JESUTAS BRASIL
Em EDIO 13 ANO 2ABRIL 2015INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL
PAPA PARTICIPAR DAASSEMBLEIA GERAL DA ONU
pg. 11
JRS TER NOVO DIRETOR INTERNACIONAL
pg. 17
REPAM LANADAEM ROMA
pg. 19
IDE E INFLAMAI O MUNDOACOMPANHAR A FORMAO DOS JOVENS UM DOS OBJETIVOS DO PROGRAMA
MAGIS BRASIL, QUE COMEA A SER IMPLEMENTADO EM 2015especial pg. 12
4 Em
SUMRIO
EDITORIAL MAGIS: um fogo que acende outros fogos
CALENDRIO LITRGICO
ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO s novas geraes de jesutas
O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S Igreja celebra 2 anos do pontificado
de Francisco
Papa ir Assembleia Geral da ONU em Nova York
ESPECIAL Somos Mais, Somos Magis
MUNDO CRIA GERAL Petar Barbaric, servo de Deus JRS: 35 anos de apoio Nomeaes
AMRICA LATINA CPAL Converso institucional Provincial do Brasil em Manaus Lanamento da REPAM em Roma
SERVIO DA F Padre Csar Augusto torna-se reitor do Santurio
So Jos de Anchieta
Processo de beatificao de Pe. Rutilio Grande
PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA Jesutas acolhem haitianos no Acre Ciclo de encontros ser realizado no CEPAT
6
7810
12
17
18
20
22
EDIO 13 | ANO 2 | ABRIL 2015
5Em
DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO Publicao celebra os 50 anos do Conclio Vaticano II FAJE apresenta srie de filmes para reflexo
EDUCAO Projeto Educativo Comum est em fase de elaborao Colgio Antnio Vieira adota Sistema de Qualida-
de na Gesto Escolar
Alunos da ETE ganham destaque na Febrace Curso da FEI passa a ter validade nos pases
do Mercosul
SERVIO S JUVENTUDES E VOCAES Casa Manresa promove formao para jovens Casa Inaciana da Juventude inicia atividades
NA PAZ DO SENHOR
JUBILEUS
AGENDA
23
24
27
283131
EmJESUTAS BRASIL
INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL
EXPEDIENTE
EM COMPANHIA uma publicao mensal dos
Jesutas do Brasil, produzida pelo Ncleo de Co-
municao Integrada (NCI)
CONTATO [email protected]
www.jesuitasbrasil.com
DIRETOR EDITORIALIr. Eudson Ramos
DIRETOR DO NCIPe. Geraldo Lacerdine
EDITORA E JORNALISTA RESPONSVELSilvia Lenzi (MTB: 16.021)
REDAOJuliana Dias
DIAGRAMAO E EDIO DE IMAGENSHanderson Silva
Dimas Oliveira (publicidade So Jos de Anchieta)
COLABORADORES DA 13 EDIOAidil Brites, Dhyovaine Nascimento, Evenice
Neta, Gilmara do Monte dos Santos, Leonardo
de Queiroz Sancho, Pedro Risaffi, Rodrigo Mar-
ques, Pe. Valrio Sartor e Ana Ziccardi (reviso).
Um agradecimento especial a todos que colabo-
raram com a matria especial dessa edio.
FOTOSBanco de imagens / Divulgao
TRADUO DAS NOTCIAS DA CRIAPe. Jos Luis Fuentes Rodriguez
6 Em
A Companhia de Jesus nasceu de jovens sonhadores. Incio de Loyola, Fran-
cisco Xavier e Pedro Fabro iniciaram a aventura de construir o mundo novo do
quarto de um Colgio. Movidos por uma s coisa em desejos e vontade, e pro-
psito firme de querer empreender uma vida nova, perguntavam-se o que antes
j tinha povoado a mente e o corao do peregrino de Loyola: Que vida nova
esta que agora comeamos? O projeto de vida de Incio e dos primeiros compa-
nheiros conquistou muitos jovens e ainda hoje conquista coraes, sonhadores
e ousados, que desejam viver o futuro, viver o MAGIS para Cristo.
Incio de Loyola, o peregrino, encantou-se com a proposta do Reino anun-
ciado por Jesus e contagiou a outros. O ardor emanado do encontro da criatura
com o Criador incendiou como um fogo que acende outros fogos. Incio, de-
pois da experincia que mudou sua vida, no se conteve nele mesmo e conta-
giou outros jovens. O desejo de viver para a MAIOR GLRIA DE DEUS movia
os jovens sonhadores, que colocavam seus dons recebidos a servio da Igreja
e, com o corao agradecido, respondiam com suas vidas entregues por amor e
para Amar e Servir.
A Companhia de Jesus, constituda de santos e pecadores, nunca poupou
esforos para encontrar o melhor, o meio mais eficaz e eficiente de trabalhar
com a juventude, formando homens e mulheres para e com os demais. (Pe. Ar-
rupe Valencia, 1973)
Devemos sempre recordar que nosso objetivo como educadores formar
homens e mulheres competentes, conscientes e comprometidos na compaixo.
No processo de criao da Provncia dos Jesutas do Brasil BRA, os jesutas
procuraram dar maior nfase na misso com a juventude. Depois de longo es-
foro do grupo de trabalho constitudo para repensar a atuao da Companhia
junto aos jovens, nasceu o Programa MAGIS Brasil, que busca fazer a conexo
entre as atividades dos centros e casas de juventude da Companhia com as ou-
tras obras jesuticas e demais iniciativas de inspirao inaciana. O objetivo
formar a Rede Inaciana de Jovens, o MAGIS Brasil, que nortear a misso com
diretrizes, projetos e planejamentos qualificados, sempre em sintonia com os
sonhos e desejos de Incio.
A Provncia dos Jesutas no Brasil escolheu a Juventude como uma das op-
es fundamentais do Projeto Apostlico em sintonia com a Igreja latino-ame-
ricana, que tem nos jovens sua opo preferencial. Queremos ir s fronteiras
onde eles esto, encontr-los, estar com eles, construir pontes de compreenso
e dilogo. Que o Deus que tocou o corao de Incio tambm toque o corao
dos jovens hoje e nos anime na caminhada de anncio do Reino.
Na unio dos coraes.
Boa leitura!
EDITORIAL
MAGIS: UM FOGO QUE ACENDE OUTROS FOGOS
Pe. Jonas Elias Caprini, , SJSecretrio para Juventude e Vocaes da BRA e coordena-dor do Programa MAGIS Brasil
INCIO, DEPOIS DA EXPERINCIA
QUE MUDOU SUA VIDA, NO SE CONTEVE NELE MESMO E CONTAGIOU OUTROS JOVENS.
7Em
CALENDRIO LITRGICO
calendrio litrgico Prprio da Companhia de Jesus
ABRIL
DIA 22 | Bem-aventurada Virgem Maria, me da Companhia de Jesus
DIA 27 | So Pedro Cansio
8 Em
J aconteceram encontros e reunies em nvel nacional?
Estamos preparando o I Frum dos Jesutas em Formao da
Provncia do Brasil, que acontecer em Belo Horizonte, nos dias
20, 21 e 22 de julho. O encontro reunir os estudantes jesutas do Ju-
niorado, Filosofado e Teologado, mais os que esto na etapa do ma-
gistrio, bem como os irmos e padres jovens ainda em formao.
Teremos a assessoria do Secretariado de Articulao e Capacitao
para a Misso da Provncia, com a presena de seus quatro secret-
rios. Tambm contaremos com a participao do Delegado de For-
mao da CPAL (Conferncia dos Provinciais Jesutas da Amrica
Latina). Acredito que ser um momento muito enriquecedor de par-
tilha e discernimento em comum, na direo da construo de um
projeto de formao para a nascente Provncia dos Jesutas do Brasil.
Como funciona o processo de acompanhamento dos jo-
vens jesutas?
De acordo com os estatutos da Provncia do Brasil, cabe ao pro-
vincial a responsabilidade primeira pela formao inicial dos jesu-
tas (que vai do noviciado at a profisso dos votos solenes). Mas,
ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO
Em 2015, qual ser a principal atuao
da rea de Formao da Companhia de
Jesus? O que est previsto para esse ano?
Os jesutas no Brasil acabam de
criar uma nova Provncia, que bus-
ca atender s necessidades do nosso
tempo, para conservarmos e aumen-
tarmos o nosso dinamismo apostlico
e a nossa qualidade de vida comuni-
tria e espiritual, como companhei-
ros de Jesus. Creio, ento, que a nossa
formao deve acompanhar esse mo-
vimento, buscando avaliar-se e ade-
quar-se a este novo tempo, em vista a
termos claro qual o projeto de forma-
o que queremos e devemos oferecer
s novas geraes de jesutas, a fim de
que possam responder eficazmente
aos desafios ligados nossa misso e
opo de vida.
S NOVAS GERAESDE JESUTAS
Pe. Adelson Arajo dos Santos
Em entrevista ao informativo Em Compa-nhia, o padre Adelson Arajo dos Santos conta sobre seu trabalho como Delegado para a Formao, funo que j vinha exer-cendo desde 2014, junto com a misso de su-perior regional da Regio Brasil-Amaznia. Com a agenda menos atribulada depois da criao da Provncia do Brasil, o jesuta tem buscado se aproximar mais das Casas de For-mao e dos prprios formandos e formado-res, assim como acompanhar melhor os que esto inseridos nas Plataformas Apostlicas. Leia a seguir:
9Em
para que ele consiga acompanhar bem essa parte importante do
corpo da Companhia de Jesus, necessrio que seja auxiliado por
uma equipe de formadores, que so os acompanhantes diretos nas
Casas de Formao, como reitores, diretores espirituais, acompa-
nhantes de pequenos grupos e comunidades, etc. Para os que esto
na fase dos estudos, a Companhia conta, ainda, com a colaborao
de um corpo de professores jesutas, que tambm cumprem um pa-
pel formativo muito importante. E, nas Casas e Plataformas Apost-
licas, fundamental o apoio e o acompanhamento dos superiores
locais, como referncia que ajuda o jovem em formao a sentir-se
bem acompanhado. Finalmente, buscando estar articulado com
todas essas instncias, entra a figura do Delegado para a Formao,
como membro do Staff do Governo Provincial, para favorecer uma
boa transio entre as etapas, como tambm a boa comunicao
entre formadores e formandos, formao e a misso, formao e o
governo da Companhia.
E qual a importncia desse trabalho para o futuro da
Companhia de Jesus?
Sem exagero, podemos dizer que, da qualidade da seleo
vocacional e da formao que a Companhia de Jesus souber
dar aos seus membros, depender, em muito, a qualidade do
testemunho que os novos jesutas podero dar, como verdadei-
ros servidores da Bandeira de Cristo, com eficcia apostlica e
respostas adequadas para as grandes questes da humanidade,
no obstante a sua condio de pecadores e limitados.
Quais as dimenses que permeiam a vocao jesuta? Como
cada uma delas trabalhada?
A vocao de um jesuta nasce de uma experincia pessoal de
encontro com Jesus Cristo, que lhe revela o seu amor e o convida a
ser seu discpulo, companheiro e colaborador da sua misso. Para
responder bem a esse chamado, que existe o tempo de formao,
pautado em quatro dimenses fundamentais: Espiritual; Comu-
nitria; Acadmica; Pastoral ou Apostlica. A cada uma delas d-
-se uma ateno especial, colocando-se os meios necessrios para
isso: Exerccios Espirituais; Acompanhamento espiritual, pastoral
e acadmico; Formao humano-afetiva; Excelncia dos centros de
estudo; Vida em pequenas comunidades; Variedade de experincias
apostlicas; Personalizao dos estudos e das experincias pasto-
rais; Misses internacionais, entre outros.
O Delegado para a Formao respon-
svel por acompanhar todas as etapas de
formao? Ele atua em parceria com os
superiores do Noviciado, Juniorado e Fi-
losofado, Teologado, e com o secretrio de
Juventudes e Vocaes?
Na realidade, o Delegado para a Forma-
o no tem a responsabilidade direta por
nenhuma das etapas de formao, pois as
Casas de Formao j tm suas equipes de
formadores, enquanto nas Comunidades
Apostlicas so os superiores locais que
acompanham os formandos mais de perto.
Mas, como j se disse acima, fundamen-
tal que haja boa articulao, transio e
acompanhamento dos processos pessoais
de cada formando, garantindo sua conti-
nuidade e sua gradualidade, que d condi-
es para a formao ser um grande exer-
ccio de discernimento, no duplo sentido:
que ajude a verificar e confirmar o projeto
vocacional de Deus para cada um; que aju-
de a confirmar para que tipo de misso o
Senhor me chama a me inserir como jesu-
ta, uma vez formado.
A VOCAO DE UM JESUTA NASCE DE UMA
EXPERINCIA PESSOAL DE ENCONTRO COM JESUS CRISTO, QUE LHE REVELA O SEU AMOR E O CONVIDA A SER SEU DISCPULO, COMPANHEIRO E COLABORADOR DASUA MISSO.
10 Em
O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S
IGREJA CELEBRA 2 ANOS DO PONTIFICADO DE FRANCISCO
No dia 13 de maro, a Igreja Catli-ca celebrou os dois anos de pon-tificado do Papa Francisco. Nesse perodo de seu papado, ele j conquistou
a todos com sua simplicidade, ternura e
espontaneidade. Jorge Mario Bergoglio, 78
anos, o 266 bispo de Roma e entrou para
a histria ao se tornar o primeiro papa lati-
no-americano e jesuta.
Em dois anos, Francisco beatificou
974 bem-aventurados e canonizou 51
beatos. Portanto, desde sua posse, 1025
pessoas j foram proclamadas beatas e
santas. A produo pastoral do pontfice
tambm expressiva. Francisco j di-
vulgou a encclica Lumen Fidei, a exor-
tao apostlica Evangelli Gaudium,
redigiu sete constituies apostlicas,
59 cartas, 12 cartas apostlicas e cinco
Motu Proprio. Alm disso, participou
No mbito poltico, Francisco ga-
nhou destaque por reunir em uma ce-
lebrao pela paz, no Vaticano, o ento
presidente de Israel, Shimon Peres, e
o lder da autoridade Palestina, Mah-
moud Abbas. Alm disso, foi um dos
principais intermedirios do dilogo
entre Estados Unidos e Cuba, que cul-
minou com a reaproximao dos dois
pases, aps 54 anos.
O Papa Francisco tambm convocou
um Snodo extraordinrio sobre a fam-
lia, que reuniu 250 pessoas, entre bispos
de diversas partes do mundo, sacerdotes,
especialistas, estudiosos e casais. Essa
foi uma reunio preparatria para o S-
nodo ordinrio, que ser realizado em
outubro de 2015.
O dilogo e o respeito pelo prximo
so caractersticas do papado de Francisco,
que se mantm antenado com as tecnolo-
gias, no toa que o pontfice atinge mais
de 15 milhes de pessoas pelo Twitter.
HABEMUS PAPAMNo dia 15 de maro de 2013, uma
multido orava e esperava o anncio do
nome do novo pontfice na Praa So
Pedro, no Vaticano. Todos esperavam a
fumaa branca sair pela chamin, pois
esse era o sinal de que os cardeais ti-
nham escolhido o novo lder da Igreja
Catlica. Ento, s 20h14 (16h14 hor-
rio de Braslia), a fumaa branca final-
mente surgiu. Os primeiros segundos
foram confusos porque novamente pa-
recia fumaa negra, mas pouco depois
no havia mais dvidas. Uma abundan-
te fumaa branca anunciava ao mundo
que os cardeais tinham escolhido o
sucessor de Bento XVI. Os sinos da ba-
slica soavam e os fiis mostravam sua
alegria e seu entusiasmo.
A fumaa branca significava que a
de 73 audincias gerais. O Papa tambm
est preparando uma encclica sobre a
questo ambiental, com previso de pu-
blicao at o final do ano.
Entre 2013 e 2014, estima-se que cer-
ca de 30 milhes de pessoas j estiveram
presentes diante do papa, entre partici-
pantes de audincias e peregrinos. Reco-
nhecido pela abertura ao dilogo inter-
-religioso, o Papa j se encontrou com
representantes de diversas religies,
dentre eles o patriarca ecumnico Barto-
lomeu I, bispo da Igreja Ortodoxa.
Em 24 meses de pontificado, o Papa
Francisco visitou o Brasil, a Terra Santa,
a Coreia do Sul, a Albnia, a Turquia, o
Sri Lanka, as Filipinas e a cidade francesa
de Estrasburgo, onde passou pelo Parla-
mento Europeu e o Conselho da Europa;
realizou tambm sete viagens pela Itlia.
FOTO
S| L
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VATO
RE
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NO
11Em
PAPA IR ASSEMBLEIA GERAL DA ONU EM NOVA YORK
Queridos irmos e irms, buona sera, como vocs sabem os carde-
ais no conclave tm que encontrar um bispo de Roma, e parece que os
irmos cardeais foram busc-lo quase no final do mundo, mas estamos
aqui. Agradeo-lhes a acolhida comunidade diocesana de Roma como
seu bispo. Antes de mais nada, queria fazer uma orao pelo nosso bispo
emrito Bento XVI, rezemos todos juntos para que o Senhor o abenoe
e a Virgem Maria o proteja. E agora, comeamos este caminho: Bispo e
povo. Este caminho da Igreja de Roma que a que preside na caridade
todas as Igrejas. Um caminho de fraternidade, de amor, de confiana en-
tre ns. Rezemos sempre por ns: uns pelos outros. Rezemos por todo
o mundo, para que haja uma grande fraternidade. Desejo-lhes que este
caminho de Igreja, que hoje comeamos e no qual me ajudar [...], seja
frutfero para a evangelizao dessa maravilhosa cidade. Gostaria de dar
a bno, embora, antes quero pedir-lhes um favor, antes que o bispo
abenoe o povo, peo-lhes que rezem ao Senhor para que me abenoe.
Porque a orao do povo pedindo a bno para o seu bispo. Faamos
em silncio esta orao de vocs por mim. Agora darei a Bno a vo-
cs e a todo o mundo, a todos os homens e mulheres de boa vontade.
[...] Muito obrigado pela vossa acolhida. Rezem por mim e at logo [...].
Papa Francisco (13/03/2013)
Fonte| O Estado de S. Paulo/ pt.radiovaticana.va/ www.zenit.org
O Papa Francisco ir discursar na As-sembleia Geral da ONU (Organiza-o das Naes Unidas), em Nova York, no dia 25 de setembro, data na qual
sero celebrados os 70 anos da entidade.
Segundo comunicado da ONU, o secretrio-
-geral Ban Ki-moon recebeu com satisfao
a confirmao da visita de Francisco.
Ban Ki-moon disse que a presena do
pontfice ser importante, pois aconte-
cer num momento em que os estados-
-membros decidiro novas metas volta-
das ao desenvolvimento sustentvel.
Em Nova York, o Papa discursa-
r na Assembleia Geral da ONU e ter
reunies bilaterais com Ban Ki-moon
e outros funcionrios da entidade. O
secretrio-geral espera que a visita do
papa sirva para inspirar a comunida-
de internacional a redobrar esforos
para promover a dignidade humana
para todos, garantir a justia social, a
tolerncia e o entendimento entre as
pessoas, afirmou a ONU em nota.
Na viagem aos Estados Unidos, Fran-
cisco visitar tambm a capital, Washing-
ton, tornando-se o primeiro papa a fazer
pronunciamento no Congresso america-
no. O Papa participar ainda do Encontro
Mundial das Famlias, no dia 27 de setem-
bro, na Filadlfia (Pensilvnia).
votao tinha alcanado a maioria ab-
soluta e que o recm-eleito Papa res-
pondera afirmativamente ao cardeal
Giovanni Battista Re, que, em nome de
todo o colgio dos eleitores, pediu o
seu consentimento: Voc aceita a sua
eleio cannica para sumo pontfi-
ce?. Uma vez recebido o consentimen-
to, perguntou para ele: Por qual nome
voc quer ser chamado?.
O mundo vivia momentos de ex-
pectativa at que a Praa So Pedro
ficou em silncio e escutou-se Anun-
tio vobis gaudium, habemus Papam,
feito pelo cardeal francs Jean-Louis
Tauran. E, em latim, ele indicou Jorge
Mario Bergoglio, que, a partir daquele
momento, passaria a ser chamado de
Francisco, o Papa Francisco.
As primeiras palavras do pontfice
foram suficientes para despertar o ca-
rinho e o entusiasmo dos catlicos e de
pessoas do mundo inteiro. Confira um
trecho da mensagem ao lado.
Hall da Assembleia Geral da ONU em Nova York
FOTO
| WIK
IPED
IA
Fonte| agenciabrasil.ebc.com.br
12 Em
ESPECIAL
SOMOS MAIS, SOMOS MAGIS
Todo jovem um peregrino que, em sua caminhada, busca co-nhecer o mundo que o cerca. O percurso rduo e desafiador, mas es-
timulante. Uma realidade que motiva
a Companhia de Jesus a acompanhar a
juventude nessa jornada. No Brasil, so
mais de 51 milhes de jovens com idade
entre 15 e 29 anos, segundo o Censo 2010
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatstica), o que equivale a 27% da po-
pulao do pas. Cada um desses jovens
um peregrino que est em constante
formao, procurando um caminho para
trilhar.
Como companheiros de Jesus, os
jesutas sempre estiveram com os jo-
vens, por meio de espaos de acolhida,
formao e acompanhamento. Em seus
Centros de Juventude, so promovidas
pesquisas, publicaes e assessoria a
educadores e a grupos/organizaes
13Em
juvenis. Dessa forma, proporcionar ex-
perincias, possibilitando a vivncia da
vocao em Cristo, promove a formao
integral do jovem, auxiliando-o em seu
projeto de vida.
Com a criao da Provncia dos Jesutas
do Brasil em 2014, a Companhia de Jesus
optou pelo trabalho com juventude como
uma de suas preferncias apostlicas. A
misso ajudar os jovens na construo
de seu projeto de realizao pessoal como
dom e servio aos demais. Contudo, antes
dessa escolha, os jesutas j discutiam a
elaborao de um trabalho em rede com a
juventude. Nesse processo, formou-se um
GT (Grupo de Trabalho de Juventudes e Vo-
caes), que tinha como objetivo mapear
as atividades existentes, refletir e elaborar
um programa de formao para os jovens.
Aps essa etapa, a Companhia de Je-
sus conseguiu obter importantes infor-
maes sobre a realidade do trabalho de
juventude e vocaes no Brasil. Buscando
responder a novos desafios e visando um
trabalho em rede, foi criado o Programa
MAGIS Brasil. A iniciativa quer ajudar os
jovens a encontrar o magis inaciano para
melhor viverem como cristos diante dos
desafios da vida, explica padre Jonas Elias
Caprini, secretrio de Juventudes e Voca-
es da BRA e coordenador nacional do
Programa MAGIS Brasil. Nessa proposta,
os jovens so convidados a elaborar o seu
Projeto de Vida, contemplando os ideais e
valores cristos. As experincias levam os
jovens a buscar o sentido de sua vida, au-
xiliando no discernimento do que o ajuda
a se aproximar do projeto de Deus.
Com inspirao no evento MAGIS
2013, o Programa ser um centro articula-
dor de diversas experincias apostlicas,
espirituais, culturais, de voluntariado e
insero social, de peregrinao, estu-
do e formao. Nosso desejo formar
homens e mulheres para os demais. As
linhas transversais dos 4 C (Conscientes,
Competentes, Compassivos e Compro-
metidos), que perpassam toda a misso
da Companhia, esto alinhadas com nos-
sas propostas de projetos e atividades
com os jovens, afirma padre Jonas.
MAGIS 2013
O MAGIS um encontro mun-
dial de jovens que cultivam a es-
piritualidade inaciana, promovi-
do pela Companhia de Jesus, nos
dias que antecedem s Jornadas
Mundiais da Juventude. Em 2013,
o evento foi realizado no Brasil e
reuniu cerca de 2 mil jovens de di-
versas partes do mundo.
PROGRAMA MAGIS BRASIL
Magis um termo em latim que signi-
fica o mais, o maior, o melhor. Essa pala-
vra foi muito utilizada por Santo Incio de
Loyola e quer dizer que sempre podemos
nos doar mais em relao quilo que j faze-
mos ou vivemos. Assim, a pessoa que vive
e se deixa impelir pelo Magis algum que
nunca est satisfeito com a realidade exis-
tente. O termo expressa o impulso que nos
conduz a uma atitude de busca. com esse
esprito que o Programa MAGIS Brasil inicia
seus trabalhos no pas.
O MAGIS Brasil ter como funes prin-
cipais a comunicao e a articulao das
iniciativas de acompanhamento e forma-
o de jovens. O trabalho dever acontecer
a partir de equipes, assim como aconteceu
durante a realizao do MAGIS 2013. A cola-
borao entre as diversas obras da Compa-
nhia de Jesus ser essencial para fortalecer
essa articulao nacional.
Segundo padre Jonas, o trabalho em
parceria fundamental para somar foras.
Hoje, no podemos pensar em nenhuma
frente de misso isolada. No Brasil, temos
muitas atividades que so organizadas por
obras que, direta ou indiretamente, traba-
lham com juventude, assim como ativida-
des e projetos organizados por obras que
no so de responsabilidade dos jesutas,
mas que so de inspirao inaciana. O tra-
balho em Rede permite maior interao e
sintonia na misso, ressalta o jesuta.
O Programa ser constitudo por uma
equipe central, que coordenar as cin-
co dimenses do projeto, os centros e
as casas de juventude. Alm disso, dois
servios sero essenciais para o desen-
volvimento do trabalho de promoo
vocacional e acompanhamento dos jo-
vens: a comunicao e a administrao.
A equipe nacional ser a responsvel
pelo acompanhamento, articulao e or-
ganizao da estrutura do Programa. No
Escritrio Nacional, localizado no Rio de
Janeiro, ficar o coordenador nacional do
Programa MAGIS Brasil.
14 Em
ESPECIAL
A ESTRUTURA
As cinco dimenses que compem o
MAGIS Brasil so:
1 Metodolgica2 Exerccios Espirituais3 Voluntariado Jovem4 Socioambiental5 Vocaes Jesutas
Cada dimenso foi inspirada na expe-
rincia do MAGIS 2013 e servir como base
para o desenvolvimento dos projetos e das
atividades do Programa. Os eixos (dimen-
ses) abrigaro as propostas e daro susten-
tabilidade. Cada eixo ser coordenado por
um jesuta que far parte da equipe nacional.
As dimenses tero como base os Centros
MAGIS, que sero referncia de uma deter-
minada dimenso, explica padre Jonas.
A dimenso Metodolgica ter a co-
ordenao do Centro MAGIS So Paulo,
conhecido como Anchietanum, que ser
responsvel por articular as diversas pro-
postas formativas que a Companhia de
Jesus possui, por meio de suas obras (co-
lgios, universidades, educao popular,
etc.). O desafio ser encontrar os melhores
meios para potencializar essas propostas
no Programa MAGIS Brasil. Essa dimen-
so ser uma das bases da formao que
ofereceremos aos jovens, ressalta padre
Alexandre Raimundo, coordenador da di-
menso Metodolgica.
A dimenso Exerccios Espirituais
proporcionar, seguindo a pedagogia dos
EE, formao espiritual aos jovens. A co-
ordenao do Programa MAGIS Brasil est
analisando a possibilidade de transformar
uma Casa MAGIS em centro dessa dimen-
so. Em um primeiro momento, nossa
inteno ser propor os EE a todas as obras
que trabalham com a juventude, para que
todos possam vivenciar a experincia
completa dos Exerccios Espirituais em
etapas, afirma padre Reginaldo Sarto, co-
ordenador da dimenso Espiritual.
Santo Incio prope que, ao concluir
a experincia dos Exerccios Espirituais,
o exercitante confronte, por meio de ex-
perimentos, a eleio feita. Atravs deles,
aprende-se mais sobre o prprio sentido
da vida. Por isso, o Programa MAGIS Brasil
contar com a dimenso do Voluntariado
Jovem, que ser coordenado pelo Centro
MAGIS Fortaleza, atual CIJ (Casa Inacia-
na da Juventude). O voluntariado surge
como um caminho que conduz o jovem
ao conhecimento da prpria vida, dos
seus limites e desejos e, essencialmente,
da pessoa de Jesus, comenta padre Agnal-
do Duarte, coordenador da dimenso do
Voluntariado Jovem.
A dimenso Socioambiental do Pro-
grama MAGIS Brasil quer promover ex-
perincias de relao-comunho entre
homem e natureza, possibilitando o for-
talecimento de uma cultura ambiental.
Segundo padre Edson Tom Pacheco Sil-
va, coordenador da dimenso Socioam-
biental, proporcionar conhecimento das
problemticas ambientais, auxiliar na for-
mao de uma conscincia ecolgica e de
uma nova cultura, so alguns dos objetivos
dessa dimenso. O Centro MAGIS Belm,
conhecido como Centro Magis de Juventu-
de, ser o responsvel por esse eixo.
A dimenso Vocaes Jesutas res-
ponsvel pelo acompanhamento no dis-
cernimento vocacional dos jovens que
desejam conhecer melhor a Companhia de
Jesus. O coordenador dessa dimenso vai
elaborar projetos de promoo vocacional
para os jovens em geral e de projetos espe-
cficos Companhia de Jesus para a forma-
o de uma cultura vocacional. Alm disso,
coordenar o Plano de Candidatos ao Novi-
ciado. Atualmente, essa dimenso coor-
denada pelos padres Jonas Elias Caprini e
Alexandre Raimundo.
CADA DIMENSO FOI INSPIRADA NA EXPERINCIA DO MAGIS 2013 E SERVIR COMO BASE PARA O DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS E DAS ATIVIDADES DO PROGRAMA
15Em
CASAS MAGIS
As Casas MAGIS so destinadas promoo local e re-
gional do trabalho com juventude e vocaes. Oferecem di-
versas atividades de formao humana, espiritual, pastoral,
cultural entre outras, com assessoria dos Centros MAGIS.
As casas dialogam com as dioceses, obras apostlicas da
Companhia de Jesus, parquias e universidades prximas.
Podem ser erigidas e mantidas por obras ou grupos afins
que queiram potencializar a formao e acompanhamen-
to dos jovens (colgios, universidades, parquias, centros
sociais, CVX, etc.). As Casas MAGIS podem ser coordenadas
por leigos e sua estrutura, mais simples, destinada, exclu-
sivamente, a promover atividades com juventude e voca-
es. Atualmente, a Companhia de Jesus possui seis casas
j constitudas (abaixo) e outras em via de implementao.
Casa MAGIS Campinas (SP) Casa Inaciana de Juventu-
de, antigo Centro Inaciano
Casa MAGIS Goinia (GO) CAJU (Casa da Juventude
Padre Burnier)
Casa MAGIS Manaus (AM)
Casa MAGIS Teresina (PI)
Casa MAGIS Rio de Janeiro (RJ)
Casa MAGIS Cascavel (PR)
CENTRO MAGIS
O Centro MAGIS um local de formao, acompanha-
mento e irradiao do trabalho com jovens, que tem alcan-
ce local, regional, nacional e, at mesmo, internacional.
Cada centro conta com equipe especializada, formada por
jesutas e leigos, que prestam assessoria s Casas MAGIS e
demais obras da Companhia de Jesus. So funes de um
Centro MAGIS: Elaborao de subsdios; Promoo de ativi-
dades e programas de formao para jovens; Assessoria s
Casas MAGIS, obras apostlicas da BRA e outros organismos
da Igreja. Confira a localizao dos Centros MAGIS:
Cento MAGIS So Paulo (SP) Anchietanum
Centro MAGIS Fortaleza (CE) CIJ (Casa Inaciana da
Juventude)
Centro MAGIS Belm (PA) Centro Magis de Juventude
16 Em
ESPECIAL
FRUM MAGIS BRASIL
Entre os dias 20 e 23 de abril, o Programa MAGIS Brasil realizar seu primeiro
encontro. Denominado Frum MAGIS Brasil, o evento reunir jesutas do pas
inteiro que trabalham e/ou tm interesse na juventude. O objetivo discutir,
aprofundar e alinhar a implementao do Programa no Brasil. Segundo padre
Jonas Elias Caprini, secretrio de Juventudes e Vocaes da BRA e coordenador
nacional do Programa MAGIS Brasil, importante que, nesse incio, o corpo
apostlico da Companhia de Jesus esteja bem alinhado, com ideias claras e es-
tratgias bem definidas, explica.
CAMINHAR COM A JUVENTUDE
com muita alegria que acolho, dia-
riamente, a misso de trabalhar com ju-
ventude, declara Ir. Ubiratan de Oliveira
Costa, que atua na CIJ (Casa Inaciana da
Juventude) em Fortaleza (CE). Esse senti-
mento do irmo Bira, como conhecido,
perpassa todo o corpo apostlico da Com-
panhia de Jesus. O trabalho no fcil,
pois a juventude enfrenta muitos desafios.
Por isso, preciso estar perto e ser compa-
nheiro. necessrio se colocar numa pos-
tura de acompanhante, por meio da escu-
ta, do testemunho, cultivando uma face de
acolhida e amor, completa o jesuta.
Para o padre Paulo Domingo Pelizer, a
juventude sonha com uma formao inte-
gral, que a ajude em todas as suas dimen-
ses. Ningum nasce pronto, a formao
precisa fazer-se diariamente, num desafio
que cabe a cada jovem ir superando, diz
o jesuta, que acompanha os jovens da re-
gio de Cascavel (PR).
A busca pelo novo e a energia da ju-
ventude contagiam o padre Jean Fbio
Santana, que atua em Joo Pessoa (PB).
uma experincia vivificante. Eu me sinto
altamente atrado por essa entrega plena
de energia e talento que o indivduo pos-
sui nessa etapa de desenvolvimento hu-
mano, ressalta padre Jean.
Ajudar na escolha dos caminhos a
serem seguidos pelos jovens uma das
alegrias do padre Felipe de Assuno So-
riano. Eu venho aprendendo muito com
eles e, na medida em que recebo, tambm
ofereo um pouco de minhas vivncias.
Ajudar outros jovens a discernirem sua
prpria vocao vem dando um sabor
todo especial a minha prpria vocao,
confessa o jesuta, que atua nas cidades
de Anchieta e Iconha (ES).
A Companhia de Jesus, por meio do
Programa MAGIS Brasil, visa a articular,
conectar e animar uma rede inaciana
de jovens pelo pas. Nesse processo, h
muitos desafios, mas os jesutas esto
prontos para acompanhar os peregrinos.
Eu tenho buscado fomentar nos jovens
o desejo de ser igreja, ajudando-os a per-
ceberem que ela tambm um espao de
encontro, afirma Francisco Rodrigues de
Sousa Junior, 24 anos, que est no 2 ano
do Noviciado, em Feira de Santana (BA).
Nossa espiritualidade permite que
os jovens tenham uma experincia que
vai alm do somente falar, ou seja, nos
permite ir ao encontro de uma realida-
de esquecida pela sociedade, motivan-
do a juventude a ser protagonista das
mudanas de sua realidade, conclui o
jovem Francisco.
17Em
A COMPANHIA DE JESUS NO MUNDO CRIA GERAL
Em 18 de maro, o Papa Francis-co assinou o decreto no qual so reconhecidas as virtudes heroicas do servo de Deus Petar Bar-
baric, novio da Companhia de Je-
sus. Petar nasceu em 1874, em Silje-
vista (Bsnia-Herzegvina), embora
no fosse de origem croata. Aos 15
anos, ingressou no seminrio menor
de Tavnik, dirigido pelos jesutas.
NOMEAES
O Padre Geral, Adolfo Nicols, nomeou:
O Pe. Mario Lpez Barrio (MEX) como novo reitor do
Colgio So Roberto Bellarmino de Roma (Itlia). Nascido
em Chihuahua (Mxico), em 1943, o religioso ingressou na
Companhia de Jesus em 1961, sendo ordenado presbtero
em 1973. Aps estudar no Pontifcio Instituto Bblico, o
jesuta lecionou primeiro no Mxico e, recentemente, na
Pontifcia Universidade Gregoriana (PUG), em Roma. Alm
de ter desenvolvido atividade pastoral, trabalhou como
formador e provincial. Substituir, como reitor, o Pe. Mi-
chael Paul Gallagher, no prximo dia 20 de maio de 2015.
O Papa Francisco nomeou:
O Pe. Alojzij Cvikl (SVN) como arcebispo de Mari-
bor (Eslovnia). Nascido em 1955, ingressou na Compa-
nhia de Jesus em 1974 e foi ordenado sacerdote em 1983.
Os Padres Franois Xavier Dumortier (GAL) e Ge-
orges Ruyssen (BSE), consultores do secretariado geral
do Snodo de Bispos.
PETAR BARBARIC, SERVO DE DEUSDemonstrou ser timo estudante, a
quem os companheiros queriam e
que a todos movia para a perfeio
em especial, no contexto da Con-
gregao Mariana, da qual foi presi-
dente durante vrios anos. No ano
de 1896, foi acometido de forte gripe
que degenerou em uma tuberculose.
Posto que desejasse, havia tempo, ser
jesuta, obteve permisso para entrar
Em 1983, jornais de todo o mundo falaram de uma crise de refugia-dos. O povo vietnamita fugia do prprio pas em qualquer geringona
que flutuasse na gua. As imagens da-
quele boat people ficaram impressas
JRS: 35 ANOS DE APOIOem muitos coraes. Inclusive no cora-
o de Pe. Pedro Arrupe, naquele tempo,
Superior Geral da Companhia de Jesus.
Arrupe animou, mundialmente, jesutas
a responderem crise. Assim, nasceu o
Servio Jesuta a Refugiados (JRS), que
na Companhia e, dois dias antes de
morrer, fez os primeiros votos. Fa-
leceu na Quinta-Feira Santa, 15 de
abril de 1897. Seu culto, apesar de os
comunistas fazerem o possvel para
suprimi-lo, tem permanecido vivo
durante mais de um sculo. E no
apenas entre os catlicos, mas tam-
bm entre os ortodoxos e, inclusive,
os muulmanos da regio.
se diferencia de qualquer outra agn-
cia de ajuda a refugiados no mundo. Ao
completar seus 35 anos, o JRS prepara-se
para dar as boas-vindas a um novo dire-
tor internacional no seu quartel geral de
Roma (Itlia).
18 Em
A voz de Joo Batista ressoa em ns,
neste tempo de Quaresma, convidando-
-nos converso. Convidando-nos a re-
visar quais rumos devemos mudar para
que a integralidade de nossa pessoa se
disponha a, em tudo, amar e servir.
Mas o convite converso tam-
bm institucional. tempo de exami-
nar nossa comunidade, nossa obra,
nossa Provncia, nossa Conferncia, a
fim de reorden-la para o bem que bus-
camos. Para podermos perguntar uma
vez mais: o que o Senhor quer de ns?
Este ano, estamos em avaliao de
meio termo de nosso Projeto Apostli-
co Comum (PAC). O tempo da Quares-
ma apropriado para deter-nos a exa-
minar quanto nos tem ajudado nesta
converso permanente rumo a nossa
misso latino-americana.
A avaliao j est em processo. Diver-
sas instncias esto sendo consultadas.
Queremos saber se, realmente, nos est
ajudando a servir melhor, em que coisas
vamos bem, quais necessitam ser corri-
gidas. importante revisar os ritmos, os
modos, inclusive os objetivos. Porque
queremos converter-nos ao evangelho,
isto , ao maior servio.
Para a construo do PAC, foi muito
importante a participao entusiasta e
massiva de toda a Companhia na Amrica
Latina. Gostaramos de ter, para essa ava-
liao, uma resposta similar. E, embora
muitas instncias j estejam sendo con-
sultadas, gostaramos de escutar de toda a
famlia inaciana como sentem o PAC.
CONVERSO INSTITUCIONAL
A COMPANHIA DE JESUS NA AMRICA LATINA CPAL
Pe. Jorge Cela, SJPresidente da CPAL
A primeira coisa a saber se sentiram algo do PAC. Ex-
perimentaram alguma presena da CPAL? Em que sentido e
como poderia melhorar? Sentimos que as prioridades come-
am a pear em nosso trabalho: a incluso dos excludos, a
ateno aos jovens, o dilogo F e Culturas, a conscincia e
solidariedade latino-americana, a espiritualidade inaciana e
o fortalecimento do corpo apostlico?
Convidamos todos a escreverem uma pequena nota so-
bre como sentem a presena da CPAL e seu projeto em sua
Provncia, em sua obra, em sua comunidade. Que sugestes
tm para melhorar o que fazemos? Podem enviar seu texto a
[email protected] com o ttulo Avaliao de Meio Termo.
Mas, tambm, para cada um uma ocasio de examinar
como anda seu esprito de corpo, perguntando-nos quanto
s prioridades da Companhia, da Conferncia, da Provncia,
esto presentes em minha intencionalidade, como afetam
meu trabalho, quanto as sinto como metas minhas e me aju-
dam a sentir-me parte de algo maior.
Mas devemos dar um passo a mais e perguntar-nos se
nossa instituio sente-se parte de um corpo maior e assu-
me suas metas como prprias, com entusiasmo e criativi-
dade. Perguntando-nos o que temos feito para dar a conhe-
cer o PAC em nossa instituio, em que nos est ajudando a
mudar e dar foras a uma ao conjunta como Companhia
na Amrica Latina.
Que o Senhor nos conceda a converso para a busca de
Sua vontade, no apenas em nvel individual, mas, tambm
em nvel institucional.
TEMPO DE EXAMINAR NOSSA COMUNIDADE, NOSSA OBRA, NOSSA PROVNCIA, NOSSA CONFERNCIA, A FIM DE REORDEN-LA PARA O BEM QUE BUSCAMOS. PARA PODERMOS PERGUNTAR UMA VEZ MAIS: O QUEO SENHOR QUER DE NS?
19Em
Provincial do Brasil em Manaus
LANAMENTO DA REPAM EM ROMA
Entre os dias 24 e 28 de fevereiro, o padre Valrio Ferro esteve em Manaus para participar do encon-tro dos jesutas da Plataforma Apostlica
Amaznia com o Provincial do Brasil, pa-
dre Joo Renato Eidt. Na ocasio, eles con-
Durante os dias 2 e 3 de maro, realizou-se o lanamento oficial da Rede Eclesial Pan-amaznica (REPAM), em Roma (Itlia). Com o apoio
do Conselho Pontifcio de Justia e Paz,
presidido pelo Cardeal Peter Turkson,
houve um encontro de dilogo e de so-
cializao em torno dos objetivos e do
desenvolvimento dos eixos estratgicos
da REPAM. Estavam presentes alguns
dos representantes, em Roma, de vrias
Congregaes religiosas masculinas e
femininas, como tambm representan-
tes de agncias de cooperao interna-
cional ligadas, fundamentalmente,
Igreja Catlica. O padre Alfredo Ferro,
coordenador do Projeto Pan-amaznico
da CPAL (Conferncia dos Provinciais
Jesutas da Amrica Latina), participou
do evento, que teve como objetivo cen-
tral apresentar a Rede, bem como am-
pliar seus horizontes, com o desejo de
ter aliados na Europa, tanto no mbito
da Companhia de Jesus, como de outras
entidades e instituies.
versaram sobre o andamento do Projeto
Pan-amaznico da CPAL (Conferncia dos
Provinciais Jesutas da Amrica Latina),
bem como sobre sua continuidade.
No encontro, 18 jesutas estiveram pre-
sentes em um momento bonito de partilha
da caminhada, de convivncia e de celebra-
o, recebendo palavras de nimo do Provin-
cial para a continuidade da misso na Ama-
znia, sob a perspectiva da nova Provncia
BRA, e na relao com o Projeto PAM SJ e com
a REPAM Rede Eclesial Pan-amaznica.
Fonte: Pan-Amaznia SJ Carta Mensal n 12 e 13 Fevereiro e Maro 2015
Acesse o link (http://bit.ly/1FDU44v) do Portal Jesutas Brasil e faa o download da edio completa da
Pan-Amaznia SJ Carta Mensal
20 Em
COMPANHIA DE JESUS SERVIO DA F
PADRE CSAR AUGUSTO TORNA-SE REITOR DO SANTURIO SO JOS DE ANCHIETA
Em 19 de maro, o padre Csar Au-
gusto dos Santos tomou posse como
reitor do Santurio Nacional So Jos
de Anchieta, na cidade de Anchieta, no Esp-
rito Santo. O jesuta foi diretor do programa
brasileiro na Rdio Vaticano, durante sete
anos, e atuou como postulador (advogado)
no processo de canonizao de So Jos de
Anchieta, em Roma (Itlia). Assim, sobre a
nova misso, o religioso a considera como
continuidade do trabalho iniciado em 1996.
Ser empossado como reitor do Santurio ,
para mim, uma grande e profunda alegria,
uma grande consolao, no sentido inacia-
no, diz padre Csar Augusto. tambm uma
grande responsabilidade e um forte sinal de
confiana da Companhia de Jesus e da Igreja.
Entre os novos desafios, padre Csar
Augusto conta que pretende tornar o Santu-
rio So Jos de Anchieta em ponto de pere-
grinaes e de visitas espirituais, culturais
e cientficas. Pretendemos desenvolver a
Casa de Exerccios, ao lado do complexo,
como grande centro de espiritualidade e de
apoio ao peregrino. Alm disso, trabalhar
com Anchieta significa tambm lidar com
a Histria do Brasil. Por isso, j estamos
planejando a criao de um Centro de Pes-
quisa, com biblioteca, inicialmente com
Padre Jos de Anchieta foi pro-
clamado santo, em 3 de abril de 2014,
pelo Papa Francisco. Como o aniver-
srio de um ano da canonizao coin-
cidiu com a Sexta-feira Santa, a missa
de celebrao pela data ficar para o
prximo dia 3 de maio, na Igreja Nos-
sa Senhora da Assuno, na cidade de
Anchieta, Esprito Santo.
Nascido em So Cristovo de La-
guna, nas Ilhas Canrias, arquiplago
pertencente Espanha, em 19 de mar-
o de 1534, o padre Jos de Anchieta
MISSA PELA CANONIZAO DE ANCHIETA
personagem importante da histria do
Brasil. Aos 19 anos, desembarcou com
a comitiva do segundo governador-ge-
ral, Duarte da Costa, e outros seis je-
sutas em Salvador, na Bahia, em 13 de
julho de 1553. Durante os 44 anos em
que viveu em terras brasileiras, o je-
suta trabalhou como catequista, alm
de ter se tornado dramaturgo, poeta,
gramtico e linguista, sendo autor da
primeira gramtica brasileira. Anchie-
ta faleceu em Reritiba (atual Anchie-
ta), aos 63 anos, em 9 de junho de 1597.
um acervo de 3 mil volumes, arquivos rela-
cionados Causa da Canonizao e cartas de
devotos, conta o jesuta, completando que o
Santurio tem a misso de fazer um encon-
tro de Deus com o homem e vice-versa.
21Em
PROCESSO DE BEATIFICAO DE PE. RUTILIO GRANDE
A Igreja Catlica de El Salvador deu incio, em maro, ao pro-cesso de beatificao do padre Rutilio Grande. O jesuta salvadorenho
realizava seu trabalho pastoral nas re-
gies mais pobres do pas, onde orga-
nizou comunidades eclesiais, vistas
pelos donos de terras como ameaa ao
seu poder. o primeiro padre de uma
grande lista de sacerdotes assassina-
dos em El Salvador, conta o padre je-
suta Jos Mara Tojeira.
Padre Rutilio Grande foi assassina-
do em 12 de maro de 1977, aos 49 anos,
em uma emboscada. Junto com ele,
foram mortos tambm seus dois co-
laboradores: Manuel Solrzano e o jo-
vem Nelson Rutilio Lemus. O crime foi
atribudo Guarda Nacional, uma das
foras de segurana mais repressivas
de El Salvador. Durante seu trabalho, o
jesuta sempre denunciou a desigual-
dade e a injustia social. Padre Rutilio
foi um grande sacerdote, um homem
muito preocupado com a formao do
clero e sempre atento ao acompanha-
mento do campesinato e dos pobres.
Nesse sentido, foi um homem de vida
sacerdotal e tambm de vida aos mais
necessitados. Em nossos dias, um
modelo exigente, uma pessoa que deu
sua vida para servir aos mais pobres,
expressou padre Tojeira, ao explicar a
importncia do sacerdote para a comu-
nidade salvadorenha.
PADRE RUTILIO FOI UM GRANDE SACERDOTE, UM
HOMEM MUITO PREOCUPADO COM A FORMAO DO CLERO E SEMPRE ATENTO AO ACOMPANHAMENTO DO CAMPESINATO E DOS POBRES.Pe. Jos Mara Tojeira
Fonte| sites Instituto Humanitas Unisinos (IHU)| 20 minutos
22 Em
COMPANHIA DE JESUS PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA
Jesutas acolhemhaitianos no Acre
CICLO DE ENCONTROS SER REALIZADO NO CEPAT
Em fevereiro, a residncia dos jesu-tas em Assis Brasil (AC) recebeu dois irmos haitianos. Eles entra-ram no pas via fronteira com o Peru e,
durante a travessia, passaram quatro dias
sem comer. Padre David Romero, proco
da Parquia Nossa Senhora do Perptuo
Socorro, relata que a experincia de aco-
lher e conviver com os haitianos foi muito
humana e profunda. Aps passar alguns
dias em Assis Brasil, os imigrantes foram
para Curitiba (PR), onde se encontrariam
com familiares.
Ao longo de 2015, o Centro Jesu-ta de Cidadania e Ao Social (CJCIAS/CEPAT) promover um ciclo de palestras com o tema Demo-
cracia e Participao Popular.
Os encontros sero realizados men-
salmente, sempre s quartas-feiras, das
19h30 s 22h. As pessoas podero re-
fletir sobre a participao popular no
mundo atual.
INSCRIES
As inscries so gratuitas e podem
ser realizadas pelo e-mail
pelo telefone (41) 3349-5343.
No pas, os imigrantes haitianos en-
travam, inicialmente, por Tabatinga (AM),
fronteira com a Colmbia e Peru. Depois,
viajavam para Manaus (AM), onde perma-
neciam um tempo, para, depois, rumarem
para o Sul e Sudeste do Brasil. Hoje, a entra-
da dos imigrantes se d principalmente pela
trplice fronteira Brasil, Peru e Bolvia.
No ano de 2010, um violento terremoto
devastou a capital do Haiti, Porto Prncipe.
Aps o desastre, milhares de haitianos mi-
graram para outros pases procura de em-
prego e de vida melhor.
Antes de chegar a Assis Brasil, os dois irmos haitianos passaram quatro dias sem comer
Centro Jesuta de Cidadania e Ao Social realizar curso s quartas-feiras
23Em
PUBLICAO CELEBRA OS 50 ANOS DO CONCLIO VATICANO II
FAJE apresenta srie de filmes para reflexo
Em 2015, a Igreja Catlica cele-bra o cinquentenrio de encer-ramento do Conclio Vaticano II. Para comemorar essa importante
A FAJE (Faculdade Jesuta de Fi-losofia e Teologia) promover o encontro Para pensar e ser mais, no primeiro semestre de 2015. Impul-
sionados pelas ideias de contemplao
na ao e busca da maior glria de Deus,
prprias da espiritualidade inaciana,
Todas as entrevistas que compem
o material podero ser acessadas li-
vremente por todos os interessados
no Canal: youtube.com/virtheos.
Telefone | (31) 3115-7013
E-mail | [email protected]
Site | www.faculdadejesuita.edu.br
COMPANHIA DE JESUS DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO
data, o Grupo Marista lanou o Dossi
Vaticano II, material elaborado com o
objetivo de propor uma anlise da re-
cepo, interpretao e aplicao do
Conclio na Igreja do Brasil.
Organizado pelo Setor de Pastoral
do Grupo Marista, o material dividido
em quatro blocos que abordam, respec-
tivamente: O Conclio na vida da Igreja;
O contexto, a convocao, o Conclio e os
documentos conciliares; A recepo, as
aplicaes e as interpretaes do Conc-
lio; e como os Papas Joo XXIII, Paulo VI,
Joo Paulo II, Bento XVI e Francisco rela-
cionaram-se com o Conclio Vaticano II.
Reunindo 28 entrevistados, dentre
eles o arcebispo emrito da Paraba, dom
Jos Maria Pires, e o frei dominicano Car-
los Josaphat, que participaram de algumas
sesses do Conclio Vaticano II, o material
sero exibidos filmes que auxiliaro na
reflexo e troca de ideias entre os par-
ticipantes. O evento acontecer s ter-
as-feiras s 19h30, no auditrio Dom
Helder Cmara, no campus da FAJE, lo-
calizado na Av. Dr. Cristiano Guimares,
2127, Planalto, Belo Horizonte (MG).
ser enviado para o Papa Francisco, para os
cerca de 450 bispos de todo o Brasil e para
as (Arqui) Dioceses.
O Conclio Vaticano II, realizado de
1962 a 1965, no Vaticano, reuniu 2.540 bis-
pos e iniciou um processo de renovao
da Igreja Catlica de maneira profunda e
ampla, discutindo temas prticos, pasto-
rais e disciplinares, voltados vivncia
da f, renovando a Igreja luz dos novos
tempos, abrindo-a para os grandes pro-
blemas da populao e tornando-a mais
prxima da humanidade.
Fonte| Grupo Marista
24 Em
PROGRAMA DE FORMAO DE LIDERANAS
Entre os dias 12 e 13 de maro, o Grupo de Trabalho de Formao de Lide-
ranas da Rede Jesuta de Educao reuniu-se pela primeira vez, no Rio de
Janeiro. Participaram do encontro os educadores dos colgios que trabalham
diretamente com a formao de liderana inaciana, alunos e ex-alunos. O
trabalho do GT no ampliar projetos que existiam nas antigas provncias
em nvel nacional, mas, sim, pensar e propor algo novo, considerando o per-
fil dos alunos atuais. O intuito formarmos lderes servidores, destacou pa-
dre Mrio Sndermann, Delegado para a Educao Bsica.
O padre Jonas Caprini, Secretrio para Juventude e Vocaes e coordena-
dor do programa MAGIS Brasil, tambm foi convidado para participar do GT.
Segundo o jesuta, essa aproximao entre a Rede Jesuta de Educao e o
programa MAGIS, destinado a jovens entre 17 e 32 anos, ser um grande avan-
o na misso da Companhia de Jesus, pois oferecer uma formao perma-
nente. Muitos alunos, quando se formam no Ensino Mdio, sentem que per-
deram seu porto seguro e retornam aos colgios buscando atividades sociais
e espirituais para continuarem vivendo a espiritualidade inaciana. Criando
essa conexo entre o programa de formao de liderana e o MAGIS Brasil,
esse rito de passagem acontecer de forma natural, afirmou padre Jonas.
COMPANHIA DE JESUS EDUCAO
Projeto Educativo Comum est em fase de elaboraoO PEC (Projeto Educativo Co-mum) da Rede Jesuta de Educao j est em fase de elaborao. O objetivo desse docu-
mento ser subsidiar as 17 unidades
da rede na reviso e reposicionamen-
to do trabalho apostlico da Compa-
nhia de Jesus, na rea da Educao
Bsica. Alm disso, o PEC orientar
as necessidades de renovao, ajuste
e/ou qualificao do que existe atual-
mente. Uma das tarefas centrais para
2015-2016 focar na aprendizagem
integral.
A dinmica de construo do PEC
envolver seminrios presenciais,
discusso nas unidades de ensino e a
redao de um documento final, que
ser amplamente divulgado e discu-
tido. Ao longo de 2015, vamos pro-
mover movimentos de disseminao
dos fundamentos que devero nortear
a reflexo local, regional e nacional.
Ser um processo desenvolvido em
conjunto com os profissionais de cada
rea. A parceria ajudar na construo
de um horizonte da misso educati-
va da Companhia de Jesus, por meio
da reflexo sobre esses elementos a
partir das dimenses pedaggica, de
formao crist e administrativa, ex-
plicou padre Mrio Sndermann, De-
legado da Educao Bsica.
Os seminrios presenciais sero
realizados nos dias 16 e 17 de abril
e nos dias 11 e 12 de maio, no Centro
Cultural Joo XXIII, no Rio de Janeiro
(RJ). Cerca de 90 educadores j se ins-
creveram para o primeiro encontro, do
PEC Pedaggico. O encontro para o PEC
de Formao Crist/ Pastoral e o Admi-
nistrativo, que ser em maio, contar
com a presena de 100 educadores e
profissionais de diferentes servios
dos Colgios.
Em maro, o Grupo de Trabalho do PEC reuniu-se. Documento subsidiar as unidades da Rede Jesuta de Educao.
25Em
COLGIO ANTNIO VIEIRA ADOTA SISTEMA DE QUALIDADE NA GESTO ESCOLAR
No ms de maro, o Colgio An-tnio Vieira comeou a utili-zar o Sistema de Qualidade na Gesto Escolar. A ferramenta foi desen-
volvida pela FLACSI (Federao Latino-
-americana de Colgios da Companhia
de Jesus), em 2006. O objetivo conec-
tar a gesto das escolas em um sistema
que permita o acompanhamento inte-
grado dos processos administrativos,
acadmicos e formativos.
Em 2014, o Sistema comeou a ser im-
plantado no Brasil. Os colgios Catarinen-
se, em Florianpolis (SC), So Lus, em So
Paulo (SP), e o Diocesano, em Teresina (PI),
foram os primeiros a utilizar a ferramenta.
Neste ano, alm do Colgio Antnio Vieira,
em Salvador (BA), o Sistema ser implan-
tado nos colgios Medianeira, em Curitiba
(PR), e Santo Incio, no Rio de Janeiro (RJ).
O Sistema de Qualidade na Gesto
Escolar permite, inicialmente, um pro-
cesso de autoavaliao, que dura de 5 a
6 meses, atravs de diversos mbitos e
critrios que envolvem a aprendizagem
integral. So analisadas as dimenses:
Clima escolar; Organizao, Estrutura e
Recursos; Pedaggico Curricular; Fam-
lia e Comunidade, destacou o facilitador
externo Lus Eduardo Soares, membro do
Colgio Loyola, em Belo Horizonte (MG),
que realizou a apresentao da ferra-
menta equipe diretiva do Vieira.
A diretora geral do Colgio Antnio
Vieira, Prof. Maringela Risrio, que j
atuou como facilitadora na implanta-
o do sistema, ressaltou a importncia
de a instituio estar bem em todos os
mbitos avaliados. uma ferramenta
construda dentro dos princpios da pe-
dagogia e da espiritualidade inaciana,
que conduzem a filosofia de trabalho dos
97 colgios jesutas existentes na Am-
rica Latina. algo que vem ao encontro
de uma necessidade que as escolas pos-
suem de trabalharem com indicadores
de qualidade, propondo reflexes e tra-
ando novas perspectivas para o nosso
trabalho, afirmou.
Equipe diretiva do Vieira ao final da apresentao da ferramenta
104 ANOS DE HISTRIA
O Colgio Antnio Vieira celebrou 104
anos de histria no dia 15 de maro. Para
comemorar a data, a instituio promo-
veu uma srie de eventos. Apresentaes
de msica, de dana, de teatro, oficinas e
espao dedicados para brincadeiras, reuni-
ram pais, alunos, ex-alunos e funcionrios,
que aproveitaram a manh de domingo
com bastante entusiasmo.
A diretora geral da instituio, Prof.
Maringela Risrio, agradeceu o empenho
e dedicao de todos os funcionrios
para que o aniversrio ocorresse da
melhor maneira possvel. Falar em
104 anos de existncia implica pensar
quantas pessoas passaram por aqui e
deixaram suas marcas na histria do
Vieira, por sua competncia e afeti-
vidade, nesse projeto educacional da
Companhia de Jesus. O nosso corao
est cheio de amor por essa trajetria
to bonita que o Colgio possui, bus-
cando sempre formar o ser humano
por inteiro, ressaltou.
26 Em
ALUNOS DA ETE GANHAM DESTAQUENA FEBRACE
CURSO DA FEI PASSA A TER VALIDADE NOS PASES DO MERCOSUL
Os alunos da ETE FMC (Escola Tcnica de Eletrnica Francis-co Moreira da Costa) ganharam destaque na 13 edio da Febrace (Feira Brasileira de Cincias e Engenharia), realiza-da na USP (Universidade de So Paulo), entre os dias 17 e 19 de mar-
o. Os estudantes conquistaram o 2 lugar na categoria de Engenha-
ria, com o projeto Sistema Residencial de Gerao de Energia atravs
do Fluxo de gua com Hidrmetro Digital.
O projeto de Fernando Iemini, Guilherme Costa de Oliveira
e Luis Gabriel Carvalho (foto) j tinha sido destaque na ProjE-
TE 2014. Alm do 2 lugar, os alunos ganharam uma credencial
para participar da 5 Feira de Cincias do Semirido Potiguar, no
Rio Grande do Norte, em novembro.
O projeto dos estudantes composto por duas etapas: a primeira,
uma turbina geradora de energia, localizada na entrada da caixa de
gua. Nela, est acoplado um circuito regulador que carrega as bate-
rias armazenadoras de energia. A segunda parte constituda por um
hidrmetro digital e sensores que calculam a quantidade de litros de
gua que circulam dentro de certos perodos.
O equipamento funciona quando o fluxo da gua acelera
a turbina que gera a energia a ser armazenada. Ao mesmo
O
O curso de Engenharia Eltrica com nfase em Teleco-municaes, do Centro Universitrio da FEI, recebeu a acreditao instituda pelo sistema ARCU-SUL (Acredi-tao Regional de Cursos de Graduao) e concedida pelo MEC
(Ministrio da Educao). Esse o reconhecimento necessrio
para que a formao obtida no curso tenha validade nos pases
membros e associados do Mercosul: Argentina, Bolvia, Chile,
Colmbia, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
A acreditao, que certifica a qualidade acadmica dos cursos
do Ensino Superior, torna a Instituio referncia nmero um no
respectivo setor, no Brasil e tambm na Amrica do Sul, alm de am-
pliar as perspectivas de trabalho dos diplomados.
O coordenador do curso de Engenharia Eltrica da FEI, Renato
Giacomini, acredita que os discentes formados no curso tero mais
chances no mercado de trabalho tambm no exterior. Esse um
importante reconhecimento, no s para a Instituio, mas tambm
para os alunos. O diploma, sendo vlido em outros pases, contribui
para que possam exercer a profisso fora do Brasil, afirma.
O processo para acreditao comea com a considerao
de bons resultados alcanados no Enade (Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes). O curso de Engenharia Eltri-
ca com nfase em Telecomunicaes da FEI passou por uma
avaliao rigorosa, que incluiu entrevistas com alunos, ex-
-alunos, corpo docente e pessoal tcnico-administrativo da
Instituio. Uma comisso do INEP (Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira), entidade
reguladora desse processo de avaliao no Brasil, verificou,
junto a executivos do setor, se as competncias apresentadas
pelos egressos da FEI estavam de acordo com as necessidades
do mercado de trabalho.
Atualmente, o Centro Universitrio da FEI tem trs cursos re-
conhecidos e com acreditao vigente pelo sistema ARCU-SUL: En-
genharia Eltrica com nfase em Telecomunicaes (reconhecida
em 2015), Engenharia Txtil (2014) e Engenharia Mecnica (2014).
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tempo, o hidrmetro marca o fluxo, permitindo que os usu-
rios monitorem melhor o consumo de gua.
Ao longo desses anos, os alunos da ETE FMC j conquistaram
67 prmios nacionais e internacionais por suas criaes inovadoras.
Nossos alunos so incentivados a pensar pelo bem social e estimu-
lados a usar a criatividade ao desenvolverem prottipos inovado-
res, explica o diretor geral da instituio, Prof. Alexandre Barbosa.
COMPANHIA DE JESUS EDUCAO
27Em
Casa Manresa promoveformao para jovens
CASA INACIANA DA JUVENTUDEINICIA ATIVIDADES
m maro, a CIJ (Casa Inaciana da Ju-
ventude) deu incio s atividades de
2015. No dia 7, o Ir. Ubiratan Costa, di-
retor da instituio, realizou uma retrospec-
tiva de 2014 e apresentou o calendrio deste
ano, que contar com momentos de espiri-
tualidade, encontros de formao, acompa-
nhamento vocacional, atividades esportivas,
artsticas e culturais.
Nos dias 14 e 15 de maro, a CIJ realizou
dois eventos: o Reconciliar Jovem e o deba-
te, suas primeiras atividades do ano. O Re-
conciliar Jovem foi marcado pela reflexo
sobre as cruzes que cada pessoa carrega,
principalmente, aquelas que so frutos de
COMPANHIA DE JESUS SERVIO S JUVENTUDES E VOCAES
pecados sociais, como a omisso e a falta de
solidariedade. Aps essa reflexo, os jovens
reconciliaram-se consigo e com sua hist-
ria, ao mesmo tempo em que renovaram o
desejo de seguir o Cristo amigo.
A Conjuntura Poltica do Brasil
foi o tema do debate organizado pelo
Grupo de Universitrios da CIJ. No
encontro, os jovens discutiram as-
suntos atuais como manifestaes,
impeachment, corrupo, liberdade
de expresso e democracia.
A Casa Manresa promoveu a pri-meira etapa da Escola de Forma-o para Jovens, nos dias 21 e 22 de maro. Cerca de 20 jovens, entre 16 e 22
anos, das cidades paranaenses de Cascavel
Primeira etapa teve como foco o autoconhecimento
ETAPAS DA FORMAO
e Toledo, participaram da experincia.
A Escola de Formao para Jovens
foi criada para auxiliar o jovem na sua
vida pessoal, espiritual e comunitria,
ensinando-o a trabalhar com a juven-
tude a partir de sua experincia pesso-
al e em equipe.
Com foco no autoconhecimento,
essa etapa teve como base a vida de Je-
sus e os caminhos que ele percorreu. A
segunda etapa est programada para os
dias 11 e 12 de abril; a terceira, para os
dias 20 e 21 de junho; a quarta, nos dias
22 e 23 de agosto; a quinta, entre 17 e 18 de
outubro; e a sexta etapa acontecer nos
dias 21 e 22 de novembro.
1 Autoconhecimento2 Afetividade e sexualidade3 JUVENTUDES4 REALIDADE SOCIAL5 ESPIRITUALIDADE6 Planejamento
E
28 Em
que o vitimou no deixa de ser surpre-
sa para muitos.
Para concluir, registramos o testemu-
nho encontrado nos arquivos da Cria:
Era o mestre de obras e o traba-
lhador por excelncia. Tambm per-
tencia ao grupo de Irmos profunda-
mente dedicados e realizados em sua
vocao, merecendo destaque suas
amizades antigas e profundas com os
Irmos Allochio, Raad e Xavier. Desde
a juventude, foi envolvido com cons-
trues e reformas, trabalhando com
engenheiros, tcnicos, serventes e
profissionais com a mesma simplici-
dade e reponsabilidade. Seu senso de
humor no trocadilho das palavras e ex-
presses o fazia um companheiro que
no oferecia obstculos ou problemas
de relacionamento.
Muito piedoso, tinha grande preo-
cupao com os pobres, aos quais pro-
curou ajudar quando recolhia materiais
reciclveis e com estes recursos socor-
ria algumas famlias mais necessitadas.
Zeloso e devoto do Corao de Jesus foi
um dos principais divulgadores e cola-
boradores do Mensageiro do Corao de
Jesus e da Folhinha, ambos divulgados
amplamente entre os funcionrios.
Muito tranquilo e silencioso, sa-
bia levar com constncia as tarefas de
sua funo, com muitas iniciativas,
criando um clima de trabalho amis-
toso e cordial entre as pessoas. Era
muito atento aos detalhes da vida co-
munitria. Por todas as casas em que
trabalhou, deixou uma boa imagem e
fez muitas amizades, principalmente
entre os funcionrios. Descanse na
Casa do Pai.
O MINEIRSSIMO Ir. Resende nasceu em 1929, em Resende Costa. No investigamos se a cidade deu a ele o nome ou vice-versa.
Encrustada nas terras altas da Manti-
queira, fica perto das nascentes do Rio
das Mortes que, abaixo, d vida ao Rio
Grande, aquele das Furnas e, no final,
da gigante Itaipu.
Ir. Resende ingressou na Companhia
de Jesus com seus 20 anos de juventude
ainda em Nova Friburgo. Logo depois de
fazer o Noviciado, encontramo-lo j em
Itaici, de novo no Noviciado, agora cui-
dando da horta e do pomar, da fazenda,
do gado e dos funcionrios locais. Lem-
bremos que, naquele tempo, era a fazen-
da que alimentava as pessoas: novios,
juniores, escolsticos, padres e irmos.
Esse ofcio, conhecido pelo nome gen-
rico de ad domestica, ocupar o Ir. Re-
sende na maior parte de sua longa vida
na Companhia.
Em 1960, conclui a sua formao
na Companhia com a Terceira Prova-
o feita em Pareci Novo (RS), uma das
poucas oportunidades em que se en-
controu no exterior, fora do crculo
Minas, Rio de Janeiro e So Paulo. Nes-
se crculo, roda pelas diversas obras
das Provncias: primeiro, a Goiano-
-Mineira; depois, a Central; e, por l-
timo, a BRC (Provncia Brasil Centro-
-Leste). No finalzinho da vida, pde
ainda testemunhar o nascimento da
Provncia do Brasil (BRA). Trabalhou
duas vezes em Santa Rita do Sapuca
(MG), duas vezes em Nova Friburgo
(RJ), em Belo Horizonte (MG), duas ve-
zes em Juiz de Fora (MG), duas vezes
em Braslia, em Campinas (SP) e em
So Paulo (SP). E, finalmente, no Rio
de Janeiro (RJ), onde morou durante
30 anos. Foi no Rio que granjeou mui-
tos amigos, repartindo a folhinha do
Sagrado Corao de Jesus, brindando
a comunidade e os empregados com
as deliciosas bananas e outros frutos
da terra que ele trazia do stio do Col-
gio no Recreio dos Bandeirantes. s 6
horas da manh, todos os dias, ligava
as bombas de refrigerao e exausto
do prdio da comunidade e do colgio.
A qualquer hora, dia ou noite, estava
pronto para resolver ou encaminhar
problemas de gua, luz, elevadores...
Sempre que podia, com a ajuda de um
funcionrio, fugia para o stio, onde
passava o tempo cavoucando na terra e
cultivando frutos.
Do Rio partiu, em 2013, para cuidar
da sade em Belo Horizonte, mas sem-
pre com a esperana de retornar... No
primeiro dia de maro de 2015, aps
um infarto, devolvia ao Criador a sua
vida repleta de servio humilde e cari-
doso. Por detrs de uma fachada rude
que botava apelido nos funcionrios
e ria com eles sem machucar, escon-
dia um corao compassivo e prtico.
Levantava-se muito cedo para rezar e
cuidar dos compromissos. Quando os
funcionrios do dia chegavam, ele j
estava pronto, caf frugal tomado e ro-
tinas cumpridas. Vegetariano ou qua-
se, no comia carne e evitava outros
alimentos e bebidas fortes. O infarto
NA PAZ DO SENHORIR. EDGAR ARMANDO DE RESENDE Por Pe. Jos Luis Fuentes Rodriguez
29Em
NA PAZ DO SENHORPE. AMARILHO CHECON Por Pe. Jos Luis Fuentes Rodriguez
normais, em 2011, retorna ao Brasil e sua
querida PUC, onde passa os ltimos anos de
sua caminhada terrestre, sempre animado
e animando seus companheiros e sem per-
der o senso de humor e a alegria de viver. Pe.
Checon gostava muito de conversar sobre os
mais diversos assuntos. Possua uma viso
crtica da Igreja, da Companhia de Jesus e da
sociedade, mas expressava sua opinio sem
jamais ofender quem quer que fosse. Era re-
alista, porm tinha uma viva experincia de
Deus, logo era, tambm, algum que amava
a vida, amava o ser humano e no tinha mais
juventude, mas seguiu at o fim com uma
contagiante jovialidade. Otimismo, alegria,
conciliao, perseverana e pacincia nas
crises, acolhimento das pessoas e compe-
tncia no trabalho cientfico foram suas
principais qualidades indicadas por jesutas,
amigos e parentes que com ele conviveram
nas vrias etapas de sua vida.
Pe. Checon encontrava-se com uma
vlvula coronria funcionando mal, o que
lhe acarretava anemia e, portanto, cansao
exagerado. Ele tinha plena conscincia dos
riscos de uma interveno cirrgica desse
porte, quadro que se agravava por j estar
com 88 anos. Como ele estava em perfeito
uso da razo, quando foi lhe oferecida a pos-
sibilidade de optar pelo tratamento, ele de-
cidiu submeter-se cirurgia. Foi internado
na quarta-feira de Cinzas e operado no dia
seguinte. Ele aguentou bem a cirurgia, mas,
devido a uma hemorragia, foi necessria
uma nova cirurgia corretiva, realizada pou-
co tempo depois da primeira. Novamente,
aguentou bem, mas houve, como j se espe-
rava, problemas na recuperao: surgiram
cogulos e infeco. O quadro foi se agra-
vando cada vez mais devido insuficincia
respiratria e renal, culminando com seu
falecimento no dia 10 de maro.
Pe. Checon nasceu em Alto Pongal, Anchieta (ES), em 22 de julho de 1926. O nome da famlia certamente integra a relao de imigrantes italianos
que povoaram a regio de Anchieta e ar-
redores. Foi batizado na capela do local e
crismado na vizinha Joeba, mais acima na
Serra do Mar. Em 1940, com 14 anos de ida-
de, parte para Nova Friburgo (RJ), pescado
por algum jesuta que missionava na regio
de Anchieta, Iconha e Alfredo Chaves. Em
Nova Friburgo, conclui o Ensino Funda-
mental e cursa tambm o Ensino Mdio
na Escola Apostlica (Colgio Anchieta).
No ano seguinte, ingressa no Noviciado ali
mesmo, faz os primeiros votos dois anos
depois e continua os estudos no Juniorado,
sem de l sair, at 1948. Mais trs anos de
Filosofia, ainda em Nova Friburgo. O local
especfico agora se chama Colgio Mximo
Anchieta. Estamos em 1953, quando passa-
dos longos 14 anos na serra, chega a hora do
magistrio, realizado por dois anos (1953-
1954) na cidade natal, Anchieta, no Semin-
rio Menor ali mantido pela Vice Provncia
Goiano-Mineira da Companhia de Jesus.
Hora de voos mais altos e longos, estu-
da Teologia no norte da Espanha, Comillas,
Santander. Por l mesmo, ordenado di-
cono e, logo mais tarde, presbtero, em 1957,
concluindo a Teologia em meados do ano se-
guinte. Entre 1958 e 1963, Pe. Checon estuda
Cincias Fsicas na Fordham University, em
Nova York (EUA). Retorna ptria para con-
cluir a longa formao do jesuta com a Ter-
ceira Provao feita em Trs Poos, Volta Re-
donda (RJ), em 1963. Por ocasio dos ltimos
Votos, em fevereiro de 1965, j se encontra de
novo em Nova York, cursando Fsica Nucle-
ar na Instituio The City of New York, nos
anos de 1964-1969. Com essa bagagem, est
pronto para prosseguir nos estudos e traba-
lhar na PUC-Rio, onde passar os prximos
25 anos seguidos de sua vida ativa e produ-
tiva. Foi sucessivamente: professor de Fsica,
de Religio; consultor da casa e da PUC; coor-
denador administrativo do Departamento de
Fsica; Chefe de Laboratrio; decano do Cen-
tro Tcnico-Cientfico; professor de Teologia;
coordenador do Centro de Pastoral; Vice-Rei-
tor Comunitrio; e Coordenador de Assuntos
Internos. desse perodo que escutamos
belos testemunhos de sua pessoa, vida e tra-
balho: Pe. Checon um jesuta dedicado ao
mundo das cincias na PUC-Rio, pela qual
tem um amor e carinho extraordinrios,
sempre atuando no departamento de Fsica.
empreendedor e voltado para os problemas
universitrios, constantemente representa
a Universidade em projetos e empreendi-
mentos que envolvem parcerias fora do pas.
Aproveita as oportunidades para atividades
pastorais em parquias americanas, prin-
cipalmente atendendo brasileiros que l se
encontram. Homem jovial, alegre e inquieto,
tem boa formao religiosa e espiritual; fra-
terno e presente na vida comunitria.
De 1996 a 2011, por solicitao de um
bispo que pedia um capelo para dar assis-
tncia aos latinos da periferia de Nova York,
Pe. Checon parte de novo e l realiza seu
ministrio sacerdotal durante 15 anos, com
grande proveito e aceitao. Vigrio e Cape-
lo de comunidades latinas, testemunhou
entre oradores e imigrantes seu esprito
acolhedor e seguidor do Mestre de Nazar.
Sob o peso da idade e as limitaes fsicas
30 Em
(MG), passou por um tempo de recuperao
na Casa dos doentes e na residncia do Co-
lgio Loyola e, dentre outras atividades, co-
laborou na Parquia de Jesus Ressuscitado,
no bairro Lindia. Passou tambm pelo CCB
(Centro Cultural de Braslia) e pelo Centro
Cultural Joo XXIII, no Rio de Janeiro (RJ).
Em 1999, viajou ao Mato Grosso para rever
amigos e colaborar em outra misso.
De 2000 a 2015, esteve na Residncia
Ir. Luciano Brando, em Belo Horizonte
(MG), cuidando da prpria sade. Nos l-
timos meses, seu quadro de sade foi se
agravando e a pneumonia avanou signi-
ficativamente, provocando-lhe constantes
momentos de insuficincia respiratria,
causa de sua morte. As foras foram, len-
ta e gradualmente, diminuindo e isso o
preparou para a Pscoa definitiva. Dentre
as mensagens recebidas, transcrevemos o
testemunho de Waldemar Bettio:
No dia do falecimento, 22 de maro,
aps a missa, Pe. Itamar Gremon, assistente
da Residncia, ministrou-lhe a Uno dos
Enfermos. Antes, disse-lhe que ia faz-lo
pedindo para que Deus lhe desse a sade da
maneira como achasse melhor, que sentia-
-se honrado por t-lo conhecido e que sua
misso como cristo e como jesuta fora
cumprida, portanto, caso desejasse partir
ao encontro daquele que fora a razo do
seu viver e servir, que fosse em paz. De mi-
nha parte, apertei-lhe a mo e disse-lhe que
sentisse, nesse gesto, a presena de todos os
missionrios do CIMI e dos povos indgenas
por cujos direitos lutara, que as mensagens
enviadas eram expresso da comunho e so-
lidariedade dos seus amigos, e, caso sentisse
ser a hora de enveredar pelas trilhas da Aldeia
Definitiva, que o fizesse em paz e na certeza
de ter cumprido sua misso. Aps a bno,
ele serenou ainda mais. Padre Iasi tinha 94
anos de idade e 74 de Companhia de Jesus.
Dia 23 de maro de 2015, a comuni-dade jesuta despediu-se do amigo padre Antnio Iasi Jr. em cerimnia simples, mas significativa. Estavam presen-
tes e representados aqueles que, em vida,
lhe foram caros: jesutas, a CIMI (Conselho
Indigenista Missionrio), a CPT (Comisso
Pastoral da Terra), ex-jesutas que com ele
trabalharam no Mato Grosso, enfermeiras e
cuidadoras, pessoas da comunidade e dom
Jos Maria Pires, que fez lembrar dom Pedro,
dom Toms, dom Erwin e tantos outros bis-
pos comprometidos com as periferias exis-
tenciais. Faltaram os ndios, apenas fisica-
mente; afetiva e espiritualmente estavam
ali: pelas imagens, pelas mensagens envia-
das, pelos textos lidos e pela lana que o Iasi
segurava entre as mos, no caixo, presente
de jovens Patax pelos 94 anos do padre,
lana que levou consigo para o tmulo.
Aps a homilia, Antnio Eduardo, co-
ordenador do CIMI-Leste, leu dois belos
textos enviados pelo CIMI Nacional, uma
jovem leu a mensagem enviada pelo Canu-
to. No momento do sepultamento, junto
com a chuva de ptalas de rosas, foi dito aos
coveiros que ali estava sendo enterrado um
senhor de 94 anos, que lutou pelos pobres e
defendeu os povos indgenas.
O santo personagem nasceu em So
Paulo aos 5 de abril 1920. Frequentou o
curso noturno do Colgio So Lus, em So
Paulo (SP), onde concluiu o ginasial. Com
21 anos, entrou na Companhia de Jesus no
Noviciado de Nova Friburgo (RJ). Na mesma
cidade e casa, passou os seguintes oito anos
dando os passos rituais da formao do
jesuta: dois anos de Noviciado, trs de Ju-
niorado e trs de Filosofia. A experincia do
Magistrio foi realizada nos Colgio Loyola
(Belo Horizonte/MG) e Santo Incio (Rio de
Janeiro/RJ), um ano em cada um. Em Bogot
(Colmbia), estudou Teologia, sendo orde-
nado presbtero em 1954. Quatro anos aps,
fez a Terceira Provao em Trs Poos, Volta
Redonda (RJ), e professou os ltimos votos
em 1959. No intervalo entre a ordenao e a
Terceira Provao, trabalhou no Colgio So
Lus, como coordenador de alunos (prefei-
to de disciplina). E, um ano antes de partir
para a misso de sua vida em terras indge-
nas, foi Secretrio Nacional da F e membro
do Comit Latino-americano da F.
A partir de 1970, interna-se nas terras do
imenso Mato Grosso, ainda no dividido em
dois estados. Tendo como base a parquia
do Santssimo Rosrio de Cuiab, exerce a
pastoral indgena entre os ndios de vrias
tribos, pacificando, intervindo nas questes
da terra, sempre conflitivas. Integra o CIMI,
ligado CNBB (Conferncia Nacional dos
Bispos do Brasil). Por conta desse envolvi-
mento pastoral, ele passa parte dos anos
de 1983 e 1984 na Nicargua e os dois anos
seguintes em Braslia. Entre 1989 e 1992, fica
um tempo em Goinia (GO) e, como missio-
nrio, no Tocantins e So Flix do Araguaia,
no Piau. Mais de 20 anos na labuta. Foi esse
certamente o perodo marcante da sua vida
missionria. Viveu tempos difceis dentro e
fora da Igreja; ficou sempre do lado dos n-
dios, lutando pelos seus direitos e expondo-
-se a incompreenses e oposies.
A partir de 1993, passou por vrias casas
e obras da Companhia entre civilizados.
Foi vigrio na Igreja de So Gonalo, em
Nova Friburgo (RJ), e no Hospital Geritrico,
em So Paulo. Depois, em Belo Horizonte
NA PAZ DO SENHORPE. ANTNIO IASI JNIOR Por Pe. Jos Luis Fuentes Rodriguez
31Em
JUBILEUS
AGENDA
60 ANOS DE COMPANHIA
Em 6 de maro
Pe. Antnio Jos M. de Abreu
Pe. Paulo Lisba O portal da Companhia de Jesus do Brasil
Assessoria | Anchietanum Idade | De 17 a 32 anosIncio | 30 de abril, s 20hTrmino | 3 de maio, s 14hLocal | Casa de Retiros Vila Kostka - Itaici (Indaiatuba/ SP)Contato | (19) 2107-8501 / 2107-8502Site | www.itaici.org.br
ABRIL
Palestrante | Renato da Silveira Borges NetoLocal| PUC-Rio, Campus Gvea Rua Marqus de So Vicente, 225 Rio de Janeiro (RJ)Site| www.clfc.puc-rio.br
29PALESTRA: FRANCISCO, BARTOLOMEU I E A REUNIFICAO DOS CRISTOS
30EXERCCIOS ESPIRITUAIS PARA JOVENS EEJ | PROJETO DE VIDA
MAIO
Orientador | Pe. Adroaldo Palaoro, SJLocal | CARPA (Casa de Retiros Padre Anchieta) Rio de Janeiro (RJ)Contato | (21) 3322-3069/ 3322-3678 e 3324-5712Site | www.casaderetiros.org.br
EXERCCIOS ESPIRITUAIS
11 A 19
Elefante Branco s 19h30Comentrios: Prof. Dr. Paulo Csar BarrosLocal | Auditrio Dom Helder Cmara Campus da FAJE Av. Dr. Cristiano Guimares, 2127 Belo Horizonte (MG). Contato | (31) 3115-7013 [email protected] | www.faculdadejesuita.edu.br
12FILMES PARA PENSAR E SER MAIS