uma abordagem qualitativa com
40 idosos cadastrados no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe muniacutecipio de
Serra participantes e natildeo participantes do programa municipal de orientaccedilatildeo ao
exerciacutecio fiacutesico realizado neste espaccedilo
O estudo ocorreu em dois encontros na primeira consulta ocorreu a identificaccedilatildeo do
paciente e a coleta de dados antropomeacutetricos Inicialmente foi realizado a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) e em
seguida foi realizada uma entrevista para o preenchimento do Prontuaacuterio contendo
os seguintes itens Identificaccedilatildeo do paciente e avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica (Apecircndice
B) e o paciente foi convidado ainda a realizar o registro alimentar de trecircs dias para
ser analisado na proacutexima consulta (Apecircndice C)
No segundo encontro que foi realizado uma semana apoacutes a primeira consulta foi
coletado o registro alimentar de trecircs dias e ainda foi aplicado o questionaacuterio
Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica do tipo IPAQ curto para classificaacute-los
quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica exercido pelos mesmos (Anexo A)
32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO
O Comitecirc de sauacutede do idoso trata-se de uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
registrada regularmente instituiacutedo por um grupo de idosos da regiatildeo mas conta com
o apoio da Prefeitura da Serra o proacuteprio espaccedilo fiacutesico eacute cedido pela prefeitura e
sendo assim o mesmo local recebe o Programa municipal de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico
Os idosos cadastrados no comitecirc contribuem com um valor singelo mensalmente
para que sejam criadas atividades recreativas para os mesmos como curso de
pintura bordado viagens e outros Atualmente existem cerca de cento e sessenta
idosos cadastrados no comitecirc e um grupo de oito idosos compotildeem a diretoria sendo
um presidente que planejam atividades e buscam apoio de entidades puacuteblicas e
privadas para realizaccedilatildeo de alguns serviccedilos e atividades
46
A principal atividade exercida pelos cadastrados eacute o PROEF que conta com um
educador fiacutesico que orienta os participantes do programa com ginaacutestica aeroacutebica
com duraccedilatildeo de uma hora por trecircs vezes na semana entretanto natildeo satildeo todos os
cadastrados no comitecirc de sauacutede do idoso que participam deste programa
33 ASPECTOS EacuteTICOS
Foi informado aos indiviacuteduos todos os procedimentos a serem realizados durante a
pesquisa antes de assinar o termo de consentimento livre e esclarecido conforme
as normas para realizaccedilatildeo de Pesquisa em seres humanos e atendendo aos
criteacuterios da Eacutetica da Pesquisa em Sauacutede segundo descrito na Resoluccedilatildeo 19696
(BRASIL 2002)
O Projeto de pesquisa do presente trabalho foi submetido ao Comitecirc de eacutetica e
Pesquisa da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo tendo sido aprovado
34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
As medidas antropomeacutetricas analisadas para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal
dos indiviacuteduos foram peso corporal altura percentual de gordura circunferecircncias
do braccedilo cintura panturrilha e prega cutacircnea tricipital
Para a coleta das medidas antropomeacutetricas foram utilizados os seguintes
instrumentos balanccedila de bioimpedacircncia da marca Tanitareg devidamente calibrada
com capacidade de 150 kg e precisatildeo de 100g adipocircmetro de marca Cescorf
devidamente calibrado com amplitude de 88 mm e precisatildeo de 01mm fita meacutetrica
natildeo elaacutestica da marca Sanny estadiocircmetro da marca Altura Exata e com precisatildeo
de 05cm
O indiviacuteduo foi pesado usando roupas leves sem sapatos e sem qualquer objeto de
metal com o auxiacutelio da balanccedila Tanitareg colocada numa superfiacutecie plana e riacutegida
pela qual se obteve aleacutem do peso os valores dos percentuais de gordura e de
aacutegua Ressalta-se a natildeo indicaccedilatildeo do uso da bioimpedacircncias em indiviacuteduos que
possuem em seu corpo algum material metaacutelico como marcapasso devido as
possiacuteveis falhas na passagem da corrente eleacutetrica (CONSELHO FEDERAL DE
MEDICINA 2009)
47
A altura foi determinada utilizando-se o estadiocircmetro sendo orientado ao paciente
permanecer descalccedilo em posiccedilatildeo ereta olhando para o horizonte com os
calcanhares unidos e apoiados agrave parte posterior do estadiocircmetro assim como a
parte posterior dos joelhos naacutedegas e escaacutepulas estando a cabeccedila posicionada
reta (BRASIL 2011c)
Na tabela 2 satildeo encontrado os resultados do IMC com base no peso e altura
aferidos do paciente usando a foacutermula IMC = Peso corporal (kg) Estatura (m)sup2
sendo este avaliado segunda a classificaccedilatildeo recomendado pelo Sistema de
Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos Classificaccedilatildeo IMC (kgmsup2) Risco de Comorbidades
Baixo Peso lt 22 Baixo Peso Normal 22 - 269 Meacutedio Sobrepeso ge270 - Fonte The Nutrition Screening Initiative (1994) citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e
Nutricional Orientaccedilotildees para coleta anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede
(2011)
Os valores de referecircncia utilizados para a classificaccedilatildeo do percentual de gordura
corporal de idosos segundo GALLAGHER et al (2000) encontram-se no tabela 3
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos
Classificaccedilatildeo Gordura Corporal ()
Homens Mulheres Baixo lt13 lt24
Adequado 13 ndash 249 24 - 359
Elevado 25 - 299 36 - 419
Muito Elevado ge 30 ge 42
Fonte GALLAGHER et al 2000 Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex
A circunferecircncia da cintura foi aferida com o paciente em peacute usando a fita meacutetrica
para circundar o indiviacuteduo no ponto meacutedio entre a crista iliacuteaca e a uacuteltima costela A
circunferecircncia da cintura (CC) foi utilizada com o objetivo de identificar o padratildeo de
distribuiccedilatildeo da massa adiposa pois eacute considerado o melhor indicador para a
48
avaliaccedilatildeo do risco de doenccedilas cardiovasculares e metaboacutelicas em estudos
epidemioloacutegicos (MARTINS et al 2009) Utilizaram-se os pontos de corte definidos
na Diretriz Brasileira de Obesidade (2010) e atualmente recomendados pelo
Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (tabela 4)
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres Risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas Homem Mulher
Aumentado ge 94 ge 80
Substancialmente aumentado ge 102 ge 88
Fonte WHO 2000 citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilotildees para coleta
anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede (2011)
A circunferecircncia do braccedilo foi mensurada com o individuo em peacute com o braccedilo
flexionado a 90 graus para determinaccedilatildeo do ponto meacutedio entre o acrocircmio e o
oleacutecramo e em seguida com o braccedilo estendido e relaxado ao longo do corpo
posicionando a fita no sentido horizontal para a obtenccedilatildeo da medida (COSTA 2012)
O resultado obtido foi comparado aos valores de referecircncia demonstrados na tabela
de percentis por Frisancho (1990) no anexo B A adequaccedilatildeo da CB foi determinada
atraveacutes da foacutermula Adequaccedilatildeo da CB ()= CB obtida (cm) CB percentil 50 x 100 e
o estado nutricional classificado de acordo com o tabela 5
Tabela 5 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a circunferecircncia do braccedilo
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por Sommacal 2011 A circunferecircncia da panturrilha eacute considerada um oacutetimo indicador antropomeacutetrico
para idosos uma vez que possibilita a identificaccedilatildeo de alteraccedilotildees da massa
muscular em idosos com um ponto de corte menor de 31 centiacutemetros como
indicador de desnutriccedilatildeo (ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE citado por
MOREIRA et al 2011)
49
A teacutecnica de mensuraccedilatildeo da prega cutacircnea tricipital foi preconizada por Lohman
(1991) citado por Sommacal e outros (2011) no qual indica que para a afericcedilatildeo da
prega cutacircnea tricipital deve ser realizado no mesmo ponto meacutedio utilizado para a
CB no qual deve-se separar levemente a prega do braccedilo natildeo-dominante
desprendendo-a do tecido muscular e aplicar o calibrador formando um acircngulo reto
O braccedilo deve estar relaxado e solto ao lado do corpo
O valor encontrado da prega cutacircnea tricipital foi comparado ao padratildeo de referecircncia
no anexo C e posteriormente foi calculado a adequaccedilatildeo da PCT atraveacutes da
equaccedilatildeo
Adequaccedilatildeo da PCT = PCT obtida PCT percentil 50 x 100 A adequaccedilatildeo da PCT foi
classificada segundo a tabela 6
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a 110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por lSommacal 2011 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR
No primeiro encontro os indiviacuteduos participantes receberam trecircs formulaacuterios para
realizaccedilatildeo do registro e orientaccedilotildees de como realizar o registro alimentar de trecircs
dias sendo que deveriam ser realizados em dias natildeo consecutivos contemplando
dois dias da semana e um dia do final de semana Cada participante deveria anotar
todos os alimentos e bebidas ingeridos ao longo do dia e suas respectivas
quantidades incluindo os alimentos consumidos fora de sua residecircncia (FISBERG
MARCHIONI COLUCCI 2009) Foi orientado ainda ao indiviacuteduo que solicitasse
auxilio aacute um familiar caso encontrasse dificuldades em preencher o relatoacuterio
Com a coleta do registro alimentar de trecircs dias foi possiacutevel realizar o caacutelculo de
energia em (kcal) macronutrientes e micronutrientes A anaacutelise foi realizada atraveacutes
de caacutelculos manuais com o auxiacutelio da tabela brasileira de composiccedilatildeo dos alimentos
(TACO)
50
A anaacutelise do consumo alimentar ocorreu com a utilizaccedilatildeo o iacutendice de qualidade da
dieta revisado que foi reformulado por Previdelli (2011) em conformidade com as
recomendaccedilotildees dieteacuteticas preconizadas pelo guia alimentar para a populaccedilatildeo
brasileira de 2006 para a classificaccedilatildeo da qualidade da dieta seratildeo utilizados os
pontos de corte proposto pelo mesmo autor que classifica uma dieta ldquoinadequadardquo
abaixo de 40 pontos entre 41 e 64 pontos dieta que ldquoprecisa de modificaccedilatildeordquo e
acima de 64 pontos classifica-se como ldquodieta saudaacutevelrdquo (Anexo D e E)
36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA
A atividade fiacutesica pode ser considerada uma grande estrateacutegia em sauacutede puacuteblica
visto que poderiacuteamos atingir uma grande economia com a reduccedilatildeo do sedentarismo
Hoje em dia encontra-se mais de dois milhotildees de mortes anualmente causadas pela
inatividade fiacutesica em todo o mundo O sedentarismo natildeo estaacute relacionado somente
com doenccedilas e morte mas tambeacutem com a geraccedilatildeo de altos custos a sociedade No
ano de 1995 pode ser constatado que os Estados Unidos gastaram vinte e quatro
bilhotildees de doacutelares somente com o sedentarismo Sendo assim podemos observar
que com o aumento da praacutetica de atividade fiacutesica da populaccedilatildeo pode-se contribuir
indiretamente para o desenvolvimento humano e o progresso econocircmico
(WASHBURN 1993 et al Citado por PARDINI et al 2001 p46)
Um dos grandes fatores para o aparecimento de doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis eacute o sedentarismo O haacutebito de praticar algum tipo de atividade fiacutesica
tem sido usado como um meacutetodo faacutecil e de baixo custo para prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas Recomendam-se a praacutetica de pelo menos trinta minutos de atividade
diariamente para que seus benefiacutecios sejam apresentados (MASSON et al 2005)
O IPAQ estima o niacutevel de praacutetica habitual de atividade fiacutesica e foi desenvolvido pelo
Grupo Internacional para Consenso em Medidas da Atividade Fiacutesica constituiccedilatildeo
sob a chancela da OMS para ser utilizado em vaacuterios paiacuteses dentre eles Brasil e
Japatildeo (GUEDES et al 2005 GUEDES 2007 CORA 2003 citado por MIZUNO
2007)
O niacutevel de atividade fiacutesica foi determinado atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica ndash IPAQ na forma curta proposto por MIZUNO
(2007) sendo utilizadas quatro questotildees para avaliar a atividade fiacutesica dentro de uma
51
semana normal Os entrevistados relataram as atividades que satildeo realizadas ao
longo da semana em casa no trabalho e nas horas de lazer e descanso a
frequecircncia semanal e o tempo diaacuterio de cada atividade As atividades foram
classificadas como
1) vigorosas (corrida ginaacutestica aeroacutebica futebol velocidade raacutepida na bicicleta
basquete serviccedilos domeacutesticos pesados em casa ou no quintal carregar objetos com
peso alto)
2) moderadas (velocidade leve na bicicleta nataccedilatildeo danccedila ginaacutestica aeroacutebica leve
vocirclei carregar objetos com peso leve serviccedilos domeacutesticos em casa ou no quintal
como varrer e realizar cuidados no jardim)
3) caminhada (no trabalho ou por lazer)
4) sem gasto caloacuterico (sentado assistindo TV ou lendo)
Segundo o autor a partir dessas informaccedilotildees eacute possiacutevel estimar o gasto energeacutetico
em METs Um MET representa o consumo de oxigecircnio em repouso ou taxa
metaboacutelica de repouso Uma atividade que requer o dobro de energia do repouso
requer 2 METrsquos e assim sucessivamente Para o caacutelculo do gasto em METs o IPAQ
usa as seguintes foacutermulas
a) caminhada MET-minutosemanal = 33 X tempo diaacuterio de caminhada X frequumlecircncia
semanal
b) moderado MET- minutosemanal = 40 X tempo diaacuterio de atividade moderada X
frequecircncia semanal
c) vigoroso MET- minutosemanal = 80 X tempo diaacuterio de atividade vigorosa X
frequecircncia semanal d) total da atividade fiacutesica MET- minutosemanal = soma da
Caminhado + Moderado + Vigoroso MET - minutossemanal
Com essas informaccedilotildees classifica-se o indiviacuteduo em uma das seguintes categorias
a) baixo nenhuma atividade ou atividades que natildeo se enquadram nas categorias 2 e
3
b) moderado deve ser encaixar em pelos menos um dos criteacuterios de atividade
vigorosa por pelos menos trecircs dias por semana e em um periacuteodo miacutenimo de 20
minutos ou cinco ou mais dias de atividade moderada eou caminhada por pelo
52
menos 30 minutos por dia ou ainda qualquer combinaccedilatildeo de atividade moderada ou
vigorosa ou caminhada com gasto miacutenimo de 600 met-minsemana por cinco ou
mais dias na semana
c) alto Um dos dois criteacuterios atividade vigorosa em no miacutenimo 3 dias da semana
com gasto miacutenimo de 1500 MET-minutosemana ou 7 ou mais dias de combinaccedilatildeo
de caminhada atividade moderada e vigorosa com gasto miacutenimo de 3000 met-
minutosemana (IPAQ)
37 ANAacuteLISE DOS DADOS
Foi realizada uma anaacutelise descritiva das variaacuteveis quantitativas sendo os dados
apresentados em meacutedia desvio-padratildeo miacutenimo maacuteximo e mediana Os dados
qualitativos seratildeo apresentados atraveacutes de frequecircncia absoluta e relativa As
anaacutelises foram realizadas com auxilio do software SPSS V 20 2013
Para comparar os idosos praticantes de atividade fiacutesica baixo e praticantes de
atividade fiacutesica moderado foi aplicado o teste t de student nesta anaacutelise foi
considerado o niacutevel de significacircncia plt005
53
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS
Foram avaliados 40 indiviacuteduos sendo que natildeo houve perdas da amostra e nem
desistecircncia por parte dos participantes Na tabela 7 estatildeo apresentadas as
caracteriacutesticas gerais da amostra estudada na qual aponta que 40 (100)
indiviacuteduos pesquisados eram do sexo feminino Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade
fiacutesica 27 idosos (68) foram classificados com niacutevel moderado (MOD) seguido de
13 (32) indiviacuteduos da amostra com niacutevel baixo (BAIX)
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra VARIAacuteVEIS N
Sexo Masculino 0 0 Feminino 40 100 Niacutevel de Atividade Fiacutesica Baixo 13 32 Moderado 27 68 Alto 0 0 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica VARIAacuteVEIS GRUPO BAIX GRUPO MOD GERAL P-VALOR
IMC (kgmsup2) 3130 plusmn 851 2905 (2115-5664)
2553 plusmn 386 2488 (1973-3451)
274 plusmn 630 2688 (1973-5664) 0005
GC () 3726 plusmn 685 384 (246-462)
3298 plusmn 686 318 (222-543)
3405 plusmn 699 338(222-542) 0113
CC (cm) 9716 plusmn 1873 97 (575-1395)
8568 plusmn 1038 84 (685-107)
8941 plusmn 1447 8925 (575-1395) 0017
CP (cm) 373 plusmn 401 38 (29-46)
3464 plusmn 369 345 (295-46)
3551 plusmn 3 35 (29-46) 0006
CB 11267 plusmn 2204 10819 (754-168)
9534 plusmn 1328 9506 (6885-12218)
10097 plusmn 1829 10063 (6885-168) 0045
de PCT 10361 plusmn 3148 98 (74-172)
7963 plusmn 2684 74 (38-152)
8657 plusmn 2993 79 (38-172) 0006
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
54
O IMC meacutedio do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi equivalente a
3130kgmsup2 que equivale a classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o valor meacutedio
encontrado no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado foi de 2553kgmsup2
caracterizando eutrofia O percentual de gordura corporal obteve meacutedia de 3726
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que equivale a uma classificaccedilatildeo de
elevaccedilatildeo e 3298 no qual equivale a adequaccedilatildeo no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado A circunferecircncia da cintura apresentou valores meacutedio de 9716 cm
equivalendo ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e
8568 cm caracterizando risco aumentado para os grupos com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e com niacutevel de atividade fiacutesica moderado respectivamente O valor do
percentual de adequaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo apresentou media de 11267
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que caracteriza sobrepeso e 9534 no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado que caracteriza eutrofia (tabela 8)
Um importante instrumento para a avaliaccedilatildeo de composiccedilatildeo corporal eacute o IMC sendo
que para idosos o valor acima de 27kgmsup2 claacutessica o indiviacuteduo com sobrepeso
abaixo de 22kgmsup2 como baixo peso e a eutrofia se encaixa entre os valores de
22kgmsup2 a 27kgmsup2 sendo assim a avaliaccedilatildeo quantitativa do perfil antropomeacutetrico da
amostra destaca que segundo o IMC no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo
769 (n=1) dos indiviacuteduos estatildeo com baixo peso tambeacutem 769 (n=1) se
encontram eutroacuteficos e 8461 (n=11) estatildeo com sobrepeso jaacute no grupo com
atividade fiacutesica moderado 1852 (n=5) dos indiviacuteduos apresentam baixo peso
4814 (n=13) satildeo eutroacuteficos e 3333 (n=9) estatildeo com sobrepeso Sendo assim o
grupo de com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma maior ocorrecircncia
de indiviacuteduos eutroacuteficos (figura 1)
Observa-se ainda a existecircncia da diferenccedila significante entre o iacutendice de massa
corporal dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o iacutendice de massa corporal
dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado uma vez que o p-valor
encontrado foi menor que 005 (0005) Sendo assim conclui-se que haacute correlaccedilatildeo
positiva entre a praacutetica de atividade fiacutesica e o iacutendice de massa corporal uma vez que
os indiviacuteduos praticantes de atividade fiacutesica baixo obtiveram um valor meacutedio maior
de iacutendice de massa corporal quando comparado ao grupo de idosos que possuem
niacutevel de atividade fiacutesica moderado
55
Figura 1 - Perfil nutricional segundo IMC de acordo com niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode-se observar que no grupo de idosos que possuem um niacutevel menor de atividade
fiacutesica 6153 (n=8) dos indiviacuteduos apresentaram risco substancialmente elevado de
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura mensurada
2307 (n=3) indiviacuteduos apresentaram risco aumentado e 1538 (n=2) natildeo
apresentaram riscos
Enquanto que no grupo de quem praacutetica atividade fiacutesica moderadamente 3333
(n=9) natildeo apresentaram riscos 2962 (n=8) apresentaram risco aumentado e
3703 (n=10) apresentaram risco substancialmente elevado de complicaccedilotildees
metaboacutelicas (figura 2)
Houve correlaccedilatildeo significante entre as medidas de circunferecircncia da cintura dos
grupos estudados encontrando o p-valor menor que 005 (0017) Dessa forma
conclui-se que haacute correlaccedilatildeo entre a praacutetica de atividade fiacutesica e a medida da
circunferecircncia da cintura uma vez que o valor meacutedio desse indicador foi menor no
grupo de indiviacuteduos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao valor meacutedio encontrado no grupo de indiviacuteduos que possuem o niacutevel
de atividade fiacutesica baixo
769 769
8461
1852
4814
3333
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
56
Figura 2 - Classificaccedilatildeo de risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Com relaccedilatildeo ao percentual de gordura corporal apenas 9 indiviacuteduos do grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foram avaliados devido a impossibilidade de se usar a
bioimpedacircncia decorrente da presenccedila de placas metaacutelicas no corpo dos indiviacuteduos
Sendo assim podemos observa na figura 3 que apenas 1111 (n=1) dos indiviacuteduos
avaliados do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam valores
adequados de percentual de gordura 5555 (n=5) apresentam valores elevados
3333 (n= 3) apresentam valores muito elevados e nenhum indiviacuteduo apresentou
baixo valor
No grupo dos indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica moderado 5185
(n= 14) dos indiviacuteduos possuem um percentual adequado 74 (n= 2) apresentam
baixo valor 3703 (n= 10) apresentam valor elevado 37 (n= 1) apresentam um
valor muito elevado e nenhum indiviacuteduo apresentou baixo valor
Observa-se que o percentual de gordura dos idosos estudados natildeo apresentou
correlaccedilatildeo com a praacutetica de atividade fiacutesica uma vez que o p-valor deste indicador
foi maior que 005 (0113) ou seja natildeo houve diferenccedila significante entre os valores
meacutedios de percentual de gordura entre os grupos
1538
2307
6153
3333 2962
3703 NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
57
Figura 3 ndashClassificaccedilatildeo gordura corporal de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha pode constatar que apenas 10 (n=4)
de toda a populaccedilatildeo apresentou o quadro de desnutriccedilatildeo com um valor de CP
menor que 31 cm sendo que apenas 769 (n=1) do grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica baixo se enquadraram neste paracircmetro e 1111 (n=7) do grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Na correlaccedilatildeo dos valores meacutedios de circunferecircncia da panturrilha entre os grupos
de idosos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o grupo de idosos que
apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado observa-se uma diferenccedila
estatisticamente comprovada uma vez que o p-valor encontrado foi menor que
0005 (0045) sendo assim o valor meacutedio encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado foi menor quando comparado ao niacutevel de atividade fiacutesica
baixo
Observa-se que na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica baixo apresentou um valor meacutedio de percentual de adequaccedilatildeo de
11267 que equivale a sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou um valor meacutedio de 9534 que equivale a eutrofia
A anaacutelise da prega cutacircnea tricipital revelou que o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresenta uma classificaccedilatildeo meacutedia de eutrofia com o valor meacutedio de
percentual de adequaccedilatildeo de 10361 e o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
0
1111
5555
3333
74
5185
3703
37
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
58
moderado apresentou desnutriccedilatildeo moderada com o valor meacutedio de percentual de
adequaccedilatildeo de 7963
Observa-se que tanto a medida da circunferecircncia do braccedilo quanto a medida da
prega cutacircnea tricipital apresentaram diferenccedilas significantes entre os grupos
estudados uma vez que ambos apresentaram p-valor menor que 005 ou seja
conclui-se que os indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam
valores maiores destes indicadores quando comparados ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Eacute pertinente ao estudo comprovar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa corporal
e circunferecircncia da cintura coletadas no grupo de idosos com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado Para fazer a anaacutelise da natildeo correlaccedilatildeo entre os iacutendices de iacutendice
de massa corporal e circunferecircncia da cintura eacute necessaacuterio interpretar os dados
amostrais avaliando esses dois dados e confrontando-os em cada grupo amostral
Na tabela 9 e 10 estatildeo correlacionados os dados de iacutendice de massa corporal e
circunferecircncia da cintura do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e do grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS SEM RISCO RISCO
AUMENTADO RISCO SUBSTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 1 1 0 0
Eutrofia 1 1 0 0
Sobrepeso 11 0 3 8 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
SEM RISCO
RISCO AUMENTADO
RISCO SUSBTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 5 4 1 0 Eutrofia 13 5 5 3 Sobrepeso 9 0 2 7 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Observa-se de acordo com a tabela 9 somente os indiviacuteduos classificados como
sobrepeso no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentaram risco
59
aumentado ou substancialmente elevado para complicaccedilotildees metaboacutelicas associados
a circunferecircncia da cintura entretanto na tabela 10 pode-se observar que no grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado tanto alguns indiviacuteduos classificados com
eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com sobrepeso apresentaram risco
aumentado e substancialmente aumentado pode-se constatar ainda que um
indiviacuteduo classificado como baixo peso tambeacutem apresentou um risco aumentado
para complicaccedilotildees metaboacutelicas associado a circunferecircncia da cintura
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo CLASSIFICACcedilAtildeO
DO IMC Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 1 0 1 0 0
Eutrofia 1 0 0 1 0
Sobrepeso 11 0 0 4 3
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 5 2 3 0 0 Eutrofia 13 0 10 3 0 Sobrepeso 9 0 1 7 1 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 11 e 12 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o percentual de gordura corporal tanto no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado alguns indiviacuteduos
mesmo sendo classificados com eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com
sobrepeso apresentaram um percentual elevado de gordura corporal
Aplicando o iacutendice de qualidade da dieta pode se observar que a maioria da
populaccedilatildeo estudada encontra-se com uma ldquodieta saudaacutevelrdquo sendo representada por
7692 (n=10) no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e por 85 18 (n=23) no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou 2307 (n=3) dos indiviacuteduos com ldquodieta que precisa de
60
modificaccedilatildeordquo enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou 1481 (n=4) nenhum indiviacuteduo dos dois grupos apresentou ldquodieta
inadequadardquo (figura 4)
Em geral a populaccedilatildeo de idosos estudada apresentou uma meacutedia do IQD-R de
7592 com variaccedilatildeo de 5672 a 9074 pontos O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou uma meacutedia 7393 enquanto que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma valor meacutedia de 7688
Figura 4 - Iacutendice de qualidade da dieta de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 13 e 14 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o iacutendice de qualidade da dieta revisado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado a classificaccedilatildeo
de ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo apareceu em todas as classificaccedilotildees do iacutendice
de massa corporal ou seja indiviacuteduos com baixo peso eutroacuteficos e com sobrepeso
apresentaram ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo Em contrapartida diversos
indiviacuteduos com sobrepeso e tambeacutem com baixo peso apresentaram ldquodieta saudaacutevelrdquo
Sendo assim conclui-se que o iacutendice de massa corporal natildeo apresentou correlaccedilatildeo
com o iacutendice de qualidade da dieta ingerida pelos idosos
0
2307
7692
0
1481
8518
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
61
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO DIETA
SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 1 0 0 1 Eutrofia 1 0 1 0 Sobrepeso 11 0 2 9 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO
DIETA SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 5 0 1 4 Eutrofia 13 0 2 11 Sobrepeso 9 0 1 8
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
62
42 DISCUSSAtildeO
Da populaccedilatildeo estudada todo o grupo era composto por mulheres essa situaccedilatildeo de
um nuacutemero maior de idosos do sexo feminino do que do sexo masculino encontrada
em vaacuterios outros estudos com a populaccedilatildeo idosa Galesi e outros (2008) que
avaliaram o perfil alimentar e nutricional de 60 idosos do sexo feminino e apenas 25
do sexo masculino em uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia e tambeacutem por Abreu e
outros (2008) que avaliaram a inadequaccedilatildeo no consumo alimentar de idosos no
qual 69 da amostra estudada era composta pelo sexo feminino Salgado citado por
Galesi e outros (2008) afirma que essas situaccedilotildees refletem a feminizaccedilatildeo da
populaccedilatildeo idosa ou seja realmente existe uma proporccedilatildeo relativamente maior de
idosos do sexo feminino do que do sexo masculino esse fenocircmeno eacute decorrente de
diversos fatores entre eles eacute a elevada expectativa de vida para mulheres que em
meacutedia vivem sete anos a mais do que os homens outro fato eacute a mulher geralmente
se casar com homens mais velhos que consequentemente morrem primeiro que
esta aumentando assim a sobrevivecircncia da esposa em relaccedilatildeo ao seu marido
Em paralelo Vera citado por Machado e outros (2006) afirma que a mulher possui
atitudes diferentes a dos homens frente a preocupaccedilatildeo com a sauacutede tendo uma
maior procura pelos serviccedilos ou qualquer atividade puacuteblica relacionada a sauacutede
encontrando assim em seu estudo 743 da amostra composta por mulheres
idosas
De acordo com o IPAQ 325 dos indiviacuteduos possuiacuteam niacutevel de atividade fiacutesica
baixo e 675 possuiacuteam niacutevel moderado de atividade fiacutesica Uma vez que a pratica
de atividade fiacutesica moderada ou vigorosa classifica o indiviacuteduo como ativo isso
implica dizer que 675 dos idosos analisados satildeo ativos
A praacutetica de atividade fiacutesica eacute essencial para todas as faixas etaacuterias mas no caso de
idosos esta praacutetica pode beneficiar ainda a sauacutede dos mesmos uma vez que a
atividade fiacutesica contribui para diminuiccedilatildeo de dores nas articulaccedilotildees diminuiccedilatildeo de
gordura corporal e maior captaccedilatildeo de glicose sanguiacutenea entre outros benefiacutecios
(FRANCHI JUacuteNIOR MONTENEGRO) Mota e outros (2006) afirma que a pratica de
atividade fiacutesica regular por idosos pode tambeacutem contribuir na prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas como hipertensatildeo arterial doenccedilas cardiovasculares diabetes e siacutendrome
63
metaboacutelica impactando assim no aumento de qualidade de vida e reduccedilatildeo de
mortalidade nesta populaccedilatildeo
Aleacutem de diversos benefiacutecios aacute sauacutede do idoso como prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas a praacutetica regular de atividade fiacutesica ainda pode contribuir para o
retardamento da reduccedilatildeo da capacidade funcional do organismo decorrente do
envelhecimento contribuindo assim diretamente para o aumento da qualidade de
vida desta populaccedilatildeo (REIS SOUZA 2012)
Hurley e Hagber (1998) citado por Matsudo e Paiva Neto (2000) relatam que a
praacutetica de qualquer atividade fiacutesica por si soacute seja exerciacutecio aeroacutebico ou anaeroacutebico
levam a reduccedilatildeo de gordura corporal em idosos mesmo sem restriccedilatildeo caloacuterica
Shepard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) relatam que as
alteraccedilotildees ocorridas na composiccedilatildeo corporal com a praacutetica regular de atividade
fiacutesica podem ser decorrentes das alteraccedilotildees na taxa metaboacutelica em repouso No
estudo de Bergman (1991) citado por Ferreira (2007) foi constatado que a praacutetica
regular de atividade fiacutesica em curto espaccedilo contribui para uma melhora na
composiccedilatildeo corporal 27 idosas foram submetidas a realizar caminhadas em esteira
quatro vezes por semana e apoacutes 10 semanas obtiveram reduccedilatildeo na gordura
corporal e aumento de massa magra
Pode-se observar que os idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica moderada
apresentaram melhores resultados de composiccedilatildeo corporal quando comparado aos
idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica baixo o IMC meacutedio encontrado foi de
2553kgmsup2 e 3130kgmsup2 apresentando eutrofia e sobrepeso respectivamente
Mazo e outros (2006) tambeacutem constatou que 956 da sua populaccedilatildeo de idosas que
apresentavam excesso de peso possuiacuteam um baixo iacutendice de aptidatildeo funcional geral
decorrente da praacutetica irregular de atividade fiacutesica enquanto que 429 das idosas
que apresentavam IMC adequado estavam com o iacutendice de aptidatildeo funcional geral
bom Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) tambeacutem verificaram em seu estudo que
comparava a composiccedilatildeo corporal de idosos esportista e idosos irregularmente
ativos que o grupo de idosos esportistas possuiacutea um IMC de eutrofia enquanto que
o grupo de idosos irregularmente ativos possuiacuteam um IMC de sobrepeso
O baixo peso encontrado em 15 em toda a populaccedilatildeo estudada eacute tatildeo preocupante
como o sobrepeso tambeacutem encontrado Na atualidade estima-se que a prevalecircncia
de baixo peso fique em torno de 1 a 15 em idosos que vivem em residecircncias e
64
esse valor ainda tem aumento quando trata-se de idosos residentes em instituiccedilotildees
de longa permanecircncia (25 a 60) e um aumento ainda maior quando diz respeito a
idosos hospitalizados (35 a 65) A desnutriccedilatildeo em idosos pode favorecer a
incidecircncia de doenccedilas que consequentemente iratildeo interferir no estado nutricional do
indiviacuteduo Essa populaccedilatildeo eacute dita como um grupo de risco para o baixo peso devido a
vaacuterias alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento como reduccedilatildeo do
paladar dificuldades de mastigaccedilatildeo aleacutem do elevado uso de medicamentos que
consequentemente interfere no apetite na digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes
(SOUSA GUARIENTO 2009) Outros diversos estudos tambeacutem encontraram a
prevalecircncia de baixo peso em idosos Fiore e outros (2006) que avaliaram o perfil
nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede tambeacutem encontraram
na sua populaccedilatildeo 151 dos indiviacuteduos apresentando baixo peso de forma
semelhante Galesi e outros (2008) encontraram uma proporccedilatildeo de 18 de idosos
com baixo peso em seu estudo que avaliava o perfil alimentar e nutricional de idosos
institucionalizados
Quanto ao risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas associada agrave circunferecircncia da cintura
o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou uma meacutedia de 9716 cm o
que representa um risco substancialmente elevado e o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia de 8568 cm que classifica um risco
aumentado Aleacutem disso pode-se contatar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa
corporal e o risco de complicaccedilatildeo metaboacutelica de acordo com a circunferecircncia da
cintura de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado no qual foi encontrado que
mesmo indiviacuteduos que natildeo estavam com sobrepeso apresentaram um risco
aumentado ou substancialmente aumentado para complicaccedilotildees metaboacutelicas
Os elevados valores encontrados de circunferecircncia da cintura podem ser explicados
devido agraves alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento que contribuem
para o aumento de peso e tambeacutem para a redistribuiccedilatildeo da gordura corporal
(FERREIRA 2003) Bouchard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007)
afirmaram que a gordura corporal em idosos eacute encontrada em maiores quantidades
na regiatildeo do abdocircmen Outros autores ainda afirmam que o aumento da
circunferecircncia da cintura se deve a substituiccedilatildeo da gordura subcutacircnea pela gordura
visceral na regiatildeo abdominal aleacutem da existecircncia de uma redistribuiccedilatildeo da gordura
corporal que deixa de se depositar nos membros ocorrendo assim um acuacutemulo na
65
regiatildeo central do corpo Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do perfil
nutricional de idosos verificaram um alto iacutendice de prevalecircncia de risco para
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura 808 da
populaccedilatildeo estudada e especialmente em idosos do sexo feminino
Na avaliaccedilatildeo da gordura corporal tambeacutem pode ser notado a natildeo correlaccedilatildeo entre
iacutendice de massa corporal e percentual de gordura corporal no qual pode ser
encontrado um percentual de gordura elevado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e niacutevel de atividade fiacutesica moderado em indiviacuteduos que natildeo se
classificam como sobrepeso este iacutendice tambeacutem vem comprovar as alteraccedilatildeo
corporais no idoso Entretanto quando haacute a comparaccedilatildeo entre os valores meacutedios de
gordura corporal dos dois grupos observa-se que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica possui um menor percentual Matsudo (2002) afirma que idosos considerados
ativos apresentam um menor peso corporal e tambeacutem um menor percentual de
gordura corporal
A avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador muito utilizado na
avaliaccedilatildeo do estado nutricional do idoso por ser sensiacutevel a perda de massa magra e
consequentemente a desnutriccedilatildeo Observa-se que na populaccedilatildeo geral estudada a
meacutedia da CP foi de 3551 cm que equivale a eutrofia um resultado parecido foi
encontrado tambeacutem por Rauen e outros (2008) em uma pesquisa que avaliaram o
estado nutricional de idosos encontrando um valor meacutedio de CP de 328 cm
tambeacutem os classificando com eutrofia Machado e outros (2006) tambeacutem natildeo
encontrou comprometimento da massa magra atraveacutes da circunferecircncia da
panturrilha sendo que o valor meacutedio encontrado no seu estudo que avaliava o perfil
nutricional e funcional de idosos foi de 367 cm para idosos do sexo masculino e
348 cm para idosos do sexo feminino
A circunferecircncia do braccedilo eacute utilizada para mensurar tecido muscular gorduroso e
tambeacutem tecido oacutesseo (TARTARI BUSNELLO NUNES 2010) Na avaliaccedilatildeo deste
indicador observa-se que em meacutedia o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo
apresentou uma classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado apresentou um estado meacutedio de eutrofia Machado e
outros (2006) verificou tambeacutem nenhum comprometimento do tecido adiposo atraveacutes
dos valores encontrados de CB estando 100 da sua populaccedilatildeo de idosos
estudada dentro do limite de normalidade natildeo correspondendo assim tambeacutem o
66
que Menezes e Marucci (2013) relataram sobre a circunferecircncia do braccedilo em idosos
que tende a diminuir devido agrave perda de massa magra tiacutepico da idade devido ocorrer
o deslocamento da gordura dos membros para regiatildeo central
Com relaccedilatildeo a prega cutacircnea tricipital observa-se um valor meacutedio que representa
de eutrofia no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo e classificaccedilatildeo meacutedia de
desnutriccedilatildeo moderada no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica moderado A mesma
situaccedilatildeo foi encontrada por Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do
perfil nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede no qual 548
da populaccedilatildeo apresentou um valor reduzido deste indicador que expressa a
quantidade e a localizaccedilatildeo do tecido adiposo subcutacircneo O mesmo autor afirma
ainda que este fato eacute esperado em indiviacuteduos idosos uma vez que existem
evidecircncias que comprovam que com o avanccedilar da idade haacute uma redistribuiccedilatildeo do
tecido gorduroso antes localizado nos membros para a regiatildeo abdominal
Quando avaliamos o estado nutricional dos indiviacuteduos atraveacutes do iacutendice de massa
corporal relacionado ao iacutendice de qualidade da dieta pode-se constatar que o IMC
natildeo teve relaccedilatildeo direta com o IQD-R uma vez que a classificaccedilatildeo de ldquodieta que
precisa de modificaccedilatildeordquo atingiu todas as classificaccedilotildees do IMC assim como a ldquodieta
saudaacutevelrdquo tambeacutem alcanccedilou todas as classificaccedilotildees Dessa forma podemos afirmar
que natildeo eacute apenas o consumo alimentar que resulta no estado nutricional
Campos Monteiro e Ornelas (2000) confirmam que o estado nutricional dos idosos eacute
um quadro resultante das diversas condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem
aleacutem de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade Montilla Marucci e
Aldrighi (2006) encontraram e seu estudo que avaliava o estado nutricional e o
consumo alimentar de mulheres no climateacuterio que o iacutendice de massa corporal natildeo
estava acompanhando a mesma tendecircncia do valor energeacutetico consumido ou seja
o IMC estava acima da classificaccedilatildeo de eutrofia entretanto o valor energeacutetico da
dieta ingerida estava adequado estes mesmo autores afirmaram que este fato pode
ter acontecido por pelo menos dois fatores o IMC avalia o estado nutricional atual
do indiviacuteduo mas que foi adquirindo ao logo de um tempo enquanto que o
recordatoacuterio 24 horas instrumento que geralmente eacute usado para avaliar o consumo
alimentar de indiviacuteduos ou populaccedilatildeo avalia somente o dia anterior ou o fato pode
ter acontecido devido a reduccedilatildeo do metabolismo que acompanha o passar da idade
67
podendo assim levar ao desequiliacutebrio energeacutetico mesmo que o consumo esteja
dentro das recomendaccedilotildees
A maior meacutedia de pontuaccedilatildeo do IQD-R foi encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado sendo assim as maiores pontuaccedilotildees do IQD-R foram
diretamente associada com a praacutetica de atividade fiacutesica assim como encontrado por
Wendpap (2012) em seu estudo que avaliou a qualidade da dieta de adolescentes
no qual foram encontrados maiores pontuaccedilotildees do IQD-R em adolescentes que
gastavam menos tempo com atividades ditas como sedentaacuterias como assistir
televisatildeo ou jogar viacutedeo game
Na avaliaccedilatildeo das pontuaccedilotildees do IQD-R por componente pode-se observar que tanto
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado como no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo houve baixa pontuaccedilatildeo para os grupos ldquofrutas totaisrdquo (263 e
241) ldquofruta integraisrdquo (281 e 248) ldquovegetais verdes escuros e alaranjados e
leguminosasrdquo (181 e 033) e ldquoLeite e derivadosrdquo (335 e 295) no grupo de ldquoVegetais
Totaisrdquo a populaccedilatildeo do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou um
consumo intermediaacuterio (323) enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
moderado apresentou um consumo baixo (217) No grupo ldquoCereais Totaisrdquo
observou-se uma elevada pontuaccedilatildeo pela populaccedilatildeo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo (861) e uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria (533) para a populaccedilatildeo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado assim como no grupo de ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo
com pontuaccedilatildeo de 947 e 529 respectivamente e no ldquogrupo de oacuteleosrdquo (811 e 491)
e ldquogordura saturadardquo (953 e 697) no componente ldquosoacutediordquo os dois grupos
populacionais tiveram pontuaccedilatildeo intermediaacuteria com 653 para o grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo e 548 para o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado e
no componente ldquoGord AArdquo houve elevada pontuaccedilatildeo (1792) e (1189) nos dois
grupos Sendo assim pode-se constatar que o componente do IQD-R que mais
contribuiu para elevaccedilatildeo da pontuaccedilatildeo foi o ldquoGord AArdquo
O baixo consumo de frutas verduras e leitesderivados por idosos tambeacutem foi
encontrado Martins e outros (2010) em 765 da populaccedilatildeo estudada no qual
associou este achado com os niacuteveis elevados de pressatildeo arterial outros estudos
tambeacutem confirmam um baixo consumo fibras e consequentemente de frutas e
verduras por idosos Galesi e outros (2008) verificou que apenas 26 da populaccedilatildeo
estudada realizam a ingestatildeo adequada de fibras diaacuteria que eacute em torno de 30gdia
68
A ingestatildeo de fibras eacute de grande importacircncia para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel em
todas as fases da vida mas na velhice o consumo de fibras se torna ainda mais
relevantes devido a grande prevalecircncia de constipaccedilatildeo intestinal nesta populaccedilatildeo
uma vez que as fibras auxiliam na formaccedilatildeo do bolo fecal e juntamente com outros
fatores realizam os estiacutemulos para o peristaltismo intestinal (Brasil 2009)
O baixo consumo de leites e derivados foi constato por outros diversos estudos com
a populaccedilatildeo idosa Machado e outros (2006) verificaram que o consumo de leites e
derivados em qualquer quantidade natildeo chegou a 100 da amostra o que
caracteriza provavelmente uma inadequaccedilatildeo no consumo de caacutelcio e Matta Papini e
Corrente encontraram um consumo meacutedio de apenas 118 porccedilotildees de leites e
derivados ao dia por idosos o que representa um consumo baixo considerando a
recomendaccedilatildeo de trecircs porccedilotildees ao dia A deficiecircncia de caacutelcio no organismo de um
idoso representa uma grande preocupaccedilatildeo uma vez que este eacute um importante
mineral para os idosos pois o consumo adequado de caacutelcio auxilia na prevenccedilatildeo ou
na reduccedilatildeo do aparecimento de doenccedilas oacutesseas como a osteoporose que eacute
caracterizada pela reduccedilatildeo de massa oacutessea que leva consequentemente a uma
maior vulnerabilidade a fraturas e que acometem em sua maioria os idosos (Paixatildeo
e Bressan 2010)
O consumo de carboidratos em geral neste estudo pode ser considerado como
dentro da meacutedia alcanccedilando uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria diferentemente do
achado por Silva e outros (2010) que constatou um elevado consumo de
carboidratos por idosos chegando em torno de 75 do valor energeacutetico (VET) total
da dieta ingerida jaacute Farinea Ricalde e Siviero encontram um consumo adequado de
carboidratos ou seja em torno 5637 de carboidrato por praticantes de atividade
fiacutesica
Avaliando ainda o consumo alimentar pode ser constatado que em relaccedilatildeo ao
nuacutemero de refeiccedilotildees realizadas ao longo do dia pela populaccedilatildeo idosa estudada
percebe-se que em meacutedia satildeo realizadas 482 refeiccedilotildeesdia um nuacutemero menor do
que preconizado pelo guia alimentar da populaccedilatildeo brasileira (2011) que sugere a
realizaccedilatildeo de trecircs grandes refeiccedilotildees mais lanches saudaacuteveis ao longo do dia fato
que tambeacutem se relaciona pelo achado de Silva Filho e outros que em seu estudo de
verificaccedilatildeo do comportamento alimentar de idosos constatou quem em meacutedia foram
realizadas de 3 a 4 refeiccedilotildees diaacuterias por 96 idosos participantes da pesquisa Eacute de
69
suma importacircncia a realizaccedilatildeo de 5 a 6 refeiccedilotildees ao dia pelo fato de que com a
reduccedilatildeo do nuacutemero de refeiccedilotildees o indiviacuteduo fica um tempo maior sem se alimentar
levando ao organismo responder a esta inaniccedilatildeo reduzindo o metabolismo de forma
a guardar energia para o este periacuteodo em jejum o que consequentemente leva a ao
acuacutemulo de calorias aleacutem de outros processos orgacircnicos se manterem alterados
como a produccedilatildeo de hormocircnios e substacircncias participantes dos processos de
digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes (RUELA SOUSA JUNIOR 2010)
Observa-se ainda que 425 (n= 17) da populaccedilatildeo em geral estudada natildeo
possuiacuteam o haacutebito de realizar o jantar Machado e outros (2006) encontraram
tambeacutem um elevado percentual de idosos que natildeo realizavam o jantar em seu
estudo que avaliou o perfil nutricional e funcional de idosos sendo 307 da
populaccedilatildeo do sexo masculino seguido de 222 da populaccedilatildeo do sexo feminino
Esse mesmo autor relatou que esse haacutebito acaba se tornando comum pois os
idosos natildeo desejam consumir grande quantidade de alimentos como no almoccedilo
antes de dormir ou pelo simples fato de ser mais cocircmodo realizar um lanche do que
um jantar
70
71
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS Diante do exposto conclui-se que os idosos que praticam atividade fiacutesica
moderadamente apresentam um melhor estado nutricional quando comparados aos
idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Esse fato eacute comprovado
pelas diferenccedilas significativas encontradas nos indicadores usados na avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica neste estudo
A populaccedilatildeo estudada em geral apresentou um iacutendice de qualidade da dieta
elevado que representa uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser
observado que os indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou um maior iacutendice de qualidade quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo
Uma vez que haacute uma escassez de estudos envolvendo a praacutetica de atividade fiacutesica
e a qualidade da dieta de idosos recomenda-se a realizaccedilatildeo futura de estudos
nutricionais nesta populaccedilatildeo abrangendo outros assuntos ligados a nutriccedilatildeo que
sejam pertinentes a este grupo
Sendo assim eacute imprescindiacutevel a implantaccedilatildeo de Programas de Qualidade de Vida
que abranja orientaccedilotildees nutricionais e de atividade fiacutesica para idosos uma vez que
para esses indiviacuteduos obtenha uma elevada qualidade de vida eacute essencial a
prevenccedilatildeo da incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que comumente
atingem essa populaccedilatildeo
72
73
REFEREcircNCIAS
ABREU W C et al Inadequaccedilatildeo no consumo alimentar e fatores interferentes na ingestatildeo energeacutetica de idosos matriculados no programa municipal da terceira idade de viccedilosa (MG) Revista Baiana de Sauacutede Puacuteblica v32 n2 p177-189 maioago 2008 Disponiacutevel em httpinseeribictbrrbspindexphprbsparticleviewFile139135gt Acesso em 10 de out de 2013 ACUNAtilde K CRUZ T Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de adultos e idosos e situaccedilatildeo nutricional da populaccedilatildeo brasileira Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 48 n 3 p 345-361 jun 2004 Disponiacutevel em lthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache1J0Ta7oEv5UJscholargooglecom+circunferencia+da+panturrilha+idososamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 02 de out de 2013 ALVES J E D A Transiccedilatildeo Demograacutefica e a Janela de Oportunidade Satildeo Paulo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial 2008 Disponiacutevel emlt httpwwwbraudelorgbrpesquisaspdftransicao_demograficapdfgtacesso em 20 de fev 2013 AMADO T C F ARRUDA I K G FERREIRA A R Aspectos alimentares nutricionais e de sauacutede de idosas atendidas no Nuacutecleo de Atenccedilatildeo ao Idoso ndash NAI Recife Archivos Latinoamericanos de Nutricion v 57 n 4 p 366-372 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscieloorgvescielophpscript=sci_arttextamppid=S0004-06222007000400009amplng=esampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de abr 2013 ANDRADE FB CALDAS A F KITOKO P M Relationship between oral health nutrient intake and nutritional status in a sample of Brazilian elderly 2009 (Biblioteca Online) Disponiacutevel em httponlinelibrarywileycomdoi101111j1741-2358200800220xabstract Acesso em 18 de mar 2013 ARANHA F Q et al O Papel da Vitamina C Sobre as Alteraccedilotildees Orgacircnicas no Idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas 13(2) 89-97 maioago 2000Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv13n27911pdfgt Acesso em 12 mar 2013 BARBOSA M A Importacircncia da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel ao Longo da Vida Refletindo na Sauacutede do Idoso 2012 41 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Nutriccedilatildeo Cliacutenica) - Departamento de Ciecircncias da Vida Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ijuiacute 2012 Disponiacutevel em lthttpbibliodigitalunijuiedubr8080xmluibitstreamhandle1234567891045A20ImportC3A2ncia20da20AlimentaC3A7C3A3o20SaudC3A1vel20ao20Longo20da20Vida20Refletindo20na20SaC3BAde20do20Idosopdfsequence=1gt Acesso em 15 mar 2013 BARBOSA A M Ingestatildeo alimentar de caacutelcio e vitamina D e associaccedilatildeo com o niacutevel de escolaridade na pessoa idosa Revista Demetra Alimentaccedilatildeo Nutriccedilatildeo e Sauacutede Rio de Janeiro v 8 n 2 p 173-181 2013 Disponiacutevel emlthttpswwwepublicacoesuerjbrindexphpdemetraarticleview40825144gt Acesso em 15 set 2013 BECKENKAMP J SANTOS J S DOS Efeito da linhaccedila sobre a constipaccedilatildeo intestinal em idosos residentes em instituiccedilotildees geriaacutetricas Revista Brasileira de
74
Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 8 n 2 p 179-187 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview972pdfgt Acesso em 16 de abr 2013 BENEDETTI T R B GONCcedilALVES L H T MOTA J A P Uma proposta de poliacutetica puacuteblica de atividade fiacutesica para idosos Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 16 n 3 p 387-98 Jul Set 2007 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdftcev16n3a03v16n3pdf Acesso em 23 abr 2013 BORGES R M NONINO C B SANTOS J E Tratamento Cliacutenico da Obesidade Revista Medicina Ribeiratildeo Preto v 39 n 2 p 246-252 abrjun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwucgbrucgeventosObesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorialmaterial_consultamaterial_educacao_fisicatratamento20clinico20da20obesidadepdfgt Acesso em 08 de mar 2013 BOSSHARD W et al The treatment of chronic constipation in elderly people an update Drugs Aging v21 n14 p911-930 2004 Disponiacutevel em lthttplinkspringercomarticle10216500002512-200421140-00002page-1gt Acesso em 02 de abril 2013 BRASIL Lei no 10741 de 1ordm de outubro de 2003 Estatuto do Idoso Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leis2003l10741htmgt Acesso em 15 abr 2013 ______ Lei nordm 8842 de 4 de janeiro de 1994 Politica Nacional do Idoso Disponiacutevel em httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8842htm Acesso em 20 de abr 2013 ______ Lei nordm 8742 de 7 de dezembro de 1993Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social Disponiacutevel emlt httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8742htmgt Acesso em 20 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da sauacutede Manual da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel para a populaccedilatildeo idosa 2009 Disponiacutevel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesalimentacao_saudavel_idosa_profissionais_saudepdfgt Acesso em 03 de set 2013 _______ Ministeacuterio da sauacutede Anuaacuterio estatiacutestico de sauacutede do Brasil 2001 Disponiacutevel emlthttpportalsaudegovbrportalaplicacoesanuario2001indexcfmgt Acesso em 15 de abr 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Consenso sobre diabetes 2011a Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesconsenso_bras_diabetespdf Acesso em 05 de abr 2013
______ Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel emlt httpconselhosaudegovbrbibliotecalivrosManual_cepspdfgt Acesso em 20 fev 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes Mellitus 2011 b Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmiolo2002pdf Acesso em 05 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da Sauacutede Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilatildeo para coleta de dados antropomeacutetricos 2011 c Disponiacutevel emlt
75
http18928128100nutricaodocsgeralorientacoes_coleta_analise_dados_antropometricospdfgt Acesso em 30 mai 2013 BUENO J M et al Avaliaccedilatildeo nutricional e prevalecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis em idosos pertencentes a um programa assistencial Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 13 n4 p 1237-1246 2008 CALIXTO-LIMA L GONZALES M C Nutriccedilatildeo Cliacutenica no dia a dia Rio de Janeiro Ed Rubio 204p 2013 CAMPOS M T F S MONTEIRO J B R ORNELAS A P R C Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutriccedilatildeo do idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v13 n 3 p157-165 setdez 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfrnv13n37902pdfgt Acesso em 08 de mar 2013 CAMPOS M A G et al Estado nutricional e fatores associados em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo vol 52 n4 julagos 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=s0104-42302006000400019ampscript=sci_arttextgt Acesso em 25 fev 2013gt Acesso em 23 fev 2013 CARVALHO E N et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade Nutricional das Refeiccedilotildees Servidas aos Idosos em Instituiccedilatildeo Asilar 2003 17 f Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Porto Alegre 2003 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47322656gt Acesso em 11 de abr 2013 CASTILHOS E D PADILHA D M P A importacircncia dos dentes para trecircs diferentes grupos de idosos 2001 135 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em sauacutede bucal coletiva) - Faculdade de Odontologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2002 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=BBOamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=18747ampindexSearch=IDgt Acesso em 12 de mar 2013 CERVI A FRANCESCHINI S C C PRIORES E S Anaacutelise criacutetica do uso do iacutendice de massa corporal para idosos Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v18 n 6 765-775 NovDez 2005 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-52732005000600007gt Acesso em 01 de out de 2013 CHAIMOWICZ F A sauacutede dos idosos brasileiros agraves veacutesperas do seacuteculo XXI problemas projeccedilotildees e alternativas Revista Sauacutede Puacuteblica v 31 n 2 p184-200 1997 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfrspv31n22170gt Acesso em 01 de mar 2013 COSTA et al Estado nutricional e antropometria em idoso revisatildeo da literatura Revista Meacutedica de Minas Gerais Minas Gerais N p7 v 4 p 111-120 juldez 2000 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgi-binwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=556558ampindexSearch=IDgt Acesso em 26 fev 2013 DOBNER T BLASI T C KIRSTEN V R Perfil nutricional de idosos residentes em instituiccedilatildeo geriaacutetrica no interior do RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 9 n 1 p 109-118 Janabr 2012
76
Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview1730pdfgt Acesso em 13 de abr 2013 FARINEA N RICALDE S R SIVIEIRO J Perfil nutricional e antropomeacutetrico de idosos participantes de um grupo de ginaacutestica no municiacutepio de Antocircnio Prado ndash RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 7 n 3 p 394-405 setdez 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview783gt Acesso em 20 de out de 2013
FAZZIO D M G Envelhecimento e qualidade de vida ndash uma abordagem nutricional e alimentar Revista de Divulgaccedilatildeo Cientiacutefica Sena Aires Brasiacutelia v 1 n1 p 76-88 janjun 2012 Disponiacutevel em lthttprevistafacesasenaairescombrindexphprevisaarticleview15gt Acesso em 18 set 2013 FERNANDES M V Consumo de caacutelcio por idosos atendidos no programa de atendimento multidisciplinar agrave sauacutede do idoso 2010 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade do Extremo Sul Catarinense Criciuacutema 2010Disponiacutevel emlthttp200181527bitstreamhandle1140Mariana20Vaterkemper20Fernandespdfsequence=1gt Acesso em 21 abr 2013 FISBERG R M MARCHIONI D M L COLUCCI A C A Avaliaccedilatildeo do consumo alimentar e da ingestatildeo de nutrientes na praacutetica cliacutenica Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 53 n 5 p 627-654 jun 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfabemv53n514pdfgt Acesso em 30 de set de 2013 FLORA A P L DICHI I Aspectos atuais na terapia nutricional da doenccedila inflamatoacuteria intestinal Revista Brasileira de Nutriccedilatildeo Cliacutenica Satildeo Paulo v 21 n 2 p131-7 2006 Disponiacutevel em lthttpxayimgcomkqgroups24540475920552574namedoenC383C2A7a+inflamatC383C2B3ria+intestinal+e+terapia+nutricional+2006pdfgt Acesso em 26 mar 2013 FRANCHI K M B MONTENEGRO JUNIOR R M Atividade fiacutesica uma necessidade para a boa sauacutede na terceira idade Revista Brasileira em Promoccedilatildeo da Sauacutede Fortaleza v 18 n 3 p152-156 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwredalycorgarticulooaid=40818308gt Acesso em 19 de out de 2013 FRANCO L M Educaccedilatildeo Nutricional na terceira idade Alteraccedilotildees Fisioloacutegicas e Alimentaccedilatildeo Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlt httpconferenciasredeunidaorgbrindexphpredeunidaru10paperview2456gt Acesso em 15 de out 2013 FRISANCHO A R New norms of upper limb fat and muscle areas for assessent of nutritional status The American Journal of Clinical Nutrition v 34 p 2540-2545 1981 GALESI L F et al Perfil alimentar e nutricional de idosos residentes em moradias individuais numa instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no leste do estado de Satildeo Paulo Revista de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo Araraquara v19 n3 p 283-290 julset 2008 Disponiacutevel em lthttp20014571150seerindexphpalimentosarticleview632530gt Acesso em 20 de out de 2013
77
GALLAGHER D et al Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex The American Journal Clinical Nutrition Printed in USA vol 72 n 3 p694ndash701 2000 GUEDES DP GONCcedilALVES LAVV Impacto da Praacutetica habitual de Atividade Fiacutesica no perfil Lipiacutedico de adultos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia Satildeo Paulo v 51 n1 p 72-78 2007 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfabemv51n108pdfgt Acesso em 21 de abr 2013 GUEDES DP LOPES CC GUEDES JERP Reprodutibilidade e validade do Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica em Adolescentes Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 11 n 2 p 151-158 Marccedilabr 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev11n2a11v11n2pdfgt acesso em 24 de mai 2013 INSTITUTO MINEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA Hiperdia 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwimepencomhiperdiagt Acesso em 20 abr 2013 KUMPEL D A et al Obesidade em idosos acompanhados pela estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 20 n3 p 471-477 JulSet 2011 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdftcev20n307pdfgt Acesso em 15 de mar 2013 LACERDA N C SANTOS S S C Avaliaccedilatildeo nutricional de idosos um estudo bibliograacutefico Rev RENE Fortaleza v 8 n 1 p 60-70 janabr2007 Disponiacutevel em lthttprepositoriofurgbr8080xmluibitstreamhandle11857AvaliaC3A7C3A3o20nutricional20de20idosos20um20estudo20bibliogrC3A1ficopdfsequence=1gt Acesso em 20 mar 2013 LACOURT M X MARINI L L Decreacutescimo da funccedilatildeo muscular decorrente do envelhecimento e a influecircncia na qualidade de vida do idoso uma revisatildeo de literatura Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 3 n 1 p114-121 janjul 2006 Disponiacutevel emlt httpwwwupfbrseerindexphprbceharticleview5144gt Acesso em 05 de out de 2013 LEBRAtildeO M L O envelhecimento no Brasil aspectos da transiccedilatildeo demograacutefica e epidemioloacutegica Revista Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 4 n 17 p 135-140 ago set 2007 Disponiacutevel emlt httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem2559pdfgt Acesso em 24 mar 2013 LEON M et al Percepccedilatildeo da inseguranccedila alimentar em famiacutelias com idosos em Capinas Satildeo Paulo Caderno de Puacuteblica Rio de Janeiro v21 n 1 p1433-1410 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv21n516pdf Acesso em 02 out 2013 MACHADO J S Perfil nutricional e funcional de idosos atendidos em um ambulatoacuterio de nutriccedilatildeo da policliacute-nica Joseacute Paranhos Fontenelle na cidade do Rio de Janeiro Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 10 p 57-73 2006 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47972702gt Acesso em 05 de out de 2013
78
MADEIRA M C et al Atividade fiacutesica no deslocamento em adultos e idosos do Brasil prevalecircncias e fatores associados Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v29 n 1 p 165-174 jan 2013 Disponiacutevel emlt httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cachel0y4OnZr76sJscholargooglecom+MADEIRA+atividade+fisica+2013amphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 05 out 2013
MAGALHAtildeES L M R Relaccedilatildeo entre Sauacutede Oral e Nutriccedilatildeo em Idosos 2011 49 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Dentaacuteria) Universidade Fernando Pessoa Porto Alegre 2011 Disponiacutevel emlt httpbdigitalufpptbitstream1028424023Tpdfgtacesso em 15 mar 2013 MALTA M B PAPINI S J CORRENTE J E Avaliaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo de idosos de municiacutepio paulista ndash aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v18 n 2 p 377-384 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfcscv18n209pdfgt acesso em 30 de set de 2013 MARTINS W P et al Resistecircncia agrave insulina em mulheres com siacutendrome dos ovaacuterios policiacutesticos modifica fatores de risco cardiovascular Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Rio de Janeiro v 31 n 3 mar 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrscielophppid=S010072032009000300002ampscript=sci_arttextamptlng=ESgt Acesso em 01 out 2013
MARUCCI D M et al Hipertensatildeo arterial referida e indicadores antropomeacutetricos de gordura em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 57 n 1 p 25-30 2011 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdframbv57n1v57n1a11pdfgt Acesso em 15 fev 2013 MASSON C R et al Prevalecircncia de sedentarismo nas mulheres adultas da cidade de Satildeo Leopoldo Rio Grande do Sul Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 21 n 6 p 1685-1694 nov dez 2005 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcspv21n605pdfgt Acesso em 20 de set 2013 MAZO G Z et al Aptidatildeo funcional geral e iacutendice de massa corporal de idosas praticantes de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Cineantropometria amp Desempenho Humano Florianoacutepolis v8 n4 p46-51 2006 Disponiacutevel emlthttpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cachehttpwwwportalsaudebrasilcomartigospsbidoso077pdfgt Acesso em 20 de set de 2013 MENDES M R S et al Situaccedilatildeo social do idoso no Brasil uma breve consideraccedilatildeo 2005 11 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Enfermagem na Sauacutede do Adulto) Escola de Enfermagem da Universidade de Satildeo Paulo - USP ndash Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfapev18n4a11v18n4pdfgt Acesso em 23 mar 2013 MENEZES T N MARUCCI M F N Valor energeacutetico total e contribuiccedilatildeo de percentual de calorias por macronutrientes da alimentaccedilatildeo de idosos domiciliados m Fortaleza Cearaacute Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 58 n1 p 33-40 nov dez 2012 MIZUNO J Perfil Bioquiacutemico da Glicose e Praacutetica de Atividade Fiacutesica nos Nipo-brasileiros de Segunda Geraccedilatildeo da Cidade de Bauru 2007 46 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Licenciatura Plena em Educaccedilatildeo Fiacutesica) - Departamento de
79
Educaccedilatildeo Fiacutesica da Faculdade de Ciecircncias da Universidade Estadual Paulista Bauru 2007 MONTENEGRO S M R S Efeitos de um programa de fisioterapia como promotor de sauacutede na capacidade funcional de mulheres idosas institucionalizadas 80 f 2006 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Educaccedilatildeo e Sauacutede) Centro de Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Fortaleza Cearaacute 2005 Disponiacutevel em httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheoICqZeWR7EJscholargooglecom+montenegro+silva++alimentaC3A7C3A3o+de+idososamphl=ptBRampas_sdt=05gt Acesso em 10 set 2013 MONTILLA R N G ALDRIGHI J M AVALIACcedilAtildeO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES NO CLIMATEacuteRIO Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache0pygmM5iqLIJscholargooglecom+relaC3A7C3A3o+de+estado+nutricional+e+consumo+alimentar+de+idososamphl=pt-PTampas_sdt=05gt Acesso em 08 de out de 2013 MOTA J et al Atividade fiacutesica e qualidade de vida associada aacute sauacutede em idosos participantes e natildeo participantes em programas regulares de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Satildeo Paulo v20 n3 p219-25 julset 2006 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheCBoCKJNge0oJscholargooglecom+idosos+atividade+fC3ADsicaamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 07 de out de 2013 MULLER N VIETZ V R Educaccedilatildeo em sauacutede e educaccedilatildeo nutricional aos idosos do centro de convivecircncia do idoso Andreacutes Chamorro (cci) no municiacutepio de dourados MS 2009 7 f Trabalhatildeo de Conclusatildeo de Curso ( Bacharel em Enfermagem) - Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul 2009 Mato Grosso do Sul Disponiacutevel em lt httpperiodicosuemsbrindexphpsemexarticleview2305980gt Acesso em 10 mar 2013 NASCIMENTO C M et al Estado nutricional e fatores associados em idosos do Municiacutepio de Viccedilosa Minas Gerais Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 27 n12 p 2409-2418 dez 2011 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610721ampindexSearch=IDgt Acesso em 25 mai 2013 NESELLO L A N TONELLI F O BELTRAME T B Constipaccedilatildeo intestinal em idosos frequentadores de um Centro de Convivecircncia no municiacutepio de Itajaiacute-SC Revista Ceres Rio de Janeiro v 6 n 3 p 151-162 2011 Disponiacutevel em httpwwwe-publicacoesuerjbrindexphpceresarticleviewFile21252113 Acesso em 20 abr 2013 PAIVA NETO A OLIVEIRA A SANTOS R O Comparaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal em idosos esportistas com idosos irregularmente ativos Revista Movimento amp Percepccedilatildeo Espiacuterito Santo do Pinhal v 8 n 11 p41-54 juldez 2007 Disponiacutevel emhttpswwwgooglecombrurlsa=tamprct=jampq=ComparaC3A7C3A3o+da+composiC3A7C3A3o+corporal+em+idosos+esportistas+com+idosos+irregular
80
mente+ativosampesrc=sampsource=webampcd=1ampved=0CC0QFjAAampurl=http3A2F2Fwwwresearchgatenet2Fpublication2F26488733_Comparao_da_composio_corporal_em_idosos_esportistas_com_idosos_irregularmente_ativosampei=kRttUsWfJMuDkQeRx4HgBQampusg=AFQjCNHiqsY74lFQzTDoK8SjKlR0YQnChA Acesso em 10 de out de 2013 NOBREGA A C L Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Atividade Fiacutesica e Sauacutede no Idoso Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 5 n 6 NovDez 1999 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev5n6v5n6a02pdfgt Acesso em 03 mar 2013 PAIXAtildeO M P P C BRESSAN J Caacutelcio e sauacutede osseacutea tratamento e prevenccedilatildeo Revista Sauacutede e Pesquisa v 3 n 2 p 237-246 maioago 2010 Disponiacutevel emlthttpwwwcesumarbrpesquisaperiodicosindexphpsaudpesqarticleview11911079gt Acesso em 12 de out de 2013 PADOVANI R M et al Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 19 n 2 p 741-760 novdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv19n609pdfgt Acesso em 15 set 2013 PEREIRA B C Radicais Livres uma nova abordagem PERISSINOTTO E et alAnthropometric measurements in the elderly Age and gender differences Br J Nutr v 87 n1 p177-186 2012 Disponiacutevel lthttpjournalscambridgeorgdownloadphpfile=2FBJN2FBJN87_022FS0007114502000430apdfampcode=7c9a31135d39e8d85eecd461067b11c3gt Acesso em 15 out 2013 PESSOA L M O P Adequaccedilatildeo nutricional da alimentaccedilatildeo servida aos idosos do instituto Satildeo Vicente de Paulo Vinculado ao laboratoacuterio itinerante PROEAC UEPB 2012 39 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharelado em Enfermagem) ndash Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universidade Estadual da Paraiacuteba Campina Grande 2012 Disponiacutevel em lthttpdspacebcuepbedubr8080jspuibitstream1234567897791PDF20-20Larrycya20Mahayana20Oliveira20Pessoapdfgt acesso em 05 mar 2013 PREVIDELLI A N et al Iacutendice de Qualidade da Dieta Revisado para populaccedilatildeo brasileira Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 45 n4 p 794-798 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrspv45n42523pdfgt acesso em 15 jun 2013 RAUEN M S Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de idosos institucionalizados Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v21 n3 p 303-310 MaiJun 2008 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrnv21n3a05v21n3pdf Acesso em 05 de out de 2013 REIS A E S SOUZA J A Atividade fiacutesica para idosos 36 f 2012 Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica Universidade do Vale do Rio Verde de Trecircs Coraccedilotildees Minas Gerais 2012 Disponiacutevel em httprevistasunincorbrindexphpiniciacaocientificaarticleviewFile424343 Acesso em 13 de set de 2013 RINALDI D B COELHO I Nutriccedilatildeo sauacutede e envelhecimento um estudo sobre o estado nutricional de mulheres que participam do projeto de extensatildeo ldquoUniversidade
81
da Idade Ativardquo Revista Unoesc amp Ciecircncia ndash ACBS Joaccedilaba v 2 n 1 p 67-74 2011 Disponiacutevel lthttpeditoraunoescedubrindexphpacbsarticleview665gt Acesso em 11 abr 2013 ROSA L B et al Odontogeriatria ndash a sauacutede bucal na terceira idade Revista da Faculdade de Odontologia ndash UPF Satildeo Paulo v 13 n8 p 82-86 maiago 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprfoarticleview599392gt Acesso em 08 Mar 2013 RUELA L C R SOUSA JUNIOR F A C Avaliaccedilatildeo nutricional e estilo de vida de adolescentes de uma escola puacuteblica da regiatildeo sul fluminense ndash RJ Revista Nutrir Gerais Ipatinga v 4 n 6 p 554-565 fevjul 2010 Disponiacutevel emlt httpwwwunilestemgbrnutrirgeraisdownloadsartigosvolume4edicao_06avaliacao_nutricional_estilo_vidapdfgt acesso em 20 de set de 2013 SALGADO C D S Mulher idosa a feminizaccedilatildeo da velhice Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 4 p 7-19 2002 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47162642gt Acesso em 01 de out de 2013 SAMPAIO L R Avaliaccedilatildeo nutricional e envelhecimento Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 17 n4 p 507-514 outdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv17n422898pdfgt Acesso em 15 de out de 2013 SANTOS D M SCHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 2 p 163-168 out 2004 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfrspv39n224037pdfgt Acesso em 25 de set de 2013 SANTOS LA S O fazer educaccedilatildeo alimentar e nutricional algumas contribuiccedilotildees para reflexatildeo Revista Ciecircncia e Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 17 n 2 p33-41 Fev 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_pdfamppid=S1413-81232012000200018amplng=enampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de ago 2013 SASS A et al Depressatildeo em idosos inscritos no Programa de Controle de hipertensatildeo arterial e diabetes mellitus Revista Acta Paul Enfermagem Satildeo Paulo v25 n1 p80-85 jul 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfapev25n1v25n1a14pdfgt Acesso em 25 fev 2013 SILVA A K Q et al Perfil nutricional de idosos assistidos em instituiccedilatildeo de longa permanecircncia na cidade de Natal RN Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro v 4 n 1 p 27-35 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwsbggorgbrprofissionaisarquivorevistavolume4-numero1artigo05pdfgt Acesso em 02 de out de 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA VI Diretriz Brasileira de Hipertensatildeo Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo V17 n1 p 7-9 2010 Disponiacutevel em httpwwwanadorgbrprofissionaisimagesVI_Diretrizes_Bras_Hipertens_RDHA_6485pdf Acesso em 10 de abr 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenccedilatildeo da aterosclerose Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 9-23 2007 Disponiacutevel em
82
http9epublicacoescardiolbrconsenso2007diretriz-DApdf Acesso em 15 abr 2013 SOMMACAL H M et al Percentual de perda de peso e dobra cutacircnea tricipital paracircmetros confiaacuteveis para o diagnoacutestico de desnutriccedilatildeo em pacientes com neoplasia periampolar - avaliaccedilatildeo nutricional preacute-operatoacuteria Rev HCPA amp Fac Med Univ Fed Rio Gd do Sul Rio Grande do Sul v n 3 p 290-295 2011 Disponiacutevel emlthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610030ampindexSearch=IDgt Acesso em 28 ago 2013 SOUSA V M C GUARIENTO M E Avaliaccedilatildeo do idoso desnutrido Revista Brasileira de Cliacutenica Meacutedica Satildeo Paulo v7 n1 p 46-49 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwobservatorionacionaldoidosofiocruzbrbiblioteca_artigos83pdfgt acesso em 15 de out de 2013 SPEROTO F M SPINELLI R B Avaliaccedilatildeo nutricional em idosos independentes de uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no municiacutepio de Erechim-RS Revista Cientiacutefica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missotildees Rio Grande do Sul v 34 n 125 p 105-116 marccedilo2010 Disponiacutevel emlt httpwwwuriceredubrnewsitepdfsperspectiva125_78pdfgt Acesso em 01 de out de 2013 SERRA (ES) Secretaria de Sauacutede Guia de Sauacutede 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwserraesgovbrsesaguia_da_saudegt Acesso em 15 abr 2013 SILVEIRA E A KAC G BARBOSA L S Prevalecircncia e fatores associados agrave obesidade em idosos residentes em Pelotas Rio Grande do Sul Brasil classificaccedilatildeo da obesidade segundo dois pontos de corte do iacutendice de massa corporal Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 25 n7 p1569-1577 Jul 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfcspv25n715pdfgt Acesso em 15 abr 2013 SIQUEIRA R L BOTELHO M I V COELHO F M G A velhice algumas consideraccedilotildees teoacutericas e conceituais Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v 7 n4 p899-906 2002 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdf0Dcscv7n414613pdfgt Acesso em 20 fev 2013 SCHRAMM J M A et al Transiccedilatildeo epidemioloacutegica e o estudo de carga de doenccedila no Brasil Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v9 n4 p897-908 2004 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcscv9n4a11v9n4pdfgt Acesso em 28 fev 2013 Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos - TACO 4 ed 2011 Disponiacutevel em lthttp wwwunicampbrnepatacotabelaphpgt Acesso em 09 de out 2012 TARTARI R T BUSNELLO F M NUNES C H A Perfil Nutricional de Pacientes em Tratamento Quimioteraacutepico em um Ambulatoacuterio Especializado em Quimioterapia Revista Brasileira de Cancerologia Satildeo Paulo v56 n 1 p 43-50 jun2010 Disponiacutevel emlthttphospitalhelioangotticomenviados201053222221pdfgt Acesso em 11 de out de 2013 TOSCANO J J O OLIVEIRA A C C Qualidade de Vida em idosos com distintos niacuteveis de atividade Fiacutesica Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo
83
v 15 n3 MaiJun2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev15n3a01v15n3pdfgt acesso em 01 mar 2013 TRAMONTINO V S Nutriccedilatildeo para idosos Revista de Odontologia da Universidade Satildeo Paulo v 21 n 3 p 258-267 setdez 2009 Disponiacutevel lthttpfilesbvsbruploadS1983-51832009v21n3a009pdfgt Acesso em 15 mar 2013 VERAS R Envelhecimento populacional e as informaccedilotildees de sauacutede do PNAD demandas e desafios contemporacircneos Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 23 n10 p 2463-2466 out 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv23n1020pdfgt Acesso em 25 fev 2013 ZAITUNE M P Fatores associados aacute praacutetica de atividade fiacutesica global e de lazer em idosos inqueacuterito de sauacutede no estado de Satildeo Paulo Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 26 n 8 p 1606-1628 set 2010 Disponiacutevel em httpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=557075ampindexSearch=IDgt Acesso em 15 set 2013 WENDPAP L L Iacutendice da qualidade da dieta de adolescentes e fatores associados Dissertaccedilatildeo (Mestre em Biociecircncias) Poacutes Graduaccedilatildeo em Biociecircncias Faculdade de Nutriccedilatildeo da Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabaacute 2012 Disponiacutevel em httpwwwsaudemtgovbruploaddocumento104indice-de-qualidade-da-dieta-de-adolescentes-e-fatores-associados-autora-loiva-lide-wendpap-5B104-140312-SES-MT5Dpdf Acesso em 25 ago 2013 WASHBURN RA SMITH KW JETTE A M JANNEY CA The Physical Activity Scale for the Elderly (PASE) Development and evaluation Journal of Clinical Epidemiology 1993
84
85
APEcircNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) participante
Na condiccedilatildeo de estudante do curso de Nutriccedilatildeo da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo
estou realizando uma pesquisa com o objetivo de analisar o estado nutricional relacionado aacute praacutetica
de atividade fiacutesica e a qualidade da dieta de idosos
Necessito de sua contribuiccedilatildeo para responder questotildees relacionadas ao niacutevel de atividade fiacutesica
exercida informar sobre seus haacutebitos alimentares atuais e tambeacutem da permissatildeo para mensuraccedilatildeo
do seu peso estatura valores de pregas cutacircneas circunferecircncia da cintura da panturrilha e do
braccedilo Sua participaccedilatildeo nesse estudo eacute voluntaacuteria e se vocecirc decidir natildeo participar ou quiser desistir
de continuar em qualquer momento tem absoluta liberdade de fazecirc-lo
Na publicaccedilatildeo dos resultados desta pesquisa sua identidade seraacute mantida no mais rigoroso sigilo
Seratildeo omitidas todas as informaccedilotildees que permitam identificaacute-lo (a)
Os benefiacutecios desse estudo estatildeo relacionados ao conhecimento do seu estado nutricional e
orientaccedilotildees relativas para a melhora do mesmo Os riscos que podem acontecer satildeo referentes agraves
medidas das pregas cutacircneas que podem provocar hematomas e vermelhidatildeo Mas para minimizar e
evitar esse transtorno as medidas seratildeo feitas por pesquisadores treinados e aptos para essa coleta
Quaisquer duacutevidas relativas agrave pesquisa poderatildeo ser esclarecidas por mim ndash Patriacutecia Helena Teixeira
ou pela professora responsaacutevel Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo atraveacutes do telefone 3331-
8500
Atenciosamente
_________________________ Nome do aluno(a)
____________________________ Local e data
_________________________ Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo
(professora responsaacutevel)
____________________________ Local e data
Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma coacutepia deste termo de
consentimento
_____________________________ Nome e assinatura do participante
______________________________ Local e data
86
APEcircNDICE B
PRONTUAacuteRIO
IDENTIFICACcedilAtildeO Nome _______________________________Sexo ( )F ( )M Idade______ AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA Paracircmetros Peso Altura de Gordura CB PCT CC CP
87
APEcircNDICE C
REGISTRO ALIMENTAR DATA__________
Refeiccedilatildeo Horaacuterio Local
Alimento Preparaccedilatildeo Quantidade
Desjejum
Colaccedilatildeo
Almoccedilo
Lanche
Jantar
Ceia
88
ANEXO A
QUESTIONAacuteRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FIacuteSICA VERSAtildeO CURTA
Fonte Mizuno 2007
89
ANEXO B
CIRCUNFERENCIA DO BRACcedilO DE ACORDO COM GEcircNERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
90
ANEXO C
PERCENTIS DA PREGA CUTAcircNEA TRICIPITAL SEGUNDO GENERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
91
ANEXO D
IacuteNDICE DE QUALIDADE DA DIETA REVISADO
Fonte Wendpap 2012
92
ANEXO E
DESCRICcedilAtildeO DAS PONTUACcedilOtildeES DO IQD-R
Fonte Wendpap 2012
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo avaliar o estado nutricional e consumo alimentar a
partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo atividade fiacutesica
realizando comparaccedilatildeo entre estes Para realiza-lo foi selecionada uma amostra de
40 idosos no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe Serra-ES Dois encontros
foram realizados a fim de avaliar o estado nutricional niacutevel de atividade fiacutesica e
consumo alimentar atraveacutes da aplicaccedilatildeo do iacutendice de qualidade da dieta revisado
(IQD-R) Durante avaliaccedilatildeo nutricional foi realizada a afericcedilatildeo do peso e estatura
para realizaccedilatildeo do caacutelculo do iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da
cintura (CC) circunferecircncia do braccedilo (CB) circunferecircncia da panturrilha prega
cutacircnea tricipital e percentual de gordura corporal atraveacutes de biompedacircncia Para
avaliar o consumo alimentar atraveacutes do IQD-R foi coletado o registro alimentar de
trecircs dias de todos os indiviacuteduos e para mensurar o niacutevel de atividade fiacutesica foi
aplicado o questionaacuterio internacional de atividade fiacutesica versatildeo curta (IPAQ) Foram
avaliados 40 idosos sendo a amostra 100 do sexo feminino Quanto ao niacutevel de
atividade fiacutesica 32 (n=13) indiviacuteduos foram classificados com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e 68 (n=27) com niacutevel de atividade fiacutesica moderado No grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi constatado segundo IMC que apenas 769 (n=1)
se encontravam em eutrofia Em relaccedilatildeo aacute CC o grupo apresentou um valor meacutedio
equivalente ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas
Quanto ao de gordura corporal apenas 1111 (n=1) apresentaram valores
adequados No grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado em relaccedilatildeo ao IMC
4814 (n=13) apresentam eutrofia Em relaccedilatildeo a CC o valor meacutedio encontrado no
grupo equivale a um risco aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e 5185 (n=
14) dos indiviacuteduos do grupo apresentaram um de gordura corporal adequado
Quanto a avaliaccedilatildeo de CB CP e PCT tambeacutem pocircde ser observado melhores
resultados no grupo de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao grupo de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo Na avaliaccedilatildeo da
qualidade da dieta em geral obteve-se uma pontuaccedilatildeo meacutedia de 7592 que
caracteriza uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser observado que os
indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia
maior de iacutendice de qualidade (7688) quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo (7398) Diante do exposto conclui-se que os idosos que
praticam atividade fiacutesica moderadamente apresentam um melhor estado nutricional
quando comparados aos idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Em
relaccedilatildeo a qualidade da dieta verifica-se que em geral a populaccedilatildeo estudada
apresentou uma elevada pontuaccedilatildeo no qual caracteriza a dieta como ldquosaudaacutevelrdquo
Em suma eacute necessaacuteria a realizaccedilatildeo futura de estudos nutricionais em idosos
abrangendo outros assuntos ligados agrave nutriccedilatildeo que sejam pertinentes a este grupo
Palavras-chave Qualidade da dieta idosos estado nutricional
ABSTRACT
This study aimed to assess the nutritional status and dietary intake through the diet quality
index of elderly people that practicing or not physical activity and making comparison
between them To realize it we selected a sample of 40 subjects in the Health Committee of
the Elderly Jacaraipe Serra - ES Two meetings were held to assess the nutritional status
level of physical activity and food consumption by applying the diet quality index revised
(IQD-R) Nutritional assessment was performed during the measurement of weight and
height for calculation of body mass index (BMI) waist circumference (WC) arm
circumference (AC ) calf circumference triceps skinfold thickness and body fat percentage
biompedacircncia through To assess food intake through IQD -R was collected three days food
record of all individuals and to measure the level of physical activity we applied the
International Physical Activity Questionnaire short version (IPAQ) We evaluated 40 subjects
the sample being 100 female The level of physical activity 32 (n = 13) subjects were
classified as low level of physical activity and 68 (n = 27) with moderate level of physical
activity In the group with low physical activity level was determined using BMI only 769
(n = 1) were eutrophic In relation to waist circumference the group had a mean value equal
to the substantially increased risk of metabolic complications As for body fat only 1111
( n = 1 ) showed adequate In the group with moderate physical activity level in relation to
BMI 4814 (n = 13) had normal weight Compared to DC the average value found in the
group amounts to an increased risk of metabolic complications and 5185 ( n = 14 ) of
individuals from one group had adequate body fat Regarding the evaluation of arm
circumference Calf circumference and skinfold thickness also be observed better results in
the group of elderly patients with moderate level of physical activity when compared to the
group of older people with low level of physical activity In assessing the quality of the diet
in general we obtained an average score of 7592 featuring a healthy diet but can also
be observed that the individuals in the group with moderate level of physical activity had a
higher average index quality (7688) compared to those with low levels of physical activity
(7398) Given the above it is concluded that elderly people who practice physical activity
moderately have a better nutritional status compared to the elderly who have a low level of
physical activity Regarding the quality of the diet it appears that the general population has
a high score which characterizes the diet as healthy In short it is necessary to conduct
future studies of nutrition in the elderly covering other issues related to nutrition which are
relevant to this group
Keywords Quality of diet Elderly Nutritional status
LISTA DE SIGLAS
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
PCT ndash Prega Cutacircnea Tricipital
GC ndash Percentual de Gordura Corporal
CP ndash Circunferecircncia da Panturrilha
CC ndash Circunferecircncia da Cintura
CB ndash Circunferecircncia do Braccedilo
IQD-R ndash iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado
DCNT ndash Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
IPAQ ndash Questionaacuterio Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica
CEP ndash Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
SISVAN ndash Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional
PROEF ndash Programa de Orientaccedilatildeo ao Exerciacutecio Fiacutesico
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos) 35
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos 47
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos 47
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres
48
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
49
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra
53
Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica
53
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
58
Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
58
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
59
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
59
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
61
Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
61
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 19 2 REFERENCIAL TEORICO 21 21TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DCNT NO ENVELHECIMENTO 21 22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE 25 23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO 28 24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO 30 25 QUALIDADE DA DIETA 36 251 iacutendice de Qualidade da Dieta 36 252 Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel no Envelhecimento 37 253 Seguranccedila Alimentar 39 26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO 39 261 Iacutendice de Massa Corporal 40 262 Circunferecircncia do Braccedilo 41 263 Circunferecircncia da Cintura 41 264 Prega Cutacircnea Tricipital 41 265 Cinrcunferecircncia da Panturrilha 42 27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO 42 3 METODOLOGIA 45 31 DESENHO DE ESTUDO 45 32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO 45 33 ASPECTOS EacuteTICOS 46 34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA 46 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR 49 36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA 50 37 ANAacuteLISE DOS DADOS 52
53 4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS 53 42 DISCUSSAtildeO 62 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71
REFEREcircNCIAS 73 APEcircNDICE A 85
APEcircNDICE B 86
APEcircNDICE C 87
ANEXO A 88
ANEXO B 89
ANEXO C 90
ANEXO D 91
ANEXO E 92
19
1 INTRODUCcedilAtildeO
O Brasil vem apresentando claramente o envelhecimento da populaccedilatildeo nas uacuteltimas
deacutecadas que pode ser explicado pela chamada transiccedilatildeo demograacutefica um
fenocircmeno caracterizado por reduccedilotildees progressivas nas taxas de mortalidade e
fecundidade Outro fenocircmeno que tambeacutem acompanha o envelhecimento da
populaccedilatildeo brasileira eacute a transiccedilatildeo epidemioloacutegica no qual apresenta uma elevaccedilatildeo
na incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ao mesmo tempo em que
ocorre uma reduccedilatildeo progressiva de doenccedilas infecto contagiosas (LEBRAtildeO 2007)
Paralelo agrave transiccedilatildeo epidemioloacutegica diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas naturais do
envelhecimento como elevaccedilatildeo do tecido adiposo diminuiccedilatildeo na sensibilidade da
insulina reduccedilatildeo da secreccedilatildeo do aacutecido cloriacutedrico aleacutem de alteraccedilotildees na percepccedilatildeo
do paladar tambeacutem contribuem diretamente para a ocorrecircncia de doenccedilas crocircnicas
natildeo transmissiacuteveis como o diabetes quadros de constipaccedilatildeo intestinal e sobrepeso
em idosos (BUENO et al 2008)
A sauacutede e a qualidade de vida e consequentemente a nutriccedilatildeo dos idosos tambeacutem
se encontram comprometidas com a alta incidecircncia de depressatildeo decorrentes na
maioria das vezes pela solidatildeo morte do conjugue dependecircncia de outras pessoas
para realizaccedilatildeo de simples tarefas cotidianas como a de se alimentar (LACERDA
SANTOS 2007)
Uma nova ferramenta que vem sendo utilizada para a avaliaccedilatildeo do consumo
alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) no qual se baseia na
comparaccedilatildeo das porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do
Guia alimentar para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo
da sauacutede atraveacutes da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de
nutrientes e obesidade (WENDPAP 2012)
Considerando todos estes aspectos relacionados agrave sauacutede e qualidade de vida dos
idosos eacute de suma importacircncia estudos relacionados agrave identificaccedilatildeo do estado
nutricional e do consumo alimentar desta populaccedilatildeo que mais cresce no mundo de
modo que se criem condiccedilotildees de formulaccedilatildeo de novas propostas de intervenccedilatildeo e
acompanhamento nutricional que auxiliem no tratamento e na prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis contribuindo assim tambeacutem para o aumento
da qualidade de vida (BUENO et al 2008)
20
Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e consumo
alimentar a partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo
atividade fiacutesica realizando comparaccedilotildees entre estes
21
2 REFERENCIAL TEORICO 21 TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DOENCcedilAS CROcircNICAS NAtildeO
TRANSMISSIacuteVEIS NO ENVELHECIMENTO
O mundo estaacute vivenciando um momento especial chamado momento demograacutefico
considerado um dos melhores devido agrave transiccedilatildeo demograacutefica que eacute caracterizada
pela diminuiccedilatildeo na taxa de mortalidade e tambeacutem reduccedilatildeo na taxa de natalidade o
que leva a uma inversatildeo na piracircmide populacional (ALVES 2008)
O processo de envelhecimento demograacutefico eacute facilmente identificado em todo o
mundo sendo esse processo mais significativo e acelerado nos paiacuteses em
desenvolvimento Segundo registros do IBGE no Brasil houve um aumento na
populaccedilatildeo de idosos de mais de trecircs por cento entre os anos de 1970 e 1990
(SIQUEIRA BOTELHO COELHO 2002)
Muler e Vietz (2009) relatam que segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede satildeo
considerados idosos indiviacuteduos com idade igual ou superior a 60 anos e Marucci e
outros (2011) afirmaram que atraveacutes do censo do ano de 2010 os indiviacuteduos nesta
faixa etaacuteria representam cerca de 11 da populaccedilatildeo brasileira que gira em torno de
21 milhotildees de idosos
O aumento da populaccedilatildeo idosa tem sido relativo agrave expansatildeo da expectativa de vida
da populaccedilatildeo brasileira que apresentou um aumento de 337 anos na deacutecada 50
para 5099 anos no ano de 1990 e passou para 6625 anos em 1995 e a expectativa
eacute que chegue a 7708 entre os anos de 2020 e 2025 (SIQUEIRA BOTELHO
COELHO 2002)
A taxa de natalidade tambeacutem eacute um processo que colabora para a transiccedilatildeo
demograacutefica e a sua reduccedilatildeo vem mostrando natildeo ter ligaccedilatildeo direta com as
condiccedilotildees econocircmicas das famiacutelias que optaram por natildeo ter ou ter um nuacutemero
reduzido de filhos pelo contraacuterio essa queda de fecundidade vem acontecendo por
livre escolha dos casais (ALVES 2008)
Anualmente cerca de milhares de novos idosos satildeo inseridos na populaccedilatildeo
brasileira e com isso haacute uma alteraccedilatildeo no quadro da mortalidade que antes era de
uma populaccedilatildeo mais jovem para uma sobrecarga de doenccedilas caracteriacutesticas da
22
terceira idade como doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e muacuteltiplas que levam a
quadros de internaccedilatildeo por longos anos que exigem ainda cuidados constantes
Esse quadro leva a um aumento nas despesas de tratamento meacutedico e de
internaccedilotildees hospitalares o que gera grandes desafios para o governo que se ver
obrigado a criar planos estrateacutegicos para a prestaccedilatildeo de cuidados e para a
prevenccedilatildeo das doenccedilas comumente a terceira idade (VERAS 2007)
A alta carga de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis caracteriza tambeacutem a chamada
transiccedilatildeo epidemioloacutegica esse processo envolve principalmente a reduccedilatildeo de
doenccedilas transmissiacuteveis e do mesmo modo ocorre o aumento de doenccedilas natildeo
transmissiacuteveis a transiccedilatildeo de casos de morbimortalidades da populaccedilatildeo mais
jovens para a populaccedilatildeo mais idosa alteraccedilatildeo de um quadro de mortalidade da
populaccedilatildeo para um quadro de morbidades (SCHRAMM et al 2004)
Pode-se observar uma relaccedilatildeo niacutetida entre transiccedilatildeo demograacutefica e transiccedilatildeo
epidemioloacutegica com a reduccedilatildeo das doenccedilas infecciosas que em tempos atraacutes era a
principal causa de mortalidade a taxa de mortalidade de populaccedilatildeo mais jovem
reduziu e em contrapartida esses ldquojovensrdquo passam a conviver com os fatores de
riscos para doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que se tornam mais comum com a
vivecircncia dos anos de vida adicionais decorrente da transiccedilatildeo demograacutefica
(CHAIMOWICZ 1997)
A alteraccedilatildeo na carga de doenccedilas que mais atinge a populaccedilatildeo para a prevalecircncia
de doenccedilas crocircnicas natildeo degenerativas e suas complicaccedilotildees leva aacute evidentes
alteraccedilatildeo na utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede puacuteblica em que envolve principalmente
aumento de custos para promover o tratamento meacutedico adequado destas
enfermidades com isso se faz necessaacuterio agrave implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que
possam suprir esse quadro (SCHRAMM 2004)
As principais doenccedilas crocircnicas que acometem os idosos satildeo o diabetes mellitus
hipertensatildeo arterial dislipidemias e obesidade O diabetes Mellitus trata-se de uma
patologia de etiologias muacuteltiplas podendo ser representado atraveacutes da ausecircncia ou
reduccedilatildeo na siacutentese de insulina e na falha dos efeitos da atividade da insulina Eacute
caracterizado por alteraccedilotildees no metabolismo dos carboidratos o que leva a uma
hiperglicemia Este estado de hiperglicemia por um longo periacuteodo pode acarretar em
danos disfunccedilotildees ou ateacute mesmo falecircncias em diversos oacutergatildeos (BRASIL 2011a)
23
O tratamento do diabetes mellitus se baseia em uma educaccedilatildeo permanente a
respeito das modificaccedilotildees de haacutebitos como a incorporaccedilatildeo da praacutetica de atividade
fiacutesica suspensatildeo de fumo e de bebidas alcooacutelicas incorporaccedilatildeo de haacutebitos
alimentares mais saudaacuteveis e em alguns casos a utilizaccedilatildeo de medicamentos e de
insulina exoacutegena (BRASIL 2011a)
A hipertensatildeo arterial eacute uma patologia que tambeacutem apresenta etiologia multifatorial e
eacute caracterizada pelo aumento nos niacuteveis pressoacutericos associados a diversas
alteraccedilotildees metaboacutelicas como hipertrofia cardiacuteaca considerando valores pressoacutericos
anormais igual ou maiores que 14090 mmHg (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA 2010)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial baseia-se no alcance do
peso ideal que eacute representando por valores inferiores de IMC a 249kg msup2 e perda
de medida da circunferecircncia da cintura alcanccedilado medidas inferiores a 102 cm para
homens e 88cm para as mulheres uma vez que vaacuterios estudos demostraram uma
ligaccedilatildeo direta entre peso corporal e pressatildeo arterial apresentando uma elevaccedilatildeo
linear aleacutem do encorajamento da reduccedilatildeo da ingestatildeo de sal A relaccedilatildeo entre
pressatildeo arterial e ingestatildeo de soacutedio eacute niacutetida devido a chamada sensibilidade ao sal
sendo assim a ingestatildeo de sal de cozinha deve ser limitada a 5 gramas diariamente
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2010 )
A Dislipidemia eacute caracterizada atraveacutes de alteraccedilotildees nas taxas de lipiacutedios no
sangue podendo ser classificada em Hipercolesterolemia Isolada no qual ocorre
somende a elevaccedilatildeo do LDL em valores igual ou acima de 160mgdl
hipertrigliceridemia Isolada representada pelo aumento somente nos valores
trigliceriacutedeos no sangue em valor igual ou acima de 150mgdl hiperlidemia mista no
qual ocorre elevaccedilatildeo nos valores de LDL e trigliceriacutedeos e HDL baixo representando
pela reduccedilatildeo do HDL seacuterico nos valores menores que 40mgdl para homens e
50mgdl para mulheres (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da dislipidemia eacute voltado para a terapia nutricional
atraveacutes de planejamento alimentar adequado que vise a reduccedilatildeo na ingestatildeo de
gorduras principalmente de colesterol e de gorduras saturadas e consequentemente
na reduccedilatildeo de lipiacutedicos seacutericos A reduccedilatildeo da ingestatildeo de colesterol ocorre atraveacutes
da diminuiccedilatildeo no consumo de produtos de origem animal incluindo viacutesceras
embutidos e leites e derivados integrais entre outros alimentos A diminuiccedilatildeo do
24
consumo de gordura saturada se daacute atraveacutes da reduccedilatildeo no consumo de alimentos
principalmente de origem animal tais como carnes com gorduras e leites integrais
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico de dislipidemias tambeacutem engloba a praacutetica de
atividade fiacutesica regularmente no qual leva a reduccedilatildeo de trigliceriacutedeo plasmaacutetico e
elevaccedilatildeo de HDL-C seacuterico e o abandono do fumo O tratamento medicamentoso eacute
empregado quando as mudanccedilas no estilo de vida natildeo alcanccedilam um resultado
satisfatoacuterio ou quando se precisa de resultados raacutepidos para a reversatildeo do quadro
de dislipidemia com isso haacute a administraccedilatildeo de medicamentos hipolipemiantes que
atuam impedindo a siacutentese intracelular de colesterol aumentando os receptores de
LDL no fiacutegado que leva haacute uma maior captaccedilatildeo de colesterol circulante
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
A ocorrecircncia de excesso de peso em idosos geralmente eacute diagnosticada atraveacutes do
Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizando o ponto de corte de igual maior que 27
kgmsup2 (SILVEIRA KAC BARBOSA 2009) O excesso de massa gorda no corpo
humano tem trazido diversas complicaccedilotildees metaboacutelicas tornando um problema de
sauacutede puacuteblica que atinge diversos paiacuteses em todo o mundo natildeo distinguindo paiacuteses
desenvolvidos ou em desenvolvimento A obesidade eacute um integrante do grupo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que cada vez se torna mais prevalente na
sociedade aleacutem disso a proacutepria condiccedilatildeo de obesidade eacute um grande fator de risco
para o desenvolvimento de outras doenccedilas crocircnicas como diabetes mellitus e
hipertensatildeo arterial (KUMPEL et al 2011)
O tratamento da obesidade deve ter como objetivo principal a reduccedilatildeo de peso seja
esta meta alcanccedilada atraveacutes de tratamento dieteacutetico atraveacutes da incorporaccedilatildeo de
uma alimentaccedilatildeo adequada dentro recomendaccedilatildeo energeacutetica para cada paciente ou
farmacoloacutegico no qual se emprega o uso de medicamentos que agem diminuindo a
fome aumentando a saciedade ou ainda alterando os mecanismos de digestatildeo e
absorccedilatildeo de nutrientes ou o tratamento para a obesidade pode ser ainda ciruacutergico
no qual a reduccedilatildeo de peso eacute decorrente de alguma intervenccedilatildeo ciruacutergica (BORGES
NONINO SANTOS 2006)
A atual situaccedilatildeo demograacutefica do nosso Paiacutes requer uma mudanccedila de caraacuteter
emergencial na atenccedilatildeo agrave sauacutede dos idosos brasileiros Essa alteraccedilatildeo deve
envolver propostas modernas que possa fazer com que o sistema de sauacutede do paiacutes
25
ganhe e tambeacutem com que os idosos possam utilizar-se dos serviccedilos puacuteblicos de
modo a promover o aumento da qualidade nestes anos extras de vida pois mesmo
que o Brasil esteja apresentando um perfil demograacutefico semelhante ao perfil de
paiacuteses desenvolvidos o paiacutes em geral natildeo dispotildee de serviccedilos que possa suprir esse
novo perfil da populaccedilatildeo brasileira (VERAS 2007)
Entretanto jaacute pode ser verificado algumas accedilotildees voltadas a essa nova populaccedilatildeo
idosa como a criaccedilatildeo por parte do Governo de centros de convivecircncia de idosos
que incluem as mais diversas atividades como o objetivo de minimizar a solidatildeo e
aumentar a qualidade de vida (TOSCANO OLIVEIRA 2009)
22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE
De um modo geral a velocidade do crescimento da populaccedilatildeo idosa natildeo
acompanha a velocidade de implantaccedilatildeo e desenvolvimento de accedilotildees
governamentais voltadas para este puacuteblico sendo assim nos uacuteltimos anos pode-se
observar o crescente aumento de estudos que objetivam criar suportes para o
desenvolvimento de programas e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para o bem estar dessa
populaccedilatildeo (MENDES et al 2005)
Segundo Gonccedilalves e outros (2007) a criaccedilatildeo e execuccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas para
a populaccedilatildeo idosa implica em contradiccedilotildees uma vez que ainda haacute uma grande falha
na implantaccedilatildeo de poliacuteticas primaacuterias que possam favorecer por exemplo a
educaccedilatildeo e o emprego e o governo jaacute vem dando ecircnfase a poliacuteticas puacuteblicas para a
populaccedilatildeo no fim da vida
Mesmo assim o envelhecimento populacional estaacute em evidencia em diversas
organizaccedilotildees internacionais que lutam por investimentos financeiros que possa
garantir o envelhecimento da populaccedilatildeo de modo igualitaacuterio e com qualidade uma
vez que haacute uma grande diferenccedila no modo de se tratar idosos em paiacuteses em
desenvolvimento e paiacuteses desenvolvidos (GONCcedilALVES 2007)
No Brasil a preocupaccedilatildeo e atenccedilatildeo com qualidade de vida dos idosos teve grande
avanccedilo atraveacutes da implantaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (1993) no qual
defende a integraccedilatildeo definitiva do idoso na sociedade em 1994 ocorreu a
26
implantaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional do Idoso que tem como principal objetivo assegurar
os direitos sociais dessa populaccedilatildeo (BENEDETTI 2007)
No ano de 2003 o governo brasileiro sancionou o Estatuto do Idoso que visa
garantir os direitos reservados aos idosos com idade igual ou superior a sessenta
anos entre eles o Art 3 que assegura que
Eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia da comunidade da sociedade e do Poder Puacuteblico assegurar ao idoso com absoluta prioridade a efetivaccedilatildeo do direito agrave vida agrave sauacutede agrave alimentaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo agrave cultura ao esporte ao lazer ao trabalho agrave cidadania agrave libertada agrave dignidade ao respeito e agrave convivecircncia familiar e comunitaacuteria (BRASIL 2010a p11-169)
Quanto aacute sauacutede o estatuto garante que o Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS deve
assegurar agrave atenccedilatildeo integral a sauacutede do idoso utilizando-se de serviccedilos de para
prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede dando ecircnfase as doenccedilas
que mais atingem a populaccedilatildeo idosa (Brasil 1994)
Diante dessas diversas poliacuteticas implantadas pode-se observar claramente que nem
todos os direitos nestas estabelecidas satildeo realmente alcanccedilados na realidade
brasileira sendo assim a criaccedilatildeo oue implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas e
realizaccedilatildeo de accedilotildees para um envelhecimento saudaacutevel ainda estaacute em pleno
acontecimento Essas conquistas geralmente estatildeo ocorrendo atraveacutes da criaccedilatildeo de
programas para idosos como centros de vivecircncias campanhas de vacinaccedilatildeo
atividades de lazer programas de exerciacutecios fiacutesicos entre outros (BENEDETTI
2007)
Eacute possiacutevel observar uma crescente elevaccedilatildeo em todo o mundo na implantaccedilatildeo de
programas ao incentivo a praacutetica de atividade fiacutesica destinada a toda a populaccedilatildeo
incluindo os idosos No Brasil esse crescimento eacute niacutetido apoacutes a implantaccedilatildeo dos
Programas de Sauacutede da Famiacutelia que possibilitou a criaccedilatildeo de programas de
orientaccedilatildeo ao exerciacutecio fiacutesico em conjunto com as Prefeituras (BENEDETTI 2007)
O municiacutepio de Serra no estado do Espiacuterito Santo Brasil conta com diversos
programas municipais relacionados a promoccedilatildeo de sauacutede e qualidade de vida do
idosos entre os essenciais satildeo destacados o programa de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico (PROEF) no qual trata-se de um programa indicado inicialmente para os
idosos mas que alcanccedilou uma grande plenitude tendo como objetivo atual atingir o
27
puacuteblico jovem e adulto uma vez que o programa tem representando uma grande
participaccedilatildeo na prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas crocircnicas principalmente o
Diabetes Mellitus hipertensatildeo e Obesidade (SERRA 2012)
Outra ferramenta de controle do diabetes e hipertensatildeo no municiacutepio da Serra eacute o
monitoramento que acontece com esses indiviacuteduos nas Unidades de Sauacutede por
meio de atendimento multidisciplinar e oferecimento de materiais e medicamentos
para o controle destas doenccedilas como o fornecimento de insulina para pacientes que
necessitam do uso exoacutegeno de insulina (SERRA 2012)
Para melhorar a nutriccedilatildeo dos idosos o muniacutecipio da Serra disponibiliza para
indiviacuteduos com mais de 55 anos um quilo de leite em poacute desnatado por mecircs
enriquecido com caacutelcio atraveacutes do Programa de Suplemento Alimentar para o Idoso
(PSAI) que atende indiviacuteduo com mais de 55 anos e com renda de ateacute 40 do
salaacuterio miacutenimo per capta Os objetivos primordiais do programa satildeo alcanccedilar a
reduccedilatildeo de gastos com internaccedilotildees hospitalares ter um controle maior do diabetes
e hipertensatildeo aleacutem de promoccedilatildeo da qualidade de vida dessa faixa etaacuteria da
populaccedilatildeo serrana (SERRA 2012)
Com intuito de promover o controle das principais doenccedilas crocircnicas o Ministeacuterio da
Sauacutede em 2011 criou o Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial
e ao Diabetes Mellitus aprovado pela PortariaGM ndeg 16 de 03012002 no qual satildeo
definidas accedilotildees para prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede para indiviacuteduos hipertensos e
diabeacuteticos cadastrados no Sistema Uacutenico de Sauacutede (BRASIL 2011sup2)
Dentro do Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo aacute Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes
Mellitus criou-se o Programa Hiperdia atraveacutes da Portaria nordm 371GM Em 04 de
marccedilo de 2002 que visa o cadastramento e acompanhamento de todos os
indiviacuteduos portadores de hipertensatildeo e diabetes atraveacutes de um sistema
informatizado em todas as unidades de sauacutede O Hiperdia conta com uma equipe
multidisciplinar que envolve cardiologias nefrologistas dentista farmacecircutico
educador fiacutesico nutricionista e assistente social para atender todos os participantes
do programa conforme suas necessidades aleacutem da disponibilizaccedilatildeo de
medicamentos gratuitos para o controle destas patologias (INSTITUTO MINEIRO DE
ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA 2008)
23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO
28
O processo envelhecimento eacute caracterizado como um sistema contiacutenuo que
apresenta alteraccedilotildees fisioloacutegicas em oacutergatildeos e sistemas do corpo humano sendo
assim um a adesatildeo aacute um estilo de vida saudaacutevel pode levar a promoccedilatildeo da
qualidade de vida e consequentemente reduzir a velocidades destas alteraccedilotildees
fisioloacutegicas quem em muitas vezes leva a incapacidade e a dependecircncia por partes
dos idosos (NOBREGA et al 1999)
O processo natural do envelhecimento provoca diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas no
organismo no qual envolve alteraccedilotildees anatocircmicas e funcionais que refletem
diretamente na sauacutede desta populaccedilatildeo (CAMPO MONTEIRO ORNELAS 2000)
Aleacutem de dificultar a vivencia do indiviacuteduo idoso em seu meio que podem acelerar o
caminho para a morte (CHOCHAMOVITZ citado por PESSOA 2012)
O estado nutricional do indiviacuteduo tem importante papel no envelhecimento uma vez
que o controle das doenccedilas comumente a velhice como doenccedilas crocircnicas
relacionam-se diretamente com o estado nutricional Sendo assim a nutriccedilatildeo eacute de
suma importacircncia para localizaccedilatildeo de fatores de riscos para o desenvolvimento de
doenccedilas e de mortalidade entre os idosos (NASCIMENTO et al 2011)
Geralmente as alteraccedilotildees no estado nutricional do idoso influenciam
especificamente em algumas doenccedilas o baixo peso por exemplo estaacute em muitas
vezes relacionado com doenccedilas respiratoacuterias e o excesso de peso relacionado com
doenccedilas cardiovasculares e o diabetes (NASCIMENTO et al 2011)
O organismo envelhecido tambeacutem apresenta diversas alteraccedilotildees que afetam a
nutriccedilatildeo do indiviacuteduo idoso como a reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica basal alteraccedilotildees
no sistema digestoacuterio alteraccedilotildees na palatibilidade e na percepccedilatildeo da sede aleacutem da
redistribuiccedilatildeo da massa corporal com a reduccedilatildeo progressiva da massa magra e
aumento do tecido adiposo que afetam diretamente no consumo alimentar e no
estado nutricional da populaccedilatildeo idosa respectivamente (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
A alteraccedilatildeo da palatibilidade eacute comumente encontrada em cerca de 80 da
populaccedilatildeo idosa decorrente da diminuiccedilatildeo da percepccedilatildeo de gosto pelas papilas
gustativas devido a diminuiccedilatildeo na quantidade de bototildees gustativos (ROSA et al
2008)
29
Grandes alteraccedilotildees satildeo encontradas no sistema gastro-intestinal mas em geral o
funcionamento do intestino do pacircncreas e do fiacutegado satildeo encontrados com elevada
capacidade funcional as grandes alteraccedilotildees acontecem atraveacutes da atrofia da
mucosa gaacutestrica o que leva a diminuiccedilatildeo da siacutentese do aacutecido cloriacutedrico e do fator
intriacutenseco que consequentemente leva a menor absorccedilatildeo da vitamina B12 aleacutem da
reduccedilatildeo do gosto (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
As alteraccedilotildees gastrointestinais refletem principalmente na dificuldade absortiva de
micronutrientes (BHUTTO citado por TRAMONTINO et al 2009) e na dificuldade da
digestatildeo que levam ao aparecimento constante de gases mal estar constipaccedilatildeo
que pioram com uma alimentaccedilatildeo inadequada pobre em fibras comumente aos
haacutebitos alimentares dessa populaccedilatildeo (TRAMONTINO et al 2009)
As alteraccedilotildees no trato gastro-intestinal podem resultar tambeacutem na constipaccedilatildeo
intestinal que tambeacutem possui relaccedilatildeo direta com a alimentaccedilatildeo fatores psicoloacutegicos
fatores fiacutesicos e o uso de medicamentos podem ainda levar a maiores complicaccedilotildees
como distensatildeo abdominal cacircncer de coloacuten hemorroidas fiacutestula anal entre outras
patologias que vatildeo interferem diretamente tambeacutem na qualidade de vida dos idosos
(RAMOS citado por NESELLO TONELLI BELTRAME 2011)
A constipaccedilatildeo intestinal eacute definida atraveacutes da constataccedilatildeo de menos de trecircs
episoacutedios de evacuaccedilatildeo no periacuteodo de uma semana com a presenccedila de esforccedilo
sensaccedilatildeo de obstruccedilatildeo e presenccedila de fezes endurecidas de acordo com o consenso
de Roma III (LONGSTRETH et al citado por NESELLO TONELLI BELTRAME
2011)
Segundo Bosshard e outros citado por Nesello e outros(2004) a prevalecircncia da
constipaccedilatildeo intestinal eacute maior na populaccedilatildeo idosa o que nos jovens chegando a
atingir cerca de 20 dos idosos no geral e a sua prevalecircncia eacute ainda maior nas
mulheres do que nos homens
A intoleracircncia a glicose eacute uma caracteriacutestica bastante encontrada nos idosos no qual
possivelmente eacute decorrente da diminuiccedilatildeo da produccedilatildeo hormonal e do aumento no
nuacutemero de ceacutelulas adiposas frente a ceacutelulas musculares Com o diagnoacutestico da
intoleracircncia a glicose o tratamento eacute realizado apenas atraveacutes de uma dieta
equilibrada (TRAMONTINO et al 2009)
30
O diabetes mellitus tipo 2 estaacute entre as principais doenccedilas crocircnicas prevalentes na
sociedade atualmente e que atinge na sua maioria os idosos Aleacutem de ser uma das
causas principais de doenccedilas cardiovasculares (MENDES et al 2011)
Durante o processo de envelhecimento os processos de catabolismo e anabolismo
tambeacutem se encontram diferenciados no qual o catabolismo supera todos os
processos de anabolismo fazendo com que os oacutergatildeos tenham suas funccedilotildees
diminuiacutedas atraveacutes da reduccedilatildeo de ceacutelulas e ainda existem vaacuterias alteraccedilotildees
bioquiacutemicas que contribuem para a morte de ceacutelulas como a accedilatildeo de radicais livres
(TRAMONTINO 2009)
Os radicais livres satildeo moleacuteculas consideradas instaacuteveis uma vez que possuem um
nuacutemero iacutempar de eleacutetrons esse fato faz com que estas moleacuteculas procurem alguma
outra moleacutecula para capturarem um eleacutetron e se tornarem estaacuteveis podendo levar
consequentemente a degeneraccedilatildeo celular tecidual e orgacircnica (PEREIRA 2012)
Aleacutem das alteraccedilotildees fisioloacutegicas os fatores socioeconocircmicos tambeacutem exercem uma
importante influencia na sauacutede dos idosos o que envolve tambeacutem o consumo
alimentar (CAMPOS 2000)
24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO
Diversos estudos defendem a ideia de que a nutriccedilatildeo possui um caraacuteter
insubstituiacutevel na promoccedilatildeo do aumento de qualidade de vida devendo assim ser
associada a outros meacutetodos para garantir a eficaacutecia deste processo atraveacutes da
prevenccedilatildeo e controle de diversas patologias (CARVALHO et al 2003 DOBNER
BLASI KIRSTEN 2012)
A alimentaccedilatildeo adequada eacute imprescindiacutevel em qualquer faixa etaacuteria eacute a partir da
alimentaccedilatildeo que alcanccedilamos a capacidade de realizar diversas accedilotildees no dia a dia
desde a mais simples como estudar ateacute as mais complexas como a praacutetica de
exerciacutecios fiacutesicos Dentre as vaacuterias importacircncias da alimentaccedilatildeo a ingestatildeo de
nutrientes adequada eacute de suma importacircncia para um envelhecimento saudaacutevel
(FERNANDES 2010)
Em decorrecircncia da transiccedilatildeo epidemioloacutegica a nutriccedilatildeo ganhou um amplo espaccedilo
no campo da prevenccedilatildeo de doenccedilas e estados fisioloacutegicos comumente encontrados
31
em idosos decorrentes ao processo natural do envelhecimento e de outros agravos
como a alta incidecircncia no uso de diversos medicamentos A ingestatildeo adequada de
fibras relacionadas com uma ingestatildeo adequada de aacutegua por exemplo auxilia na
prevenccedilatildeo e tratamento da constipaccedilatildeo intestinal aumentando a qualidade de vida
Diversos estudos apontam que um consumo entre 20 e 40 gramas diariamente
associado a ingestatildeo adequada de aacutegua leva a uma melhora consideraacutevel no quadro
de constipaccedilatildeo (BECKENKAMP 2010)
Campos e outros relatam (2009) que os fatores psicossociais comuns aos idosos
como perda do cocircnjuge solidatildeo falta de renda depressatildeo entre outros satildeo os
principais fatores externos que contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo nesta populaccedilatildeo
uma vez que a maioria desses consomem em meacutedia menos de 1000kcaldia de
correntes da ingestatildeo de alimentos de menor custos e de maior facilidade de
preparo
A baixa renda com que a maioria dos idosos vive e que influencia diretamente no
consumo alimentar tambeacutem estaacute ligada a exclusatildeo desse grupo no mercado de
trabalho mesmo que muitos apresentem capacidade funcional e motora condizentes
com muitos trabalhos disponiacuteveis a idade muitas vezes acaba por ser o grande
obstaacuteculo para a conquista da vaga e consequentemente para o aumento da renda
que em muitos casos eacute composta apenas pela aposentadoria e ou pensotildees
(NOGUEacuteS citado por CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
O relacionamento social tambeacutem eacute um grande influenciador no consumo alimentar
segundo Campos e outros (2000) a solidatildeo vivenciada pelo idoso leva ao
esquecimento do cuidado com si mesmo sendo assim a alimentaccedilatildeo natildeo ganha
muita atenccedilatildeo sendo preparada de forma inadequada sem atentar para a qualidade
e quantidade suficiente Muitas vezes a alimentaccedilatildeo eacute composta por alimentos de
faacutecil preparo que inclui normalmente alimentos industrializados pobres em
nutrientes essenciais para o organismo idoso
A preocupaccedilatildeo com a nutriccedilatildeo do idoso cresceu atraveacutes de vaacuterios estudos que
demonstraram que a desnutriccedilatildeo e o sobrepeso predominam em indiviacuteduos idosos e
que este quadro eacute resultante das condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem aleacutem
de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
32
De acordo Sass (2010) cerca de 15 a 20 de idosos apresentam algum sintoma
depressivo A prevalecircncia da depressatildeo varia de acordo com fatores a idade sexo e
fatores sociais Esse quadro de depressatildeo eacute bastante preocupante tambeacutem pelo fato
de estar relacionado diretamente com o Estado Nutricional dos idosos uma vez que
haacute alteraccedilotildees no sistema neuroloacutegico que tambeacutem eacute responsaacutevel pelos mecanismos
da fome e ansiedade podendo assim resultar em desnutriccedilatildeo ou obesidade Aleacutem
dessas consequecircncias relacionadas agrave nutriccedilatildeo alguns estudos indicam tambeacutem a
depressatildeo como um fator para doenccedilas cardiovasculares
Diversos estudos tambeacutem apontam que a nutriccedilatildeo dos idosos pode ser influenciada
negativamente pelo fato da incapacidade e ou dificuldades da realizaccedilatildeo de
atividades cotidianas sozinhas como o simples fato de cozinhar aleacutem das
alteraccedilotildees motoras que tambeacutem podem piorar a preparaccedilatildeo dos alimentos e o seu
proacuteprio consumo Os aspectos emocionais como perda de cocircnjuge e depressatildeo
tambeacutem contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo por levar a reduccedilatildeo do apetite ou por
aumentar a recusa por alimentos (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
Diversos estudos demonstram uma reduccedilatildeo progressiva do valor energeacutetico da
alimentaccedilatildeo dos idosos que ao mesmo tempo apresenta um aumento no consumo
de carboidratos principalmente os chamados simples que pode contribuir para o
aparecimento ou complicar doenccedilas crocircnicas como o diabetes (MENEZES
MARUCCI 2012)
De acordo com Tramontino e outros (2009) um grande fator que tambeacutem afeta a
nutriccedilatildeo do idoso eacute a sauacutede bucal uma vez que uma condiccedilatildeo inadequada da boca
como a falta de denticcedilatildeo consequentemente leva a dificuldade de mastigaccedilatildeo que
leva a um consumo alimentar alterado que interfere diretamente em uma adequada
nutriccedilatildeo Aleacutem disso a sauacutede bucal e a nutriccedilatildeo acabam formando um ciclo onde
interfere no outro pois uma nutriccedilatildeo inadequada decorrente por falta de denticcedilatildeo ou
por outra caracteriacutestica leva a problemas na sauacutede bucal e a maiores perdas de
denticcedilatildeo
A nutriccedilatildeo tem relaccedilatildeo direta com a sauacutede bucal uma vez que a alimentaccedilatildeo pode
influenciar diretamente no aparecimento de caacuteries na perda dos esmaltes dos
dentes e no desenvolvimento em geral da denticcedilatildeo que assim podem levar ao
aparecimento de dores lesotildees doenccedilas periodontal que consequentemente
poderatildeo levar a mudanccedilas tambeacutem na alimentaccedilatildeo (MAGALHAtildeES 2011)
33
Devido a diversas patologias comumente encontradas nos idosos o uso de
medicamentos por esta populaccedilatildeo eacute grande e o consumo elevador de
medicamentos podem levar a alteraccedilotildees na cavidade oral como xerostomia
candidiacutease entre outras alteraccedilotildees (MAGALHAtildeES 2011)
Segundo Andrade (2009) a condiccedilatildeo da boca como o nuacutemero de dentes
adequados ou o uso de proacuteteses pode influenciar nas escolhas dos alimentos e ateacute
mesmo no seu modo de preparo o que influencia diretamente nos haacutebitos
alimentares dos idosos
Castilhos e Padilha (2002) afirmaram que a denticcedilatildeo pode influenciar as pessoas em
trecircs campos fisioloacutegico psicoloacutegico e social No aspecto fisioloacutegico os dentes
podem influenciar na alimentaccedilatildeo do individuo por meio do processo de mastigaccedilatildeo
dos alimentos que interferem diretamente na ingestatildeo de nutrientes na manutenccedilatildeo
corpoacuterea e ateacute mesmo no prazer em se alimentar
A diminuiccedilatildeo da saliva decorrente do processo natural do envelhecimento aleacutem de
comprometer a manutenccedilatildeo da cavidade oral por estar ter uma accedilatildeo na limpeza da
cavidade e por ter um efeito antimicrobiano tambeacutem influencia diretamente na
mastigaccedilatildeo na formaccedilatildeo do bolo alimentar e tambeacutem na digestatildeo e absorccedilatildeo dos
alimentos uma vez que com a reduccedilatildeo da saliva haacute tambeacutem a diminuiccedilatildeo da
siacutentese de amilase salivar (ROSA et al 2008)
O elevado uso de medicamentos tambeacutem pode interferir na absorccedilatildeo de diversos
nutrientes na interaccedilatildeo chamada de droga-nutriente e ainda a medicaccedilatildeo pode
influenciar na ingestatildeo alimentar uma vez que muitos podem levar a anorexia
alteraccedilotildees na percepccedilatildeo do gosto e do odor naacuteuseas vocircmitos e ainda as
adaptaccedilotildees na alimentaccedilatildeo dos idosos devido agrave incapacidade de mastigaccedilatildeo de
alguns alimentos comumente leva a carecircncias nutricionais principalmente atraveacutes
da reduccedilatildeo na ingestatildeo de Vitaminas dentre elas vitamina C e B12 essenciais ao
bom funcionamento orgacircnico (MAGALHAtildeES 2011)
Para estimar as necessidades nutricionais dos idosos deve se levar em
consideraccedilatildeo diversos fatores como as alteraccedilotildees fisioloacutegicas condiccedilatildeo da sauacutede
em geral frequecircncia de exerciacutecio fiacutesico fatores psicoloacutegicos e fatores
socioeconocircmicos sendo assim uma adequada nutriccedilatildeo deve envolver todos estes
fatores de forma a alcanccedilar suas reais necessidades e deve se ainda dar atenccedilatildeo as
34
diferenccedilas das recomendaccedilotildees nutricionais para adultos e idosos Os idosos
apresentam uma necessidade energeacutetica menor que os adultos uma vez que ocorre
a reduccedilatildeo do metabolismo basal decorrente das alteraccedilotildees da composiccedilatildeo corporal
reduccedilatildeo da massa magra e aumento de tecido adiposo (TRAMONTINO et al 2009)
As recomendaccedilotildees nutricionais dos idosos natildeo satildeo totalmente estabelecidas devido
as constantes alteraccedilotildees fisioloacutegicas desta populaccedilatildeo por isso os valores de
recomendaccedilotildees usados satildeo os mesmos valores de referecircncias usados para os
adultos (HESEKER SCHNEIDER 1994 citado por ARANHA et al 2000)
Magalhatildees (2011) afirmou que mesmo que o sobrepeso seja prevalente em grande
parte da populaccedilatildeo idosa a principal preocupaccedilatildeo relacionada agrave nutriccedilatildeo desta
populaccedilatildeo eacute a desnutriccedilatildeo uma vez que vaacuterios fatores levam a reduccedilatildeo na ingestatildeo
alimentar destes indiviacuteduos
De acordo Barbosa (2012) os idosos tambeacutem incorporaram novos haacutebitos
alimentares assim como toda a populaccedilatildeo nos uacuteltimos anos com o aumento do
consumo de alimentos industrializados realizaccedilatildeo de refeiccedilotildees fora de casa Sendo
assim a educaccedilatildeo nutricional se mostra como uma grande ferramenta para a
promoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis podendo contribuir para prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas comumente a populaccedilatildeo idosa
Segundo Muller e Vietz (2009) a educaccedilatildeo nutricional eacute uma parte da nutriccedilatildeo
voltada ao aprendizado na adequaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo de haacutebitos alimentares em todas
as fases da vida desde a infacircncia ateacute a velhice
Diversos autores engajaram haacute anos discussotildees sobre a importacircncia da educaccedilatildeo
nutricional principalmente no campo de promoccedilatildeo da sauacutede Essa importacircncia foi
crescendo a ponto de ser encontradas nos principais documentos de poliacuteticas
puacuteblicas ligadas a alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo como o Programa Fome Zero (SANTOS
2012)
Considerando todas as alteraccedilotildees fisioloacutegicas e psicoloacutegicas provenientes do
envelhecimento que dificultam em muitas vezes o consumo alimentar o processo de
educaccedilatildeo nutricional deve estar presente na ida do idoso de modo que estes tenham
conhecimento dessas principais alteraccedilotildees e de alternativas para contornar os
efeitos dessas alteraccedilotildees e tornar o ato de se alimentar mais prazeroso (FRANCO
2012)
35
Segundo Montenegro e Silva para que a alimentaccedilatildeo atenda as necessidades de
gasto energeacutetico de indiviacuteduos idosos eacute necessaacuterio que haja adequaccedilatildeo da dieta
aleacutem disso a associaccedilatildeo de uma alimentaccedilatildeo adequada com a praacutetica de atividade
fiacutesica regular pode promover benefiacutecios a sauacutede do idoso contribuindo tambeacutem para
a melhora do funcionamento dos processos metaboacutelicos ligados ao exerciacutecio bem
como auxiliar na recuperaccedilatildeo de lesotildees contribuindo assim para o aumento de
massa muscular e condicionamento fiacutesico
Na tabela 1 esta demostrado as recomendaccedilotildees nutricionais mais usadas
atualmente para os idosos e que satildeo provenientes da Dietary Reference Intakes
(DRI) na qual trata-se de uma revisatildeo dos valores de recomendaccedilotildees nutricionais
adotada em diversos paiacuteses (PADOVANI et al 2006)
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos)
EAR RDA AMDR Homens Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 30 _ Mulheres Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 21 _ Fonte Padovani et al 2006 Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos
nutricionais
25 QUALIDADE DA DIETA
251 iacutendice de qualidade da dieta
Aranha e outros (2000) afirmaram que a idade e a nutriccedilatildeo satildeo dois fatores
diretamente relacionados com o aparecimento e a gravidade de patologias os
idosos por exemplo apresentam uma reduccedilatildeo do funcionamento do sistema imune
devido a idade que pode ser piorado com uma maacute nutriccedilatildeo
Eacute evidente a importacircncia de uma alimentaccedilatildeo adequada para os idosos diversos
estudos demonstram uma relaccedilatildeo direta entre a dieta e o surgimento de doenccedilas
crocircnicas em idosos como hipertensatildeo arterial e diabetes (BARBOSA 2012)
36
A avaliaccedilatildeo do consumo alimentar que subsidia uma intervenccedilatildeo nutricional
adequada especiacutefica eacute um instrumento de muita eficaacutecia poreacutem de difiacutecil aplicaccedilatildeo
Vaacuterios estudos veem tentando criar instrumentos capazes de responder aos
desafios impostos pela complexidade da dieta humana Os meacutetodos de investigaccedilatildeo
do consumo de alimentos a serem utilizados dependem do objetivo do estudo e se
as estimativas seratildeo individuais ou para grupos populacionais sendo que cada
meacutetodo apresenta vantagens e desvantagens (WENDPAP 2012)
Com o aumento da incidecircncia de patologias relacionadas principalmente com os
haacutebitos alimentares tecircm se dado mais atenccedilatildeo a avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
de indiviacuteduos e populaccedilotildees um meacutetodo que vem sendo proposto para analisar a
ingestatildeo alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta (IQD) que foi adaptado para a
populaccedilatildeo brasileira e revisado por Previdelli e outros (2011)
O Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) se baseia na avaliaccedilatildeo das
porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do Guia alimentar
para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes
da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de nutrientes e obesidade
Previdelli e outros (2011) afirma que o IQD-R pode ser de grande auxiacutelio para a
avaliaccedilatildeo do consumo alimentar de diversas faixas etaacuterias aleacutem de promover
subsiacutedios para o planejamento de accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede como
intervenccedilatildeo e educaccedilatildeo nutricional
O IQD-R avalia doze componentes sendo nove grupos alimentares dois satildeo
nutrientes e um grupo de calorias proveniente de gordura soacutelida aacutelcool e accediluacutecar de
adiccedilatildeo (Gord_AA) Os grupos alimentares satildeo ldquoFrutas Totaisrdquo(inclui frutas e sucos
de frutas naturais) ldquoFrutas integraisrdquo (exclui sucos de frutas) ldquoVegetais Totaisrdquo
ldquoVegetais Verdes Escuros e Alaranjados e Leguminosasrdquo (este uacuteltimo soacute eacute pontuado
apoacutes atingir-se a pontuaccedilatildeo maacutexima de carnes ovos e leguminosas)ldquoCereais
Totaisrdquo (inclui raiacutezes e tubeacuterculos) ldquoCereais Integraisrdquo ldquoLeite e Derivadosrdquo(inclui
inclusive bebidas agrave base de soja) ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo ldquoOacuteleosrdquo (inclui as
gorduras mono e poliinsaturadas oacuteleos das oleaginosas e gordura de peixe) Os
nutrientes incluem ldquoSoacutediordquo e ldquoGordura saturadardquo O valor do IQD-R pode variar entre
0 e 100 sendo que os escores mais altos indicam que a ingestatildeo alimentar estaacute
proacutexima das recomendaccedilotildees (MOTA et al 2008 WENDPAP 2012)
37
252 Alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento
Segundo o manual brasileiro referente agrave alimentaccedilatildeo saudaacutevel para a pessoa idosa
publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede em 2009 dez passos devem ser seguidos como
forma de orientaccedilatildeo para alcanccedilar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento o
que inclui
bull Realizaccedilatildeo de pelo menos trecircs refeiccedilotildees e dois lanches saudaacuteveis ao longo
do dia evitando ficar sem alimentar por muito tempo dando preferecircncia a
alimentos de faacutecil mastigaccedilatildeo como frutas amassadas ou picadas e carnes
desfiadas ou moiacutedas devido agraves dificuldades de mastigaccedilatildeo e degluticcedilatildeo
comumente encontradas em idosos decorrente da perda de dentes e da
diminuiccedilatildeo da saliva
bull Inclusatildeo de seis porccedilotildees diaacuterias de cerais e tubeacuterculos dando preferecircncias
aos alimentos integrais uma vez que os alimentos integrais possuem um alto
teor de fibras que contribuem tambeacutem para um adequado funcionamento do
intestino
bull Trecircs porccedilotildees de legumes e verduras nas grandes refeiccedilotildees diariamente
Estes alimentos satildeo fontes principais de vitaminas minerais e fibras
bull Trecircs porccedilotildees ou mais de frutas nas sobremesas e nos lanches diariamente
As frutas tambeacutem satildeo importantes fontes de fibras e vitaminas e devem
incrementar os lanches saudaacuteveis ao longo do dia
bull Consumo de arroz e feijatildeo em pelo menos cinco dias da semana A
combinaccedilatildeo desses alimentos resulta em uma ingestatildeo de proteiacutena completa
bull Trecircs porccedilotildees diaacuteria de leite e derivados e uma porccedilatildeo de carnes aves
peixes ou ovos dando preferecircncia a carnes magras O leite e seus derivados
satildeo importantes fontes de caacutelcio um mineral essencial na manutenccedilatildeo do
tecido oacutesseo As carnes satildeo fontes de ferro e de proteiacutena de alto valor
bioloacutegico
bull Reduccedilatildeo da quantidade de sal nas refeiccedilotildees devido a grande prevalecircncia de
hipertensatildeo arterial encontrada em toda a populaccedilatildeo brasileira e em especial
em idosos
38
bull Ingestatildeo de pelo menos dois litros de aacutegua no qual equivale
aproximadamente aacute seis ou oito copos meacutedio Uma ingestatildeo de aacutegua
adequada eacute essencial para um bom funcionamento orgacircnico
bull Reduccedilatildeo no consumo de refrigerantes sucos industrializados biscoitos
recheados e doces em geral Estes alimentos industrializados possuem
geralmente em sua composiccedilatildeo um grande teor de soacutedio que contribui para o
aumento da pressatildeo arterial aleacutem de possuiacuterem tambeacutem grande quantidade
de conservantes
bull Reduccedilatildeo no consumo de bebidas alcooacutelicas e realizaccedilatildeo de praacutetica de
atividade fiacutesica regular por pelo menos trinta minutos diariamente O consumo
de aacutelcool estaacute diretamente relacionado ao ganho de peso e a diversos
prejuiacutezos aacute sauacutede como problemas hepaacuteticos por exemplo A praacutetica de
atividade fiacutesica regular traz inuacutemeros benefiacutecios agrave sauacutede como controle do
peso e prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis
Outras orientaccedilotildees tambeacutem satildeo de suma importacircncia para que o idoso tenha
condiccedilotildees de se realizar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel diariamente
bull A mesa de refeiccedilatildeo deve ser posta de forma simples de forma a facilitar a
realizaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pelo idoso
bull Deve haver um contraste entre toalha da mesa e utensiacutelios afim de que se
facilite a visatildeo do indiviacuteduo e consequentemente facilite a sua alimentaccedilatildeo
bull Os utensiacutelios a serem utilizados pelos idosos devem ser simples de modo
que o seu manuseio seja faacutecil e natildeo apresente riscos elevados de quebra
253 Seguranccedila Alimentar
O termo seguranccedila alimentar estaacute relacionado ao acesso a uma alimentaccedilatildeo
adequada em niacutevel qualitativo e quantitativo de forma a atender as necessidades
individuais enquanto que o termo de inseguranccedila alimentar engloba vaacuterios fatores
deste a preocupaccedilatildeo em adquirir o alimento a perda da qualidade e diversidade dos
alimentos (FAZZIO 2012)
39
Diversos estudos vecircm apontando os crescentes casos de inseguranccedila alimentar que
vem atingindo os idosos que interferem em uma adequada nutriccedilatildeo e
consequentemente interferem na sauacutede desta populaccedilatildeo (LEON et al 2005)
A prevalecircncia de residecircncias de idosos que apresentam inseguranccedila alimentar eacute
cada vez mais encontrada em todo o mundo nos Estados Unidos essa prevalecircncia
varia 6 a 16 em Campinas a inseguranccedila alimentar chegou a atingir 52 das
residecircncias com idosos (LEON et al 2005)
Os indiviacuteduos idosos que apresentam inseguranccedila alimentar e nutricional dentro de
suas residecircncias tem maiores chances de possuir deficiecircncias nutricionais
decorrente da inadequada ingestatildeo de diversos nutrientes incluindo principalmente
caacutelcio vitamina A e proteiacutena quando comparados a idosos que vivem em seguranccedila
alimentar (ROSE OLIVEIRA 1991 citado por BARBOSA et al 2013)
26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO
Para traccedilar o diagnoacutestico do estado nutricional de idosos muitos indicadores que
satildeo utilizados para avaliaccedilatildeo da antropometria de outras faixas etaacuterias tambeacutem
fazem parte deste diagnoacutestico como o peso e a altura que permitem a avaliaccedilatildeo do
iacutendice de massa corporal (IMC) Circunferecircncia do braccedilo (CB) Circunferecircncia da
Cintura (CC) e prega cutacircnea tricipital entretanto essa populaccedilatildeo ainda conta com
um indicador especiacutefico para avaliaccedilatildeo principalmente de perda de massa magra e
consequentemente desnutriccedilatildeo que eacute a Circunferecircncia da Panturrilha (CERVI
FRANCESCHINI PRIORE 2006)
Quanto aos indicadores observa-se assim uma vasta opccedilatildeo de utilizaccedilatildeo entretanto
as maiores dificuldades na precisatildeo do diagnoacutestico do estado nutricional do idoso
ficam por conta dos pontos de cortes especiacuteficos que em muitas vezes natildeo satildeo
estabelecidos para esta populaccedilatildeo que sofrem diversas alteraccedilotildees orgacircnicas e
funcionais (CERVI FRANCESCHINI PRIORE 2006)
261 Iacutendice de Massa Corporal O objetivo do iacutendice de massa corporal eacute avaliar a massa corporal em comparaccedilatildeo agrave
altura de forma simples e raacutepida utilizando apenas o peso em quilogramas e a
altura em metro quadrado (PERISSINOTTO et al 2002)
40
Sendo assim o uso deste indicador eacute muito frequente na avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica
de diversas populaccedilotildees Entretanto diversos estudos afirma a necessidade de
associar o diagnoacutestico pelo IMC com outros indicadores uma vez que este natildeo
diferencia a massa corporal ou seja natildeo identifica a distribuiccedilatildeo de tecido adiposo e
tecido muscular (PERISSINOTTO et al 2002)
Quanto aos pontos de corte utilizados do IMC para idosos o Ministeacuterio da Sauacutede
atraveacutes do Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
sugere a utilizaccedilatildeo de uma faixa de normalidade entre o valores de 22kgmsup2 e
27kgmsup2 sendo classificados como baixo peso indiviacuteduos idosos que apresentem
IMC inferior a 22kgmsup2 e como sobrepeso indiviacuteduos que apresentem uma valor
acima de 27kgmsup2 natildeo havendo pontos de cortes que defina o niacutevel de desnutriccedilatildeo
e niacutevel de obesidade (SAMPAIO 2006)
Uma grande dificuldade encontrada na utilizaccedilatildeo do IMC para idosos eacute decorrente
da insensibilidade deste indicador quanto ao decreacutescimo de estatura aumento de
tecido adiposo e aumento da massa muscular e quantidade de aacutegua corporal que
satildeo alteraccedilotildees comumente encontradas no envelhecimento (SANTOS SICHIERI
2005)
262 Circunferecircncia do Braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo reflete a composiccedilatildeo corporal total incluindo tecido oacutesseo
massa muscular e tecido adiposo e possibilita a aplicaccedilatildeo de outros indicadores
como a circunferecircncia muscular do braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo (CB) em idosos tende a diminuir devido agrave perda de massa
magra tiacutepico da idade e tambeacutem pelo deslocamento da gordura para regiatildeo central
na avaliaccedilatildeo deste indicador relaciona-se o valor encontrado com o valor meacutedio para
a idade do indiviacuteduo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA GONZALES
2013)
263 Circunferecircncia da Cintura A medida circunferecircncia da cintura eacute um indicador essencial uma vez que atraveacutes
deste eacute possiacutevel verificar uma possiacutevel localizaccedilatildeo acumulada de tecido adiposo
41
nessa regiatildeo e uma circunferecircncia da cintura elevada revela possiacuteveis riscos
cardiovasculares e metaboacutelicos (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
Em relaccedilatildeo aos pontos de cortes natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica para a utilizaccedilatildeo
em idosos o que dificulta a precisatildeo do diagnoacutestico nutricional uma vez que o
aumento de gordura na regiatildeo abdominal eacute comum em idosos devido a
redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo que acontece em maiores proporccedilotildees pelo
deslocamento desse tecido dos membros para a regiatildeo central do tronco (PAIVA
NETO OLIVEIRA SANTOS 2007)
264 Prega Cutacircnea Tricipital
A afericcedilatildeo da prega cutacircnea tricipital e em geral todas as outras pregas cutacircneas
permitem identificar a quantidade de tecido adiposo subcutacircneo Trata-se de um
indicador sensiacutevel a desnutriccedilatildeo que permite avaliar os estoques de gordura
corporal Os pontos de cortes utilizados na avaliaccedilatildeo deste indicador vatildeo de acordo
com a medida obtida e a medida meacutedia (p50) de acordo com a idade do indiviacuteduo
(FIORE et al 2006)
Assim como na Circunferecircncia do braccedilo espera-se uma reduccedilatildeo do valor da prega
cutacircnea tricipital decorrente da redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo nesta populaccedilatildeo
estudada o que leva a reduccedilatildeo da precisatildeo deste indicador em relaccedilatildeo a
sensibilidade de desnutriccedilatildeo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
265 Circunferecircncia da Panturrilha A circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador utilizado geralmente para avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica de indiviacuteduos idosos por ser sensiacutevel a depleccedilatildeo muscular nesta
faixa etaacuteria e de faacutecil obtenccedilatildeo (SAMPAIO 2004)
Segundo Acunatilde e Cruz (2004) a circunferecircncia da panturrilha eacute o indicador mais
sensiacutevel agrave desnutriccedilatildeo em idosos sendo superior a outro indicador de suma
importacircncia que eacute a circunferecircncia do braccedilo
42
O valor circunferecircncia da panturrilha menor que 31 cm classifica-se como
desnutriccedilatildeo representando perda de massa muscular enquanto que achados acima
desse valor satildeo classificados como eutrofia (SPEROTTO 2010)
27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO
Caracteriza-se como atividade fiacutesica qualquer movimento do corpo que envolva a
contraccedilatildeo muscular e em qualquer ambiente seja em casa no trabalho ou ao ar
livre e alguns benefiacutecios podem aparecer mesmo com pouco tempo de praacutetica em
indiviacuteduos sedentaacuterios (ZAITUNE et al 2010)
A praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem eacute de fundamental importacircncia na prevenccedilatildeo de
diversas doenccedilas crocircnicas e em meio agrave transiccedilatildeo demograacutefica essa praacutetica se torna
ainda mais relevante Essa importacircncia pode ser verificada atraveacutes de um dos
objetivos do Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o enfrentamento das doenccedilas
crocircnicas natildeo transmissiacuteveis do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil no qual quer a busca
da promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes da praacutetica de exerciacutecio fiacutesico (MADEIRA et al 2013)
A falta de atividade fiacutesica principalmente em idosos pode complicar a perda de
massa magra que eacute comum em indiviacuteduos dessa faixa etaacuteria uma vez que
geralmente eacute decorrente das alteraccedilotildees hormonais principalmente pela reduccedilatildeo na
siacutentese de hormocircnios de crescimento de hormocircnios sexuais (MAGALHAtildeES 2011)
A atividade fiacutesica eacute reconhecida por inuacutemeros benefiacutecios aacute sauacutede de quem a pratica
e com os idosos natildeo eacute diferente eacute constatada uma melhora na qualidade de vida e
na sauacutede em geral o que consequentemente leva a reduccedilatildeo da probabilidade do
aparecimento de doenccedilas crocircnicas internaccedilotildees e morte (ZAITUNE et al 2010)
Fiatorone-Singh (1998) citado por Matsudo (2002) afirma que a praacutetica regular de
atividade fiacutesica possui grande influecircncia sobre as alteraccedilotildees na composiccedilatildeo corporal
comumente encontradas em idosos uma vez em que em diversos estudos foi
confirmada a hipoacutetese de que idosos ativos possuem um melhor estado nutricional
quando comparado a idosos sedentaacuterios em relaccedilatildeo a indicadores de peso iacutendice
de massa corporal gordura corporal e ainda relaccedilatildeo cintura-quadril
Os benefiacutecios da praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem estatildeo relacionados diretamente
com o aumento da capacidade funcional de idosos uma vez que a capacidade
43
funcional interfere na forccedila muscular que por sua vez eacute inteiramente dependente da
massa muscular Visto que a atividade fiacutesica contribui para fortalecimento da massa
muscular haacute consequentemente uma reduccedilatildeo na perda natural deste tecido
decorrente do envelhecimento (MATSUDO 2002)
A prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas atraveacutes da melhora do estado nutricional
relacionada ao aumento da capacidade funcional e outros benefiacutecios decorrentes da
praacutetica de atividade fiacutesica leva consequentemente a uma elevaccedilatildeo da qualidade de
vida do indiviacuteduo idoso que me muitas vezes se encontra comprometida
(MATSUDO 2002)
A falta da praacutetica de atividade fiacutesica vem sendo crescente em toda a populaccedilatildeo
mundial Masso e outros (2005) em seu estudo que identificava a prevalecircncia de
sedentarismo em mulheres relataram que somente 37 da sua populaccedilatildeo se
encontram ativas ou seja que tinham o haacutebito regular de praticar alguma atividade
fiacutesica
Ferreira e Gobi (2003) afirma que o excesso de peso natildeo estaacute relacionado somente
com um consumo alimentar inadequado uma vez que estudos recentes vecircm
comprovando que a obesidade adquirida ao longo de anos estaacute mais relacionada
com o sedentarismo do que uma ingestatildeo excessiva de alimentos
Os mecanismos que levam a atividade fiacutesica agrave prevenccedilatildeo e ao tratamento de
doenccedilas e agrave incapacidade funcional envolvem principalmente a reduccedilatildeo da
adiposidade corporal a queda da pressatildeo arterial a melhora do perfil lipiacutedico e da
sensibilidade agrave insulina o aumento do gasto energeacutetico da massa e da forccedila
muscular da capacidade cardiorrespiratoacuteria da flexibilidade e do equiliacutebrio
(FERREIRA GOBI 2003)
Segundo Toscano e Olivera (2007) os programas puacuteblicos criados para a promoccedilatildeo
de praacutetica de atividade fiacutesicas satildeo importantes para o aumento da qualidade de vida
seja atraveacutes dos benefiacutecios desta praacutetica e atraveacutes de um maior conviacutevio social que
afasta a solidatildeo
Matsudo (2002) relata que vaacuterios pesquisadores ressaltam a necessidade da
implantaccedilatildeo de programas voltados agrave praacutetica de atividade fiacutesica em todo mundo
uma vez que estes mesmo pesquisadores encontraram resultados bastante
satisfatoacuterios relacionados agrave praacutetica regular de atividade fiacutesica demostrando ainda
44
que esta praacutetica eacute essencial para diminuir as consequecircncias indesejaacuteveis na sauacutede
dos indiviacuteduos decorrentes do envelhecimento
Atualmente no mundo todo a prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e
outras intercorrecircncias na sauacutede provocadas pelo passar da idade natildeo poder estar
isolada da praacutetica de atividade fiacutesica (MATSUDO et al 2006)
Atraveacutes de vaacuterios resultados positivos evidenciados em diversos estudos que
abordaram a atividade fiacutesica e os benefiacutecios proporcionados a seus praticantes jaacute eacute
possiacutevel verificar o aumento de investimento de oacutergatildeo puacuteblicos e privados em
programas de incentivo e orientaccedilatildeo a praacutetica de atividade fiacutesica (FERREIRA GOBI
2003)
Hoje em dia diversas aacutereas dos oacutergatildeos puacuteblicos estatildeo investindo em programas de
incentivo a atividade fiacutesica principalmente para os idosos entretanto deve-se ter
cautela na execuccedilatildeo destes programas garantindo um espaccedilo fiacutesico adequado com
profissionais qualificados a fim de que se possa realmente alcanccedilar os objetivos
destes programas (BENEDETTI GONCcedilALVES 2007)
45
3 METODOLOGIA 31 DESENHO DE ESTUDO
Foi realizado um estudo descritivo transversal com uma abordagem qualitativa com
40 idosos cadastrados no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe muniacutecipio de
Serra participantes e natildeo participantes do programa municipal de orientaccedilatildeo ao
exerciacutecio fiacutesico realizado neste espaccedilo
O estudo ocorreu em dois encontros na primeira consulta ocorreu a identificaccedilatildeo do
paciente e a coleta de dados antropomeacutetricos Inicialmente foi realizado a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) e em
seguida foi realizada uma entrevista para o preenchimento do Prontuaacuterio contendo
os seguintes itens Identificaccedilatildeo do paciente e avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica (Apecircndice
B) e o paciente foi convidado ainda a realizar o registro alimentar de trecircs dias para
ser analisado na proacutexima consulta (Apecircndice C)
No segundo encontro que foi realizado uma semana apoacutes a primeira consulta foi
coletado o registro alimentar de trecircs dias e ainda foi aplicado o questionaacuterio
Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica do tipo IPAQ curto para classificaacute-los
quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica exercido pelos mesmos (Anexo A)
32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO
O Comitecirc de sauacutede do idoso trata-se de uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
registrada regularmente instituiacutedo por um grupo de idosos da regiatildeo mas conta com
o apoio da Prefeitura da Serra o proacuteprio espaccedilo fiacutesico eacute cedido pela prefeitura e
sendo assim o mesmo local recebe o Programa municipal de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico
Os idosos cadastrados no comitecirc contribuem com um valor singelo mensalmente
para que sejam criadas atividades recreativas para os mesmos como curso de
pintura bordado viagens e outros Atualmente existem cerca de cento e sessenta
idosos cadastrados no comitecirc e um grupo de oito idosos compotildeem a diretoria sendo
um presidente que planejam atividades e buscam apoio de entidades puacuteblicas e
privadas para realizaccedilatildeo de alguns serviccedilos e atividades
46
A principal atividade exercida pelos cadastrados eacute o PROEF que conta com um
educador fiacutesico que orienta os participantes do programa com ginaacutestica aeroacutebica
com duraccedilatildeo de uma hora por trecircs vezes na semana entretanto natildeo satildeo todos os
cadastrados no comitecirc de sauacutede do idoso que participam deste programa
33 ASPECTOS EacuteTICOS
Foi informado aos indiviacuteduos todos os procedimentos a serem realizados durante a
pesquisa antes de assinar o termo de consentimento livre e esclarecido conforme
as normas para realizaccedilatildeo de Pesquisa em seres humanos e atendendo aos
criteacuterios da Eacutetica da Pesquisa em Sauacutede segundo descrito na Resoluccedilatildeo 19696
(BRASIL 2002)
O Projeto de pesquisa do presente trabalho foi submetido ao Comitecirc de eacutetica e
Pesquisa da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo tendo sido aprovado
34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
As medidas antropomeacutetricas analisadas para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal
dos indiviacuteduos foram peso corporal altura percentual de gordura circunferecircncias
do braccedilo cintura panturrilha e prega cutacircnea tricipital
Para a coleta das medidas antropomeacutetricas foram utilizados os seguintes
instrumentos balanccedila de bioimpedacircncia da marca Tanitareg devidamente calibrada
com capacidade de 150 kg e precisatildeo de 100g adipocircmetro de marca Cescorf
devidamente calibrado com amplitude de 88 mm e precisatildeo de 01mm fita meacutetrica
natildeo elaacutestica da marca Sanny estadiocircmetro da marca Altura Exata e com precisatildeo
de 05cm
O indiviacuteduo foi pesado usando roupas leves sem sapatos e sem qualquer objeto de
metal com o auxiacutelio da balanccedila Tanitareg colocada numa superfiacutecie plana e riacutegida
pela qual se obteve aleacutem do peso os valores dos percentuais de gordura e de
aacutegua Ressalta-se a natildeo indicaccedilatildeo do uso da bioimpedacircncias em indiviacuteduos que
possuem em seu corpo algum material metaacutelico como marcapasso devido as
possiacuteveis falhas na passagem da corrente eleacutetrica (CONSELHO FEDERAL DE
MEDICINA 2009)
47
A altura foi determinada utilizando-se o estadiocircmetro sendo orientado ao paciente
permanecer descalccedilo em posiccedilatildeo ereta olhando para o horizonte com os
calcanhares unidos e apoiados agrave parte posterior do estadiocircmetro assim como a
parte posterior dos joelhos naacutedegas e escaacutepulas estando a cabeccedila posicionada
reta (BRASIL 2011c)
Na tabela 2 satildeo encontrado os resultados do IMC com base no peso e altura
aferidos do paciente usando a foacutermula IMC = Peso corporal (kg) Estatura (m)sup2
sendo este avaliado segunda a classificaccedilatildeo recomendado pelo Sistema de
Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos Classificaccedilatildeo IMC (kgmsup2) Risco de Comorbidades
Baixo Peso lt 22 Baixo Peso Normal 22 - 269 Meacutedio Sobrepeso ge270 - Fonte The Nutrition Screening Initiative (1994) citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e
Nutricional Orientaccedilotildees para coleta anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede
(2011)
Os valores de referecircncia utilizados para a classificaccedilatildeo do percentual de gordura
corporal de idosos segundo GALLAGHER et al (2000) encontram-se no tabela 3
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos
Classificaccedilatildeo Gordura Corporal ()
Homens Mulheres Baixo lt13 lt24
Adequado 13 ndash 249 24 - 359
Elevado 25 - 299 36 - 419
Muito Elevado ge 30 ge 42
Fonte GALLAGHER et al 2000 Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex
A circunferecircncia da cintura foi aferida com o paciente em peacute usando a fita meacutetrica
para circundar o indiviacuteduo no ponto meacutedio entre a crista iliacuteaca e a uacuteltima costela A
circunferecircncia da cintura (CC) foi utilizada com o objetivo de identificar o padratildeo de
distribuiccedilatildeo da massa adiposa pois eacute considerado o melhor indicador para a
48
avaliaccedilatildeo do risco de doenccedilas cardiovasculares e metaboacutelicas em estudos
epidemioloacutegicos (MARTINS et al 2009) Utilizaram-se os pontos de corte definidos
na Diretriz Brasileira de Obesidade (2010) e atualmente recomendados pelo
Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (tabela 4)
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres Risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas Homem Mulher
Aumentado ge 94 ge 80
Substancialmente aumentado ge 102 ge 88
Fonte WHO 2000 citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilotildees para coleta
anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede (2011)
A circunferecircncia do braccedilo foi mensurada com o individuo em peacute com o braccedilo
flexionado a 90 graus para determinaccedilatildeo do ponto meacutedio entre o acrocircmio e o
oleacutecramo e em seguida com o braccedilo estendido e relaxado ao longo do corpo
posicionando a fita no sentido horizontal para a obtenccedilatildeo da medida (COSTA 2012)
O resultado obtido foi comparado aos valores de referecircncia demonstrados na tabela
de percentis por Frisancho (1990) no anexo B A adequaccedilatildeo da CB foi determinada
atraveacutes da foacutermula Adequaccedilatildeo da CB ()= CB obtida (cm) CB percentil 50 x 100 e
o estado nutricional classificado de acordo com o tabela 5
Tabela 5 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a circunferecircncia do braccedilo
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por Sommacal 2011 A circunferecircncia da panturrilha eacute considerada um oacutetimo indicador antropomeacutetrico
para idosos uma vez que possibilita a identificaccedilatildeo de alteraccedilotildees da massa
muscular em idosos com um ponto de corte menor de 31 centiacutemetros como
indicador de desnutriccedilatildeo (ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE citado por
MOREIRA et al 2011)
49
A teacutecnica de mensuraccedilatildeo da prega cutacircnea tricipital foi preconizada por Lohman
(1991) citado por Sommacal e outros (2011) no qual indica que para a afericcedilatildeo da
prega cutacircnea tricipital deve ser realizado no mesmo ponto meacutedio utilizado para a
CB no qual deve-se separar levemente a prega do braccedilo natildeo-dominante
desprendendo-a do tecido muscular e aplicar o calibrador formando um acircngulo reto
O braccedilo deve estar relaxado e solto ao lado do corpo
O valor encontrado da prega cutacircnea tricipital foi comparado ao padratildeo de referecircncia
no anexo C e posteriormente foi calculado a adequaccedilatildeo da PCT atraveacutes da
equaccedilatildeo
Adequaccedilatildeo da PCT = PCT obtida PCT percentil 50 x 100 A adequaccedilatildeo da PCT foi
classificada segundo a tabela 6
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a 110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por lSommacal 2011 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR
No primeiro encontro os indiviacuteduos participantes receberam trecircs formulaacuterios para
realizaccedilatildeo do registro e orientaccedilotildees de como realizar o registro alimentar de trecircs
dias sendo que deveriam ser realizados em dias natildeo consecutivos contemplando
dois dias da semana e um dia do final de semana Cada participante deveria anotar
todos os alimentos e bebidas ingeridos ao longo do dia e suas respectivas
quantidades incluindo os alimentos consumidos fora de sua residecircncia (FISBERG
MARCHIONI COLUCCI 2009) Foi orientado ainda ao indiviacuteduo que solicitasse
auxilio aacute um familiar caso encontrasse dificuldades em preencher o relatoacuterio
Com a coleta do registro alimentar de trecircs dias foi possiacutevel realizar o caacutelculo de
energia em (kcal) macronutrientes e micronutrientes A anaacutelise foi realizada atraveacutes
de caacutelculos manuais com o auxiacutelio da tabela brasileira de composiccedilatildeo dos alimentos
(TACO)
50
A anaacutelise do consumo alimentar ocorreu com a utilizaccedilatildeo o iacutendice de qualidade da
dieta revisado que foi reformulado por Previdelli (2011) em conformidade com as
recomendaccedilotildees dieteacuteticas preconizadas pelo guia alimentar para a populaccedilatildeo
brasileira de 2006 para a classificaccedilatildeo da qualidade da dieta seratildeo utilizados os
pontos de corte proposto pelo mesmo autor que classifica uma dieta ldquoinadequadardquo
abaixo de 40 pontos entre 41 e 64 pontos dieta que ldquoprecisa de modificaccedilatildeordquo e
acima de 64 pontos classifica-se como ldquodieta saudaacutevelrdquo (Anexo D e E)
36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA
A atividade fiacutesica pode ser considerada uma grande estrateacutegia em sauacutede puacuteblica
visto que poderiacuteamos atingir uma grande economia com a reduccedilatildeo do sedentarismo
Hoje em dia encontra-se mais de dois milhotildees de mortes anualmente causadas pela
inatividade fiacutesica em todo o mundo O sedentarismo natildeo estaacute relacionado somente
com doenccedilas e morte mas tambeacutem com a geraccedilatildeo de altos custos a sociedade No
ano de 1995 pode ser constatado que os Estados Unidos gastaram vinte e quatro
bilhotildees de doacutelares somente com o sedentarismo Sendo assim podemos observar
que com o aumento da praacutetica de atividade fiacutesica da populaccedilatildeo pode-se contribuir
indiretamente para o desenvolvimento humano e o progresso econocircmico
(WASHBURN 1993 et al Citado por PARDINI et al 2001 p46)
Um dos grandes fatores para o aparecimento de doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis eacute o sedentarismo O haacutebito de praticar algum tipo de atividade fiacutesica
tem sido usado como um meacutetodo faacutecil e de baixo custo para prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas Recomendam-se a praacutetica de pelo menos trinta minutos de atividade
diariamente para que seus benefiacutecios sejam apresentados (MASSON et al 2005)
O IPAQ estima o niacutevel de praacutetica habitual de atividade fiacutesica e foi desenvolvido pelo
Grupo Internacional para Consenso em Medidas da Atividade Fiacutesica constituiccedilatildeo
sob a chancela da OMS para ser utilizado em vaacuterios paiacuteses dentre eles Brasil e
Japatildeo (GUEDES et al 2005 GUEDES 2007 CORA 2003 citado por MIZUNO
2007)
O niacutevel de atividade fiacutesica foi determinado atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica ndash IPAQ na forma curta proposto por MIZUNO
(2007) sendo utilizadas quatro questotildees para avaliar a atividade fiacutesica dentro de uma
51
semana normal Os entrevistados relataram as atividades que satildeo realizadas ao
longo da semana em casa no trabalho e nas horas de lazer e descanso a
frequecircncia semanal e o tempo diaacuterio de cada atividade As atividades foram
classificadas como
1) vigorosas (corrida ginaacutestica aeroacutebica futebol velocidade raacutepida na bicicleta
basquete serviccedilos domeacutesticos pesados em casa ou no quintal carregar objetos com
peso alto)
2) moderadas (velocidade leve na bicicleta nataccedilatildeo danccedila ginaacutestica aeroacutebica leve
vocirclei carregar objetos com peso leve serviccedilos domeacutesticos em casa ou no quintal
como varrer e realizar cuidados no jardim)
3) caminhada (no trabalho ou por lazer)
4) sem gasto caloacuterico (sentado assistindo TV ou lendo)
Segundo o autor a partir dessas informaccedilotildees eacute possiacutevel estimar o gasto energeacutetico
em METs Um MET representa o consumo de oxigecircnio em repouso ou taxa
metaboacutelica de repouso Uma atividade que requer o dobro de energia do repouso
requer 2 METrsquos e assim sucessivamente Para o caacutelculo do gasto em METs o IPAQ
usa as seguintes foacutermulas
a) caminhada MET-minutosemanal = 33 X tempo diaacuterio de caminhada X frequumlecircncia
semanal
b) moderado MET- minutosemanal = 40 X tempo diaacuterio de atividade moderada X
frequecircncia semanal
c) vigoroso MET- minutosemanal = 80 X tempo diaacuterio de atividade vigorosa X
frequecircncia semanal d) total da atividade fiacutesica MET- minutosemanal = soma da
Caminhado + Moderado + Vigoroso MET - minutossemanal
Com essas informaccedilotildees classifica-se o indiviacuteduo em uma das seguintes categorias
a) baixo nenhuma atividade ou atividades que natildeo se enquadram nas categorias 2 e
3
b) moderado deve ser encaixar em pelos menos um dos criteacuterios de atividade
vigorosa por pelos menos trecircs dias por semana e em um periacuteodo miacutenimo de 20
minutos ou cinco ou mais dias de atividade moderada eou caminhada por pelo
52
menos 30 minutos por dia ou ainda qualquer combinaccedilatildeo de atividade moderada ou
vigorosa ou caminhada com gasto miacutenimo de 600 met-minsemana por cinco ou
mais dias na semana
c) alto Um dos dois criteacuterios atividade vigorosa em no miacutenimo 3 dias da semana
com gasto miacutenimo de 1500 MET-minutosemana ou 7 ou mais dias de combinaccedilatildeo
de caminhada atividade moderada e vigorosa com gasto miacutenimo de 3000 met-
minutosemana (IPAQ)
37 ANAacuteLISE DOS DADOS
Foi realizada uma anaacutelise descritiva das variaacuteveis quantitativas sendo os dados
apresentados em meacutedia desvio-padratildeo miacutenimo maacuteximo e mediana Os dados
qualitativos seratildeo apresentados atraveacutes de frequecircncia absoluta e relativa As
anaacutelises foram realizadas com auxilio do software SPSS V 20 2013
Para comparar os idosos praticantes de atividade fiacutesica baixo e praticantes de
atividade fiacutesica moderado foi aplicado o teste t de student nesta anaacutelise foi
considerado o niacutevel de significacircncia plt005
53
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS
Foram avaliados 40 indiviacuteduos sendo que natildeo houve perdas da amostra e nem
desistecircncia por parte dos participantes Na tabela 7 estatildeo apresentadas as
caracteriacutesticas gerais da amostra estudada na qual aponta que 40 (100)
indiviacuteduos pesquisados eram do sexo feminino Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade
fiacutesica 27 idosos (68) foram classificados com niacutevel moderado (MOD) seguido de
13 (32) indiviacuteduos da amostra com niacutevel baixo (BAIX)
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra VARIAacuteVEIS N
Sexo Masculino 0 0 Feminino 40 100 Niacutevel de Atividade Fiacutesica Baixo 13 32 Moderado 27 68 Alto 0 0 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica VARIAacuteVEIS GRUPO BAIX GRUPO MOD GERAL P-VALOR
IMC (kgmsup2) 3130 plusmn 851 2905 (2115-5664)
2553 plusmn 386 2488 (1973-3451)
274 plusmn 630 2688 (1973-5664) 0005
GC () 3726 plusmn 685 384 (246-462)
3298 plusmn 686 318 (222-543)
3405 plusmn 699 338(222-542) 0113
CC (cm) 9716 plusmn 1873 97 (575-1395)
8568 plusmn 1038 84 (685-107)
8941 plusmn 1447 8925 (575-1395) 0017
CP (cm) 373 plusmn 401 38 (29-46)
3464 plusmn 369 345 (295-46)
3551 plusmn 3 35 (29-46) 0006
CB 11267 plusmn 2204 10819 (754-168)
9534 plusmn 1328 9506 (6885-12218)
10097 plusmn 1829 10063 (6885-168) 0045
de PCT 10361 plusmn 3148 98 (74-172)
7963 plusmn 2684 74 (38-152)
8657 plusmn 2993 79 (38-172) 0006
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
54
O IMC meacutedio do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi equivalente a
3130kgmsup2 que equivale a classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o valor meacutedio
encontrado no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado foi de 2553kgmsup2
caracterizando eutrofia O percentual de gordura corporal obteve meacutedia de 3726
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que equivale a uma classificaccedilatildeo de
elevaccedilatildeo e 3298 no qual equivale a adequaccedilatildeo no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado A circunferecircncia da cintura apresentou valores meacutedio de 9716 cm
equivalendo ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e
8568 cm caracterizando risco aumentado para os grupos com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e com niacutevel de atividade fiacutesica moderado respectivamente O valor do
percentual de adequaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo apresentou media de 11267
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que caracteriza sobrepeso e 9534 no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado que caracteriza eutrofia (tabela 8)
Um importante instrumento para a avaliaccedilatildeo de composiccedilatildeo corporal eacute o IMC sendo
que para idosos o valor acima de 27kgmsup2 claacutessica o indiviacuteduo com sobrepeso
abaixo de 22kgmsup2 como baixo peso e a eutrofia se encaixa entre os valores de
22kgmsup2 a 27kgmsup2 sendo assim a avaliaccedilatildeo quantitativa do perfil antropomeacutetrico da
amostra destaca que segundo o IMC no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo
769 (n=1) dos indiviacuteduos estatildeo com baixo peso tambeacutem 769 (n=1) se
encontram eutroacuteficos e 8461 (n=11) estatildeo com sobrepeso jaacute no grupo com
atividade fiacutesica moderado 1852 (n=5) dos indiviacuteduos apresentam baixo peso
4814 (n=13) satildeo eutroacuteficos e 3333 (n=9) estatildeo com sobrepeso Sendo assim o
grupo de com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma maior ocorrecircncia
de indiviacuteduos eutroacuteficos (figura 1)
Observa-se ainda a existecircncia da diferenccedila significante entre o iacutendice de massa
corporal dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o iacutendice de massa corporal
dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado uma vez que o p-valor
encontrado foi menor que 005 (0005) Sendo assim conclui-se que haacute correlaccedilatildeo
positiva entre a praacutetica de atividade fiacutesica e o iacutendice de massa corporal uma vez que
os indiviacuteduos praticantes de atividade fiacutesica baixo obtiveram um valor meacutedio maior
de iacutendice de massa corporal quando comparado ao grupo de idosos que possuem
niacutevel de atividade fiacutesica moderado
55
Figura 1 - Perfil nutricional segundo IMC de acordo com niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode-se observar que no grupo de idosos que possuem um niacutevel menor de atividade
fiacutesica 6153 (n=8) dos indiviacuteduos apresentaram risco substancialmente elevado de
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura mensurada
2307 (n=3) indiviacuteduos apresentaram risco aumentado e 1538 (n=2) natildeo
apresentaram riscos
Enquanto que no grupo de quem praacutetica atividade fiacutesica moderadamente 3333
(n=9) natildeo apresentaram riscos 2962 (n=8) apresentaram risco aumentado e
3703 (n=10) apresentaram risco substancialmente elevado de complicaccedilotildees
metaboacutelicas (figura 2)
Houve correlaccedilatildeo significante entre as medidas de circunferecircncia da cintura dos
grupos estudados encontrando o p-valor menor que 005 (0017) Dessa forma
conclui-se que haacute correlaccedilatildeo entre a praacutetica de atividade fiacutesica e a medida da
circunferecircncia da cintura uma vez que o valor meacutedio desse indicador foi menor no
grupo de indiviacuteduos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao valor meacutedio encontrado no grupo de indiviacuteduos que possuem o niacutevel
de atividade fiacutesica baixo
769 769
8461
1852
4814
3333
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
56
Figura 2 - Classificaccedilatildeo de risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Com relaccedilatildeo ao percentual de gordura corporal apenas 9 indiviacuteduos do grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foram avaliados devido a impossibilidade de se usar a
bioimpedacircncia decorrente da presenccedila de placas metaacutelicas no corpo dos indiviacuteduos
Sendo assim podemos observa na figura 3 que apenas 1111 (n=1) dos indiviacuteduos
avaliados do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam valores
adequados de percentual de gordura 5555 (n=5) apresentam valores elevados
3333 (n= 3) apresentam valores muito elevados e nenhum indiviacuteduo apresentou
baixo valor
No grupo dos indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica moderado 5185
(n= 14) dos indiviacuteduos possuem um percentual adequado 74 (n= 2) apresentam
baixo valor 3703 (n= 10) apresentam valor elevado 37 (n= 1) apresentam um
valor muito elevado e nenhum indiviacuteduo apresentou baixo valor
Observa-se que o percentual de gordura dos idosos estudados natildeo apresentou
correlaccedilatildeo com a praacutetica de atividade fiacutesica uma vez que o p-valor deste indicador
foi maior que 005 (0113) ou seja natildeo houve diferenccedila significante entre os valores
meacutedios de percentual de gordura entre os grupos
1538
2307
6153
3333 2962
3703 NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
57
Figura 3 ndashClassificaccedilatildeo gordura corporal de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha pode constatar que apenas 10 (n=4)
de toda a populaccedilatildeo apresentou o quadro de desnutriccedilatildeo com um valor de CP
menor que 31 cm sendo que apenas 769 (n=1) do grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica baixo se enquadraram neste paracircmetro e 1111 (n=7) do grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Na correlaccedilatildeo dos valores meacutedios de circunferecircncia da panturrilha entre os grupos
de idosos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o grupo de idosos que
apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado observa-se uma diferenccedila
estatisticamente comprovada uma vez que o p-valor encontrado foi menor que
0005 (0045) sendo assim o valor meacutedio encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado foi menor quando comparado ao niacutevel de atividade fiacutesica
baixo
Observa-se que na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica baixo apresentou um valor meacutedio de percentual de adequaccedilatildeo de
11267 que equivale a sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou um valor meacutedio de 9534 que equivale a eutrofia
A anaacutelise da prega cutacircnea tricipital revelou que o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresenta uma classificaccedilatildeo meacutedia de eutrofia com o valor meacutedio de
percentual de adequaccedilatildeo de 10361 e o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
0
1111
5555
3333
74
5185
3703
37
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
58
moderado apresentou desnutriccedilatildeo moderada com o valor meacutedio de percentual de
adequaccedilatildeo de 7963
Observa-se que tanto a medida da circunferecircncia do braccedilo quanto a medida da
prega cutacircnea tricipital apresentaram diferenccedilas significantes entre os grupos
estudados uma vez que ambos apresentaram p-valor menor que 005 ou seja
conclui-se que os indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam
valores maiores destes indicadores quando comparados ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Eacute pertinente ao estudo comprovar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa corporal
e circunferecircncia da cintura coletadas no grupo de idosos com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado Para fazer a anaacutelise da natildeo correlaccedilatildeo entre os iacutendices de iacutendice
de massa corporal e circunferecircncia da cintura eacute necessaacuterio interpretar os dados
amostrais avaliando esses dois dados e confrontando-os em cada grupo amostral
Na tabela 9 e 10 estatildeo correlacionados os dados de iacutendice de massa corporal e
circunferecircncia da cintura do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e do grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS SEM RISCO RISCO
AUMENTADO RISCO SUBSTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 1 1 0 0
Eutrofia 1 1 0 0
Sobrepeso 11 0 3 8 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
SEM RISCO
RISCO AUMENTADO
RISCO SUSBTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 5 4 1 0 Eutrofia 13 5 5 3 Sobrepeso 9 0 2 7 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Observa-se de acordo com a tabela 9 somente os indiviacuteduos classificados como
sobrepeso no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentaram risco
59
aumentado ou substancialmente elevado para complicaccedilotildees metaboacutelicas associados
a circunferecircncia da cintura entretanto na tabela 10 pode-se observar que no grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado tanto alguns indiviacuteduos classificados com
eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com sobrepeso apresentaram risco
aumentado e substancialmente aumentado pode-se constatar ainda que um
indiviacuteduo classificado como baixo peso tambeacutem apresentou um risco aumentado
para complicaccedilotildees metaboacutelicas associado a circunferecircncia da cintura
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo CLASSIFICACcedilAtildeO
DO IMC Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 1 0 1 0 0
Eutrofia 1 0 0 1 0
Sobrepeso 11 0 0 4 3
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 5 2 3 0 0 Eutrofia 13 0 10 3 0 Sobrepeso 9 0 1 7 1 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 11 e 12 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o percentual de gordura corporal tanto no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado alguns indiviacuteduos
mesmo sendo classificados com eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com
sobrepeso apresentaram um percentual elevado de gordura corporal
Aplicando o iacutendice de qualidade da dieta pode se observar que a maioria da
populaccedilatildeo estudada encontra-se com uma ldquodieta saudaacutevelrdquo sendo representada por
7692 (n=10) no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e por 85 18 (n=23) no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou 2307 (n=3) dos indiviacuteduos com ldquodieta que precisa de
60
modificaccedilatildeordquo enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou 1481 (n=4) nenhum indiviacuteduo dos dois grupos apresentou ldquodieta
inadequadardquo (figura 4)
Em geral a populaccedilatildeo de idosos estudada apresentou uma meacutedia do IQD-R de
7592 com variaccedilatildeo de 5672 a 9074 pontos O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou uma meacutedia 7393 enquanto que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma valor meacutedia de 7688
Figura 4 - Iacutendice de qualidade da dieta de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 13 e 14 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o iacutendice de qualidade da dieta revisado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado a classificaccedilatildeo
de ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo apareceu em todas as classificaccedilotildees do iacutendice
de massa corporal ou seja indiviacuteduos com baixo peso eutroacuteficos e com sobrepeso
apresentaram ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo Em contrapartida diversos
indiviacuteduos com sobrepeso e tambeacutem com baixo peso apresentaram ldquodieta saudaacutevelrdquo
Sendo assim conclui-se que o iacutendice de massa corporal natildeo apresentou correlaccedilatildeo
com o iacutendice de qualidade da dieta ingerida pelos idosos
0
2307
7692
0
1481
8518
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
61
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO DIETA
SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 1 0 0 1 Eutrofia 1 0 1 0 Sobrepeso 11 0 2 9 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO
DIETA SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 5 0 1 4 Eutrofia 13 0 2 11 Sobrepeso 9 0 1 8
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
62
42 DISCUSSAtildeO
Da populaccedilatildeo estudada todo o grupo era composto por mulheres essa situaccedilatildeo de
um nuacutemero maior de idosos do sexo feminino do que do sexo masculino encontrada
em vaacuterios outros estudos com a populaccedilatildeo idosa Galesi e outros (2008) que
avaliaram o perfil alimentar e nutricional de 60 idosos do sexo feminino e apenas 25
do sexo masculino em uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia e tambeacutem por Abreu e
outros (2008) que avaliaram a inadequaccedilatildeo no consumo alimentar de idosos no
qual 69 da amostra estudada era composta pelo sexo feminino Salgado citado por
Galesi e outros (2008) afirma que essas situaccedilotildees refletem a feminizaccedilatildeo da
populaccedilatildeo idosa ou seja realmente existe uma proporccedilatildeo relativamente maior de
idosos do sexo feminino do que do sexo masculino esse fenocircmeno eacute decorrente de
diversos fatores entre eles eacute a elevada expectativa de vida para mulheres que em
meacutedia vivem sete anos a mais do que os homens outro fato eacute a mulher geralmente
se casar com homens mais velhos que consequentemente morrem primeiro que
esta aumentando assim a sobrevivecircncia da esposa em relaccedilatildeo ao seu marido
Em paralelo Vera citado por Machado e outros (2006) afirma que a mulher possui
atitudes diferentes a dos homens frente a preocupaccedilatildeo com a sauacutede tendo uma
maior procura pelos serviccedilos ou qualquer atividade puacuteblica relacionada a sauacutede
encontrando assim em seu estudo 743 da amostra composta por mulheres
idosas
De acordo com o IPAQ 325 dos indiviacuteduos possuiacuteam niacutevel de atividade fiacutesica
baixo e 675 possuiacuteam niacutevel moderado de atividade fiacutesica Uma vez que a pratica
de atividade fiacutesica moderada ou vigorosa classifica o indiviacuteduo como ativo isso
implica dizer que 675 dos idosos analisados satildeo ativos
A praacutetica de atividade fiacutesica eacute essencial para todas as faixas etaacuterias mas no caso de
idosos esta praacutetica pode beneficiar ainda a sauacutede dos mesmos uma vez que a
atividade fiacutesica contribui para diminuiccedilatildeo de dores nas articulaccedilotildees diminuiccedilatildeo de
gordura corporal e maior captaccedilatildeo de glicose sanguiacutenea entre outros benefiacutecios
(FRANCHI JUacuteNIOR MONTENEGRO) Mota e outros (2006) afirma que a pratica de
atividade fiacutesica regular por idosos pode tambeacutem contribuir na prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas como hipertensatildeo arterial doenccedilas cardiovasculares diabetes e siacutendrome
63
metaboacutelica impactando assim no aumento de qualidade de vida e reduccedilatildeo de
mortalidade nesta populaccedilatildeo
Aleacutem de diversos benefiacutecios aacute sauacutede do idoso como prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas a praacutetica regular de atividade fiacutesica ainda pode contribuir para o
retardamento da reduccedilatildeo da capacidade funcional do organismo decorrente do
envelhecimento contribuindo assim diretamente para o aumento da qualidade de
vida desta populaccedilatildeo (REIS SOUZA 2012)
Hurley e Hagber (1998) citado por Matsudo e Paiva Neto (2000) relatam que a
praacutetica de qualquer atividade fiacutesica por si soacute seja exerciacutecio aeroacutebico ou anaeroacutebico
levam a reduccedilatildeo de gordura corporal em idosos mesmo sem restriccedilatildeo caloacuterica
Shepard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) relatam que as
alteraccedilotildees ocorridas na composiccedilatildeo corporal com a praacutetica regular de atividade
fiacutesica podem ser decorrentes das alteraccedilotildees na taxa metaboacutelica em repouso No
estudo de Bergman (1991) citado por Ferreira (2007) foi constatado que a praacutetica
regular de atividade fiacutesica em curto espaccedilo contribui para uma melhora na
composiccedilatildeo corporal 27 idosas foram submetidas a realizar caminhadas em esteira
quatro vezes por semana e apoacutes 10 semanas obtiveram reduccedilatildeo na gordura
corporal e aumento de massa magra
Pode-se observar que os idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica moderada
apresentaram melhores resultados de composiccedilatildeo corporal quando comparado aos
idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica baixo o IMC meacutedio encontrado foi de
2553kgmsup2 e 3130kgmsup2 apresentando eutrofia e sobrepeso respectivamente
Mazo e outros (2006) tambeacutem constatou que 956 da sua populaccedilatildeo de idosas que
apresentavam excesso de peso possuiacuteam um baixo iacutendice de aptidatildeo funcional geral
decorrente da praacutetica irregular de atividade fiacutesica enquanto que 429 das idosas
que apresentavam IMC adequado estavam com o iacutendice de aptidatildeo funcional geral
bom Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) tambeacutem verificaram em seu estudo que
comparava a composiccedilatildeo corporal de idosos esportista e idosos irregularmente
ativos que o grupo de idosos esportistas possuiacutea um IMC de eutrofia enquanto que
o grupo de idosos irregularmente ativos possuiacuteam um IMC de sobrepeso
O baixo peso encontrado em 15 em toda a populaccedilatildeo estudada eacute tatildeo preocupante
como o sobrepeso tambeacutem encontrado Na atualidade estima-se que a prevalecircncia
de baixo peso fique em torno de 1 a 15 em idosos que vivem em residecircncias e
64
esse valor ainda tem aumento quando trata-se de idosos residentes em instituiccedilotildees
de longa permanecircncia (25 a 60) e um aumento ainda maior quando diz respeito a
idosos hospitalizados (35 a 65) A desnutriccedilatildeo em idosos pode favorecer a
incidecircncia de doenccedilas que consequentemente iratildeo interferir no estado nutricional do
indiviacuteduo Essa populaccedilatildeo eacute dita como um grupo de risco para o baixo peso devido a
vaacuterias alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento como reduccedilatildeo do
paladar dificuldades de mastigaccedilatildeo aleacutem do elevado uso de medicamentos que
consequentemente interfere no apetite na digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes
(SOUSA GUARIENTO 2009) Outros diversos estudos tambeacutem encontraram a
prevalecircncia de baixo peso em idosos Fiore e outros (2006) que avaliaram o perfil
nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede tambeacutem encontraram
na sua populaccedilatildeo 151 dos indiviacuteduos apresentando baixo peso de forma
semelhante Galesi e outros (2008) encontraram uma proporccedilatildeo de 18 de idosos
com baixo peso em seu estudo que avaliava o perfil alimentar e nutricional de idosos
institucionalizados
Quanto ao risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas associada agrave circunferecircncia da cintura
o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou uma meacutedia de 9716 cm o
que representa um risco substancialmente elevado e o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia de 8568 cm que classifica um risco
aumentado Aleacutem disso pode-se contatar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa
corporal e o risco de complicaccedilatildeo metaboacutelica de acordo com a circunferecircncia da
cintura de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado no qual foi encontrado que
mesmo indiviacuteduos que natildeo estavam com sobrepeso apresentaram um risco
aumentado ou substancialmente aumentado para complicaccedilotildees metaboacutelicas
Os elevados valores encontrados de circunferecircncia da cintura podem ser explicados
devido agraves alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento que contribuem
para o aumento de peso e tambeacutem para a redistribuiccedilatildeo da gordura corporal
(FERREIRA 2003) Bouchard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007)
afirmaram que a gordura corporal em idosos eacute encontrada em maiores quantidades
na regiatildeo do abdocircmen Outros autores ainda afirmam que o aumento da
circunferecircncia da cintura se deve a substituiccedilatildeo da gordura subcutacircnea pela gordura
visceral na regiatildeo abdominal aleacutem da existecircncia de uma redistribuiccedilatildeo da gordura
corporal que deixa de se depositar nos membros ocorrendo assim um acuacutemulo na
65
regiatildeo central do corpo Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do perfil
nutricional de idosos verificaram um alto iacutendice de prevalecircncia de risco para
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura 808 da
populaccedilatildeo estudada e especialmente em idosos do sexo feminino
Na avaliaccedilatildeo da gordura corporal tambeacutem pode ser notado a natildeo correlaccedilatildeo entre
iacutendice de massa corporal e percentual de gordura corporal no qual pode ser
encontrado um percentual de gordura elevado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e niacutevel de atividade fiacutesica moderado em indiviacuteduos que natildeo se
classificam como sobrepeso este iacutendice tambeacutem vem comprovar as alteraccedilatildeo
corporais no idoso Entretanto quando haacute a comparaccedilatildeo entre os valores meacutedios de
gordura corporal dos dois grupos observa-se que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica possui um menor percentual Matsudo (2002) afirma que idosos considerados
ativos apresentam um menor peso corporal e tambeacutem um menor percentual de
gordura corporal
A avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador muito utilizado na
avaliaccedilatildeo do estado nutricional do idoso por ser sensiacutevel a perda de massa magra e
consequentemente a desnutriccedilatildeo Observa-se que na populaccedilatildeo geral estudada a
meacutedia da CP foi de 3551 cm que equivale a eutrofia um resultado parecido foi
encontrado tambeacutem por Rauen e outros (2008) em uma pesquisa que avaliaram o
estado nutricional de idosos encontrando um valor meacutedio de CP de 328 cm
tambeacutem os classificando com eutrofia Machado e outros (2006) tambeacutem natildeo
encontrou comprometimento da massa magra atraveacutes da circunferecircncia da
panturrilha sendo que o valor meacutedio encontrado no seu estudo que avaliava o perfil
nutricional e funcional de idosos foi de 367 cm para idosos do sexo masculino e
348 cm para idosos do sexo feminino
A circunferecircncia do braccedilo eacute utilizada para mensurar tecido muscular gorduroso e
tambeacutem tecido oacutesseo (TARTARI BUSNELLO NUNES 2010) Na avaliaccedilatildeo deste
indicador observa-se que em meacutedia o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo
apresentou uma classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado apresentou um estado meacutedio de eutrofia Machado e
outros (2006) verificou tambeacutem nenhum comprometimento do tecido adiposo atraveacutes
dos valores encontrados de CB estando 100 da sua populaccedilatildeo de idosos
estudada dentro do limite de normalidade natildeo correspondendo assim tambeacutem o
66
que Menezes e Marucci (2013) relataram sobre a circunferecircncia do braccedilo em idosos
que tende a diminuir devido agrave perda de massa magra tiacutepico da idade devido ocorrer
o deslocamento da gordura dos membros para regiatildeo central
Com relaccedilatildeo a prega cutacircnea tricipital observa-se um valor meacutedio que representa
de eutrofia no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo e classificaccedilatildeo meacutedia de
desnutriccedilatildeo moderada no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica moderado A mesma
situaccedilatildeo foi encontrada por Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do
perfil nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede no qual 548
da populaccedilatildeo apresentou um valor reduzido deste indicador que expressa a
quantidade e a localizaccedilatildeo do tecido adiposo subcutacircneo O mesmo autor afirma
ainda que este fato eacute esperado em indiviacuteduos idosos uma vez que existem
evidecircncias que comprovam que com o avanccedilar da idade haacute uma redistribuiccedilatildeo do
tecido gorduroso antes localizado nos membros para a regiatildeo abdominal
Quando avaliamos o estado nutricional dos indiviacuteduos atraveacutes do iacutendice de massa
corporal relacionado ao iacutendice de qualidade da dieta pode-se constatar que o IMC
natildeo teve relaccedilatildeo direta com o IQD-R uma vez que a classificaccedilatildeo de ldquodieta que
precisa de modificaccedilatildeordquo atingiu todas as classificaccedilotildees do IMC assim como a ldquodieta
saudaacutevelrdquo tambeacutem alcanccedilou todas as classificaccedilotildees Dessa forma podemos afirmar
que natildeo eacute apenas o consumo alimentar que resulta no estado nutricional
Campos Monteiro e Ornelas (2000) confirmam que o estado nutricional dos idosos eacute
um quadro resultante das diversas condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem
aleacutem de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade Montilla Marucci e
Aldrighi (2006) encontraram e seu estudo que avaliava o estado nutricional e o
consumo alimentar de mulheres no climateacuterio que o iacutendice de massa corporal natildeo
estava acompanhando a mesma tendecircncia do valor energeacutetico consumido ou seja
o IMC estava acima da classificaccedilatildeo de eutrofia entretanto o valor energeacutetico da
dieta ingerida estava adequado estes mesmo autores afirmaram que este fato pode
ter acontecido por pelo menos dois fatores o IMC avalia o estado nutricional atual
do indiviacuteduo mas que foi adquirindo ao logo de um tempo enquanto que o
recordatoacuterio 24 horas instrumento que geralmente eacute usado para avaliar o consumo
alimentar de indiviacuteduos ou populaccedilatildeo avalia somente o dia anterior ou o fato pode
ter acontecido devido a reduccedilatildeo do metabolismo que acompanha o passar da idade
67
podendo assim levar ao desequiliacutebrio energeacutetico mesmo que o consumo esteja
dentro das recomendaccedilotildees
A maior meacutedia de pontuaccedilatildeo do IQD-R foi encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado sendo assim as maiores pontuaccedilotildees do IQD-R foram
diretamente associada com a praacutetica de atividade fiacutesica assim como encontrado por
Wendpap (2012) em seu estudo que avaliou a qualidade da dieta de adolescentes
no qual foram encontrados maiores pontuaccedilotildees do IQD-R em adolescentes que
gastavam menos tempo com atividades ditas como sedentaacuterias como assistir
televisatildeo ou jogar viacutedeo game
Na avaliaccedilatildeo das pontuaccedilotildees do IQD-R por componente pode-se observar que tanto
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado como no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo houve baixa pontuaccedilatildeo para os grupos ldquofrutas totaisrdquo (263 e
241) ldquofruta integraisrdquo (281 e 248) ldquovegetais verdes escuros e alaranjados e
leguminosasrdquo (181 e 033) e ldquoLeite e derivadosrdquo (335 e 295) no grupo de ldquoVegetais
Totaisrdquo a populaccedilatildeo do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou um
consumo intermediaacuterio (323) enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
moderado apresentou um consumo baixo (217) No grupo ldquoCereais Totaisrdquo
observou-se uma elevada pontuaccedilatildeo pela populaccedilatildeo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo (861) e uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria (533) para a populaccedilatildeo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado assim como no grupo de ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo
com pontuaccedilatildeo de 947 e 529 respectivamente e no ldquogrupo de oacuteleosrdquo (811 e 491)
e ldquogordura saturadardquo (953 e 697) no componente ldquosoacutediordquo os dois grupos
populacionais tiveram pontuaccedilatildeo intermediaacuteria com 653 para o grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo e 548 para o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado e
no componente ldquoGord AArdquo houve elevada pontuaccedilatildeo (1792) e (1189) nos dois
grupos Sendo assim pode-se constatar que o componente do IQD-R que mais
contribuiu para elevaccedilatildeo da pontuaccedilatildeo foi o ldquoGord AArdquo
O baixo consumo de frutas verduras e leitesderivados por idosos tambeacutem foi
encontrado Martins e outros (2010) em 765 da populaccedilatildeo estudada no qual
associou este achado com os niacuteveis elevados de pressatildeo arterial outros estudos
tambeacutem confirmam um baixo consumo fibras e consequentemente de frutas e
verduras por idosos Galesi e outros (2008) verificou que apenas 26 da populaccedilatildeo
estudada realizam a ingestatildeo adequada de fibras diaacuteria que eacute em torno de 30gdia
68
A ingestatildeo de fibras eacute de grande importacircncia para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel em
todas as fases da vida mas na velhice o consumo de fibras se torna ainda mais
relevantes devido a grande prevalecircncia de constipaccedilatildeo intestinal nesta populaccedilatildeo
uma vez que as fibras auxiliam na formaccedilatildeo do bolo fecal e juntamente com outros
fatores realizam os estiacutemulos para o peristaltismo intestinal (Brasil 2009)
O baixo consumo de leites e derivados foi constato por outros diversos estudos com
a populaccedilatildeo idosa Machado e outros (2006) verificaram que o consumo de leites e
derivados em qualquer quantidade natildeo chegou a 100 da amostra o que
caracteriza provavelmente uma inadequaccedilatildeo no consumo de caacutelcio e Matta Papini e
Corrente encontraram um consumo meacutedio de apenas 118 porccedilotildees de leites e
derivados ao dia por idosos o que representa um consumo baixo considerando a
recomendaccedilatildeo de trecircs porccedilotildees ao dia A deficiecircncia de caacutelcio no organismo de um
idoso representa uma grande preocupaccedilatildeo uma vez que este eacute um importante
mineral para os idosos pois o consumo adequado de caacutelcio auxilia na prevenccedilatildeo ou
na reduccedilatildeo do aparecimento de doenccedilas oacutesseas como a osteoporose que eacute
caracterizada pela reduccedilatildeo de massa oacutessea que leva consequentemente a uma
maior vulnerabilidade a fraturas e que acometem em sua maioria os idosos (Paixatildeo
e Bressan 2010)
O consumo de carboidratos em geral neste estudo pode ser considerado como
dentro da meacutedia alcanccedilando uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria diferentemente do
achado por Silva e outros (2010) que constatou um elevado consumo de
carboidratos por idosos chegando em torno de 75 do valor energeacutetico (VET) total
da dieta ingerida jaacute Farinea Ricalde e Siviero encontram um consumo adequado de
carboidratos ou seja em torno 5637 de carboidrato por praticantes de atividade
fiacutesica
Avaliando ainda o consumo alimentar pode ser constatado que em relaccedilatildeo ao
nuacutemero de refeiccedilotildees realizadas ao longo do dia pela populaccedilatildeo idosa estudada
percebe-se que em meacutedia satildeo realizadas 482 refeiccedilotildeesdia um nuacutemero menor do
que preconizado pelo guia alimentar da populaccedilatildeo brasileira (2011) que sugere a
realizaccedilatildeo de trecircs grandes refeiccedilotildees mais lanches saudaacuteveis ao longo do dia fato
que tambeacutem se relaciona pelo achado de Silva Filho e outros que em seu estudo de
verificaccedilatildeo do comportamento alimentar de idosos constatou quem em meacutedia foram
realizadas de 3 a 4 refeiccedilotildees diaacuterias por 96 idosos participantes da pesquisa Eacute de
69
suma importacircncia a realizaccedilatildeo de 5 a 6 refeiccedilotildees ao dia pelo fato de que com a
reduccedilatildeo do nuacutemero de refeiccedilotildees o indiviacuteduo fica um tempo maior sem se alimentar
levando ao organismo responder a esta inaniccedilatildeo reduzindo o metabolismo de forma
a guardar energia para o este periacuteodo em jejum o que consequentemente leva a ao
acuacutemulo de calorias aleacutem de outros processos orgacircnicos se manterem alterados
como a produccedilatildeo de hormocircnios e substacircncias participantes dos processos de
digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes (RUELA SOUSA JUNIOR 2010)
Observa-se ainda que 425 (n= 17) da populaccedilatildeo em geral estudada natildeo
possuiacuteam o haacutebito de realizar o jantar Machado e outros (2006) encontraram
tambeacutem um elevado percentual de idosos que natildeo realizavam o jantar em seu
estudo que avaliou o perfil nutricional e funcional de idosos sendo 307 da
populaccedilatildeo do sexo masculino seguido de 222 da populaccedilatildeo do sexo feminino
Esse mesmo autor relatou que esse haacutebito acaba se tornando comum pois os
idosos natildeo desejam consumir grande quantidade de alimentos como no almoccedilo
antes de dormir ou pelo simples fato de ser mais cocircmodo realizar um lanche do que
um jantar
70
71
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS Diante do exposto conclui-se que os idosos que praticam atividade fiacutesica
moderadamente apresentam um melhor estado nutricional quando comparados aos
idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Esse fato eacute comprovado
pelas diferenccedilas significativas encontradas nos indicadores usados na avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica neste estudo
A populaccedilatildeo estudada em geral apresentou um iacutendice de qualidade da dieta
elevado que representa uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser
observado que os indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou um maior iacutendice de qualidade quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo
Uma vez que haacute uma escassez de estudos envolvendo a praacutetica de atividade fiacutesica
e a qualidade da dieta de idosos recomenda-se a realizaccedilatildeo futura de estudos
nutricionais nesta populaccedilatildeo abrangendo outros assuntos ligados a nutriccedilatildeo que
sejam pertinentes a este grupo
Sendo assim eacute imprescindiacutevel a implantaccedilatildeo de Programas de Qualidade de Vida
que abranja orientaccedilotildees nutricionais e de atividade fiacutesica para idosos uma vez que
para esses indiviacuteduos obtenha uma elevada qualidade de vida eacute essencial a
prevenccedilatildeo da incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que comumente
atingem essa populaccedilatildeo
72
73
REFEREcircNCIAS
ABREU W C et al Inadequaccedilatildeo no consumo alimentar e fatores interferentes na ingestatildeo energeacutetica de idosos matriculados no programa municipal da terceira idade de viccedilosa (MG) Revista Baiana de Sauacutede Puacuteblica v32 n2 p177-189 maioago 2008 Disponiacutevel em httpinseeribictbrrbspindexphprbsparticleviewFile139135gt Acesso em 10 de out de 2013 ACUNAtilde K CRUZ T Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de adultos e idosos e situaccedilatildeo nutricional da populaccedilatildeo brasileira Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 48 n 3 p 345-361 jun 2004 Disponiacutevel em lthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache1J0Ta7oEv5UJscholargooglecom+circunferencia+da+panturrilha+idososamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 02 de out de 2013 ALVES J E D A Transiccedilatildeo Demograacutefica e a Janela de Oportunidade Satildeo Paulo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial 2008 Disponiacutevel emlt httpwwwbraudelorgbrpesquisaspdftransicao_demograficapdfgtacesso em 20 de fev 2013 AMADO T C F ARRUDA I K G FERREIRA A R Aspectos alimentares nutricionais e de sauacutede de idosas atendidas no Nuacutecleo de Atenccedilatildeo ao Idoso ndash NAI Recife Archivos Latinoamericanos de Nutricion v 57 n 4 p 366-372 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscieloorgvescielophpscript=sci_arttextamppid=S0004-06222007000400009amplng=esampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de abr 2013 ANDRADE FB CALDAS A F KITOKO P M Relationship between oral health nutrient intake and nutritional status in a sample of Brazilian elderly 2009 (Biblioteca Online) Disponiacutevel em httponlinelibrarywileycomdoi101111j1741-2358200800220xabstract Acesso em 18 de mar 2013 ARANHA F Q et al O Papel da Vitamina C Sobre as Alteraccedilotildees Orgacircnicas no Idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas 13(2) 89-97 maioago 2000Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv13n27911pdfgt Acesso em 12 mar 2013 BARBOSA M A Importacircncia da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel ao Longo da Vida Refletindo na Sauacutede do Idoso 2012 41 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Nutriccedilatildeo Cliacutenica) - Departamento de Ciecircncias da Vida Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ijuiacute 2012 Disponiacutevel em lthttpbibliodigitalunijuiedubr8080xmluibitstreamhandle1234567891045A20ImportC3A2ncia20da20AlimentaC3A7C3A3o20SaudC3A1vel20ao20Longo20da20Vida20Refletindo20na20SaC3BAde20do20Idosopdfsequence=1gt Acesso em 15 mar 2013 BARBOSA A M Ingestatildeo alimentar de caacutelcio e vitamina D e associaccedilatildeo com o niacutevel de escolaridade na pessoa idosa Revista Demetra Alimentaccedilatildeo Nutriccedilatildeo e Sauacutede Rio de Janeiro v 8 n 2 p 173-181 2013 Disponiacutevel emlthttpswwwepublicacoesuerjbrindexphpdemetraarticleview40825144gt Acesso em 15 set 2013 BECKENKAMP J SANTOS J S DOS Efeito da linhaccedila sobre a constipaccedilatildeo intestinal em idosos residentes em instituiccedilotildees geriaacutetricas Revista Brasileira de
74
Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 8 n 2 p 179-187 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview972pdfgt Acesso em 16 de abr 2013 BENEDETTI T R B GONCcedilALVES L H T MOTA J A P Uma proposta de poliacutetica puacuteblica de atividade fiacutesica para idosos Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 16 n 3 p 387-98 Jul Set 2007 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdftcev16n3a03v16n3pdf Acesso em 23 abr 2013 BORGES R M NONINO C B SANTOS J E Tratamento Cliacutenico da Obesidade Revista Medicina Ribeiratildeo Preto v 39 n 2 p 246-252 abrjun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwucgbrucgeventosObesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorialmaterial_consultamaterial_educacao_fisicatratamento20clinico20da20obesidadepdfgt Acesso em 08 de mar 2013 BOSSHARD W et al The treatment of chronic constipation in elderly people an update Drugs Aging v21 n14 p911-930 2004 Disponiacutevel em lthttplinkspringercomarticle10216500002512-200421140-00002page-1gt Acesso em 02 de abril 2013 BRASIL Lei no 10741 de 1ordm de outubro de 2003 Estatuto do Idoso Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leis2003l10741htmgt Acesso em 15 abr 2013 ______ Lei nordm 8842 de 4 de janeiro de 1994 Politica Nacional do Idoso Disponiacutevel em httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8842htm Acesso em 20 de abr 2013 ______ Lei nordm 8742 de 7 de dezembro de 1993Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social Disponiacutevel emlt httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8742htmgt Acesso em 20 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da sauacutede Manual da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel para a populaccedilatildeo idosa 2009 Disponiacutevel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesalimentacao_saudavel_idosa_profissionais_saudepdfgt Acesso em 03 de set 2013 _______ Ministeacuterio da sauacutede Anuaacuterio estatiacutestico de sauacutede do Brasil 2001 Disponiacutevel emlthttpportalsaudegovbrportalaplicacoesanuario2001indexcfmgt Acesso em 15 de abr 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Consenso sobre diabetes 2011a Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesconsenso_bras_diabetespdf Acesso em 05 de abr 2013
______ Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel emlt httpconselhosaudegovbrbibliotecalivrosManual_cepspdfgt Acesso em 20 fev 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes Mellitus 2011 b Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmiolo2002pdf Acesso em 05 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da Sauacutede Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilatildeo para coleta de dados antropomeacutetricos 2011 c Disponiacutevel emlt
75
http18928128100nutricaodocsgeralorientacoes_coleta_analise_dados_antropometricospdfgt Acesso em 30 mai 2013 BUENO J M et al Avaliaccedilatildeo nutricional e prevalecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis em idosos pertencentes a um programa assistencial Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 13 n4 p 1237-1246 2008 CALIXTO-LIMA L GONZALES M C Nutriccedilatildeo Cliacutenica no dia a dia Rio de Janeiro Ed Rubio 204p 2013 CAMPOS M T F S MONTEIRO J B R ORNELAS A P R C Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutriccedilatildeo do idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v13 n 3 p157-165 setdez 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfrnv13n37902pdfgt Acesso em 08 de mar 2013 CAMPOS M A G et al Estado nutricional e fatores associados em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo vol 52 n4 julagos 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=s0104-42302006000400019ampscript=sci_arttextgt Acesso em 25 fev 2013gt Acesso em 23 fev 2013 CARVALHO E N et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade Nutricional das Refeiccedilotildees Servidas aos Idosos em Instituiccedilatildeo Asilar 2003 17 f Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Porto Alegre 2003 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47322656gt Acesso em 11 de abr 2013 CASTILHOS E D PADILHA D M P A importacircncia dos dentes para trecircs diferentes grupos de idosos 2001 135 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em sauacutede bucal coletiva) - Faculdade de Odontologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2002 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=BBOamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=18747ampindexSearch=IDgt Acesso em 12 de mar 2013 CERVI A FRANCESCHINI S C C PRIORES E S Anaacutelise criacutetica do uso do iacutendice de massa corporal para idosos Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v18 n 6 765-775 NovDez 2005 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-52732005000600007gt Acesso em 01 de out de 2013 CHAIMOWICZ F A sauacutede dos idosos brasileiros agraves veacutesperas do seacuteculo XXI problemas projeccedilotildees e alternativas Revista Sauacutede Puacuteblica v 31 n 2 p184-200 1997 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfrspv31n22170gt Acesso em 01 de mar 2013 COSTA et al Estado nutricional e antropometria em idoso revisatildeo da literatura Revista Meacutedica de Minas Gerais Minas Gerais N p7 v 4 p 111-120 juldez 2000 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgi-binwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=556558ampindexSearch=IDgt Acesso em 26 fev 2013 DOBNER T BLASI T C KIRSTEN V R Perfil nutricional de idosos residentes em instituiccedilatildeo geriaacutetrica no interior do RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 9 n 1 p 109-118 Janabr 2012
76
Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview1730pdfgt Acesso em 13 de abr 2013 FARINEA N RICALDE S R SIVIEIRO J Perfil nutricional e antropomeacutetrico de idosos participantes de um grupo de ginaacutestica no municiacutepio de Antocircnio Prado ndash RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 7 n 3 p 394-405 setdez 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview783gt Acesso em 20 de out de 2013
FAZZIO D M G Envelhecimento e qualidade de vida ndash uma abordagem nutricional e alimentar Revista de Divulgaccedilatildeo Cientiacutefica Sena Aires Brasiacutelia v 1 n1 p 76-88 janjun 2012 Disponiacutevel em lthttprevistafacesasenaairescombrindexphprevisaarticleview15gt Acesso em 18 set 2013 FERNANDES M V Consumo de caacutelcio por idosos atendidos no programa de atendimento multidisciplinar agrave sauacutede do idoso 2010 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade do Extremo Sul Catarinense Criciuacutema 2010Disponiacutevel emlthttp200181527bitstreamhandle1140Mariana20Vaterkemper20Fernandespdfsequence=1gt Acesso em 21 abr 2013 FISBERG R M MARCHIONI D M L COLUCCI A C A Avaliaccedilatildeo do consumo alimentar e da ingestatildeo de nutrientes na praacutetica cliacutenica Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 53 n 5 p 627-654 jun 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfabemv53n514pdfgt Acesso em 30 de set de 2013 FLORA A P L DICHI I Aspectos atuais na terapia nutricional da doenccedila inflamatoacuteria intestinal Revista Brasileira de Nutriccedilatildeo Cliacutenica Satildeo Paulo v 21 n 2 p131-7 2006 Disponiacutevel em lthttpxayimgcomkqgroups24540475920552574namedoenC383C2A7a+inflamatC383C2B3ria+intestinal+e+terapia+nutricional+2006pdfgt Acesso em 26 mar 2013 FRANCHI K M B MONTENEGRO JUNIOR R M Atividade fiacutesica uma necessidade para a boa sauacutede na terceira idade Revista Brasileira em Promoccedilatildeo da Sauacutede Fortaleza v 18 n 3 p152-156 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwredalycorgarticulooaid=40818308gt Acesso em 19 de out de 2013 FRANCO L M Educaccedilatildeo Nutricional na terceira idade Alteraccedilotildees Fisioloacutegicas e Alimentaccedilatildeo Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlt httpconferenciasredeunidaorgbrindexphpredeunidaru10paperview2456gt Acesso em 15 de out 2013 FRISANCHO A R New norms of upper limb fat and muscle areas for assessent of nutritional status The American Journal of Clinical Nutrition v 34 p 2540-2545 1981 GALESI L F et al Perfil alimentar e nutricional de idosos residentes em moradias individuais numa instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no leste do estado de Satildeo Paulo Revista de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo Araraquara v19 n3 p 283-290 julset 2008 Disponiacutevel em lthttp20014571150seerindexphpalimentosarticleview632530gt Acesso em 20 de out de 2013
77
GALLAGHER D et al Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex The American Journal Clinical Nutrition Printed in USA vol 72 n 3 p694ndash701 2000 GUEDES DP GONCcedilALVES LAVV Impacto da Praacutetica habitual de Atividade Fiacutesica no perfil Lipiacutedico de adultos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia Satildeo Paulo v 51 n1 p 72-78 2007 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfabemv51n108pdfgt Acesso em 21 de abr 2013 GUEDES DP LOPES CC GUEDES JERP Reprodutibilidade e validade do Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica em Adolescentes Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 11 n 2 p 151-158 Marccedilabr 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev11n2a11v11n2pdfgt acesso em 24 de mai 2013 INSTITUTO MINEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA Hiperdia 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwimepencomhiperdiagt Acesso em 20 abr 2013 KUMPEL D A et al Obesidade em idosos acompanhados pela estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 20 n3 p 471-477 JulSet 2011 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdftcev20n307pdfgt Acesso em 15 de mar 2013 LACERDA N C SANTOS S S C Avaliaccedilatildeo nutricional de idosos um estudo bibliograacutefico Rev RENE Fortaleza v 8 n 1 p 60-70 janabr2007 Disponiacutevel em lthttprepositoriofurgbr8080xmluibitstreamhandle11857AvaliaC3A7C3A3o20nutricional20de20idosos20um20estudo20bibliogrC3A1ficopdfsequence=1gt Acesso em 20 mar 2013 LACOURT M X MARINI L L Decreacutescimo da funccedilatildeo muscular decorrente do envelhecimento e a influecircncia na qualidade de vida do idoso uma revisatildeo de literatura Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 3 n 1 p114-121 janjul 2006 Disponiacutevel emlt httpwwwupfbrseerindexphprbceharticleview5144gt Acesso em 05 de out de 2013 LEBRAtildeO M L O envelhecimento no Brasil aspectos da transiccedilatildeo demograacutefica e epidemioloacutegica Revista Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 4 n 17 p 135-140 ago set 2007 Disponiacutevel emlt httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem2559pdfgt Acesso em 24 mar 2013 LEON M et al Percepccedilatildeo da inseguranccedila alimentar em famiacutelias com idosos em Capinas Satildeo Paulo Caderno de Puacuteblica Rio de Janeiro v21 n 1 p1433-1410 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv21n516pdf Acesso em 02 out 2013 MACHADO J S Perfil nutricional e funcional de idosos atendidos em um ambulatoacuterio de nutriccedilatildeo da policliacute-nica Joseacute Paranhos Fontenelle na cidade do Rio de Janeiro Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 10 p 57-73 2006 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47972702gt Acesso em 05 de out de 2013
78
MADEIRA M C et al Atividade fiacutesica no deslocamento em adultos e idosos do Brasil prevalecircncias e fatores associados Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v29 n 1 p 165-174 jan 2013 Disponiacutevel emlt httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cachel0y4OnZr76sJscholargooglecom+MADEIRA+atividade+fisica+2013amphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 05 out 2013
MAGALHAtildeES L M R Relaccedilatildeo entre Sauacutede Oral e Nutriccedilatildeo em Idosos 2011 49 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Dentaacuteria) Universidade Fernando Pessoa Porto Alegre 2011 Disponiacutevel emlt httpbdigitalufpptbitstream1028424023Tpdfgtacesso em 15 mar 2013 MALTA M B PAPINI S J CORRENTE J E Avaliaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo de idosos de municiacutepio paulista ndash aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v18 n 2 p 377-384 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfcscv18n209pdfgt acesso em 30 de set de 2013 MARTINS W P et al Resistecircncia agrave insulina em mulheres com siacutendrome dos ovaacuterios policiacutesticos modifica fatores de risco cardiovascular Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Rio de Janeiro v 31 n 3 mar 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrscielophppid=S010072032009000300002ampscript=sci_arttextamptlng=ESgt Acesso em 01 out 2013
MARUCCI D M et al Hipertensatildeo arterial referida e indicadores antropomeacutetricos de gordura em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 57 n 1 p 25-30 2011 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdframbv57n1v57n1a11pdfgt Acesso em 15 fev 2013 MASSON C R et al Prevalecircncia de sedentarismo nas mulheres adultas da cidade de Satildeo Leopoldo Rio Grande do Sul Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 21 n 6 p 1685-1694 nov dez 2005 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcspv21n605pdfgt Acesso em 20 de set 2013 MAZO G Z et al Aptidatildeo funcional geral e iacutendice de massa corporal de idosas praticantes de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Cineantropometria amp Desempenho Humano Florianoacutepolis v8 n4 p46-51 2006 Disponiacutevel emlthttpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cachehttpwwwportalsaudebrasilcomartigospsbidoso077pdfgt Acesso em 20 de set de 2013 MENDES M R S et al Situaccedilatildeo social do idoso no Brasil uma breve consideraccedilatildeo 2005 11 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Enfermagem na Sauacutede do Adulto) Escola de Enfermagem da Universidade de Satildeo Paulo - USP ndash Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfapev18n4a11v18n4pdfgt Acesso em 23 mar 2013 MENEZES T N MARUCCI M F N Valor energeacutetico total e contribuiccedilatildeo de percentual de calorias por macronutrientes da alimentaccedilatildeo de idosos domiciliados m Fortaleza Cearaacute Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 58 n1 p 33-40 nov dez 2012 MIZUNO J Perfil Bioquiacutemico da Glicose e Praacutetica de Atividade Fiacutesica nos Nipo-brasileiros de Segunda Geraccedilatildeo da Cidade de Bauru 2007 46 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Licenciatura Plena em Educaccedilatildeo Fiacutesica) - Departamento de
79
Educaccedilatildeo Fiacutesica da Faculdade de Ciecircncias da Universidade Estadual Paulista Bauru 2007 MONTENEGRO S M R S Efeitos de um programa de fisioterapia como promotor de sauacutede na capacidade funcional de mulheres idosas institucionalizadas 80 f 2006 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Educaccedilatildeo e Sauacutede) Centro de Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Fortaleza Cearaacute 2005 Disponiacutevel em httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheoICqZeWR7EJscholargooglecom+montenegro+silva++alimentaC3A7C3A3o+de+idososamphl=ptBRampas_sdt=05gt Acesso em 10 set 2013 MONTILLA R N G ALDRIGHI J M AVALIACcedilAtildeO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES NO CLIMATEacuteRIO Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache0pygmM5iqLIJscholargooglecom+relaC3A7C3A3o+de+estado+nutricional+e+consumo+alimentar+de+idososamphl=pt-PTampas_sdt=05gt Acesso em 08 de out de 2013 MOTA J et al Atividade fiacutesica e qualidade de vida associada aacute sauacutede em idosos participantes e natildeo participantes em programas regulares de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Satildeo Paulo v20 n3 p219-25 julset 2006 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheCBoCKJNge0oJscholargooglecom+idosos+atividade+fC3ADsicaamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 07 de out de 2013 MULLER N VIETZ V R Educaccedilatildeo em sauacutede e educaccedilatildeo nutricional aos idosos do centro de convivecircncia do idoso Andreacutes Chamorro (cci) no municiacutepio de dourados MS 2009 7 f Trabalhatildeo de Conclusatildeo de Curso ( Bacharel em Enfermagem) - Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul 2009 Mato Grosso do Sul Disponiacutevel em lt httpperiodicosuemsbrindexphpsemexarticleview2305980gt Acesso em 10 mar 2013 NASCIMENTO C M et al Estado nutricional e fatores associados em idosos do Municiacutepio de Viccedilosa Minas Gerais Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 27 n12 p 2409-2418 dez 2011 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610721ampindexSearch=IDgt Acesso em 25 mai 2013 NESELLO L A N TONELLI F O BELTRAME T B Constipaccedilatildeo intestinal em idosos frequentadores de um Centro de Convivecircncia no municiacutepio de Itajaiacute-SC Revista Ceres Rio de Janeiro v 6 n 3 p 151-162 2011 Disponiacutevel em httpwwwe-publicacoesuerjbrindexphpceresarticleviewFile21252113 Acesso em 20 abr 2013 PAIVA NETO A OLIVEIRA A SANTOS R O Comparaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal em idosos esportistas com idosos irregularmente ativos Revista Movimento amp Percepccedilatildeo Espiacuterito Santo do Pinhal v 8 n 11 p41-54 juldez 2007 Disponiacutevel emhttpswwwgooglecombrurlsa=tamprct=jampq=ComparaC3A7C3A3o+da+composiC3A7C3A3o+corporal+em+idosos+esportistas+com+idosos+irregular
80
mente+ativosampesrc=sampsource=webampcd=1ampved=0CC0QFjAAampurl=http3A2F2Fwwwresearchgatenet2Fpublication2F26488733_Comparao_da_composio_corporal_em_idosos_esportistas_com_idosos_irregularmente_ativosampei=kRttUsWfJMuDkQeRx4HgBQampusg=AFQjCNHiqsY74lFQzTDoK8SjKlR0YQnChA Acesso em 10 de out de 2013 NOBREGA A C L Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Atividade Fiacutesica e Sauacutede no Idoso Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 5 n 6 NovDez 1999 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev5n6v5n6a02pdfgt Acesso em 03 mar 2013 PAIXAtildeO M P P C BRESSAN J Caacutelcio e sauacutede osseacutea tratamento e prevenccedilatildeo Revista Sauacutede e Pesquisa v 3 n 2 p 237-246 maioago 2010 Disponiacutevel emlthttpwwwcesumarbrpesquisaperiodicosindexphpsaudpesqarticleview11911079gt Acesso em 12 de out de 2013 PADOVANI R M et al Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 19 n 2 p 741-760 novdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv19n609pdfgt Acesso em 15 set 2013 PEREIRA B C Radicais Livres uma nova abordagem PERISSINOTTO E et alAnthropometric measurements in the elderly Age and gender differences Br J Nutr v 87 n1 p177-186 2012 Disponiacutevel lthttpjournalscambridgeorgdownloadphpfile=2FBJN2FBJN87_022FS0007114502000430apdfampcode=7c9a31135d39e8d85eecd461067b11c3gt Acesso em 15 out 2013 PESSOA L M O P Adequaccedilatildeo nutricional da alimentaccedilatildeo servida aos idosos do instituto Satildeo Vicente de Paulo Vinculado ao laboratoacuterio itinerante PROEAC UEPB 2012 39 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharelado em Enfermagem) ndash Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universidade Estadual da Paraiacuteba Campina Grande 2012 Disponiacutevel em lthttpdspacebcuepbedubr8080jspuibitstream1234567897791PDF20-20Larrycya20Mahayana20Oliveira20Pessoapdfgt acesso em 05 mar 2013 PREVIDELLI A N et al Iacutendice de Qualidade da Dieta Revisado para populaccedilatildeo brasileira Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 45 n4 p 794-798 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrspv45n42523pdfgt acesso em 15 jun 2013 RAUEN M S Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de idosos institucionalizados Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v21 n3 p 303-310 MaiJun 2008 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrnv21n3a05v21n3pdf Acesso em 05 de out de 2013 REIS A E S SOUZA J A Atividade fiacutesica para idosos 36 f 2012 Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica Universidade do Vale do Rio Verde de Trecircs Coraccedilotildees Minas Gerais 2012 Disponiacutevel em httprevistasunincorbrindexphpiniciacaocientificaarticleviewFile424343 Acesso em 13 de set de 2013 RINALDI D B COELHO I Nutriccedilatildeo sauacutede e envelhecimento um estudo sobre o estado nutricional de mulheres que participam do projeto de extensatildeo ldquoUniversidade
81
da Idade Ativardquo Revista Unoesc amp Ciecircncia ndash ACBS Joaccedilaba v 2 n 1 p 67-74 2011 Disponiacutevel lthttpeditoraunoescedubrindexphpacbsarticleview665gt Acesso em 11 abr 2013 ROSA L B et al Odontogeriatria ndash a sauacutede bucal na terceira idade Revista da Faculdade de Odontologia ndash UPF Satildeo Paulo v 13 n8 p 82-86 maiago 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprfoarticleview599392gt Acesso em 08 Mar 2013 RUELA L C R SOUSA JUNIOR F A C Avaliaccedilatildeo nutricional e estilo de vida de adolescentes de uma escola puacuteblica da regiatildeo sul fluminense ndash RJ Revista Nutrir Gerais Ipatinga v 4 n 6 p 554-565 fevjul 2010 Disponiacutevel emlt httpwwwunilestemgbrnutrirgeraisdownloadsartigosvolume4edicao_06avaliacao_nutricional_estilo_vidapdfgt acesso em 20 de set de 2013 SALGADO C D S Mulher idosa a feminizaccedilatildeo da velhice Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 4 p 7-19 2002 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47162642gt Acesso em 01 de out de 2013 SAMPAIO L R Avaliaccedilatildeo nutricional e envelhecimento Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 17 n4 p 507-514 outdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv17n422898pdfgt Acesso em 15 de out de 2013 SANTOS D M SCHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 2 p 163-168 out 2004 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfrspv39n224037pdfgt Acesso em 25 de set de 2013 SANTOS LA S O fazer educaccedilatildeo alimentar e nutricional algumas contribuiccedilotildees para reflexatildeo Revista Ciecircncia e Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 17 n 2 p33-41 Fev 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_pdfamppid=S1413-81232012000200018amplng=enampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de ago 2013 SASS A et al Depressatildeo em idosos inscritos no Programa de Controle de hipertensatildeo arterial e diabetes mellitus Revista Acta Paul Enfermagem Satildeo Paulo v25 n1 p80-85 jul 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfapev25n1v25n1a14pdfgt Acesso em 25 fev 2013 SILVA A K Q et al Perfil nutricional de idosos assistidos em instituiccedilatildeo de longa permanecircncia na cidade de Natal RN Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro v 4 n 1 p 27-35 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwsbggorgbrprofissionaisarquivorevistavolume4-numero1artigo05pdfgt Acesso em 02 de out de 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA VI Diretriz Brasileira de Hipertensatildeo Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo V17 n1 p 7-9 2010 Disponiacutevel em httpwwwanadorgbrprofissionaisimagesVI_Diretrizes_Bras_Hipertens_RDHA_6485pdf Acesso em 10 de abr 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenccedilatildeo da aterosclerose Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 9-23 2007 Disponiacutevel em
82
http9epublicacoescardiolbrconsenso2007diretriz-DApdf Acesso em 15 abr 2013 SOMMACAL H M et al Percentual de perda de peso e dobra cutacircnea tricipital paracircmetros confiaacuteveis para o diagnoacutestico de desnutriccedilatildeo em pacientes com neoplasia periampolar - avaliaccedilatildeo nutricional preacute-operatoacuteria Rev HCPA amp Fac Med Univ Fed Rio Gd do Sul Rio Grande do Sul v n 3 p 290-295 2011 Disponiacutevel emlthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610030ampindexSearch=IDgt Acesso em 28 ago 2013 SOUSA V M C GUARIENTO M E Avaliaccedilatildeo do idoso desnutrido Revista Brasileira de Cliacutenica Meacutedica Satildeo Paulo v7 n1 p 46-49 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwobservatorionacionaldoidosofiocruzbrbiblioteca_artigos83pdfgt acesso em 15 de out de 2013 SPEROTO F M SPINELLI R B Avaliaccedilatildeo nutricional em idosos independentes de uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no municiacutepio de Erechim-RS Revista Cientiacutefica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missotildees Rio Grande do Sul v 34 n 125 p 105-116 marccedilo2010 Disponiacutevel emlt httpwwwuriceredubrnewsitepdfsperspectiva125_78pdfgt Acesso em 01 de out de 2013 SERRA (ES) Secretaria de Sauacutede Guia de Sauacutede 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwserraesgovbrsesaguia_da_saudegt Acesso em 15 abr 2013 SILVEIRA E A KAC G BARBOSA L S Prevalecircncia e fatores associados agrave obesidade em idosos residentes em Pelotas Rio Grande do Sul Brasil classificaccedilatildeo da obesidade segundo dois pontos de corte do iacutendice de massa corporal Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 25 n7 p1569-1577 Jul 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfcspv25n715pdfgt Acesso em 15 abr 2013 SIQUEIRA R L BOTELHO M I V COELHO F M G A velhice algumas consideraccedilotildees teoacutericas e conceituais Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v 7 n4 p899-906 2002 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdf0Dcscv7n414613pdfgt Acesso em 20 fev 2013 SCHRAMM J M A et al Transiccedilatildeo epidemioloacutegica e o estudo de carga de doenccedila no Brasil Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v9 n4 p897-908 2004 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcscv9n4a11v9n4pdfgt Acesso em 28 fev 2013 Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos - TACO 4 ed 2011 Disponiacutevel em lthttp wwwunicampbrnepatacotabelaphpgt Acesso em 09 de out 2012 TARTARI R T BUSNELLO F M NUNES C H A Perfil Nutricional de Pacientes em Tratamento Quimioteraacutepico em um Ambulatoacuterio Especializado em Quimioterapia Revista Brasileira de Cancerologia Satildeo Paulo v56 n 1 p 43-50 jun2010 Disponiacutevel emlthttphospitalhelioangotticomenviados201053222221pdfgt Acesso em 11 de out de 2013 TOSCANO J J O OLIVEIRA A C C Qualidade de Vida em idosos com distintos niacuteveis de atividade Fiacutesica Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo
83
v 15 n3 MaiJun2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev15n3a01v15n3pdfgt acesso em 01 mar 2013 TRAMONTINO V S Nutriccedilatildeo para idosos Revista de Odontologia da Universidade Satildeo Paulo v 21 n 3 p 258-267 setdez 2009 Disponiacutevel lthttpfilesbvsbruploadS1983-51832009v21n3a009pdfgt Acesso em 15 mar 2013 VERAS R Envelhecimento populacional e as informaccedilotildees de sauacutede do PNAD demandas e desafios contemporacircneos Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 23 n10 p 2463-2466 out 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv23n1020pdfgt Acesso em 25 fev 2013 ZAITUNE M P Fatores associados aacute praacutetica de atividade fiacutesica global e de lazer em idosos inqueacuterito de sauacutede no estado de Satildeo Paulo Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 26 n 8 p 1606-1628 set 2010 Disponiacutevel em httpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=557075ampindexSearch=IDgt Acesso em 15 set 2013 WENDPAP L L Iacutendice da qualidade da dieta de adolescentes e fatores associados Dissertaccedilatildeo (Mestre em Biociecircncias) Poacutes Graduaccedilatildeo em Biociecircncias Faculdade de Nutriccedilatildeo da Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabaacute 2012 Disponiacutevel em httpwwwsaudemtgovbruploaddocumento104indice-de-qualidade-da-dieta-de-adolescentes-e-fatores-associados-autora-loiva-lide-wendpap-5B104-140312-SES-MT5Dpdf Acesso em 25 ago 2013 WASHBURN RA SMITH KW JETTE A M JANNEY CA The Physical Activity Scale for the Elderly (PASE) Development and evaluation Journal of Clinical Epidemiology 1993
84
85
APEcircNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) participante
Na condiccedilatildeo de estudante do curso de Nutriccedilatildeo da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo
estou realizando uma pesquisa com o objetivo de analisar o estado nutricional relacionado aacute praacutetica
de atividade fiacutesica e a qualidade da dieta de idosos
Necessito de sua contribuiccedilatildeo para responder questotildees relacionadas ao niacutevel de atividade fiacutesica
exercida informar sobre seus haacutebitos alimentares atuais e tambeacutem da permissatildeo para mensuraccedilatildeo
do seu peso estatura valores de pregas cutacircneas circunferecircncia da cintura da panturrilha e do
braccedilo Sua participaccedilatildeo nesse estudo eacute voluntaacuteria e se vocecirc decidir natildeo participar ou quiser desistir
de continuar em qualquer momento tem absoluta liberdade de fazecirc-lo
Na publicaccedilatildeo dos resultados desta pesquisa sua identidade seraacute mantida no mais rigoroso sigilo
Seratildeo omitidas todas as informaccedilotildees que permitam identificaacute-lo (a)
Os benefiacutecios desse estudo estatildeo relacionados ao conhecimento do seu estado nutricional e
orientaccedilotildees relativas para a melhora do mesmo Os riscos que podem acontecer satildeo referentes agraves
medidas das pregas cutacircneas que podem provocar hematomas e vermelhidatildeo Mas para minimizar e
evitar esse transtorno as medidas seratildeo feitas por pesquisadores treinados e aptos para essa coleta
Quaisquer duacutevidas relativas agrave pesquisa poderatildeo ser esclarecidas por mim ndash Patriacutecia Helena Teixeira
ou pela professora responsaacutevel Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo atraveacutes do telefone 3331-
8500
Atenciosamente
_________________________ Nome do aluno(a)
____________________________ Local e data
_________________________ Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo
(professora responsaacutevel)
____________________________ Local e data
Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma coacutepia deste termo de
consentimento
_____________________________ Nome e assinatura do participante
______________________________ Local e data
86
APEcircNDICE B
PRONTUAacuteRIO
IDENTIFICACcedilAtildeO Nome _______________________________Sexo ( )F ( )M Idade______ AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA Paracircmetros Peso Altura de Gordura CB PCT CC CP
87
APEcircNDICE C
REGISTRO ALIMENTAR DATA__________
Refeiccedilatildeo Horaacuterio Local
Alimento Preparaccedilatildeo Quantidade
Desjejum
Colaccedilatildeo
Almoccedilo
Lanche
Jantar
Ceia
88
ANEXO A
QUESTIONAacuteRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FIacuteSICA VERSAtildeO CURTA
Fonte Mizuno 2007
89
ANEXO B
CIRCUNFERENCIA DO BRACcedilO DE ACORDO COM GEcircNERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
90
ANEXO C
PERCENTIS DA PREGA CUTAcircNEA TRICIPITAL SEGUNDO GENERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
91
ANEXO D
IacuteNDICE DE QUALIDADE DA DIETA REVISADO
Fonte Wendpap 2012
92
ANEXO E
DESCRICcedilAtildeO DAS PONTUACcedilOtildeES DO IQD-R
Fonte Wendpap 2012
praticam atividade fiacutesica moderadamente apresentam um melhor estado nutricional
quando comparados aos idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Em
relaccedilatildeo a qualidade da dieta verifica-se que em geral a populaccedilatildeo estudada
apresentou uma elevada pontuaccedilatildeo no qual caracteriza a dieta como ldquosaudaacutevelrdquo
Em suma eacute necessaacuteria a realizaccedilatildeo futura de estudos nutricionais em idosos
abrangendo outros assuntos ligados agrave nutriccedilatildeo que sejam pertinentes a este grupo
Palavras-chave Qualidade da dieta idosos estado nutricional
ABSTRACT
This study aimed to assess the nutritional status and dietary intake through the diet quality
index of elderly people that practicing or not physical activity and making comparison
between them To realize it we selected a sample of 40 subjects in the Health Committee of
the Elderly Jacaraipe Serra - ES Two meetings were held to assess the nutritional status
level of physical activity and food consumption by applying the diet quality index revised
(IQD-R) Nutritional assessment was performed during the measurement of weight and
height for calculation of body mass index (BMI) waist circumference (WC) arm
circumference (AC ) calf circumference triceps skinfold thickness and body fat percentage
biompedacircncia through To assess food intake through IQD -R was collected three days food
record of all individuals and to measure the level of physical activity we applied the
International Physical Activity Questionnaire short version (IPAQ) We evaluated 40 subjects
the sample being 100 female The level of physical activity 32 (n = 13) subjects were
classified as low level of physical activity and 68 (n = 27) with moderate level of physical
activity In the group with low physical activity level was determined using BMI only 769
(n = 1) were eutrophic In relation to waist circumference the group had a mean value equal
to the substantially increased risk of metabolic complications As for body fat only 1111
( n = 1 ) showed adequate In the group with moderate physical activity level in relation to
BMI 4814 (n = 13) had normal weight Compared to DC the average value found in the
group amounts to an increased risk of metabolic complications and 5185 ( n = 14 ) of
individuals from one group had adequate body fat Regarding the evaluation of arm
circumference Calf circumference and skinfold thickness also be observed better results in
the group of elderly patients with moderate level of physical activity when compared to the
group of older people with low level of physical activity In assessing the quality of the diet
in general we obtained an average score of 7592 featuring a healthy diet but can also
be observed that the individuals in the group with moderate level of physical activity had a
higher average index quality (7688) compared to those with low levels of physical activity
(7398) Given the above it is concluded that elderly people who practice physical activity
moderately have a better nutritional status compared to the elderly who have a low level of
physical activity Regarding the quality of the diet it appears that the general population has
a high score which characterizes the diet as healthy In short it is necessary to conduct
future studies of nutrition in the elderly covering other issues related to nutrition which are
relevant to this group
Keywords Quality of diet Elderly Nutritional status
LISTA DE SIGLAS
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
PCT ndash Prega Cutacircnea Tricipital
GC ndash Percentual de Gordura Corporal
CP ndash Circunferecircncia da Panturrilha
CC ndash Circunferecircncia da Cintura
CB ndash Circunferecircncia do Braccedilo
IQD-R ndash iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado
DCNT ndash Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
IPAQ ndash Questionaacuterio Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica
CEP ndash Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
SISVAN ndash Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional
PROEF ndash Programa de Orientaccedilatildeo ao Exerciacutecio Fiacutesico
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos) 35
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos 47
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos 47
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres
48
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
49
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra
53
Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica
53
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
58
Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
58
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
59
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
59
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
61
Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
61
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 19 2 REFERENCIAL TEORICO 21 21TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DCNT NO ENVELHECIMENTO 21 22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE 25 23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO 28 24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO 30 25 QUALIDADE DA DIETA 36 251 iacutendice de Qualidade da Dieta 36 252 Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel no Envelhecimento 37 253 Seguranccedila Alimentar 39 26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO 39 261 Iacutendice de Massa Corporal 40 262 Circunferecircncia do Braccedilo 41 263 Circunferecircncia da Cintura 41 264 Prega Cutacircnea Tricipital 41 265 Cinrcunferecircncia da Panturrilha 42 27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO 42 3 METODOLOGIA 45 31 DESENHO DE ESTUDO 45 32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO 45 33 ASPECTOS EacuteTICOS 46 34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA 46 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR 49 36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA 50 37 ANAacuteLISE DOS DADOS 52
53 4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS 53 42 DISCUSSAtildeO 62 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71
REFEREcircNCIAS 73 APEcircNDICE A 85
APEcircNDICE B 86
APEcircNDICE C 87
ANEXO A 88
ANEXO B 89
ANEXO C 90
ANEXO D 91
ANEXO E 92
19
1 INTRODUCcedilAtildeO
O Brasil vem apresentando claramente o envelhecimento da populaccedilatildeo nas uacuteltimas
deacutecadas que pode ser explicado pela chamada transiccedilatildeo demograacutefica um
fenocircmeno caracterizado por reduccedilotildees progressivas nas taxas de mortalidade e
fecundidade Outro fenocircmeno que tambeacutem acompanha o envelhecimento da
populaccedilatildeo brasileira eacute a transiccedilatildeo epidemioloacutegica no qual apresenta uma elevaccedilatildeo
na incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ao mesmo tempo em que
ocorre uma reduccedilatildeo progressiva de doenccedilas infecto contagiosas (LEBRAtildeO 2007)
Paralelo agrave transiccedilatildeo epidemioloacutegica diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas naturais do
envelhecimento como elevaccedilatildeo do tecido adiposo diminuiccedilatildeo na sensibilidade da
insulina reduccedilatildeo da secreccedilatildeo do aacutecido cloriacutedrico aleacutem de alteraccedilotildees na percepccedilatildeo
do paladar tambeacutem contribuem diretamente para a ocorrecircncia de doenccedilas crocircnicas
natildeo transmissiacuteveis como o diabetes quadros de constipaccedilatildeo intestinal e sobrepeso
em idosos (BUENO et al 2008)
A sauacutede e a qualidade de vida e consequentemente a nutriccedilatildeo dos idosos tambeacutem
se encontram comprometidas com a alta incidecircncia de depressatildeo decorrentes na
maioria das vezes pela solidatildeo morte do conjugue dependecircncia de outras pessoas
para realizaccedilatildeo de simples tarefas cotidianas como a de se alimentar (LACERDA
SANTOS 2007)
Uma nova ferramenta que vem sendo utilizada para a avaliaccedilatildeo do consumo
alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) no qual se baseia na
comparaccedilatildeo das porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do
Guia alimentar para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo
da sauacutede atraveacutes da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de
nutrientes e obesidade (WENDPAP 2012)
Considerando todos estes aspectos relacionados agrave sauacutede e qualidade de vida dos
idosos eacute de suma importacircncia estudos relacionados agrave identificaccedilatildeo do estado
nutricional e do consumo alimentar desta populaccedilatildeo que mais cresce no mundo de
modo que se criem condiccedilotildees de formulaccedilatildeo de novas propostas de intervenccedilatildeo e
acompanhamento nutricional que auxiliem no tratamento e na prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis contribuindo assim tambeacutem para o aumento
da qualidade de vida (BUENO et al 2008)
20
Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e consumo
alimentar a partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo
atividade fiacutesica realizando comparaccedilotildees entre estes
21
2 REFERENCIAL TEORICO 21 TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DOENCcedilAS CROcircNICAS NAtildeO
TRANSMISSIacuteVEIS NO ENVELHECIMENTO
O mundo estaacute vivenciando um momento especial chamado momento demograacutefico
considerado um dos melhores devido agrave transiccedilatildeo demograacutefica que eacute caracterizada
pela diminuiccedilatildeo na taxa de mortalidade e tambeacutem reduccedilatildeo na taxa de natalidade o
que leva a uma inversatildeo na piracircmide populacional (ALVES 2008)
O processo de envelhecimento demograacutefico eacute facilmente identificado em todo o
mundo sendo esse processo mais significativo e acelerado nos paiacuteses em
desenvolvimento Segundo registros do IBGE no Brasil houve um aumento na
populaccedilatildeo de idosos de mais de trecircs por cento entre os anos de 1970 e 1990
(SIQUEIRA BOTELHO COELHO 2002)
Muler e Vietz (2009) relatam que segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede satildeo
considerados idosos indiviacuteduos com idade igual ou superior a 60 anos e Marucci e
outros (2011) afirmaram que atraveacutes do censo do ano de 2010 os indiviacuteduos nesta
faixa etaacuteria representam cerca de 11 da populaccedilatildeo brasileira que gira em torno de
21 milhotildees de idosos
O aumento da populaccedilatildeo idosa tem sido relativo agrave expansatildeo da expectativa de vida
da populaccedilatildeo brasileira que apresentou um aumento de 337 anos na deacutecada 50
para 5099 anos no ano de 1990 e passou para 6625 anos em 1995 e a expectativa
eacute que chegue a 7708 entre os anos de 2020 e 2025 (SIQUEIRA BOTELHO
COELHO 2002)
A taxa de natalidade tambeacutem eacute um processo que colabora para a transiccedilatildeo
demograacutefica e a sua reduccedilatildeo vem mostrando natildeo ter ligaccedilatildeo direta com as
condiccedilotildees econocircmicas das famiacutelias que optaram por natildeo ter ou ter um nuacutemero
reduzido de filhos pelo contraacuterio essa queda de fecundidade vem acontecendo por
livre escolha dos casais (ALVES 2008)
Anualmente cerca de milhares de novos idosos satildeo inseridos na populaccedilatildeo
brasileira e com isso haacute uma alteraccedilatildeo no quadro da mortalidade que antes era de
uma populaccedilatildeo mais jovem para uma sobrecarga de doenccedilas caracteriacutesticas da
22
terceira idade como doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e muacuteltiplas que levam a
quadros de internaccedilatildeo por longos anos que exigem ainda cuidados constantes
Esse quadro leva a um aumento nas despesas de tratamento meacutedico e de
internaccedilotildees hospitalares o que gera grandes desafios para o governo que se ver
obrigado a criar planos estrateacutegicos para a prestaccedilatildeo de cuidados e para a
prevenccedilatildeo das doenccedilas comumente a terceira idade (VERAS 2007)
A alta carga de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis caracteriza tambeacutem a chamada
transiccedilatildeo epidemioloacutegica esse processo envolve principalmente a reduccedilatildeo de
doenccedilas transmissiacuteveis e do mesmo modo ocorre o aumento de doenccedilas natildeo
transmissiacuteveis a transiccedilatildeo de casos de morbimortalidades da populaccedilatildeo mais
jovens para a populaccedilatildeo mais idosa alteraccedilatildeo de um quadro de mortalidade da
populaccedilatildeo para um quadro de morbidades (SCHRAMM et al 2004)
Pode-se observar uma relaccedilatildeo niacutetida entre transiccedilatildeo demograacutefica e transiccedilatildeo
epidemioloacutegica com a reduccedilatildeo das doenccedilas infecciosas que em tempos atraacutes era a
principal causa de mortalidade a taxa de mortalidade de populaccedilatildeo mais jovem
reduziu e em contrapartida esses ldquojovensrdquo passam a conviver com os fatores de
riscos para doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que se tornam mais comum com a
vivecircncia dos anos de vida adicionais decorrente da transiccedilatildeo demograacutefica
(CHAIMOWICZ 1997)
A alteraccedilatildeo na carga de doenccedilas que mais atinge a populaccedilatildeo para a prevalecircncia
de doenccedilas crocircnicas natildeo degenerativas e suas complicaccedilotildees leva aacute evidentes
alteraccedilatildeo na utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede puacuteblica em que envolve principalmente
aumento de custos para promover o tratamento meacutedico adequado destas
enfermidades com isso se faz necessaacuterio agrave implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que
possam suprir esse quadro (SCHRAMM 2004)
As principais doenccedilas crocircnicas que acometem os idosos satildeo o diabetes mellitus
hipertensatildeo arterial dislipidemias e obesidade O diabetes Mellitus trata-se de uma
patologia de etiologias muacuteltiplas podendo ser representado atraveacutes da ausecircncia ou
reduccedilatildeo na siacutentese de insulina e na falha dos efeitos da atividade da insulina Eacute
caracterizado por alteraccedilotildees no metabolismo dos carboidratos o que leva a uma
hiperglicemia Este estado de hiperglicemia por um longo periacuteodo pode acarretar em
danos disfunccedilotildees ou ateacute mesmo falecircncias em diversos oacutergatildeos (BRASIL 2011a)
23
O tratamento do diabetes mellitus se baseia em uma educaccedilatildeo permanente a
respeito das modificaccedilotildees de haacutebitos como a incorporaccedilatildeo da praacutetica de atividade
fiacutesica suspensatildeo de fumo e de bebidas alcooacutelicas incorporaccedilatildeo de haacutebitos
alimentares mais saudaacuteveis e em alguns casos a utilizaccedilatildeo de medicamentos e de
insulina exoacutegena (BRASIL 2011a)
A hipertensatildeo arterial eacute uma patologia que tambeacutem apresenta etiologia multifatorial e
eacute caracterizada pelo aumento nos niacuteveis pressoacutericos associados a diversas
alteraccedilotildees metaboacutelicas como hipertrofia cardiacuteaca considerando valores pressoacutericos
anormais igual ou maiores que 14090 mmHg (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA 2010)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial baseia-se no alcance do
peso ideal que eacute representando por valores inferiores de IMC a 249kg msup2 e perda
de medida da circunferecircncia da cintura alcanccedilado medidas inferiores a 102 cm para
homens e 88cm para as mulheres uma vez que vaacuterios estudos demostraram uma
ligaccedilatildeo direta entre peso corporal e pressatildeo arterial apresentando uma elevaccedilatildeo
linear aleacutem do encorajamento da reduccedilatildeo da ingestatildeo de sal A relaccedilatildeo entre
pressatildeo arterial e ingestatildeo de soacutedio eacute niacutetida devido a chamada sensibilidade ao sal
sendo assim a ingestatildeo de sal de cozinha deve ser limitada a 5 gramas diariamente
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2010 )
A Dislipidemia eacute caracterizada atraveacutes de alteraccedilotildees nas taxas de lipiacutedios no
sangue podendo ser classificada em Hipercolesterolemia Isolada no qual ocorre
somende a elevaccedilatildeo do LDL em valores igual ou acima de 160mgdl
hipertrigliceridemia Isolada representada pelo aumento somente nos valores
trigliceriacutedeos no sangue em valor igual ou acima de 150mgdl hiperlidemia mista no
qual ocorre elevaccedilatildeo nos valores de LDL e trigliceriacutedeos e HDL baixo representando
pela reduccedilatildeo do HDL seacuterico nos valores menores que 40mgdl para homens e
50mgdl para mulheres (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da dislipidemia eacute voltado para a terapia nutricional
atraveacutes de planejamento alimentar adequado que vise a reduccedilatildeo na ingestatildeo de
gorduras principalmente de colesterol e de gorduras saturadas e consequentemente
na reduccedilatildeo de lipiacutedicos seacutericos A reduccedilatildeo da ingestatildeo de colesterol ocorre atraveacutes
da diminuiccedilatildeo no consumo de produtos de origem animal incluindo viacutesceras
embutidos e leites e derivados integrais entre outros alimentos A diminuiccedilatildeo do
24
consumo de gordura saturada se daacute atraveacutes da reduccedilatildeo no consumo de alimentos
principalmente de origem animal tais como carnes com gorduras e leites integrais
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico de dislipidemias tambeacutem engloba a praacutetica de
atividade fiacutesica regularmente no qual leva a reduccedilatildeo de trigliceriacutedeo plasmaacutetico e
elevaccedilatildeo de HDL-C seacuterico e o abandono do fumo O tratamento medicamentoso eacute
empregado quando as mudanccedilas no estilo de vida natildeo alcanccedilam um resultado
satisfatoacuterio ou quando se precisa de resultados raacutepidos para a reversatildeo do quadro
de dislipidemia com isso haacute a administraccedilatildeo de medicamentos hipolipemiantes que
atuam impedindo a siacutentese intracelular de colesterol aumentando os receptores de
LDL no fiacutegado que leva haacute uma maior captaccedilatildeo de colesterol circulante
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
A ocorrecircncia de excesso de peso em idosos geralmente eacute diagnosticada atraveacutes do
Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizando o ponto de corte de igual maior que 27
kgmsup2 (SILVEIRA KAC BARBOSA 2009) O excesso de massa gorda no corpo
humano tem trazido diversas complicaccedilotildees metaboacutelicas tornando um problema de
sauacutede puacuteblica que atinge diversos paiacuteses em todo o mundo natildeo distinguindo paiacuteses
desenvolvidos ou em desenvolvimento A obesidade eacute um integrante do grupo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que cada vez se torna mais prevalente na
sociedade aleacutem disso a proacutepria condiccedilatildeo de obesidade eacute um grande fator de risco
para o desenvolvimento de outras doenccedilas crocircnicas como diabetes mellitus e
hipertensatildeo arterial (KUMPEL et al 2011)
O tratamento da obesidade deve ter como objetivo principal a reduccedilatildeo de peso seja
esta meta alcanccedilada atraveacutes de tratamento dieteacutetico atraveacutes da incorporaccedilatildeo de
uma alimentaccedilatildeo adequada dentro recomendaccedilatildeo energeacutetica para cada paciente ou
farmacoloacutegico no qual se emprega o uso de medicamentos que agem diminuindo a
fome aumentando a saciedade ou ainda alterando os mecanismos de digestatildeo e
absorccedilatildeo de nutrientes ou o tratamento para a obesidade pode ser ainda ciruacutergico
no qual a reduccedilatildeo de peso eacute decorrente de alguma intervenccedilatildeo ciruacutergica (BORGES
NONINO SANTOS 2006)
A atual situaccedilatildeo demograacutefica do nosso Paiacutes requer uma mudanccedila de caraacuteter
emergencial na atenccedilatildeo agrave sauacutede dos idosos brasileiros Essa alteraccedilatildeo deve
envolver propostas modernas que possa fazer com que o sistema de sauacutede do paiacutes
25
ganhe e tambeacutem com que os idosos possam utilizar-se dos serviccedilos puacuteblicos de
modo a promover o aumento da qualidade nestes anos extras de vida pois mesmo
que o Brasil esteja apresentando um perfil demograacutefico semelhante ao perfil de
paiacuteses desenvolvidos o paiacutes em geral natildeo dispotildee de serviccedilos que possa suprir esse
novo perfil da populaccedilatildeo brasileira (VERAS 2007)
Entretanto jaacute pode ser verificado algumas accedilotildees voltadas a essa nova populaccedilatildeo
idosa como a criaccedilatildeo por parte do Governo de centros de convivecircncia de idosos
que incluem as mais diversas atividades como o objetivo de minimizar a solidatildeo e
aumentar a qualidade de vida (TOSCANO OLIVEIRA 2009)
22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE
De um modo geral a velocidade do crescimento da populaccedilatildeo idosa natildeo
acompanha a velocidade de implantaccedilatildeo e desenvolvimento de accedilotildees
governamentais voltadas para este puacuteblico sendo assim nos uacuteltimos anos pode-se
observar o crescente aumento de estudos que objetivam criar suportes para o
desenvolvimento de programas e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para o bem estar dessa
populaccedilatildeo (MENDES et al 2005)
Segundo Gonccedilalves e outros (2007) a criaccedilatildeo e execuccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas para
a populaccedilatildeo idosa implica em contradiccedilotildees uma vez que ainda haacute uma grande falha
na implantaccedilatildeo de poliacuteticas primaacuterias que possam favorecer por exemplo a
educaccedilatildeo e o emprego e o governo jaacute vem dando ecircnfase a poliacuteticas puacuteblicas para a
populaccedilatildeo no fim da vida
Mesmo assim o envelhecimento populacional estaacute em evidencia em diversas
organizaccedilotildees internacionais que lutam por investimentos financeiros que possa
garantir o envelhecimento da populaccedilatildeo de modo igualitaacuterio e com qualidade uma
vez que haacute uma grande diferenccedila no modo de se tratar idosos em paiacuteses em
desenvolvimento e paiacuteses desenvolvidos (GONCcedilALVES 2007)
No Brasil a preocupaccedilatildeo e atenccedilatildeo com qualidade de vida dos idosos teve grande
avanccedilo atraveacutes da implantaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (1993) no qual
defende a integraccedilatildeo definitiva do idoso na sociedade em 1994 ocorreu a
26
implantaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional do Idoso que tem como principal objetivo assegurar
os direitos sociais dessa populaccedilatildeo (BENEDETTI 2007)
No ano de 2003 o governo brasileiro sancionou o Estatuto do Idoso que visa
garantir os direitos reservados aos idosos com idade igual ou superior a sessenta
anos entre eles o Art 3 que assegura que
Eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia da comunidade da sociedade e do Poder Puacuteblico assegurar ao idoso com absoluta prioridade a efetivaccedilatildeo do direito agrave vida agrave sauacutede agrave alimentaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo agrave cultura ao esporte ao lazer ao trabalho agrave cidadania agrave libertada agrave dignidade ao respeito e agrave convivecircncia familiar e comunitaacuteria (BRASIL 2010a p11-169)
Quanto aacute sauacutede o estatuto garante que o Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS deve
assegurar agrave atenccedilatildeo integral a sauacutede do idoso utilizando-se de serviccedilos de para
prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede dando ecircnfase as doenccedilas
que mais atingem a populaccedilatildeo idosa (Brasil 1994)
Diante dessas diversas poliacuteticas implantadas pode-se observar claramente que nem
todos os direitos nestas estabelecidas satildeo realmente alcanccedilados na realidade
brasileira sendo assim a criaccedilatildeo oue implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas e
realizaccedilatildeo de accedilotildees para um envelhecimento saudaacutevel ainda estaacute em pleno
acontecimento Essas conquistas geralmente estatildeo ocorrendo atraveacutes da criaccedilatildeo de
programas para idosos como centros de vivecircncias campanhas de vacinaccedilatildeo
atividades de lazer programas de exerciacutecios fiacutesicos entre outros (BENEDETTI
2007)
Eacute possiacutevel observar uma crescente elevaccedilatildeo em todo o mundo na implantaccedilatildeo de
programas ao incentivo a praacutetica de atividade fiacutesica destinada a toda a populaccedilatildeo
incluindo os idosos No Brasil esse crescimento eacute niacutetido apoacutes a implantaccedilatildeo dos
Programas de Sauacutede da Famiacutelia que possibilitou a criaccedilatildeo de programas de
orientaccedilatildeo ao exerciacutecio fiacutesico em conjunto com as Prefeituras (BENEDETTI 2007)
O municiacutepio de Serra no estado do Espiacuterito Santo Brasil conta com diversos
programas municipais relacionados a promoccedilatildeo de sauacutede e qualidade de vida do
idosos entre os essenciais satildeo destacados o programa de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico (PROEF) no qual trata-se de um programa indicado inicialmente para os
idosos mas que alcanccedilou uma grande plenitude tendo como objetivo atual atingir o
27
puacuteblico jovem e adulto uma vez que o programa tem representando uma grande
participaccedilatildeo na prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas crocircnicas principalmente o
Diabetes Mellitus hipertensatildeo e Obesidade (SERRA 2012)
Outra ferramenta de controle do diabetes e hipertensatildeo no municiacutepio da Serra eacute o
monitoramento que acontece com esses indiviacuteduos nas Unidades de Sauacutede por
meio de atendimento multidisciplinar e oferecimento de materiais e medicamentos
para o controle destas doenccedilas como o fornecimento de insulina para pacientes que
necessitam do uso exoacutegeno de insulina (SERRA 2012)
Para melhorar a nutriccedilatildeo dos idosos o muniacutecipio da Serra disponibiliza para
indiviacuteduos com mais de 55 anos um quilo de leite em poacute desnatado por mecircs
enriquecido com caacutelcio atraveacutes do Programa de Suplemento Alimentar para o Idoso
(PSAI) que atende indiviacuteduo com mais de 55 anos e com renda de ateacute 40 do
salaacuterio miacutenimo per capta Os objetivos primordiais do programa satildeo alcanccedilar a
reduccedilatildeo de gastos com internaccedilotildees hospitalares ter um controle maior do diabetes
e hipertensatildeo aleacutem de promoccedilatildeo da qualidade de vida dessa faixa etaacuteria da
populaccedilatildeo serrana (SERRA 2012)
Com intuito de promover o controle das principais doenccedilas crocircnicas o Ministeacuterio da
Sauacutede em 2011 criou o Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial
e ao Diabetes Mellitus aprovado pela PortariaGM ndeg 16 de 03012002 no qual satildeo
definidas accedilotildees para prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede para indiviacuteduos hipertensos e
diabeacuteticos cadastrados no Sistema Uacutenico de Sauacutede (BRASIL 2011sup2)
Dentro do Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo aacute Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes
Mellitus criou-se o Programa Hiperdia atraveacutes da Portaria nordm 371GM Em 04 de
marccedilo de 2002 que visa o cadastramento e acompanhamento de todos os
indiviacuteduos portadores de hipertensatildeo e diabetes atraveacutes de um sistema
informatizado em todas as unidades de sauacutede O Hiperdia conta com uma equipe
multidisciplinar que envolve cardiologias nefrologistas dentista farmacecircutico
educador fiacutesico nutricionista e assistente social para atender todos os participantes
do programa conforme suas necessidades aleacutem da disponibilizaccedilatildeo de
medicamentos gratuitos para o controle destas patologias (INSTITUTO MINEIRO DE
ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA 2008)
23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO
28
O processo envelhecimento eacute caracterizado como um sistema contiacutenuo que
apresenta alteraccedilotildees fisioloacutegicas em oacutergatildeos e sistemas do corpo humano sendo
assim um a adesatildeo aacute um estilo de vida saudaacutevel pode levar a promoccedilatildeo da
qualidade de vida e consequentemente reduzir a velocidades destas alteraccedilotildees
fisioloacutegicas quem em muitas vezes leva a incapacidade e a dependecircncia por partes
dos idosos (NOBREGA et al 1999)
O processo natural do envelhecimento provoca diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas no
organismo no qual envolve alteraccedilotildees anatocircmicas e funcionais que refletem
diretamente na sauacutede desta populaccedilatildeo (CAMPO MONTEIRO ORNELAS 2000)
Aleacutem de dificultar a vivencia do indiviacuteduo idoso em seu meio que podem acelerar o
caminho para a morte (CHOCHAMOVITZ citado por PESSOA 2012)
O estado nutricional do indiviacuteduo tem importante papel no envelhecimento uma vez
que o controle das doenccedilas comumente a velhice como doenccedilas crocircnicas
relacionam-se diretamente com o estado nutricional Sendo assim a nutriccedilatildeo eacute de
suma importacircncia para localizaccedilatildeo de fatores de riscos para o desenvolvimento de
doenccedilas e de mortalidade entre os idosos (NASCIMENTO et al 2011)
Geralmente as alteraccedilotildees no estado nutricional do idoso influenciam
especificamente em algumas doenccedilas o baixo peso por exemplo estaacute em muitas
vezes relacionado com doenccedilas respiratoacuterias e o excesso de peso relacionado com
doenccedilas cardiovasculares e o diabetes (NASCIMENTO et al 2011)
O organismo envelhecido tambeacutem apresenta diversas alteraccedilotildees que afetam a
nutriccedilatildeo do indiviacuteduo idoso como a reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica basal alteraccedilotildees
no sistema digestoacuterio alteraccedilotildees na palatibilidade e na percepccedilatildeo da sede aleacutem da
redistribuiccedilatildeo da massa corporal com a reduccedilatildeo progressiva da massa magra e
aumento do tecido adiposo que afetam diretamente no consumo alimentar e no
estado nutricional da populaccedilatildeo idosa respectivamente (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
A alteraccedilatildeo da palatibilidade eacute comumente encontrada em cerca de 80 da
populaccedilatildeo idosa decorrente da diminuiccedilatildeo da percepccedilatildeo de gosto pelas papilas
gustativas devido a diminuiccedilatildeo na quantidade de bototildees gustativos (ROSA et al
2008)
29
Grandes alteraccedilotildees satildeo encontradas no sistema gastro-intestinal mas em geral o
funcionamento do intestino do pacircncreas e do fiacutegado satildeo encontrados com elevada
capacidade funcional as grandes alteraccedilotildees acontecem atraveacutes da atrofia da
mucosa gaacutestrica o que leva a diminuiccedilatildeo da siacutentese do aacutecido cloriacutedrico e do fator
intriacutenseco que consequentemente leva a menor absorccedilatildeo da vitamina B12 aleacutem da
reduccedilatildeo do gosto (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
As alteraccedilotildees gastrointestinais refletem principalmente na dificuldade absortiva de
micronutrientes (BHUTTO citado por TRAMONTINO et al 2009) e na dificuldade da
digestatildeo que levam ao aparecimento constante de gases mal estar constipaccedilatildeo
que pioram com uma alimentaccedilatildeo inadequada pobre em fibras comumente aos
haacutebitos alimentares dessa populaccedilatildeo (TRAMONTINO et al 2009)
As alteraccedilotildees no trato gastro-intestinal podem resultar tambeacutem na constipaccedilatildeo
intestinal que tambeacutem possui relaccedilatildeo direta com a alimentaccedilatildeo fatores psicoloacutegicos
fatores fiacutesicos e o uso de medicamentos podem ainda levar a maiores complicaccedilotildees
como distensatildeo abdominal cacircncer de coloacuten hemorroidas fiacutestula anal entre outras
patologias que vatildeo interferem diretamente tambeacutem na qualidade de vida dos idosos
(RAMOS citado por NESELLO TONELLI BELTRAME 2011)
A constipaccedilatildeo intestinal eacute definida atraveacutes da constataccedilatildeo de menos de trecircs
episoacutedios de evacuaccedilatildeo no periacuteodo de uma semana com a presenccedila de esforccedilo
sensaccedilatildeo de obstruccedilatildeo e presenccedila de fezes endurecidas de acordo com o consenso
de Roma III (LONGSTRETH et al citado por NESELLO TONELLI BELTRAME
2011)
Segundo Bosshard e outros citado por Nesello e outros(2004) a prevalecircncia da
constipaccedilatildeo intestinal eacute maior na populaccedilatildeo idosa o que nos jovens chegando a
atingir cerca de 20 dos idosos no geral e a sua prevalecircncia eacute ainda maior nas
mulheres do que nos homens
A intoleracircncia a glicose eacute uma caracteriacutestica bastante encontrada nos idosos no qual
possivelmente eacute decorrente da diminuiccedilatildeo da produccedilatildeo hormonal e do aumento no
nuacutemero de ceacutelulas adiposas frente a ceacutelulas musculares Com o diagnoacutestico da
intoleracircncia a glicose o tratamento eacute realizado apenas atraveacutes de uma dieta
equilibrada (TRAMONTINO et al 2009)
30
O diabetes mellitus tipo 2 estaacute entre as principais doenccedilas crocircnicas prevalentes na
sociedade atualmente e que atinge na sua maioria os idosos Aleacutem de ser uma das
causas principais de doenccedilas cardiovasculares (MENDES et al 2011)
Durante o processo de envelhecimento os processos de catabolismo e anabolismo
tambeacutem se encontram diferenciados no qual o catabolismo supera todos os
processos de anabolismo fazendo com que os oacutergatildeos tenham suas funccedilotildees
diminuiacutedas atraveacutes da reduccedilatildeo de ceacutelulas e ainda existem vaacuterias alteraccedilotildees
bioquiacutemicas que contribuem para a morte de ceacutelulas como a accedilatildeo de radicais livres
(TRAMONTINO 2009)
Os radicais livres satildeo moleacuteculas consideradas instaacuteveis uma vez que possuem um
nuacutemero iacutempar de eleacutetrons esse fato faz com que estas moleacuteculas procurem alguma
outra moleacutecula para capturarem um eleacutetron e se tornarem estaacuteveis podendo levar
consequentemente a degeneraccedilatildeo celular tecidual e orgacircnica (PEREIRA 2012)
Aleacutem das alteraccedilotildees fisioloacutegicas os fatores socioeconocircmicos tambeacutem exercem uma
importante influencia na sauacutede dos idosos o que envolve tambeacutem o consumo
alimentar (CAMPOS 2000)
24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO
Diversos estudos defendem a ideia de que a nutriccedilatildeo possui um caraacuteter
insubstituiacutevel na promoccedilatildeo do aumento de qualidade de vida devendo assim ser
associada a outros meacutetodos para garantir a eficaacutecia deste processo atraveacutes da
prevenccedilatildeo e controle de diversas patologias (CARVALHO et al 2003 DOBNER
BLASI KIRSTEN 2012)
A alimentaccedilatildeo adequada eacute imprescindiacutevel em qualquer faixa etaacuteria eacute a partir da
alimentaccedilatildeo que alcanccedilamos a capacidade de realizar diversas accedilotildees no dia a dia
desde a mais simples como estudar ateacute as mais complexas como a praacutetica de
exerciacutecios fiacutesicos Dentre as vaacuterias importacircncias da alimentaccedilatildeo a ingestatildeo de
nutrientes adequada eacute de suma importacircncia para um envelhecimento saudaacutevel
(FERNANDES 2010)
Em decorrecircncia da transiccedilatildeo epidemioloacutegica a nutriccedilatildeo ganhou um amplo espaccedilo
no campo da prevenccedilatildeo de doenccedilas e estados fisioloacutegicos comumente encontrados
31
em idosos decorrentes ao processo natural do envelhecimento e de outros agravos
como a alta incidecircncia no uso de diversos medicamentos A ingestatildeo adequada de
fibras relacionadas com uma ingestatildeo adequada de aacutegua por exemplo auxilia na
prevenccedilatildeo e tratamento da constipaccedilatildeo intestinal aumentando a qualidade de vida
Diversos estudos apontam que um consumo entre 20 e 40 gramas diariamente
associado a ingestatildeo adequada de aacutegua leva a uma melhora consideraacutevel no quadro
de constipaccedilatildeo (BECKENKAMP 2010)
Campos e outros relatam (2009) que os fatores psicossociais comuns aos idosos
como perda do cocircnjuge solidatildeo falta de renda depressatildeo entre outros satildeo os
principais fatores externos que contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo nesta populaccedilatildeo
uma vez que a maioria desses consomem em meacutedia menos de 1000kcaldia de
correntes da ingestatildeo de alimentos de menor custos e de maior facilidade de
preparo
A baixa renda com que a maioria dos idosos vive e que influencia diretamente no
consumo alimentar tambeacutem estaacute ligada a exclusatildeo desse grupo no mercado de
trabalho mesmo que muitos apresentem capacidade funcional e motora condizentes
com muitos trabalhos disponiacuteveis a idade muitas vezes acaba por ser o grande
obstaacuteculo para a conquista da vaga e consequentemente para o aumento da renda
que em muitos casos eacute composta apenas pela aposentadoria e ou pensotildees
(NOGUEacuteS citado por CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
O relacionamento social tambeacutem eacute um grande influenciador no consumo alimentar
segundo Campos e outros (2000) a solidatildeo vivenciada pelo idoso leva ao
esquecimento do cuidado com si mesmo sendo assim a alimentaccedilatildeo natildeo ganha
muita atenccedilatildeo sendo preparada de forma inadequada sem atentar para a qualidade
e quantidade suficiente Muitas vezes a alimentaccedilatildeo eacute composta por alimentos de
faacutecil preparo que inclui normalmente alimentos industrializados pobres em
nutrientes essenciais para o organismo idoso
A preocupaccedilatildeo com a nutriccedilatildeo do idoso cresceu atraveacutes de vaacuterios estudos que
demonstraram que a desnutriccedilatildeo e o sobrepeso predominam em indiviacuteduos idosos e
que este quadro eacute resultante das condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem aleacutem
de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
32
De acordo Sass (2010) cerca de 15 a 20 de idosos apresentam algum sintoma
depressivo A prevalecircncia da depressatildeo varia de acordo com fatores a idade sexo e
fatores sociais Esse quadro de depressatildeo eacute bastante preocupante tambeacutem pelo fato
de estar relacionado diretamente com o Estado Nutricional dos idosos uma vez que
haacute alteraccedilotildees no sistema neuroloacutegico que tambeacutem eacute responsaacutevel pelos mecanismos
da fome e ansiedade podendo assim resultar em desnutriccedilatildeo ou obesidade Aleacutem
dessas consequecircncias relacionadas agrave nutriccedilatildeo alguns estudos indicam tambeacutem a
depressatildeo como um fator para doenccedilas cardiovasculares
Diversos estudos tambeacutem apontam que a nutriccedilatildeo dos idosos pode ser influenciada
negativamente pelo fato da incapacidade e ou dificuldades da realizaccedilatildeo de
atividades cotidianas sozinhas como o simples fato de cozinhar aleacutem das
alteraccedilotildees motoras que tambeacutem podem piorar a preparaccedilatildeo dos alimentos e o seu
proacuteprio consumo Os aspectos emocionais como perda de cocircnjuge e depressatildeo
tambeacutem contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo por levar a reduccedilatildeo do apetite ou por
aumentar a recusa por alimentos (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
Diversos estudos demonstram uma reduccedilatildeo progressiva do valor energeacutetico da
alimentaccedilatildeo dos idosos que ao mesmo tempo apresenta um aumento no consumo
de carboidratos principalmente os chamados simples que pode contribuir para o
aparecimento ou complicar doenccedilas crocircnicas como o diabetes (MENEZES
MARUCCI 2012)
De acordo com Tramontino e outros (2009) um grande fator que tambeacutem afeta a
nutriccedilatildeo do idoso eacute a sauacutede bucal uma vez que uma condiccedilatildeo inadequada da boca
como a falta de denticcedilatildeo consequentemente leva a dificuldade de mastigaccedilatildeo que
leva a um consumo alimentar alterado que interfere diretamente em uma adequada
nutriccedilatildeo Aleacutem disso a sauacutede bucal e a nutriccedilatildeo acabam formando um ciclo onde
interfere no outro pois uma nutriccedilatildeo inadequada decorrente por falta de denticcedilatildeo ou
por outra caracteriacutestica leva a problemas na sauacutede bucal e a maiores perdas de
denticcedilatildeo
A nutriccedilatildeo tem relaccedilatildeo direta com a sauacutede bucal uma vez que a alimentaccedilatildeo pode
influenciar diretamente no aparecimento de caacuteries na perda dos esmaltes dos
dentes e no desenvolvimento em geral da denticcedilatildeo que assim podem levar ao
aparecimento de dores lesotildees doenccedilas periodontal que consequentemente
poderatildeo levar a mudanccedilas tambeacutem na alimentaccedilatildeo (MAGALHAtildeES 2011)
33
Devido a diversas patologias comumente encontradas nos idosos o uso de
medicamentos por esta populaccedilatildeo eacute grande e o consumo elevador de
medicamentos podem levar a alteraccedilotildees na cavidade oral como xerostomia
candidiacutease entre outras alteraccedilotildees (MAGALHAtildeES 2011)
Segundo Andrade (2009) a condiccedilatildeo da boca como o nuacutemero de dentes
adequados ou o uso de proacuteteses pode influenciar nas escolhas dos alimentos e ateacute
mesmo no seu modo de preparo o que influencia diretamente nos haacutebitos
alimentares dos idosos
Castilhos e Padilha (2002) afirmaram que a denticcedilatildeo pode influenciar as pessoas em
trecircs campos fisioloacutegico psicoloacutegico e social No aspecto fisioloacutegico os dentes
podem influenciar na alimentaccedilatildeo do individuo por meio do processo de mastigaccedilatildeo
dos alimentos que interferem diretamente na ingestatildeo de nutrientes na manutenccedilatildeo
corpoacuterea e ateacute mesmo no prazer em se alimentar
A diminuiccedilatildeo da saliva decorrente do processo natural do envelhecimento aleacutem de
comprometer a manutenccedilatildeo da cavidade oral por estar ter uma accedilatildeo na limpeza da
cavidade e por ter um efeito antimicrobiano tambeacutem influencia diretamente na
mastigaccedilatildeo na formaccedilatildeo do bolo alimentar e tambeacutem na digestatildeo e absorccedilatildeo dos
alimentos uma vez que com a reduccedilatildeo da saliva haacute tambeacutem a diminuiccedilatildeo da
siacutentese de amilase salivar (ROSA et al 2008)
O elevado uso de medicamentos tambeacutem pode interferir na absorccedilatildeo de diversos
nutrientes na interaccedilatildeo chamada de droga-nutriente e ainda a medicaccedilatildeo pode
influenciar na ingestatildeo alimentar uma vez que muitos podem levar a anorexia
alteraccedilotildees na percepccedilatildeo do gosto e do odor naacuteuseas vocircmitos e ainda as
adaptaccedilotildees na alimentaccedilatildeo dos idosos devido agrave incapacidade de mastigaccedilatildeo de
alguns alimentos comumente leva a carecircncias nutricionais principalmente atraveacutes
da reduccedilatildeo na ingestatildeo de Vitaminas dentre elas vitamina C e B12 essenciais ao
bom funcionamento orgacircnico (MAGALHAtildeES 2011)
Para estimar as necessidades nutricionais dos idosos deve se levar em
consideraccedilatildeo diversos fatores como as alteraccedilotildees fisioloacutegicas condiccedilatildeo da sauacutede
em geral frequecircncia de exerciacutecio fiacutesico fatores psicoloacutegicos e fatores
socioeconocircmicos sendo assim uma adequada nutriccedilatildeo deve envolver todos estes
fatores de forma a alcanccedilar suas reais necessidades e deve se ainda dar atenccedilatildeo as
34
diferenccedilas das recomendaccedilotildees nutricionais para adultos e idosos Os idosos
apresentam uma necessidade energeacutetica menor que os adultos uma vez que ocorre
a reduccedilatildeo do metabolismo basal decorrente das alteraccedilotildees da composiccedilatildeo corporal
reduccedilatildeo da massa magra e aumento de tecido adiposo (TRAMONTINO et al 2009)
As recomendaccedilotildees nutricionais dos idosos natildeo satildeo totalmente estabelecidas devido
as constantes alteraccedilotildees fisioloacutegicas desta populaccedilatildeo por isso os valores de
recomendaccedilotildees usados satildeo os mesmos valores de referecircncias usados para os
adultos (HESEKER SCHNEIDER 1994 citado por ARANHA et al 2000)
Magalhatildees (2011) afirmou que mesmo que o sobrepeso seja prevalente em grande
parte da populaccedilatildeo idosa a principal preocupaccedilatildeo relacionada agrave nutriccedilatildeo desta
populaccedilatildeo eacute a desnutriccedilatildeo uma vez que vaacuterios fatores levam a reduccedilatildeo na ingestatildeo
alimentar destes indiviacuteduos
De acordo Barbosa (2012) os idosos tambeacutem incorporaram novos haacutebitos
alimentares assim como toda a populaccedilatildeo nos uacuteltimos anos com o aumento do
consumo de alimentos industrializados realizaccedilatildeo de refeiccedilotildees fora de casa Sendo
assim a educaccedilatildeo nutricional se mostra como uma grande ferramenta para a
promoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis podendo contribuir para prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas comumente a populaccedilatildeo idosa
Segundo Muller e Vietz (2009) a educaccedilatildeo nutricional eacute uma parte da nutriccedilatildeo
voltada ao aprendizado na adequaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo de haacutebitos alimentares em todas
as fases da vida desde a infacircncia ateacute a velhice
Diversos autores engajaram haacute anos discussotildees sobre a importacircncia da educaccedilatildeo
nutricional principalmente no campo de promoccedilatildeo da sauacutede Essa importacircncia foi
crescendo a ponto de ser encontradas nos principais documentos de poliacuteticas
puacuteblicas ligadas a alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo como o Programa Fome Zero (SANTOS
2012)
Considerando todas as alteraccedilotildees fisioloacutegicas e psicoloacutegicas provenientes do
envelhecimento que dificultam em muitas vezes o consumo alimentar o processo de
educaccedilatildeo nutricional deve estar presente na ida do idoso de modo que estes tenham
conhecimento dessas principais alteraccedilotildees e de alternativas para contornar os
efeitos dessas alteraccedilotildees e tornar o ato de se alimentar mais prazeroso (FRANCO
2012)
35
Segundo Montenegro e Silva para que a alimentaccedilatildeo atenda as necessidades de
gasto energeacutetico de indiviacuteduos idosos eacute necessaacuterio que haja adequaccedilatildeo da dieta
aleacutem disso a associaccedilatildeo de uma alimentaccedilatildeo adequada com a praacutetica de atividade
fiacutesica regular pode promover benefiacutecios a sauacutede do idoso contribuindo tambeacutem para
a melhora do funcionamento dos processos metaboacutelicos ligados ao exerciacutecio bem
como auxiliar na recuperaccedilatildeo de lesotildees contribuindo assim para o aumento de
massa muscular e condicionamento fiacutesico
Na tabela 1 esta demostrado as recomendaccedilotildees nutricionais mais usadas
atualmente para os idosos e que satildeo provenientes da Dietary Reference Intakes
(DRI) na qual trata-se de uma revisatildeo dos valores de recomendaccedilotildees nutricionais
adotada em diversos paiacuteses (PADOVANI et al 2006)
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos)
EAR RDA AMDR Homens Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 30 _ Mulheres Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 21 _ Fonte Padovani et al 2006 Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos
nutricionais
25 QUALIDADE DA DIETA
251 iacutendice de qualidade da dieta
Aranha e outros (2000) afirmaram que a idade e a nutriccedilatildeo satildeo dois fatores
diretamente relacionados com o aparecimento e a gravidade de patologias os
idosos por exemplo apresentam uma reduccedilatildeo do funcionamento do sistema imune
devido a idade que pode ser piorado com uma maacute nutriccedilatildeo
Eacute evidente a importacircncia de uma alimentaccedilatildeo adequada para os idosos diversos
estudos demonstram uma relaccedilatildeo direta entre a dieta e o surgimento de doenccedilas
crocircnicas em idosos como hipertensatildeo arterial e diabetes (BARBOSA 2012)
36
A avaliaccedilatildeo do consumo alimentar que subsidia uma intervenccedilatildeo nutricional
adequada especiacutefica eacute um instrumento de muita eficaacutecia poreacutem de difiacutecil aplicaccedilatildeo
Vaacuterios estudos veem tentando criar instrumentos capazes de responder aos
desafios impostos pela complexidade da dieta humana Os meacutetodos de investigaccedilatildeo
do consumo de alimentos a serem utilizados dependem do objetivo do estudo e se
as estimativas seratildeo individuais ou para grupos populacionais sendo que cada
meacutetodo apresenta vantagens e desvantagens (WENDPAP 2012)
Com o aumento da incidecircncia de patologias relacionadas principalmente com os
haacutebitos alimentares tecircm se dado mais atenccedilatildeo a avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
de indiviacuteduos e populaccedilotildees um meacutetodo que vem sendo proposto para analisar a
ingestatildeo alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta (IQD) que foi adaptado para a
populaccedilatildeo brasileira e revisado por Previdelli e outros (2011)
O Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) se baseia na avaliaccedilatildeo das
porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do Guia alimentar
para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes
da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de nutrientes e obesidade
Previdelli e outros (2011) afirma que o IQD-R pode ser de grande auxiacutelio para a
avaliaccedilatildeo do consumo alimentar de diversas faixas etaacuterias aleacutem de promover
subsiacutedios para o planejamento de accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede como
intervenccedilatildeo e educaccedilatildeo nutricional
O IQD-R avalia doze componentes sendo nove grupos alimentares dois satildeo
nutrientes e um grupo de calorias proveniente de gordura soacutelida aacutelcool e accediluacutecar de
adiccedilatildeo (Gord_AA) Os grupos alimentares satildeo ldquoFrutas Totaisrdquo(inclui frutas e sucos
de frutas naturais) ldquoFrutas integraisrdquo (exclui sucos de frutas) ldquoVegetais Totaisrdquo
ldquoVegetais Verdes Escuros e Alaranjados e Leguminosasrdquo (este uacuteltimo soacute eacute pontuado
apoacutes atingir-se a pontuaccedilatildeo maacutexima de carnes ovos e leguminosas)ldquoCereais
Totaisrdquo (inclui raiacutezes e tubeacuterculos) ldquoCereais Integraisrdquo ldquoLeite e Derivadosrdquo(inclui
inclusive bebidas agrave base de soja) ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo ldquoOacuteleosrdquo (inclui as
gorduras mono e poliinsaturadas oacuteleos das oleaginosas e gordura de peixe) Os
nutrientes incluem ldquoSoacutediordquo e ldquoGordura saturadardquo O valor do IQD-R pode variar entre
0 e 100 sendo que os escores mais altos indicam que a ingestatildeo alimentar estaacute
proacutexima das recomendaccedilotildees (MOTA et al 2008 WENDPAP 2012)
37
252 Alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento
Segundo o manual brasileiro referente agrave alimentaccedilatildeo saudaacutevel para a pessoa idosa
publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede em 2009 dez passos devem ser seguidos como
forma de orientaccedilatildeo para alcanccedilar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento o
que inclui
bull Realizaccedilatildeo de pelo menos trecircs refeiccedilotildees e dois lanches saudaacuteveis ao longo
do dia evitando ficar sem alimentar por muito tempo dando preferecircncia a
alimentos de faacutecil mastigaccedilatildeo como frutas amassadas ou picadas e carnes
desfiadas ou moiacutedas devido agraves dificuldades de mastigaccedilatildeo e degluticcedilatildeo
comumente encontradas em idosos decorrente da perda de dentes e da
diminuiccedilatildeo da saliva
bull Inclusatildeo de seis porccedilotildees diaacuterias de cerais e tubeacuterculos dando preferecircncias
aos alimentos integrais uma vez que os alimentos integrais possuem um alto
teor de fibras que contribuem tambeacutem para um adequado funcionamento do
intestino
bull Trecircs porccedilotildees de legumes e verduras nas grandes refeiccedilotildees diariamente
Estes alimentos satildeo fontes principais de vitaminas minerais e fibras
bull Trecircs porccedilotildees ou mais de frutas nas sobremesas e nos lanches diariamente
As frutas tambeacutem satildeo importantes fontes de fibras e vitaminas e devem
incrementar os lanches saudaacuteveis ao longo do dia
bull Consumo de arroz e feijatildeo em pelo menos cinco dias da semana A
combinaccedilatildeo desses alimentos resulta em uma ingestatildeo de proteiacutena completa
bull Trecircs porccedilotildees diaacuteria de leite e derivados e uma porccedilatildeo de carnes aves
peixes ou ovos dando preferecircncia a carnes magras O leite e seus derivados
satildeo importantes fontes de caacutelcio um mineral essencial na manutenccedilatildeo do
tecido oacutesseo As carnes satildeo fontes de ferro e de proteiacutena de alto valor
bioloacutegico
bull Reduccedilatildeo da quantidade de sal nas refeiccedilotildees devido a grande prevalecircncia de
hipertensatildeo arterial encontrada em toda a populaccedilatildeo brasileira e em especial
em idosos
38
bull Ingestatildeo de pelo menos dois litros de aacutegua no qual equivale
aproximadamente aacute seis ou oito copos meacutedio Uma ingestatildeo de aacutegua
adequada eacute essencial para um bom funcionamento orgacircnico
bull Reduccedilatildeo no consumo de refrigerantes sucos industrializados biscoitos
recheados e doces em geral Estes alimentos industrializados possuem
geralmente em sua composiccedilatildeo um grande teor de soacutedio que contribui para o
aumento da pressatildeo arterial aleacutem de possuiacuterem tambeacutem grande quantidade
de conservantes
bull Reduccedilatildeo no consumo de bebidas alcooacutelicas e realizaccedilatildeo de praacutetica de
atividade fiacutesica regular por pelo menos trinta minutos diariamente O consumo
de aacutelcool estaacute diretamente relacionado ao ganho de peso e a diversos
prejuiacutezos aacute sauacutede como problemas hepaacuteticos por exemplo A praacutetica de
atividade fiacutesica regular traz inuacutemeros benefiacutecios agrave sauacutede como controle do
peso e prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis
Outras orientaccedilotildees tambeacutem satildeo de suma importacircncia para que o idoso tenha
condiccedilotildees de se realizar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel diariamente
bull A mesa de refeiccedilatildeo deve ser posta de forma simples de forma a facilitar a
realizaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pelo idoso
bull Deve haver um contraste entre toalha da mesa e utensiacutelios afim de que se
facilite a visatildeo do indiviacuteduo e consequentemente facilite a sua alimentaccedilatildeo
bull Os utensiacutelios a serem utilizados pelos idosos devem ser simples de modo
que o seu manuseio seja faacutecil e natildeo apresente riscos elevados de quebra
253 Seguranccedila Alimentar
O termo seguranccedila alimentar estaacute relacionado ao acesso a uma alimentaccedilatildeo
adequada em niacutevel qualitativo e quantitativo de forma a atender as necessidades
individuais enquanto que o termo de inseguranccedila alimentar engloba vaacuterios fatores
deste a preocupaccedilatildeo em adquirir o alimento a perda da qualidade e diversidade dos
alimentos (FAZZIO 2012)
39
Diversos estudos vecircm apontando os crescentes casos de inseguranccedila alimentar que
vem atingindo os idosos que interferem em uma adequada nutriccedilatildeo e
consequentemente interferem na sauacutede desta populaccedilatildeo (LEON et al 2005)
A prevalecircncia de residecircncias de idosos que apresentam inseguranccedila alimentar eacute
cada vez mais encontrada em todo o mundo nos Estados Unidos essa prevalecircncia
varia 6 a 16 em Campinas a inseguranccedila alimentar chegou a atingir 52 das
residecircncias com idosos (LEON et al 2005)
Os indiviacuteduos idosos que apresentam inseguranccedila alimentar e nutricional dentro de
suas residecircncias tem maiores chances de possuir deficiecircncias nutricionais
decorrente da inadequada ingestatildeo de diversos nutrientes incluindo principalmente
caacutelcio vitamina A e proteiacutena quando comparados a idosos que vivem em seguranccedila
alimentar (ROSE OLIVEIRA 1991 citado por BARBOSA et al 2013)
26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO
Para traccedilar o diagnoacutestico do estado nutricional de idosos muitos indicadores que
satildeo utilizados para avaliaccedilatildeo da antropometria de outras faixas etaacuterias tambeacutem
fazem parte deste diagnoacutestico como o peso e a altura que permitem a avaliaccedilatildeo do
iacutendice de massa corporal (IMC) Circunferecircncia do braccedilo (CB) Circunferecircncia da
Cintura (CC) e prega cutacircnea tricipital entretanto essa populaccedilatildeo ainda conta com
um indicador especiacutefico para avaliaccedilatildeo principalmente de perda de massa magra e
consequentemente desnutriccedilatildeo que eacute a Circunferecircncia da Panturrilha (CERVI
FRANCESCHINI PRIORE 2006)
Quanto aos indicadores observa-se assim uma vasta opccedilatildeo de utilizaccedilatildeo entretanto
as maiores dificuldades na precisatildeo do diagnoacutestico do estado nutricional do idoso
ficam por conta dos pontos de cortes especiacuteficos que em muitas vezes natildeo satildeo
estabelecidos para esta populaccedilatildeo que sofrem diversas alteraccedilotildees orgacircnicas e
funcionais (CERVI FRANCESCHINI PRIORE 2006)
261 Iacutendice de Massa Corporal O objetivo do iacutendice de massa corporal eacute avaliar a massa corporal em comparaccedilatildeo agrave
altura de forma simples e raacutepida utilizando apenas o peso em quilogramas e a
altura em metro quadrado (PERISSINOTTO et al 2002)
40
Sendo assim o uso deste indicador eacute muito frequente na avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica
de diversas populaccedilotildees Entretanto diversos estudos afirma a necessidade de
associar o diagnoacutestico pelo IMC com outros indicadores uma vez que este natildeo
diferencia a massa corporal ou seja natildeo identifica a distribuiccedilatildeo de tecido adiposo e
tecido muscular (PERISSINOTTO et al 2002)
Quanto aos pontos de corte utilizados do IMC para idosos o Ministeacuterio da Sauacutede
atraveacutes do Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
sugere a utilizaccedilatildeo de uma faixa de normalidade entre o valores de 22kgmsup2 e
27kgmsup2 sendo classificados como baixo peso indiviacuteduos idosos que apresentem
IMC inferior a 22kgmsup2 e como sobrepeso indiviacuteduos que apresentem uma valor
acima de 27kgmsup2 natildeo havendo pontos de cortes que defina o niacutevel de desnutriccedilatildeo
e niacutevel de obesidade (SAMPAIO 2006)
Uma grande dificuldade encontrada na utilizaccedilatildeo do IMC para idosos eacute decorrente
da insensibilidade deste indicador quanto ao decreacutescimo de estatura aumento de
tecido adiposo e aumento da massa muscular e quantidade de aacutegua corporal que
satildeo alteraccedilotildees comumente encontradas no envelhecimento (SANTOS SICHIERI
2005)
262 Circunferecircncia do Braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo reflete a composiccedilatildeo corporal total incluindo tecido oacutesseo
massa muscular e tecido adiposo e possibilita a aplicaccedilatildeo de outros indicadores
como a circunferecircncia muscular do braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo (CB) em idosos tende a diminuir devido agrave perda de massa
magra tiacutepico da idade e tambeacutem pelo deslocamento da gordura para regiatildeo central
na avaliaccedilatildeo deste indicador relaciona-se o valor encontrado com o valor meacutedio para
a idade do indiviacuteduo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA GONZALES
2013)
263 Circunferecircncia da Cintura A medida circunferecircncia da cintura eacute um indicador essencial uma vez que atraveacutes
deste eacute possiacutevel verificar uma possiacutevel localizaccedilatildeo acumulada de tecido adiposo
41
nessa regiatildeo e uma circunferecircncia da cintura elevada revela possiacuteveis riscos
cardiovasculares e metaboacutelicos (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
Em relaccedilatildeo aos pontos de cortes natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica para a utilizaccedilatildeo
em idosos o que dificulta a precisatildeo do diagnoacutestico nutricional uma vez que o
aumento de gordura na regiatildeo abdominal eacute comum em idosos devido a
redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo que acontece em maiores proporccedilotildees pelo
deslocamento desse tecido dos membros para a regiatildeo central do tronco (PAIVA
NETO OLIVEIRA SANTOS 2007)
264 Prega Cutacircnea Tricipital
A afericcedilatildeo da prega cutacircnea tricipital e em geral todas as outras pregas cutacircneas
permitem identificar a quantidade de tecido adiposo subcutacircneo Trata-se de um
indicador sensiacutevel a desnutriccedilatildeo que permite avaliar os estoques de gordura
corporal Os pontos de cortes utilizados na avaliaccedilatildeo deste indicador vatildeo de acordo
com a medida obtida e a medida meacutedia (p50) de acordo com a idade do indiviacuteduo
(FIORE et al 2006)
Assim como na Circunferecircncia do braccedilo espera-se uma reduccedilatildeo do valor da prega
cutacircnea tricipital decorrente da redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo nesta populaccedilatildeo
estudada o que leva a reduccedilatildeo da precisatildeo deste indicador em relaccedilatildeo a
sensibilidade de desnutriccedilatildeo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
265 Circunferecircncia da Panturrilha A circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador utilizado geralmente para avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica de indiviacuteduos idosos por ser sensiacutevel a depleccedilatildeo muscular nesta
faixa etaacuteria e de faacutecil obtenccedilatildeo (SAMPAIO 2004)
Segundo Acunatilde e Cruz (2004) a circunferecircncia da panturrilha eacute o indicador mais
sensiacutevel agrave desnutriccedilatildeo em idosos sendo superior a outro indicador de suma
importacircncia que eacute a circunferecircncia do braccedilo
42
O valor circunferecircncia da panturrilha menor que 31 cm classifica-se como
desnutriccedilatildeo representando perda de massa muscular enquanto que achados acima
desse valor satildeo classificados como eutrofia (SPEROTTO 2010)
27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO
Caracteriza-se como atividade fiacutesica qualquer movimento do corpo que envolva a
contraccedilatildeo muscular e em qualquer ambiente seja em casa no trabalho ou ao ar
livre e alguns benefiacutecios podem aparecer mesmo com pouco tempo de praacutetica em
indiviacuteduos sedentaacuterios (ZAITUNE et al 2010)
A praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem eacute de fundamental importacircncia na prevenccedilatildeo de
diversas doenccedilas crocircnicas e em meio agrave transiccedilatildeo demograacutefica essa praacutetica se torna
ainda mais relevante Essa importacircncia pode ser verificada atraveacutes de um dos
objetivos do Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o enfrentamento das doenccedilas
crocircnicas natildeo transmissiacuteveis do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil no qual quer a busca
da promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes da praacutetica de exerciacutecio fiacutesico (MADEIRA et al 2013)
A falta de atividade fiacutesica principalmente em idosos pode complicar a perda de
massa magra que eacute comum em indiviacuteduos dessa faixa etaacuteria uma vez que
geralmente eacute decorrente das alteraccedilotildees hormonais principalmente pela reduccedilatildeo na
siacutentese de hormocircnios de crescimento de hormocircnios sexuais (MAGALHAtildeES 2011)
A atividade fiacutesica eacute reconhecida por inuacutemeros benefiacutecios aacute sauacutede de quem a pratica
e com os idosos natildeo eacute diferente eacute constatada uma melhora na qualidade de vida e
na sauacutede em geral o que consequentemente leva a reduccedilatildeo da probabilidade do
aparecimento de doenccedilas crocircnicas internaccedilotildees e morte (ZAITUNE et al 2010)
Fiatorone-Singh (1998) citado por Matsudo (2002) afirma que a praacutetica regular de
atividade fiacutesica possui grande influecircncia sobre as alteraccedilotildees na composiccedilatildeo corporal
comumente encontradas em idosos uma vez em que em diversos estudos foi
confirmada a hipoacutetese de que idosos ativos possuem um melhor estado nutricional
quando comparado a idosos sedentaacuterios em relaccedilatildeo a indicadores de peso iacutendice
de massa corporal gordura corporal e ainda relaccedilatildeo cintura-quadril
Os benefiacutecios da praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem estatildeo relacionados diretamente
com o aumento da capacidade funcional de idosos uma vez que a capacidade
43
funcional interfere na forccedila muscular que por sua vez eacute inteiramente dependente da
massa muscular Visto que a atividade fiacutesica contribui para fortalecimento da massa
muscular haacute consequentemente uma reduccedilatildeo na perda natural deste tecido
decorrente do envelhecimento (MATSUDO 2002)
A prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas atraveacutes da melhora do estado nutricional
relacionada ao aumento da capacidade funcional e outros benefiacutecios decorrentes da
praacutetica de atividade fiacutesica leva consequentemente a uma elevaccedilatildeo da qualidade de
vida do indiviacuteduo idoso que me muitas vezes se encontra comprometida
(MATSUDO 2002)
A falta da praacutetica de atividade fiacutesica vem sendo crescente em toda a populaccedilatildeo
mundial Masso e outros (2005) em seu estudo que identificava a prevalecircncia de
sedentarismo em mulheres relataram que somente 37 da sua populaccedilatildeo se
encontram ativas ou seja que tinham o haacutebito regular de praticar alguma atividade
fiacutesica
Ferreira e Gobi (2003) afirma que o excesso de peso natildeo estaacute relacionado somente
com um consumo alimentar inadequado uma vez que estudos recentes vecircm
comprovando que a obesidade adquirida ao longo de anos estaacute mais relacionada
com o sedentarismo do que uma ingestatildeo excessiva de alimentos
Os mecanismos que levam a atividade fiacutesica agrave prevenccedilatildeo e ao tratamento de
doenccedilas e agrave incapacidade funcional envolvem principalmente a reduccedilatildeo da
adiposidade corporal a queda da pressatildeo arterial a melhora do perfil lipiacutedico e da
sensibilidade agrave insulina o aumento do gasto energeacutetico da massa e da forccedila
muscular da capacidade cardiorrespiratoacuteria da flexibilidade e do equiliacutebrio
(FERREIRA GOBI 2003)
Segundo Toscano e Olivera (2007) os programas puacuteblicos criados para a promoccedilatildeo
de praacutetica de atividade fiacutesicas satildeo importantes para o aumento da qualidade de vida
seja atraveacutes dos benefiacutecios desta praacutetica e atraveacutes de um maior conviacutevio social que
afasta a solidatildeo
Matsudo (2002) relata que vaacuterios pesquisadores ressaltam a necessidade da
implantaccedilatildeo de programas voltados agrave praacutetica de atividade fiacutesica em todo mundo
uma vez que estes mesmo pesquisadores encontraram resultados bastante
satisfatoacuterios relacionados agrave praacutetica regular de atividade fiacutesica demostrando ainda
44
que esta praacutetica eacute essencial para diminuir as consequecircncias indesejaacuteveis na sauacutede
dos indiviacuteduos decorrentes do envelhecimento
Atualmente no mundo todo a prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e
outras intercorrecircncias na sauacutede provocadas pelo passar da idade natildeo poder estar
isolada da praacutetica de atividade fiacutesica (MATSUDO et al 2006)
Atraveacutes de vaacuterios resultados positivos evidenciados em diversos estudos que
abordaram a atividade fiacutesica e os benefiacutecios proporcionados a seus praticantes jaacute eacute
possiacutevel verificar o aumento de investimento de oacutergatildeo puacuteblicos e privados em
programas de incentivo e orientaccedilatildeo a praacutetica de atividade fiacutesica (FERREIRA GOBI
2003)
Hoje em dia diversas aacutereas dos oacutergatildeos puacuteblicos estatildeo investindo em programas de
incentivo a atividade fiacutesica principalmente para os idosos entretanto deve-se ter
cautela na execuccedilatildeo destes programas garantindo um espaccedilo fiacutesico adequado com
profissionais qualificados a fim de que se possa realmente alcanccedilar os objetivos
destes programas (BENEDETTI GONCcedilALVES 2007)
45
3 METODOLOGIA 31 DESENHO DE ESTUDO
Foi realizado um estudo descritivo transversal com uma abordagem qualitativa com
40 idosos cadastrados no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe muniacutecipio de
Serra participantes e natildeo participantes do programa municipal de orientaccedilatildeo ao
exerciacutecio fiacutesico realizado neste espaccedilo
O estudo ocorreu em dois encontros na primeira consulta ocorreu a identificaccedilatildeo do
paciente e a coleta de dados antropomeacutetricos Inicialmente foi realizado a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) e em
seguida foi realizada uma entrevista para o preenchimento do Prontuaacuterio contendo
os seguintes itens Identificaccedilatildeo do paciente e avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica (Apecircndice
B) e o paciente foi convidado ainda a realizar o registro alimentar de trecircs dias para
ser analisado na proacutexima consulta (Apecircndice C)
No segundo encontro que foi realizado uma semana apoacutes a primeira consulta foi
coletado o registro alimentar de trecircs dias e ainda foi aplicado o questionaacuterio
Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica do tipo IPAQ curto para classificaacute-los
quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica exercido pelos mesmos (Anexo A)
32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO
O Comitecirc de sauacutede do idoso trata-se de uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
registrada regularmente instituiacutedo por um grupo de idosos da regiatildeo mas conta com
o apoio da Prefeitura da Serra o proacuteprio espaccedilo fiacutesico eacute cedido pela prefeitura e
sendo assim o mesmo local recebe o Programa municipal de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico
Os idosos cadastrados no comitecirc contribuem com um valor singelo mensalmente
para que sejam criadas atividades recreativas para os mesmos como curso de
pintura bordado viagens e outros Atualmente existem cerca de cento e sessenta
idosos cadastrados no comitecirc e um grupo de oito idosos compotildeem a diretoria sendo
um presidente que planejam atividades e buscam apoio de entidades puacuteblicas e
privadas para realizaccedilatildeo de alguns serviccedilos e atividades
46
A principal atividade exercida pelos cadastrados eacute o PROEF que conta com um
educador fiacutesico que orienta os participantes do programa com ginaacutestica aeroacutebica
com duraccedilatildeo de uma hora por trecircs vezes na semana entretanto natildeo satildeo todos os
cadastrados no comitecirc de sauacutede do idoso que participam deste programa
33 ASPECTOS EacuteTICOS
Foi informado aos indiviacuteduos todos os procedimentos a serem realizados durante a
pesquisa antes de assinar o termo de consentimento livre e esclarecido conforme
as normas para realizaccedilatildeo de Pesquisa em seres humanos e atendendo aos
criteacuterios da Eacutetica da Pesquisa em Sauacutede segundo descrito na Resoluccedilatildeo 19696
(BRASIL 2002)
O Projeto de pesquisa do presente trabalho foi submetido ao Comitecirc de eacutetica e
Pesquisa da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo tendo sido aprovado
34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
As medidas antropomeacutetricas analisadas para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal
dos indiviacuteduos foram peso corporal altura percentual de gordura circunferecircncias
do braccedilo cintura panturrilha e prega cutacircnea tricipital
Para a coleta das medidas antropomeacutetricas foram utilizados os seguintes
instrumentos balanccedila de bioimpedacircncia da marca Tanitareg devidamente calibrada
com capacidade de 150 kg e precisatildeo de 100g adipocircmetro de marca Cescorf
devidamente calibrado com amplitude de 88 mm e precisatildeo de 01mm fita meacutetrica
natildeo elaacutestica da marca Sanny estadiocircmetro da marca Altura Exata e com precisatildeo
de 05cm
O indiviacuteduo foi pesado usando roupas leves sem sapatos e sem qualquer objeto de
metal com o auxiacutelio da balanccedila Tanitareg colocada numa superfiacutecie plana e riacutegida
pela qual se obteve aleacutem do peso os valores dos percentuais de gordura e de
aacutegua Ressalta-se a natildeo indicaccedilatildeo do uso da bioimpedacircncias em indiviacuteduos que
possuem em seu corpo algum material metaacutelico como marcapasso devido as
possiacuteveis falhas na passagem da corrente eleacutetrica (CONSELHO FEDERAL DE
MEDICINA 2009)
47
A altura foi determinada utilizando-se o estadiocircmetro sendo orientado ao paciente
permanecer descalccedilo em posiccedilatildeo ereta olhando para o horizonte com os
calcanhares unidos e apoiados agrave parte posterior do estadiocircmetro assim como a
parte posterior dos joelhos naacutedegas e escaacutepulas estando a cabeccedila posicionada
reta (BRASIL 2011c)
Na tabela 2 satildeo encontrado os resultados do IMC com base no peso e altura
aferidos do paciente usando a foacutermula IMC = Peso corporal (kg) Estatura (m)sup2
sendo este avaliado segunda a classificaccedilatildeo recomendado pelo Sistema de
Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos Classificaccedilatildeo IMC (kgmsup2) Risco de Comorbidades
Baixo Peso lt 22 Baixo Peso Normal 22 - 269 Meacutedio Sobrepeso ge270 - Fonte The Nutrition Screening Initiative (1994) citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e
Nutricional Orientaccedilotildees para coleta anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede
(2011)
Os valores de referecircncia utilizados para a classificaccedilatildeo do percentual de gordura
corporal de idosos segundo GALLAGHER et al (2000) encontram-se no tabela 3
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos
Classificaccedilatildeo Gordura Corporal ()
Homens Mulheres Baixo lt13 lt24
Adequado 13 ndash 249 24 - 359
Elevado 25 - 299 36 - 419
Muito Elevado ge 30 ge 42
Fonte GALLAGHER et al 2000 Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex
A circunferecircncia da cintura foi aferida com o paciente em peacute usando a fita meacutetrica
para circundar o indiviacuteduo no ponto meacutedio entre a crista iliacuteaca e a uacuteltima costela A
circunferecircncia da cintura (CC) foi utilizada com o objetivo de identificar o padratildeo de
distribuiccedilatildeo da massa adiposa pois eacute considerado o melhor indicador para a
48
avaliaccedilatildeo do risco de doenccedilas cardiovasculares e metaboacutelicas em estudos
epidemioloacutegicos (MARTINS et al 2009) Utilizaram-se os pontos de corte definidos
na Diretriz Brasileira de Obesidade (2010) e atualmente recomendados pelo
Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (tabela 4)
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres Risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas Homem Mulher
Aumentado ge 94 ge 80
Substancialmente aumentado ge 102 ge 88
Fonte WHO 2000 citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilotildees para coleta
anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede (2011)
A circunferecircncia do braccedilo foi mensurada com o individuo em peacute com o braccedilo
flexionado a 90 graus para determinaccedilatildeo do ponto meacutedio entre o acrocircmio e o
oleacutecramo e em seguida com o braccedilo estendido e relaxado ao longo do corpo
posicionando a fita no sentido horizontal para a obtenccedilatildeo da medida (COSTA 2012)
O resultado obtido foi comparado aos valores de referecircncia demonstrados na tabela
de percentis por Frisancho (1990) no anexo B A adequaccedilatildeo da CB foi determinada
atraveacutes da foacutermula Adequaccedilatildeo da CB ()= CB obtida (cm) CB percentil 50 x 100 e
o estado nutricional classificado de acordo com o tabela 5
Tabela 5 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a circunferecircncia do braccedilo
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por Sommacal 2011 A circunferecircncia da panturrilha eacute considerada um oacutetimo indicador antropomeacutetrico
para idosos uma vez que possibilita a identificaccedilatildeo de alteraccedilotildees da massa
muscular em idosos com um ponto de corte menor de 31 centiacutemetros como
indicador de desnutriccedilatildeo (ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE citado por
MOREIRA et al 2011)
49
A teacutecnica de mensuraccedilatildeo da prega cutacircnea tricipital foi preconizada por Lohman
(1991) citado por Sommacal e outros (2011) no qual indica que para a afericcedilatildeo da
prega cutacircnea tricipital deve ser realizado no mesmo ponto meacutedio utilizado para a
CB no qual deve-se separar levemente a prega do braccedilo natildeo-dominante
desprendendo-a do tecido muscular e aplicar o calibrador formando um acircngulo reto
O braccedilo deve estar relaxado e solto ao lado do corpo
O valor encontrado da prega cutacircnea tricipital foi comparado ao padratildeo de referecircncia
no anexo C e posteriormente foi calculado a adequaccedilatildeo da PCT atraveacutes da
equaccedilatildeo
Adequaccedilatildeo da PCT = PCT obtida PCT percentil 50 x 100 A adequaccedilatildeo da PCT foi
classificada segundo a tabela 6
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a 110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por lSommacal 2011 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR
No primeiro encontro os indiviacuteduos participantes receberam trecircs formulaacuterios para
realizaccedilatildeo do registro e orientaccedilotildees de como realizar o registro alimentar de trecircs
dias sendo que deveriam ser realizados em dias natildeo consecutivos contemplando
dois dias da semana e um dia do final de semana Cada participante deveria anotar
todos os alimentos e bebidas ingeridos ao longo do dia e suas respectivas
quantidades incluindo os alimentos consumidos fora de sua residecircncia (FISBERG
MARCHIONI COLUCCI 2009) Foi orientado ainda ao indiviacuteduo que solicitasse
auxilio aacute um familiar caso encontrasse dificuldades em preencher o relatoacuterio
Com a coleta do registro alimentar de trecircs dias foi possiacutevel realizar o caacutelculo de
energia em (kcal) macronutrientes e micronutrientes A anaacutelise foi realizada atraveacutes
de caacutelculos manuais com o auxiacutelio da tabela brasileira de composiccedilatildeo dos alimentos
(TACO)
50
A anaacutelise do consumo alimentar ocorreu com a utilizaccedilatildeo o iacutendice de qualidade da
dieta revisado que foi reformulado por Previdelli (2011) em conformidade com as
recomendaccedilotildees dieteacuteticas preconizadas pelo guia alimentar para a populaccedilatildeo
brasileira de 2006 para a classificaccedilatildeo da qualidade da dieta seratildeo utilizados os
pontos de corte proposto pelo mesmo autor que classifica uma dieta ldquoinadequadardquo
abaixo de 40 pontos entre 41 e 64 pontos dieta que ldquoprecisa de modificaccedilatildeordquo e
acima de 64 pontos classifica-se como ldquodieta saudaacutevelrdquo (Anexo D e E)
36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA
A atividade fiacutesica pode ser considerada uma grande estrateacutegia em sauacutede puacuteblica
visto que poderiacuteamos atingir uma grande economia com a reduccedilatildeo do sedentarismo
Hoje em dia encontra-se mais de dois milhotildees de mortes anualmente causadas pela
inatividade fiacutesica em todo o mundo O sedentarismo natildeo estaacute relacionado somente
com doenccedilas e morte mas tambeacutem com a geraccedilatildeo de altos custos a sociedade No
ano de 1995 pode ser constatado que os Estados Unidos gastaram vinte e quatro
bilhotildees de doacutelares somente com o sedentarismo Sendo assim podemos observar
que com o aumento da praacutetica de atividade fiacutesica da populaccedilatildeo pode-se contribuir
indiretamente para o desenvolvimento humano e o progresso econocircmico
(WASHBURN 1993 et al Citado por PARDINI et al 2001 p46)
Um dos grandes fatores para o aparecimento de doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis eacute o sedentarismo O haacutebito de praticar algum tipo de atividade fiacutesica
tem sido usado como um meacutetodo faacutecil e de baixo custo para prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas Recomendam-se a praacutetica de pelo menos trinta minutos de atividade
diariamente para que seus benefiacutecios sejam apresentados (MASSON et al 2005)
O IPAQ estima o niacutevel de praacutetica habitual de atividade fiacutesica e foi desenvolvido pelo
Grupo Internacional para Consenso em Medidas da Atividade Fiacutesica constituiccedilatildeo
sob a chancela da OMS para ser utilizado em vaacuterios paiacuteses dentre eles Brasil e
Japatildeo (GUEDES et al 2005 GUEDES 2007 CORA 2003 citado por MIZUNO
2007)
O niacutevel de atividade fiacutesica foi determinado atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica ndash IPAQ na forma curta proposto por MIZUNO
(2007) sendo utilizadas quatro questotildees para avaliar a atividade fiacutesica dentro de uma
51
semana normal Os entrevistados relataram as atividades que satildeo realizadas ao
longo da semana em casa no trabalho e nas horas de lazer e descanso a
frequecircncia semanal e o tempo diaacuterio de cada atividade As atividades foram
classificadas como
1) vigorosas (corrida ginaacutestica aeroacutebica futebol velocidade raacutepida na bicicleta
basquete serviccedilos domeacutesticos pesados em casa ou no quintal carregar objetos com
peso alto)
2) moderadas (velocidade leve na bicicleta nataccedilatildeo danccedila ginaacutestica aeroacutebica leve
vocirclei carregar objetos com peso leve serviccedilos domeacutesticos em casa ou no quintal
como varrer e realizar cuidados no jardim)
3) caminhada (no trabalho ou por lazer)
4) sem gasto caloacuterico (sentado assistindo TV ou lendo)
Segundo o autor a partir dessas informaccedilotildees eacute possiacutevel estimar o gasto energeacutetico
em METs Um MET representa o consumo de oxigecircnio em repouso ou taxa
metaboacutelica de repouso Uma atividade que requer o dobro de energia do repouso
requer 2 METrsquos e assim sucessivamente Para o caacutelculo do gasto em METs o IPAQ
usa as seguintes foacutermulas
a) caminhada MET-minutosemanal = 33 X tempo diaacuterio de caminhada X frequumlecircncia
semanal
b) moderado MET- minutosemanal = 40 X tempo diaacuterio de atividade moderada X
frequecircncia semanal
c) vigoroso MET- minutosemanal = 80 X tempo diaacuterio de atividade vigorosa X
frequecircncia semanal d) total da atividade fiacutesica MET- minutosemanal = soma da
Caminhado + Moderado + Vigoroso MET - minutossemanal
Com essas informaccedilotildees classifica-se o indiviacuteduo em uma das seguintes categorias
a) baixo nenhuma atividade ou atividades que natildeo se enquadram nas categorias 2 e
3
b) moderado deve ser encaixar em pelos menos um dos criteacuterios de atividade
vigorosa por pelos menos trecircs dias por semana e em um periacuteodo miacutenimo de 20
minutos ou cinco ou mais dias de atividade moderada eou caminhada por pelo
52
menos 30 minutos por dia ou ainda qualquer combinaccedilatildeo de atividade moderada ou
vigorosa ou caminhada com gasto miacutenimo de 600 met-minsemana por cinco ou
mais dias na semana
c) alto Um dos dois criteacuterios atividade vigorosa em no miacutenimo 3 dias da semana
com gasto miacutenimo de 1500 MET-minutosemana ou 7 ou mais dias de combinaccedilatildeo
de caminhada atividade moderada e vigorosa com gasto miacutenimo de 3000 met-
minutosemana (IPAQ)
37 ANAacuteLISE DOS DADOS
Foi realizada uma anaacutelise descritiva das variaacuteveis quantitativas sendo os dados
apresentados em meacutedia desvio-padratildeo miacutenimo maacuteximo e mediana Os dados
qualitativos seratildeo apresentados atraveacutes de frequecircncia absoluta e relativa As
anaacutelises foram realizadas com auxilio do software SPSS V 20 2013
Para comparar os idosos praticantes de atividade fiacutesica baixo e praticantes de
atividade fiacutesica moderado foi aplicado o teste t de student nesta anaacutelise foi
considerado o niacutevel de significacircncia plt005
53
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS
Foram avaliados 40 indiviacuteduos sendo que natildeo houve perdas da amostra e nem
desistecircncia por parte dos participantes Na tabela 7 estatildeo apresentadas as
caracteriacutesticas gerais da amostra estudada na qual aponta que 40 (100)
indiviacuteduos pesquisados eram do sexo feminino Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade
fiacutesica 27 idosos (68) foram classificados com niacutevel moderado (MOD) seguido de
13 (32) indiviacuteduos da amostra com niacutevel baixo (BAIX)
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra VARIAacuteVEIS N
Sexo Masculino 0 0 Feminino 40 100 Niacutevel de Atividade Fiacutesica Baixo 13 32 Moderado 27 68 Alto 0 0 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica VARIAacuteVEIS GRUPO BAIX GRUPO MOD GERAL P-VALOR
IMC (kgmsup2) 3130 plusmn 851 2905 (2115-5664)
2553 plusmn 386 2488 (1973-3451)
274 plusmn 630 2688 (1973-5664) 0005
GC () 3726 plusmn 685 384 (246-462)
3298 plusmn 686 318 (222-543)
3405 plusmn 699 338(222-542) 0113
CC (cm) 9716 plusmn 1873 97 (575-1395)
8568 plusmn 1038 84 (685-107)
8941 plusmn 1447 8925 (575-1395) 0017
CP (cm) 373 plusmn 401 38 (29-46)
3464 plusmn 369 345 (295-46)
3551 plusmn 3 35 (29-46) 0006
CB 11267 plusmn 2204 10819 (754-168)
9534 plusmn 1328 9506 (6885-12218)
10097 plusmn 1829 10063 (6885-168) 0045
de PCT 10361 plusmn 3148 98 (74-172)
7963 plusmn 2684 74 (38-152)
8657 plusmn 2993 79 (38-172) 0006
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
54
O IMC meacutedio do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi equivalente a
3130kgmsup2 que equivale a classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o valor meacutedio
encontrado no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado foi de 2553kgmsup2
caracterizando eutrofia O percentual de gordura corporal obteve meacutedia de 3726
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que equivale a uma classificaccedilatildeo de
elevaccedilatildeo e 3298 no qual equivale a adequaccedilatildeo no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado A circunferecircncia da cintura apresentou valores meacutedio de 9716 cm
equivalendo ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e
8568 cm caracterizando risco aumentado para os grupos com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e com niacutevel de atividade fiacutesica moderado respectivamente O valor do
percentual de adequaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo apresentou media de 11267
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que caracteriza sobrepeso e 9534 no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado que caracteriza eutrofia (tabela 8)
Um importante instrumento para a avaliaccedilatildeo de composiccedilatildeo corporal eacute o IMC sendo
que para idosos o valor acima de 27kgmsup2 claacutessica o indiviacuteduo com sobrepeso
abaixo de 22kgmsup2 como baixo peso e a eutrofia se encaixa entre os valores de
22kgmsup2 a 27kgmsup2 sendo assim a avaliaccedilatildeo quantitativa do perfil antropomeacutetrico da
amostra destaca que segundo o IMC no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo
769 (n=1) dos indiviacuteduos estatildeo com baixo peso tambeacutem 769 (n=1) se
encontram eutroacuteficos e 8461 (n=11) estatildeo com sobrepeso jaacute no grupo com
atividade fiacutesica moderado 1852 (n=5) dos indiviacuteduos apresentam baixo peso
4814 (n=13) satildeo eutroacuteficos e 3333 (n=9) estatildeo com sobrepeso Sendo assim o
grupo de com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma maior ocorrecircncia
de indiviacuteduos eutroacuteficos (figura 1)
Observa-se ainda a existecircncia da diferenccedila significante entre o iacutendice de massa
corporal dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o iacutendice de massa corporal
dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado uma vez que o p-valor
encontrado foi menor que 005 (0005) Sendo assim conclui-se que haacute correlaccedilatildeo
positiva entre a praacutetica de atividade fiacutesica e o iacutendice de massa corporal uma vez que
os indiviacuteduos praticantes de atividade fiacutesica baixo obtiveram um valor meacutedio maior
de iacutendice de massa corporal quando comparado ao grupo de idosos que possuem
niacutevel de atividade fiacutesica moderado
55
Figura 1 - Perfil nutricional segundo IMC de acordo com niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode-se observar que no grupo de idosos que possuem um niacutevel menor de atividade
fiacutesica 6153 (n=8) dos indiviacuteduos apresentaram risco substancialmente elevado de
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura mensurada
2307 (n=3) indiviacuteduos apresentaram risco aumentado e 1538 (n=2) natildeo
apresentaram riscos
Enquanto que no grupo de quem praacutetica atividade fiacutesica moderadamente 3333
(n=9) natildeo apresentaram riscos 2962 (n=8) apresentaram risco aumentado e
3703 (n=10) apresentaram risco substancialmente elevado de complicaccedilotildees
metaboacutelicas (figura 2)
Houve correlaccedilatildeo significante entre as medidas de circunferecircncia da cintura dos
grupos estudados encontrando o p-valor menor que 005 (0017) Dessa forma
conclui-se que haacute correlaccedilatildeo entre a praacutetica de atividade fiacutesica e a medida da
circunferecircncia da cintura uma vez que o valor meacutedio desse indicador foi menor no
grupo de indiviacuteduos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao valor meacutedio encontrado no grupo de indiviacuteduos que possuem o niacutevel
de atividade fiacutesica baixo
769 769
8461
1852
4814
3333
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
56
Figura 2 - Classificaccedilatildeo de risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Com relaccedilatildeo ao percentual de gordura corporal apenas 9 indiviacuteduos do grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foram avaliados devido a impossibilidade de se usar a
bioimpedacircncia decorrente da presenccedila de placas metaacutelicas no corpo dos indiviacuteduos
Sendo assim podemos observa na figura 3 que apenas 1111 (n=1) dos indiviacuteduos
avaliados do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam valores
adequados de percentual de gordura 5555 (n=5) apresentam valores elevados
3333 (n= 3) apresentam valores muito elevados e nenhum indiviacuteduo apresentou
baixo valor
No grupo dos indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica moderado 5185
(n= 14) dos indiviacuteduos possuem um percentual adequado 74 (n= 2) apresentam
baixo valor 3703 (n= 10) apresentam valor elevado 37 (n= 1) apresentam um
valor muito elevado e nenhum indiviacuteduo apresentou baixo valor
Observa-se que o percentual de gordura dos idosos estudados natildeo apresentou
correlaccedilatildeo com a praacutetica de atividade fiacutesica uma vez que o p-valor deste indicador
foi maior que 005 (0113) ou seja natildeo houve diferenccedila significante entre os valores
meacutedios de percentual de gordura entre os grupos
1538
2307
6153
3333 2962
3703 NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
57
Figura 3 ndashClassificaccedilatildeo gordura corporal de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha pode constatar que apenas 10 (n=4)
de toda a populaccedilatildeo apresentou o quadro de desnutriccedilatildeo com um valor de CP
menor que 31 cm sendo que apenas 769 (n=1) do grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica baixo se enquadraram neste paracircmetro e 1111 (n=7) do grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Na correlaccedilatildeo dos valores meacutedios de circunferecircncia da panturrilha entre os grupos
de idosos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o grupo de idosos que
apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado observa-se uma diferenccedila
estatisticamente comprovada uma vez que o p-valor encontrado foi menor que
0005 (0045) sendo assim o valor meacutedio encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado foi menor quando comparado ao niacutevel de atividade fiacutesica
baixo
Observa-se que na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica baixo apresentou um valor meacutedio de percentual de adequaccedilatildeo de
11267 que equivale a sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou um valor meacutedio de 9534 que equivale a eutrofia
A anaacutelise da prega cutacircnea tricipital revelou que o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresenta uma classificaccedilatildeo meacutedia de eutrofia com o valor meacutedio de
percentual de adequaccedilatildeo de 10361 e o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
0
1111
5555
3333
74
5185
3703
37
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
58
moderado apresentou desnutriccedilatildeo moderada com o valor meacutedio de percentual de
adequaccedilatildeo de 7963
Observa-se que tanto a medida da circunferecircncia do braccedilo quanto a medida da
prega cutacircnea tricipital apresentaram diferenccedilas significantes entre os grupos
estudados uma vez que ambos apresentaram p-valor menor que 005 ou seja
conclui-se que os indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam
valores maiores destes indicadores quando comparados ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Eacute pertinente ao estudo comprovar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa corporal
e circunferecircncia da cintura coletadas no grupo de idosos com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado Para fazer a anaacutelise da natildeo correlaccedilatildeo entre os iacutendices de iacutendice
de massa corporal e circunferecircncia da cintura eacute necessaacuterio interpretar os dados
amostrais avaliando esses dois dados e confrontando-os em cada grupo amostral
Na tabela 9 e 10 estatildeo correlacionados os dados de iacutendice de massa corporal e
circunferecircncia da cintura do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e do grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS SEM RISCO RISCO
AUMENTADO RISCO SUBSTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 1 1 0 0
Eutrofia 1 1 0 0
Sobrepeso 11 0 3 8 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
SEM RISCO
RISCO AUMENTADO
RISCO SUSBTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 5 4 1 0 Eutrofia 13 5 5 3 Sobrepeso 9 0 2 7 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Observa-se de acordo com a tabela 9 somente os indiviacuteduos classificados como
sobrepeso no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentaram risco
59
aumentado ou substancialmente elevado para complicaccedilotildees metaboacutelicas associados
a circunferecircncia da cintura entretanto na tabela 10 pode-se observar que no grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado tanto alguns indiviacuteduos classificados com
eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com sobrepeso apresentaram risco
aumentado e substancialmente aumentado pode-se constatar ainda que um
indiviacuteduo classificado como baixo peso tambeacutem apresentou um risco aumentado
para complicaccedilotildees metaboacutelicas associado a circunferecircncia da cintura
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo CLASSIFICACcedilAtildeO
DO IMC Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 1 0 1 0 0
Eutrofia 1 0 0 1 0
Sobrepeso 11 0 0 4 3
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 5 2 3 0 0 Eutrofia 13 0 10 3 0 Sobrepeso 9 0 1 7 1 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 11 e 12 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o percentual de gordura corporal tanto no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado alguns indiviacuteduos
mesmo sendo classificados com eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com
sobrepeso apresentaram um percentual elevado de gordura corporal
Aplicando o iacutendice de qualidade da dieta pode se observar que a maioria da
populaccedilatildeo estudada encontra-se com uma ldquodieta saudaacutevelrdquo sendo representada por
7692 (n=10) no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e por 85 18 (n=23) no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou 2307 (n=3) dos indiviacuteduos com ldquodieta que precisa de
60
modificaccedilatildeordquo enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou 1481 (n=4) nenhum indiviacuteduo dos dois grupos apresentou ldquodieta
inadequadardquo (figura 4)
Em geral a populaccedilatildeo de idosos estudada apresentou uma meacutedia do IQD-R de
7592 com variaccedilatildeo de 5672 a 9074 pontos O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou uma meacutedia 7393 enquanto que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma valor meacutedia de 7688
Figura 4 - Iacutendice de qualidade da dieta de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 13 e 14 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o iacutendice de qualidade da dieta revisado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado a classificaccedilatildeo
de ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo apareceu em todas as classificaccedilotildees do iacutendice
de massa corporal ou seja indiviacuteduos com baixo peso eutroacuteficos e com sobrepeso
apresentaram ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo Em contrapartida diversos
indiviacuteduos com sobrepeso e tambeacutem com baixo peso apresentaram ldquodieta saudaacutevelrdquo
Sendo assim conclui-se que o iacutendice de massa corporal natildeo apresentou correlaccedilatildeo
com o iacutendice de qualidade da dieta ingerida pelos idosos
0
2307
7692
0
1481
8518
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
61
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO DIETA
SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 1 0 0 1 Eutrofia 1 0 1 0 Sobrepeso 11 0 2 9 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO
DIETA SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 5 0 1 4 Eutrofia 13 0 2 11 Sobrepeso 9 0 1 8
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
62
42 DISCUSSAtildeO
Da populaccedilatildeo estudada todo o grupo era composto por mulheres essa situaccedilatildeo de
um nuacutemero maior de idosos do sexo feminino do que do sexo masculino encontrada
em vaacuterios outros estudos com a populaccedilatildeo idosa Galesi e outros (2008) que
avaliaram o perfil alimentar e nutricional de 60 idosos do sexo feminino e apenas 25
do sexo masculino em uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia e tambeacutem por Abreu e
outros (2008) que avaliaram a inadequaccedilatildeo no consumo alimentar de idosos no
qual 69 da amostra estudada era composta pelo sexo feminino Salgado citado por
Galesi e outros (2008) afirma que essas situaccedilotildees refletem a feminizaccedilatildeo da
populaccedilatildeo idosa ou seja realmente existe uma proporccedilatildeo relativamente maior de
idosos do sexo feminino do que do sexo masculino esse fenocircmeno eacute decorrente de
diversos fatores entre eles eacute a elevada expectativa de vida para mulheres que em
meacutedia vivem sete anos a mais do que os homens outro fato eacute a mulher geralmente
se casar com homens mais velhos que consequentemente morrem primeiro que
esta aumentando assim a sobrevivecircncia da esposa em relaccedilatildeo ao seu marido
Em paralelo Vera citado por Machado e outros (2006) afirma que a mulher possui
atitudes diferentes a dos homens frente a preocupaccedilatildeo com a sauacutede tendo uma
maior procura pelos serviccedilos ou qualquer atividade puacuteblica relacionada a sauacutede
encontrando assim em seu estudo 743 da amostra composta por mulheres
idosas
De acordo com o IPAQ 325 dos indiviacuteduos possuiacuteam niacutevel de atividade fiacutesica
baixo e 675 possuiacuteam niacutevel moderado de atividade fiacutesica Uma vez que a pratica
de atividade fiacutesica moderada ou vigorosa classifica o indiviacuteduo como ativo isso
implica dizer que 675 dos idosos analisados satildeo ativos
A praacutetica de atividade fiacutesica eacute essencial para todas as faixas etaacuterias mas no caso de
idosos esta praacutetica pode beneficiar ainda a sauacutede dos mesmos uma vez que a
atividade fiacutesica contribui para diminuiccedilatildeo de dores nas articulaccedilotildees diminuiccedilatildeo de
gordura corporal e maior captaccedilatildeo de glicose sanguiacutenea entre outros benefiacutecios
(FRANCHI JUacuteNIOR MONTENEGRO) Mota e outros (2006) afirma que a pratica de
atividade fiacutesica regular por idosos pode tambeacutem contribuir na prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas como hipertensatildeo arterial doenccedilas cardiovasculares diabetes e siacutendrome
63
metaboacutelica impactando assim no aumento de qualidade de vida e reduccedilatildeo de
mortalidade nesta populaccedilatildeo
Aleacutem de diversos benefiacutecios aacute sauacutede do idoso como prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas a praacutetica regular de atividade fiacutesica ainda pode contribuir para o
retardamento da reduccedilatildeo da capacidade funcional do organismo decorrente do
envelhecimento contribuindo assim diretamente para o aumento da qualidade de
vida desta populaccedilatildeo (REIS SOUZA 2012)
Hurley e Hagber (1998) citado por Matsudo e Paiva Neto (2000) relatam que a
praacutetica de qualquer atividade fiacutesica por si soacute seja exerciacutecio aeroacutebico ou anaeroacutebico
levam a reduccedilatildeo de gordura corporal em idosos mesmo sem restriccedilatildeo caloacuterica
Shepard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) relatam que as
alteraccedilotildees ocorridas na composiccedilatildeo corporal com a praacutetica regular de atividade
fiacutesica podem ser decorrentes das alteraccedilotildees na taxa metaboacutelica em repouso No
estudo de Bergman (1991) citado por Ferreira (2007) foi constatado que a praacutetica
regular de atividade fiacutesica em curto espaccedilo contribui para uma melhora na
composiccedilatildeo corporal 27 idosas foram submetidas a realizar caminhadas em esteira
quatro vezes por semana e apoacutes 10 semanas obtiveram reduccedilatildeo na gordura
corporal e aumento de massa magra
Pode-se observar que os idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica moderada
apresentaram melhores resultados de composiccedilatildeo corporal quando comparado aos
idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica baixo o IMC meacutedio encontrado foi de
2553kgmsup2 e 3130kgmsup2 apresentando eutrofia e sobrepeso respectivamente
Mazo e outros (2006) tambeacutem constatou que 956 da sua populaccedilatildeo de idosas que
apresentavam excesso de peso possuiacuteam um baixo iacutendice de aptidatildeo funcional geral
decorrente da praacutetica irregular de atividade fiacutesica enquanto que 429 das idosas
que apresentavam IMC adequado estavam com o iacutendice de aptidatildeo funcional geral
bom Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) tambeacutem verificaram em seu estudo que
comparava a composiccedilatildeo corporal de idosos esportista e idosos irregularmente
ativos que o grupo de idosos esportistas possuiacutea um IMC de eutrofia enquanto que
o grupo de idosos irregularmente ativos possuiacuteam um IMC de sobrepeso
O baixo peso encontrado em 15 em toda a populaccedilatildeo estudada eacute tatildeo preocupante
como o sobrepeso tambeacutem encontrado Na atualidade estima-se que a prevalecircncia
de baixo peso fique em torno de 1 a 15 em idosos que vivem em residecircncias e
64
esse valor ainda tem aumento quando trata-se de idosos residentes em instituiccedilotildees
de longa permanecircncia (25 a 60) e um aumento ainda maior quando diz respeito a
idosos hospitalizados (35 a 65) A desnutriccedilatildeo em idosos pode favorecer a
incidecircncia de doenccedilas que consequentemente iratildeo interferir no estado nutricional do
indiviacuteduo Essa populaccedilatildeo eacute dita como um grupo de risco para o baixo peso devido a
vaacuterias alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento como reduccedilatildeo do
paladar dificuldades de mastigaccedilatildeo aleacutem do elevado uso de medicamentos que
consequentemente interfere no apetite na digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes
(SOUSA GUARIENTO 2009) Outros diversos estudos tambeacutem encontraram a
prevalecircncia de baixo peso em idosos Fiore e outros (2006) que avaliaram o perfil
nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede tambeacutem encontraram
na sua populaccedilatildeo 151 dos indiviacuteduos apresentando baixo peso de forma
semelhante Galesi e outros (2008) encontraram uma proporccedilatildeo de 18 de idosos
com baixo peso em seu estudo que avaliava o perfil alimentar e nutricional de idosos
institucionalizados
Quanto ao risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas associada agrave circunferecircncia da cintura
o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou uma meacutedia de 9716 cm o
que representa um risco substancialmente elevado e o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia de 8568 cm que classifica um risco
aumentado Aleacutem disso pode-se contatar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa
corporal e o risco de complicaccedilatildeo metaboacutelica de acordo com a circunferecircncia da
cintura de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado no qual foi encontrado que
mesmo indiviacuteduos que natildeo estavam com sobrepeso apresentaram um risco
aumentado ou substancialmente aumentado para complicaccedilotildees metaboacutelicas
Os elevados valores encontrados de circunferecircncia da cintura podem ser explicados
devido agraves alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento que contribuem
para o aumento de peso e tambeacutem para a redistribuiccedilatildeo da gordura corporal
(FERREIRA 2003) Bouchard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007)
afirmaram que a gordura corporal em idosos eacute encontrada em maiores quantidades
na regiatildeo do abdocircmen Outros autores ainda afirmam que o aumento da
circunferecircncia da cintura se deve a substituiccedilatildeo da gordura subcutacircnea pela gordura
visceral na regiatildeo abdominal aleacutem da existecircncia de uma redistribuiccedilatildeo da gordura
corporal que deixa de se depositar nos membros ocorrendo assim um acuacutemulo na
65
regiatildeo central do corpo Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do perfil
nutricional de idosos verificaram um alto iacutendice de prevalecircncia de risco para
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura 808 da
populaccedilatildeo estudada e especialmente em idosos do sexo feminino
Na avaliaccedilatildeo da gordura corporal tambeacutem pode ser notado a natildeo correlaccedilatildeo entre
iacutendice de massa corporal e percentual de gordura corporal no qual pode ser
encontrado um percentual de gordura elevado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e niacutevel de atividade fiacutesica moderado em indiviacuteduos que natildeo se
classificam como sobrepeso este iacutendice tambeacutem vem comprovar as alteraccedilatildeo
corporais no idoso Entretanto quando haacute a comparaccedilatildeo entre os valores meacutedios de
gordura corporal dos dois grupos observa-se que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica possui um menor percentual Matsudo (2002) afirma que idosos considerados
ativos apresentam um menor peso corporal e tambeacutem um menor percentual de
gordura corporal
A avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador muito utilizado na
avaliaccedilatildeo do estado nutricional do idoso por ser sensiacutevel a perda de massa magra e
consequentemente a desnutriccedilatildeo Observa-se que na populaccedilatildeo geral estudada a
meacutedia da CP foi de 3551 cm que equivale a eutrofia um resultado parecido foi
encontrado tambeacutem por Rauen e outros (2008) em uma pesquisa que avaliaram o
estado nutricional de idosos encontrando um valor meacutedio de CP de 328 cm
tambeacutem os classificando com eutrofia Machado e outros (2006) tambeacutem natildeo
encontrou comprometimento da massa magra atraveacutes da circunferecircncia da
panturrilha sendo que o valor meacutedio encontrado no seu estudo que avaliava o perfil
nutricional e funcional de idosos foi de 367 cm para idosos do sexo masculino e
348 cm para idosos do sexo feminino
A circunferecircncia do braccedilo eacute utilizada para mensurar tecido muscular gorduroso e
tambeacutem tecido oacutesseo (TARTARI BUSNELLO NUNES 2010) Na avaliaccedilatildeo deste
indicador observa-se que em meacutedia o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo
apresentou uma classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado apresentou um estado meacutedio de eutrofia Machado e
outros (2006) verificou tambeacutem nenhum comprometimento do tecido adiposo atraveacutes
dos valores encontrados de CB estando 100 da sua populaccedilatildeo de idosos
estudada dentro do limite de normalidade natildeo correspondendo assim tambeacutem o
66
que Menezes e Marucci (2013) relataram sobre a circunferecircncia do braccedilo em idosos
que tende a diminuir devido agrave perda de massa magra tiacutepico da idade devido ocorrer
o deslocamento da gordura dos membros para regiatildeo central
Com relaccedilatildeo a prega cutacircnea tricipital observa-se um valor meacutedio que representa
de eutrofia no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo e classificaccedilatildeo meacutedia de
desnutriccedilatildeo moderada no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica moderado A mesma
situaccedilatildeo foi encontrada por Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do
perfil nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede no qual 548
da populaccedilatildeo apresentou um valor reduzido deste indicador que expressa a
quantidade e a localizaccedilatildeo do tecido adiposo subcutacircneo O mesmo autor afirma
ainda que este fato eacute esperado em indiviacuteduos idosos uma vez que existem
evidecircncias que comprovam que com o avanccedilar da idade haacute uma redistribuiccedilatildeo do
tecido gorduroso antes localizado nos membros para a regiatildeo abdominal
Quando avaliamos o estado nutricional dos indiviacuteduos atraveacutes do iacutendice de massa
corporal relacionado ao iacutendice de qualidade da dieta pode-se constatar que o IMC
natildeo teve relaccedilatildeo direta com o IQD-R uma vez que a classificaccedilatildeo de ldquodieta que
precisa de modificaccedilatildeordquo atingiu todas as classificaccedilotildees do IMC assim como a ldquodieta
saudaacutevelrdquo tambeacutem alcanccedilou todas as classificaccedilotildees Dessa forma podemos afirmar
que natildeo eacute apenas o consumo alimentar que resulta no estado nutricional
Campos Monteiro e Ornelas (2000) confirmam que o estado nutricional dos idosos eacute
um quadro resultante das diversas condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem
aleacutem de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade Montilla Marucci e
Aldrighi (2006) encontraram e seu estudo que avaliava o estado nutricional e o
consumo alimentar de mulheres no climateacuterio que o iacutendice de massa corporal natildeo
estava acompanhando a mesma tendecircncia do valor energeacutetico consumido ou seja
o IMC estava acima da classificaccedilatildeo de eutrofia entretanto o valor energeacutetico da
dieta ingerida estava adequado estes mesmo autores afirmaram que este fato pode
ter acontecido por pelo menos dois fatores o IMC avalia o estado nutricional atual
do indiviacuteduo mas que foi adquirindo ao logo de um tempo enquanto que o
recordatoacuterio 24 horas instrumento que geralmente eacute usado para avaliar o consumo
alimentar de indiviacuteduos ou populaccedilatildeo avalia somente o dia anterior ou o fato pode
ter acontecido devido a reduccedilatildeo do metabolismo que acompanha o passar da idade
67
podendo assim levar ao desequiliacutebrio energeacutetico mesmo que o consumo esteja
dentro das recomendaccedilotildees
A maior meacutedia de pontuaccedilatildeo do IQD-R foi encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado sendo assim as maiores pontuaccedilotildees do IQD-R foram
diretamente associada com a praacutetica de atividade fiacutesica assim como encontrado por
Wendpap (2012) em seu estudo que avaliou a qualidade da dieta de adolescentes
no qual foram encontrados maiores pontuaccedilotildees do IQD-R em adolescentes que
gastavam menos tempo com atividades ditas como sedentaacuterias como assistir
televisatildeo ou jogar viacutedeo game
Na avaliaccedilatildeo das pontuaccedilotildees do IQD-R por componente pode-se observar que tanto
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado como no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo houve baixa pontuaccedilatildeo para os grupos ldquofrutas totaisrdquo (263 e
241) ldquofruta integraisrdquo (281 e 248) ldquovegetais verdes escuros e alaranjados e
leguminosasrdquo (181 e 033) e ldquoLeite e derivadosrdquo (335 e 295) no grupo de ldquoVegetais
Totaisrdquo a populaccedilatildeo do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou um
consumo intermediaacuterio (323) enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
moderado apresentou um consumo baixo (217) No grupo ldquoCereais Totaisrdquo
observou-se uma elevada pontuaccedilatildeo pela populaccedilatildeo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo (861) e uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria (533) para a populaccedilatildeo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado assim como no grupo de ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo
com pontuaccedilatildeo de 947 e 529 respectivamente e no ldquogrupo de oacuteleosrdquo (811 e 491)
e ldquogordura saturadardquo (953 e 697) no componente ldquosoacutediordquo os dois grupos
populacionais tiveram pontuaccedilatildeo intermediaacuteria com 653 para o grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo e 548 para o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado e
no componente ldquoGord AArdquo houve elevada pontuaccedilatildeo (1792) e (1189) nos dois
grupos Sendo assim pode-se constatar que o componente do IQD-R que mais
contribuiu para elevaccedilatildeo da pontuaccedilatildeo foi o ldquoGord AArdquo
O baixo consumo de frutas verduras e leitesderivados por idosos tambeacutem foi
encontrado Martins e outros (2010) em 765 da populaccedilatildeo estudada no qual
associou este achado com os niacuteveis elevados de pressatildeo arterial outros estudos
tambeacutem confirmam um baixo consumo fibras e consequentemente de frutas e
verduras por idosos Galesi e outros (2008) verificou que apenas 26 da populaccedilatildeo
estudada realizam a ingestatildeo adequada de fibras diaacuteria que eacute em torno de 30gdia
68
A ingestatildeo de fibras eacute de grande importacircncia para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel em
todas as fases da vida mas na velhice o consumo de fibras se torna ainda mais
relevantes devido a grande prevalecircncia de constipaccedilatildeo intestinal nesta populaccedilatildeo
uma vez que as fibras auxiliam na formaccedilatildeo do bolo fecal e juntamente com outros
fatores realizam os estiacutemulos para o peristaltismo intestinal (Brasil 2009)
O baixo consumo de leites e derivados foi constato por outros diversos estudos com
a populaccedilatildeo idosa Machado e outros (2006) verificaram que o consumo de leites e
derivados em qualquer quantidade natildeo chegou a 100 da amostra o que
caracteriza provavelmente uma inadequaccedilatildeo no consumo de caacutelcio e Matta Papini e
Corrente encontraram um consumo meacutedio de apenas 118 porccedilotildees de leites e
derivados ao dia por idosos o que representa um consumo baixo considerando a
recomendaccedilatildeo de trecircs porccedilotildees ao dia A deficiecircncia de caacutelcio no organismo de um
idoso representa uma grande preocupaccedilatildeo uma vez que este eacute um importante
mineral para os idosos pois o consumo adequado de caacutelcio auxilia na prevenccedilatildeo ou
na reduccedilatildeo do aparecimento de doenccedilas oacutesseas como a osteoporose que eacute
caracterizada pela reduccedilatildeo de massa oacutessea que leva consequentemente a uma
maior vulnerabilidade a fraturas e que acometem em sua maioria os idosos (Paixatildeo
e Bressan 2010)
O consumo de carboidratos em geral neste estudo pode ser considerado como
dentro da meacutedia alcanccedilando uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria diferentemente do
achado por Silva e outros (2010) que constatou um elevado consumo de
carboidratos por idosos chegando em torno de 75 do valor energeacutetico (VET) total
da dieta ingerida jaacute Farinea Ricalde e Siviero encontram um consumo adequado de
carboidratos ou seja em torno 5637 de carboidrato por praticantes de atividade
fiacutesica
Avaliando ainda o consumo alimentar pode ser constatado que em relaccedilatildeo ao
nuacutemero de refeiccedilotildees realizadas ao longo do dia pela populaccedilatildeo idosa estudada
percebe-se que em meacutedia satildeo realizadas 482 refeiccedilotildeesdia um nuacutemero menor do
que preconizado pelo guia alimentar da populaccedilatildeo brasileira (2011) que sugere a
realizaccedilatildeo de trecircs grandes refeiccedilotildees mais lanches saudaacuteveis ao longo do dia fato
que tambeacutem se relaciona pelo achado de Silva Filho e outros que em seu estudo de
verificaccedilatildeo do comportamento alimentar de idosos constatou quem em meacutedia foram
realizadas de 3 a 4 refeiccedilotildees diaacuterias por 96 idosos participantes da pesquisa Eacute de
69
suma importacircncia a realizaccedilatildeo de 5 a 6 refeiccedilotildees ao dia pelo fato de que com a
reduccedilatildeo do nuacutemero de refeiccedilotildees o indiviacuteduo fica um tempo maior sem se alimentar
levando ao organismo responder a esta inaniccedilatildeo reduzindo o metabolismo de forma
a guardar energia para o este periacuteodo em jejum o que consequentemente leva a ao
acuacutemulo de calorias aleacutem de outros processos orgacircnicos se manterem alterados
como a produccedilatildeo de hormocircnios e substacircncias participantes dos processos de
digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes (RUELA SOUSA JUNIOR 2010)
Observa-se ainda que 425 (n= 17) da populaccedilatildeo em geral estudada natildeo
possuiacuteam o haacutebito de realizar o jantar Machado e outros (2006) encontraram
tambeacutem um elevado percentual de idosos que natildeo realizavam o jantar em seu
estudo que avaliou o perfil nutricional e funcional de idosos sendo 307 da
populaccedilatildeo do sexo masculino seguido de 222 da populaccedilatildeo do sexo feminino
Esse mesmo autor relatou que esse haacutebito acaba se tornando comum pois os
idosos natildeo desejam consumir grande quantidade de alimentos como no almoccedilo
antes de dormir ou pelo simples fato de ser mais cocircmodo realizar um lanche do que
um jantar
70
71
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS Diante do exposto conclui-se que os idosos que praticam atividade fiacutesica
moderadamente apresentam um melhor estado nutricional quando comparados aos
idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Esse fato eacute comprovado
pelas diferenccedilas significativas encontradas nos indicadores usados na avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica neste estudo
A populaccedilatildeo estudada em geral apresentou um iacutendice de qualidade da dieta
elevado que representa uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser
observado que os indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou um maior iacutendice de qualidade quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo
Uma vez que haacute uma escassez de estudos envolvendo a praacutetica de atividade fiacutesica
e a qualidade da dieta de idosos recomenda-se a realizaccedilatildeo futura de estudos
nutricionais nesta populaccedilatildeo abrangendo outros assuntos ligados a nutriccedilatildeo que
sejam pertinentes a este grupo
Sendo assim eacute imprescindiacutevel a implantaccedilatildeo de Programas de Qualidade de Vida
que abranja orientaccedilotildees nutricionais e de atividade fiacutesica para idosos uma vez que
para esses indiviacuteduos obtenha uma elevada qualidade de vida eacute essencial a
prevenccedilatildeo da incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que comumente
atingem essa populaccedilatildeo
72
73
REFEREcircNCIAS
ABREU W C et al Inadequaccedilatildeo no consumo alimentar e fatores interferentes na ingestatildeo energeacutetica de idosos matriculados no programa municipal da terceira idade de viccedilosa (MG) Revista Baiana de Sauacutede Puacuteblica v32 n2 p177-189 maioago 2008 Disponiacutevel em httpinseeribictbrrbspindexphprbsparticleviewFile139135gt Acesso em 10 de out de 2013 ACUNAtilde K CRUZ T Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de adultos e idosos e situaccedilatildeo nutricional da populaccedilatildeo brasileira Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 48 n 3 p 345-361 jun 2004 Disponiacutevel em lthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache1J0Ta7oEv5UJscholargooglecom+circunferencia+da+panturrilha+idososamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 02 de out de 2013 ALVES J E D A Transiccedilatildeo Demograacutefica e a Janela de Oportunidade Satildeo Paulo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial 2008 Disponiacutevel emlt httpwwwbraudelorgbrpesquisaspdftransicao_demograficapdfgtacesso em 20 de fev 2013 AMADO T C F ARRUDA I K G FERREIRA A R Aspectos alimentares nutricionais e de sauacutede de idosas atendidas no Nuacutecleo de Atenccedilatildeo ao Idoso ndash NAI Recife Archivos Latinoamericanos de Nutricion v 57 n 4 p 366-372 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscieloorgvescielophpscript=sci_arttextamppid=S0004-06222007000400009amplng=esampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de abr 2013 ANDRADE FB CALDAS A F KITOKO P M Relationship between oral health nutrient intake and nutritional status in a sample of Brazilian elderly 2009 (Biblioteca Online) Disponiacutevel em httponlinelibrarywileycomdoi101111j1741-2358200800220xabstract Acesso em 18 de mar 2013 ARANHA F Q et al O Papel da Vitamina C Sobre as Alteraccedilotildees Orgacircnicas no Idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas 13(2) 89-97 maioago 2000Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv13n27911pdfgt Acesso em 12 mar 2013 BARBOSA M A Importacircncia da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel ao Longo da Vida Refletindo na Sauacutede do Idoso 2012 41 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Nutriccedilatildeo Cliacutenica) - Departamento de Ciecircncias da Vida Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ijuiacute 2012 Disponiacutevel em lthttpbibliodigitalunijuiedubr8080xmluibitstreamhandle1234567891045A20ImportC3A2ncia20da20AlimentaC3A7C3A3o20SaudC3A1vel20ao20Longo20da20Vida20Refletindo20na20SaC3BAde20do20Idosopdfsequence=1gt Acesso em 15 mar 2013 BARBOSA A M Ingestatildeo alimentar de caacutelcio e vitamina D e associaccedilatildeo com o niacutevel de escolaridade na pessoa idosa Revista Demetra Alimentaccedilatildeo Nutriccedilatildeo e Sauacutede Rio de Janeiro v 8 n 2 p 173-181 2013 Disponiacutevel emlthttpswwwepublicacoesuerjbrindexphpdemetraarticleview40825144gt Acesso em 15 set 2013 BECKENKAMP J SANTOS J S DOS Efeito da linhaccedila sobre a constipaccedilatildeo intestinal em idosos residentes em instituiccedilotildees geriaacutetricas Revista Brasileira de
74
Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 8 n 2 p 179-187 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview972pdfgt Acesso em 16 de abr 2013 BENEDETTI T R B GONCcedilALVES L H T MOTA J A P Uma proposta de poliacutetica puacuteblica de atividade fiacutesica para idosos Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 16 n 3 p 387-98 Jul Set 2007 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdftcev16n3a03v16n3pdf Acesso em 23 abr 2013 BORGES R M NONINO C B SANTOS J E Tratamento Cliacutenico da Obesidade Revista Medicina Ribeiratildeo Preto v 39 n 2 p 246-252 abrjun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwucgbrucgeventosObesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorialmaterial_consultamaterial_educacao_fisicatratamento20clinico20da20obesidadepdfgt Acesso em 08 de mar 2013 BOSSHARD W et al The treatment of chronic constipation in elderly people an update Drugs Aging v21 n14 p911-930 2004 Disponiacutevel em lthttplinkspringercomarticle10216500002512-200421140-00002page-1gt Acesso em 02 de abril 2013 BRASIL Lei no 10741 de 1ordm de outubro de 2003 Estatuto do Idoso Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leis2003l10741htmgt Acesso em 15 abr 2013 ______ Lei nordm 8842 de 4 de janeiro de 1994 Politica Nacional do Idoso Disponiacutevel em httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8842htm Acesso em 20 de abr 2013 ______ Lei nordm 8742 de 7 de dezembro de 1993Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social Disponiacutevel emlt httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8742htmgt Acesso em 20 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da sauacutede Manual da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel para a populaccedilatildeo idosa 2009 Disponiacutevel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesalimentacao_saudavel_idosa_profissionais_saudepdfgt Acesso em 03 de set 2013 _______ Ministeacuterio da sauacutede Anuaacuterio estatiacutestico de sauacutede do Brasil 2001 Disponiacutevel emlthttpportalsaudegovbrportalaplicacoesanuario2001indexcfmgt Acesso em 15 de abr 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Consenso sobre diabetes 2011a Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesconsenso_bras_diabetespdf Acesso em 05 de abr 2013
______ Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel emlt httpconselhosaudegovbrbibliotecalivrosManual_cepspdfgt Acesso em 20 fev 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes Mellitus 2011 b Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmiolo2002pdf Acesso em 05 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da Sauacutede Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilatildeo para coleta de dados antropomeacutetricos 2011 c Disponiacutevel emlt
75
http18928128100nutricaodocsgeralorientacoes_coleta_analise_dados_antropometricospdfgt Acesso em 30 mai 2013 BUENO J M et al Avaliaccedilatildeo nutricional e prevalecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis em idosos pertencentes a um programa assistencial Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 13 n4 p 1237-1246 2008 CALIXTO-LIMA L GONZALES M C Nutriccedilatildeo Cliacutenica no dia a dia Rio de Janeiro Ed Rubio 204p 2013 CAMPOS M T F S MONTEIRO J B R ORNELAS A P R C Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutriccedilatildeo do idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v13 n 3 p157-165 setdez 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfrnv13n37902pdfgt Acesso em 08 de mar 2013 CAMPOS M A G et al Estado nutricional e fatores associados em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo vol 52 n4 julagos 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=s0104-42302006000400019ampscript=sci_arttextgt Acesso em 25 fev 2013gt Acesso em 23 fev 2013 CARVALHO E N et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade Nutricional das Refeiccedilotildees Servidas aos Idosos em Instituiccedilatildeo Asilar 2003 17 f Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Porto Alegre 2003 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47322656gt Acesso em 11 de abr 2013 CASTILHOS E D PADILHA D M P A importacircncia dos dentes para trecircs diferentes grupos de idosos 2001 135 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em sauacutede bucal coletiva) - Faculdade de Odontologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2002 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=BBOamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=18747ampindexSearch=IDgt Acesso em 12 de mar 2013 CERVI A FRANCESCHINI S C C PRIORES E S Anaacutelise criacutetica do uso do iacutendice de massa corporal para idosos Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v18 n 6 765-775 NovDez 2005 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-52732005000600007gt Acesso em 01 de out de 2013 CHAIMOWICZ F A sauacutede dos idosos brasileiros agraves veacutesperas do seacuteculo XXI problemas projeccedilotildees e alternativas Revista Sauacutede Puacuteblica v 31 n 2 p184-200 1997 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfrspv31n22170gt Acesso em 01 de mar 2013 COSTA et al Estado nutricional e antropometria em idoso revisatildeo da literatura Revista Meacutedica de Minas Gerais Minas Gerais N p7 v 4 p 111-120 juldez 2000 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgi-binwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=556558ampindexSearch=IDgt Acesso em 26 fev 2013 DOBNER T BLASI T C KIRSTEN V R Perfil nutricional de idosos residentes em instituiccedilatildeo geriaacutetrica no interior do RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 9 n 1 p 109-118 Janabr 2012
76
Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview1730pdfgt Acesso em 13 de abr 2013 FARINEA N RICALDE S R SIVIEIRO J Perfil nutricional e antropomeacutetrico de idosos participantes de um grupo de ginaacutestica no municiacutepio de Antocircnio Prado ndash RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 7 n 3 p 394-405 setdez 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview783gt Acesso em 20 de out de 2013
FAZZIO D M G Envelhecimento e qualidade de vida ndash uma abordagem nutricional e alimentar Revista de Divulgaccedilatildeo Cientiacutefica Sena Aires Brasiacutelia v 1 n1 p 76-88 janjun 2012 Disponiacutevel em lthttprevistafacesasenaairescombrindexphprevisaarticleview15gt Acesso em 18 set 2013 FERNANDES M V Consumo de caacutelcio por idosos atendidos no programa de atendimento multidisciplinar agrave sauacutede do idoso 2010 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade do Extremo Sul Catarinense Criciuacutema 2010Disponiacutevel emlthttp200181527bitstreamhandle1140Mariana20Vaterkemper20Fernandespdfsequence=1gt Acesso em 21 abr 2013 FISBERG R M MARCHIONI D M L COLUCCI A C A Avaliaccedilatildeo do consumo alimentar e da ingestatildeo de nutrientes na praacutetica cliacutenica Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 53 n 5 p 627-654 jun 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfabemv53n514pdfgt Acesso em 30 de set de 2013 FLORA A P L DICHI I Aspectos atuais na terapia nutricional da doenccedila inflamatoacuteria intestinal Revista Brasileira de Nutriccedilatildeo Cliacutenica Satildeo Paulo v 21 n 2 p131-7 2006 Disponiacutevel em lthttpxayimgcomkqgroups24540475920552574namedoenC383C2A7a+inflamatC383C2B3ria+intestinal+e+terapia+nutricional+2006pdfgt Acesso em 26 mar 2013 FRANCHI K M B MONTENEGRO JUNIOR R M Atividade fiacutesica uma necessidade para a boa sauacutede na terceira idade Revista Brasileira em Promoccedilatildeo da Sauacutede Fortaleza v 18 n 3 p152-156 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwredalycorgarticulooaid=40818308gt Acesso em 19 de out de 2013 FRANCO L M Educaccedilatildeo Nutricional na terceira idade Alteraccedilotildees Fisioloacutegicas e Alimentaccedilatildeo Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlt httpconferenciasredeunidaorgbrindexphpredeunidaru10paperview2456gt Acesso em 15 de out 2013 FRISANCHO A R New norms of upper limb fat and muscle areas for assessent of nutritional status The American Journal of Clinical Nutrition v 34 p 2540-2545 1981 GALESI L F et al Perfil alimentar e nutricional de idosos residentes em moradias individuais numa instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no leste do estado de Satildeo Paulo Revista de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo Araraquara v19 n3 p 283-290 julset 2008 Disponiacutevel em lthttp20014571150seerindexphpalimentosarticleview632530gt Acesso em 20 de out de 2013
77
GALLAGHER D et al Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex The American Journal Clinical Nutrition Printed in USA vol 72 n 3 p694ndash701 2000 GUEDES DP GONCcedilALVES LAVV Impacto da Praacutetica habitual de Atividade Fiacutesica no perfil Lipiacutedico de adultos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia Satildeo Paulo v 51 n1 p 72-78 2007 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfabemv51n108pdfgt Acesso em 21 de abr 2013 GUEDES DP LOPES CC GUEDES JERP Reprodutibilidade e validade do Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica em Adolescentes Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 11 n 2 p 151-158 Marccedilabr 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev11n2a11v11n2pdfgt acesso em 24 de mai 2013 INSTITUTO MINEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA Hiperdia 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwimepencomhiperdiagt Acesso em 20 abr 2013 KUMPEL D A et al Obesidade em idosos acompanhados pela estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 20 n3 p 471-477 JulSet 2011 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdftcev20n307pdfgt Acesso em 15 de mar 2013 LACERDA N C SANTOS S S C Avaliaccedilatildeo nutricional de idosos um estudo bibliograacutefico Rev RENE Fortaleza v 8 n 1 p 60-70 janabr2007 Disponiacutevel em lthttprepositoriofurgbr8080xmluibitstreamhandle11857AvaliaC3A7C3A3o20nutricional20de20idosos20um20estudo20bibliogrC3A1ficopdfsequence=1gt Acesso em 20 mar 2013 LACOURT M X MARINI L L Decreacutescimo da funccedilatildeo muscular decorrente do envelhecimento e a influecircncia na qualidade de vida do idoso uma revisatildeo de literatura Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 3 n 1 p114-121 janjul 2006 Disponiacutevel emlt httpwwwupfbrseerindexphprbceharticleview5144gt Acesso em 05 de out de 2013 LEBRAtildeO M L O envelhecimento no Brasil aspectos da transiccedilatildeo demograacutefica e epidemioloacutegica Revista Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 4 n 17 p 135-140 ago set 2007 Disponiacutevel emlt httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem2559pdfgt Acesso em 24 mar 2013 LEON M et al Percepccedilatildeo da inseguranccedila alimentar em famiacutelias com idosos em Capinas Satildeo Paulo Caderno de Puacuteblica Rio de Janeiro v21 n 1 p1433-1410 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv21n516pdf Acesso em 02 out 2013 MACHADO J S Perfil nutricional e funcional de idosos atendidos em um ambulatoacuterio de nutriccedilatildeo da policliacute-nica Joseacute Paranhos Fontenelle na cidade do Rio de Janeiro Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 10 p 57-73 2006 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47972702gt Acesso em 05 de out de 2013
78
MADEIRA M C et al Atividade fiacutesica no deslocamento em adultos e idosos do Brasil prevalecircncias e fatores associados Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v29 n 1 p 165-174 jan 2013 Disponiacutevel emlt httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cachel0y4OnZr76sJscholargooglecom+MADEIRA+atividade+fisica+2013amphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 05 out 2013
MAGALHAtildeES L M R Relaccedilatildeo entre Sauacutede Oral e Nutriccedilatildeo em Idosos 2011 49 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Dentaacuteria) Universidade Fernando Pessoa Porto Alegre 2011 Disponiacutevel emlt httpbdigitalufpptbitstream1028424023Tpdfgtacesso em 15 mar 2013 MALTA M B PAPINI S J CORRENTE J E Avaliaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo de idosos de municiacutepio paulista ndash aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v18 n 2 p 377-384 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfcscv18n209pdfgt acesso em 30 de set de 2013 MARTINS W P et al Resistecircncia agrave insulina em mulheres com siacutendrome dos ovaacuterios policiacutesticos modifica fatores de risco cardiovascular Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Rio de Janeiro v 31 n 3 mar 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrscielophppid=S010072032009000300002ampscript=sci_arttextamptlng=ESgt Acesso em 01 out 2013
MARUCCI D M et al Hipertensatildeo arterial referida e indicadores antropomeacutetricos de gordura em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 57 n 1 p 25-30 2011 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdframbv57n1v57n1a11pdfgt Acesso em 15 fev 2013 MASSON C R et al Prevalecircncia de sedentarismo nas mulheres adultas da cidade de Satildeo Leopoldo Rio Grande do Sul Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 21 n 6 p 1685-1694 nov dez 2005 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcspv21n605pdfgt Acesso em 20 de set 2013 MAZO G Z et al Aptidatildeo funcional geral e iacutendice de massa corporal de idosas praticantes de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Cineantropometria amp Desempenho Humano Florianoacutepolis v8 n4 p46-51 2006 Disponiacutevel emlthttpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cachehttpwwwportalsaudebrasilcomartigospsbidoso077pdfgt Acesso em 20 de set de 2013 MENDES M R S et al Situaccedilatildeo social do idoso no Brasil uma breve consideraccedilatildeo 2005 11 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Enfermagem na Sauacutede do Adulto) Escola de Enfermagem da Universidade de Satildeo Paulo - USP ndash Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfapev18n4a11v18n4pdfgt Acesso em 23 mar 2013 MENEZES T N MARUCCI M F N Valor energeacutetico total e contribuiccedilatildeo de percentual de calorias por macronutrientes da alimentaccedilatildeo de idosos domiciliados m Fortaleza Cearaacute Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 58 n1 p 33-40 nov dez 2012 MIZUNO J Perfil Bioquiacutemico da Glicose e Praacutetica de Atividade Fiacutesica nos Nipo-brasileiros de Segunda Geraccedilatildeo da Cidade de Bauru 2007 46 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Licenciatura Plena em Educaccedilatildeo Fiacutesica) - Departamento de
79
Educaccedilatildeo Fiacutesica da Faculdade de Ciecircncias da Universidade Estadual Paulista Bauru 2007 MONTENEGRO S M R S Efeitos de um programa de fisioterapia como promotor de sauacutede na capacidade funcional de mulheres idosas institucionalizadas 80 f 2006 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Educaccedilatildeo e Sauacutede) Centro de Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Fortaleza Cearaacute 2005 Disponiacutevel em httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheoICqZeWR7EJscholargooglecom+montenegro+silva++alimentaC3A7C3A3o+de+idososamphl=ptBRampas_sdt=05gt Acesso em 10 set 2013 MONTILLA R N G ALDRIGHI J M AVALIACcedilAtildeO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES NO CLIMATEacuteRIO Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache0pygmM5iqLIJscholargooglecom+relaC3A7C3A3o+de+estado+nutricional+e+consumo+alimentar+de+idososamphl=pt-PTampas_sdt=05gt Acesso em 08 de out de 2013 MOTA J et al Atividade fiacutesica e qualidade de vida associada aacute sauacutede em idosos participantes e natildeo participantes em programas regulares de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Satildeo Paulo v20 n3 p219-25 julset 2006 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheCBoCKJNge0oJscholargooglecom+idosos+atividade+fC3ADsicaamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 07 de out de 2013 MULLER N VIETZ V R Educaccedilatildeo em sauacutede e educaccedilatildeo nutricional aos idosos do centro de convivecircncia do idoso Andreacutes Chamorro (cci) no municiacutepio de dourados MS 2009 7 f Trabalhatildeo de Conclusatildeo de Curso ( Bacharel em Enfermagem) - Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul 2009 Mato Grosso do Sul Disponiacutevel em lt httpperiodicosuemsbrindexphpsemexarticleview2305980gt Acesso em 10 mar 2013 NASCIMENTO C M et al Estado nutricional e fatores associados em idosos do Municiacutepio de Viccedilosa Minas Gerais Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 27 n12 p 2409-2418 dez 2011 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610721ampindexSearch=IDgt Acesso em 25 mai 2013 NESELLO L A N TONELLI F O BELTRAME T B Constipaccedilatildeo intestinal em idosos frequentadores de um Centro de Convivecircncia no municiacutepio de Itajaiacute-SC Revista Ceres Rio de Janeiro v 6 n 3 p 151-162 2011 Disponiacutevel em httpwwwe-publicacoesuerjbrindexphpceresarticleviewFile21252113 Acesso em 20 abr 2013 PAIVA NETO A OLIVEIRA A SANTOS R O Comparaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal em idosos esportistas com idosos irregularmente ativos Revista Movimento amp Percepccedilatildeo Espiacuterito Santo do Pinhal v 8 n 11 p41-54 juldez 2007 Disponiacutevel emhttpswwwgooglecombrurlsa=tamprct=jampq=ComparaC3A7C3A3o+da+composiC3A7C3A3o+corporal+em+idosos+esportistas+com+idosos+irregular
80
mente+ativosampesrc=sampsource=webampcd=1ampved=0CC0QFjAAampurl=http3A2F2Fwwwresearchgatenet2Fpublication2F26488733_Comparao_da_composio_corporal_em_idosos_esportistas_com_idosos_irregularmente_ativosampei=kRttUsWfJMuDkQeRx4HgBQampusg=AFQjCNHiqsY74lFQzTDoK8SjKlR0YQnChA Acesso em 10 de out de 2013 NOBREGA A C L Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Atividade Fiacutesica e Sauacutede no Idoso Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 5 n 6 NovDez 1999 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev5n6v5n6a02pdfgt Acesso em 03 mar 2013 PAIXAtildeO M P P C BRESSAN J Caacutelcio e sauacutede osseacutea tratamento e prevenccedilatildeo Revista Sauacutede e Pesquisa v 3 n 2 p 237-246 maioago 2010 Disponiacutevel emlthttpwwwcesumarbrpesquisaperiodicosindexphpsaudpesqarticleview11911079gt Acesso em 12 de out de 2013 PADOVANI R M et al Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 19 n 2 p 741-760 novdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv19n609pdfgt Acesso em 15 set 2013 PEREIRA B C Radicais Livres uma nova abordagem PERISSINOTTO E et alAnthropometric measurements in the elderly Age and gender differences Br J Nutr v 87 n1 p177-186 2012 Disponiacutevel lthttpjournalscambridgeorgdownloadphpfile=2FBJN2FBJN87_022FS0007114502000430apdfampcode=7c9a31135d39e8d85eecd461067b11c3gt Acesso em 15 out 2013 PESSOA L M O P Adequaccedilatildeo nutricional da alimentaccedilatildeo servida aos idosos do instituto Satildeo Vicente de Paulo Vinculado ao laboratoacuterio itinerante PROEAC UEPB 2012 39 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharelado em Enfermagem) ndash Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universidade Estadual da Paraiacuteba Campina Grande 2012 Disponiacutevel em lthttpdspacebcuepbedubr8080jspuibitstream1234567897791PDF20-20Larrycya20Mahayana20Oliveira20Pessoapdfgt acesso em 05 mar 2013 PREVIDELLI A N et al Iacutendice de Qualidade da Dieta Revisado para populaccedilatildeo brasileira Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 45 n4 p 794-798 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrspv45n42523pdfgt acesso em 15 jun 2013 RAUEN M S Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de idosos institucionalizados Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v21 n3 p 303-310 MaiJun 2008 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrnv21n3a05v21n3pdf Acesso em 05 de out de 2013 REIS A E S SOUZA J A Atividade fiacutesica para idosos 36 f 2012 Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica Universidade do Vale do Rio Verde de Trecircs Coraccedilotildees Minas Gerais 2012 Disponiacutevel em httprevistasunincorbrindexphpiniciacaocientificaarticleviewFile424343 Acesso em 13 de set de 2013 RINALDI D B COELHO I Nutriccedilatildeo sauacutede e envelhecimento um estudo sobre o estado nutricional de mulheres que participam do projeto de extensatildeo ldquoUniversidade
81
da Idade Ativardquo Revista Unoesc amp Ciecircncia ndash ACBS Joaccedilaba v 2 n 1 p 67-74 2011 Disponiacutevel lthttpeditoraunoescedubrindexphpacbsarticleview665gt Acesso em 11 abr 2013 ROSA L B et al Odontogeriatria ndash a sauacutede bucal na terceira idade Revista da Faculdade de Odontologia ndash UPF Satildeo Paulo v 13 n8 p 82-86 maiago 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprfoarticleview599392gt Acesso em 08 Mar 2013 RUELA L C R SOUSA JUNIOR F A C Avaliaccedilatildeo nutricional e estilo de vida de adolescentes de uma escola puacuteblica da regiatildeo sul fluminense ndash RJ Revista Nutrir Gerais Ipatinga v 4 n 6 p 554-565 fevjul 2010 Disponiacutevel emlt httpwwwunilestemgbrnutrirgeraisdownloadsartigosvolume4edicao_06avaliacao_nutricional_estilo_vidapdfgt acesso em 20 de set de 2013 SALGADO C D S Mulher idosa a feminizaccedilatildeo da velhice Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 4 p 7-19 2002 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47162642gt Acesso em 01 de out de 2013 SAMPAIO L R Avaliaccedilatildeo nutricional e envelhecimento Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 17 n4 p 507-514 outdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv17n422898pdfgt Acesso em 15 de out de 2013 SANTOS D M SCHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 2 p 163-168 out 2004 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfrspv39n224037pdfgt Acesso em 25 de set de 2013 SANTOS LA S O fazer educaccedilatildeo alimentar e nutricional algumas contribuiccedilotildees para reflexatildeo Revista Ciecircncia e Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 17 n 2 p33-41 Fev 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_pdfamppid=S1413-81232012000200018amplng=enampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de ago 2013 SASS A et al Depressatildeo em idosos inscritos no Programa de Controle de hipertensatildeo arterial e diabetes mellitus Revista Acta Paul Enfermagem Satildeo Paulo v25 n1 p80-85 jul 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfapev25n1v25n1a14pdfgt Acesso em 25 fev 2013 SILVA A K Q et al Perfil nutricional de idosos assistidos em instituiccedilatildeo de longa permanecircncia na cidade de Natal RN Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro v 4 n 1 p 27-35 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwsbggorgbrprofissionaisarquivorevistavolume4-numero1artigo05pdfgt Acesso em 02 de out de 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA VI Diretriz Brasileira de Hipertensatildeo Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo V17 n1 p 7-9 2010 Disponiacutevel em httpwwwanadorgbrprofissionaisimagesVI_Diretrizes_Bras_Hipertens_RDHA_6485pdf Acesso em 10 de abr 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenccedilatildeo da aterosclerose Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 9-23 2007 Disponiacutevel em
82
http9epublicacoescardiolbrconsenso2007diretriz-DApdf Acesso em 15 abr 2013 SOMMACAL H M et al Percentual de perda de peso e dobra cutacircnea tricipital paracircmetros confiaacuteveis para o diagnoacutestico de desnutriccedilatildeo em pacientes com neoplasia periampolar - avaliaccedilatildeo nutricional preacute-operatoacuteria Rev HCPA amp Fac Med Univ Fed Rio Gd do Sul Rio Grande do Sul v n 3 p 290-295 2011 Disponiacutevel emlthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610030ampindexSearch=IDgt Acesso em 28 ago 2013 SOUSA V M C GUARIENTO M E Avaliaccedilatildeo do idoso desnutrido Revista Brasileira de Cliacutenica Meacutedica Satildeo Paulo v7 n1 p 46-49 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwobservatorionacionaldoidosofiocruzbrbiblioteca_artigos83pdfgt acesso em 15 de out de 2013 SPEROTO F M SPINELLI R B Avaliaccedilatildeo nutricional em idosos independentes de uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no municiacutepio de Erechim-RS Revista Cientiacutefica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missotildees Rio Grande do Sul v 34 n 125 p 105-116 marccedilo2010 Disponiacutevel emlt httpwwwuriceredubrnewsitepdfsperspectiva125_78pdfgt Acesso em 01 de out de 2013 SERRA (ES) Secretaria de Sauacutede Guia de Sauacutede 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwserraesgovbrsesaguia_da_saudegt Acesso em 15 abr 2013 SILVEIRA E A KAC G BARBOSA L S Prevalecircncia e fatores associados agrave obesidade em idosos residentes em Pelotas Rio Grande do Sul Brasil classificaccedilatildeo da obesidade segundo dois pontos de corte do iacutendice de massa corporal Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 25 n7 p1569-1577 Jul 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfcspv25n715pdfgt Acesso em 15 abr 2013 SIQUEIRA R L BOTELHO M I V COELHO F M G A velhice algumas consideraccedilotildees teoacutericas e conceituais Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v 7 n4 p899-906 2002 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdf0Dcscv7n414613pdfgt Acesso em 20 fev 2013 SCHRAMM J M A et al Transiccedilatildeo epidemioloacutegica e o estudo de carga de doenccedila no Brasil Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v9 n4 p897-908 2004 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcscv9n4a11v9n4pdfgt Acesso em 28 fev 2013 Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos - TACO 4 ed 2011 Disponiacutevel em lthttp wwwunicampbrnepatacotabelaphpgt Acesso em 09 de out 2012 TARTARI R T BUSNELLO F M NUNES C H A Perfil Nutricional de Pacientes em Tratamento Quimioteraacutepico em um Ambulatoacuterio Especializado em Quimioterapia Revista Brasileira de Cancerologia Satildeo Paulo v56 n 1 p 43-50 jun2010 Disponiacutevel emlthttphospitalhelioangotticomenviados201053222221pdfgt Acesso em 11 de out de 2013 TOSCANO J J O OLIVEIRA A C C Qualidade de Vida em idosos com distintos niacuteveis de atividade Fiacutesica Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo
83
v 15 n3 MaiJun2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev15n3a01v15n3pdfgt acesso em 01 mar 2013 TRAMONTINO V S Nutriccedilatildeo para idosos Revista de Odontologia da Universidade Satildeo Paulo v 21 n 3 p 258-267 setdez 2009 Disponiacutevel lthttpfilesbvsbruploadS1983-51832009v21n3a009pdfgt Acesso em 15 mar 2013 VERAS R Envelhecimento populacional e as informaccedilotildees de sauacutede do PNAD demandas e desafios contemporacircneos Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 23 n10 p 2463-2466 out 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv23n1020pdfgt Acesso em 25 fev 2013 ZAITUNE M P Fatores associados aacute praacutetica de atividade fiacutesica global e de lazer em idosos inqueacuterito de sauacutede no estado de Satildeo Paulo Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 26 n 8 p 1606-1628 set 2010 Disponiacutevel em httpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=557075ampindexSearch=IDgt Acesso em 15 set 2013 WENDPAP L L Iacutendice da qualidade da dieta de adolescentes e fatores associados Dissertaccedilatildeo (Mestre em Biociecircncias) Poacutes Graduaccedilatildeo em Biociecircncias Faculdade de Nutriccedilatildeo da Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabaacute 2012 Disponiacutevel em httpwwwsaudemtgovbruploaddocumento104indice-de-qualidade-da-dieta-de-adolescentes-e-fatores-associados-autora-loiva-lide-wendpap-5B104-140312-SES-MT5Dpdf Acesso em 25 ago 2013 WASHBURN RA SMITH KW JETTE A M JANNEY CA The Physical Activity Scale for the Elderly (PASE) Development and evaluation Journal of Clinical Epidemiology 1993
84
85
APEcircNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) participante
Na condiccedilatildeo de estudante do curso de Nutriccedilatildeo da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo
estou realizando uma pesquisa com o objetivo de analisar o estado nutricional relacionado aacute praacutetica
de atividade fiacutesica e a qualidade da dieta de idosos
Necessito de sua contribuiccedilatildeo para responder questotildees relacionadas ao niacutevel de atividade fiacutesica
exercida informar sobre seus haacutebitos alimentares atuais e tambeacutem da permissatildeo para mensuraccedilatildeo
do seu peso estatura valores de pregas cutacircneas circunferecircncia da cintura da panturrilha e do
braccedilo Sua participaccedilatildeo nesse estudo eacute voluntaacuteria e se vocecirc decidir natildeo participar ou quiser desistir
de continuar em qualquer momento tem absoluta liberdade de fazecirc-lo
Na publicaccedilatildeo dos resultados desta pesquisa sua identidade seraacute mantida no mais rigoroso sigilo
Seratildeo omitidas todas as informaccedilotildees que permitam identificaacute-lo (a)
Os benefiacutecios desse estudo estatildeo relacionados ao conhecimento do seu estado nutricional e
orientaccedilotildees relativas para a melhora do mesmo Os riscos que podem acontecer satildeo referentes agraves
medidas das pregas cutacircneas que podem provocar hematomas e vermelhidatildeo Mas para minimizar e
evitar esse transtorno as medidas seratildeo feitas por pesquisadores treinados e aptos para essa coleta
Quaisquer duacutevidas relativas agrave pesquisa poderatildeo ser esclarecidas por mim ndash Patriacutecia Helena Teixeira
ou pela professora responsaacutevel Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo atraveacutes do telefone 3331-
8500
Atenciosamente
_________________________ Nome do aluno(a)
____________________________ Local e data
_________________________ Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo
(professora responsaacutevel)
____________________________ Local e data
Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma coacutepia deste termo de
consentimento
_____________________________ Nome e assinatura do participante
______________________________ Local e data
86
APEcircNDICE B
PRONTUAacuteRIO
IDENTIFICACcedilAtildeO Nome _______________________________Sexo ( )F ( )M Idade______ AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA Paracircmetros Peso Altura de Gordura CB PCT CC CP
87
APEcircNDICE C
REGISTRO ALIMENTAR DATA__________
Refeiccedilatildeo Horaacuterio Local
Alimento Preparaccedilatildeo Quantidade
Desjejum
Colaccedilatildeo
Almoccedilo
Lanche
Jantar
Ceia
88
ANEXO A
QUESTIONAacuteRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FIacuteSICA VERSAtildeO CURTA
Fonte Mizuno 2007
89
ANEXO B
CIRCUNFERENCIA DO BRACcedilO DE ACORDO COM GEcircNERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
90
ANEXO C
PERCENTIS DA PREGA CUTAcircNEA TRICIPITAL SEGUNDO GENERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
91
ANEXO D
IacuteNDICE DE QUALIDADE DA DIETA REVISADO
Fonte Wendpap 2012
92
ANEXO E
DESCRICcedilAtildeO DAS PONTUACcedilOtildeES DO IQD-R
Fonte Wendpap 2012
ABSTRACT
This study aimed to assess the nutritional status and dietary intake through the diet quality
index of elderly people that practicing or not physical activity and making comparison
between them To realize it we selected a sample of 40 subjects in the Health Committee of
the Elderly Jacaraipe Serra - ES Two meetings were held to assess the nutritional status
level of physical activity and food consumption by applying the diet quality index revised
(IQD-R) Nutritional assessment was performed during the measurement of weight and
height for calculation of body mass index (BMI) waist circumference (WC) arm
circumference (AC ) calf circumference triceps skinfold thickness and body fat percentage
biompedacircncia through To assess food intake through IQD -R was collected three days food
record of all individuals and to measure the level of physical activity we applied the
International Physical Activity Questionnaire short version (IPAQ) We evaluated 40 subjects
the sample being 100 female The level of physical activity 32 (n = 13) subjects were
classified as low level of physical activity and 68 (n = 27) with moderate level of physical
activity In the group with low physical activity level was determined using BMI only 769
(n = 1) were eutrophic In relation to waist circumference the group had a mean value equal
to the substantially increased risk of metabolic complications As for body fat only 1111
( n = 1 ) showed adequate In the group with moderate physical activity level in relation to
BMI 4814 (n = 13) had normal weight Compared to DC the average value found in the
group amounts to an increased risk of metabolic complications and 5185 ( n = 14 ) of
individuals from one group had adequate body fat Regarding the evaluation of arm
circumference Calf circumference and skinfold thickness also be observed better results in
the group of elderly patients with moderate level of physical activity when compared to the
group of older people with low level of physical activity In assessing the quality of the diet
in general we obtained an average score of 7592 featuring a healthy diet but can also
be observed that the individuals in the group with moderate level of physical activity had a
higher average index quality (7688) compared to those with low levels of physical activity
(7398) Given the above it is concluded that elderly people who practice physical activity
moderately have a better nutritional status compared to the elderly who have a low level of
physical activity Regarding the quality of the diet it appears that the general population has
a high score which characterizes the diet as healthy In short it is necessary to conduct
future studies of nutrition in the elderly covering other issues related to nutrition which are
relevant to this group
Keywords Quality of diet Elderly Nutritional status
LISTA DE SIGLAS
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
PCT ndash Prega Cutacircnea Tricipital
GC ndash Percentual de Gordura Corporal
CP ndash Circunferecircncia da Panturrilha
CC ndash Circunferecircncia da Cintura
CB ndash Circunferecircncia do Braccedilo
IQD-R ndash iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado
DCNT ndash Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
IPAQ ndash Questionaacuterio Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica
CEP ndash Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
SISVAN ndash Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional
PROEF ndash Programa de Orientaccedilatildeo ao Exerciacutecio Fiacutesico
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos) 35
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos 47
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos 47
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres
48
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
49
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra
53
Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica
53
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
58
Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
58
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
59
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
59
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
61
Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
61
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 19 2 REFERENCIAL TEORICO 21 21TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DCNT NO ENVELHECIMENTO 21 22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE 25 23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO 28 24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO 30 25 QUALIDADE DA DIETA 36 251 iacutendice de Qualidade da Dieta 36 252 Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel no Envelhecimento 37 253 Seguranccedila Alimentar 39 26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO 39 261 Iacutendice de Massa Corporal 40 262 Circunferecircncia do Braccedilo 41 263 Circunferecircncia da Cintura 41 264 Prega Cutacircnea Tricipital 41 265 Cinrcunferecircncia da Panturrilha 42 27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO 42 3 METODOLOGIA 45 31 DESENHO DE ESTUDO 45 32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO 45 33 ASPECTOS EacuteTICOS 46 34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA 46 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR 49 36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA 50 37 ANAacuteLISE DOS DADOS 52
53 4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS 53 42 DISCUSSAtildeO 62 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71
REFEREcircNCIAS 73 APEcircNDICE A 85
APEcircNDICE B 86
APEcircNDICE C 87
ANEXO A 88
ANEXO B 89
ANEXO C 90
ANEXO D 91
ANEXO E 92
19
1 INTRODUCcedilAtildeO
O Brasil vem apresentando claramente o envelhecimento da populaccedilatildeo nas uacuteltimas
deacutecadas que pode ser explicado pela chamada transiccedilatildeo demograacutefica um
fenocircmeno caracterizado por reduccedilotildees progressivas nas taxas de mortalidade e
fecundidade Outro fenocircmeno que tambeacutem acompanha o envelhecimento da
populaccedilatildeo brasileira eacute a transiccedilatildeo epidemioloacutegica no qual apresenta uma elevaccedilatildeo
na incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ao mesmo tempo em que
ocorre uma reduccedilatildeo progressiva de doenccedilas infecto contagiosas (LEBRAtildeO 2007)
Paralelo agrave transiccedilatildeo epidemioloacutegica diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas naturais do
envelhecimento como elevaccedilatildeo do tecido adiposo diminuiccedilatildeo na sensibilidade da
insulina reduccedilatildeo da secreccedilatildeo do aacutecido cloriacutedrico aleacutem de alteraccedilotildees na percepccedilatildeo
do paladar tambeacutem contribuem diretamente para a ocorrecircncia de doenccedilas crocircnicas
natildeo transmissiacuteveis como o diabetes quadros de constipaccedilatildeo intestinal e sobrepeso
em idosos (BUENO et al 2008)
A sauacutede e a qualidade de vida e consequentemente a nutriccedilatildeo dos idosos tambeacutem
se encontram comprometidas com a alta incidecircncia de depressatildeo decorrentes na
maioria das vezes pela solidatildeo morte do conjugue dependecircncia de outras pessoas
para realizaccedilatildeo de simples tarefas cotidianas como a de se alimentar (LACERDA
SANTOS 2007)
Uma nova ferramenta que vem sendo utilizada para a avaliaccedilatildeo do consumo
alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) no qual se baseia na
comparaccedilatildeo das porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do
Guia alimentar para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo
da sauacutede atraveacutes da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de
nutrientes e obesidade (WENDPAP 2012)
Considerando todos estes aspectos relacionados agrave sauacutede e qualidade de vida dos
idosos eacute de suma importacircncia estudos relacionados agrave identificaccedilatildeo do estado
nutricional e do consumo alimentar desta populaccedilatildeo que mais cresce no mundo de
modo que se criem condiccedilotildees de formulaccedilatildeo de novas propostas de intervenccedilatildeo e
acompanhamento nutricional que auxiliem no tratamento e na prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis contribuindo assim tambeacutem para o aumento
da qualidade de vida (BUENO et al 2008)
20
Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e consumo
alimentar a partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo
atividade fiacutesica realizando comparaccedilotildees entre estes
21
2 REFERENCIAL TEORICO 21 TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DOENCcedilAS CROcircNICAS NAtildeO
TRANSMISSIacuteVEIS NO ENVELHECIMENTO
O mundo estaacute vivenciando um momento especial chamado momento demograacutefico
considerado um dos melhores devido agrave transiccedilatildeo demograacutefica que eacute caracterizada
pela diminuiccedilatildeo na taxa de mortalidade e tambeacutem reduccedilatildeo na taxa de natalidade o
que leva a uma inversatildeo na piracircmide populacional (ALVES 2008)
O processo de envelhecimento demograacutefico eacute facilmente identificado em todo o
mundo sendo esse processo mais significativo e acelerado nos paiacuteses em
desenvolvimento Segundo registros do IBGE no Brasil houve um aumento na
populaccedilatildeo de idosos de mais de trecircs por cento entre os anos de 1970 e 1990
(SIQUEIRA BOTELHO COELHO 2002)
Muler e Vietz (2009) relatam que segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede satildeo
considerados idosos indiviacuteduos com idade igual ou superior a 60 anos e Marucci e
outros (2011) afirmaram que atraveacutes do censo do ano de 2010 os indiviacuteduos nesta
faixa etaacuteria representam cerca de 11 da populaccedilatildeo brasileira que gira em torno de
21 milhotildees de idosos
O aumento da populaccedilatildeo idosa tem sido relativo agrave expansatildeo da expectativa de vida
da populaccedilatildeo brasileira que apresentou um aumento de 337 anos na deacutecada 50
para 5099 anos no ano de 1990 e passou para 6625 anos em 1995 e a expectativa
eacute que chegue a 7708 entre os anos de 2020 e 2025 (SIQUEIRA BOTELHO
COELHO 2002)
A taxa de natalidade tambeacutem eacute um processo que colabora para a transiccedilatildeo
demograacutefica e a sua reduccedilatildeo vem mostrando natildeo ter ligaccedilatildeo direta com as
condiccedilotildees econocircmicas das famiacutelias que optaram por natildeo ter ou ter um nuacutemero
reduzido de filhos pelo contraacuterio essa queda de fecundidade vem acontecendo por
livre escolha dos casais (ALVES 2008)
Anualmente cerca de milhares de novos idosos satildeo inseridos na populaccedilatildeo
brasileira e com isso haacute uma alteraccedilatildeo no quadro da mortalidade que antes era de
uma populaccedilatildeo mais jovem para uma sobrecarga de doenccedilas caracteriacutesticas da
22
terceira idade como doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e muacuteltiplas que levam a
quadros de internaccedilatildeo por longos anos que exigem ainda cuidados constantes
Esse quadro leva a um aumento nas despesas de tratamento meacutedico e de
internaccedilotildees hospitalares o que gera grandes desafios para o governo que se ver
obrigado a criar planos estrateacutegicos para a prestaccedilatildeo de cuidados e para a
prevenccedilatildeo das doenccedilas comumente a terceira idade (VERAS 2007)
A alta carga de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis caracteriza tambeacutem a chamada
transiccedilatildeo epidemioloacutegica esse processo envolve principalmente a reduccedilatildeo de
doenccedilas transmissiacuteveis e do mesmo modo ocorre o aumento de doenccedilas natildeo
transmissiacuteveis a transiccedilatildeo de casos de morbimortalidades da populaccedilatildeo mais
jovens para a populaccedilatildeo mais idosa alteraccedilatildeo de um quadro de mortalidade da
populaccedilatildeo para um quadro de morbidades (SCHRAMM et al 2004)
Pode-se observar uma relaccedilatildeo niacutetida entre transiccedilatildeo demograacutefica e transiccedilatildeo
epidemioloacutegica com a reduccedilatildeo das doenccedilas infecciosas que em tempos atraacutes era a
principal causa de mortalidade a taxa de mortalidade de populaccedilatildeo mais jovem
reduziu e em contrapartida esses ldquojovensrdquo passam a conviver com os fatores de
riscos para doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que se tornam mais comum com a
vivecircncia dos anos de vida adicionais decorrente da transiccedilatildeo demograacutefica
(CHAIMOWICZ 1997)
A alteraccedilatildeo na carga de doenccedilas que mais atinge a populaccedilatildeo para a prevalecircncia
de doenccedilas crocircnicas natildeo degenerativas e suas complicaccedilotildees leva aacute evidentes
alteraccedilatildeo na utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede puacuteblica em que envolve principalmente
aumento de custos para promover o tratamento meacutedico adequado destas
enfermidades com isso se faz necessaacuterio agrave implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que
possam suprir esse quadro (SCHRAMM 2004)
As principais doenccedilas crocircnicas que acometem os idosos satildeo o diabetes mellitus
hipertensatildeo arterial dislipidemias e obesidade O diabetes Mellitus trata-se de uma
patologia de etiologias muacuteltiplas podendo ser representado atraveacutes da ausecircncia ou
reduccedilatildeo na siacutentese de insulina e na falha dos efeitos da atividade da insulina Eacute
caracterizado por alteraccedilotildees no metabolismo dos carboidratos o que leva a uma
hiperglicemia Este estado de hiperglicemia por um longo periacuteodo pode acarretar em
danos disfunccedilotildees ou ateacute mesmo falecircncias em diversos oacutergatildeos (BRASIL 2011a)
23
O tratamento do diabetes mellitus se baseia em uma educaccedilatildeo permanente a
respeito das modificaccedilotildees de haacutebitos como a incorporaccedilatildeo da praacutetica de atividade
fiacutesica suspensatildeo de fumo e de bebidas alcooacutelicas incorporaccedilatildeo de haacutebitos
alimentares mais saudaacuteveis e em alguns casos a utilizaccedilatildeo de medicamentos e de
insulina exoacutegena (BRASIL 2011a)
A hipertensatildeo arterial eacute uma patologia que tambeacutem apresenta etiologia multifatorial e
eacute caracterizada pelo aumento nos niacuteveis pressoacutericos associados a diversas
alteraccedilotildees metaboacutelicas como hipertrofia cardiacuteaca considerando valores pressoacutericos
anormais igual ou maiores que 14090 mmHg (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA 2010)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial baseia-se no alcance do
peso ideal que eacute representando por valores inferiores de IMC a 249kg msup2 e perda
de medida da circunferecircncia da cintura alcanccedilado medidas inferiores a 102 cm para
homens e 88cm para as mulheres uma vez que vaacuterios estudos demostraram uma
ligaccedilatildeo direta entre peso corporal e pressatildeo arterial apresentando uma elevaccedilatildeo
linear aleacutem do encorajamento da reduccedilatildeo da ingestatildeo de sal A relaccedilatildeo entre
pressatildeo arterial e ingestatildeo de soacutedio eacute niacutetida devido a chamada sensibilidade ao sal
sendo assim a ingestatildeo de sal de cozinha deve ser limitada a 5 gramas diariamente
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2010 )
A Dislipidemia eacute caracterizada atraveacutes de alteraccedilotildees nas taxas de lipiacutedios no
sangue podendo ser classificada em Hipercolesterolemia Isolada no qual ocorre
somende a elevaccedilatildeo do LDL em valores igual ou acima de 160mgdl
hipertrigliceridemia Isolada representada pelo aumento somente nos valores
trigliceriacutedeos no sangue em valor igual ou acima de 150mgdl hiperlidemia mista no
qual ocorre elevaccedilatildeo nos valores de LDL e trigliceriacutedeos e HDL baixo representando
pela reduccedilatildeo do HDL seacuterico nos valores menores que 40mgdl para homens e
50mgdl para mulheres (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da dislipidemia eacute voltado para a terapia nutricional
atraveacutes de planejamento alimentar adequado que vise a reduccedilatildeo na ingestatildeo de
gorduras principalmente de colesterol e de gorduras saturadas e consequentemente
na reduccedilatildeo de lipiacutedicos seacutericos A reduccedilatildeo da ingestatildeo de colesterol ocorre atraveacutes
da diminuiccedilatildeo no consumo de produtos de origem animal incluindo viacutesceras
embutidos e leites e derivados integrais entre outros alimentos A diminuiccedilatildeo do
24
consumo de gordura saturada se daacute atraveacutes da reduccedilatildeo no consumo de alimentos
principalmente de origem animal tais como carnes com gorduras e leites integrais
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico de dislipidemias tambeacutem engloba a praacutetica de
atividade fiacutesica regularmente no qual leva a reduccedilatildeo de trigliceriacutedeo plasmaacutetico e
elevaccedilatildeo de HDL-C seacuterico e o abandono do fumo O tratamento medicamentoso eacute
empregado quando as mudanccedilas no estilo de vida natildeo alcanccedilam um resultado
satisfatoacuterio ou quando se precisa de resultados raacutepidos para a reversatildeo do quadro
de dislipidemia com isso haacute a administraccedilatildeo de medicamentos hipolipemiantes que
atuam impedindo a siacutentese intracelular de colesterol aumentando os receptores de
LDL no fiacutegado que leva haacute uma maior captaccedilatildeo de colesterol circulante
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
A ocorrecircncia de excesso de peso em idosos geralmente eacute diagnosticada atraveacutes do
Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizando o ponto de corte de igual maior que 27
kgmsup2 (SILVEIRA KAC BARBOSA 2009) O excesso de massa gorda no corpo
humano tem trazido diversas complicaccedilotildees metaboacutelicas tornando um problema de
sauacutede puacuteblica que atinge diversos paiacuteses em todo o mundo natildeo distinguindo paiacuteses
desenvolvidos ou em desenvolvimento A obesidade eacute um integrante do grupo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que cada vez se torna mais prevalente na
sociedade aleacutem disso a proacutepria condiccedilatildeo de obesidade eacute um grande fator de risco
para o desenvolvimento de outras doenccedilas crocircnicas como diabetes mellitus e
hipertensatildeo arterial (KUMPEL et al 2011)
O tratamento da obesidade deve ter como objetivo principal a reduccedilatildeo de peso seja
esta meta alcanccedilada atraveacutes de tratamento dieteacutetico atraveacutes da incorporaccedilatildeo de
uma alimentaccedilatildeo adequada dentro recomendaccedilatildeo energeacutetica para cada paciente ou
farmacoloacutegico no qual se emprega o uso de medicamentos que agem diminuindo a
fome aumentando a saciedade ou ainda alterando os mecanismos de digestatildeo e
absorccedilatildeo de nutrientes ou o tratamento para a obesidade pode ser ainda ciruacutergico
no qual a reduccedilatildeo de peso eacute decorrente de alguma intervenccedilatildeo ciruacutergica (BORGES
NONINO SANTOS 2006)
A atual situaccedilatildeo demograacutefica do nosso Paiacutes requer uma mudanccedila de caraacuteter
emergencial na atenccedilatildeo agrave sauacutede dos idosos brasileiros Essa alteraccedilatildeo deve
envolver propostas modernas que possa fazer com que o sistema de sauacutede do paiacutes
25
ganhe e tambeacutem com que os idosos possam utilizar-se dos serviccedilos puacuteblicos de
modo a promover o aumento da qualidade nestes anos extras de vida pois mesmo
que o Brasil esteja apresentando um perfil demograacutefico semelhante ao perfil de
paiacuteses desenvolvidos o paiacutes em geral natildeo dispotildee de serviccedilos que possa suprir esse
novo perfil da populaccedilatildeo brasileira (VERAS 2007)
Entretanto jaacute pode ser verificado algumas accedilotildees voltadas a essa nova populaccedilatildeo
idosa como a criaccedilatildeo por parte do Governo de centros de convivecircncia de idosos
que incluem as mais diversas atividades como o objetivo de minimizar a solidatildeo e
aumentar a qualidade de vida (TOSCANO OLIVEIRA 2009)
22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE
De um modo geral a velocidade do crescimento da populaccedilatildeo idosa natildeo
acompanha a velocidade de implantaccedilatildeo e desenvolvimento de accedilotildees
governamentais voltadas para este puacuteblico sendo assim nos uacuteltimos anos pode-se
observar o crescente aumento de estudos que objetivam criar suportes para o
desenvolvimento de programas e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para o bem estar dessa
populaccedilatildeo (MENDES et al 2005)
Segundo Gonccedilalves e outros (2007) a criaccedilatildeo e execuccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas para
a populaccedilatildeo idosa implica em contradiccedilotildees uma vez que ainda haacute uma grande falha
na implantaccedilatildeo de poliacuteticas primaacuterias que possam favorecer por exemplo a
educaccedilatildeo e o emprego e o governo jaacute vem dando ecircnfase a poliacuteticas puacuteblicas para a
populaccedilatildeo no fim da vida
Mesmo assim o envelhecimento populacional estaacute em evidencia em diversas
organizaccedilotildees internacionais que lutam por investimentos financeiros que possa
garantir o envelhecimento da populaccedilatildeo de modo igualitaacuterio e com qualidade uma
vez que haacute uma grande diferenccedila no modo de se tratar idosos em paiacuteses em
desenvolvimento e paiacuteses desenvolvidos (GONCcedilALVES 2007)
No Brasil a preocupaccedilatildeo e atenccedilatildeo com qualidade de vida dos idosos teve grande
avanccedilo atraveacutes da implantaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (1993) no qual
defende a integraccedilatildeo definitiva do idoso na sociedade em 1994 ocorreu a
26
implantaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional do Idoso que tem como principal objetivo assegurar
os direitos sociais dessa populaccedilatildeo (BENEDETTI 2007)
No ano de 2003 o governo brasileiro sancionou o Estatuto do Idoso que visa
garantir os direitos reservados aos idosos com idade igual ou superior a sessenta
anos entre eles o Art 3 que assegura que
Eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia da comunidade da sociedade e do Poder Puacuteblico assegurar ao idoso com absoluta prioridade a efetivaccedilatildeo do direito agrave vida agrave sauacutede agrave alimentaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo agrave cultura ao esporte ao lazer ao trabalho agrave cidadania agrave libertada agrave dignidade ao respeito e agrave convivecircncia familiar e comunitaacuteria (BRASIL 2010a p11-169)
Quanto aacute sauacutede o estatuto garante que o Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS deve
assegurar agrave atenccedilatildeo integral a sauacutede do idoso utilizando-se de serviccedilos de para
prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede dando ecircnfase as doenccedilas
que mais atingem a populaccedilatildeo idosa (Brasil 1994)
Diante dessas diversas poliacuteticas implantadas pode-se observar claramente que nem
todos os direitos nestas estabelecidas satildeo realmente alcanccedilados na realidade
brasileira sendo assim a criaccedilatildeo oue implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas e
realizaccedilatildeo de accedilotildees para um envelhecimento saudaacutevel ainda estaacute em pleno
acontecimento Essas conquistas geralmente estatildeo ocorrendo atraveacutes da criaccedilatildeo de
programas para idosos como centros de vivecircncias campanhas de vacinaccedilatildeo
atividades de lazer programas de exerciacutecios fiacutesicos entre outros (BENEDETTI
2007)
Eacute possiacutevel observar uma crescente elevaccedilatildeo em todo o mundo na implantaccedilatildeo de
programas ao incentivo a praacutetica de atividade fiacutesica destinada a toda a populaccedilatildeo
incluindo os idosos No Brasil esse crescimento eacute niacutetido apoacutes a implantaccedilatildeo dos
Programas de Sauacutede da Famiacutelia que possibilitou a criaccedilatildeo de programas de
orientaccedilatildeo ao exerciacutecio fiacutesico em conjunto com as Prefeituras (BENEDETTI 2007)
O municiacutepio de Serra no estado do Espiacuterito Santo Brasil conta com diversos
programas municipais relacionados a promoccedilatildeo de sauacutede e qualidade de vida do
idosos entre os essenciais satildeo destacados o programa de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico (PROEF) no qual trata-se de um programa indicado inicialmente para os
idosos mas que alcanccedilou uma grande plenitude tendo como objetivo atual atingir o
27
puacuteblico jovem e adulto uma vez que o programa tem representando uma grande
participaccedilatildeo na prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas crocircnicas principalmente o
Diabetes Mellitus hipertensatildeo e Obesidade (SERRA 2012)
Outra ferramenta de controle do diabetes e hipertensatildeo no municiacutepio da Serra eacute o
monitoramento que acontece com esses indiviacuteduos nas Unidades de Sauacutede por
meio de atendimento multidisciplinar e oferecimento de materiais e medicamentos
para o controle destas doenccedilas como o fornecimento de insulina para pacientes que
necessitam do uso exoacutegeno de insulina (SERRA 2012)
Para melhorar a nutriccedilatildeo dos idosos o muniacutecipio da Serra disponibiliza para
indiviacuteduos com mais de 55 anos um quilo de leite em poacute desnatado por mecircs
enriquecido com caacutelcio atraveacutes do Programa de Suplemento Alimentar para o Idoso
(PSAI) que atende indiviacuteduo com mais de 55 anos e com renda de ateacute 40 do
salaacuterio miacutenimo per capta Os objetivos primordiais do programa satildeo alcanccedilar a
reduccedilatildeo de gastos com internaccedilotildees hospitalares ter um controle maior do diabetes
e hipertensatildeo aleacutem de promoccedilatildeo da qualidade de vida dessa faixa etaacuteria da
populaccedilatildeo serrana (SERRA 2012)
Com intuito de promover o controle das principais doenccedilas crocircnicas o Ministeacuterio da
Sauacutede em 2011 criou o Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial
e ao Diabetes Mellitus aprovado pela PortariaGM ndeg 16 de 03012002 no qual satildeo
definidas accedilotildees para prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede para indiviacuteduos hipertensos e
diabeacuteticos cadastrados no Sistema Uacutenico de Sauacutede (BRASIL 2011sup2)
Dentro do Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo aacute Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes
Mellitus criou-se o Programa Hiperdia atraveacutes da Portaria nordm 371GM Em 04 de
marccedilo de 2002 que visa o cadastramento e acompanhamento de todos os
indiviacuteduos portadores de hipertensatildeo e diabetes atraveacutes de um sistema
informatizado em todas as unidades de sauacutede O Hiperdia conta com uma equipe
multidisciplinar que envolve cardiologias nefrologistas dentista farmacecircutico
educador fiacutesico nutricionista e assistente social para atender todos os participantes
do programa conforme suas necessidades aleacutem da disponibilizaccedilatildeo de
medicamentos gratuitos para o controle destas patologias (INSTITUTO MINEIRO DE
ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA 2008)
23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO
28
O processo envelhecimento eacute caracterizado como um sistema contiacutenuo que
apresenta alteraccedilotildees fisioloacutegicas em oacutergatildeos e sistemas do corpo humano sendo
assim um a adesatildeo aacute um estilo de vida saudaacutevel pode levar a promoccedilatildeo da
qualidade de vida e consequentemente reduzir a velocidades destas alteraccedilotildees
fisioloacutegicas quem em muitas vezes leva a incapacidade e a dependecircncia por partes
dos idosos (NOBREGA et al 1999)
O processo natural do envelhecimento provoca diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas no
organismo no qual envolve alteraccedilotildees anatocircmicas e funcionais que refletem
diretamente na sauacutede desta populaccedilatildeo (CAMPO MONTEIRO ORNELAS 2000)
Aleacutem de dificultar a vivencia do indiviacuteduo idoso em seu meio que podem acelerar o
caminho para a morte (CHOCHAMOVITZ citado por PESSOA 2012)
O estado nutricional do indiviacuteduo tem importante papel no envelhecimento uma vez
que o controle das doenccedilas comumente a velhice como doenccedilas crocircnicas
relacionam-se diretamente com o estado nutricional Sendo assim a nutriccedilatildeo eacute de
suma importacircncia para localizaccedilatildeo de fatores de riscos para o desenvolvimento de
doenccedilas e de mortalidade entre os idosos (NASCIMENTO et al 2011)
Geralmente as alteraccedilotildees no estado nutricional do idoso influenciam
especificamente em algumas doenccedilas o baixo peso por exemplo estaacute em muitas
vezes relacionado com doenccedilas respiratoacuterias e o excesso de peso relacionado com
doenccedilas cardiovasculares e o diabetes (NASCIMENTO et al 2011)
O organismo envelhecido tambeacutem apresenta diversas alteraccedilotildees que afetam a
nutriccedilatildeo do indiviacuteduo idoso como a reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica basal alteraccedilotildees
no sistema digestoacuterio alteraccedilotildees na palatibilidade e na percepccedilatildeo da sede aleacutem da
redistribuiccedilatildeo da massa corporal com a reduccedilatildeo progressiva da massa magra e
aumento do tecido adiposo que afetam diretamente no consumo alimentar e no
estado nutricional da populaccedilatildeo idosa respectivamente (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
A alteraccedilatildeo da palatibilidade eacute comumente encontrada em cerca de 80 da
populaccedilatildeo idosa decorrente da diminuiccedilatildeo da percepccedilatildeo de gosto pelas papilas
gustativas devido a diminuiccedilatildeo na quantidade de bototildees gustativos (ROSA et al
2008)
29
Grandes alteraccedilotildees satildeo encontradas no sistema gastro-intestinal mas em geral o
funcionamento do intestino do pacircncreas e do fiacutegado satildeo encontrados com elevada
capacidade funcional as grandes alteraccedilotildees acontecem atraveacutes da atrofia da
mucosa gaacutestrica o que leva a diminuiccedilatildeo da siacutentese do aacutecido cloriacutedrico e do fator
intriacutenseco que consequentemente leva a menor absorccedilatildeo da vitamina B12 aleacutem da
reduccedilatildeo do gosto (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
As alteraccedilotildees gastrointestinais refletem principalmente na dificuldade absortiva de
micronutrientes (BHUTTO citado por TRAMONTINO et al 2009) e na dificuldade da
digestatildeo que levam ao aparecimento constante de gases mal estar constipaccedilatildeo
que pioram com uma alimentaccedilatildeo inadequada pobre em fibras comumente aos
haacutebitos alimentares dessa populaccedilatildeo (TRAMONTINO et al 2009)
As alteraccedilotildees no trato gastro-intestinal podem resultar tambeacutem na constipaccedilatildeo
intestinal que tambeacutem possui relaccedilatildeo direta com a alimentaccedilatildeo fatores psicoloacutegicos
fatores fiacutesicos e o uso de medicamentos podem ainda levar a maiores complicaccedilotildees
como distensatildeo abdominal cacircncer de coloacuten hemorroidas fiacutestula anal entre outras
patologias que vatildeo interferem diretamente tambeacutem na qualidade de vida dos idosos
(RAMOS citado por NESELLO TONELLI BELTRAME 2011)
A constipaccedilatildeo intestinal eacute definida atraveacutes da constataccedilatildeo de menos de trecircs
episoacutedios de evacuaccedilatildeo no periacuteodo de uma semana com a presenccedila de esforccedilo
sensaccedilatildeo de obstruccedilatildeo e presenccedila de fezes endurecidas de acordo com o consenso
de Roma III (LONGSTRETH et al citado por NESELLO TONELLI BELTRAME
2011)
Segundo Bosshard e outros citado por Nesello e outros(2004) a prevalecircncia da
constipaccedilatildeo intestinal eacute maior na populaccedilatildeo idosa o que nos jovens chegando a
atingir cerca de 20 dos idosos no geral e a sua prevalecircncia eacute ainda maior nas
mulheres do que nos homens
A intoleracircncia a glicose eacute uma caracteriacutestica bastante encontrada nos idosos no qual
possivelmente eacute decorrente da diminuiccedilatildeo da produccedilatildeo hormonal e do aumento no
nuacutemero de ceacutelulas adiposas frente a ceacutelulas musculares Com o diagnoacutestico da
intoleracircncia a glicose o tratamento eacute realizado apenas atraveacutes de uma dieta
equilibrada (TRAMONTINO et al 2009)
30
O diabetes mellitus tipo 2 estaacute entre as principais doenccedilas crocircnicas prevalentes na
sociedade atualmente e que atinge na sua maioria os idosos Aleacutem de ser uma das
causas principais de doenccedilas cardiovasculares (MENDES et al 2011)
Durante o processo de envelhecimento os processos de catabolismo e anabolismo
tambeacutem se encontram diferenciados no qual o catabolismo supera todos os
processos de anabolismo fazendo com que os oacutergatildeos tenham suas funccedilotildees
diminuiacutedas atraveacutes da reduccedilatildeo de ceacutelulas e ainda existem vaacuterias alteraccedilotildees
bioquiacutemicas que contribuem para a morte de ceacutelulas como a accedilatildeo de radicais livres
(TRAMONTINO 2009)
Os radicais livres satildeo moleacuteculas consideradas instaacuteveis uma vez que possuem um
nuacutemero iacutempar de eleacutetrons esse fato faz com que estas moleacuteculas procurem alguma
outra moleacutecula para capturarem um eleacutetron e se tornarem estaacuteveis podendo levar
consequentemente a degeneraccedilatildeo celular tecidual e orgacircnica (PEREIRA 2012)
Aleacutem das alteraccedilotildees fisioloacutegicas os fatores socioeconocircmicos tambeacutem exercem uma
importante influencia na sauacutede dos idosos o que envolve tambeacutem o consumo
alimentar (CAMPOS 2000)
24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO
Diversos estudos defendem a ideia de que a nutriccedilatildeo possui um caraacuteter
insubstituiacutevel na promoccedilatildeo do aumento de qualidade de vida devendo assim ser
associada a outros meacutetodos para garantir a eficaacutecia deste processo atraveacutes da
prevenccedilatildeo e controle de diversas patologias (CARVALHO et al 2003 DOBNER
BLASI KIRSTEN 2012)
A alimentaccedilatildeo adequada eacute imprescindiacutevel em qualquer faixa etaacuteria eacute a partir da
alimentaccedilatildeo que alcanccedilamos a capacidade de realizar diversas accedilotildees no dia a dia
desde a mais simples como estudar ateacute as mais complexas como a praacutetica de
exerciacutecios fiacutesicos Dentre as vaacuterias importacircncias da alimentaccedilatildeo a ingestatildeo de
nutrientes adequada eacute de suma importacircncia para um envelhecimento saudaacutevel
(FERNANDES 2010)
Em decorrecircncia da transiccedilatildeo epidemioloacutegica a nutriccedilatildeo ganhou um amplo espaccedilo
no campo da prevenccedilatildeo de doenccedilas e estados fisioloacutegicos comumente encontrados
31
em idosos decorrentes ao processo natural do envelhecimento e de outros agravos
como a alta incidecircncia no uso de diversos medicamentos A ingestatildeo adequada de
fibras relacionadas com uma ingestatildeo adequada de aacutegua por exemplo auxilia na
prevenccedilatildeo e tratamento da constipaccedilatildeo intestinal aumentando a qualidade de vida
Diversos estudos apontam que um consumo entre 20 e 40 gramas diariamente
associado a ingestatildeo adequada de aacutegua leva a uma melhora consideraacutevel no quadro
de constipaccedilatildeo (BECKENKAMP 2010)
Campos e outros relatam (2009) que os fatores psicossociais comuns aos idosos
como perda do cocircnjuge solidatildeo falta de renda depressatildeo entre outros satildeo os
principais fatores externos que contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo nesta populaccedilatildeo
uma vez que a maioria desses consomem em meacutedia menos de 1000kcaldia de
correntes da ingestatildeo de alimentos de menor custos e de maior facilidade de
preparo
A baixa renda com que a maioria dos idosos vive e que influencia diretamente no
consumo alimentar tambeacutem estaacute ligada a exclusatildeo desse grupo no mercado de
trabalho mesmo que muitos apresentem capacidade funcional e motora condizentes
com muitos trabalhos disponiacuteveis a idade muitas vezes acaba por ser o grande
obstaacuteculo para a conquista da vaga e consequentemente para o aumento da renda
que em muitos casos eacute composta apenas pela aposentadoria e ou pensotildees
(NOGUEacuteS citado por CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
O relacionamento social tambeacutem eacute um grande influenciador no consumo alimentar
segundo Campos e outros (2000) a solidatildeo vivenciada pelo idoso leva ao
esquecimento do cuidado com si mesmo sendo assim a alimentaccedilatildeo natildeo ganha
muita atenccedilatildeo sendo preparada de forma inadequada sem atentar para a qualidade
e quantidade suficiente Muitas vezes a alimentaccedilatildeo eacute composta por alimentos de
faacutecil preparo que inclui normalmente alimentos industrializados pobres em
nutrientes essenciais para o organismo idoso
A preocupaccedilatildeo com a nutriccedilatildeo do idoso cresceu atraveacutes de vaacuterios estudos que
demonstraram que a desnutriccedilatildeo e o sobrepeso predominam em indiviacuteduos idosos e
que este quadro eacute resultante das condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem aleacutem
de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
32
De acordo Sass (2010) cerca de 15 a 20 de idosos apresentam algum sintoma
depressivo A prevalecircncia da depressatildeo varia de acordo com fatores a idade sexo e
fatores sociais Esse quadro de depressatildeo eacute bastante preocupante tambeacutem pelo fato
de estar relacionado diretamente com o Estado Nutricional dos idosos uma vez que
haacute alteraccedilotildees no sistema neuroloacutegico que tambeacutem eacute responsaacutevel pelos mecanismos
da fome e ansiedade podendo assim resultar em desnutriccedilatildeo ou obesidade Aleacutem
dessas consequecircncias relacionadas agrave nutriccedilatildeo alguns estudos indicam tambeacutem a
depressatildeo como um fator para doenccedilas cardiovasculares
Diversos estudos tambeacutem apontam que a nutriccedilatildeo dos idosos pode ser influenciada
negativamente pelo fato da incapacidade e ou dificuldades da realizaccedilatildeo de
atividades cotidianas sozinhas como o simples fato de cozinhar aleacutem das
alteraccedilotildees motoras que tambeacutem podem piorar a preparaccedilatildeo dos alimentos e o seu
proacuteprio consumo Os aspectos emocionais como perda de cocircnjuge e depressatildeo
tambeacutem contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo por levar a reduccedilatildeo do apetite ou por
aumentar a recusa por alimentos (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
Diversos estudos demonstram uma reduccedilatildeo progressiva do valor energeacutetico da
alimentaccedilatildeo dos idosos que ao mesmo tempo apresenta um aumento no consumo
de carboidratos principalmente os chamados simples que pode contribuir para o
aparecimento ou complicar doenccedilas crocircnicas como o diabetes (MENEZES
MARUCCI 2012)
De acordo com Tramontino e outros (2009) um grande fator que tambeacutem afeta a
nutriccedilatildeo do idoso eacute a sauacutede bucal uma vez que uma condiccedilatildeo inadequada da boca
como a falta de denticcedilatildeo consequentemente leva a dificuldade de mastigaccedilatildeo que
leva a um consumo alimentar alterado que interfere diretamente em uma adequada
nutriccedilatildeo Aleacutem disso a sauacutede bucal e a nutriccedilatildeo acabam formando um ciclo onde
interfere no outro pois uma nutriccedilatildeo inadequada decorrente por falta de denticcedilatildeo ou
por outra caracteriacutestica leva a problemas na sauacutede bucal e a maiores perdas de
denticcedilatildeo
A nutriccedilatildeo tem relaccedilatildeo direta com a sauacutede bucal uma vez que a alimentaccedilatildeo pode
influenciar diretamente no aparecimento de caacuteries na perda dos esmaltes dos
dentes e no desenvolvimento em geral da denticcedilatildeo que assim podem levar ao
aparecimento de dores lesotildees doenccedilas periodontal que consequentemente
poderatildeo levar a mudanccedilas tambeacutem na alimentaccedilatildeo (MAGALHAtildeES 2011)
33
Devido a diversas patologias comumente encontradas nos idosos o uso de
medicamentos por esta populaccedilatildeo eacute grande e o consumo elevador de
medicamentos podem levar a alteraccedilotildees na cavidade oral como xerostomia
candidiacutease entre outras alteraccedilotildees (MAGALHAtildeES 2011)
Segundo Andrade (2009) a condiccedilatildeo da boca como o nuacutemero de dentes
adequados ou o uso de proacuteteses pode influenciar nas escolhas dos alimentos e ateacute
mesmo no seu modo de preparo o que influencia diretamente nos haacutebitos
alimentares dos idosos
Castilhos e Padilha (2002) afirmaram que a denticcedilatildeo pode influenciar as pessoas em
trecircs campos fisioloacutegico psicoloacutegico e social No aspecto fisioloacutegico os dentes
podem influenciar na alimentaccedilatildeo do individuo por meio do processo de mastigaccedilatildeo
dos alimentos que interferem diretamente na ingestatildeo de nutrientes na manutenccedilatildeo
corpoacuterea e ateacute mesmo no prazer em se alimentar
A diminuiccedilatildeo da saliva decorrente do processo natural do envelhecimento aleacutem de
comprometer a manutenccedilatildeo da cavidade oral por estar ter uma accedilatildeo na limpeza da
cavidade e por ter um efeito antimicrobiano tambeacutem influencia diretamente na
mastigaccedilatildeo na formaccedilatildeo do bolo alimentar e tambeacutem na digestatildeo e absorccedilatildeo dos
alimentos uma vez que com a reduccedilatildeo da saliva haacute tambeacutem a diminuiccedilatildeo da
siacutentese de amilase salivar (ROSA et al 2008)
O elevado uso de medicamentos tambeacutem pode interferir na absorccedilatildeo de diversos
nutrientes na interaccedilatildeo chamada de droga-nutriente e ainda a medicaccedilatildeo pode
influenciar na ingestatildeo alimentar uma vez que muitos podem levar a anorexia
alteraccedilotildees na percepccedilatildeo do gosto e do odor naacuteuseas vocircmitos e ainda as
adaptaccedilotildees na alimentaccedilatildeo dos idosos devido agrave incapacidade de mastigaccedilatildeo de
alguns alimentos comumente leva a carecircncias nutricionais principalmente atraveacutes
da reduccedilatildeo na ingestatildeo de Vitaminas dentre elas vitamina C e B12 essenciais ao
bom funcionamento orgacircnico (MAGALHAtildeES 2011)
Para estimar as necessidades nutricionais dos idosos deve se levar em
consideraccedilatildeo diversos fatores como as alteraccedilotildees fisioloacutegicas condiccedilatildeo da sauacutede
em geral frequecircncia de exerciacutecio fiacutesico fatores psicoloacutegicos e fatores
socioeconocircmicos sendo assim uma adequada nutriccedilatildeo deve envolver todos estes
fatores de forma a alcanccedilar suas reais necessidades e deve se ainda dar atenccedilatildeo as
34
diferenccedilas das recomendaccedilotildees nutricionais para adultos e idosos Os idosos
apresentam uma necessidade energeacutetica menor que os adultos uma vez que ocorre
a reduccedilatildeo do metabolismo basal decorrente das alteraccedilotildees da composiccedilatildeo corporal
reduccedilatildeo da massa magra e aumento de tecido adiposo (TRAMONTINO et al 2009)
As recomendaccedilotildees nutricionais dos idosos natildeo satildeo totalmente estabelecidas devido
as constantes alteraccedilotildees fisioloacutegicas desta populaccedilatildeo por isso os valores de
recomendaccedilotildees usados satildeo os mesmos valores de referecircncias usados para os
adultos (HESEKER SCHNEIDER 1994 citado por ARANHA et al 2000)
Magalhatildees (2011) afirmou que mesmo que o sobrepeso seja prevalente em grande
parte da populaccedilatildeo idosa a principal preocupaccedilatildeo relacionada agrave nutriccedilatildeo desta
populaccedilatildeo eacute a desnutriccedilatildeo uma vez que vaacuterios fatores levam a reduccedilatildeo na ingestatildeo
alimentar destes indiviacuteduos
De acordo Barbosa (2012) os idosos tambeacutem incorporaram novos haacutebitos
alimentares assim como toda a populaccedilatildeo nos uacuteltimos anos com o aumento do
consumo de alimentos industrializados realizaccedilatildeo de refeiccedilotildees fora de casa Sendo
assim a educaccedilatildeo nutricional se mostra como uma grande ferramenta para a
promoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis podendo contribuir para prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas comumente a populaccedilatildeo idosa
Segundo Muller e Vietz (2009) a educaccedilatildeo nutricional eacute uma parte da nutriccedilatildeo
voltada ao aprendizado na adequaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo de haacutebitos alimentares em todas
as fases da vida desde a infacircncia ateacute a velhice
Diversos autores engajaram haacute anos discussotildees sobre a importacircncia da educaccedilatildeo
nutricional principalmente no campo de promoccedilatildeo da sauacutede Essa importacircncia foi
crescendo a ponto de ser encontradas nos principais documentos de poliacuteticas
puacuteblicas ligadas a alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo como o Programa Fome Zero (SANTOS
2012)
Considerando todas as alteraccedilotildees fisioloacutegicas e psicoloacutegicas provenientes do
envelhecimento que dificultam em muitas vezes o consumo alimentar o processo de
educaccedilatildeo nutricional deve estar presente na ida do idoso de modo que estes tenham
conhecimento dessas principais alteraccedilotildees e de alternativas para contornar os
efeitos dessas alteraccedilotildees e tornar o ato de se alimentar mais prazeroso (FRANCO
2012)
35
Segundo Montenegro e Silva para que a alimentaccedilatildeo atenda as necessidades de
gasto energeacutetico de indiviacuteduos idosos eacute necessaacuterio que haja adequaccedilatildeo da dieta
aleacutem disso a associaccedilatildeo de uma alimentaccedilatildeo adequada com a praacutetica de atividade
fiacutesica regular pode promover benefiacutecios a sauacutede do idoso contribuindo tambeacutem para
a melhora do funcionamento dos processos metaboacutelicos ligados ao exerciacutecio bem
como auxiliar na recuperaccedilatildeo de lesotildees contribuindo assim para o aumento de
massa muscular e condicionamento fiacutesico
Na tabela 1 esta demostrado as recomendaccedilotildees nutricionais mais usadas
atualmente para os idosos e que satildeo provenientes da Dietary Reference Intakes
(DRI) na qual trata-se de uma revisatildeo dos valores de recomendaccedilotildees nutricionais
adotada em diversos paiacuteses (PADOVANI et al 2006)
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos)
EAR RDA AMDR Homens Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 30 _ Mulheres Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 21 _ Fonte Padovani et al 2006 Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos
nutricionais
25 QUALIDADE DA DIETA
251 iacutendice de qualidade da dieta
Aranha e outros (2000) afirmaram que a idade e a nutriccedilatildeo satildeo dois fatores
diretamente relacionados com o aparecimento e a gravidade de patologias os
idosos por exemplo apresentam uma reduccedilatildeo do funcionamento do sistema imune
devido a idade que pode ser piorado com uma maacute nutriccedilatildeo
Eacute evidente a importacircncia de uma alimentaccedilatildeo adequada para os idosos diversos
estudos demonstram uma relaccedilatildeo direta entre a dieta e o surgimento de doenccedilas
crocircnicas em idosos como hipertensatildeo arterial e diabetes (BARBOSA 2012)
36
A avaliaccedilatildeo do consumo alimentar que subsidia uma intervenccedilatildeo nutricional
adequada especiacutefica eacute um instrumento de muita eficaacutecia poreacutem de difiacutecil aplicaccedilatildeo
Vaacuterios estudos veem tentando criar instrumentos capazes de responder aos
desafios impostos pela complexidade da dieta humana Os meacutetodos de investigaccedilatildeo
do consumo de alimentos a serem utilizados dependem do objetivo do estudo e se
as estimativas seratildeo individuais ou para grupos populacionais sendo que cada
meacutetodo apresenta vantagens e desvantagens (WENDPAP 2012)
Com o aumento da incidecircncia de patologias relacionadas principalmente com os
haacutebitos alimentares tecircm se dado mais atenccedilatildeo a avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
de indiviacuteduos e populaccedilotildees um meacutetodo que vem sendo proposto para analisar a
ingestatildeo alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta (IQD) que foi adaptado para a
populaccedilatildeo brasileira e revisado por Previdelli e outros (2011)
O Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) se baseia na avaliaccedilatildeo das
porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do Guia alimentar
para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes
da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de nutrientes e obesidade
Previdelli e outros (2011) afirma que o IQD-R pode ser de grande auxiacutelio para a
avaliaccedilatildeo do consumo alimentar de diversas faixas etaacuterias aleacutem de promover
subsiacutedios para o planejamento de accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede como
intervenccedilatildeo e educaccedilatildeo nutricional
O IQD-R avalia doze componentes sendo nove grupos alimentares dois satildeo
nutrientes e um grupo de calorias proveniente de gordura soacutelida aacutelcool e accediluacutecar de
adiccedilatildeo (Gord_AA) Os grupos alimentares satildeo ldquoFrutas Totaisrdquo(inclui frutas e sucos
de frutas naturais) ldquoFrutas integraisrdquo (exclui sucos de frutas) ldquoVegetais Totaisrdquo
ldquoVegetais Verdes Escuros e Alaranjados e Leguminosasrdquo (este uacuteltimo soacute eacute pontuado
apoacutes atingir-se a pontuaccedilatildeo maacutexima de carnes ovos e leguminosas)ldquoCereais
Totaisrdquo (inclui raiacutezes e tubeacuterculos) ldquoCereais Integraisrdquo ldquoLeite e Derivadosrdquo(inclui
inclusive bebidas agrave base de soja) ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo ldquoOacuteleosrdquo (inclui as
gorduras mono e poliinsaturadas oacuteleos das oleaginosas e gordura de peixe) Os
nutrientes incluem ldquoSoacutediordquo e ldquoGordura saturadardquo O valor do IQD-R pode variar entre
0 e 100 sendo que os escores mais altos indicam que a ingestatildeo alimentar estaacute
proacutexima das recomendaccedilotildees (MOTA et al 2008 WENDPAP 2012)
37
252 Alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento
Segundo o manual brasileiro referente agrave alimentaccedilatildeo saudaacutevel para a pessoa idosa
publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede em 2009 dez passos devem ser seguidos como
forma de orientaccedilatildeo para alcanccedilar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento o
que inclui
bull Realizaccedilatildeo de pelo menos trecircs refeiccedilotildees e dois lanches saudaacuteveis ao longo
do dia evitando ficar sem alimentar por muito tempo dando preferecircncia a
alimentos de faacutecil mastigaccedilatildeo como frutas amassadas ou picadas e carnes
desfiadas ou moiacutedas devido agraves dificuldades de mastigaccedilatildeo e degluticcedilatildeo
comumente encontradas em idosos decorrente da perda de dentes e da
diminuiccedilatildeo da saliva
bull Inclusatildeo de seis porccedilotildees diaacuterias de cerais e tubeacuterculos dando preferecircncias
aos alimentos integrais uma vez que os alimentos integrais possuem um alto
teor de fibras que contribuem tambeacutem para um adequado funcionamento do
intestino
bull Trecircs porccedilotildees de legumes e verduras nas grandes refeiccedilotildees diariamente
Estes alimentos satildeo fontes principais de vitaminas minerais e fibras
bull Trecircs porccedilotildees ou mais de frutas nas sobremesas e nos lanches diariamente
As frutas tambeacutem satildeo importantes fontes de fibras e vitaminas e devem
incrementar os lanches saudaacuteveis ao longo do dia
bull Consumo de arroz e feijatildeo em pelo menos cinco dias da semana A
combinaccedilatildeo desses alimentos resulta em uma ingestatildeo de proteiacutena completa
bull Trecircs porccedilotildees diaacuteria de leite e derivados e uma porccedilatildeo de carnes aves
peixes ou ovos dando preferecircncia a carnes magras O leite e seus derivados
satildeo importantes fontes de caacutelcio um mineral essencial na manutenccedilatildeo do
tecido oacutesseo As carnes satildeo fontes de ferro e de proteiacutena de alto valor
bioloacutegico
bull Reduccedilatildeo da quantidade de sal nas refeiccedilotildees devido a grande prevalecircncia de
hipertensatildeo arterial encontrada em toda a populaccedilatildeo brasileira e em especial
em idosos
38
bull Ingestatildeo de pelo menos dois litros de aacutegua no qual equivale
aproximadamente aacute seis ou oito copos meacutedio Uma ingestatildeo de aacutegua
adequada eacute essencial para um bom funcionamento orgacircnico
bull Reduccedilatildeo no consumo de refrigerantes sucos industrializados biscoitos
recheados e doces em geral Estes alimentos industrializados possuem
geralmente em sua composiccedilatildeo um grande teor de soacutedio que contribui para o
aumento da pressatildeo arterial aleacutem de possuiacuterem tambeacutem grande quantidade
de conservantes
bull Reduccedilatildeo no consumo de bebidas alcooacutelicas e realizaccedilatildeo de praacutetica de
atividade fiacutesica regular por pelo menos trinta minutos diariamente O consumo
de aacutelcool estaacute diretamente relacionado ao ganho de peso e a diversos
prejuiacutezos aacute sauacutede como problemas hepaacuteticos por exemplo A praacutetica de
atividade fiacutesica regular traz inuacutemeros benefiacutecios agrave sauacutede como controle do
peso e prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis
Outras orientaccedilotildees tambeacutem satildeo de suma importacircncia para que o idoso tenha
condiccedilotildees de se realizar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel diariamente
bull A mesa de refeiccedilatildeo deve ser posta de forma simples de forma a facilitar a
realizaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pelo idoso
bull Deve haver um contraste entre toalha da mesa e utensiacutelios afim de que se
facilite a visatildeo do indiviacuteduo e consequentemente facilite a sua alimentaccedilatildeo
bull Os utensiacutelios a serem utilizados pelos idosos devem ser simples de modo
que o seu manuseio seja faacutecil e natildeo apresente riscos elevados de quebra
253 Seguranccedila Alimentar
O termo seguranccedila alimentar estaacute relacionado ao acesso a uma alimentaccedilatildeo
adequada em niacutevel qualitativo e quantitativo de forma a atender as necessidades
individuais enquanto que o termo de inseguranccedila alimentar engloba vaacuterios fatores
deste a preocupaccedilatildeo em adquirir o alimento a perda da qualidade e diversidade dos
alimentos (FAZZIO 2012)
39
Diversos estudos vecircm apontando os crescentes casos de inseguranccedila alimentar que
vem atingindo os idosos que interferem em uma adequada nutriccedilatildeo e
consequentemente interferem na sauacutede desta populaccedilatildeo (LEON et al 2005)
A prevalecircncia de residecircncias de idosos que apresentam inseguranccedila alimentar eacute
cada vez mais encontrada em todo o mundo nos Estados Unidos essa prevalecircncia
varia 6 a 16 em Campinas a inseguranccedila alimentar chegou a atingir 52 das
residecircncias com idosos (LEON et al 2005)
Os indiviacuteduos idosos que apresentam inseguranccedila alimentar e nutricional dentro de
suas residecircncias tem maiores chances de possuir deficiecircncias nutricionais
decorrente da inadequada ingestatildeo de diversos nutrientes incluindo principalmente
caacutelcio vitamina A e proteiacutena quando comparados a idosos que vivem em seguranccedila
alimentar (ROSE OLIVEIRA 1991 citado por BARBOSA et al 2013)
26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO
Para traccedilar o diagnoacutestico do estado nutricional de idosos muitos indicadores que
satildeo utilizados para avaliaccedilatildeo da antropometria de outras faixas etaacuterias tambeacutem
fazem parte deste diagnoacutestico como o peso e a altura que permitem a avaliaccedilatildeo do
iacutendice de massa corporal (IMC) Circunferecircncia do braccedilo (CB) Circunferecircncia da
Cintura (CC) e prega cutacircnea tricipital entretanto essa populaccedilatildeo ainda conta com
um indicador especiacutefico para avaliaccedilatildeo principalmente de perda de massa magra e
consequentemente desnutriccedilatildeo que eacute a Circunferecircncia da Panturrilha (CERVI
FRANCESCHINI PRIORE 2006)
Quanto aos indicadores observa-se assim uma vasta opccedilatildeo de utilizaccedilatildeo entretanto
as maiores dificuldades na precisatildeo do diagnoacutestico do estado nutricional do idoso
ficam por conta dos pontos de cortes especiacuteficos que em muitas vezes natildeo satildeo
estabelecidos para esta populaccedilatildeo que sofrem diversas alteraccedilotildees orgacircnicas e
funcionais (CERVI FRANCESCHINI PRIORE 2006)
261 Iacutendice de Massa Corporal O objetivo do iacutendice de massa corporal eacute avaliar a massa corporal em comparaccedilatildeo agrave
altura de forma simples e raacutepida utilizando apenas o peso em quilogramas e a
altura em metro quadrado (PERISSINOTTO et al 2002)
40
Sendo assim o uso deste indicador eacute muito frequente na avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica
de diversas populaccedilotildees Entretanto diversos estudos afirma a necessidade de
associar o diagnoacutestico pelo IMC com outros indicadores uma vez que este natildeo
diferencia a massa corporal ou seja natildeo identifica a distribuiccedilatildeo de tecido adiposo e
tecido muscular (PERISSINOTTO et al 2002)
Quanto aos pontos de corte utilizados do IMC para idosos o Ministeacuterio da Sauacutede
atraveacutes do Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
sugere a utilizaccedilatildeo de uma faixa de normalidade entre o valores de 22kgmsup2 e
27kgmsup2 sendo classificados como baixo peso indiviacuteduos idosos que apresentem
IMC inferior a 22kgmsup2 e como sobrepeso indiviacuteduos que apresentem uma valor
acima de 27kgmsup2 natildeo havendo pontos de cortes que defina o niacutevel de desnutriccedilatildeo
e niacutevel de obesidade (SAMPAIO 2006)
Uma grande dificuldade encontrada na utilizaccedilatildeo do IMC para idosos eacute decorrente
da insensibilidade deste indicador quanto ao decreacutescimo de estatura aumento de
tecido adiposo e aumento da massa muscular e quantidade de aacutegua corporal que
satildeo alteraccedilotildees comumente encontradas no envelhecimento (SANTOS SICHIERI
2005)
262 Circunferecircncia do Braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo reflete a composiccedilatildeo corporal total incluindo tecido oacutesseo
massa muscular e tecido adiposo e possibilita a aplicaccedilatildeo de outros indicadores
como a circunferecircncia muscular do braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo (CB) em idosos tende a diminuir devido agrave perda de massa
magra tiacutepico da idade e tambeacutem pelo deslocamento da gordura para regiatildeo central
na avaliaccedilatildeo deste indicador relaciona-se o valor encontrado com o valor meacutedio para
a idade do indiviacuteduo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA GONZALES
2013)
263 Circunferecircncia da Cintura A medida circunferecircncia da cintura eacute um indicador essencial uma vez que atraveacutes
deste eacute possiacutevel verificar uma possiacutevel localizaccedilatildeo acumulada de tecido adiposo
41
nessa regiatildeo e uma circunferecircncia da cintura elevada revela possiacuteveis riscos
cardiovasculares e metaboacutelicos (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
Em relaccedilatildeo aos pontos de cortes natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica para a utilizaccedilatildeo
em idosos o que dificulta a precisatildeo do diagnoacutestico nutricional uma vez que o
aumento de gordura na regiatildeo abdominal eacute comum em idosos devido a
redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo que acontece em maiores proporccedilotildees pelo
deslocamento desse tecido dos membros para a regiatildeo central do tronco (PAIVA
NETO OLIVEIRA SANTOS 2007)
264 Prega Cutacircnea Tricipital
A afericcedilatildeo da prega cutacircnea tricipital e em geral todas as outras pregas cutacircneas
permitem identificar a quantidade de tecido adiposo subcutacircneo Trata-se de um
indicador sensiacutevel a desnutriccedilatildeo que permite avaliar os estoques de gordura
corporal Os pontos de cortes utilizados na avaliaccedilatildeo deste indicador vatildeo de acordo
com a medida obtida e a medida meacutedia (p50) de acordo com a idade do indiviacuteduo
(FIORE et al 2006)
Assim como na Circunferecircncia do braccedilo espera-se uma reduccedilatildeo do valor da prega
cutacircnea tricipital decorrente da redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo nesta populaccedilatildeo
estudada o que leva a reduccedilatildeo da precisatildeo deste indicador em relaccedilatildeo a
sensibilidade de desnutriccedilatildeo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
265 Circunferecircncia da Panturrilha A circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador utilizado geralmente para avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica de indiviacuteduos idosos por ser sensiacutevel a depleccedilatildeo muscular nesta
faixa etaacuteria e de faacutecil obtenccedilatildeo (SAMPAIO 2004)
Segundo Acunatilde e Cruz (2004) a circunferecircncia da panturrilha eacute o indicador mais
sensiacutevel agrave desnutriccedilatildeo em idosos sendo superior a outro indicador de suma
importacircncia que eacute a circunferecircncia do braccedilo
42
O valor circunferecircncia da panturrilha menor que 31 cm classifica-se como
desnutriccedilatildeo representando perda de massa muscular enquanto que achados acima
desse valor satildeo classificados como eutrofia (SPEROTTO 2010)
27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO
Caracteriza-se como atividade fiacutesica qualquer movimento do corpo que envolva a
contraccedilatildeo muscular e em qualquer ambiente seja em casa no trabalho ou ao ar
livre e alguns benefiacutecios podem aparecer mesmo com pouco tempo de praacutetica em
indiviacuteduos sedentaacuterios (ZAITUNE et al 2010)
A praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem eacute de fundamental importacircncia na prevenccedilatildeo de
diversas doenccedilas crocircnicas e em meio agrave transiccedilatildeo demograacutefica essa praacutetica se torna
ainda mais relevante Essa importacircncia pode ser verificada atraveacutes de um dos
objetivos do Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o enfrentamento das doenccedilas
crocircnicas natildeo transmissiacuteveis do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil no qual quer a busca
da promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes da praacutetica de exerciacutecio fiacutesico (MADEIRA et al 2013)
A falta de atividade fiacutesica principalmente em idosos pode complicar a perda de
massa magra que eacute comum em indiviacuteduos dessa faixa etaacuteria uma vez que
geralmente eacute decorrente das alteraccedilotildees hormonais principalmente pela reduccedilatildeo na
siacutentese de hormocircnios de crescimento de hormocircnios sexuais (MAGALHAtildeES 2011)
A atividade fiacutesica eacute reconhecida por inuacutemeros benefiacutecios aacute sauacutede de quem a pratica
e com os idosos natildeo eacute diferente eacute constatada uma melhora na qualidade de vida e
na sauacutede em geral o que consequentemente leva a reduccedilatildeo da probabilidade do
aparecimento de doenccedilas crocircnicas internaccedilotildees e morte (ZAITUNE et al 2010)
Fiatorone-Singh (1998) citado por Matsudo (2002) afirma que a praacutetica regular de
atividade fiacutesica possui grande influecircncia sobre as alteraccedilotildees na composiccedilatildeo corporal
comumente encontradas em idosos uma vez em que em diversos estudos foi
confirmada a hipoacutetese de que idosos ativos possuem um melhor estado nutricional
quando comparado a idosos sedentaacuterios em relaccedilatildeo a indicadores de peso iacutendice
de massa corporal gordura corporal e ainda relaccedilatildeo cintura-quadril
Os benefiacutecios da praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem estatildeo relacionados diretamente
com o aumento da capacidade funcional de idosos uma vez que a capacidade
43
funcional interfere na forccedila muscular que por sua vez eacute inteiramente dependente da
massa muscular Visto que a atividade fiacutesica contribui para fortalecimento da massa
muscular haacute consequentemente uma reduccedilatildeo na perda natural deste tecido
decorrente do envelhecimento (MATSUDO 2002)
A prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas atraveacutes da melhora do estado nutricional
relacionada ao aumento da capacidade funcional e outros benefiacutecios decorrentes da
praacutetica de atividade fiacutesica leva consequentemente a uma elevaccedilatildeo da qualidade de
vida do indiviacuteduo idoso que me muitas vezes se encontra comprometida
(MATSUDO 2002)
A falta da praacutetica de atividade fiacutesica vem sendo crescente em toda a populaccedilatildeo
mundial Masso e outros (2005) em seu estudo que identificava a prevalecircncia de
sedentarismo em mulheres relataram que somente 37 da sua populaccedilatildeo se
encontram ativas ou seja que tinham o haacutebito regular de praticar alguma atividade
fiacutesica
Ferreira e Gobi (2003) afirma que o excesso de peso natildeo estaacute relacionado somente
com um consumo alimentar inadequado uma vez que estudos recentes vecircm
comprovando que a obesidade adquirida ao longo de anos estaacute mais relacionada
com o sedentarismo do que uma ingestatildeo excessiva de alimentos
Os mecanismos que levam a atividade fiacutesica agrave prevenccedilatildeo e ao tratamento de
doenccedilas e agrave incapacidade funcional envolvem principalmente a reduccedilatildeo da
adiposidade corporal a queda da pressatildeo arterial a melhora do perfil lipiacutedico e da
sensibilidade agrave insulina o aumento do gasto energeacutetico da massa e da forccedila
muscular da capacidade cardiorrespiratoacuteria da flexibilidade e do equiliacutebrio
(FERREIRA GOBI 2003)
Segundo Toscano e Olivera (2007) os programas puacuteblicos criados para a promoccedilatildeo
de praacutetica de atividade fiacutesicas satildeo importantes para o aumento da qualidade de vida
seja atraveacutes dos benefiacutecios desta praacutetica e atraveacutes de um maior conviacutevio social que
afasta a solidatildeo
Matsudo (2002) relata que vaacuterios pesquisadores ressaltam a necessidade da
implantaccedilatildeo de programas voltados agrave praacutetica de atividade fiacutesica em todo mundo
uma vez que estes mesmo pesquisadores encontraram resultados bastante
satisfatoacuterios relacionados agrave praacutetica regular de atividade fiacutesica demostrando ainda
44
que esta praacutetica eacute essencial para diminuir as consequecircncias indesejaacuteveis na sauacutede
dos indiviacuteduos decorrentes do envelhecimento
Atualmente no mundo todo a prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e
outras intercorrecircncias na sauacutede provocadas pelo passar da idade natildeo poder estar
isolada da praacutetica de atividade fiacutesica (MATSUDO et al 2006)
Atraveacutes de vaacuterios resultados positivos evidenciados em diversos estudos que
abordaram a atividade fiacutesica e os benefiacutecios proporcionados a seus praticantes jaacute eacute
possiacutevel verificar o aumento de investimento de oacutergatildeo puacuteblicos e privados em
programas de incentivo e orientaccedilatildeo a praacutetica de atividade fiacutesica (FERREIRA GOBI
2003)
Hoje em dia diversas aacutereas dos oacutergatildeos puacuteblicos estatildeo investindo em programas de
incentivo a atividade fiacutesica principalmente para os idosos entretanto deve-se ter
cautela na execuccedilatildeo destes programas garantindo um espaccedilo fiacutesico adequado com
profissionais qualificados a fim de que se possa realmente alcanccedilar os objetivos
destes programas (BENEDETTI GONCcedilALVES 2007)
45
3 METODOLOGIA 31 DESENHO DE ESTUDO
Foi realizado um estudo descritivo transversal com uma abordagem qualitativa com
40 idosos cadastrados no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe muniacutecipio de
Serra participantes e natildeo participantes do programa municipal de orientaccedilatildeo ao
exerciacutecio fiacutesico realizado neste espaccedilo
O estudo ocorreu em dois encontros na primeira consulta ocorreu a identificaccedilatildeo do
paciente e a coleta de dados antropomeacutetricos Inicialmente foi realizado a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) e em
seguida foi realizada uma entrevista para o preenchimento do Prontuaacuterio contendo
os seguintes itens Identificaccedilatildeo do paciente e avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica (Apecircndice
B) e o paciente foi convidado ainda a realizar o registro alimentar de trecircs dias para
ser analisado na proacutexima consulta (Apecircndice C)
No segundo encontro que foi realizado uma semana apoacutes a primeira consulta foi
coletado o registro alimentar de trecircs dias e ainda foi aplicado o questionaacuterio
Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica do tipo IPAQ curto para classificaacute-los
quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica exercido pelos mesmos (Anexo A)
32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO
O Comitecirc de sauacutede do idoso trata-se de uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
registrada regularmente instituiacutedo por um grupo de idosos da regiatildeo mas conta com
o apoio da Prefeitura da Serra o proacuteprio espaccedilo fiacutesico eacute cedido pela prefeitura e
sendo assim o mesmo local recebe o Programa municipal de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico
Os idosos cadastrados no comitecirc contribuem com um valor singelo mensalmente
para que sejam criadas atividades recreativas para os mesmos como curso de
pintura bordado viagens e outros Atualmente existem cerca de cento e sessenta
idosos cadastrados no comitecirc e um grupo de oito idosos compotildeem a diretoria sendo
um presidente que planejam atividades e buscam apoio de entidades puacuteblicas e
privadas para realizaccedilatildeo de alguns serviccedilos e atividades
46
A principal atividade exercida pelos cadastrados eacute o PROEF que conta com um
educador fiacutesico que orienta os participantes do programa com ginaacutestica aeroacutebica
com duraccedilatildeo de uma hora por trecircs vezes na semana entretanto natildeo satildeo todos os
cadastrados no comitecirc de sauacutede do idoso que participam deste programa
33 ASPECTOS EacuteTICOS
Foi informado aos indiviacuteduos todos os procedimentos a serem realizados durante a
pesquisa antes de assinar o termo de consentimento livre e esclarecido conforme
as normas para realizaccedilatildeo de Pesquisa em seres humanos e atendendo aos
criteacuterios da Eacutetica da Pesquisa em Sauacutede segundo descrito na Resoluccedilatildeo 19696
(BRASIL 2002)
O Projeto de pesquisa do presente trabalho foi submetido ao Comitecirc de eacutetica e
Pesquisa da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo tendo sido aprovado
34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
As medidas antropomeacutetricas analisadas para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal
dos indiviacuteduos foram peso corporal altura percentual de gordura circunferecircncias
do braccedilo cintura panturrilha e prega cutacircnea tricipital
Para a coleta das medidas antropomeacutetricas foram utilizados os seguintes
instrumentos balanccedila de bioimpedacircncia da marca Tanitareg devidamente calibrada
com capacidade de 150 kg e precisatildeo de 100g adipocircmetro de marca Cescorf
devidamente calibrado com amplitude de 88 mm e precisatildeo de 01mm fita meacutetrica
natildeo elaacutestica da marca Sanny estadiocircmetro da marca Altura Exata e com precisatildeo
de 05cm
O indiviacuteduo foi pesado usando roupas leves sem sapatos e sem qualquer objeto de
metal com o auxiacutelio da balanccedila Tanitareg colocada numa superfiacutecie plana e riacutegida
pela qual se obteve aleacutem do peso os valores dos percentuais de gordura e de
aacutegua Ressalta-se a natildeo indicaccedilatildeo do uso da bioimpedacircncias em indiviacuteduos que
possuem em seu corpo algum material metaacutelico como marcapasso devido as
possiacuteveis falhas na passagem da corrente eleacutetrica (CONSELHO FEDERAL DE
MEDICINA 2009)
47
A altura foi determinada utilizando-se o estadiocircmetro sendo orientado ao paciente
permanecer descalccedilo em posiccedilatildeo ereta olhando para o horizonte com os
calcanhares unidos e apoiados agrave parte posterior do estadiocircmetro assim como a
parte posterior dos joelhos naacutedegas e escaacutepulas estando a cabeccedila posicionada
reta (BRASIL 2011c)
Na tabela 2 satildeo encontrado os resultados do IMC com base no peso e altura
aferidos do paciente usando a foacutermula IMC = Peso corporal (kg) Estatura (m)sup2
sendo este avaliado segunda a classificaccedilatildeo recomendado pelo Sistema de
Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos Classificaccedilatildeo IMC (kgmsup2) Risco de Comorbidades
Baixo Peso lt 22 Baixo Peso Normal 22 - 269 Meacutedio Sobrepeso ge270 - Fonte The Nutrition Screening Initiative (1994) citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e
Nutricional Orientaccedilotildees para coleta anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede
(2011)
Os valores de referecircncia utilizados para a classificaccedilatildeo do percentual de gordura
corporal de idosos segundo GALLAGHER et al (2000) encontram-se no tabela 3
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos
Classificaccedilatildeo Gordura Corporal ()
Homens Mulheres Baixo lt13 lt24
Adequado 13 ndash 249 24 - 359
Elevado 25 - 299 36 - 419
Muito Elevado ge 30 ge 42
Fonte GALLAGHER et al 2000 Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex
A circunferecircncia da cintura foi aferida com o paciente em peacute usando a fita meacutetrica
para circundar o indiviacuteduo no ponto meacutedio entre a crista iliacuteaca e a uacuteltima costela A
circunferecircncia da cintura (CC) foi utilizada com o objetivo de identificar o padratildeo de
distribuiccedilatildeo da massa adiposa pois eacute considerado o melhor indicador para a
48
avaliaccedilatildeo do risco de doenccedilas cardiovasculares e metaboacutelicas em estudos
epidemioloacutegicos (MARTINS et al 2009) Utilizaram-se os pontos de corte definidos
na Diretriz Brasileira de Obesidade (2010) e atualmente recomendados pelo
Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (tabela 4)
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres Risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas Homem Mulher
Aumentado ge 94 ge 80
Substancialmente aumentado ge 102 ge 88
Fonte WHO 2000 citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilotildees para coleta
anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede (2011)
A circunferecircncia do braccedilo foi mensurada com o individuo em peacute com o braccedilo
flexionado a 90 graus para determinaccedilatildeo do ponto meacutedio entre o acrocircmio e o
oleacutecramo e em seguida com o braccedilo estendido e relaxado ao longo do corpo
posicionando a fita no sentido horizontal para a obtenccedilatildeo da medida (COSTA 2012)
O resultado obtido foi comparado aos valores de referecircncia demonstrados na tabela
de percentis por Frisancho (1990) no anexo B A adequaccedilatildeo da CB foi determinada
atraveacutes da foacutermula Adequaccedilatildeo da CB ()= CB obtida (cm) CB percentil 50 x 100 e
o estado nutricional classificado de acordo com o tabela 5
Tabela 5 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a circunferecircncia do braccedilo
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por Sommacal 2011 A circunferecircncia da panturrilha eacute considerada um oacutetimo indicador antropomeacutetrico
para idosos uma vez que possibilita a identificaccedilatildeo de alteraccedilotildees da massa
muscular em idosos com um ponto de corte menor de 31 centiacutemetros como
indicador de desnutriccedilatildeo (ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE citado por
MOREIRA et al 2011)
49
A teacutecnica de mensuraccedilatildeo da prega cutacircnea tricipital foi preconizada por Lohman
(1991) citado por Sommacal e outros (2011) no qual indica que para a afericcedilatildeo da
prega cutacircnea tricipital deve ser realizado no mesmo ponto meacutedio utilizado para a
CB no qual deve-se separar levemente a prega do braccedilo natildeo-dominante
desprendendo-a do tecido muscular e aplicar o calibrador formando um acircngulo reto
O braccedilo deve estar relaxado e solto ao lado do corpo
O valor encontrado da prega cutacircnea tricipital foi comparado ao padratildeo de referecircncia
no anexo C e posteriormente foi calculado a adequaccedilatildeo da PCT atraveacutes da
equaccedilatildeo
Adequaccedilatildeo da PCT = PCT obtida PCT percentil 50 x 100 A adequaccedilatildeo da PCT foi
classificada segundo a tabela 6
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a 110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por lSommacal 2011 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR
No primeiro encontro os indiviacuteduos participantes receberam trecircs formulaacuterios para
realizaccedilatildeo do registro e orientaccedilotildees de como realizar o registro alimentar de trecircs
dias sendo que deveriam ser realizados em dias natildeo consecutivos contemplando
dois dias da semana e um dia do final de semana Cada participante deveria anotar
todos os alimentos e bebidas ingeridos ao longo do dia e suas respectivas
quantidades incluindo os alimentos consumidos fora de sua residecircncia (FISBERG
MARCHIONI COLUCCI 2009) Foi orientado ainda ao indiviacuteduo que solicitasse
auxilio aacute um familiar caso encontrasse dificuldades em preencher o relatoacuterio
Com a coleta do registro alimentar de trecircs dias foi possiacutevel realizar o caacutelculo de
energia em (kcal) macronutrientes e micronutrientes A anaacutelise foi realizada atraveacutes
de caacutelculos manuais com o auxiacutelio da tabela brasileira de composiccedilatildeo dos alimentos
(TACO)
50
A anaacutelise do consumo alimentar ocorreu com a utilizaccedilatildeo o iacutendice de qualidade da
dieta revisado que foi reformulado por Previdelli (2011) em conformidade com as
recomendaccedilotildees dieteacuteticas preconizadas pelo guia alimentar para a populaccedilatildeo
brasileira de 2006 para a classificaccedilatildeo da qualidade da dieta seratildeo utilizados os
pontos de corte proposto pelo mesmo autor que classifica uma dieta ldquoinadequadardquo
abaixo de 40 pontos entre 41 e 64 pontos dieta que ldquoprecisa de modificaccedilatildeordquo e
acima de 64 pontos classifica-se como ldquodieta saudaacutevelrdquo (Anexo D e E)
36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA
A atividade fiacutesica pode ser considerada uma grande estrateacutegia em sauacutede puacuteblica
visto que poderiacuteamos atingir uma grande economia com a reduccedilatildeo do sedentarismo
Hoje em dia encontra-se mais de dois milhotildees de mortes anualmente causadas pela
inatividade fiacutesica em todo o mundo O sedentarismo natildeo estaacute relacionado somente
com doenccedilas e morte mas tambeacutem com a geraccedilatildeo de altos custos a sociedade No
ano de 1995 pode ser constatado que os Estados Unidos gastaram vinte e quatro
bilhotildees de doacutelares somente com o sedentarismo Sendo assim podemos observar
que com o aumento da praacutetica de atividade fiacutesica da populaccedilatildeo pode-se contribuir
indiretamente para o desenvolvimento humano e o progresso econocircmico
(WASHBURN 1993 et al Citado por PARDINI et al 2001 p46)
Um dos grandes fatores para o aparecimento de doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis eacute o sedentarismo O haacutebito de praticar algum tipo de atividade fiacutesica
tem sido usado como um meacutetodo faacutecil e de baixo custo para prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas Recomendam-se a praacutetica de pelo menos trinta minutos de atividade
diariamente para que seus benefiacutecios sejam apresentados (MASSON et al 2005)
O IPAQ estima o niacutevel de praacutetica habitual de atividade fiacutesica e foi desenvolvido pelo
Grupo Internacional para Consenso em Medidas da Atividade Fiacutesica constituiccedilatildeo
sob a chancela da OMS para ser utilizado em vaacuterios paiacuteses dentre eles Brasil e
Japatildeo (GUEDES et al 2005 GUEDES 2007 CORA 2003 citado por MIZUNO
2007)
O niacutevel de atividade fiacutesica foi determinado atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica ndash IPAQ na forma curta proposto por MIZUNO
(2007) sendo utilizadas quatro questotildees para avaliar a atividade fiacutesica dentro de uma
51
semana normal Os entrevistados relataram as atividades que satildeo realizadas ao
longo da semana em casa no trabalho e nas horas de lazer e descanso a
frequecircncia semanal e o tempo diaacuterio de cada atividade As atividades foram
classificadas como
1) vigorosas (corrida ginaacutestica aeroacutebica futebol velocidade raacutepida na bicicleta
basquete serviccedilos domeacutesticos pesados em casa ou no quintal carregar objetos com
peso alto)
2) moderadas (velocidade leve na bicicleta nataccedilatildeo danccedila ginaacutestica aeroacutebica leve
vocirclei carregar objetos com peso leve serviccedilos domeacutesticos em casa ou no quintal
como varrer e realizar cuidados no jardim)
3) caminhada (no trabalho ou por lazer)
4) sem gasto caloacuterico (sentado assistindo TV ou lendo)
Segundo o autor a partir dessas informaccedilotildees eacute possiacutevel estimar o gasto energeacutetico
em METs Um MET representa o consumo de oxigecircnio em repouso ou taxa
metaboacutelica de repouso Uma atividade que requer o dobro de energia do repouso
requer 2 METrsquos e assim sucessivamente Para o caacutelculo do gasto em METs o IPAQ
usa as seguintes foacutermulas
a) caminhada MET-minutosemanal = 33 X tempo diaacuterio de caminhada X frequumlecircncia
semanal
b) moderado MET- minutosemanal = 40 X tempo diaacuterio de atividade moderada X
frequecircncia semanal
c) vigoroso MET- minutosemanal = 80 X tempo diaacuterio de atividade vigorosa X
frequecircncia semanal d) total da atividade fiacutesica MET- minutosemanal = soma da
Caminhado + Moderado + Vigoroso MET - minutossemanal
Com essas informaccedilotildees classifica-se o indiviacuteduo em uma das seguintes categorias
a) baixo nenhuma atividade ou atividades que natildeo se enquadram nas categorias 2 e
3
b) moderado deve ser encaixar em pelos menos um dos criteacuterios de atividade
vigorosa por pelos menos trecircs dias por semana e em um periacuteodo miacutenimo de 20
minutos ou cinco ou mais dias de atividade moderada eou caminhada por pelo
52
menos 30 minutos por dia ou ainda qualquer combinaccedilatildeo de atividade moderada ou
vigorosa ou caminhada com gasto miacutenimo de 600 met-minsemana por cinco ou
mais dias na semana
c) alto Um dos dois criteacuterios atividade vigorosa em no miacutenimo 3 dias da semana
com gasto miacutenimo de 1500 MET-minutosemana ou 7 ou mais dias de combinaccedilatildeo
de caminhada atividade moderada e vigorosa com gasto miacutenimo de 3000 met-
minutosemana (IPAQ)
37 ANAacuteLISE DOS DADOS
Foi realizada uma anaacutelise descritiva das variaacuteveis quantitativas sendo os dados
apresentados em meacutedia desvio-padratildeo miacutenimo maacuteximo e mediana Os dados
qualitativos seratildeo apresentados atraveacutes de frequecircncia absoluta e relativa As
anaacutelises foram realizadas com auxilio do software SPSS V 20 2013
Para comparar os idosos praticantes de atividade fiacutesica baixo e praticantes de
atividade fiacutesica moderado foi aplicado o teste t de student nesta anaacutelise foi
considerado o niacutevel de significacircncia plt005
53
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS
Foram avaliados 40 indiviacuteduos sendo que natildeo houve perdas da amostra e nem
desistecircncia por parte dos participantes Na tabela 7 estatildeo apresentadas as
caracteriacutesticas gerais da amostra estudada na qual aponta que 40 (100)
indiviacuteduos pesquisados eram do sexo feminino Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade
fiacutesica 27 idosos (68) foram classificados com niacutevel moderado (MOD) seguido de
13 (32) indiviacuteduos da amostra com niacutevel baixo (BAIX)
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra VARIAacuteVEIS N
Sexo Masculino 0 0 Feminino 40 100 Niacutevel de Atividade Fiacutesica Baixo 13 32 Moderado 27 68 Alto 0 0 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica VARIAacuteVEIS GRUPO BAIX GRUPO MOD GERAL P-VALOR
IMC (kgmsup2) 3130 plusmn 851 2905 (2115-5664)
2553 plusmn 386 2488 (1973-3451)
274 plusmn 630 2688 (1973-5664) 0005
GC () 3726 plusmn 685 384 (246-462)
3298 plusmn 686 318 (222-543)
3405 plusmn 699 338(222-542) 0113
CC (cm) 9716 plusmn 1873 97 (575-1395)
8568 plusmn 1038 84 (685-107)
8941 plusmn 1447 8925 (575-1395) 0017
CP (cm) 373 plusmn 401 38 (29-46)
3464 plusmn 369 345 (295-46)
3551 plusmn 3 35 (29-46) 0006
CB 11267 plusmn 2204 10819 (754-168)
9534 plusmn 1328 9506 (6885-12218)
10097 plusmn 1829 10063 (6885-168) 0045
de PCT 10361 plusmn 3148 98 (74-172)
7963 plusmn 2684 74 (38-152)
8657 plusmn 2993 79 (38-172) 0006
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
54
O IMC meacutedio do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi equivalente a
3130kgmsup2 que equivale a classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o valor meacutedio
encontrado no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado foi de 2553kgmsup2
caracterizando eutrofia O percentual de gordura corporal obteve meacutedia de 3726
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que equivale a uma classificaccedilatildeo de
elevaccedilatildeo e 3298 no qual equivale a adequaccedilatildeo no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado A circunferecircncia da cintura apresentou valores meacutedio de 9716 cm
equivalendo ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e
8568 cm caracterizando risco aumentado para os grupos com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e com niacutevel de atividade fiacutesica moderado respectivamente O valor do
percentual de adequaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo apresentou media de 11267
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que caracteriza sobrepeso e 9534 no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado que caracteriza eutrofia (tabela 8)
Um importante instrumento para a avaliaccedilatildeo de composiccedilatildeo corporal eacute o IMC sendo
que para idosos o valor acima de 27kgmsup2 claacutessica o indiviacuteduo com sobrepeso
abaixo de 22kgmsup2 como baixo peso e a eutrofia se encaixa entre os valores de
22kgmsup2 a 27kgmsup2 sendo assim a avaliaccedilatildeo quantitativa do perfil antropomeacutetrico da
amostra destaca que segundo o IMC no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo
769 (n=1) dos indiviacuteduos estatildeo com baixo peso tambeacutem 769 (n=1) se
encontram eutroacuteficos e 8461 (n=11) estatildeo com sobrepeso jaacute no grupo com
atividade fiacutesica moderado 1852 (n=5) dos indiviacuteduos apresentam baixo peso
4814 (n=13) satildeo eutroacuteficos e 3333 (n=9) estatildeo com sobrepeso Sendo assim o
grupo de com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma maior ocorrecircncia
de indiviacuteduos eutroacuteficos (figura 1)
Observa-se ainda a existecircncia da diferenccedila significante entre o iacutendice de massa
corporal dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o iacutendice de massa corporal
dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado uma vez que o p-valor
encontrado foi menor que 005 (0005) Sendo assim conclui-se que haacute correlaccedilatildeo
positiva entre a praacutetica de atividade fiacutesica e o iacutendice de massa corporal uma vez que
os indiviacuteduos praticantes de atividade fiacutesica baixo obtiveram um valor meacutedio maior
de iacutendice de massa corporal quando comparado ao grupo de idosos que possuem
niacutevel de atividade fiacutesica moderado
55
Figura 1 - Perfil nutricional segundo IMC de acordo com niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode-se observar que no grupo de idosos que possuem um niacutevel menor de atividade
fiacutesica 6153 (n=8) dos indiviacuteduos apresentaram risco substancialmente elevado de
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura mensurada
2307 (n=3) indiviacuteduos apresentaram risco aumentado e 1538 (n=2) natildeo
apresentaram riscos
Enquanto que no grupo de quem praacutetica atividade fiacutesica moderadamente 3333
(n=9) natildeo apresentaram riscos 2962 (n=8) apresentaram risco aumentado e
3703 (n=10) apresentaram risco substancialmente elevado de complicaccedilotildees
metaboacutelicas (figura 2)
Houve correlaccedilatildeo significante entre as medidas de circunferecircncia da cintura dos
grupos estudados encontrando o p-valor menor que 005 (0017) Dessa forma
conclui-se que haacute correlaccedilatildeo entre a praacutetica de atividade fiacutesica e a medida da
circunferecircncia da cintura uma vez que o valor meacutedio desse indicador foi menor no
grupo de indiviacuteduos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao valor meacutedio encontrado no grupo de indiviacuteduos que possuem o niacutevel
de atividade fiacutesica baixo
769 769
8461
1852
4814
3333
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
56
Figura 2 - Classificaccedilatildeo de risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Com relaccedilatildeo ao percentual de gordura corporal apenas 9 indiviacuteduos do grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foram avaliados devido a impossibilidade de se usar a
bioimpedacircncia decorrente da presenccedila de placas metaacutelicas no corpo dos indiviacuteduos
Sendo assim podemos observa na figura 3 que apenas 1111 (n=1) dos indiviacuteduos
avaliados do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam valores
adequados de percentual de gordura 5555 (n=5) apresentam valores elevados
3333 (n= 3) apresentam valores muito elevados e nenhum indiviacuteduo apresentou
baixo valor
No grupo dos indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica moderado 5185
(n= 14) dos indiviacuteduos possuem um percentual adequado 74 (n= 2) apresentam
baixo valor 3703 (n= 10) apresentam valor elevado 37 (n= 1) apresentam um
valor muito elevado e nenhum indiviacuteduo apresentou baixo valor
Observa-se que o percentual de gordura dos idosos estudados natildeo apresentou
correlaccedilatildeo com a praacutetica de atividade fiacutesica uma vez que o p-valor deste indicador
foi maior que 005 (0113) ou seja natildeo houve diferenccedila significante entre os valores
meacutedios de percentual de gordura entre os grupos
1538
2307
6153
3333 2962
3703 NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
57
Figura 3 ndashClassificaccedilatildeo gordura corporal de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha pode constatar que apenas 10 (n=4)
de toda a populaccedilatildeo apresentou o quadro de desnutriccedilatildeo com um valor de CP
menor que 31 cm sendo que apenas 769 (n=1) do grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica baixo se enquadraram neste paracircmetro e 1111 (n=7) do grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Na correlaccedilatildeo dos valores meacutedios de circunferecircncia da panturrilha entre os grupos
de idosos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o grupo de idosos que
apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado observa-se uma diferenccedila
estatisticamente comprovada uma vez que o p-valor encontrado foi menor que
0005 (0045) sendo assim o valor meacutedio encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado foi menor quando comparado ao niacutevel de atividade fiacutesica
baixo
Observa-se que na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica baixo apresentou um valor meacutedio de percentual de adequaccedilatildeo de
11267 que equivale a sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou um valor meacutedio de 9534 que equivale a eutrofia
A anaacutelise da prega cutacircnea tricipital revelou que o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresenta uma classificaccedilatildeo meacutedia de eutrofia com o valor meacutedio de
percentual de adequaccedilatildeo de 10361 e o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
0
1111
5555
3333
74
5185
3703
37
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
58
moderado apresentou desnutriccedilatildeo moderada com o valor meacutedio de percentual de
adequaccedilatildeo de 7963
Observa-se que tanto a medida da circunferecircncia do braccedilo quanto a medida da
prega cutacircnea tricipital apresentaram diferenccedilas significantes entre os grupos
estudados uma vez que ambos apresentaram p-valor menor que 005 ou seja
conclui-se que os indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam
valores maiores destes indicadores quando comparados ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Eacute pertinente ao estudo comprovar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa corporal
e circunferecircncia da cintura coletadas no grupo de idosos com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado Para fazer a anaacutelise da natildeo correlaccedilatildeo entre os iacutendices de iacutendice
de massa corporal e circunferecircncia da cintura eacute necessaacuterio interpretar os dados
amostrais avaliando esses dois dados e confrontando-os em cada grupo amostral
Na tabela 9 e 10 estatildeo correlacionados os dados de iacutendice de massa corporal e
circunferecircncia da cintura do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e do grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS SEM RISCO RISCO
AUMENTADO RISCO SUBSTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 1 1 0 0
Eutrofia 1 1 0 0
Sobrepeso 11 0 3 8 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
SEM RISCO
RISCO AUMENTADO
RISCO SUSBTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 5 4 1 0 Eutrofia 13 5 5 3 Sobrepeso 9 0 2 7 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Observa-se de acordo com a tabela 9 somente os indiviacuteduos classificados como
sobrepeso no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentaram risco
59
aumentado ou substancialmente elevado para complicaccedilotildees metaboacutelicas associados
a circunferecircncia da cintura entretanto na tabela 10 pode-se observar que no grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado tanto alguns indiviacuteduos classificados com
eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com sobrepeso apresentaram risco
aumentado e substancialmente aumentado pode-se constatar ainda que um
indiviacuteduo classificado como baixo peso tambeacutem apresentou um risco aumentado
para complicaccedilotildees metaboacutelicas associado a circunferecircncia da cintura
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo CLASSIFICACcedilAtildeO
DO IMC Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 1 0 1 0 0
Eutrofia 1 0 0 1 0
Sobrepeso 11 0 0 4 3
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 5 2 3 0 0 Eutrofia 13 0 10 3 0 Sobrepeso 9 0 1 7 1 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 11 e 12 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o percentual de gordura corporal tanto no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado alguns indiviacuteduos
mesmo sendo classificados com eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com
sobrepeso apresentaram um percentual elevado de gordura corporal
Aplicando o iacutendice de qualidade da dieta pode se observar que a maioria da
populaccedilatildeo estudada encontra-se com uma ldquodieta saudaacutevelrdquo sendo representada por
7692 (n=10) no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e por 85 18 (n=23) no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou 2307 (n=3) dos indiviacuteduos com ldquodieta que precisa de
60
modificaccedilatildeordquo enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou 1481 (n=4) nenhum indiviacuteduo dos dois grupos apresentou ldquodieta
inadequadardquo (figura 4)
Em geral a populaccedilatildeo de idosos estudada apresentou uma meacutedia do IQD-R de
7592 com variaccedilatildeo de 5672 a 9074 pontos O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou uma meacutedia 7393 enquanto que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma valor meacutedia de 7688
Figura 4 - Iacutendice de qualidade da dieta de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 13 e 14 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o iacutendice de qualidade da dieta revisado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado a classificaccedilatildeo
de ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo apareceu em todas as classificaccedilotildees do iacutendice
de massa corporal ou seja indiviacuteduos com baixo peso eutroacuteficos e com sobrepeso
apresentaram ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo Em contrapartida diversos
indiviacuteduos com sobrepeso e tambeacutem com baixo peso apresentaram ldquodieta saudaacutevelrdquo
Sendo assim conclui-se que o iacutendice de massa corporal natildeo apresentou correlaccedilatildeo
com o iacutendice de qualidade da dieta ingerida pelos idosos
0
2307
7692
0
1481
8518
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
61
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO DIETA
SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 1 0 0 1 Eutrofia 1 0 1 0 Sobrepeso 11 0 2 9 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO
DIETA SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 5 0 1 4 Eutrofia 13 0 2 11 Sobrepeso 9 0 1 8
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
62
42 DISCUSSAtildeO
Da populaccedilatildeo estudada todo o grupo era composto por mulheres essa situaccedilatildeo de
um nuacutemero maior de idosos do sexo feminino do que do sexo masculino encontrada
em vaacuterios outros estudos com a populaccedilatildeo idosa Galesi e outros (2008) que
avaliaram o perfil alimentar e nutricional de 60 idosos do sexo feminino e apenas 25
do sexo masculino em uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia e tambeacutem por Abreu e
outros (2008) que avaliaram a inadequaccedilatildeo no consumo alimentar de idosos no
qual 69 da amostra estudada era composta pelo sexo feminino Salgado citado por
Galesi e outros (2008) afirma que essas situaccedilotildees refletem a feminizaccedilatildeo da
populaccedilatildeo idosa ou seja realmente existe uma proporccedilatildeo relativamente maior de
idosos do sexo feminino do que do sexo masculino esse fenocircmeno eacute decorrente de
diversos fatores entre eles eacute a elevada expectativa de vida para mulheres que em
meacutedia vivem sete anos a mais do que os homens outro fato eacute a mulher geralmente
se casar com homens mais velhos que consequentemente morrem primeiro que
esta aumentando assim a sobrevivecircncia da esposa em relaccedilatildeo ao seu marido
Em paralelo Vera citado por Machado e outros (2006) afirma que a mulher possui
atitudes diferentes a dos homens frente a preocupaccedilatildeo com a sauacutede tendo uma
maior procura pelos serviccedilos ou qualquer atividade puacuteblica relacionada a sauacutede
encontrando assim em seu estudo 743 da amostra composta por mulheres
idosas
De acordo com o IPAQ 325 dos indiviacuteduos possuiacuteam niacutevel de atividade fiacutesica
baixo e 675 possuiacuteam niacutevel moderado de atividade fiacutesica Uma vez que a pratica
de atividade fiacutesica moderada ou vigorosa classifica o indiviacuteduo como ativo isso
implica dizer que 675 dos idosos analisados satildeo ativos
A praacutetica de atividade fiacutesica eacute essencial para todas as faixas etaacuterias mas no caso de
idosos esta praacutetica pode beneficiar ainda a sauacutede dos mesmos uma vez que a
atividade fiacutesica contribui para diminuiccedilatildeo de dores nas articulaccedilotildees diminuiccedilatildeo de
gordura corporal e maior captaccedilatildeo de glicose sanguiacutenea entre outros benefiacutecios
(FRANCHI JUacuteNIOR MONTENEGRO) Mota e outros (2006) afirma que a pratica de
atividade fiacutesica regular por idosos pode tambeacutem contribuir na prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas como hipertensatildeo arterial doenccedilas cardiovasculares diabetes e siacutendrome
63
metaboacutelica impactando assim no aumento de qualidade de vida e reduccedilatildeo de
mortalidade nesta populaccedilatildeo
Aleacutem de diversos benefiacutecios aacute sauacutede do idoso como prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas a praacutetica regular de atividade fiacutesica ainda pode contribuir para o
retardamento da reduccedilatildeo da capacidade funcional do organismo decorrente do
envelhecimento contribuindo assim diretamente para o aumento da qualidade de
vida desta populaccedilatildeo (REIS SOUZA 2012)
Hurley e Hagber (1998) citado por Matsudo e Paiva Neto (2000) relatam que a
praacutetica de qualquer atividade fiacutesica por si soacute seja exerciacutecio aeroacutebico ou anaeroacutebico
levam a reduccedilatildeo de gordura corporal em idosos mesmo sem restriccedilatildeo caloacuterica
Shepard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) relatam que as
alteraccedilotildees ocorridas na composiccedilatildeo corporal com a praacutetica regular de atividade
fiacutesica podem ser decorrentes das alteraccedilotildees na taxa metaboacutelica em repouso No
estudo de Bergman (1991) citado por Ferreira (2007) foi constatado que a praacutetica
regular de atividade fiacutesica em curto espaccedilo contribui para uma melhora na
composiccedilatildeo corporal 27 idosas foram submetidas a realizar caminhadas em esteira
quatro vezes por semana e apoacutes 10 semanas obtiveram reduccedilatildeo na gordura
corporal e aumento de massa magra
Pode-se observar que os idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica moderada
apresentaram melhores resultados de composiccedilatildeo corporal quando comparado aos
idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica baixo o IMC meacutedio encontrado foi de
2553kgmsup2 e 3130kgmsup2 apresentando eutrofia e sobrepeso respectivamente
Mazo e outros (2006) tambeacutem constatou que 956 da sua populaccedilatildeo de idosas que
apresentavam excesso de peso possuiacuteam um baixo iacutendice de aptidatildeo funcional geral
decorrente da praacutetica irregular de atividade fiacutesica enquanto que 429 das idosas
que apresentavam IMC adequado estavam com o iacutendice de aptidatildeo funcional geral
bom Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) tambeacutem verificaram em seu estudo que
comparava a composiccedilatildeo corporal de idosos esportista e idosos irregularmente
ativos que o grupo de idosos esportistas possuiacutea um IMC de eutrofia enquanto que
o grupo de idosos irregularmente ativos possuiacuteam um IMC de sobrepeso
O baixo peso encontrado em 15 em toda a populaccedilatildeo estudada eacute tatildeo preocupante
como o sobrepeso tambeacutem encontrado Na atualidade estima-se que a prevalecircncia
de baixo peso fique em torno de 1 a 15 em idosos que vivem em residecircncias e
64
esse valor ainda tem aumento quando trata-se de idosos residentes em instituiccedilotildees
de longa permanecircncia (25 a 60) e um aumento ainda maior quando diz respeito a
idosos hospitalizados (35 a 65) A desnutriccedilatildeo em idosos pode favorecer a
incidecircncia de doenccedilas que consequentemente iratildeo interferir no estado nutricional do
indiviacuteduo Essa populaccedilatildeo eacute dita como um grupo de risco para o baixo peso devido a
vaacuterias alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento como reduccedilatildeo do
paladar dificuldades de mastigaccedilatildeo aleacutem do elevado uso de medicamentos que
consequentemente interfere no apetite na digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes
(SOUSA GUARIENTO 2009) Outros diversos estudos tambeacutem encontraram a
prevalecircncia de baixo peso em idosos Fiore e outros (2006) que avaliaram o perfil
nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede tambeacutem encontraram
na sua populaccedilatildeo 151 dos indiviacuteduos apresentando baixo peso de forma
semelhante Galesi e outros (2008) encontraram uma proporccedilatildeo de 18 de idosos
com baixo peso em seu estudo que avaliava o perfil alimentar e nutricional de idosos
institucionalizados
Quanto ao risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas associada agrave circunferecircncia da cintura
o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou uma meacutedia de 9716 cm o
que representa um risco substancialmente elevado e o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia de 8568 cm que classifica um risco
aumentado Aleacutem disso pode-se contatar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa
corporal e o risco de complicaccedilatildeo metaboacutelica de acordo com a circunferecircncia da
cintura de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado no qual foi encontrado que
mesmo indiviacuteduos que natildeo estavam com sobrepeso apresentaram um risco
aumentado ou substancialmente aumentado para complicaccedilotildees metaboacutelicas
Os elevados valores encontrados de circunferecircncia da cintura podem ser explicados
devido agraves alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento que contribuem
para o aumento de peso e tambeacutem para a redistribuiccedilatildeo da gordura corporal
(FERREIRA 2003) Bouchard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007)
afirmaram que a gordura corporal em idosos eacute encontrada em maiores quantidades
na regiatildeo do abdocircmen Outros autores ainda afirmam que o aumento da
circunferecircncia da cintura se deve a substituiccedilatildeo da gordura subcutacircnea pela gordura
visceral na regiatildeo abdominal aleacutem da existecircncia de uma redistribuiccedilatildeo da gordura
corporal que deixa de se depositar nos membros ocorrendo assim um acuacutemulo na
65
regiatildeo central do corpo Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do perfil
nutricional de idosos verificaram um alto iacutendice de prevalecircncia de risco para
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura 808 da
populaccedilatildeo estudada e especialmente em idosos do sexo feminino
Na avaliaccedilatildeo da gordura corporal tambeacutem pode ser notado a natildeo correlaccedilatildeo entre
iacutendice de massa corporal e percentual de gordura corporal no qual pode ser
encontrado um percentual de gordura elevado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e niacutevel de atividade fiacutesica moderado em indiviacuteduos que natildeo se
classificam como sobrepeso este iacutendice tambeacutem vem comprovar as alteraccedilatildeo
corporais no idoso Entretanto quando haacute a comparaccedilatildeo entre os valores meacutedios de
gordura corporal dos dois grupos observa-se que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica possui um menor percentual Matsudo (2002) afirma que idosos considerados
ativos apresentam um menor peso corporal e tambeacutem um menor percentual de
gordura corporal
A avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador muito utilizado na
avaliaccedilatildeo do estado nutricional do idoso por ser sensiacutevel a perda de massa magra e
consequentemente a desnutriccedilatildeo Observa-se que na populaccedilatildeo geral estudada a
meacutedia da CP foi de 3551 cm que equivale a eutrofia um resultado parecido foi
encontrado tambeacutem por Rauen e outros (2008) em uma pesquisa que avaliaram o
estado nutricional de idosos encontrando um valor meacutedio de CP de 328 cm
tambeacutem os classificando com eutrofia Machado e outros (2006) tambeacutem natildeo
encontrou comprometimento da massa magra atraveacutes da circunferecircncia da
panturrilha sendo que o valor meacutedio encontrado no seu estudo que avaliava o perfil
nutricional e funcional de idosos foi de 367 cm para idosos do sexo masculino e
348 cm para idosos do sexo feminino
A circunferecircncia do braccedilo eacute utilizada para mensurar tecido muscular gorduroso e
tambeacutem tecido oacutesseo (TARTARI BUSNELLO NUNES 2010) Na avaliaccedilatildeo deste
indicador observa-se que em meacutedia o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo
apresentou uma classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado apresentou um estado meacutedio de eutrofia Machado e
outros (2006) verificou tambeacutem nenhum comprometimento do tecido adiposo atraveacutes
dos valores encontrados de CB estando 100 da sua populaccedilatildeo de idosos
estudada dentro do limite de normalidade natildeo correspondendo assim tambeacutem o
66
que Menezes e Marucci (2013) relataram sobre a circunferecircncia do braccedilo em idosos
que tende a diminuir devido agrave perda de massa magra tiacutepico da idade devido ocorrer
o deslocamento da gordura dos membros para regiatildeo central
Com relaccedilatildeo a prega cutacircnea tricipital observa-se um valor meacutedio que representa
de eutrofia no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo e classificaccedilatildeo meacutedia de
desnutriccedilatildeo moderada no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica moderado A mesma
situaccedilatildeo foi encontrada por Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do
perfil nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede no qual 548
da populaccedilatildeo apresentou um valor reduzido deste indicador que expressa a
quantidade e a localizaccedilatildeo do tecido adiposo subcutacircneo O mesmo autor afirma
ainda que este fato eacute esperado em indiviacuteduos idosos uma vez que existem
evidecircncias que comprovam que com o avanccedilar da idade haacute uma redistribuiccedilatildeo do
tecido gorduroso antes localizado nos membros para a regiatildeo abdominal
Quando avaliamos o estado nutricional dos indiviacuteduos atraveacutes do iacutendice de massa
corporal relacionado ao iacutendice de qualidade da dieta pode-se constatar que o IMC
natildeo teve relaccedilatildeo direta com o IQD-R uma vez que a classificaccedilatildeo de ldquodieta que
precisa de modificaccedilatildeordquo atingiu todas as classificaccedilotildees do IMC assim como a ldquodieta
saudaacutevelrdquo tambeacutem alcanccedilou todas as classificaccedilotildees Dessa forma podemos afirmar
que natildeo eacute apenas o consumo alimentar que resulta no estado nutricional
Campos Monteiro e Ornelas (2000) confirmam que o estado nutricional dos idosos eacute
um quadro resultante das diversas condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem
aleacutem de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade Montilla Marucci e
Aldrighi (2006) encontraram e seu estudo que avaliava o estado nutricional e o
consumo alimentar de mulheres no climateacuterio que o iacutendice de massa corporal natildeo
estava acompanhando a mesma tendecircncia do valor energeacutetico consumido ou seja
o IMC estava acima da classificaccedilatildeo de eutrofia entretanto o valor energeacutetico da
dieta ingerida estava adequado estes mesmo autores afirmaram que este fato pode
ter acontecido por pelo menos dois fatores o IMC avalia o estado nutricional atual
do indiviacuteduo mas que foi adquirindo ao logo de um tempo enquanto que o
recordatoacuterio 24 horas instrumento que geralmente eacute usado para avaliar o consumo
alimentar de indiviacuteduos ou populaccedilatildeo avalia somente o dia anterior ou o fato pode
ter acontecido devido a reduccedilatildeo do metabolismo que acompanha o passar da idade
67
podendo assim levar ao desequiliacutebrio energeacutetico mesmo que o consumo esteja
dentro das recomendaccedilotildees
A maior meacutedia de pontuaccedilatildeo do IQD-R foi encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado sendo assim as maiores pontuaccedilotildees do IQD-R foram
diretamente associada com a praacutetica de atividade fiacutesica assim como encontrado por
Wendpap (2012) em seu estudo que avaliou a qualidade da dieta de adolescentes
no qual foram encontrados maiores pontuaccedilotildees do IQD-R em adolescentes que
gastavam menos tempo com atividades ditas como sedentaacuterias como assistir
televisatildeo ou jogar viacutedeo game
Na avaliaccedilatildeo das pontuaccedilotildees do IQD-R por componente pode-se observar que tanto
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado como no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo houve baixa pontuaccedilatildeo para os grupos ldquofrutas totaisrdquo (263 e
241) ldquofruta integraisrdquo (281 e 248) ldquovegetais verdes escuros e alaranjados e
leguminosasrdquo (181 e 033) e ldquoLeite e derivadosrdquo (335 e 295) no grupo de ldquoVegetais
Totaisrdquo a populaccedilatildeo do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou um
consumo intermediaacuterio (323) enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
moderado apresentou um consumo baixo (217) No grupo ldquoCereais Totaisrdquo
observou-se uma elevada pontuaccedilatildeo pela populaccedilatildeo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo (861) e uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria (533) para a populaccedilatildeo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado assim como no grupo de ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo
com pontuaccedilatildeo de 947 e 529 respectivamente e no ldquogrupo de oacuteleosrdquo (811 e 491)
e ldquogordura saturadardquo (953 e 697) no componente ldquosoacutediordquo os dois grupos
populacionais tiveram pontuaccedilatildeo intermediaacuteria com 653 para o grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo e 548 para o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado e
no componente ldquoGord AArdquo houve elevada pontuaccedilatildeo (1792) e (1189) nos dois
grupos Sendo assim pode-se constatar que o componente do IQD-R que mais
contribuiu para elevaccedilatildeo da pontuaccedilatildeo foi o ldquoGord AArdquo
O baixo consumo de frutas verduras e leitesderivados por idosos tambeacutem foi
encontrado Martins e outros (2010) em 765 da populaccedilatildeo estudada no qual
associou este achado com os niacuteveis elevados de pressatildeo arterial outros estudos
tambeacutem confirmam um baixo consumo fibras e consequentemente de frutas e
verduras por idosos Galesi e outros (2008) verificou que apenas 26 da populaccedilatildeo
estudada realizam a ingestatildeo adequada de fibras diaacuteria que eacute em torno de 30gdia
68
A ingestatildeo de fibras eacute de grande importacircncia para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel em
todas as fases da vida mas na velhice o consumo de fibras se torna ainda mais
relevantes devido a grande prevalecircncia de constipaccedilatildeo intestinal nesta populaccedilatildeo
uma vez que as fibras auxiliam na formaccedilatildeo do bolo fecal e juntamente com outros
fatores realizam os estiacutemulos para o peristaltismo intestinal (Brasil 2009)
O baixo consumo de leites e derivados foi constato por outros diversos estudos com
a populaccedilatildeo idosa Machado e outros (2006) verificaram que o consumo de leites e
derivados em qualquer quantidade natildeo chegou a 100 da amostra o que
caracteriza provavelmente uma inadequaccedilatildeo no consumo de caacutelcio e Matta Papini e
Corrente encontraram um consumo meacutedio de apenas 118 porccedilotildees de leites e
derivados ao dia por idosos o que representa um consumo baixo considerando a
recomendaccedilatildeo de trecircs porccedilotildees ao dia A deficiecircncia de caacutelcio no organismo de um
idoso representa uma grande preocupaccedilatildeo uma vez que este eacute um importante
mineral para os idosos pois o consumo adequado de caacutelcio auxilia na prevenccedilatildeo ou
na reduccedilatildeo do aparecimento de doenccedilas oacutesseas como a osteoporose que eacute
caracterizada pela reduccedilatildeo de massa oacutessea que leva consequentemente a uma
maior vulnerabilidade a fraturas e que acometem em sua maioria os idosos (Paixatildeo
e Bressan 2010)
O consumo de carboidratos em geral neste estudo pode ser considerado como
dentro da meacutedia alcanccedilando uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria diferentemente do
achado por Silva e outros (2010) que constatou um elevado consumo de
carboidratos por idosos chegando em torno de 75 do valor energeacutetico (VET) total
da dieta ingerida jaacute Farinea Ricalde e Siviero encontram um consumo adequado de
carboidratos ou seja em torno 5637 de carboidrato por praticantes de atividade
fiacutesica
Avaliando ainda o consumo alimentar pode ser constatado que em relaccedilatildeo ao
nuacutemero de refeiccedilotildees realizadas ao longo do dia pela populaccedilatildeo idosa estudada
percebe-se que em meacutedia satildeo realizadas 482 refeiccedilotildeesdia um nuacutemero menor do
que preconizado pelo guia alimentar da populaccedilatildeo brasileira (2011) que sugere a
realizaccedilatildeo de trecircs grandes refeiccedilotildees mais lanches saudaacuteveis ao longo do dia fato
que tambeacutem se relaciona pelo achado de Silva Filho e outros que em seu estudo de
verificaccedilatildeo do comportamento alimentar de idosos constatou quem em meacutedia foram
realizadas de 3 a 4 refeiccedilotildees diaacuterias por 96 idosos participantes da pesquisa Eacute de
69
suma importacircncia a realizaccedilatildeo de 5 a 6 refeiccedilotildees ao dia pelo fato de que com a
reduccedilatildeo do nuacutemero de refeiccedilotildees o indiviacuteduo fica um tempo maior sem se alimentar
levando ao organismo responder a esta inaniccedilatildeo reduzindo o metabolismo de forma
a guardar energia para o este periacuteodo em jejum o que consequentemente leva a ao
acuacutemulo de calorias aleacutem de outros processos orgacircnicos se manterem alterados
como a produccedilatildeo de hormocircnios e substacircncias participantes dos processos de
digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes (RUELA SOUSA JUNIOR 2010)
Observa-se ainda que 425 (n= 17) da populaccedilatildeo em geral estudada natildeo
possuiacuteam o haacutebito de realizar o jantar Machado e outros (2006) encontraram
tambeacutem um elevado percentual de idosos que natildeo realizavam o jantar em seu
estudo que avaliou o perfil nutricional e funcional de idosos sendo 307 da
populaccedilatildeo do sexo masculino seguido de 222 da populaccedilatildeo do sexo feminino
Esse mesmo autor relatou que esse haacutebito acaba se tornando comum pois os
idosos natildeo desejam consumir grande quantidade de alimentos como no almoccedilo
antes de dormir ou pelo simples fato de ser mais cocircmodo realizar um lanche do que
um jantar
70
71
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS Diante do exposto conclui-se que os idosos que praticam atividade fiacutesica
moderadamente apresentam um melhor estado nutricional quando comparados aos
idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Esse fato eacute comprovado
pelas diferenccedilas significativas encontradas nos indicadores usados na avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica neste estudo
A populaccedilatildeo estudada em geral apresentou um iacutendice de qualidade da dieta
elevado que representa uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser
observado que os indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou um maior iacutendice de qualidade quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo
Uma vez que haacute uma escassez de estudos envolvendo a praacutetica de atividade fiacutesica
e a qualidade da dieta de idosos recomenda-se a realizaccedilatildeo futura de estudos
nutricionais nesta populaccedilatildeo abrangendo outros assuntos ligados a nutriccedilatildeo que
sejam pertinentes a este grupo
Sendo assim eacute imprescindiacutevel a implantaccedilatildeo de Programas de Qualidade de Vida
que abranja orientaccedilotildees nutricionais e de atividade fiacutesica para idosos uma vez que
para esses indiviacuteduos obtenha uma elevada qualidade de vida eacute essencial a
prevenccedilatildeo da incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que comumente
atingem essa populaccedilatildeo
72
73
REFEREcircNCIAS
ABREU W C et al Inadequaccedilatildeo no consumo alimentar e fatores interferentes na ingestatildeo energeacutetica de idosos matriculados no programa municipal da terceira idade de viccedilosa (MG) Revista Baiana de Sauacutede Puacuteblica v32 n2 p177-189 maioago 2008 Disponiacutevel em httpinseeribictbrrbspindexphprbsparticleviewFile139135gt Acesso em 10 de out de 2013 ACUNAtilde K CRUZ T Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de adultos e idosos e situaccedilatildeo nutricional da populaccedilatildeo brasileira Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 48 n 3 p 345-361 jun 2004 Disponiacutevel em lthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache1J0Ta7oEv5UJscholargooglecom+circunferencia+da+panturrilha+idososamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 02 de out de 2013 ALVES J E D A Transiccedilatildeo Demograacutefica e a Janela de Oportunidade Satildeo Paulo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial 2008 Disponiacutevel emlt httpwwwbraudelorgbrpesquisaspdftransicao_demograficapdfgtacesso em 20 de fev 2013 AMADO T C F ARRUDA I K G FERREIRA A R Aspectos alimentares nutricionais e de sauacutede de idosas atendidas no Nuacutecleo de Atenccedilatildeo ao Idoso ndash NAI Recife Archivos Latinoamericanos de Nutricion v 57 n 4 p 366-372 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscieloorgvescielophpscript=sci_arttextamppid=S0004-06222007000400009amplng=esampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de abr 2013 ANDRADE FB CALDAS A F KITOKO P M Relationship between oral health nutrient intake and nutritional status in a sample of Brazilian elderly 2009 (Biblioteca Online) Disponiacutevel em httponlinelibrarywileycomdoi101111j1741-2358200800220xabstract Acesso em 18 de mar 2013 ARANHA F Q et al O Papel da Vitamina C Sobre as Alteraccedilotildees Orgacircnicas no Idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas 13(2) 89-97 maioago 2000Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv13n27911pdfgt Acesso em 12 mar 2013 BARBOSA M A Importacircncia da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel ao Longo da Vida Refletindo na Sauacutede do Idoso 2012 41 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Nutriccedilatildeo Cliacutenica) - Departamento de Ciecircncias da Vida Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ijuiacute 2012 Disponiacutevel em lthttpbibliodigitalunijuiedubr8080xmluibitstreamhandle1234567891045A20ImportC3A2ncia20da20AlimentaC3A7C3A3o20SaudC3A1vel20ao20Longo20da20Vida20Refletindo20na20SaC3BAde20do20Idosopdfsequence=1gt Acesso em 15 mar 2013 BARBOSA A M Ingestatildeo alimentar de caacutelcio e vitamina D e associaccedilatildeo com o niacutevel de escolaridade na pessoa idosa Revista Demetra Alimentaccedilatildeo Nutriccedilatildeo e Sauacutede Rio de Janeiro v 8 n 2 p 173-181 2013 Disponiacutevel emlthttpswwwepublicacoesuerjbrindexphpdemetraarticleview40825144gt Acesso em 15 set 2013 BECKENKAMP J SANTOS J S DOS Efeito da linhaccedila sobre a constipaccedilatildeo intestinal em idosos residentes em instituiccedilotildees geriaacutetricas Revista Brasileira de
74
Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 8 n 2 p 179-187 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview972pdfgt Acesso em 16 de abr 2013 BENEDETTI T R B GONCcedilALVES L H T MOTA J A P Uma proposta de poliacutetica puacuteblica de atividade fiacutesica para idosos Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 16 n 3 p 387-98 Jul Set 2007 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdftcev16n3a03v16n3pdf Acesso em 23 abr 2013 BORGES R M NONINO C B SANTOS J E Tratamento Cliacutenico da Obesidade Revista Medicina Ribeiratildeo Preto v 39 n 2 p 246-252 abrjun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwucgbrucgeventosObesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorialmaterial_consultamaterial_educacao_fisicatratamento20clinico20da20obesidadepdfgt Acesso em 08 de mar 2013 BOSSHARD W et al The treatment of chronic constipation in elderly people an update Drugs Aging v21 n14 p911-930 2004 Disponiacutevel em lthttplinkspringercomarticle10216500002512-200421140-00002page-1gt Acesso em 02 de abril 2013 BRASIL Lei no 10741 de 1ordm de outubro de 2003 Estatuto do Idoso Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leis2003l10741htmgt Acesso em 15 abr 2013 ______ Lei nordm 8842 de 4 de janeiro de 1994 Politica Nacional do Idoso Disponiacutevel em httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8842htm Acesso em 20 de abr 2013 ______ Lei nordm 8742 de 7 de dezembro de 1993Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social Disponiacutevel emlt httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8742htmgt Acesso em 20 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da sauacutede Manual da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel para a populaccedilatildeo idosa 2009 Disponiacutevel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesalimentacao_saudavel_idosa_profissionais_saudepdfgt Acesso em 03 de set 2013 _______ Ministeacuterio da sauacutede Anuaacuterio estatiacutestico de sauacutede do Brasil 2001 Disponiacutevel emlthttpportalsaudegovbrportalaplicacoesanuario2001indexcfmgt Acesso em 15 de abr 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Consenso sobre diabetes 2011a Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesconsenso_bras_diabetespdf Acesso em 05 de abr 2013
______ Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel emlt httpconselhosaudegovbrbibliotecalivrosManual_cepspdfgt Acesso em 20 fev 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes Mellitus 2011 b Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmiolo2002pdf Acesso em 05 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da Sauacutede Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilatildeo para coleta de dados antropomeacutetricos 2011 c Disponiacutevel emlt
75
http18928128100nutricaodocsgeralorientacoes_coleta_analise_dados_antropometricospdfgt Acesso em 30 mai 2013 BUENO J M et al Avaliaccedilatildeo nutricional e prevalecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis em idosos pertencentes a um programa assistencial Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 13 n4 p 1237-1246 2008 CALIXTO-LIMA L GONZALES M C Nutriccedilatildeo Cliacutenica no dia a dia Rio de Janeiro Ed Rubio 204p 2013 CAMPOS M T F S MONTEIRO J B R ORNELAS A P R C Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutriccedilatildeo do idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v13 n 3 p157-165 setdez 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfrnv13n37902pdfgt Acesso em 08 de mar 2013 CAMPOS M A G et al Estado nutricional e fatores associados em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo vol 52 n4 julagos 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=s0104-42302006000400019ampscript=sci_arttextgt Acesso em 25 fev 2013gt Acesso em 23 fev 2013 CARVALHO E N et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade Nutricional das Refeiccedilotildees Servidas aos Idosos em Instituiccedilatildeo Asilar 2003 17 f Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Porto Alegre 2003 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47322656gt Acesso em 11 de abr 2013 CASTILHOS E D PADILHA D M P A importacircncia dos dentes para trecircs diferentes grupos de idosos 2001 135 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em sauacutede bucal coletiva) - Faculdade de Odontologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2002 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=BBOamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=18747ampindexSearch=IDgt Acesso em 12 de mar 2013 CERVI A FRANCESCHINI S C C PRIORES E S Anaacutelise criacutetica do uso do iacutendice de massa corporal para idosos Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v18 n 6 765-775 NovDez 2005 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-52732005000600007gt Acesso em 01 de out de 2013 CHAIMOWICZ F A sauacutede dos idosos brasileiros agraves veacutesperas do seacuteculo XXI problemas projeccedilotildees e alternativas Revista Sauacutede Puacuteblica v 31 n 2 p184-200 1997 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfrspv31n22170gt Acesso em 01 de mar 2013 COSTA et al Estado nutricional e antropometria em idoso revisatildeo da literatura Revista Meacutedica de Minas Gerais Minas Gerais N p7 v 4 p 111-120 juldez 2000 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgi-binwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=556558ampindexSearch=IDgt Acesso em 26 fev 2013 DOBNER T BLASI T C KIRSTEN V R Perfil nutricional de idosos residentes em instituiccedilatildeo geriaacutetrica no interior do RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 9 n 1 p 109-118 Janabr 2012
76
Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview1730pdfgt Acesso em 13 de abr 2013 FARINEA N RICALDE S R SIVIEIRO J Perfil nutricional e antropomeacutetrico de idosos participantes de um grupo de ginaacutestica no municiacutepio de Antocircnio Prado ndash RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 7 n 3 p 394-405 setdez 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview783gt Acesso em 20 de out de 2013
FAZZIO D M G Envelhecimento e qualidade de vida ndash uma abordagem nutricional e alimentar Revista de Divulgaccedilatildeo Cientiacutefica Sena Aires Brasiacutelia v 1 n1 p 76-88 janjun 2012 Disponiacutevel em lthttprevistafacesasenaairescombrindexphprevisaarticleview15gt Acesso em 18 set 2013 FERNANDES M V Consumo de caacutelcio por idosos atendidos no programa de atendimento multidisciplinar agrave sauacutede do idoso 2010 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade do Extremo Sul Catarinense Criciuacutema 2010Disponiacutevel emlthttp200181527bitstreamhandle1140Mariana20Vaterkemper20Fernandespdfsequence=1gt Acesso em 21 abr 2013 FISBERG R M MARCHIONI D M L COLUCCI A C A Avaliaccedilatildeo do consumo alimentar e da ingestatildeo de nutrientes na praacutetica cliacutenica Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 53 n 5 p 627-654 jun 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfabemv53n514pdfgt Acesso em 30 de set de 2013 FLORA A P L DICHI I Aspectos atuais na terapia nutricional da doenccedila inflamatoacuteria intestinal Revista Brasileira de Nutriccedilatildeo Cliacutenica Satildeo Paulo v 21 n 2 p131-7 2006 Disponiacutevel em lthttpxayimgcomkqgroups24540475920552574namedoenC383C2A7a+inflamatC383C2B3ria+intestinal+e+terapia+nutricional+2006pdfgt Acesso em 26 mar 2013 FRANCHI K M B MONTENEGRO JUNIOR R M Atividade fiacutesica uma necessidade para a boa sauacutede na terceira idade Revista Brasileira em Promoccedilatildeo da Sauacutede Fortaleza v 18 n 3 p152-156 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwredalycorgarticulooaid=40818308gt Acesso em 19 de out de 2013 FRANCO L M Educaccedilatildeo Nutricional na terceira idade Alteraccedilotildees Fisioloacutegicas e Alimentaccedilatildeo Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlt httpconferenciasredeunidaorgbrindexphpredeunidaru10paperview2456gt Acesso em 15 de out 2013 FRISANCHO A R New norms of upper limb fat and muscle areas for assessent of nutritional status The American Journal of Clinical Nutrition v 34 p 2540-2545 1981 GALESI L F et al Perfil alimentar e nutricional de idosos residentes em moradias individuais numa instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no leste do estado de Satildeo Paulo Revista de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo Araraquara v19 n3 p 283-290 julset 2008 Disponiacutevel em lthttp20014571150seerindexphpalimentosarticleview632530gt Acesso em 20 de out de 2013
77
GALLAGHER D et al Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex The American Journal Clinical Nutrition Printed in USA vol 72 n 3 p694ndash701 2000 GUEDES DP GONCcedilALVES LAVV Impacto da Praacutetica habitual de Atividade Fiacutesica no perfil Lipiacutedico de adultos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia Satildeo Paulo v 51 n1 p 72-78 2007 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfabemv51n108pdfgt Acesso em 21 de abr 2013 GUEDES DP LOPES CC GUEDES JERP Reprodutibilidade e validade do Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica em Adolescentes Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 11 n 2 p 151-158 Marccedilabr 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev11n2a11v11n2pdfgt acesso em 24 de mai 2013 INSTITUTO MINEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA Hiperdia 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwimepencomhiperdiagt Acesso em 20 abr 2013 KUMPEL D A et al Obesidade em idosos acompanhados pela estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 20 n3 p 471-477 JulSet 2011 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdftcev20n307pdfgt Acesso em 15 de mar 2013 LACERDA N C SANTOS S S C Avaliaccedilatildeo nutricional de idosos um estudo bibliograacutefico Rev RENE Fortaleza v 8 n 1 p 60-70 janabr2007 Disponiacutevel em lthttprepositoriofurgbr8080xmluibitstreamhandle11857AvaliaC3A7C3A3o20nutricional20de20idosos20um20estudo20bibliogrC3A1ficopdfsequence=1gt Acesso em 20 mar 2013 LACOURT M X MARINI L L Decreacutescimo da funccedilatildeo muscular decorrente do envelhecimento e a influecircncia na qualidade de vida do idoso uma revisatildeo de literatura Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 3 n 1 p114-121 janjul 2006 Disponiacutevel emlt httpwwwupfbrseerindexphprbceharticleview5144gt Acesso em 05 de out de 2013 LEBRAtildeO M L O envelhecimento no Brasil aspectos da transiccedilatildeo demograacutefica e epidemioloacutegica Revista Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 4 n 17 p 135-140 ago set 2007 Disponiacutevel emlt httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem2559pdfgt Acesso em 24 mar 2013 LEON M et al Percepccedilatildeo da inseguranccedila alimentar em famiacutelias com idosos em Capinas Satildeo Paulo Caderno de Puacuteblica Rio de Janeiro v21 n 1 p1433-1410 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv21n516pdf Acesso em 02 out 2013 MACHADO J S Perfil nutricional e funcional de idosos atendidos em um ambulatoacuterio de nutriccedilatildeo da policliacute-nica Joseacute Paranhos Fontenelle na cidade do Rio de Janeiro Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 10 p 57-73 2006 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47972702gt Acesso em 05 de out de 2013
78
MADEIRA M C et al Atividade fiacutesica no deslocamento em adultos e idosos do Brasil prevalecircncias e fatores associados Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v29 n 1 p 165-174 jan 2013 Disponiacutevel emlt httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cachel0y4OnZr76sJscholargooglecom+MADEIRA+atividade+fisica+2013amphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 05 out 2013
MAGALHAtildeES L M R Relaccedilatildeo entre Sauacutede Oral e Nutriccedilatildeo em Idosos 2011 49 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Dentaacuteria) Universidade Fernando Pessoa Porto Alegre 2011 Disponiacutevel emlt httpbdigitalufpptbitstream1028424023Tpdfgtacesso em 15 mar 2013 MALTA M B PAPINI S J CORRENTE J E Avaliaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo de idosos de municiacutepio paulista ndash aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v18 n 2 p 377-384 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfcscv18n209pdfgt acesso em 30 de set de 2013 MARTINS W P et al Resistecircncia agrave insulina em mulheres com siacutendrome dos ovaacuterios policiacutesticos modifica fatores de risco cardiovascular Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Rio de Janeiro v 31 n 3 mar 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrscielophppid=S010072032009000300002ampscript=sci_arttextamptlng=ESgt Acesso em 01 out 2013
MARUCCI D M et al Hipertensatildeo arterial referida e indicadores antropomeacutetricos de gordura em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 57 n 1 p 25-30 2011 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdframbv57n1v57n1a11pdfgt Acesso em 15 fev 2013 MASSON C R et al Prevalecircncia de sedentarismo nas mulheres adultas da cidade de Satildeo Leopoldo Rio Grande do Sul Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 21 n 6 p 1685-1694 nov dez 2005 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcspv21n605pdfgt Acesso em 20 de set 2013 MAZO G Z et al Aptidatildeo funcional geral e iacutendice de massa corporal de idosas praticantes de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Cineantropometria amp Desempenho Humano Florianoacutepolis v8 n4 p46-51 2006 Disponiacutevel emlthttpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cachehttpwwwportalsaudebrasilcomartigospsbidoso077pdfgt Acesso em 20 de set de 2013 MENDES M R S et al Situaccedilatildeo social do idoso no Brasil uma breve consideraccedilatildeo 2005 11 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Enfermagem na Sauacutede do Adulto) Escola de Enfermagem da Universidade de Satildeo Paulo - USP ndash Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfapev18n4a11v18n4pdfgt Acesso em 23 mar 2013 MENEZES T N MARUCCI M F N Valor energeacutetico total e contribuiccedilatildeo de percentual de calorias por macronutrientes da alimentaccedilatildeo de idosos domiciliados m Fortaleza Cearaacute Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 58 n1 p 33-40 nov dez 2012 MIZUNO J Perfil Bioquiacutemico da Glicose e Praacutetica de Atividade Fiacutesica nos Nipo-brasileiros de Segunda Geraccedilatildeo da Cidade de Bauru 2007 46 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Licenciatura Plena em Educaccedilatildeo Fiacutesica) - Departamento de
79
Educaccedilatildeo Fiacutesica da Faculdade de Ciecircncias da Universidade Estadual Paulista Bauru 2007 MONTENEGRO S M R S Efeitos de um programa de fisioterapia como promotor de sauacutede na capacidade funcional de mulheres idosas institucionalizadas 80 f 2006 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Educaccedilatildeo e Sauacutede) Centro de Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Fortaleza Cearaacute 2005 Disponiacutevel em httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheoICqZeWR7EJscholargooglecom+montenegro+silva++alimentaC3A7C3A3o+de+idososamphl=ptBRampas_sdt=05gt Acesso em 10 set 2013 MONTILLA R N G ALDRIGHI J M AVALIACcedilAtildeO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES NO CLIMATEacuteRIO Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache0pygmM5iqLIJscholargooglecom+relaC3A7C3A3o+de+estado+nutricional+e+consumo+alimentar+de+idososamphl=pt-PTampas_sdt=05gt Acesso em 08 de out de 2013 MOTA J et al Atividade fiacutesica e qualidade de vida associada aacute sauacutede em idosos participantes e natildeo participantes em programas regulares de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Satildeo Paulo v20 n3 p219-25 julset 2006 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheCBoCKJNge0oJscholargooglecom+idosos+atividade+fC3ADsicaamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 07 de out de 2013 MULLER N VIETZ V R Educaccedilatildeo em sauacutede e educaccedilatildeo nutricional aos idosos do centro de convivecircncia do idoso Andreacutes Chamorro (cci) no municiacutepio de dourados MS 2009 7 f Trabalhatildeo de Conclusatildeo de Curso ( Bacharel em Enfermagem) - Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul 2009 Mato Grosso do Sul Disponiacutevel em lt httpperiodicosuemsbrindexphpsemexarticleview2305980gt Acesso em 10 mar 2013 NASCIMENTO C M et al Estado nutricional e fatores associados em idosos do Municiacutepio de Viccedilosa Minas Gerais Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 27 n12 p 2409-2418 dez 2011 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610721ampindexSearch=IDgt Acesso em 25 mai 2013 NESELLO L A N TONELLI F O BELTRAME T B Constipaccedilatildeo intestinal em idosos frequentadores de um Centro de Convivecircncia no municiacutepio de Itajaiacute-SC Revista Ceres Rio de Janeiro v 6 n 3 p 151-162 2011 Disponiacutevel em httpwwwe-publicacoesuerjbrindexphpceresarticleviewFile21252113 Acesso em 20 abr 2013 PAIVA NETO A OLIVEIRA A SANTOS R O Comparaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal em idosos esportistas com idosos irregularmente ativos Revista Movimento amp Percepccedilatildeo Espiacuterito Santo do Pinhal v 8 n 11 p41-54 juldez 2007 Disponiacutevel emhttpswwwgooglecombrurlsa=tamprct=jampq=ComparaC3A7C3A3o+da+composiC3A7C3A3o+corporal+em+idosos+esportistas+com+idosos+irregular
80
mente+ativosampesrc=sampsource=webampcd=1ampved=0CC0QFjAAampurl=http3A2F2Fwwwresearchgatenet2Fpublication2F26488733_Comparao_da_composio_corporal_em_idosos_esportistas_com_idosos_irregularmente_ativosampei=kRttUsWfJMuDkQeRx4HgBQampusg=AFQjCNHiqsY74lFQzTDoK8SjKlR0YQnChA Acesso em 10 de out de 2013 NOBREGA A C L Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Atividade Fiacutesica e Sauacutede no Idoso Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 5 n 6 NovDez 1999 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev5n6v5n6a02pdfgt Acesso em 03 mar 2013 PAIXAtildeO M P P C BRESSAN J Caacutelcio e sauacutede osseacutea tratamento e prevenccedilatildeo Revista Sauacutede e Pesquisa v 3 n 2 p 237-246 maioago 2010 Disponiacutevel emlthttpwwwcesumarbrpesquisaperiodicosindexphpsaudpesqarticleview11911079gt Acesso em 12 de out de 2013 PADOVANI R M et al Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 19 n 2 p 741-760 novdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv19n609pdfgt Acesso em 15 set 2013 PEREIRA B C Radicais Livres uma nova abordagem PERISSINOTTO E et alAnthropometric measurements in the elderly Age and gender differences Br J Nutr v 87 n1 p177-186 2012 Disponiacutevel lthttpjournalscambridgeorgdownloadphpfile=2FBJN2FBJN87_022FS0007114502000430apdfampcode=7c9a31135d39e8d85eecd461067b11c3gt Acesso em 15 out 2013 PESSOA L M O P Adequaccedilatildeo nutricional da alimentaccedilatildeo servida aos idosos do instituto Satildeo Vicente de Paulo Vinculado ao laboratoacuterio itinerante PROEAC UEPB 2012 39 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharelado em Enfermagem) ndash Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universidade Estadual da Paraiacuteba Campina Grande 2012 Disponiacutevel em lthttpdspacebcuepbedubr8080jspuibitstream1234567897791PDF20-20Larrycya20Mahayana20Oliveira20Pessoapdfgt acesso em 05 mar 2013 PREVIDELLI A N et al Iacutendice de Qualidade da Dieta Revisado para populaccedilatildeo brasileira Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 45 n4 p 794-798 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrspv45n42523pdfgt acesso em 15 jun 2013 RAUEN M S Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de idosos institucionalizados Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v21 n3 p 303-310 MaiJun 2008 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrnv21n3a05v21n3pdf Acesso em 05 de out de 2013 REIS A E S SOUZA J A Atividade fiacutesica para idosos 36 f 2012 Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica Universidade do Vale do Rio Verde de Trecircs Coraccedilotildees Minas Gerais 2012 Disponiacutevel em httprevistasunincorbrindexphpiniciacaocientificaarticleviewFile424343 Acesso em 13 de set de 2013 RINALDI D B COELHO I Nutriccedilatildeo sauacutede e envelhecimento um estudo sobre o estado nutricional de mulheres que participam do projeto de extensatildeo ldquoUniversidade
81
da Idade Ativardquo Revista Unoesc amp Ciecircncia ndash ACBS Joaccedilaba v 2 n 1 p 67-74 2011 Disponiacutevel lthttpeditoraunoescedubrindexphpacbsarticleview665gt Acesso em 11 abr 2013 ROSA L B et al Odontogeriatria ndash a sauacutede bucal na terceira idade Revista da Faculdade de Odontologia ndash UPF Satildeo Paulo v 13 n8 p 82-86 maiago 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprfoarticleview599392gt Acesso em 08 Mar 2013 RUELA L C R SOUSA JUNIOR F A C Avaliaccedilatildeo nutricional e estilo de vida de adolescentes de uma escola puacuteblica da regiatildeo sul fluminense ndash RJ Revista Nutrir Gerais Ipatinga v 4 n 6 p 554-565 fevjul 2010 Disponiacutevel emlt httpwwwunilestemgbrnutrirgeraisdownloadsartigosvolume4edicao_06avaliacao_nutricional_estilo_vidapdfgt acesso em 20 de set de 2013 SALGADO C D S Mulher idosa a feminizaccedilatildeo da velhice Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 4 p 7-19 2002 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47162642gt Acesso em 01 de out de 2013 SAMPAIO L R Avaliaccedilatildeo nutricional e envelhecimento Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 17 n4 p 507-514 outdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv17n422898pdfgt Acesso em 15 de out de 2013 SANTOS D M SCHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 2 p 163-168 out 2004 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfrspv39n224037pdfgt Acesso em 25 de set de 2013 SANTOS LA S O fazer educaccedilatildeo alimentar e nutricional algumas contribuiccedilotildees para reflexatildeo Revista Ciecircncia e Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 17 n 2 p33-41 Fev 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_pdfamppid=S1413-81232012000200018amplng=enampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de ago 2013 SASS A et al Depressatildeo em idosos inscritos no Programa de Controle de hipertensatildeo arterial e diabetes mellitus Revista Acta Paul Enfermagem Satildeo Paulo v25 n1 p80-85 jul 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfapev25n1v25n1a14pdfgt Acesso em 25 fev 2013 SILVA A K Q et al Perfil nutricional de idosos assistidos em instituiccedilatildeo de longa permanecircncia na cidade de Natal RN Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro v 4 n 1 p 27-35 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwsbggorgbrprofissionaisarquivorevistavolume4-numero1artigo05pdfgt Acesso em 02 de out de 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA VI Diretriz Brasileira de Hipertensatildeo Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo V17 n1 p 7-9 2010 Disponiacutevel em httpwwwanadorgbrprofissionaisimagesVI_Diretrizes_Bras_Hipertens_RDHA_6485pdf Acesso em 10 de abr 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenccedilatildeo da aterosclerose Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 9-23 2007 Disponiacutevel em
82
http9epublicacoescardiolbrconsenso2007diretriz-DApdf Acesso em 15 abr 2013 SOMMACAL H M et al Percentual de perda de peso e dobra cutacircnea tricipital paracircmetros confiaacuteveis para o diagnoacutestico de desnutriccedilatildeo em pacientes com neoplasia periampolar - avaliaccedilatildeo nutricional preacute-operatoacuteria Rev HCPA amp Fac Med Univ Fed Rio Gd do Sul Rio Grande do Sul v n 3 p 290-295 2011 Disponiacutevel emlthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610030ampindexSearch=IDgt Acesso em 28 ago 2013 SOUSA V M C GUARIENTO M E Avaliaccedilatildeo do idoso desnutrido Revista Brasileira de Cliacutenica Meacutedica Satildeo Paulo v7 n1 p 46-49 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwobservatorionacionaldoidosofiocruzbrbiblioteca_artigos83pdfgt acesso em 15 de out de 2013 SPEROTO F M SPINELLI R B Avaliaccedilatildeo nutricional em idosos independentes de uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no municiacutepio de Erechim-RS Revista Cientiacutefica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missotildees Rio Grande do Sul v 34 n 125 p 105-116 marccedilo2010 Disponiacutevel emlt httpwwwuriceredubrnewsitepdfsperspectiva125_78pdfgt Acesso em 01 de out de 2013 SERRA (ES) Secretaria de Sauacutede Guia de Sauacutede 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwserraesgovbrsesaguia_da_saudegt Acesso em 15 abr 2013 SILVEIRA E A KAC G BARBOSA L S Prevalecircncia e fatores associados agrave obesidade em idosos residentes em Pelotas Rio Grande do Sul Brasil classificaccedilatildeo da obesidade segundo dois pontos de corte do iacutendice de massa corporal Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 25 n7 p1569-1577 Jul 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfcspv25n715pdfgt Acesso em 15 abr 2013 SIQUEIRA R L BOTELHO M I V COELHO F M G A velhice algumas consideraccedilotildees teoacutericas e conceituais Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v 7 n4 p899-906 2002 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdf0Dcscv7n414613pdfgt Acesso em 20 fev 2013 SCHRAMM J M A et al Transiccedilatildeo epidemioloacutegica e o estudo de carga de doenccedila no Brasil Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v9 n4 p897-908 2004 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcscv9n4a11v9n4pdfgt Acesso em 28 fev 2013 Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos - TACO 4 ed 2011 Disponiacutevel em lthttp wwwunicampbrnepatacotabelaphpgt Acesso em 09 de out 2012 TARTARI R T BUSNELLO F M NUNES C H A Perfil Nutricional de Pacientes em Tratamento Quimioteraacutepico em um Ambulatoacuterio Especializado em Quimioterapia Revista Brasileira de Cancerologia Satildeo Paulo v56 n 1 p 43-50 jun2010 Disponiacutevel emlthttphospitalhelioangotticomenviados201053222221pdfgt Acesso em 11 de out de 2013 TOSCANO J J O OLIVEIRA A C C Qualidade de Vida em idosos com distintos niacuteveis de atividade Fiacutesica Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo
83
v 15 n3 MaiJun2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev15n3a01v15n3pdfgt acesso em 01 mar 2013 TRAMONTINO V S Nutriccedilatildeo para idosos Revista de Odontologia da Universidade Satildeo Paulo v 21 n 3 p 258-267 setdez 2009 Disponiacutevel lthttpfilesbvsbruploadS1983-51832009v21n3a009pdfgt Acesso em 15 mar 2013 VERAS R Envelhecimento populacional e as informaccedilotildees de sauacutede do PNAD demandas e desafios contemporacircneos Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 23 n10 p 2463-2466 out 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv23n1020pdfgt Acesso em 25 fev 2013 ZAITUNE M P Fatores associados aacute praacutetica de atividade fiacutesica global e de lazer em idosos inqueacuterito de sauacutede no estado de Satildeo Paulo Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 26 n 8 p 1606-1628 set 2010 Disponiacutevel em httpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=557075ampindexSearch=IDgt Acesso em 15 set 2013 WENDPAP L L Iacutendice da qualidade da dieta de adolescentes e fatores associados Dissertaccedilatildeo (Mestre em Biociecircncias) Poacutes Graduaccedilatildeo em Biociecircncias Faculdade de Nutriccedilatildeo da Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabaacute 2012 Disponiacutevel em httpwwwsaudemtgovbruploaddocumento104indice-de-qualidade-da-dieta-de-adolescentes-e-fatores-associados-autora-loiva-lide-wendpap-5B104-140312-SES-MT5Dpdf Acesso em 25 ago 2013 WASHBURN RA SMITH KW JETTE A M JANNEY CA The Physical Activity Scale for the Elderly (PASE) Development and evaluation Journal of Clinical Epidemiology 1993
84
85
APEcircNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) participante
Na condiccedilatildeo de estudante do curso de Nutriccedilatildeo da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo
estou realizando uma pesquisa com o objetivo de analisar o estado nutricional relacionado aacute praacutetica
de atividade fiacutesica e a qualidade da dieta de idosos
Necessito de sua contribuiccedilatildeo para responder questotildees relacionadas ao niacutevel de atividade fiacutesica
exercida informar sobre seus haacutebitos alimentares atuais e tambeacutem da permissatildeo para mensuraccedilatildeo
do seu peso estatura valores de pregas cutacircneas circunferecircncia da cintura da panturrilha e do
braccedilo Sua participaccedilatildeo nesse estudo eacute voluntaacuteria e se vocecirc decidir natildeo participar ou quiser desistir
de continuar em qualquer momento tem absoluta liberdade de fazecirc-lo
Na publicaccedilatildeo dos resultados desta pesquisa sua identidade seraacute mantida no mais rigoroso sigilo
Seratildeo omitidas todas as informaccedilotildees que permitam identificaacute-lo (a)
Os benefiacutecios desse estudo estatildeo relacionados ao conhecimento do seu estado nutricional e
orientaccedilotildees relativas para a melhora do mesmo Os riscos que podem acontecer satildeo referentes agraves
medidas das pregas cutacircneas que podem provocar hematomas e vermelhidatildeo Mas para minimizar e
evitar esse transtorno as medidas seratildeo feitas por pesquisadores treinados e aptos para essa coleta
Quaisquer duacutevidas relativas agrave pesquisa poderatildeo ser esclarecidas por mim ndash Patriacutecia Helena Teixeira
ou pela professora responsaacutevel Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo atraveacutes do telefone 3331-
8500
Atenciosamente
_________________________ Nome do aluno(a)
____________________________ Local e data
_________________________ Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo
(professora responsaacutevel)
____________________________ Local e data
Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma coacutepia deste termo de
consentimento
_____________________________ Nome e assinatura do participante
______________________________ Local e data
86
APEcircNDICE B
PRONTUAacuteRIO
IDENTIFICACcedilAtildeO Nome _______________________________Sexo ( )F ( )M Idade______ AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA Paracircmetros Peso Altura de Gordura CB PCT CC CP
87
APEcircNDICE C
REGISTRO ALIMENTAR DATA__________
Refeiccedilatildeo Horaacuterio Local
Alimento Preparaccedilatildeo Quantidade
Desjejum
Colaccedilatildeo
Almoccedilo
Lanche
Jantar
Ceia
88
ANEXO A
QUESTIONAacuteRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FIacuteSICA VERSAtildeO CURTA
Fonte Mizuno 2007
89
ANEXO B
CIRCUNFERENCIA DO BRACcedilO DE ACORDO COM GEcircNERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
90
ANEXO C
PERCENTIS DA PREGA CUTAcircNEA TRICIPITAL SEGUNDO GENERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
91
ANEXO D
IacuteNDICE DE QUALIDADE DA DIETA REVISADO
Fonte Wendpap 2012
92
ANEXO E
DESCRICcedilAtildeO DAS PONTUACcedilOtildeES DO IQD-R
Fonte Wendpap 2012
future studies of nutrition in the elderly covering other issues related to nutrition which are
relevant to this group
Keywords Quality of diet Elderly Nutritional status
LISTA DE SIGLAS
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
PCT ndash Prega Cutacircnea Tricipital
GC ndash Percentual de Gordura Corporal
CP ndash Circunferecircncia da Panturrilha
CC ndash Circunferecircncia da Cintura
CB ndash Circunferecircncia do Braccedilo
IQD-R ndash iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado
DCNT ndash Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
IPAQ ndash Questionaacuterio Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica
CEP ndash Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
SISVAN ndash Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional
PROEF ndash Programa de Orientaccedilatildeo ao Exerciacutecio Fiacutesico
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos) 35
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos 47
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos 47
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres
48
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
49
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra
53
Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica
53
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
58
Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
58
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
59
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
59
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
61
Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
61
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 19 2 REFERENCIAL TEORICO 21 21TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DCNT NO ENVELHECIMENTO 21 22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE 25 23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO 28 24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO 30 25 QUALIDADE DA DIETA 36 251 iacutendice de Qualidade da Dieta 36 252 Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel no Envelhecimento 37 253 Seguranccedila Alimentar 39 26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO 39 261 Iacutendice de Massa Corporal 40 262 Circunferecircncia do Braccedilo 41 263 Circunferecircncia da Cintura 41 264 Prega Cutacircnea Tricipital 41 265 Cinrcunferecircncia da Panturrilha 42 27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO 42 3 METODOLOGIA 45 31 DESENHO DE ESTUDO 45 32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO 45 33 ASPECTOS EacuteTICOS 46 34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA 46 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR 49 36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA 50 37 ANAacuteLISE DOS DADOS 52
53 4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS 53 42 DISCUSSAtildeO 62 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71
REFEREcircNCIAS 73 APEcircNDICE A 85
APEcircNDICE B 86
APEcircNDICE C 87
ANEXO A 88
ANEXO B 89
ANEXO C 90
ANEXO D 91
ANEXO E 92
19
1 INTRODUCcedilAtildeO
O Brasil vem apresentando claramente o envelhecimento da populaccedilatildeo nas uacuteltimas
deacutecadas que pode ser explicado pela chamada transiccedilatildeo demograacutefica um
fenocircmeno caracterizado por reduccedilotildees progressivas nas taxas de mortalidade e
fecundidade Outro fenocircmeno que tambeacutem acompanha o envelhecimento da
populaccedilatildeo brasileira eacute a transiccedilatildeo epidemioloacutegica no qual apresenta uma elevaccedilatildeo
na incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ao mesmo tempo em que
ocorre uma reduccedilatildeo progressiva de doenccedilas infecto contagiosas (LEBRAtildeO 2007)
Paralelo agrave transiccedilatildeo epidemioloacutegica diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas naturais do
envelhecimento como elevaccedilatildeo do tecido adiposo diminuiccedilatildeo na sensibilidade da
insulina reduccedilatildeo da secreccedilatildeo do aacutecido cloriacutedrico aleacutem de alteraccedilotildees na percepccedilatildeo
do paladar tambeacutem contribuem diretamente para a ocorrecircncia de doenccedilas crocircnicas
natildeo transmissiacuteveis como o diabetes quadros de constipaccedilatildeo intestinal e sobrepeso
em idosos (BUENO et al 2008)
A sauacutede e a qualidade de vida e consequentemente a nutriccedilatildeo dos idosos tambeacutem
se encontram comprometidas com a alta incidecircncia de depressatildeo decorrentes na
maioria das vezes pela solidatildeo morte do conjugue dependecircncia de outras pessoas
para realizaccedilatildeo de simples tarefas cotidianas como a de se alimentar (LACERDA
SANTOS 2007)
Uma nova ferramenta que vem sendo utilizada para a avaliaccedilatildeo do consumo
alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) no qual se baseia na
comparaccedilatildeo das porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do
Guia alimentar para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo
da sauacutede atraveacutes da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de
nutrientes e obesidade (WENDPAP 2012)
Considerando todos estes aspectos relacionados agrave sauacutede e qualidade de vida dos
idosos eacute de suma importacircncia estudos relacionados agrave identificaccedilatildeo do estado
nutricional e do consumo alimentar desta populaccedilatildeo que mais cresce no mundo de
modo que se criem condiccedilotildees de formulaccedilatildeo de novas propostas de intervenccedilatildeo e
acompanhamento nutricional que auxiliem no tratamento e na prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis contribuindo assim tambeacutem para o aumento
da qualidade de vida (BUENO et al 2008)
20
Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e consumo
alimentar a partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo
atividade fiacutesica realizando comparaccedilotildees entre estes
21
2 REFERENCIAL TEORICO 21 TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DOENCcedilAS CROcircNICAS NAtildeO
TRANSMISSIacuteVEIS NO ENVELHECIMENTO
O mundo estaacute vivenciando um momento especial chamado momento demograacutefico
considerado um dos melhores devido agrave transiccedilatildeo demograacutefica que eacute caracterizada
pela diminuiccedilatildeo na taxa de mortalidade e tambeacutem reduccedilatildeo na taxa de natalidade o
que leva a uma inversatildeo na piracircmide populacional (ALVES 2008)
O processo de envelhecimento demograacutefico eacute facilmente identificado em todo o
mundo sendo esse processo mais significativo e acelerado nos paiacuteses em
desenvolvimento Segundo registros do IBGE no Brasil houve um aumento na
populaccedilatildeo de idosos de mais de trecircs por cento entre os anos de 1970 e 1990
(SIQUEIRA BOTELHO COELHO 2002)
Muler e Vietz (2009) relatam que segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede satildeo
considerados idosos indiviacuteduos com idade igual ou superior a 60 anos e Marucci e
outros (2011) afirmaram que atraveacutes do censo do ano de 2010 os indiviacuteduos nesta
faixa etaacuteria representam cerca de 11 da populaccedilatildeo brasileira que gira em torno de
21 milhotildees de idosos
O aumento da populaccedilatildeo idosa tem sido relativo agrave expansatildeo da expectativa de vida
da populaccedilatildeo brasileira que apresentou um aumento de 337 anos na deacutecada 50
para 5099 anos no ano de 1990 e passou para 6625 anos em 1995 e a expectativa
eacute que chegue a 7708 entre os anos de 2020 e 2025 (SIQUEIRA BOTELHO
COELHO 2002)
A taxa de natalidade tambeacutem eacute um processo que colabora para a transiccedilatildeo
demograacutefica e a sua reduccedilatildeo vem mostrando natildeo ter ligaccedilatildeo direta com as
condiccedilotildees econocircmicas das famiacutelias que optaram por natildeo ter ou ter um nuacutemero
reduzido de filhos pelo contraacuterio essa queda de fecundidade vem acontecendo por
livre escolha dos casais (ALVES 2008)
Anualmente cerca de milhares de novos idosos satildeo inseridos na populaccedilatildeo
brasileira e com isso haacute uma alteraccedilatildeo no quadro da mortalidade que antes era de
uma populaccedilatildeo mais jovem para uma sobrecarga de doenccedilas caracteriacutesticas da
22
terceira idade como doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e muacuteltiplas que levam a
quadros de internaccedilatildeo por longos anos que exigem ainda cuidados constantes
Esse quadro leva a um aumento nas despesas de tratamento meacutedico e de
internaccedilotildees hospitalares o que gera grandes desafios para o governo que se ver
obrigado a criar planos estrateacutegicos para a prestaccedilatildeo de cuidados e para a
prevenccedilatildeo das doenccedilas comumente a terceira idade (VERAS 2007)
A alta carga de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis caracteriza tambeacutem a chamada
transiccedilatildeo epidemioloacutegica esse processo envolve principalmente a reduccedilatildeo de
doenccedilas transmissiacuteveis e do mesmo modo ocorre o aumento de doenccedilas natildeo
transmissiacuteveis a transiccedilatildeo de casos de morbimortalidades da populaccedilatildeo mais
jovens para a populaccedilatildeo mais idosa alteraccedilatildeo de um quadro de mortalidade da
populaccedilatildeo para um quadro de morbidades (SCHRAMM et al 2004)
Pode-se observar uma relaccedilatildeo niacutetida entre transiccedilatildeo demograacutefica e transiccedilatildeo
epidemioloacutegica com a reduccedilatildeo das doenccedilas infecciosas que em tempos atraacutes era a
principal causa de mortalidade a taxa de mortalidade de populaccedilatildeo mais jovem
reduziu e em contrapartida esses ldquojovensrdquo passam a conviver com os fatores de
riscos para doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que se tornam mais comum com a
vivecircncia dos anos de vida adicionais decorrente da transiccedilatildeo demograacutefica
(CHAIMOWICZ 1997)
A alteraccedilatildeo na carga de doenccedilas que mais atinge a populaccedilatildeo para a prevalecircncia
de doenccedilas crocircnicas natildeo degenerativas e suas complicaccedilotildees leva aacute evidentes
alteraccedilatildeo na utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede puacuteblica em que envolve principalmente
aumento de custos para promover o tratamento meacutedico adequado destas
enfermidades com isso se faz necessaacuterio agrave implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que
possam suprir esse quadro (SCHRAMM 2004)
As principais doenccedilas crocircnicas que acometem os idosos satildeo o diabetes mellitus
hipertensatildeo arterial dislipidemias e obesidade O diabetes Mellitus trata-se de uma
patologia de etiologias muacuteltiplas podendo ser representado atraveacutes da ausecircncia ou
reduccedilatildeo na siacutentese de insulina e na falha dos efeitos da atividade da insulina Eacute
caracterizado por alteraccedilotildees no metabolismo dos carboidratos o que leva a uma
hiperglicemia Este estado de hiperglicemia por um longo periacuteodo pode acarretar em
danos disfunccedilotildees ou ateacute mesmo falecircncias em diversos oacutergatildeos (BRASIL 2011a)
23
O tratamento do diabetes mellitus se baseia em uma educaccedilatildeo permanente a
respeito das modificaccedilotildees de haacutebitos como a incorporaccedilatildeo da praacutetica de atividade
fiacutesica suspensatildeo de fumo e de bebidas alcooacutelicas incorporaccedilatildeo de haacutebitos
alimentares mais saudaacuteveis e em alguns casos a utilizaccedilatildeo de medicamentos e de
insulina exoacutegena (BRASIL 2011a)
A hipertensatildeo arterial eacute uma patologia que tambeacutem apresenta etiologia multifatorial e
eacute caracterizada pelo aumento nos niacuteveis pressoacutericos associados a diversas
alteraccedilotildees metaboacutelicas como hipertrofia cardiacuteaca considerando valores pressoacutericos
anormais igual ou maiores que 14090 mmHg (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA 2010)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial baseia-se no alcance do
peso ideal que eacute representando por valores inferiores de IMC a 249kg msup2 e perda
de medida da circunferecircncia da cintura alcanccedilado medidas inferiores a 102 cm para
homens e 88cm para as mulheres uma vez que vaacuterios estudos demostraram uma
ligaccedilatildeo direta entre peso corporal e pressatildeo arterial apresentando uma elevaccedilatildeo
linear aleacutem do encorajamento da reduccedilatildeo da ingestatildeo de sal A relaccedilatildeo entre
pressatildeo arterial e ingestatildeo de soacutedio eacute niacutetida devido a chamada sensibilidade ao sal
sendo assim a ingestatildeo de sal de cozinha deve ser limitada a 5 gramas diariamente
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2010 )
A Dislipidemia eacute caracterizada atraveacutes de alteraccedilotildees nas taxas de lipiacutedios no
sangue podendo ser classificada em Hipercolesterolemia Isolada no qual ocorre
somende a elevaccedilatildeo do LDL em valores igual ou acima de 160mgdl
hipertrigliceridemia Isolada representada pelo aumento somente nos valores
trigliceriacutedeos no sangue em valor igual ou acima de 150mgdl hiperlidemia mista no
qual ocorre elevaccedilatildeo nos valores de LDL e trigliceriacutedeos e HDL baixo representando
pela reduccedilatildeo do HDL seacuterico nos valores menores que 40mgdl para homens e
50mgdl para mulheres (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da dislipidemia eacute voltado para a terapia nutricional
atraveacutes de planejamento alimentar adequado que vise a reduccedilatildeo na ingestatildeo de
gorduras principalmente de colesterol e de gorduras saturadas e consequentemente
na reduccedilatildeo de lipiacutedicos seacutericos A reduccedilatildeo da ingestatildeo de colesterol ocorre atraveacutes
da diminuiccedilatildeo no consumo de produtos de origem animal incluindo viacutesceras
embutidos e leites e derivados integrais entre outros alimentos A diminuiccedilatildeo do
24
consumo de gordura saturada se daacute atraveacutes da reduccedilatildeo no consumo de alimentos
principalmente de origem animal tais como carnes com gorduras e leites integrais
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico de dislipidemias tambeacutem engloba a praacutetica de
atividade fiacutesica regularmente no qual leva a reduccedilatildeo de trigliceriacutedeo plasmaacutetico e
elevaccedilatildeo de HDL-C seacuterico e o abandono do fumo O tratamento medicamentoso eacute
empregado quando as mudanccedilas no estilo de vida natildeo alcanccedilam um resultado
satisfatoacuterio ou quando se precisa de resultados raacutepidos para a reversatildeo do quadro
de dislipidemia com isso haacute a administraccedilatildeo de medicamentos hipolipemiantes que
atuam impedindo a siacutentese intracelular de colesterol aumentando os receptores de
LDL no fiacutegado que leva haacute uma maior captaccedilatildeo de colesterol circulante
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
A ocorrecircncia de excesso de peso em idosos geralmente eacute diagnosticada atraveacutes do
Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizando o ponto de corte de igual maior que 27
kgmsup2 (SILVEIRA KAC BARBOSA 2009) O excesso de massa gorda no corpo
humano tem trazido diversas complicaccedilotildees metaboacutelicas tornando um problema de
sauacutede puacuteblica que atinge diversos paiacuteses em todo o mundo natildeo distinguindo paiacuteses
desenvolvidos ou em desenvolvimento A obesidade eacute um integrante do grupo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que cada vez se torna mais prevalente na
sociedade aleacutem disso a proacutepria condiccedilatildeo de obesidade eacute um grande fator de risco
para o desenvolvimento de outras doenccedilas crocircnicas como diabetes mellitus e
hipertensatildeo arterial (KUMPEL et al 2011)
O tratamento da obesidade deve ter como objetivo principal a reduccedilatildeo de peso seja
esta meta alcanccedilada atraveacutes de tratamento dieteacutetico atraveacutes da incorporaccedilatildeo de
uma alimentaccedilatildeo adequada dentro recomendaccedilatildeo energeacutetica para cada paciente ou
farmacoloacutegico no qual se emprega o uso de medicamentos que agem diminuindo a
fome aumentando a saciedade ou ainda alterando os mecanismos de digestatildeo e
absorccedilatildeo de nutrientes ou o tratamento para a obesidade pode ser ainda ciruacutergico
no qual a reduccedilatildeo de peso eacute decorrente de alguma intervenccedilatildeo ciruacutergica (BORGES
NONINO SANTOS 2006)
A atual situaccedilatildeo demograacutefica do nosso Paiacutes requer uma mudanccedila de caraacuteter
emergencial na atenccedilatildeo agrave sauacutede dos idosos brasileiros Essa alteraccedilatildeo deve
envolver propostas modernas que possa fazer com que o sistema de sauacutede do paiacutes
25
ganhe e tambeacutem com que os idosos possam utilizar-se dos serviccedilos puacuteblicos de
modo a promover o aumento da qualidade nestes anos extras de vida pois mesmo
que o Brasil esteja apresentando um perfil demograacutefico semelhante ao perfil de
paiacuteses desenvolvidos o paiacutes em geral natildeo dispotildee de serviccedilos que possa suprir esse
novo perfil da populaccedilatildeo brasileira (VERAS 2007)
Entretanto jaacute pode ser verificado algumas accedilotildees voltadas a essa nova populaccedilatildeo
idosa como a criaccedilatildeo por parte do Governo de centros de convivecircncia de idosos
que incluem as mais diversas atividades como o objetivo de minimizar a solidatildeo e
aumentar a qualidade de vida (TOSCANO OLIVEIRA 2009)
22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE
De um modo geral a velocidade do crescimento da populaccedilatildeo idosa natildeo
acompanha a velocidade de implantaccedilatildeo e desenvolvimento de accedilotildees
governamentais voltadas para este puacuteblico sendo assim nos uacuteltimos anos pode-se
observar o crescente aumento de estudos que objetivam criar suportes para o
desenvolvimento de programas e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para o bem estar dessa
populaccedilatildeo (MENDES et al 2005)
Segundo Gonccedilalves e outros (2007) a criaccedilatildeo e execuccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas para
a populaccedilatildeo idosa implica em contradiccedilotildees uma vez que ainda haacute uma grande falha
na implantaccedilatildeo de poliacuteticas primaacuterias que possam favorecer por exemplo a
educaccedilatildeo e o emprego e o governo jaacute vem dando ecircnfase a poliacuteticas puacuteblicas para a
populaccedilatildeo no fim da vida
Mesmo assim o envelhecimento populacional estaacute em evidencia em diversas
organizaccedilotildees internacionais que lutam por investimentos financeiros que possa
garantir o envelhecimento da populaccedilatildeo de modo igualitaacuterio e com qualidade uma
vez que haacute uma grande diferenccedila no modo de se tratar idosos em paiacuteses em
desenvolvimento e paiacuteses desenvolvidos (GONCcedilALVES 2007)
No Brasil a preocupaccedilatildeo e atenccedilatildeo com qualidade de vida dos idosos teve grande
avanccedilo atraveacutes da implantaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (1993) no qual
defende a integraccedilatildeo definitiva do idoso na sociedade em 1994 ocorreu a
26
implantaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional do Idoso que tem como principal objetivo assegurar
os direitos sociais dessa populaccedilatildeo (BENEDETTI 2007)
No ano de 2003 o governo brasileiro sancionou o Estatuto do Idoso que visa
garantir os direitos reservados aos idosos com idade igual ou superior a sessenta
anos entre eles o Art 3 que assegura que
Eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia da comunidade da sociedade e do Poder Puacuteblico assegurar ao idoso com absoluta prioridade a efetivaccedilatildeo do direito agrave vida agrave sauacutede agrave alimentaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo agrave cultura ao esporte ao lazer ao trabalho agrave cidadania agrave libertada agrave dignidade ao respeito e agrave convivecircncia familiar e comunitaacuteria (BRASIL 2010a p11-169)
Quanto aacute sauacutede o estatuto garante que o Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS deve
assegurar agrave atenccedilatildeo integral a sauacutede do idoso utilizando-se de serviccedilos de para
prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede dando ecircnfase as doenccedilas
que mais atingem a populaccedilatildeo idosa (Brasil 1994)
Diante dessas diversas poliacuteticas implantadas pode-se observar claramente que nem
todos os direitos nestas estabelecidas satildeo realmente alcanccedilados na realidade
brasileira sendo assim a criaccedilatildeo oue implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas e
realizaccedilatildeo de accedilotildees para um envelhecimento saudaacutevel ainda estaacute em pleno
acontecimento Essas conquistas geralmente estatildeo ocorrendo atraveacutes da criaccedilatildeo de
programas para idosos como centros de vivecircncias campanhas de vacinaccedilatildeo
atividades de lazer programas de exerciacutecios fiacutesicos entre outros (BENEDETTI
2007)
Eacute possiacutevel observar uma crescente elevaccedilatildeo em todo o mundo na implantaccedilatildeo de
programas ao incentivo a praacutetica de atividade fiacutesica destinada a toda a populaccedilatildeo
incluindo os idosos No Brasil esse crescimento eacute niacutetido apoacutes a implantaccedilatildeo dos
Programas de Sauacutede da Famiacutelia que possibilitou a criaccedilatildeo de programas de
orientaccedilatildeo ao exerciacutecio fiacutesico em conjunto com as Prefeituras (BENEDETTI 2007)
O municiacutepio de Serra no estado do Espiacuterito Santo Brasil conta com diversos
programas municipais relacionados a promoccedilatildeo de sauacutede e qualidade de vida do
idosos entre os essenciais satildeo destacados o programa de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico (PROEF) no qual trata-se de um programa indicado inicialmente para os
idosos mas que alcanccedilou uma grande plenitude tendo como objetivo atual atingir o
27
puacuteblico jovem e adulto uma vez que o programa tem representando uma grande
participaccedilatildeo na prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas crocircnicas principalmente o
Diabetes Mellitus hipertensatildeo e Obesidade (SERRA 2012)
Outra ferramenta de controle do diabetes e hipertensatildeo no municiacutepio da Serra eacute o
monitoramento que acontece com esses indiviacuteduos nas Unidades de Sauacutede por
meio de atendimento multidisciplinar e oferecimento de materiais e medicamentos
para o controle destas doenccedilas como o fornecimento de insulina para pacientes que
necessitam do uso exoacutegeno de insulina (SERRA 2012)
Para melhorar a nutriccedilatildeo dos idosos o muniacutecipio da Serra disponibiliza para
indiviacuteduos com mais de 55 anos um quilo de leite em poacute desnatado por mecircs
enriquecido com caacutelcio atraveacutes do Programa de Suplemento Alimentar para o Idoso
(PSAI) que atende indiviacuteduo com mais de 55 anos e com renda de ateacute 40 do
salaacuterio miacutenimo per capta Os objetivos primordiais do programa satildeo alcanccedilar a
reduccedilatildeo de gastos com internaccedilotildees hospitalares ter um controle maior do diabetes
e hipertensatildeo aleacutem de promoccedilatildeo da qualidade de vida dessa faixa etaacuteria da
populaccedilatildeo serrana (SERRA 2012)
Com intuito de promover o controle das principais doenccedilas crocircnicas o Ministeacuterio da
Sauacutede em 2011 criou o Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial
e ao Diabetes Mellitus aprovado pela PortariaGM ndeg 16 de 03012002 no qual satildeo
definidas accedilotildees para prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede para indiviacuteduos hipertensos e
diabeacuteticos cadastrados no Sistema Uacutenico de Sauacutede (BRASIL 2011sup2)
Dentro do Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo aacute Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes
Mellitus criou-se o Programa Hiperdia atraveacutes da Portaria nordm 371GM Em 04 de
marccedilo de 2002 que visa o cadastramento e acompanhamento de todos os
indiviacuteduos portadores de hipertensatildeo e diabetes atraveacutes de um sistema
informatizado em todas as unidades de sauacutede O Hiperdia conta com uma equipe
multidisciplinar que envolve cardiologias nefrologistas dentista farmacecircutico
educador fiacutesico nutricionista e assistente social para atender todos os participantes
do programa conforme suas necessidades aleacutem da disponibilizaccedilatildeo de
medicamentos gratuitos para o controle destas patologias (INSTITUTO MINEIRO DE
ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA 2008)
23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO
28
O processo envelhecimento eacute caracterizado como um sistema contiacutenuo que
apresenta alteraccedilotildees fisioloacutegicas em oacutergatildeos e sistemas do corpo humano sendo
assim um a adesatildeo aacute um estilo de vida saudaacutevel pode levar a promoccedilatildeo da
qualidade de vida e consequentemente reduzir a velocidades destas alteraccedilotildees
fisioloacutegicas quem em muitas vezes leva a incapacidade e a dependecircncia por partes
dos idosos (NOBREGA et al 1999)
O processo natural do envelhecimento provoca diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas no
organismo no qual envolve alteraccedilotildees anatocircmicas e funcionais que refletem
diretamente na sauacutede desta populaccedilatildeo (CAMPO MONTEIRO ORNELAS 2000)
Aleacutem de dificultar a vivencia do indiviacuteduo idoso em seu meio que podem acelerar o
caminho para a morte (CHOCHAMOVITZ citado por PESSOA 2012)
O estado nutricional do indiviacuteduo tem importante papel no envelhecimento uma vez
que o controle das doenccedilas comumente a velhice como doenccedilas crocircnicas
relacionam-se diretamente com o estado nutricional Sendo assim a nutriccedilatildeo eacute de
suma importacircncia para localizaccedilatildeo de fatores de riscos para o desenvolvimento de
doenccedilas e de mortalidade entre os idosos (NASCIMENTO et al 2011)
Geralmente as alteraccedilotildees no estado nutricional do idoso influenciam
especificamente em algumas doenccedilas o baixo peso por exemplo estaacute em muitas
vezes relacionado com doenccedilas respiratoacuterias e o excesso de peso relacionado com
doenccedilas cardiovasculares e o diabetes (NASCIMENTO et al 2011)
O organismo envelhecido tambeacutem apresenta diversas alteraccedilotildees que afetam a
nutriccedilatildeo do indiviacuteduo idoso como a reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica basal alteraccedilotildees
no sistema digestoacuterio alteraccedilotildees na palatibilidade e na percepccedilatildeo da sede aleacutem da
redistribuiccedilatildeo da massa corporal com a reduccedilatildeo progressiva da massa magra e
aumento do tecido adiposo que afetam diretamente no consumo alimentar e no
estado nutricional da populaccedilatildeo idosa respectivamente (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
A alteraccedilatildeo da palatibilidade eacute comumente encontrada em cerca de 80 da
populaccedilatildeo idosa decorrente da diminuiccedilatildeo da percepccedilatildeo de gosto pelas papilas
gustativas devido a diminuiccedilatildeo na quantidade de bototildees gustativos (ROSA et al
2008)
29
Grandes alteraccedilotildees satildeo encontradas no sistema gastro-intestinal mas em geral o
funcionamento do intestino do pacircncreas e do fiacutegado satildeo encontrados com elevada
capacidade funcional as grandes alteraccedilotildees acontecem atraveacutes da atrofia da
mucosa gaacutestrica o que leva a diminuiccedilatildeo da siacutentese do aacutecido cloriacutedrico e do fator
intriacutenseco que consequentemente leva a menor absorccedilatildeo da vitamina B12 aleacutem da
reduccedilatildeo do gosto (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
As alteraccedilotildees gastrointestinais refletem principalmente na dificuldade absortiva de
micronutrientes (BHUTTO citado por TRAMONTINO et al 2009) e na dificuldade da
digestatildeo que levam ao aparecimento constante de gases mal estar constipaccedilatildeo
que pioram com uma alimentaccedilatildeo inadequada pobre em fibras comumente aos
haacutebitos alimentares dessa populaccedilatildeo (TRAMONTINO et al 2009)
As alteraccedilotildees no trato gastro-intestinal podem resultar tambeacutem na constipaccedilatildeo
intestinal que tambeacutem possui relaccedilatildeo direta com a alimentaccedilatildeo fatores psicoloacutegicos
fatores fiacutesicos e o uso de medicamentos podem ainda levar a maiores complicaccedilotildees
como distensatildeo abdominal cacircncer de coloacuten hemorroidas fiacutestula anal entre outras
patologias que vatildeo interferem diretamente tambeacutem na qualidade de vida dos idosos
(RAMOS citado por NESELLO TONELLI BELTRAME 2011)
A constipaccedilatildeo intestinal eacute definida atraveacutes da constataccedilatildeo de menos de trecircs
episoacutedios de evacuaccedilatildeo no periacuteodo de uma semana com a presenccedila de esforccedilo
sensaccedilatildeo de obstruccedilatildeo e presenccedila de fezes endurecidas de acordo com o consenso
de Roma III (LONGSTRETH et al citado por NESELLO TONELLI BELTRAME
2011)
Segundo Bosshard e outros citado por Nesello e outros(2004) a prevalecircncia da
constipaccedilatildeo intestinal eacute maior na populaccedilatildeo idosa o que nos jovens chegando a
atingir cerca de 20 dos idosos no geral e a sua prevalecircncia eacute ainda maior nas
mulheres do que nos homens
A intoleracircncia a glicose eacute uma caracteriacutestica bastante encontrada nos idosos no qual
possivelmente eacute decorrente da diminuiccedilatildeo da produccedilatildeo hormonal e do aumento no
nuacutemero de ceacutelulas adiposas frente a ceacutelulas musculares Com o diagnoacutestico da
intoleracircncia a glicose o tratamento eacute realizado apenas atraveacutes de uma dieta
equilibrada (TRAMONTINO et al 2009)
30
O diabetes mellitus tipo 2 estaacute entre as principais doenccedilas crocircnicas prevalentes na
sociedade atualmente e que atinge na sua maioria os idosos Aleacutem de ser uma das
causas principais de doenccedilas cardiovasculares (MENDES et al 2011)
Durante o processo de envelhecimento os processos de catabolismo e anabolismo
tambeacutem se encontram diferenciados no qual o catabolismo supera todos os
processos de anabolismo fazendo com que os oacutergatildeos tenham suas funccedilotildees
diminuiacutedas atraveacutes da reduccedilatildeo de ceacutelulas e ainda existem vaacuterias alteraccedilotildees
bioquiacutemicas que contribuem para a morte de ceacutelulas como a accedilatildeo de radicais livres
(TRAMONTINO 2009)
Os radicais livres satildeo moleacuteculas consideradas instaacuteveis uma vez que possuem um
nuacutemero iacutempar de eleacutetrons esse fato faz com que estas moleacuteculas procurem alguma
outra moleacutecula para capturarem um eleacutetron e se tornarem estaacuteveis podendo levar
consequentemente a degeneraccedilatildeo celular tecidual e orgacircnica (PEREIRA 2012)
Aleacutem das alteraccedilotildees fisioloacutegicas os fatores socioeconocircmicos tambeacutem exercem uma
importante influencia na sauacutede dos idosos o que envolve tambeacutem o consumo
alimentar (CAMPOS 2000)
24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO
Diversos estudos defendem a ideia de que a nutriccedilatildeo possui um caraacuteter
insubstituiacutevel na promoccedilatildeo do aumento de qualidade de vida devendo assim ser
associada a outros meacutetodos para garantir a eficaacutecia deste processo atraveacutes da
prevenccedilatildeo e controle de diversas patologias (CARVALHO et al 2003 DOBNER
BLASI KIRSTEN 2012)
A alimentaccedilatildeo adequada eacute imprescindiacutevel em qualquer faixa etaacuteria eacute a partir da
alimentaccedilatildeo que alcanccedilamos a capacidade de realizar diversas accedilotildees no dia a dia
desde a mais simples como estudar ateacute as mais complexas como a praacutetica de
exerciacutecios fiacutesicos Dentre as vaacuterias importacircncias da alimentaccedilatildeo a ingestatildeo de
nutrientes adequada eacute de suma importacircncia para um envelhecimento saudaacutevel
(FERNANDES 2010)
Em decorrecircncia da transiccedilatildeo epidemioloacutegica a nutriccedilatildeo ganhou um amplo espaccedilo
no campo da prevenccedilatildeo de doenccedilas e estados fisioloacutegicos comumente encontrados
31
em idosos decorrentes ao processo natural do envelhecimento e de outros agravos
como a alta incidecircncia no uso de diversos medicamentos A ingestatildeo adequada de
fibras relacionadas com uma ingestatildeo adequada de aacutegua por exemplo auxilia na
prevenccedilatildeo e tratamento da constipaccedilatildeo intestinal aumentando a qualidade de vida
Diversos estudos apontam que um consumo entre 20 e 40 gramas diariamente
associado a ingestatildeo adequada de aacutegua leva a uma melhora consideraacutevel no quadro
de constipaccedilatildeo (BECKENKAMP 2010)
Campos e outros relatam (2009) que os fatores psicossociais comuns aos idosos
como perda do cocircnjuge solidatildeo falta de renda depressatildeo entre outros satildeo os
principais fatores externos que contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo nesta populaccedilatildeo
uma vez que a maioria desses consomem em meacutedia menos de 1000kcaldia de
correntes da ingestatildeo de alimentos de menor custos e de maior facilidade de
preparo
A baixa renda com que a maioria dos idosos vive e que influencia diretamente no
consumo alimentar tambeacutem estaacute ligada a exclusatildeo desse grupo no mercado de
trabalho mesmo que muitos apresentem capacidade funcional e motora condizentes
com muitos trabalhos disponiacuteveis a idade muitas vezes acaba por ser o grande
obstaacuteculo para a conquista da vaga e consequentemente para o aumento da renda
que em muitos casos eacute composta apenas pela aposentadoria e ou pensotildees
(NOGUEacuteS citado por CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
O relacionamento social tambeacutem eacute um grande influenciador no consumo alimentar
segundo Campos e outros (2000) a solidatildeo vivenciada pelo idoso leva ao
esquecimento do cuidado com si mesmo sendo assim a alimentaccedilatildeo natildeo ganha
muita atenccedilatildeo sendo preparada de forma inadequada sem atentar para a qualidade
e quantidade suficiente Muitas vezes a alimentaccedilatildeo eacute composta por alimentos de
faacutecil preparo que inclui normalmente alimentos industrializados pobres em
nutrientes essenciais para o organismo idoso
A preocupaccedilatildeo com a nutriccedilatildeo do idoso cresceu atraveacutes de vaacuterios estudos que
demonstraram que a desnutriccedilatildeo e o sobrepeso predominam em indiviacuteduos idosos e
que este quadro eacute resultante das condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem aleacutem
de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
32
De acordo Sass (2010) cerca de 15 a 20 de idosos apresentam algum sintoma
depressivo A prevalecircncia da depressatildeo varia de acordo com fatores a idade sexo e
fatores sociais Esse quadro de depressatildeo eacute bastante preocupante tambeacutem pelo fato
de estar relacionado diretamente com o Estado Nutricional dos idosos uma vez que
haacute alteraccedilotildees no sistema neuroloacutegico que tambeacutem eacute responsaacutevel pelos mecanismos
da fome e ansiedade podendo assim resultar em desnutriccedilatildeo ou obesidade Aleacutem
dessas consequecircncias relacionadas agrave nutriccedilatildeo alguns estudos indicam tambeacutem a
depressatildeo como um fator para doenccedilas cardiovasculares
Diversos estudos tambeacutem apontam que a nutriccedilatildeo dos idosos pode ser influenciada
negativamente pelo fato da incapacidade e ou dificuldades da realizaccedilatildeo de
atividades cotidianas sozinhas como o simples fato de cozinhar aleacutem das
alteraccedilotildees motoras que tambeacutem podem piorar a preparaccedilatildeo dos alimentos e o seu
proacuteprio consumo Os aspectos emocionais como perda de cocircnjuge e depressatildeo
tambeacutem contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo por levar a reduccedilatildeo do apetite ou por
aumentar a recusa por alimentos (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
Diversos estudos demonstram uma reduccedilatildeo progressiva do valor energeacutetico da
alimentaccedilatildeo dos idosos que ao mesmo tempo apresenta um aumento no consumo
de carboidratos principalmente os chamados simples que pode contribuir para o
aparecimento ou complicar doenccedilas crocircnicas como o diabetes (MENEZES
MARUCCI 2012)
De acordo com Tramontino e outros (2009) um grande fator que tambeacutem afeta a
nutriccedilatildeo do idoso eacute a sauacutede bucal uma vez que uma condiccedilatildeo inadequada da boca
como a falta de denticcedilatildeo consequentemente leva a dificuldade de mastigaccedilatildeo que
leva a um consumo alimentar alterado que interfere diretamente em uma adequada
nutriccedilatildeo Aleacutem disso a sauacutede bucal e a nutriccedilatildeo acabam formando um ciclo onde
interfere no outro pois uma nutriccedilatildeo inadequada decorrente por falta de denticcedilatildeo ou
por outra caracteriacutestica leva a problemas na sauacutede bucal e a maiores perdas de
denticcedilatildeo
A nutriccedilatildeo tem relaccedilatildeo direta com a sauacutede bucal uma vez que a alimentaccedilatildeo pode
influenciar diretamente no aparecimento de caacuteries na perda dos esmaltes dos
dentes e no desenvolvimento em geral da denticcedilatildeo que assim podem levar ao
aparecimento de dores lesotildees doenccedilas periodontal que consequentemente
poderatildeo levar a mudanccedilas tambeacutem na alimentaccedilatildeo (MAGALHAtildeES 2011)
33
Devido a diversas patologias comumente encontradas nos idosos o uso de
medicamentos por esta populaccedilatildeo eacute grande e o consumo elevador de
medicamentos podem levar a alteraccedilotildees na cavidade oral como xerostomia
candidiacutease entre outras alteraccedilotildees (MAGALHAtildeES 2011)
Segundo Andrade (2009) a condiccedilatildeo da boca como o nuacutemero de dentes
adequados ou o uso de proacuteteses pode influenciar nas escolhas dos alimentos e ateacute
mesmo no seu modo de preparo o que influencia diretamente nos haacutebitos
alimentares dos idosos
Castilhos e Padilha (2002) afirmaram que a denticcedilatildeo pode influenciar as pessoas em
trecircs campos fisioloacutegico psicoloacutegico e social No aspecto fisioloacutegico os dentes
podem influenciar na alimentaccedilatildeo do individuo por meio do processo de mastigaccedilatildeo
dos alimentos que interferem diretamente na ingestatildeo de nutrientes na manutenccedilatildeo
corpoacuterea e ateacute mesmo no prazer em se alimentar
A diminuiccedilatildeo da saliva decorrente do processo natural do envelhecimento aleacutem de
comprometer a manutenccedilatildeo da cavidade oral por estar ter uma accedilatildeo na limpeza da
cavidade e por ter um efeito antimicrobiano tambeacutem influencia diretamente na
mastigaccedilatildeo na formaccedilatildeo do bolo alimentar e tambeacutem na digestatildeo e absorccedilatildeo dos
alimentos uma vez que com a reduccedilatildeo da saliva haacute tambeacutem a diminuiccedilatildeo da
siacutentese de amilase salivar (ROSA et al 2008)
O elevado uso de medicamentos tambeacutem pode interferir na absorccedilatildeo de diversos
nutrientes na interaccedilatildeo chamada de droga-nutriente e ainda a medicaccedilatildeo pode
influenciar na ingestatildeo alimentar uma vez que muitos podem levar a anorexia
alteraccedilotildees na percepccedilatildeo do gosto e do odor naacuteuseas vocircmitos e ainda as
adaptaccedilotildees na alimentaccedilatildeo dos idosos devido agrave incapacidade de mastigaccedilatildeo de
alguns alimentos comumente leva a carecircncias nutricionais principalmente atraveacutes
da reduccedilatildeo na ingestatildeo de Vitaminas dentre elas vitamina C e B12 essenciais ao
bom funcionamento orgacircnico (MAGALHAtildeES 2011)
Para estimar as necessidades nutricionais dos idosos deve se levar em
consideraccedilatildeo diversos fatores como as alteraccedilotildees fisioloacutegicas condiccedilatildeo da sauacutede
em geral frequecircncia de exerciacutecio fiacutesico fatores psicoloacutegicos e fatores
socioeconocircmicos sendo assim uma adequada nutriccedilatildeo deve envolver todos estes
fatores de forma a alcanccedilar suas reais necessidades e deve se ainda dar atenccedilatildeo as
34
diferenccedilas das recomendaccedilotildees nutricionais para adultos e idosos Os idosos
apresentam uma necessidade energeacutetica menor que os adultos uma vez que ocorre
a reduccedilatildeo do metabolismo basal decorrente das alteraccedilotildees da composiccedilatildeo corporal
reduccedilatildeo da massa magra e aumento de tecido adiposo (TRAMONTINO et al 2009)
As recomendaccedilotildees nutricionais dos idosos natildeo satildeo totalmente estabelecidas devido
as constantes alteraccedilotildees fisioloacutegicas desta populaccedilatildeo por isso os valores de
recomendaccedilotildees usados satildeo os mesmos valores de referecircncias usados para os
adultos (HESEKER SCHNEIDER 1994 citado por ARANHA et al 2000)
Magalhatildees (2011) afirmou que mesmo que o sobrepeso seja prevalente em grande
parte da populaccedilatildeo idosa a principal preocupaccedilatildeo relacionada agrave nutriccedilatildeo desta
populaccedilatildeo eacute a desnutriccedilatildeo uma vez que vaacuterios fatores levam a reduccedilatildeo na ingestatildeo
alimentar destes indiviacuteduos
De acordo Barbosa (2012) os idosos tambeacutem incorporaram novos haacutebitos
alimentares assim como toda a populaccedilatildeo nos uacuteltimos anos com o aumento do
consumo de alimentos industrializados realizaccedilatildeo de refeiccedilotildees fora de casa Sendo
assim a educaccedilatildeo nutricional se mostra como uma grande ferramenta para a
promoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis podendo contribuir para prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas comumente a populaccedilatildeo idosa
Segundo Muller e Vietz (2009) a educaccedilatildeo nutricional eacute uma parte da nutriccedilatildeo
voltada ao aprendizado na adequaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo de haacutebitos alimentares em todas
as fases da vida desde a infacircncia ateacute a velhice
Diversos autores engajaram haacute anos discussotildees sobre a importacircncia da educaccedilatildeo
nutricional principalmente no campo de promoccedilatildeo da sauacutede Essa importacircncia foi
crescendo a ponto de ser encontradas nos principais documentos de poliacuteticas
puacuteblicas ligadas a alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo como o Programa Fome Zero (SANTOS
2012)
Considerando todas as alteraccedilotildees fisioloacutegicas e psicoloacutegicas provenientes do
envelhecimento que dificultam em muitas vezes o consumo alimentar o processo de
educaccedilatildeo nutricional deve estar presente na ida do idoso de modo que estes tenham
conhecimento dessas principais alteraccedilotildees e de alternativas para contornar os
efeitos dessas alteraccedilotildees e tornar o ato de se alimentar mais prazeroso (FRANCO
2012)
35
Segundo Montenegro e Silva para que a alimentaccedilatildeo atenda as necessidades de
gasto energeacutetico de indiviacuteduos idosos eacute necessaacuterio que haja adequaccedilatildeo da dieta
aleacutem disso a associaccedilatildeo de uma alimentaccedilatildeo adequada com a praacutetica de atividade
fiacutesica regular pode promover benefiacutecios a sauacutede do idoso contribuindo tambeacutem para
a melhora do funcionamento dos processos metaboacutelicos ligados ao exerciacutecio bem
como auxiliar na recuperaccedilatildeo de lesotildees contribuindo assim para o aumento de
massa muscular e condicionamento fiacutesico
Na tabela 1 esta demostrado as recomendaccedilotildees nutricionais mais usadas
atualmente para os idosos e que satildeo provenientes da Dietary Reference Intakes
(DRI) na qual trata-se de uma revisatildeo dos valores de recomendaccedilotildees nutricionais
adotada em diversos paiacuteses (PADOVANI et al 2006)
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos)
EAR RDA AMDR Homens Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 30 _ Mulheres Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 21 _ Fonte Padovani et al 2006 Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos
nutricionais
25 QUALIDADE DA DIETA
251 iacutendice de qualidade da dieta
Aranha e outros (2000) afirmaram que a idade e a nutriccedilatildeo satildeo dois fatores
diretamente relacionados com o aparecimento e a gravidade de patologias os
idosos por exemplo apresentam uma reduccedilatildeo do funcionamento do sistema imune
devido a idade que pode ser piorado com uma maacute nutriccedilatildeo
Eacute evidente a importacircncia de uma alimentaccedilatildeo adequada para os idosos diversos
estudos demonstram uma relaccedilatildeo direta entre a dieta e o surgimento de doenccedilas
crocircnicas em idosos como hipertensatildeo arterial e diabetes (BARBOSA 2012)
36
A avaliaccedilatildeo do consumo alimentar que subsidia uma intervenccedilatildeo nutricional
adequada especiacutefica eacute um instrumento de muita eficaacutecia poreacutem de difiacutecil aplicaccedilatildeo
Vaacuterios estudos veem tentando criar instrumentos capazes de responder aos
desafios impostos pela complexidade da dieta humana Os meacutetodos de investigaccedilatildeo
do consumo de alimentos a serem utilizados dependem do objetivo do estudo e se
as estimativas seratildeo individuais ou para grupos populacionais sendo que cada
meacutetodo apresenta vantagens e desvantagens (WENDPAP 2012)
Com o aumento da incidecircncia de patologias relacionadas principalmente com os
haacutebitos alimentares tecircm se dado mais atenccedilatildeo a avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
de indiviacuteduos e populaccedilotildees um meacutetodo que vem sendo proposto para analisar a
ingestatildeo alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta (IQD) que foi adaptado para a
populaccedilatildeo brasileira e revisado por Previdelli e outros (2011)
O Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) se baseia na avaliaccedilatildeo das
porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do Guia alimentar
para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes
da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de nutrientes e obesidade
Previdelli e outros (2011) afirma que o IQD-R pode ser de grande auxiacutelio para a
avaliaccedilatildeo do consumo alimentar de diversas faixas etaacuterias aleacutem de promover
subsiacutedios para o planejamento de accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede como
intervenccedilatildeo e educaccedilatildeo nutricional
O IQD-R avalia doze componentes sendo nove grupos alimentares dois satildeo
nutrientes e um grupo de calorias proveniente de gordura soacutelida aacutelcool e accediluacutecar de
adiccedilatildeo (Gord_AA) Os grupos alimentares satildeo ldquoFrutas Totaisrdquo(inclui frutas e sucos
de frutas naturais) ldquoFrutas integraisrdquo (exclui sucos de frutas) ldquoVegetais Totaisrdquo
ldquoVegetais Verdes Escuros e Alaranjados e Leguminosasrdquo (este uacuteltimo soacute eacute pontuado
apoacutes atingir-se a pontuaccedilatildeo maacutexima de carnes ovos e leguminosas)ldquoCereais
Totaisrdquo (inclui raiacutezes e tubeacuterculos) ldquoCereais Integraisrdquo ldquoLeite e Derivadosrdquo(inclui
inclusive bebidas agrave base de soja) ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo ldquoOacuteleosrdquo (inclui as
gorduras mono e poliinsaturadas oacuteleos das oleaginosas e gordura de peixe) Os
nutrientes incluem ldquoSoacutediordquo e ldquoGordura saturadardquo O valor do IQD-R pode variar entre
0 e 100 sendo que os escores mais altos indicam que a ingestatildeo alimentar estaacute
proacutexima das recomendaccedilotildees (MOTA et al 2008 WENDPAP 2012)
37
252 Alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento
Segundo o manual brasileiro referente agrave alimentaccedilatildeo saudaacutevel para a pessoa idosa
publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede em 2009 dez passos devem ser seguidos como
forma de orientaccedilatildeo para alcanccedilar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento o
que inclui
bull Realizaccedilatildeo de pelo menos trecircs refeiccedilotildees e dois lanches saudaacuteveis ao longo
do dia evitando ficar sem alimentar por muito tempo dando preferecircncia a
alimentos de faacutecil mastigaccedilatildeo como frutas amassadas ou picadas e carnes
desfiadas ou moiacutedas devido agraves dificuldades de mastigaccedilatildeo e degluticcedilatildeo
comumente encontradas em idosos decorrente da perda de dentes e da
diminuiccedilatildeo da saliva
bull Inclusatildeo de seis porccedilotildees diaacuterias de cerais e tubeacuterculos dando preferecircncias
aos alimentos integrais uma vez que os alimentos integrais possuem um alto
teor de fibras que contribuem tambeacutem para um adequado funcionamento do
intestino
bull Trecircs porccedilotildees de legumes e verduras nas grandes refeiccedilotildees diariamente
Estes alimentos satildeo fontes principais de vitaminas minerais e fibras
bull Trecircs porccedilotildees ou mais de frutas nas sobremesas e nos lanches diariamente
As frutas tambeacutem satildeo importantes fontes de fibras e vitaminas e devem
incrementar os lanches saudaacuteveis ao longo do dia
bull Consumo de arroz e feijatildeo em pelo menos cinco dias da semana A
combinaccedilatildeo desses alimentos resulta em uma ingestatildeo de proteiacutena completa
bull Trecircs porccedilotildees diaacuteria de leite e derivados e uma porccedilatildeo de carnes aves
peixes ou ovos dando preferecircncia a carnes magras O leite e seus derivados
satildeo importantes fontes de caacutelcio um mineral essencial na manutenccedilatildeo do
tecido oacutesseo As carnes satildeo fontes de ferro e de proteiacutena de alto valor
bioloacutegico
bull Reduccedilatildeo da quantidade de sal nas refeiccedilotildees devido a grande prevalecircncia de
hipertensatildeo arterial encontrada em toda a populaccedilatildeo brasileira e em especial
em idosos
38
bull Ingestatildeo de pelo menos dois litros de aacutegua no qual equivale
aproximadamente aacute seis ou oito copos meacutedio Uma ingestatildeo de aacutegua
adequada eacute essencial para um bom funcionamento orgacircnico
bull Reduccedilatildeo no consumo de refrigerantes sucos industrializados biscoitos
recheados e doces em geral Estes alimentos industrializados possuem
geralmente em sua composiccedilatildeo um grande teor de soacutedio que contribui para o
aumento da pressatildeo arterial aleacutem de possuiacuterem tambeacutem grande quantidade
de conservantes
bull Reduccedilatildeo no consumo de bebidas alcooacutelicas e realizaccedilatildeo de praacutetica de
atividade fiacutesica regular por pelo menos trinta minutos diariamente O consumo
de aacutelcool estaacute diretamente relacionado ao ganho de peso e a diversos
prejuiacutezos aacute sauacutede como problemas hepaacuteticos por exemplo A praacutetica de
atividade fiacutesica regular traz inuacutemeros benefiacutecios agrave sauacutede como controle do
peso e prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis
Outras orientaccedilotildees tambeacutem satildeo de suma importacircncia para que o idoso tenha
condiccedilotildees de se realizar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel diariamente
bull A mesa de refeiccedilatildeo deve ser posta de forma simples de forma a facilitar a
realizaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pelo idoso
bull Deve haver um contraste entre toalha da mesa e utensiacutelios afim de que se
facilite a visatildeo do indiviacuteduo e consequentemente facilite a sua alimentaccedilatildeo
bull Os utensiacutelios a serem utilizados pelos idosos devem ser simples de modo
que o seu manuseio seja faacutecil e natildeo apresente riscos elevados de quebra
253 Seguranccedila Alimentar
O termo seguranccedila alimentar estaacute relacionado ao acesso a uma alimentaccedilatildeo
adequada em niacutevel qualitativo e quantitativo de forma a atender as necessidades
individuais enquanto que o termo de inseguranccedila alimentar engloba vaacuterios fatores
deste a preocupaccedilatildeo em adquirir o alimento a perda da qualidade e diversidade dos
alimentos (FAZZIO 2012)
39
Diversos estudos vecircm apontando os crescentes casos de inseguranccedila alimentar que
vem atingindo os idosos que interferem em uma adequada nutriccedilatildeo e
consequentemente interferem na sauacutede desta populaccedilatildeo (LEON et al 2005)
A prevalecircncia de residecircncias de idosos que apresentam inseguranccedila alimentar eacute
cada vez mais encontrada em todo o mundo nos Estados Unidos essa prevalecircncia
varia 6 a 16 em Campinas a inseguranccedila alimentar chegou a atingir 52 das
residecircncias com idosos (LEON et al 2005)
Os indiviacuteduos idosos que apresentam inseguranccedila alimentar e nutricional dentro de
suas residecircncias tem maiores chances de possuir deficiecircncias nutricionais
decorrente da inadequada ingestatildeo de diversos nutrientes incluindo principalmente
caacutelcio vitamina A e proteiacutena quando comparados a idosos que vivem em seguranccedila
alimentar (ROSE OLIVEIRA 1991 citado por BARBOSA et al 2013)
26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO
Para traccedilar o diagnoacutestico do estado nutricional de idosos muitos indicadores que
satildeo utilizados para avaliaccedilatildeo da antropometria de outras faixas etaacuterias tambeacutem
fazem parte deste diagnoacutestico como o peso e a altura que permitem a avaliaccedilatildeo do
iacutendice de massa corporal (IMC) Circunferecircncia do braccedilo (CB) Circunferecircncia da
Cintura (CC) e prega cutacircnea tricipital entretanto essa populaccedilatildeo ainda conta com
um indicador especiacutefico para avaliaccedilatildeo principalmente de perda de massa magra e
consequentemente desnutriccedilatildeo que eacute a Circunferecircncia da Panturrilha (CERVI
FRANCESCHINI PRIORE 2006)
Quanto aos indicadores observa-se assim uma vasta opccedilatildeo de utilizaccedilatildeo entretanto
as maiores dificuldades na precisatildeo do diagnoacutestico do estado nutricional do idoso
ficam por conta dos pontos de cortes especiacuteficos que em muitas vezes natildeo satildeo
estabelecidos para esta populaccedilatildeo que sofrem diversas alteraccedilotildees orgacircnicas e
funcionais (CERVI FRANCESCHINI PRIORE 2006)
261 Iacutendice de Massa Corporal O objetivo do iacutendice de massa corporal eacute avaliar a massa corporal em comparaccedilatildeo agrave
altura de forma simples e raacutepida utilizando apenas o peso em quilogramas e a
altura em metro quadrado (PERISSINOTTO et al 2002)
40
Sendo assim o uso deste indicador eacute muito frequente na avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica
de diversas populaccedilotildees Entretanto diversos estudos afirma a necessidade de
associar o diagnoacutestico pelo IMC com outros indicadores uma vez que este natildeo
diferencia a massa corporal ou seja natildeo identifica a distribuiccedilatildeo de tecido adiposo e
tecido muscular (PERISSINOTTO et al 2002)
Quanto aos pontos de corte utilizados do IMC para idosos o Ministeacuterio da Sauacutede
atraveacutes do Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
sugere a utilizaccedilatildeo de uma faixa de normalidade entre o valores de 22kgmsup2 e
27kgmsup2 sendo classificados como baixo peso indiviacuteduos idosos que apresentem
IMC inferior a 22kgmsup2 e como sobrepeso indiviacuteduos que apresentem uma valor
acima de 27kgmsup2 natildeo havendo pontos de cortes que defina o niacutevel de desnutriccedilatildeo
e niacutevel de obesidade (SAMPAIO 2006)
Uma grande dificuldade encontrada na utilizaccedilatildeo do IMC para idosos eacute decorrente
da insensibilidade deste indicador quanto ao decreacutescimo de estatura aumento de
tecido adiposo e aumento da massa muscular e quantidade de aacutegua corporal que
satildeo alteraccedilotildees comumente encontradas no envelhecimento (SANTOS SICHIERI
2005)
262 Circunferecircncia do Braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo reflete a composiccedilatildeo corporal total incluindo tecido oacutesseo
massa muscular e tecido adiposo e possibilita a aplicaccedilatildeo de outros indicadores
como a circunferecircncia muscular do braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo (CB) em idosos tende a diminuir devido agrave perda de massa
magra tiacutepico da idade e tambeacutem pelo deslocamento da gordura para regiatildeo central
na avaliaccedilatildeo deste indicador relaciona-se o valor encontrado com o valor meacutedio para
a idade do indiviacuteduo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA GONZALES
2013)
263 Circunferecircncia da Cintura A medida circunferecircncia da cintura eacute um indicador essencial uma vez que atraveacutes
deste eacute possiacutevel verificar uma possiacutevel localizaccedilatildeo acumulada de tecido adiposo
41
nessa regiatildeo e uma circunferecircncia da cintura elevada revela possiacuteveis riscos
cardiovasculares e metaboacutelicos (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
Em relaccedilatildeo aos pontos de cortes natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica para a utilizaccedilatildeo
em idosos o que dificulta a precisatildeo do diagnoacutestico nutricional uma vez que o
aumento de gordura na regiatildeo abdominal eacute comum em idosos devido a
redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo que acontece em maiores proporccedilotildees pelo
deslocamento desse tecido dos membros para a regiatildeo central do tronco (PAIVA
NETO OLIVEIRA SANTOS 2007)
264 Prega Cutacircnea Tricipital
A afericcedilatildeo da prega cutacircnea tricipital e em geral todas as outras pregas cutacircneas
permitem identificar a quantidade de tecido adiposo subcutacircneo Trata-se de um
indicador sensiacutevel a desnutriccedilatildeo que permite avaliar os estoques de gordura
corporal Os pontos de cortes utilizados na avaliaccedilatildeo deste indicador vatildeo de acordo
com a medida obtida e a medida meacutedia (p50) de acordo com a idade do indiviacuteduo
(FIORE et al 2006)
Assim como na Circunferecircncia do braccedilo espera-se uma reduccedilatildeo do valor da prega
cutacircnea tricipital decorrente da redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo nesta populaccedilatildeo
estudada o que leva a reduccedilatildeo da precisatildeo deste indicador em relaccedilatildeo a
sensibilidade de desnutriccedilatildeo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
265 Circunferecircncia da Panturrilha A circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador utilizado geralmente para avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica de indiviacuteduos idosos por ser sensiacutevel a depleccedilatildeo muscular nesta
faixa etaacuteria e de faacutecil obtenccedilatildeo (SAMPAIO 2004)
Segundo Acunatilde e Cruz (2004) a circunferecircncia da panturrilha eacute o indicador mais
sensiacutevel agrave desnutriccedilatildeo em idosos sendo superior a outro indicador de suma
importacircncia que eacute a circunferecircncia do braccedilo
42
O valor circunferecircncia da panturrilha menor que 31 cm classifica-se como
desnutriccedilatildeo representando perda de massa muscular enquanto que achados acima
desse valor satildeo classificados como eutrofia (SPEROTTO 2010)
27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO
Caracteriza-se como atividade fiacutesica qualquer movimento do corpo que envolva a
contraccedilatildeo muscular e em qualquer ambiente seja em casa no trabalho ou ao ar
livre e alguns benefiacutecios podem aparecer mesmo com pouco tempo de praacutetica em
indiviacuteduos sedentaacuterios (ZAITUNE et al 2010)
A praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem eacute de fundamental importacircncia na prevenccedilatildeo de
diversas doenccedilas crocircnicas e em meio agrave transiccedilatildeo demograacutefica essa praacutetica se torna
ainda mais relevante Essa importacircncia pode ser verificada atraveacutes de um dos
objetivos do Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o enfrentamento das doenccedilas
crocircnicas natildeo transmissiacuteveis do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil no qual quer a busca
da promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes da praacutetica de exerciacutecio fiacutesico (MADEIRA et al 2013)
A falta de atividade fiacutesica principalmente em idosos pode complicar a perda de
massa magra que eacute comum em indiviacuteduos dessa faixa etaacuteria uma vez que
geralmente eacute decorrente das alteraccedilotildees hormonais principalmente pela reduccedilatildeo na
siacutentese de hormocircnios de crescimento de hormocircnios sexuais (MAGALHAtildeES 2011)
A atividade fiacutesica eacute reconhecida por inuacutemeros benefiacutecios aacute sauacutede de quem a pratica
e com os idosos natildeo eacute diferente eacute constatada uma melhora na qualidade de vida e
na sauacutede em geral o que consequentemente leva a reduccedilatildeo da probabilidade do
aparecimento de doenccedilas crocircnicas internaccedilotildees e morte (ZAITUNE et al 2010)
Fiatorone-Singh (1998) citado por Matsudo (2002) afirma que a praacutetica regular de
atividade fiacutesica possui grande influecircncia sobre as alteraccedilotildees na composiccedilatildeo corporal
comumente encontradas em idosos uma vez em que em diversos estudos foi
confirmada a hipoacutetese de que idosos ativos possuem um melhor estado nutricional
quando comparado a idosos sedentaacuterios em relaccedilatildeo a indicadores de peso iacutendice
de massa corporal gordura corporal e ainda relaccedilatildeo cintura-quadril
Os benefiacutecios da praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem estatildeo relacionados diretamente
com o aumento da capacidade funcional de idosos uma vez que a capacidade
43
funcional interfere na forccedila muscular que por sua vez eacute inteiramente dependente da
massa muscular Visto que a atividade fiacutesica contribui para fortalecimento da massa
muscular haacute consequentemente uma reduccedilatildeo na perda natural deste tecido
decorrente do envelhecimento (MATSUDO 2002)
A prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas atraveacutes da melhora do estado nutricional
relacionada ao aumento da capacidade funcional e outros benefiacutecios decorrentes da
praacutetica de atividade fiacutesica leva consequentemente a uma elevaccedilatildeo da qualidade de
vida do indiviacuteduo idoso que me muitas vezes se encontra comprometida
(MATSUDO 2002)
A falta da praacutetica de atividade fiacutesica vem sendo crescente em toda a populaccedilatildeo
mundial Masso e outros (2005) em seu estudo que identificava a prevalecircncia de
sedentarismo em mulheres relataram que somente 37 da sua populaccedilatildeo se
encontram ativas ou seja que tinham o haacutebito regular de praticar alguma atividade
fiacutesica
Ferreira e Gobi (2003) afirma que o excesso de peso natildeo estaacute relacionado somente
com um consumo alimentar inadequado uma vez que estudos recentes vecircm
comprovando que a obesidade adquirida ao longo de anos estaacute mais relacionada
com o sedentarismo do que uma ingestatildeo excessiva de alimentos
Os mecanismos que levam a atividade fiacutesica agrave prevenccedilatildeo e ao tratamento de
doenccedilas e agrave incapacidade funcional envolvem principalmente a reduccedilatildeo da
adiposidade corporal a queda da pressatildeo arterial a melhora do perfil lipiacutedico e da
sensibilidade agrave insulina o aumento do gasto energeacutetico da massa e da forccedila
muscular da capacidade cardiorrespiratoacuteria da flexibilidade e do equiliacutebrio
(FERREIRA GOBI 2003)
Segundo Toscano e Olivera (2007) os programas puacuteblicos criados para a promoccedilatildeo
de praacutetica de atividade fiacutesicas satildeo importantes para o aumento da qualidade de vida
seja atraveacutes dos benefiacutecios desta praacutetica e atraveacutes de um maior conviacutevio social que
afasta a solidatildeo
Matsudo (2002) relata que vaacuterios pesquisadores ressaltam a necessidade da
implantaccedilatildeo de programas voltados agrave praacutetica de atividade fiacutesica em todo mundo
uma vez que estes mesmo pesquisadores encontraram resultados bastante
satisfatoacuterios relacionados agrave praacutetica regular de atividade fiacutesica demostrando ainda
44
que esta praacutetica eacute essencial para diminuir as consequecircncias indesejaacuteveis na sauacutede
dos indiviacuteduos decorrentes do envelhecimento
Atualmente no mundo todo a prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e
outras intercorrecircncias na sauacutede provocadas pelo passar da idade natildeo poder estar
isolada da praacutetica de atividade fiacutesica (MATSUDO et al 2006)
Atraveacutes de vaacuterios resultados positivos evidenciados em diversos estudos que
abordaram a atividade fiacutesica e os benefiacutecios proporcionados a seus praticantes jaacute eacute
possiacutevel verificar o aumento de investimento de oacutergatildeo puacuteblicos e privados em
programas de incentivo e orientaccedilatildeo a praacutetica de atividade fiacutesica (FERREIRA GOBI
2003)
Hoje em dia diversas aacutereas dos oacutergatildeos puacuteblicos estatildeo investindo em programas de
incentivo a atividade fiacutesica principalmente para os idosos entretanto deve-se ter
cautela na execuccedilatildeo destes programas garantindo um espaccedilo fiacutesico adequado com
profissionais qualificados a fim de que se possa realmente alcanccedilar os objetivos
destes programas (BENEDETTI GONCcedilALVES 2007)
45
3 METODOLOGIA 31 DESENHO DE ESTUDO
Foi realizado um estudo descritivo transversal com uma abordagem qualitativa com
40 idosos cadastrados no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe muniacutecipio de
Serra participantes e natildeo participantes do programa municipal de orientaccedilatildeo ao
exerciacutecio fiacutesico realizado neste espaccedilo
O estudo ocorreu em dois encontros na primeira consulta ocorreu a identificaccedilatildeo do
paciente e a coleta de dados antropomeacutetricos Inicialmente foi realizado a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) e em
seguida foi realizada uma entrevista para o preenchimento do Prontuaacuterio contendo
os seguintes itens Identificaccedilatildeo do paciente e avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica (Apecircndice
B) e o paciente foi convidado ainda a realizar o registro alimentar de trecircs dias para
ser analisado na proacutexima consulta (Apecircndice C)
No segundo encontro que foi realizado uma semana apoacutes a primeira consulta foi
coletado o registro alimentar de trecircs dias e ainda foi aplicado o questionaacuterio
Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica do tipo IPAQ curto para classificaacute-los
quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica exercido pelos mesmos (Anexo A)
32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO
O Comitecirc de sauacutede do idoso trata-se de uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
registrada regularmente instituiacutedo por um grupo de idosos da regiatildeo mas conta com
o apoio da Prefeitura da Serra o proacuteprio espaccedilo fiacutesico eacute cedido pela prefeitura e
sendo assim o mesmo local recebe o Programa municipal de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico
Os idosos cadastrados no comitecirc contribuem com um valor singelo mensalmente
para que sejam criadas atividades recreativas para os mesmos como curso de
pintura bordado viagens e outros Atualmente existem cerca de cento e sessenta
idosos cadastrados no comitecirc e um grupo de oito idosos compotildeem a diretoria sendo
um presidente que planejam atividades e buscam apoio de entidades puacuteblicas e
privadas para realizaccedilatildeo de alguns serviccedilos e atividades
46
A principal atividade exercida pelos cadastrados eacute o PROEF que conta com um
educador fiacutesico que orienta os participantes do programa com ginaacutestica aeroacutebica
com duraccedilatildeo de uma hora por trecircs vezes na semana entretanto natildeo satildeo todos os
cadastrados no comitecirc de sauacutede do idoso que participam deste programa
33 ASPECTOS EacuteTICOS
Foi informado aos indiviacuteduos todos os procedimentos a serem realizados durante a
pesquisa antes de assinar o termo de consentimento livre e esclarecido conforme
as normas para realizaccedilatildeo de Pesquisa em seres humanos e atendendo aos
criteacuterios da Eacutetica da Pesquisa em Sauacutede segundo descrito na Resoluccedilatildeo 19696
(BRASIL 2002)
O Projeto de pesquisa do presente trabalho foi submetido ao Comitecirc de eacutetica e
Pesquisa da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo tendo sido aprovado
34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
As medidas antropomeacutetricas analisadas para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal
dos indiviacuteduos foram peso corporal altura percentual de gordura circunferecircncias
do braccedilo cintura panturrilha e prega cutacircnea tricipital
Para a coleta das medidas antropomeacutetricas foram utilizados os seguintes
instrumentos balanccedila de bioimpedacircncia da marca Tanitareg devidamente calibrada
com capacidade de 150 kg e precisatildeo de 100g adipocircmetro de marca Cescorf
devidamente calibrado com amplitude de 88 mm e precisatildeo de 01mm fita meacutetrica
natildeo elaacutestica da marca Sanny estadiocircmetro da marca Altura Exata e com precisatildeo
de 05cm
O indiviacuteduo foi pesado usando roupas leves sem sapatos e sem qualquer objeto de
metal com o auxiacutelio da balanccedila Tanitareg colocada numa superfiacutecie plana e riacutegida
pela qual se obteve aleacutem do peso os valores dos percentuais de gordura e de
aacutegua Ressalta-se a natildeo indicaccedilatildeo do uso da bioimpedacircncias em indiviacuteduos que
possuem em seu corpo algum material metaacutelico como marcapasso devido as
possiacuteveis falhas na passagem da corrente eleacutetrica (CONSELHO FEDERAL DE
MEDICINA 2009)
47
A altura foi determinada utilizando-se o estadiocircmetro sendo orientado ao paciente
permanecer descalccedilo em posiccedilatildeo ereta olhando para o horizonte com os
calcanhares unidos e apoiados agrave parte posterior do estadiocircmetro assim como a
parte posterior dos joelhos naacutedegas e escaacutepulas estando a cabeccedila posicionada
reta (BRASIL 2011c)
Na tabela 2 satildeo encontrado os resultados do IMC com base no peso e altura
aferidos do paciente usando a foacutermula IMC = Peso corporal (kg) Estatura (m)sup2
sendo este avaliado segunda a classificaccedilatildeo recomendado pelo Sistema de
Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos Classificaccedilatildeo IMC (kgmsup2) Risco de Comorbidades
Baixo Peso lt 22 Baixo Peso Normal 22 - 269 Meacutedio Sobrepeso ge270 - Fonte The Nutrition Screening Initiative (1994) citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e
Nutricional Orientaccedilotildees para coleta anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede
(2011)
Os valores de referecircncia utilizados para a classificaccedilatildeo do percentual de gordura
corporal de idosos segundo GALLAGHER et al (2000) encontram-se no tabela 3
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos
Classificaccedilatildeo Gordura Corporal ()
Homens Mulheres Baixo lt13 lt24
Adequado 13 ndash 249 24 - 359
Elevado 25 - 299 36 - 419
Muito Elevado ge 30 ge 42
Fonte GALLAGHER et al 2000 Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex
A circunferecircncia da cintura foi aferida com o paciente em peacute usando a fita meacutetrica
para circundar o indiviacuteduo no ponto meacutedio entre a crista iliacuteaca e a uacuteltima costela A
circunferecircncia da cintura (CC) foi utilizada com o objetivo de identificar o padratildeo de
distribuiccedilatildeo da massa adiposa pois eacute considerado o melhor indicador para a
48
avaliaccedilatildeo do risco de doenccedilas cardiovasculares e metaboacutelicas em estudos
epidemioloacutegicos (MARTINS et al 2009) Utilizaram-se os pontos de corte definidos
na Diretriz Brasileira de Obesidade (2010) e atualmente recomendados pelo
Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (tabela 4)
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres Risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas Homem Mulher
Aumentado ge 94 ge 80
Substancialmente aumentado ge 102 ge 88
Fonte WHO 2000 citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilotildees para coleta
anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede (2011)
A circunferecircncia do braccedilo foi mensurada com o individuo em peacute com o braccedilo
flexionado a 90 graus para determinaccedilatildeo do ponto meacutedio entre o acrocircmio e o
oleacutecramo e em seguida com o braccedilo estendido e relaxado ao longo do corpo
posicionando a fita no sentido horizontal para a obtenccedilatildeo da medida (COSTA 2012)
O resultado obtido foi comparado aos valores de referecircncia demonstrados na tabela
de percentis por Frisancho (1990) no anexo B A adequaccedilatildeo da CB foi determinada
atraveacutes da foacutermula Adequaccedilatildeo da CB ()= CB obtida (cm) CB percentil 50 x 100 e
o estado nutricional classificado de acordo com o tabela 5
Tabela 5 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a circunferecircncia do braccedilo
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por Sommacal 2011 A circunferecircncia da panturrilha eacute considerada um oacutetimo indicador antropomeacutetrico
para idosos uma vez que possibilita a identificaccedilatildeo de alteraccedilotildees da massa
muscular em idosos com um ponto de corte menor de 31 centiacutemetros como
indicador de desnutriccedilatildeo (ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE citado por
MOREIRA et al 2011)
49
A teacutecnica de mensuraccedilatildeo da prega cutacircnea tricipital foi preconizada por Lohman
(1991) citado por Sommacal e outros (2011) no qual indica que para a afericcedilatildeo da
prega cutacircnea tricipital deve ser realizado no mesmo ponto meacutedio utilizado para a
CB no qual deve-se separar levemente a prega do braccedilo natildeo-dominante
desprendendo-a do tecido muscular e aplicar o calibrador formando um acircngulo reto
O braccedilo deve estar relaxado e solto ao lado do corpo
O valor encontrado da prega cutacircnea tricipital foi comparado ao padratildeo de referecircncia
no anexo C e posteriormente foi calculado a adequaccedilatildeo da PCT atraveacutes da
equaccedilatildeo
Adequaccedilatildeo da PCT = PCT obtida PCT percentil 50 x 100 A adequaccedilatildeo da PCT foi
classificada segundo a tabela 6
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a 110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por lSommacal 2011 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR
No primeiro encontro os indiviacuteduos participantes receberam trecircs formulaacuterios para
realizaccedilatildeo do registro e orientaccedilotildees de como realizar o registro alimentar de trecircs
dias sendo que deveriam ser realizados em dias natildeo consecutivos contemplando
dois dias da semana e um dia do final de semana Cada participante deveria anotar
todos os alimentos e bebidas ingeridos ao longo do dia e suas respectivas
quantidades incluindo os alimentos consumidos fora de sua residecircncia (FISBERG
MARCHIONI COLUCCI 2009) Foi orientado ainda ao indiviacuteduo que solicitasse
auxilio aacute um familiar caso encontrasse dificuldades em preencher o relatoacuterio
Com a coleta do registro alimentar de trecircs dias foi possiacutevel realizar o caacutelculo de
energia em (kcal) macronutrientes e micronutrientes A anaacutelise foi realizada atraveacutes
de caacutelculos manuais com o auxiacutelio da tabela brasileira de composiccedilatildeo dos alimentos
(TACO)
50
A anaacutelise do consumo alimentar ocorreu com a utilizaccedilatildeo o iacutendice de qualidade da
dieta revisado que foi reformulado por Previdelli (2011) em conformidade com as
recomendaccedilotildees dieteacuteticas preconizadas pelo guia alimentar para a populaccedilatildeo
brasileira de 2006 para a classificaccedilatildeo da qualidade da dieta seratildeo utilizados os
pontos de corte proposto pelo mesmo autor que classifica uma dieta ldquoinadequadardquo
abaixo de 40 pontos entre 41 e 64 pontos dieta que ldquoprecisa de modificaccedilatildeordquo e
acima de 64 pontos classifica-se como ldquodieta saudaacutevelrdquo (Anexo D e E)
36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA
A atividade fiacutesica pode ser considerada uma grande estrateacutegia em sauacutede puacuteblica
visto que poderiacuteamos atingir uma grande economia com a reduccedilatildeo do sedentarismo
Hoje em dia encontra-se mais de dois milhotildees de mortes anualmente causadas pela
inatividade fiacutesica em todo o mundo O sedentarismo natildeo estaacute relacionado somente
com doenccedilas e morte mas tambeacutem com a geraccedilatildeo de altos custos a sociedade No
ano de 1995 pode ser constatado que os Estados Unidos gastaram vinte e quatro
bilhotildees de doacutelares somente com o sedentarismo Sendo assim podemos observar
que com o aumento da praacutetica de atividade fiacutesica da populaccedilatildeo pode-se contribuir
indiretamente para o desenvolvimento humano e o progresso econocircmico
(WASHBURN 1993 et al Citado por PARDINI et al 2001 p46)
Um dos grandes fatores para o aparecimento de doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis eacute o sedentarismo O haacutebito de praticar algum tipo de atividade fiacutesica
tem sido usado como um meacutetodo faacutecil e de baixo custo para prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas Recomendam-se a praacutetica de pelo menos trinta minutos de atividade
diariamente para que seus benefiacutecios sejam apresentados (MASSON et al 2005)
O IPAQ estima o niacutevel de praacutetica habitual de atividade fiacutesica e foi desenvolvido pelo
Grupo Internacional para Consenso em Medidas da Atividade Fiacutesica constituiccedilatildeo
sob a chancela da OMS para ser utilizado em vaacuterios paiacuteses dentre eles Brasil e
Japatildeo (GUEDES et al 2005 GUEDES 2007 CORA 2003 citado por MIZUNO
2007)
O niacutevel de atividade fiacutesica foi determinado atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica ndash IPAQ na forma curta proposto por MIZUNO
(2007) sendo utilizadas quatro questotildees para avaliar a atividade fiacutesica dentro de uma
51
semana normal Os entrevistados relataram as atividades que satildeo realizadas ao
longo da semana em casa no trabalho e nas horas de lazer e descanso a
frequecircncia semanal e o tempo diaacuterio de cada atividade As atividades foram
classificadas como
1) vigorosas (corrida ginaacutestica aeroacutebica futebol velocidade raacutepida na bicicleta
basquete serviccedilos domeacutesticos pesados em casa ou no quintal carregar objetos com
peso alto)
2) moderadas (velocidade leve na bicicleta nataccedilatildeo danccedila ginaacutestica aeroacutebica leve
vocirclei carregar objetos com peso leve serviccedilos domeacutesticos em casa ou no quintal
como varrer e realizar cuidados no jardim)
3) caminhada (no trabalho ou por lazer)
4) sem gasto caloacuterico (sentado assistindo TV ou lendo)
Segundo o autor a partir dessas informaccedilotildees eacute possiacutevel estimar o gasto energeacutetico
em METs Um MET representa o consumo de oxigecircnio em repouso ou taxa
metaboacutelica de repouso Uma atividade que requer o dobro de energia do repouso
requer 2 METrsquos e assim sucessivamente Para o caacutelculo do gasto em METs o IPAQ
usa as seguintes foacutermulas
a) caminhada MET-minutosemanal = 33 X tempo diaacuterio de caminhada X frequumlecircncia
semanal
b) moderado MET- minutosemanal = 40 X tempo diaacuterio de atividade moderada X
frequecircncia semanal
c) vigoroso MET- minutosemanal = 80 X tempo diaacuterio de atividade vigorosa X
frequecircncia semanal d) total da atividade fiacutesica MET- minutosemanal = soma da
Caminhado + Moderado + Vigoroso MET - minutossemanal
Com essas informaccedilotildees classifica-se o indiviacuteduo em uma das seguintes categorias
a) baixo nenhuma atividade ou atividades que natildeo se enquadram nas categorias 2 e
3
b) moderado deve ser encaixar em pelos menos um dos criteacuterios de atividade
vigorosa por pelos menos trecircs dias por semana e em um periacuteodo miacutenimo de 20
minutos ou cinco ou mais dias de atividade moderada eou caminhada por pelo
52
menos 30 minutos por dia ou ainda qualquer combinaccedilatildeo de atividade moderada ou
vigorosa ou caminhada com gasto miacutenimo de 600 met-minsemana por cinco ou
mais dias na semana
c) alto Um dos dois criteacuterios atividade vigorosa em no miacutenimo 3 dias da semana
com gasto miacutenimo de 1500 MET-minutosemana ou 7 ou mais dias de combinaccedilatildeo
de caminhada atividade moderada e vigorosa com gasto miacutenimo de 3000 met-
minutosemana (IPAQ)
37 ANAacuteLISE DOS DADOS
Foi realizada uma anaacutelise descritiva das variaacuteveis quantitativas sendo os dados
apresentados em meacutedia desvio-padratildeo miacutenimo maacuteximo e mediana Os dados
qualitativos seratildeo apresentados atraveacutes de frequecircncia absoluta e relativa As
anaacutelises foram realizadas com auxilio do software SPSS V 20 2013
Para comparar os idosos praticantes de atividade fiacutesica baixo e praticantes de
atividade fiacutesica moderado foi aplicado o teste t de student nesta anaacutelise foi
considerado o niacutevel de significacircncia plt005
53
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS
Foram avaliados 40 indiviacuteduos sendo que natildeo houve perdas da amostra e nem
desistecircncia por parte dos participantes Na tabela 7 estatildeo apresentadas as
caracteriacutesticas gerais da amostra estudada na qual aponta que 40 (100)
indiviacuteduos pesquisados eram do sexo feminino Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade
fiacutesica 27 idosos (68) foram classificados com niacutevel moderado (MOD) seguido de
13 (32) indiviacuteduos da amostra com niacutevel baixo (BAIX)
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra VARIAacuteVEIS N
Sexo Masculino 0 0 Feminino 40 100 Niacutevel de Atividade Fiacutesica Baixo 13 32 Moderado 27 68 Alto 0 0 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica VARIAacuteVEIS GRUPO BAIX GRUPO MOD GERAL P-VALOR
IMC (kgmsup2) 3130 plusmn 851 2905 (2115-5664)
2553 plusmn 386 2488 (1973-3451)
274 plusmn 630 2688 (1973-5664) 0005
GC () 3726 plusmn 685 384 (246-462)
3298 plusmn 686 318 (222-543)
3405 plusmn 699 338(222-542) 0113
CC (cm) 9716 plusmn 1873 97 (575-1395)
8568 plusmn 1038 84 (685-107)
8941 plusmn 1447 8925 (575-1395) 0017
CP (cm) 373 plusmn 401 38 (29-46)
3464 plusmn 369 345 (295-46)
3551 plusmn 3 35 (29-46) 0006
CB 11267 plusmn 2204 10819 (754-168)
9534 plusmn 1328 9506 (6885-12218)
10097 plusmn 1829 10063 (6885-168) 0045
de PCT 10361 plusmn 3148 98 (74-172)
7963 plusmn 2684 74 (38-152)
8657 plusmn 2993 79 (38-172) 0006
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
54
O IMC meacutedio do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi equivalente a
3130kgmsup2 que equivale a classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o valor meacutedio
encontrado no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado foi de 2553kgmsup2
caracterizando eutrofia O percentual de gordura corporal obteve meacutedia de 3726
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que equivale a uma classificaccedilatildeo de
elevaccedilatildeo e 3298 no qual equivale a adequaccedilatildeo no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado A circunferecircncia da cintura apresentou valores meacutedio de 9716 cm
equivalendo ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e
8568 cm caracterizando risco aumentado para os grupos com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e com niacutevel de atividade fiacutesica moderado respectivamente O valor do
percentual de adequaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo apresentou media de 11267
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que caracteriza sobrepeso e 9534 no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado que caracteriza eutrofia (tabela 8)
Um importante instrumento para a avaliaccedilatildeo de composiccedilatildeo corporal eacute o IMC sendo
que para idosos o valor acima de 27kgmsup2 claacutessica o indiviacuteduo com sobrepeso
abaixo de 22kgmsup2 como baixo peso e a eutrofia se encaixa entre os valores de
22kgmsup2 a 27kgmsup2 sendo assim a avaliaccedilatildeo quantitativa do perfil antropomeacutetrico da
amostra destaca que segundo o IMC no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo
769 (n=1) dos indiviacuteduos estatildeo com baixo peso tambeacutem 769 (n=1) se
encontram eutroacuteficos e 8461 (n=11) estatildeo com sobrepeso jaacute no grupo com
atividade fiacutesica moderado 1852 (n=5) dos indiviacuteduos apresentam baixo peso
4814 (n=13) satildeo eutroacuteficos e 3333 (n=9) estatildeo com sobrepeso Sendo assim o
grupo de com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma maior ocorrecircncia
de indiviacuteduos eutroacuteficos (figura 1)
Observa-se ainda a existecircncia da diferenccedila significante entre o iacutendice de massa
corporal dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o iacutendice de massa corporal
dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado uma vez que o p-valor
encontrado foi menor que 005 (0005) Sendo assim conclui-se que haacute correlaccedilatildeo
positiva entre a praacutetica de atividade fiacutesica e o iacutendice de massa corporal uma vez que
os indiviacuteduos praticantes de atividade fiacutesica baixo obtiveram um valor meacutedio maior
de iacutendice de massa corporal quando comparado ao grupo de idosos que possuem
niacutevel de atividade fiacutesica moderado
55
Figura 1 - Perfil nutricional segundo IMC de acordo com niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode-se observar que no grupo de idosos que possuem um niacutevel menor de atividade
fiacutesica 6153 (n=8) dos indiviacuteduos apresentaram risco substancialmente elevado de
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura mensurada
2307 (n=3) indiviacuteduos apresentaram risco aumentado e 1538 (n=2) natildeo
apresentaram riscos
Enquanto que no grupo de quem praacutetica atividade fiacutesica moderadamente 3333
(n=9) natildeo apresentaram riscos 2962 (n=8) apresentaram risco aumentado e
3703 (n=10) apresentaram risco substancialmente elevado de complicaccedilotildees
metaboacutelicas (figura 2)
Houve correlaccedilatildeo significante entre as medidas de circunferecircncia da cintura dos
grupos estudados encontrando o p-valor menor que 005 (0017) Dessa forma
conclui-se que haacute correlaccedilatildeo entre a praacutetica de atividade fiacutesica e a medida da
circunferecircncia da cintura uma vez que o valor meacutedio desse indicador foi menor no
grupo de indiviacuteduos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao valor meacutedio encontrado no grupo de indiviacuteduos que possuem o niacutevel
de atividade fiacutesica baixo
769 769
8461
1852
4814
3333
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
56
Figura 2 - Classificaccedilatildeo de risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Com relaccedilatildeo ao percentual de gordura corporal apenas 9 indiviacuteduos do grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foram avaliados devido a impossibilidade de se usar a
bioimpedacircncia decorrente da presenccedila de placas metaacutelicas no corpo dos indiviacuteduos
Sendo assim podemos observa na figura 3 que apenas 1111 (n=1) dos indiviacuteduos
avaliados do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam valores
adequados de percentual de gordura 5555 (n=5) apresentam valores elevados
3333 (n= 3) apresentam valores muito elevados e nenhum indiviacuteduo apresentou
baixo valor
No grupo dos indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica moderado 5185
(n= 14) dos indiviacuteduos possuem um percentual adequado 74 (n= 2) apresentam
baixo valor 3703 (n= 10) apresentam valor elevado 37 (n= 1) apresentam um
valor muito elevado e nenhum indiviacuteduo apresentou baixo valor
Observa-se que o percentual de gordura dos idosos estudados natildeo apresentou
correlaccedilatildeo com a praacutetica de atividade fiacutesica uma vez que o p-valor deste indicador
foi maior que 005 (0113) ou seja natildeo houve diferenccedila significante entre os valores
meacutedios de percentual de gordura entre os grupos
1538
2307
6153
3333 2962
3703 NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
57
Figura 3 ndashClassificaccedilatildeo gordura corporal de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha pode constatar que apenas 10 (n=4)
de toda a populaccedilatildeo apresentou o quadro de desnutriccedilatildeo com um valor de CP
menor que 31 cm sendo que apenas 769 (n=1) do grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica baixo se enquadraram neste paracircmetro e 1111 (n=7) do grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Na correlaccedilatildeo dos valores meacutedios de circunferecircncia da panturrilha entre os grupos
de idosos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o grupo de idosos que
apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado observa-se uma diferenccedila
estatisticamente comprovada uma vez que o p-valor encontrado foi menor que
0005 (0045) sendo assim o valor meacutedio encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado foi menor quando comparado ao niacutevel de atividade fiacutesica
baixo
Observa-se que na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica baixo apresentou um valor meacutedio de percentual de adequaccedilatildeo de
11267 que equivale a sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou um valor meacutedio de 9534 que equivale a eutrofia
A anaacutelise da prega cutacircnea tricipital revelou que o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresenta uma classificaccedilatildeo meacutedia de eutrofia com o valor meacutedio de
percentual de adequaccedilatildeo de 10361 e o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
0
1111
5555
3333
74
5185
3703
37
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
58
moderado apresentou desnutriccedilatildeo moderada com o valor meacutedio de percentual de
adequaccedilatildeo de 7963
Observa-se que tanto a medida da circunferecircncia do braccedilo quanto a medida da
prega cutacircnea tricipital apresentaram diferenccedilas significantes entre os grupos
estudados uma vez que ambos apresentaram p-valor menor que 005 ou seja
conclui-se que os indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam
valores maiores destes indicadores quando comparados ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Eacute pertinente ao estudo comprovar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa corporal
e circunferecircncia da cintura coletadas no grupo de idosos com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado Para fazer a anaacutelise da natildeo correlaccedilatildeo entre os iacutendices de iacutendice
de massa corporal e circunferecircncia da cintura eacute necessaacuterio interpretar os dados
amostrais avaliando esses dois dados e confrontando-os em cada grupo amostral
Na tabela 9 e 10 estatildeo correlacionados os dados de iacutendice de massa corporal e
circunferecircncia da cintura do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e do grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS SEM RISCO RISCO
AUMENTADO RISCO SUBSTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 1 1 0 0
Eutrofia 1 1 0 0
Sobrepeso 11 0 3 8 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
SEM RISCO
RISCO AUMENTADO
RISCO SUSBTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 5 4 1 0 Eutrofia 13 5 5 3 Sobrepeso 9 0 2 7 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Observa-se de acordo com a tabela 9 somente os indiviacuteduos classificados como
sobrepeso no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentaram risco
59
aumentado ou substancialmente elevado para complicaccedilotildees metaboacutelicas associados
a circunferecircncia da cintura entretanto na tabela 10 pode-se observar que no grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado tanto alguns indiviacuteduos classificados com
eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com sobrepeso apresentaram risco
aumentado e substancialmente aumentado pode-se constatar ainda que um
indiviacuteduo classificado como baixo peso tambeacutem apresentou um risco aumentado
para complicaccedilotildees metaboacutelicas associado a circunferecircncia da cintura
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo CLASSIFICACcedilAtildeO
DO IMC Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 1 0 1 0 0
Eutrofia 1 0 0 1 0
Sobrepeso 11 0 0 4 3
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 5 2 3 0 0 Eutrofia 13 0 10 3 0 Sobrepeso 9 0 1 7 1 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 11 e 12 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o percentual de gordura corporal tanto no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado alguns indiviacuteduos
mesmo sendo classificados com eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com
sobrepeso apresentaram um percentual elevado de gordura corporal
Aplicando o iacutendice de qualidade da dieta pode se observar que a maioria da
populaccedilatildeo estudada encontra-se com uma ldquodieta saudaacutevelrdquo sendo representada por
7692 (n=10) no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e por 85 18 (n=23) no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou 2307 (n=3) dos indiviacuteduos com ldquodieta que precisa de
60
modificaccedilatildeordquo enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou 1481 (n=4) nenhum indiviacuteduo dos dois grupos apresentou ldquodieta
inadequadardquo (figura 4)
Em geral a populaccedilatildeo de idosos estudada apresentou uma meacutedia do IQD-R de
7592 com variaccedilatildeo de 5672 a 9074 pontos O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou uma meacutedia 7393 enquanto que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma valor meacutedia de 7688
Figura 4 - Iacutendice de qualidade da dieta de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 13 e 14 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o iacutendice de qualidade da dieta revisado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado a classificaccedilatildeo
de ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo apareceu em todas as classificaccedilotildees do iacutendice
de massa corporal ou seja indiviacuteduos com baixo peso eutroacuteficos e com sobrepeso
apresentaram ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo Em contrapartida diversos
indiviacuteduos com sobrepeso e tambeacutem com baixo peso apresentaram ldquodieta saudaacutevelrdquo
Sendo assim conclui-se que o iacutendice de massa corporal natildeo apresentou correlaccedilatildeo
com o iacutendice de qualidade da dieta ingerida pelos idosos
0
2307
7692
0
1481
8518
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
61
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO DIETA
SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 1 0 0 1 Eutrofia 1 0 1 0 Sobrepeso 11 0 2 9 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO
DIETA SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 5 0 1 4 Eutrofia 13 0 2 11 Sobrepeso 9 0 1 8
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
62
42 DISCUSSAtildeO
Da populaccedilatildeo estudada todo o grupo era composto por mulheres essa situaccedilatildeo de
um nuacutemero maior de idosos do sexo feminino do que do sexo masculino encontrada
em vaacuterios outros estudos com a populaccedilatildeo idosa Galesi e outros (2008) que
avaliaram o perfil alimentar e nutricional de 60 idosos do sexo feminino e apenas 25
do sexo masculino em uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia e tambeacutem por Abreu e
outros (2008) que avaliaram a inadequaccedilatildeo no consumo alimentar de idosos no
qual 69 da amostra estudada era composta pelo sexo feminino Salgado citado por
Galesi e outros (2008) afirma que essas situaccedilotildees refletem a feminizaccedilatildeo da
populaccedilatildeo idosa ou seja realmente existe uma proporccedilatildeo relativamente maior de
idosos do sexo feminino do que do sexo masculino esse fenocircmeno eacute decorrente de
diversos fatores entre eles eacute a elevada expectativa de vida para mulheres que em
meacutedia vivem sete anos a mais do que os homens outro fato eacute a mulher geralmente
se casar com homens mais velhos que consequentemente morrem primeiro que
esta aumentando assim a sobrevivecircncia da esposa em relaccedilatildeo ao seu marido
Em paralelo Vera citado por Machado e outros (2006) afirma que a mulher possui
atitudes diferentes a dos homens frente a preocupaccedilatildeo com a sauacutede tendo uma
maior procura pelos serviccedilos ou qualquer atividade puacuteblica relacionada a sauacutede
encontrando assim em seu estudo 743 da amostra composta por mulheres
idosas
De acordo com o IPAQ 325 dos indiviacuteduos possuiacuteam niacutevel de atividade fiacutesica
baixo e 675 possuiacuteam niacutevel moderado de atividade fiacutesica Uma vez que a pratica
de atividade fiacutesica moderada ou vigorosa classifica o indiviacuteduo como ativo isso
implica dizer que 675 dos idosos analisados satildeo ativos
A praacutetica de atividade fiacutesica eacute essencial para todas as faixas etaacuterias mas no caso de
idosos esta praacutetica pode beneficiar ainda a sauacutede dos mesmos uma vez que a
atividade fiacutesica contribui para diminuiccedilatildeo de dores nas articulaccedilotildees diminuiccedilatildeo de
gordura corporal e maior captaccedilatildeo de glicose sanguiacutenea entre outros benefiacutecios
(FRANCHI JUacuteNIOR MONTENEGRO) Mota e outros (2006) afirma que a pratica de
atividade fiacutesica regular por idosos pode tambeacutem contribuir na prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas como hipertensatildeo arterial doenccedilas cardiovasculares diabetes e siacutendrome
63
metaboacutelica impactando assim no aumento de qualidade de vida e reduccedilatildeo de
mortalidade nesta populaccedilatildeo
Aleacutem de diversos benefiacutecios aacute sauacutede do idoso como prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas a praacutetica regular de atividade fiacutesica ainda pode contribuir para o
retardamento da reduccedilatildeo da capacidade funcional do organismo decorrente do
envelhecimento contribuindo assim diretamente para o aumento da qualidade de
vida desta populaccedilatildeo (REIS SOUZA 2012)
Hurley e Hagber (1998) citado por Matsudo e Paiva Neto (2000) relatam que a
praacutetica de qualquer atividade fiacutesica por si soacute seja exerciacutecio aeroacutebico ou anaeroacutebico
levam a reduccedilatildeo de gordura corporal em idosos mesmo sem restriccedilatildeo caloacuterica
Shepard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) relatam que as
alteraccedilotildees ocorridas na composiccedilatildeo corporal com a praacutetica regular de atividade
fiacutesica podem ser decorrentes das alteraccedilotildees na taxa metaboacutelica em repouso No
estudo de Bergman (1991) citado por Ferreira (2007) foi constatado que a praacutetica
regular de atividade fiacutesica em curto espaccedilo contribui para uma melhora na
composiccedilatildeo corporal 27 idosas foram submetidas a realizar caminhadas em esteira
quatro vezes por semana e apoacutes 10 semanas obtiveram reduccedilatildeo na gordura
corporal e aumento de massa magra
Pode-se observar que os idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica moderada
apresentaram melhores resultados de composiccedilatildeo corporal quando comparado aos
idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica baixo o IMC meacutedio encontrado foi de
2553kgmsup2 e 3130kgmsup2 apresentando eutrofia e sobrepeso respectivamente
Mazo e outros (2006) tambeacutem constatou que 956 da sua populaccedilatildeo de idosas que
apresentavam excesso de peso possuiacuteam um baixo iacutendice de aptidatildeo funcional geral
decorrente da praacutetica irregular de atividade fiacutesica enquanto que 429 das idosas
que apresentavam IMC adequado estavam com o iacutendice de aptidatildeo funcional geral
bom Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) tambeacutem verificaram em seu estudo que
comparava a composiccedilatildeo corporal de idosos esportista e idosos irregularmente
ativos que o grupo de idosos esportistas possuiacutea um IMC de eutrofia enquanto que
o grupo de idosos irregularmente ativos possuiacuteam um IMC de sobrepeso
O baixo peso encontrado em 15 em toda a populaccedilatildeo estudada eacute tatildeo preocupante
como o sobrepeso tambeacutem encontrado Na atualidade estima-se que a prevalecircncia
de baixo peso fique em torno de 1 a 15 em idosos que vivem em residecircncias e
64
esse valor ainda tem aumento quando trata-se de idosos residentes em instituiccedilotildees
de longa permanecircncia (25 a 60) e um aumento ainda maior quando diz respeito a
idosos hospitalizados (35 a 65) A desnutriccedilatildeo em idosos pode favorecer a
incidecircncia de doenccedilas que consequentemente iratildeo interferir no estado nutricional do
indiviacuteduo Essa populaccedilatildeo eacute dita como um grupo de risco para o baixo peso devido a
vaacuterias alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento como reduccedilatildeo do
paladar dificuldades de mastigaccedilatildeo aleacutem do elevado uso de medicamentos que
consequentemente interfere no apetite na digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes
(SOUSA GUARIENTO 2009) Outros diversos estudos tambeacutem encontraram a
prevalecircncia de baixo peso em idosos Fiore e outros (2006) que avaliaram o perfil
nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede tambeacutem encontraram
na sua populaccedilatildeo 151 dos indiviacuteduos apresentando baixo peso de forma
semelhante Galesi e outros (2008) encontraram uma proporccedilatildeo de 18 de idosos
com baixo peso em seu estudo que avaliava o perfil alimentar e nutricional de idosos
institucionalizados
Quanto ao risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas associada agrave circunferecircncia da cintura
o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou uma meacutedia de 9716 cm o
que representa um risco substancialmente elevado e o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia de 8568 cm que classifica um risco
aumentado Aleacutem disso pode-se contatar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa
corporal e o risco de complicaccedilatildeo metaboacutelica de acordo com a circunferecircncia da
cintura de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado no qual foi encontrado que
mesmo indiviacuteduos que natildeo estavam com sobrepeso apresentaram um risco
aumentado ou substancialmente aumentado para complicaccedilotildees metaboacutelicas
Os elevados valores encontrados de circunferecircncia da cintura podem ser explicados
devido agraves alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento que contribuem
para o aumento de peso e tambeacutem para a redistribuiccedilatildeo da gordura corporal
(FERREIRA 2003) Bouchard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007)
afirmaram que a gordura corporal em idosos eacute encontrada em maiores quantidades
na regiatildeo do abdocircmen Outros autores ainda afirmam que o aumento da
circunferecircncia da cintura se deve a substituiccedilatildeo da gordura subcutacircnea pela gordura
visceral na regiatildeo abdominal aleacutem da existecircncia de uma redistribuiccedilatildeo da gordura
corporal que deixa de se depositar nos membros ocorrendo assim um acuacutemulo na
65
regiatildeo central do corpo Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do perfil
nutricional de idosos verificaram um alto iacutendice de prevalecircncia de risco para
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura 808 da
populaccedilatildeo estudada e especialmente em idosos do sexo feminino
Na avaliaccedilatildeo da gordura corporal tambeacutem pode ser notado a natildeo correlaccedilatildeo entre
iacutendice de massa corporal e percentual de gordura corporal no qual pode ser
encontrado um percentual de gordura elevado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e niacutevel de atividade fiacutesica moderado em indiviacuteduos que natildeo se
classificam como sobrepeso este iacutendice tambeacutem vem comprovar as alteraccedilatildeo
corporais no idoso Entretanto quando haacute a comparaccedilatildeo entre os valores meacutedios de
gordura corporal dos dois grupos observa-se que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica possui um menor percentual Matsudo (2002) afirma que idosos considerados
ativos apresentam um menor peso corporal e tambeacutem um menor percentual de
gordura corporal
A avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador muito utilizado na
avaliaccedilatildeo do estado nutricional do idoso por ser sensiacutevel a perda de massa magra e
consequentemente a desnutriccedilatildeo Observa-se que na populaccedilatildeo geral estudada a
meacutedia da CP foi de 3551 cm que equivale a eutrofia um resultado parecido foi
encontrado tambeacutem por Rauen e outros (2008) em uma pesquisa que avaliaram o
estado nutricional de idosos encontrando um valor meacutedio de CP de 328 cm
tambeacutem os classificando com eutrofia Machado e outros (2006) tambeacutem natildeo
encontrou comprometimento da massa magra atraveacutes da circunferecircncia da
panturrilha sendo que o valor meacutedio encontrado no seu estudo que avaliava o perfil
nutricional e funcional de idosos foi de 367 cm para idosos do sexo masculino e
348 cm para idosos do sexo feminino
A circunferecircncia do braccedilo eacute utilizada para mensurar tecido muscular gorduroso e
tambeacutem tecido oacutesseo (TARTARI BUSNELLO NUNES 2010) Na avaliaccedilatildeo deste
indicador observa-se que em meacutedia o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo
apresentou uma classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado apresentou um estado meacutedio de eutrofia Machado e
outros (2006) verificou tambeacutem nenhum comprometimento do tecido adiposo atraveacutes
dos valores encontrados de CB estando 100 da sua populaccedilatildeo de idosos
estudada dentro do limite de normalidade natildeo correspondendo assim tambeacutem o
66
que Menezes e Marucci (2013) relataram sobre a circunferecircncia do braccedilo em idosos
que tende a diminuir devido agrave perda de massa magra tiacutepico da idade devido ocorrer
o deslocamento da gordura dos membros para regiatildeo central
Com relaccedilatildeo a prega cutacircnea tricipital observa-se um valor meacutedio que representa
de eutrofia no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo e classificaccedilatildeo meacutedia de
desnutriccedilatildeo moderada no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica moderado A mesma
situaccedilatildeo foi encontrada por Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do
perfil nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede no qual 548
da populaccedilatildeo apresentou um valor reduzido deste indicador que expressa a
quantidade e a localizaccedilatildeo do tecido adiposo subcutacircneo O mesmo autor afirma
ainda que este fato eacute esperado em indiviacuteduos idosos uma vez que existem
evidecircncias que comprovam que com o avanccedilar da idade haacute uma redistribuiccedilatildeo do
tecido gorduroso antes localizado nos membros para a regiatildeo abdominal
Quando avaliamos o estado nutricional dos indiviacuteduos atraveacutes do iacutendice de massa
corporal relacionado ao iacutendice de qualidade da dieta pode-se constatar que o IMC
natildeo teve relaccedilatildeo direta com o IQD-R uma vez que a classificaccedilatildeo de ldquodieta que
precisa de modificaccedilatildeordquo atingiu todas as classificaccedilotildees do IMC assim como a ldquodieta
saudaacutevelrdquo tambeacutem alcanccedilou todas as classificaccedilotildees Dessa forma podemos afirmar
que natildeo eacute apenas o consumo alimentar que resulta no estado nutricional
Campos Monteiro e Ornelas (2000) confirmam que o estado nutricional dos idosos eacute
um quadro resultante das diversas condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem
aleacutem de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade Montilla Marucci e
Aldrighi (2006) encontraram e seu estudo que avaliava o estado nutricional e o
consumo alimentar de mulheres no climateacuterio que o iacutendice de massa corporal natildeo
estava acompanhando a mesma tendecircncia do valor energeacutetico consumido ou seja
o IMC estava acima da classificaccedilatildeo de eutrofia entretanto o valor energeacutetico da
dieta ingerida estava adequado estes mesmo autores afirmaram que este fato pode
ter acontecido por pelo menos dois fatores o IMC avalia o estado nutricional atual
do indiviacuteduo mas que foi adquirindo ao logo de um tempo enquanto que o
recordatoacuterio 24 horas instrumento que geralmente eacute usado para avaliar o consumo
alimentar de indiviacuteduos ou populaccedilatildeo avalia somente o dia anterior ou o fato pode
ter acontecido devido a reduccedilatildeo do metabolismo que acompanha o passar da idade
67
podendo assim levar ao desequiliacutebrio energeacutetico mesmo que o consumo esteja
dentro das recomendaccedilotildees
A maior meacutedia de pontuaccedilatildeo do IQD-R foi encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado sendo assim as maiores pontuaccedilotildees do IQD-R foram
diretamente associada com a praacutetica de atividade fiacutesica assim como encontrado por
Wendpap (2012) em seu estudo que avaliou a qualidade da dieta de adolescentes
no qual foram encontrados maiores pontuaccedilotildees do IQD-R em adolescentes que
gastavam menos tempo com atividades ditas como sedentaacuterias como assistir
televisatildeo ou jogar viacutedeo game
Na avaliaccedilatildeo das pontuaccedilotildees do IQD-R por componente pode-se observar que tanto
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado como no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo houve baixa pontuaccedilatildeo para os grupos ldquofrutas totaisrdquo (263 e
241) ldquofruta integraisrdquo (281 e 248) ldquovegetais verdes escuros e alaranjados e
leguminosasrdquo (181 e 033) e ldquoLeite e derivadosrdquo (335 e 295) no grupo de ldquoVegetais
Totaisrdquo a populaccedilatildeo do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou um
consumo intermediaacuterio (323) enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
moderado apresentou um consumo baixo (217) No grupo ldquoCereais Totaisrdquo
observou-se uma elevada pontuaccedilatildeo pela populaccedilatildeo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo (861) e uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria (533) para a populaccedilatildeo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado assim como no grupo de ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo
com pontuaccedilatildeo de 947 e 529 respectivamente e no ldquogrupo de oacuteleosrdquo (811 e 491)
e ldquogordura saturadardquo (953 e 697) no componente ldquosoacutediordquo os dois grupos
populacionais tiveram pontuaccedilatildeo intermediaacuteria com 653 para o grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo e 548 para o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado e
no componente ldquoGord AArdquo houve elevada pontuaccedilatildeo (1792) e (1189) nos dois
grupos Sendo assim pode-se constatar que o componente do IQD-R que mais
contribuiu para elevaccedilatildeo da pontuaccedilatildeo foi o ldquoGord AArdquo
O baixo consumo de frutas verduras e leitesderivados por idosos tambeacutem foi
encontrado Martins e outros (2010) em 765 da populaccedilatildeo estudada no qual
associou este achado com os niacuteveis elevados de pressatildeo arterial outros estudos
tambeacutem confirmam um baixo consumo fibras e consequentemente de frutas e
verduras por idosos Galesi e outros (2008) verificou que apenas 26 da populaccedilatildeo
estudada realizam a ingestatildeo adequada de fibras diaacuteria que eacute em torno de 30gdia
68
A ingestatildeo de fibras eacute de grande importacircncia para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel em
todas as fases da vida mas na velhice o consumo de fibras se torna ainda mais
relevantes devido a grande prevalecircncia de constipaccedilatildeo intestinal nesta populaccedilatildeo
uma vez que as fibras auxiliam na formaccedilatildeo do bolo fecal e juntamente com outros
fatores realizam os estiacutemulos para o peristaltismo intestinal (Brasil 2009)
O baixo consumo de leites e derivados foi constato por outros diversos estudos com
a populaccedilatildeo idosa Machado e outros (2006) verificaram que o consumo de leites e
derivados em qualquer quantidade natildeo chegou a 100 da amostra o que
caracteriza provavelmente uma inadequaccedilatildeo no consumo de caacutelcio e Matta Papini e
Corrente encontraram um consumo meacutedio de apenas 118 porccedilotildees de leites e
derivados ao dia por idosos o que representa um consumo baixo considerando a
recomendaccedilatildeo de trecircs porccedilotildees ao dia A deficiecircncia de caacutelcio no organismo de um
idoso representa uma grande preocupaccedilatildeo uma vez que este eacute um importante
mineral para os idosos pois o consumo adequado de caacutelcio auxilia na prevenccedilatildeo ou
na reduccedilatildeo do aparecimento de doenccedilas oacutesseas como a osteoporose que eacute
caracterizada pela reduccedilatildeo de massa oacutessea que leva consequentemente a uma
maior vulnerabilidade a fraturas e que acometem em sua maioria os idosos (Paixatildeo
e Bressan 2010)
O consumo de carboidratos em geral neste estudo pode ser considerado como
dentro da meacutedia alcanccedilando uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria diferentemente do
achado por Silva e outros (2010) que constatou um elevado consumo de
carboidratos por idosos chegando em torno de 75 do valor energeacutetico (VET) total
da dieta ingerida jaacute Farinea Ricalde e Siviero encontram um consumo adequado de
carboidratos ou seja em torno 5637 de carboidrato por praticantes de atividade
fiacutesica
Avaliando ainda o consumo alimentar pode ser constatado que em relaccedilatildeo ao
nuacutemero de refeiccedilotildees realizadas ao longo do dia pela populaccedilatildeo idosa estudada
percebe-se que em meacutedia satildeo realizadas 482 refeiccedilotildeesdia um nuacutemero menor do
que preconizado pelo guia alimentar da populaccedilatildeo brasileira (2011) que sugere a
realizaccedilatildeo de trecircs grandes refeiccedilotildees mais lanches saudaacuteveis ao longo do dia fato
que tambeacutem se relaciona pelo achado de Silva Filho e outros que em seu estudo de
verificaccedilatildeo do comportamento alimentar de idosos constatou quem em meacutedia foram
realizadas de 3 a 4 refeiccedilotildees diaacuterias por 96 idosos participantes da pesquisa Eacute de
69
suma importacircncia a realizaccedilatildeo de 5 a 6 refeiccedilotildees ao dia pelo fato de que com a
reduccedilatildeo do nuacutemero de refeiccedilotildees o indiviacuteduo fica um tempo maior sem se alimentar
levando ao organismo responder a esta inaniccedilatildeo reduzindo o metabolismo de forma
a guardar energia para o este periacuteodo em jejum o que consequentemente leva a ao
acuacutemulo de calorias aleacutem de outros processos orgacircnicos se manterem alterados
como a produccedilatildeo de hormocircnios e substacircncias participantes dos processos de
digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes (RUELA SOUSA JUNIOR 2010)
Observa-se ainda que 425 (n= 17) da populaccedilatildeo em geral estudada natildeo
possuiacuteam o haacutebito de realizar o jantar Machado e outros (2006) encontraram
tambeacutem um elevado percentual de idosos que natildeo realizavam o jantar em seu
estudo que avaliou o perfil nutricional e funcional de idosos sendo 307 da
populaccedilatildeo do sexo masculino seguido de 222 da populaccedilatildeo do sexo feminino
Esse mesmo autor relatou que esse haacutebito acaba se tornando comum pois os
idosos natildeo desejam consumir grande quantidade de alimentos como no almoccedilo
antes de dormir ou pelo simples fato de ser mais cocircmodo realizar um lanche do que
um jantar
70
71
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS Diante do exposto conclui-se que os idosos que praticam atividade fiacutesica
moderadamente apresentam um melhor estado nutricional quando comparados aos
idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Esse fato eacute comprovado
pelas diferenccedilas significativas encontradas nos indicadores usados na avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica neste estudo
A populaccedilatildeo estudada em geral apresentou um iacutendice de qualidade da dieta
elevado que representa uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser
observado que os indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou um maior iacutendice de qualidade quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo
Uma vez que haacute uma escassez de estudos envolvendo a praacutetica de atividade fiacutesica
e a qualidade da dieta de idosos recomenda-se a realizaccedilatildeo futura de estudos
nutricionais nesta populaccedilatildeo abrangendo outros assuntos ligados a nutriccedilatildeo que
sejam pertinentes a este grupo
Sendo assim eacute imprescindiacutevel a implantaccedilatildeo de Programas de Qualidade de Vida
que abranja orientaccedilotildees nutricionais e de atividade fiacutesica para idosos uma vez que
para esses indiviacuteduos obtenha uma elevada qualidade de vida eacute essencial a
prevenccedilatildeo da incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que comumente
atingem essa populaccedilatildeo
72
73
REFEREcircNCIAS
ABREU W C et al Inadequaccedilatildeo no consumo alimentar e fatores interferentes na ingestatildeo energeacutetica de idosos matriculados no programa municipal da terceira idade de viccedilosa (MG) Revista Baiana de Sauacutede Puacuteblica v32 n2 p177-189 maioago 2008 Disponiacutevel em httpinseeribictbrrbspindexphprbsparticleviewFile139135gt Acesso em 10 de out de 2013 ACUNAtilde K CRUZ T Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de adultos e idosos e situaccedilatildeo nutricional da populaccedilatildeo brasileira Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 48 n 3 p 345-361 jun 2004 Disponiacutevel em lthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache1J0Ta7oEv5UJscholargooglecom+circunferencia+da+panturrilha+idososamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 02 de out de 2013 ALVES J E D A Transiccedilatildeo Demograacutefica e a Janela de Oportunidade Satildeo Paulo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial 2008 Disponiacutevel emlt httpwwwbraudelorgbrpesquisaspdftransicao_demograficapdfgtacesso em 20 de fev 2013 AMADO T C F ARRUDA I K G FERREIRA A R Aspectos alimentares nutricionais e de sauacutede de idosas atendidas no Nuacutecleo de Atenccedilatildeo ao Idoso ndash NAI Recife Archivos Latinoamericanos de Nutricion v 57 n 4 p 366-372 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscieloorgvescielophpscript=sci_arttextamppid=S0004-06222007000400009amplng=esampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de abr 2013 ANDRADE FB CALDAS A F KITOKO P M Relationship between oral health nutrient intake and nutritional status in a sample of Brazilian elderly 2009 (Biblioteca Online) Disponiacutevel em httponlinelibrarywileycomdoi101111j1741-2358200800220xabstract Acesso em 18 de mar 2013 ARANHA F Q et al O Papel da Vitamina C Sobre as Alteraccedilotildees Orgacircnicas no Idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas 13(2) 89-97 maioago 2000Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv13n27911pdfgt Acesso em 12 mar 2013 BARBOSA M A Importacircncia da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel ao Longo da Vida Refletindo na Sauacutede do Idoso 2012 41 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Nutriccedilatildeo Cliacutenica) - Departamento de Ciecircncias da Vida Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ijuiacute 2012 Disponiacutevel em lthttpbibliodigitalunijuiedubr8080xmluibitstreamhandle1234567891045A20ImportC3A2ncia20da20AlimentaC3A7C3A3o20SaudC3A1vel20ao20Longo20da20Vida20Refletindo20na20SaC3BAde20do20Idosopdfsequence=1gt Acesso em 15 mar 2013 BARBOSA A M Ingestatildeo alimentar de caacutelcio e vitamina D e associaccedilatildeo com o niacutevel de escolaridade na pessoa idosa Revista Demetra Alimentaccedilatildeo Nutriccedilatildeo e Sauacutede Rio de Janeiro v 8 n 2 p 173-181 2013 Disponiacutevel emlthttpswwwepublicacoesuerjbrindexphpdemetraarticleview40825144gt Acesso em 15 set 2013 BECKENKAMP J SANTOS J S DOS Efeito da linhaccedila sobre a constipaccedilatildeo intestinal em idosos residentes em instituiccedilotildees geriaacutetricas Revista Brasileira de
74
Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 8 n 2 p 179-187 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview972pdfgt Acesso em 16 de abr 2013 BENEDETTI T R B GONCcedilALVES L H T MOTA J A P Uma proposta de poliacutetica puacuteblica de atividade fiacutesica para idosos Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 16 n 3 p 387-98 Jul Set 2007 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdftcev16n3a03v16n3pdf Acesso em 23 abr 2013 BORGES R M NONINO C B SANTOS J E Tratamento Cliacutenico da Obesidade Revista Medicina Ribeiratildeo Preto v 39 n 2 p 246-252 abrjun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwucgbrucgeventosObesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorialmaterial_consultamaterial_educacao_fisicatratamento20clinico20da20obesidadepdfgt Acesso em 08 de mar 2013 BOSSHARD W et al The treatment of chronic constipation in elderly people an update Drugs Aging v21 n14 p911-930 2004 Disponiacutevel em lthttplinkspringercomarticle10216500002512-200421140-00002page-1gt Acesso em 02 de abril 2013 BRASIL Lei no 10741 de 1ordm de outubro de 2003 Estatuto do Idoso Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leis2003l10741htmgt Acesso em 15 abr 2013 ______ Lei nordm 8842 de 4 de janeiro de 1994 Politica Nacional do Idoso Disponiacutevel em httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8842htm Acesso em 20 de abr 2013 ______ Lei nordm 8742 de 7 de dezembro de 1993Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social Disponiacutevel emlt httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8742htmgt Acesso em 20 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da sauacutede Manual da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel para a populaccedilatildeo idosa 2009 Disponiacutevel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesalimentacao_saudavel_idosa_profissionais_saudepdfgt Acesso em 03 de set 2013 _______ Ministeacuterio da sauacutede Anuaacuterio estatiacutestico de sauacutede do Brasil 2001 Disponiacutevel emlthttpportalsaudegovbrportalaplicacoesanuario2001indexcfmgt Acesso em 15 de abr 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Consenso sobre diabetes 2011a Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesconsenso_bras_diabetespdf Acesso em 05 de abr 2013
______ Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel emlt httpconselhosaudegovbrbibliotecalivrosManual_cepspdfgt Acesso em 20 fev 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes Mellitus 2011 b Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmiolo2002pdf Acesso em 05 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da Sauacutede Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilatildeo para coleta de dados antropomeacutetricos 2011 c Disponiacutevel emlt
75
http18928128100nutricaodocsgeralorientacoes_coleta_analise_dados_antropometricospdfgt Acesso em 30 mai 2013 BUENO J M et al Avaliaccedilatildeo nutricional e prevalecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis em idosos pertencentes a um programa assistencial Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 13 n4 p 1237-1246 2008 CALIXTO-LIMA L GONZALES M C Nutriccedilatildeo Cliacutenica no dia a dia Rio de Janeiro Ed Rubio 204p 2013 CAMPOS M T F S MONTEIRO J B R ORNELAS A P R C Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutriccedilatildeo do idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v13 n 3 p157-165 setdez 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfrnv13n37902pdfgt Acesso em 08 de mar 2013 CAMPOS M A G et al Estado nutricional e fatores associados em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo vol 52 n4 julagos 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=s0104-42302006000400019ampscript=sci_arttextgt Acesso em 25 fev 2013gt Acesso em 23 fev 2013 CARVALHO E N et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade Nutricional das Refeiccedilotildees Servidas aos Idosos em Instituiccedilatildeo Asilar 2003 17 f Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Porto Alegre 2003 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47322656gt Acesso em 11 de abr 2013 CASTILHOS E D PADILHA D M P A importacircncia dos dentes para trecircs diferentes grupos de idosos 2001 135 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em sauacutede bucal coletiva) - Faculdade de Odontologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2002 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=BBOamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=18747ampindexSearch=IDgt Acesso em 12 de mar 2013 CERVI A FRANCESCHINI S C C PRIORES E S Anaacutelise criacutetica do uso do iacutendice de massa corporal para idosos Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v18 n 6 765-775 NovDez 2005 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-52732005000600007gt Acesso em 01 de out de 2013 CHAIMOWICZ F A sauacutede dos idosos brasileiros agraves veacutesperas do seacuteculo XXI problemas projeccedilotildees e alternativas Revista Sauacutede Puacuteblica v 31 n 2 p184-200 1997 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfrspv31n22170gt Acesso em 01 de mar 2013 COSTA et al Estado nutricional e antropometria em idoso revisatildeo da literatura Revista Meacutedica de Minas Gerais Minas Gerais N p7 v 4 p 111-120 juldez 2000 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgi-binwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=556558ampindexSearch=IDgt Acesso em 26 fev 2013 DOBNER T BLASI T C KIRSTEN V R Perfil nutricional de idosos residentes em instituiccedilatildeo geriaacutetrica no interior do RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 9 n 1 p 109-118 Janabr 2012
76
Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview1730pdfgt Acesso em 13 de abr 2013 FARINEA N RICALDE S R SIVIEIRO J Perfil nutricional e antropomeacutetrico de idosos participantes de um grupo de ginaacutestica no municiacutepio de Antocircnio Prado ndash RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 7 n 3 p 394-405 setdez 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview783gt Acesso em 20 de out de 2013
FAZZIO D M G Envelhecimento e qualidade de vida ndash uma abordagem nutricional e alimentar Revista de Divulgaccedilatildeo Cientiacutefica Sena Aires Brasiacutelia v 1 n1 p 76-88 janjun 2012 Disponiacutevel em lthttprevistafacesasenaairescombrindexphprevisaarticleview15gt Acesso em 18 set 2013 FERNANDES M V Consumo de caacutelcio por idosos atendidos no programa de atendimento multidisciplinar agrave sauacutede do idoso 2010 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade do Extremo Sul Catarinense Criciuacutema 2010Disponiacutevel emlthttp200181527bitstreamhandle1140Mariana20Vaterkemper20Fernandespdfsequence=1gt Acesso em 21 abr 2013 FISBERG R M MARCHIONI D M L COLUCCI A C A Avaliaccedilatildeo do consumo alimentar e da ingestatildeo de nutrientes na praacutetica cliacutenica Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 53 n 5 p 627-654 jun 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfabemv53n514pdfgt Acesso em 30 de set de 2013 FLORA A P L DICHI I Aspectos atuais na terapia nutricional da doenccedila inflamatoacuteria intestinal Revista Brasileira de Nutriccedilatildeo Cliacutenica Satildeo Paulo v 21 n 2 p131-7 2006 Disponiacutevel em lthttpxayimgcomkqgroups24540475920552574namedoenC383C2A7a+inflamatC383C2B3ria+intestinal+e+terapia+nutricional+2006pdfgt Acesso em 26 mar 2013 FRANCHI K M B MONTENEGRO JUNIOR R M Atividade fiacutesica uma necessidade para a boa sauacutede na terceira idade Revista Brasileira em Promoccedilatildeo da Sauacutede Fortaleza v 18 n 3 p152-156 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwredalycorgarticulooaid=40818308gt Acesso em 19 de out de 2013 FRANCO L M Educaccedilatildeo Nutricional na terceira idade Alteraccedilotildees Fisioloacutegicas e Alimentaccedilatildeo Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlt httpconferenciasredeunidaorgbrindexphpredeunidaru10paperview2456gt Acesso em 15 de out 2013 FRISANCHO A R New norms of upper limb fat and muscle areas for assessent of nutritional status The American Journal of Clinical Nutrition v 34 p 2540-2545 1981 GALESI L F et al Perfil alimentar e nutricional de idosos residentes em moradias individuais numa instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no leste do estado de Satildeo Paulo Revista de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo Araraquara v19 n3 p 283-290 julset 2008 Disponiacutevel em lthttp20014571150seerindexphpalimentosarticleview632530gt Acesso em 20 de out de 2013
77
GALLAGHER D et al Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex The American Journal Clinical Nutrition Printed in USA vol 72 n 3 p694ndash701 2000 GUEDES DP GONCcedilALVES LAVV Impacto da Praacutetica habitual de Atividade Fiacutesica no perfil Lipiacutedico de adultos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia Satildeo Paulo v 51 n1 p 72-78 2007 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfabemv51n108pdfgt Acesso em 21 de abr 2013 GUEDES DP LOPES CC GUEDES JERP Reprodutibilidade e validade do Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica em Adolescentes Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 11 n 2 p 151-158 Marccedilabr 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev11n2a11v11n2pdfgt acesso em 24 de mai 2013 INSTITUTO MINEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA Hiperdia 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwimepencomhiperdiagt Acesso em 20 abr 2013 KUMPEL D A et al Obesidade em idosos acompanhados pela estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 20 n3 p 471-477 JulSet 2011 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdftcev20n307pdfgt Acesso em 15 de mar 2013 LACERDA N C SANTOS S S C Avaliaccedilatildeo nutricional de idosos um estudo bibliograacutefico Rev RENE Fortaleza v 8 n 1 p 60-70 janabr2007 Disponiacutevel em lthttprepositoriofurgbr8080xmluibitstreamhandle11857AvaliaC3A7C3A3o20nutricional20de20idosos20um20estudo20bibliogrC3A1ficopdfsequence=1gt Acesso em 20 mar 2013 LACOURT M X MARINI L L Decreacutescimo da funccedilatildeo muscular decorrente do envelhecimento e a influecircncia na qualidade de vida do idoso uma revisatildeo de literatura Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 3 n 1 p114-121 janjul 2006 Disponiacutevel emlt httpwwwupfbrseerindexphprbceharticleview5144gt Acesso em 05 de out de 2013 LEBRAtildeO M L O envelhecimento no Brasil aspectos da transiccedilatildeo demograacutefica e epidemioloacutegica Revista Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 4 n 17 p 135-140 ago set 2007 Disponiacutevel emlt httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem2559pdfgt Acesso em 24 mar 2013 LEON M et al Percepccedilatildeo da inseguranccedila alimentar em famiacutelias com idosos em Capinas Satildeo Paulo Caderno de Puacuteblica Rio de Janeiro v21 n 1 p1433-1410 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv21n516pdf Acesso em 02 out 2013 MACHADO J S Perfil nutricional e funcional de idosos atendidos em um ambulatoacuterio de nutriccedilatildeo da policliacute-nica Joseacute Paranhos Fontenelle na cidade do Rio de Janeiro Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 10 p 57-73 2006 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47972702gt Acesso em 05 de out de 2013
78
MADEIRA M C et al Atividade fiacutesica no deslocamento em adultos e idosos do Brasil prevalecircncias e fatores associados Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v29 n 1 p 165-174 jan 2013 Disponiacutevel emlt httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cachel0y4OnZr76sJscholargooglecom+MADEIRA+atividade+fisica+2013amphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 05 out 2013
MAGALHAtildeES L M R Relaccedilatildeo entre Sauacutede Oral e Nutriccedilatildeo em Idosos 2011 49 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Dentaacuteria) Universidade Fernando Pessoa Porto Alegre 2011 Disponiacutevel emlt httpbdigitalufpptbitstream1028424023Tpdfgtacesso em 15 mar 2013 MALTA M B PAPINI S J CORRENTE J E Avaliaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo de idosos de municiacutepio paulista ndash aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v18 n 2 p 377-384 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfcscv18n209pdfgt acesso em 30 de set de 2013 MARTINS W P et al Resistecircncia agrave insulina em mulheres com siacutendrome dos ovaacuterios policiacutesticos modifica fatores de risco cardiovascular Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Rio de Janeiro v 31 n 3 mar 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrscielophppid=S010072032009000300002ampscript=sci_arttextamptlng=ESgt Acesso em 01 out 2013
MARUCCI D M et al Hipertensatildeo arterial referida e indicadores antropomeacutetricos de gordura em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 57 n 1 p 25-30 2011 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdframbv57n1v57n1a11pdfgt Acesso em 15 fev 2013 MASSON C R et al Prevalecircncia de sedentarismo nas mulheres adultas da cidade de Satildeo Leopoldo Rio Grande do Sul Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 21 n 6 p 1685-1694 nov dez 2005 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcspv21n605pdfgt Acesso em 20 de set 2013 MAZO G Z et al Aptidatildeo funcional geral e iacutendice de massa corporal de idosas praticantes de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Cineantropometria amp Desempenho Humano Florianoacutepolis v8 n4 p46-51 2006 Disponiacutevel emlthttpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cachehttpwwwportalsaudebrasilcomartigospsbidoso077pdfgt Acesso em 20 de set de 2013 MENDES M R S et al Situaccedilatildeo social do idoso no Brasil uma breve consideraccedilatildeo 2005 11 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Enfermagem na Sauacutede do Adulto) Escola de Enfermagem da Universidade de Satildeo Paulo - USP ndash Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfapev18n4a11v18n4pdfgt Acesso em 23 mar 2013 MENEZES T N MARUCCI M F N Valor energeacutetico total e contribuiccedilatildeo de percentual de calorias por macronutrientes da alimentaccedilatildeo de idosos domiciliados m Fortaleza Cearaacute Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 58 n1 p 33-40 nov dez 2012 MIZUNO J Perfil Bioquiacutemico da Glicose e Praacutetica de Atividade Fiacutesica nos Nipo-brasileiros de Segunda Geraccedilatildeo da Cidade de Bauru 2007 46 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Licenciatura Plena em Educaccedilatildeo Fiacutesica) - Departamento de
79
Educaccedilatildeo Fiacutesica da Faculdade de Ciecircncias da Universidade Estadual Paulista Bauru 2007 MONTENEGRO S M R S Efeitos de um programa de fisioterapia como promotor de sauacutede na capacidade funcional de mulheres idosas institucionalizadas 80 f 2006 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Educaccedilatildeo e Sauacutede) Centro de Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Fortaleza Cearaacute 2005 Disponiacutevel em httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheoICqZeWR7EJscholargooglecom+montenegro+silva++alimentaC3A7C3A3o+de+idososamphl=ptBRampas_sdt=05gt Acesso em 10 set 2013 MONTILLA R N G ALDRIGHI J M AVALIACcedilAtildeO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES NO CLIMATEacuteRIO Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache0pygmM5iqLIJscholargooglecom+relaC3A7C3A3o+de+estado+nutricional+e+consumo+alimentar+de+idososamphl=pt-PTampas_sdt=05gt Acesso em 08 de out de 2013 MOTA J et al Atividade fiacutesica e qualidade de vida associada aacute sauacutede em idosos participantes e natildeo participantes em programas regulares de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Satildeo Paulo v20 n3 p219-25 julset 2006 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheCBoCKJNge0oJscholargooglecom+idosos+atividade+fC3ADsicaamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 07 de out de 2013 MULLER N VIETZ V R Educaccedilatildeo em sauacutede e educaccedilatildeo nutricional aos idosos do centro de convivecircncia do idoso Andreacutes Chamorro (cci) no municiacutepio de dourados MS 2009 7 f Trabalhatildeo de Conclusatildeo de Curso ( Bacharel em Enfermagem) - Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul 2009 Mato Grosso do Sul Disponiacutevel em lt httpperiodicosuemsbrindexphpsemexarticleview2305980gt Acesso em 10 mar 2013 NASCIMENTO C M et al Estado nutricional e fatores associados em idosos do Municiacutepio de Viccedilosa Minas Gerais Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 27 n12 p 2409-2418 dez 2011 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610721ampindexSearch=IDgt Acesso em 25 mai 2013 NESELLO L A N TONELLI F O BELTRAME T B Constipaccedilatildeo intestinal em idosos frequentadores de um Centro de Convivecircncia no municiacutepio de Itajaiacute-SC Revista Ceres Rio de Janeiro v 6 n 3 p 151-162 2011 Disponiacutevel em httpwwwe-publicacoesuerjbrindexphpceresarticleviewFile21252113 Acesso em 20 abr 2013 PAIVA NETO A OLIVEIRA A SANTOS R O Comparaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal em idosos esportistas com idosos irregularmente ativos Revista Movimento amp Percepccedilatildeo Espiacuterito Santo do Pinhal v 8 n 11 p41-54 juldez 2007 Disponiacutevel emhttpswwwgooglecombrurlsa=tamprct=jampq=ComparaC3A7C3A3o+da+composiC3A7C3A3o+corporal+em+idosos+esportistas+com+idosos+irregular
80
mente+ativosampesrc=sampsource=webampcd=1ampved=0CC0QFjAAampurl=http3A2F2Fwwwresearchgatenet2Fpublication2F26488733_Comparao_da_composio_corporal_em_idosos_esportistas_com_idosos_irregularmente_ativosampei=kRttUsWfJMuDkQeRx4HgBQampusg=AFQjCNHiqsY74lFQzTDoK8SjKlR0YQnChA Acesso em 10 de out de 2013 NOBREGA A C L Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Atividade Fiacutesica e Sauacutede no Idoso Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 5 n 6 NovDez 1999 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev5n6v5n6a02pdfgt Acesso em 03 mar 2013 PAIXAtildeO M P P C BRESSAN J Caacutelcio e sauacutede osseacutea tratamento e prevenccedilatildeo Revista Sauacutede e Pesquisa v 3 n 2 p 237-246 maioago 2010 Disponiacutevel emlthttpwwwcesumarbrpesquisaperiodicosindexphpsaudpesqarticleview11911079gt Acesso em 12 de out de 2013 PADOVANI R M et al Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 19 n 2 p 741-760 novdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv19n609pdfgt Acesso em 15 set 2013 PEREIRA B C Radicais Livres uma nova abordagem PERISSINOTTO E et alAnthropometric measurements in the elderly Age and gender differences Br J Nutr v 87 n1 p177-186 2012 Disponiacutevel lthttpjournalscambridgeorgdownloadphpfile=2FBJN2FBJN87_022FS0007114502000430apdfampcode=7c9a31135d39e8d85eecd461067b11c3gt Acesso em 15 out 2013 PESSOA L M O P Adequaccedilatildeo nutricional da alimentaccedilatildeo servida aos idosos do instituto Satildeo Vicente de Paulo Vinculado ao laboratoacuterio itinerante PROEAC UEPB 2012 39 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharelado em Enfermagem) ndash Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universidade Estadual da Paraiacuteba Campina Grande 2012 Disponiacutevel em lthttpdspacebcuepbedubr8080jspuibitstream1234567897791PDF20-20Larrycya20Mahayana20Oliveira20Pessoapdfgt acesso em 05 mar 2013 PREVIDELLI A N et al Iacutendice de Qualidade da Dieta Revisado para populaccedilatildeo brasileira Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 45 n4 p 794-798 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrspv45n42523pdfgt acesso em 15 jun 2013 RAUEN M S Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de idosos institucionalizados Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v21 n3 p 303-310 MaiJun 2008 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrnv21n3a05v21n3pdf Acesso em 05 de out de 2013 REIS A E S SOUZA J A Atividade fiacutesica para idosos 36 f 2012 Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica Universidade do Vale do Rio Verde de Trecircs Coraccedilotildees Minas Gerais 2012 Disponiacutevel em httprevistasunincorbrindexphpiniciacaocientificaarticleviewFile424343 Acesso em 13 de set de 2013 RINALDI D B COELHO I Nutriccedilatildeo sauacutede e envelhecimento um estudo sobre o estado nutricional de mulheres que participam do projeto de extensatildeo ldquoUniversidade
81
da Idade Ativardquo Revista Unoesc amp Ciecircncia ndash ACBS Joaccedilaba v 2 n 1 p 67-74 2011 Disponiacutevel lthttpeditoraunoescedubrindexphpacbsarticleview665gt Acesso em 11 abr 2013 ROSA L B et al Odontogeriatria ndash a sauacutede bucal na terceira idade Revista da Faculdade de Odontologia ndash UPF Satildeo Paulo v 13 n8 p 82-86 maiago 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprfoarticleview599392gt Acesso em 08 Mar 2013 RUELA L C R SOUSA JUNIOR F A C Avaliaccedilatildeo nutricional e estilo de vida de adolescentes de uma escola puacuteblica da regiatildeo sul fluminense ndash RJ Revista Nutrir Gerais Ipatinga v 4 n 6 p 554-565 fevjul 2010 Disponiacutevel emlt httpwwwunilestemgbrnutrirgeraisdownloadsartigosvolume4edicao_06avaliacao_nutricional_estilo_vidapdfgt acesso em 20 de set de 2013 SALGADO C D S Mulher idosa a feminizaccedilatildeo da velhice Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 4 p 7-19 2002 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47162642gt Acesso em 01 de out de 2013 SAMPAIO L R Avaliaccedilatildeo nutricional e envelhecimento Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 17 n4 p 507-514 outdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv17n422898pdfgt Acesso em 15 de out de 2013 SANTOS D M SCHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 2 p 163-168 out 2004 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfrspv39n224037pdfgt Acesso em 25 de set de 2013 SANTOS LA S O fazer educaccedilatildeo alimentar e nutricional algumas contribuiccedilotildees para reflexatildeo Revista Ciecircncia e Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 17 n 2 p33-41 Fev 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_pdfamppid=S1413-81232012000200018amplng=enampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de ago 2013 SASS A et al Depressatildeo em idosos inscritos no Programa de Controle de hipertensatildeo arterial e diabetes mellitus Revista Acta Paul Enfermagem Satildeo Paulo v25 n1 p80-85 jul 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfapev25n1v25n1a14pdfgt Acesso em 25 fev 2013 SILVA A K Q et al Perfil nutricional de idosos assistidos em instituiccedilatildeo de longa permanecircncia na cidade de Natal RN Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro v 4 n 1 p 27-35 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwsbggorgbrprofissionaisarquivorevistavolume4-numero1artigo05pdfgt Acesso em 02 de out de 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA VI Diretriz Brasileira de Hipertensatildeo Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo V17 n1 p 7-9 2010 Disponiacutevel em httpwwwanadorgbrprofissionaisimagesVI_Diretrizes_Bras_Hipertens_RDHA_6485pdf Acesso em 10 de abr 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenccedilatildeo da aterosclerose Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 9-23 2007 Disponiacutevel em
82
http9epublicacoescardiolbrconsenso2007diretriz-DApdf Acesso em 15 abr 2013 SOMMACAL H M et al Percentual de perda de peso e dobra cutacircnea tricipital paracircmetros confiaacuteveis para o diagnoacutestico de desnutriccedilatildeo em pacientes com neoplasia periampolar - avaliaccedilatildeo nutricional preacute-operatoacuteria Rev HCPA amp Fac Med Univ Fed Rio Gd do Sul Rio Grande do Sul v n 3 p 290-295 2011 Disponiacutevel emlthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610030ampindexSearch=IDgt Acesso em 28 ago 2013 SOUSA V M C GUARIENTO M E Avaliaccedilatildeo do idoso desnutrido Revista Brasileira de Cliacutenica Meacutedica Satildeo Paulo v7 n1 p 46-49 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwobservatorionacionaldoidosofiocruzbrbiblioteca_artigos83pdfgt acesso em 15 de out de 2013 SPEROTO F M SPINELLI R B Avaliaccedilatildeo nutricional em idosos independentes de uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no municiacutepio de Erechim-RS Revista Cientiacutefica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missotildees Rio Grande do Sul v 34 n 125 p 105-116 marccedilo2010 Disponiacutevel emlt httpwwwuriceredubrnewsitepdfsperspectiva125_78pdfgt Acesso em 01 de out de 2013 SERRA (ES) Secretaria de Sauacutede Guia de Sauacutede 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwserraesgovbrsesaguia_da_saudegt Acesso em 15 abr 2013 SILVEIRA E A KAC G BARBOSA L S Prevalecircncia e fatores associados agrave obesidade em idosos residentes em Pelotas Rio Grande do Sul Brasil classificaccedilatildeo da obesidade segundo dois pontos de corte do iacutendice de massa corporal Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 25 n7 p1569-1577 Jul 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfcspv25n715pdfgt Acesso em 15 abr 2013 SIQUEIRA R L BOTELHO M I V COELHO F M G A velhice algumas consideraccedilotildees teoacutericas e conceituais Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v 7 n4 p899-906 2002 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdf0Dcscv7n414613pdfgt Acesso em 20 fev 2013 SCHRAMM J M A et al Transiccedilatildeo epidemioloacutegica e o estudo de carga de doenccedila no Brasil Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v9 n4 p897-908 2004 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcscv9n4a11v9n4pdfgt Acesso em 28 fev 2013 Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos - TACO 4 ed 2011 Disponiacutevel em lthttp wwwunicampbrnepatacotabelaphpgt Acesso em 09 de out 2012 TARTARI R T BUSNELLO F M NUNES C H A Perfil Nutricional de Pacientes em Tratamento Quimioteraacutepico em um Ambulatoacuterio Especializado em Quimioterapia Revista Brasileira de Cancerologia Satildeo Paulo v56 n 1 p 43-50 jun2010 Disponiacutevel emlthttphospitalhelioangotticomenviados201053222221pdfgt Acesso em 11 de out de 2013 TOSCANO J J O OLIVEIRA A C C Qualidade de Vida em idosos com distintos niacuteveis de atividade Fiacutesica Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo
83
v 15 n3 MaiJun2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev15n3a01v15n3pdfgt acesso em 01 mar 2013 TRAMONTINO V S Nutriccedilatildeo para idosos Revista de Odontologia da Universidade Satildeo Paulo v 21 n 3 p 258-267 setdez 2009 Disponiacutevel lthttpfilesbvsbruploadS1983-51832009v21n3a009pdfgt Acesso em 15 mar 2013 VERAS R Envelhecimento populacional e as informaccedilotildees de sauacutede do PNAD demandas e desafios contemporacircneos Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 23 n10 p 2463-2466 out 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv23n1020pdfgt Acesso em 25 fev 2013 ZAITUNE M P Fatores associados aacute praacutetica de atividade fiacutesica global e de lazer em idosos inqueacuterito de sauacutede no estado de Satildeo Paulo Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 26 n 8 p 1606-1628 set 2010 Disponiacutevel em httpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=557075ampindexSearch=IDgt Acesso em 15 set 2013 WENDPAP L L Iacutendice da qualidade da dieta de adolescentes e fatores associados Dissertaccedilatildeo (Mestre em Biociecircncias) Poacutes Graduaccedilatildeo em Biociecircncias Faculdade de Nutriccedilatildeo da Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabaacute 2012 Disponiacutevel em httpwwwsaudemtgovbruploaddocumento104indice-de-qualidade-da-dieta-de-adolescentes-e-fatores-associados-autora-loiva-lide-wendpap-5B104-140312-SES-MT5Dpdf Acesso em 25 ago 2013 WASHBURN RA SMITH KW JETTE A M JANNEY CA The Physical Activity Scale for the Elderly (PASE) Development and evaluation Journal of Clinical Epidemiology 1993
84
85
APEcircNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) participante
Na condiccedilatildeo de estudante do curso de Nutriccedilatildeo da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo
estou realizando uma pesquisa com o objetivo de analisar o estado nutricional relacionado aacute praacutetica
de atividade fiacutesica e a qualidade da dieta de idosos
Necessito de sua contribuiccedilatildeo para responder questotildees relacionadas ao niacutevel de atividade fiacutesica
exercida informar sobre seus haacutebitos alimentares atuais e tambeacutem da permissatildeo para mensuraccedilatildeo
do seu peso estatura valores de pregas cutacircneas circunferecircncia da cintura da panturrilha e do
braccedilo Sua participaccedilatildeo nesse estudo eacute voluntaacuteria e se vocecirc decidir natildeo participar ou quiser desistir
de continuar em qualquer momento tem absoluta liberdade de fazecirc-lo
Na publicaccedilatildeo dos resultados desta pesquisa sua identidade seraacute mantida no mais rigoroso sigilo
Seratildeo omitidas todas as informaccedilotildees que permitam identificaacute-lo (a)
Os benefiacutecios desse estudo estatildeo relacionados ao conhecimento do seu estado nutricional e
orientaccedilotildees relativas para a melhora do mesmo Os riscos que podem acontecer satildeo referentes agraves
medidas das pregas cutacircneas que podem provocar hematomas e vermelhidatildeo Mas para minimizar e
evitar esse transtorno as medidas seratildeo feitas por pesquisadores treinados e aptos para essa coleta
Quaisquer duacutevidas relativas agrave pesquisa poderatildeo ser esclarecidas por mim ndash Patriacutecia Helena Teixeira
ou pela professora responsaacutevel Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo atraveacutes do telefone 3331-
8500
Atenciosamente
_________________________ Nome do aluno(a)
____________________________ Local e data
_________________________ Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo
(professora responsaacutevel)
____________________________ Local e data
Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma coacutepia deste termo de
consentimento
_____________________________ Nome e assinatura do participante
______________________________ Local e data
86
APEcircNDICE B
PRONTUAacuteRIO
IDENTIFICACcedilAtildeO Nome _______________________________Sexo ( )F ( )M Idade______ AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA Paracircmetros Peso Altura de Gordura CB PCT CC CP
87
APEcircNDICE C
REGISTRO ALIMENTAR DATA__________
Refeiccedilatildeo Horaacuterio Local
Alimento Preparaccedilatildeo Quantidade
Desjejum
Colaccedilatildeo
Almoccedilo
Lanche
Jantar
Ceia
88
ANEXO A
QUESTIONAacuteRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FIacuteSICA VERSAtildeO CURTA
Fonte Mizuno 2007
89
ANEXO B
CIRCUNFERENCIA DO BRACcedilO DE ACORDO COM GEcircNERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
90
ANEXO C
PERCENTIS DA PREGA CUTAcircNEA TRICIPITAL SEGUNDO GENERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
91
ANEXO D
IacuteNDICE DE QUALIDADE DA DIETA REVISADO
Fonte Wendpap 2012
92
ANEXO E
DESCRICcedilAtildeO DAS PONTUACcedilOtildeES DO IQD-R
Fonte Wendpap 2012
LISTA DE SIGLAS
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
PCT ndash Prega Cutacircnea Tricipital
GC ndash Percentual de Gordura Corporal
CP ndash Circunferecircncia da Panturrilha
CC ndash Circunferecircncia da Cintura
CB ndash Circunferecircncia do Braccedilo
IQD-R ndash iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado
DCNT ndash Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
IPAQ ndash Questionaacuterio Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica
CEP ndash Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
SISVAN ndash Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional
PROEF ndash Programa de Orientaccedilatildeo ao Exerciacutecio Fiacutesico
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos) 35
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos 47
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos 47
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres
48
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
49
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra
53
Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica
53
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
58
Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
58
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
59
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
59
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
61
Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
61
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 19 2 REFERENCIAL TEORICO 21 21TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DCNT NO ENVELHECIMENTO 21 22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE 25 23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO 28 24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO 30 25 QUALIDADE DA DIETA 36 251 iacutendice de Qualidade da Dieta 36 252 Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel no Envelhecimento 37 253 Seguranccedila Alimentar 39 26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO 39 261 Iacutendice de Massa Corporal 40 262 Circunferecircncia do Braccedilo 41 263 Circunferecircncia da Cintura 41 264 Prega Cutacircnea Tricipital 41 265 Cinrcunferecircncia da Panturrilha 42 27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO 42 3 METODOLOGIA 45 31 DESENHO DE ESTUDO 45 32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO 45 33 ASPECTOS EacuteTICOS 46 34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA 46 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR 49 36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA 50 37 ANAacuteLISE DOS DADOS 52
53 4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS 53 42 DISCUSSAtildeO 62 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71
REFEREcircNCIAS 73 APEcircNDICE A 85
APEcircNDICE B 86
APEcircNDICE C 87
ANEXO A 88
ANEXO B 89
ANEXO C 90
ANEXO D 91
ANEXO E 92
19
1 INTRODUCcedilAtildeO
O Brasil vem apresentando claramente o envelhecimento da populaccedilatildeo nas uacuteltimas
deacutecadas que pode ser explicado pela chamada transiccedilatildeo demograacutefica um
fenocircmeno caracterizado por reduccedilotildees progressivas nas taxas de mortalidade e
fecundidade Outro fenocircmeno que tambeacutem acompanha o envelhecimento da
populaccedilatildeo brasileira eacute a transiccedilatildeo epidemioloacutegica no qual apresenta uma elevaccedilatildeo
na incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ao mesmo tempo em que
ocorre uma reduccedilatildeo progressiva de doenccedilas infecto contagiosas (LEBRAtildeO 2007)
Paralelo agrave transiccedilatildeo epidemioloacutegica diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas naturais do
envelhecimento como elevaccedilatildeo do tecido adiposo diminuiccedilatildeo na sensibilidade da
insulina reduccedilatildeo da secreccedilatildeo do aacutecido cloriacutedrico aleacutem de alteraccedilotildees na percepccedilatildeo
do paladar tambeacutem contribuem diretamente para a ocorrecircncia de doenccedilas crocircnicas
natildeo transmissiacuteveis como o diabetes quadros de constipaccedilatildeo intestinal e sobrepeso
em idosos (BUENO et al 2008)
A sauacutede e a qualidade de vida e consequentemente a nutriccedilatildeo dos idosos tambeacutem
se encontram comprometidas com a alta incidecircncia de depressatildeo decorrentes na
maioria das vezes pela solidatildeo morte do conjugue dependecircncia de outras pessoas
para realizaccedilatildeo de simples tarefas cotidianas como a de se alimentar (LACERDA
SANTOS 2007)
Uma nova ferramenta que vem sendo utilizada para a avaliaccedilatildeo do consumo
alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) no qual se baseia na
comparaccedilatildeo das porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do
Guia alimentar para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo
da sauacutede atraveacutes da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de
nutrientes e obesidade (WENDPAP 2012)
Considerando todos estes aspectos relacionados agrave sauacutede e qualidade de vida dos
idosos eacute de suma importacircncia estudos relacionados agrave identificaccedilatildeo do estado
nutricional e do consumo alimentar desta populaccedilatildeo que mais cresce no mundo de
modo que se criem condiccedilotildees de formulaccedilatildeo de novas propostas de intervenccedilatildeo e
acompanhamento nutricional que auxiliem no tratamento e na prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis contribuindo assim tambeacutem para o aumento
da qualidade de vida (BUENO et al 2008)
20
Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e consumo
alimentar a partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo
atividade fiacutesica realizando comparaccedilotildees entre estes
21
2 REFERENCIAL TEORICO 21 TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DOENCcedilAS CROcircNICAS NAtildeO
TRANSMISSIacuteVEIS NO ENVELHECIMENTO
O mundo estaacute vivenciando um momento especial chamado momento demograacutefico
considerado um dos melhores devido agrave transiccedilatildeo demograacutefica que eacute caracterizada
pela diminuiccedilatildeo na taxa de mortalidade e tambeacutem reduccedilatildeo na taxa de natalidade o
que leva a uma inversatildeo na piracircmide populacional (ALVES 2008)
O processo de envelhecimento demograacutefico eacute facilmente identificado em todo o
mundo sendo esse processo mais significativo e acelerado nos paiacuteses em
desenvolvimento Segundo registros do IBGE no Brasil houve um aumento na
populaccedilatildeo de idosos de mais de trecircs por cento entre os anos de 1970 e 1990
(SIQUEIRA BOTELHO COELHO 2002)
Muler e Vietz (2009) relatam que segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede satildeo
considerados idosos indiviacuteduos com idade igual ou superior a 60 anos e Marucci e
outros (2011) afirmaram que atraveacutes do censo do ano de 2010 os indiviacuteduos nesta
faixa etaacuteria representam cerca de 11 da populaccedilatildeo brasileira que gira em torno de
21 milhotildees de idosos
O aumento da populaccedilatildeo idosa tem sido relativo agrave expansatildeo da expectativa de vida
da populaccedilatildeo brasileira que apresentou um aumento de 337 anos na deacutecada 50
para 5099 anos no ano de 1990 e passou para 6625 anos em 1995 e a expectativa
eacute que chegue a 7708 entre os anos de 2020 e 2025 (SIQUEIRA BOTELHO
COELHO 2002)
A taxa de natalidade tambeacutem eacute um processo que colabora para a transiccedilatildeo
demograacutefica e a sua reduccedilatildeo vem mostrando natildeo ter ligaccedilatildeo direta com as
condiccedilotildees econocircmicas das famiacutelias que optaram por natildeo ter ou ter um nuacutemero
reduzido de filhos pelo contraacuterio essa queda de fecundidade vem acontecendo por
livre escolha dos casais (ALVES 2008)
Anualmente cerca de milhares de novos idosos satildeo inseridos na populaccedilatildeo
brasileira e com isso haacute uma alteraccedilatildeo no quadro da mortalidade que antes era de
uma populaccedilatildeo mais jovem para uma sobrecarga de doenccedilas caracteriacutesticas da
22
terceira idade como doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e muacuteltiplas que levam a
quadros de internaccedilatildeo por longos anos que exigem ainda cuidados constantes
Esse quadro leva a um aumento nas despesas de tratamento meacutedico e de
internaccedilotildees hospitalares o que gera grandes desafios para o governo que se ver
obrigado a criar planos estrateacutegicos para a prestaccedilatildeo de cuidados e para a
prevenccedilatildeo das doenccedilas comumente a terceira idade (VERAS 2007)
A alta carga de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis caracteriza tambeacutem a chamada
transiccedilatildeo epidemioloacutegica esse processo envolve principalmente a reduccedilatildeo de
doenccedilas transmissiacuteveis e do mesmo modo ocorre o aumento de doenccedilas natildeo
transmissiacuteveis a transiccedilatildeo de casos de morbimortalidades da populaccedilatildeo mais
jovens para a populaccedilatildeo mais idosa alteraccedilatildeo de um quadro de mortalidade da
populaccedilatildeo para um quadro de morbidades (SCHRAMM et al 2004)
Pode-se observar uma relaccedilatildeo niacutetida entre transiccedilatildeo demograacutefica e transiccedilatildeo
epidemioloacutegica com a reduccedilatildeo das doenccedilas infecciosas que em tempos atraacutes era a
principal causa de mortalidade a taxa de mortalidade de populaccedilatildeo mais jovem
reduziu e em contrapartida esses ldquojovensrdquo passam a conviver com os fatores de
riscos para doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que se tornam mais comum com a
vivecircncia dos anos de vida adicionais decorrente da transiccedilatildeo demograacutefica
(CHAIMOWICZ 1997)
A alteraccedilatildeo na carga de doenccedilas que mais atinge a populaccedilatildeo para a prevalecircncia
de doenccedilas crocircnicas natildeo degenerativas e suas complicaccedilotildees leva aacute evidentes
alteraccedilatildeo na utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede puacuteblica em que envolve principalmente
aumento de custos para promover o tratamento meacutedico adequado destas
enfermidades com isso se faz necessaacuterio agrave implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que
possam suprir esse quadro (SCHRAMM 2004)
As principais doenccedilas crocircnicas que acometem os idosos satildeo o diabetes mellitus
hipertensatildeo arterial dislipidemias e obesidade O diabetes Mellitus trata-se de uma
patologia de etiologias muacuteltiplas podendo ser representado atraveacutes da ausecircncia ou
reduccedilatildeo na siacutentese de insulina e na falha dos efeitos da atividade da insulina Eacute
caracterizado por alteraccedilotildees no metabolismo dos carboidratos o que leva a uma
hiperglicemia Este estado de hiperglicemia por um longo periacuteodo pode acarretar em
danos disfunccedilotildees ou ateacute mesmo falecircncias em diversos oacutergatildeos (BRASIL 2011a)
23
O tratamento do diabetes mellitus se baseia em uma educaccedilatildeo permanente a
respeito das modificaccedilotildees de haacutebitos como a incorporaccedilatildeo da praacutetica de atividade
fiacutesica suspensatildeo de fumo e de bebidas alcooacutelicas incorporaccedilatildeo de haacutebitos
alimentares mais saudaacuteveis e em alguns casos a utilizaccedilatildeo de medicamentos e de
insulina exoacutegena (BRASIL 2011a)
A hipertensatildeo arterial eacute uma patologia que tambeacutem apresenta etiologia multifatorial e
eacute caracterizada pelo aumento nos niacuteveis pressoacutericos associados a diversas
alteraccedilotildees metaboacutelicas como hipertrofia cardiacuteaca considerando valores pressoacutericos
anormais igual ou maiores que 14090 mmHg (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA 2010)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial baseia-se no alcance do
peso ideal que eacute representando por valores inferiores de IMC a 249kg msup2 e perda
de medida da circunferecircncia da cintura alcanccedilado medidas inferiores a 102 cm para
homens e 88cm para as mulheres uma vez que vaacuterios estudos demostraram uma
ligaccedilatildeo direta entre peso corporal e pressatildeo arterial apresentando uma elevaccedilatildeo
linear aleacutem do encorajamento da reduccedilatildeo da ingestatildeo de sal A relaccedilatildeo entre
pressatildeo arterial e ingestatildeo de soacutedio eacute niacutetida devido a chamada sensibilidade ao sal
sendo assim a ingestatildeo de sal de cozinha deve ser limitada a 5 gramas diariamente
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2010 )
A Dislipidemia eacute caracterizada atraveacutes de alteraccedilotildees nas taxas de lipiacutedios no
sangue podendo ser classificada em Hipercolesterolemia Isolada no qual ocorre
somende a elevaccedilatildeo do LDL em valores igual ou acima de 160mgdl
hipertrigliceridemia Isolada representada pelo aumento somente nos valores
trigliceriacutedeos no sangue em valor igual ou acima de 150mgdl hiperlidemia mista no
qual ocorre elevaccedilatildeo nos valores de LDL e trigliceriacutedeos e HDL baixo representando
pela reduccedilatildeo do HDL seacuterico nos valores menores que 40mgdl para homens e
50mgdl para mulheres (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da dislipidemia eacute voltado para a terapia nutricional
atraveacutes de planejamento alimentar adequado que vise a reduccedilatildeo na ingestatildeo de
gorduras principalmente de colesterol e de gorduras saturadas e consequentemente
na reduccedilatildeo de lipiacutedicos seacutericos A reduccedilatildeo da ingestatildeo de colesterol ocorre atraveacutes
da diminuiccedilatildeo no consumo de produtos de origem animal incluindo viacutesceras
embutidos e leites e derivados integrais entre outros alimentos A diminuiccedilatildeo do
24
consumo de gordura saturada se daacute atraveacutes da reduccedilatildeo no consumo de alimentos
principalmente de origem animal tais como carnes com gorduras e leites integrais
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico de dislipidemias tambeacutem engloba a praacutetica de
atividade fiacutesica regularmente no qual leva a reduccedilatildeo de trigliceriacutedeo plasmaacutetico e
elevaccedilatildeo de HDL-C seacuterico e o abandono do fumo O tratamento medicamentoso eacute
empregado quando as mudanccedilas no estilo de vida natildeo alcanccedilam um resultado
satisfatoacuterio ou quando se precisa de resultados raacutepidos para a reversatildeo do quadro
de dislipidemia com isso haacute a administraccedilatildeo de medicamentos hipolipemiantes que
atuam impedindo a siacutentese intracelular de colesterol aumentando os receptores de
LDL no fiacutegado que leva haacute uma maior captaccedilatildeo de colesterol circulante
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
A ocorrecircncia de excesso de peso em idosos geralmente eacute diagnosticada atraveacutes do
Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizando o ponto de corte de igual maior que 27
kgmsup2 (SILVEIRA KAC BARBOSA 2009) O excesso de massa gorda no corpo
humano tem trazido diversas complicaccedilotildees metaboacutelicas tornando um problema de
sauacutede puacuteblica que atinge diversos paiacuteses em todo o mundo natildeo distinguindo paiacuteses
desenvolvidos ou em desenvolvimento A obesidade eacute um integrante do grupo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que cada vez se torna mais prevalente na
sociedade aleacutem disso a proacutepria condiccedilatildeo de obesidade eacute um grande fator de risco
para o desenvolvimento de outras doenccedilas crocircnicas como diabetes mellitus e
hipertensatildeo arterial (KUMPEL et al 2011)
O tratamento da obesidade deve ter como objetivo principal a reduccedilatildeo de peso seja
esta meta alcanccedilada atraveacutes de tratamento dieteacutetico atraveacutes da incorporaccedilatildeo de
uma alimentaccedilatildeo adequada dentro recomendaccedilatildeo energeacutetica para cada paciente ou
farmacoloacutegico no qual se emprega o uso de medicamentos que agem diminuindo a
fome aumentando a saciedade ou ainda alterando os mecanismos de digestatildeo e
absorccedilatildeo de nutrientes ou o tratamento para a obesidade pode ser ainda ciruacutergico
no qual a reduccedilatildeo de peso eacute decorrente de alguma intervenccedilatildeo ciruacutergica (BORGES
NONINO SANTOS 2006)
A atual situaccedilatildeo demograacutefica do nosso Paiacutes requer uma mudanccedila de caraacuteter
emergencial na atenccedilatildeo agrave sauacutede dos idosos brasileiros Essa alteraccedilatildeo deve
envolver propostas modernas que possa fazer com que o sistema de sauacutede do paiacutes
25
ganhe e tambeacutem com que os idosos possam utilizar-se dos serviccedilos puacuteblicos de
modo a promover o aumento da qualidade nestes anos extras de vida pois mesmo
que o Brasil esteja apresentando um perfil demograacutefico semelhante ao perfil de
paiacuteses desenvolvidos o paiacutes em geral natildeo dispotildee de serviccedilos que possa suprir esse
novo perfil da populaccedilatildeo brasileira (VERAS 2007)
Entretanto jaacute pode ser verificado algumas accedilotildees voltadas a essa nova populaccedilatildeo
idosa como a criaccedilatildeo por parte do Governo de centros de convivecircncia de idosos
que incluem as mais diversas atividades como o objetivo de minimizar a solidatildeo e
aumentar a qualidade de vida (TOSCANO OLIVEIRA 2009)
22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE
De um modo geral a velocidade do crescimento da populaccedilatildeo idosa natildeo
acompanha a velocidade de implantaccedilatildeo e desenvolvimento de accedilotildees
governamentais voltadas para este puacuteblico sendo assim nos uacuteltimos anos pode-se
observar o crescente aumento de estudos que objetivam criar suportes para o
desenvolvimento de programas e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para o bem estar dessa
populaccedilatildeo (MENDES et al 2005)
Segundo Gonccedilalves e outros (2007) a criaccedilatildeo e execuccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas para
a populaccedilatildeo idosa implica em contradiccedilotildees uma vez que ainda haacute uma grande falha
na implantaccedilatildeo de poliacuteticas primaacuterias que possam favorecer por exemplo a
educaccedilatildeo e o emprego e o governo jaacute vem dando ecircnfase a poliacuteticas puacuteblicas para a
populaccedilatildeo no fim da vida
Mesmo assim o envelhecimento populacional estaacute em evidencia em diversas
organizaccedilotildees internacionais que lutam por investimentos financeiros que possa
garantir o envelhecimento da populaccedilatildeo de modo igualitaacuterio e com qualidade uma
vez que haacute uma grande diferenccedila no modo de se tratar idosos em paiacuteses em
desenvolvimento e paiacuteses desenvolvidos (GONCcedilALVES 2007)
No Brasil a preocupaccedilatildeo e atenccedilatildeo com qualidade de vida dos idosos teve grande
avanccedilo atraveacutes da implantaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (1993) no qual
defende a integraccedilatildeo definitiva do idoso na sociedade em 1994 ocorreu a
26
implantaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional do Idoso que tem como principal objetivo assegurar
os direitos sociais dessa populaccedilatildeo (BENEDETTI 2007)
No ano de 2003 o governo brasileiro sancionou o Estatuto do Idoso que visa
garantir os direitos reservados aos idosos com idade igual ou superior a sessenta
anos entre eles o Art 3 que assegura que
Eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia da comunidade da sociedade e do Poder Puacuteblico assegurar ao idoso com absoluta prioridade a efetivaccedilatildeo do direito agrave vida agrave sauacutede agrave alimentaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo agrave cultura ao esporte ao lazer ao trabalho agrave cidadania agrave libertada agrave dignidade ao respeito e agrave convivecircncia familiar e comunitaacuteria (BRASIL 2010a p11-169)
Quanto aacute sauacutede o estatuto garante que o Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS deve
assegurar agrave atenccedilatildeo integral a sauacutede do idoso utilizando-se de serviccedilos de para
prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede dando ecircnfase as doenccedilas
que mais atingem a populaccedilatildeo idosa (Brasil 1994)
Diante dessas diversas poliacuteticas implantadas pode-se observar claramente que nem
todos os direitos nestas estabelecidas satildeo realmente alcanccedilados na realidade
brasileira sendo assim a criaccedilatildeo oue implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas e
realizaccedilatildeo de accedilotildees para um envelhecimento saudaacutevel ainda estaacute em pleno
acontecimento Essas conquistas geralmente estatildeo ocorrendo atraveacutes da criaccedilatildeo de
programas para idosos como centros de vivecircncias campanhas de vacinaccedilatildeo
atividades de lazer programas de exerciacutecios fiacutesicos entre outros (BENEDETTI
2007)
Eacute possiacutevel observar uma crescente elevaccedilatildeo em todo o mundo na implantaccedilatildeo de
programas ao incentivo a praacutetica de atividade fiacutesica destinada a toda a populaccedilatildeo
incluindo os idosos No Brasil esse crescimento eacute niacutetido apoacutes a implantaccedilatildeo dos
Programas de Sauacutede da Famiacutelia que possibilitou a criaccedilatildeo de programas de
orientaccedilatildeo ao exerciacutecio fiacutesico em conjunto com as Prefeituras (BENEDETTI 2007)
O municiacutepio de Serra no estado do Espiacuterito Santo Brasil conta com diversos
programas municipais relacionados a promoccedilatildeo de sauacutede e qualidade de vida do
idosos entre os essenciais satildeo destacados o programa de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico (PROEF) no qual trata-se de um programa indicado inicialmente para os
idosos mas que alcanccedilou uma grande plenitude tendo como objetivo atual atingir o
27
puacuteblico jovem e adulto uma vez que o programa tem representando uma grande
participaccedilatildeo na prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas crocircnicas principalmente o
Diabetes Mellitus hipertensatildeo e Obesidade (SERRA 2012)
Outra ferramenta de controle do diabetes e hipertensatildeo no municiacutepio da Serra eacute o
monitoramento que acontece com esses indiviacuteduos nas Unidades de Sauacutede por
meio de atendimento multidisciplinar e oferecimento de materiais e medicamentos
para o controle destas doenccedilas como o fornecimento de insulina para pacientes que
necessitam do uso exoacutegeno de insulina (SERRA 2012)
Para melhorar a nutriccedilatildeo dos idosos o muniacutecipio da Serra disponibiliza para
indiviacuteduos com mais de 55 anos um quilo de leite em poacute desnatado por mecircs
enriquecido com caacutelcio atraveacutes do Programa de Suplemento Alimentar para o Idoso
(PSAI) que atende indiviacuteduo com mais de 55 anos e com renda de ateacute 40 do
salaacuterio miacutenimo per capta Os objetivos primordiais do programa satildeo alcanccedilar a
reduccedilatildeo de gastos com internaccedilotildees hospitalares ter um controle maior do diabetes
e hipertensatildeo aleacutem de promoccedilatildeo da qualidade de vida dessa faixa etaacuteria da
populaccedilatildeo serrana (SERRA 2012)
Com intuito de promover o controle das principais doenccedilas crocircnicas o Ministeacuterio da
Sauacutede em 2011 criou o Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial
e ao Diabetes Mellitus aprovado pela PortariaGM ndeg 16 de 03012002 no qual satildeo
definidas accedilotildees para prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede para indiviacuteduos hipertensos e
diabeacuteticos cadastrados no Sistema Uacutenico de Sauacutede (BRASIL 2011sup2)
Dentro do Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo aacute Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes
Mellitus criou-se o Programa Hiperdia atraveacutes da Portaria nordm 371GM Em 04 de
marccedilo de 2002 que visa o cadastramento e acompanhamento de todos os
indiviacuteduos portadores de hipertensatildeo e diabetes atraveacutes de um sistema
informatizado em todas as unidades de sauacutede O Hiperdia conta com uma equipe
multidisciplinar que envolve cardiologias nefrologistas dentista farmacecircutico
educador fiacutesico nutricionista e assistente social para atender todos os participantes
do programa conforme suas necessidades aleacutem da disponibilizaccedilatildeo de
medicamentos gratuitos para o controle destas patologias (INSTITUTO MINEIRO DE
ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA 2008)
23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO
28
O processo envelhecimento eacute caracterizado como um sistema contiacutenuo que
apresenta alteraccedilotildees fisioloacutegicas em oacutergatildeos e sistemas do corpo humano sendo
assim um a adesatildeo aacute um estilo de vida saudaacutevel pode levar a promoccedilatildeo da
qualidade de vida e consequentemente reduzir a velocidades destas alteraccedilotildees
fisioloacutegicas quem em muitas vezes leva a incapacidade e a dependecircncia por partes
dos idosos (NOBREGA et al 1999)
O processo natural do envelhecimento provoca diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas no
organismo no qual envolve alteraccedilotildees anatocircmicas e funcionais que refletem
diretamente na sauacutede desta populaccedilatildeo (CAMPO MONTEIRO ORNELAS 2000)
Aleacutem de dificultar a vivencia do indiviacuteduo idoso em seu meio que podem acelerar o
caminho para a morte (CHOCHAMOVITZ citado por PESSOA 2012)
O estado nutricional do indiviacuteduo tem importante papel no envelhecimento uma vez
que o controle das doenccedilas comumente a velhice como doenccedilas crocircnicas
relacionam-se diretamente com o estado nutricional Sendo assim a nutriccedilatildeo eacute de
suma importacircncia para localizaccedilatildeo de fatores de riscos para o desenvolvimento de
doenccedilas e de mortalidade entre os idosos (NASCIMENTO et al 2011)
Geralmente as alteraccedilotildees no estado nutricional do idoso influenciam
especificamente em algumas doenccedilas o baixo peso por exemplo estaacute em muitas
vezes relacionado com doenccedilas respiratoacuterias e o excesso de peso relacionado com
doenccedilas cardiovasculares e o diabetes (NASCIMENTO et al 2011)
O organismo envelhecido tambeacutem apresenta diversas alteraccedilotildees que afetam a
nutriccedilatildeo do indiviacuteduo idoso como a reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica basal alteraccedilotildees
no sistema digestoacuterio alteraccedilotildees na palatibilidade e na percepccedilatildeo da sede aleacutem da
redistribuiccedilatildeo da massa corporal com a reduccedilatildeo progressiva da massa magra e
aumento do tecido adiposo que afetam diretamente no consumo alimentar e no
estado nutricional da populaccedilatildeo idosa respectivamente (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
A alteraccedilatildeo da palatibilidade eacute comumente encontrada em cerca de 80 da
populaccedilatildeo idosa decorrente da diminuiccedilatildeo da percepccedilatildeo de gosto pelas papilas
gustativas devido a diminuiccedilatildeo na quantidade de bototildees gustativos (ROSA et al
2008)
29
Grandes alteraccedilotildees satildeo encontradas no sistema gastro-intestinal mas em geral o
funcionamento do intestino do pacircncreas e do fiacutegado satildeo encontrados com elevada
capacidade funcional as grandes alteraccedilotildees acontecem atraveacutes da atrofia da
mucosa gaacutestrica o que leva a diminuiccedilatildeo da siacutentese do aacutecido cloriacutedrico e do fator
intriacutenseco que consequentemente leva a menor absorccedilatildeo da vitamina B12 aleacutem da
reduccedilatildeo do gosto (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
As alteraccedilotildees gastrointestinais refletem principalmente na dificuldade absortiva de
micronutrientes (BHUTTO citado por TRAMONTINO et al 2009) e na dificuldade da
digestatildeo que levam ao aparecimento constante de gases mal estar constipaccedilatildeo
que pioram com uma alimentaccedilatildeo inadequada pobre em fibras comumente aos
haacutebitos alimentares dessa populaccedilatildeo (TRAMONTINO et al 2009)
As alteraccedilotildees no trato gastro-intestinal podem resultar tambeacutem na constipaccedilatildeo
intestinal que tambeacutem possui relaccedilatildeo direta com a alimentaccedilatildeo fatores psicoloacutegicos
fatores fiacutesicos e o uso de medicamentos podem ainda levar a maiores complicaccedilotildees
como distensatildeo abdominal cacircncer de coloacuten hemorroidas fiacutestula anal entre outras
patologias que vatildeo interferem diretamente tambeacutem na qualidade de vida dos idosos
(RAMOS citado por NESELLO TONELLI BELTRAME 2011)
A constipaccedilatildeo intestinal eacute definida atraveacutes da constataccedilatildeo de menos de trecircs
episoacutedios de evacuaccedilatildeo no periacuteodo de uma semana com a presenccedila de esforccedilo
sensaccedilatildeo de obstruccedilatildeo e presenccedila de fezes endurecidas de acordo com o consenso
de Roma III (LONGSTRETH et al citado por NESELLO TONELLI BELTRAME
2011)
Segundo Bosshard e outros citado por Nesello e outros(2004) a prevalecircncia da
constipaccedilatildeo intestinal eacute maior na populaccedilatildeo idosa o que nos jovens chegando a
atingir cerca de 20 dos idosos no geral e a sua prevalecircncia eacute ainda maior nas
mulheres do que nos homens
A intoleracircncia a glicose eacute uma caracteriacutestica bastante encontrada nos idosos no qual
possivelmente eacute decorrente da diminuiccedilatildeo da produccedilatildeo hormonal e do aumento no
nuacutemero de ceacutelulas adiposas frente a ceacutelulas musculares Com o diagnoacutestico da
intoleracircncia a glicose o tratamento eacute realizado apenas atraveacutes de uma dieta
equilibrada (TRAMONTINO et al 2009)
30
O diabetes mellitus tipo 2 estaacute entre as principais doenccedilas crocircnicas prevalentes na
sociedade atualmente e que atinge na sua maioria os idosos Aleacutem de ser uma das
causas principais de doenccedilas cardiovasculares (MENDES et al 2011)
Durante o processo de envelhecimento os processos de catabolismo e anabolismo
tambeacutem se encontram diferenciados no qual o catabolismo supera todos os
processos de anabolismo fazendo com que os oacutergatildeos tenham suas funccedilotildees
diminuiacutedas atraveacutes da reduccedilatildeo de ceacutelulas e ainda existem vaacuterias alteraccedilotildees
bioquiacutemicas que contribuem para a morte de ceacutelulas como a accedilatildeo de radicais livres
(TRAMONTINO 2009)
Os radicais livres satildeo moleacuteculas consideradas instaacuteveis uma vez que possuem um
nuacutemero iacutempar de eleacutetrons esse fato faz com que estas moleacuteculas procurem alguma
outra moleacutecula para capturarem um eleacutetron e se tornarem estaacuteveis podendo levar
consequentemente a degeneraccedilatildeo celular tecidual e orgacircnica (PEREIRA 2012)
Aleacutem das alteraccedilotildees fisioloacutegicas os fatores socioeconocircmicos tambeacutem exercem uma
importante influencia na sauacutede dos idosos o que envolve tambeacutem o consumo
alimentar (CAMPOS 2000)
24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO
Diversos estudos defendem a ideia de que a nutriccedilatildeo possui um caraacuteter
insubstituiacutevel na promoccedilatildeo do aumento de qualidade de vida devendo assim ser
associada a outros meacutetodos para garantir a eficaacutecia deste processo atraveacutes da
prevenccedilatildeo e controle de diversas patologias (CARVALHO et al 2003 DOBNER
BLASI KIRSTEN 2012)
A alimentaccedilatildeo adequada eacute imprescindiacutevel em qualquer faixa etaacuteria eacute a partir da
alimentaccedilatildeo que alcanccedilamos a capacidade de realizar diversas accedilotildees no dia a dia
desde a mais simples como estudar ateacute as mais complexas como a praacutetica de
exerciacutecios fiacutesicos Dentre as vaacuterias importacircncias da alimentaccedilatildeo a ingestatildeo de
nutrientes adequada eacute de suma importacircncia para um envelhecimento saudaacutevel
(FERNANDES 2010)
Em decorrecircncia da transiccedilatildeo epidemioloacutegica a nutriccedilatildeo ganhou um amplo espaccedilo
no campo da prevenccedilatildeo de doenccedilas e estados fisioloacutegicos comumente encontrados
31
em idosos decorrentes ao processo natural do envelhecimento e de outros agravos
como a alta incidecircncia no uso de diversos medicamentos A ingestatildeo adequada de
fibras relacionadas com uma ingestatildeo adequada de aacutegua por exemplo auxilia na
prevenccedilatildeo e tratamento da constipaccedilatildeo intestinal aumentando a qualidade de vida
Diversos estudos apontam que um consumo entre 20 e 40 gramas diariamente
associado a ingestatildeo adequada de aacutegua leva a uma melhora consideraacutevel no quadro
de constipaccedilatildeo (BECKENKAMP 2010)
Campos e outros relatam (2009) que os fatores psicossociais comuns aos idosos
como perda do cocircnjuge solidatildeo falta de renda depressatildeo entre outros satildeo os
principais fatores externos que contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo nesta populaccedilatildeo
uma vez que a maioria desses consomem em meacutedia menos de 1000kcaldia de
correntes da ingestatildeo de alimentos de menor custos e de maior facilidade de
preparo
A baixa renda com que a maioria dos idosos vive e que influencia diretamente no
consumo alimentar tambeacutem estaacute ligada a exclusatildeo desse grupo no mercado de
trabalho mesmo que muitos apresentem capacidade funcional e motora condizentes
com muitos trabalhos disponiacuteveis a idade muitas vezes acaba por ser o grande
obstaacuteculo para a conquista da vaga e consequentemente para o aumento da renda
que em muitos casos eacute composta apenas pela aposentadoria e ou pensotildees
(NOGUEacuteS citado por CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
O relacionamento social tambeacutem eacute um grande influenciador no consumo alimentar
segundo Campos e outros (2000) a solidatildeo vivenciada pelo idoso leva ao
esquecimento do cuidado com si mesmo sendo assim a alimentaccedilatildeo natildeo ganha
muita atenccedilatildeo sendo preparada de forma inadequada sem atentar para a qualidade
e quantidade suficiente Muitas vezes a alimentaccedilatildeo eacute composta por alimentos de
faacutecil preparo que inclui normalmente alimentos industrializados pobres em
nutrientes essenciais para o organismo idoso
A preocupaccedilatildeo com a nutriccedilatildeo do idoso cresceu atraveacutes de vaacuterios estudos que
demonstraram que a desnutriccedilatildeo e o sobrepeso predominam em indiviacuteduos idosos e
que este quadro eacute resultante das condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem aleacutem
de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
32
De acordo Sass (2010) cerca de 15 a 20 de idosos apresentam algum sintoma
depressivo A prevalecircncia da depressatildeo varia de acordo com fatores a idade sexo e
fatores sociais Esse quadro de depressatildeo eacute bastante preocupante tambeacutem pelo fato
de estar relacionado diretamente com o Estado Nutricional dos idosos uma vez que
haacute alteraccedilotildees no sistema neuroloacutegico que tambeacutem eacute responsaacutevel pelos mecanismos
da fome e ansiedade podendo assim resultar em desnutriccedilatildeo ou obesidade Aleacutem
dessas consequecircncias relacionadas agrave nutriccedilatildeo alguns estudos indicam tambeacutem a
depressatildeo como um fator para doenccedilas cardiovasculares
Diversos estudos tambeacutem apontam que a nutriccedilatildeo dos idosos pode ser influenciada
negativamente pelo fato da incapacidade e ou dificuldades da realizaccedilatildeo de
atividades cotidianas sozinhas como o simples fato de cozinhar aleacutem das
alteraccedilotildees motoras que tambeacutem podem piorar a preparaccedilatildeo dos alimentos e o seu
proacuteprio consumo Os aspectos emocionais como perda de cocircnjuge e depressatildeo
tambeacutem contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo por levar a reduccedilatildeo do apetite ou por
aumentar a recusa por alimentos (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
Diversos estudos demonstram uma reduccedilatildeo progressiva do valor energeacutetico da
alimentaccedilatildeo dos idosos que ao mesmo tempo apresenta um aumento no consumo
de carboidratos principalmente os chamados simples que pode contribuir para o
aparecimento ou complicar doenccedilas crocircnicas como o diabetes (MENEZES
MARUCCI 2012)
De acordo com Tramontino e outros (2009) um grande fator que tambeacutem afeta a
nutriccedilatildeo do idoso eacute a sauacutede bucal uma vez que uma condiccedilatildeo inadequada da boca
como a falta de denticcedilatildeo consequentemente leva a dificuldade de mastigaccedilatildeo que
leva a um consumo alimentar alterado que interfere diretamente em uma adequada
nutriccedilatildeo Aleacutem disso a sauacutede bucal e a nutriccedilatildeo acabam formando um ciclo onde
interfere no outro pois uma nutriccedilatildeo inadequada decorrente por falta de denticcedilatildeo ou
por outra caracteriacutestica leva a problemas na sauacutede bucal e a maiores perdas de
denticcedilatildeo
A nutriccedilatildeo tem relaccedilatildeo direta com a sauacutede bucal uma vez que a alimentaccedilatildeo pode
influenciar diretamente no aparecimento de caacuteries na perda dos esmaltes dos
dentes e no desenvolvimento em geral da denticcedilatildeo que assim podem levar ao
aparecimento de dores lesotildees doenccedilas periodontal que consequentemente
poderatildeo levar a mudanccedilas tambeacutem na alimentaccedilatildeo (MAGALHAtildeES 2011)
33
Devido a diversas patologias comumente encontradas nos idosos o uso de
medicamentos por esta populaccedilatildeo eacute grande e o consumo elevador de
medicamentos podem levar a alteraccedilotildees na cavidade oral como xerostomia
candidiacutease entre outras alteraccedilotildees (MAGALHAtildeES 2011)
Segundo Andrade (2009) a condiccedilatildeo da boca como o nuacutemero de dentes
adequados ou o uso de proacuteteses pode influenciar nas escolhas dos alimentos e ateacute
mesmo no seu modo de preparo o que influencia diretamente nos haacutebitos
alimentares dos idosos
Castilhos e Padilha (2002) afirmaram que a denticcedilatildeo pode influenciar as pessoas em
trecircs campos fisioloacutegico psicoloacutegico e social No aspecto fisioloacutegico os dentes
podem influenciar na alimentaccedilatildeo do individuo por meio do processo de mastigaccedilatildeo
dos alimentos que interferem diretamente na ingestatildeo de nutrientes na manutenccedilatildeo
corpoacuterea e ateacute mesmo no prazer em se alimentar
A diminuiccedilatildeo da saliva decorrente do processo natural do envelhecimento aleacutem de
comprometer a manutenccedilatildeo da cavidade oral por estar ter uma accedilatildeo na limpeza da
cavidade e por ter um efeito antimicrobiano tambeacutem influencia diretamente na
mastigaccedilatildeo na formaccedilatildeo do bolo alimentar e tambeacutem na digestatildeo e absorccedilatildeo dos
alimentos uma vez que com a reduccedilatildeo da saliva haacute tambeacutem a diminuiccedilatildeo da
siacutentese de amilase salivar (ROSA et al 2008)
O elevado uso de medicamentos tambeacutem pode interferir na absorccedilatildeo de diversos
nutrientes na interaccedilatildeo chamada de droga-nutriente e ainda a medicaccedilatildeo pode
influenciar na ingestatildeo alimentar uma vez que muitos podem levar a anorexia
alteraccedilotildees na percepccedilatildeo do gosto e do odor naacuteuseas vocircmitos e ainda as
adaptaccedilotildees na alimentaccedilatildeo dos idosos devido agrave incapacidade de mastigaccedilatildeo de
alguns alimentos comumente leva a carecircncias nutricionais principalmente atraveacutes
da reduccedilatildeo na ingestatildeo de Vitaminas dentre elas vitamina C e B12 essenciais ao
bom funcionamento orgacircnico (MAGALHAtildeES 2011)
Para estimar as necessidades nutricionais dos idosos deve se levar em
consideraccedilatildeo diversos fatores como as alteraccedilotildees fisioloacutegicas condiccedilatildeo da sauacutede
em geral frequecircncia de exerciacutecio fiacutesico fatores psicoloacutegicos e fatores
socioeconocircmicos sendo assim uma adequada nutriccedilatildeo deve envolver todos estes
fatores de forma a alcanccedilar suas reais necessidades e deve se ainda dar atenccedilatildeo as
34
diferenccedilas das recomendaccedilotildees nutricionais para adultos e idosos Os idosos
apresentam uma necessidade energeacutetica menor que os adultos uma vez que ocorre
a reduccedilatildeo do metabolismo basal decorrente das alteraccedilotildees da composiccedilatildeo corporal
reduccedilatildeo da massa magra e aumento de tecido adiposo (TRAMONTINO et al 2009)
As recomendaccedilotildees nutricionais dos idosos natildeo satildeo totalmente estabelecidas devido
as constantes alteraccedilotildees fisioloacutegicas desta populaccedilatildeo por isso os valores de
recomendaccedilotildees usados satildeo os mesmos valores de referecircncias usados para os
adultos (HESEKER SCHNEIDER 1994 citado por ARANHA et al 2000)
Magalhatildees (2011) afirmou que mesmo que o sobrepeso seja prevalente em grande
parte da populaccedilatildeo idosa a principal preocupaccedilatildeo relacionada agrave nutriccedilatildeo desta
populaccedilatildeo eacute a desnutriccedilatildeo uma vez que vaacuterios fatores levam a reduccedilatildeo na ingestatildeo
alimentar destes indiviacuteduos
De acordo Barbosa (2012) os idosos tambeacutem incorporaram novos haacutebitos
alimentares assim como toda a populaccedilatildeo nos uacuteltimos anos com o aumento do
consumo de alimentos industrializados realizaccedilatildeo de refeiccedilotildees fora de casa Sendo
assim a educaccedilatildeo nutricional se mostra como uma grande ferramenta para a
promoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis podendo contribuir para prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas comumente a populaccedilatildeo idosa
Segundo Muller e Vietz (2009) a educaccedilatildeo nutricional eacute uma parte da nutriccedilatildeo
voltada ao aprendizado na adequaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo de haacutebitos alimentares em todas
as fases da vida desde a infacircncia ateacute a velhice
Diversos autores engajaram haacute anos discussotildees sobre a importacircncia da educaccedilatildeo
nutricional principalmente no campo de promoccedilatildeo da sauacutede Essa importacircncia foi
crescendo a ponto de ser encontradas nos principais documentos de poliacuteticas
puacuteblicas ligadas a alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo como o Programa Fome Zero (SANTOS
2012)
Considerando todas as alteraccedilotildees fisioloacutegicas e psicoloacutegicas provenientes do
envelhecimento que dificultam em muitas vezes o consumo alimentar o processo de
educaccedilatildeo nutricional deve estar presente na ida do idoso de modo que estes tenham
conhecimento dessas principais alteraccedilotildees e de alternativas para contornar os
efeitos dessas alteraccedilotildees e tornar o ato de se alimentar mais prazeroso (FRANCO
2012)
35
Segundo Montenegro e Silva para que a alimentaccedilatildeo atenda as necessidades de
gasto energeacutetico de indiviacuteduos idosos eacute necessaacuterio que haja adequaccedilatildeo da dieta
aleacutem disso a associaccedilatildeo de uma alimentaccedilatildeo adequada com a praacutetica de atividade
fiacutesica regular pode promover benefiacutecios a sauacutede do idoso contribuindo tambeacutem para
a melhora do funcionamento dos processos metaboacutelicos ligados ao exerciacutecio bem
como auxiliar na recuperaccedilatildeo de lesotildees contribuindo assim para o aumento de
massa muscular e condicionamento fiacutesico
Na tabela 1 esta demostrado as recomendaccedilotildees nutricionais mais usadas
atualmente para os idosos e que satildeo provenientes da Dietary Reference Intakes
(DRI) na qual trata-se de uma revisatildeo dos valores de recomendaccedilotildees nutricionais
adotada em diversos paiacuteses (PADOVANI et al 2006)
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos)
EAR RDA AMDR Homens Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 30 _ Mulheres Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 21 _ Fonte Padovani et al 2006 Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos
nutricionais
25 QUALIDADE DA DIETA
251 iacutendice de qualidade da dieta
Aranha e outros (2000) afirmaram que a idade e a nutriccedilatildeo satildeo dois fatores
diretamente relacionados com o aparecimento e a gravidade de patologias os
idosos por exemplo apresentam uma reduccedilatildeo do funcionamento do sistema imune
devido a idade que pode ser piorado com uma maacute nutriccedilatildeo
Eacute evidente a importacircncia de uma alimentaccedilatildeo adequada para os idosos diversos
estudos demonstram uma relaccedilatildeo direta entre a dieta e o surgimento de doenccedilas
crocircnicas em idosos como hipertensatildeo arterial e diabetes (BARBOSA 2012)
36
A avaliaccedilatildeo do consumo alimentar que subsidia uma intervenccedilatildeo nutricional
adequada especiacutefica eacute um instrumento de muita eficaacutecia poreacutem de difiacutecil aplicaccedilatildeo
Vaacuterios estudos veem tentando criar instrumentos capazes de responder aos
desafios impostos pela complexidade da dieta humana Os meacutetodos de investigaccedilatildeo
do consumo de alimentos a serem utilizados dependem do objetivo do estudo e se
as estimativas seratildeo individuais ou para grupos populacionais sendo que cada
meacutetodo apresenta vantagens e desvantagens (WENDPAP 2012)
Com o aumento da incidecircncia de patologias relacionadas principalmente com os
haacutebitos alimentares tecircm se dado mais atenccedilatildeo a avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
de indiviacuteduos e populaccedilotildees um meacutetodo que vem sendo proposto para analisar a
ingestatildeo alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta (IQD) que foi adaptado para a
populaccedilatildeo brasileira e revisado por Previdelli e outros (2011)
O Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) se baseia na avaliaccedilatildeo das
porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do Guia alimentar
para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes
da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de nutrientes e obesidade
Previdelli e outros (2011) afirma que o IQD-R pode ser de grande auxiacutelio para a
avaliaccedilatildeo do consumo alimentar de diversas faixas etaacuterias aleacutem de promover
subsiacutedios para o planejamento de accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede como
intervenccedilatildeo e educaccedilatildeo nutricional
O IQD-R avalia doze componentes sendo nove grupos alimentares dois satildeo
nutrientes e um grupo de calorias proveniente de gordura soacutelida aacutelcool e accediluacutecar de
adiccedilatildeo (Gord_AA) Os grupos alimentares satildeo ldquoFrutas Totaisrdquo(inclui frutas e sucos
de frutas naturais) ldquoFrutas integraisrdquo (exclui sucos de frutas) ldquoVegetais Totaisrdquo
ldquoVegetais Verdes Escuros e Alaranjados e Leguminosasrdquo (este uacuteltimo soacute eacute pontuado
apoacutes atingir-se a pontuaccedilatildeo maacutexima de carnes ovos e leguminosas)ldquoCereais
Totaisrdquo (inclui raiacutezes e tubeacuterculos) ldquoCereais Integraisrdquo ldquoLeite e Derivadosrdquo(inclui
inclusive bebidas agrave base de soja) ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo ldquoOacuteleosrdquo (inclui as
gorduras mono e poliinsaturadas oacuteleos das oleaginosas e gordura de peixe) Os
nutrientes incluem ldquoSoacutediordquo e ldquoGordura saturadardquo O valor do IQD-R pode variar entre
0 e 100 sendo que os escores mais altos indicam que a ingestatildeo alimentar estaacute
proacutexima das recomendaccedilotildees (MOTA et al 2008 WENDPAP 2012)
37
252 Alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento
Segundo o manual brasileiro referente agrave alimentaccedilatildeo saudaacutevel para a pessoa idosa
publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede em 2009 dez passos devem ser seguidos como
forma de orientaccedilatildeo para alcanccedilar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento o
que inclui
bull Realizaccedilatildeo de pelo menos trecircs refeiccedilotildees e dois lanches saudaacuteveis ao longo
do dia evitando ficar sem alimentar por muito tempo dando preferecircncia a
alimentos de faacutecil mastigaccedilatildeo como frutas amassadas ou picadas e carnes
desfiadas ou moiacutedas devido agraves dificuldades de mastigaccedilatildeo e degluticcedilatildeo
comumente encontradas em idosos decorrente da perda de dentes e da
diminuiccedilatildeo da saliva
bull Inclusatildeo de seis porccedilotildees diaacuterias de cerais e tubeacuterculos dando preferecircncias
aos alimentos integrais uma vez que os alimentos integrais possuem um alto
teor de fibras que contribuem tambeacutem para um adequado funcionamento do
intestino
bull Trecircs porccedilotildees de legumes e verduras nas grandes refeiccedilotildees diariamente
Estes alimentos satildeo fontes principais de vitaminas minerais e fibras
bull Trecircs porccedilotildees ou mais de frutas nas sobremesas e nos lanches diariamente
As frutas tambeacutem satildeo importantes fontes de fibras e vitaminas e devem
incrementar os lanches saudaacuteveis ao longo do dia
bull Consumo de arroz e feijatildeo em pelo menos cinco dias da semana A
combinaccedilatildeo desses alimentos resulta em uma ingestatildeo de proteiacutena completa
bull Trecircs porccedilotildees diaacuteria de leite e derivados e uma porccedilatildeo de carnes aves
peixes ou ovos dando preferecircncia a carnes magras O leite e seus derivados
satildeo importantes fontes de caacutelcio um mineral essencial na manutenccedilatildeo do
tecido oacutesseo As carnes satildeo fontes de ferro e de proteiacutena de alto valor
bioloacutegico
bull Reduccedilatildeo da quantidade de sal nas refeiccedilotildees devido a grande prevalecircncia de
hipertensatildeo arterial encontrada em toda a populaccedilatildeo brasileira e em especial
em idosos
38
bull Ingestatildeo de pelo menos dois litros de aacutegua no qual equivale
aproximadamente aacute seis ou oito copos meacutedio Uma ingestatildeo de aacutegua
adequada eacute essencial para um bom funcionamento orgacircnico
bull Reduccedilatildeo no consumo de refrigerantes sucos industrializados biscoitos
recheados e doces em geral Estes alimentos industrializados possuem
geralmente em sua composiccedilatildeo um grande teor de soacutedio que contribui para o
aumento da pressatildeo arterial aleacutem de possuiacuterem tambeacutem grande quantidade
de conservantes
bull Reduccedilatildeo no consumo de bebidas alcooacutelicas e realizaccedilatildeo de praacutetica de
atividade fiacutesica regular por pelo menos trinta minutos diariamente O consumo
de aacutelcool estaacute diretamente relacionado ao ganho de peso e a diversos
prejuiacutezos aacute sauacutede como problemas hepaacuteticos por exemplo A praacutetica de
atividade fiacutesica regular traz inuacutemeros benefiacutecios agrave sauacutede como controle do
peso e prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis
Outras orientaccedilotildees tambeacutem satildeo de suma importacircncia para que o idoso tenha
condiccedilotildees de se realizar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel diariamente
bull A mesa de refeiccedilatildeo deve ser posta de forma simples de forma a facilitar a
realizaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pelo idoso
bull Deve haver um contraste entre toalha da mesa e utensiacutelios afim de que se
facilite a visatildeo do indiviacuteduo e consequentemente facilite a sua alimentaccedilatildeo
bull Os utensiacutelios a serem utilizados pelos idosos devem ser simples de modo
que o seu manuseio seja faacutecil e natildeo apresente riscos elevados de quebra
253 Seguranccedila Alimentar
O termo seguranccedila alimentar estaacute relacionado ao acesso a uma alimentaccedilatildeo
adequada em niacutevel qualitativo e quantitativo de forma a atender as necessidades
individuais enquanto que o termo de inseguranccedila alimentar engloba vaacuterios fatores
deste a preocupaccedilatildeo em adquirir o alimento a perda da qualidade e diversidade dos
alimentos (FAZZIO 2012)
39
Diversos estudos vecircm apontando os crescentes casos de inseguranccedila alimentar que
vem atingindo os idosos que interferem em uma adequada nutriccedilatildeo e
consequentemente interferem na sauacutede desta populaccedilatildeo (LEON et al 2005)
A prevalecircncia de residecircncias de idosos que apresentam inseguranccedila alimentar eacute
cada vez mais encontrada em todo o mundo nos Estados Unidos essa prevalecircncia
varia 6 a 16 em Campinas a inseguranccedila alimentar chegou a atingir 52 das
residecircncias com idosos (LEON et al 2005)
Os indiviacuteduos idosos que apresentam inseguranccedila alimentar e nutricional dentro de
suas residecircncias tem maiores chances de possuir deficiecircncias nutricionais
decorrente da inadequada ingestatildeo de diversos nutrientes incluindo principalmente
caacutelcio vitamina A e proteiacutena quando comparados a idosos que vivem em seguranccedila
alimentar (ROSE OLIVEIRA 1991 citado por BARBOSA et al 2013)
26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO
Para traccedilar o diagnoacutestico do estado nutricional de idosos muitos indicadores que
satildeo utilizados para avaliaccedilatildeo da antropometria de outras faixas etaacuterias tambeacutem
fazem parte deste diagnoacutestico como o peso e a altura que permitem a avaliaccedilatildeo do
iacutendice de massa corporal (IMC) Circunferecircncia do braccedilo (CB) Circunferecircncia da
Cintura (CC) e prega cutacircnea tricipital entretanto essa populaccedilatildeo ainda conta com
um indicador especiacutefico para avaliaccedilatildeo principalmente de perda de massa magra e
consequentemente desnutriccedilatildeo que eacute a Circunferecircncia da Panturrilha (CERVI
FRANCESCHINI PRIORE 2006)
Quanto aos indicadores observa-se assim uma vasta opccedilatildeo de utilizaccedilatildeo entretanto
as maiores dificuldades na precisatildeo do diagnoacutestico do estado nutricional do idoso
ficam por conta dos pontos de cortes especiacuteficos que em muitas vezes natildeo satildeo
estabelecidos para esta populaccedilatildeo que sofrem diversas alteraccedilotildees orgacircnicas e
funcionais (CERVI FRANCESCHINI PRIORE 2006)
261 Iacutendice de Massa Corporal O objetivo do iacutendice de massa corporal eacute avaliar a massa corporal em comparaccedilatildeo agrave
altura de forma simples e raacutepida utilizando apenas o peso em quilogramas e a
altura em metro quadrado (PERISSINOTTO et al 2002)
40
Sendo assim o uso deste indicador eacute muito frequente na avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica
de diversas populaccedilotildees Entretanto diversos estudos afirma a necessidade de
associar o diagnoacutestico pelo IMC com outros indicadores uma vez que este natildeo
diferencia a massa corporal ou seja natildeo identifica a distribuiccedilatildeo de tecido adiposo e
tecido muscular (PERISSINOTTO et al 2002)
Quanto aos pontos de corte utilizados do IMC para idosos o Ministeacuterio da Sauacutede
atraveacutes do Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
sugere a utilizaccedilatildeo de uma faixa de normalidade entre o valores de 22kgmsup2 e
27kgmsup2 sendo classificados como baixo peso indiviacuteduos idosos que apresentem
IMC inferior a 22kgmsup2 e como sobrepeso indiviacuteduos que apresentem uma valor
acima de 27kgmsup2 natildeo havendo pontos de cortes que defina o niacutevel de desnutriccedilatildeo
e niacutevel de obesidade (SAMPAIO 2006)
Uma grande dificuldade encontrada na utilizaccedilatildeo do IMC para idosos eacute decorrente
da insensibilidade deste indicador quanto ao decreacutescimo de estatura aumento de
tecido adiposo e aumento da massa muscular e quantidade de aacutegua corporal que
satildeo alteraccedilotildees comumente encontradas no envelhecimento (SANTOS SICHIERI
2005)
262 Circunferecircncia do Braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo reflete a composiccedilatildeo corporal total incluindo tecido oacutesseo
massa muscular e tecido adiposo e possibilita a aplicaccedilatildeo de outros indicadores
como a circunferecircncia muscular do braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo (CB) em idosos tende a diminuir devido agrave perda de massa
magra tiacutepico da idade e tambeacutem pelo deslocamento da gordura para regiatildeo central
na avaliaccedilatildeo deste indicador relaciona-se o valor encontrado com o valor meacutedio para
a idade do indiviacuteduo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA GONZALES
2013)
263 Circunferecircncia da Cintura A medida circunferecircncia da cintura eacute um indicador essencial uma vez que atraveacutes
deste eacute possiacutevel verificar uma possiacutevel localizaccedilatildeo acumulada de tecido adiposo
41
nessa regiatildeo e uma circunferecircncia da cintura elevada revela possiacuteveis riscos
cardiovasculares e metaboacutelicos (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
Em relaccedilatildeo aos pontos de cortes natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica para a utilizaccedilatildeo
em idosos o que dificulta a precisatildeo do diagnoacutestico nutricional uma vez que o
aumento de gordura na regiatildeo abdominal eacute comum em idosos devido a
redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo que acontece em maiores proporccedilotildees pelo
deslocamento desse tecido dos membros para a regiatildeo central do tronco (PAIVA
NETO OLIVEIRA SANTOS 2007)
264 Prega Cutacircnea Tricipital
A afericcedilatildeo da prega cutacircnea tricipital e em geral todas as outras pregas cutacircneas
permitem identificar a quantidade de tecido adiposo subcutacircneo Trata-se de um
indicador sensiacutevel a desnutriccedilatildeo que permite avaliar os estoques de gordura
corporal Os pontos de cortes utilizados na avaliaccedilatildeo deste indicador vatildeo de acordo
com a medida obtida e a medida meacutedia (p50) de acordo com a idade do indiviacuteduo
(FIORE et al 2006)
Assim como na Circunferecircncia do braccedilo espera-se uma reduccedilatildeo do valor da prega
cutacircnea tricipital decorrente da redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo nesta populaccedilatildeo
estudada o que leva a reduccedilatildeo da precisatildeo deste indicador em relaccedilatildeo a
sensibilidade de desnutriccedilatildeo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
265 Circunferecircncia da Panturrilha A circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador utilizado geralmente para avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica de indiviacuteduos idosos por ser sensiacutevel a depleccedilatildeo muscular nesta
faixa etaacuteria e de faacutecil obtenccedilatildeo (SAMPAIO 2004)
Segundo Acunatilde e Cruz (2004) a circunferecircncia da panturrilha eacute o indicador mais
sensiacutevel agrave desnutriccedilatildeo em idosos sendo superior a outro indicador de suma
importacircncia que eacute a circunferecircncia do braccedilo
42
O valor circunferecircncia da panturrilha menor que 31 cm classifica-se como
desnutriccedilatildeo representando perda de massa muscular enquanto que achados acima
desse valor satildeo classificados como eutrofia (SPEROTTO 2010)
27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO
Caracteriza-se como atividade fiacutesica qualquer movimento do corpo que envolva a
contraccedilatildeo muscular e em qualquer ambiente seja em casa no trabalho ou ao ar
livre e alguns benefiacutecios podem aparecer mesmo com pouco tempo de praacutetica em
indiviacuteduos sedentaacuterios (ZAITUNE et al 2010)
A praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem eacute de fundamental importacircncia na prevenccedilatildeo de
diversas doenccedilas crocircnicas e em meio agrave transiccedilatildeo demograacutefica essa praacutetica se torna
ainda mais relevante Essa importacircncia pode ser verificada atraveacutes de um dos
objetivos do Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o enfrentamento das doenccedilas
crocircnicas natildeo transmissiacuteveis do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil no qual quer a busca
da promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes da praacutetica de exerciacutecio fiacutesico (MADEIRA et al 2013)
A falta de atividade fiacutesica principalmente em idosos pode complicar a perda de
massa magra que eacute comum em indiviacuteduos dessa faixa etaacuteria uma vez que
geralmente eacute decorrente das alteraccedilotildees hormonais principalmente pela reduccedilatildeo na
siacutentese de hormocircnios de crescimento de hormocircnios sexuais (MAGALHAtildeES 2011)
A atividade fiacutesica eacute reconhecida por inuacutemeros benefiacutecios aacute sauacutede de quem a pratica
e com os idosos natildeo eacute diferente eacute constatada uma melhora na qualidade de vida e
na sauacutede em geral o que consequentemente leva a reduccedilatildeo da probabilidade do
aparecimento de doenccedilas crocircnicas internaccedilotildees e morte (ZAITUNE et al 2010)
Fiatorone-Singh (1998) citado por Matsudo (2002) afirma que a praacutetica regular de
atividade fiacutesica possui grande influecircncia sobre as alteraccedilotildees na composiccedilatildeo corporal
comumente encontradas em idosos uma vez em que em diversos estudos foi
confirmada a hipoacutetese de que idosos ativos possuem um melhor estado nutricional
quando comparado a idosos sedentaacuterios em relaccedilatildeo a indicadores de peso iacutendice
de massa corporal gordura corporal e ainda relaccedilatildeo cintura-quadril
Os benefiacutecios da praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem estatildeo relacionados diretamente
com o aumento da capacidade funcional de idosos uma vez que a capacidade
43
funcional interfere na forccedila muscular que por sua vez eacute inteiramente dependente da
massa muscular Visto que a atividade fiacutesica contribui para fortalecimento da massa
muscular haacute consequentemente uma reduccedilatildeo na perda natural deste tecido
decorrente do envelhecimento (MATSUDO 2002)
A prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas atraveacutes da melhora do estado nutricional
relacionada ao aumento da capacidade funcional e outros benefiacutecios decorrentes da
praacutetica de atividade fiacutesica leva consequentemente a uma elevaccedilatildeo da qualidade de
vida do indiviacuteduo idoso que me muitas vezes se encontra comprometida
(MATSUDO 2002)
A falta da praacutetica de atividade fiacutesica vem sendo crescente em toda a populaccedilatildeo
mundial Masso e outros (2005) em seu estudo que identificava a prevalecircncia de
sedentarismo em mulheres relataram que somente 37 da sua populaccedilatildeo se
encontram ativas ou seja que tinham o haacutebito regular de praticar alguma atividade
fiacutesica
Ferreira e Gobi (2003) afirma que o excesso de peso natildeo estaacute relacionado somente
com um consumo alimentar inadequado uma vez que estudos recentes vecircm
comprovando que a obesidade adquirida ao longo de anos estaacute mais relacionada
com o sedentarismo do que uma ingestatildeo excessiva de alimentos
Os mecanismos que levam a atividade fiacutesica agrave prevenccedilatildeo e ao tratamento de
doenccedilas e agrave incapacidade funcional envolvem principalmente a reduccedilatildeo da
adiposidade corporal a queda da pressatildeo arterial a melhora do perfil lipiacutedico e da
sensibilidade agrave insulina o aumento do gasto energeacutetico da massa e da forccedila
muscular da capacidade cardiorrespiratoacuteria da flexibilidade e do equiliacutebrio
(FERREIRA GOBI 2003)
Segundo Toscano e Olivera (2007) os programas puacuteblicos criados para a promoccedilatildeo
de praacutetica de atividade fiacutesicas satildeo importantes para o aumento da qualidade de vida
seja atraveacutes dos benefiacutecios desta praacutetica e atraveacutes de um maior conviacutevio social que
afasta a solidatildeo
Matsudo (2002) relata que vaacuterios pesquisadores ressaltam a necessidade da
implantaccedilatildeo de programas voltados agrave praacutetica de atividade fiacutesica em todo mundo
uma vez que estes mesmo pesquisadores encontraram resultados bastante
satisfatoacuterios relacionados agrave praacutetica regular de atividade fiacutesica demostrando ainda
44
que esta praacutetica eacute essencial para diminuir as consequecircncias indesejaacuteveis na sauacutede
dos indiviacuteduos decorrentes do envelhecimento
Atualmente no mundo todo a prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e
outras intercorrecircncias na sauacutede provocadas pelo passar da idade natildeo poder estar
isolada da praacutetica de atividade fiacutesica (MATSUDO et al 2006)
Atraveacutes de vaacuterios resultados positivos evidenciados em diversos estudos que
abordaram a atividade fiacutesica e os benefiacutecios proporcionados a seus praticantes jaacute eacute
possiacutevel verificar o aumento de investimento de oacutergatildeo puacuteblicos e privados em
programas de incentivo e orientaccedilatildeo a praacutetica de atividade fiacutesica (FERREIRA GOBI
2003)
Hoje em dia diversas aacutereas dos oacutergatildeos puacuteblicos estatildeo investindo em programas de
incentivo a atividade fiacutesica principalmente para os idosos entretanto deve-se ter
cautela na execuccedilatildeo destes programas garantindo um espaccedilo fiacutesico adequado com
profissionais qualificados a fim de que se possa realmente alcanccedilar os objetivos
destes programas (BENEDETTI GONCcedilALVES 2007)
45
3 METODOLOGIA 31 DESENHO DE ESTUDO
Foi realizado um estudo descritivo transversal com uma abordagem qualitativa com
40 idosos cadastrados no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe muniacutecipio de
Serra participantes e natildeo participantes do programa municipal de orientaccedilatildeo ao
exerciacutecio fiacutesico realizado neste espaccedilo
O estudo ocorreu em dois encontros na primeira consulta ocorreu a identificaccedilatildeo do
paciente e a coleta de dados antropomeacutetricos Inicialmente foi realizado a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) e em
seguida foi realizada uma entrevista para o preenchimento do Prontuaacuterio contendo
os seguintes itens Identificaccedilatildeo do paciente e avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica (Apecircndice
B) e o paciente foi convidado ainda a realizar o registro alimentar de trecircs dias para
ser analisado na proacutexima consulta (Apecircndice C)
No segundo encontro que foi realizado uma semana apoacutes a primeira consulta foi
coletado o registro alimentar de trecircs dias e ainda foi aplicado o questionaacuterio
Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica do tipo IPAQ curto para classificaacute-los
quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica exercido pelos mesmos (Anexo A)
32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO
O Comitecirc de sauacutede do idoso trata-se de uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
registrada regularmente instituiacutedo por um grupo de idosos da regiatildeo mas conta com
o apoio da Prefeitura da Serra o proacuteprio espaccedilo fiacutesico eacute cedido pela prefeitura e
sendo assim o mesmo local recebe o Programa municipal de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico
Os idosos cadastrados no comitecirc contribuem com um valor singelo mensalmente
para que sejam criadas atividades recreativas para os mesmos como curso de
pintura bordado viagens e outros Atualmente existem cerca de cento e sessenta
idosos cadastrados no comitecirc e um grupo de oito idosos compotildeem a diretoria sendo
um presidente que planejam atividades e buscam apoio de entidades puacuteblicas e
privadas para realizaccedilatildeo de alguns serviccedilos e atividades
46
A principal atividade exercida pelos cadastrados eacute o PROEF que conta com um
educador fiacutesico que orienta os participantes do programa com ginaacutestica aeroacutebica
com duraccedilatildeo de uma hora por trecircs vezes na semana entretanto natildeo satildeo todos os
cadastrados no comitecirc de sauacutede do idoso que participam deste programa
33 ASPECTOS EacuteTICOS
Foi informado aos indiviacuteduos todos os procedimentos a serem realizados durante a
pesquisa antes de assinar o termo de consentimento livre e esclarecido conforme
as normas para realizaccedilatildeo de Pesquisa em seres humanos e atendendo aos
criteacuterios da Eacutetica da Pesquisa em Sauacutede segundo descrito na Resoluccedilatildeo 19696
(BRASIL 2002)
O Projeto de pesquisa do presente trabalho foi submetido ao Comitecirc de eacutetica e
Pesquisa da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo tendo sido aprovado
34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
As medidas antropomeacutetricas analisadas para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal
dos indiviacuteduos foram peso corporal altura percentual de gordura circunferecircncias
do braccedilo cintura panturrilha e prega cutacircnea tricipital
Para a coleta das medidas antropomeacutetricas foram utilizados os seguintes
instrumentos balanccedila de bioimpedacircncia da marca Tanitareg devidamente calibrada
com capacidade de 150 kg e precisatildeo de 100g adipocircmetro de marca Cescorf
devidamente calibrado com amplitude de 88 mm e precisatildeo de 01mm fita meacutetrica
natildeo elaacutestica da marca Sanny estadiocircmetro da marca Altura Exata e com precisatildeo
de 05cm
O indiviacuteduo foi pesado usando roupas leves sem sapatos e sem qualquer objeto de
metal com o auxiacutelio da balanccedila Tanitareg colocada numa superfiacutecie plana e riacutegida
pela qual se obteve aleacutem do peso os valores dos percentuais de gordura e de
aacutegua Ressalta-se a natildeo indicaccedilatildeo do uso da bioimpedacircncias em indiviacuteduos que
possuem em seu corpo algum material metaacutelico como marcapasso devido as
possiacuteveis falhas na passagem da corrente eleacutetrica (CONSELHO FEDERAL DE
MEDICINA 2009)
47
A altura foi determinada utilizando-se o estadiocircmetro sendo orientado ao paciente
permanecer descalccedilo em posiccedilatildeo ereta olhando para o horizonte com os
calcanhares unidos e apoiados agrave parte posterior do estadiocircmetro assim como a
parte posterior dos joelhos naacutedegas e escaacutepulas estando a cabeccedila posicionada
reta (BRASIL 2011c)
Na tabela 2 satildeo encontrado os resultados do IMC com base no peso e altura
aferidos do paciente usando a foacutermula IMC = Peso corporal (kg) Estatura (m)sup2
sendo este avaliado segunda a classificaccedilatildeo recomendado pelo Sistema de
Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos Classificaccedilatildeo IMC (kgmsup2) Risco de Comorbidades
Baixo Peso lt 22 Baixo Peso Normal 22 - 269 Meacutedio Sobrepeso ge270 - Fonte The Nutrition Screening Initiative (1994) citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e
Nutricional Orientaccedilotildees para coleta anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede
(2011)
Os valores de referecircncia utilizados para a classificaccedilatildeo do percentual de gordura
corporal de idosos segundo GALLAGHER et al (2000) encontram-se no tabela 3
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos
Classificaccedilatildeo Gordura Corporal ()
Homens Mulheres Baixo lt13 lt24
Adequado 13 ndash 249 24 - 359
Elevado 25 - 299 36 - 419
Muito Elevado ge 30 ge 42
Fonte GALLAGHER et al 2000 Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex
A circunferecircncia da cintura foi aferida com o paciente em peacute usando a fita meacutetrica
para circundar o indiviacuteduo no ponto meacutedio entre a crista iliacuteaca e a uacuteltima costela A
circunferecircncia da cintura (CC) foi utilizada com o objetivo de identificar o padratildeo de
distribuiccedilatildeo da massa adiposa pois eacute considerado o melhor indicador para a
48
avaliaccedilatildeo do risco de doenccedilas cardiovasculares e metaboacutelicas em estudos
epidemioloacutegicos (MARTINS et al 2009) Utilizaram-se os pontos de corte definidos
na Diretriz Brasileira de Obesidade (2010) e atualmente recomendados pelo
Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (tabela 4)
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres Risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas Homem Mulher
Aumentado ge 94 ge 80
Substancialmente aumentado ge 102 ge 88
Fonte WHO 2000 citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilotildees para coleta
anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede (2011)
A circunferecircncia do braccedilo foi mensurada com o individuo em peacute com o braccedilo
flexionado a 90 graus para determinaccedilatildeo do ponto meacutedio entre o acrocircmio e o
oleacutecramo e em seguida com o braccedilo estendido e relaxado ao longo do corpo
posicionando a fita no sentido horizontal para a obtenccedilatildeo da medida (COSTA 2012)
O resultado obtido foi comparado aos valores de referecircncia demonstrados na tabela
de percentis por Frisancho (1990) no anexo B A adequaccedilatildeo da CB foi determinada
atraveacutes da foacutermula Adequaccedilatildeo da CB ()= CB obtida (cm) CB percentil 50 x 100 e
o estado nutricional classificado de acordo com o tabela 5
Tabela 5 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a circunferecircncia do braccedilo
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por Sommacal 2011 A circunferecircncia da panturrilha eacute considerada um oacutetimo indicador antropomeacutetrico
para idosos uma vez que possibilita a identificaccedilatildeo de alteraccedilotildees da massa
muscular em idosos com um ponto de corte menor de 31 centiacutemetros como
indicador de desnutriccedilatildeo (ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE citado por
MOREIRA et al 2011)
49
A teacutecnica de mensuraccedilatildeo da prega cutacircnea tricipital foi preconizada por Lohman
(1991) citado por Sommacal e outros (2011) no qual indica que para a afericcedilatildeo da
prega cutacircnea tricipital deve ser realizado no mesmo ponto meacutedio utilizado para a
CB no qual deve-se separar levemente a prega do braccedilo natildeo-dominante
desprendendo-a do tecido muscular e aplicar o calibrador formando um acircngulo reto
O braccedilo deve estar relaxado e solto ao lado do corpo
O valor encontrado da prega cutacircnea tricipital foi comparado ao padratildeo de referecircncia
no anexo C e posteriormente foi calculado a adequaccedilatildeo da PCT atraveacutes da
equaccedilatildeo
Adequaccedilatildeo da PCT = PCT obtida PCT percentil 50 x 100 A adequaccedilatildeo da PCT foi
classificada segundo a tabela 6
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a 110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por lSommacal 2011 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR
No primeiro encontro os indiviacuteduos participantes receberam trecircs formulaacuterios para
realizaccedilatildeo do registro e orientaccedilotildees de como realizar o registro alimentar de trecircs
dias sendo que deveriam ser realizados em dias natildeo consecutivos contemplando
dois dias da semana e um dia do final de semana Cada participante deveria anotar
todos os alimentos e bebidas ingeridos ao longo do dia e suas respectivas
quantidades incluindo os alimentos consumidos fora de sua residecircncia (FISBERG
MARCHIONI COLUCCI 2009) Foi orientado ainda ao indiviacuteduo que solicitasse
auxilio aacute um familiar caso encontrasse dificuldades em preencher o relatoacuterio
Com a coleta do registro alimentar de trecircs dias foi possiacutevel realizar o caacutelculo de
energia em (kcal) macronutrientes e micronutrientes A anaacutelise foi realizada atraveacutes
de caacutelculos manuais com o auxiacutelio da tabela brasileira de composiccedilatildeo dos alimentos
(TACO)
50
A anaacutelise do consumo alimentar ocorreu com a utilizaccedilatildeo o iacutendice de qualidade da
dieta revisado que foi reformulado por Previdelli (2011) em conformidade com as
recomendaccedilotildees dieteacuteticas preconizadas pelo guia alimentar para a populaccedilatildeo
brasileira de 2006 para a classificaccedilatildeo da qualidade da dieta seratildeo utilizados os
pontos de corte proposto pelo mesmo autor que classifica uma dieta ldquoinadequadardquo
abaixo de 40 pontos entre 41 e 64 pontos dieta que ldquoprecisa de modificaccedilatildeordquo e
acima de 64 pontos classifica-se como ldquodieta saudaacutevelrdquo (Anexo D e E)
36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA
A atividade fiacutesica pode ser considerada uma grande estrateacutegia em sauacutede puacuteblica
visto que poderiacuteamos atingir uma grande economia com a reduccedilatildeo do sedentarismo
Hoje em dia encontra-se mais de dois milhotildees de mortes anualmente causadas pela
inatividade fiacutesica em todo o mundo O sedentarismo natildeo estaacute relacionado somente
com doenccedilas e morte mas tambeacutem com a geraccedilatildeo de altos custos a sociedade No
ano de 1995 pode ser constatado que os Estados Unidos gastaram vinte e quatro
bilhotildees de doacutelares somente com o sedentarismo Sendo assim podemos observar
que com o aumento da praacutetica de atividade fiacutesica da populaccedilatildeo pode-se contribuir
indiretamente para o desenvolvimento humano e o progresso econocircmico
(WASHBURN 1993 et al Citado por PARDINI et al 2001 p46)
Um dos grandes fatores para o aparecimento de doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis eacute o sedentarismo O haacutebito de praticar algum tipo de atividade fiacutesica
tem sido usado como um meacutetodo faacutecil e de baixo custo para prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas Recomendam-se a praacutetica de pelo menos trinta minutos de atividade
diariamente para que seus benefiacutecios sejam apresentados (MASSON et al 2005)
O IPAQ estima o niacutevel de praacutetica habitual de atividade fiacutesica e foi desenvolvido pelo
Grupo Internacional para Consenso em Medidas da Atividade Fiacutesica constituiccedilatildeo
sob a chancela da OMS para ser utilizado em vaacuterios paiacuteses dentre eles Brasil e
Japatildeo (GUEDES et al 2005 GUEDES 2007 CORA 2003 citado por MIZUNO
2007)
O niacutevel de atividade fiacutesica foi determinado atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica ndash IPAQ na forma curta proposto por MIZUNO
(2007) sendo utilizadas quatro questotildees para avaliar a atividade fiacutesica dentro de uma
51
semana normal Os entrevistados relataram as atividades que satildeo realizadas ao
longo da semana em casa no trabalho e nas horas de lazer e descanso a
frequecircncia semanal e o tempo diaacuterio de cada atividade As atividades foram
classificadas como
1) vigorosas (corrida ginaacutestica aeroacutebica futebol velocidade raacutepida na bicicleta
basquete serviccedilos domeacutesticos pesados em casa ou no quintal carregar objetos com
peso alto)
2) moderadas (velocidade leve na bicicleta nataccedilatildeo danccedila ginaacutestica aeroacutebica leve
vocirclei carregar objetos com peso leve serviccedilos domeacutesticos em casa ou no quintal
como varrer e realizar cuidados no jardim)
3) caminhada (no trabalho ou por lazer)
4) sem gasto caloacuterico (sentado assistindo TV ou lendo)
Segundo o autor a partir dessas informaccedilotildees eacute possiacutevel estimar o gasto energeacutetico
em METs Um MET representa o consumo de oxigecircnio em repouso ou taxa
metaboacutelica de repouso Uma atividade que requer o dobro de energia do repouso
requer 2 METrsquos e assim sucessivamente Para o caacutelculo do gasto em METs o IPAQ
usa as seguintes foacutermulas
a) caminhada MET-minutosemanal = 33 X tempo diaacuterio de caminhada X frequumlecircncia
semanal
b) moderado MET- minutosemanal = 40 X tempo diaacuterio de atividade moderada X
frequecircncia semanal
c) vigoroso MET- minutosemanal = 80 X tempo diaacuterio de atividade vigorosa X
frequecircncia semanal d) total da atividade fiacutesica MET- minutosemanal = soma da
Caminhado + Moderado + Vigoroso MET - minutossemanal
Com essas informaccedilotildees classifica-se o indiviacuteduo em uma das seguintes categorias
a) baixo nenhuma atividade ou atividades que natildeo se enquadram nas categorias 2 e
3
b) moderado deve ser encaixar em pelos menos um dos criteacuterios de atividade
vigorosa por pelos menos trecircs dias por semana e em um periacuteodo miacutenimo de 20
minutos ou cinco ou mais dias de atividade moderada eou caminhada por pelo
52
menos 30 minutos por dia ou ainda qualquer combinaccedilatildeo de atividade moderada ou
vigorosa ou caminhada com gasto miacutenimo de 600 met-minsemana por cinco ou
mais dias na semana
c) alto Um dos dois criteacuterios atividade vigorosa em no miacutenimo 3 dias da semana
com gasto miacutenimo de 1500 MET-minutosemana ou 7 ou mais dias de combinaccedilatildeo
de caminhada atividade moderada e vigorosa com gasto miacutenimo de 3000 met-
minutosemana (IPAQ)
37 ANAacuteLISE DOS DADOS
Foi realizada uma anaacutelise descritiva das variaacuteveis quantitativas sendo os dados
apresentados em meacutedia desvio-padratildeo miacutenimo maacuteximo e mediana Os dados
qualitativos seratildeo apresentados atraveacutes de frequecircncia absoluta e relativa As
anaacutelises foram realizadas com auxilio do software SPSS V 20 2013
Para comparar os idosos praticantes de atividade fiacutesica baixo e praticantes de
atividade fiacutesica moderado foi aplicado o teste t de student nesta anaacutelise foi
considerado o niacutevel de significacircncia plt005
53
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS
Foram avaliados 40 indiviacuteduos sendo que natildeo houve perdas da amostra e nem
desistecircncia por parte dos participantes Na tabela 7 estatildeo apresentadas as
caracteriacutesticas gerais da amostra estudada na qual aponta que 40 (100)
indiviacuteduos pesquisados eram do sexo feminino Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade
fiacutesica 27 idosos (68) foram classificados com niacutevel moderado (MOD) seguido de
13 (32) indiviacuteduos da amostra com niacutevel baixo (BAIX)
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra VARIAacuteVEIS N
Sexo Masculino 0 0 Feminino 40 100 Niacutevel de Atividade Fiacutesica Baixo 13 32 Moderado 27 68 Alto 0 0 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica VARIAacuteVEIS GRUPO BAIX GRUPO MOD GERAL P-VALOR
IMC (kgmsup2) 3130 plusmn 851 2905 (2115-5664)
2553 plusmn 386 2488 (1973-3451)
274 plusmn 630 2688 (1973-5664) 0005
GC () 3726 plusmn 685 384 (246-462)
3298 plusmn 686 318 (222-543)
3405 plusmn 699 338(222-542) 0113
CC (cm) 9716 plusmn 1873 97 (575-1395)
8568 plusmn 1038 84 (685-107)
8941 plusmn 1447 8925 (575-1395) 0017
CP (cm) 373 plusmn 401 38 (29-46)
3464 plusmn 369 345 (295-46)
3551 plusmn 3 35 (29-46) 0006
CB 11267 plusmn 2204 10819 (754-168)
9534 plusmn 1328 9506 (6885-12218)
10097 plusmn 1829 10063 (6885-168) 0045
de PCT 10361 plusmn 3148 98 (74-172)
7963 plusmn 2684 74 (38-152)
8657 plusmn 2993 79 (38-172) 0006
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
54
O IMC meacutedio do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi equivalente a
3130kgmsup2 que equivale a classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o valor meacutedio
encontrado no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado foi de 2553kgmsup2
caracterizando eutrofia O percentual de gordura corporal obteve meacutedia de 3726
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que equivale a uma classificaccedilatildeo de
elevaccedilatildeo e 3298 no qual equivale a adequaccedilatildeo no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado A circunferecircncia da cintura apresentou valores meacutedio de 9716 cm
equivalendo ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e
8568 cm caracterizando risco aumentado para os grupos com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e com niacutevel de atividade fiacutesica moderado respectivamente O valor do
percentual de adequaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo apresentou media de 11267
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que caracteriza sobrepeso e 9534 no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado que caracteriza eutrofia (tabela 8)
Um importante instrumento para a avaliaccedilatildeo de composiccedilatildeo corporal eacute o IMC sendo
que para idosos o valor acima de 27kgmsup2 claacutessica o indiviacuteduo com sobrepeso
abaixo de 22kgmsup2 como baixo peso e a eutrofia se encaixa entre os valores de
22kgmsup2 a 27kgmsup2 sendo assim a avaliaccedilatildeo quantitativa do perfil antropomeacutetrico da
amostra destaca que segundo o IMC no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo
769 (n=1) dos indiviacuteduos estatildeo com baixo peso tambeacutem 769 (n=1) se
encontram eutroacuteficos e 8461 (n=11) estatildeo com sobrepeso jaacute no grupo com
atividade fiacutesica moderado 1852 (n=5) dos indiviacuteduos apresentam baixo peso
4814 (n=13) satildeo eutroacuteficos e 3333 (n=9) estatildeo com sobrepeso Sendo assim o
grupo de com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma maior ocorrecircncia
de indiviacuteduos eutroacuteficos (figura 1)
Observa-se ainda a existecircncia da diferenccedila significante entre o iacutendice de massa
corporal dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o iacutendice de massa corporal
dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado uma vez que o p-valor
encontrado foi menor que 005 (0005) Sendo assim conclui-se que haacute correlaccedilatildeo
positiva entre a praacutetica de atividade fiacutesica e o iacutendice de massa corporal uma vez que
os indiviacuteduos praticantes de atividade fiacutesica baixo obtiveram um valor meacutedio maior
de iacutendice de massa corporal quando comparado ao grupo de idosos que possuem
niacutevel de atividade fiacutesica moderado
55
Figura 1 - Perfil nutricional segundo IMC de acordo com niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode-se observar que no grupo de idosos que possuem um niacutevel menor de atividade
fiacutesica 6153 (n=8) dos indiviacuteduos apresentaram risco substancialmente elevado de
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura mensurada
2307 (n=3) indiviacuteduos apresentaram risco aumentado e 1538 (n=2) natildeo
apresentaram riscos
Enquanto que no grupo de quem praacutetica atividade fiacutesica moderadamente 3333
(n=9) natildeo apresentaram riscos 2962 (n=8) apresentaram risco aumentado e
3703 (n=10) apresentaram risco substancialmente elevado de complicaccedilotildees
metaboacutelicas (figura 2)
Houve correlaccedilatildeo significante entre as medidas de circunferecircncia da cintura dos
grupos estudados encontrando o p-valor menor que 005 (0017) Dessa forma
conclui-se que haacute correlaccedilatildeo entre a praacutetica de atividade fiacutesica e a medida da
circunferecircncia da cintura uma vez que o valor meacutedio desse indicador foi menor no
grupo de indiviacuteduos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao valor meacutedio encontrado no grupo de indiviacuteduos que possuem o niacutevel
de atividade fiacutesica baixo
769 769
8461
1852
4814
3333
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
56
Figura 2 - Classificaccedilatildeo de risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Com relaccedilatildeo ao percentual de gordura corporal apenas 9 indiviacuteduos do grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foram avaliados devido a impossibilidade de se usar a
bioimpedacircncia decorrente da presenccedila de placas metaacutelicas no corpo dos indiviacuteduos
Sendo assim podemos observa na figura 3 que apenas 1111 (n=1) dos indiviacuteduos
avaliados do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam valores
adequados de percentual de gordura 5555 (n=5) apresentam valores elevados
3333 (n= 3) apresentam valores muito elevados e nenhum indiviacuteduo apresentou
baixo valor
No grupo dos indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica moderado 5185
(n= 14) dos indiviacuteduos possuem um percentual adequado 74 (n= 2) apresentam
baixo valor 3703 (n= 10) apresentam valor elevado 37 (n= 1) apresentam um
valor muito elevado e nenhum indiviacuteduo apresentou baixo valor
Observa-se que o percentual de gordura dos idosos estudados natildeo apresentou
correlaccedilatildeo com a praacutetica de atividade fiacutesica uma vez que o p-valor deste indicador
foi maior que 005 (0113) ou seja natildeo houve diferenccedila significante entre os valores
meacutedios de percentual de gordura entre os grupos
1538
2307
6153
3333 2962
3703 NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
57
Figura 3 ndashClassificaccedilatildeo gordura corporal de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha pode constatar que apenas 10 (n=4)
de toda a populaccedilatildeo apresentou o quadro de desnutriccedilatildeo com um valor de CP
menor que 31 cm sendo que apenas 769 (n=1) do grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica baixo se enquadraram neste paracircmetro e 1111 (n=7) do grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Na correlaccedilatildeo dos valores meacutedios de circunferecircncia da panturrilha entre os grupos
de idosos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o grupo de idosos que
apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado observa-se uma diferenccedila
estatisticamente comprovada uma vez que o p-valor encontrado foi menor que
0005 (0045) sendo assim o valor meacutedio encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado foi menor quando comparado ao niacutevel de atividade fiacutesica
baixo
Observa-se que na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica baixo apresentou um valor meacutedio de percentual de adequaccedilatildeo de
11267 que equivale a sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou um valor meacutedio de 9534 que equivale a eutrofia
A anaacutelise da prega cutacircnea tricipital revelou que o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresenta uma classificaccedilatildeo meacutedia de eutrofia com o valor meacutedio de
percentual de adequaccedilatildeo de 10361 e o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
0
1111
5555
3333
74
5185
3703
37
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
58
moderado apresentou desnutriccedilatildeo moderada com o valor meacutedio de percentual de
adequaccedilatildeo de 7963
Observa-se que tanto a medida da circunferecircncia do braccedilo quanto a medida da
prega cutacircnea tricipital apresentaram diferenccedilas significantes entre os grupos
estudados uma vez que ambos apresentaram p-valor menor que 005 ou seja
conclui-se que os indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam
valores maiores destes indicadores quando comparados ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Eacute pertinente ao estudo comprovar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa corporal
e circunferecircncia da cintura coletadas no grupo de idosos com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado Para fazer a anaacutelise da natildeo correlaccedilatildeo entre os iacutendices de iacutendice
de massa corporal e circunferecircncia da cintura eacute necessaacuterio interpretar os dados
amostrais avaliando esses dois dados e confrontando-os em cada grupo amostral
Na tabela 9 e 10 estatildeo correlacionados os dados de iacutendice de massa corporal e
circunferecircncia da cintura do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e do grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS SEM RISCO RISCO
AUMENTADO RISCO SUBSTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 1 1 0 0
Eutrofia 1 1 0 0
Sobrepeso 11 0 3 8 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
SEM RISCO
RISCO AUMENTADO
RISCO SUSBTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 5 4 1 0 Eutrofia 13 5 5 3 Sobrepeso 9 0 2 7 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Observa-se de acordo com a tabela 9 somente os indiviacuteduos classificados como
sobrepeso no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentaram risco
59
aumentado ou substancialmente elevado para complicaccedilotildees metaboacutelicas associados
a circunferecircncia da cintura entretanto na tabela 10 pode-se observar que no grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado tanto alguns indiviacuteduos classificados com
eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com sobrepeso apresentaram risco
aumentado e substancialmente aumentado pode-se constatar ainda que um
indiviacuteduo classificado como baixo peso tambeacutem apresentou um risco aumentado
para complicaccedilotildees metaboacutelicas associado a circunferecircncia da cintura
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo CLASSIFICACcedilAtildeO
DO IMC Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 1 0 1 0 0
Eutrofia 1 0 0 1 0
Sobrepeso 11 0 0 4 3
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 5 2 3 0 0 Eutrofia 13 0 10 3 0 Sobrepeso 9 0 1 7 1 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 11 e 12 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o percentual de gordura corporal tanto no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado alguns indiviacuteduos
mesmo sendo classificados com eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com
sobrepeso apresentaram um percentual elevado de gordura corporal
Aplicando o iacutendice de qualidade da dieta pode se observar que a maioria da
populaccedilatildeo estudada encontra-se com uma ldquodieta saudaacutevelrdquo sendo representada por
7692 (n=10) no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e por 85 18 (n=23) no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou 2307 (n=3) dos indiviacuteduos com ldquodieta que precisa de
60
modificaccedilatildeordquo enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou 1481 (n=4) nenhum indiviacuteduo dos dois grupos apresentou ldquodieta
inadequadardquo (figura 4)
Em geral a populaccedilatildeo de idosos estudada apresentou uma meacutedia do IQD-R de
7592 com variaccedilatildeo de 5672 a 9074 pontos O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou uma meacutedia 7393 enquanto que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma valor meacutedia de 7688
Figura 4 - Iacutendice de qualidade da dieta de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 13 e 14 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o iacutendice de qualidade da dieta revisado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado a classificaccedilatildeo
de ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo apareceu em todas as classificaccedilotildees do iacutendice
de massa corporal ou seja indiviacuteduos com baixo peso eutroacuteficos e com sobrepeso
apresentaram ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo Em contrapartida diversos
indiviacuteduos com sobrepeso e tambeacutem com baixo peso apresentaram ldquodieta saudaacutevelrdquo
Sendo assim conclui-se que o iacutendice de massa corporal natildeo apresentou correlaccedilatildeo
com o iacutendice de qualidade da dieta ingerida pelos idosos
0
2307
7692
0
1481
8518
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
61
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO DIETA
SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 1 0 0 1 Eutrofia 1 0 1 0 Sobrepeso 11 0 2 9 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO
DIETA SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 5 0 1 4 Eutrofia 13 0 2 11 Sobrepeso 9 0 1 8
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
62
42 DISCUSSAtildeO
Da populaccedilatildeo estudada todo o grupo era composto por mulheres essa situaccedilatildeo de
um nuacutemero maior de idosos do sexo feminino do que do sexo masculino encontrada
em vaacuterios outros estudos com a populaccedilatildeo idosa Galesi e outros (2008) que
avaliaram o perfil alimentar e nutricional de 60 idosos do sexo feminino e apenas 25
do sexo masculino em uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia e tambeacutem por Abreu e
outros (2008) que avaliaram a inadequaccedilatildeo no consumo alimentar de idosos no
qual 69 da amostra estudada era composta pelo sexo feminino Salgado citado por
Galesi e outros (2008) afirma que essas situaccedilotildees refletem a feminizaccedilatildeo da
populaccedilatildeo idosa ou seja realmente existe uma proporccedilatildeo relativamente maior de
idosos do sexo feminino do que do sexo masculino esse fenocircmeno eacute decorrente de
diversos fatores entre eles eacute a elevada expectativa de vida para mulheres que em
meacutedia vivem sete anos a mais do que os homens outro fato eacute a mulher geralmente
se casar com homens mais velhos que consequentemente morrem primeiro que
esta aumentando assim a sobrevivecircncia da esposa em relaccedilatildeo ao seu marido
Em paralelo Vera citado por Machado e outros (2006) afirma que a mulher possui
atitudes diferentes a dos homens frente a preocupaccedilatildeo com a sauacutede tendo uma
maior procura pelos serviccedilos ou qualquer atividade puacuteblica relacionada a sauacutede
encontrando assim em seu estudo 743 da amostra composta por mulheres
idosas
De acordo com o IPAQ 325 dos indiviacuteduos possuiacuteam niacutevel de atividade fiacutesica
baixo e 675 possuiacuteam niacutevel moderado de atividade fiacutesica Uma vez que a pratica
de atividade fiacutesica moderada ou vigorosa classifica o indiviacuteduo como ativo isso
implica dizer que 675 dos idosos analisados satildeo ativos
A praacutetica de atividade fiacutesica eacute essencial para todas as faixas etaacuterias mas no caso de
idosos esta praacutetica pode beneficiar ainda a sauacutede dos mesmos uma vez que a
atividade fiacutesica contribui para diminuiccedilatildeo de dores nas articulaccedilotildees diminuiccedilatildeo de
gordura corporal e maior captaccedilatildeo de glicose sanguiacutenea entre outros benefiacutecios
(FRANCHI JUacuteNIOR MONTENEGRO) Mota e outros (2006) afirma que a pratica de
atividade fiacutesica regular por idosos pode tambeacutem contribuir na prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas como hipertensatildeo arterial doenccedilas cardiovasculares diabetes e siacutendrome
63
metaboacutelica impactando assim no aumento de qualidade de vida e reduccedilatildeo de
mortalidade nesta populaccedilatildeo
Aleacutem de diversos benefiacutecios aacute sauacutede do idoso como prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas a praacutetica regular de atividade fiacutesica ainda pode contribuir para o
retardamento da reduccedilatildeo da capacidade funcional do organismo decorrente do
envelhecimento contribuindo assim diretamente para o aumento da qualidade de
vida desta populaccedilatildeo (REIS SOUZA 2012)
Hurley e Hagber (1998) citado por Matsudo e Paiva Neto (2000) relatam que a
praacutetica de qualquer atividade fiacutesica por si soacute seja exerciacutecio aeroacutebico ou anaeroacutebico
levam a reduccedilatildeo de gordura corporal em idosos mesmo sem restriccedilatildeo caloacuterica
Shepard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) relatam que as
alteraccedilotildees ocorridas na composiccedilatildeo corporal com a praacutetica regular de atividade
fiacutesica podem ser decorrentes das alteraccedilotildees na taxa metaboacutelica em repouso No
estudo de Bergman (1991) citado por Ferreira (2007) foi constatado que a praacutetica
regular de atividade fiacutesica em curto espaccedilo contribui para uma melhora na
composiccedilatildeo corporal 27 idosas foram submetidas a realizar caminhadas em esteira
quatro vezes por semana e apoacutes 10 semanas obtiveram reduccedilatildeo na gordura
corporal e aumento de massa magra
Pode-se observar que os idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica moderada
apresentaram melhores resultados de composiccedilatildeo corporal quando comparado aos
idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica baixo o IMC meacutedio encontrado foi de
2553kgmsup2 e 3130kgmsup2 apresentando eutrofia e sobrepeso respectivamente
Mazo e outros (2006) tambeacutem constatou que 956 da sua populaccedilatildeo de idosas que
apresentavam excesso de peso possuiacuteam um baixo iacutendice de aptidatildeo funcional geral
decorrente da praacutetica irregular de atividade fiacutesica enquanto que 429 das idosas
que apresentavam IMC adequado estavam com o iacutendice de aptidatildeo funcional geral
bom Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) tambeacutem verificaram em seu estudo que
comparava a composiccedilatildeo corporal de idosos esportista e idosos irregularmente
ativos que o grupo de idosos esportistas possuiacutea um IMC de eutrofia enquanto que
o grupo de idosos irregularmente ativos possuiacuteam um IMC de sobrepeso
O baixo peso encontrado em 15 em toda a populaccedilatildeo estudada eacute tatildeo preocupante
como o sobrepeso tambeacutem encontrado Na atualidade estima-se que a prevalecircncia
de baixo peso fique em torno de 1 a 15 em idosos que vivem em residecircncias e
64
esse valor ainda tem aumento quando trata-se de idosos residentes em instituiccedilotildees
de longa permanecircncia (25 a 60) e um aumento ainda maior quando diz respeito a
idosos hospitalizados (35 a 65) A desnutriccedilatildeo em idosos pode favorecer a
incidecircncia de doenccedilas que consequentemente iratildeo interferir no estado nutricional do
indiviacuteduo Essa populaccedilatildeo eacute dita como um grupo de risco para o baixo peso devido a
vaacuterias alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento como reduccedilatildeo do
paladar dificuldades de mastigaccedilatildeo aleacutem do elevado uso de medicamentos que
consequentemente interfere no apetite na digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes
(SOUSA GUARIENTO 2009) Outros diversos estudos tambeacutem encontraram a
prevalecircncia de baixo peso em idosos Fiore e outros (2006) que avaliaram o perfil
nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede tambeacutem encontraram
na sua populaccedilatildeo 151 dos indiviacuteduos apresentando baixo peso de forma
semelhante Galesi e outros (2008) encontraram uma proporccedilatildeo de 18 de idosos
com baixo peso em seu estudo que avaliava o perfil alimentar e nutricional de idosos
institucionalizados
Quanto ao risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas associada agrave circunferecircncia da cintura
o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou uma meacutedia de 9716 cm o
que representa um risco substancialmente elevado e o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia de 8568 cm que classifica um risco
aumentado Aleacutem disso pode-se contatar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa
corporal e o risco de complicaccedilatildeo metaboacutelica de acordo com a circunferecircncia da
cintura de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado no qual foi encontrado que
mesmo indiviacuteduos que natildeo estavam com sobrepeso apresentaram um risco
aumentado ou substancialmente aumentado para complicaccedilotildees metaboacutelicas
Os elevados valores encontrados de circunferecircncia da cintura podem ser explicados
devido agraves alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento que contribuem
para o aumento de peso e tambeacutem para a redistribuiccedilatildeo da gordura corporal
(FERREIRA 2003) Bouchard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007)
afirmaram que a gordura corporal em idosos eacute encontrada em maiores quantidades
na regiatildeo do abdocircmen Outros autores ainda afirmam que o aumento da
circunferecircncia da cintura se deve a substituiccedilatildeo da gordura subcutacircnea pela gordura
visceral na regiatildeo abdominal aleacutem da existecircncia de uma redistribuiccedilatildeo da gordura
corporal que deixa de se depositar nos membros ocorrendo assim um acuacutemulo na
65
regiatildeo central do corpo Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do perfil
nutricional de idosos verificaram um alto iacutendice de prevalecircncia de risco para
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura 808 da
populaccedilatildeo estudada e especialmente em idosos do sexo feminino
Na avaliaccedilatildeo da gordura corporal tambeacutem pode ser notado a natildeo correlaccedilatildeo entre
iacutendice de massa corporal e percentual de gordura corporal no qual pode ser
encontrado um percentual de gordura elevado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e niacutevel de atividade fiacutesica moderado em indiviacuteduos que natildeo se
classificam como sobrepeso este iacutendice tambeacutem vem comprovar as alteraccedilatildeo
corporais no idoso Entretanto quando haacute a comparaccedilatildeo entre os valores meacutedios de
gordura corporal dos dois grupos observa-se que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica possui um menor percentual Matsudo (2002) afirma que idosos considerados
ativos apresentam um menor peso corporal e tambeacutem um menor percentual de
gordura corporal
A avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador muito utilizado na
avaliaccedilatildeo do estado nutricional do idoso por ser sensiacutevel a perda de massa magra e
consequentemente a desnutriccedilatildeo Observa-se que na populaccedilatildeo geral estudada a
meacutedia da CP foi de 3551 cm que equivale a eutrofia um resultado parecido foi
encontrado tambeacutem por Rauen e outros (2008) em uma pesquisa que avaliaram o
estado nutricional de idosos encontrando um valor meacutedio de CP de 328 cm
tambeacutem os classificando com eutrofia Machado e outros (2006) tambeacutem natildeo
encontrou comprometimento da massa magra atraveacutes da circunferecircncia da
panturrilha sendo que o valor meacutedio encontrado no seu estudo que avaliava o perfil
nutricional e funcional de idosos foi de 367 cm para idosos do sexo masculino e
348 cm para idosos do sexo feminino
A circunferecircncia do braccedilo eacute utilizada para mensurar tecido muscular gorduroso e
tambeacutem tecido oacutesseo (TARTARI BUSNELLO NUNES 2010) Na avaliaccedilatildeo deste
indicador observa-se que em meacutedia o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo
apresentou uma classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado apresentou um estado meacutedio de eutrofia Machado e
outros (2006) verificou tambeacutem nenhum comprometimento do tecido adiposo atraveacutes
dos valores encontrados de CB estando 100 da sua populaccedilatildeo de idosos
estudada dentro do limite de normalidade natildeo correspondendo assim tambeacutem o
66
que Menezes e Marucci (2013) relataram sobre a circunferecircncia do braccedilo em idosos
que tende a diminuir devido agrave perda de massa magra tiacutepico da idade devido ocorrer
o deslocamento da gordura dos membros para regiatildeo central
Com relaccedilatildeo a prega cutacircnea tricipital observa-se um valor meacutedio que representa
de eutrofia no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo e classificaccedilatildeo meacutedia de
desnutriccedilatildeo moderada no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica moderado A mesma
situaccedilatildeo foi encontrada por Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do
perfil nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede no qual 548
da populaccedilatildeo apresentou um valor reduzido deste indicador que expressa a
quantidade e a localizaccedilatildeo do tecido adiposo subcutacircneo O mesmo autor afirma
ainda que este fato eacute esperado em indiviacuteduos idosos uma vez que existem
evidecircncias que comprovam que com o avanccedilar da idade haacute uma redistribuiccedilatildeo do
tecido gorduroso antes localizado nos membros para a regiatildeo abdominal
Quando avaliamos o estado nutricional dos indiviacuteduos atraveacutes do iacutendice de massa
corporal relacionado ao iacutendice de qualidade da dieta pode-se constatar que o IMC
natildeo teve relaccedilatildeo direta com o IQD-R uma vez que a classificaccedilatildeo de ldquodieta que
precisa de modificaccedilatildeordquo atingiu todas as classificaccedilotildees do IMC assim como a ldquodieta
saudaacutevelrdquo tambeacutem alcanccedilou todas as classificaccedilotildees Dessa forma podemos afirmar
que natildeo eacute apenas o consumo alimentar que resulta no estado nutricional
Campos Monteiro e Ornelas (2000) confirmam que o estado nutricional dos idosos eacute
um quadro resultante das diversas condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem
aleacutem de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade Montilla Marucci e
Aldrighi (2006) encontraram e seu estudo que avaliava o estado nutricional e o
consumo alimentar de mulheres no climateacuterio que o iacutendice de massa corporal natildeo
estava acompanhando a mesma tendecircncia do valor energeacutetico consumido ou seja
o IMC estava acima da classificaccedilatildeo de eutrofia entretanto o valor energeacutetico da
dieta ingerida estava adequado estes mesmo autores afirmaram que este fato pode
ter acontecido por pelo menos dois fatores o IMC avalia o estado nutricional atual
do indiviacuteduo mas que foi adquirindo ao logo de um tempo enquanto que o
recordatoacuterio 24 horas instrumento que geralmente eacute usado para avaliar o consumo
alimentar de indiviacuteduos ou populaccedilatildeo avalia somente o dia anterior ou o fato pode
ter acontecido devido a reduccedilatildeo do metabolismo que acompanha o passar da idade
67
podendo assim levar ao desequiliacutebrio energeacutetico mesmo que o consumo esteja
dentro das recomendaccedilotildees
A maior meacutedia de pontuaccedilatildeo do IQD-R foi encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado sendo assim as maiores pontuaccedilotildees do IQD-R foram
diretamente associada com a praacutetica de atividade fiacutesica assim como encontrado por
Wendpap (2012) em seu estudo que avaliou a qualidade da dieta de adolescentes
no qual foram encontrados maiores pontuaccedilotildees do IQD-R em adolescentes que
gastavam menos tempo com atividades ditas como sedentaacuterias como assistir
televisatildeo ou jogar viacutedeo game
Na avaliaccedilatildeo das pontuaccedilotildees do IQD-R por componente pode-se observar que tanto
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado como no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo houve baixa pontuaccedilatildeo para os grupos ldquofrutas totaisrdquo (263 e
241) ldquofruta integraisrdquo (281 e 248) ldquovegetais verdes escuros e alaranjados e
leguminosasrdquo (181 e 033) e ldquoLeite e derivadosrdquo (335 e 295) no grupo de ldquoVegetais
Totaisrdquo a populaccedilatildeo do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou um
consumo intermediaacuterio (323) enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
moderado apresentou um consumo baixo (217) No grupo ldquoCereais Totaisrdquo
observou-se uma elevada pontuaccedilatildeo pela populaccedilatildeo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo (861) e uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria (533) para a populaccedilatildeo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado assim como no grupo de ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo
com pontuaccedilatildeo de 947 e 529 respectivamente e no ldquogrupo de oacuteleosrdquo (811 e 491)
e ldquogordura saturadardquo (953 e 697) no componente ldquosoacutediordquo os dois grupos
populacionais tiveram pontuaccedilatildeo intermediaacuteria com 653 para o grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo e 548 para o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado e
no componente ldquoGord AArdquo houve elevada pontuaccedilatildeo (1792) e (1189) nos dois
grupos Sendo assim pode-se constatar que o componente do IQD-R que mais
contribuiu para elevaccedilatildeo da pontuaccedilatildeo foi o ldquoGord AArdquo
O baixo consumo de frutas verduras e leitesderivados por idosos tambeacutem foi
encontrado Martins e outros (2010) em 765 da populaccedilatildeo estudada no qual
associou este achado com os niacuteveis elevados de pressatildeo arterial outros estudos
tambeacutem confirmam um baixo consumo fibras e consequentemente de frutas e
verduras por idosos Galesi e outros (2008) verificou que apenas 26 da populaccedilatildeo
estudada realizam a ingestatildeo adequada de fibras diaacuteria que eacute em torno de 30gdia
68
A ingestatildeo de fibras eacute de grande importacircncia para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel em
todas as fases da vida mas na velhice o consumo de fibras se torna ainda mais
relevantes devido a grande prevalecircncia de constipaccedilatildeo intestinal nesta populaccedilatildeo
uma vez que as fibras auxiliam na formaccedilatildeo do bolo fecal e juntamente com outros
fatores realizam os estiacutemulos para o peristaltismo intestinal (Brasil 2009)
O baixo consumo de leites e derivados foi constato por outros diversos estudos com
a populaccedilatildeo idosa Machado e outros (2006) verificaram que o consumo de leites e
derivados em qualquer quantidade natildeo chegou a 100 da amostra o que
caracteriza provavelmente uma inadequaccedilatildeo no consumo de caacutelcio e Matta Papini e
Corrente encontraram um consumo meacutedio de apenas 118 porccedilotildees de leites e
derivados ao dia por idosos o que representa um consumo baixo considerando a
recomendaccedilatildeo de trecircs porccedilotildees ao dia A deficiecircncia de caacutelcio no organismo de um
idoso representa uma grande preocupaccedilatildeo uma vez que este eacute um importante
mineral para os idosos pois o consumo adequado de caacutelcio auxilia na prevenccedilatildeo ou
na reduccedilatildeo do aparecimento de doenccedilas oacutesseas como a osteoporose que eacute
caracterizada pela reduccedilatildeo de massa oacutessea que leva consequentemente a uma
maior vulnerabilidade a fraturas e que acometem em sua maioria os idosos (Paixatildeo
e Bressan 2010)
O consumo de carboidratos em geral neste estudo pode ser considerado como
dentro da meacutedia alcanccedilando uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria diferentemente do
achado por Silva e outros (2010) que constatou um elevado consumo de
carboidratos por idosos chegando em torno de 75 do valor energeacutetico (VET) total
da dieta ingerida jaacute Farinea Ricalde e Siviero encontram um consumo adequado de
carboidratos ou seja em torno 5637 de carboidrato por praticantes de atividade
fiacutesica
Avaliando ainda o consumo alimentar pode ser constatado que em relaccedilatildeo ao
nuacutemero de refeiccedilotildees realizadas ao longo do dia pela populaccedilatildeo idosa estudada
percebe-se que em meacutedia satildeo realizadas 482 refeiccedilotildeesdia um nuacutemero menor do
que preconizado pelo guia alimentar da populaccedilatildeo brasileira (2011) que sugere a
realizaccedilatildeo de trecircs grandes refeiccedilotildees mais lanches saudaacuteveis ao longo do dia fato
que tambeacutem se relaciona pelo achado de Silva Filho e outros que em seu estudo de
verificaccedilatildeo do comportamento alimentar de idosos constatou quem em meacutedia foram
realizadas de 3 a 4 refeiccedilotildees diaacuterias por 96 idosos participantes da pesquisa Eacute de
69
suma importacircncia a realizaccedilatildeo de 5 a 6 refeiccedilotildees ao dia pelo fato de que com a
reduccedilatildeo do nuacutemero de refeiccedilotildees o indiviacuteduo fica um tempo maior sem se alimentar
levando ao organismo responder a esta inaniccedilatildeo reduzindo o metabolismo de forma
a guardar energia para o este periacuteodo em jejum o que consequentemente leva a ao
acuacutemulo de calorias aleacutem de outros processos orgacircnicos se manterem alterados
como a produccedilatildeo de hormocircnios e substacircncias participantes dos processos de
digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes (RUELA SOUSA JUNIOR 2010)
Observa-se ainda que 425 (n= 17) da populaccedilatildeo em geral estudada natildeo
possuiacuteam o haacutebito de realizar o jantar Machado e outros (2006) encontraram
tambeacutem um elevado percentual de idosos que natildeo realizavam o jantar em seu
estudo que avaliou o perfil nutricional e funcional de idosos sendo 307 da
populaccedilatildeo do sexo masculino seguido de 222 da populaccedilatildeo do sexo feminino
Esse mesmo autor relatou que esse haacutebito acaba se tornando comum pois os
idosos natildeo desejam consumir grande quantidade de alimentos como no almoccedilo
antes de dormir ou pelo simples fato de ser mais cocircmodo realizar um lanche do que
um jantar
70
71
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS Diante do exposto conclui-se que os idosos que praticam atividade fiacutesica
moderadamente apresentam um melhor estado nutricional quando comparados aos
idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Esse fato eacute comprovado
pelas diferenccedilas significativas encontradas nos indicadores usados na avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica neste estudo
A populaccedilatildeo estudada em geral apresentou um iacutendice de qualidade da dieta
elevado que representa uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser
observado que os indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou um maior iacutendice de qualidade quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo
Uma vez que haacute uma escassez de estudos envolvendo a praacutetica de atividade fiacutesica
e a qualidade da dieta de idosos recomenda-se a realizaccedilatildeo futura de estudos
nutricionais nesta populaccedilatildeo abrangendo outros assuntos ligados a nutriccedilatildeo que
sejam pertinentes a este grupo
Sendo assim eacute imprescindiacutevel a implantaccedilatildeo de Programas de Qualidade de Vida
que abranja orientaccedilotildees nutricionais e de atividade fiacutesica para idosos uma vez que
para esses indiviacuteduos obtenha uma elevada qualidade de vida eacute essencial a
prevenccedilatildeo da incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que comumente
atingem essa populaccedilatildeo
72
73
REFEREcircNCIAS
ABREU W C et al Inadequaccedilatildeo no consumo alimentar e fatores interferentes na ingestatildeo energeacutetica de idosos matriculados no programa municipal da terceira idade de viccedilosa (MG) Revista Baiana de Sauacutede Puacuteblica v32 n2 p177-189 maioago 2008 Disponiacutevel em httpinseeribictbrrbspindexphprbsparticleviewFile139135gt Acesso em 10 de out de 2013 ACUNAtilde K CRUZ T Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de adultos e idosos e situaccedilatildeo nutricional da populaccedilatildeo brasileira Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 48 n 3 p 345-361 jun 2004 Disponiacutevel em lthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache1J0Ta7oEv5UJscholargooglecom+circunferencia+da+panturrilha+idososamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 02 de out de 2013 ALVES J E D A Transiccedilatildeo Demograacutefica e a Janela de Oportunidade Satildeo Paulo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial 2008 Disponiacutevel emlt httpwwwbraudelorgbrpesquisaspdftransicao_demograficapdfgtacesso em 20 de fev 2013 AMADO T C F ARRUDA I K G FERREIRA A R Aspectos alimentares nutricionais e de sauacutede de idosas atendidas no Nuacutecleo de Atenccedilatildeo ao Idoso ndash NAI Recife Archivos Latinoamericanos de Nutricion v 57 n 4 p 366-372 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscieloorgvescielophpscript=sci_arttextamppid=S0004-06222007000400009amplng=esampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de abr 2013 ANDRADE FB CALDAS A F KITOKO P M Relationship between oral health nutrient intake and nutritional status in a sample of Brazilian elderly 2009 (Biblioteca Online) Disponiacutevel em httponlinelibrarywileycomdoi101111j1741-2358200800220xabstract Acesso em 18 de mar 2013 ARANHA F Q et al O Papel da Vitamina C Sobre as Alteraccedilotildees Orgacircnicas no Idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas 13(2) 89-97 maioago 2000Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv13n27911pdfgt Acesso em 12 mar 2013 BARBOSA M A Importacircncia da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel ao Longo da Vida Refletindo na Sauacutede do Idoso 2012 41 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Nutriccedilatildeo Cliacutenica) - Departamento de Ciecircncias da Vida Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ijuiacute 2012 Disponiacutevel em lthttpbibliodigitalunijuiedubr8080xmluibitstreamhandle1234567891045A20ImportC3A2ncia20da20AlimentaC3A7C3A3o20SaudC3A1vel20ao20Longo20da20Vida20Refletindo20na20SaC3BAde20do20Idosopdfsequence=1gt Acesso em 15 mar 2013 BARBOSA A M Ingestatildeo alimentar de caacutelcio e vitamina D e associaccedilatildeo com o niacutevel de escolaridade na pessoa idosa Revista Demetra Alimentaccedilatildeo Nutriccedilatildeo e Sauacutede Rio de Janeiro v 8 n 2 p 173-181 2013 Disponiacutevel emlthttpswwwepublicacoesuerjbrindexphpdemetraarticleview40825144gt Acesso em 15 set 2013 BECKENKAMP J SANTOS J S DOS Efeito da linhaccedila sobre a constipaccedilatildeo intestinal em idosos residentes em instituiccedilotildees geriaacutetricas Revista Brasileira de
74
Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 8 n 2 p 179-187 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview972pdfgt Acesso em 16 de abr 2013 BENEDETTI T R B GONCcedilALVES L H T MOTA J A P Uma proposta de poliacutetica puacuteblica de atividade fiacutesica para idosos Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 16 n 3 p 387-98 Jul Set 2007 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdftcev16n3a03v16n3pdf Acesso em 23 abr 2013 BORGES R M NONINO C B SANTOS J E Tratamento Cliacutenico da Obesidade Revista Medicina Ribeiratildeo Preto v 39 n 2 p 246-252 abrjun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwucgbrucgeventosObesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorialmaterial_consultamaterial_educacao_fisicatratamento20clinico20da20obesidadepdfgt Acesso em 08 de mar 2013 BOSSHARD W et al The treatment of chronic constipation in elderly people an update Drugs Aging v21 n14 p911-930 2004 Disponiacutevel em lthttplinkspringercomarticle10216500002512-200421140-00002page-1gt Acesso em 02 de abril 2013 BRASIL Lei no 10741 de 1ordm de outubro de 2003 Estatuto do Idoso Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leis2003l10741htmgt Acesso em 15 abr 2013 ______ Lei nordm 8842 de 4 de janeiro de 1994 Politica Nacional do Idoso Disponiacutevel em httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8842htm Acesso em 20 de abr 2013 ______ Lei nordm 8742 de 7 de dezembro de 1993Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social Disponiacutevel emlt httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8742htmgt Acesso em 20 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da sauacutede Manual da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel para a populaccedilatildeo idosa 2009 Disponiacutevel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesalimentacao_saudavel_idosa_profissionais_saudepdfgt Acesso em 03 de set 2013 _______ Ministeacuterio da sauacutede Anuaacuterio estatiacutestico de sauacutede do Brasil 2001 Disponiacutevel emlthttpportalsaudegovbrportalaplicacoesanuario2001indexcfmgt Acesso em 15 de abr 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Consenso sobre diabetes 2011a Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesconsenso_bras_diabetespdf Acesso em 05 de abr 2013
______ Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel emlt httpconselhosaudegovbrbibliotecalivrosManual_cepspdfgt Acesso em 20 fev 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes Mellitus 2011 b Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmiolo2002pdf Acesso em 05 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da Sauacutede Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilatildeo para coleta de dados antropomeacutetricos 2011 c Disponiacutevel emlt
75
http18928128100nutricaodocsgeralorientacoes_coleta_analise_dados_antropometricospdfgt Acesso em 30 mai 2013 BUENO J M et al Avaliaccedilatildeo nutricional e prevalecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis em idosos pertencentes a um programa assistencial Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 13 n4 p 1237-1246 2008 CALIXTO-LIMA L GONZALES M C Nutriccedilatildeo Cliacutenica no dia a dia Rio de Janeiro Ed Rubio 204p 2013 CAMPOS M T F S MONTEIRO J B R ORNELAS A P R C Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutriccedilatildeo do idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v13 n 3 p157-165 setdez 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfrnv13n37902pdfgt Acesso em 08 de mar 2013 CAMPOS M A G et al Estado nutricional e fatores associados em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo vol 52 n4 julagos 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=s0104-42302006000400019ampscript=sci_arttextgt Acesso em 25 fev 2013gt Acesso em 23 fev 2013 CARVALHO E N et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade Nutricional das Refeiccedilotildees Servidas aos Idosos em Instituiccedilatildeo Asilar 2003 17 f Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Porto Alegre 2003 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47322656gt Acesso em 11 de abr 2013 CASTILHOS E D PADILHA D M P A importacircncia dos dentes para trecircs diferentes grupos de idosos 2001 135 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em sauacutede bucal coletiva) - Faculdade de Odontologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2002 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=BBOamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=18747ampindexSearch=IDgt Acesso em 12 de mar 2013 CERVI A FRANCESCHINI S C C PRIORES E S Anaacutelise criacutetica do uso do iacutendice de massa corporal para idosos Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v18 n 6 765-775 NovDez 2005 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-52732005000600007gt Acesso em 01 de out de 2013 CHAIMOWICZ F A sauacutede dos idosos brasileiros agraves veacutesperas do seacuteculo XXI problemas projeccedilotildees e alternativas Revista Sauacutede Puacuteblica v 31 n 2 p184-200 1997 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfrspv31n22170gt Acesso em 01 de mar 2013 COSTA et al Estado nutricional e antropometria em idoso revisatildeo da literatura Revista Meacutedica de Minas Gerais Minas Gerais N p7 v 4 p 111-120 juldez 2000 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgi-binwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=556558ampindexSearch=IDgt Acesso em 26 fev 2013 DOBNER T BLASI T C KIRSTEN V R Perfil nutricional de idosos residentes em instituiccedilatildeo geriaacutetrica no interior do RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 9 n 1 p 109-118 Janabr 2012
76
Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview1730pdfgt Acesso em 13 de abr 2013 FARINEA N RICALDE S R SIVIEIRO J Perfil nutricional e antropomeacutetrico de idosos participantes de um grupo de ginaacutestica no municiacutepio de Antocircnio Prado ndash RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 7 n 3 p 394-405 setdez 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview783gt Acesso em 20 de out de 2013
FAZZIO D M G Envelhecimento e qualidade de vida ndash uma abordagem nutricional e alimentar Revista de Divulgaccedilatildeo Cientiacutefica Sena Aires Brasiacutelia v 1 n1 p 76-88 janjun 2012 Disponiacutevel em lthttprevistafacesasenaairescombrindexphprevisaarticleview15gt Acesso em 18 set 2013 FERNANDES M V Consumo de caacutelcio por idosos atendidos no programa de atendimento multidisciplinar agrave sauacutede do idoso 2010 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade do Extremo Sul Catarinense Criciuacutema 2010Disponiacutevel emlthttp200181527bitstreamhandle1140Mariana20Vaterkemper20Fernandespdfsequence=1gt Acesso em 21 abr 2013 FISBERG R M MARCHIONI D M L COLUCCI A C A Avaliaccedilatildeo do consumo alimentar e da ingestatildeo de nutrientes na praacutetica cliacutenica Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 53 n 5 p 627-654 jun 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfabemv53n514pdfgt Acesso em 30 de set de 2013 FLORA A P L DICHI I Aspectos atuais na terapia nutricional da doenccedila inflamatoacuteria intestinal Revista Brasileira de Nutriccedilatildeo Cliacutenica Satildeo Paulo v 21 n 2 p131-7 2006 Disponiacutevel em lthttpxayimgcomkqgroups24540475920552574namedoenC383C2A7a+inflamatC383C2B3ria+intestinal+e+terapia+nutricional+2006pdfgt Acesso em 26 mar 2013 FRANCHI K M B MONTENEGRO JUNIOR R M Atividade fiacutesica uma necessidade para a boa sauacutede na terceira idade Revista Brasileira em Promoccedilatildeo da Sauacutede Fortaleza v 18 n 3 p152-156 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwredalycorgarticulooaid=40818308gt Acesso em 19 de out de 2013 FRANCO L M Educaccedilatildeo Nutricional na terceira idade Alteraccedilotildees Fisioloacutegicas e Alimentaccedilatildeo Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlt httpconferenciasredeunidaorgbrindexphpredeunidaru10paperview2456gt Acesso em 15 de out 2013 FRISANCHO A R New norms of upper limb fat and muscle areas for assessent of nutritional status The American Journal of Clinical Nutrition v 34 p 2540-2545 1981 GALESI L F et al Perfil alimentar e nutricional de idosos residentes em moradias individuais numa instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no leste do estado de Satildeo Paulo Revista de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo Araraquara v19 n3 p 283-290 julset 2008 Disponiacutevel em lthttp20014571150seerindexphpalimentosarticleview632530gt Acesso em 20 de out de 2013
77
GALLAGHER D et al Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex The American Journal Clinical Nutrition Printed in USA vol 72 n 3 p694ndash701 2000 GUEDES DP GONCcedilALVES LAVV Impacto da Praacutetica habitual de Atividade Fiacutesica no perfil Lipiacutedico de adultos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia Satildeo Paulo v 51 n1 p 72-78 2007 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfabemv51n108pdfgt Acesso em 21 de abr 2013 GUEDES DP LOPES CC GUEDES JERP Reprodutibilidade e validade do Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica em Adolescentes Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 11 n 2 p 151-158 Marccedilabr 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev11n2a11v11n2pdfgt acesso em 24 de mai 2013 INSTITUTO MINEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA Hiperdia 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwimepencomhiperdiagt Acesso em 20 abr 2013 KUMPEL D A et al Obesidade em idosos acompanhados pela estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 20 n3 p 471-477 JulSet 2011 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdftcev20n307pdfgt Acesso em 15 de mar 2013 LACERDA N C SANTOS S S C Avaliaccedilatildeo nutricional de idosos um estudo bibliograacutefico Rev RENE Fortaleza v 8 n 1 p 60-70 janabr2007 Disponiacutevel em lthttprepositoriofurgbr8080xmluibitstreamhandle11857AvaliaC3A7C3A3o20nutricional20de20idosos20um20estudo20bibliogrC3A1ficopdfsequence=1gt Acesso em 20 mar 2013 LACOURT M X MARINI L L Decreacutescimo da funccedilatildeo muscular decorrente do envelhecimento e a influecircncia na qualidade de vida do idoso uma revisatildeo de literatura Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 3 n 1 p114-121 janjul 2006 Disponiacutevel emlt httpwwwupfbrseerindexphprbceharticleview5144gt Acesso em 05 de out de 2013 LEBRAtildeO M L O envelhecimento no Brasil aspectos da transiccedilatildeo demograacutefica e epidemioloacutegica Revista Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 4 n 17 p 135-140 ago set 2007 Disponiacutevel emlt httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem2559pdfgt Acesso em 24 mar 2013 LEON M et al Percepccedilatildeo da inseguranccedila alimentar em famiacutelias com idosos em Capinas Satildeo Paulo Caderno de Puacuteblica Rio de Janeiro v21 n 1 p1433-1410 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv21n516pdf Acesso em 02 out 2013 MACHADO J S Perfil nutricional e funcional de idosos atendidos em um ambulatoacuterio de nutriccedilatildeo da policliacute-nica Joseacute Paranhos Fontenelle na cidade do Rio de Janeiro Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 10 p 57-73 2006 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47972702gt Acesso em 05 de out de 2013
78
MADEIRA M C et al Atividade fiacutesica no deslocamento em adultos e idosos do Brasil prevalecircncias e fatores associados Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v29 n 1 p 165-174 jan 2013 Disponiacutevel emlt httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cachel0y4OnZr76sJscholargooglecom+MADEIRA+atividade+fisica+2013amphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 05 out 2013
MAGALHAtildeES L M R Relaccedilatildeo entre Sauacutede Oral e Nutriccedilatildeo em Idosos 2011 49 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Dentaacuteria) Universidade Fernando Pessoa Porto Alegre 2011 Disponiacutevel emlt httpbdigitalufpptbitstream1028424023Tpdfgtacesso em 15 mar 2013 MALTA M B PAPINI S J CORRENTE J E Avaliaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo de idosos de municiacutepio paulista ndash aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v18 n 2 p 377-384 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfcscv18n209pdfgt acesso em 30 de set de 2013 MARTINS W P et al Resistecircncia agrave insulina em mulheres com siacutendrome dos ovaacuterios policiacutesticos modifica fatores de risco cardiovascular Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Rio de Janeiro v 31 n 3 mar 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrscielophppid=S010072032009000300002ampscript=sci_arttextamptlng=ESgt Acesso em 01 out 2013
MARUCCI D M et al Hipertensatildeo arterial referida e indicadores antropomeacutetricos de gordura em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 57 n 1 p 25-30 2011 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdframbv57n1v57n1a11pdfgt Acesso em 15 fev 2013 MASSON C R et al Prevalecircncia de sedentarismo nas mulheres adultas da cidade de Satildeo Leopoldo Rio Grande do Sul Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 21 n 6 p 1685-1694 nov dez 2005 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcspv21n605pdfgt Acesso em 20 de set 2013 MAZO G Z et al Aptidatildeo funcional geral e iacutendice de massa corporal de idosas praticantes de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Cineantropometria amp Desempenho Humano Florianoacutepolis v8 n4 p46-51 2006 Disponiacutevel emlthttpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cachehttpwwwportalsaudebrasilcomartigospsbidoso077pdfgt Acesso em 20 de set de 2013 MENDES M R S et al Situaccedilatildeo social do idoso no Brasil uma breve consideraccedilatildeo 2005 11 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Enfermagem na Sauacutede do Adulto) Escola de Enfermagem da Universidade de Satildeo Paulo - USP ndash Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfapev18n4a11v18n4pdfgt Acesso em 23 mar 2013 MENEZES T N MARUCCI M F N Valor energeacutetico total e contribuiccedilatildeo de percentual de calorias por macronutrientes da alimentaccedilatildeo de idosos domiciliados m Fortaleza Cearaacute Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 58 n1 p 33-40 nov dez 2012 MIZUNO J Perfil Bioquiacutemico da Glicose e Praacutetica de Atividade Fiacutesica nos Nipo-brasileiros de Segunda Geraccedilatildeo da Cidade de Bauru 2007 46 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Licenciatura Plena em Educaccedilatildeo Fiacutesica) - Departamento de
79
Educaccedilatildeo Fiacutesica da Faculdade de Ciecircncias da Universidade Estadual Paulista Bauru 2007 MONTENEGRO S M R S Efeitos de um programa de fisioterapia como promotor de sauacutede na capacidade funcional de mulheres idosas institucionalizadas 80 f 2006 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Educaccedilatildeo e Sauacutede) Centro de Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Fortaleza Cearaacute 2005 Disponiacutevel em httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheoICqZeWR7EJscholargooglecom+montenegro+silva++alimentaC3A7C3A3o+de+idososamphl=ptBRampas_sdt=05gt Acesso em 10 set 2013 MONTILLA R N G ALDRIGHI J M AVALIACcedilAtildeO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES NO CLIMATEacuteRIO Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache0pygmM5iqLIJscholargooglecom+relaC3A7C3A3o+de+estado+nutricional+e+consumo+alimentar+de+idososamphl=pt-PTampas_sdt=05gt Acesso em 08 de out de 2013 MOTA J et al Atividade fiacutesica e qualidade de vida associada aacute sauacutede em idosos participantes e natildeo participantes em programas regulares de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Satildeo Paulo v20 n3 p219-25 julset 2006 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheCBoCKJNge0oJscholargooglecom+idosos+atividade+fC3ADsicaamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 07 de out de 2013 MULLER N VIETZ V R Educaccedilatildeo em sauacutede e educaccedilatildeo nutricional aos idosos do centro de convivecircncia do idoso Andreacutes Chamorro (cci) no municiacutepio de dourados MS 2009 7 f Trabalhatildeo de Conclusatildeo de Curso ( Bacharel em Enfermagem) - Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul 2009 Mato Grosso do Sul Disponiacutevel em lt httpperiodicosuemsbrindexphpsemexarticleview2305980gt Acesso em 10 mar 2013 NASCIMENTO C M et al Estado nutricional e fatores associados em idosos do Municiacutepio de Viccedilosa Minas Gerais Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 27 n12 p 2409-2418 dez 2011 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610721ampindexSearch=IDgt Acesso em 25 mai 2013 NESELLO L A N TONELLI F O BELTRAME T B Constipaccedilatildeo intestinal em idosos frequentadores de um Centro de Convivecircncia no municiacutepio de Itajaiacute-SC Revista Ceres Rio de Janeiro v 6 n 3 p 151-162 2011 Disponiacutevel em httpwwwe-publicacoesuerjbrindexphpceresarticleviewFile21252113 Acesso em 20 abr 2013 PAIVA NETO A OLIVEIRA A SANTOS R O Comparaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal em idosos esportistas com idosos irregularmente ativos Revista Movimento amp Percepccedilatildeo Espiacuterito Santo do Pinhal v 8 n 11 p41-54 juldez 2007 Disponiacutevel emhttpswwwgooglecombrurlsa=tamprct=jampq=ComparaC3A7C3A3o+da+composiC3A7C3A3o+corporal+em+idosos+esportistas+com+idosos+irregular
80
mente+ativosampesrc=sampsource=webampcd=1ampved=0CC0QFjAAampurl=http3A2F2Fwwwresearchgatenet2Fpublication2F26488733_Comparao_da_composio_corporal_em_idosos_esportistas_com_idosos_irregularmente_ativosampei=kRttUsWfJMuDkQeRx4HgBQampusg=AFQjCNHiqsY74lFQzTDoK8SjKlR0YQnChA Acesso em 10 de out de 2013 NOBREGA A C L Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Atividade Fiacutesica e Sauacutede no Idoso Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 5 n 6 NovDez 1999 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev5n6v5n6a02pdfgt Acesso em 03 mar 2013 PAIXAtildeO M P P C BRESSAN J Caacutelcio e sauacutede osseacutea tratamento e prevenccedilatildeo Revista Sauacutede e Pesquisa v 3 n 2 p 237-246 maioago 2010 Disponiacutevel emlthttpwwwcesumarbrpesquisaperiodicosindexphpsaudpesqarticleview11911079gt Acesso em 12 de out de 2013 PADOVANI R M et al Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 19 n 2 p 741-760 novdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv19n609pdfgt Acesso em 15 set 2013 PEREIRA B C Radicais Livres uma nova abordagem PERISSINOTTO E et alAnthropometric measurements in the elderly Age and gender differences Br J Nutr v 87 n1 p177-186 2012 Disponiacutevel lthttpjournalscambridgeorgdownloadphpfile=2FBJN2FBJN87_022FS0007114502000430apdfampcode=7c9a31135d39e8d85eecd461067b11c3gt Acesso em 15 out 2013 PESSOA L M O P Adequaccedilatildeo nutricional da alimentaccedilatildeo servida aos idosos do instituto Satildeo Vicente de Paulo Vinculado ao laboratoacuterio itinerante PROEAC UEPB 2012 39 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharelado em Enfermagem) ndash Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universidade Estadual da Paraiacuteba Campina Grande 2012 Disponiacutevel em lthttpdspacebcuepbedubr8080jspuibitstream1234567897791PDF20-20Larrycya20Mahayana20Oliveira20Pessoapdfgt acesso em 05 mar 2013 PREVIDELLI A N et al Iacutendice de Qualidade da Dieta Revisado para populaccedilatildeo brasileira Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 45 n4 p 794-798 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrspv45n42523pdfgt acesso em 15 jun 2013 RAUEN M S Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de idosos institucionalizados Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v21 n3 p 303-310 MaiJun 2008 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrnv21n3a05v21n3pdf Acesso em 05 de out de 2013 REIS A E S SOUZA J A Atividade fiacutesica para idosos 36 f 2012 Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica Universidade do Vale do Rio Verde de Trecircs Coraccedilotildees Minas Gerais 2012 Disponiacutevel em httprevistasunincorbrindexphpiniciacaocientificaarticleviewFile424343 Acesso em 13 de set de 2013 RINALDI D B COELHO I Nutriccedilatildeo sauacutede e envelhecimento um estudo sobre o estado nutricional de mulheres que participam do projeto de extensatildeo ldquoUniversidade
81
da Idade Ativardquo Revista Unoesc amp Ciecircncia ndash ACBS Joaccedilaba v 2 n 1 p 67-74 2011 Disponiacutevel lthttpeditoraunoescedubrindexphpacbsarticleview665gt Acesso em 11 abr 2013 ROSA L B et al Odontogeriatria ndash a sauacutede bucal na terceira idade Revista da Faculdade de Odontologia ndash UPF Satildeo Paulo v 13 n8 p 82-86 maiago 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprfoarticleview599392gt Acesso em 08 Mar 2013 RUELA L C R SOUSA JUNIOR F A C Avaliaccedilatildeo nutricional e estilo de vida de adolescentes de uma escola puacuteblica da regiatildeo sul fluminense ndash RJ Revista Nutrir Gerais Ipatinga v 4 n 6 p 554-565 fevjul 2010 Disponiacutevel emlt httpwwwunilestemgbrnutrirgeraisdownloadsartigosvolume4edicao_06avaliacao_nutricional_estilo_vidapdfgt acesso em 20 de set de 2013 SALGADO C D S Mulher idosa a feminizaccedilatildeo da velhice Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 4 p 7-19 2002 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47162642gt Acesso em 01 de out de 2013 SAMPAIO L R Avaliaccedilatildeo nutricional e envelhecimento Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 17 n4 p 507-514 outdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv17n422898pdfgt Acesso em 15 de out de 2013 SANTOS D M SCHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 2 p 163-168 out 2004 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfrspv39n224037pdfgt Acesso em 25 de set de 2013 SANTOS LA S O fazer educaccedilatildeo alimentar e nutricional algumas contribuiccedilotildees para reflexatildeo Revista Ciecircncia e Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 17 n 2 p33-41 Fev 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_pdfamppid=S1413-81232012000200018amplng=enampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de ago 2013 SASS A et al Depressatildeo em idosos inscritos no Programa de Controle de hipertensatildeo arterial e diabetes mellitus Revista Acta Paul Enfermagem Satildeo Paulo v25 n1 p80-85 jul 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfapev25n1v25n1a14pdfgt Acesso em 25 fev 2013 SILVA A K Q et al Perfil nutricional de idosos assistidos em instituiccedilatildeo de longa permanecircncia na cidade de Natal RN Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro v 4 n 1 p 27-35 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwsbggorgbrprofissionaisarquivorevistavolume4-numero1artigo05pdfgt Acesso em 02 de out de 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA VI Diretriz Brasileira de Hipertensatildeo Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo V17 n1 p 7-9 2010 Disponiacutevel em httpwwwanadorgbrprofissionaisimagesVI_Diretrizes_Bras_Hipertens_RDHA_6485pdf Acesso em 10 de abr 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenccedilatildeo da aterosclerose Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 9-23 2007 Disponiacutevel em
82
http9epublicacoescardiolbrconsenso2007diretriz-DApdf Acesso em 15 abr 2013 SOMMACAL H M et al Percentual de perda de peso e dobra cutacircnea tricipital paracircmetros confiaacuteveis para o diagnoacutestico de desnutriccedilatildeo em pacientes com neoplasia periampolar - avaliaccedilatildeo nutricional preacute-operatoacuteria Rev HCPA amp Fac Med Univ Fed Rio Gd do Sul Rio Grande do Sul v n 3 p 290-295 2011 Disponiacutevel emlthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610030ampindexSearch=IDgt Acesso em 28 ago 2013 SOUSA V M C GUARIENTO M E Avaliaccedilatildeo do idoso desnutrido Revista Brasileira de Cliacutenica Meacutedica Satildeo Paulo v7 n1 p 46-49 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwobservatorionacionaldoidosofiocruzbrbiblioteca_artigos83pdfgt acesso em 15 de out de 2013 SPEROTO F M SPINELLI R B Avaliaccedilatildeo nutricional em idosos independentes de uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no municiacutepio de Erechim-RS Revista Cientiacutefica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missotildees Rio Grande do Sul v 34 n 125 p 105-116 marccedilo2010 Disponiacutevel emlt httpwwwuriceredubrnewsitepdfsperspectiva125_78pdfgt Acesso em 01 de out de 2013 SERRA (ES) Secretaria de Sauacutede Guia de Sauacutede 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwserraesgovbrsesaguia_da_saudegt Acesso em 15 abr 2013 SILVEIRA E A KAC G BARBOSA L S Prevalecircncia e fatores associados agrave obesidade em idosos residentes em Pelotas Rio Grande do Sul Brasil classificaccedilatildeo da obesidade segundo dois pontos de corte do iacutendice de massa corporal Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 25 n7 p1569-1577 Jul 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfcspv25n715pdfgt Acesso em 15 abr 2013 SIQUEIRA R L BOTELHO M I V COELHO F M G A velhice algumas consideraccedilotildees teoacutericas e conceituais Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v 7 n4 p899-906 2002 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdf0Dcscv7n414613pdfgt Acesso em 20 fev 2013 SCHRAMM J M A et al Transiccedilatildeo epidemioloacutegica e o estudo de carga de doenccedila no Brasil Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v9 n4 p897-908 2004 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcscv9n4a11v9n4pdfgt Acesso em 28 fev 2013 Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos - TACO 4 ed 2011 Disponiacutevel em lthttp wwwunicampbrnepatacotabelaphpgt Acesso em 09 de out 2012 TARTARI R T BUSNELLO F M NUNES C H A Perfil Nutricional de Pacientes em Tratamento Quimioteraacutepico em um Ambulatoacuterio Especializado em Quimioterapia Revista Brasileira de Cancerologia Satildeo Paulo v56 n 1 p 43-50 jun2010 Disponiacutevel emlthttphospitalhelioangotticomenviados201053222221pdfgt Acesso em 11 de out de 2013 TOSCANO J J O OLIVEIRA A C C Qualidade de Vida em idosos com distintos niacuteveis de atividade Fiacutesica Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo
83
v 15 n3 MaiJun2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev15n3a01v15n3pdfgt acesso em 01 mar 2013 TRAMONTINO V S Nutriccedilatildeo para idosos Revista de Odontologia da Universidade Satildeo Paulo v 21 n 3 p 258-267 setdez 2009 Disponiacutevel lthttpfilesbvsbruploadS1983-51832009v21n3a009pdfgt Acesso em 15 mar 2013 VERAS R Envelhecimento populacional e as informaccedilotildees de sauacutede do PNAD demandas e desafios contemporacircneos Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 23 n10 p 2463-2466 out 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv23n1020pdfgt Acesso em 25 fev 2013 ZAITUNE M P Fatores associados aacute praacutetica de atividade fiacutesica global e de lazer em idosos inqueacuterito de sauacutede no estado de Satildeo Paulo Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 26 n 8 p 1606-1628 set 2010 Disponiacutevel em httpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=557075ampindexSearch=IDgt Acesso em 15 set 2013 WENDPAP L L Iacutendice da qualidade da dieta de adolescentes e fatores associados Dissertaccedilatildeo (Mestre em Biociecircncias) Poacutes Graduaccedilatildeo em Biociecircncias Faculdade de Nutriccedilatildeo da Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabaacute 2012 Disponiacutevel em httpwwwsaudemtgovbruploaddocumento104indice-de-qualidade-da-dieta-de-adolescentes-e-fatores-associados-autora-loiva-lide-wendpap-5B104-140312-SES-MT5Dpdf Acesso em 25 ago 2013 WASHBURN RA SMITH KW JETTE A M JANNEY CA The Physical Activity Scale for the Elderly (PASE) Development and evaluation Journal of Clinical Epidemiology 1993
84
85
APEcircNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) participante
Na condiccedilatildeo de estudante do curso de Nutriccedilatildeo da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo
estou realizando uma pesquisa com o objetivo de analisar o estado nutricional relacionado aacute praacutetica
de atividade fiacutesica e a qualidade da dieta de idosos
Necessito de sua contribuiccedilatildeo para responder questotildees relacionadas ao niacutevel de atividade fiacutesica
exercida informar sobre seus haacutebitos alimentares atuais e tambeacutem da permissatildeo para mensuraccedilatildeo
do seu peso estatura valores de pregas cutacircneas circunferecircncia da cintura da panturrilha e do
braccedilo Sua participaccedilatildeo nesse estudo eacute voluntaacuteria e se vocecirc decidir natildeo participar ou quiser desistir
de continuar em qualquer momento tem absoluta liberdade de fazecirc-lo
Na publicaccedilatildeo dos resultados desta pesquisa sua identidade seraacute mantida no mais rigoroso sigilo
Seratildeo omitidas todas as informaccedilotildees que permitam identificaacute-lo (a)
Os benefiacutecios desse estudo estatildeo relacionados ao conhecimento do seu estado nutricional e
orientaccedilotildees relativas para a melhora do mesmo Os riscos que podem acontecer satildeo referentes agraves
medidas das pregas cutacircneas que podem provocar hematomas e vermelhidatildeo Mas para minimizar e
evitar esse transtorno as medidas seratildeo feitas por pesquisadores treinados e aptos para essa coleta
Quaisquer duacutevidas relativas agrave pesquisa poderatildeo ser esclarecidas por mim ndash Patriacutecia Helena Teixeira
ou pela professora responsaacutevel Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo atraveacutes do telefone 3331-
8500
Atenciosamente
_________________________ Nome do aluno(a)
____________________________ Local e data
_________________________ Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo
(professora responsaacutevel)
____________________________ Local e data
Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma coacutepia deste termo de
consentimento
_____________________________ Nome e assinatura do participante
______________________________ Local e data
86
APEcircNDICE B
PRONTUAacuteRIO
IDENTIFICACcedilAtildeO Nome _______________________________Sexo ( )F ( )M Idade______ AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA Paracircmetros Peso Altura de Gordura CB PCT CC CP
87
APEcircNDICE C
REGISTRO ALIMENTAR DATA__________
Refeiccedilatildeo Horaacuterio Local
Alimento Preparaccedilatildeo Quantidade
Desjejum
Colaccedilatildeo
Almoccedilo
Lanche
Jantar
Ceia
88
ANEXO A
QUESTIONAacuteRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FIacuteSICA VERSAtildeO CURTA
Fonte Mizuno 2007
89
ANEXO B
CIRCUNFERENCIA DO BRACcedilO DE ACORDO COM GEcircNERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
90
ANEXO C
PERCENTIS DA PREGA CUTAcircNEA TRICIPITAL SEGUNDO GENERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
91
ANEXO D
IacuteNDICE DE QUALIDADE DA DIETA REVISADO
Fonte Wendpap 2012
92
ANEXO E
DESCRICcedilAtildeO DAS PONTUACcedilOtildeES DO IQD-R
Fonte Wendpap 2012
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos) 35
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos 47
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos 47
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres
48
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
49
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra
53
Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica
53
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
58
Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
58
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
59
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
59
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
61
Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
61
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 19 2 REFERENCIAL TEORICO 21 21TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DCNT NO ENVELHECIMENTO 21 22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE 25 23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO 28 24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO 30 25 QUALIDADE DA DIETA 36 251 iacutendice de Qualidade da Dieta 36 252 Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel no Envelhecimento 37 253 Seguranccedila Alimentar 39 26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO 39 261 Iacutendice de Massa Corporal 40 262 Circunferecircncia do Braccedilo 41 263 Circunferecircncia da Cintura 41 264 Prega Cutacircnea Tricipital 41 265 Cinrcunferecircncia da Panturrilha 42 27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO 42 3 METODOLOGIA 45 31 DESENHO DE ESTUDO 45 32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO 45 33 ASPECTOS EacuteTICOS 46 34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA 46 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR 49 36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA 50 37 ANAacuteLISE DOS DADOS 52
53 4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS 53 42 DISCUSSAtildeO 62 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71
REFEREcircNCIAS 73 APEcircNDICE A 85
APEcircNDICE B 86
APEcircNDICE C 87
ANEXO A 88
ANEXO B 89
ANEXO C 90
ANEXO D 91
ANEXO E 92
19
1 INTRODUCcedilAtildeO
O Brasil vem apresentando claramente o envelhecimento da populaccedilatildeo nas uacuteltimas
deacutecadas que pode ser explicado pela chamada transiccedilatildeo demograacutefica um
fenocircmeno caracterizado por reduccedilotildees progressivas nas taxas de mortalidade e
fecundidade Outro fenocircmeno que tambeacutem acompanha o envelhecimento da
populaccedilatildeo brasileira eacute a transiccedilatildeo epidemioloacutegica no qual apresenta uma elevaccedilatildeo
na incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ao mesmo tempo em que
ocorre uma reduccedilatildeo progressiva de doenccedilas infecto contagiosas (LEBRAtildeO 2007)
Paralelo agrave transiccedilatildeo epidemioloacutegica diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas naturais do
envelhecimento como elevaccedilatildeo do tecido adiposo diminuiccedilatildeo na sensibilidade da
insulina reduccedilatildeo da secreccedilatildeo do aacutecido cloriacutedrico aleacutem de alteraccedilotildees na percepccedilatildeo
do paladar tambeacutem contribuem diretamente para a ocorrecircncia de doenccedilas crocircnicas
natildeo transmissiacuteveis como o diabetes quadros de constipaccedilatildeo intestinal e sobrepeso
em idosos (BUENO et al 2008)
A sauacutede e a qualidade de vida e consequentemente a nutriccedilatildeo dos idosos tambeacutem
se encontram comprometidas com a alta incidecircncia de depressatildeo decorrentes na
maioria das vezes pela solidatildeo morte do conjugue dependecircncia de outras pessoas
para realizaccedilatildeo de simples tarefas cotidianas como a de se alimentar (LACERDA
SANTOS 2007)
Uma nova ferramenta que vem sendo utilizada para a avaliaccedilatildeo do consumo
alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) no qual se baseia na
comparaccedilatildeo das porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do
Guia alimentar para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo
da sauacutede atraveacutes da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de
nutrientes e obesidade (WENDPAP 2012)
Considerando todos estes aspectos relacionados agrave sauacutede e qualidade de vida dos
idosos eacute de suma importacircncia estudos relacionados agrave identificaccedilatildeo do estado
nutricional e do consumo alimentar desta populaccedilatildeo que mais cresce no mundo de
modo que se criem condiccedilotildees de formulaccedilatildeo de novas propostas de intervenccedilatildeo e
acompanhamento nutricional que auxiliem no tratamento e na prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis contribuindo assim tambeacutem para o aumento
da qualidade de vida (BUENO et al 2008)
20
Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e consumo
alimentar a partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo
atividade fiacutesica realizando comparaccedilotildees entre estes
21
2 REFERENCIAL TEORICO 21 TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DOENCcedilAS CROcircNICAS NAtildeO
TRANSMISSIacuteVEIS NO ENVELHECIMENTO
O mundo estaacute vivenciando um momento especial chamado momento demograacutefico
considerado um dos melhores devido agrave transiccedilatildeo demograacutefica que eacute caracterizada
pela diminuiccedilatildeo na taxa de mortalidade e tambeacutem reduccedilatildeo na taxa de natalidade o
que leva a uma inversatildeo na piracircmide populacional (ALVES 2008)
O processo de envelhecimento demograacutefico eacute facilmente identificado em todo o
mundo sendo esse processo mais significativo e acelerado nos paiacuteses em
desenvolvimento Segundo registros do IBGE no Brasil houve um aumento na
populaccedilatildeo de idosos de mais de trecircs por cento entre os anos de 1970 e 1990
(SIQUEIRA BOTELHO COELHO 2002)
Muler e Vietz (2009) relatam que segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede satildeo
considerados idosos indiviacuteduos com idade igual ou superior a 60 anos e Marucci e
outros (2011) afirmaram que atraveacutes do censo do ano de 2010 os indiviacuteduos nesta
faixa etaacuteria representam cerca de 11 da populaccedilatildeo brasileira que gira em torno de
21 milhotildees de idosos
O aumento da populaccedilatildeo idosa tem sido relativo agrave expansatildeo da expectativa de vida
da populaccedilatildeo brasileira que apresentou um aumento de 337 anos na deacutecada 50
para 5099 anos no ano de 1990 e passou para 6625 anos em 1995 e a expectativa
eacute que chegue a 7708 entre os anos de 2020 e 2025 (SIQUEIRA BOTELHO
COELHO 2002)
A taxa de natalidade tambeacutem eacute um processo que colabora para a transiccedilatildeo
demograacutefica e a sua reduccedilatildeo vem mostrando natildeo ter ligaccedilatildeo direta com as
condiccedilotildees econocircmicas das famiacutelias que optaram por natildeo ter ou ter um nuacutemero
reduzido de filhos pelo contraacuterio essa queda de fecundidade vem acontecendo por
livre escolha dos casais (ALVES 2008)
Anualmente cerca de milhares de novos idosos satildeo inseridos na populaccedilatildeo
brasileira e com isso haacute uma alteraccedilatildeo no quadro da mortalidade que antes era de
uma populaccedilatildeo mais jovem para uma sobrecarga de doenccedilas caracteriacutesticas da
22
terceira idade como doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e muacuteltiplas que levam a
quadros de internaccedilatildeo por longos anos que exigem ainda cuidados constantes
Esse quadro leva a um aumento nas despesas de tratamento meacutedico e de
internaccedilotildees hospitalares o que gera grandes desafios para o governo que se ver
obrigado a criar planos estrateacutegicos para a prestaccedilatildeo de cuidados e para a
prevenccedilatildeo das doenccedilas comumente a terceira idade (VERAS 2007)
A alta carga de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis caracteriza tambeacutem a chamada
transiccedilatildeo epidemioloacutegica esse processo envolve principalmente a reduccedilatildeo de
doenccedilas transmissiacuteveis e do mesmo modo ocorre o aumento de doenccedilas natildeo
transmissiacuteveis a transiccedilatildeo de casos de morbimortalidades da populaccedilatildeo mais
jovens para a populaccedilatildeo mais idosa alteraccedilatildeo de um quadro de mortalidade da
populaccedilatildeo para um quadro de morbidades (SCHRAMM et al 2004)
Pode-se observar uma relaccedilatildeo niacutetida entre transiccedilatildeo demograacutefica e transiccedilatildeo
epidemioloacutegica com a reduccedilatildeo das doenccedilas infecciosas que em tempos atraacutes era a
principal causa de mortalidade a taxa de mortalidade de populaccedilatildeo mais jovem
reduziu e em contrapartida esses ldquojovensrdquo passam a conviver com os fatores de
riscos para doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que se tornam mais comum com a
vivecircncia dos anos de vida adicionais decorrente da transiccedilatildeo demograacutefica
(CHAIMOWICZ 1997)
A alteraccedilatildeo na carga de doenccedilas que mais atinge a populaccedilatildeo para a prevalecircncia
de doenccedilas crocircnicas natildeo degenerativas e suas complicaccedilotildees leva aacute evidentes
alteraccedilatildeo na utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede puacuteblica em que envolve principalmente
aumento de custos para promover o tratamento meacutedico adequado destas
enfermidades com isso se faz necessaacuterio agrave implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que
possam suprir esse quadro (SCHRAMM 2004)
As principais doenccedilas crocircnicas que acometem os idosos satildeo o diabetes mellitus
hipertensatildeo arterial dislipidemias e obesidade O diabetes Mellitus trata-se de uma
patologia de etiologias muacuteltiplas podendo ser representado atraveacutes da ausecircncia ou
reduccedilatildeo na siacutentese de insulina e na falha dos efeitos da atividade da insulina Eacute
caracterizado por alteraccedilotildees no metabolismo dos carboidratos o que leva a uma
hiperglicemia Este estado de hiperglicemia por um longo periacuteodo pode acarretar em
danos disfunccedilotildees ou ateacute mesmo falecircncias em diversos oacutergatildeos (BRASIL 2011a)
23
O tratamento do diabetes mellitus se baseia em uma educaccedilatildeo permanente a
respeito das modificaccedilotildees de haacutebitos como a incorporaccedilatildeo da praacutetica de atividade
fiacutesica suspensatildeo de fumo e de bebidas alcooacutelicas incorporaccedilatildeo de haacutebitos
alimentares mais saudaacuteveis e em alguns casos a utilizaccedilatildeo de medicamentos e de
insulina exoacutegena (BRASIL 2011a)
A hipertensatildeo arterial eacute uma patologia que tambeacutem apresenta etiologia multifatorial e
eacute caracterizada pelo aumento nos niacuteveis pressoacutericos associados a diversas
alteraccedilotildees metaboacutelicas como hipertrofia cardiacuteaca considerando valores pressoacutericos
anormais igual ou maiores que 14090 mmHg (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA 2010)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial baseia-se no alcance do
peso ideal que eacute representando por valores inferiores de IMC a 249kg msup2 e perda
de medida da circunferecircncia da cintura alcanccedilado medidas inferiores a 102 cm para
homens e 88cm para as mulheres uma vez que vaacuterios estudos demostraram uma
ligaccedilatildeo direta entre peso corporal e pressatildeo arterial apresentando uma elevaccedilatildeo
linear aleacutem do encorajamento da reduccedilatildeo da ingestatildeo de sal A relaccedilatildeo entre
pressatildeo arterial e ingestatildeo de soacutedio eacute niacutetida devido a chamada sensibilidade ao sal
sendo assim a ingestatildeo de sal de cozinha deve ser limitada a 5 gramas diariamente
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2010 )
A Dislipidemia eacute caracterizada atraveacutes de alteraccedilotildees nas taxas de lipiacutedios no
sangue podendo ser classificada em Hipercolesterolemia Isolada no qual ocorre
somende a elevaccedilatildeo do LDL em valores igual ou acima de 160mgdl
hipertrigliceridemia Isolada representada pelo aumento somente nos valores
trigliceriacutedeos no sangue em valor igual ou acima de 150mgdl hiperlidemia mista no
qual ocorre elevaccedilatildeo nos valores de LDL e trigliceriacutedeos e HDL baixo representando
pela reduccedilatildeo do HDL seacuterico nos valores menores que 40mgdl para homens e
50mgdl para mulheres (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da dislipidemia eacute voltado para a terapia nutricional
atraveacutes de planejamento alimentar adequado que vise a reduccedilatildeo na ingestatildeo de
gorduras principalmente de colesterol e de gorduras saturadas e consequentemente
na reduccedilatildeo de lipiacutedicos seacutericos A reduccedilatildeo da ingestatildeo de colesterol ocorre atraveacutes
da diminuiccedilatildeo no consumo de produtos de origem animal incluindo viacutesceras
embutidos e leites e derivados integrais entre outros alimentos A diminuiccedilatildeo do
24
consumo de gordura saturada se daacute atraveacutes da reduccedilatildeo no consumo de alimentos
principalmente de origem animal tais como carnes com gorduras e leites integrais
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico de dislipidemias tambeacutem engloba a praacutetica de
atividade fiacutesica regularmente no qual leva a reduccedilatildeo de trigliceriacutedeo plasmaacutetico e
elevaccedilatildeo de HDL-C seacuterico e o abandono do fumo O tratamento medicamentoso eacute
empregado quando as mudanccedilas no estilo de vida natildeo alcanccedilam um resultado
satisfatoacuterio ou quando se precisa de resultados raacutepidos para a reversatildeo do quadro
de dislipidemia com isso haacute a administraccedilatildeo de medicamentos hipolipemiantes que
atuam impedindo a siacutentese intracelular de colesterol aumentando os receptores de
LDL no fiacutegado que leva haacute uma maior captaccedilatildeo de colesterol circulante
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
A ocorrecircncia de excesso de peso em idosos geralmente eacute diagnosticada atraveacutes do
Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizando o ponto de corte de igual maior que 27
kgmsup2 (SILVEIRA KAC BARBOSA 2009) O excesso de massa gorda no corpo
humano tem trazido diversas complicaccedilotildees metaboacutelicas tornando um problema de
sauacutede puacuteblica que atinge diversos paiacuteses em todo o mundo natildeo distinguindo paiacuteses
desenvolvidos ou em desenvolvimento A obesidade eacute um integrante do grupo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que cada vez se torna mais prevalente na
sociedade aleacutem disso a proacutepria condiccedilatildeo de obesidade eacute um grande fator de risco
para o desenvolvimento de outras doenccedilas crocircnicas como diabetes mellitus e
hipertensatildeo arterial (KUMPEL et al 2011)
O tratamento da obesidade deve ter como objetivo principal a reduccedilatildeo de peso seja
esta meta alcanccedilada atraveacutes de tratamento dieteacutetico atraveacutes da incorporaccedilatildeo de
uma alimentaccedilatildeo adequada dentro recomendaccedilatildeo energeacutetica para cada paciente ou
farmacoloacutegico no qual se emprega o uso de medicamentos que agem diminuindo a
fome aumentando a saciedade ou ainda alterando os mecanismos de digestatildeo e
absorccedilatildeo de nutrientes ou o tratamento para a obesidade pode ser ainda ciruacutergico
no qual a reduccedilatildeo de peso eacute decorrente de alguma intervenccedilatildeo ciruacutergica (BORGES
NONINO SANTOS 2006)
A atual situaccedilatildeo demograacutefica do nosso Paiacutes requer uma mudanccedila de caraacuteter
emergencial na atenccedilatildeo agrave sauacutede dos idosos brasileiros Essa alteraccedilatildeo deve
envolver propostas modernas que possa fazer com que o sistema de sauacutede do paiacutes
25
ganhe e tambeacutem com que os idosos possam utilizar-se dos serviccedilos puacuteblicos de
modo a promover o aumento da qualidade nestes anos extras de vida pois mesmo
que o Brasil esteja apresentando um perfil demograacutefico semelhante ao perfil de
paiacuteses desenvolvidos o paiacutes em geral natildeo dispotildee de serviccedilos que possa suprir esse
novo perfil da populaccedilatildeo brasileira (VERAS 2007)
Entretanto jaacute pode ser verificado algumas accedilotildees voltadas a essa nova populaccedilatildeo
idosa como a criaccedilatildeo por parte do Governo de centros de convivecircncia de idosos
que incluem as mais diversas atividades como o objetivo de minimizar a solidatildeo e
aumentar a qualidade de vida (TOSCANO OLIVEIRA 2009)
22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE
De um modo geral a velocidade do crescimento da populaccedilatildeo idosa natildeo
acompanha a velocidade de implantaccedilatildeo e desenvolvimento de accedilotildees
governamentais voltadas para este puacuteblico sendo assim nos uacuteltimos anos pode-se
observar o crescente aumento de estudos que objetivam criar suportes para o
desenvolvimento de programas e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para o bem estar dessa
populaccedilatildeo (MENDES et al 2005)
Segundo Gonccedilalves e outros (2007) a criaccedilatildeo e execuccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas para
a populaccedilatildeo idosa implica em contradiccedilotildees uma vez que ainda haacute uma grande falha
na implantaccedilatildeo de poliacuteticas primaacuterias que possam favorecer por exemplo a
educaccedilatildeo e o emprego e o governo jaacute vem dando ecircnfase a poliacuteticas puacuteblicas para a
populaccedilatildeo no fim da vida
Mesmo assim o envelhecimento populacional estaacute em evidencia em diversas
organizaccedilotildees internacionais que lutam por investimentos financeiros que possa
garantir o envelhecimento da populaccedilatildeo de modo igualitaacuterio e com qualidade uma
vez que haacute uma grande diferenccedila no modo de se tratar idosos em paiacuteses em
desenvolvimento e paiacuteses desenvolvidos (GONCcedilALVES 2007)
No Brasil a preocupaccedilatildeo e atenccedilatildeo com qualidade de vida dos idosos teve grande
avanccedilo atraveacutes da implantaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (1993) no qual
defende a integraccedilatildeo definitiva do idoso na sociedade em 1994 ocorreu a
26
implantaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional do Idoso que tem como principal objetivo assegurar
os direitos sociais dessa populaccedilatildeo (BENEDETTI 2007)
No ano de 2003 o governo brasileiro sancionou o Estatuto do Idoso que visa
garantir os direitos reservados aos idosos com idade igual ou superior a sessenta
anos entre eles o Art 3 que assegura que
Eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia da comunidade da sociedade e do Poder Puacuteblico assegurar ao idoso com absoluta prioridade a efetivaccedilatildeo do direito agrave vida agrave sauacutede agrave alimentaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo agrave cultura ao esporte ao lazer ao trabalho agrave cidadania agrave libertada agrave dignidade ao respeito e agrave convivecircncia familiar e comunitaacuteria (BRASIL 2010a p11-169)
Quanto aacute sauacutede o estatuto garante que o Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS deve
assegurar agrave atenccedilatildeo integral a sauacutede do idoso utilizando-se de serviccedilos de para
prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede dando ecircnfase as doenccedilas
que mais atingem a populaccedilatildeo idosa (Brasil 1994)
Diante dessas diversas poliacuteticas implantadas pode-se observar claramente que nem
todos os direitos nestas estabelecidas satildeo realmente alcanccedilados na realidade
brasileira sendo assim a criaccedilatildeo oue implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas e
realizaccedilatildeo de accedilotildees para um envelhecimento saudaacutevel ainda estaacute em pleno
acontecimento Essas conquistas geralmente estatildeo ocorrendo atraveacutes da criaccedilatildeo de
programas para idosos como centros de vivecircncias campanhas de vacinaccedilatildeo
atividades de lazer programas de exerciacutecios fiacutesicos entre outros (BENEDETTI
2007)
Eacute possiacutevel observar uma crescente elevaccedilatildeo em todo o mundo na implantaccedilatildeo de
programas ao incentivo a praacutetica de atividade fiacutesica destinada a toda a populaccedilatildeo
incluindo os idosos No Brasil esse crescimento eacute niacutetido apoacutes a implantaccedilatildeo dos
Programas de Sauacutede da Famiacutelia que possibilitou a criaccedilatildeo de programas de
orientaccedilatildeo ao exerciacutecio fiacutesico em conjunto com as Prefeituras (BENEDETTI 2007)
O municiacutepio de Serra no estado do Espiacuterito Santo Brasil conta com diversos
programas municipais relacionados a promoccedilatildeo de sauacutede e qualidade de vida do
idosos entre os essenciais satildeo destacados o programa de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico (PROEF) no qual trata-se de um programa indicado inicialmente para os
idosos mas que alcanccedilou uma grande plenitude tendo como objetivo atual atingir o
27
puacuteblico jovem e adulto uma vez que o programa tem representando uma grande
participaccedilatildeo na prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas crocircnicas principalmente o
Diabetes Mellitus hipertensatildeo e Obesidade (SERRA 2012)
Outra ferramenta de controle do diabetes e hipertensatildeo no municiacutepio da Serra eacute o
monitoramento que acontece com esses indiviacuteduos nas Unidades de Sauacutede por
meio de atendimento multidisciplinar e oferecimento de materiais e medicamentos
para o controle destas doenccedilas como o fornecimento de insulina para pacientes que
necessitam do uso exoacutegeno de insulina (SERRA 2012)
Para melhorar a nutriccedilatildeo dos idosos o muniacutecipio da Serra disponibiliza para
indiviacuteduos com mais de 55 anos um quilo de leite em poacute desnatado por mecircs
enriquecido com caacutelcio atraveacutes do Programa de Suplemento Alimentar para o Idoso
(PSAI) que atende indiviacuteduo com mais de 55 anos e com renda de ateacute 40 do
salaacuterio miacutenimo per capta Os objetivos primordiais do programa satildeo alcanccedilar a
reduccedilatildeo de gastos com internaccedilotildees hospitalares ter um controle maior do diabetes
e hipertensatildeo aleacutem de promoccedilatildeo da qualidade de vida dessa faixa etaacuteria da
populaccedilatildeo serrana (SERRA 2012)
Com intuito de promover o controle das principais doenccedilas crocircnicas o Ministeacuterio da
Sauacutede em 2011 criou o Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial
e ao Diabetes Mellitus aprovado pela PortariaGM ndeg 16 de 03012002 no qual satildeo
definidas accedilotildees para prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede para indiviacuteduos hipertensos e
diabeacuteticos cadastrados no Sistema Uacutenico de Sauacutede (BRASIL 2011sup2)
Dentro do Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo aacute Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes
Mellitus criou-se o Programa Hiperdia atraveacutes da Portaria nordm 371GM Em 04 de
marccedilo de 2002 que visa o cadastramento e acompanhamento de todos os
indiviacuteduos portadores de hipertensatildeo e diabetes atraveacutes de um sistema
informatizado em todas as unidades de sauacutede O Hiperdia conta com uma equipe
multidisciplinar que envolve cardiologias nefrologistas dentista farmacecircutico
educador fiacutesico nutricionista e assistente social para atender todos os participantes
do programa conforme suas necessidades aleacutem da disponibilizaccedilatildeo de
medicamentos gratuitos para o controle destas patologias (INSTITUTO MINEIRO DE
ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA 2008)
23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO
28
O processo envelhecimento eacute caracterizado como um sistema contiacutenuo que
apresenta alteraccedilotildees fisioloacutegicas em oacutergatildeos e sistemas do corpo humano sendo
assim um a adesatildeo aacute um estilo de vida saudaacutevel pode levar a promoccedilatildeo da
qualidade de vida e consequentemente reduzir a velocidades destas alteraccedilotildees
fisioloacutegicas quem em muitas vezes leva a incapacidade e a dependecircncia por partes
dos idosos (NOBREGA et al 1999)
O processo natural do envelhecimento provoca diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas no
organismo no qual envolve alteraccedilotildees anatocircmicas e funcionais que refletem
diretamente na sauacutede desta populaccedilatildeo (CAMPO MONTEIRO ORNELAS 2000)
Aleacutem de dificultar a vivencia do indiviacuteduo idoso em seu meio que podem acelerar o
caminho para a morte (CHOCHAMOVITZ citado por PESSOA 2012)
O estado nutricional do indiviacuteduo tem importante papel no envelhecimento uma vez
que o controle das doenccedilas comumente a velhice como doenccedilas crocircnicas
relacionam-se diretamente com o estado nutricional Sendo assim a nutriccedilatildeo eacute de
suma importacircncia para localizaccedilatildeo de fatores de riscos para o desenvolvimento de
doenccedilas e de mortalidade entre os idosos (NASCIMENTO et al 2011)
Geralmente as alteraccedilotildees no estado nutricional do idoso influenciam
especificamente em algumas doenccedilas o baixo peso por exemplo estaacute em muitas
vezes relacionado com doenccedilas respiratoacuterias e o excesso de peso relacionado com
doenccedilas cardiovasculares e o diabetes (NASCIMENTO et al 2011)
O organismo envelhecido tambeacutem apresenta diversas alteraccedilotildees que afetam a
nutriccedilatildeo do indiviacuteduo idoso como a reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica basal alteraccedilotildees
no sistema digestoacuterio alteraccedilotildees na palatibilidade e na percepccedilatildeo da sede aleacutem da
redistribuiccedilatildeo da massa corporal com a reduccedilatildeo progressiva da massa magra e
aumento do tecido adiposo que afetam diretamente no consumo alimentar e no
estado nutricional da populaccedilatildeo idosa respectivamente (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
A alteraccedilatildeo da palatibilidade eacute comumente encontrada em cerca de 80 da
populaccedilatildeo idosa decorrente da diminuiccedilatildeo da percepccedilatildeo de gosto pelas papilas
gustativas devido a diminuiccedilatildeo na quantidade de bototildees gustativos (ROSA et al
2008)
29
Grandes alteraccedilotildees satildeo encontradas no sistema gastro-intestinal mas em geral o
funcionamento do intestino do pacircncreas e do fiacutegado satildeo encontrados com elevada
capacidade funcional as grandes alteraccedilotildees acontecem atraveacutes da atrofia da
mucosa gaacutestrica o que leva a diminuiccedilatildeo da siacutentese do aacutecido cloriacutedrico e do fator
intriacutenseco que consequentemente leva a menor absorccedilatildeo da vitamina B12 aleacutem da
reduccedilatildeo do gosto (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
As alteraccedilotildees gastrointestinais refletem principalmente na dificuldade absortiva de
micronutrientes (BHUTTO citado por TRAMONTINO et al 2009) e na dificuldade da
digestatildeo que levam ao aparecimento constante de gases mal estar constipaccedilatildeo
que pioram com uma alimentaccedilatildeo inadequada pobre em fibras comumente aos
haacutebitos alimentares dessa populaccedilatildeo (TRAMONTINO et al 2009)
As alteraccedilotildees no trato gastro-intestinal podem resultar tambeacutem na constipaccedilatildeo
intestinal que tambeacutem possui relaccedilatildeo direta com a alimentaccedilatildeo fatores psicoloacutegicos
fatores fiacutesicos e o uso de medicamentos podem ainda levar a maiores complicaccedilotildees
como distensatildeo abdominal cacircncer de coloacuten hemorroidas fiacutestula anal entre outras
patologias que vatildeo interferem diretamente tambeacutem na qualidade de vida dos idosos
(RAMOS citado por NESELLO TONELLI BELTRAME 2011)
A constipaccedilatildeo intestinal eacute definida atraveacutes da constataccedilatildeo de menos de trecircs
episoacutedios de evacuaccedilatildeo no periacuteodo de uma semana com a presenccedila de esforccedilo
sensaccedilatildeo de obstruccedilatildeo e presenccedila de fezes endurecidas de acordo com o consenso
de Roma III (LONGSTRETH et al citado por NESELLO TONELLI BELTRAME
2011)
Segundo Bosshard e outros citado por Nesello e outros(2004) a prevalecircncia da
constipaccedilatildeo intestinal eacute maior na populaccedilatildeo idosa o que nos jovens chegando a
atingir cerca de 20 dos idosos no geral e a sua prevalecircncia eacute ainda maior nas
mulheres do que nos homens
A intoleracircncia a glicose eacute uma caracteriacutestica bastante encontrada nos idosos no qual
possivelmente eacute decorrente da diminuiccedilatildeo da produccedilatildeo hormonal e do aumento no
nuacutemero de ceacutelulas adiposas frente a ceacutelulas musculares Com o diagnoacutestico da
intoleracircncia a glicose o tratamento eacute realizado apenas atraveacutes de uma dieta
equilibrada (TRAMONTINO et al 2009)
30
O diabetes mellitus tipo 2 estaacute entre as principais doenccedilas crocircnicas prevalentes na
sociedade atualmente e que atinge na sua maioria os idosos Aleacutem de ser uma das
causas principais de doenccedilas cardiovasculares (MENDES et al 2011)
Durante o processo de envelhecimento os processos de catabolismo e anabolismo
tambeacutem se encontram diferenciados no qual o catabolismo supera todos os
processos de anabolismo fazendo com que os oacutergatildeos tenham suas funccedilotildees
diminuiacutedas atraveacutes da reduccedilatildeo de ceacutelulas e ainda existem vaacuterias alteraccedilotildees
bioquiacutemicas que contribuem para a morte de ceacutelulas como a accedilatildeo de radicais livres
(TRAMONTINO 2009)
Os radicais livres satildeo moleacuteculas consideradas instaacuteveis uma vez que possuem um
nuacutemero iacutempar de eleacutetrons esse fato faz com que estas moleacuteculas procurem alguma
outra moleacutecula para capturarem um eleacutetron e se tornarem estaacuteveis podendo levar
consequentemente a degeneraccedilatildeo celular tecidual e orgacircnica (PEREIRA 2012)
Aleacutem das alteraccedilotildees fisioloacutegicas os fatores socioeconocircmicos tambeacutem exercem uma
importante influencia na sauacutede dos idosos o que envolve tambeacutem o consumo
alimentar (CAMPOS 2000)
24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO
Diversos estudos defendem a ideia de que a nutriccedilatildeo possui um caraacuteter
insubstituiacutevel na promoccedilatildeo do aumento de qualidade de vida devendo assim ser
associada a outros meacutetodos para garantir a eficaacutecia deste processo atraveacutes da
prevenccedilatildeo e controle de diversas patologias (CARVALHO et al 2003 DOBNER
BLASI KIRSTEN 2012)
A alimentaccedilatildeo adequada eacute imprescindiacutevel em qualquer faixa etaacuteria eacute a partir da
alimentaccedilatildeo que alcanccedilamos a capacidade de realizar diversas accedilotildees no dia a dia
desde a mais simples como estudar ateacute as mais complexas como a praacutetica de
exerciacutecios fiacutesicos Dentre as vaacuterias importacircncias da alimentaccedilatildeo a ingestatildeo de
nutrientes adequada eacute de suma importacircncia para um envelhecimento saudaacutevel
(FERNANDES 2010)
Em decorrecircncia da transiccedilatildeo epidemioloacutegica a nutriccedilatildeo ganhou um amplo espaccedilo
no campo da prevenccedilatildeo de doenccedilas e estados fisioloacutegicos comumente encontrados
31
em idosos decorrentes ao processo natural do envelhecimento e de outros agravos
como a alta incidecircncia no uso de diversos medicamentos A ingestatildeo adequada de
fibras relacionadas com uma ingestatildeo adequada de aacutegua por exemplo auxilia na
prevenccedilatildeo e tratamento da constipaccedilatildeo intestinal aumentando a qualidade de vida
Diversos estudos apontam que um consumo entre 20 e 40 gramas diariamente
associado a ingestatildeo adequada de aacutegua leva a uma melhora consideraacutevel no quadro
de constipaccedilatildeo (BECKENKAMP 2010)
Campos e outros relatam (2009) que os fatores psicossociais comuns aos idosos
como perda do cocircnjuge solidatildeo falta de renda depressatildeo entre outros satildeo os
principais fatores externos que contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo nesta populaccedilatildeo
uma vez que a maioria desses consomem em meacutedia menos de 1000kcaldia de
correntes da ingestatildeo de alimentos de menor custos e de maior facilidade de
preparo
A baixa renda com que a maioria dos idosos vive e que influencia diretamente no
consumo alimentar tambeacutem estaacute ligada a exclusatildeo desse grupo no mercado de
trabalho mesmo que muitos apresentem capacidade funcional e motora condizentes
com muitos trabalhos disponiacuteveis a idade muitas vezes acaba por ser o grande
obstaacuteculo para a conquista da vaga e consequentemente para o aumento da renda
que em muitos casos eacute composta apenas pela aposentadoria e ou pensotildees
(NOGUEacuteS citado por CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
O relacionamento social tambeacutem eacute um grande influenciador no consumo alimentar
segundo Campos e outros (2000) a solidatildeo vivenciada pelo idoso leva ao
esquecimento do cuidado com si mesmo sendo assim a alimentaccedilatildeo natildeo ganha
muita atenccedilatildeo sendo preparada de forma inadequada sem atentar para a qualidade
e quantidade suficiente Muitas vezes a alimentaccedilatildeo eacute composta por alimentos de
faacutecil preparo que inclui normalmente alimentos industrializados pobres em
nutrientes essenciais para o organismo idoso
A preocupaccedilatildeo com a nutriccedilatildeo do idoso cresceu atraveacutes de vaacuterios estudos que
demonstraram que a desnutriccedilatildeo e o sobrepeso predominam em indiviacuteduos idosos e
que este quadro eacute resultante das condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem aleacutem
de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
32
De acordo Sass (2010) cerca de 15 a 20 de idosos apresentam algum sintoma
depressivo A prevalecircncia da depressatildeo varia de acordo com fatores a idade sexo e
fatores sociais Esse quadro de depressatildeo eacute bastante preocupante tambeacutem pelo fato
de estar relacionado diretamente com o Estado Nutricional dos idosos uma vez que
haacute alteraccedilotildees no sistema neuroloacutegico que tambeacutem eacute responsaacutevel pelos mecanismos
da fome e ansiedade podendo assim resultar em desnutriccedilatildeo ou obesidade Aleacutem
dessas consequecircncias relacionadas agrave nutriccedilatildeo alguns estudos indicam tambeacutem a
depressatildeo como um fator para doenccedilas cardiovasculares
Diversos estudos tambeacutem apontam que a nutriccedilatildeo dos idosos pode ser influenciada
negativamente pelo fato da incapacidade e ou dificuldades da realizaccedilatildeo de
atividades cotidianas sozinhas como o simples fato de cozinhar aleacutem das
alteraccedilotildees motoras que tambeacutem podem piorar a preparaccedilatildeo dos alimentos e o seu
proacuteprio consumo Os aspectos emocionais como perda de cocircnjuge e depressatildeo
tambeacutem contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo por levar a reduccedilatildeo do apetite ou por
aumentar a recusa por alimentos (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
Diversos estudos demonstram uma reduccedilatildeo progressiva do valor energeacutetico da
alimentaccedilatildeo dos idosos que ao mesmo tempo apresenta um aumento no consumo
de carboidratos principalmente os chamados simples que pode contribuir para o
aparecimento ou complicar doenccedilas crocircnicas como o diabetes (MENEZES
MARUCCI 2012)
De acordo com Tramontino e outros (2009) um grande fator que tambeacutem afeta a
nutriccedilatildeo do idoso eacute a sauacutede bucal uma vez que uma condiccedilatildeo inadequada da boca
como a falta de denticcedilatildeo consequentemente leva a dificuldade de mastigaccedilatildeo que
leva a um consumo alimentar alterado que interfere diretamente em uma adequada
nutriccedilatildeo Aleacutem disso a sauacutede bucal e a nutriccedilatildeo acabam formando um ciclo onde
interfere no outro pois uma nutriccedilatildeo inadequada decorrente por falta de denticcedilatildeo ou
por outra caracteriacutestica leva a problemas na sauacutede bucal e a maiores perdas de
denticcedilatildeo
A nutriccedilatildeo tem relaccedilatildeo direta com a sauacutede bucal uma vez que a alimentaccedilatildeo pode
influenciar diretamente no aparecimento de caacuteries na perda dos esmaltes dos
dentes e no desenvolvimento em geral da denticcedilatildeo que assim podem levar ao
aparecimento de dores lesotildees doenccedilas periodontal que consequentemente
poderatildeo levar a mudanccedilas tambeacutem na alimentaccedilatildeo (MAGALHAtildeES 2011)
33
Devido a diversas patologias comumente encontradas nos idosos o uso de
medicamentos por esta populaccedilatildeo eacute grande e o consumo elevador de
medicamentos podem levar a alteraccedilotildees na cavidade oral como xerostomia
candidiacutease entre outras alteraccedilotildees (MAGALHAtildeES 2011)
Segundo Andrade (2009) a condiccedilatildeo da boca como o nuacutemero de dentes
adequados ou o uso de proacuteteses pode influenciar nas escolhas dos alimentos e ateacute
mesmo no seu modo de preparo o que influencia diretamente nos haacutebitos
alimentares dos idosos
Castilhos e Padilha (2002) afirmaram que a denticcedilatildeo pode influenciar as pessoas em
trecircs campos fisioloacutegico psicoloacutegico e social No aspecto fisioloacutegico os dentes
podem influenciar na alimentaccedilatildeo do individuo por meio do processo de mastigaccedilatildeo
dos alimentos que interferem diretamente na ingestatildeo de nutrientes na manutenccedilatildeo
corpoacuterea e ateacute mesmo no prazer em se alimentar
A diminuiccedilatildeo da saliva decorrente do processo natural do envelhecimento aleacutem de
comprometer a manutenccedilatildeo da cavidade oral por estar ter uma accedilatildeo na limpeza da
cavidade e por ter um efeito antimicrobiano tambeacutem influencia diretamente na
mastigaccedilatildeo na formaccedilatildeo do bolo alimentar e tambeacutem na digestatildeo e absorccedilatildeo dos
alimentos uma vez que com a reduccedilatildeo da saliva haacute tambeacutem a diminuiccedilatildeo da
siacutentese de amilase salivar (ROSA et al 2008)
O elevado uso de medicamentos tambeacutem pode interferir na absorccedilatildeo de diversos
nutrientes na interaccedilatildeo chamada de droga-nutriente e ainda a medicaccedilatildeo pode
influenciar na ingestatildeo alimentar uma vez que muitos podem levar a anorexia
alteraccedilotildees na percepccedilatildeo do gosto e do odor naacuteuseas vocircmitos e ainda as
adaptaccedilotildees na alimentaccedilatildeo dos idosos devido agrave incapacidade de mastigaccedilatildeo de
alguns alimentos comumente leva a carecircncias nutricionais principalmente atraveacutes
da reduccedilatildeo na ingestatildeo de Vitaminas dentre elas vitamina C e B12 essenciais ao
bom funcionamento orgacircnico (MAGALHAtildeES 2011)
Para estimar as necessidades nutricionais dos idosos deve se levar em
consideraccedilatildeo diversos fatores como as alteraccedilotildees fisioloacutegicas condiccedilatildeo da sauacutede
em geral frequecircncia de exerciacutecio fiacutesico fatores psicoloacutegicos e fatores
socioeconocircmicos sendo assim uma adequada nutriccedilatildeo deve envolver todos estes
fatores de forma a alcanccedilar suas reais necessidades e deve se ainda dar atenccedilatildeo as
34
diferenccedilas das recomendaccedilotildees nutricionais para adultos e idosos Os idosos
apresentam uma necessidade energeacutetica menor que os adultos uma vez que ocorre
a reduccedilatildeo do metabolismo basal decorrente das alteraccedilotildees da composiccedilatildeo corporal
reduccedilatildeo da massa magra e aumento de tecido adiposo (TRAMONTINO et al 2009)
As recomendaccedilotildees nutricionais dos idosos natildeo satildeo totalmente estabelecidas devido
as constantes alteraccedilotildees fisioloacutegicas desta populaccedilatildeo por isso os valores de
recomendaccedilotildees usados satildeo os mesmos valores de referecircncias usados para os
adultos (HESEKER SCHNEIDER 1994 citado por ARANHA et al 2000)
Magalhatildees (2011) afirmou que mesmo que o sobrepeso seja prevalente em grande
parte da populaccedilatildeo idosa a principal preocupaccedilatildeo relacionada agrave nutriccedilatildeo desta
populaccedilatildeo eacute a desnutriccedilatildeo uma vez que vaacuterios fatores levam a reduccedilatildeo na ingestatildeo
alimentar destes indiviacuteduos
De acordo Barbosa (2012) os idosos tambeacutem incorporaram novos haacutebitos
alimentares assim como toda a populaccedilatildeo nos uacuteltimos anos com o aumento do
consumo de alimentos industrializados realizaccedilatildeo de refeiccedilotildees fora de casa Sendo
assim a educaccedilatildeo nutricional se mostra como uma grande ferramenta para a
promoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis podendo contribuir para prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas comumente a populaccedilatildeo idosa
Segundo Muller e Vietz (2009) a educaccedilatildeo nutricional eacute uma parte da nutriccedilatildeo
voltada ao aprendizado na adequaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo de haacutebitos alimentares em todas
as fases da vida desde a infacircncia ateacute a velhice
Diversos autores engajaram haacute anos discussotildees sobre a importacircncia da educaccedilatildeo
nutricional principalmente no campo de promoccedilatildeo da sauacutede Essa importacircncia foi
crescendo a ponto de ser encontradas nos principais documentos de poliacuteticas
puacuteblicas ligadas a alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo como o Programa Fome Zero (SANTOS
2012)
Considerando todas as alteraccedilotildees fisioloacutegicas e psicoloacutegicas provenientes do
envelhecimento que dificultam em muitas vezes o consumo alimentar o processo de
educaccedilatildeo nutricional deve estar presente na ida do idoso de modo que estes tenham
conhecimento dessas principais alteraccedilotildees e de alternativas para contornar os
efeitos dessas alteraccedilotildees e tornar o ato de se alimentar mais prazeroso (FRANCO
2012)
35
Segundo Montenegro e Silva para que a alimentaccedilatildeo atenda as necessidades de
gasto energeacutetico de indiviacuteduos idosos eacute necessaacuterio que haja adequaccedilatildeo da dieta
aleacutem disso a associaccedilatildeo de uma alimentaccedilatildeo adequada com a praacutetica de atividade
fiacutesica regular pode promover benefiacutecios a sauacutede do idoso contribuindo tambeacutem para
a melhora do funcionamento dos processos metaboacutelicos ligados ao exerciacutecio bem
como auxiliar na recuperaccedilatildeo de lesotildees contribuindo assim para o aumento de
massa muscular e condicionamento fiacutesico
Na tabela 1 esta demostrado as recomendaccedilotildees nutricionais mais usadas
atualmente para os idosos e que satildeo provenientes da Dietary Reference Intakes
(DRI) na qual trata-se de uma revisatildeo dos valores de recomendaccedilotildees nutricionais
adotada em diversos paiacuteses (PADOVANI et al 2006)
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos)
EAR RDA AMDR Homens Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 30 _ Mulheres Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 21 _ Fonte Padovani et al 2006 Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos
nutricionais
25 QUALIDADE DA DIETA
251 iacutendice de qualidade da dieta
Aranha e outros (2000) afirmaram que a idade e a nutriccedilatildeo satildeo dois fatores
diretamente relacionados com o aparecimento e a gravidade de patologias os
idosos por exemplo apresentam uma reduccedilatildeo do funcionamento do sistema imune
devido a idade que pode ser piorado com uma maacute nutriccedilatildeo
Eacute evidente a importacircncia de uma alimentaccedilatildeo adequada para os idosos diversos
estudos demonstram uma relaccedilatildeo direta entre a dieta e o surgimento de doenccedilas
crocircnicas em idosos como hipertensatildeo arterial e diabetes (BARBOSA 2012)
36
A avaliaccedilatildeo do consumo alimentar que subsidia uma intervenccedilatildeo nutricional
adequada especiacutefica eacute um instrumento de muita eficaacutecia poreacutem de difiacutecil aplicaccedilatildeo
Vaacuterios estudos veem tentando criar instrumentos capazes de responder aos
desafios impostos pela complexidade da dieta humana Os meacutetodos de investigaccedilatildeo
do consumo de alimentos a serem utilizados dependem do objetivo do estudo e se
as estimativas seratildeo individuais ou para grupos populacionais sendo que cada
meacutetodo apresenta vantagens e desvantagens (WENDPAP 2012)
Com o aumento da incidecircncia de patologias relacionadas principalmente com os
haacutebitos alimentares tecircm se dado mais atenccedilatildeo a avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
de indiviacuteduos e populaccedilotildees um meacutetodo que vem sendo proposto para analisar a
ingestatildeo alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta (IQD) que foi adaptado para a
populaccedilatildeo brasileira e revisado por Previdelli e outros (2011)
O Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) se baseia na avaliaccedilatildeo das
porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do Guia alimentar
para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes
da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de nutrientes e obesidade
Previdelli e outros (2011) afirma que o IQD-R pode ser de grande auxiacutelio para a
avaliaccedilatildeo do consumo alimentar de diversas faixas etaacuterias aleacutem de promover
subsiacutedios para o planejamento de accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede como
intervenccedilatildeo e educaccedilatildeo nutricional
O IQD-R avalia doze componentes sendo nove grupos alimentares dois satildeo
nutrientes e um grupo de calorias proveniente de gordura soacutelida aacutelcool e accediluacutecar de
adiccedilatildeo (Gord_AA) Os grupos alimentares satildeo ldquoFrutas Totaisrdquo(inclui frutas e sucos
de frutas naturais) ldquoFrutas integraisrdquo (exclui sucos de frutas) ldquoVegetais Totaisrdquo
ldquoVegetais Verdes Escuros e Alaranjados e Leguminosasrdquo (este uacuteltimo soacute eacute pontuado
apoacutes atingir-se a pontuaccedilatildeo maacutexima de carnes ovos e leguminosas)ldquoCereais
Totaisrdquo (inclui raiacutezes e tubeacuterculos) ldquoCereais Integraisrdquo ldquoLeite e Derivadosrdquo(inclui
inclusive bebidas agrave base de soja) ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo ldquoOacuteleosrdquo (inclui as
gorduras mono e poliinsaturadas oacuteleos das oleaginosas e gordura de peixe) Os
nutrientes incluem ldquoSoacutediordquo e ldquoGordura saturadardquo O valor do IQD-R pode variar entre
0 e 100 sendo que os escores mais altos indicam que a ingestatildeo alimentar estaacute
proacutexima das recomendaccedilotildees (MOTA et al 2008 WENDPAP 2012)
37
252 Alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento
Segundo o manual brasileiro referente agrave alimentaccedilatildeo saudaacutevel para a pessoa idosa
publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede em 2009 dez passos devem ser seguidos como
forma de orientaccedilatildeo para alcanccedilar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento o
que inclui
bull Realizaccedilatildeo de pelo menos trecircs refeiccedilotildees e dois lanches saudaacuteveis ao longo
do dia evitando ficar sem alimentar por muito tempo dando preferecircncia a
alimentos de faacutecil mastigaccedilatildeo como frutas amassadas ou picadas e carnes
desfiadas ou moiacutedas devido agraves dificuldades de mastigaccedilatildeo e degluticcedilatildeo
comumente encontradas em idosos decorrente da perda de dentes e da
diminuiccedilatildeo da saliva
bull Inclusatildeo de seis porccedilotildees diaacuterias de cerais e tubeacuterculos dando preferecircncias
aos alimentos integrais uma vez que os alimentos integrais possuem um alto
teor de fibras que contribuem tambeacutem para um adequado funcionamento do
intestino
bull Trecircs porccedilotildees de legumes e verduras nas grandes refeiccedilotildees diariamente
Estes alimentos satildeo fontes principais de vitaminas minerais e fibras
bull Trecircs porccedilotildees ou mais de frutas nas sobremesas e nos lanches diariamente
As frutas tambeacutem satildeo importantes fontes de fibras e vitaminas e devem
incrementar os lanches saudaacuteveis ao longo do dia
bull Consumo de arroz e feijatildeo em pelo menos cinco dias da semana A
combinaccedilatildeo desses alimentos resulta em uma ingestatildeo de proteiacutena completa
bull Trecircs porccedilotildees diaacuteria de leite e derivados e uma porccedilatildeo de carnes aves
peixes ou ovos dando preferecircncia a carnes magras O leite e seus derivados
satildeo importantes fontes de caacutelcio um mineral essencial na manutenccedilatildeo do
tecido oacutesseo As carnes satildeo fontes de ferro e de proteiacutena de alto valor
bioloacutegico
bull Reduccedilatildeo da quantidade de sal nas refeiccedilotildees devido a grande prevalecircncia de
hipertensatildeo arterial encontrada em toda a populaccedilatildeo brasileira e em especial
em idosos
38
bull Ingestatildeo de pelo menos dois litros de aacutegua no qual equivale
aproximadamente aacute seis ou oito copos meacutedio Uma ingestatildeo de aacutegua
adequada eacute essencial para um bom funcionamento orgacircnico
bull Reduccedilatildeo no consumo de refrigerantes sucos industrializados biscoitos
recheados e doces em geral Estes alimentos industrializados possuem
geralmente em sua composiccedilatildeo um grande teor de soacutedio que contribui para o
aumento da pressatildeo arterial aleacutem de possuiacuterem tambeacutem grande quantidade
de conservantes
bull Reduccedilatildeo no consumo de bebidas alcooacutelicas e realizaccedilatildeo de praacutetica de
atividade fiacutesica regular por pelo menos trinta minutos diariamente O consumo
de aacutelcool estaacute diretamente relacionado ao ganho de peso e a diversos
prejuiacutezos aacute sauacutede como problemas hepaacuteticos por exemplo A praacutetica de
atividade fiacutesica regular traz inuacutemeros benefiacutecios agrave sauacutede como controle do
peso e prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis
Outras orientaccedilotildees tambeacutem satildeo de suma importacircncia para que o idoso tenha
condiccedilotildees de se realizar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel diariamente
bull A mesa de refeiccedilatildeo deve ser posta de forma simples de forma a facilitar a
realizaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pelo idoso
bull Deve haver um contraste entre toalha da mesa e utensiacutelios afim de que se
facilite a visatildeo do indiviacuteduo e consequentemente facilite a sua alimentaccedilatildeo
bull Os utensiacutelios a serem utilizados pelos idosos devem ser simples de modo
que o seu manuseio seja faacutecil e natildeo apresente riscos elevados de quebra
253 Seguranccedila Alimentar
O termo seguranccedila alimentar estaacute relacionado ao acesso a uma alimentaccedilatildeo
adequada em niacutevel qualitativo e quantitativo de forma a atender as necessidades
individuais enquanto que o termo de inseguranccedila alimentar engloba vaacuterios fatores
deste a preocupaccedilatildeo em adquirir o alimento a perda da qualidade e diversidade dos
alimentos (FAZZIO 2012)
39
Diversos estudos vecircm apontando os crescentes casos de inseguranccedila alimentar que
vem atingindo os idosos que interferem em uma adequada nutriccedilatildeo e
consequentemente interferem na sauacutede desta populaccedilatildeo (LEON et al 2005)
A prevalecircncia de residecircncias de idosos que apresentam inseguranccedila alimentar eacute
cada vez mais encontrada em todo o mundo nos Estados Unidos essa prevalecircncia
varia 6 a 16 em Campinas a inseguranccedila alimentar chegou a atingir 52 das
residecircncias com idosos (LEON et al 2005)
Os indiviacuteduos idosos que apresentam inseguranccedila alimentar e nutricional dentro de
suas residecircncias tem maiores chances de possuir deficiecircncias nutricionais
decorrente da inadequada ingestatildeo de diversos nutrientes incluindo principalmente
caacutelcio vitamina A e proteiacutena quando comparados a idosos que vivem em seguranccedila
alimentar (ROSE OLIVEIRA 1991 citado por BARBOSA et al 2013)
26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO
Para traccedilar o diagnoacutestico do estado nutricional de idosos muitos indicadores que
satildeo utilizados para avaliaccedilatildeo da antropometria de outras faixas etaacuterias tambeacutem
fazem parte deste diagnoacutestico como o peso e a altura que permitem a avaliaccedilatildeo do
iacutendice de massa corporal (IMC) Circunferecircncia do braccedilo (CB) Circunferecircncia da
Cintura (CC) e prega cutacircnea tricipital entretanto essa populaccedilatildeo ainda conta com
um indicador especiacutefico para avaliaccedilatildeo principalmente de perda de massa magra e
consequentemente desnutriccedilatildeo que eacute a Circunferecircncia da Panturrilha (CERVI
FRANCESCHINI PRIORE 2006)
Quanto aos indicadores observa-se assim uma vasta opccedilatildeo de utilizaccedilatildeo entretanto
as maiores dificuldades na precisatildeo do diagnoacutestico do estado nutricional do idoso
ficam por conta dos pontos de cortes especiacuteficos que em muitas vezes natildeo satildeo
estabelecidos para esta populaccedilatildeo que sofrem diversas alteraccedilotildees orgacircnicas e
funcionais (CERVI FRANCESCHINI PRIORE 2006)
261 Iacutendice de Massa Corporal O objetivo do iacutendice de massa corporal eacute avaliar a massa corporal em comparaccedilatildeo agrave
altura de forma simples e raacutepida utilizando apenas o peso em quilogramas e a
altura em metro quadrado (PERISSINOTTO et al 2002)
40
Sendo assim o uso deste indicador eacute muito frequente na avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica
de diversas populaccedilotildees Entretanto diversos estudos afirma a necessidade de
associar o diagnoacutestico pelo IMC com outros indicadores uma vez que este natildeo
diferencia a massa corporal ou seja natildeo identifica a distribuiccedilatildeo de tecido adiposo e
tecido muscular (PERISSINOTTO et al 2002)
Quanto aos pontos de corte utilizados do IMC para idosos o Ministeacuterio da Sauacutede
atraveacutes do Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
sugere a utilizaccedilatildeo de uma faixa de normalidade entre o valores de 22kgmsup2 e
27kgmsup2 sendo classificados como baixo peso indiviacuteduos idosos que apresentem
IMC inferior a 22kgmsup2 e como sobrepeso indiviacuteduos que apresentem uma valor
acima de 27kgmsup2 natildeo havendo pontos de cortes que defina o niacutevel de desnutriccedilatildeo
e niacutevel de obesidade (SAMPAIO 2006)
Uma grande dificuldade encontrada na utilizaccedilatildeo do IMC para idosos eacute decorrente
da insensibilidade deste indicador quanto ao decreacutescimo de estatura aumento de
tecido adiposo e aumento da massa muscular e quantidade de aacutegua corporal que
satildeo alteraccedilotildees comumente encontradas no envelhecimento (SANTOS SICHIERI
2005)
262 Circunferecircncia do Braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo reflete a composiccedilatildeo corporal total incluindo tecido oacutesseo
massa muscular e tecido adiposo e possibilita a aplicaccedilatildeo de outros indicadores
como a circunferecircncia muscular do braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo (CB) em idosos tende a diminuir devido agrave perda de massa
magra tiacutepico da idade e tambeacutem pelo deslocamento da gordura para regiatildeo central
na avaliaccedilatildeo deste indicador relaciona-se o valor encontrado com o valor meacutedio para
a idade do indiviacuteduo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA GONZALES
2013)
263 Circunferecircncia da Cintura A medida circunferecircncia da cintura eacute um indicador essencial uma vez que atraveacutes
deste eacute possiacutevel verificar uma possiacutevel localizaccedilatildeo acumulada de tecido adiposo
41
nessa regiatildeo e uma circunferecircncia da cintura elevada revela possiacuteveis riscos
cardiovasculares e metaboacutelicos (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
Em relaccedilatildeo aos pontos de cortes natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica para a utilizaccedilatildeo
em idosos o que dificulta a precisatildeo do diagnoacutestico nutricional uma vez que o
aumento de gordura na regiatildeo abdominal eacute comum em idosos devido a
redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo que acontece em maiores proporccedilotildees pelo
deslocamento desse tecido dos membros para a regiatildeo central do tronco (PAIVA
NETO OLIVEIRA SANTOS 2007)
264 Prega Cutacircnea Tricipital
A afericcedilatildeo da prega cutacircnea tricipital e em geral todas as outras pregas cutacircneas
permitem identificar a quantidade de tecido adiposo subcutacircneo Trata-se de um
indicador sensiacutevel a desnutriccedilatildeo que permite avaliar os estoques de gordura
corporal Os pontos de cortes utilizados na avaliaccedilatildeo deste indicador vatildeo de acordo
com a medida obtida e a medida meacutedia (p50) de acordo com a idade do indiviacuteduo
(FIORE et al 2006)
Assim como na Circunferecircncia do braccedilo espera-se uma reduccedilatildeo do valor da prega
cutacircnea tricipital decorrente da redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo nesta populaccedilatildeo
estudada o que leva a reduccedilatildeo da precisatildeo deste indicador em relaccedilatildeo a
sensibilidade de desnutriccedilatildeo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
265 Circunferecircncia da Panturrilha A circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador utilizado geralmente para avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica de indiviacuteduos idosos por ser sensiacutevel a depleccedilatildeo muscular nesta
faixa etaacuteria e de faacutecil obtenccedilatildeo (SAMPAIO 2004)
Segundo Acunatilde e Cruz (2004) a circunferecircncia da panturrilha eacute o indicador mais
sensiacutevel agrave desnutriccedilatildeo em idosos sendo superior a outro indicador de suma
importacircncia que eacute a circunferecircncia do braccedilo
42
O valor circunferecircncia da panturrilha menor que 31 cm classifica-se como
desnutriccedilatildeo representando perda de massa muscular enquanto que achados acima
desse valor satildeo classificados como eutrofia (SPEROTTO 2010)
27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO
Caracteriza-se como atividade fiacutesica qualquer movimento do corpo que envolva a
contraccedilatildeo muscular e em qualquer ambiente seja em casa no trabalho ou ao ar
livre e alguns benefiacutecios podem aparecer mesmo com pouco tempo de praacutetica em
indiviacuteduos sedentaacuterios (ZAITUNE et al 2010)
A praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem eacute de fundamental importacircncia na prevenccedilatildeo de
diversas doenccedilas crocircnicas e em meio agrave transiccedilatildeo demograacutefica essa praacutetica se torna
ainda mais relevante Essa importacircncia pode ser verificada atraveacutes de um dos
objetivos do Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o enfrentamento das doenccedilas
crocircnicas natildeo transmissiacuteveis do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil no qual quer a busca
da promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes da praacutetica de exerciacutecio fiacutesico (MADEIRA et al 2013)
A falta de atividade fiacutesica principalmente em idosos pode complicar a perda de
massa magra que eacute comum em indiviacuteduos dessa faixa etaacuteria uma vez que
geralmente eacute decorrente das alteraccedilotildees hormonais principalmente pela reduccedilatildeo na
siacutentese de hormocircnios de crescimento de hormocircnios sexuais (MAGALHAtildeES 2011)
A atividade fiacutesica eacute reconhecida por inuacutemeros benefiacutecios aacute sauacutede de quem a pratica
e com os idosos natildeo eacute diferente eacute constatada uma melhora na qualidade de vida e
na sauacutede em geral o que consequentemente leva a reduccedilatildeo da probabilidade do
aparecimento de doenccedilas crocircnicas internaccedilotildees e morte (ZAITUNE et al 2010)
Fiatorone-Singh (1998) citado por Matsudo (2002) afirma que a praacutetica regular de
atividade fiacutesica possui grande influecircncia sobre as alteraccedilotildees na composiccedilatildeo corporal
comumente encontradas em idosos uma vez em que em diversos estudos foi
confirmada a hipoacutetese de que idosos ativos possuem um melhor estado nutricional
quando comparado a idosos sedentaacuterios em relaccedilatildeo a indicadores de peso iacutendice
de massa corporal gordura corporal e ainda relaccedilatildeo cintura-quadril
Os benefiacutecios da praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem estatildeo relacionados diretamente
com o aumento da capacidade funcional de idosos uma vez que a capacidade
43
funcional interfere na forccedila muscular que por sua vez eacute inteiramente dependente da
massa muscular Visto que a atividade fiacutesica contribui para fortalecimento da massa
muscular haacute consequentemente uma reduccedilatildeo na perda natural deste tecido
decorrente do envelhecimento (MATSUDO 2002)
A prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas atraveacutes da melhora do estado nutricional
relacionada ao aumento da capacidade funcional e outros benefiacutecios decorrentes da
praacutetica de atividade fiacutesica leva consequentemente a uma elevaccedilatildeo da qualidade de
vida do indiviacuteduo idoso que me muitas vezes se encontra comprometida
(MATSUDO 2002)
A falta da praacutetica de atividade fiacutesica vem sendo crescente em toda a populaccedilatildeo
mundial Masso e outros (2005) em seu estudo que identificava a prevalecircncia de
sedentarismo em mulheres relataram que somente 37 da sua populaccedilatildeo se
encontram ativas ou seja que tinham o haacutebito regular de praticar alguma atividade
fiacutesica
Ferreira e Gobi (2003) afirma que o excesso de peso natildeo estaacute relacionado somente
com um consumo alimentar inadequado uma vez que estudos recentes vecircm
comprovando que a obesidade adquirida ao longo de anos estaacute mais relacionada
com o sedentarismo do que uma ingestatildeo excessiva de alimentos
Os mecanismos que levam a atividade fiacutesica agrave prevenccedilatildeo e ao tratamento de
doenccedilas e agrave incapacidade funcional envolvem principalmente a reduccedilatildeo da
adiposidade corporal a queda da pressatildeo arterial a melhora do perfil lipiacutedico e da
sensibilidade agrave insulina o aumento do gasto energeacutetico da massa e da forccedila
muscular da capacidade cardiorrespiratoacuteria da flexibilidade e do equiliacutebrio
(FERREIRA GOBI 2003)
Segundo Toscano e Olivera (2007) os programas puacuteblicos criados para a promoccedilatildeo
de praacutetica de atividade fiacutesicas satildeo importantes para o aumento da qualidade de vida
seja atraveacutes dos benefiacutecios desta praacutetica e atraveacutes de um maior conviacutevio social que
afasta a solidatildeo
Matsudo (2002) relata que vaacuterios pesquisadores ressaltam a necessidade da
implantaccedilatildeo de programas voltados agrave praacutetica de atividade fiacutesica em todo mundo
uma vez que estes mesmo pesquisadores encontraram resultados bastante
satisfatoacuterios relacionados agrave praacutetica regular de atividade fiacutesica demostrando ainda
44
que esta praacutetica eacute essencial para diminuir as consequecircncias indesejaacuteveis na sauacutede
dos indiviacuteduos decorrentes do envelhecimento
Atualmente no mundo todo a prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e
outras intercorrecircncias na sauacutede provocadas pelo passar da idade natildeo poder estar
isolada da praacutetica de atividade fiacutesica (MATSUDO et al 2006)
Atraveacutes de vaacuterios resultados positivos evidenciados em diversos estudos que
abordaram a atividade fiacutesica e os benefiacutecios proporcionados a seus praticantes jaacute eacute
possiacutevel verificar o aumento de investimento de oacutergatildeo puacuteblicos e privados em
programas de incentivo e orientaccedilatildeo a praacutetica de atividade fiacutesica (FERREIRA GOBI
2003)
Hoje em dia diversas aacutereas dos oacutergatildeos puacuteblicos estatildeo investindo em programas de
incentivo a atividade fiacutesica principalmente para os idosos entretanto deve-se ter
cautela na execuccedilatildeo destes programas garantindo um espaccedilo fiacutesico adequado com
profissionais qualificados a fim de que se possa realmente alcanccedilar os objetivos
destes programas (BENEDETTI GONCcedilALVES 2007)
45
3 METODOLOGIA 31 DESENHO DE ESTUDO
Foi realizado um estudo descritivo transversal com uma abordagem qualitativa com
40 idosos cadastrados no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe muniacutecipio de
Serra participantes e natildeo participantes do programa municipal de orientaccedilatildeo ao
exerciacutecio fiacutesico realizado neste espaccedilo
O estudo ocorreu em dois encontros na primeira consulta ocorreu a identificaccedilatildeo do
paciente e a coleta de dados antropomeacutetricos Inicialmente foi realizado a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) e em
seguida foi realizada uma entrevista para o preenchimento do Prontuaacuterio contendo
os seguintes itens Identificaccedilatildeo do paciente e avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica (Apecircndice
B) e o paciente foi convidado ainda a realizar o registro alimentar de trecircs dias para
ser analisado na proacutexima consulta (Apecircndice C)
No segundo encontro que foi realizado uma semana apoacutes a primeira consulta foi
coletado o registro alimentar de trecircs dias e ainda foi aplicado o questionaacuterio
Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica do tipo IPAQ curto para classificaacute-los
quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica exercido pelos mesmos (Anexo A)
32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO
O Comitecirc de sauacutede do idoso trata-se de uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
registrada regularmente instituiacutedo por um grupo de idosos da regiatildeo mas conta com
o apoio da Prefeitura da Serra o proacuteprio espaccedilo fiacutesico eacute cedido pela prefeitura e
sendo assim o mesmo local recebe o Programa municipal de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico
Os idosos cadastrados no comitecirc contribuem com um valor singelo mensalmente
para que sejam criadas atividades recreativas para os mesmos como curso de
pintura bordado viagens e outros Atualmente existem cerca de cento e sessenta
idosos cadastrados no comitecirc e um grupo de oito idosos compotildeem a diretoria sendo
um presidente que planejam atividades e buscam apoio de entidades puacuteblicas e
privadas para realizaccedilatildeo de alguns serviccedilos e atividades
46
A principal atividade exercida pelos cadastrados eacute o PROEF que conta com um
educador fiacutesico que orienta os participantes do programa com ginaacutestica aeroacutebica
com duraccedilatildeo de uma hora por trecircs vezes na semana entretanto natildeo satildeo todos os
cadastrados no comitecirc de sauacutede do idoso que participam deste programa
33 ASPECTOS EacuteTICOS
Foi informado aos indiviacuteduos todos os procedimentos a serem realizados durante a
pesquisa antes de assinar o termo de consentimento livre e esclarecido conforme
as normas para realizaccedilatildeo de Pesquisa em seres humanos e atendendo aos
criteacuterios da Eacutetica da Pesquisa em Sauacutede segundo descrito na Resoluccedilatildeo 19696
(BRASIL 2002)
O Projeto de pesquisa do presente trabalho foi submetido ao Comitecirc de eacutetica e
Pesquisa da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo tendo sido aprovado
34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
As medidas antropomeacutetricas analisadas para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal
dos indiviacuteduos foram peso corporal altura percentual de gordura circunferecircncias
do braccedilo cintura panturrilha e prega cutacircnea tricipital
Para a coleta das medidas antropomeacutetricas foram utilizados os seguintes
instrumentos balanccedila de bioimpedacircncia da marca Tanitareg devidamente calibrada
com capacidade de 150 kg e precisatildeo de 100g adipocircmetro de marca Cescorf
devidamente calibrado com amplitude de 88 mm e precisatildeo de 01mm fita meacutetrica
natildeo elaacutestica da marca Sanny estadiocircmetro da marca Altura Exata e com precisatildeo
de 05cm
O indiviacuteduo foi pesado usando roupas leves sem sapatos e sem qualquer objeto de
metal com o auxiacutelio da balanccedila Tanitareg colocada numa superfiacutecie plana e riacutegida
pela qual se obteve aleacutem do peso os valores dos percentuais de gordura e de
aacutegua Ressalta-se a natildeo indicaccedilatildeo do uso da bioimpedacircncias em indiviacuteduos que
possuem em seu corpo algum material metaacutelico como marcapasso devido as
possiacuteveis falhas na passagem da corrente eleacutetrica (CONSELHO FEDERAL DE
MEDICINA 2009)
47
A altura foi determinada utilizando-se o estadiocircmetro sendo orientado ao paciente
permanecer descalccedilo em posiccedilatildeo ereta olhando para o horizonte com os
calcanhares unidos e apoiados agrave parte posterior do estadiocircmetro assim como a
parte posterior dos joelhos naacutedegas e escaacutepulas estando a cabeccedila posicionada
reta (BRASIL 2011c)
Na tabela 2 satildeo encontrado os resultados do IMC com base no peso e altura
aferidos do paciente usando a foacutermula IMC = Peso corporal (kg) Estatura (m)sup2
sendo este avaliado segunda a classificaccedilatildeo recomendado pelo Sistema de
Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos Classificaccedilatildeo IMC (kgmsup2) Risco de Comorbidades
Baixo Peso lt 22 Baixo Peso Normal 22 - 269 Meacutedio Sobrepeso ge270 - Fonte The Nutrition Screening Initiative (1994) citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e
Nutricional Orientaccedilotildees para coleta anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede
(2011)
Os valores de referecircncia utilizados para a classificaccedilatildeo do percentual de gordura
corporal de idosos segundo GALLAGHER et al (2000) encontram-se no tabela 3
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos
Classificaccedilatildeo Gordura Corporal ()
Homens Mulheres Baixo lt13 lt24
Adequado 13 ndash 249 24 - 359
Elevado 25 - 299 36 - 419
Muito Elevado ge 30 ge 42
Fonte GALLAGHER et al 2000 Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex
A circunferecircncia da cintura foi aferida com o paciente em peacute usando a fita meacutetrica
para circundar o indiviacuteduo no ponto meacutedio entre a crista iliacuteaca e a uacuteltima costela A
circunferecircncia da cintura (CC) foi utilizada com o objetivo de identificar o padratildeo de
distribuiccedilatildeo da massa adiposa pois eacute considerado o melhor indicador para a
48
avaliaccedilatildeo do risco de doenccedilas cardiovasculares e metaboacutelicas em estudos
epidemioloacutegicos (MARTINS et al 2009) Utilizaram-se os pontos de corte definidos
na Diretriz Brasileira de Obesidade (2010) e atualmente recomendados pelo
Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (tabela 4)
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres Risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas Homem Mulher
Aumentado ge 94 ge 80
Substancialmente aumentado ge 102 ge 88
Fonte WHO 2000 citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilotildees para coleta
anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede (2011)
A circunferecircncia do braccedilo foi mensurada com o individuo em peacute com o braccedilo
flexionado a 90 graus para determinaccedilatildeo do ponto meacutedio entre o acrocircmio e o
oleacutecramo e em seguida com o braccedilo estendido e relaxado ao longo do corpo
posicionando a fita no sentido horizontal para a obtenccedilatildeo da medida (COSTA 2012)
O resultado obtido foi comparado aos valores de referecircncia demonstrados na tabela
de percentis por Frisancho (1990) no anexo B A adequaccedilatildeo da CB foi determinada
atraveacutes da foacutermula Adequaccedilatildeo da CB ()= CB obtida (cm) CB percentil 50 x 100 e
o estado nutricional classificado de acordo com o tabela 5
Tabela 5 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a circunferecircncia do braccedilo
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por Sommacal 2011 A circunferecircncia da panturrilha eacute considerada um oacutetimo indicador antropomeacutetrico
para idosos uma vez que possibilita a identificaccedilatildeo de alteraccedilotildees da massa
muscular em idosos com um ponto de corte menor de 31 centiacutemetros como
indicador de desnutriccedilatildeo (ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE citado por
MOREIRA et al 2011)
49
A teacutecnica de mensuraccedilatildeo da prega cutacircnea tricipital foi preconizada por Lohman
(1991) citado por Sommacal e outros (2011) no qual indica que para a afericcedilatildeo da
prega cutacircnea tricipital deve ser realizado no mesmo ponto meacutedio utilizado para a
CB no qual deve-se separar levemente a prega do braccedilo natildeo-dominante
desprendendo-a do tecido muscular e aplicar o calibrador formando um acircngulo reto
O braccedilo deve estar relaxado e solto ao lado do corpo
O valor encontrado da prega cutacircnea tricipital foi comparado ao padratildeo de referecircncia
no anexo C e posteriormente foi calculado a adequaccedilatildeo da PCT atraveacutes da
equaccedilatildeo
Adequaccedilatildeo da PCT = PCT obtida PCT percentil 50 x 100 A adequaccedilatildeo da PCT foi
classificada segundo a tabela 6
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a 110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por lSommacal 2011 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR
No primeiro encontro os indiviacuteduos participantes receberam trecircs formulaacuterios para
realizaccedilatildeo do registro e orientaccedilotildees de como realizar o registro alimentar de trecircs
dias sendo que deveriam ser realizados em dias natildeo consecutivos contemplando
dois dias da semana e um dia do final de semana Cada participante deveria anotar
todos os alimentos e bebidas ingeridos ao longo do dia e suas respectivas
quantidades incluindo os alimentos consumidos fora de sua residecircncia (FISBERG
MARCHIONI COLUCCI 2009) Foi orientado ainda ao indiviacuteduo que solicitasse
auxilio aacute um familiar caso encontrasse dificuldades em preencher o relatoacuterio
Com a coleta do registro alimentar de trecircs dias foi possiacutevel realizar o caacutelculo de
energia em (kcal) macronutrientes e micronutrientes A anaacutelise foi realizada atraveacutes
de caacutelculos manuais com o auxiacutelio da tabela brasileira de composiccedilatildeo dos alimentos
(TACO)
50
A anaacutelise do consumo alimentar ocorreu com a utilizaccedilatildeo o iacutendice de qualidade da
dieta revisado que foi reformulado por Previdelli (2011) em conformidade com as
recomendaccedilotildees dieteacuteticas preconizadas pelo guia alimentar para a populaccedilatildeo
brasileira de 2006 para a classificaccedilatildeo da qualidade da dieta seratildeo utilizados os
pontos de corte proposto pelo mesmo autor que classifica uma dieta ldquoinadequadardquo
abaixo de 40 pontos entre 41 e 64 pontos dieta que ldquoprecisa de modificaccedilatildeordquo e
acima de 64 pontos classifica-se como ldquodieta saudaacutevelrdquo (Anexo D e E)
36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA
A atividade fiacutesica pode ser considerada uma grande estrateacutegia em sauacutede puacuteblica
visto que poderiacuteamos atingir uma grande economia com a reduccedilatildeo do sedentarismo
Hoje em dia encontra-se mais de dois milhotildees de mortes anualmente causadas pela
inatividade fiacutesica em todo o mundo O sedentarismo natildeo estaacute relacionado somente
com doenccedilas e morte mas tambeacutem com a geraccedilatildeo de altos custos a sociedade No
ano de 1995 pode ser constatado que os Estados Unidos gastaram vinte e quatro
bilhotildees de doacutelares somente com o sedentarismo Sendo assim podemos observar
que com o aumento da praacutetica de atividade fiacutesica da populaccedilatildeo pode-se contribuir
indiretamente para o desenvolvimento humano e o progresso econocircmico
(WASHBURN 1993 et al Citado por PARDINI et al 2001 p46)
Um dos grandes fatores para o aparecimento de doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis eacute o sedentarismo O haacutebito de praticar algum tipo de atividade fiacutesica
tem sido usado como um meacutetodo faacutecil e de baixo custo para prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas Recomendam-se a praacutetica de pelo menos trinta minutos de atividade
diariamente para que seus benefiacutecios sejam apresentados (MASSON et al 2005)
O IPAQ estima o niacutevel de praacutetica habitual de atividade fiacutesica e foi desenvolvido pelo
Grupo Internacional para Consenso em Medidas da Atividade Fiacutesica constituiccedilatildeo
sob a chancela da OMS para ser utilizado em vaacuterios paiacuteses dentre eles Brasil e
Japatildeo (GUEDES et al 2005 GUEDES 2007 CORA 2003 citado por MIZUNO
2007)
O niacutevel de atividade fiacutesica foi determinado atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica ndash IPAQ na forma curta proposto por MIZUNO
(2007) sendo utilizadas quatro questotildees para avaliar a atividade fiacutesica dentro de uma
51
semana normal Os entrevistados relataram as atividades que satildeo realizadas ao
longo da semana em casa no trabalho e nas horas de lazer e descanso a
frequecircncia semanal e o tempo diaacuterio de cada atividade As atividades foram
classificadas como
1) vigorosas (corrida ginaacutestica aeroacutebica futebol velocidade raacutepida na bicicleta
basquete serviccedilos domeacutesticos pesados em casa ou no quintal carregar objetos com
peso alto)
2) moderadas (velocidade leve na bicicleta nataccedilatildeo danccedila ginaacutestica aeroacutebica leve
vocirclei carregar objetos com peso leve serviccedilos domeacutesticos em casa ou no quintal
como varrer e realizar cuidados no jardim)
3) caminhada (no trabalho ou por lazer)
4) sem gasto caloacuterico (sentado assistindo TV ou lendo)
Segundo o autor a partir dessas informaccedilotildees eacute possiacutevel estimar o gasto energeacutetico
em METs Um MET representa o consumo de oxigecircnio em repouso ou taxa
metaboacutelica de repouso Uma atividade que requer o dobro de energia do repouso
requer 2 METrsquos e assim sucessivamente Para o caacutelculo do gasto em METs o IPAQ
usa as seguintes foacutermulas
a) caminhada MET-minutosemanal = 33 X tempo diaacuterio de caminhada X frequumlecircncia
semanal
b) moderado MET- minutosemanal = 40 X tempo diaacuterio de atividade moderada X
frequecircncia semanal
c) vigoroso MET- minutosemanal = 80 X tempo diaacuterio de atividade vigorosa X
frequecircncia semanal d) total da atividade fiacutesica MET- minutosemanal = soma da
Caminhado + Moderado + Vigoroso MET - minutossemanal
Com essas informaccedilotildees classifica-se o indiviacuteduo em uma das seguintes categorias
a) baixo nenhuma atividade ou atividades que natildeo se enquadram nas categorias 2 e
3
b) moderado deve ser encaixar em pelos menos um dos criteacuterios de atividade
vigorosa por pelos menos trecircs dias por semana e em um periacuteodo miacutenimo de 20
minutos ou cinco ou mais dias de atividade moderada eou caminhada por pelo
52
menos 30 minutos por dia ou ainda qualquer combinaccedilatildeo de atividade moderada ou
vigorosa ou caminhada com gasto miacutenimo de 600 met-minsemana por cinco ou
mais dias na semana
c) alto Um dos dois criteacuterios atividade vigorosa em no miacutenimo 3 dias da semana
com gasto miacutenimo de 1500 MET-minutosemana ou 7 ou mais dias de combinaccedilatildeo
de caminhada atividade moderada e vigorosa com gasto miacutenimo de 3000 met-
minutosemana (IPAQ)
37 ANAacuteLISE DOS DADOS
Foi realizada uma anaacutelise descritiva das variaacuteveis quantitativas sendo os dados
apresentados em meacutedia desvio-padratildeo miacutenimo maacuteximo e mediana Os dados
qualitativos seratildeo apresentados atraveacutes de frequecircncia absoluta e relativa As
anaacutelises foram realizadas com auxilio do software SPSS V 20 2013
Para comparar os idosos praticantes de atividade fiacutesica baixo e praticantes de
atividade fiacutesica moderado foi aplicado o teste t de student nesta anaacutelise foi
considerado o niacutevel de significacircncia plt005
53
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS
Foram avaliados 40 indiviacuteduos sendo que natildeo houve perdas da amostra e nem
desistecircncia por parte dos participantes Na tabela 7 estatildeo apresentadas as
caracteriacutesticas gerais da amostra estudada na qual aponta que 40 (100)
indiviacuteduos pesquisados eram do sexo feminino Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade
fiacutesica 27 idosos (68) foram classificados com niacutevel moderado (MOD) seguido de
13 (32) indiviacuteduos da amostra com niacutevel baixo (BAIX)
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra VARIAacuteVEIS N
Sexo Masculino 0 0 Feminino 40 100 Niacutevel de Atividade Fiacutesica Baixo 13 32 Moderado 27 68 Alto 0 0 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica VARIAacuteVEIS GRUPO BAIX GRUPO MOD GERAL P-VALOR
IMC (kgmsup2) 3130 plusmn 851 2905 (2115-5664)
2553 plusmn 386 2488 (1973-3451)
274 plusmn 630 2688 (1973-5664) 0005
GC () 3726 plusmn 685 384 (246-462)
3298 plusmn 686 318 (222-543)
3405 plusmn 699 338(222-542) 0113
CC (cm) 9716 plusmn 1873 97 (575-1395)
8568 plusmn 1038 84 (685-107)
8941 plusmn 1447 8925 (575-1395) 0017
CP (cm) 373 plusmn 401 38 (29-46)
3464 plusmn 369 345 (295-46)
3551 plusmn 3 35 (29-46) 0006
CB 11267 plusmn 2204 10819 (754-168)
9534 plusmn 1328 9506 (6885-12218)
10097 plusmn 1829 10063 (6885-168) 0045
de PCT 10361 plusmn 3148 98 (74-172)
7963 plusmn 2684 74 (38-152)
8657 plusmn 2993 79 (38-172) 0006
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
54
O IMC meacutedio do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi equivalente a
3130kgmsup2 que equivale a classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o valor meacutedio
encontrado no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado foi de 2553kgmsup2
caracterizando eutrofia O percentual de gordura corporal obteve meacutedia de 3726
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que equivale a uma classificaccedilatildeo de
elevaccedilatildeo e 3298 no qual equivale a adequaccedilatildeo no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado A circunferecircncia da cintura apresentou valores meacutedio de 9716 cm
equivalendo ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e
8568 cm caracterizando risco aumentado para os grupos com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e com niacutevel de atividade fiacutesica moderado respectivamente O valor do
percentual de adequaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo apresentou media de 11267
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que caracteriza sobrepeso e 9534 no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado que caracteriza eutrofia (tabela 8)
Um importante instrumento para a avaliaccedilatildeo de composiccedilatildeo corporal eacute o IMC sendo
que para idosos o valor acima de 27kgmsup2 claacutessica o indiviacuteduo com sobrepeso
abaixo de 22kgmsup2 como baixo peso e a eutrofia se encaixa entre os valores de
22kgmsup2 a 27kgmsup2 sendo assim a avaliaccedilatildeo quantitativa do perfil antropomeacutetrico da
amostra destaca que segundo o IMC no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo
769 (n=1) dos indiviacuteduos estatildeo com baixo peso tambeacutem 769 (n=1) se
encontram eutroacuteficos e 8461 (n=11) estatildeo com sobrepeso jaacute no grupo com
atividade fiacutesica moderado 1852 (n=5) dos indiviacuteduos apresentam baixo peso
4814 (n=13) satildeo eutroacuteficos e 3333 (n=9) estatildeo com sobrepeso Sendo assim o
grupo de com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma maior ocorrecircncia
de indiviacuteduos eutroacuteficos (figura 1)
Observa-se ainda a existecircncia da diferenccedila significante entre o iacutendice de massa
corporal dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o iacutendice de massa corporal
dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado uma vez que o p-valor
encontrado foi menor que 005 (0005) Sendo assim conclui-se que haacute correlaccedilatildeo
positiva entre a praacutetica de atividade fiacutesica e o iacutendice de massa corporal uma vez que
os indiviacuteduos praticantes de atividade fiacutesica baixo obtiveram um valor meacutedio maior
de iacutendice de massa corporal quando comparado ao grupo de idosos que possuem
niacutevel de atividade fiacutesica moderado
55
Figura 1 - Perfil nutricional segundo IMC de acordo com niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode-se observar que no grupo de idosos que possuem um niacutevel menor de atividade
fiacutesica 6153 (n=8) dos indiviacuteduos apresentaram risco substancialmente elevado de
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura mensurada
2307 (n=3) indiviacuteduos apresentaram risco aumentado e 1538 (n=2) natildeo
apresentaram riscos
Enquanto que no grupo de quem praacutetica atividade fiacutesica moderadamente 3333
(n=9) natildeo apresentaram riscos 2962 (n=8) apresentaram risco aumentado e
3703 (n=10) apresentaram risco substancialmente elevado de complicaccedilotildees
metaboacutelicas (figura 2)
Houve correlaccedilatildeo significante entre as medidas de circunferecircncia da cintura dos
grupos estudados encontrando o p-valor menor que 005 (0017) Dessa forma
conclui-se que haacute correlaccedilatildeo entre a praacutetica de atividade fiacutesica e a medida da
circunferecircncia da cintura uma vez que o valor meacutedio desse indicador foi menor no
grupo de indiviacuteduos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao valor meacutedio encontrado no grupo de indiviacuteduos que possuem o niacutevel
de atividade fiacutesica baixo
769 769
8461
1852
4814
3333
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
56
Figura 2 - Classificaccedilatildeo de risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Com relaccedilatildeo ao percentual de gordura corporal apenas 9 indiviacuteduos do grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foram avaliados devido a impossibilidade de se usar a
bioimpedacircncia decorrente da presenccedila de placas metaacutelicas no corpo dos indiviacuteduos
Sendo assim podemos observa na figura 3 que apenas 1111 (n=1) dos indiviacuteduos
avaliados do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam valores
adequados de percentual de gordura 5555 (n=5) apresentam valores elevados
3333 (n= 3) apresentam valores muito elevados e nenhum indiviacuteduo apresentou
baixo valor
No grupo dos indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica moderado 5185
(n= 14) dos indiviacuteduos possuem um percentual adequado 74 (n= 2) apresentam
baixo valor 3703 (n= 10) apresentam valor elevado 37 (n= 1) apresentam um
valor muito elevado e nenhum indiviacuteduo apresentou baixo valor
Observa-se que o percentual de gordura dos idosos estudados natildeo apresentou
correlaccedilatildeo com a praacutetica de atividade fiacutesica uma vez que o p-valor deste indicador
foi maior que 005 (0113) ou seja natildeo houve diferenccedila significante entre os valores
meacutedios de percentual de gordura entre os grupos
1538
2307
6153
3333 2962
3703 NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
57
Figura 3 ndashClassificaccedilatildeo gordura corporal de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha pode constatar que apenas 10 (n=4)
de toda a populaccedilatildeo apresentou o quadro de desnutriccedilatildeo com um valor de CP
menor que 31 cm sendo que apenas 769 (n=1) do grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica baixo se enquadraram neste paracircmetro e 1111 (n=7) do grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Na correlaccedilatildeo dos valores meacutedios de circunferecircncia da panturrilha entre os grupos
de idosos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o grupo de idosos que
apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado observa-se uma diferenccedila
estatisticamente comprovada uma vez que o p-valor encontrado foi menor que
0005 (0045) sendo assim o valor meacutedio encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado foi menor quando comparado ao niacutevel de atividade fiacutesica
baixo
Observa-se que na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica baixo apresentou um valor meacutedio de percentual de adequaccedilatildeo de
11267 que equivale a sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou um valor meacutedio de 9534 que equivale a eutrofia
A anaacutelise da prega cutacircnea tricipital revelou que o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresenta uma classificaccedilatildeo meacutedia de eutrofia com o valor meacutedio de
percentual de adequaccedilatildeo de 10361 e o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
0
1111
5555
3333
74
5185
3703
37
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
58
moderado apresentou desnutriccedilatildeo moderada com o valor meacutedio de percentual de
adequaccedilatildeo de 7963
Observa-se que tanto a medida da circunferecircncia do braccedilo quanto a medida da
prega cutacircnea tricipital apresentaram diferenccedilas significantes entre os grupos
estudados uma vez que ambos apresentaram p-valor menor que 005 ou seja
conclui-se que os indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam
valores maiores destes indicadores quando comparados ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Eacute pertinente ao estudo comprovar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa corporal
e circunferecircncia da cintura coletadas no grupo de idosos com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado Para fazer a anaacutelise da natildeo correlaccedilatildeo entre os iacutendices de iacutendice
de massa corporal e circunferecircncia da cintura eacute necessaacuterio interpretar os dados
amostrais avaliando esses dois dados e confrontando-os em cada grupo amostral
Na tabela 9 e 10 estatildeo correlacionados os dados de iacutendice de massa corporal e
circunferecircncia da cintura do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e do grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS SEM RISCO RISCO
AUMENTADO RISCO SUBSTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 1 1 0 0
Eutrofia 1 1 0 0
Sobrepeso 11 0 3 8 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
SEM RISCO
RISCO AUMENTADO
RISCO SUSBTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 5 4 1 0 Eutrofia 13 5 5 3 Sobrepeso 9 0 2 7 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Observa-se de acordo com a tabela 9 somente os indiviacuteduos classificados como
sobrepeso no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentaram risco
59
aumentado ou substancialmente elevado para complicaccedilotildees metaboacutelicas associados
a circunferecircncia da cintura entretanto na tabela 10 pode-se observar que no grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado tanto alguns indiviacuteduos classificados com
eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com sobrepeso apresentaram risco
aumentado e substancialmente aumentado pode-se constatar ainda que um
indiviacuteduo classificado como baixo peso tambeacutem apresentou um risco aumentado
para complicaccedilotildees metaboacutelicas associado a circunferecircncia da cintura
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo CLASSIFICACcedilAtildeO
DO IMC Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 1 0 1 0 0
Eutrofia 1 0 0 1 0
Sobrepeso 11 0 0 4 3
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 5 2 3 0 0 Eutrofia 13 0 10 3 0 Sobrepeso 9 0 1 7 1 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 11 e 12 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o percentual de gordura corporal tanto no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado alguns indiviacuteduos
mesmo sendo classificados com eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com
sobrepeso apresentaram um percentual elevado de gordura corporal
Aplicando o iacutendice de qualidade da dieta pode se observar que a maioria da
populaccedilatildeo estudada encontra-se com uma ldquodieta saudaacutevelrdquo sendo representada por
7692 (n=10) no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e por 85 18 (n=23) no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou 2307 (n=3) dos indiviacuteduos com ldquodieta que precisa de
60
modificaccedilatildeordquo enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou 1481 (n=4) nenhum indiviacuteduo dos dois grupos apresentou ldquodieta
inadequadardquo (figura 4)
Em geral a populaccedilatildeo de idosos estudada apresentou uma meacutedia do IQD-R de
7592 com variaccedilatildeo de 5672 a 9074 pontos O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou uma meacutedia 7393 enquanto que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma valor meacutedia de 7688
Figura 4 - Iacutendice de qualidade da dieta de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 13 e 14 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o iacutendice de qualidade da dieta revisado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado a classificaccedilatildeo
de ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo apareceu em todas as classificaccedilotildees do iacutendice
de massa corporal ou seja indiviacuteduos com baixo peso eutroacuteficos e com sobrepeso
apresentaram ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo Em contrapartida diversos
indiviacuteduos com sobrepeso e tambeacutem com baixo peso apresentaram ldquodieta saudaacutevelrdquo
Sendo assim conclui-se que o iacutendice de massa corporal natildeo apresentou correlaccedilatildeo
com o iacutendice de qualidade da dieta ingerida pelos idosos
0
2307
7692
0
1481
8518
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
61
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO DIETA
SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 1 0 0 1 Eutrofia 1 0 1 0 Sobrepeso 11 0 2 9 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO
DIETA SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 5 0 1 4 Eutrofia 13 0 2 11 Sobrepeso 9 0 1 8
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
62
42 DISCUSSAtildeO
Da populaccedilatildeo estudada todo o grupo era composto por mulheres essa situaccedilatildeo de
um nuacutemero maior de idosos do sexo feminino do que do sexo masculino encontrada
em vaacuterios outros estudos com a populaccedilatildeo idosa Galesi e outros (2008) que
avaliaram o perfil alimentar e nutricional de 60 idosos do sexo feminino e apenas 25
do sexo masculino em uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia e tambeacutem por Abreu e
outros (2008) que avaliaram a inadequaccedilatildeo no consumo alimentar de idosos no
qual 69 da amostra estudada era composta pelo sexo feminino Salgado citado por
Galesi e outros (2008) afirma que essas situaccedilotildees refletem a feminizaccedilatildeo da
populaccedilatildeo idosa ou seja realmente existe uma proporccedilatildeo relativamente maior de
idosos do sexo feminino do que do sexo masculino esse fenocircmeno eacute decorrente de
diversos fatores entre eles eacute a elevada expectativa de vida para mulheres que em
meacutedia vivem sete anos a mais do que os homens outro fato eacute a mulher geralmente
se casar com homens mais velhos que consequentemente morrem primeiro que
esta aumentando assim a sobrevivecircncia da esposa em relaccedilatildeo ao seu marido
Em paralelo Vera citado por Machado e outros (2006) afirma que a mulher possui
atitudes diferentes a dos homens frente a preocupaccedilatildeo com a sauacutede tendo uma
maior procura pelos serviccedilos ou qualquer atividade puacuteblica relacionada a sauacutede
encontrando assim em seu estudo 743 da amostra composta por mulheres
idosas
De acordo com o IPAQ 325 dos indiviacuteduos possuiacuteam niacutevel de atividade fiacutesica
baixo e 675 possuiacuteam niacutevel moderado de atividade fiacutesica Uma vez que a pratica
de atividade fiacutesica moderada ou vigorosa classifica o indiviacuteduo como ativo isso
implica dizer que 675 dos idosos analisados satildeo ativos
A praacutetica de atividade fiacutesica eacute essencial para todas as faixas etaacuterias mas no caso de
idosos esta praacutetica pode beneficiar ainda a sauacutede dos mesmos uma vez que a
atividade fiacutesica contribui para diminuiccedilatildeo de dores nas articulaccedilotildees diminuiccedilatildeo de
gordura corporal e maior captaccedilatildeo de glicose sanguiacutenea entre outros benefiacutecios
(FRANCHI JUacuteNIOR MONTENEGRO) Mota e outros (2006) afirma que a pratica de
atividade fiacutesica regular por idosos pode tambeacutem contribuir na prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas como hipertensatildeo arterial doenccedilas cardiovasculares diabetes e siacutendrome
63
metaboacutelica impactando assim no aumento de qualidade de vida e reduccedilatildeo de
mortalidade nesta populaccedilatildeo
Aleacutem de diversos benefiacutecios aacute sauacutede do idoso como prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas a praacutetica regular de atividade fiacutesica ainda pode contribuir para o
retardamento da reduccedilatildeo da capacidade funcional do organismo decorrente do
envelhecimento contribuindo assim diretamente para o aumento da qualidade de
vida desta populaccedilatildeo (REIS SOUZA 2012)
Hurley e Hagber (1998) citado por Matsudo e Paiva Neto (2000) relatam que a
praacutetica de qualquer atividade fiacutesica por si soacute seja exerciacutecio aeroacutebico ou anaeroacutebico
levam a reduccedilatildeo de gordura corporal em idosos mesmo sem restriccedilatildeo caloacuterica
Shepard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) relatam que as
alteraccedilotildees ocorridas na composiccedilatildeo corporal com a praacutetica regular de atividade
fiacutesica podem ser decorrentes das alteraccedilotildees na taxa metaboacutelica em repouso No
estudo de Bergman (1991) citado por Ferreira (2007) foi constatado que a praacutetica
regular de atividade fiacutesica em curto espaccedilo contribui para uma melhora na
composiccedilatildeo corporal 27 idosas foram submetidas a realizar caminhadas em esteira
quatro vezes por semana e apoacutes 10 semanas obtiveram reduccedilatildeo na gordura
corporal e aumento de massa magra
Pode-se observar que os idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica moderada
apresentaram melhores resultados de composiccedilatildeo corporal quando comparado aos
idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica baixo o IMC meacutedio encontrado foi de
2553kgmsup2 e 3130kgmsup2 apresentando eutrofia e sobrepeso respectivamente
Mazo e outros (2006) tambeacutem constatou que 956 da sua populaccedilatildeo de idosas que
apresentavam excesso de peso possuiacuteam um baixo iacutendice de aptidatildeo funcional geral
decorrente da praacutetica irregular de atividade fiacutesica enquanto que 429 das idosas
que apresentavam IMC adequado estavam com o iacutendice de aptidatildeo funcional geral
bom Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) tambeacutem verificaram em seu estudo que
comparava a composiccedilatildeo corporal de idosos esportista e idosos irregularmente
ativos que o grupo de idosos esportistas possuiacutea um IMC de eutrofia enquanto que
o grupo de idosos irregularmente ativos possuiacuteam um IMC de sobrepeso
O baixo peso encontrado em 15 em toda a populaccedilatildeo estudada eacute tatildeo preocupante
como o sobrepeso tambeacutem encontrado Na atualidade estima-se que a prevalecircncia
de baixo peso fique em torno de 1 a 15 em idosos que vivem em residecircncias e
64
esse valor ainda tem aumento quando trata-se de idosos residentes em instituiccedilotildees
de longa permanecircncia (25 a 60) e um aumento ainda maior quando diz respeito a
idosos hospitalizados (35 a 65) A desnutriccedilatildeo em idosos pode favorecer a
incidecircncia de doenccedilas que consequentemente iratildeo interferir no estado nutricional do
indiviacuteduo Essa populaccedilatildeo eacute dita como um grupo de risco para o baixo peso devido a
vaacuterias alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento como reduccedilatildeo do
paladar dificuldades de mastigaccedilatildeo aleacutem do elevado uso de medicamentos que
consequentemente interfere no apetite na digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes
(SOUSA GUARIENTO 2009) Outros diversos estudos tambeacutem encontraram a
prevalecircncia de baixo peso em idosos Fiore e outros (2006) que avaliaram o perfil
nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede tambeacutem encontraram
na sua populaccedilatildeo 151 dos indiviacuteduos apresentando baixo peso de forma
semelhante Galesi e outros (2008) encontraram uma proporccedilatildeo de 18 de idosos
com baixo peso em seu estudo que avaliava o perfil alimentar e nutricional de idosos
institucionalizados
Quanto ao risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas associada agrave circunferecircncia da cintura
o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou uma meacutedia de 9716 cm o
que representa um risco substancialmente elevado e o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia de 8568 cm que classifica um risco
aumentado Aleacutem disso pode-se contatar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa
corporal e o risco de complicaccedilatildeo metaboacutelica de acordo com a circunferecircncia da
cintura de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado no qual foi encontrado que
mesmo indiviacuteduos que natildeo estavam com sobrepeso apresentaram um risco
aumentado ou substancialmente aumentado para complicaccedilotildees metaboacutelicas
Os elevados valores encontrados de circunferecircncia da cintura podem ser explicados
devido agraves alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento que contribuem
para o aumento de peso e tambeacutem para a redistribuiccedilatildeo da gordura corporal
(FERREIRA 2003) Bouchard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007)
afirmaram que a gordura corporal em idosos eacute encontrada em maiores quantidades
na regiatildeo do abdocircmen Outros autores ainda afirmam que o aumento da
circunferecircncia da cintura se deve a substituiccedilatildeo da gordura subcutacircnea pela gordura
visceral na regiatildeo abdominal aleacutem da existecircncia de uma redistribuiccedilatildeo da gordura
corporal que deixa de se depositar nos membros ocorrendo assim um acuacutemulo na
65
regiatildeo central do corpo Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do perfil
nutricional de idosos verificaram um alto iacutendice de prevalecircncia de risco para
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura 808 da
populaccedilatildeo estudada e especialmente em idosos do sexo feminino
Na avaliaccedilatildeo da gordura corporal tambeacutem pode ser notado a natildeo correlaccedilatildeo entre
iacutendice de massa corporal e percentual de gordura corporal no qual pode ser
encontrado um percentual de gordura elevado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e niacutevel de atividade fiacutesica moderado em indiviacuteduos que natildeo se
classificam como sobrepeso este iacutendice tambeacutem vem comprovar as alteraccedilatildeo
corporais no idoso Entretanto quando haacute a comparaccedilatildeo entre os valores meacutedios de
gordura corporal dos dois grupos observa-se que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica possui um menor percentual Matsudo (2002) afirma que idosos considerados
ativos apresentam um menor peso corporal e tambeacutem um menor percentual de
gordura corporal
A avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador muito utilizado na
avaliaccedilatildeo do estado nutricional do idoso por ser sensiacutevel a perda de massa magra e
consequentemente a desnutriccedilatildeo Observa-se que na populaccedilatildeo geral estudada a
meacutedia da CP foi de 3551 cm que equivale a eutrofia um resultado parecido foi
encontrado tambeacutem por Rauen e outros (2008) em uma pesquisa que avaliaram o
estado nutricional de idosos encontrando um valor meacutedio de CP de 328 cm
tambeacutem os classificando com eutrofia Machado e outros (2006) tambeacutem natildeo
encontrou comprometimento da massa magra atraveacutes da circunferecircncia da
panturrilha sendo que o valor meacutedio encontrado no seu estudo que avaliava o perfil
nutricional e funcional de idosos foi de 367 cm para idosos do sexo masculino e
348 cm para idosos do sexo feminino
A circunferecircncia do braccedilo eacute utilizada para mensurar tecido muscular gorduroso e
tambeacutem tecido oacutesseo (TARTARI BUSNELLO NUNES 2010) Na avaliaccedilatildeo deste
indicador observa-se que em meacutedia o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo
apresentou uma classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado apresentou um estado meacutedio de eutrofia Machado e
outros (2006) verificou tambeacutem nenhum comprometimento do tecido adiposo atraveacutes
dos valores encontrados de CB estando 100 da sua populaccedilatildeo de idosos
estudada dentro do limite de normalidade natildeo correspondendo assim tambeacutem o
66
que Menezes e Marucci (2013) relataram sobre a circunferecircncia do braccedilo em idosos
que tende a diminuir devido agrave perda de massa magra tiacutepico da idade devido ocorrer
o deslocamento da gordura dos membros para regiatildeo central
Com relaccedilatildeo a prega cutacircnea tricipital observa-se um valor meacutedio que representa
de eutrofia no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo e classificaccedilatildeo meacutedia de
desnutriccedilatildeo moderada no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica moderado A mesma
situaccedilatildeo foi encontrada por Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do
perfil nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede no qual 548
da populaccedilatildeo apresentou um valor reduzido deste indicador que expressa a
quantidade e a localizaccedilatildeo do tecido adiposo subcutacircneo O mesmo autor afirma
ainda que este fato eacute esperado em indiviacuteduos idosos uma vez que existem
evidecircncias que comprovam que com o avanccedilar da idade haacute uma redistribuiccedilatildeo do
tecido gorduroso antes localizado nos membros para a regiatildeo abdominal
Quando avaliamos o estado nutricional dos indiviacuteduos atraveacutes do iacutendice de massa
corporal relacionado ao iacutendice de qualidade da dieta pode-se constatar que o IMC
natildeo teve relaccedilatildeo direta com o IQD-R uma vez que a classificaccedilatildeo de ldquodieta que
precisa de modificaccedilatildeordquo atingiu todas as classificaccedilotildees do IMC assim como a ldquodieta
saudaacutevelrdquo tambeacutem alcanccedilou todas as classificaccedilotildees Dessa forma podemos afirmar
que natildeo eacute apenas o consumo alimentar que resulta no estado nutricional
Campos Monteiro e Ornelas (2000) confirmam que o estado nutricional dos idosos eacute
um quadro resultante das diversas condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem
aleacutem de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade Montilla Marucci e
Aldrighi (2006) encontraram e seu estudo que avaliava o estado nutricional e o
consumo alimentar de mulheres no climateacuterio que o iacutendice de massa corporal natildeo
estava acompanhando a mesma tendecircncia do valor energeacutetico consumido ou seja
o IMC estava acima da classificaccedilatildeo de eutrofia entretanto o valor energeacutetico da
dieta ingerida estava adequado estes mesmo autores afirmaram que este fato pode
ter acontecido por pelo menos dois fatores o IMC avalia o estado nutricional atual
do indiviacuteduo mas que foi adquirindo ao logo de um tempo enquanto que o
recordatoacuterio 24 horas instrumento que geralmente eacute usado para avaliar o consumo
alimentar de indiviacuteduos ou populaccedilatildeo avalia somente o dia anterior ou o fato pode
ter acontecido devido a reduccedilatildeo do metabolismo que acompanha o passar da idade
67
podendo assim levar ao desequiliacutebrio energeacutetico mesmo que o consumo esteja
dentro das recomendaccedilotildees
A maior meacutedia de pontuaccedilatildeo do IQD-R foi encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado sendo assim as maiores pontuaccedilotildees do IQD-R foram
diretamente associada com a praacutetica de atividade fiacutesica assim como encontrado por
Wendpap (2012) em seu estudo que avaliou a qualidade da dieta de adolescentes
no qual foram encontrados maiores pontuaccedilotildees do IQD-R em adolescentes que
gastavam menos tempo com atividades ditas como sedentaacuterias como assistir
televisatildeo ou jogar viacutedeo game
Na avaliaccedilatildeo das pontuaccedilotildees do IQD-R por componente pode-se observar que tanto
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado como no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo houve baixa pontuaccedilatildeo para os grupos ldquofrutas totaisrdquo (263 e
241) ldquofruta integraisrdquo (281 e 248) ldquovegetais verdes escuros e alaranjados e
leguminosasrdquo (181 e 033) e ldquoLeite e derivadosrdquo (335 e 295) no grupo de ldquoVegetais
Totaisrdquo a populaccedilatildeo do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou um
consumo intermediaacuterio (323) enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
moderado apresentou um consumo baixo (217) No grupo ldquoCereais Totaisrdquo
observou-se uma elevada pontuaccedilatildeo pela populaccedilatildeo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo (861) e uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria (533) para a populaccedilatildeo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado assim como no grupo de ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo
com pontuaccedilatildeo de 947 e 529 respectivamente e no ldquogrupo de oacuteleosrdquo (811 e 491)
e ldquogordura saturadardquo (953 e 697) no componente ldquosoacutediordquo os dois grupos
populacionais tiveram pontuaccedilatildeo intermediaacuteria com 653 para o grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo e 548 para o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado e
no componente ldquoGord AArdquo houve elevada pontuaccedilatildeo (1792) e (1189) nos dois
grupos Sendo assim pode-se constatar que o componente do IQD-R que mais
contribuiu para elevaccedilatildeo da pontuaccedilatildeo foi o ldquoGord AArdquo
O baixo consumo de frutas verduras e leitesderivados por idosos tambeacutem foi
encontrado Martins e outros (2010) em 765 da populaccedilatildeo estudada no qual
associou este achado com os niacuteveis elevados de pressatildeo arterial outros estudos
tambeacutem confirmam um baixo consumo fibras e consequentemente de frutas e
verduras por idosos Galesi e outros (2008) verificou que apenas 26 da populaccedilatildeo
estudada realizam a ingestatildeo adequada de fibras diaacuteria que eacute em torno de 30gdia
68
A ingestatildeo de fibras eacute de grande importacircncia para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel em
todas as fases da vida mas na velhice o consumo de fibras se torna ainda mais
relevantes devido a grande prevalecircncia de constipaccedilatildeo intestinal nesta populaccedilatildeo
uma vez que as fibras auxiliam na formaccedilatildeo do bolo fecal e juntamente com outros
fatores realizam os estiacutemulos para o peristaltismo intestinal (Brasil 2009)
O baixo consumo de leites e derivados foi constato por outros diversos estudos com
a populaccedilatildeo idosa Machado e outros (2006) verificaram que o consumo de leites e
derivados em qualquer quantidade natildeo chegou a 100 da amostra o que
caracteriza provavelmente uma inadequaccedilatildeo no consumo de caacutelcio e Matta Papini e
Corrente encontraram um consumo meacutedio de apenas 118 porccedilotildees de leites e
derivados ao dia por idosos o que representa um consumo baixo considerando a
recomendaccedilatildeo de trecircs porccedilotildees ao dia A deficiecircncia de caacutelcio no organismo de um
idoso representa uma grande preocupaccedilatildeo uma vez que este eacute um importante
mineral para os idosos pois o consumo adequado de caacutelcio auxilia na prevenccedilatildeo ou
na reduccedilatildeo do aparecimento de doenccedilas oacutesseas como a osteoporose que eacute
caracterizada pela reduccedilatildeo de massa oacutessea que leva consequentemente a uma
maior vulnerabilidade a fraturas e que acometem em sua maioria os idosos (Paixatildeo
e Bressan 2010)
O consumo de carboidratos em geral neste estudo pode ser considerado como
dentro da meacutedia alcanccedilando uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria diferentemente do
achado por Silva e outros (2010) que constatou um elevado consumo de
carboidratos por idosos chegando em torno de 75 do valor energeacutetico (VET) total
da dieta ingerida jaacute Farinea Ricalde e Siviero encontram um consumo adequado de
carboidratos ou seja em torno 5637 de carboidrato por praticantes de atividade
fiacutesica
Avaliando ainda o consumo alimentar pode ser constatado que em relaccedilatildeo ao
nuacutemero de refeiccedilotildees realizadas ao longo do dia pela populaccedilatildeo idosa estudada
percebe-se que em meacutedia satildeo realizadas 482 refeiccedilotildeesdia um nuacutemero menor do
que preconizado pelo guia alimentar da populaccedilatildeo brasileira (2011) que sugere a
realizaccedilatildeo de trecircs grandes refeiccedilotildees mais lanches saudaacuteveis ao longo do dia fato
que tambeacutem se relaciona pelo achado de Silva Filho e outros que em seu estudo de
verificaccedilatildeo do comportamento alimentar de idosos constatou quem em meacutedia foram
realizadas de 3 a 4 refeiccedilotildees diaacuterias por 96 idosos participantes da pesquisa Eacute de
69
suma importacircncia a realizaccedilatildeo de 5 a 6 refeiccedilotildees ao dia pelo fato de que com a
reduccedilatildeo do nuacutemero de refeiccedilotildees o indiviacuteduo fica um tempo maior sem se alimentar
levando ao organismo responder a esta inaniccedilatildeo reduzindo o metabolismo de forma
a guardar energia para o este periacuteodo em jejum o que consequentemente leva a ao
acuacutemulo de calorias aleacutem de outros processos orgacircnicos se manterem alterados
como a produccedilatildeo de hormocircnios e substacircncias participantes dos processos de
digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes (RUELA SOUSA JUNIOR 2010)
Observa-se ainda que 425 (n= 17) da populaccedilatildeo em geral estudada natildeo
possuiacuteam o haacutebito de realizar o jantar Machado e outros (2006) encontraram
tambeacutem um elevado percentual de idosos que natildeo realizavam o jantar em seu
estudo que avaliou o perfil nutricional e funcional de idosos sendo 307 da
populaccedilatildeo do sexo masculino seguido de 222 da populaccedilatildeo do sexo feminino
Esse mesmo autor relatou que esse haacutebito acaba se tornando comum pois os
idosos natildeo desejam consumir grande quantidade de alimentos como no almoccedilo
antes de dormir ou pelo simples fato de ser mais cocircmodo realizar um lanche do que
um jantar
70
71
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS Diante do exposto conclui-se que os idosos que praticam atividade fiacutesica
moderadamente apresentam um melhor estado nutricional quando comparados aos
idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Esse fato eacute comprovado
pelas diferenccedilas significativas encontradas nos indicadores usados na avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica neste estudo
A populaccedilatildeo estudada em geral apresentou um iacutendice de qualidade da dieta
elevado que representa uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser
observado que os indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou um maior iacutendice de qualidade quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo
Uma vez que haacute uma escassez de estudos envolvendo a praacutetica de atividade fiacutesica
e a qualidade da dieta de idosos recomenda-se a realizaccedilatildeo futura de estudos
nutricionais nesta populaccedilatildeo abrangendo outros assuntos ligados a nutriccedilatildeo que
sejam pertinentes a este grupo
Sendo assim eacute imprescindiacutevel a implantaccedilatildeo de Programas de Qualidade de Vida
que abranja orientaccedilotildees nutricionais e de atividade fiacutesica para idosos uma vez que
para esses indiviacuteduos obtenha uma elevada qualidade de vida eacute essencial a
prevenccedilatildeo da incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que comumente
atingem essa populaccedilatildeo
72
73
REFEREcircNCIAS
ABREU W C et al Inadequaccedilatildeo no consumo alimentar e fatores interferentes na ingestatildeo energeacutetica de idosos matriculados no programa municipal da terceira idade de viccedilosa (MG) Revista Baiana de Sauacutede Puacuteblica v32 n2 p177-189 maioago 2008 Disponiacutevel em httpinseeribictbrrbspindexphprbsparticleviewFile139135gt Acesso em 10 de out de 2013 ACUNAtilde K CRUZ T Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de adultos e idosos e situaccedilatildeo nutricional da populaccedilatildeo brasileira Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 48 n 3 p 345-361 jun 2004 Disponiacutevel em lthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache1J0Ta7oEv5UJscholargooglecom+circunferencia+da+panturrilha+idososamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 02 de out de 2013 ALVES J E D A Transiccedilatildeo Demograacutefica e a Janela de Oportunidade Satildeo Paulo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial 2008 Disponiacutevel emlt httpwwwbraudelorgbrpesquisaspdftransicao_demograficapdfgtacesso em 20 de fev 2013 AMADO T C F ARRUDA I K G FERREIRA A R Aspectos alimentares nutricionais e de sauacutede de idosas atendidas no Nuacutecleo de Atenccedilatildeo ao Idoso ndash NAI Recife Archivos Latinoamericanos de Nutricion v 57 n 4 p 366-372 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscieloorgvescielophpscript=sci_arttextamppid=S0004-06222007000400009amplng=esampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de abr 2013 ANDRADE FB CALDAS A F KITOKO P M Relationship between oral health nutrient intake and nutritional status in a sample of Brazilian elderly 2009 (Biblioteca Online) Disponiacutevel em httponlinelibrarywileycomdoi101111j1741-2358200800220xabstract Acesso em 18 de mar 2013 ARANHA F Q et al O Papel da Vitamina C Sobre as Alteraccedilotildees Orgacircnicas no Idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas 13(2) 89-97 maioago 2000Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv13n27911pdfgt Acesso em 12 mar 2013 BARBOSA M A Importacircncia da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel ao Longo da Vida Refletindo na Sauacutede do Idoso 2012 41 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Nutriccedilatildeo Cliacutenica) - Departamento de Ciecircncias da Vida Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ijuiacute 2012 Disponiacutevel em lthttpbibliodigitalunijuiedubr8080xmluibitstreamhandle1234567891045A20ImportC3A2ncia20da20AlimentaC3A7C3A3o20SaudC3A1vel20ao20Longo20da20Vida20Refletindo20na20SaC3BAde20do20Idosopdfsequence=1gt Acesso em 15 mar 2013 BARBOSA A M Ingestatildeo alimentar de caacutelcio e vitamina D e associaccedilatildeo com o niacutevel de escolaridade na pessoa idosa Revista Demetra Alimentaccedilatildeo Nutriccedilatildeo e Sauacutede Rio de Janeiro v 8 n 2 p 173-181 2013 Disponiacutevel emlthttpswwwepublicacoesuerjbrindexphpdemetraarticleview40825144gt Acesso em 15 set 2013 BECKENKAMP J SANTOS J S DOS Efeito da linhaccedila sobre a constipaccedilatildeo intestinal em idosos residentes em instituiccedilotildees geriaacutetricas Revista Brasileira de
74
Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 8 n 2 p 179-187 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview972pdfgt Acesso em 16 de abr 2013 BENEDETTI T R B GONCcedilALVES L H T MOTA J A P Uma proposta de poliacutetica puacuteblica de atividade fiacutesica para idosos Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 16 n 3 p 387-98 Jul Set 2007 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdftcev16n3a03v16n3pdf Acesso em 23 abr 2013 BORGES R M NONINO C B SANTOS J E Tratamento Cliacutenico da Obesidade Revista Medicina Ribeiratildeo Preto v 39 n 2 p 246-252 abrjun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwucgbrucgeventosObesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorialmaterial_consultamaterial_educacao_fisicatratamento20clinico20da20obesidadepdfgt Acesso em 08 de mar 2013 BOSSHARD W et al The treatment of chronic constipation in elderly people an update Drugs Aging v21 n14 p911-930 2004 Disponiacutevel em lthttplinkspringercomarticle10216500002512-200421140-00002page-1gt Acesso em 02 de abril 2013 BRASIL Lei no 10741 de 1ordm de outubro de 2003 Estatuto do Idoso Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leis2003l10741htmgt Acesso em 15 abr 2013 ______ Lei nordm 8842 de 4 de janeiro de 1994 Politica Nacional do Idoso Disponiacutevel em httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8842htm Acesso em 20 de abr 2013 ______ Lei nordm 8742 de 7 de dezembro de 1993Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social Disponiacutevel emlt httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8742htmgt Acesso em 20 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da sauacutede Manual da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel para a populaccedilatildeo idosa 2009 Disponiacutevel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesalimentacao_saudavel_idosa_profissionais_saudepdfgt Acesso em 03 de set 2013 _______ Ministeacuterio da sauacutede Anuaacuterio estatiacutestico de sauacutede do Brasil 2001 Disponiacutevel emlthttpportalsaudegovbrportalaplicacoesanuario2001indexcfmgt Acesso em 15 de abr 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Consenso sobre diabetes 2011a Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesconsenso_bras_diabetespdf Acesso em 05 de abr 2013
______ Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel emlt httpconselhosaudegovbrbibliotecalivrosManual_cepspdfgt Acesso em 20 fev 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes Mellitus 2011 b Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmiolo2002pdf Acesso em 05 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da Sauacutede Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilatildeo para coleta de dados antropomeacutetricos 2011 c Disponiacutevel emlt
75
http18928128100nutricaodocsgeralorientacoes_coleta_analise_dados_antropometricospdfgt Acesso em 30 mai 2013 BUENO J M et al Avaliaccedilatildeo nutricional e prevalecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis em idosos pertencentes a um programa assistencial Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 13 n4 p 1237-1246 2008 CALIXTO-LIMA L GONZALES M C Nutriccedilatildeo Cliacutenica no dia a dia Rio de Janeiro Ed Rubio 204p 2013 CAMPOS M T F S MONTEIRO J B R ORNELAS A P R C Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutriccedilatildeo do idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v13 n 3 p157-165 setdez 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfrnv13n37902pdfgt Acesso em 08 de mar 2013 CAMPOS M A G et al Estado nutricional e fatores associados em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo vol 52 n4 julagos 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=s0104-42302006000400019ampscript=sci_arttextgt Acesso em 25 fev 2013gt Acesso em 23 fev 2013 CARVALHO E N et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade Nutricional das Refeiccedilotildees Servidas aos Idosos em Instituiccedilatildeo Asilar 2003 17 f Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Porto Alegre 2003 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47322656gt Acesso em 11 de abr 2013 CASTILHOS E D PADILHA D M P A importacircncia dos dentes para trecircs diferentes grupos de idosos 2001 135 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em sauacutede bucal coletiva) - Faculdade de Odontologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2002 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=BBOamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=18747ampindexSearch=IDgt Acesso em 12 de mar 2013 CERVI A FRANCESCHINI S C C PRIORES E S Anaacutelise criacutetica do uso do iacutendice de massa corporal para idosos Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v18 n 6 765-775 NovDez 2005 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-52732005000600007gt Acesso em 01 de out de 2013 CHAIMOWICZ F A sauacutede dos idosos brasileiros agraves veacutesperas do seacuteculo XXI problemas projeccedilotildees e alternativas Revista Sauacutede Puacuteblica v 31 n 2 p184-200 1997 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfrspv31n22170gt Acesso em 01 de mar 2013 COSTA et al Estado nutricional e antropometria em idoso revisatildeo da literatura Revista Meacutedica de Minas Gerais Minas Gerais N p7 v 4 p 111-120 juldez 2000 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgi-binwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=556558ampindexSearch=IDgt Acesso em 26 fev 2013 DOBNER T BLASI T C KIRSTEN V R Perfil nutricional de idosos residentes em instituiccedilatildeo geriaacutetrica no interior do RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 9 n 1 p 109-118 Janabr 2012
76
Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview1730pdfgt Acesso em 13 de abr 2013 FARINEA N RICALDE S R SIVIEIRO J Perfil nutricional e antropomeacutetrico de idosos participantes de um grupo de ginaacutestica no municiacutepio de Antocircnio Prado ndash RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 7 n 3 p 394-405 setdez 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview783gt Acesso em 20 de out de 2013
FAZZIO D M G Envelhecimento e qualidade de vida ndash uma abordagem nutricional e alimentar Revista de Divulgaccedilatildeo Cientiacutefica Sena Aires Brasiacutelia v 1 n1 p 76-88 janjun 2012 Disponiacutevel em lthttprevistafacesasenaairescombrindexphprevisaarticleview15gt Acesso em 18 set 2013 FERNANDES M V Consumo de caacutelcio por idosos atendidos no programa de atendimento multidisciplinar agrave sauacutede do idoso 2010 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade do Extremo Sul Catarinense Criciuacutema 2010Disponiacutevel emlthttp200181527bitstreamhandle1140Mariana20Vaterkemper20Fernandespdfsequence=1gt Acesso em 21 abr 2013 FISBERG R M MARCHIONI D M L COLUCCI A C A Avaliaccedilatildeo do consumo alimentar e da ingestatildeo de nutrientes na praacutetica cliacutenica Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 53 n 5 p 627-654 jun 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfabemv53n514pdfgt Acesso em 30 de set de 2013 FLORA A P L DICHI I Aspectos atuais na terapia nutricional da doenccedila inflamatoacuteria intestinal Revista Brasileira de Nutriccedilatildeo Cliacutenica Satildeo Paulo v 21 n 2 p131-7 2006 Disponiacutevel em lthttpxayimgcomkqgroups24540475920552574namedoenC383C2A7a+inflamatC383C2B3ria+intestinal+e+terapia+nutricional+2006pdfgt Acesso em 26 mar 2013 FRANCHI K M B MONTENEGRO JUNIOR R M Atividade fiacutesica uma necessidade para a boa sauacutede na terceira idade Revista Brasileira em Promoccedilatildeo da Sauacutede Fortaleza v 18 n 3 p152-156 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwredalycorgarticulooaid=40818308gt Acesso em 19 de out de 2013 FRANCO L M Educaccedilatildeo Nutricional na terceira idade Alteraccedilotildees Fisioloacutegicas e Alimentaccedilatildeo Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlt httpconferenciasredeunidaorgbrindexphpredeunidaru10paperview2456gt Acesso em 15 de out 2013 FRISANCHO A R New norms of upper limb fat and muscle areas for assessent of nutritional status The American Journal of Clinical Nutrition v 34 p 2540-2545 1981 GALESI L F et al Perfil alimentar e nutricional de idosos residentes em moradias individuais numa instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no leste do estado de Satildeo Paulo Revista de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo Araraquara v19 n3 p 283-290 julset 2008 Disponiacutevel em lthttp20014571150seerindexphpalimentosarticleview632530gt Acesso em 20 de out de 2013
77
GALLAGHER D et al Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex The American Journal Clinical Nutrition Printed in USA vol 72 n 3 p694ndash701 2000 GUEDES DP GONCcedilALVES LAVV Impacto da Praacutetica habitual de Atividade Fiacutesica no perfil Lipiacutedico de adultos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia Satildeo Paulo v 51 n1 p 72-78 2007 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfabemv51n108pdfgt Acesso em 21 de abr 2013 GUEDES DP LOPES CC GUEDES JERP Reprodutibilidade e validade do Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica em Adolescentes Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 11 n 2 p 151-158 Marccedilabr 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev11n2a11v11n2pdfgt acesso em 24 de mai 2013 INSTITUTO MINEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA Hiperdia 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwimepencomhiperdiagt Acesso em 20 abr 2013 KUMPEL D A et al Obesidade em idosos acompanhados pela estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 20 n3 p 471-477 JulSet 2011 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdftcev20n307pdfgt Acesso em 15 de mar 2013 LACERDA N C SANTOS S S C Avaliaccedilatildeo nutricional de idosos um estudo bibliograacutefico Rev RENE Fortaleza v 8 n 1 p 60-70 janabr2007 Disponiacutevel em lthttprepositoriofurgbr8080xmluibitstreamhandle11857AvaliaC3A7C3A3o20nutricional20de20idosos20um20estudo20bibliogrC3A1ficopdfsequence=1gt Acesso em 20 mar 2013 LACOURT M X MARINI L L Decreacutescimo da funccedilatildeo muscular decorrente do envelhecimento e a influecircncia na qualidade de vida do idoso uma revisatildeo de literatura Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 3 n 1 p114-121 janjul 2006 Disponiacutevel emlt httpwwwupfbrseerindexphprbceharticleview5144gt Acesso em 05 de out de 2013 LEBRAtildeO M L O envelhecimento no Brasil aspectos da transiccedilatildeo demograacutefica e epidemioloacutegica Revista Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 4 n 17 p 135-140 ago set 2007 Disponiacutevel emlt httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem2559pdfgt Acesso em 24 mar 2013 LEON M et al Percepccedilatildeo da inseguranccedila alimentar em famiacutelias com idosos em Capinas Satildeo Paulo Caderno de Puacuteblica Rio de Janeiro v21 n 1 p1433-1410 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv21n516pdf Acesso em 02 out 2013 MACHADO J S Perfil nutricional e funcional de idosos atendidos em um ambulatoacuterio de nutriccedilatildeo da policliacute-nica Joseacute Paranhos Fontenelle na cidade do Rio de Janeiro Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 10 p 57-73 2006 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47972702gt Acesso em 05 de out de 2013
78
MADEIRA M C et al Atividade fiacutesica no deslocamento em adultos e idosos do Brasil prevalecircncias e fatores associados Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v29 n 1 p 165-174 jan 2013 Disponiacutevel emlt httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cachel0y4OnZr76sJscholargooglecom+MADEIRA+atividade+fisica+2013amphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 05 out 2013
MAGALHAtildeES L M R Relaccedilatildeo entre Sauacutede Oral e Nutriccedilatildeo em Idosos 2011 49 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Dentaacuteria) Universidade Fernando Pessoa Porto Alegre 2011 Disponiacutevel emlt httpbdigitalufpptbitstream1028424023Tpdfgtacesso em 15 mar 2013 MALTA M B PAPINI S J CORRENTE J E Avaliaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo de idosos de municiacutepio paulista ndash aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v18 n 2 p 377-384 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfcscv18n209pdfgt acesso em 30 de set de 2013 MARTINS W P et al Resistecircncia agrave insulina em mulheres com siacutendrome dos ovaacuterios policiacutesticos modifica fatores de risco cardiovascular Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Rio de Janeiro v 31 n 3 mar 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrscielophppid=S010072032009000300002ampscript=sci_arttextamptlng=ESgt Acesso em 01 out 2013
MARUCCI D M et al Hipertensatildeo arterial referida e indicadores antropomeacutetricos de gordura em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 57 n 1 p 25-30 2011 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdframbv57n1v57n1a11pdfgt Acesso em 15 fev 2013 MASSON C R et al Prevalecircncia de sedentarismo nas mulheres adultas da cidade de Satildeo Leopoldo Rio Grande do Sul Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 21 n 6 p 1685-1694 nov dez 2005 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcspv21n605pdfgt Acesso em 20 de set 2013 MAZO G Z et al Aptidatildeo funcional geral e iacutendice de massa corporal de idosas praticantes de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Cineantropometria amp Desempenho Humano Florianoacutepolis v8 n4 p46-51 2006 Disponiacutevel emlthttpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cachehttpwwwportalsaudebrasilcomartigospsbidoso077pdfgt Acesso em 20 de set de 2013 MENDES M R S et al Situaccedilatildeo social do idoso no Brasil uma breve consideraccedilatildeo 2005 11 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Enfermagem na Sauacutede do Adulto) Escola de Enfermagem da Universidade de Satildeo Paulo - USP ndash Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfapev18n4a11v18n4pdfgt Acesso em 23 mar 2013 MENEZES T N MARUCCI M F N Valor energeacutetico total e contribuiccedilatildeo de percentual de calorias por macronutrientes da alimentaccedilatildeo de idosos domiciliados m Fortaleza Cearaacute Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 58 n1 p 33-40 nov dez 2012 MIZUNO J Perfil Bioquiacutemico da Glicose e Praacutetica de Atividade Fiacutesica nos Nipo-brasileiros de Segunda Geraccedilatildeo da Cidade de Bauru 2007 46 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Licenciatura Plena em Educaccedilatildeo Fiacutesica) - Departamento de
79
Educaccedilatildeo Fiacutesica da Faculdade de Ciecircncias da Universidade Estadual Paulista Bauru 2007 MONTENEGRO S M R S Efeitos de um programa de fisioterapia como promotor de sauacutede na capacidade funcional de mulheres idosas institucionalizadas 80 f 2006 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Educaccedilatildeo e Sauacutede) Centro de Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Fortaleza Cearaacute 2005 Disponiacutevel em httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheoICqZeWR7EJscholargooglecom+montenegro+silva++alimentaC3A7C3A3o+de+idososamphl=ptBRampas_sdt=05gt Acesso em 10 set 2013 MONTILLA R N G ALDRIGHI J M AVALIACcedilAtildeO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES NO CLIMATEacuteRIO Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache0pygmM5iqLIJscholargooglecom+relaC3A7C3A3o+de+estado+nutricional+e+consumo+alimentar+de+idososamphl=pt-PTampas_sdt=05gt Acesso em 08 de out de 2013 MOTA J et al Atividade fiacutesica e qualidade de vida associada aacute sauacutede em idosos participantes e natildeo participantes em programas regulares de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Satildeo Paulo v20 n3 p219-25 julset 2006 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheCBoCKJNge0oJscholargooglecom+idosos+atividade+fC3ADsicaamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 07 de out de 2013 MULLER N VIETZ V R Educaccedilatildeo em sauacutede e educaccedilatildeo nutricional aos idosos do centro de convivecircncia do idoso Andreacutes Chamorro (cci) no municiacutepio de dourados MS 2009 7 f Trabalhatildeo de Conclusatildeo de Curso ( Bacharel em Enfermagem) - Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul 2009 Mato Grosso do Sul Disponiacutevel em lt httpperiodicosuemsbrindexphpsemexarticleview2305980gt Acesso em 10 mar 2013 NASCIMENTO C M et al Estado nutricional e fatores associados em idosos do Municiacutepio de Viccedilosa Minas Gerais Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 27 n12 p 2409-2418 dez 2011 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610721ampindexSearch=IDgt Acesso em 25 mai 2013 NESELLO L A N TONELLI F O BELTRAME T B Constipaccedilatildeo intestinal em idosos frequentadores de um Centro de Convivecircncia no municiacutepio de Itajaiacute-SC Revista Ceres Rio de Janeiro v 6 n 3 p 151-162 2011 Disponiacutevel em httpwwwe-publicacoesuerjbrindexphpceresarticleviewFile21252113 Acesso em 20 abr 2013 PAIVA NETO A OLIVEIRA A SANTOS R O Comparaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal em idosos esportistas com idosos irregularmente ativos Revista Movimento amp Percepccedilatildeo Espiacuterito Santo do Pinhal v 8 n 11 p41-54 juldez 2007 Disponiacutevel emhttpswwwgooglecombrurlsa=tamprct=jampq=ComparaC3A7C3A3o+da+composiC3A7C3A3o+corporal+em+idosos+esportistas+com+idosos+irregular
80
mente+ativosampesrc=sampsource=webampcd=1ampved=0CC0QFjAAampurl=http3A2F2Fwwwresearchgatenet2Fpublication2F26488733_Comparao_da_composio_corporal_em_idosos_esportistas_com_idosos_irregularmente_ativosampei=kRttUsWfJMuDkQeRx4HgBQampusg=AFQjCNHiqsY74lFQzTDoK8SjKlR0YQnChA Acesso em 10 de out de 2013 NOBREGA A C L Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Atividade Fiacutesica e Sauacutede no Idoso Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 5 n 6 NovDez 1999 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev5n6v5n6a02pdfgt Acesso em 03 mar 2013 PAIXAtildeO M P P C BRESSAN J Caacutelcio e sauacutede osseacutea tratamento e prevenccedilatildeo Revista Sauacutede e Pesquisa v 3 n 2 p 237-246 maioago 2010 Disponiacutevel emlthttpwwwcesumarbrpesquisaperiodicosindexphpsaudpesqarticleview11911079gt Acesso em 12 de out de 2013 PADOVANI R M et al Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 19 n 2 p 741-760 novdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv19n609pdfgt Acesso em 15 set 2013 PEREIRA B C Radicais Livres uma nova abordagem PERISSINOTTO E et alAnthropometric measurements in the elderly Age and gender differences Br J Nutr v 87 n1 p177-186 2012 Disponiacutevel lthttpjournalscambridgeorgdownloadphpfile=2FBJN2FBJN87_022FS0007114502000430apdfampcode=7c9a31135d39e8d85eecd461067b11c3gt Acesso em 15 out 2013 PESSOA L M O P Adequaccedilatildeo nutricional da alimentaccedilatildeo servida aos idosos do instituto Satildeo Vicente de Paulo Vinculado ao laboratoacuterio itinerante PROEAC UEPB 2012 39 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharelado em Enfermagem) ndash Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universidade Estadual da Paraiacuteba Campina Grande 2012 Disponiacutevel em lthttpdspacebcuepbedubr8080jspuibitstream1234567897791PDF20-20Larrycya20Mahayana20Oliveira20Pessoapdfgt acesso em 05 mar 2013 PREVIDELLI A N et al Iacutendice de Qualidade da Dieta Revisado para populaccedilatildeo brasileira Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 45 n4 p 794-798 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrspv45n42523pdfgt acesso em 15 jun 2013 RAUEN M S Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de idosos institucionalizados Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v21 n3 p 303-310 MaiJun 2008 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrnv21n3a05v21n3pdf Acesso em 05 de out de 2013 REIS A E S SOUZA J A Atividade fiacutesica para idosos 36 f 2012 Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica Universidade do Vale do Rio Verde de Trecircs Coraccedilotildees Minas Gerais 2012 Disponiacutevel em httprevistasunincorbrindexphpiniciacaocientificaarticleviewFile424343 Acesso em 13 de set de 2013 RINALDI D B COELHO I Nutriccedilatildeo sauacutede e envelhecimento um estudo sobre o estado nutricional de mulheres que participam do projeto de extensatildeo ldquoUniversidade
81
da Idade Ativardquo Revista Unoesc amp Ciecircncia ndash ACBS Joaccedilaba v 2 n 1 p 67-74 2011 Disponiacutevel lthttpeditoraunoescedubrindexphpacbsarticleview665gt Acesso em 11 abr 2013 ROSA L B et al Odontogeriatria ndash a sauacutede bucal na terceira idade Revista da Faculdade de Odontologia ndash UPF Satildeo Paulo v 13 n8 p 82-86 maiago 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprfoarticleview599392gt Acesso em 08 Mar 2013 RUELA L C R SOUSA JUNIOR F A C Avaliaccedilatildeo nutricional e estilo de vida de adolescentes de uma escola puacuteblica da regiatildeo sul fluminense ndash RJ Revista Nutrir Gerais Ipatinga v 4 n 6 p 554-565 fevjul 2010 Disponiacutevel emlt httpwwwunilestemgbrnutrirgeraisdownloadsartigosvolume4edicao_06avaliacao_nutricional_estilo_vidapdfgt acesso em 20 de set de 2013 SALGADO C D S Mulher idosa a feminizaccedilatildeo da velhice Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 4 p 7-19 2002 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47162642gt Acesso em 01 de out de 2013 SAMPAIO L R Avaliaccedilatildeo nutricional e envelhecimento Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 17 n4 p 507-514 outdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv17n422898pdfgt Acesso em 15 de out de 2013 SANTOS D M SCHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 2 p 163-168 out 2004 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfrspv39n224037pdfgt Acesso em 25 de set de 2013 SANTOS LA S O fazer educaccedilatildeo alimentar e nutricional algumas contribuiccedilotildees para reflexatildeo Revista Ciecircncia e Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 17 n 2 p33-41 Fev 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_pdfamppid=S1413-81232012000200018amplng=enampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de ago 2013 SASS A et al Depressatildeo em idosos inscritos no Programa de Controle de hipertensatildeo arterial e diabetes mellitus Revista Acta Paul Enfermagem Satildeo Paulo v25 n1 p80-85 jul 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfapev25n1v25n1a14pdfgt Acesso em 25 fev 2013 SILVA A K Q et al Perfil nutricional de idosos assistidos em instituiccedilatildeo de longa permanecircncia na cidade de Natal RN Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro v 4 n 1 p 27-35 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwsbggorgbrprofissionaisarquivorevistavolume4-numero1artigo05pdfgt Acesso em 02 de out de 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA VI Diretriz Brasileira de Hipertensatildeo Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo V17 n1 p 7-9 2010 Disponiacutevel em httpwwwanadorgbrprofissionaisimagesVI_Diretrizes_Bras_Hipertens_RDHA_6485pdf Acesso em 10 de abr 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenccedilatildeo da aterosclerose Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 9-23 2007 Disponiacutevel em
82
http9epublicacoescardiolbrconsenso2007diretriz-DApdf Acesso em 15 abr 2013 SOMMACAL H M et al Percentual de perda de peso e dobra cutacircnea tricipital paracircmetros confiaacuteveis para o diagnoacutestico de desnutriccedilatildeo em pacientes com neoplasia periampolar - avaliaccedilatildeo nutricional preacute-operatoacuteria Rev HCPA amp Fac Med Univ Fed Rio Gd do Sul Rio Grande do Sul v n 3 p 290-295 2011 Disponiacutevel emlthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610030ampindexSearch=IDgt Acesso em 28 ago 2013 SOUSA V M C GUARIENTO M E Avaliaccedilatildeo do idoso desnutrido Revista Brasileira de Cliacutenica Meacutedica Satildeo Paulo v7 n1 p 46-49 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwobservatorionacionaldoidosofiocruzbrbiblioteca_artigos83pdfgt acesso em 15 de out de 2013 SPEROTO F M SPINELLI R B Avaliaccedilatildeo nutricional em idosos independentes de uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no municiacutepio de Erechim-RS Revista Cientiacutefica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missotildees Rio Grande do Sul v 34 n 125 p 105-116 marccedilo2010 Disponiacutevel emlt httpwwwuriceredubrnewsitepdfsperspectiva125_78pdfgt Acesso em 01 de out de 2013 SERRA (ES) Secretaria de Sauacutede Guia de Sauacutede 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwserraesgovbrsesaguia_da_saudegt Acesso em 15 abr 2013 SILVEIRA E A KAC G BARBOSA L S Prevalecircncia e fatores associados agrave obesidade em idosos residentes em Pelotas Rio Grande do Sul Brasil classificaccedilatildeo da obesidade segundo dois pontos de corte do iacutendice de massa corporal Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 25 n7 p1569-1577 Jul 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfcspv25n715pdfgt Acesso em 15 abr 2013 SIQUEIRA R L BOTELHO M I V COELHO F M G A velhice algumas consideraccedilotildees teoacutericas e conceituais Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v 7 n4 p899-906 2002 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdf0Dcscv7n414613pdfgt Acesso em 20 fev 2013 SCHRAMM J M A et al Transiccedilatildeo epidemioloacutegica e o estudo de carga de doenccedila no Brasil Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v9 n4 p897-908 2004 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcscv9n4a11v9n4pdfgt Acesso em 28 fev 2013 Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos - TACO 4 ed 2011 Disponiacutevel em lthttp wwwunicampbrnepatacotabelaphpgt Acesso em 09 de out 2012 TARTARI R T BUSNELLO F M NUNES C H A Perfil Nutricional de Pacientes em Tratamento Quimioteraacutepico em um Ambulatoacuterio Especializado em Quimioterapia Revista Brasileira de Cancerologia Satildeo Paulo v56 n 1 p 43-50 jun2010 Disponiacutevel emlthttphospitalhelioangotticomenviados201053222221pdfgt Acesso em 11 de out de 2013 TOSCANO J J O OLIVEIRA A C C Qualidade de Vida em idosos com distintos niacuteveis de atividade Fiacutesica Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo
83
v 15 n3 MaiJun2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev15n3a01v15n3pdfgt acesso em 01 mar 2013 TRAMONTINO V S Nutriccedilatildeo para idosos Revista de Odontologia da Universidade Satildeo Paulo v 21 n 3 p 258-267 setdez 2009 Disponiacutevel lthttpfilesbvsbruploadS1983-51832009v21n3a009pdfgt Acesso em 15 mar 2013 VERAS R Envelhecimento populacional e as informaccedilotildees de sauacutede do PNAD demandas e desafios contemporacircneos Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 23 n10 p 2463-2466 out 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv23n1020pdfgt Acesso em 25 fev 2013 ZAITUNE M P Fatores associados aacute praacutetica de atividade fiacutesica global e de lazer em idosos inqueacuterito de sauacutede no estado de Satildeo Paulo Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 26 n 8 p 1606-1628 set 2010 Disponiacutevel em httpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=557075ampindexSearch=IDgt Acesso em 15 set 2013 WENDPAP L L Iacutendice da qualidade da dieta de adolescentes e fatores associados Dissertaccedilatildeo (Mestre em Biociecircncias) Poacutes Graduaccedilatildeo em Biociecircncias Faculdade de Nutriccedilatildeo da Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabaacute 2012 Disponiacutevel em httpwwwsaudemtgovbruploaddocumento104indice-de-qualidade-da-dieta-de-adolescentes-e-fatores-associados-autora-loiva-lide-wendpap-5B104-140312-SES-MT5Dpdf Acesso em 25 ago 2013 WASHBURN RA SMITH KW JETTE A M JANNEY CA The Physical Activity Scale for the Elderly (PASE) Development and evaluation Journal of Clinical Epidemiology 1993
84
85
APEcircNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) participante
Na condiccedilatildeo de estudante do curso de Nutriccedilatildeo da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo
estou realizando uma pesquisa com o objetivo de analisar o estado nutricional relacionado aacute praacutetica
de atividade fiacutesica e a qualidade da dieta de idosos
Necessito de sua contribuiccedilatildeo para responder questotildees relacionadas ao niacutevel de atividade fiacutesica
exercida informar sobre seus haacutebitos alimentares atuais e tambeacutem da permissatildeo para mensuraccedilatildeo
do seu peso estatura valores de pregas cutacircneas circunferecircncia da cintura da panturrilha e do
braccedilo Sua participaccedilatildeo nesse estudo eacute voluntaacuteria e se vocecirc decidir natildeo participar ou quiser desistir
de continuar em qualquer momento tem absoluta liberdade de fazecirc-lo
Na publicaccedilatildeo dos resultados desta pesquisa sua identidade seraacute mantida no mais rigoroso sigilo
Seratildeo omitidas todas as informaccedilotildees que permitam identificaacute-lo (a)
Os benefiacutecios desse estudo estatildeo relacionados ao conhecimento do seu estado nutricional e
orientaccedilotildees relativas para a melhora do mesmo Os riscos que podem acontecer satildeo referentes agraves
medidas das pregas cutacircneas que podem provocar hematomas e vermelhidatildeo Mas para minimizar e
evitar esse transtorno as medidas seratildeo feitas por pesquisadores treinados e aptos para essa coleta
Quaisquer duacutevidas relativas agrave pesquisa poderatildeo ser esclarecidas por mim ndash Patriacutecia Helena Teixeira
ou pela professora responsaacutevel Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo atraveacutes do telefone 3331-
8500
Atenciosamente
_________________________ Nome do aluno(a)
____________________________ Local e data
_________________________ Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo
(professora responsaacutevel)
____________________________ Local e data
Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma coacutepia deste termo de
consentimento
_____________________________ Nome e assinatura do participante
______________________________ Local e data
86
APEcircNDICE B
PRONTUAacuteRIO
IDENTIFICACcedilAtildeO Nome _______________________________Sexo ( )F ( )M Idade______ AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA Paracircmetros Peso Altura de Gordura CB PCT CC CP
87
APEcircNDICE C
REGISTRO ALIMENTAR DATA__________
Refeiccedilatildeo Horaacuterio Local
Alimento Preparaccedilatildeo Quantidade
Desjejum
Colaccedilatildeo
Almoccedilo
Lanche
Jantar
Ceia
88
ANEXO A
QUESTIONAacuteRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FIacuteSICA VERSAtildeO CURTA
Fonte Mizuno 2007
89
ANEXO B
CIRCUNFERENCIA DO BRACcedilO DE ACORDO COM GEcircNERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
90
ANEXO C
PERCENTIS DA PREGA CUTAcircNEA TRICIPITAL SEGUNDO GENERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
91
ANEXO D
IacuteNDICE DE QUALIDADE DA DIETA REVISADO
Fonte Wendpap 2012
92
ANEXO E
DESCRICcedilAtildeO DAS PONTUACcedilOtildeES DO IQD-R
Fonte Wendpap 2012
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 19 2 REFERENCIAL TEORICO 21 21TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DCNT NO ENVELHECIMENTO 21 22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE 25 23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO 28 24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO 30 25 QUALIDADE DA DIETA 36 251 iacutendice de Qualidade da Dieta 36 252 Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel no Envelhecimento 37 253 Seguranccedila Alimentar 39 26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO 39 261 Iacutendice de Massa Corporal 40 262 Circunferecircncia do Braccedilo 41 263 Circunferecircncia da Cintura 41 264 Prega Cutacircnea Tricipital 41 265 Cinrcunferecircncia da Panturrilha 42 27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO 42 3 METODOLOGIA 45 31 DESENHO DE ESTUDO 45 32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO 45 33 ASPECTOS EacuteTICOS 46 34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA 46 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR 49 36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA 50 37 ANAacuteLISE DOS DADOS 52
53 4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS 53 42 DISCUSSAtildeO 62 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71
REFEREcircNCIAS 73 APEcircNDICE A 85
APEcircNDICE B 86
APEcircNDICE C 87
ANEXO A 88
ANEXO B 89
ANEXO C 90
ANEXO D 91
ANEXO E 92
19
1 INTRODUCcedilAtildeO
O Brasil vem apresentando claramente o envelhecimento da populaccedilatildeo nas uacuteltimas
deacutecadas que pode ser explicado pela chamada transiccedilatildeo demograacutefica um
fenocircmeno caracterizado por reduccedilotildees progressivas nas taxas de mortalidade e
fecundidade Outro fenocircmeno que tambeacutem acompanha o envelhecimento da
populaccedilatildeo brasileira eacute a transiccedilatildeo epidemioloacutegica no qual apresenta uma elevaccedilatildeo
na incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ao mesmo tempo em que
ocorre uma reduccedilatildeo progressiva de doenccedilas infecto contagiosas (LEBRAtildeO 2007)
Paralelo agrave transiccedilatildeo epidemioloacutegica diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas naturais do
envelhecimento como elevaccedilatildeo do tecido adiposo diminuiccedilatildeo na sensibilidade da
insulina reduccedilatildeo da secreccedilatildeo do aacutecido cloriacutedrico aleacutem de alteraccedilotildees na percepccedilatildeo
do paladar tambeacutem contribuem diretamente para a ocorrecircncia de doenccedilas crocircnicas
natildeo transmissiacuteveis como o diabetes quadros de constipaccedilatildeo intestinal e sobrepeso
em idosos (BUENO et al 2008)
A sauacutede e a qualidade de vida e consequentemente a nutriccedilatildeo dos idosos tambeacutem
se encontram comprometidas com a alta incidecircncia de depressatildeo decorrentes na
maioria das vezes pela solidatildeo morte do conjugue dependecircncia de outras pessoas
para realizaccedilatildeo de simples tarefas cotidianas como a de se alimentar (LACERDA
SANTOS 2007)
Uma nova ferramenta que vem sendo utilizada para a avaliaccedilatildeo do consumo
alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) no qual se baseia na
comparaccedilatildeo das porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do
Guia alimentar para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo
da sauacutede atraveacutes da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de
nutrientes e obesidade (WENDPAP 2012)
Considerando todos estes aspectos relacionados agrave sauacutede e qualidade de vida dos
idosos eacute de suma importacircncia estudos relacionados agrave identificaccedilatildeo do estado
nutricional e do consumo alimentar desta populaccedilatildeo que mais cresce no mundo de
modo que se criem condiccedilotildees de formulaccedilatildeo de novas propostas de intervenccedilatildeo e
acompanhamento nutricional que auxiliem no tratamento e na prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis contribuindo assim tambeacutem para o aumento
da qualidade de vida (BUENO et al 2008)
20
Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e consumo
alimentar a partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo
atividade fiacutesica realizando comparaccedilotildees entre estes
21
2 REFERENCIAL TEORICO 21 TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DOENCcedilAS CROcircNICAS NAtildeO
TRANSMISSIacuteVEIS NO ENVELHECIMENTO
O mundo estaacute vivenciando um momento especial chamado momento demograacutefico
considerado um dos melhores devido agrave transiccedilatildeo demograacutefica que eacute caracterizada
pela diminuiccedilatildeo na taxa de mortalidade e tambeacutem reduccedilatildeo na taxa de natalidade o
que leva a uma inversatildeo na piracircmide populacional (ALVES 2008)
O processo de envelhecimento demograacutefico eacute facilmente identificado em todo o
mundo sendo esse processo mais significativo e acelerado nos paiacuteses em
desenvolvimento Segundo registros do IBGE no Brasil houve um aumento na
populaccedilatildeo de idosos de mais de trecircs por cento entre os anos de 1970 e 1990
(SIQUEIRA BOTELHO COELHO 2002)
Muler e Vietz (2009) relatam que segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede satildeo
considerados idosos indiviacuteduos com idade igual ou superior a 60 anos e Marucci e
outros (2011) afirmaram que atraveacutes do censo do ano de 2010 os indiviacuteduos nesta
faixa etaacuteria representam cerca de 11 da populaccedilatildeo brasileira que gira em torno de
21 milhotildees de idosos
O aumento da populaccedilatildeo idosa tem sido relativo agrave expansatildeo da expectativa de vida
da populaccedilatildeo brasileira que apresentou um aumento de 337 anos na deacutecada 50
para 5099 anos no ano de 1990 e passou para 6625 anos em 1995 e a expectativa
eacute que chegue a 7708 entre os anos de 2020 e 2025 (SIQUEIRA BOTELHO
COELHO 2002)
A taxa de natalidade tambeacutem eacute um processo que colabora para a transiccedilatildeo
demograacutefica e a sua reduccedilatildeo vem mostrando natildeo ter ligaccedilatildeo direta com as
condiccedilotildees econocircmicas das famiacutelias que optaram por natildeo ter ou ter um nuacutemero
reduzido de filhos pelo contraacuterio essa queda de fecundidade vem acontecendo por
livre escolha dos casais (ALVES 2008)
Anualmente cerca de milhares de novos idosos satildeo inseridos na populaccedilatildeo
brasileira e com isso haacute uma alteraccedilatildeo no quadro da mortalidade que antes era de
uma populaccedilatildeo mais jovem para uma sobrecarga de doenccedilas caracteriacutesticas da
22
terceira idade como doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e muacuteltiplas que levam a
quadros de internaccedilatildeo por longos anos que exigem ainda cuidados constantes
Esse quadro leva a um aumento nas despesas de tratamento meacutedico e de
internaccedilotildees hospitalares o que gera grandes desafios para o governo que se ver
obrigado a criar planos estrateacutegicos para a prestaccedilatildeo de cuidados e para a
prevenccedilatildeo das doenccedilas comumente a terceira idade (VERAS 2007)
A alta carga de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis caracteriza tambeacutem a chamada
transiccedilatildeo epidemioloacutegica esse processo envolve principalmente a reduccedilatildeo de
doenccedilas transmissiacuteveis e do mesmo modo ocorre o aumento de doenccedilas natildeo
transmissiacuteveis a transiccedilatildeo de casos de morbimortalidades da populaccedilatildeo mais
jovens para a populaccedilatildeo mais idosa alteraccedilatildeo de um quadro de mortalidade da
populaccedilatildeo para um quadro de morbidades (SCHRAMM et al 2004)
Pode-se observar uma relaccedilatildeo niacutetida entre transiccedilatildeo demograacutefica e transiccedilatildeo
epidemioloacutegica com a reduccedilatildeo das doenccedilas infecciosas que em tempos atraacutes era a
principal causa de mortalidade a taxa de mortalidade de populaccedilatildeo mais jovem
reduziu e em contrapartida esses ldquojovensrdquo passam a conviver com os fatores de
riscos para doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que se tornam mais comum com a
vivecircncia dos anos de vida adicionais decorrente da transiccedilatildeo demograacutefica
(CHAIMOWICZ 1997)
A alteraccedilatildeo na carga de doenccedilas que mais atinge a populaccedilatildeo para a prevalecircncia
de doenccedilas crocircnicas natildeo degenerativas e suas complicaccedilotildees leva aacute evidentes
alteraccedilatildeo na utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede puacuteblica em que envolve principalmente
aumento de custos para promover o tratamento meacutedico adequado destas
enfermidades com isso se faz necessaacuterio agrave implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que
possam suprir esse quadro (SCHRAMM 2004)
As principais doenccedilas crocircnicas que acometem os idosos satildeo o diabetes mellitus
hipertensatildeo arterial dislipidemias e obesidade O diabetes Mellitus trata-se de uma
patologia de etiologias muacuteltiplas podendo ser representado atraveacutes da ausecircncia ou
reduccedilatildeo na siacutentese de insulina e na falha dos efeitos da atividade da insulina Eacute
caracterizado por alteraccedilotildees no metabolismo dos carboidratos o que leva a uma
hiperglicemia Este estado de hiperglicemia por um longo periacuteodo pode acarretar em
danos disfunccedilotildees ou ateacute mesmo falecircncias em diversos oacutergatildeos (BRASIL 2011a)
23
O tratamento do diabetes mellitus se baseia em uma educaccedilatildeo permanente a
respeito das modificaccedilotildees de haacutebitos como a incorporaccedilatildeo da praacutetica de atividade
fiacutesica suspensatildeo de fumo e de bebidas alcooacutelicas incorporaccedilatildeo de haacutebitos
alimentares mais saudaacuteveis e em alguns casos a utilizaccedilatildeo de medicamentos e de
insulina exoacutegena (BRASIL 2011a)
A hipertensatildeo arterial eacute uma patologia que tambeacutem apresenta etiologia multifatorial e
eacute caracterizada pelo aumento nos niacuteveis pressoacutericos associados a diversas
alteraccedilotildees metaboacutelicas como hipertrofia cardiacuteaca considerando valores pressoacutericos
anormais igual ou maiores que 14090 mmHg (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA 2010)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial baseia-se no alcance do
peso ideal que eacute representando por valores inferiores de IMC a 249kg msup2 e perda
de medida da circunferecircncia da cintura alcanccedilado medidas inferiores a 102 cm para
homens e 88cm para as mulheres uma vez que vaacuterios estudos demostraram uma
ligaccedilatildeo direta entre peso corporal e pressatildeo arterial apresentando uma elevaccedilatildeo
linear aleacutem do encorajamento da reduccedilatildeo da ingestatildeo de sal A relaccedilatildeo entre
pressatildeo arterial e ingestatildeo de soacutedio eacute niacutetida devido a chamada sensibilidade ao sal
sendo assim a ingestatildeo de sal de cozinha deve ser limitada a 5 gramas diariamente
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2010 )
A Dislipidemia eacute caracterizada atraveacutes de alteraccedilotildees nas taxas de lipiacutedios no
sangue podendo ser classificada em Hipercolesterolemia Isolada no qual ocorre
somende a elevaccedilatildeo do LDL em valores igual ou acima de 160mgdl
hipertrigliceridemia Isolada representada pelo aumento somente nos valores
trigliceriacutedeos no sangue em valor igual ou acima de 150mgdl hiperlidemia mista no
qual ocorre elevaccedilatildeo nos valores de LDL e trigliceriacutedeos e HDL baixo representando
pela reduccedilatildeo do HDL seacuterico nos valores menores que 40mgdl para homens e
50mgdl para mulheres (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da dislipidemia eacute voltado para a terapia nutricional
atraveacutes de planejamento alimentar adequado que vise a reduccedilatildeo na ingestatildeo de
gorduras principalmente de colesterol e de gorduras saturadas e consequentemente
na reduccedilatildeo de lipiacutedicos seacutericos A reduccedilatildeo da ingestatildeo de colesterol ocorre atraveacutes
da diminuiccedilatildeo no consumo de produtos de origem animal incluindo viacutesceras
embutidos e leites e derivados integrais entre outros alimentos A diminuiccedilatildeo do
24
consumo de gordura saturada se daacute atraveacutes da reduccedilatildeo no consumo de alimentos
principalmente de origem animal tais como carnes com gorduras e leites integrais
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico de dislipidemias tambeacutem engloba a praacutetica de
atividade fiacutesica regularmente no qual leva a reduccedilatildeo de trigliceriacutedeo plasmaacutetico e
elevaccedilatildeo de HDL-C seacuterico e o abandono do fumo O tratamento medicamentoso eacute
empregado quando as mudanccedilas no estilo de vida natildeo alcanccedilam um resultado
satisfatoacuterio ou quando se precisa de resultados raacutepidos para a reversatildeo do quadro
de dislipidemia com isso haacute a administraccedilatildeo de medicamentos hipolipemiantes que
atuam impedindo a siacutentese intracelular de colesterol aumentando os receptores de
LDL no fiacutegado que leva haacute uma maior captaccedilatildeo de colesterol circulante
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
A ocorrecircncia de excesso de peso em idosos geralmente eacute diagnosticada atraveacutes do
Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizando o ponto de corte de igual maior que 27
kgmsup2 (SILVEIRA KAC BARBOSA 2009) O excesso de massa gorda no corpo
humano tem trazido diversas complicaccedilotildees metaboacutelicas tornando um problema de
sauacutede puacuteblica que atinge diversos paiacuteses em todo o mundo natildeo distinguindo paiacuteses
desenvolvidos ou em desenvolvimento A obesidade eacute um integrante do grupo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que cada vez se torna mais prevalente na
sociedade aleacutem disso a proacutepria condiccedilatildeo de obesidade eacute um grande fator de risco
para o desenvolvimento de outras doenccedilas crocircnicas como diabetes mellitus e
hipertensatildeo arterial (KUMPEL et al 2011)
O tratamento da obesidade deve ter como objetivo principal a reduccedilatildeo de peso seja
esta meta alcanccedilada atraveacutes de tratamento dieteacutetico atraveacutes da incorporaccedilatildeo de
uma alimentaccedilatildeo adequada dentro recomendaccedilatildeo energeacutetica para cada paciente ou
farmacoloacutegico no qual se emprega o uso de medicamentos que agem diminuindo a
fome aumentando a saciedade ou ainda alterando os mecanismos de digestatildeo e
absorccedilatildeo de nutrientes ou o tratamento para a obesidade pode ser ainda ciruacutergico
no qual a reduccedilatildeo de peso eacute decorrente de alguma intervenccedilatildeo ciruacutergica (BORGES
NONINO SANTOS 2006)
A atual situaccedilatildeo demograacutefica do nosso Paiacutes requer uma mudanccedila de caraacuteter
emergencial na atenccedilatildeo agrave sauacutede dos idosos brasileiros Essa alteraccedilatildeo deve
envolver propostas modernas que possa fazer com que o sistema de sauacutede do paiacutes
25
ganhe e tambeacutem com que os idosos possam utilizar-se dos serviccedilos puacuteblicos de
modo a promover o aumento da qualidade nestes anos extras de vida pois mesmo
que o Brasil esteja apresentando um perfil demograacutefico semelhante ao perfil de
paiacuteses desenvolvidos o paiacutes em geral natildeo dispotildee de serviccedilos que possa suprir esse
novo perfil da populaccedilatildeo brasileira (VERAS 2007)
Entretanto jaacute pode ser verificado algumas accedilotildees voltadas a essa nova populaccedilatildeo
idosa como a criaccedilatildeo por parte do Governo de centros de convivecircncia de idosos
que incluem as mais diversas atividades como o objetivo de minimizar a solidatildeo e
aumentar a qualidade de vida (TOSCANO OLIVEIRA 2009)
22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE
De um modo geral a velocidade do crescimento da populaccedilatildeo idosa natildeo
acompanha a velocidade de implantaccedilatildeo e desenvolvimento de accedilotildees
governamentais voltadas para este puacuteblico sendo assim nos uacuteltimos anos pode-se
observar o crescente aumento de estudos que objetivam criar suportes para o
desenvolvimento de programas e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para o bem estar dessa
populaccedilatildeo (MENDES et al 2005)
Segundo Gonccedilalves e outros (2007) a criaccedilatildeo e execuccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas para
a populaccedilatildeo idosa implica em contradiccedilotildees uma vez que ainda haacute uma grande falha
na implantaccedilatildeo de poliacuteticas primaacuterias que possam favorecer por exemplo a
educaccedilatildeo e o emprego e o governo jaacute vem dando ecircnfase a poliacuteticas puacuteblicas para a
populaccedilatildeo no fim da vida
Mesmo assim o envelhecimento populacional estaacute em evidencia em diversas
organizaccedilotildees internacionais que lutam por investimentos financeiros que possa
garantir o envelhecimento da populaccedilatildeo de modo igualitaacuterio e com qualidade uma
vez que haacute uma grande diferenccedila no modo de se tratar idosos em paiacuteses em
desenvolvimento e paiacuteses desenvolvidos (GONCcedilALVES 2007)
No Brasil a preocupaccedilatildeo e atenccedilatildeo com qualidade de vida dos idosos teve grande
avanccedilo atraveacutes da implantaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (1993) no qual
defende a integraccedilatildeo definitiva do idoso na sociedade em 1994 ocorreu a
26
implantaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional do Idoso que tem como principal objetivo assegurar
os direitos sociais dessa populaccedilatildeo (BENEDETTI 2007)
No ano de 2003 o governo brasileiro sancionou o Estatuto do Idoso que visa
garantir os direitos reservados aos idosos com idade igual ou superior a sessenta
anos entre eles o Art 3 que assegura que
Eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia da comunidade da sociedade e do Poder Puacuteblico assegurar ao idoso com absoluta prioridade a efetivaccedilatildeo do direito agrave vida agrave sauacutede agrave alimentaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo agrave cultura ao esporte ao lazer ao trabalho agrave cidadania agrave libertada agrave dignidade ao respeito e agrave convivecircncia familiar e comunitaacuteria (BRASIL 2010a p11-169)
Quanto aacute sauacutede o estatuto garante que o Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS deve
assegurar agrave atenccedilatildeo integral a sauacutede do idoso utilizando-se de serviccedilos de para
prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede dando ecircnfase as doenccedilas
que mais atingem a populaccedilatildeo idosa (Brasil 1994)
Diante dessas diversas poliacuteticas implantadas pode-se observar claramente que nem
todos os direitos nestas estabelecidas satildeo realmente alcanccedilados na realidade
brasileira sendo assim a criaccedilatildeo oue implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas e
realizaccedilatildeo de accedilotildees para um envelhecimento saudaacutevel ainda estaacute em pleno
acontecimento Essas conquistas geralmente estatildeo ocorrendo atraveacutes da criaccedilatildeo de
programas para idosos como centros de vivecircncias campanhas de vacinaccedilatildeo
atividades de lazer programas de exerciacutecios fiacutesicos entre outros (BENEDETTI
2007)
Eacute possiacutevel observar uma crescente elevaccedilatildeo em todo o mundo na implantaccedilatildeo de
programas ao incentivo a praacutetica de atividade fiacutesica destinada a toda a populaccedilatildeo
incluindo os idosos No Brasil esse crescimento eacute niacutetido apoacutes a implantaccedilatildeo dos
Programas de Sauacutede da Famiacutelia que possibilitou a criaccedilatildeo de programas de
orientaccedilatildeo ao exerciacutecio fiacutesico em conjunto com as Prefeituras (BENEDETTI 2007)
O municiacutepio de Serra no estado do Espiacuterito Santo Brasil conta com diversos
programas municipais relacionados a promoccedilatildeo de sauacutede e qualidade de vida do
idosos entre os essenciais satildeo destacados o programa de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico (PROEF) no qual trata-se de um programa indicado inicialmente para os
idosos mas que alcanccedilou uma grande plenitude tendo como objetivo atual atingir o
27
puacuteblico jovem e adulto uma vez que o programa tem representando uma grande
participaccedilatildeo na prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas crocircnicas principalmente o
Diabetes Mellitus hipertensatildeo e Obesidade (SERRA 2012)
Outra ferramenta de controle do diabetes e hipertensatildeo no municiacutepio da Serra eacute o
monitoramento que acontece com esses indiviacuteduos nas Unidades de Sauacutede por
meio de atendimento multidisciplinar e oferecimento de materiais e medicamentos
para o controle destas doenccedilas como o fornecimento de insulina para pacientes que
necessitam do uso exoacutegeno de insulina (SERRA 2012)
Para melhorar a nutriccedilatildeo dos idosos o muniacutecipio da Serra disponibiliza para
indiviacuteduos com mais de 55 anos um quilo de leite em poacute desnatado por mecircs
enriquecido com caacutelcio atraveacutes do Programa de Suplemento Alimentar para o Idoso
(PSAI) que atende indiviacuteduo com mais de 55 anos e com renda de ateacute 40 do
salaacuterio miacutenimo per capta Os objetivos primordiais do programa satildeo alcanccedilar a
reduccedilatildeo de gastos com internaccedilotildees hospitalares ter um controle maior do diabetes
e hipertensatildeo aleacutem de promoccedilatildeo da qualidade de vida dessa faixa etaacuteria da
populaccedilatildeo serrana (SERRA 2012)
Com intuito de promover o controle das principais doenccedilas crocircnicas o Ministeacuterio da
Sauacutede em 2011 criou o Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial
e ao Diabetes Mellitus aprovado pela PortariaGM ndeg 16 de 03012002 no qual satildeo
definidas accedilotildees para prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede para indiviacuteduos hipertensos e
diabeacuteticos cadastrados no Sistema Uacutenico de Sauacutede (BRASIL 2011sup2)
Dentro do Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo aacute Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes
Mellitus criou-se o Programa Hiperdia atraveacutes da Portaria nordm 371GM Em 04 de
marccedilo de 2002 que visa o cadastramento e acompanhamento de todos os
indiviacuteduos portadores de hipertensatildeo e diabetes atraveacutes de um sistema
informatizado em todas as unidades de sauacutede O Hiperdia conta com uma equipe
multidisciplinar que envolve cardiologias nefrologistas dentista farmacecircutico
educador fiacutesico nutricionista e assistente social para atender todos os participantes
do programa conforme suas necessidades aleacutem da disponibilizaccedilatildeo de
medicamentos gratuitos para o controle destas patologias (INSTITUTO MINEIRO DE
ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA 2008)
23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO
28
O processo envelhecimento eacute caracterizado como um sistema contiacutenuo que
apresenta alteraccedilotildees fisioloacutegicas em oacutergatildeos e sistemas do corpo humano sendo
assim um a adesatildeo aacute um estilo de vida saudaacutevel pode levar a promoccedilatildeo da
qualidade de vida e consequentemente reduzir a velocidades destas alteraccedilotildees
fisioloacutegicas quem em muitas vezes leva a incapacidade e a dependecircncia por partes
dos idosos (NOBREGA et al 1999)
O processo natural do envelhecimento provoca diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas no
organismo no qual envolve alteraccedilotildees anatocircmicas e funcionais que refletem
diretamente na sauacutede desta populaccedilatildeo (CAMPO MONTEIRO ORNELAS 2000)
Aleacutem de dificultar a vivencia do indiviacuteduo idoso em seu meio que podem acelerar o
caminho para a morte (CHOCHAMOVITZ citado por PESSOA 2012)
O estado nutricional do indiviacuteduo tem importante papel no envelhecimento uma vez
que o controle das doenccedilas comumente a velhice como doenccedilas crocircnicas
relacionam-se diretamente com o estado nutricional Sendo assim a nutriccedilatildeo eacute de
suma importacircncia para localizaccedilatildeo de fatores de riscos para o desenvolvimento de
doenccedilas e de mortalidade entre os idosos (NASCIMENTO et al 2011)
Geralmente as alteraccedilotildees no estado nutricional do idoso influenciam
especificamente em algumas doenccedilas o baixo peso por exemplo estaacute em muitas
vezes relacionado com doenccedilas respiratoacuterias e o excesso de peso relacionado com
doenccedilas cardiovasculares e o diabetes (NASCIMENTO et al 2011)
O organismo envelhecido tambeacutem apresenta diversas alteraccedilotildees que afetam a
nutriccedilatildeo do indiviacuteduo idoso como a reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica basal alteraccedilotildees
no sistema digestoacuterio alteraccedilotildees na palatibilidade e na percepccedilatildeo da sede aleacutem da
redistribuiccedilatildeo da massa corporal com a reduccedilatildeo progressiva da massa magra e
aumento do tecido adiposo que afetam diretamente no consumo alimentar e no
estado nutricional da populaccedilatildeo idosa respectivamente (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
A alteraccedilatildeo da palatibilidade eacute comumente encontrada em cerca de 80 da
populaccedilatildeo idosa decorrente da diminuiccedilatildeo da percepccedilatildeo de gosto pelas papilas
gustativas devido a diminuiccedilatildeo na quantidade de bototildees gustativos (ROSA et al
2008)
29
Grandes alteraccedilotildees satildeo encontradas no sistema gastro-intestinal mas em geral o
funcionamento do intestino do pacircncreas e do fiacutegado satildeo encontrados com elevada
capacidade funcional as grandes alteraccedilotildees acontecem atraveacutes da atrofia da
mucosa gaacutestrica o que leva a diminuiccedilatildeo da siacutentese do aacutecido cloriacutedrico e do fator
intriacutenseco que consequentemente leva a menor absorccedilatildeo da vitamina B12 aleacutem da
reduccedilatildeo do gosto (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
As alteraccedilotildees gastrointestinais refletem principalmente na dificuldade absortiva de
micronutrientes (BHUTTO citado por TRAMONTINO et al 2009) e na dificuldade da
digestatildeo que levam ao aparecimento constante de gases mal estar constipaccedilatildeo
que pioram com uma alimentaccedilatildeo inadequada pobre em fibras comumente aos
haacutebitos alimentares dessa populaccedilatildeo (TRAMONTINO et al 2009)
As alteraccedilotildees no trato gastro-intestinal podem resultar tambeacutem na constipaccedilatildeo
intestinal que tambeacutem possui relaccedilatildeo direta com a alimentaccedilatildeo fatores psicoloacutegicos
fatores fiacutesicos e o uso de medicamentos podem ainda levar a maiores complicaccedilotildees
como distensatildeo abdominal cacircncer de coloacuten hemorroidas fiacutestula anal entre outras
patologias que vatildeo interferem diretamente tambeacutem na qualidade de vida dos idosos
(RAMOS citado por NESELLO TONELLI BELTRAME 2011)
A constipaccedilatildeo intestinal eacute definida atraveacutes da constataccedilatildeo de menos de trecircs
episoacutedios de evacuaccedilatildeo no periacuteodo de uma semana com a presenccedila de esforccedilo
sensaccedilatildeo de obstruccedilatildeo e presenccedila de fezes endurecidas de acordo com o consenso
de Roma III (LONGSTRETH et al citado por NESELLO TONELLI BELTRAME
2011)
Segundo Bosshard e outros citado por Nesello e outros(2004) a prevalecircncia da
constipaccedilatildeo intestinal eacute maior na populaccedilatildeo idosa o que nos jovens chegando a
atingir cerca de 20 dos idosos no geral e a sua prevalecircncia eacute ainda maior nas
mulheres do que nos homens
A intoleracircncia a glicose eacute uma caracteriacutestica bastante encontrada nos idosos no qual
possivelmente eacute decorrente da diminuiccedilatildeo da produccedilatildeo hormonal e do aumento no
nuacutemero de ceacutelulas adiposas frente a ceacutelulas musculares Com o diagnoacutestico da
intoleracircncia a glicose o tratamento eacute realizado apenas atraveacutes de uma dieta
equilibrada (TRAMONTINO et al 2009)
30
O diabetes mellitus tipo 2 estaacute entre as principais doenccedilas crocircnicas prevalentes na
sociedade atualmente e que atinge na sua maioria os idosos Aleacutem de ser uma das
causas principais de doenccedilas cardiovasculares (MENDES et al 2011)
Durante o processo de envelhecimento os processos de catabolismo e anabolismo
tambeacutem se encontram diferenciados no qual o catabolismo supera todos os
processos de anabolismo fazendo com que os oacutergatildeos tenham suas funccedilotildees
diminuiacutedas atraveacutes da reduccedilatildeo de ceacutelulas e ainda existem vaacuterias alteraccedilotildees
bioquiacutemicas que contribuem para a morte de ceacutelulas como a accedilatildeo de radicais livres
(TRAMONTINO 2009)
Os radicais livres satildeo moleacuteculas consideradas instaacuteveis uma vez que possuem um
nuacutemero iacutempar de eleacutetrons esse fato faz com que estas moleacuteculas procurem alguma
outra moleacutecula para capturarem um eleacutetron e se tornarem estaacuteveis podendo levar
consequentemente a degeneraccedilatildeo celular tecidual e orgacircnica (PEREIRA 2012)
Aleacutem das alteraccedilotildees fisioloacutegicas os fatores socioeconocircmicos tambeacutem exercem uma
importante influencia na sauacutede dos idosos o que envolve tambeacutem o consumo
alimentar (CAMPOS 2000)
24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO
Diversos estudos defendem a ideia de que a nutriccedilatildeo possui um caraacuteter
insubstituiacutevel na promoccedilatildeo do aumento de qualidade de vida devendo assim ser
associada a outros meacutetodos para garantir a eficaacutecia deste processo atraveacutes da
prevenccedilatildeo e controle de diversas patologias (CARVALHO et al 2003 DOBNER
BLASI KIRSTEN 2012)
A alimentaccedilatildeo adequada eacute imprescindiacutevel em qualquer faixa etaacuteria eacute a partir da
alimentaccedilatildeo que alcanccedilamos a capacidade de realizar diversas accedilotildees no dia a dia
desde a mais simples como estudar ateacute as mais complexas como a praacutetica de
exerciacutecios fiacutesicos Dentre as vaacuterias importacircncias da alimentaccedilatildeo a ingestatildeo de
nutrientes adequada eacute de suma importacircncia para um envelhecimento saudaacutevel
(FERNANDES 2010)
Em decorrecircncia da transiccedilatildeo epidemioloacutegica a nutriccedilatildeo ganhou um amplo espaccedilo
no campo da prevenccedilatildeo de doenccedilas e estados fisioloacutegicos comumente encontrados
31
em idosos decorrentes ao processo natural do envelhecimento e de outros agravos
como a alta incidecircncia no uso de diversos medicamentos A ingestatildeo adequada de
fibras relacionadas com uma ingestatildeo adequada de aacutegua por exemplo auxilia na
prevenccedilatildeo e tratamento da constipaccedilatildeo intestinal aumentando a qualidade de vida
Diversos estudos apontam que um consumo entre 20 e 40 gramas diariamente
associado a ingestatildeo adequada de aacutegua leva a uma melhora consideraacutevel no quadro
de constipaccedilatildeo (BECKENKAMP 2010)
Campos e outros relatam (2009) que os fatores psicossociais comuns aos idosos
como perda do cocircnjuge solidatildeo falta de renda depressatildeo entre outros satildeo os
principais fatores externos que contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo nesta populaccedilatildeo
uma vez que a maioria desses consomem em meacutedia menos de 1000kcaldia de
correntes da ingestatildeo de alimentos de menor custos e de maior facilidade de
preparo
A baixa renda com que a maioria dos idosos vive e que influencia diretamente no
consumo alimentar tambeacutem estaacute ligada a exclusatildeo desse grupo no mercado de
trabalho mesmo que muitos apresentem capacidade funcional e motora condizentes
com muitos trabalhos disponiacuteveis a idade muitas vezes acaba por ser o grande
obstaacuteculo para a conquista da vaga e consequentemente para o aumento da renda
que em muitos casos eacute composta apenas pela aposentadoria e ou pensotildees
(NOGUEacuteS citado por CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
O relacionamento social tambeacutem eacute um grande influenciador no consumo alimentar
segundo Campos e outros (2000) a solidatildeo vivenciada pelo idoso leva ao
esquecimento do cuidado com si mesmo sendo assim a alimentaccedilatildeo natildeo ganha
muita atenccedilatildeo sendo preparada de forma inadequada sem atentar para a qualidade
e quantidade suficiente Muitas vezes a alimentaccedilatildeo eacute composta por alimentos de
faacutecil preparo que inclui normalmente alimentos industrializados pobres em
nutrientes essenciais para o organismo idoso
A preocupaccedilatildeo com a nutriccedilatildeo do idoso cresceu atraveacutes de vaacuterios estudos que
demonstraram que a desnutriccedilatildeo e o sobrepeso predominam em indiviacuteduos idosos e
que este quadro eacute resultante das condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem aleacutem
de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
32
De acordo Sass (2010) cerca de 15 a 20 de idosos apresentam algum sintoma
depressivo A prevalecircncia da depressatildeo varia de acordo com fatores a idade sexo e
fatores sociais Esse quadro de depressatildeo eacute bastante preocupante tambeacutem pelo fato
de estar relacionado diretamente com o Estado Nutricional dos idosos uma vez que
haacute alteraccedilotildees no sistema neuroloacutegico que tambeacutem eacute responsaacutevel pelos mecanismos
da fome e ansiedade podendo assim resultar em desnutriccedilatildeo ou obesidade Aleacutem
dessas consequecircncias relacionadas agrave nutriccedilatildeo alguns estudos indicam tambeacutem a
depressatildeo como um fator para doenccedilas cardiovasculares
Diversos estudos tambeacutem apontam que a nutriccedilatildeo dos idosos pode ser influenciada
negativamente pelo fato da incapacidade e ou dificuldades da realizaccedilatildeo de
atividades cotidianas sozinhas como o simples fato de cozinhar aleacutem das
alteraccedilotildees motoras que tambeacutem podem piorar a preparaccedilatildeo dos alimentos e o seu
proacuteprio consumo Os aspectos emocionais como perda de cocircnjuge e depressatildeo
tambeacutem contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo por levar a reduccedilatildeo do apetite ou por
aumentar a recusa por alimentos (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
Diversos estudos demonstram uma reduccedilatildeo progressiva do valor energeacutetico da
alimentaccedilatildeo dos idosos que ao mesmo tempo apresenta um aumento no consumo
de carboidratos principalmente os chamados simples que pode contribuir para o
aparecimento ou complicar doenccedilas crocircnicas como o diabetes (MENEZES
MARUCCI 2012)
De acordo com Tramontino e outros (2009) um grande fator que tambeacutem afeta a
nutriccedilatildeo do idoso eacute a sauacutede bucal uma vez que uma condiccedilatildeo inadequada da boca
como a falta de denticcedilatildeo consequentemente leva a dificuldade de mastigaccedilatildeo que
leva a um consumo alimentar alterado que interfere diretamente em uma adequada
nutriccedilatildeo Aleacutem disso a sauacutede bucal e a nutriccedilatildeo acabam formando um ciclo onde
interfere no outro pois uma nutriccedilatildeo inadequada decorrente por falta de denticcedilatildeo ou
por outra caracteriacutestica leva a problemas na sauacutede bucal e a maiores perdas de
denticcedilatildeo
A nutriccedilatildeo tem relaccedilatildeo direta com a sauacutede bucal uma vez que a alimentaccedilatildeo pode
influenciar diretamente no aparecimento de caacuteries na perda dos esmaltes dos
dentes e no desenvolvimento em geral da denticcedilatildeo que assim podem levar ao
aparecimento de dores lesotildees doenccedilas periodontal que consequentemente
poderatildeo levar a mudanccedilas tambeacutem na alimentaccedilatildeo (MAGALHAtildeES 2011)
33
Devido a diversas patologias comumente encontradas nos idosos o uso de
medicamentos por esta populaccedilatildeo eacute grande e o consumo elevador de
medicamentos podem levar a alteraccedilotildees na cavidade oral como xerostomia
candidiacutease entre outras alteraccedilotildees (MAGALHAtildeES 2011)
Segundo Andrade (2009) a condiccedilatildeo da boca como o nuacutemero de dentes
adequados ou o uso de proacuteteses pode influenciar nas escolhas dos alimentos e ateacute
mesmo no seu modo de preparo o que influencia diretamente nos haacutebitos
alimentares dos idosos
Castilhos e Padilha (2002) afirmaram que a denticcedilatildeo pode influenciar as pessoas em
trecircs campos fisioloacutegico psicoloacutegico e social No aspecto fisioloacutegico os dentes
podem influenciar na alimentaccedilatildeo do individuo por meio do processo de mastigaccedilatildeo
dos alimentos que interferem diretamente na ingestatildeo de nutrientes na manutenccedilatildeo
corpoacuterea e ateacute mesmo no prazer em se alimentar
A diminuiccedilatildeo da saliva decorrente do processo natural do envelhecimento aleacutem de
comprometer a manutenccedilatildeo da cavidade oral por estar ter uma accedilatildeo na limpeza da
cavidade e por ter um efeito antimicrobiano tambeacutem influencia diretamente na
mastigaccedilatildeo na formaccedilatildeo do bolo alimentar e tambeacutem na digestatildeo e absorccedilatildeo dos
alimentos uma vez que com a reduccedilatildeo da saliva haacute tambeacutem a diminuiccedilatildeo da
siacutentese de amilase salivar (ROSA et al 2008)
O elevado uso de medicamentos tambeacutem pode interferir na absorccedilatildeo de diversos
nutrientes na interaccedilatildeo chamada de droga-nutriente e ainda a medicaccedilatildeo pode
influenciar na ingestatildeo alimentar uma vez que muitos podem levar a anorexia
alteraccedilotildees na percepccedilatildeo do gosto e do odor naacuteuseas vocircmitos e ainda as
adaptaccedilotildees na alimentaccedilatildeo dos idosos devido agrave incapacidade de mastigaccedilatildeo de
alguns alimentos comumente leva a carecircncias nutricionais principalmente atraveacutes
da reduccedilatildeo na ingestatildeo de Vitaminas dentre elas vitamina C e B12 essenciais ao
bom funcionamento orgacircnico (MAGALHAtildeES 2011)
Para estimar as necessidades nutricionais dos idosos deve se levar em
consideraccedilatildeo diversos fatores como as alteraccedilotildees fisioloacutegicas condiccedilatildeo da sauacutede
em geral frequecircncia de exerciacutecio fiacutesico fatores psicoloacutegicos e fatores
socioeconocircmicos sendo assim uma adequada nutriccedilatildeo deve envolver todos estes
fatores de forma a alcanccedilar suas reais necessidades e deve se ainda dar atenccedilatildeo as
34
diferenccedilas das recomendaccedilotildees nutricionais para adultos e idosos Os idosos
apresentam uma necessidade energeacutetica menor que os adultos uma vez que ocorre
a reduccedilatildeo do metabolismo basal decorrente das alteraccedilotildees da composiccedilatildeo corporal
reduccedilatildeo da massa magra e aumento de tecido adiposo (TRAMONTINO et al 2009)
As recomendaccedilotildees nutricionais dos idosos natildeo satildeo totalmente estabelecidas devido
as constantes alteraccedilotildees fisioloacutegicas desta populaccedilatildeo por isso os valores de
recomendaccedilotildees usados satildeo os mesmos valores de referecircncias usados para os
adultos (HESEKER SCHNEIDER 1994 citado por ARANHA et al 2000)
Magalhatildees (2011) afirmou que mesmo que o sobrepeso seja prevalente em grande
parte da populaccedilatildeo idosa a principal preocupaccedilatildeo relacionada agrave nutriccedilatildeo desta
populaccedilatildeo eacute a desnutriccedilatildeo uma vez que vaacuterios fatores levam a reduccedilatildeo na ingestatildeo
alimentar destes indiviacuteduos
De acordo Barbosa (2012) os idosos tambeacutem incorporaram novos haacutebitos
alimentares assim como toda a populaccedilatildeo nos uacuteltimos anos com o aumento do
consumo de alimentos industrializados realizaccedilatildeo de refeiccedilotildees fora de casa Sendo
assim a educaccedilatildeo nutricional se mostra como uma grande ferramenta para a
promoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis podendo contribuir para prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas comumente a populaccedilatildeo idosa
Segundo Muller e Vietz (2009) a educaccedilatildeo nutricional eacute uma parte da nutriccedilatildeo
voltada ao aprendizado na adequaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo de haacutebitos alimentares em todas
as fases da vida desde a infacircncia ateacute a velhice
Diversos autores engajaram haacute anos discussotildees sobre a importacircncia da educaccedilatildeo
nutricional principalmente no campo de promoccedilatildeo da sauacutede Essa importacircncia foi
crescendo a ponto de ser encontradas nos principais documentos de poliacuteticas
puacuteblicas ligadas a alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo como o Programa Fome Zero (SANTOS
2012)
Considerando todas as alteraccedilotildees fisioloacutegicas e psicoloacutegicas provenientes do
envelhecimento que dificultam em muitas vezes o consumo alimentar o processo de
educaccedilatildeo nutricional deve estar presente na ida do idoso de modo que estes tenham
conhecimento dessas principais alteraccedilotildees e de alternativas para contornar os
efeitos dessas alteraccedilotildees e tornar o ato de se alimentar mais prazeroso (FRANCO
2012)
35
Segundo Montenegro e Silva para que a alimentaccedilatildeo atenda as necessidades de
gasto energeacutetico de indiviacuteduos idosos eacute necessaacuterio que haja adequaccedilatildeo da dieta
aleacutem disso a associaccedilatildeo de uma alimentaccedilatildeo adequada com a praacutetica de atividade
fiacutesica regular pode promover benefiacutecios a sauacutede do idoso contribuindo tambeacutem para
a melhora do funcionamento dos processos metaboacutelicos ligados ao exerciacutecio bem
como auxiliar na recuperaccedilatildeo de lesotildees contribuindo assim para o aumento de
massa muscular e condicionamento fiacutesico
Na tabela 1 esta demostrado as recomendaccedilotildees nutricionais mais usadas
atualmente para os idosos e que satildeo provenientes da Dietary Reference Intakes
(DRI) na qual trata-se de uma revisatildeo dos valores de recomendaccedilotildees nutricionais
adotada em diversos paiacuteses (PADOVANI et al 2006)
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos)
EAR RDA AMDR Homens Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 30 _ Mulheres Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 21 _ Fonte Padovani et al 2006 Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos
nutricionais
25 QUALIDADE DA DIETA
251 iacutendice de qualidade da dieta
Aranha e outros (2000) afirmaram que a idade e a nutriccedilatildeo satildeo dois fatores
diretamente relacionados com o aparecimento e a gravidade de patologias os
idosos por exemplo apresentam uma reduccedilatildeo do funcionamento do sistema imune
devido a idade que pode ser piorado com uma maacute nutriccedilatildeo
Eacute evidente a importacircncia de uma alimentaccedilatildeo adequada para os idosos diversos
estudos demonstram uma relaccedilatildeo direta entre a dieta e o surgimento de doenccedilas
crocircnicas em idosos como hipertensatildeo arterial e diabetes (BARBOSA 2012)
36
A avaliaccedilatildeo do consumo alimentar que subsidia uma intervenccedilatildeo nutricional
adequada especiacutefica eacute um instrumento de muita eficaacutecia poreacutem de difiacutecil aplicaccedilatildeo
Vaacuterios estudos veem tentando criar instrumentos capazes de responder aos
desafios impostos pela complexidade da dieta humana Os meacutetodos de investigaccedilatildeo
do consumo de alimentos a serem utilizados dependem do objetivo do estudo e se
as estimativas seratildeo individuais ou para grupos populacionais sendo que cada
meacutetodo apresenta vantagens e desvantagens (WENDPAP 2012)
Com o aumento da incidecircncia de patologias relacionadas principalmente com os
haacutebitos alimentares tecircm se dado mais atenccedilatildeo a avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
de indiviacuteduos e populaccedilotildees um meacutetodo que vem sendo proposto para analisar a
ingestatildeo alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta (IQD) que foi adaptado para a
populaccedilatildeo brasileira e revisado por Previdelli e outros (2011)
O Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) se baseia na avaliaccedilatildeo das
porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do Guia alimentar
para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes
da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de nutrientes e obesidade
Previdelli e outros (2011) afirma que o IQD-R pode ser de grande auxiacutelio para a
avaliaccedilatildeo do consumo alimentar de diversas faixas etaacuterias aleacutem de promover
subsiacutedios para o planejamento de accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede como
intervenccedilatildeo e educaccedilatildeo nutricional
O IQD-R avalia doze componentes sendo nove grupos alimentares dois satildeo
nutrientes e um grupo de calorias proveniente de gordura soacutelida aacutelcool e accediluacutecar de
adiccedilatildeo (Gord_AA) Os grupos alimentares satildeo ldquoFrutas Totaisrdquo(inclui frutas e sucos
de frutas naturais) ldquoFrutas integraisrdquo (exclui sucos de frutas) ldquoVegetais Totaisrdquo
ldquoVegetais Verdes Escuros e Alaranjados e Leguminosasrdquo (este uacuteltimo soacute eacute pontuado
apoacutes atingir-se a pontuaccedilatildeo maacutexima de carnes ovos e leguminosas)ldquoCereais
Totaisrdquo (inclui raiacutezes e tubeacuterculos) ldquoCereais Integraisrdquo ldquoLeite e Derivadosrdquo(inclui
inclusive bebidas agrave base de soja) ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo ldquoOacuteleosrdquo (inclui as
gorduras mono e poliinsaturadas oacuteleos das oleaginosas e gordura de peixe) Os
nutrientes incluem ldquoSoacutediordquo e ldquoGordura saturadardquo O valor do IQD-R pode variar entre
0 e 100 sendo que os escores mais altos indicam que a ingestatildeo alimentar estaacute
proacutexima das recomendaccedilotildees (MOTA et al 2008 WENDPAP 2012)
37
252 Alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento
Segundo o manual brasileiro referente agrave alimentaccedilatildeo saudaacutevel para a pessoa idosa
publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede em 2009 dez passos devem ser seguidos como
forma de orientaccedilatildeo para alcanccedilar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento o
que inclui
bull Realizaccedilatildeo de pelo menos trecircs refeiccedilotildees e dois lanches saudaacuteveis ao longo
do dia evitando ficar sem alimentar por muito tempo dando preferecircncia a
alimentos de faacutecil mastigaccedilatildeo como frutas amassadas ou picadas e carnes
desfiadas ou moiacutedas devido agraves dificuldades de mastigaccedilatildeo e degluticcedilatildeo
comumente encontradas em idosos decorrente da perda de dentes e da
diminuiccedilatildeo da saliva
bull Inclusatildeo de seis porccedilotildees diaacuterias de cerais e tubeacuterculos dando preferecircncias
aos alimentos integrais uma vez que os alimentos integrais possuem um alto
teor de fibras que contribuem tambeacutem para um adequado funcionamento do
intestino
bull Trecircs porccedilotildees de legumes e verduras nas grandes refeiccedilotildees diariamente
Estes alimentos satildeo fontes principais de vitaminas minerais e fibras
bull Trecircs porccedilotildees ou mais de frutas nas sobremesas e nos lanches diariamente
As frutas tambeacutem satildeo importantes fontes de fibras e vitaminas e devem
incrementar os lanches saudaacuteveis ao longo do dia
bull Consumo de arroz e feijatildeo em pelo menos cinco dias da semana A
combinaccedilatildeo desses alimentos resulta em uma ingestatildeo de proteiacutena completa
bull Trecircs porccedilotildees diaacuteria de leite e derivados e uma porccedilatildeo de carnes aves
peixes ou ovos dando preferecircncia a carnes magras O leite e seus derivados
satildeo importantes fontes de caacutelcio um mineral essencial na manutenccedilatildeo do
tecido oacutesseo As carnes satildeo fontes de ferro e de proteiacutena de alto valor
bioloacutegico
bull Reduccedilatildeo da quantidade de sal nas refeiccedilotildees devido a grande prevalecircncia de
hipertensatildeo arterial encontrada em toda a populaccedilatildeo brasileira e em especial
em idosos
38
bull Ingestatildeo de pelo menos dois litros de aacutegua no qual equivale
aproximadamente aacute seis ou oito copos meacutedio Uma ingestatildeo de aacutegua
adequada eacute essencial para um bom funcionamento orgacircnico
bull Reduccedilatildeo no consumo de refrigerantes sucos industrializados biscoitos
recheados e doces em geral Estes alimentos industrializados possuem
geralmente em sua composiccedilatildeo um grande teor de soacutedio que contribui para o
aumento da pressatildeo arterial aleacutem de possuiacuterem tambeacutem grande quantidade
de conservantes
bull Reduccedilatildeo no consumo de bebidas alcooacutelicas e realizaccedilatildeo de praacutetica de
atividade fiacutesica regular por pelo menos trinta minutos diariamente O consumo
de aacutelcool estaacute diretamente relacionado ao ganho de peso e a diversos
prejuiacutezos aacute sauacutede como problemas hepaacuteticos por exemplo A praacutetica de
atividade fiacutesica regular traz inuacutemeros benefiacutecios agrave sauacutede como controle do
peso e prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis
Outras orientaccedilotildees tambeacutem satildeo de suma importacircncia para que o idoso tenha
condiccedilotildees de se realizar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel diariamente
bull A mesa de refeiccedilatildeo deve ser posta de forma simples de forma a facilitar a
realizaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pelo idoso
bull Deve haver um contraste entre toalha da mesa e utensiacutelios afim de que se
facilite a visatildeo do indiviacuteduo e consequentemente facilite a sua alimentaccedilatildeo
bull Os utensiacutelios a serem utilizados pelos idosos devem ser simples de modo
que o seu manuseio seja faacutecil e natildeo apresente riscos elevados de quebra
253 Seguranccedila Alimentar
O termo seguranccedila alimentar estaacute relacionado ao acesso a uma alimentaccedilatildeo
adequada em niacutevel qualitativo e quantitativo de forma a atender as necessidades
individuais enquanto que o termo de inseguranccedila alimentar engloba vaacuterios fatores
deste a preocupaccedilatildeo em adquirir o alimento a perda da qualidade e diversidade dos
alimentos (FAZZIO 2012)
39
Diversos estudos vecircm apontando os crescentes casos de inseguranccedila alimentar que
vem atingindo os idosos que interferem em uma adequada nutriccedilatildeo e
consequentemente interferem na sauacutede desta populaccedilatildeo (LEON et al 2005)
A prevalecircncia de residecircncias de idosos que apresentam inseguranccedila alimentar eacute
cada vez mais encontrada em todo o mundo nos Estados Unidos essa prevalecircncia
varia 6 a 16 em Campinas a inseguranccedila alimentar chegou a atingir 52 das
residecircncias com idosos (LEON et al 2005)
Os indiviacuteduos idosos que apresentam inseguranccedila alimentar e nutricional dentro de
suas residecircncias tem maiores chances de possuir deficiecircncias nutricionais
decorrente da inadequada ingestatildeo de diversos nutrientes incluindo principalmente
caacutelcio vitamina A e proteiacutena quando comparados a idosos que vivem em seguranccedila
alimentar (ROSE OLIVEIRA 1991 citado por BARBOSA et al 2013)
26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO
Para traccedilar o diagnoacutestico do estado nutricional de idosos muitos indicadores que
satildeo utilizados para avaliaccedilatildeo da antropometria de outras faixas etaacuterias tambeacutem
fazem parte deste diagnoacutestico como o peso e a altura que permitem a avaliaccedilatildeo do
iacutendice de massa corporal (IMC) Circunferecircncia do braccedilo (CB) Circunferecircncia da
Cintura (CC) e prega cutacircnea tricipital entretanto essa populaccedilatildeo ainda conta com
um indicador especiacutefico para avaliaccedilatildeo principalmente de perda de massa magra e
consequentemente desnutriccedilatildeo que eacute a Circunferecircncia da Panturrilha (CERVI
FRANCESCHINI PRIORE 2006)
Quanto aos indicadores observa-se assim uma vasta opccedilatildeo de utilizaccedilatildeo entretanto
as maiores dificuldades na precisatildeo do diagnoacutestico do estado nutricional do idoso
ficam por conta dos pontos de cortes especiacuteficos que em muitas vezes natildeo satildeo
estabelecidos para esta populaccedilatildeo que sofrem diversas alteraccedilotildees orgacircnicas e
funcionais (CERVI FRANCESCHINI PRIORE 2006)
261 Iacutendice de Massa Corporal O objetivo do iacutendice de massa corporal eacute avaliar a massa corporal em comparaccedilatildeo agrave
altura de forma simples e raacutepida utilizando apenas o peso em quilogramas e a
altura em metro quadrado (PERISSINOTTO et al 2002)
40
Sendo assim o uso deste indicador eacute muito frequente na avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica
de diversas populaccedilotildees Entretanto diversos estudos afirma a necessidade de
associar o diagnoacutestico pelo IMC com outros indicadores uma vez que este natildeo
diferencia a massa corporal ou seja natildeo identifica a distribuiccedilatildeo de tecido adiposo e
tecido muscular (PERISSINOTTO et al 2002)
Quanto aos pontos de corte utilizados do IMC para idosos o Ministeacuterio da Sauacutede
atraveacutes do Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
sugere a utilizaccedilatildeo de uma faixa de normalidade entre o valores de 22kgmsup2 e
27kgmsup2 sendo classificados como baixo peso indiviacuteduos idosos que apresentem
IMC inferior a 22kgmsup2 e como sobrepeso indiviacuteduos que apresentem uma valor
acima de 27kgmsup2 natildeo havendo pontos de cortes que defina o niacutevel de desnutriccedilatildeo
e niacutevel de obesidade (SAMPAIO 2006)
Uma grande dificuldade encontrada na utilizaccedilatildeo do IMC para idosos eacute decorrente
da insensibilidade deste indicador quanto ao decreacutescimo de estatura aumento de
tecido adiposo e aumento da massa muscular e quantidade de aacutegua corporal que
satildeo alteraccedilotildees comumente encontradas no envelhecimento (SANTOS SICHIERI
2005)
262 Circunferecircncia do Braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo reflete a composiccedilatildeo corporal total incluindo tecido oacutesseo
massa muscular e tecido adiposo e possibilita a aplicaccedilatildeo de outros indicadores
como a circunferecircncia muscular do braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo (CB) em idosos tende a diminuir devido agrave perda de massa
magra tiacutepico da idade e tambeacutem pelo deslocamento da gordura para regiatildeo central
na avaliaccedilatildeo deste indicador relaciona-se o valor encontrado com o valor meacutedio para
a idade do indiviacuteduo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA GONZALES
2013)
263 Circunferecircncia da Cintura A medida circunferecircncia da cintura eacute um indicador essencial uma vez que atraveacutes
deste eacute possiacutevel verificar uma possiacutevel localizaccedilatildeo acumulada de tecido adiposo
41
nessa regiatildeo e uma circunferecircncia da cintura elevada revela possiacuteveis riscos
cardiovasculares e metaboacutelicos (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
Em relaccedilatildeo aos pontos de cortes natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica para a utilizaccedilatildeo
em idosos o que dificulta a precisatildeo do diagnoacutestico nutricional uma vez que o
aumento de gordura na regiatildeo abdominal eacute comum em idosos devido a
redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo que acontece em maiores proporccedilotildees pelo
deslocamento desse tecido dos membros para a regiatildeo central do tronco (PAIVA
NETO OLIVEIRA SANTOS 2007)
264 Prega Cutacircnea Tricipital
A afericcedilatildeo da prega cutacircnea tricipital e em geral todas as outras pregas cutacircneas
permitem identificar a quantidade de tecido adiposo subcutacircneo Trata-se de um
indicador sensiacutevel a desnutriccedilatildeo que permite avaliar os estoques de gordura
corporal Os pontos de cortes utilizados na avaliaccedilatildeo deste indicador vatildeo de acordo
com a medida obtida e a medida meacutedia (p50) de acordo com a idade do indiviacuteduo
(FIORE et al 2006)
Assim como na Circunferecircncia do braccedilo espera-se uma reduccedilatildeo do valor da prega
cutacircnea tricipital decorrente da redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo nesta populaccedilatildeo
estudada o que leva a reduccedilatildeo da precisatildeo deste indicador em relaccedilatildeo a
sensibilidade de desnutriccedilatildeo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
265 Circunferecircncia da Panturrilha A circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador utilizado geralmente para avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica de indiviacuteduos idosos por ser sensiacutevel a depleccedilatildeo muscular nesta
faixa etaacuteria e de faacutecil obtenccedilatildeo (SAMPAIO 2004)
Segundo Acunatilde e Cruz (2004) a circunferecircncia da panturrilha eacute o indicador mais
sensiacutevel agrave desnutriccedilatildeo em idosos sendo superior a outro indicador de suma
importacircncia que eacute a circunferecircncia do braccedilo
42
O valor circunferecircncia da panturrilha menor que 31 cm classifica-se como
desnutriccedilatildeo representando perda de massa muscular enquanto que achados acima
desse valor satildeo classificados como eutrofia (SPEROTTO 2010)
27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO
Caracteriza-se como atividade fiacutesica qualquer movimento do corpo que envolva a
contraccedilatildeo muscular e em qualquer ambiente seja em casa no trabalho ou ao ar
livre e alguns benefiacutecios podem aparecer mesmo com pouco tempo de praacutetica em
indiviacuteduos sedentaacuterios (ZAITUNE et al 2010)
A praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem eacute de fundamental importacircncia na prevenccedilatildeo de
diversas doenccedilas crocircnicas e em meio agrave transiccedilatildeo demograacutefica essa praacutetica se torna
ainda mais relevante Essa importacircncia pode ser verificada atraveacutes de um dos
objetivos do Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o enfrentamento das doenccedilas
crocircnicas natildeo transmissiacuteveis do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil no qual quer a busca
da promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes da praacutetica de exerciacutecio fiacutesico (MADEIRA et al 2013)
A falta de atividade fiacutesica principalmente em idosos pode complicar a perda de
massa magra que eacute comum em indiviacuteduos dessa faixa etaacuteria uma vez que
geralmente eacute decorrente das alteraccedilotildees hormonais principalmente pela reduccedilatildeo na
siacutentese de hormocircnios de crescimento de hormocircnios sexuais (MAGALHAtildeES 2011)
A atividade fiacutesica eacute reconhecida por inuacutemeros benefiacutecios aacute sauacutede de quem a pratica
e com os idosos natildeo eacute diferente eacute constatada uma melhora na qualidade de vida e
na sauacutede em geral o que consequentemente leva a reduccedilatildeo da probabilidade do
aparecimento de doenccedilas crocircnicas internaccedilotildees e morte (ZAITUNE et al 2010)
Fiatorone-Singh (1998) citado por Matsudo (2002) afirma que a praacutetica regular de
atividade fiacutesica possui grande influecircncia sobre as alteraccedilotildees na composiccedilatildeo corporal
comumente encontradas em idosos uma vez em que em diversos estudos foi
confirmada a hipoacutetese de que idosos ativos possuem um melhor estado nutricional
quando comparado a idosos sedentaacuterios em relaccedilatildeo a indicadores de peso iacutendice
de massa corporal gordura corporal e ainda relaccedilatildeo cintura-quadril
Os benefiacutecios da praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem estatildeo relacionados diretamente
com o aumento da capacidade funcional de idosos uma vez que a capacidade
43
funcional interfere na forccedila muscular que por sua vez eacute inteiramente dependente da
massa muscular Visto que a atividade fiacutesica contribui para fortalecimento da massa
muscular haacute consequentemente uma reduccedilatildeo na perda natural deste tecido
decorrente do envelhecimento (MATSUDO 2002)
A prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas atraveacutes da melhora do estado nutricional
relacionada ao aumento da capacidade funcional e outros benefiacutecios decorrentes da
praacutetica de atividade fiacutesica leva consequentemente a uma elevaccedilatildeo da qualidade de
vida do indiviacuteduo idoso que me muitas vezes se encontra comprometida
(MATSUDO 2002)
A falta da praacutetica de atividade fiacutesica vem sendo crescente em toda a populaccedilatildeo
mundial Masso e outros (2005) em seu estudo que identificava a prevalecircncia de
sedentarismo em mulheres relataram que somente 37 da sua populaccedilatildeo se
encontram ativas ou seja que tinham o haacutebito regular de praticar alguma atividade
fiacutesica
Ferreira e Gobi (2003) afirma que o excesso de peso natildeo estaacute relacionado somente
com um consumo alimentar inadequado uma vez que estudos recentes vecircm
comprovando que a obesidade adquirida ao longo de anos estaacute mais relacionada
com o sedentarismo do que uma ingestatildeo excessiva de alimentos
Os mecanismos que levam a atividade fiacutesica agrave prevenccedilatildeo e ao tratamento de
doenccedilas e agrave incapacidade funcional envolvem principalmente a reduccedilatildeo da
adiposidade corporal a queda da pressatildeo arterial a melhora do perfil lipiacutedico e da
sensibilidade agrave insulina o aumento do gasto energeacutetico da massa e da forccedila
muscular da capacidade cardiorrespiratoacuteria da flexibilidade e do equiliacutebrio
(FERREIRA GOBI 2003)
Segundo Toscano e Olivera (2007) os programas puacuteblicos criados para a promoccedilatildeo
de praacutetica de atividade fiacutesicas satildeo importantes para o aumento da qualidade de vida
seja atraveacutes dos benefiacutecios desta praacutetica e atraveacutes de um maior conviacutevio social que
afasta a solidatildeo
Matsudo (2002) relata que vaacuterios pesquisadores ressaltam a necessidade da
implantaccedilatildeo de programas voltados agrave praacutetica de atividade fiacutesica em todo mundo
uma vez que estes mesmo pesquisadores encontraram resultados bastante
satisfatoacuterios relacionados agrave praacutetica regular de atividade fiacutesica demostrando ainda
44
que esta praacutetica eacute essencial para diminuir as consequecircncias indesejaacuteveis na sauacutede
dos indiviacuteduos decorrentes do envelhecimento
Atualmente no mundo todo a prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e
outras intercorrecircncias na sauacutede provocadas pelo passar da idade natildeo poder estar
isolada da praacutetica de atividade fiacutesica (MATSUDO et al 2006)
Atraveacutes de vaacuterios resultados positivos evidenciados em diversos estudos que
abordaram a atividade fiacutesica e os benefiacutecios proporcionados a seus praticantes jaacute eacute
possiacutevel verificar o aumento de investimento de oacutergatildeo puacuteblicos e privados em
programas de incentivo e orientaccedilatildeo a praacutetica de atividade fiacutesica (FERREIRA GOBI
2003)
Hoje em dia diversas aacutereas dos oacutergatildeos puacuteblicos estatildeo investindo em programas de
incentivo a atividade fiacutesica principalmente para os idosos entretanto deve-se ter
cautela na execuccedilatildeo destes programas garantindo um espaccedilo fiacutesico adequado com
profissionais qualificados a fim de que se possa realmente alcanccedilar os objetivos
destes programas (BENEDETTI GONCcedilALVES 2007)
45
3 METODOLOGIA 31 DESENHO DE ESTUDO
Foi realizado um estudo descritivo transversal com uma abordagem qualitativa com
40 idosos cadastrados no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe muniacutecipio de
Serra participantes e natildeo participantes do programa municipal de orientaccedilatildeo ao
exerciacutecio fiacutesico realizado neste espaccedilo
O estudo ocorreu em dois encontros na primeira consulta ocorreu a identificaccedilatildeo do
paciente e a coleta de dados antropomeacutetricos Inicialmente foi realizado a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) e em
seguida foi realizada uma entrevista para o preenchimento do Prontuaacuterio contendo
os seguintes itens Identificaccedilatildeo do paciente e avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica (Apecircndice
B) e o paciente foi convidado ainda a realizar o registro alimentar de trecircs dias para
ser analisado na proacutexima consulta (Apecircndice C)
No segundo encontro que foi realizado uma semana apoacutes a primeira consulta foi
coletado o registro alimentar de trecircs dias e ainda foi aplicado o questionaacuterio
Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica do tipo IPAQ curto para classificaacute-los
quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica exercido pelos mesmos (Anexo A)
32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO
O Comitecirc de sauacutede do idoso trata-se de uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
registrada regularmente instituiacutedo por um grupo de idosos da regiatildeo mas conta com
o apoio da Prefeitura da Serra o proacuteprio espaccedilo fiacutesico eacute cedido pela prefeitura e
sendo assim o mesmo local recebe o Programa municipal de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico
Os idosos cadastrados no comitecirc contribuem com um valor singelo mensalmente
para que sejam criadas atividades recreativas para os mesmos como curso de
pintura bordado viagens e outros Atualmente existem cerca de cento e sessenta
idosos cadastrados no comitecirc e um grupo de oito idosos compotildeem a diretoria sendo
um presidente que planejam atividades e buscam apoio de entidades puacuteblicas e
privadas para realizaccedilatildeo de alguns serviccedilos e atividades
46
A principal atividade exercida pelos cadastrados eacute o PROEF que conta com um
educador fiacutesico que orienta os participantes do programa com ginaacutestica aeroacutebica
com duraccedilatildeo de uma hora por trecircs vezes na semana entretanto natildeo satildeo todos os
cadastrados no comitecirc de sauacutede do idoso que participam deste programa
33 ASPECTOS EacuteTICOS
Foi informado aos indiviacuteduos todos os procedimentos a serem realizados durante a
pesquisa antes de assinar o termo de consentimento livre e esclarecido conforme
as normas para realizaccedilatildeo de Pesquisa em seres humanos e atendendo aos
criteacuterios da Eacutetica da Pesquisa em Sauacutede segundo descrito na Resoluccedilatildeo 19696
(BRASIL 2002)
O Projeto de pesquisa do presente trabalho foi submetido ao Comitecirc de eacutetica e
Pesquisa da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo tendo sido aprovado
34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
As medidas antropomeacutetricas analisadas para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal
dos indiviacuteduos foram peso corporal altura percentual de gordura circunferecircncias
do braccedilo cintura panturrilha e prega cutacircnea tricipital
Para a coleta das medidas antropomeacutetricas foram utilizados os seguintes
instrumentos balanccedila de bioimpedacircncia da marca Tanitareg devidamente calibrada
com capacidade de 150 kg e precisatildeo de 100g adipocircmetro de marca Cescorf
devidamente calibrado com amplitude de 88 mm e precisatildeo de 01mm fita meacutetrica
natildeo elaacutestica da marca Sanny estadiocircmetro da marca Altura Exata e com precisatildeo
de 05cm
O indiviacuteduo foi pesado usando roupas leves sem sapatos e sem qualquer objeto de
metal com o auxiacutelio da balanccedila Tanitareg colocada numa superfiacutecie plana e riacutegida
pela qual se obteve aleacutem do peso os valores dos percentuais de gordura e de
aacutegua Ressalta-se a natildeo indicaccedilatildeo do uso da bioimpedacircncias em indiviacuteduos que
possuem em seu corpo algum material metaacutelico como marcapasso devido as
possiacuteveis falhas na passagem da corrente eleacutetrica (CONSELHO FEDERAL DE
MEDICINA 2009)
47
A altura foi determinada utilizando-se o estadiocircmetro sendo orientado ao paciente
permanecer descalccedilo em posiccedilatildeo ereta olhando para o horizonte com os
calcanhares unidos e apoiados agrave parte posterior do estadiocircmetro assim como a
parte posterior dos joelhos naacutedegas e escaacutepulas estando a cabeccedila posicionada
reta (BRASIL 2011c)
Na tabela 2 satildeo encontrado os resultados do IMC com base no peso e altura
aferidos do paciente usando a foacutermula IMC = Peso corporal (kg) Estatura (m)sup2
sendo este avaliado segunda a classificaccedilatildeo recomendado pelo Sistema de
Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos Classificaccedilatildeo IMC (kgmsup2) Risco de Comorbidades
Baixo Peso lt 22 Baixo Peso Normal 22 - 269 Meacutedio Sobrepeso ge270 - Fonte The Nutrition Screening Initiative (1994) citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e
Nutricional Orientaccedilotildees para coleta anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede
(2011)
Os valores de referecircncia utilizados para a classificaccedilatildeo do percentual de gordura
corporal de idosos segundo GALLAGHER et al (2000) encontram-se no tabela 3
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos
Classificaccedilatildeo Gordura Corporal ()
Homens Mulheres Baixo lt13 lt24
Adequado 13 ndash 249 24 - 359
Elevado 25 - 299 36 - 419
Muito Elevado ge 30 ge 42
Fonte GALLAGHER et al 2000 Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex
A circunferecircncia da cintura foi aferida com o paciente em peacute usando a fita meacutetrica
para circundar o indiviacuteduo no ponto meacutedio entre a crista iliacuteaca e a uacuteltima costela A
circunferecircncia da cintura (CC) foi utilizada com o objetivo de identificar o padratildeo de
distribuiccedilatildeo da massa adiposa pois eacute considerado o melhor indicador para a
48
avaliaccedilatildeo do risco de doenccedilas cardiovasculares e metaboacutelicas em estudos
epidemioloacutegicos (MARTINS et al 2009) Utilizaram-se os pontos de corte definidos
na Diretriz Brasileira de Obesidade (2010) e atualmente recomendados pelo
Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (tabela 4)
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres Risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas Homem Mulher
Aumentado ge 94 ge 80
Substancialmente aumentado ge 102 ge 88
Fonte WHO 2000 citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilotildees para coleta
anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede (2011)
A circunferecircncia do braccedilo foi mensurada com o individuo em peacute com o braccedilo
flexionado a 90 graus para determinaccedilatildeo do ponto meacutedio entre o acrocircmio e o
oleacutecramo e em seguida com o braccedilo estendido e relaxado ao longo do corpo
posicionando a fita no sentido horizontal para a obtenccedilatildeo da medida (COSTA 2012)
O resultado obtido foi comparado aos valores de referecircncia demonstrados na tabela
de percentis por Frisancho (1990) no anexo B A adequaccedilatildeo da CB foi determinada
atraveacutes da foacutermula Adequaccedilatildeo da CB ()= CB obtida (cm) CB percentil 50 x 100 e
o estado nutricional classificado de acordo com o tabela 5
Tabela 5 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a circunferecircncia do braccedilo
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por Sommacal 2011 A circunferecircncia da panturrilha eacute considerada um oacutetimo indicador antropomeacutetrico
para idosos uma vez que possibilita a identificaccedilatildeo de alteraccedilotildees da massa
muscular em idosos com um ponto de corte menor de 31 centiacutemetros como
indicador de desnutriccedilatildeo (ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE citado por
MOREIRA et al 2011)
49
A teacutecnica de mensuraccedilatildeo da prega cutacircnea tricipital foi preconizada por Lohman
(1991) citado por Sommacal e outros (2011) no qual indica que para a afericcedilatildeo da
prega cutacircnea tricipital deve ser realizado no mesmo ponto meacutedio utilizado para a
CB no qual deve-se separar levemente a prega do braccedilo natildeo-dominante
desprendendo-a do tecido muscular e aplicar o calibrador formando um acircngulo reto
O braccedilo deve estar relaxado e solto ao lado do corpo
O valor encontrado da prega cutacircnea tricipital foi comparado ao padratildeo de referecircncia
no anexo C e posteriormente foi calculado a adequaccedilatildeo da PCT atraveacutes da
equaccedilatildeo
Adequaccedilatildeo da PCT = PCT obtida PCT percentil 50 x 100 A adequaccedilatildeo da PCT foi
classificada segundo a tabela 6
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a 110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por lSommacal 2011 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR
No primeiro encontro os indiviacuteduos participantes receberam trecircs formulaacuterios para
realizaccedilatildeo do registro e orientaccedilotildees de como realizar o registro alimentar de trecircs
dias sendo que deveriam ser realizados em dias natildeo consecutivos contemplando
dois dias da semana e um dia do final de semana Cada participante deveria anotar
todos os alimentos e bebidas ingeridos ao longo do dia e suas respectivas
quantidades incluindo os alimentos consumidos fora de sua residecircncia (FISBERG
MARCHIONI COLUCCI 2009) Foi orientado ainda ao indiviacuteduo que solicitasse
auxilio aacute um familiar caso encontrasse dificuldades em preencher o relatoacuterio
Com a coleta do registro alimentar de trecircs dias foi possiacutevel realizar o caacutelculo de
energia em (kcal) macronutrientes e micronutrientes A anaacutelise foi realizada atraveacutes
de caacutelculos manuais com o auxiacutelio da tabela brasileira de composiccedilatildeo dos alimentos
(TACO)
50
A anaacutelise do consumo alimentar ocorreu com a utilizaccedilatildeo o iacutendice de qualidade da
dieta revisado que foi reformulado por Previdelli (2011) em conformidade com as
recomendaccedilotildees dieteacuteticas preconizadas pelo guia alimentar para a populaccedilatildeo
brasileira de 2006 para a classificaccedilatildeo da qualidade da dieta seratildeo utilizados os
pontos de corte proposto pelo mesmo autor que classifica uma dieta ldquoinadequadardquo
abaixo de 40 pontos entre 41 e 64 pontos dieta que ldquoprecisa de modificaccedilatildeordquo e
acima de 64 pontos classifica-se como ldquodieta saudaacutevelrdquo (Anexo D e E)
36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA
A atividade fiacutesica pode ser considerada uma grande estrateacutegia em sauacutede puacuteblica
visto que poderiacuteamos atingir uma grande economia com a reduccedilatildeo do sedentarismo
Hoje em dia encontra-se mais de dois milhotildees de mortes anualmente causadas pela
inatividade fiacutesica em todo o mundo O sedentarismo natildeo estaacute relacionado somente
com doenccedilas e morte mas tambeacutem com a geraccedilatildeo de altos custos a sociedade No
ano de 1995 pode ser constatado que os Estados Unidos gastaram vinte e quatro
bilhotildees de doacutelares somente com o sedentarismo Sendo assim podemos observar
que com o aumento da praacutetica de atividade fiacutesica da populaccedilatildeo pode-se contribuir
indiretamente para o desenvolvimento humano e o progresso econocircmico
(WASHBURN 1993 et al Citado por PARDINI et al 2001 p46)
Um dos grandes fatores para o aparecimento de doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis eacute o sedentarismo O haacutebito de praticar algum tipo de atividade fiacutesica
tem sido usado como um meacutetodo faacutecil e de baixo custo para prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas Recomendam-se a praacutetica de pelo menos trinta minutos de atividade
diariamente para que seus benefiacutecios sejam apresentados (MASSON et al 2005)
O IPAQ estima o niacutevel de praacutetica habitual de atividade fiacutesica e foi desenvolvido pelo
Grupo Internacional para Consenso em Medidas da Atividade Fiacutesica constituiccedilatildeo
sob a chancela da OMS para ser utilizado em vaacuterios paiacuteses dentre eles Brasil e
Japatildeo (GUEDES et al 2005 GUEDES 2007 CORA 2003 citado por MIZUNO
2007)
O niacutevel de atividade fiacutesica foi determinado atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica ndash IPAQ na forma curta proposto por MIZUNO
(2007) sendo utilizadas quatro questotildees para avaliar a atividade fiacutesica dentro de uma
51
semana normal Os entrevistados relataram as atividades que satildeo realizadas ao
longo da semana em casa no trabalho e nas horas de lazer e descanso a
frequecircncia semanal e o tempo diaacuterio de cada atividade As atividades foram
classificadas como
1) vigorosas (corrida ginaacutestica aeroacutebica futebol velocidade raacutepida na bicicleta
basquete serviccedilos domeacutesticos pesados em casa ou no quintal carregar objetos com
peso alto)
2) moderadas (velocidade leve na bicicleta nataccedilatildeo danccedila ginaacutestica aeroacutebica leve
vocirclei carregar objetos com peso leve serviccedilos domeacutesticos em casa ou no quintal
como varrer e realizar cuidados no jardim)
3) caminhada (no trabalho ou por lazer)
4) sem gasto caloacuterico (sentado assistindo TV ou lendo)
Segundo o autor a partir dessas informaccedilotildees eacute possiacutevel estimar o gasto energeacutetico
em METs Um MET representa o consumo de oxigecircnio em repouso ou taxa
metaboacutelica de repouso Uma atividade que requer o dobro de energia do repouso
requer 2 METrsquos e assim sucessivamente Para o caacutelculo do gasto em METs o IPAQ
usa as seguintes foacutermulas
a) caminhada MET-minutosemanal = 33 X tempo diaacuterio de caminhada X frequumlecircncia
semanal
b) moderado MET- minutosemanal = 40 X tempo diaacuterio de atividade moderada X
frequecircncia semanal
c) vigoroso MET- minutosemanal = 80 X tempo diaacuterio de atividade vigorosa X
frequecircncia semanal d) total da atividade fiacutesica MET- minutosemanal = soma da
Caminhado + Moderado + Vigoroso MET - minutossemanal
Com essas informaccedilotildees classifica-se o indiviacuteduo em uma das seguintes categorias
a) baixo nenhuma atividade ou atividades que natildeo se enquadram nas categorias 2 e
3
b) moderado deve ser encaixar em pelos menos um dos criteacuterios de atividade
vigorosa por pelos menos trecircs dias por semana e em um periacuteodo miacutenimo de 20
minutos ou cinco ou mais dias de atividade moderada eou caminhada por pelo
52
menos 30 minutos por dia ou ainda qualquer combinaccedilatildeo de atividade moderada ou
vigorosa ou caminhada com gasto miacutenimo de 600 met-minsemana por cinco ou
mais dias na semana
c) alto Um dos dois criteacuterios atividade vigorosa em no miacutenimo 3 dias da semana
com gasto miacutenimo de 1500 MET-minutosemana ou 7 ou mais dias de combinaccedilatildeo
de caminhada atividade moderada e vigorosa com gasto miacutenimo de 3000 met-
minutosemana (IPAQ)
37 ANAacuteLISE DOS DADOS
Foi realizada uma anaacutelise descritiva das variaacuteveis quantitativas sendo os dados
apresentados em meacutedia desvio-padratildeo miacutenimo maacuteximo e mediana Os dados
qualitativos seratildeo apresentados atraveacutes de frequecircncia absoluta e relativa As
anaacutelises foram realizadas com auxilio do software SPSS V 20 2013
Para comparar os idosos praticantes de atividade fiacutesica baixo e praticantes de
atividade fiacutesica moderado foi aplicado o teste t de student nesta anaacutelise foi
considerado o niacutevel de significacircncia plt005
53
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS
Foram avaliados 40 indiviacuteduos sendo que natildeo houve perdas da amostra e nem
desistecircncia por parte dos participantes Na tabela 7 estatildeo apresentadas as
caracteriacutesticas gerais da amostra estudada na qual aponta que 40 (100)
indiviacuteduos pesquisados eram do sexo feminino Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade
fiacutesica 27 idosos (68) foram classificados com niacutevel moderado (MOD) seguido de
13 (32) indiviacuteduos da amostra com niacutevel baixo (BAIX)
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra VARIAacuteVEIS N
Sexo Masculino 0 0 Feminino 40 100 Niacutevel de Atividade Fiacutesica Baixo 13 32 Moderado 27 68 Alto 0 0 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica VARIAacuteVEIS GRUPO BAIX GRUPO MOD GERAL P-VALOR
IMC (kgmsup2) 3130 plusmn 851 2905 (2115-5664)
2553 plusmn 386 2488 (1973-3451)
274 plusmn 630 2688 (1973-5664) 0005
GC () 3726 plusmn 685 384 (246-462)
3298 plusmn 686 318 (222-543)
3405 plusmn 699 338(222-542) 0113
CC (cm) 9716 plusmn 1873 97 (575-1395)
8568 plusmn 1038 84 (685-107)
8941 plusmn 1447 8925 (575-1395) 0017
CP (cm) 373 plusmn 401 38 (29-46)
3464 plusmn 369 345 (295-46)
3551 plusmn 3 35 (29-46) 0006
CB 11267 plusmn 2204 10819 (754-168)
9534 plusmn 1328 9506 (6885-12218)
10097 plusmn 1829 10063 (6885-168) 0045
de PCT 10361 plusmn 3148 98 (74-172)
7963 plusmn 2684 74 (38-152)
8657 plusmn 2993 79 (38-172) 0006
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
54
O IMC meacutedio do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi equivalente a
3130kgmsup2 que equivale a classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o valor meacutedio
encontrado no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado foi de 2553kgmsup2
caracterizando eutrofia O percentual de gordura corporal obteve meacutedia de 3726
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que equivale a uma classificaccedilatildeo de
elevaccedilatildeo e 3298 no qual equivale a adequaccedilatildeo no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado A circunferecircncia da cintura apresentou valores meacutedio de 9716 cm
equivalendo ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e
8568 cm caracterizando risco aumentado para os grupos com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e com niacutevel de atividade fiacutesica moderado respectivamente O valor do
percentual de adequaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo apresentou media de 11267
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que caracteriza sobrepeso e 9534 no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado que caracteriza eutrofia (tabela 8)
Um importante instrumento para a avaliaccedilatildeo de composiccedilatildeo corporal eacute o IMC sendo
que para idosos o valor acima de 27kgmsup2 claacutessica o indiviacuteduo com sobrepeso
abaixo de 22kgmsup2 como baixo peso e a eutrofia se encaixa entre os valores de
22kgmsup2 a 27kgmsup2 sendo assim a avaliaccedilatildeo quantitativa do perfil antropomeacutetrico da
amostra destaca que segundo o IMC no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo
769 (n=1) dos indiviacuteduos estatildeo com baixo peso tambeacutem 769 (n=1) se
encontram eutroacuteficos e 8461 (n=11) estatildeo com sobrepeso jaacute no grupo com
atividade fiacutesica moderado 1852 (n=5) dos indiviacuteduos apresentam baixo peso
4814 (n=13) satildeo eutroacuteficos e 3333 (n=9) estatildeo com sobrepeso Sendo assim o
grupo de com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma maior ocorrecircncia
de indiviacuteduos eutroacuteficos (figura 1)
Observa-se ainda a existecircncia da diferenccedila significante entre o iacutendice de massa
corporal dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o iacutendice de massa corporal
dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado uma vez que o p-valor
encontrado foi menor que 005 (0005) Sendo assim conclui-se que haacute correlaccedilatildeo
positiva entre a praacutetica de atividade fiacutesica e o iacutendice de massa corporal uma vez que
os indiviacuteduos praticantes de atividade fiacutesica baixo obtiveram um valor meacutedio maior
de iacutendice de massa corporal quando comparado ao grupo de idosos que possuem
niacutevel de atividade fiacutesica moderado
55
Figura 1 - Perfil nutricional segundo IMC de acordo com niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode-se observar que no grupo de idosos que possuem um niacutevel menor de atividade
fiacutesica 6153 (n=8) dos indiviacuteduos apresentaram risco substancialmente elevado de
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura mensurada
2307 (n=3) indiviacuteduos apresentaram risco aumentado e 1538 (n=2) natildeo
apresentaram riscos
Enquanto que no grupo de quem praacutetica atividade fiacutesica moderadamente 3333
(n=9) natildeo apresentaram riscos 2962 (n=8) apresentaram risco aumentado e
3703 (n=10) apresentaram risco substancialmente elevado de complicaccedilotildees
metaboacutelicas (figura 2)
Houve correlaccedilatildeo significante entre as medidas de circunferecircncia da cintura dos
grupos estudados encontrando o p-valor menor que 005 (0017) Dessa forma
conclui-se que haacute correlaccedilatildeo entre a praacutetica de atividade fiacutesica e a medida da
circunferecircncia da cintura uma vez que o valor meacutedio desse indicador foi menor no
grupo de indiviacuteduos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao valor meacutedio encontrado no grupo de indiviacuteduos que possuem o niacutevel
de atividade fiacutesica baixo
769 769
8461
1852
4814
3333
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
56
Figura 2 - Classificaccedilatildeo de risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Com relaccedilatildeo ao percentual de gordura corporal apenas 9 indiviacuteduos do grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foram avaliados devido a impossibilidade de se usar a
bioimpedacircncia decorrente da presenccedila de placas metaacutelicas no corpo dos indiviacuteduos
Sendo assim podemos observa na figura 3 que apenas 1111 (n=1) dos indiviacuteduos
avaliados do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam valores
adequados de percentual de gordura 5555 (n=5) apresentam valores elevados
3333 (n= 3) apresentam valores muito elevados e nenhum indiviacuteduo apresentou
baixo valor
No grupo dos indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica moderado 5185
(n= 14) dos indiviacuteduos possuem um percentual adequado 74 (n= 2) apresentam
baixo valor 3703 (n= 10) apresentam valor elevado 37 (n= 1) apresentam um
valor muito elevado e nenhum indiviacuteduo apresentou baixo valor
Observa-se que o percentual de gordura dos idosos estudados natildeo apresentou
correlaccedilatildeo com a praacutetica de atividade fiacutesica uma vez que o p-valor deste indicador
foi maior que 005 (0113) ou seja natildeo houve diferenccedila significante entre os valores
meacutedios de percentual de gordura entre os grupos
1538
2307
6153
3333 2962
3703 NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
57
Figura 3 ndashClassificaccedilatildeo gordura corporal de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha pode constatar que apenas 10 (n=4)
de toda a populaccedilatildeo apresentou o quadro de desnutriccedilatildeo com um valor de CP
menor que 31 cm sendo que apenas 769 (n=1) do grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica baixo se enquadraram neste paracircmetro e 1111 (n=7) do grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Na correlaccedilatildeo dos valores meacutedios de circunferecircncia da panturrilha entre os grupos
de idosos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o grupo de idosos que
apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado observa-se uma diferenccedila
estatisticamente comprovada uma vez que o p-valor encontrado foi menor que
0005 (0045) sendo assim o valor meacutedio encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado foi menor quando comparado ao niacutevel de atividade fiacutesica
baixo
Observa-se que na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica baixo apresentou um valor meacutedio de percentual de adequaccedilatildeo de
11267 que equivale a sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou um valor meacutedio de 9534 que equivale a eutrofia
A anaacutelise da prega cutacircnea tricipital revelou que o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresenta uma classificaccedilatildeo meacutedia de eutrofia com o valor meacutedio de
percentual de adequaccedilatildeo de 10361 e o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
0
1111
5555
3333
74
5185
3703
37
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
58
moderado apresentou desnutriccedilatildeo moderada com o valor meacutedio de percentual de
adequaccedilatildeo de 7963
Observa-se que tanto a medida da circunferecircncia do braccedilo quanto a medida da
prega cutacircnea tricipital apresentaram diferenccedilas significantes entre os grupos
estudados uma vez que ambos apresentaram p-valor menor que 005 ou seja
conclui-se que os indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam
valores maiores destes indicadores quando comparados ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Eacute pertinente ao estudo comprovar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa corporal
e circunferecircncia da cintura coletadas no grupo de idosos com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado Para fazer a anaacutelise da natildeo correlaccedilatildeo entre os iacutendices de iacutendice
de massa corporal e circunferecircncia da cintura eacute necessaacuterio interpretar os dados
amostrais avaliando esses dois dados e confrontando-os em cada grupo amostral
Na tabela 9 e 10 estatildeo correlacionados os dados de iacutendice de massa corporal e
circunferecircncia da cintura do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e do grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS SEM RISCO RISCO
AUMENTADO RISCO SUBSTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 1 1 0 0
Eutrofia 1 1 0 0
Sobrepeso 11 0 3 8 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
SEM RISCO
RISCO AUMENTADO
RISCO SUSBTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 5 4 1 0 Eutrofia 13 5 5 3 Sobrepeso 9 0 2 7 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Observa-se de acordo com a tabela 9 somente os indiviacuteduos classificados como
sobrepeso no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentaram risco
59
aumentado ou substancialmente elevado para complicaccedilotildees metaboacutelicas associados
a circunferecircncia da cintura entretanto na tabela 10 pode-se observar que no grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado tanto alguns indiviacuteduos classificados com
eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com sobrepeso apresentaram risco
aumentado e substancialmente aumentado pode-se constatar ainda que um
indiviacuteduo classificado como baixo peso tambeacutem apresentou um risco aumentado
para complicaccedilotildees metaboacutelicas associado a circunferecircncia da cintura
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo CLASSIFICACcedilAtildeO
DO IMC Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 1 0 1 0 0
Eutrofia 1 0 0 1 0
Sobrepeso 11 0 0 4 3
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 5 2 3 0 0 Eutrofia 13 0 10 3 0 Sobrepeso 9 0 1 7 1 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 11 e 12 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o percentual de gordura corporal tanto no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado alguns indiviacuteduos
mesmo sendo classificados com eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com
sobrepeso apresentaram um percentual elevado de gordura corporal
Aplicando o iacutendice de qualidade da dieta pode se observar que a maioria da
populaccedilatildeo estudada encontra-se com uma ldquodieta saudaacutevelrdquo sendo representada por
7692 (n=10) no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e por 85 18 (n=23) no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou 2307 (n=3) dos indiviacuteduos com ldquodieta que precisa de
60
modificaccedilatildeordquo enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou 1481 (n=4) nenhum indiviacuteduo dos dois grupos apresentou ldquodieta
inadequadardquo (figura 4)
Em geral a populaccedilatildeo de idosos estudada apresentou uma meacutedia do IQD-R de
7592 com variaccedilatildeo de 5672 a 9074 pontos O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou uma meacutedia 7393 enquanto que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma valor meacutedia de 7688
Figura 4 - Iacutendice de qualidade da dieta de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 13 e 14 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o iacutendice de qualidade da dieta revisado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado a classificaccedilatildeo
de ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo apareceu em todas as classificaccedilotildees do iacutendice
de massa corporal ou seja indiviacuteduos com baixo peso eutroacuteficos e com sobrepeso
apresentaram ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo Em contrapartida diversos
indiviacuteduos com sobrepeso e tambeacutem com baixo peso apresentaram ldquodieta saudaacutevelrdquo
Sendo assim conclui-se que o iacutendice de massa corporal natildeo apresentou correlaccedilatildeo
com o iacutendice de qualidade da dieta ingerida pelos idosos
0
2307
7692
0
1481
8518
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
61
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO DIETA
SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 1 0 0 1 Eutrofia 1 0 1 0 Sobrepeso 11 0 2 9 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO
DIETA SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 5 0 1 4 Eutrofia 13 0 2 11 Sobrepeso 9 0 1 8
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
62
42 DISCUSSAtildeO
Da populaccedilatildeo estudada todo o grupo era composto por mulheres essa situaccedilatildeo de
um nuacutemero maior de idosos do sexo feminino do que do sexo masculino encontrada
em vaacuterios outros estudos com a populaccedilatildeo idosa Galesi e outros (2008) que
avaliaram o perfil alimentar e nutricional de 60 idosos do sexo feminino e apenas 25
do sexo masculino em uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia e tambeacutem por Abreu e
outros (2008) que avaliaram a inadequaccedilatildeo no consumo alimentar de idosos no
qual 69 da amostra estudada era composta pelo sexo feminino Salgado citado por
Galesi e outros (2008) afirma que essas situaccedilotildees refletem a feminizaccedilatildeo da
populaccedilatildeo idosa ou seja realmente existe uma proporccedilatildeo relativamente maior de
idosos do sexo feminino do que do sexo masculino esse fenocircmeno eacute decorrente de
diversos fatores entre eles eacute a elevada expectativa de vida para mulheres que em
meacutedia vivem sete anos a mais do que os homens outro fato eacute a mulher geralmente
se casar com homens mais velhos que consequentemente morrem primeiro que
esta aumentando assim a sobrevivecircncia da esposa em relaccedilatildeo ao seu marido
Em paralelo Vera citado por Machado e outros (2006) afirma que a mulher possui
atitudes diferentes a dos homens frente a preocupaccedilatildeo com a sauacutede tendo uma
maior procura pelos serviccedilos ou qualquer atividade puacuteblica relacionada a sauacutede
encontrando assim em seu estudo 743 da amostra composta por mulheres
idosas
De acordo com o IPAQ 325 dos indiviacuteduos possuiacuteam niacutevel de atividade fiacutesica
baixo e 675 possuiacuteam niacutevel moderado de atividade fiacutesica Uma vez que a pratica
de atividade fiacutesica moderada ou vigorosa classifica o indiviacuteduo como ativo isso
implica dizer que 675 dos idosos analisados satildeo ativos
A praacutetica de atividade fiacutesica eacute essencial para todas as faixas etaacuterias mas no caso de
idosos esta praacutetica pode beneficiar ainda a sauacutede dos mesmos uma vez que a
atividade fiacutesica contribui para diminuiccedilatildeo de dores nas articulaccedilotildees diminuiccedilatildeo de
gordura corporal e maior captaccedilatildeo de glicose sanguiacutenea entre outros benefiacutecios
(FRANCHI JUacuteNIOR MONTENEGRO) Mota e outros (2006) afirma que a pratica de
atividade fiacutesica regular por idosos pode tambeacutem contribuir na prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas como hipertensatildeo arterial doenccedilas cardiovasculares diabetes e siacutendrome
63
metaboacutelica impactando assim no aumento de qualidade de vida e reduccedilatildeo de
mortalidade nesta populaccedilatildeo
Aleacutem de diversos benefiacutecios aacute sauacutede do idoso como prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas a praacutetica regular de atividade fiacutesica ainda pode contribuir para o
retardamento da reduccedilatildeo da capacidade funcional do organismo decorrente do
envelhecimento contribuindo assim diretamente para o aumento da qualidade de
vida desta populaccedilatildeo (REIS SOUZA 2012)
Hurley e Hagber (1998) citado por Matsudo e Paiva Neto (2000) relatam que a
praacutetica de qualquer atividade fiacutesica por si soacute seja exerciacutecio aeroacutebico ou anaeroacutebico
levam a reduccedilatildeo de gordura corporal em idosos mesmo sem restriccedilatildeo caloacuterica
Shepard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) relatam que as
alteraccedilotildees ocorridas na composiccedilatildeo corporal com a praacutetica regular de atividade
fiacutesica podem ser decorrentes das alteraccedilotildees na taxa metaboacutelica em repouso No
estudo de Bergman (1991) citado por Ferreira (2007) foi constatado que a praacutetica
regular de atividade fiacutesica em curto espaccedilo contribui para uma melhora na
composiccedilatildeo corporal 27 idosas foram submetidas a realizar caminhadas em esteira
quatro vezes por semana e apoacutes 10 semanas obtiveram reduccedilatildeo na gordura
corporal e aumento de massa magra
Pode-se observar que os idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica moderada
apresentaram melhores resultados de composiccedilatildeo corporal quando comparado aos
idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica baixo o IMC meacutedio encontrado foi de
2553kgmsup2 e 3130kgmsup2 apresentando eutrofia e sobrepeso respectivamente
Mazo e outros (2006) tambeacutem constatou que 956 da sua populaccedilatildeo de idosas que
apresentavam excesso de peso possuiacuteam um baixo iacutendice de aptidatildeo funcional geral
decorrente da praacutetica irregular de atividade fiacutesica enquanto que 429 das idosas
que apresentavam IMC adequado estavam com o iacutendice de aptidatildeo funcional geral
bom Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) tambeacutem verificaram em seu estudo que
comparava a composiccedilatildeo corporal de idosos esportista e idosos irregularmente
ativos que o grupo de idosos esportistas possuiacutea um IMC de eutrofia enquanto que
o grupo de idosos irregularmente ativos possuiacuteam um IMC de sobrepeso
O baixo peso encontrado em 15 em toda a populaccedilatildeo estudada eacute tatildeo preocupante
como o sobrepeso tambeacutem encontrado Na atualidade estima-se que a prevalecircncia
de baixo peso fique em torno de 1 a 15 em idosos que vivem em residecircncias e
64
esse valor ainda tem aumento quando trata-se de idosos residentes em instituiccedilotildees
de longa permanecircncia (25 a 60) e um aumento ainda maior quando diz respeito a
idosos hospitalizados (35 a 65) A desnutriccedilatildeo em idosos pode favorecer a
incidecircncia de doenccedilas que consequentemente iratildeo interferir no estado nutricional do
indiviacuteduo Essa populaccedilatildeo eacute dita como um grupo de risco para o baixo peso devido a
vaacuterias alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento como reduccedilatildeo do
paladar dificuldades de mastigaccedilatildeo aleacutem do elevado uso de medicamentos que
consequentemente interfere no apetite na digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes
(SOUSA GUARIENTO 2009) Outros diversos estudos tambeacutem encontraram a
prevalecircncia de baixo peso em idosos Fiore e outros (2006) que avaliaram o perfil
nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede tambeacutem encontraram
na sua populaccedilatildeo 151 dos indiviacuteduos apresentando baixo peso de forma
semelhante Galesi e outros (2008) encontraram uma proporccedilatildeo de 18 de idosos
com baixo peso em seu estudo que avaliava o perfil alimentar e nutricional de idosos
institucionalizados
Quanto ao risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas associada agrave circunferecircncia da cintura
o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou uma meacutedia de 9716 cm o
que representa um risco substancialmente elevado e o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia de 8568 cm que classifica um risco
aumentado Aleacutem disso pode-se contatar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa
corporal e o risco de complicaccedilatildeo metaboacutelica de acordo com a circunferecircncia da
cintura de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado no qual foi encontrado que
mesmo indiviacuteduos que natildeo estavam com sobrepeso apresentaram um risco
aumentado ou substancialmente aumentado para complicaccedilotildees metaboacutelicas
Os elevados valores encontrados de circunferecircncia da cintura podem ser explicados
devido agraves alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento que contribuem
para o aumento de peso e tambeacutem para a redistribuiccedilatildeo da gordura corporal
(FERREIRA 2003) Bouchard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007)
afirmaram que a gordura corporal em idosos eacute encontrada em maiores quantidades
na regiatildeo do abdocircmen Outros autores ainda afirmam que o aumento da
circunferecircncia da cintura se deve a substituiccedilatildeo da gordura subcutacircnea pela gordura
visceral na regiatildeo abdominal aleacutem da existecircncia de uma redistribuiccedilatildeo da gordura
corporal que deixa de se depositar nos membros ocorrendo assim um acuacutemulo na
65
regiatildeo central do corpo Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do perfil
nutricional de idosos verificaram um alto iacutendice de prevalecircncia de risco para
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura 808 da
populaccedilatildeo estudada e especialmente em idosos do sexo feminino
Na avaliaccedilatildeo da gordura corporal tambeacutem pode ser notado a natildeo correlaccedilatildeo entre
iacutendice de massa corporal e percentual de gordura corporal no qual pode ser
encontrado um percentual de gordura elevado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e niacutevel de atividade fiacutesica moderado em indiviacuteduos que natildeo se
classificam como sobrepeso este iacutendice tambeacutem vem comprovar as alteraccedilatildeo
corporais no idoso Entretanto quando haacute a comparaccedilatildeo entre os valores meacutedios de
gordura corporal dos dois grupos observa-se que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica possui um menor percentual Matsudo (2002) afirma que idosos considerados
ativos apresentam um menor peso corporal e tambeacutem um menor percentual de
gordura corporal
A avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador muito utilizado na
avaliaccedilatildeo do estado nutricional do idoso por ser sensiacutevel a perda de massa magra e
consequentemente a desnutriccedilatildeo Observa-se que na populaccedilatildeo geral estudada a
meacutedia da CP foi de 3551 cm que equivale a eutrofia um resultado parecido foi
encontrado tambeacutem por Rauen e outros (2008) em uma pesquisa que avaliaram o
estado nutricional de idosos encontrando um valor meacutedio de CP de 328 cm
tambeacutem os classificando com eutrofia Machado e outros (2006) tambeacutem natildeo
encontrou comprometimento da massa magra atraveacutes da circunferecircncia da
panturrilha sendo que o valor meacutedio encontrado no seu estudo que avaliava o perfil
nutricional e funcional de idosos foi de 367 cm para idosos do sexo masculino e
348 cm para idosos do sexo feminino
A circunferecircncia do braccedilo eacute utilizada para mensurar tecido muscular gorduroso e
tambeacutem tecido oacutesseo (TARTARI BUSNELLO NUNES 2010) Na avaliaccedilatildeo deste
indicador observa-se que em meacutedia o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo
apresentou uma classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado apresentou um estado meacutedio de eutrofia Machado e
outros (2006) verificou tambeacutem nenhum comprometimento do tecido adiposo atraveacutes
dos valores encontrados de CB estando 100 da sua populaccedilatildeo de idosos
estudada dentro do limite de normalidade natildeo correspondendo assim tambeacutem o
66
que Menezes e Marucci (2013) relataram sobre a circunferecircncia do braccedilo em idosos
que tende a diminuir devido agrave perda de massa magra tiacutepico da idade devido ocorrer
o deslocamento da gordura dos membros para regiatildeo central
Com relaccedilatildeo a prega cutacircnea tricipital observa-se um valor meacutedio que representa
de eutrofia no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo e classificaccedilatildeo meacutedia de
desnutriccedilatildeo moderada no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica moderado A mesma
situaccedilatildeo foi encontrada por Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do
perfil nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede no qual 548
da populaccedilatildeo apresentou um valor reduzido deste indicador que expressa a
quantidade e a localizaccedilatildeo do tecido adiposo subcutacircneo O mesmo autor afirma
ainda que este fato eacute esperado em indiviacuteduos idosos uma vez que existem
evidecircncias que comprovam que com o avanccedilar da idade haacute uma redistribuiccedilatildeo do
tecido gorduroso antes localizado nos membros para a regiatildeo abdominal
Quando avaliamos o estado nutricional dos indiviacuteduos atraveacutes do iacutendice de massa
corporal relacionado ao iacutendice de qualidade da dieta pode-se constatar que o IMC
natildeo teve relaccedilatildeo direta com o IQD-R uma vez que a classificaccedilatildeo de ldquodieta que
precisa de modificaccedilatildeordquo atingiu todas as classificaccedilotildees do IMC assim como a ldquodieta
saudaacutevelrdquo tambeacutem alcanccedilou todas as classificaccedilotildees Dessa forma podemos afirmar
que natildeo eacute apenas o consumo alimentar que resulta no estado nutricional
Campos Monteiro e Ornelas (2000) confirmam que o estado nutricional dos idosos eacute
um quadro resultante das diversas condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem
aleacutem de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade Montilla Marucci e
Aldrighi (2006) encontraram e seu estudo que avaliava o estado nutricional e o
consumo alimentar de mulheres no climateacuterio que o iacutendice de massa corporal natildeo
estava acompanhando a mesma tendecircncia do valor energeacutetico consumido ou seja
o IMC estava acima da classificaccedilatildeo de eutrofia entretanto o valor energeacutetico da
dieta ingerida estava adequado estes mesmo autores afirmaram que este fato pode
ter acontecido por pelo menos dois fatores o IMC avalia o estado nutricional atual
do indiviacuteduo mas que foi adquirindo ao logo de um tempo enquanto que o
recordatoacuterio 24 horas instrumento que geralmente eacute usado para avaliar o consumo
alimentar de indiviacuteduos ou populaccedilatildeo avalia somente o dia anterior ou o fato pode
ter acontecido devido a reduccedilatildeo do metabolismo que acompanha o passar da idade
67
podendo assim levar ao desequiliacutebrio energeacutetico mesmo que o consumo esteja
dentro das recomendaccedilotildees
A maior meacutedia de pontuaccedilatildeo do IQD-R foi encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado sendo assim as maiores pontuaccedilotildees do IQD-R foram
diretamente associada com a praacutetica de atividade fiacutesica assim como encontrado por
Wendpap (2012) em seu estudo que avaliou a qualidade da dieta de adolescentes
no qual foram encontrados maiores pontuaccedilotildees do IQD-R em adolescentes que
gastavam menos tempo com atividades ditas como sedentaacuterias como assistir
televisatildeo ou jogar viacutedeo game
Na avaliaccedilatildeo das pontuaccedilotildees do IQD-R por componente pode-se observar que tanto
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado como no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo houve baixa pontuaccedilatildeo para os grupos ldquofrutas totaisrdquo (263 e
241) ldquofruta integraisrdquo (281 e 248) ldquovegetais verdes escuros e alaranjados e
leguminosasrdquo (181 e 033) e ldquoLeite e derivadosrdquo (335 e 295) no grupo de ldquoVegetais
Totaisrdquo a populaccedilatildeo do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou um
consumo intermediaacuterio (323) enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
moderado apresentou um consumo baixo (217) No grupo ldquoCereais Totaisrdquo
observou-se uma elevada pontuaccedilatildeo pela populaccedilatildeo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo (861) e uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria (533) para a populaccedilatildeo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado assim como no grupo de ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo
com pontuaccedilatildeo de 947 e 529 respectivamente e no ldquogrupo de oacuteleosrdquo (811 e 491)
e ldquogordura saturadardquo (953 e 697) no componente ldquosoacutediordquo os dois grupos
populacionais tiveram pontuaccedilatildeo intermediaacuteria com 653 para o grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo e 548 para o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado e
no componente ldquoGord AArdquo houve elevada pontuaccedilatildeo (1792) e (1189) nos dois
grupos Sendo assim pode-se constatar que o componente do IQD-R que mais
contribuiu para elevaccedilatildeo da pontuaccedilatildeo foi o ldquoGord AArdquo
O baixo consumo de frutas verduras e leitesderivados por idosos tambeacutem foi
encontrado Martins e outros (2010) em 765 da populaccedilatildeo estudada no qual
associou este achado com os niacuteveis elevados de pressatildeo arterial outros estudos
tambeacutem confirmam um baixo consumo fibras e consequentemente de frutas e
verduras por idosos Galesi e outros (2008) verificou que apenas 26 da populaccedilatildeo
estudada realizam a ingestatildeo adequada de fibras diaacuteria que eacute em torno de 30gdia
68
A ingestatildeo de fibras eacute de grande importacircncia para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel em
todas as fases da vida mas na velhice o consumo de fibras se torna ainda mais
relevantes devido a grande prevalecircncia de constipaccedilatildeo intestinal nesta populaccedilatildeo
uma vez que as fibras auxiliam na formaccedilatildeo do bolo fecal e juntamente com outros
fatores realizam os estiacutemulos para o peristaltismo intestinal (Brasil 2009)
O baixo consumo de leites e derivados foi constato por outros diversos estudos com
a populaccedilatildeo idosa Machado e outros (2006) verificaram que o consumo de leites e
derivados em qualquer quantidade natildeo chegou a 100 da amostra o que
caracteriza provavelmente uma inadequaccedilatildeo no consumo de caacutelcio e Matta Papini e
Corrente encontraram um consumo meacutedio de apenas 118 porccedilotildees de leites e
derivados ao dia por idosos o que representa um consumo baixo considerando a
recomendaccedilatildeo de trecircs porccedilotildees ao dia A deficiecircncia de caacutelcio no organismo de um
idoso representa uma grande preocupaccedilatildeo uma vez que este eacute um importante
mineral para os idosos pois o consumo adequado de caacutelcio auxilia na prevenccedilatildeo ou
na reduccedilatildeo do aparecimento de doenccedilas oacutesseas como a osteoporose que eacute
caracterizada pela reduccedilatildeo de massa oacutessea que leva consequentemente a uma
maior vulnerabilidade a fraturas e que acometem em sua maioria os idosos (Paixatildeo
e Bressan 2010)
O consumo de carboidratos em geral neste estudo pode ser considerado como
dentro da meacutedia alcanccedilando uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria diferentemente do
achado por Silva e outros (2010) que constatou um elevado consumo de
carboidratos por idosos chegando em torno de 75 do valor energeacutetico (VET) total
da dieta ingerida jaacute Farinea Ricalde e Siviero encontram um consumo adequado de
carboidratos ou seja em torno 5637 de carboidrato por praticantes de atividade
fiacutesica
Avaliando ainda o consumo alimentar pode ser constatado que em relaccedilatildeo ao
nuacutemero de refeiccedilotildees realizadas ao longo do dia pela populaccedilatildeo idosa estudada
percebe-se que em meacutedia satildeo realizadas 482 refeiccedilotildeesdia um nuacutemero menor do
que preconizado pelo guia alimentar da populaccedilatildeo brasileira (2011) que sugere a
realizaccedilatildeo de trecircs grandes refeiccedilotildees mais lanches saudaacuteveis ao longo do dia fato
que tambeacutem se relaciona pelo achado de Silva Filho e outros que em seu estudo de
verificaccedilatildeo do comportamento alimentar de idosos constatou quem em meacutedia foram
realizadas de 3 a 4 refeiccedilotildees diaacuterias por 96 idosos participantes da pesquisa Eacute de
69
suma importacircncia a realizaccedilatildeo de 5 a 6 refeiccedilotildees ao dia pelo fato de que com a
reduccedilatildeo do nuacutemero de refeiccedilotildees o indiviacuteduo fica um tempo maior sem se alimentar
levando ao organismo responder a esta inaniccedilatildeo reduzindo o metabolismo de forma
a guardar energia para o este periacuteodo em jejum o que consequentemente leva a ao
acuacutemulo de calorias aleacutem de outros processos orgacircnicos se manterem alterados
como a produccedilatildeo de hormocircnios e substacircncias participantes dos processos de
digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes (RUELA SOUSA JUNIOR 2010)
Observa-se ainda que 425 (n= 17) da populaccedilatildeo em geral estudada natildeo
possuiacuteam o haacutebito de realizar o jantar Machado e outros (2006) encontraram
tambeacutem um elevado percentual de idosos que natildeo realizavam o jantar em seu
estudo que avaliou o perfil nutricional e funcional de idosos sendo 307 da
populaccedilatildeo do sexo masculino seguido de 222 da populaccedilatildeo do sexo feminino
Esse mesmo autor relatou que esse haacutebito acaba se tornando comum pois os
idosos natildeo desejam consumir grande quantidade de alimentos como no almoccedilo
antes de dormir ou pelo simples fato de ser mais cocircmodo realizar um lanche do que
um jantar
70
71
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS Diante do exposto conclui-se que os idosos que praticam atividade fiacutesica
moderadamente apresentam um melhor estado nutricional quando comparados aos
idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Esse fato eacute comprovado
pelas diferenccedilas significativas encontradas nos indicadores usados na avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica neste estudo
A populaccedilatildeo estudada em geral apresentou um iacutendice de qualidade da dieta
elevado que representa uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser
observado que os indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou um maior iacutendice de qualidade quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo
Uma vez que haacute uma escassez de estudos envolvendo a praacutetica de atividade fiacutesica
e a qualidade da dieta de idosos recomenda-se a realizaccedilatildeo futura de estudos
nutricionais nesta populaccedilatildeo abrangendo outros assuntos ligados a nutriccedilatildeo que
sejam pertinentes a este grupo
Sendo assim eacute imprescindiacutevel a implantaccedilatildeo de Programas de Qualidade de Vida
que abranja orientaccedilotildees nutricionais e de atividade fiacutesica para idosos uma vez que
para esses indiviacuteduos obtenha uma elevada qualidade de vida eacute essencial a
prevenccedilatildeo da incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que comumente
atingem essa populaccedilatildeo
72
73
REFEREcircNCIAS
ABREU W C et al Inadequaccedilatildeo no consumo alimentar e fatores interferentes na ingestatildeo energeacutetica de idosos matriculados no programa municipal da terceira idade de viccedilosa (MG) Revista Baiana de Sauacutede Puacuteblica v32 n2 p177-189 maioago 2008 Disponiacutevel em httpinseeribictbrrbspindexphprbsparticleviewFile139135gt Acesso em 10 de out de 2013 ACUNAtilde K CRUZ T Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de adultos e idosos e situaccedilatildeo nutricional da populaccedilatildeo brasileira Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 48 n 3 p 345-361 jun 2004 Disponiacutevel em lthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache1J0Ta7oEv5UJscholargooglecom+circunferencia+da+panturrilha+idososamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 02 de out de 2013 ALVES J E D A Transiccedilatildeo Demograacutefica e a Janela de Oportunidade Satildeo Paulo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial 2008 Disponiacutevel emlt httpwwwbraudelorgbrpesquisaspdftransicao_demograficapdfgtacesso em 20 de fev 2013 AMADO T C F ARRUDA I K G FERREIRA A R Aspectos alimentares nutricionais e de sauacutede de idosas atendidas no Nuacutecleo de Atenccedilatildeo ao Idoso ndash NAI Recife Archivos Latinoamericanos de Nutricion v 57 n 4 p 366-372 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscieloorgvescielophpscript=sci_arttextamppid=S0004-06222007000400009amplng=esampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de abr 2013 ANDRADE FB CALDAS A F KITOKO P M Relationship between oral health nutrient intake and nutritional status in a sample of Brazilian elderly 2009 (Biblioteca Online) Disponiacutevel em httponlinelibrarywileycomdoi101111j1741-2358200800220xabstract Acesso em 18 de mar 2013 ARANHA F Q et al O Papel da Vitamina C Sobre as Alteraccedilotildees Orgacircnicas no Idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas 13(2) 89-97 maioago 2000Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv13n27911pdfgt Acesso em 12 mar 2013 BARBOSA M A Importacircncia da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel ao Longo da Vida Refletindo na Sauacutede do Idoso 2012 41 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Nutriccedilatildeo Cliacutenica) - Departamento de Ciecircncias da Vida Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ijuiacute 2012 Disponiacutevel em lthttpbibliodigitalunijuiedubr8080xmluibitstreamhandle1234567891045A20ImportC3A2ncia20da20AlimentaC3A7C3A3o20SaudC3A1vel20ao20Longo20da20Vida20Refletindo20na20SaC3BAde20do20Idosopdfsequence=1gt Acesso em 15 mar 2013 BARBOSA A M Ingestatildeo alimentar de caacutelcio e vitamina D e associaccedilatildeo com o niacutevel de escolaridade na pessoa idosa Revista Demetra Alimentaccedilatildeo Nutriccedilatildeo e Sauacutede Rio de Janeiro v 8 n 2 p 173-181 2013 Disponiacutevel emlthttpswwwepublicacoesuerjbrindexphpdemetraarticleview40825144gt Acesso em 15 set 2013 BECKENKAMP J SANTOS J S DOS Efeito da linhaccedila sobre a constipaccedilatildeo intestinal em idosos residentes em instituiccedilotildees geriaacutetricas Revista Brasileira de
74
Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 8 n 2 p 179-187 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview972pdfgt Acesso em 16 de abr 2013 BENEDETTI T R B GONCcedilALVES L H T MOTA J A P Uma proposta de poliacutetica puacuteblica de atividade fiacutesica para idosos Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 16 n 3 p 387-98 Jul Set 2007 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdftcev16n3a03v16n3pdf Acesso em 23 abr 2013 BORGES R M NONINO C B SANTOS J E Tratamento Cliacutenico da Obesidade Revista Medicina Ribeiratildeo Preto v 39 n 2 p 246-252 abrjun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwucgbrucgeventosObesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorialmaterial_consultamaterial_educacao_fisicatratamento20clinico20da20obesidadepdfgt Acesso em 08 de mar 2013 BOSSHARD W et al The treatment of chronic constipation in elderly people an update Drugs Aging v21 n14 p911-930 2004 Disponiacutevel em lthttplinkspringercomarticle10216500002512-200421140-00002page-1gt Acesso em 02 de abril 2013 BRASIL Lei no 10741 de 1ordm de outubro de 2003 Estatuto do Idoso Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leis2003l10741htmgt Acesso em 15 abr 2013 ______ Lei nordm 8842 de 4 de janeiro de 1994 Politica Nacional do Idoso Disponiacutevel em httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8842htm Acesso em 20 de abr 2013 ______ Lei nordm 8742 de 7 de dezembro de 1993Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social Disponiacutevel emlt httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8742htmgt Acesso em 20 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da sauacutede Manual da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel para a populaccedilatildeo idosa 2009 Disponiacutevel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesalimentacao_saudavel_idosa_profissionais_saudepdfgt Acesso em 03 de set 2013 _______ Ministeacuterio da sauacutede Anuaacuterio estatiacutestico de sauacutede do Brasil 2001 Disponiacutevel emlthttpportalsaudegovbrportalaplicacoesanuario2001indexcfmgt Acesso em 15 de abr 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Consenso sobre diabetes 2011a Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesconsenso_bras_diabetespdf Acesso em 05 de abr 2013
______ Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel emlt httpconselhosaudegovbrbibliotecalivrosManual_cepspdfgt Acesso em 20 fev 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes Mellitus 2011 b Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmiolo2002pdf Acesso em 05 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da Sauacutede Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilatildeo para coleta de dados antropomeacutetricos 2011 c Disponiacutevel emlt
75
http18928128100nutricaodocsgeralorientacoes_coleta_analise_dados_antropometricospdfgt Acesso em 30 mai 2013 BUENO J M et al Avaliaccedilatildeo nutricional e prevalecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis em idosos pertencentes a um programa assistencial Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 13 n4 p 1237-1246 2008 CALIXTO-LIMA L GONZALES M C Nutriccedilatildeo Cliacutenica no dia a dia Rio de Janeiro Ed Rubio 204p 2013 CAMPOS M T F S MONTEIRO J B R ORNELAS A P R C Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutriccedilatildeo do idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v13 n 3 p157-165 setdez 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfrnv13n37902pdfgt Acesso em 08 de mar 2013 CAMPOS M A G et al Estado nutricional e fatores associados em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo vol 52 n4 julagos 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=s0104-42302006000400019ampscript=sci_arttextgt Acesso em 25 fev 2013gt Acesso em 23 fev 2013 CARVALHO E N et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade Nutricional das Refeiccedilotildees Servidas aos Idosos em Instituiccedilatildeo Asilar 2003 17 f Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Porto Alegre 2003 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47322656gt Acesso em 11 de abr 2013 CASTILHOS E D PADILHA D M P A importacircncia dos dentes para trecircs diferentes grupos de idosos 2001 135 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em sauacutede bucal coletiva) - Faculdade de Odontologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2002 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=BBOamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=18747ampindexSearch=IDgt Acesso em 12 de mar 2013 CERVI A FRANCESCHINI S C C PRIORES E S Anaacutelise criacutetica do uso do iacutendice de massa corporal para idosos Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v18 n 6 765-775 NovDez 2005 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-52732005000600007gt Acesso em 01 de out de 2013 CHAIMOWICZ F A sauacutede dos idosos brasileiros agraves veacutesperas do seacuteculo XXI problemas projeccedilotildees e alternativas Revista Sauacutede Puacuteblica v 31 n 2 p184-200 1997 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfrspv31n22170gt Acesso em 01 de mar 2013 COSTA et al Estado nutricional e antropometria em idoso revisatildeo da literatura Revista Meacutedica de Minas Gerais Minas Gerais N p7 v 4 p 111-120 juldez 2000 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgi-binwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=556558ampindexSearch=IDgt Acesso em 26 fev 2013 DOBNER T BLASI T C KIRSTEN V R Perfil nutricional de idosos residentes em instituiccedilatildeo geriaacutetrica no interior do RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 9 n 1 p 109-118 Janabr 2012
76
Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview1730pdfgt Acesso em 13 de abr 2013 FARINEA N RICALDE S R SIVIEIRO J Perfil nutricional e antropomeacutetrico de idosos participantes de um grupo de ginaacutestica no municiacutepio de Antocircnio Prado ndash RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 7 n 3 p 394-405 setdez 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview783gt Acesso em 20 de out de 2013
FAZZIO D M G Envelhecimento e qualidade de vida ndash uma abordagem nutricional e alimentar Revista de Divulgaccedilatildeo Cientiacutefica Sena Aires Brasiacutelia v 1 n1 p 76-88 janjun 2012 Disponiacutevel em lthttprevistafacesasenaairescombrindexphprevisaarticleview15gt Acesso em 18 set 2013 FERNANDES M V Consumo de caacutelcio por idosos atendidos no programa de atendimento multidisciplinar agrave sauacutede do idoso 2010 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade do Extremo Sul Catarinense Criciuacutema 2010Disponiacutevel emlthttp200181527bitstreamhandle1140Mariana20Vaterkemper20Fernandespdfsequence=1gt Acesso em 21 abr 2013 FISBERG R M MARCHIONI D M L COLUCCI A C A Avaliaccedilatildeo do consumo alimentar e da ingestatildeo de nutrientes na praacutetica cliacutenica Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 53 n 5 p 627-654 jun 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfabemv53n514pdfgt Acesso em 30 de set de 2013 FLORA A P L DICHI I Aspectos atuais na terapia nutricional da doenccedila inflamatoacuteria intestinal Revista Brasileira de Nutriccedilatildeo Cliacutenica Satildeo Paulo v 21 n 2 p131-7 2006 Disponiacutevel em lthttpxayimgcomkqgroups24540475920552574namedoenC383C2A7a+inflamatC383C2B3ria+intestinal+e+terapia+nutricional+2006pdfgt Acesso em 26 mar 2013 FRANCHI K M B MONTENEGRO JUNIOR R M Atividade fiacutesica uma necessidade para a boa sauacutede na terceira idade Revista Brasileira em Promoccedilatildeo da Sauacutede Fortaleza v 18 n 3 p152-156 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwredalycorgarticulooaid=40818308gt Acesso em 19 de out de 2013 FRANCO L M Educaccedilatildeo Nutricional na terceira idade Alteraccedilotildees Fisioloacutegicas e Alimentaccedilatildeo Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlt httpconferenciasredeunidaorgbrindexphpredeunidaru10paperview2456gt Acesso em 15 de out 2013 FRISANCHO A R New norms of upper limb fat and muscle areas for assessent of nutritional status The American Journal of Clinical Nutrition v 34 p 2540-2545 1981 GALESI L F et al Perfil alimentar e nutricional de idosos residentes em moradias individuais numa instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no leste do estado de Satildeo Paulo Revista de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo Araraquara v19 n3 p 283-290 julset 2008 Disponiacutevel em lthttp20014571150seerindexphpalimentosarticleview632530gt Acesso em 20 de out de 2013
77
GALLAGHER D et al Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex The American Journal Clinical Nutrition Printed in USA vol 72 n 3 p694ndash701 2000 GUEDES DP GONCcedilALVES LAVV Impacto da Praacutetica habitual de Atividade Fiacutesica no perfil Lipiacutedico de adultos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia Satildeo Paulo v 51 n1 p 72-78 2007 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfabemv51n108pdfgt Acesso em 21 de abr 2013 GUEDES DP LOPES CC GUEDES JERP Reprodutibilidade e validade do Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica em Adolescentes Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 11 n 2 p 151-158 Marccedilabr 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev11n2a11v11n2pdfgt acesso em 24 de mai 2013 INSTITUTO MINEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA Hiperdia 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwimepencomhiperdiagt Acesso em 20 abr 2013 KUMPEL D A et al Obesidade em idosos acompanhados pela estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 20 n3 p 471-477 JulSet 2011 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdftcev20n307pdfgt Acesso em 15 de mar 2013 LACERDA N C SANTOS S S C Avaliaccedilatildeo nutricional de idosos um estudo bibliograacutefico Rev RENE Fortaleza v 8 n 1 p 60-70 janabr2007 Disponiacutevel em lthttprepositoriofurgbr8080xmluibitstreamhandle11857AvaliaC3A7C3A3o20nutricional20de20idosos20um20estudo20bibliogrC3A1ficopdfsequence=1gt Acesso em 20 mar 2013 LACOURT M X MARINI L L Decreacutescimo da funccedilatildeo muscular decorrente do envelhecimento e a influecircncia na qualidade de vida do idoso uma revisatildeo de literatura Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 3 n 1 p114-121 janjul 2006 Disponiacutevel emlt httpwwwupfbrseerindexphprbceharticleview5144gt Acesso em 05 de out de 2013 LEBRAtildeO M L O envelhecimento no Brasil aspectos da transiccedilatildeo demograacutefica e epidemioloacutegica Revista Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 4 n 17 p 135-140 ago set 2007 Disponiacutevel emlt httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem2559pdfgt Acesso em 24 mar 2013 LEON M et al Percepccedilatildeo da inseguranccedila alimentar em famiacutelias com idosos em Capinas Satildeo Paulo Caderno de Puacuteblica Rio de Janeiro v21 n 1 p1433-1410 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv21n516pdf Acesso em 02 out 2013 MACHADO J S Perfil nutricional e funcional de idosos atendidos em um ambulatoacuterio de nutriccedilatildeo da policliacute-nica Joseacute Paranhos Fontenelle na cidade do Rio de Janeiro Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 10 p 57-73 2006 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47972702gt Acesso em 05 de out de 2013
78
MADEIRA M C et al Atividade fiacutesica no deslocamento em adultos e idosos do Brasil prevalecircncias e fatores associados Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v29 n 1 p 165-174 jan 2013 Disponiacutevel emlt httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cachel0y4OnZr76sJscholargooglecom+MADEIRA+atividade+fisica+2013amphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 05 out 2013
MAGALHAtildeES L M R Relaccedilatildeo entre Sauacutede Oral e Nutriccedilatildeo em Idosos 2011 49 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Dentaacuteria) Universidade Fernando Pessoa Porto Alegre 2011 Disponiacutevel emlt httpbdigitalufpptbitstream1028424023Tpdfgtacesso em 15 mar 2013 MALTA M B PAPINI S J CORRENTE J E Avaliaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo de idosos de municiacutepio paulista ndash aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v18 n 2 p 377-384 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfcscv18n209pdfgt acesso em 30 de set de 2013 MARTINS W P et al Resistecircncia agrave insulina em mulheres com siacutendrome dos ovaacuterios policiacutesticos modifica fatores de risco cardiovascular Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Rio de Janeiro v 31 n 3 mar 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrscielophppid=S010072032009000300002ampscript=sci_arttextamptlng=ESgt Acesso em 01 out 2013
MARUCCI D M et al Hipertensatildeo arterial referida e indicadores antropomeacutetricos de gordura em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 57 n 1 p 25-30 2011 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdframbv57n1v57n1a11pdfgt Acesso em 15 fev 2013 MASSON C R et al Prevalecircncia de sedentarismo nas mulheres adultas da cidade de Satildeo Leopoldo Rio Grande do Sul Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 21 n 6 p 1685-1694 nov dez 2005 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcspv21n605pdfgt Acesso em 20 de set 2013 MAZO G Z et al Aptidatildeo funcional geral e iacutendice de massa corporal de idosas praticantes de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Cineantropometria amp Desempenho Humano Florianoacutepolis v8 n4 p46-51 2006 Disponiacutevel emlthttpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cachehttpwwwportalsaudebrasilcomartigospsbidoso077pdfgt Acesso em 20 de set de 2013 MENDES M R S et al Situaccedilatildeo social do idoso no Brasil uma breve consideraccedilatildeo 2005 11 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Enfermagem na Sauacutede do Adulto) Escola de Enfermagem da Universidade de Satildeo Paulo - USP ndash Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfapev18n4a11v18n4pdfgt Acesso em 23 mar 2013 MENEZES T N MARUCCI M F N Valor energeacutetico total e contribuiccedilatildeo de percentual de calorias por macronutrientes da alimentaccedilatildeo de idosos domiciliados m Fortaleza Cearaacute Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 58 n1 p 33-40 nov dez 2012 MIZUNO J Perfil Bioquiacutemico da Glicose e Praacutetica de Atividade Fiacutesica nos Nipo-brasileiros de Segunda Geraccedilatildeo da Cidade de Bauru 2007 46 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Licenciatura Plena em Educaccedilatildeo Fiacutesica) - Departamento de
79
Educaccedilatildeo Fiacutesica da Faculdade de Ciecircncias da Universidade Estadual Paulista Bauru 2007 MONTENEGRO S M R S Efeitos de um programa de fisioterapia como promotor de sauacutede na capacidade funcional de mulheres idosas institucionalizadas 80 f 2006 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Educaccedilatildeo e Sauacutede) Centro de Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Fortaleza Cearaacute 2005 Disponiacutevel em httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheoICqZeWR7EJscholargooglecom+montenegro+silva++alimentaC3A7C3A3o+de+idososamphl=ptBRampas_sdt=05gt Acesso em 10 set 2013 MONTILLA R N G ALDRIGHI J M AVALIACcedilAtildeO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES NO CLIMATEacuteRIO Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache0pygmM5iqLIJscholargooglecom+relaC3A7C3A3o+de+estado+nutricional+e+consumo+alimentar+de+idososamphl=pt-PTampas_sdt=05gt Acesso em 08 de out de 2013 MOTA J et al Atividade fiacutesica e qualidade de vida associada aacute sauacutede em idosos participantes e natildeo participantes em programas regulares de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Satildeo Paulo v20 n3 p219-25 julset 2006 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheCBoCKJNge0oJscholargooglecom+idosos+atividade+fC3ADsicaamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 07 de out de 2013 MULLER N VIETZ V R Educaccedilatildeo em sauacutede e educaccedilatildeo nutricional aos idosos do centro de convivecircncia do idoso Andreacutes Chamorro (cci) no municiacutepio de dourados MS 2009 7 f Trabalhatildeo de Conclusatildeo de Curso ( Bacharel em Enfermagem) - Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul 2009 Mato Grosso do Sul Disponiacutevel em lt httpperiodicosuemsbrindexphpsemexarticleview2305980gt Acesso em 10 mar 2013 NASCIMENTO C M et al Estado nutricional e fatores associados em idosos do Municiacutepio de Viccedilosa Minas Gerais Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 27 n12 p 2409-2418 dez 2011 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610721ampindexSearch=IDgt Acesso em 25 mai 2013 NESELLO L A N TONELLI F O BELTRAME T B Constipaccedilatildeo intestinal em idosos frequentadores de um Centro de Convivecircncia no municiacutepio de Itajaiacute-SC Revista Ceres Rio de Janeiro v 6 n 3 p 151-162 2011 Disponiacutevel em httpwwwe-publicacoesuerjbrindexphpceresarticleviewFile21252113 Acesso em 20 abr 2013 PAIVA NETO A OLIVEIRA A SANTOS R O Comparaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal em idosos esportistas com idosos irregularmente ativos Revista Movimento amp Percepccedilatildeo Espiacuterito Santo do Pinhal v 8 n 11 p41-54 juldez 2007 Disponiacutevel emhttpswwwgooglecombrurlsa=tamprct=jampq=ComparaC3A7C3A3o+da+composiC3A7C3A3o+corporal+em+idosos+esportistas+com+idosos+irregular
80
mente+ativosampesrc=sampsource=webampcd=1ampved=0CC0QFjAAampurl=http3A2F2Fwwwresearchgatenet2Fpublication2F26488733_Comparao_da_composio_corporal_em_idosos_esportistas_com_idosos_irregularmente_ativosampei=kRttUsWfJMuDkQeRx4HgBQampusg=AFQjCNHiqsY74lFQzTDoK8SjKlR0YQnChA Acesso em 10 de out de 2013 NOBREGA A C L Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Atividade Fiacutesica e Sauacutede no Idoso Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 5 n 6 NovDez 1999 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev5n6v5n6a02pdfgt Acesso em 03 mar 2013 PAIXAtildeO M P P C BRESSAN J Caacutelcio e sauacutede osseacutea tratamento e prevenccedilatildeo Revista Sauacutede e Pesquisa v 3 n 2 p 237-246 maioago 2010 Disponiacutevel emlthttpwwwcesumarbrpesquisaperiodicosindexphpsaudpesqarticleview11911079gt Acesso em 12 de out de 2013 PADOVANI R M et al Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 19 n 2 p 741-760 novdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv19n609pdfgt Acesso em 15 set 2013 PEREIRA B C Radicais Livres uma nova abordagem PERISSINOTTO E et alAnthropometric measurements in the elderly Age and gender differences Br J Nutr v 87 n1 p177-186 2012 Disponiacutevel lthttpjournalscambridgeorgdownloadphpfile=2FBJN2FBJN87_022FS0007114502000430apdfampcode=7c9a31135d39e8d85eecd461067b11c3gt Acesso em 15 out 2013 PESSOA L M O P Adequaccedilatildeo nutricional da alimentaccedilatildeo servida aos idosos do instituto Satildeo Vicente de Paulo Vinculado ao laboratoacuterio itinerante PROEAC UEPB 2012 39 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharelado em Enfermagem) ndash Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universidade Estadual da Paraiacuteba Campina Grande 2012 Disponiacutevel em lthttpdspacebcuepbedubr8080jspuibitstream1234567897791PDF20-20Larrycya20Mahayana20Oliveira20Pessoapdfgt acesso em 05 mar 2013 PREVIDELLI A N et al Iacutendice de Qualidade da Dieta Revisado para populaccedilatildeo brasileira Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 45 n4 p 794-798 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrspv45n42523pdfgt acesso em 15 jun 2013 RAUEN M S Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de idosos institucionalizados Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v21 n3 p 303-310 MaiJun 2008 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrnv21n3a05v21n3pdf Acesso em 05 de out de 2013 REIS A E S SOUZA J A Atividade fiacutesica para idosos 36 f 2012 Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica Universidade do Vale do Rio Verde de Trecircs Coraccedilotildees Minas Gerais 2012 Disponiacutevel em httprevistasunincorbrindexphpiniciacaocientificaarticleviewFile424343 Acesso em 13 de set de 2013 RINALDI D B COELHO I Nutriccedilatildeo sauacutede e envelhecimento um estudo sobre o estado nutricional de mulheres que participam do projeto de extensatildeo ldquoUniversidade
81
da Idade Ativardquo Revista Unoesc amp Ciecircncia ndash ACBS Joaccedilaba v 2 n 1 p 67-74 2011 Disponiacutevel lthttpeditoraunoescedubrindexphpacbsarticleview665gt Acesso em 11 abr 2013 ROSA L B et al Odontogeriatria ndash a sauacutede bucal na terceira idade Revista da Faculdade de Odontologia ndash UPF Satildeo Paulo v 13 n8 p 82-86 maiago 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprfoarticleview599392gt Acesso em 08 Mar 2013 RUELA L C R SOUSA JUNIOR F A C Avaliaccedilatildeo nutricional e estilo de vida de adolescentes de uma escola puacuteblica da regiatildeo sul fluminense ndash RJ Revista Nutrir Gerais Ipatinga v 4 n 6 p 554-565 fevjul 2010 Disponiacutevel emlt httpwwwunilestemgbrnutrirgeraisdownloadsartigosvolume4edicao_06avaliacao_nutricional_estilo_vidapdfgt acesso em 20 de set de 2013 SALGADO C D S Mulher idosa a feminizaccedilatildeo da velhice Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 4 p 7-19 2002 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47162642gt Acesso em 01 de out de 2013 SAMPAIO L R Avaliaccedilatildeo nutricional e envelhecimento Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 17 n4 p 507-514 outdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv17n422898pdfgt Acesso em 15 de out de 2013 SANTOS D M SCHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 2 p 163-168 out 2004 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfrspv39n224037pdfgt Acesso em 25 de set de 2013 SANTOS LA S O fazer educaccedilatildeo alimentar e nutricional algumas contribuiccedilotildees para reflexatildeo Revista Ciecircncia e Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 17 n 2 p33-41 Fev 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_pdfamppid=S1413-81232012000200018amplng=enampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de ago 2013 SASS A et al Depressatildeo em idosos inscritos no Programa de Controle de hipertensatildeo arterial e diabetes mellitus Revista Acta Paul Enfermagem Satildeo Paulo v25 n1 p80-85 jul 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfapev25n1v25n1a14pdfgt Acesso em 25 fev 2013 SILVA A K Q et al Perfil nutricional de idosos assistidos em instituiccedilatildeo de longa permanecircncia na cidade de Natal RN Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro v 4 n 1 p 27-35 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwsbggorgbrprofissionaisarquivorevistavolume4-numero1artigo05pdfgt Acesso em 02 de out de 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA VI Diretriz Brasileira de Hipertensatildeo Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo V17 n1 p 7-9 2010 Disponiacutevel em httpwwwanadorgbrprofissionaisimagesVI_Diretrizes_Bras_Hipertens_RDHA_6485pdf Acesso em 10 de abr 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenccedilatildeo da aterosclerose Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 9-23 2007 Disponiacutevel em
82
http9epublicacoescardiolbrconsenso2007diretriz-DApdf Acesso em 15 abr 2013 SOMMACAL H M et al Percentual de perda de peso e dobra cutacircnea tricipital paracircmetros confiaacuteveis para o diagnoacutestico de desnutriccedilatildeo em pacientes com neoplasia periampolar - avaliaccedilatildeo nutricional preacute-operatoacuteria Rev HCPA amp Fac Med Univ Fed Rio Gd do Sul Rio Grande do Sul v n 3 p 290-295 2011 Disponiacutevel emlthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610030ampindexSearch=IDgt Acesso em 28 ago 2013 SOUSA V M C GUARIENTO M E Avaliaccedilatildeo do idoso desnutrido Revista Brasileira de Cliacutenica Meacutedica Satildeo Paulo v7 n1 p 46-49 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwobservatorionacionaldoidosofiocruzbrbiblioteca_artigos83pdfgt acesso em 15 de out de 2013 SPEROTO F M SPINELLI R B Avaliaccedilatildeo nutricional em idosos independentes de uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no municiacutepio de Erechim-RS Revista Cientiacutefica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missotildees Rio Grande do Sul v 34 n 125 p 105-116 marccedilo2010 Disponiacutevel emlt httpwwwuriceredubrnewsitepdfsperspectiva125_78pdfgt Acesso em 01 de out de 2013 SERRA (ES) Secretaria de Sauacutede Guia de Sauacutede 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwserraesgovbrsesaguia_da_saudegt Acesso em 15 abr 2013 SILVEIRA E A KAC G BARBOSA L S Prevalecircncia e fatores associados agrave obesidade em idosos residentes em Pelotas Rio Grande do Sul Brasil classificaccedilatildeo da obesidade segundo dois pontos de corte do iacutendice de massa corporal Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 25 n7 p1569-1577 Jul 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfcspv25n715pdfgt Acesso em 15 abr 2013 SIQUEIRA R L BOTELHO M I V COELHO F M G A velhice algumas consideraccedilotildees teoacutericas e conceituais Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v 7 n4 p899-906 2002 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdf0Dcscv7n414613pdfgt Acesso em 20 fev 2013 SCHRAMM J M A et al Transiccedilatildeo epidemioloacutegica e o estudo de carga de doenccedila no Brasil Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v9 n4 p897-908 2004 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcscv9n4a11v9n4pdfgt Acesso em 28 fev 2013 Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos - TACO 4 ed 2011 Disponiacutevel em lthttp wwwunicampbrnepatacotabelaphpgt Acesso em 09 de out 2012 TARTARI R T BUSNELLO F M NUNES C H A Perfil Nutricional de Pacientes em Tratamento Quimioteraacutepico em um Ambulatoacuterio Especializado em Quimioterapia Revista Brasileira de Cancerologia Satildeo Paulo v56 n 1 p 43-50 jun2010 Disponiacutevel emlthttphospitalhelioangotticomenviados201053222221pdfgt Acesso em 11 de out de 2013 TOSCANO J J O OLIVEIRA A C C Qualidade de Vida em idosos com distintos niacuteveis de atividade Fiacutesica Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo
83
v 15 n3 MaiJun2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev15n3a01v15n3pdfgt acesso em 01 mar 2013 TRAMONTINO V S Nutriccedilatildeo para idosos Revista de Odontologia da Universidade Satildeo Paulo v 21 n 3 p 258-267 setdez 2009 Disponiacutevel lthttpfilesbvsbruploadS1983-51832009v21n3a009pdfgt Acesso em 15 mar 2013 VERAS R Envelhecimento populacional e as informaccedilotildees de sauacutede do PNAD demandas e desafios contemporacircneos Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 23 n10 p 2463-2466 out 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv23n1020pdfgt Acesso em 25 fev 2013 ZAITUNE M P Fatores associados aacute praacutetica de atividade fiacutesica global e de lazer em idosos inqueacuterito de sauacutede no estado de Satildeo Paulo Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 26 n 8 p 1606-1628 set 2010 Disponiacutevel em httpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=557075ampindexSearch=IDgt Acesso em 15 set 2013 WENDPAP L L Iacutendice da qualidade da dieta de adolescentes e fatores associados Dissertaccedilatildeo (Mestre em Biociecircncias) Poacutes Graduaccedilatildeo em Biociecircncias Faculdade de Nutriccedilatildeo da Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabaacute 2012 Disponiacutevel em httpwwwsaudemtgovbruploaddocumento104indice-de-qualidade-da-dieta-de-adolescentes-e-fatores-associados-autora-loiva-lide-wendpap-5B104-140312-SES-MT5Dpdf Acesso em 25 ago 2013 WASHBURN RA SMITH KW JETTE A M JANNEY CA The Physical Activity Scale for the Elderly (PASE) Development and evaluation Journal of Clinical Epidemiology 1993
84
85
APEcircNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) participante
Na condiccedilatildeo de estudante do curso de Nutriccedilatildeo da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo
estou realizando uma pesquisa com o objetivo de analisar o estado nutricional relacionado aacute praacutetica
de atividade fiacutesica e a qualidade da dieta de idosos
Necessito de sua contribuiccedilatildeo para responder questotildees relacionadas ao niacutevel de atividade fiacutesica
exercida informar sobre seus haacutebitos alimentares atuais e tambeacutem da permissatildeo para mensuraccedilatildeo
do seu peso estatura valores de pregas cutacircneas circunferecircncia da cintura da panturrilha e do
braccedilo Sua participaccedilatildeo nesse estudo eacute voluntaacuteria e se vocecirc decidir natildeo participar ou quiser desistir
de continuar em qualquer momento tem absoluta liberdade de fazecirc-lo
Na publicaccedilatildeo dos resultados desta pesquisa sua identidade seraacute mantida no mais rigoroso sigilo
Seratildeo omitidas todas as informaccedilotildees que permitam identificaacute-lo (a)
Os benefiacutecios desse estudo estatildeo relacionados ao conhecimento do seu estado nutricional e
orientaccedilotildees relativas para a melhora do mesmo Os riscos que podem acontecer satildeo referentes agraves
medidas das pregas cutacircneas que podem provocar hematomas e vermelhidatildeo Mas para minimizar e
evitar esse transtorno as medidas seratildeo feitas por pesquisadores treinados e aptos para essa coleta
Quaisquer duacutevidas relativas agrave pesquisa poderatildeo ser esclarecidas por mim ndash Patriacutecia Helena Teixeira
ou pela professora responsaacutevel Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo atraveacutes do telefone 3331-
8500
Atenciosamente
_________________________ Nome do aluno(a)
____________________________ Local e data
_________________________ Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo
(professora responsaacutevel)
____________________________ Local e data
Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma coacutepia deste termo de
consentimento
_____________________________ Nome e assinatura do participante
______________________________ Local e data
86
APEcircNDICE B
PRONTUAacuteRIO
IDENTIFICACcedilAtildeO Nome _______________________________Sexo ( )F ( )M Idade______ AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA Paracircmetros Peso Altura de Gordura CB PCT CC CP
87
APEcircNDICE C
REGISTRO ALIMENTAR DATA__________
Refeiccedilatildeo Horaacuterio Local
Alimento Preparaccedilatildeo Quantidade
Desjejum
Colaccedilatildeo
Almoccedilo
Lanche
Jantar
Ceia
88
ANEXO A
QUESTIONAacuteRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FIacuteSICA VERSAtildeO CURTA
Fonte Mizuno 2007
89
ANEXO B
CIRCUNFERENCIA DO BRACcedilO DE ACORDO COM GEcircNERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
90
ANEXO C
PERCENTIS DA PREGA CUTAcircNEA TRICIPITAL SEGUNDO GENERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
91
ANEXO D
IacuteNDICE DE QUALIDADE DA DIETA REVISADO
Fonte Wendpap 2012
92
ANEXO E
DESCRICcedilAtildeO DAS PONTUACcedilOtildeES DO IQD-R
Fonte Wendpap 2012
REFEREcircNCIAS 73 APEcircNDICE A 85
APEcircNDICE B 86
APEcircNDICE C 87
ANEXO A 88
ANEXO B 89
ANEXO C 90
ANEXO D 91
ANEXO E 92
19
1 INTRODUCcedilAtildeO
O Brasil vem apresentando claramente o envelhecimento da populaccedilatildeo nas uacuteltimas
deacutecadas que pode ser explicado pela chamada transiccedilatildeo demograacutefica um
fenocircmeno caracterizado por reduccedilotildees progressivas nas taxas de mortalidade e
fecundidade Outro fenocircmeno que tambeacutem acompanha o envelhecimento da
populaccedilatildeo brasileira eacute a transiccedilatildeo epidemioloacutegica no qual apresenta uma elevaccedilatildeo
na incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ao mesmo tempo em que
ocorre uma reduccedilatildeo progressiva de doenccedilas infecto contagiosas (LEBRAtildeO 2007)
Paralelo agrave transiccedilatildeo epidemioloacutegica diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas naturais do
envelhecimento como elevaccedilatildeo do tecido adiposo diminuiccedilatildeo na sensibilidade da
insulina reduccedilatildeo da secreccedilatildeo do aacutecido cloriacutedrico aleacutem de alteraccedilotildees na percepccedilatildeo
do paladar tambeacutem contribuem diretamente para a ocorrecircncia de doenccedilas crocircnicas
natildeo transmissiacuteveis como o diabetes quadros de constipaccedilatildeo intestinal e sobrepeso
em idosos (BUENO et al 2008)
A sauacutede e a qualidade de vida e consequentemente a nutriccedilatildeo dos idosos tambeacutem
se encontram comprometidas com a alta incidecircncia de depressatildeo decorrentes na
maioria das vezes pela solidatildeo morte do conjugue dependecircncia de outras pessoas
para realizaccedilatildeo de simples tarefas cotidianas como a de se alimentar (LACERDA
SANTOS 2007)
Uma nova ferramenta que vem sendo utilizada para a avaliaccedilatildeo do consumo
alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) no qual se baseia na
comparaccedilatildeo das porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do
Guia alimentar para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo
da sauacutede atraveacutes da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de
nutrientes e obesidade (WENDPAP 2012)
Considerando todos estes aspectos relacionados agrave sauacutede e qualidade de vida dos
idosos eacute de suma importacircncia estudos relacionados agrave identificaccedilatildeo do estado
nutricional e do consumo alimentar desta populaccedilatildeo que mais cresce no mundo de
modo que se criem condiccedilotildees de formulaccedilatildeo de novas propostas de intervenccedilatildeo e
acompanhamento nutricional que auxiliem no tratamento e na prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis contribuindo assim tambeacutem para o aumento
da qualidade de vida (BUENO et al 2008)
20
Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e consumo
alimentar a partir do iacutendice de qualidade da dieta de idosos que praticam ou natildeo
atividade fiacutesica realizando comparaccedilotildees entre estes
21
2 REFERENCIAL TEORICO 21 TRANSICcedilAtildeO DEMOGRAacuteFICA E DOENCcedilAS CROcircNICAS NAtildeO
TRANSMISSIacuteVEIS NO ENVELHECIMENTO
O mundo estaacute vivenciando um momento especial chamado momento demograacutefico
considerado um dos melhores devido agrave transiccedilatildeo demograacutefica que eacute caracterizada
pela diminuiccedilatildeo na taxa de mortalidade e tambeacutem reduccedilatildeo na taxa de natalidade o
que leva a uma inversatildeo na piracircmide populacional (ALVES 2008)
O processo de envelhecimento demograacutefico eacute facilmente identificado em todo o
mundo sendo esse processo mais significativo e acelerado nos paiacuteses em
desenvolvimento Segundo registros do IBGE no Brasil houve um aumento na
populaccedilatildeo de idosos de mais de trecircs por cento entre os anos de 1970 e 1990
(SIQUEIRA BOTELHO COELHO 2002)
Muler e Vietz (2009) relatam que segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede satildeo
considerados idosos indiviacuteduos com idade igual ou superior a 60 anos e Marucci e
outros (2011) afirmaram que atraveacutes do censo do ano de 2010 os indiviacuteduos nesta
faixa etaacuteria representam cerca de 11 da populaccedilatildeo brasileira que gira em torno de
21 milhotildees de idosos
O aumento da populaccedilatildeo idosa tem sido relativo agrave expansatildeo da expectativa de vida
da populaccedilatildeo brasileira que apresentou um aumento de 337 anos na deacutecada 50
para 5099 anos no ano de 1990 e passou para 6625 anos em 1995 e a expectativa
eacute que chegue a 7708 entre os anos de 2020 e 2025 (SIQUEIRA BOTELHO
COELHO 2002)
A taxa de natalidade tambeacutem eacute um processo que colabora para a transiccedilatildeo
demograacutefica e a sua reduccedilatildeo vem mostrando natildeo ter ligaccedilatildeo direta com as
condiccedilotildees econocircmicas das famiacutelias que optaram por natildeo ter ou ter um nuacutemero
reduzido de filhos pelo contraacuterio essa queda de fecundidade vem acontecendo por
livre escolha dos casais (ALVES 2008)
Anualmente cerca de milhares de novos idosos satildeo inseridos na populaccedilatildeo
brasileira e com isso haacute uma alteraccedilatildeo no quadro da mortalidade que antes era de
uma populaccedilatildeo mais jovem para uma sobrecarga de doenccedilas caracteriacutesticas da
22
terceira idade como doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e muacuteltiplas que levam a
quadros de internaccedilatildeo por longos anos que exigem ainda cuidados constantes
Esse quadro leva a um aumento nas despesas de tratamento meacutedico e de
internaccedilotildees hospitalares o que gera grandes desafios para o governo que se ver
obrigado a criar planos estrateacutegicos para a prestaccedilatildeo de cuidados e para a
prevenccedilatildeo das doenccedilas comumente a terceira idade (VERAS 2007)
A alta carga de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis caracteriza tambeacutem a chamada
transiccedilatildeo epidemioloacutegica esse processo envolve principalmente a reduccedilatildeo de
doenccedilas transmissiacuteveis e do mesmo modo ocorre o aumento de doenccedilas natildeo
transmissiacuteveis a transiccedilatildeo de casos de morbimortalidades da populaccedilatildeo mais
jovens para a populaccedilatildeo mais idosa alteraccedilatildeo de um quadro de mortalidade da
populaccedilatildeo para um quadro de morbidades (SCHRAMM et al 2004)
Pode-se observar uma relaccedilatildeo niacutetida entre transiccedilatildeo demograacutefica e transiccedilatildeo
epidemioloacutegica com a reduccedilatildeo das doenccedilas infecciosas que em tempos atraacutes era a
principal causa de mortalidade a taxa de mortalidade de populaccedilatildeo mais jovem
reduziu e em contrapartida esses ldquojovensrdquo passam a conviver com os fatores de
riscos para doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que se tornam mais comum com a
vivecircncia dos anos de vida adicionais decorrente da transiccedilatildeo demograacutefica
(CHAIMOWICZ 1997)
A alteraccedilatildeo na carga de doenccedilas que mais atinge a populaccedilatildeo para a prevalecircncia
de doenccedilas crocircnicas natildeo degenerativas e suas complicaccedilotildees leva aacute evidentes
alteraccedilatildeo na utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede puacuteblica em que envolve principalmente
aumento de custos para promover o tratamento meacutedico adequado destas
enfermidades com isso se faz necessaacuterio agrave implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que
possam suprir esse quadro (SCHRAMM 2004)
As principais doenccedilas crocircnicas que acometem os idosos satildeo o diabetes mellitus
hipertensatildeo arterial dislipidemias e obesidade O diabetes Mellitus trata-se de uma
patologia de etiologias muacuteltiplas podendo ser representado atraveacutes da ausecircncia ou
reduccedilatildeo na siacutentese de insulina e na falha dos efeitos da atividade da insulina Eacute
caracterizado por alteraccedilotildees no metabolismo dos carboidratos o que leva a uma
hiperglicemia Este estado de hiperglicemia por um longo periacuteodo pode acarretar em
danos disfunccedilotildees ou ateacute mesmo falecircncias em diversos oacutergatildeos (BRASIL 2011a)
23
O tratamento do diabetes mellitus se baseia em uma educaccedilatildeo permanente a
respeito das modificaccedilotildees de haacutebitos como a incorporaccedilatildeo da praacutetica de atividade
fiacutesica suspensatildeo de fumo e de bebidas alcooacutelicas incorporaccedilatildeo de haacutebitos
alimentares mais saudaacuteveis e em alguns casos a utilizaccedilatildeo de medicamentos e de
insulina exoacutegena (BRASIL 2011a)
A hipertensatildeo arterial eacute uma patologia que tambeacutem apresenta etiologia multifatorial e
eacute caracterizada pelo aumento nos niacuteveis pressoacutericos associados a diversas
alteraccedilotildees metaboacutelicas como hipertrofia cardiacuteaca considerando valores pressoacutericos
anormais igual ou maiores que 14090 mmHg (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA 2010)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial baseia-se no alcance do
peso ideal que eacute representando por valores inferiores de IMC a 249kg msup2 e perda
de medida da circunferecircncia da cintura alcanccedilado medidas inferiores a 102 cm para
homens e 88cm para as mulheres uma vez que vaacuterios estudos demostraram uma
ligaccedilatildeo direta entre peso corporal e pressatildeo arterial apresentando uma elevaccedilatildeo
linear aleacutem do encorajamento da reduccedilatildeo da ingestatildeo de sal A relaccedilatildeo entre
pressatildeo arterial e ingestatildeo de soacutedio eacute niacutetida devido a chamada sensibilidade ao sal
sendo assim a ingestatildeo de sal de cozinha deve ser limitada a 5 gramas diariamente
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2010 )
A Dislipidemia eacute caracterizada atraveacutes de alteraccedilotildees nas taxas de lipiacutedios no
sangue podendo ser classificada em Hipercolesterolemia Isolada no qual ocorre
somende a elevaccedilatildeo do LDL em valores igual ou acima de 160mgdl
hipertrigliceridemia Isolada representada pelo aumento somente nos valores
trigliceriacutedeos no sangue em valor igual ou acima de 150mgdl hiperlidemia mista no
qual ocorre elevaccedilatildeo nos valores de LDL e trigliceriacutedeos e HDL baixo representando
pela reduccedilatildeo do HDL seacuterico nos valores menores que 40mgdl para homens e
50mgdl para mulheres (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico da dislipidemia eacute voltado para a terapia nutricional
atraveacutes de planejamento alimentar adequado que vise a reduccedilatildeo na ingestatildeo de
gorduras principalmente de colesterol e de gorduras saturadas e consequentemente
na reduccedilatildeo de lipiacutedicos seacutericos A reduccedilatildeo da ingestatildeo de colesterol ocorre atraveacutes
da diminuiccedilatildeo no consumo de produtos de origem animal incluindo viacutesceras
embutidos e leites e derivados integrais entre outros alimentos A diminuiccedilatildeo do
24
consumo de gordura saturada se daacute atraveacutes da reduccedilatildeo no consumo de alimentos
principalmente de origem animal tais como carnes com gorduras e leites integrais
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
O tratamento natildeo farmacoloacutegico de dislipidemias tambeacutem engloba a praacutetica de
atividade fiacutesica regularmente no qual leva a reduccedilatildeo de trigliceriacutedeo plasmaacutetico e
elevaccedilatildeo de HDL-C seacuterico e o abandono do fumo O tratamento medicamentoso eacute
empregado quando as mudanccedilas no estilo de vida natildeo alcanccedilam um resultado
satisfatoacuterio ou quando se precisa de resultados raacutepidos para a reversatildeo do quadro
de dislipidemia com isso haacute a administraccedilatildeo de medicamentos hipolipemiantes que
atuam impedindo a siacutentese intracelular de colesterol aumentando os receptores de
LDL no fiacutegado que leva haacute uma maior captaccedilatildeo de colesterol circulante
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA 2007)
A ocorrecircncia de excesso de peso em idosos geralmente eacute diagnosticada atraveacutes do
Iacutendice de Massa Corporal (IMC) utilizando o ponto de corte de igual maior que 27
kgmsup2 (SILVEIRA KAC BARBOSA 2009) O excesso de massa gorda no corpo
humano tem trazido diversas complicaccedilotildees metaboacutelicas tornando um problema de
sauacutede puacuteblica que atinge diversos paiacuteses em todo o mundo natildeo distinguindo paiacuteses
desenvolvidos ou em desenvolvimento A obesidade eacute um integrante do grupo de
doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que cada vez se torna mais prevalente na
sociedade aleacutem disso a proacutepria condiccedilatildeo de obesidade eacute um grande fator de risco
para o desenvolvimento de outras doenccedilas crocircnicas como diabetes mellitus e
hipertensatildeo arterial (KUMPEL et al 2011)
O tratamento da obesidade deve ter como objetivo principal a reduccedilatildeo de peso seja
esta meta alcanccedilada atraveacutes de tratamento dieteacutetico atraveacutes da incorporaccedilatildeo de
uma alimentaccedilatildeo adequada dentro recomendaccedilatildeo energeacutetica para cada paciente ou
farmacoloacutegico no qual se emprega o uso de medicamentos que agem diminuindo a
fome aumentando a saciedade ou ainda alterando os mecanismos de digestatildeo e
absorccedilatildeo de nutrientes ou o tratamento para a obesidade pode ser ainda ciruacutergico
no qual a reduccedilatildeo de peso eacute decorrente de alguma intervenccedilatildeo ciruacutergica (BORGES
NONINO SANTOS 2006)
A atual situaccedilatildeo demograacutefica do nosso Paiacutes requer uma mudanccedila de caraacuteter
emergencial na atenccedilatildeo agrave sauacutede dos idosos brasileiros Essa alteraccedilatildeo deve
envolver propostas modernas que possa fazer com que o sistema de sauacutede do paiacutes
25
ganhe e tambeacutem com que os idosos possam utilizar-se dos serviccedilos puacuteblicos de
modo a promover o aumento da qualidade nestes anos extras de vida pois mesmo
que o Brasil esteja apresentando um perfil demograacutefico semelhante ao perfil de
paiacuteses desenvolvidos o paiacutes em geral natildeo dispotildee de serviccedilos que possa suprir esse
novo perfil da populaccedilatildeo brasileira (VERAS 2007)
Entretanto jaacute pode ser verificado algumas accedilotildees voltadas a essa nova populaccedilatildeo
idosa como a criaccedilatildeo por parte do Governo de centros de convivecircncia de idosos
que incluem as mais diversas atividades como o objetivo de minimizar a solidatildeo e
aumentar a qualidade de vida (TOSCANO OLIVEIRA 2009)
22 POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS EM SAUacuteDE
De um modo geral a velocidade do crescimento da populaccedilatildeo idosa natildeo
acompanha a velocidade de implantaccedilatildeo e desenvolvimento de accedilotildees
governamentais voltadas para este puacuteblico sendo assim nos uacuteltimos anos pode-se
observar o crescente aumento de estudos que objetivam criar suportes para o
desenvolvimento de programas e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para o bem estar dessa
populaccedilatildeo (MENDES et al 2005)
Segundo Gonccedilalves e outros (2007) a criaccedilatildeo e execuccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas para
a populaccedilatildeo idosa implica em contradiccedilotildees uma vez que ainda haacute uma grande falha
na implantaccedilatildeo de poliacuteticas primaacuterias que possam favorecer por exemplo a
educaccedilatildeo e o emprego e o governo jaacute vem dando ecircnfase a poliacuteticas puacuteblicas para a
populaccedilatildeo no fim da vida
Mesmo assim o envelhecimento populacional estaacute em evidencia em diversas
organizaccedilotildees internacionais que lutam por investimentos financeiros que possa
garantir o envelhecimento da populaccedilatildeo de modo igualitaacuterio e com qualidade uma
vez que haacute uma grande diferenccedila no modo de se tratar idosos em paiacuteses em
desenvolvimento e paiacuteses desenvolvidos (GONCcedilALVES 2007)
No Brasil a preocupaccedilatildeo e atenccedilatildeo com qualidade de vida dos idosos teve grande
avanccedilo atraveacutes da implantaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (1993) no qual
defende a integraccedilatildeo definitiva do idoso na sociedade em 1994 ocorreu a
26
implantaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional do Idoso que tem como principal objetivo assegurar
os direitos sociais dessa populaccedilatildeo (BENEDETTI 2007)
No ano de 2003 o governo brasileiro sancionou o Estatuto do Idoso que visa
garantir os direitos reservados aos idosos com idade igual ou superior a sessenta
anos entre eles o Art 3 que assegura que
Eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia da comunidade da sociedade e do Poder Puacuteblico assegurar ao idoso com absoluta prioridade a efetivaccedilatildeo do direito agrave vida agrave sauacutede agrave alimentaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo agrave cultura ao esporte ao lazer ao trabalho agrave cidadania agrave libertada agrave dignidade ao respeito e agrave convivecircncia familiar e comunitaacuteria (BRASIL 2010a p11-169)
Quanto aacute sauacutede o estatuto garante que o Sistema Uacutenico de Sauacutede ndash SUS deve
assegurar agrave atenccedilatildeo integral a sauacutede do idoso utilizando-se de serviccedilos de para
prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede dando ecircnfase as doenccedilas
que mais atingem a populaccedilatildeo idosa (Brasil 1994)
Diante dessas diversas poliacuteticas implantadas pode-se observar claramente que nem
todos os direitos nestas estabelecidas satildeo realmente alcanccedilados na realidade
brasileira sendo assim a criaccedilatildeo oue implementaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas e
realizaccedilatildeo de accedilotildees para um envelhecimento saudaacutevel ainda estaacute em pleno
acontecimento Essas conquistas geralmente estatildeo ocorrendo atraveacutes da criaccedilatildeo de
programas para idosos como centros de vivecircncias campanhas de vacinaccedilatildeo
atividades de lazer programas de exerciacutecios fiacutesicos entre outros (BENEDETTI
2007)
Eacute possiacutevel observar uma crescente elevaccedilatildeo em todo o mundo na implantaccedilatildeo de
programas ao incentivo a praacutetica de atividade fiacutesica destinada a toda a populaccedilatildeo
incluindo os idosos No Brasil esse crescimento eacute niacutetido apoacutes a implantaccedilatildeo dos
Programas de Sauacutede da Famiacutelia que possibilitou a criaccedilatildeo de programas de
orientaccedilatildeo ao exerciacutecio fiacutesico em conjunto com as Prefeituras (BENEDETTI 2007)
O municiacutepio de Serra no estado do Espiacuterito Santo Brasil conta com diversos
programas municipais relacionados a promoccedilatildeo de sauacutede e qualidade de vida do
idosos entre os essenciais satildeo destacados o programa de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico (PROEF) no qual trata-se de um programa indicado inicialmente para os
idosos mas que alcanccedilou uma grande plenitude tendo como objetivo atual atingir o
27
puacuteblico jovem e adulto uma vez que o programa tem representando uma grande
participaccedilatildeo na prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas crocircnicas principalmente o
Diabetes Mellitus hipertensatildeo e Obesidade (SERRA 2012)
Outra ferramenta de controle do diabetes e hipertensatildeo no municiacutepio da Serra eacute o
monitoramento que acontece com esses indiviacuteduos nas Unidades de Sauacutede por
meio de atendimento multidisciplinar e oferecimento de materiais e medicamentos
para o controle destas doenccedilas como o fornecimento de insulina para pacientes que
necessitam do uso exoacutegeno de insulina (SERRA 2012)
Para melhorar a nutriccedilatildeo dos idosos o muniacutecipio da Serra disponibiliza para
indiviacuteduos com mais de 55 anos um quilo de leite em poacute desnatado por mecircs
enriquecido com caacutelcio atraveacutes do Programa de Suplemento Alimentar para o Idoso
(PSAI) que atende indiviacuteduo com mais de 55 anos e com renda de ateacute 40 do
salaacuterio miacutenimo per capta Os objetivos primordiais do programa satildeo alcanccedilar a
reduccedilatildeo de gastos com internaccedilotildees hospitalares ter um controle maior do diabetes
e hipertensatildeo aleacutem de promoccedilatildeo da qualidade de vida dessa faixa etaacuteria da
populaccedilatildeo serrana (SERRA 2012)
Com intuito de promover o controle das principais doenccedilas crocircnicas o Ministeacuterio da
Sauacutede em 2011 criou o Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial
e ao Diabetes Mellitus aprovado pela PortariaGM ndeg 16 de 03012002 no qual satildeo
definidas accedilotildees para prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo da sauacutede para indiviacuteduos hipertensos e
diabeacuteticos cadastrados no Sistema Uacutenico de Sauacutede (BRASIL 2011sup2)
Dentro do Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo aacute Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes
Mellitus criou-se o Programa Hiperdia atraveacutes da Portaria nordm 371GM Em 04 de
marccedilo de 2002 que visa o cadastramento e acompanhamento de todos os
indiviacuteduos portadores de hipertensatildeo e diabetes atraveacutes de um sistema
informatizado em todas as unidades de sauacutede O Hiperdia conta com uma equipe
multidisciplinar que envolve cardiologias nefrologistas dentista farmacecircutico
educador fiacutesico nutricionista e assistente social para atender todos os participantes
do programa conforme suas necessidades aleacutem da disponibilizaccedilatildeo de
medicamentos gratuitos para o controle destas patologias (INSTITUTO MINEIRO DE
ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA 2008)
23 ALTERACcedilOtildeES FISIOLOacuteGICAS NO ENVELHECIMENTO
28
O processo envelhecimento eacute caracterizado como um sistema contiacutenuo que
apresenta alteraccedilotildees fisioloacutegicas em oacutergatildeos e sistemas do corpo humano sendo
assim um a adesatildeo aacute um estilo de vida saudaacutevel pode levar a promoccedilatildeo da
qualidade de vida e consequentemente reduzir a velocidades destas alteraccedilotildees
fisioloacutegicas quem em muitas vezes leva a incapacidade e a dependecircncia por partes
dos idosos (NOBREGA et al 1999)
O processo natural do envelhecimento provoca diversas alteraccedilotildees fisioloacutegicas no
organismo no qual envolve alteraccedilotildees anatocircmicas e funcionais que refletem
diretamente na sauacutede desta populaccedilatildeo (CAMPO MONTEIRO ORNELAS 2000)
Aleacutem de dificultar a vivencia do indiviacuteduo idoso em seu meio que podem acelerar o
caminho para a morte (CHOCHAMOVITZ citado por PESSOA 2012)
O estado nutricional do indiviacuteduo tem importante papel no envelhecimento uma vez
que o controle das doenccedilas comumente a velhice como doenccedilas crocircnicas
relacionam-se diretamente com o estado nutricional Sendo assim a nutriccedilatildeo eacute de
suma importacircncia para localizaccedilatildeo de fatores de riscos para o desenvolvimento de
doenccedilas e de mortalidade entre os idosos (NASCIMENTO et al 2011)
Geralmente as alteraccedilotildees no estado nutricional do idoso influenciam
especificamente em algumas doenccedilas o baixo peso por exemplo estaacute em muitas
vezes relacionado com doenccedilas respiratoacuterias e o excesso de peso relacionado com
doenccedilas cardiovasculares e o diabetes (NASCIMENTO et al 2011)
O organismo envelhecido tambeacutem apresenta diversas alteraccedilotildees que afetam a
nutriccedilatildeo do indiviacuteduo idoso como a reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica basal alteraccedilotildees
no sistema digestoacuterio alteraccedilotildees na palatibilidade e na percepccedilatildeo da sede aleacutem da
redistribuiccedilatildeo da massa corporal com a reduccedilatildeo progressiva da massa magra e
aumento do tecido adiposo que afetam diretamente no consumo alimentar e no
estado nutricional da populaccedilatildeo idosa respectivamente (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
A alteraccedilatildeo da palatibilidade eacute comumente encontrada em cerca de 80 da
populaccedilatildeo idosa decorrente da diminuiccedilatildeo da percepccedilatildeo de gosto pelas papilas
gustativas devido a diminuiccedilatildeo na quantidade de bototildees gustativos (ROSA et al
2008)
29
Grandes alteraccedilotildees satildeo encontradas no sistema gastro-intestinal mas em geral o
funcionamento do intestino do pacircncreas e do fiacutegado satildeo encontrados com elevada
capacidade funcional as grandes alteraccedilotildees acontecem atraveacutes da atrofia da
mucosa gaacutestrica o que leva a diminuiccedilatildeo da siacutentese do aacutecido cloriacutedrico e do fator
intriacutenseco que consequentemente leva a menor absorccedilatildeo da vitamina B12 aleacutem da
reduccedilatildeo do gosto (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
As alteraccedilotildees gastrointestinais refletem principalmente na dificuldade absortiva de
micronutrientes (BHUTTO citado por TRAMONTINO et al 2009) e na dificuldade da
digestatildeo que levam ao aparecimento constante de gases mal estar constipaccedilatildeo
que pioram com uma alimentaccedilatildeo inadequada pobre em fibras comumente aos
haacutebitos alimentares dessa populaccedilatildeo (TRAMONTINO et al 2009)
As alteraccedilotildees no trato gastro-intestinal podem resultar tambeacutem na constipaccedilatildeo
intestinal que tambeacutem possui relaccedilatildeo direta com a alimentaccedilatildeo fatores psicoloacutegicos
fatores fiacutesicos e o uso de medicamentos podem ainda levar a maiores complicaccedilotildees
como distensatildeo abdominal cacircncer de coloacuten hemorroidas fiacutestula anal entre outras
patologias que vatildeo interferem diretamente tambeacutem na qualidade de vida dos idosos
(RAMOS citado por NESELLO TONELLI BELTRAME 2011)
A constipaccedilatildeo intestinal eacute definida atraveacutes da constataccedilatildeo de menos de trecircs
episoacutedios de evacuaccedilatildeo no periacuteodo de uma semana com a presenccedila de esforccedilo
sensaccedilatildeo de obstruccedilatildeo e presenccedila de fezes endurecidas de acordo com o consenso
de Roma III (LONGSTRETH et al citado por NESELLO TONELLI BELTRAME
2011)
Segundo Bosshard e outros citado por Nesello e outros(2004) a prevalecircncia da
constipaccedilatildeo intestinal eacute maior na populaccedilatildeo idosa o que nos jovens chegando a
atingir cerca de 20 dos idosos no geral e a sua prevalecircncia eacute ainda maior nas
mulheres do que nos homens
A intoleracircncia a glicose eacute uma caracteriacutestica bastante encontrada nos idosos no qual
possivelmente eacute decorrente da diminuiccedilatildeo da produccedilatildeo hormonal e do aumento no
nuacutemero de ceacutelulas adiposas frente a ceacutelulas musculares Com o diagnoacutestico da
intoleracircncia a glicose o tratamento eacute realizado apenas atraveacutes de uma dieta
equilibrada (TRAMONTINO et al 2009)
30
O diabetes mellitus tipo 2 estaacute entre as principais doenccedilas crocircnicas prevalentes na
sociedade atualmente e que atinge na sua maioria os idosos Aleacutem de ser uma das
causas principais de doenccedilas cardiovasculares (MENDES et al 2011)
Durante o processo de envelhecimento os processos de catabolismo e anabolismo
tambeacutem se encontram diferenciados no qual o catabolismo supera todos os
processos de anabolismo fazendo com que os oacutergatildeos tenham suas funccedilotildees
diminuiacutedas atraveacutes da reduccedilatildeo de ceacutelulas e ainda existem vaacuterias alteraccedilotildees
bioquiacutemicas que contribuem para a morte de ceacutelulas como a accedilatildeo de radicais livres
(TRAMONTINO 2009)
Os radicais livres satildeo moleacuteculas consideradas instaacuteveis uma vez que possuem um
nuacutemero iacutempar de eleacutetrons esse fato faz com que estas moleacuteculas procurem alguma
outra moleacutecula para capturarem um eleacutetron e se tornarem estaacuteveis podendo levar
consequentemente a degeneraccedilatildeo celular tecidual e orgacircnica (PEREIRA 2012)
Aleacutem das alteraccedilotildees fisioloacutegicas os fatores socioeconocircmicos tambeacutem exercem uma
importante influencia na sauacutede dos idosos o que envolve tambeacutem o consumo
alimentar (CAMPOS 2000)
24 TERAPIA NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO
Diversos estudos defendem a ideia de que a nutriccedilatildeo possui um caraacuteter
insubstituiacutevel na promoccedilatildeo do aumento de qualidade de vida devendo assim ser
associada a outros meacutetodos para garantir a eficaacutecia deste processo atraveacutes da
prevenccedilatildeo e controle de diversas patologias (CARVALHO et al 2003 DOBNER
BLASI KIRSTEN 2012)
A alimentaccedilatildeo adequada eacute imprescindiacutevel em qualquer faixa etaacuteria eacute a partir da
alimentaccedilatildeo que alcanccedilamos a capacidade de realizar diversas accedilotildees no dia a dia
desde a mais simples como estudar ateacute as mais complexas como a praacutetica de
exerciacutecios fiacutesicos Dentre as vaacuterias importacircncias da alimentaccedilatildeo a ingestatildeo de
nutrientes adequada eacute de suma importacircncia para um envelhecimento saudaacutevel
(FERNANDES 2010)
Em decorrecircncia da transiccedilatildeo epidemioloacutegica a nutriccedilatildeo ganhou um amplo espaccedilo
no campo da prevenccedilatildeo de doenccedilas e estados fisioloacutegicos comumente encontrados
31
em idosos decorrentes ao processo natural do envelhecimento e de outros agravos
como a alta incidecircncia no uso de diversos medicamentos A ingestatildeo adequada de
fibras relacionadas com uma ingestatildeo adequada de aacutegua por exemplo auxilia na
prevenccedilatildeo e tratamento da constipaccedilatildeo intestinal aumentando a qualidade de vida
Diversos estudos apontam que um consumo entre 20 e 40 gramas diariamente
associado a ingestatildeo adequada de aacutegua leva a uma melhora consideraacutevel no quadro
de constipaccedilatildeo (BECKENKAMP 2010)
Campos e outros relatam (2009) que os fatores psicossociais comuns aos idosos
como perda do cocircnjuge solidatildeo falta de renda depressatildeo entre outros satildeo os
principais fatores externos que contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo nesta populaccedilatildeo
uma vez que a maioria desses consomem em meacutedia menos de 1000kcaldia de
correntes da ingestatildeo de alimentos de menor custos e de maior facilidade de
preparo
A baixa renda com que a maioria dos idosos vive e que influencia diretamente no
consumo alimentar tambeacutem estaacute ligada a exclusatildeo desse grupo no mercado de
trabalho mesmo que muitos apresentem capacidade funcional e motora condizentes
com muitos trabalhos disponiacuteveis a idade muitas vezes acaba por ser o grande
obstaacuteculo para a conquista da vaga e consequentemente para o aumento da renda
que em muitos casos eacute composta apenas pela aposentadoria e ou pensotildees
(NOGUEacuteS citado por CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
O relacionamento social tambeacutem eacute um grande influenciador no consumo alimentar
segundo Campos e outros (2000) a solidatildeo vivenciada pelo idoso leva ao
esquecimento do cuidado com si mesmo sendo assim a alimentaccedilatildeo natildeo ganha
muita atenccedilatildeo sendo preparada de forma inadequada sem atentar para a qualidade
e quantidade suficiente Muitas vezes a alimentaccedilatildeo eacute composta por alimentos de
faacutecil preparo que inclui normalmente alimentos industrializados pobres em
nutrientes essenciais para o organismo idoso
A preocupaccedilatildeo com a nutriccedilatildeo do idoso cresceu atraveacutes de vaacuterios estudos que
demonstraram que a desnutriccedilatildeo e o sobrepeso predominam em indiviacuteduos idosos e
que este quadro eacute resultante das condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem aleacutem
de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade (CAMPOS MONTEIRO
ORNELAS 2000)
32
De acordo Sass (2010) cerca de 15 a 20 de idosos apresentam algum sintoma
depressivo A prevalecircncia da depressatildeo varia de acordo com fatores a idade sexo e
fatores sociais Esse quadro de depressatildeo eacute bastante preocupante tambeacutem pelo fato
de estar relacionado diretamente com o Estado Nutricional dos idosos uma vez que
haacute alteraccedilotildees no sistema neuroloacutegico que tambeacutem eacute responsaacutevel pelos mecanismos
da fome e ansiedade podendo assim resultar em desnutriccedilatildeo ou obesidade Aleacutem
dessas consequecircncias relacionadas agrave nutriccedilatildeo alguns estudos indicam tambeacutem a
depressatildeo como um fator para doenccedilas cardiovasculares
Diversos estudos tambeacutem apontam que a nutriccedilatildeo dos idosos pode ser influenciada
negativamente pelo fato da incapacidade e ou dificuldades da realizaccedilatildeo de
atividades cotidianas sozinhas como o simples fato de cozinhar aleacutem das
alteraccedilotildees motoras que tambeacutem podem piorar a preparaccedilatildeo dos alimentos e o seu
proacuteprio consumo Os aspectos emocionais como perda de cocircnjuge e depressatildeo
tambeacutem contribuem para uma maacute nutriccedilatildeo por levar a reduccedilatildeo do apetite ou por
aumentar a recusa por alimentos (CAMPOS MONTEIRO ORNELAS 2000)
Diversos estudos demonstram uma reduccedilatildeo progressiva do valor energeacutetico da
alimentaccedilatildeo dos idosos que ao mesmo tempo apresenta um aumento no consumo
de carboidratos principalmente os chamados simples que pode contribuir para o
aparecimento ou complicar doenccedilas crocircnicas como o diabetes (MENEZES
MARUCCI 2012)
De acordo com Tramontino e outros (2009) um grande fator que tambeacutem afeta a
nutriccedilatildeo do idoso eacute a sauacutede bucal uma vez que uma condiccedilatildeo inadequada da boca
como a falta de denticcedilatildeo consequentemente leva a dificuldade de mastigaccedilatildeo que
leva a um consumo alimentar alterado que interfere diretamente em uma adequada
nutriccedilatildeo Aleacutem disso a sauacutede bucal e a nutriccedilatildeo acabam formando um ciclo onde
interfere no outro pois uma nutriccedilatildeo inadequada decorrente por falta de denticcedilatildeo ou
por outra caracteriacutestica leva a problemas na sauacutede bucal e a maiores perdas de
denticcedilatildeo
A nutriccedilatildeo tem relaccedilatildeo direta com a sauacutede bucal uma vez que a alimentaccedilatildeo pode
influenciar diretamente no aparecimento de caacuteries na perda dos esmaltes dos
dentes e no desenvolvimento em geral da denticcedilatildeo que assim podem levar ao
aparecimento de dores lesotildees doenccedilas periodontal que consequentemente
poderatildeo levar a mudanccedilas tambeacutem na alimentaccedilatildeo (MAGALHAtildeES 2011)
33
Devido a diversas patologias comumente encontradas nos idosos o uso de
medicamentos por esta populaccedilatildeo eacute grande e o consumo elevador de
medicamentos podem levar a alteraccedilotildees na cavidade oral como xerostomia
candidiacutease entre outras alteraccedilotildees (MAGALHAtildeES 2011)
Segundo Andrade (2009) a condiccedilatildeo da boca como o nuacutemero de dentes
adequados ou o uso de proacuteteses pode influenciar nas escolhas dos alimentos e ateacute
mesmo no seu modo de preparo o que influencia diretamente nos haacutebitos
alimentares dos idosos
Castilhos e Padilha (2002) afirmaram que a denticcedilatildeo pode influenciar as pessoas em
trecircs campos fisioloacutegico psicoloacutegico e social No aspecto fisioloacutegico os dentes
podem influenciar na alimentaccedilatildeo do individuo por meio do processo de mastigaccedilatildeo
dos alimentos que interferem diretamente na ingestatildeo de nutrientes na manutenccedilatildeo
corpoacuterea e ateacute mesmo no prazer em se alimentar
A diminuiccedilatildeo da saliva decorrente do processo natural do envelhecimento aleacutem de
comprometer a manutenccedilatildeo da cavidade oral por estar ter uma accedilatildeo na limpeza da
cavidade e por ter um efeito antimicrobiano tambeacutem influencia diretamente na
mastigaccedilatildeo na formaccedilatildeo do bolo alimentar e tambeacutem na digestatildeo e absorccedilatildeo dos
alimentos uma vez que com a reduccedilatildeo da saliva haacute tambeacutem a diminuiccedilatildeo da
siacutentese de amilase salivar (ROSA et al 2008)
O elevado uso de medicamentos tambeacutem pode interferir na absorccedilatildeo de diversos
nutrientes na interaccedilatildeo chamada de droga-nutriente e ainda a medicaccedilatildeo pode
influenciar na ingestatildeo alimentar uma vez que muitos podem levar a anorexia
alteraccedilotildees na percepccedilatildeo do gosto e do odor naacuteuseas vocircmitos e ainda as
adaptaccedilotildees na alimentaccedilatildeo dos idosos devido agrave incapacidade de mastigaccedilatildeo de
alguns alimentos comumente leva a carecircncias nutricionais principalmente atraveacutes
da reduccedilatildeo na ingestatildeo de Vitaminas dentre elas vitamina C e B12 essenciais ao
bom funcionamento orgacircnico (MAGALHAtildeES 2011)
Para estimar as necessidades nutricionais dos idosos deve se levar em
consideraccedilatildeo diversos fatores como as alteraccedilotildees fisioloacutegicas condiccedilatildeo da sauacutede
em geral frequecircncia de exerciacutecio fiacutesico fatores psicoloacutegicos e fatores
socioeconocircmicos sendo assim uma adequada nutriccedilatildeo deve envolver todos estes
fatores de forma a alcanccedilar suas reais necessidades e deve se ainda dar atenccedilatildeo as
34
diferenccedilas das recomendaccedilotildees nutricionais para adultos e idosos Os idosos
apresentam uma necessidade energeacutetica menor que os adultos uma vez que ocorre
a reduccedilatildeo do metabolismo basal decorrente das alteraccedilotildees da composiccedilatildeo corporal
reduccedilatildeo da massa magra e aumento de tecido adiposo (TRAMONTINO et al 2009)
As recomendaccedilotildees nutricionais dos idosos natildeo satildeo totalmente estabelecidas devido
as constantes alteraccedilotildees fisioloacutegicas desta populaccedilatildeo por isso os valores de
recomendaccedilotildees usados satildeo os mesmos valores de referecircncias usados para os
adultos (HESEKER SCHNEIDER 1994 citado por ARANHA et al 2000)
Magalhatildees (2011) afirmou que mesmo que o sobrepeso seja prevalente em grande
parte da populaccedilatildeo idosa a principal preocupaccedilatildeo relacionada agrave nutriccedilatildeo desta
populaccedilatildeo eacute a desnutriccedilatildeo uma vez que vaacuterios fatores levam a reduccedilatildeo na ingestatildeo
alimentar destes indiviacuteduos
De acordo Barbosa (2012) os idosos tambeacutem incorporaram novos haacutebitos
alimentares assim como toda a populaccedilatildeo nos uacuteltimos anos com o aumento do
consumo de alimentos industrializados realizaccedilatildeo de refeiccedilotildees fora de casa Sendo
assim a educaccedilatildeo nutricional se mostra como uma grande ferramenta para a
promoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis podendo contribuir para prevenccedilatildeo de
doenccedilas crocircnicas comumente a populaccedilatildeo idosa
Segundo Muller e Vietz (2009) a educaccedilatildeo nutricional eacute uma parte da nutriccedilatildeo
voltada ao aprendizado na adequaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo de haacutebitos alimentares em todas
as fases da vida desde a infacircncia ateacute a velhice
Diversos autores engajaram haacute anos discussotildees sobre a importacircncia da educaccedilatildeo
nutricional principalmente no campo de promoccedilatildeo da sauacutede Essa importacircncia foi
crescendo a ponto de ser encontradas nos principais documentos de poliacuteticas
puacuteblicas ligadas a alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo como o Programa Fome Zero (SANTOS
2012)
Considerando todas as alteraccedilotildees fisioloacutegicas e psicoloacutegicas provenientes do
envelhecimento que dificultam em muitas vezes o consumo alimentar o processo de
educaccedilatildeo nutricional deve estar presente na ida do idoso de modo que estes tenham
conhecimento dessas principais alteraccedilotildees e de alternativas para contornar os
efeitos dessas alteraccedilotildees e tornar o ato de se alimentar mais prazeroso (FRANCO
2012)
35
Segundo Montenegro e Silva para que a alimentaccedilatildeo atenda as necessidades de
gasto energeacutetico de indiviacuteduos idosos eacute necessaacuterio que haja adequaccedilatildeo da dieta
aleacutem disso a associaccedilatildeo de uma alimentaccedilatildeo adequada com a praacutetica de atividade
fiacutesica regular pode promover benefiacutecios a sauacutede do idoso contribuindo tambeacutem para
a melhora do funcionamento dos processos metaboacutelicos ligados ao exerciacutecio bem
como auxiliar na recuperaccedilatildeo de lesotildees contribuindo assim para o aumento de
massa muscular e condicionamento fiacutesico
Na tabela 1 esta demostrado as recomendaccedilotildees nutricionais mais usadas
atualmente para os idosos e que satildeo provenientes da Dietary Reference Intakes
(DRI) na qual trata-se de uma revisatildeo dos valores de recomendaccedilotildees nutricionais
adotada em diversos paiacuteses (PADOVANI et al 2006)
Tabela 1 ndash Recomendaccedilotildees nutricionais para idoso (maiores de 51 anos)
EAR RDA AMDR Homens Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 30 _ Mulheres Carboidrato 100g 130g 45-65 Gorduras Totais NDA NDA 20-35 Proteiacutena 066gkgd 56gd e 08gkgd 10-35 Fibras _ 21 _ Fonte Padovani et al 2006 Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos
nutricionais
25 QUALIDADE DA DIETA
251 iacutendice de qualidade da dieta
Aranha e outros (2000) afirmaram que a idade e a nutriccedilatildeo satildeo dois fatores
diretamente relacionados com o aparecimento e a gravidade de patologias os
idosos por exemplo apresentam uma reduccedilatildeo do funcionamento do sistema imune
devido a idade que pode ser piorado com uma maacute nutriccedilatildeo
Eacute evidente a importacircncia de uma alimentaccedilatildeo adequada para os idosos diversos
estudos demonstram uma relaccedilatildeo direta entre a dieta e o surgimento de doenccedilas
crocircnicas em idosos como hipertensatildeo arterial e diabetes (BARBOSA 2012)
36
A avaliaccedilatildeo do consumo alimentar que subsidia uma intervenccedilatildeo nutricional
adequada especiacutefica eacute um instrumento de muita eficaacutecia poreacutem de difiacutecil aplicaccedilatildeo
Vaacuterios estudos veem tentando criar instrumentos capazes de responder aos
desafios impostos pela complexidade da dieta humana Os meacutetodos de investigaccedilatildeo
do consumo de alimentos a serem utilizados dependem do objetivo do estudo e se
as estimativas seratildeo individuais ou para grupos populacionais sendo que cada
meacutetodo apresenta vantagens e desvantagens (WENDPAP 2012)
Com o aumento da incidecircncia de patologias relacionadas principalmente com os
haacutebitos alimentares tecircm se dado mais atenccedilatildeo a avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
de indiviacuteduos e populaccedilotildees um meacutetodo que vem sendo proposto para analisar a
ingestatildeo alimentar eacute Iacutendice de Qualidade da Dieta (IQD) que foi adaptado para a
populaccedilatildeo brasileira e revisado por Previdelli e outros (2011)
O Iacutendice de Qualidade da Dieta ndash Revisado (IQD-R) se baseia na avaliaccedilatildeo das
porccedilotildees de alimentos ingeridos em relaccedilatildeo agraves recomendaccedilotildees do Guia alimentar
para a populaccedilatildeo brasileira (2006) que tem o objetivo de promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes
da prevenccedilatildeo de distuacuterbios nutricionais como deficiecircncia de nutrientes e obesidade
Previdelli e outros (2011) afirma que o IQD-R pode ser de grande auxiacutelio para a
avaliaccedilatildeo do consumo alimentar de diversas faixas etaacuterias aleacutem de promover
subsiacutedios para o planejamento de accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede como
intervenccedilatildeo e educaccedilatildeo nutricional
O IQD-R avalia doze componentes sendo nove grupos alimentares dois satildeo
nutrientes e um grupo de calorias proveniente de gordura soacutelida aacutelcool e accediluacutecar de
adiccedilatildeo (Gord_AA) Os grupos alimentares satildeo ldquoFrutas Totaisrdquo(inclui frutas e sucos
de frutas naturais) ldquoFrutas integraisrdquo (exclui sucos de frutas) ldquoVegetais Totaisrdquo
ldquoVegetais Verdes Escuros e Alaranjados e Leguminosasrdquo (este uacuteltimo soacute eacute pontuado
apoacutes atingir-se a pontuaccedilatildeo maacutexima de carnes ovos e leguminosas)ldquoCereais
Totaisrdquo (inclui raiacutezes e tubeacuterculos) ldquoCereais Integraisrdquo ldquoLeite e Derivadosrdquo(inclui
inclusive bebidas agrave base de soja) ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo ldquoOacuteleosrdquo (inclui as
gorduras mono e poliinsaturadas oacuteleos das oleaginosas e gordura de peixe) Os
nutrientes incluem ldquoSoacutediordquo e ldquoGordura saturadardquo O valor do IQD-R pode variar entre
0 e 100 sendo que os escores mais altos indicam que a ingestatildeo alimentar estaacute
proacutexima das recomendaccedilotildees (MOTA et al 2008 WENDPAP 2012)
37
252 Alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento
Segundo o manual brasileiro referente agrave alimentaccedilatildeo saudaacutevel para a pessoa idosa
publicado pelo Ministeacuterio da Sauacutede em 2009 dez passos devem ser seguidos como
forma de orientaccedilatildeo para alcanccedilar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel no envelhecimento o
que inclui
bull Realizaccedilatildeo de pelo menos trecircs refeiccedilotildees e dois lanches saudaacuteveis ao longo
do dia evitando ficar sem alimentar por muito tempo dando preferecircncia a
alimentos de faacutecil mastigaccedilatildeo como frutas amassadas ou picadas e carnes
desfiadas ou moiacutedas devido agraves dificuldades de mastigaccedilatildeo e degluticcedilatildeo
comumente encontradas em idosos decorrente da perda de dentes e da
diminuiccedilatildeo da saliva
bull Inclusatildeo de seis porccedilotildees diaacuterias de cerais e tubeacuterculos dando preferecircncias
aos alimentos integrais uma vez que os alimentos integrais possuem um alto
teor de fibras que contribuem tambeacutem para um adequado funcionamento do
intestino
bull Trecircs porccedilotildees de legumes e verduras nas grandes refeiccedilotildees diariamente
Estes alimentos satildeo fontes principais de vitaminas minerais e fibras
bull Trecircs porccedilotildees ou mais de frutas nas sobremesas e nos lanches diariamente
As frutas tambeacutem satildeo importantes fontes de fibras e vitaminas e devem
incrementar os lanches saudaacuteveis ao longo do dia
bull Consumo de arroz e feijatildeo em pelo menos cinco dias da semana A
combinaccedilatildeo desses alimentos resulta em uma ingestatildeo de proteiacutena completa
bull Trecircs porccedilotildees diaacuteria de leite e derivados e uma porccedilatildeo de carnes aves
peixes ou ovos dando preferecircncia a carnes magras O leite e seus derivados
satildeo importantes fontes de caacutelcio um mineral essencial na manutenccedilatildeo do
tecido oacutesseo As carnes satildeo fontes de ferro e de proteiacutena de alto valor
bioloacutegico
bull Reduccedilatildeo da quantidade de sal nas refeiccedilotildees devido a grande prevalecircncia de
hipertensatildeo arterial encontrada em toda a populaccedilatildeo brasileira e em especial
em idosos
38
bull Ingestatildeo de pelo menos dois litros de aacutegua no qual equivale
aproximadamente aacute seis ou oito copos meacutedio Uma ingestatildeo de aacutegua
adequada eacute essencial para um bom funcionamento orgacircnico
bull Reduccedilatildeo no consumo de refrigerantes sucos industrializados biscoitos
recheados e doces em geral Estes alimentos industrializados possuem
geralmente em sua composiccedilatildeo um grande teor de soacutedio que contribui para o
aumento da pressatildeo arterial aleacutem de possuiacuterem tambeacutem grande quantidade
de conservantes
bull Reduccedilatildeo no consumo de bebidas alcooacutelicas e realizaccedilatildeo de praacutetica de
atividade fiacutesica regular por pelo menos trinta minutos diariamente O consumo
de aacutelcool estaacute diretamente relacionado ao ganho de peso e a diversos
prejuiacutezos aacute sauacutede como problemas hepaacuteticos por exemplo A praacutetica de
atividade fiacutesica regular traz inuacutemeros benefiacutecios agrave sauacutede como controle do
peso e prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis
Outras orientaccedilotildees tambeacutem satildeo de suma importacircncia para que o idoso tenha
condiccedilotildees de se realizar uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel diariamente
bull A mesa de refeiccedilatildeo deve ser posta de forma simples de forma a facilitar a
realizaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pelo idoso
bull Deve haver um contraste entre toalha da mesa e utensiacutelios afim de que se
facilite a visatildeo do indiviacuteduo e consequentemente facilite a sua alimentaccedilatildeo
bull Os utensiacutelios a serem utilizados pelos idosos devem ser simples de modo
que o seu manuseio seja faacutecil e natildeo apresente riscos elevados de quebra
253 Seguranccedila Alimentar
O termo seguranccedila alimentar estaacute relacionado ao acesso a uma alimentaccedilatildeo
adequada em niacutevel qualitativo e quantitativo de forma a atender as necessidades
individuais enquanto que o termo de inseguranccedila alimentar engloba vaacuterios fatores
deste a preocupaccedilatildeo em adquirir o alimento a perda da qualidade e diversidade dos
alimentos (FAZZIO 2012)
39
Diversos estudos vecircm apontando os crescentes casos de inseguranccedila alimentar que
vem atingindo os idosos que interferem em uma adequada nutriccedilatildeo e
consequentemente interferem na sauacutede desta populaccedilatildeo (LEON et al 2005)
A prevalecircncia de residecircncias de idosos que apresentam inseguranccedila alimentar eacute
cada vez mais encontrada em todo o mundo nos Estados Unidos essa prevalecircncia
varia 6 a 16 em Campinas a inseguranccedila alimentar chegou a atingir 52 das
residecircncias com idosos (LEON et al 2005)
Os indiviacuteduos idosos que apresentam inseguranccedila alimentar e nutricional dentro de
suas residecircncias tem maiores chances de possuir deficiecircncias nutricionais
decorrente da inadequada ingestatildeo de diversos nutrientes incluindo principalmente
caacutelcio vitamina A e proteiacutena quando comparados a idosos que vivem em seguranccedila
alimentar (ROSE OLIVEIRA 1991 citado por BARBOSA et al 2013)
26 AVALIACcedilAtildeO NUTRICIONAL DO INDIVIacuteDUO IDOSO
Para traccedilar o diagnoacutestico do estado nutricional de idosos muitos indicadores que
satildeo utilizados para avaliaccedilatildeo da antropometria de outras faixas etaacuterias tambeacutem
fazem parte deste diagnoacutestico como o peso e a altura que permitem a avaliaccedilatildeo do
iacutendice de massa corporal (IMC) Circunferecircncia do braccedilo (CB) Circunferecircncia da
Cintura (CC) e prega cutacircnea tricipital entretanto essa populaccedilatildeo ainda conta com
um indicador especiacutefico para avaliaccedilatildeo principalmente de perda de massa magra e
consequentemente desnutriccedilatildeo que eacute a Circunferecircncia da Panturrilha (CERVI
FRANCESCHINI PRIORE 2006)
Quanto aos indicadores observa-se assim uma vasta opccedilatildeo de utilizaccedilatildeo entretanto
as maiores dificuldades na precisatildeo do diagnoacutestico do estado nutricional do idoso
ficam por conta dos pontos de cortes especiacuteficos que em muitas vezes natildeo satildeo
estabelecidos para esta populaccedilatildeo que sofrem diversas alteraccedilotildees orgacircnicas e
funcionais (CERVI FRANCESCHINI PRIORE 2006)
261 Iacutendice de Massa Corporal O objetivo do iacutendice de massa corporal eacute avaliar a massa corporal em comparaccedilatildeo agrave
altura de forma simples e raacutepida utilizando apenas o peso em quilogramas e a
altura em metro quadrado (PERISSINOTTO et al 2002)
40
Sendo assim o uso deste indicador eacute muito frequente na avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica
de diversas populaccedilotildees Entretanto diversos estudos afirma a necessidade de
associar o diagnoacutestico pelo IMC com outros indicadores uma vez que este natildeo
diferencia a massa corporal ou seja natildeo identifica a distribuiccedilatildeo de tecido adiposo e
tecido muscular (PERISSINOTTO et al 2002)
Quanto aos pontos de corte utilizados do IMC para idosos o Ministeacuterio da Sauacutede
atraveacutes do Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
sugere a utilizaccedilatildeo de uma faixa de normalidade entre o valores de 22kgmsup2 e
27kgmsup2 sendo classificados como baixo peso indiviacuteduos idosos que apresentem
IMC inferior a 22kgmsup2 e como sobrepeso indiviacuteduos que apresentem uma valor
acima de 27kgmsup2 natildeo havendo pontos de cortes que defina o niacutevel de desnutriccedilatildeo
e niacutevel de obesidade (SAMPAIO 2006)
Uma grande dificuldade encontrada na utilizaccedilatildeo do IMC para idosos eacute decorrente
da insensibilidade deste indicador quanto ao decreacutescimo de estatura aumento de
tecido adiposo e aumento da massa muscular e quantidade de aacutegua corporal que
satildeo alteraccedilotildees comumente encontradas no envelhecimento (SANTOS SICHIERI
2005)
262 Circunferecircncia do Braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo reflete a composiccedilatildeo corporal total incluindo tecido oacutesseo
massa muscular e tecido adiposo e possibilita a aplicaccedilatildeo de outros indicadores
como a circunferecircncia muscular do braccedilo
A circunferecircncia do braccedilo (CB) em idosos tende a diminuir devido agrave perda de massa
magra tiacutepico da idade e tambeacutem pelo deslocamento da gordura para regiatildeo central
na avaliaccedilatildeo deste indicador relaciona-se o valor encontrado com o valor meacutedio para
a idade do indiviacuteduo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA GONZALES
2013)
263 Circunferecircncia da Cintura A medida circunferecircncia da cintura eacute um indicador essencial uma vez que atraveacutes
deste eacute possiacutevel verificar uma possiacutevel localizaccedilatildeo acumulada de tecido adiposo
41
nessa regiatildeo e uma circunferecircncia da cintura elevada revela possiacuteveis riscos
cardiovasculares e metaboacutelicos (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
Em relaccedilatildeo aos pontos de cortes natildeo haacute uma definiccedilatildeo especiacutefica para a utilizaccedilatildeo
em idosos o que dificulta a precisatildeo do diagnoacutestico nutricional uma vez que o
aumento de gordura na regiatildeo abdominal eacute comum em idosos devido a
redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo que acontece em maiores proporccedilotildees pelo
deslocamento desse tecido dos membros para a regiatildeo central do tronco (PAIVA
NETO OLIVEIRA SANTOS 2007)
264 Prega Cutacircnea Tricipital
A afericcedilatildeo da prega cutacircnea tricipital e em geral todas as outras pregas cutacircneas
permitem identificar a quantidade de tecido adiposo subcutacircneo Trata-se de um
indicador sensiacutevel a desnutriccedilatildeo que permite avaliar os estoques de gordura
corporal Os pontos de cortes utilizados na avaliaccedilatildeo deste indicador vatildeo de acordo
com a medida obtida e a medida meacutedia (p50) de acordo com a idade do indiviacuteduo
(FIORE et al 2006)
Assim como na Circunferecircncia do braccedilo espera-se uma reduccedilatildeo do valor da prega
cutacircnea tricipital decorrente da redistribuiccedilatildeo do tecido adiposo nesta populaccedilatildeo
estudada o que leva a reduccedilatildeo da precisatildeo deste indicador em relaccedilatildeo a
sensibilidade de desnutriccedilatildeo (MENEZES MARUCCI 2005 CALIXTO-LIMA
GONZALES 2013)
265 Circunferecircncia da Panturrilha A circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador utilizado geralmente para avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica de indiviacuteduos idosos por ser sensiacutevel a depleccedilatildeo muscular nesta
faixa etaacuteria e de faacutecil obtenccedilatildeo (SAMPAIO 2004)
Segundo Acunatilde e Cruz (2004) a circunferecircncia da panturrilha eacute o indicador mais
sensiacutevel agrave desnutriccedilatildeo em idosos sendo superior a outro indicador de suma
importacircncia que eacute a circunferecircncia do braccedilo
42
O valor circunferecircncia da panturrilha menor que 31 cm classifica-se como
desnutriccedilatildeo representando perda de massa muscular enquanto que achados acima
desse valor satildeo classificados como eutrofia (SPEROTTO 2010)
27 A IMPORTAcircNCIA DA ATIVIDADE FIacuteSICA NO ENVELHECIMENTO
Caracteriza-se como atividade fiacutesica qualquer movimento do corpo que envolva a
contraccedilatildeo muscular e em qualquer ambiente seja em casa no trabalho ou ao ar
livre e alguns benefiacutecios podem aparecer mesmo com pouco tempo de praacutetica em
indiviacuteduos sedentaacuterios (ZAITUNE et al 2010)
A praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem eacute de fundamental importacircncia na prevenccedilatildeo de
diversas doenccedilas crocircnicas e em meio agrave transiccedilatildeo demograacutefica essa praacutetica se torna
ainda mais relevante Essa importacircncia pode ser verificada atraveacutes de um dos
objetivos do Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o enfrentamento das doenccedilas
crocircnicas natildeo transmissiacuteveis do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil no qual quer a busca
da promoccedilatildeo da sauacutede atraveacutes da praacutetica de exerciacutecio fiacutesico (MADEIRA et al 2013)
A falta de atividade fiacutesica principalmente em idosos pode complicar a perda de
massa magra que eacute comum em indiviacuteduos dessa faixa etaacuteria uma vez que
geralmente eacute decorrente das alteraccedilotildees hormonais principalmente pela reduccedilatildeo na
siacutentese de hormocircnios de crescimento de hormocircnios sexuais (MAGALHAtildeES 2011)
A atividade fiacutesica eacute reconhecida por inuacutemeros benefiacutecios aacute sauacutede de quem a pratica
e com os idosos natildeo eacute diferente eacute constatada uma melhora na qualidade de vida e
na sauacutede em geral o que consequentemente leva a reduccedilatildeo da probabilidade do
aparecimento de doenccedilas crocircnicas internaccedilotildees e morte (ZAITUNE et al 2010)
Fiatorone-Singh (1998) citado por Matsudo (2002) afirma que a praacutetica regular de
atividade fiacutesica possui grande influecircncia sobre as alteraccedilotildees na composiccedilatildeo corporal
comumente encontradas em idosos uma vez em que em diversos estudos foi
confirmada a hipoacutetese de que idosos ativos possuem um melhor estado nutricional
quando comparado a idosos sedentaacuterios em relaccedilatildeo a indicadores de peso iacutendice
de massa corporal gordura corporal e ainda relaccedilatildeo cintura-quadril
Os benefiacutecios da praacutetica de atividade fiacutesica tambeacutem estatildeo relacionados diretamente
com o aumento da capacidade funcional de idosos uma vez que a capacidade
43
funcional interfere na forccedila muscular que por sua vez eacute inteiramente dependente da
massa muscular Visto que a atividade fiacutesica contribui para fortalecimento da massa
muscular haacute consequentemente uma reduccedilatildeo na perda natural deste tecido
decorrente do envelhecimento (MATSUDO 2002)
A prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas atraveacutes da melhora do estado nutricional
relacionada ao aumento da capacidade funcional e outros benefiacutecios decorrentes da
praacutetica de atividade fiacutesica leva consequentemente a uma elevaccedilatildeo da qualidade de
vida do indiviacuteduo idoso que me muitas vezes se encontra comprometida
(MATSUDO 2002)
A falta da praacutetica de atividade fiacutesica vem sendo crescente em toda a populaccedilatildeo
mundial Masso e outros (2005) em seu estudo que identificava a prevalecircncia de
sedentarismo em mulheres relataram que somente 37 da sua populaccedilatildeo se
encontram ativas ou seja que tinham o haacutebito regular de praticar alguma atividade
fiacutesica
Ferreira e Gobi (2003) afirma que o excesso de peso natildeo estaacute relacionado somente
com um consumo alimentar inadequado uma vez que estudos recentes vecircm
comprovando que a obesidade adquirida ao longo de anos estaacute mais relacionada
com o sedentarismo do que uma ingestatildeo excessiva de alimentos
Os mecanismos que levam a atividade fiacutesica agrave prevenccedilatildeo e ao tratamento de
doenccedilas e agrave incapacidade funcional envolvem principalmente a reduccedilatildeo da
adiposidade corporal a queda da pressatildeo arterial a melhora do perfil lipiacutedico e da
sensibilidade agrave insulina o aumento do gasto energeacutetico da massa e da forccedila
muscular da capacidade cardiorrespiratoacuteria da flexibilidade e do equiliacutebrio
(FERREIRA GOBI 2003)
Segundo Toscano e Olivera (2007) os programas puacuteblicos criados para a promoccedilatildeo
de praacutetica de atividade fiacutesicas satildeo importantes para o aumento da qualidade de vida
seja atraveacutes dos benefiacutecios desta praacutetica e atraveacutes de um maior conviacutevio social que
afasta a solidatildeo
Matsudo (2002) relata que vaacuterios pesquisadores ressaltam a necessidade da
implantaccedilatildeo de programas voltados agrave praacutetica de atividade fiacutesica em todo mundo
uma vez que estes mesmo pesquisadores encontraram resultados bastante
satisfatoacuterios relacionados agrave praacutetica regular de atividade fiacutesica demostrando ainda
44
que esta praacutetica eacute essencial para diminuir as consequecircncias indesejaacuteveis na sauacutede
dos indiviacuteduos decorrentes do envelhecimento
Atualmente no mundo todo a prevenccedilatildeo de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis e
outras intercorrecircncias na sauacutede provocadas pelo passar da idade natildeo poder estar
isolada da praacutetica de atividade fiacutesica (MATSUDO et al 2006)
Atraveacutes de vaacuterios resultados positivos evidenciados em diversos estudos que
abordaram a atividade fiacutesica e os benefiacutecios proporcionados a seus praticantes jaacute eacute
possiacutevel verificar o aumento de investimento de oacutergatildeo puacuteblicos e privados em
programas de incentivo e orientaccedilatildeo a praacutetica de atividade fiacutesica (FERREIRA GOBI
2003)
Hoje em dia diversas aacutereas dos oacutergatildeos puacuteblicos estatildeo investindo em programas de
incentivo a atividade fiacutesica principalmente para os idosos entretanto deve-se ter
cautela na execuccedilatildeo destes programas garantindo um espaccedilo fiacutesico adequado com
profissionais qualificados a fim de que se possa realmente alcanccedilar os objetivos
destes programas (BENEDETTI GONCcedilALVES 2007)
45
3 METODOLOGIA 31 DESENHO DE ESTUDO
Foi realizado um estudo descritivo transversal com uma abordagem qualitativa com
40 idosos cadastrados no Comitecirc de Sauacutede do Idoso de Jacaraiacutepe muniacutecipio de
Serra participantes e natildeo participantes do programa municipal de orientaccedilatildeo ao
exerciacutecio fiacutesico realizado neste espaccedilo
O estudo ocorreu em dois encontros na primeira consulta ocorreu a identificaccedilatildeo do
paciente e a coleta de dados antropomeacutetricos Inicialmente foi realizado a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) e em
seguida foi realizada uma entrevista para o preenchimento do Prontuaacuterio contendo
os seguintes itens Identificaccedilatildeo do paciente e avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica (Apecircndice
B) e o paciente foi convidado ainda a realizar o registro alimentar de trecircs dias para
ser analisado na proacutexima consulta (Apecircndice C)
No segundo encontro que foi realizado uma semana apoacutes a primeira consulta foi
coletado o registro alimentar de trecircs dias e ainda foi aplicado o questionaacuterio
Internacional de Niacutevel de Atividade Fiacutesica do tipo IPAQ curto para classificaacute-los
quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica exercido pelos mesmos (Anexo A)
32 CARACTERIZACcedilAtildeO DO LOCAL DE REALIZACcedilAtildeO
O Comitecirc de sauacutede do idoso trata-se de uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
registrada regularmente instituiacutedo por um grupo de idosos da regiatildeo mas conta com
o apoio da Prefeitura da Serra o proacuteprio espaccedilo fiacutesico eacute cedido pela prefeitura e
sendo assim o mesmo local recebe o Programa municipal de orientaccedilatildeo ao exerciacutecio
fiacutesico
Os idosos cadastrados no comitecirc contribuem com um valor singelo mensalmente
para que sejam criadas atividades recreativas para os mesmos como curso de
pintura bordado viagens e outros Atualmente existem cerca de cento e sessenta
idosos cadastrados no comitecirc e um grupo de oito idosos compotildeem a diretoria sendo
um presidente que planejam atividades e buscam apoio de entidades puacuteblicas e
privadas para realizaccedilatildeo de alguns serviccedilos e atividades
46
A principal atividade exercida pelos cadastrados eacute o PROEF que conta com um
educador fiacutesico que orienta os participantes do programa com ginaacutestica aeroacutebica
com duraccedilatildeo de uma hora por trecircs vezes na semana entretanto natildeo satildeo todos os
cadastrados no comitecirc de sauacutede do idoso que participam deste programa
33 ASPECTOS EacuteTICOS
Foi informado aos indiviacuteduos todos os procedimentos a serem realizados durante a
pesquisa antes de assinar o termo de consentimento livre e esclarecido conforme
as normas para realizaccedilatildeo de Pesquisa em seres humanos e atendendo aos
criteacuterios da Eacutetica da Pesquisa em Sauacutede segundo descrito na Resoluccedilatildeo 19696
(BRASIL 2002)
O Projeto de pesquisa do presente trabalho foi submetido ao Comitecirc de eacutetica e
Pesquisa da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo tendo sido aprovado
34 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
As medidas antropomeacutetricas analisadas para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal
dos indiviacuteduos foram peso corporal altura percentual de gordura circunferecircncias
do braccedilo cintura panturrilha e prega cutacircnea tricipital
Para a coleta das medidas antropomeacutetricas foram utilizados os seguintes
instrumentos balanccedila de bioimpedacircncia da marca Tanitareg devidamente calibrada
com capacidade de 150 kg e precisatildeo de 100g adipocircmetro de marca Cescorf
devidamente calibrado com amplitude de 88 mm e precisatildeo de 01mm fita meacutetrica
natildeo elaacutestica da marca Sanny estadiocircmetro da marca Altura Exata e com precisatildeo
de 05cm
O indiviacuteduo foi pesado usando roupas leves sem sapatos e sem qualquer objeto de
metal com o auxiacutelio da balanccedila Tanitareg colocada numa superfiacutecie plana e riacutegida
pela qual se obteve aleacutem do peso os valores dos percentuais de gordura e de
aacutegua Ressalta-se a natildeo indicaccedilatildeo do uso da bioimpedacircncias em indiviacuteduos que
possuem em seu corpo algum material metaacutelico como marcapasso devido as
possiacuteveis falhas na passagem da corrente eleacutetrica (CONSELHO FEDERAL DE
MEDICINA 2009)
47
A altura foi determinada utilizando-se o estadiocircmetro sendo orientado ao paciente
permanecer descalccedilo em posiccedilatildeo ereta olhando para o horizonte com os
calcanhares unidos e apoiados agrave parte posterior do estadiocircmetro assim como a
parte posterior dos joelhos naacutedegas e escaacutepulas estando a cabeccedila posicionada
reta (BRASIL 2011c)
Na tabela 2 satildeo encontrado os resultados do IMC com base no peso e altura
aferidos do paciente usando a foacutermula IMC = Peso corporal (kg) Estatura (m)sup2
sendo este avaliado segunda a classificaccedilatildeo recomendado pelo Sistema de
Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2011
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do IMC para Idosos Classificaccedilatildeo IMC (kgmsup2) Risco de Comorbidades
Baixo Peso lt 22 Baixo Peso Normal 22 - 269 Meacutedio Sobrepeso ge270 - Fonte The Nutrition Screening Initiative (1994) citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e
Nutricional Orientaccedilotildees para coleta anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede
(2011)
Os valores de referecircncia utilizados para a classificaccedilatildeo do percentual de gordura
corporal de idosos segundo GALLAGHER et al (2000) encontram-se no tabela 3
Tabela 3 - Classificaccedilatildeo do percentual de gordura corporal de idosos
Classificaccedilatildeo Gordura Corporal ()
Homens Mulheres Baixo lt13 lt24
Adequado 13 ndash 249 24 - 359
Elevado 25 - 299 36 - 419
Muito Elevado ge 30 ge 42
Fonte GALLAGHER et al 2000 Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex
A circunferecircncia da cintura foi aferida com o paciente em peacute usando a fita meacutetrica
para circundar o indiviacuteduo no ponto meacutedio entre a crista iliacuteaca e a uacuteltima costela A
circunferecircncia da cintura (CC) foi utilizada com o objetivo de identificar o padratildeo de
distribuiccedilatildeo da massa adiposa pois eacute considerado o melhor indicador para a
48
avaliaccedilatildeo do risco de doenccedilas cardiovasculares e metaboacutelicas em estudos
epidemioloacutegicos (MARTINS et al 2009) Utilizaram-se os pontos de corte definidos
na Diretriz Brasileira de Obesidade (2010) e atualmente recomendados pelo
Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional (tabela 4)
Tabela 4 - Circunferecircncia da cintura e riscos de complicaccedilotildees metaboacutelicas associadas agrave obesidade em homens e mulheres Risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas Homem Mulher
Aumentado ge 94 ge 80
Substancialmente aumentado ge 102 ge 88
Fonte WHO 2000 citado por Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilotildees para coleta
anaacutelise de dados antropomeacutetricos nos serviccedilos de sauacutede (2011)
A circunferecircncia do braccedilo foi mensurada com o individuo em peacute com o braccedilo
flexionado a 90 graus para determinaccedilatildeo do ponto meacutedio entre o acrocircmio e o
oleacutecramo e em seguida com o braccedilo estendido e relaxado ao longo do corpo
posicionando a fita no sentido horizontal para a obtenccedilatildeo da medida (COSTA 2012)
O resultado obtido foi comparado aos valores de referecircncia demonstrados na tabela
de percentis por Frisancho (1990) no anexo B A adequaccedilatildeo da CB foi determinada
atraveacutes da foacutermula Adequaccedilatildeo da CB ()= CB obtida (cm) CB percentil 50 x 100 e
o estado nutricional classificado de acordo com o tabela 5
Tabela 5 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a circunferecircncia do braccedilo
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por Sommacal 2011 A circunferecircncia da panturrilha eacute considerada um oacutetimo indicador antropomeacutetrico
para idosos uma vez que possibilita a identificaccedilatildeo de alteraccedilotildees da massa
muscular em idosos com um ponto de corte menor de 31 centiacutemetros como
indicador de desnutriccedilatildeo (ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE citado por
MOREIRA et al 2011)
49
A teacutecnica de mensuraccedilatildeo da prega cutacircnea tricipital foi preconizada por Lohman
(1991) citado por Sommacal e outros (2011) no qual indica que para a afericcedilatildeo da
prega cutacircnea tricipital deve ser realizado no mesmo ponto meacutedio utilizado para a
CB no qual deve-se separar levemente a prega do braccedilo natildeo-dominante
desprendendo-a do tecido muscular e aplicar o calibrador formando um acircngulo reto
O braccedilo deve estar relaxado e solto ao lado do corpo
O valor encontrado da prega cutacircnea tricipital foi comparado ao padratildeo de referecircncia
no anexo C e posteriormente foi calculado a adequaccedilatildeo da PCT atraveacutes da
equaccedilatildeo
Adequaccedilatildeo da PCT = PCT obtida PCT percentil 50 x 100 A adequaccedilatildeo da PCT foi
classificada segundo a tabela 6
Tabela 6 - Classificaccedilatildeo do estado nutricional segundo a adequaccedilatildeo da PCT
Desnutriccedilatildeo grave
Desnutriccedilatildeo moderada
Desnutriccedilatildeo leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB lt 70 70 a 80 80 a 90 90 a 110 110 a 120 gt120
Fonte Blackburn GL amp Thornton PA 1979 citado por lSommacal 2011 35 AVALIACcedilAtildeO DO CONSUMO ALIMENTAR
No primeiro encontro os indiviacuteduos participantes receberam trecircs formulaacuterios para
realizaccedilatildeo do registro e orientaccedilotildees de como realizar o registro alimentar de trecircs
dias sendo que deveriam ser realizados em dias natildeo consecutivos contemplando
dois dias da semana e um dia do final de semana Cada participante deveria anotar
todos os alimentos e bebidas ingeridos ao longo do dia e suas respectivas
quantidades incluindo os alimentos consumidos fora de sua residecircncia (FISBERG
MARCHIONI COLUCCI 2009) Foi orientado ainda ao indiviacuteduo que solicitasse
auxilio aacute um familiar caso encontrasse dificuldades em preencher o relatoacuterio
Com a coleta do registro alimentar de trecircs dias foi possiacutevel realizar o caacutelculo de
energia em (kcal) macronutrientes e micronutrientes A anaacutelise foi realizada atraveacutes
de caacutelculos manuais com o auxiacutelio da tabela brasileira de composiccedilatildeo dos alimentos
(TACO)
50
A anaacutelise do consumo alimentar ocorreu com a utilizaccedilatildeo o iacutendice de qualidade da
dieta revisado que foi reformulado por Previdelli (2011) em conformidade com as
recomendaccedilotildees dieteacuteticas preconizadas pelo guia alimentar para a populaccedilatildeo
brasileira de 2006 para a classificaccedilatildeo da qualidade da dieta seratildeo utilizados os
pontos de corte proposto pelo mesmo autor que classifica uma dieta ldquoinadequadardquo
abaixo de 40 pontos entre 41 e 64 pontos dieta que ldquoprecisa de modificaccedilatildeordquo e
acima de 64 pontos classifica-se como ldquodieta saudaacutevelrdquo (Anexo D e E)
36 NIacuteVEL DE ATIVIDADE FIacuteSICA
A atividade fiacutesica pode ser considerada uma grande estrateacutegia em sauacutede puacuteblica
visto que poderiacuteamos atingir uma grande economia com a reduccedilatildeo do sedentarismo
Hoje em dia encontra-se mais de dois milhotildees de mortes anualmente causadas pela
inatividade fiacutesica em todo o mundo O sedentarismo natildeo estaacute relacionado somente
com doenccedilas e morte mas tambeacutem com a geraccedilatildeo de altos custos a sociedade No
ano de 1995 pode ser constatado que os Estados Unidos gastaram vinte e quatro
bilhotildees de doacutelares somente com o sedentarismo Sendo assim podemos observar
que com o aumento da praacutetica de atividade fiacutesica da populaccedilatildeo pode-se contribuir
indiretamente para o desenvolvimento humano e o progresso econocircmico
(WASHBURN 1993 et al Citado por PARDINI et al 2001 p46)
Um dos grandes fatores para o aparecimento de doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis eacute o sedentarismo O haacutebito de praticar algum tipo de atividade fiacutesica
tem sido usado como um meacutetodo faacutecil e de baixo custo para prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas Recomendam-se a praacutetica de pelo menos trinta minutos de atividade
diariamente para que seus benefiacutecios sejam apresentados (MASSON et al 2005)
O IPAQ estima o niacutevel de praacutetica habitual de atividade fiacutesica e foi desenvolvido pelo
Grupo Internacional para Consenso em Medidas da Atividade Fiacutesica constituiccedilatildeo
sob a chancela da OMS para ser utilizado em vaacuterios paiacuteses dentre eles Brasil e
Japatildeo (GUEDES et al 2005 GUEDES 2007 CORA 2003 citado por MIZUNO
2007)
O niacutevel de atividade fiacutesica foi determinado atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um Questionaacuterio
Internacional de Atividade Fiacutesica ndash IPAQ na forma curta proposto por MIZUNO
(2007) sendo utilizadas quatro questotildees para avaliar a atividade fiacutesica dentro de uma
51
semana normal Os entrevistados relataram as atividades que satildeo realizadas ao
longo da semana em casa no trabalho e nas horas de lazer e descanso a
frequecircncia semanal e o tempo diaacuterio de cada atividade As atividades foram
classificadas como
1) vigorosas (corrida ginaacutestica aeroacutebica futebol velocidade raacutepida na bicicleta
basquete serviccedilos domeacutesticos pesados em casa ou no quintal carregar objetos com
peso alto)
2) moderadas (velocidade leve na bicicleta nataccedilatildeo danccedila ginaacutestica aeroacutebica leve
vocirclei carregar objetos com peso leve serviccedilos domeacutesticos em casa ou no quintal
como varrer e realizar cuidados no jardim)
3) caminhada (no trabalho ou por lazer)
4) sem gasto caloacuterico (sentado assistindo TV ou lendo)
Segundo o autor a partir dessas informaccedilotildees eacute possiacutevel estimar o gasto energeacutetico
em METs Um MET representa o consumo de oxigecircnio em repouso ou taxa
metaboacutelica de repouso Uma atividade que requer o dobro de energia do repouso
requer 2 METrsquos e assim sucessivamente Para o caacutelculo do gasto em METs o IPAQ
usa as seguintes foacutermulas
a) caminhada MET-minutosemanal = 33 X tempo diaacuterio de caminhada X frequumlecircncia
semanal
b) moderado MET- minutosemanal = 40 X tempo diaacuterio de atividade moderada X
frequecircncia semanal
c) vigoroso MET- minutosemanal = 80 X tempo diaacuterio de atividade vigorosa X
frequecircncia semanal d) total da atividade fiacutesica MET- minutosemanal = soma da
Caminhado + Moderado + Vigoroso MET - minutossemanal
Com essas informaccedilotildees classifica-se o indiviacuteduo em uma das seguintes categorias
a) baixo nenhuma atividade ou atividades que natildeo se enquadram nas categorias 2 e
3
b) moderado deve ser encaixar em pelos menos um dos criteacuterios de atividade
vigorosa por pelos menos trecircs dias por semana e em um periacuteodo miacutenimo de 20
minutos ou cinco ou mais dias de atividade moderada eou caminhada por pelo
52
menos 30 minutos por dia ou ainda qualquer combinaccedilatildeo de atividade moderada ou
vigorosa ou caminhada com gasto miacutenimo de 600 met-minsemana por cinco ou
mais dias na semana
c) alto Um dos dois criteacuterios atividade vigorosa em no miacutenimo 3 dias da semana
com gasto miacutenimo de 1500 MET-minutosemana ou 7 ou mais dias de combinaccedilatildeo
de caminhada atividade moderada e vigorosa com gasto miacutenimo de 3000 met-
minutosemana (IPAQ)
37 ANAacuteLISE DOS DADOS
Foi realizada uma anaacutelise descritiva das variaacuteveis quantitativas sendo os dados
apresentados em meacutedia desvio-padratildeo miacutenimo maacuteximo e mediana Os dados
qualitativos seratildeo apresentados atraveacutes de frequecircncia absoluta e relativa As
anaacutelises foram realizadas com auxilio do software SPSS V 20 2013
Para comparar os idosos praticantes de atividade fiacutesica baixo e praticantes de
atividade fiacutesica moderado foi aplicado o teste t de student nesta anaacutelise foi
considerado o niacutevel de significacircncia plt005
53
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 RESULTADOS
Foram avaliados 40 indiviacuteduos sendo que natildeo houve perdas da amostra e nem
desistecircncia por parte dos participantes Na tabela 7 estatildeo apresentadas as
caracteriacutesticas gerais da amostra estudada na qual aponta que 40 (100)
indiviacuteduos pesquisados eram do sexo feminino Com relaccedilatildeo ao niacutevel de atividade
fiacutesica 27 idosos (68) foram classificados com niacutevel moderado (MOD) seguido de
13 (32) indiviacuteduos da amostra com niacutevel baixo (BAIX)
Tabela 7 - Caracteriacutesticas gerais da amostra VARIAacuteVEIS N
Sexo Masculino 0 0 Feminino 40 100 Niacutevel de Atividade Fiacutesica Baixo 13 32 Moderado 27 68 Alto 0 0 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 8 - Medidas antropomeacutetricas de composiccedilatildeo corporal em meacutedia plusmn desvio padratildeo mediana (miacutenimo ndash maacuteximo) geral e por niacutevel de atividade fiacutesica VARIAacuteVEIS GRUPO BAIX GRUPO MOD GERAL P-VALOR
IMC (kgmsup2) 3130 plusmn 851 2905 (2115-5664)
2553 plusmn 386 2488 (1973-3451)
274 plusmn 630 2688 (1973-5664) 0005
GC () 3726 plusmn 685 384 (246-462)
3298 plusmn 686 318 (222-543)
3405 plusmn 699 338(222-542) 0113
CC (cm) 9716 plusmn 1873 97 (575-1395)
8568 plusmn 1038 84 (685-107)
8941 plusmn 1447 8925 (575-1395) 0017
CP (cm) 373 plusmn 401 38 (29-46)
3464 plusmn 369 345 (295-46)
3551 plusmn 3 35 (29-46) 0006
CB 11267 plusmn 2204 10819 (754-168)
9534 plusmn 1328 9506 (6885-12218)
10097 plusmn 1829 10063 (6885-168) 0045
de PCT 10361 plusmn 3148 98 (74-172)
7963 plusmn 2684 74 (38-152)
8657 plusmn 2993 79 (38-172) 0006
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
54
O IMC meacutedio do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo foi equivalente a
3130kgmsup2 que equivale a classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o valor meacutedio
encontrado no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado foi de 2553kgmsup2
caracterizando eutrofia O percentual de gordura corporal obteve meacutedia de 3726
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que equivale a uma classificaccedilatildeo de
elevaccedilatildeo e 3298 no qual equivale a adequaccedilatildeo no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado A circunferecircncia da cintura apresentou valores meacutedio de 9716 cm
equivalendo ao risco substancialmente aumentado de complicaccedilotildees metaboacutelicas e
8568 cm caracterizando risco aumentado para os grupos com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e com niacutevel de atividade fiacutesica moderado respectivamente O valor do
percentual de adequaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo apresentou media de 11267
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo que caracteriza sobrepeso e 9534 no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado que caracteriza eutrofia (tabela 8)
Um importante instrumento para a avaliaccedilatildeo de composiccedilatildeo corporal eacute o IMC sendo
que para idosos o valor acima de 27kgmsup2 claacutessica o indiviacuteduo com sobrepeso
abaixo de 22kgmsup2 como baixo peso e a eutrofia se encaixa entre os valores de
22kgmsup2 a 27kgmsup2 sendo assim a avaliaccedilatildeo quantitativa do perfil antropomeacutetrico da
amostra destaca que segundo o IMC no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo
769 (n=1) dos indiviacuteduos estatildeo com baixo peso tambeacutem 769 (n=1) se
encontram eutroacuteficos e 8461 (n=11) estatildeo com sobrepeso jaacute no grupo com
atividade fiacutesica moderado 1852 (n=5) dos indiviacuteduos apresentam baixo peso
4814 (n=13) satildeo eutroacuteficos e 3333 (n=9) estatildeo com sobrepeso Sendo assim o
grupo de com niacutevel de atividade fiacutesica moderado apresentou uma maior ocorrecircncia
de indiviacuteduos eutroacuteficos (figura 1)
Observa-se ainda a existecircncia da diferenccedila significante entre o iacutendice de massa
corporal dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o iacutendice de massa corporal
dos idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado uma vez que o p-valor
encontrado foi menor que 005 (0005) Sendo assim conclui-se que haacute correlaccedilatildeo
positiva entre a praacutetica de atividade fiacutesica e o iacutendice de massa corporal uma vez que
os indiviacuteduos praticantes de atividade fiacutesica baixo obtiveram um valor meacutedio maior
de iacutendice de massa corporal quando comparado ao grupo de idosos que possuem
niacutevel de atividade fiacutesica moderado
55
Figura 1 - Perfil nutricional segundo IMC de acordo com niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode-se observar que no grupo de idosos que possuem um niacutevel menor de atividade
fiacutesica 6153 (n=8) dos indiviacuteduos apresentaram risco substancialmente elevado de
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura mensurada
2307 (n=3) indiviacuteduos apresentaram risco aumentado e 1538 (n=2) natildeo
apresentaram riscos
Enquanto que no grupo de quem praacutetica atividade fiacutesica moderadamente 3333
(n=9) natildeo apresentaram riscos 2962 (n=8) apresentaram risco aumentado e
3703 (n=10) apresentaram risco substancialmente elevado de complicaccedilotildees
metaboacutelicas (figura 2)
Houve correlaccedilatildeo significante entre as medidas de circunferecircncia da cintura dos
grupos estudados encontrando o p-valor menor que 005 (0017) Dessa forma
conclui-se que haacute correlaccedilatildeo entre a praacutetica de atividade fiacutesica e a medida da
circunferecircncia da cintura uma vez que o valor meacutedio desse indicador foi menor no
grupo de indiviacuteduos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica moderado quando
comparado ao valor meacutedio encontrado no grupo de indiviacuteduos que possuem o niacutevel
de atividade fiacutesica baixo
769 769
8461
1852
4814
3333
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
56
Figura 2 - Classificaccedilatildeo de risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Com relaccedilatildeo ao percentual de gordura corporal apenas 9 indiviacuteduos do grupo com
niacutevel de atividade fiacutesica baixo foram avaliados devido a impossibilidade de se usar a
bioimpedacircncia decorrente da presenccedila de placas metaacutelicas no corpo dos indiviacuteduos
Sendo assim podemos observa na figura 3 que apenas 1111 (n=1) dos indiviacuteduos
avaliados do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam valores
adequados de percentual de gordura 5555 (n=5) apresentam valores elevados
3333 (n= 3) apresentam valores muito elevados e nenhum indiviacuteduo apresentou
baixo valor
No grupo dos indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica moderado 5185
(n= 14) dos indiviacuteduos possuem um percentual adequado 74 (n= 2) apresentam
baixo valor 3703 (n= 10) apresentam valor elevado 37 (n= 1) apresentam um
valor muito elevado e nenhum indiviacuteduo apresentou baixo valor
Observa-se que o percentual de gordura dos idosos estudados natildeo apresentou
correlaccedilatildeo com a praacutetica de atividade fiacutesica uma vez que o p-valor deste indicador
foi maior que 005 (0113) ou seja natildeo houve diferenccedila significante entre os valores
meacutedios de percentual de gordura entre os grupos
1538
2307
6153
3333 2962
3703 NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
57
Figura 3 ndashClassificaccedilatildeo gordura corporal de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha pode constatar que apenas 10 (n=4)
de toda a populaccedilatildeo apresentou o quadro de desnutriccedilatildeo com um valor de CP
menor que 31 cm sendo que apenas 769 (n=1) do grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica baixo se enquadraram neste paracircmetro e 1111 (n=7) do grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Na correlaccedilatildeo dos valores meacutedios de circunferecircncia da panturrilha entre os grupos
de idosos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo e o grupo de idosos que
apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado observa-se uma diferenccedila
estatisticamente comprovada uma vez que o p-valor encontrado foi menor que
0005 (0045) sendo assim o valor meacutedio encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado foi menor quando comparado ao niacutevel de atividade fiacutesica
baixo
Observa-se que na avaliaccedilatildeo da circunferecircncia do braccedilo o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica baixo apresentou um valor meacutedio de percentual de adequaccedilatildeo de
11267 que equivale a sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou um valor meacutedio de 9534 que equivale a eutrofia
A anaacutelise da prega cutacircnea tricipital revelou que o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresenta uma classificaccedilatildeo meacutedia de eutrofia com o valor meacutedio de
percentual de adequaccedilatildeo de 10361 e o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica
0
1111
5555
3333
74
5185
3703
37
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
58
moderado apresentou desnutriccedilatildeo moderada com o valor meacutedio de percentual de
adequaccedilatildeo de 7963
Observa-se que tanto a medida da circunferecircncia do braccedilo quanto a medida da
prega cutacircnea tricipital apresentaram diferenccedilas significantes entre os grupos
estudados uma vez que ambos apresentaram p-valor menor que 005 ou seja
conclui-se que os indiviacuteduos que possuem niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentam
valores maiores destes indicadores quando comparados ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
Eacute pertinente ao estudo comprovar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa corporal
e circunferecircncia da cintura coletadas no grupo de idosos com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado Para fazer a anaacutelise da natildeo correlaccedilatildeo entre os iacutendices de iacutendice
de massa corporal e circunferecircncia da cintura eacute necessaacuterio interpretar os dados
amostrais avaliando esses dois dados e confrontando-os em cada grupo amostral
Na tabela 9 e 10 estatildeo correlacionados os dados de iacutendice de massa corporal e
circunferecircncia da cintura do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e do grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
Tabela 9 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS SEM RISCO RISCO
AUMENTADO RISCO SUBSTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 1 1 0 0
Eutrofia 1 1 0 0
Sobrepeso 11 0 3 8 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 10 - Relaccedilatildeo entre IMC e CC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
SEM RISCO
RISCO AUMENTADO
RISCO SUSBTANCIALMENTE AUMENTADO
Baixo Peso 5 4 1 0 Eutrofia 13 5 5 3 Sobrepeso 9 0 2 7 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Observa-se de acordo com a tabela 9 somente os indiviacuteduos classificados como
sobrepeso no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentaram risco
59
aumentado ou substancialmente elevado para complicaccedilotildees metaboacutelicas associados
a circunferecircncia da cintura entretanto na tabela 10 pode-se observar que no grupo
com niacutevel de atividade fiacutesica moderado tanto alguns indiviacuteduos classificados com
eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com sobrepeso apresentaram risco
aumentado e substancialmente aumentado pode-se constatar ainda que um
indiviacuteduo classificado como baixo peso tambeacutem apresentou um risco aumentado
para complicaccedilotildees metaboacutelicas associado a circunferecircncia da cintura
Tabela 11 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo CLASSIFICACcedilAtildeO
DO IMC Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 1 0 1 0 0
Eutrofia 1 0 0 1 0
Sobrepeso 11 0 0 4 3
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Tabela 12 - Relaccedilatildeo entre IMC e GC dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de
atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS BAIXO ADEQUADO ELEVADO MUITO
ELEVADO
Baixo Peso 5 2 3 0 0 Eutrofia 13 0 10 3 0 Sobrepeso 9 0 1 7 1 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 11 e 12 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o percentual de gordura corporal tanto no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado alguns indiviacuteduos
mesmo sendo classificados com eutroacuteficos quanto agravequeles classificados com
sobrepeso apresentaram um percentual elevado de gordura corporal
Aplicando o iacutendice de qualidade da dieta pode se observar que a maioria da
populaccedilatildeo estudada encontra-se com uma ldquodieta saudaacutevelrdquo sendo representada por
7692 (n=10) no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo e por 85 18 (n=23) no
grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou 2307 (n=3) dos indiviacuteduos com ldquodieta que precisa de
60
modificaccedilatildeordquo enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou 1481 (n=4) nenhum indiviacuteduo dos dois grupos apresentou ldquodieta
inadequadardquo (figura 4)
Em geral a populaccedilatildeo de idosos estudada apresentou uma meacutedia do IQD-R de
7592 com variaccedilatildeo de 5672 a 9074 pontos O grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo apresentou uma meacutedia 7393 enquanto que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma valor meacutedia de 7688
Figura 4 - Iacutendice de qualidade da dieta de acordo com o niacutevel de atividade fiacutesica
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Pode ser observado na tabela 13 e 14 que na relaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal
com o iacutendice de qualidade da dieta revisado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo como no grupo com o niacutevel de atividade fiacutesica moderado a classificaccedilatildeo
de ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo apareceu em todas as classificaccedilotildees do iacutendice
de massa corporal ou seja indiviacuteduos com baixo peso eutroacuteficos e com sobrepeso
apresentaram ldquodieta que precisa de modificaccedilatildeordquo Em contrapartida diversos
indiviacuteduos com sobrepeso e tambeacutem com baixo peso apresentaram ldquodieta saudaacutevelrdquo
Sendo assim conclui-se que o iacutendice de massa corporal natildeo apresentou correlaccedilatildeo
com o iacutendice de qualidade da dieta ingerida pelos idosos
0
2307
7692
0
1481
8518
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA BAIXO
NIacuteVEL DE ATIVIDADEFIacuteSICA MODERADO
61
Tabela 13 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica baixo
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO DIETA
SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 1 0 0 1 Eutrofia 1 0 1 0 Sobrepeso 11 0 2 9 Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Tabela 14 - Relaccedilatildeo entre IMC e IQD-R dos indiviacuteduos que apresentam niacutevel de atividade fiacutesica moderado
CLASSIFICACcedilAtildeO DO IMC
Nordm DE INDIVIacuteDUOS
DIETA INADEQUADA
DIETA QUE PRECISA DE
MODIFICACcedilAtildeO
DIETA SAUDAacuteVEL
Baixo Peso 5 0 1 4 Eutrofia 13 0 2 11 Sobrepeso 9 0 1 8
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
62
42 DISCUSSAtildeO
Da populaccedilatildeo estudada todo o grupo era composto por mulheres essa situaccedilatildeo de
um nuacutemero maior de idosos do sexo feminino do que do sexo masculino encontrada
em vaacuterios outros estudos com a populaccedilatildeo idosa Galesi e outros (2008) que
avaliaram o perfil alimentar e nutricional de 60 idosos do sexo feminino e apenas 25
do sexo masculino em uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia e tambeacutem por Abreu e
outros (2008) que avaliaram a inadequaccedilatildeo no consumo alimentar de idosos no
qual 69 da amostra estudada era composta pelo sexo feminino Salgado citado por
Galesi e outros (2008) afirma que essas situaccedilotildees refletem a feminizaccedilatildeo da
populaccedilatildeo idosa ou seja realmente existe uma proporccedilatildeo relativamente maior de
idosos do sexo feminino do que do sexo masculino esse fenocircmeno eacute decorrente de
diversos fatores entre eles eacute a elevada expectativa de vida para mulheres que em
meacutedia vivem sete anos a mais do que os homens outro fato eacute a mulher geralmente
se casar com homens mais velhos que consequentemente morrem primeiro que
esta aumentando assim a sobrevivecircncia da esposa em relaccedilatildeo ao seu marido
Em paralelo Vera citado por Machado e outros (2006) afirma que a mulher possui
atitudes diferentes a dos homens frente a preocupaccedilatildeo com a sauacutede tendo uma
maior procura pelos serviccedilos ou qualquer atividade puacuteblica relacionada a sauacutede
encontrando assim em seu estudo 743 da amostra composta por mulheres
idosas
De acordo com o IPAQ 325 dos indiviacuteduos possuiacuteam niacutevel de atividade fiacutesica
baixo e 675 possuiacuteam niacutevel moderado de atividade fiacutesica Uma vez que a pratica
de atividade fiacutesica moderada ou vigorosa classifica o indiviacuteduo como ativo isso
implica dizer que 675 dos idosos analisados satildeo ativos
A praacutetica de atividade fiacutesica eacute essencial para todas as faixas etaacuterias mas no caso de
idosos esta praacutetica pode beneficiar ainda a sauacutede dos mesmos uma vez que a
atividade fiacutesica contribui para diminuiccedilatildeo de dores nas articulaccedilotildees diminuiccedilatildeo de
gordura corporal e maior captaccedilatildeo de glicose sanguiacutenea entre outros benefiacutecios
(FRANCHI JUacuteNIOR MONTENEGRO) Mota e outros (2006) afirma que a pratica de
atividade fiacutesica regular por idosos pode tambeacutem contribuir na prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas como hipertensatildeo arterial doenccedilas cardiovasculares diabetes e siacutendrome
63
metaboacutelica impactando assim no aumento de qualidade de vida e reduccedilatildeo de
mortalidade nesta populaccedilatildeo
Aleacutem de diversos benefiacutecios aacute sauacutede do idoso como prevenccedilatildeo de doenccedilas
crocircnicas a praacutetica regular de atividade fiacutesica ainda pode contribuir para o
retardamento da reduccedilatildeo da capacidade funcional do organismo decorrente do
envelhecimento contribuindo assim diretamente para o aumento da qualidade de
vida desta populaccedilatildeo (REIS SOUZA 2012)
Hurley e Hagber (1998) citado por Matsudo e Paiva Neto (2000) relatam que a
praacutetica de qualquer atividade fiacutesica por si soacute seja exerciacutecio aeroacutebico ou anaeroacutebico
levam a reduccedilatildeo de gordura corporal em idosos mesmo sem restriccedilatildeo caloacuterica
Shepard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) relatam que as
alteraccedilotildees ocorridas na composiccedilatildeo corporal com a praacutetica regular de atividade
fiacutesica podem ser decorrentes das alteraccedilotildees na taxa metaboacutelica em repouso No
estudo de Bergman (1991) citado por Ferreira (2007) foi constatado que a praacutetica
regular de atividade fiacutesica em curto espaccedilo contribui para uma melhora na
composiccedilatildeo corporal 27 idosas foram submetidas a realizar caminhadas em esteira
quatro vezes por semana e apoacutes 10 semanas obtiveram reduccedilatildeo na gordura
corporal e aumento de massa magra
Pode-se observar que os idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica moderada
apresentaram melhores resultados de composiccedilatildeo corporal quando comparado aos
idosos que possuem o niacutevel de atividade fiacutesica baixo o IMC meacutedio encontrado foi de
2553kgmsup2 e 3130kgmsup2 apresentando eutrofia e sobrepeso respectivamente
Mazo e outros (2006) tambeacutem constatou que 956 da sua populaccedilatildeo de idosas que
apresentavam excesso de peso possuiacuteam um baixo iacutendice de aptidatildeo funcional geral
decorrente da praacutetica irregular de atividade fiacutesica enquanto que 429 das idosas
que apresentavam IMC adequado estavam com o iacutendice de aptidatildeo funcional geral
bom Paiva Neto Oliveira e Santos (2007) tambeacutem verificaram em seu estudo que
comparava a composiccedilatildeo corporal de idosos esportista e idosos irregularmente
ativos que o grupo de idosos esportistas possuiacutea um IMC de eutrofia enquanto que
o grupo de idosos irregularmente ativos possuiacuteam um IMC de sobrepeso
O baixo peso encontrado em 15 em toda a populaccedilatildeo estudada eacute tatildeo preocupante
como o sobrepeso tambeacutem encontrado Na atualidade estima-se que a prevalecircncia
de baixo peso fique em torno de 1 a 15 em idosos que vivem em residecircncias e
64
esse valor ainda tem aumento quando trata-se de idosos residentes em instituiccedilotildees
de longa permanecircncia (25 a 60) e um aumento ainda maior quando diz respeito a
idosos hospitalizados (35 a 65) A desnutriccedilatildeo em idosos pode favorecer a
incidecircncia de doenccedilas que consequentemente iratildeo interferir no estado nutricional do
indiviacuteduo Essa populaccedilatildeo eacute dita como um grupo de risco para o baixo peso devido a
vaacuterias alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento como reduccedilatildeo do
paladar dificuldades de mastigaccedilatildeo aleacutem do elevado uso de medicamentos que
consequentemente interfere no apetite na digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes
(SOUSA GUARIENTO 2009) Outros diversos estudos tambeacutem encontraram a
prevalecircncia de baixo peso em idosos Fiore e outros (2006) que avaliaram o perfil
nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede tambeacutem encontraram
na sua populaccedilatildeo 151 dos indiviacuteduos apresentando baixo peso de forma
semelhante Galesi e outros (2008) encontraram uma proporccedilatildeo de 18 de idosos
com baixo peso em seu estudo que avaliava o perfil alimentar e nutricional de idosos
institucionalizados
Quanto ao risco de complicaccedilotildees metaboacutelicas associada agrave circunferecircncia da cintura
o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou uma meacutedia de 9716 cm o
que representa um risco substancialmente elevado e o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica moderado apresentou uma meacutedia de 8568 cm que classifica um risco
aumentado Aleacutem disso pode-se contatar a natildeo correlaccedilatildeo entre o iacutendice de massa
corporal e o risco de complicaccedilatildeo metaboacutelica de acordo com a circunferecircncia da
cintura de idosos com niacutevel de atividade fiacutesica moderado no qual foi encontrado que
mesmo indiviacuteduos que natildeo estavam com sobrepeso apresentaram um risco
aumentado ou substancialmente aumentado para complicaccedilotildees metaboacutelicas
Os elevados valores encontrados de circunferecircncia da cintura podem ser explicados
devido agraves alteraccedilotildees fisioloacutegicas decorrente do envelhecimento que contribuem
para o aumento de peso e tambeacutem para a redistribuiccedilatildeo da gordura corporal
(FERREIRA 2003) Bouchard (2003) citado por Paiva Neto Oliveira e Santos (2007)
afirmaram que a gordura corporal em idosos eacute encontrada em maiores quantidades
na regiatildeo do abdocircmen Outros autores ainda afirmam que o aumento da
circunferecircncia da cintura se deve a substituiccedilatildeo da gordura subcutacircnea pela gordura
visceral na regiatildeo abdominal aleacutem da existecircncia de uma redistribuiccedilatildeo da gordura
corporal que deixa de se depositar nos membros ocorrendo assim um acuacutemulo na
65
regiatildeo central do corpo Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do perfil
nutricional de idosos verificaram um alto iacutendice de prevalecircncia de risco para
complicaccedilotildees metaboacutelicas de acordo com a circunferecircncia da cintura 808 da
populaccedilatildeo estudada e especialmente em idosos do sexo feminino
Na avaliaccedilatildeo da gordura corporal tambeacutem pode ser notado a natildeo correlaccedilatildeo entre
iacutendice de massa corporal e percentual de gordura corporal no qual pode ser
encontrado um percentual de gordura elevado tanto no grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica baixo e niacutevel de atividade fiacutesica moderado em indiviacuteduos que natildeo se
classificam como sobrepeso este iacutendice tambeacutem vem comprovar as alteraccedilatildeo
corporais no idoso Entretanto quando haacute a comparaccedilatildeo entre os valores meacutedios de
gordura corporal dos dois grupos observa-se que o grupo com niacutevel de atividade
fiacutesica possui um menor percentual Matsudo (2002) afirma que idosos considerados
ativos apresentam um menor peso corporal e tambeacutem um menor percentual de
gordura corporal
A avaliaccedilatildeo da circunferecircncia da panturrilha eacute um indicador muito utilizado na
avaliaccedilatildeo do estado nutricional do idoso por ser sensiacutevel a perda de massa magra e
consequentemente a desnutriccedilatildeo Observa-se que na populaccedilatildeo geral estudada a
meacutedia da CP foi de 3551 cm que equivale a eutrofia um resultado parecido foi
encontrado tambeacutem por Rauen e outros (2008) em uma pesquisa que avaliaram o
estado nutricional de idosos encontrando um valor meacutedio de CP de 328 cm
tambeacutem os classificando com eutrofia Machado e outros (2006) tambeacutem natildeo
encontrou comprometimento da massa magra atraveacutes da circunferecircncia da
panturrilha sendo que o valor meacutedio encontrado no seu estudo que avaliava o perfil
nutricional e funcional de idosos foi de 367 cm para idosos do sexo masculino e
348 cm para idosos do sexo feminino
A circunferecircncia do braccedilo eacute utilizada para mensurar tecido muscular gorduroso e
tambeacutem tecido oacutesseo (TARTARI BUSNELLO NUNES 2010) Na avaliaccedilatildeo deste
indicador observa-se que em meacutedia o grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo
apresentou uma classificaccedilatildeo de sobrepeso enquanto que o grupo de niacutevel de
atividade fiacutesica moderado apresentou um estado meacutedio de eutrofia Machado e
outros (2006) verificou tambeacutem nenhum comprometimento do tecido adiposo atraveacutes
dos valores encontrados de CB estando 100 da sua populaccedilatildeo de idosos
estudada dentro do limite de normalidade natildeo correspondendo assim tambeacutem o
66
que Menezes e Marucci (2013) relataram sobre a circunferecircncia do braccedilo em idosos
que tende a diminuir devido agrave perda de massa magra tiacutepico da idade devido ocorrer
o deslocamento da gordura dos membros para regiatildeo central
Com relaccedilatildeo a prega cutacircnea tricipital observa-se um valor meacutedio que representa
de eutrofia no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica baixo e classificaccedilatildeo meacutedia de
desnutriccedilatildeo moderada no grupo de niacutevel de atividade fiacutesica moderado A mesma
situaccedilatildeo foi encontrada por Fiore e outros (2006) em seu estudo de avaliaccedilatildeo do
perfil nutricional de idosos frequentadores de uma unidade de sauacutede no qual 548
da populaccedilatildeo apresentou um valor reduzido deste indicador que expressa a
quantidade e a localizaccedilatildeo do tecido adiposo subcutacircneo O mesmo autor afirma
ainda que este fato eacute esperado em indiviacuteduos idosos uma vez que existem
evidecircncias que comprovam que com o avanccedilar da idade haacute uma redistribuiccedilatildeo do
tecido gorduroso antes localizado nos membros para a regiatildeo abdominal
Quando avaliamos o estado nutricional dos indiviacuteduos atraveacutes do iacutendice de massa
corporal relacionado ao iacutendice de qualidade da dieta pode-se constatar que o IMC
natildeo teve relaccedilatildeo direta com o IQD-R uma vez que a classificaccedilatildeo de ldquodieta que
precisa de modificaccedilatildeordquo atingiu todas as classificaccedilotildees do IMC assim como a ldquodieta
saudaacutevelrdquo tambeacutem alcanccedilou todas as classificaccedilotildees Dessa forma podemos afirmar
que natildeo eacute apenas o consumo alimentar que resulta no estado nutricional
Campos Monteiro e Ornelas (2000) confirmam que o estado nutricional dos idosos eacute
um quadro resultante das diversas condiccedilotildees especiais em que os idosos vivem
aleacutem de todos os outros fatores fisioloacutegicos pertinentes a idade Montilla Marucci e
Aldrighi (2006) encontraram e seu estudo que avaliava o estado nutricional e o
consumo alimentar de mulheres no climateacuterio que o iacutendice de massa corporal natildeo
estava acompanhando a mesma tendecircncia do valor energeacutetico consumido ou seja
o IMC estava acima da classificaccedilatildeo de eutrofia entretanto o valor energeacutetico da
dieta ingerida estava adequado estes mesmo autores afirmaram que este fato pode
ter acontecido por pelo menos dois fatores o IMC avalia o estado nutricional atual
do indiviacuteduo mas que foi adquirindo ao logo de um tempo enquanto que o
recordatoacuterio 24 horas instrumento que geralmente eacute usado para avaliar o consumo
alimentar de indiviacuteduos ou populaccedilatildeo avalia somente o dia anterior ou o fato pode
ter acontecido devido a reduccedilatildeo do metabolismo que acompanha o passar da idade
67
podendo assim levar ao desequiliacutebrio energeacutetico mesmo que o consumo esteja
dentro das recomendaccedilotildees
A maior meacutedia de pontuaccedilatildeo do IQD-R foi encontrado no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado sendo assim as maiores pontuaccedilotildees do IQD-R foram
diretamente associada com a praacutetica de atividade fiacutesica assim como encontrado por
Wendpap (2012) em seu estudo que avaliou a qualidade da dieta de adolescentes
no qual foram encontrados maiores pontuaccedilotildees do IQD-R em adolescentes que
gastavam menos tempo com atividades ditas como sedentaacuterias como assistir
televisatildeo ou jogar viacutedeo game
Na avaliaccedilatildeo das pontuaccedilotildees do IQD-R por componente pode-se observar que tanto
no grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado como no grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo houve baixa pontuaccedilatildeo para os grupos ldquofrutas totaisrdquo (263 e
241) ldquofruta integraisrdquo (281 e 248) ldquovegetais verdes escuros e alaranjados e
leguminosasrdquo (181 e 033) e ldquoLeite e derivadosrdquo (335 e 295) no grupo de ldquoVegetais
Totaisrdquo a populaccedilatildeo do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica baixo apresentou um
consumo intermediaacuterio (323) enquanto que o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica
moderado apresentou um consumo baixo (217) No grupo ldquoCereais Totaisrdquo
observou-se uma elevada pontuaccedilatildeo pela populaccedilatildeo com niacutevel de atividade fiacutesica
baixo (861) e uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria (533) para a populaccedilatildeo com niacutevel de
atividade fiacutesica moderado assim como no grupo de ldquoCarnes Ovos e Leguminosasrdquo
com pontuaccedilatildeo de 947 e 529 respectivamente e no ldquogrupo de oacuteleosrdquo (811 e 491)
e ldquogordura saturadardquo (953 e 697) no componente ldquosoacutediordquo os dois grupos
populacionais tiveram pontuaccedilatildeo intermediaacuteria com 653 para o grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo e 548 para o grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado e
no componente ldquoGord AArdquo houve elevada pontuaccedilatildeo (1792) e (1189) nos dois
grupos Sendo assim pode-se constatar que o componente do IQD-R que mais
contribuiu para elevaccedilatildeo da pontuaccedilatildeo foi o ldquoGord AArdquo
O baixo consumo de frutas verduras e leitesderivados por idosos tambeacutem foi
encontrado Martins e outros (2010) em 765 da populaccedilatildeo estudada no qual
associou este achado com os niacuteveis elevados de pressatildeo arterial outros estudos
tambeacutem confirmam um baixo consumo fibras e consequentemente de frutas e
verduras por idosos Galesi e outros (2008) verificou que apenas 26 da populaccedilatildeo
estudada realizam a ingestatildeo adequada de fibras diaacuteria que eacute em torno de 30gdia
68
A ingestatildeo de fibras eacute de grande importacircncia para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel em
todas as fases da vida mas na velhice o consumo de fibras se torna ainda mais
relevantes devido a grande prevalecircncia de constipaccedilatildeo intestinal nesta populaccedilatildeo
uma vez que as fibras auxiliam na formaccedilatildeo do bolo fecal e juntamente com outros
fatores realizam os estiacutemulos para o peristaltismo intestinal (Brasil 2009)
O baixo consumo de leites e derivados foi constato por outros diversos estudos com
a populaccedilatildeo idosa Machado e outros (2006) verificaram que o consumo de leites e
derivados em qualquer quantidade natildeo chegou a 100 da amostra o que
caracteriza provavelmente uma inadequaccedilatildeo no consumo de caacutelcio e Matta Papini e
Corrente encontraram um consumo meacutedio de apenas 118 porccedilotildees de leites e
derivados ao dia por idosos o que representa um consumo baixo considerando a
recomendaccedilatildeo de trecircs porccedilotildees ao dia A deficiecircncia de caacutelcio no organismo de um
idoso representa uma grande preocupaccedilatildeo uma vez que este eacute um importante
mineral para os idosos pois o consumo adequado de caacutelcio auxilia na prevenccedilatildeo ou
na reduccedilatildeo do aparecimento de doenccedilas oacutesseas como a osteoporose que eacute
caracterizada pela reduccedilatildeo de massa oacutessea que leva consequentemente a uma
maior vulnerabilidade a fraturas e que acometem em sua maioria os idosos (Paixatildeo
e Bressan 2010)
O consumo de carboidratos em geral neste estudo pode ser considerado como
dentro da meacutedia alcanccedilando uma pontuaccedilatildeo intermediaacuteria diferentemente do
achado por Silva e outros (2010) que constatou um elevado consumo de
carboidratos por idosos chegando em torno de 75 do valor energeacutetico (VET) total
da dieta ingerida jaacute Farinea Ricalde e Siviero encontram um consumo adequado de
carboidratos ou seja em torno 5637 de carboidrato por praticantes de atividade
fiacutesica
Avaliando ainda o consumo alimentar pode ser constatado que em relaccedilatildeo ao
nuacutemero de refeiccedilotildees realizadas ao longo do dia pela populaccedilatildeo idosa estudada
percebe-se que em meacutedia satildeo realizadas 482 refeiccedilotildeesdia um nuacutemero menor do
que preconizado pelo guia alimentar da populaccedilatildeo brasileira (2011) que sugere a
realizaccedilatildeo de trecircs grandes refeiccedilotildees mais lanches saudaacuteveis ao longo do dia fato
que tambeacutem se relaciona pelo achado de Silva Filho e outros que em seu estudo de
verificaccedilatildeo do comportamento alimentar de idosos constatou quem em meacutedia foram
realizadas de 3 a 4 refeiccedilotildees diaacuterias por 96 idosos participantes da pesquisa Eacute de
69
suma importacircncia a realizaccedilatildeo de 5 a 6 refeiccedilotildees ao dia pelo fato de que com a
reduccedilatildeo do nuacutemero de refeiccedilotildees o indiviacuteduo fica um tempo maior sem se alimentar
levando ao organismo responder a esta inaniccedilatildeo reduzindo o metabolismo de forma
a guardar energia para o este periacuteodo em jejum o que consequentemente leva a ao
acuacutemulo de calorias aleacutem de outros processos orgacircnicos se manterem alterados
como a produccedilatildeo de hormocircnios e substacircncias participantes dos processos de
digestatildeo e absorccedilatildeo de nutrientes (RUELA SOUSA JUNIOR 2010)
Observa-se ainda que 425 (n= 17) da populaccedilatildeo em geral estudada natildeo
possuiacuteam o haacutebito de realizar o jantar Machado e outros (2006) encontraram
tambeacutem um elevado percentual de idosos que natildeo realizavam o jantar em seu
estudo que avaliou o perfil nutricional e funcional de idosos sendo 307 da
populaccedilatildeo do sexo masculino seguido de 222 da populaccedilatildeo do sexo feminino
Esse mesmo autor relatou que esse haacutebito acaba se tornando comum pois os
idosos natildeo desejam consumir grande quantidade de alimentos como no almoccedilo
antes de dormir ou pelo simples fato de ser mais cocircmodo realizar um lanche do que
um jantar
70
71
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS Diante do exposto conclui-se que os idosos que praticam atividade fiacutesica
moderadamente apresentam um melhor estado nutricional quando comparados aos
idosos que possuem um niacutevel de atividade fiacutesica baixo Esse fato eacute comprovado
pelas diferenccedilas significativas encontradas nos indicadores usados na avaliaccedilatildeo
antropomeacutetrica neste estudo
A populaccedilatildeo estudada em geral apresentou um iacutendice de qualidade da dieta
elevado que representa uma dieta ldquosaudaacutevelrdquo entretanto tambeacutem pode ser
observado que os indiviacuteduos do grupo com niacutevel de atividade fiacutesica moderado
apresentou um maior iacutendice de qualidade quando comparado ao grupo com niacutevel de
atividade fiacutesica baixo
Uma vez que haacute uma escassez de estudos envolvendo a praacutetica de atividade fiacutesica
e a qualidade da dieta de idosos recomenda-se a realizaccedilatildeo futura de estudos
nutricionais nesta populaccedilatildeo abrangendo outros assuntos ligados a nutriccedilatildeo que
sejam pertinentes a este grupo
Sendo assim eacute imprescindiacutevel a implantaccedilatildeo de Programas de Qualidade de Vida
que abranja orientaccedilotildees nutricionais e de atividade fiacutesica para idosos uma vez que
para esses indiviacuteduos obtenha uma elevada qualidade de vida eacute essencial a
prevenccedilatildeo da incidecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis que comumente
atingem essa populaccedilatildeo
72
73
REFEREcircNCIAS
ABREU W C et al Inadequaccedilatildeo no consumo alimentar e fatores interferentes na ingestatildeo energeacutetica de idosos matriculados no programa municipal da terceira idade de viccedilosa (MG) Revista Baiana de Sauacutede Puacuteblica v32 n2 p177-189 maioago 2008 Disponiacutevel em httpinseeribictbrrbspindexphprbsparticleviewFile139135gt Acesso em 10 de out de 2013 ACUNAtilde K CRUZ T Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de adultos e idosos e situaccedilatildeo nutricional da populaccedilatildeo brasileira Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 48 n 3 p 345-361 jun 2004 Disponiacutevel em lthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache1J0Ta7oEv5UJscholargooglecom+circunferencia+da+panturrilha+idososamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 02 de out de 2013 ALVES J E D A Transiccedilatildeo Demograacutefica e a Janela de Oportunidade Satildeo Paulo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial 2008 Disponiacutevel emlt httpwwwbraudelorgbrpesquisaspdftransicao_demograficapdfgtacesso em 20 de fev 2013 AMADO T C F ARRUDA I K G FERREIRA A R Aspectos alimentares nutricionais e de sauacutede de idosas atendidas no Nuacutecleo de Atenccedilatildeo ao Idoso ndash NAI Recife Archivos Latinoamericanos de Nutricion v 57 n 4 p 366-372 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscieloorgvescielophpscript=sci_arttextamppid=S0004-06222007000400009amplng=esampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de abr 2013 ANDRADE FB CALDAS A F KITOKO P M Relationship between oral health nutrient intake and nutritional status in a sample of Brazilian elderly 2009 (Biblioteca Online) Disponiacutevel em httponlinelibrarywileycomdoi101111j1741-2358200800220xabstract Acesso em 18 de mar 2013 ARANHA F Q et al O Papel da Vitamina C Sobre as Alteraccedilotildees Orgacircnicas no Idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas 13(2) 89-97 maioago 2000Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv13n27911pdfgt Acesso em 12 mar 2013 BARBOSA M A Importacircncia da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel ao Longo da Vida Refletindo na Sauacutede do Idoso 2012 41 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Nutriccedilatildeo Cliacutenica) - Departamento de Ciecircncias da Vida Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ijuiacute 2012 Disponiacutevel em lthttpbibliodigitalunijuiedubr8080xmluibitstreamhandle1234567891045A20ImportC3A2ncia20da20AlimentaC3A7C3A3o20SaudC3A1vel20ao20Longo20da20Vida20Refletindo20na20SaC3BAde20do20Idosopdfsequence=1gt Acesso em 15 mar 2013 BARBOSA A M Ingestatildeo alimentar de caacutelcio e vitamina D e associaccedilatildeo com o niacutevel de escolaridade na pessoa idosa Revista Demetra Alimentaccedilatildeo Nutriccedilatildeo e Sauacutede Rio de Janeiro v 8 n 2 p 173-181 2013 Disponiacutevel emlthttpswwwepublicacoesuerjbrindexphpdemetraarticleview40825144gt Acesso em 15 set 2013 BECKENKAMP J SANTOS J S DOS Efeito da linhaccedila sobre a constipaccedilatildeo intestinal em idosos residentes em instituiccedilotildees geriaacutetricas Revista Brasileira de
74
Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 8 n 2 p 179-187 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview972pdfgt Acesso em 16 de abr 2013 BENEDETTI T R B GONCcedilALVES L H T MOTA J A P Uma proposta de poliacutetica puacuteblica de atividade fiacutesica para idosos Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 16 n 3 p 387-98 Jul Set 2007 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdftcev16n3a03v16n3pdf Acesso em 23 abr 2013 BORGES R M NONINO C B SANTOS J E Tratamento Cliacutenico da Obesidade Revista Medicina Ribeiratildeo Preto v 39 n 2 p 246-252 abrjun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwucgbrucgeventosObesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorialmaterial_consultamaterial_educacao_fisicatratamento20clinico20da20obesidadepdfgt Acesso em 08 de mar 2013 BOSSHARD W et al The treatment of chronic constipation in elderly people an update Drugs Aging v21 n14 p911-930 2004 Disponiacutevel em lthttplinkspringercomarticle10216500002512-200421140-00002page-1gt Acesso em 02 de abril 2013 BRASIL Lei no 10741 de 1ordm de outubro de 2003 Estatuto do Idoso Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leis2003l10741htmgt Acesso em 15 abr 2013 ______ Lei nordm 8842 de 4 de janeiro de 1994 Politica Nacional do Idoso Disponiacutevel em httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8842htm Acesso em 20 de abr 2013 ______ Lei nordm 8742 de 7 de dezembro de 1993Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social Disponiacutevel emlt httpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl8742htmgt Acesso em 20 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da sauacutede Manual da Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel para a populaccedilatildeo idosa 2009 Disponiacutevel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesalimentacao_saudavel_idosa_profissionais_saudepdfgt Acesso em 03 de set 2013 _______ Ministeacuterio da sauacutede Anuaacuterio estatiacutestico de sauacutede do Brasil 2001 Disponiacutevel emlthttpportalsaudegovbrportalaplicacoesanuario2001indexcfmgt Acesso em 15 de abr 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Consenso sobre diabetes 2011a Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesconsenso_bras_diabetespdf Acesso em 05 de abr 2013
______ Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel emlt httpconselhosaudegovbrbibliotecalivrosManual_cepspdfgt Acesso em 20 fev 2013 _______ Ministeacuterio da Sauacutede Plano de Reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo agrave Hipertensatildeo Arterial e ao Diabetes Mellitus 2011 b Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmiolo2002pdf Acesso em 05 de abr 2013 ______ Ministeacuterio da Sauacutede Sistema de Vigilacircncia Alimentar e Nutricional Orientaccedilatildeo para coleta de dados antropomeacutetricos 2011 c Disponiacutevel emlt
75
http18928128100nutricaodocsgeralorientacoes_coleta_analise_dados_antropometricospdfgt Acesso em 30 mai 2013 BUENO J M et al Avaliaccedilatildeo nutricional e prevalecircncia de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis em idosos pertencentes a um programa assistencial Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 13 n4 p 1237-1246 2008 CALIXTO-LIMA L GONZALES M C Nutriccedilatildeo Cliacutenica no dia a dia Rio de Janeiro Ed Rubio 204p 2013 CAMPOS M T F S MONTEIRO J B R ORNELAS A P R C Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutriccedilatildeo do idoso Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v13 n 3 p157-165 setdez 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfrnv13n37902pdfgt Acesso em 08 de mar 2013 CAMPOS M A G et al Estado nutricional e fatores associados em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo vol 52 n4 julagos 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=s0104-42302006000400019ampscript=sci_arttextgt Acesso em 25 fev 2013gt Acesso em 23 fev 2013 CARVALHO E N et al Avaliaccedilatildeo da Qualidade Nutricional das Refeiccedilotildees Servidas aos Idosos em Instituiccedilatildeo Asilar 2003 17 f Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Porto Alegre 2003 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47322656gt Acesso em 11 de abr 2013 CASTILHOS E D PADILHA D M P A importacircncia dos dentes para trecircs diferentes grupos de idosos 2001 135 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em sauacutede bucal coletiva) - Faculdade de Odontologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2002 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=BBOamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=18747ampindexSearch=IDgt Acesso em 12 de mar 2013 CERVI A FRANCESCHINI S C C PRIORES E S Anaacutelise criacutetica do uso do iacutendice de massa corporal para idosos Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v18 n 6 765-775 NovDez 2005 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-52732005000600007gt Acesso em 01 de out de 2013 CHAIMOWICZ F A sauacutede dos idosos brasileiros agraves veacutesperas do seacuteculo XXI problemas projeccedilotildees e alternativas Revista Sauacutede Puacuteblica v 31 n 2 p184-200 1997 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfrspv31n22170gt Acesso em 01 de mar 2013 COSTA et al Estado nutricional e antropometria em idoso revisatildeo da literatura Revista Meacutedica de Minas Gerais Minas Gerais N p7 v 4 p 111-120 juldez 2000 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgi-binwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=556558ampindexSearch=IDgt Acesso em 26 fev 2013 DOBNER T BLASI T C KIRSTEN V R Perfil nutricional de idosos residentes em instituiccedilatildeo geriaacutetrica no interior do RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 9 n 1 p 109-118 Janabr 2012
76
Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview1730pdfgt Acesso em 13 de abr 2013 FARINEA N RICALDE S R SIVIEIRO J Perfil nutricional e antropomeacutetrico de idosos participantes de um grupo de ginaacutestica no municiacutepio de Antocircnio Prado ndash RS Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 7 n 3 p 394-405 setdez 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprbceharticleview783gt Acesso em 20 de out de 2013
FAZZIO D M G Envelhecimento e qualidade de vida ndash uma abordagem nutricional e alimentar Revista de Divulgaccedilatildeo Cientiacutefica Sena Aires Brasiacutelia v 1 n1 p 76-88 janjun 2012 Disponiacutevel em lthttprevistafacesasenaairescombrindexphprevisaarticleview15gt Acesso em 18 set 2013 FERNANDES M V Consumo de caacutelcio por idosos atendidos no programa de atendimento multidisciplinar agrave sauacutede do idoso 2010 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharel em Nutriccedilatildeo) Universidade do Extremo Sul Catarinense Criciuacutema 2010Disponiacutevel emlthttp200181527bitstreamhandle1140Mariana20Vaterkemper20Fernandespdfsequence=1gt Acesso em 21 abr 2013 FISBERG R M MARCHIONI D M L COLUCCI A C A Avaliaccedilatildeo do consumo alimentar e da ingestatildeo de nutrientes na praacutetica cliacutenica Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo V 53 n 5 p 627-654 jun 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfabemv53n514pdfgt Acesso em 30 de set de 2013 FLORA A P L DICHI I Aspectos atuais na terapia nutricional da doenccedila inflamatoacuteria intestinal Revista Brasileira de Nutriccedilatildeo Cliacutenica Satildeo Paulo v 21 n 2 p131-7 2006 Disponiacutevel em lthttpxayimgcomkqgroups24540475920552574namedoenC383C2A7a+inflamatC383C2B3ria+intestinal+e+terapia+nutricional+2006pdfgt Acesso em 26 mar 2013 FRANCHI K M B MONTENEGRO JUNIOR R M Atividade fiacutesica uma necessidade para a boa sauacutede na terceira idade Revista Brasileira em Promoccedilatildeo da Sauacutede Fortaleza v 18 n 3 p152-156 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwredalycorgarticulooaid=40818308gt Acesso em 19 de out de 2013 FRANCO L M Educaccedilatildeo Nutricional na terceira idade Alteraccedilotildees Fisioloacutegicas e Alimentaccedilatildeo Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlt httpconferenciasredeunidaorgbrindexphpredeunidaru10paperview2456gt Acesso em 15 de out 2013 FRISANCHO A R New norms of upper limb fat and muscle areas for assessent of nutritional status The American Journal of Clinical Nutrition v 34 p 2540-2545 1981 GALESI L F et al Perfil alimentar e nutricional de idosos residentes em moradias individuais numa instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no leste do estado de Satildeo Paulo Revista de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo Araraquara v19 n3 p 283-290 julset 2008 Disponiacutevel em lthttp20014571150seerindexphpalimentosarticleview632530gt Acesso em 20 de out de 2013
77
GALLAGHER D et al Healthy percentage body fat ranges an approach for developing guidelines based on body mass iacutendex The American Journal Clinical Nutrition Printed in USA vol 72 n 3 p694ndash701 2000 GUEDES DP GONCcedilALVES LAVV Impacto da Praacutetica habitual de Atividade Fiacutesica no perfil Lipiacutedico de adultos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia Satildeo Paulo v 51 n1 p 72-78 2007 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdfabemv51n108pdfgt Acesso em 21 de abr 2013 GUEDES DP LOPES CC GUEDES JERP Reprodutibilidade e validade do Questionaacuterio Internacional de Atividade Fiacutesica em Adolescentes Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 11 n 2 p 151-158 Marccedilabr 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev11n2a11v11n2pdfgt acesso em 24 de mai 2013 INSTITUTO MINEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA Hiperdia 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwimepencomhiperdiagt Acesso em 20 abr 2013 KUMPEL D A et al Obesidade em idosos acompanhados pela estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Revista Texto Contexto Enfermagem Florianoacutepolis v 20 n3 p 471-477 JulSet 2011 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdftcev20n307pdfgt Acesso em 15 de mar 2013 LACERDA N C SANTOS S S C Avaliaccedilatildeo nutricional de idosos um estudo bibliograacutefico Rev RENE Fortaleza v 8 n 1 p 60-70 janabr2007 Disponiacutevel em lthttprepositoriofurgbr8080xmluibitstreamhandle11857AvaliaC3A7C3A3o20nutricional20de20idosos20um20estudo20bibliogrC3A1ficopdfsequence=1gt Acesso em 20 mar 2013 LACOURT M X MARINI L L Decreacutescimo da funccedilatildeo muscular decorrente do envelhecimento e a influecircncia na qualidade de vida do idoso uma revisatildeo de literatura Revista Brasileira de Ciecircncias do Envelhecimento Humano Passo Fundo v 3 n 1 p114-121 janjul 2006 Disponiacutevel emlt httpwwwupfbrseerindexphprbceharticleview5144gt Acesso em 05 de out de 2013 LEBRAtildeO M L O envelhecimento no Brasil aspectos da transiccedilatildeo demograacutefica e epidemioloacutegica Revista Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 4 n 17 p 135-140 ago set 2007 Disponiacutevel emlt httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem2559pdfgt Acesso em 24 mar 2013 LEON M et al Percepccedilatildeo da inseguranccedila alimentar em famiacutelias com idosos em Capinas Satildeo Paulo Caderno de Puacuteblica Rio de Janeiro v21 n 1 p1433-1410 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv21n516pdf Acesso em 02 out 2013 MACHADO J S Perfil nutricional e funcional de idosos atendidos em um ambulatoacuterio de nutriccedilatildeo da policliacute-nica Joseacute Paranhos Fontenelle na cidade do Rio de Janeiro Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 10 p 57-73 2006 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47972702gt Acesso em 05 de out de 2013
78
MADEIRA M C et al Atividade fiacutesica no deslocamento em adultos e idosos do Brasil prevalecircncias e fatores associados Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v29 n 1 p 165-174 jan 2013 Disponiacutevel emlt httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cachel0y4OnZr76sJscholargooglecom+MADEIRA+atividade+fisica+2013amphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 05 out 2013
MAGALHAtildeES L M R Relaccedilatildeo entre Sauacutede Oral e Nutriccedilatildeo em Idosos 2011 49 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Dentaacuteria) Universidade Fernando Pessoa Porto Alegre 2011 Disponiacutevel emlt httpbdigitalufpptbitstream1028424023Tpdfgtacesso em 15 mar 2013 MALTA M B PAPINI S J CORRENTE J E Avaliaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo de idosos de municiacutepio paulista ndash aplicaccedilatildeo do Iacutendice de Alimentaccedilatildeo Saudaacutevel Revista Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v18 n 2 p 377-384 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielosporgpdfcscv18n209pdfgt acesso em 30 de set de 2013 MARTINS W P et al Resistecircncia agrave insulina em mulheres com siacutendrome dos ovaacuterios policiacutesticos modifica fatores de risco cardiovascular Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetriacutecia Rio de Janeiro v 31 n 3 mar 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrscielophppid=S010072032009000300002ampscript=sci_arttextamptlng=ESgt Acesso em 01 out 2013
MARUCCI D M et al Hipertensatildeo arterial referida e indicadores antropomeacutetricos de gordura em idosos Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 57 n 1 p 25-30 2011 Disponiacutevel emlt httpwwwscielobrpdframbv57n1v57n1a11pdfgt Acesso em 15 fev 2013 MASSON C R et al Prevalecircncia de sedentarismo nas mulheres adultas da cidade de Satildeo Leopoldo Rio Grande do Sul Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 21 n 6 p 1685-1694 nov dez 2005 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcspv21n605pdfgt Acesso em 20 de set 2013 MAZO G Z et al Aptidatildeo funcional geral e iacutendice de massa corporal de idosas praticantes de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Cineantropometria amp Desempenho Humano Florianoacutepolis v8 n4 p46-51 2006 Disponiacutevel emlthttpwebcachegoogleusercontentcomsearchq=cachehttpwwwportalsaudebrasilcomartigospsbidoso077pdfgt Acesso em 20 de set de 2013 MENDES M R S et al Situaccedilatildeo social do idoso no Brasil uma breve consideraccedilatildeo 2005 11 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes Graduaccedilatildeo em Enfermagem na Sauacutede do Adulto) Escola de Enfermagem da Universidade de Satildeo Paulo - USP ndash Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfapev18n4a11v18n4pdfgt Acesso em 23 mar 2013 MENEZES T N MARUCCI M F N Valor energeacutetico total e contribuiccedilatildeo de percentual de calorias por macronutrientes da alimentaccedilatildeo de idosos domiciliados m Fortaleza Cearaacute Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 58 n1 p 33-40 nov dez 2012 MIZUNO J Perfil Bioquiacutemico da Glicose e Praacutetica de Atividade Fiacutesica nos Nipo-brasileiros de Segunda Geraccedilatildeo da Cidade de Bauru 2007 46 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Licenciatura Plena em Educaccedilatildeo Fiacutesica) - Departamento de
79
Educaccedilatildeo Fiacutesica da Faculdade de Ciecircncias da Universidade Estadual Paulista Bauru 2007 MONTENEGRO S M R S Efeitos de um programa de fisioterapia como promotor de sauacutede na capacidade funcional de mulheres idosas institucionalizadas 80 f 2006 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Educaccedilatildeo e Sauacutede) Centro de Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Fortaleza Cearaacute 2005 Disponiacutevel em httpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheoICqZeWR7EJscholargooglecom+montenegro+silva++alimentaC3A7C3A3o+de+idososamphl=ptBRampas_sdt=05gt Acesso em 10 set 2013 MONTILLA R N G ALDRIGHI J M AVALIACcedilAtildeO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES NO CLIMATEacuteRIO Revista da Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira Satildeo Paulo v 49 n1 p91-95 2003 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cache0pygmM5iqLIJscholargooglecom+relaC3A7C3A3o+de+estado+nutricional+e+consumo+alimentar+de+idososamphl=pt-PTampas_sdt=05gt Acesso em 08 de out de 2013 MOTA J et al Atividade fiacutesica e qualidade de vida associada aacute sauacutede em idosos participantes e natildeo participantes em programas regulares de atividade fiacutesica Revista Brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Satildeo Paulo v20 n3 p219-25 julset 2006 Disponiacutevel emlthttpscholargoogleusercontentcomscholarq=cacheCBoCKJNge0oJscholargooglecom+idosos+atividade+fC3ADsicaamphl=pt-BRampas_sdt=05gt Acesso em 07 de out de 2013 MULLER N VIETZ V R Educaccedilatildeo em sauacutede e educaccedilatildeo nutricional aos idosos do centro de convivecircncia do idoso Andreacutes Chamorro (cci) no municiacutepio de dourados MS 2009 7 f Trabalhatildeo de Conclusatildeo de Curso ( Bacharel em Enfermagem) - Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul 2009 Mato Grosso do Sul Disponiacutevel em lt httpperiodicosuemsbrindexphpsemexarticleview2305980gt Acesso em 10 mar 2013 NASCIMENTO C M et al Estado nutricional e fatores associados em idosos do Municiacutepio de Viccedilosa Minas Gerais Brasil Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 27 n12 p 2409-2418 dez 2011 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610721ampindexSearch=IDgt Acesso em 25 mai 2013 NESELLO L A N TONELLI F O BELTRAME T B Constipaccedilatildeo intestinal em idosos frequentadores de um Centro de Convivecircncia no municiacutepio de Itajaiacute-SC Revista Ceres Rio de Janeiro v 6 n 3 p 151-162 2011 Disponiacutevel em httpwwwe-publicacoesuerjbrindexphpceresarticleviewFile21252113 Acesso em 20 abr 2013 PAIVA NETO A OLIVEIRA A SANTOS R O Comparaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal em idosos esportistas com idosos irregularmente ativos Revista Movimento amp Percepccedilatildeo Espiacuterito Santo do Pinhal v 8 n 11 p41-54 juldez 2007 Disponiacutevel emhttpswwwgooglecombrurlsa=tamprct=jampq=ComparaC3A7C3A3o+da+composiC3A7C3A3o+corporal+em+idosos+esportistas+com+idosos+irregular
80
mente+ativosampesrc=sampsource=webampcd=1ampved=0CC0QFjAAampurl=http3A2F2Fwwwresearchgatenet2Fpublication2F26488733_Comparao_da_composio_corporal_em_idosos_esportistas_com_idosos_irregularmente_ativosampei=kRttUsWfJMuDkQeRx4HgBQampusg=AFQjCNHiqsY74lFQzTDoK8SjKlR0YQnChA Acesso em 10 de out de 2013 NOBREGA A C L Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Atividade Fiacutesica e Sauacutede no Idoso Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo v 5 n 6 NovDez 1999 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev5n6v5n6a02pdfgt Acesso em 03 mar 2013 PAIXAtildeO M P P C BRESSAN J Caacutelcio e sauacutede osseacutea tratamento e prevenccedilatildeo Revista Sauacutede e Pesquisa v 3 n 2 p 237-246 maioago 2010 Disponiacutevel emlthttpwwwcesumarbrpesquisaperiodicosindexphpsaudpesqarticleview11911079gt Acesso em 12 de out de 2013 PADOVANI R M et al Dietary reference intakes aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 19 n 2 p 741-760 novdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv19n609pdfgt Acesso em 15 set 2013 PEREIRA B C Radicais Livres uma nova abordagem PERISSINOTTO E et alAnthropometric measurements in the elderly Age and gender differences Br J Nutr v 87 n1 p177-186 2012 Disponiacutevel lthttpjournalscambridgeorgdownloadphpfile=2FBJN2FBJN87_022FS0007114502000430apdfampcode=7c9a31135d39e8d85eecd461067b11c3gt Acesso em 15 out 2013 PESSOA L M O P Adequaccedilatildeo nutricional da alimentaccedilatildeo servida aos idosos do instituto Satildeo Vicente de Paulo Vinculado ao laboratoacuterio itinerante PROEAC UEPB 2012 39 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Bacharelado em Enfermagem) ndash Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universidade Estadual da Paraiacuteba Campina Grande 2012 Disponiacutevel em lthttpdspacebcuepbedubr8080jspuibitstream1234567897791PDF20-20Larrycya20Mahayana20Oliveira20Pessoapdfgt acesso em 05 mar 2013 PREVIDELLI A N et al Iacutendice de Qualidade da Dieta Revisado para populaccedilatildeo brasileira Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 45 n4 p 794-798 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrspv45n42523pdfgt acesso em 15 jun 2013 RAUEN M S Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de idosos institucionalizados Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v21 n3 p 303-310 MaiJun 2008 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrnv21n3a05v21n3pdf Acesso em 05 de out de 2013 REIS A E S SOUZA J A Atividade fiacutesica para idosos 36 f 2012 Trabalho de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Programa de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica ndash Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica Universidade do Vale do Rio Verde de Trecircs Coraccedilotildees Minas Gerais 2012 Disponiacutevel em httprevistasunincorbrindexphpiniciacaocientificaarticleviewFile424343 Acesso em 13 de set de 2013 RINALDI D B COELHO I Nutriccedilatildeo sauacutede e envelhecimento um estudo sobre o estado nutricional de mulheres que participam do projeto de extensatildeo ldquoUniversidade
81
da Idade Ativardquo Revista Unoesc amp Ciecircncia ndash ACBS Joaccedilaba v 2 n 1 p 67-74 2011 Disponiacutevel lthttpeditoraunoescedubrindexphpacbsarticleview665gt Acesso em 11 abr 2013 ROSA L B et al Odontogeriatria ndash a sauacutede bucal na terceira idade Revista da Faculdade de Odontologia ndash UPF Satildeo Paulo v 13 n8 p 82-86 maiago 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwupftchebrseerindexphprfoarticleview599392gt Acesso em 08 Mar 2013 RUELA L C R SOUSA JUNIOR F A C Avaliaccedilatildeo nutricional e estilo de vida de adolescentes de uma escola puacuteblica da regiatildeo sul fluminense ndash RJ Revista Nutrir Gerais Ipatinga v 4 n 6 p 554-565 fevjul 2010 Disponiacutevel emlt httpwwwunilestemgbrnutrirgeraisdownloadsartigosvolume4edicao_06avaliacao_nutricional_estilo_vidapdfgt acesso em 20 de set de 2013 SALGADO C D S Mulher idosa a feminizaccedilatildeo da velhice Revista de Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento Porto Alegre v 4 p 7-19 2002 Disponiacutevel emlthttpseerufrgsbrRevEnvelhecerarticleview47162642gt Acesso em 01 de out de 2013 SAMPAIO L R Avaliaccedilatildeo nutricional e envelhecimento Revista de Nutriccedilatildeo Campinas v 17 n4 p 507-514 outdez 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrnv17n422898pdfgt Acesso em 15 de out de 2013 SANTOS D M SCHIERI R Iacutendice de massa corporal e indicadores antropomeacutetricos de adiposidade em idosos Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 2 p 163-168 out 2004 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfrspv39n224037pdfgt Acesso em 25 de set de 2013 SANTOS LA S O fazer educaccedilatildeo alimentar e nutricional algumas contribuiccedilotildees para reflexatildeo Revista Ciecircncia e Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo v 17 n 2 p33-41 Fev 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_pdfamppid=S1413-81232012000200018amplng=enampnrm=isoamptlng=ptgt Acesso em 15 de ago 2013 SASS A et al Depressatildeo em idosos inscritos no Programa de Controle de hipertensatildeo arterial e diabetes mellitus Revista Acta Paul Enfermagem Satildeo Paulo v25 n1 p80-85 jul 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfapev25n1v25n1a14pdfgt Acesso em 25 fev 2013 SILVA A K Q et al Perfil nutricional de idosos assistidos em instituiccedilatildeo de longa permanecircncia na cidade de Natal RN Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia Rio de Janeiro v 4 n 1 p 27-35 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwsbggorgbrprofissionaisarquivorevistavolume4-numero1artigo05pdfgt Acesso em 02 de out de 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA VI Diretriz Brasileira de Hipertensatildeo Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo V17 n1 p 7-9 2010 Disponiacutevel em httpwwwanadorgbrprofissionaisimagesVI_Diretrizes_Bras_Hipertens_RDHA_6485pdf Acesso em 10 de abr 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenccedilatildeo da aterosclerose Revista Brasileira de Hipertensatildeo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 9-23 2007 Disponiacutevel em
82
http9epublicacoescardiolbrconsenso2007diretriz-DApdf Acesso em 15 abr 2013 SOMMACAL H M et al Percentual de perda de peso e dobra cutacircnea tricipital paracircmetros confiaacuteveis para o diagnoacutestico de desnutriccedilatildeo em pacientes com neoplasia periampolar - avaliaccedilatildeo nutricional preacute-operatoacuteria Rev HCPA amp Fac Med Univ Fed Rio Gd do Sul Rio Grande do Sul v n 3 p 290-295 2011 Disponiacutevel emlthttpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=610030ampindexSearch=IDgt Acesso em 28 ago 2013 SOUSA V M C GUARIENTO M E Avaliaccedilatildeo do idoso desnutrido Revista Brasileira de Cliacutenica Meacutedica Satildeo Paulo v7 n1 p 46-49 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwobservatorionacionaldoidosofiocruzbrbiblioteca_artigos83pdfgt acesso em 15 de out de 2013 SPEROTO F M SPINELLI R B Avaliaccedilatildeo nutricional em idosos independentes de uma instituiccedilatildeo de longa permanecircncia no municiacutepio de Erechim-RS Revista Cientiacutefica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missotildees Rio Grande do Sul v 34 n 125 p 105-116 marccedilo2010 Disponiacutevel emlt httpwwwuriceredubrnewsitepdfsperspectiva125_78pdfgt Acesso em 01 de out de 2013 SERRA (ES) Secretaria de Sauacutede Guia de Sauacutede 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwserraesgovbrsesaguia_da_saudegt Acesso em 15 abr 2013 SILVEIRA E A KAC G BARBOSA L S Prevalecircncia e fatores associados agrave obesidade em idosos residentes em Pelotas Rio Grande do Sul Brasil classificaccedilatildeo da obesidade segundo dois pontos de corte do iacutendice de massa corporal Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 25 n7 p1569-1577 Jul 2009 Disponiacutevel emlthttpwwwscielobrpdfcspv25n715pdfgt Acesso em 15 abr 2013 SIQUEIRA R L BOTELHO M I V COELHO F M G A velhice algumas consideraccedilotildees teoacutericas e conceituais Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v 7 n4 p899-906 2002 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdf0Dcscv7n414613pdfgt Acesso em 20 fev 2013 SCHRAMM J M A et al Transiccedilatildeo epidemioloacutegica e o estudo de carga de doenccedila no Brasil Revista de Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva v9 n4 p897-908 2004 Disponiacutevel emlt httpwwwscielosporgpdfcscv9n4a11v9n4pdfgt Acesso em 28 fev 2013 Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos - TACO 4 ed 2011 Disponiacutevel em lthttp wwwunicampbrnepatacotabelaphpgt Acesso em 09 de out 2012 TARTARI R T BUSNELLO F M NUNES C H A Perfil Nutricional de Pacientes em Tratamento Quimioteraacutepico em um Ambulatoacuterio Especializado em Quimioterapia Revista Brasileira de Cancerologia Satildeo Paulo v56 n 1 p 43-50 jun2010 Disponiacutevel emlthttphospitalhelioangotticomenviados201053222221pdfgt Acesso em 11 de out de 2013 TOSCANO J J O OLIVEIRA A C C Qualidade de Vida em idosos com distintos niacuteveis de atividade Fiacutesica Revista Brasileira de Medicina do Esporte Satildeo Paulo
83
v 15 n3 MaiJun2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrbmev15n3a01v15n3pdfgt acesso em 01 mar 2013 TRAMONTINO V S Nutriccedilatildeo para idosos Revista de Odontologia da Universidade Satildeo Paulo v 21 n 3 p 258-267 setdez 2009 Disponiacutevel lthttpfilesbvsbruploadS1983-51832009v21n3a009pdfgt Acesso em 15 mar 2013 VERAS R Envelhecimento populacional e as informaccedilotildees de sauacutede do PNAD demandas e desafios contemporacircneos Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 23 n10 p 2463-2466 out 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv23n1020pdfgt Acesso em 25 fev 2013 ZAITUNE M P Fatores associados aacute praacutetica de atividade fiacutesica global e de lazer em idosos inqueacuterito de sauacutede no estado de Satildeo Paulo Caderno de Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 26 n 8 p 1606-1628 set 2010 Disponiacutevel em httpbasesbiremebrcgibinwxislindexeiahonlineIsisScript=iahiahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=lnkampexprSearch=557075ampindexSearch=IDgt Acesso em 15 set 2013 WENDPAP L L Iacutendice da qualidade da dieta de adolescentes e fatores associados Dissertaccedilatildeo (Mestre em Biociecircncias) Poacutes Graduaccedilatildeo em Biociecircncias Faculdade de Nutriccedilatildeo da Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabaacute 2012 Disponiacutevel em httpwwwsaudemtgovbruploaddocumento104indice-de-qualidade-da-dieta-de-adolescentes-e-fatores-associados-autora-loiva-lide-wendpap-5B104-140312-SES-MT5Dpdf Acesso em 25 ago 2013 WASHBURN RA SMITH KW JETTE A M JANNEY CA The Physical Activity Scale for the Elderly (PASE) Development and evaluation Journal of Clinical Epidemiology 1993
84
85
APEcircNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) participante
Na condiccedilatildeo de estudante do curso de Nutriccedilatildeo da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito Santo
estou realizando uma pesquisa com o objetivo de analisar o estado nutricional relacionado aacute praacutetica
de atividade fiacutesica e a qualidade da dieta de idosos
Necessito de sua contribuiccedilatildeo para responder questotildees relacionadas ao niacutevel de atividade fiacutesica
exercida informar sobre seus haacutebitos alimentares atuais e tambeacutem da permissatildeo para mensuraccedilatildeo
do seu peso estatura valores de pregas cutacircneas circunferecircncia da cintura da panturrilha e do
braccedilo Sua participaccedilatildeo nesse estudo eacute voluntaacuteria e se vocecirc decidir natildeo participar ou quiser desistir
de continuar em qualquer momento tem absoluta liberdade de fazecirc-lo
Na publicaccedilatildeo dos resultados desta pesquisa sua identidade seraacute mantida no mais rigoroso sigilo
Seratildeo omitidas todas as informaccedilotildees que permitam identificaacute-lo (a)
Os benefiacutecios desse estudo estatildeo relacionados ao conhecimento do seu estado nutricional e
orientaccedilotildees relativas para a melhora do mesmo Os riscos que podem acontecer satildeo referentes agraves
medidas das pregas cutacircneas que podem provocar hematomas e vermelhidatildeo Mas para minimizar e
evitar esse transtorno as medidas seratildeo feitas por pesquisadores treinados e aptos para essa coleta
Quaisquer duacutevidas relativas agrave pesquisa poderatildeo ser esclarecidas por mim ndash Patriacutecia Helena Teixeira
ou pela professora responsaacutevel Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo atraveacutes do telefone 3331-
8500
Atenciosamente
_________________________ Nome do aluno(a)
____________________________ Local e data
_________________________ Miacuterian Patriacutecia Castro Pereira Paixatildeo
(professora responsaacutevel)
____________________________ Local e data
Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma coacutepia deste termo de
consentimento
_____________________________ Nome e assinatura do participante
______________________________ Local e data
86
APEcircNDICE B
PRONTUAacuteRIO
IDENTIFICACcedilAtildeO Nome _______________________________Sexo ( )F ( )M Idade______ AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA Paracircmetros Peso Altura de Gordura CB PCT CC CP
87
APEcircNDICE C
REGISTRO ALIMENTAR DATA__________
Refeiccedilatildeo Horaacuterio Local
Alimento Preparaccedilatildeo Quantidade
Desjejum
Colaccedilatildeo
Almoccedilo
Lanche
Jantar
Ceia
88
ANEXO A
QUESTIONAacuteRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FIacuteSICA VERSAtildeO CURTA
Fonte Mizuno 2007
89
ANEXO B
CIRCUNFERENCIA DO BRACcedilO DE ACORDO COM GEcircNERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
90
ANEXO C
PERCENTIS DA PREGA CUTAcircNEA TRICIPITAL SEGUNDO GENERO E IDADE
Fonte Frisancho 1990
91
ANEXO D
IacuteNDICE DE QUALIDADE DA DIETA REVISADO
Fonte Wendpap 2012
92
ANEXO E
DESCRICcedilAtildeO DAS PONTUACcedilOtildeES DO IQD-R
Fonte Wendpap 2012