“Viver é negócio muito
perigoso”
João Guimarães Rosa
Uma Crise Mundial
• Departamentos de urgência(Pronto-socorros) sempre lotados
• Dificuldade de internação dos pacientes • Recusa de recebimento de ambulâncias • Transporte fragmentado e desorganizado • Ausência de atendimento especializado • Atendimento e lotação nos serviços de
urgência de pacientes de baixo risco • Sistema despreparado para maxi-
emergências ou aumento da procura
Hospital-Based Emergency Care: At the Breaking Point
http://www.nap.edu/catalog/11621.html
O Sintoma
A Hiperlotação dos Departamentos de Urgência:
• Pronto-socorros
• UPAs
• Policlínicas
• PAs
• UAIs, etc.
Definindo a superlotação
Todos os leitos do SEH ocupados
Pacientes acamados nos corredores
Tempo médio de espera por atendimento acima de uma hora
Alta tensão na equipe assistencial
Grande pressão para novos atendimentos
Bittencourt e Hortale
O Sintoma (Cont.)
Fatores que contribuem para a superlotação
Aumento da permanência no SEH – marcador Falta de leitos de internação – causa Atraso diagnóstico e tratamento – consequência Baixo desempenho do sistema de saúde
Aumento de mortes e complicações evitáveis
(Bittencourt e Hortale)
O Sintoma (Cont.)
A Transição Demográfica
9% da população idosa
BRASIL 2005 a 2030
15% da população idosa
20 MILHÕES MAIS DE 40 MILHÕES
1980 1990 2000
2005 2010 2020 2030
Distribuição da carga de mortalidade (YLL), por principais grupos de causa e
distribuição da carga de mortalidade em cada grupo de causas, por sexo. Estado de
Minas Gerais – 2005
Fonte: Ministério da Saúde. Sistema de Informação de Mortalidade – SIM, Núcleo de
Pesquisa em Métodos Aplicados aos Estudos de Carga Global de Doença, ENSP/Fiocruz.
A DISTRIBUIÇÃO DO YLL
Proporção de causas mal definidas por macrorregião 2004-2006
Distribuição da carga de morbidade (YLD), por principais grupos de causa e
distribuição da carga de morbidade em cada grupo de causas por sexo. Estado
de Minas Gerais – 2005
Fonte: Ministério da Saúde. Sistema de Informação de Mortalidade – SIM, Núcleo de Pesquisa em Métodos Aplicados aos Estudos de Carga Global de Doença, ENSP/Fiocruz.
As Soluções Apontadas
• Estruturação em Rede • Coordenação e Comando único • Regionalização • Categorização de Serviços (concentração x dispersão) • Linguagem única (protocolos e linha guia) • Accountability (transparência) • Trabalhar com indicadores que avaliem a performance
dos serviços e também a performance da rede ( ex: mortalidade por trauma maior nas primeiras 24 horas)
Hospital-Based Emergency Care: At the Breaking Point
http://www.nap.edu/catalog/11621.html
A Mudança do Modelo de Atenção à Saúde no SUS
Do modelo de atenção à saúde voltado para as condições agudas: os sistemas fragmentados de atenção à saúde.
Para o modelo de atenção à saúde voltado para as condições crônicas e agudas: as redes de atenção à saúde.
FONTE: MENDES (As redes de atenção à saúde , 2009)
FONTE: MENDES (As redes de atenção à saúde -2009)
Princípios Organizativos das Redes de
Atenção à Saúde e sua Dinâmica
ACESSO
Economia de escala
Disponibilidade de recursos
Qualidade
Os Modelos de Atenção
Mendes, 2010
Agudo Crônico
Uma Base Conceitual
• Uma população- Região
• Os Componentes:
1.Pontos de Atenção(hospitais, UPAs, UBS)
2.Pontos de Apoio Operacionais(SADT, Sistemas de registro)
3.Logística
4.Governança
• Um modelo de atenção
Fonte: Mendes - As redes de atenção à saúde 2009
O Desenho da Rede de atenção
A lógica de estruturação da Rede de U/E
OBJETIVO: LEVAR O USUÁRIO PARA O HOSPITAL MAIS PRÓXIMO
1. Encaminhar corretamente pessoa usuária
2. Ao ponto de atenção à saúde certo, capaz de
prestar o cuidado efetivo
3. No menor tempo possível
Assertivas da Rede de Urgência e
Emergência
• Paciente Certo = Gravidade
• Local Certo = Ponto de atenção preparado
• Tempo mais adequado para a situação clínica = Logística e guidelines
• Redução de mortalidade = resultado regional
O Protocolo de Manchester : Classificação de Risco
VERMELHO Emergência 0 minutos
LARANJA Muito
urgente 10 minutos
AMARELO Urgente 60 minutos
VERDE Pouco
urgente 120 minutos
AZUL Não urgente 240 minutos
FONTE: MACKWAY-JONES et al. (2006)
Um Modelo de Atenção
“Um galo sozinho não tece uma
manhã”
João Cabral de Melo Neto
empenho não leva a desempenho
Sem Foco:
As redes de urgência são regionais
COMPARAÇÃO ENTRE CENTRAIS DA LOMBARDIA
(CUSTO POR HABITANTE/ ANO)
ECONOMIA de ESCALA
As redes de urgência têm um único comando na execução do que está previsto(maestro)
• Onde as informações principais chegam e saem (comunica)
• “Link” da execução das decisões pré pactuadas
• Controle dos recursos necessários
• Autoridade delegada.
Foco e Alinhamento
R$ 400.000,00 + AVC HOSPITAL DE URGÊNCIA POLIVALENTE NÍVEL I
R$ 350,00 a diária HOSPITAL de REFERÊNCIA AO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NÍVEL I
R$ 150.000,00 HOSPITAL de REFERÊNCIA às DOENÇAS CARDIOVASCULARES NÍVEL I
R$ 300.000,00 HOSPITAL de REFERÊNCIA ao TRAUMA NÍVEL I
R$ 200.000,00 HOSPITAL GERAL de URGÊNCIA NÍVEL II
R$ 100.000,00 HOSPITAL GERAL de URGÊNCIA NÍVEL III
R$ 40.000,00
HOSPITAL de URGÊNCIA NÍVEL IV
Hospitais /Tipologia
PROPOSTA FINANCIAMENTO DA REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM MINAS GERAIS
“A morte de um único homem
também me diminui, porque eu
pertenço à humanidade”
John Donne
Estrutura do Projeto
Red
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e U
rgên
cia
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ergê
nci
a
Rede Macrorregional
Protocolo de Manchester
Sistema de Gestão Clínica da Urgência
Implantação das UPAS
ECOS dos Gerais
Projeto Aeromédico
Força Estadual de Saúde e Medicina de Catástrofe
●O Projeto será dividido em 4 fases, e atingirá a atenção primária,
ambulatorial, portas de entrada de urgência, unidades de terapia
intensiva e ambulâncias de suporte avançado do SAMU-192.
●O escopo inclui a capacitação de 378 médicos da rede de
assistência que serão treinados para a utilização da
ultrassonografia “Point-of-care” e alguns desses profissionais se
tornarão treinadores e multiplicadores deste conhecimento.
PROJETO ECOS DOS GERAIS
Multi-Focused Ultrasound Protocols Transversal, Dinâmico, Baseado em Problemas …
EMERGENCY & CRITICAL CARE
ULTRASOUND INNOVATION
GYNECOLOGICAL & OBSTETRIC CARE
NEONATAL & PEDIATRIC CARE
Projeto Aeromédico
Projeto Aeromédico - Helicópteros
Projeto Aeromédico - Aviões
Redes de UE Regionais - Desafios
• Fragilidades dos entes de governança regionais
• Falta de um ente regional para o gerenciamento -
consórcio intermunicipal? Agência regional? Fundação?
• Falta de modelo baseado em classificação de risco
(condições agudas)
• Falta de modelo de estratificação de risco (condições
crônicas)
• Ausência de um modelo de financiamento regional
Redes de UE Regionais – Desafios (continuação...)
• Enormes diferenças regionais (densidade demográfica,
epidemiologia, orçamento, etc.)
• Descentralização ao nível municipal, levando a perda de
escala, fragmentação do sistema e pulverização dos
recursos (Modelo federativo brasileiro)
• SAMUs e hospitais municipais existentes sem vocação
regional
• Falta de critérios para distribuição dos Serviços de
Urgência ( Precisam ser baseados em tempo resposta e
qualidade e risco)
COBERTURA DA REDE DE URGÊNCIA
FONTE: COORDENAÇÃO ESTADUAL DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA – CEUE/MG
PROJEÇÃO DA COBERTURA DA REDE DE URGÊNCIA –
ATÉ FINAL DE 2013
Muito Obrigado!!!