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U o Cristo glorificadodeu presentes
à sua igreja"
IGREJAUTERIND
I TRIMESTRE
1983
EXPEDIENTE
IGREJA LUTERANA
Revista Teológico-Pastoralda Igreja Evangélica Luterana do BrasilDepartamento de Comunicação
"Uma revista para os adultos em Cristo"Ano: 43
Número: I Trimestre de 1983
Assinatura anual:Cr$ 1.500.00 para 1983No exterior US$ 11Número avulso: Cr$ 400,00Tiragem: 650
REDAÇÃO CENTRAL
Rev. Leopoldo Heimann, DiretorCaixa Postal 202, 93.000 São Leopoldo. RS eCaixa Postal 3019. 90.000 Porto Alegre, RS.Fone 92-4188, a quem devem ser remetidos osmanuscritos. cartas, críticas e sugestões.
CONSELHO REDATORIAL
Johannes RottmannVilson ScholzAcir RaymannNestor L. BeckLeopoldo Heimann
QUADRO DE COLABORADORES
Rudi ZimmerAri LangeCurt Albrecht
EXPEDiÇÃO E ENCOMENDAS:
Concórdia Ltda.Av. São Pedro. 639Cx. Postal 323090.000 Porto Alegre. RS
APRESENTANDO
Não haverá grande mestrutura gráfica e filosof~2 __da Igreja Lutérana em 192;'3 ~manecerá com a mesma id~:-~:com os mesmos objetivos,
Considerando, porém, c __"histórico -em que vive a ~g::-;::aa matéria, embora presa 2. :': Ivariável das Sagradas Esc::-:~~::tará sendo preparada para : ~que vive em 1983. Como =-- ::
dade, particularmente oestará comemorando o 5 __.. ,'do nascimento de LuterG. 25 ;:
edições trarão matéria aIu.::>,·",fformador.
Na edição do 19 trime.::::-eleitor está recebendo i11fo:TC::.:5bre a programação/83 da E-=-:EpIa recensão bibliográfica 2 -::5que exig-em pesquisa, reIle:o:s:mada de posição.
Lutero pergunta: "Onde.: .:jpapel e tempo suficientes ~:2.:-",
merar todo o proveito e f,_.:_ ~palavra de Deus produz"-
Que a l-eitura da Igreja Luupossa servir como instnune:', :.:o leitor conhecer melhor :':'~:iverdades fundamentais que a -::a.de Deus transmite: -
- O justo viverá por fé,
APRESENTANDO
Não haverá grande mudança naestrutura gráfica e filosofia editorialda Igreja Luterana em 1983. Ela permanecerá com a mesma identidade ecom os mesmos objetivos.
Considerando, porém, o contextohistórico em que vive a igreja, todaa matéria, embora presa à fonte invariável das Sagradas Escrituras, estará sendo preparada para o homemque vive em 1983. Como a cristandade, particularmente o luteranismo,estará comemorando o 5Q centenáriodo nascimento de Lutero, as quatroedições trarão matéria alusiva ao Reformador.
Na edição do 19 trimestre/83, oleitor está recebendo informações sobre a programação/83 da IELB, ampla recensão bibliográfica e estudosque exigem pesquisa, reflexão e tomada de posição.
Lutero pergunta: "Onde buscariapapel e tempo suficientes para enumerar todo o proveito e fruto que apalavra de Deus produz?"
Que a leitura da Igreja Luteranapossa servir como instrumento parao leitor conhecer melhor uma dasverdades fundamentais que a palavrade Deus transmite:
- O justo viverá por fé.
L.
EDITORIAL
CONCÍLIO NACIONAL DEOBREIROS DA IGREJA
O apóstolo Paulo afirma:- E ele mesmo concedeu uns para
apóstolos, outros para profetas, outrospara evangelistas, e outros paTa pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu s,erviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todoscheguemos à unidade da fé e do plenoconhecimento do Filho de Deus, àperfeita varonilidade, à medida daestatura da plenitude de Cristo(Ef 4.11-13).
- É necessário, portanto, que obispo seja irrepreensível, esposo deuma só mulher, temperante, sóbrio,modesto, hospitaleiro, apto para ensinar (1 Tm 3.2).
- T.endo, porém, diferentes donssegundo a graça que nos foi dada: seministério, dediquemo-nos ao ministério (Rm 12.6,7).
- Prega a palavra, insta, quer sejaoportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidadee doutrina ... cumpre cabalmente oteu ministério (2 Tm 4.2,5).
Instruí-vos e aconselhai-vosmutuamente em toda a sabedoria(C1 3.16).
As Confissões Luteranas afirmam:- Ensina-se também que sempre
haverá e permanecerá uma únicasanta igreja cristã, que é a congregação de todos os crentes, entre osquais o evangelho é pregado puramente e os santos sacramentos sãoadministrados de acordo com o evangelho (Confissão de Augsburgo, Art.VII).
1 3
- Mas a igreja não é apenas sociedade de coisas externas e ritos,como acontece em outros governos,senão que é, principalmente, sociedade de fé e do Espírito Santo noscorações, sociedade que possui, contudo, notas externas, para que possaser reconhecida, a saber: a pura doutrina do evangdho e a administraçãodos sacramentos de acordo com oevangelho de Cristo (Apologia daConfissão, Art. VII e VIII, 5).
- Ora, o ministério do Novo Testamento não está preso a lugares epessoas como o ministério levítico,porém está disperso pelo mundo inteiro ·e está onde Deus dá os seusdons, apóstolos, profetas, pastores,doutores (Tratado sobre o Poder e oPrimado do Papa).
- E, infelizmente, muitos pastoressão de todo incompetentes e incapazes para a obra do ensino (PrefácioCatecismo Menor).
- Por isso rogo a todos vós, peloamor de Deus, meus queridos senhores e irmãos que sois pastores ou pregadores, que vos devoteis de coraçãoao vosso ofício, vos apiedeis do povoconfiado a vós e nos ajudeis a inculcar o catecismo às pessoas, especialmente à juventude (Prefácio Catecismo Menor).
- Portanto, atentai nisso, pastor€se pregadores. Nosso ofício agora setornou coisa diversa da que foi sobo papa. Agora tornou-se sério e salutar. Razão por que agora envolvemuita fadiga e trabalho, perigo e tentação, e, além disso, pouca retribuição e gratidão no mundo. Mas opróprio Cristo qu€r ser nossa recompensa, se trabalharmos com fide]idade (Prefácio Cate2Ísmo Menor).
Os Estatutos da Igreja EvangélicaLuterana do Brasil (IELB) afirmam:
2
- A IELB aceita todos os livroscanônicos das Escrituras Sagradas ...como única exposição correta da Escritura Sagrada aceita ela os livrossimbólicos da Igreja Evangélica Luterana, reunidos no Livro de Concórdia ... (Art. 39).
- A igreja tem por fim propagaro evangelho de Jesus Cristo por meioda palavra, do livro, do jornal, dorádio e outros meios condignos(Art. 49).
- Para cumprir com sua finalidade, a IELB formará pastores, professores, diáconos, evangelistas e outrascategorias de obreiros; organizará emanterá escolas de todos os níveis,instituições missionárias, e promoverá cursos de treinamento (Art. 59 a)e b».
Estes e outros assuntos similaresserão abordados no primeiro CONCíLIO NACIONAL DE OBREIROS daIELB, que acontecerá de 26 a 31 demaio d·e 1983, no Hotel Itaguaçu, emFlorianópolis, Santa Catarina.
O CONCíLIO é um dos muitos programas especiais que a IELB estápreparando para este ano em que oluteranismo comemora o 59 centenário do nascimento de Martinho Lutero.
Os objetivos deste CONCíLIO ·estão claramente definidos: os pastorese professores da IELB querem "seinstruir e aconselhar mutuamente emtoda a sabedoria"; querem fazer umaanálise e avaliação de seus ministérios; querem fazer uma análise eavaliação da dinâmica administrativada IELB; querem fazer uma análisee avaliação do compromisso confessional da igreja no contexto históricode ontem e de hoje - dimensão teológica e diretrizes práticas.
Sob o lema ;,,=-õ. ::
1983 "o justo Yiyeri fi1.17) e sob a t'Ô':-:'."'.::;"Igreja e Ministério H~mação do CONCL:: __meditações, culto:: 'Ô' -=
Os estudos, meeI:-:f.Ç :-::-_
como fontes bási:::c= ::::crituras - espec-~,,~::-:'.::--.'as Epístolas Past:-:".o: .sões Luteranas - ::.:::::de Concórdia - ao: :::- :.os Estatutos e R2L:':::::bem como outros 2=. __:é
Sob três grand'Ô's _õ.~
apresentados doze 2::.:tulo "O Obreiro e se;;: ium enfoque mais dOU:llógico; em "O Obreiro;o destaque será de ==-:2e administrativo: e=-=- __ .
seu Mundo" a ênfa:;2 0:2:
nho e a proclamaçã(] ±Dentro do possÍc;e_. :;'3
senvolvidos os seg'_::2,:2:-:
1 - O Obreiro e seu
1.1 - O Ministérie,:Chamado ·e Autorid",::,:,denaçãoe Instalaçã.:
1 .2 - O Ministro: ? :"=
lificações e ConsagI'~ç~:ditação e Oração.
1.3 ~ O Homem: ::::Cidadão; Família. C: =-. z:ciedade. -
2 - O Obreiro e sue:; i2.1 - A Dinâmica f
IELB: EstrutuE ~;:,:_::e Congregacional: ::::.;.::Jretoria, Conselhos. D-::.=~C . - Pl .omlssoes; aneJs.:-::-:-:-.:tivas e Metas da I.=:
: ~o livros';;.:.zradas ...
c'c. da Es:: livrO's
~.,.u:a Lu.' .,.'=~ncór-
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Sob o lema geral da IELB para1983 "O' justO' viverá pO'r fé" (Rm1.17) e sob a temática especial de"Igreja e MinistériO' HO'je" a programação do CONCÍLIO inclui estudos,meditações, cultos e uma noite coral.Os estudos, meditações e cultos terãocomo fontes básicas as Sagradas Escrituras - especialmente Romanos eas Epístolas Pastorais - as Confissões Luteranas - inseridas no Livrode Concórdia - as Obras de Lutero,os Estatutos e Regimento da IELB,bem como outros escritos.
Sob três grandes capítulos, serãoapresentados doze estudos. No capítulo "O ObreirO' e seu Deus" haverá
um enfoque mais dO'utrináriO' e teO'lógicO'; em "O Obreir,o e sua Igreja"o destaque será de ordem estruturale administrativO'; em "O ObreirO' eseu MundO''' a ênfase será o testemu
nhO' e a prO'clamaçãO' da mensagem.
Dentro do possível, serão, pois, desenvolvidos os seguintes estudos:
1 - O ObreirO' e seu Deus
1.1 - O MinistériO': Instituição,Chamado e Autoridade; Vocação, Ordenação e Instalação .
1.2 - O MinistrO': Formação, Qualificações e Consagração; Estudo, Meditação e Oração .
1.3 ~ O HO'mem: Esposo, Pai eCidadão; Família, Congregação e Sociedade.
2 - O ObreirO' e sua Igreja
2.1 - A Dinâmica FunciO'nal daIELB: Estrutura Nacional, Distritale Congregacional;Organograma Diretoria, Conselhos, Departamentos eComissões; Planejamento com Obje-
.tivos e Metas da Igreja.
2.2 _. ACoO'rdenaçãO' entre as Bases e a DireçãO' da IELB: Formação,Informação e Orientação Recíprocas;Filiação, Relatórios e Programas Locais e Nacionais; Fortalecimento dasCongr·egações "Matrizes", Estímuloaos Novos Campos, Literatura.
2.3 - Os OfíciO's ReligiO'sos: OConteúdo dos Sermões, Estudos Bíblicos e Mensagens Radiofônicas;Cultos e Liturgia Luteranos Onteme Hoje; Unidade Doutrinária e Prática Pastoral. Especial: A IELB e asEscolas .
2 .4 - A EscO'la CO'mO'InstrumentO'da Igreja Através dO's TempO's: NoMundo Antigo, Europa e Novo Mundo; a Legislação Brasileira e o Professor, a Escola e o Salário-Educação;Convênios e Mobral.
2.5 - Um PrO'grama de FilO'sO'fiaCristã de EducaçãO': Lutero e a Escola; Objetivos da Educação Cristã;Currículo de Ensino Religioso paraTodos os Graus.
2.6 - A AçãO' Educacional na CO'ngregaçãO': A Congregação, o Pastor,o Professor e as Escolas; a Escola,uma Agência Missionária; o Prof.essor "Sinodal" diante da Constituiçãoda IELB .
3 - O ObreirO' e seu MundO'
3.1 - A IELB nO' CO'ntextO' Reli
giO'sO': As Organizações LuteranasNacionais, Continentais e Mundiais;Fenômeno Religioso Oriental, Africano, Carismático e da Libertação;Confessionalismo, Ecumenismo, Unionisrtlo e Sincr·etismo .
3.2 - A IELB nO' CO'ntextO' PO'líticO' e EconômicO': Realidade Presen
te e as Tendências Ideológicas Nacionais, Continentais e Mundiais;Relação e Diferenciação entre as Or-
dens Igreja e Estado; Reflexões Sociais, Étícas e Morais no Comportamento Individual e Coletivo; Meiosde Comunicação de Massa.
3.3 - A IELB e sua Presença naSociedade: Contribuições em Programas Culturais, Cívicos e Religiosos; Direitos Legais e InfluênciaJunto às Autoridades Constituídas;Pareceres e Pronunciamentos Oficiaisem Órgãos Públicos.
O CONCÍLIO NACIONAL DEOBREIROS da IELB quer iniciar e
concluir seus trabalhos com a oração(Fórmula de Concórdia, Livro deConcórdia, pág. 536) que muito bemtraduz o objetivo primordial da igreja cristã:
- Que o Deus todo-poderoso e Paide nosso Senhor Jesus nos conceda agraça de seu Espírito Santo, para quetodos sejamos unidos nele e constantemente permaneçamos nessa unidade cristã, que lhe é agradável. Amém.
L.
ESTUDOS
«SINAIS})
LUTERO E O CATECISMO
No que toca à minha pessoa, digo o seguinte: 'eu tambémsou doutor e pregador, e, na verdade, tão erudito e experimentadoquanto possam ser todos aqueles que tanta coisa de si presumem etêm aquela segurança. Não obstante, faço como uma criança a quese ensina o Catecismo: de manhã, e quando quer que tenha tempo,leio € profiro, palavra por palavra, o Pai-Nosso, os Dez Mandamentos, o Credo, alguns salmos, etc. Tenho de continuar diariamentea ler e estudar, e ainda assim não me saio como quisera, e devopermanecer criança e aluno do Cat'ecismo. Também me fico prazerosamente assim. E esses camaradas delicados e descontentadiços.com uma leiturinha querem de plano ser doutores acima de todos osdoutores, já saber tudo e de nada mais precisar. Ora, isso tambémé sinal certo de que desprezam seu ofício e as almas do povo, e, amais disso, a Deus e sua palavra. Não precisam cair primeiro; jácaíram de modo horrendo demais. Têm necessidade, isto sim, dese tornarem crianças e começarem de aprender o a-bê-cé, coisa hámuito tempo liquidada por eles, segundo pensam.
- Livro de Concórdia, 388
-4
1 - Relação entre Ü5
Me 16.9-20 e os -dons J
de 1 Co 12-1
Tese 1 - Mesmo "7nhecido como "conc~~"Si
Evangelho de Marco3g,enuíno e autênticotível - cf."Anot2ç5~.:"sinais" nela enume:-::.:'::eser equiparados ccrr.1 Co 12-14.
Tese 2 - Mesmo .:=
16.9-20 for genuinc epode ser citado com: __manência destes -3:,-" 'apostólica.
E isto pelas razê;f;" .:~~1.1 - O termo ":.;,,2::'0
de texto em MarcC32 5""
de uma autoridade ex:,;:.{NT especialmente :2:"':;sença do Filho de De.".
O termo usado Dor :>::.~12-14 é eharísmata:::c::;dados aos que recete:'~
(SUBSíDIOS PARA UMA DISCUSSÃO DO PROBLEMA)
«SINAIS» E «DONS CARIS~1ÃTICOS)}
Johannes H. RottmannProL no Seminário Concórdia
Santo; portanto, reflexo de uma forçadada a homens que pertencem ao"corpo de Cristo".
Note-se: Paulo usa o termo semêionquando fala do "dom de línguas" como sendo "sinal" para os incrédulose não para os membros do "corpo deCristo" - 1 Co 14.22 -, enquantoos "sinais", mencionados em Mc 16.17,expressamente são citados como taisque acompanham os que "chegarama cr-er" (tois pistéusasin: particípiodo aoristo).
1.2 - Jesus, segundo Mc 16.14,15,está falando com os "onze". A promess'a do "acompanhamento" de sinais segue à ordem dada aos onze:"Tendo ido (poreuthéntes: part. aor.de poréuomai = ir) em todo o mundo(eis ton kosmon hápanta - "hineinin die ganz€ Welt"), pregai o evangelho a toda a criação" (ktísei).Aliás, é este o único texto nos evangelhos em que ktísis é objeto da evangelização. Paulo conhece o termo de"nova criatura", pensando no fruto
ESTUDOS
Tese 1 - Mesmo se o texto, conhecido como "conclusão maior" doEvangelho de Marcos (16.9-20), forg·enuíno e autêntico (o que é discutível - cf. "Anotações" no fim!), os"sinais" nela enumerados não podemser equiparados com os "dons" em1 Co 12-14.
Tese 2 - Mesmo se o texto de Mc16.9-20 for genuíno e autêntico, nãopode ser citado como prova da permanência destes "sinais" na era pósapostólica.
E isto pelas razões seguintes:1.1 - O termo usado pelo autor
de texto em Marcos é semêia: sinaisde uma autoridade extraordinária, noNT especialmente referente à presença do Filho de Deus.
a termo usado por Paulo em 1 Co12-14 é charísmata: dons de graça,dados aos que receberam o Espírito
1 - Relação entre os "sinais" deMc 16.9-20 e os "dons carismáticos"
de 1 Co 12-14
L.
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~ :-::'.:itobem-- . - :::.:.:da igre-
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~.,-::.:,),para que-:: c:: c: e constan-
-, ::'.2ssa unida-,:-. é::' 2·;el. Amém.
do renascim€11to do homem: 2 Co5.17; GI 6.15. - C1 1.23 é a passagem que· relembra a ordem de Cristo,quando o apóstolo escreve: " ... doevangelho que recebestes e que foianunciado a toda criatura (ktísei).- Excepcional Rm 8.19: a criação"em expectativa anseia pela revelaçãodos filhos de Deus". Importanteé que neste contexto os "sinais""acompanharão" os que "chegarama crer" entr-e os apóstolos, a saber,aqueles apóstolos que não creraminicialmente na sua ressurreição eque, por isto, foram seriamente censurados: "Finalmente, el€ se manifestou aos onze, quando estavam àmesa, e censurou-Ihes a incredulidade· e a dureza de coração, por quenão haviam dado crédito aos que otinham visto ressuscitado" (Me 16.14). - E Jesus pross·egue: " ... Estessão os sinais que acompanharão aosque chegaram a ter fé" no ressuscitado, isto é, àqueles que inicialmentenão tinham crido no ressurreto. Doravante, porém, quando cheios de féno Cristo ressuscitado pregam-no, terão essa pregação sendo acompanhada por sinais operados pelo próprioCristo.
É evidente, portanto, que a promessa dos "sinais" foi dada aos onze enão a esmo ou a qualquer um.
1.3 -. Destes "sinais", enumeradosem Mc 16.17,18, realmente nenhumé mencionado também como "domcarismático" (chárisma) em 1 Co 1214:
a) "expulsar demônios" é limitado aos apóstolos e não mencionadoentre os "dons carismáticos";
b) "falar em novas línguas"(glóssais kaináis), isto é, línguas novas, desconhecidas, porém línguasreais.' Essa promessa cumpriu-se
6
gloriosament€ no dia de Pentecostes,quando os peregrinos de muitas terras e línguas ouviram os apóstolos,atônitos, "falar, cada um em nossaprópria língua materna" (At 2.8). -I Co 12-14- nunca fala em "outras"ou "novas" línguas, mas simplesmente "em línguas.";
c) "pegar em serpentes" nos é relatado somente em At 28.1-6: Paulo,na ilha de Malta;
d) "beber veneno mortífero" ~em registros no Novo Testamento(histórias fantásticas por alguns dospais eclesiásticos (Papias) e nos livrosapócrifos, são claramente lendas);
d) "curar enfermos" - demonstrado várias vezes pelos apóstolos eregistrado em Atos, é só mencionadoem 1 Coríntios, sem receber qualquerdestaque. Não se tem conhecimentodo exercício deste dom na igreja pósapostólica, a não ser como conseqüência da oração e com emprego de"óleo" como remédio e com a imposição das mãos da parte de irmãos:
Tg 5.14: "Alguém dentre vós'estádoente? Mande chamar os. presbíterosda igreja para que orem sobre ele,ungindo-o com óleo em nome do Senhor.
15: A oração da fé salvará o doente(o sozein neste texto não significasalvar do pecado, da morte 'e do diabo, mas sim, curar, restaurar saúde,etc. como em Mt 9.21,22; Mc 5.23,28.34; 6.56 e muitos outros textos)e o Senhor o porá de pé; e se tivercometid.o pecados, estes lhe serãoperdoados.
16: Confessai, pois, uns aOs outros,os vossos pecados e orai uns pelosoutros, para que sejais curados."
Nota: Tiago, sem dúvida, foi melhor psiquiatra do que todos os das
escolas de psiqc..::,,-::-:;:conhecia que c....·,.:,~psicossomáticas . .:::::,.parece que so "';:-?: curadas de acorco ::~:velho "irmão do :::::'.:c:
Nota: 80br-2 e',·~:':.3.lagrosas" postericr:::do do prof. O. A. C:-:-::"Iagres (ConcórÓ2.. ~~-;
Portanto: Me;::-,:: "::Mc 16.9-20 for 2"2:: .. :::":
todavia não pode ~::prova de permaL;:::: "na erapós-apostóli::c
2 - Caracterizaç2.'Jcarismáti,:,:;~
Em contraposiçi'.: =
onde se fala dos "',,:~.;que acompanhariar::-: :.~chegaram a crer ,': C:
tado, Paulo, em 1 C ~."dons carismáticü" ,.designação que ';err. =2
- ·d'd''e que sao a 1'.'8.:". ;=.por graça .. Em Ei .; ?
descreve a origerr. = ~ ~ ~~
graça foi concedia=..,. :::0
segundo a propOl"c}.. = =
to. Por isso diz: ..::..:às alturas, levou ::=~.-'e concedeu dons .'C.~::',':
Sobre estes de::" : =- .... E
1 Co 12-14 em p.:-::: .:~,mera todos os dc"~::,-=:pois existem ceIe,,-:"'::~mencionados nesces: =. 5
dons dados a me:::'::- '"Cristo, por exemp::de cantar, da poes:'C.::'.':vez destacamos o :2:nunca se fala de -~_=manifestações de 2.:~:Espírito Santo no :: :~,'2mem que crê. - ~ -
> ?entecostes,_-:-:,~uitas ter
-, apóstolos,-:-_em nossa
_-'.t 2.8). :::~1"outras"õ:-nplesmen-
- -::õ" nos é re~-6: Paulo,
-------i:ero" --=-estamento",ls::unsdos
e nos li--_ente len-
- demonsc::)stolos e
- - =- :lcionado:::-qualquer_-_l~ecimento_~reja pós: :.nseqüên
::::~::1'e go de__:,~ a impo
- c -: e irmãos:- -:-e vós está
, presbíte-=-Te -obre ele,
:me do Se-
- :.:-i o doentesignifica
-:c -:: do dia:"ê1' saúde,
::: 5.23,28.'" textos)e se tiverlhe serão
3']S outros,uns pelos
-,-,ados."
:oi me- ~s os das
escolas de psiquiatria de hoje. Eleconhecia que muitas doenças sãopsicossomáticas. Estas doenças - eparece que só estas - podem sercuradas de acordo com o conselho dovelho "irmão do Senhor".
Nota: Sobr·e eventuais "curas milagrosas" posteriores, veja-se o estudo do prof. O. A. Goerl Curas e Milagres (Concórdia, 1979).
Portanto: Mesmo se o texto deMc 16.9-20 for genuíno € autêntico,todavia não pode ser citado comoprova de permanência destes sinaisna era pós-apostólica.
2 - Caracterização de "donscarismáticos"
Em contraposição a Mc 16.17,18,onde se fala dos "sinais" (semêia)que acompanhariam os apóstolos quechegaram a crer no Cristo ressuscitado, Paulo, em 1 Co 12-14, descreve"dons carismáticos" (charísmata),designação que vem de charis, graça,'2 que são dádivas, presentes dadospor graça. Em Ef 4.7,8 o apóstolodescreve. a origem destes "dons": "Agraça foi concedida a cada um de nóssegundo a proporção do dom de Cristo. Por isso diz: Quando ele subiuàs alturas, levou cativo o cativeiro,e concedeu dons aos homens."
Sobre €stes dons o 'apóstolo fala em1 Co 12-14 em particular. Não enumera todos os dons dados a crentes,pois existem certamente além dosmencionados nestes capítulos outrosdons dados a membros do corpo deCdsto, por exemplo, o dom de orar,d€ c1:lntar,da poesia, etc. E mais umavez destacamos o fato de que aquinunca se fala de "sinais", mas emmanifestações de algo operado peloEspírito Santo no homem e pelo homem que crê. - 1 Co 12.8-11:
V.8 - a) "Palavra de sabedoria"(Iógos sofías). Cf. Lc 21.15; At 6.3,10;Ef 1.8; C1 2.3. É o dom d·e, com umapalavra da Escritura, poder decidirquestões em situações difíceis; o domda teologia; "Weisheit".
b) "Palavra de conhecimento"(Iógos gnôseos). É o dom de comunicar conhecimentos da Bíblia emgeral; expor as verdades elementares; catequizar (d. Hb 6.1); "Erkenntnis" .
V.9 - c) "Dom da fé". Fé numamedida extraordinária - "fides heroica" " ... tamanha fé ao ponto detransportar montes" (1 Co 13.2).
d) "Dom de curas". Note-se o plural: charísmata iamáton: dons decurar; d. as curas apresentadas emAtos; não se tem notícias d·e umaúnica cura feita em Corinto.V.IO- e) "Poder de fazer milagres"
(energêmata dynámeon). Não se temnotícia de algum milagre realizadoemCorinto; d., no entanto, o que édito dos apóstolos: At 4.29,30; 19.11;9.36-42; 20.7-12;16.18; 19.12; 28.3.
f) "Dom da profecia" (profetéia).Na terminologia de Paulo, em geralo dom de pregar, testificar, anunciara Boa Nova. O termo nesta pass1:lgemacertadamente traduzido pela "Bíbliana Linguagem de Hoje" por" ... domde anunciar a mensagem de Deus".
g) "Dom de discernir espíritos"(diakríseis pneumáton). A capacidade de distinguir entre forças divinas, humanas e diabólicas; d. At5.34ss. - Gamali·el.
h) "Dom de falar em línguas"(gene glossôn). Numa espécie de línguas - nota: nenhum adjetivo. Essa"língua" não pode ser especificadacomo língua falada.
i) "Dom de interpretar 83 línguas":" ... a capacidade de explicar o qu~
7
essas línguas querem dizer" (Bíbliana Linguagem de Hoje). Esse domdeve sempre acompanllar o dom anterior quando em exercício em público (1 Co 14.13,14).
3 - Os "dons carismáticos"em exercício
3.1 - Origem: O Cristo glorificadodeu presentes, dons de graça, à suaigreja. Ef 4.1-8: algo dado, um presente de graça; cf. também Mt 7.11- gratuitamente;
dados à igreja - cf. o contexto deEf 4! - Portanto, a fonte deste domnunca no homem; a manifestaçãosomente no contexto da igreja; nuncaobtido por esforço, mérito ou dignidade da pessoa.
3.2 - Modo de atuar: O orgulhoé um dos maiores perigos no €xercício dos dons carismáticos: Rm 12.3;
dados para a diaconia (diakonia,de diá e konía: através do pó: trabalho de escravos, de servos: 12.4.Dons carismáticos são, portanto, presentes para servir e não para dominar.
Devemos exercer os dons dados como dôuloi Jesôu Kristôu. Por isso aadmoestação de Paulo a Timóteo, 2Tm 1.6: anazopyrêin to chárisma toutheôu: "conservar vivo o dom queDeus deu".
3.3 - Resultado dos dons em exercício: 1 Co 12.6,10 - energêmata:energia gerada por força que se manifesta no exercício dos dons.
O cristão, ao exercer seu dom(dons), age como um dos múltiplosmembros do corpo de Cristo, do qualse fala no contexto de 1 Co 12-14.
Importante aqui a fórmula trinitária na caracterização dos dons e desua fonte: 12.4-6 " ... diversidade dedons, mas o Espírito é o mesmo; di-
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versidade de mmlstel'lOS. mas oSenhor é o mesmo; diversos modosde ação, mas é o mesmo Deus querealiza tudo em todos".
3.4 - O alvo: Servir para o bemcomum: pros to symféron (12.7). A forma verbal dídotai! (pass. ind.pres.) indica a continuidade dos donsdados; sua manifestação não ocorresó uma vez, mas continua enquantoo Espírito Santo nele habita pela fé.
Os dons não foram dados para quefiquem "encaixotados"; também nãodevem servir somente para a edificação do indivíduo que o recebeu;sua finalidade fundamental é a edificação do corpo de Cristo - Ef 4.11-16.
3.5 - Portanto: Os seguintes critérios devem nos guiar na avaliaçãodos dons individualmente:
a) São dádivas imerecidas deDeus;
b) devem ser postos para servir- e não para dominar;
c) devem ser postos em exercíciopara o bem comum.
4 - O caso específico do "dom defalar em línguas"
Dos dons enumerados por Pauloem 1 Co 12-14, dois nos preocupamna situação atual: o dom de curar eo dom de falar em línguas.
Sobre as curas milagrosas já podemos apontar para a exposição doprof. O. A. Goerl (Curas e Milagres,Concórdia, 1979), que aceitamos emsua íntegra. Queremos ainda reforçar a posição tomada neste trabalho
a) pela colocação em dúvida dagenuinidade e 'autenticidade deMc J 1).9-20;
b) peL limitação daquela passagem aos "sinais" dados aos e
2
operados pelos a;~~:::::;colaboradores d::'~:~:
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2
operados pelos apóstolos e seuscolaboradores diretos.
Com respeito a "línguas", podemosconstatar que na enumeração dosministérios e dons dados ao corpo deCristo, existe uma classificação fixados "ministérios", a saber:
"em primeiro lugar, os apóstolos(prôton);
em segundo (déuteron), pregadores(profetas) ;
e em terceiro (tríton), os mestresda igreja" (12.28).
Depois de desta maneira ter dassificado os ministérios, o apóstoloprocede, sob a indicação épeita (depois, em seguida), com a enumeraçãodos dons e, entre estes, também géneglossôn, isto é, um dom duma espécie(génos) de línguas. (Génos significaespécie indefinida de qualquer coisa).- Lendo a enumeração dos dons, sesente uma certa dificuldade e hesitação da parte do apóstolo em definiro que esse chárisma realmente foi.Notável também é que - diferindonisto nitidamente dos relatórios dofalar em outras línguas em Atos 2 não usa qualquer adjetivo que caraterizaria essa glôssa. A promessade Cristo em Mc 16.17 tem glossaiskainais (novas línguas). Atos temhétera (outras) (A t 2.4) e hemetérais (nossas próprias línguas) (At2.11) .
Seguindo estas enumerações e classificações dos ministérios e dons emgeral, o apóstolo procede, em 1 Co14 .1-25, com uma exposição extensadas relações que existem entre o domde línguas e o dom de pregar e testificar (profetizar). E isto, depois deter ainda posto no s·eu trono o carisma por excelência, o agape (amorfraternal) em 1 Co 13.
Que o dom de "profetizar", segundo a terminologia de Paulo, significa"pregar, testificar, anunciar o evangelho", foi amplamente demonstradona coletânea "Dons Carismáticos",ed. Concórdia, 1975. Paulo afirma:" ... Façam todo o possível para teros dons espirituais, especialmente ode pregar a mensagem do evangelho"(profetéuete) (14.1).
Não queremos entrar em pormenores exegéticos na avaliação do domde "falar em línguas", visto que istojá foi feito várias vezes em nossomeio. Aqui só queremos, à base dotexto, indicar alguns pontos com respeito a este dom - tanto positivoscomo negativos.
Primeiro uma breve definição:"O carisma das línguas ou 'glosso
1alia' é o dom de louvar a Deus, proferindo, sob a açã,o do Espírito Santoe em estado mais ou menos extático,sons ininteligíveis." (Anotação da"Bíblia de Jerusalém" para 1 Co12.10)
Pontos positivos:
a) O "falar em línguas" é "domde Deus": "A um o Espírito dá ...o dom de falar em línguas" (12.8,10).O Espírito Santo, portanto é o autordeste dom.
b) "Aquele que tem o dom de falar em línguas não fala aos homens,mas a Deus" (14.2). - "Se oro emlínguas, o meu espírito está em oração" (14.14). - Paulo diz que háduas espécies de oração: uma emque o cristão, pelo Espírito, fala comDeus de maneira incompreensível aoshomens. - Rm 8.26,27: " ... não sabemos o que pedir como convém;mas o próprio Espírito intercede pornós com gemidos inefáveis ... " -
Na outra, o cristão ora "com a inteligência": "Orarei com o meu es-
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pírito, mas hei de orar também coma minha inteligência. Cantarei como meu espírito, mas cantarei tambémcom a minha inteligência" (14.15) .- O "falar em línguas" pert.ence àvida devocional particular ("Gehetsleben") do cristão.
c) "Aquele que fala em línguasedifica a si mesmo" (14.4) aparececomo terceiro ponto positivo. - Opróprio apóstolo tinha este dom:"Dou graças a Deus por falar em línguas mais do que todos vós" (14.18);e "quisera que todos falásseis em línguas" (14. 5) .
Como podemos solucionar a aparente contradição do apóstolo, quando em 12.30 põe em questão de que"todos falam línguas", e em 14.5, porém, deseja que todos falem? A solução parece ser a seguinte: O apóstolo deseja para todos os cristãos odom de línguas para sua oração particular, e que seja tão intensivo como possível. Paulo nega, no entanto,este dom em manifestações públicaspara todos. Existe a possibilidade doexercício do dom de línguas no colóquio particular do cristão com seuDeus.
O apóstolo não nega que esse dompossa ter seu -eventual lugar nas reuniões de culto: "Quando estais reunidos, cada um de vós pode cantarum cântico, proferir um ensinamentoou uma revelação, falar em línguasou interpretá-Ias." - Paulo coloca,porém, uma ressalva muito importante: " ... mas que tudo se faça para aedificação! Se há quem fale em línguas, falem dois ou, no máximo, três,um após o outro. E um deve interpretar" (imperativo do presente: kaihêis diermeneuéto) (14.26,27).
A ·edificação nas reuniões de culto,portanto, limita-se às ocasiões em
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que um intérprete está presente:"Aquele que prega (profetiza) émaior do que aquele que fala em línguas, a menos que este as interprete,para que a assembléia seja edificada"(14.5). - "É por isto que aqueleque fala ·em línguas deve orar parapoder interpretá-Ias" (14.13).
Pontos negativos:
a) Falar em línguas na igreja semhaver quem interprete, não tem sentido, pelo menos não, se no culto público ninguém que tem o dom de interpretação esteja presente.
Assim escreve Paulo (tradução, emparte, segundo a "Bíblia de Jerusalém):
"Supondo agora, irmãos, queeu vá ter convosco, falando em línguas: Como vos serei útil, se a minha palavra não vos levar nem revelação, nem conhecimento, nem profecia, nem ensinamento? - O mesmose dá com os instrumentos musicais,como a flauta ou a harpa: se nãoemitirem sons distintos, como reconhecer o que toca a flauta ou a harpa? E se a trombeta emitir um somconfuso, qu-em se preparará para aguerra? - Assim também vós: sevosso falar não se exprime em palavras inteligíveis, como se há de compreender o que dizeis? Estareis falando ao vento. Existem no mundonão sei quantas espécies de linguagem e nenhuma é destituída de sentido. Ora, se não conheço a força dalinguagem, serei como um bárbaro(um que não -entende grego) paraaquele que fala, e aquele que falaserá como bárbaro para mim"(14.6-11) .
A interpretação destas palavras tãodaras torna-se desnecessária!
b) Falar em ".. .c,,",
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b) Falar em línguas s·em interpretação não edifica ,os ouvintes, aocontrário, leva-os a tédio e frustração .
Diz Paulo:
"Com efeito, se deres graça (eáneulogês) somente com teu espírito,como pod·erá o ouvinte não iniciado(idiôtes, isto é, um analfabeto nocristianismo, um catecúmeno; Jesuschama estes em Mt 18 de "pequeninos" que não devem ser escandalizados) dizer 'amém' à tua ação de graças? Sem dúvida, tua ação de graçasé valiosa, mas o outro não se edifica"(14.16,17) .
E mais forte ainda:"Se, por exemplo, a igreja se reu
nir e todos falarem em línguas, ossimples ouvint·es (idiôtai) ou os incrédulos (ápistoi) que entrarem nãodirão que estais loucos?" (máinesthede máinomai que significa ter mania)(14.23).
Não parece como se o apóstolo tivesse participado de uma destas reuniões dos pentecostais radicais dehoje? - Sem dúvida, a gente que"fala em línguas" parece ter umamania de se impor sem perguntar pela reação dos que esperam uma mensagem que os edifique. O vereditode Paulo é que nem o cristão nem oincrédulo serão edificados pelo falarem línguas na igreja, sem interpretação.
a incrédulo que - por acaso oupor convite - participa de um talculto, certamente não pode ser levado a crer, porque não entende a mensagem ("a fé vem pelo ouvir" Rm 10.17); ao contrário, ·ele possivelmente nunca mais retorna. E ocristão simples que espera ser edificado por uma mensagem de consoloe ensinamento, nem &epode unir ao"mensageiro" em oração. - Daí, de
novo, o apóstolo, desaprovando estaforma de culto, chega à conclusãocontundente e aterradora:
"Na igreja (no culto público:ekklesía) prefiro dizer cinco palavrasinteligíveis paIra instruir também outros, a dizer dez mil palavras 'emlínguas' (en glôsse)" (14 .19) .
c) Falar em línguas no culto público pode causar desordem.
Diz Paulo:
"Se há quem fale em línguas, falem dois ou, no máximo, três, umapós o outro. E que esteja lá alguémque as interprete. Se não há intérprete, cale-se o irmão no culto público da igr-eja; fale a si mesmo e aDeus" (em oração) (14.27,28).
Paulo proíbe, portanto, que durante o culto público se fale em línguas,a não ser que um intérprete estejapresente. E assim mesmo, nuncamais do que um deve falar.
a apóstolo, como se vê, não nega aexistência do dom de "falar em línguas, e também não que seja vedadoeste dom, pois diz: " ... não impeçaisque alguém fale em línguas" (14.39).Ele aconselha, no entanto, que se usea máxima cautela no seu uso em público.
5 - Conclusão
Não podemos, à base do estudo dostextos, negar a existência do dom de"falar em línguas". Questiona-se,contudo, a validade do mesmo parao culto público, mesmo que haja umintérprete presente. Perde-se, na prática, tempo valioso com a interpretação dos sons ininteligíveis daqueleque "fala em línguas", morment-e seeste, como pregador e pastor, tem odom de "profetizar" (pregar, testificar) a Boa Nova da salvação em Je-
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sus Cristo em palavras inteligíveis eclaras.
Portanto, apesar de não querer,nem poder impedir o exercício do"dom de falar em línguas" dado peloEspírito Santo eventualmente também na igreja de hoje, é, todavia,somente permitido s·eu uso intensivona vida devocional particular docrente. Desta maneira se evita escândalo e frustrações de almas preciosas. Seja recomendado s·eu usointensivo ao crente, possuidor destedom, na sua vida devocional particular.
Se um determinado crente recebeuou não este dom misterioso, foge aojulgamento de outros cristãos, a nãoser alguém que possa provar ter odom "de discernir os espíritos"(1 Co 12.10). Tal cristão tem queprestar ~ontas dos dons recebidos aos·eu e nosso Senhor.
Se pelo abuso deste dom for violada a bo::!ordem prescrita pelo NovoTestamento, este abuso deve ser tratado no exercício da admoestação fraternal na disciplina cristã: Mt 18 €Rm 16.17-20.
6 - Anotações a Mc 16.9-20
1 - A conclusão do Evangelho deMarcos, por nós conhecida e colocadaem colchetes duplos nos textos gregos em uso hoje, não parece ter sidoparte do original. Na verdad-e existem hoje três conclusões diferentes:
a) O texto conhecido: Mc 16.9-20b) Uma conclusão breve em con
tinuação do v.8: "Eles narravambrevemente aos companheiros de Pedro o que lhes tinha sido anunciado.Depois, o mesmo Jesus os encarregou de levar, do Oriente ao Ocidente, a sagrada e incorruptív·el mensagem da salvação eterna."
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c) O assim denominado "FreeI'Logion" que se acha incluído numdos grandes textos unciais (W Washingtonianus/Freer - 59 século),intercalado entre os vv.14 e 15 daconclusão conh-ecida. Seu texto é oseguinte: "E aqueles alegaram emsua defesa: 'Este tempo de iniqüidade e de incredulidade está sob odomínio de Satanás, qu-enão permiteque quem está debaixo do jugo dosespíritos imundos apreenda a verdade e o poder de Deus; revela, pois,desde agora tua justiça.'Foi o quedisseram a Cristo. E ele lhes respondeu: 'O fim do tempo de poder deSatanás está no auge; e, entretanto,outros acontecim-entos terríveis seaproximam. E eu fui entregue àmorte por aqueles que pecaram, afim de que se convertessem à verdade, -e para que não pequem mais, afim de que recebam a herança daglória da justiça espiritual e incor-'ruptível que está no céu ... " (Trad.da Bíblia de Jerusalém).
2 - A situação dos três textos é aseguinte:
O texto conhecido (Mc 16.9-20)não s·eacha nos mais antigos manuscritos: Alef; B; syr .sin.; arm; aeth.;georg; - não o reconhecem: Clemente Alex., Orígenes, Eusébio, Jerônimo; muitos minúsculos tem otexto com um asterisco crítico; Eusébio atesta que os manuscritos aC€itos terminam com o v. 8; J erônimoachou o texto só em alguns manuscritos.
No mais antigo dos textos da VetusLatina da áfrica do Norte (k) achase, em lugar da conclusão longa, aconclusão breve; Tertuliano e Cipriano não conhecem a conclusão longa,mas parecem conhecer a conclusãobreve.
O "Freer LogioT.~brir a incerteza c.c -::c~
uma desculpa dos:"~ ==
didos nele.
3 - A conc1us§.=,=::Jção ocid·ental, e'.-:6",_ clC, e muitos min'':'sc-..:>"tiga atestação tex::.:.::.·•quinto século.
4 - A condus2-: :omanuscritos armê:'_~=:sAristião, o presbi:2:-este título como ecoc=:;
tu ação verdadeira: C ':=:tião, mencionado ~:"à base das apariçc.::s "';'João, Mateus e L~c':::spara dar ao torso d:Marcos uma concL:~_~=,
5 - Já a leituT'2::clusão cria dificuld s i~
o OFíCli
INTRODUÇAO
"JESUS CRISTC) E j
Em torno da pessoa '"Jesus Cristo tem se
cussões que se re~~stimas variadas noculos, atingindo nproporções tais que _ma aula sobre m(;de::-~rou: "Basta modiflc::idatas e a história dserá a do moderI1is'é~Gele, o século Vlnt,;o d,1prenúncio da ress:;rr=1nismo.
o OFíCIO REAL DE JESUS CRISTO
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.: 3.) longa, a.::-.) e Cipria:~·..:.sãolonga,
:- :: conclusão
o "Freer Logion" parece tentar cobrir a incerteza do texto longo comuma desculpa dos discípulos repreendidos nele.
3 - A conclusão longa é de tradição ocidental, evidenciada por D, A,C, e muitos minúsculos; a mais antiga atestação textual é, portanto, doquinto século.
4 - A conclusão longa tem nosmanuscritos armênicos o título "DeAristião, o presbítero". Zahn aceitaeste título como explicativo da situação verdadeira: O presbítero Aristião, mencionado já por Papias, fezà base das aparições registradas emJoão, Mateus e Lucas, um resumopara dar ao torso do Evangelho deMarcos uma conclusão digna.
5 - Já a leitura do texto da conclusão cria dificuldades. Não só o
INTRODUÇÃO
"JESUS CRISTO Ê O SENHOR".Em torno da pessoa e da obra deJesus Cristo tem se travado disCUssões que se revestiram de formas variadas no decorrer dos séculos, atingindo no século vinteproporções tais que A. Kuyper, numa aula sobre modernismo, declarou: "Basta modificar nomes edatas e a história do arianismoserá a do modernismo."l Segundoele, o século vinte aparece comoprenúncio da ressurreição do arianismo.
vocabulário em si, a fraseologia eoutras considerações lingüísticas falam contra a genuinidade do texto,mas sim, também o conteúdo, queparece colocar tudo o que é recordado num e no mesmo dia, o dia daPáscoa (também a Ascensão); também Maria Madalena, da qual já sefala no v.1, é introduzida no v. 9como se fosse desconhecida.
6 -- A explicação mais provávelparece ser de que Marcos, quandochegou na composição do seu Evangelho a este ponto (v.8 termina comuma conjunção efobôunto gar) , foiinterrompido e, por uma ou outra razão, não conseguiu concluí-Io. Umanônimo (Aristião?), já bem cedo,acrescentou -então o texto da conclusão longa, que já foi conhecida porIreneu e Taciano, ambos da segundaparte do segundo século.
Ari ThomaPastor em Esquina Gaúcha,
Santo Angelo, RS
A questão capital na cristologiatem se concentrado na busca deuma ou de novas respostas à pergunta: "Que pensais vós do Cristo?" (Mt 22.42). Diferentes foramas respostas dadas desde o dia emque a pergunta foi feita pelo próprio Filho de Deus a seus discípulos até os dias de hoje. Já nosdias de Cristo corriam diferentesopiniões a seu respeito. Uns viamnele João Batista, outros Elias, Jeremias, ou algum dos profetas.
Quem se aventurar num estudode história da teologia perceberálogo que nomes e datas foram mu-
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dando e conceitos cada vez maisconfusos foram surgindo, e, queneste século tornaram-se famososmuitos nomes, com destaque talvez para Rudolf Bultmann (18841976) com sua "Entmythologiesierung". Segundo ele, os relatos dosevangelhos estão cheios de mitos,isto é, o transcendente é descritosob vestes humanas, em que o mundo é concebido como um edificiode três andares: céu, terra, inferno.2 Com isto, chegou à conclusãoque a maior parte dos acontecimentos relacionados com a vida deCristo são fruto de linguagem mitológica, especialmente os milagres,a morte e ressurreicão. Demitizarsignifica, pois, interpretar esta linguagem mitológica através da filosofia existencialista, isto é, utilizara auto-compreensão que o homemmoderno tem de si mesmo, do mundo e do que é transcendente, paratrazer assim a mensagem (kérygma) da palavra de Deus ao homemde hoj e. Na teologia de Bultmannpouco se sabe de seguro sobre Jesus à base dos evangelhos, pois estes são produto da "Gemeindetheologie ". E a ressurreição corporalde Jesus Cristo é negada, sob o argumento de que ela se fundamentana fé dos discípulos e não a fé dosdiscípulos que se fundamenta naressurreição de Cristo.
"Quem dizeis vós que eu sou?"A resposta de Pedro não foi o resultado de especulação racional.Foi o Pai que revelou (Mt 16.7)."Tu (Jesus) és o Cristo, o Filho doDeus vivo ". Estava lançado o fundamento inabalável da igreja, quenem as portas do inferno conseguem abalar: Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.Sempre que esta confissão é dimi-
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nuida, traz resultados muito negativos que se refletem especialmentena consciência missionária. "Quando os professores hindus perguntarem por que vós, cristãos, afirmaisque só Jesus Cristo é o Salvador,devemos ter uma resposta perfeitaInente clara".3
A resposta clara foi dada porLutero na explicação do SegundoArtigo: "Creio que Jesus Cristo,verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é meu Senhor, pois me remiua mim com seu santo e preciososangue". E, respondendo a Zwinglio, que entendia como força deexpressão dizer algo da divindadede Cristo que pertença a humanidade ou vice-versa, Lutero declarou: "Se creio que somente a natureza humana sofreu por mim,então Cristo me é um Salvador precário, e ele mesmo precisaria nestecaso de um Salvador ... porquantoa divindade e humanidade em Cristo é uma só pessoa, a Escritura porcausa dessa união pessoal, atribuitambém à divindade tudo o quesucede à humanidade e vice-versa.4
Ao nos propormos estudar o ofício real de Jesus Cristo, é necessário que nos dediquemos antes aexaminar a relação existente entreas duas naturezas em Cristo paraentão vermos em que consiste osenhorio do Filho de Deus, cornoele o exerce e o que isto significapara a vida do cristão.
Entendemos a tarefa que nos éconfiada neste estudo como um privilégio de servirmos ao Rei, falando dele, a fim de nos fortalecermosmutuamente em nossa fé, aprimorando-nos mais e mais na tarefaque o Rei a todos nós confiou, deajudarmos a outros para serem tra-
zidos para o seu 1'e;:::.-:- -=;
pela pregação do eV2J,';:,c _cêque possam, como no:'. ",.aeternidade o reino da
I - A PESSOA. DE C
1. As grandes decis0E,'
Importantes decisÔe~precisaram ser tomada' :- 1nos primeiros séculos, e:.:.;:r
em palavras claras os 2",~:';:eatacados por diversas te, cc:;;
O século IV marcou dê,~~te a história da igre.ifi ' 'rlizacão de três concllL, ecos:' Nicéia (325) que .:: :':'arianismo; Constan ti:::.c;:. aque condenou a ApolínáI";:;dônia (451) que condec:sias de Nestório e Eutiq',;ê:'Nicéia
O bispo Ano negaY2 '':'1co-eterno e consubstallci2lnão passando de criatur2lho tem uma origern.Deus não teIn começo", ,:,jde Ário, que apela';a p-=-,=,
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zidos para o seu reino da graçapela pregação do evangelho, assimque possam, como nós, alcançar naeternidade o reino da glória.
I - A PESSOA DE CRISTO
1. As grandes decisões ecumênicas
Importantes decisões teológicasprecisaram ser tomadas pela igrej anos primeiros séculos, expressandoem palavras claras os artigos de féatacados por diversas heresias.
O século IV marcou decisivamente a história da igreja com a realizacão de três concílios ecumênicos:· Nicéia (325) que condenou oarianismo; Constantinopla (351)que condenou a Apolinário; Calcedônia (451) que condenou as heresias de Nestório e Êutiques.Nicéia
O bispo Ário negava ser Cristoco-eterno e consubstancial ao Pai,não passando de criatura. "O Filho tem uma origem, enquantoDeus não tem comeco", era a tesede Ário, que apela~a para textosbíblicos como Dt 6.4; Pv 8.22; Jo14.28. O Pai, segundo Ário, é incriado, mas o Filho foi gerado;aliás, gerado apenas da vontade enão da substância do Pai. Devidoa sua relação privilegiada comDeus, Cristo merece o nome de Filho de Deus, sem que ele de fatoseja Deus segundo a natureza divina.
O imperador Constantino convocou o concílio de Nicéia para o ano325 onde o problema do arianismofoi tratado. Foi um conclave pomposo, presidido em parte pelo próprio imperador. Participaram 318bispos. O ambiente era solene e
emocionante, pois havia dentre osparticipantes não poucos que traziam ainda no corpo as marcas dasperseguições.
Depois de muitos debates em Nicéia os pais chegaram à seguintefórmula: "Cremos em um só Senhor Jesus Cristo ... de uma sósubstância com o Pai".
Jesus é consubstancial com o Pai- "homo - ousios", verdadeiroDeus e verdadeiro homem. Usando o termo "consubstancial" a igreja traduzia e declarava o que oapóstolo João escrevera anos antes:" ... Seu Filho Jesus Cristo. Este éo verdadeiro Deus e a vida eterna"(1 Jo 5.20).
Constantino pIa
A igrej a vislumbrou sério perigoquando pouco depois de Nicéia,Apolinário de Laodicéia, tomandoJo 1.14: "O verbo se fez carne",levantou a pergunta: como podemdois seres se unirem para formarem um só ser? E respondeu:Cristo não foi homem genuíno, istoé, não tinha verdadeira naturezahumana igual a nós.
No concílio de Constantinopla,em 381, a igreja condenou o apolinarianismo e ensinou que Cristonos é igual em tudo, menos no pecado. Com isto a igreja reafirmouo Credo de Nicéia ao mesmo tempo que estabelecia a doutrina daverdadeira humanidade de Cristo.
Calcedônia
o problema da inter-relação dasduas naturezas em Cristo renasceude novo quando Nestório começoua ensinar que as duas naturezasde Cristo se confundiam com duas
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perigos ameaçadores dos dois lados.5 O Concílio não disse como sedeve explicar e entender a uniãodas duas naturezas em Cristo, mas,disse como nãO a devemos entender. Jamais se conseguirá penetrar o mistério da encarnacão. Épreciso, pois, "estacionar ein Calcedônia" e, em profunda adoraçãoconfessar: "Evidentemente, grandeé o mistério da piedade (cristianismo, religião cristã): Aquele quefoi manifestado na carne, foi justificado em Espírito, contempladopor anjos, pregado entre os gentios,crido no mundo, recebido na glória" (1 Tm 3.16). A confissão deque o Filho de Deus é verdadeiroDeus e verdadeiro homem não deve ser um ponto de partida, masum ponto final.
pessoas. Com isto Maria não pode ser chamada de "mãe de Deus"(Theotokos), mas apenas mãe danatureza humana de Jesus. Negava assim a união pessoal e a comunicação dos atributos. O errode Nestório foi mais tarde advogado por Zwínglio que ensinou a"allóiosis" - "sempre onde a Escritura diz ter padecido o Cristo,temos de ler: somente a naturezahumana padeceu".
A igrej a condenou o nestorianismo afirmando no concilio de Calcedônia que as duas naturezas emCristo não e.Tistem separadas e quea união hipostática (união das naturezas) é real e não simples uniãomoral semelhante a união de duaspessoas pelos laços de amizade.
A luta continuou quando Êutiques disse que uma vez acontecidaa união das naturezas só se podea partir daí falar em uma única 2. De Calcedônia ao século vintenatureza (monofisismo). Vale di-zer, aconteceu em Cristo mistura Nem todos estacionaram em Caldas duas naturezas pela conversão cedônia. Muitas vezes o ponto fide uma n~t.ureza na oub:a ... nal foi levantado e homens pro-
O ConcIlIO de ~alc~d011la, a~Ir- curaram de novo desvendar o "mismou que Jesus .CrIsto e verdadeIro tério da piedade". E, de novo aDeus e verdadeIro homem. Segun- .. t 'd h 'do a natureza divina é consubstan- IgreJa, a raves e omens de fe ecial ao Pai; segundo a natureza cora?em, e ~través de co.nfissõeshumana é consubstancial a nós. A preCIsas reafIrmou a doutrma verrelacão entre ambas as naturezas dadeira sobre a pessoa e obra deé d~ perfeita união, sem mistura, Jesus Cristo.sem mo,,?ificação, sem divisão, sem Passamos por cima dos séculosseparaçao, . conservando ~ada qual que seguiram aos grandes concilios,s~a.s proprIedades ~at.uraIs e es~en- para nos determos em algumas rá-CIaIS. Os 4 adverbIOs negatIvos .. '." " f' h '1 pIdas pmceladas, em dOIS grandesselll - expressam a e e a uml - .' ,.dade da igreja cristã diante da moment~s da teologIa blblIca quesublimidade da pessoa do Filho de repercutI~am pr~f~ndamente, q.uerDeus. Estes advérbios "asseme- de maneIra pOSItIva ou negatIva,Iham-se a um alinhamento de bóias· na cristologia: a Reforma e as Concercando o estreito canal navegá-" fissões Luteranas, e a Teologia Movel e alertando os navios contra Oe ~~', Jerna.
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A Reforma e as Confi5s'~'"Luteranas
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A Reforma e as ConfissõesLuteranas
É bem conhecido o princípio hermenêutico de Lutero: "A Escrituradeve interpretar-se a si mesma.A Escritura deve ser interpretadaa partir do seu centro, Cristo". OCristo de que o reformador fala éaquele que descobriu na carta aosRomanos na mensagem da justificação. É o Cristo, o qual "segundoa carne veio da descendência deDavi, e foi poderosamente demonstrado Filho de Deus, segundo o Espírito de Santidade, pela ressurreição dos mortos, a saber, JESUSCRISTO, nosso Senhor" (Rml.3,4).Lutero aprendeu daqui a explicação do 29 Artigo: "Creio que JesusCristo, verdadeiro Deus ... e também verdadeiro homem".
Lutero estava ciente das dificuldades que surgem da afirmação deque Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem numa mesma pessoa. Como pode Deus ser crucificado e morrer? Como pode oCristo como homem ser o Criadordo mundo? Lutero recorre à doutrina da "comunicacão dos atributos", segundo o qual tudo o que seafirma da natureza divina, deve serafirmado também da natureza humana e vice-versa. Este príncípioé fundamental no ofício real deCristo.
Os sacramentários, liderados porCarlstadt e Thomas Münzer, cedoquestionaram o princípio de Lute1'0. Contra eles se deu então a controvérsia sacramental na década de1520. Depois os zwinglianos (comZwínglio, Oecolampadio, Bucer)objetaram contra Lutero que o"corpo de Cristo não poderia sergenuíno e verdadeiro corpo huma-
no, e na santa ceia estivesse presente simultaneamente no céu ena terra. Pois tal maj estade seriaprópria a Deus somente, dela nãosendo capaz o corpo de Cristo".6
Com a morte de Lutero ocorreram uma série de dez controvérsias doutrinárias que duraram 30anos. Uma destas controvérsias"entre os teólogos da Augsburgo"7,foi sobre a pessoa de Cristo.
A Fórmula de Concórdia, elaborada para solucionar as controvérsias, redigida por seis teólogos(Chemnitz, Andreae, Selnecker,Musculus, Kôrner e Chytraeus) eassinada pelos mesmos em 29 demaio de 1577, dedicou o Artigo8 - Da Pessoa de Cristo - "paraexplicar essa controvérsia de maneira cristã, em harmonia com apalavra de Deus ... e com a graçade Deus resolvê-Ia inteiramente".8Este Artigo, bem como toda a Fórmula de Concórdia, constitui-senum "testemunho de como Deussocorreu a igreja luterana num período de extremo abatimento, e lheconcedeu o inestimável tesouro daunidade de fé, alicerçada sobre arocha da verdade eterna".9
O Artigo 8 lembra que JesusCristo é verdadeiro e perfeito Deuse que no tempo assumiu tambéma natureza humana, de modo queagora Cristo Jesus é uma só pessoa. " Agora" significa: tambémdepois de subir ao céu.
Na pessoa do Filho de Deus estãounidas, sem mistura e sem mudança de substância, duas naturezas:a divina, que é desde a eternidade,e a humana, que foi assumida notempo. Ambas estão unidas de maneira que constituem uma únicapessoa. Cada natureza retém suaspropriedades naturais para toda
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eternidade. Pela glorificação doFilho de Deus a natureza humanafoi exaltada à destra da majestade(Fp 2.9-11). Esta majestade, o Filho de Deus a possuía já nos diasda humilhação, desde que assumiua natureza humana na concepção.Na humilhação não fez uso semprede Sua majestade.
Os. pais explicavam a união dasduas naturezas como a uníão docorpo com a alma, ou do ferro efogo; tem comunhão entre si, sendo qUe cada qual retém suas propriedades naturais. Não é umaunião como de mel com água, que,misturados, formam uma terceirasubstância, o hidromel.
Esta explicação da Fórmula deConcórdia é altamente significativa para entendermos que não apenas a natureza hUInana sofreu, mas,"o Cristo, o Filho de Deus, verdadeiramente sofreu, todavia segundoa natureza humana assumida".
Depois da ressurreição, o Filhode Deus retém para sempre a natureza humana, a qual assumira naconcepção. Está sentado à direitado Pai também segundo a naturezahumana. Gracas a isto está realmente presente na Santa Ceia.Assim, Jesus é Rei também segundoa natureza humana, pois, ao serexaltado, sua natureza humana recebeu "prerrogativas e excelênciasespeciais, elevadas, grandes, sobrenaturais, inescrutáveis, inefáveis,celestes, em majestade, glória, força e poder acima de tudo quantose possa referir, não só no presentemundo, senão também no vindouro ".10
Após condenar os erros surgidosreferentes à pessoa de Cristo, aFórmula de Concórdia conclui comuma recomendação salutar: "E
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desde que a Sagrada Escritura: chama a Cristo de mistério (CI 1.27)em que todos os hereges rebentama cabeca ... admoestamos todos oscristão~ a que não lucubrem impertinentemente com a razão sobre este mistério, mas creiam simplesmente com os diletos apóstolos,cerrem os olhos da razão, levemcativo seu pensamento à obediência de Cristo, consolem-se, e, portanto, sem cessar se alegrem como fato de que, em Cristo, nossacarne e sangue foram colocados atão grande altura, à destra da majestadee onipotente força de Deus.Dessa maneira seguramente encontrarão consolo permanente em toda adversidade e ficarão bem prote.gidos contra os erros pernicioSOS".l1
A Teologia Moderna
Quem examinar a história da teologia verá que nem todos semprecreram simplesmente, levando cativo fl pensamento. Passada a época da ortodoxia (com seus nomesfamosos, J. Gerhardt, D. Hollaz,J.A. Quenstedt) e do pietismo, omundo teológico experimentou talvez os maiores e mais violentosataques à pessoa e obra de JesusCristo por parte do iluminismo(Aufklãrung), o qual nUm impulsoracionalista assaltou a teologia protestante.
Não tardou a surgir o programade "pesquisa histórico-crítica" emque os escritos do NT começarama ser vistos como documentos históricos do passado, e não comopalavra para o tempo presente. Oresultado não se fez esperar, e logoa pessoa de Jesus Cristo foi submetida a este programa. Surgiu a
pesquísa em tCil"::":::C~tórico" em uue ,;c ,c c~
compreen~e~' a, i: ê:"-';'Jesus preCIsa 8.D::=-,·~. iJ
mo e explicar " " ~.partir de seu me:
O programa d::: - e·:',
co-crítÍca da Esc,'; ,'. -"-Lessing com a p:.::' __78) das "FraQ"l"il:<>:kannten", em' C"::
idéias do falecid,:muel Reimarus. fel.
riormente nomes . ':,:mosos, como AlbeI',' ç ..:"sua "Geschichte '. e:o
Forschung" (1906): ",e,set com. sua 1l10I>=."TChristus" (1913). c=-.-::"
recem os claroslogo mais será CCi:-_~i
meinde Theologie n.
Bultmann explicar:..: 2
de Jesus. "As D2L:.\1do evangelho são· eL'.:TI
munidade" (BousseUm pequeno 131'0,:,j
parte de Martin hiiLl-:-Jna sua obra" Dertoriche Jesus uncl ':::che Biblische Chi ~:.lprocura estabelecer ·.:lJ
entre Historie e C; -' hde poder separar () ':::do Cristo da fé. H - >:sado, constituído d:tos particularesde ser realizada a :,.fica. Nem sempre .:-:.:eGeschichte são os i 2tque interessam nonão perderam suativa no momento deme~to. A As.sim, .are:-.::"te e autenhca hlstGr:2..Kãhler está mais : t,testemunho da Esc:~
" ::::scritura: cha. 'e-:io (CI 1.27)"e-c.;:esrebentam
, ...1111ostodos os,',.ubrem imper"szão sobre es:c (um simples
, .e-tos apóstolos,razão, levem
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",::-ão bem pro: :TOS pernicio-
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:-lerar, e logofoi subme
Surgiu a
pesquisa em torno do "Jesus Histórico" em que se dizia: quem quercompreender a pessoa histórica deJesus precisa abandonar o Catecismo e explicar a ação de Jesus apartir de seu meio ambiente judeu.
O programa da pesquisa histórico-crítica da Escritura, iniciado porLessing com a publicação (1774 a78) das "Fragmente Eines Unbekannten ", em que expunha asidéias do falecido orientalista Samuel Reimarus, fez surgir posteriormente nomes que ficaram famosos, como Albert Schweitzer comsua "Geschichte des Leben-J esuForschung" (1906); \Vilhelm Bousset com sua monografia "KyriosChristus" (1913), onde já transparecem os claros sintomas do quelogo mais será considerado "Gemeinde Theologie", segundo a qualBultmann explicará a ressurreiçãode Jesus. "As palavras humanasdo evangelho são dogmática da comunidade" (Bousse).
Um pequeno protesto surgiu daparte de Martin Kiihler(1835-1912)na sua obra "DerSogennante Ristoriche Jesus und der Geschichtliche Biblische Christus", na qualprocura estabelecer uma diferençaentre Historie e Geschichte, a fimde poder separar o Jesus históricodo Cristo da fé. Historie é o passado, constituído de acontecimentos particulares sobre os quais pode ser realizada a pesquisa científica. Nem sempre interessam à fé.Geschichte são os fatos passadosque interessam no presente, poisnão perderam sua eficácia operativa no momento de seu cumprimento. Assim, apenas a Geschichte é autêntica história. Ecom isto,Kiihler está mais interessado notestemunho da Escritura sobre o
Cristo; ,do que com a figura histórica de Jesus .
A primeira guerra mundial podeser considerada um marco limitedentro da teologia. Houve umamudança de rumo após o términoda mesma. Esta mudança surgiucom o nome de Karl Barth (18861968). Era uma reação contra oliberalismo teológico, também chamada a época da "neo-ortodoxia".Barth procurou, especialmente noseu grande comentário "Der Rômerbrief" (1919), mostrar que o NTnão pode ser visto apenas como documento histórico. E Barth procura estabelecer a contemporaneidade entre o que Paulo disse e o quenós precisamos ouvir. A Escrituraquer transmitir palavra da parte deDeus, a qual Barth chama "fogos".Infelizmente Barth atentou muitopouco para o fato que isto ocorrena carne (em Cristo) sob formahistórica (através da encarnação deCristo) .
Rudolf Bultmann (1884-1976)procurou estabelecer a relação entre o aspecto histórico da Escriturae o seu canHer de fogos (palavra),interpretando o segundo como "kérigma" - pregação. Para tantolancou mão da filosofia existencialist~ de M. Heiddeger, e assim chegou ao seu famoso princípio hermenêutico da "Entmythologiesierung"(desmitologização), que se refletiuprofundamente em seu "cristologia ".
Uil1 exemplo: Jesus anunciou avinda eminente do reino de Deus.Em explicação histórica o fim viriaem breve. Como não veio, esseanúncio é, na Nerdade, um mitoapocalíptico. Então, o que queriaJesus de fato dizer? O dito de Jesus deve ser interpretado existen-
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cialmente. Em outras palavras,que concepção da existência humana deduzimos do dito? Jesus quermostrar (kérigma) ao homem, quesua situação atual (o momento queo ,homem vive) é a hora de se decidir por Deus!
Seguindo esta linha, Bultmannprocurou estabelecer o que nosevangelhos é história e o que é kérigma. E chegou à triste conclusãoque, dos evangelhos, pouco sabemosdo Jesus histórico. E o ataque decisivo foi dado na ressurreição corporal de Jesus, a qual Bultmannnegou. Para ele a ressurreição deJesus se fundamentou na fé dosdiscípulos, e não a fé dos discípulos se fundamentava na ressurreição.
Um teólogo católico fez um tristecomentário que, se não no todo, aomenos em parte expressa a verdade: "No século 20 assistimos nateologia protestante à progressivae, depois, total liquidação da essência do cristianismo, que não só, nofim das contas, não se distinguemais das outras religiões, comotambém deixa mesmo de ser umareligião. "12
II - O OFiCIO REAL DE JESUSCRISTO
o quadro que acabamos de traçar desde Nicéia até o século 20,colocou diante de nós as grandesdeclarações doutrinárias da igrejasobre a pessoa e obra de Jesus Cristo. Igualmente, pudemos ver quãolonge da verdade cristã homenstêm chegado, ao lançarem mão darazão e da filosofia existencialistapara explicarem aquele "em quemtodos os tesouros da sabedoria edo conhecimento estão ocultos" (CI
20
2.3); "o mistério de Deus, Cristo"(CI 2.2). Esta visão histórica nosajudará a compreender a importância da doutrina bíblica sobre oofício real de Jesus Cristo.
Ao pesquisarmos diversas teologias do NT, obras dogmáticas, artigos teológicos que tratam de Cristo, observamos que a maior partenão contém um capítulo especificosobre o ofício real de Cristo. Asdogmáticas luteranas, ao contrário,dedicam um capítulo especial nacristologia sobre o assunto.
"O reino dos céus é semelhantea um homem nobre que partiu para uma terra distante, com o fimde tomar posse de um reino e voltar" (Lc 19.12). Esta figura da parábola nos mostra o pensamento doNT sobre o senhorio de Jesus Cristo. Declarado publicamente Rei,pela ressurreição da morte, já estáinstalado no seu trono no céu, doqual governa todo universo. Momentaneamente exerce o seu reinado invisivelmente. Mas irá voltar,a qualquer momento, visivelmentea este mundoP Em outras palavras, ele reina desde agora em glória, embora só o reconheçam os quecrêem nele; mas, na parusia tudoserá manifesto. O SI 110.1, "assenta-te à minha direita" nos lembrao arranjo de uma antiga corte realoriental, onde o grão vizir se assenta em lugar de honra, à destra domonarca. Cristo se assenta na única posição de dignidade e honra,à destra de Deus para exercer aautoridade real recebida do Pai.H
Os apóstolos presenciaram suasubida ao céu, a entronizacão doFilho de Deus. Como testeriiunhasda sua ressurreição e ascensão, receberam também a promessa deque ele voltará (At 1.11). Começa-
ram, pois, logo a testem::-:::'este Jesus que vós i:-r:
Deus o fez Senhor e - -~~2.36).
O que os apóstolos ~_._.é o que a Escritura de( -3muita ênfase: que a Cr-ist,Salvador da humanidriCl'ê_ ifoi dado domínio, senhc:-i,todo universo, e não 8.I'''::2:nio parcial ou territo;is:me foi entregue por mec.: F11.27) ; "Toda autoridC:ldada no céu e na terra -- . "~d. SI 8.7; Ef 1.22; 1 Co l~2.8). No Antigo Testar;,,,;:-idito o que engloba ü t:"toda autoridade". Em D::1
"Domínio sobre os pouo 5. nhomens de todas as li::_::.8.7-9: "Animais do cem::~do céu. Os peixes do' d_
110.2: "Os inimigos".Cristo, como verdade::--,
sempre teve este senhori:mínio junto com o Pai 2Santo. Mesmo nos dia:;. .-=
milhacão não deixou d,= sApenà's "não fez uso :;'2[1.::-';:teiramente de sua me;' itivina comunicada à sua ::humana". O que os ar: ~t,Pentecoste e, depois, emafirmam, é que o Filho ::c
Senhor e Rei agora Se"TZ,i:=as naturezas, Ef 1.20-22_ -:]"2.9-11. Pentecoste é prc'-s j
sus reina. Ele cumpr-2:--. ;:-;:"Rogarei ao Pai ..... J c ~
O resultado são os (juss,:: tebatizados que se tornar":"'.,u';Rei pela fé.
Em que consiste. 1'0l:; ..•.•de Jesus Cristo? Com-ce? Qual seu signifi c apara a vida do crisEo
:=leus, Cristo":,istórica nos
a Impor.tlica sobre onsto.
::':ersas teolo· .::máticas, arti
·~?:am de Cris
.c ,maior p.a~te_ . :·.,10 especIfIco
2 Cristo. As- c, ao contrário,
especial na.cunto.
é semelhante.,ue partiu pa
- , .• com o fim"., reino e vol-
figura da pa,'>cnsamento do.j e Jesus Cris:camente Rei,:-norte, já está
-. ::u no céu, do.::-jYerso. Mo
. :;-.o seu reina:,I2s irá voltar,
yisivelmente- .. outras pala. ~ ~gora em gló· ·,'teçam os que
parusia tudo:. 110.1, "assen
- ·c" nos lembra· , ... 2:8. corte real
__ . ·.·;zir se assen- -::., à destra do
."senta na úni:c,de e honra,
- ::.ta exercer a.~~ da do Pai.H'"Delaram sua
=-_ ~:-'Dnizaçãodo._.. testemunhas
ascensão, repromessa de,li , Começa-
ram, pois, logo a testemunhar: "Aeste Jesus que vós crucificastes,Deus o fez Senhor e Cristo" (At2.36).
O que os apóstolos anunciaramé o que a Escritura declara commuita ênfase: que a Cristo, comoSalvador da humanidade, tambémfoi dado domínio, senhorio sobretodo universo, e não apenas domínio parcial ou territorial. "Tudome foi entregue por meu Pai" (Mt11.27); "Toda autoridade me foidada no céu e na terra" (Mt 28.18;cf. SI 8.7; Ef 1.22; 1 Co 15.27; Hb2.8). No Antigo Testamento foradi to o que engloba o "tudo" e"toda autoridade". Em Dn 7.13,14:"Domínio sobre os povos, nações ehomens de todas as línguas",. SI8.7-9: "Animais do campo, as avesdo céu. Os peixes do mar",. SI110.2: "Os inimigos".
Cristo, como verdadeiro Deus,sempre teve este senhorio, este domínio junto com o Pai e o EspíritoSanto. Mesmo nos dias de sua humilhacão não deixou de ser Rei.Apenà's "não fez uso sempre e inteiramente de sua majestade divina comunicada à sua naturezahumana". O que os apóstolos noPentecoste e, depois, em todo o NTafirmam, é que o Filho de Deus éSenhor e Rei agora segundo ambasas naturezas, Ef 1.20-23; 4.10; Fp2.9-11. Pentecoste é prova que Jesus reina. Ele cumpre a promessa:"Rogarei ao Pai. .. " (Jo 14.16,17).O resultado são os quase três milbatizados que se tornam súditos doRei pela fé.
Em que consiste, pois, o senhoriode Jesus Cristo? Como ele o exerce? Qual seu significado e valorpara a vida do cristão?
O senhorio de Jesus Cristo sobre ouniverso e as criaturas - reino dopoder.
Nossos dogmáticos costumam falar em reino do poder, da graça eda glória, procurando assim descrever diferentes aspectos de umaúnica e mesma realidade: JesusCristo é Rei! Os três aspectos doreinado de Cristo já são exercidosagora. Até mesmo o reino da glória não é um estágio futuro, masrealidade presente, pois Moisés eElias já estão nele. E, cf. Hb12.22,23: no reino da glória também já estão os santos anjos.
Na parusia se dará a proclamação pública, final e inquestionávelde Jesus Cristo como "Rei dos reise Senhor dos senhores" (Ap 19.6).Este dia ainda não chegou. Aindaexistem poderes e inimigos' quebuscam impedir o avanço do reinode Cristo até a parusia. Sobre todos estes poderes e inimigos, eleexerce domínio pelo seu poder onipotente (Ef 1.22; cf. Jo 16.33; 1 Co15.25; Hb 2.8) .
Domínio sobre as potestades
O NT ensina que Jesus Cristovenceu os poderes maus que dominam o mundo (cosmos) sob a lideranca de Satanás. Como o maisforte, ·0 Filho de Deus entrou noreduto de Satanás, amarrou-o e lhedividiu os despojos (Lc 11.22). Aoexpulsar demônios durante o seuministério, Jesus não o fez comoinstrumento, mas como vencedorde Satanás. É o prenúncio da vinda de um novo aeon. O Filho deDeus proclama assim antecipadamente sua vitória, a qual acontecerá na cruz (CI 2.15). Sua desci-
21
da ao inferno veio a confirmar odomínio sobre os demônios.
É verdade que se discute a identidade dos" espíritos em prisão" (1Pe 3.18-22). Serão os anj os caídosde Gn 6, como 2 Pe 2.4 parece sugerir? Ou deve "prisão" ser entendido como "reino dos mortos"(hades)? Ou Cristo foi pregar oevangelho aos que "nlorreram senlouvir a pregação de Cristo, semoportunidade de arrependimento efé ?"l5
A teologia católica, devido a suadoutrina do purgatório, precisaráexplicar o verbo "pregar" (keryssein) como "evangelizar" (euangelidzein). "Pregação aqui deve serinterpretado não como anúncio decastigo, mas da mensagem de salvação. A geração de Noé é aquirepresentante dos homens mortosque estão no reino dos mortos, aosquais foi proclamada na pregaçãodo hades a redenção que se operouna morte de Jesus na CTUZ. "l6
A teologia luterana ensina queJesus Cristo desceu ao inferno paramostrar-se Vencedor "aos espíritosmalignos e aos homens condenados ".17
Mesmo que vencidas e subjugadas pelo Filho de Deus, as potestades ainda não estão aniquíladascompletamente. Foram subjugadas,mas ainda atuam. Concentram seusataques aos discípulos de Cristo,pois sabem que "pouco tempo lhesresta" (Ap 12.12). A vitória deCristo sobre os poderes do mal torna os cristãos participantes da mesma pelo batismo (Rm 6.3; cf. Ef2.5ss). Esta vitória dos discípulossó poderá ser mantida enquantopermanecerem ligados como corpo,com a cabeça, Cristo. Por isso, oscristãos são exortados a tomarem
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a anl1adura de Deus, pois a lutaque precisam sustentar é contra"as forças espirituais do mal" (EfG.10-17).
Jesus Cristo anuncia para breveo fim total das forças do mal,quando "o diabo e o falso profetae a besta serão lançados para dentro do lago do fogo pelos séculosdos séculos" (Ap 20.10). Terá então raiado o dia eterno quando osredimidos estarão na companhia doCordeiro (reino da glória) que foimorto, mas vive e reina pelos séculos dos séculos (Ap 1.18).
Diante desta promessa os seguidores de Jesus Cristo são conelamados a implorar: "Amém, vemSenhor Jeslls" (Ap 22.20).
o Rei e seu povo - O reino dagraça
A morte redentora de Jesus Cristo veio restaurar a ordem originalda criação que fora abalada pelopecado. O propósito de Deus agora é reunir "todas as coisas emCristo" (Ef 1.10: anakephalaiósasthai ta panta en tô Christô).
Este reunir (Almeida: convergir,Ef 1.10) indica que em Cristo acontece a criacãode uma nova humanidade, qu~ recebe também um novo nome: IGREJA. Esta nova humanidade é atraída para Cristopela sua palavra (Jo 5.24-39; 6.68;8.31,32; 8.51). É integrada em Cristo, como corpo de Cristo, pelo batismo (GI 3,27). A partir dai tudose torna novo (kainós = novo emqualidade): nova criação (2 Co5.17); nova vida (Rm 6.4); novoespírito (Rm 7.6).
É, pois, pela Palavra que o Reiconquista pessoas para o seu reino.Também é pela Palavra que oRei
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exerce o domínío sobre os que lhepertencem. É o que o NT chamade "Cristo em vós" (Rm 8.10; 2Co 13.5; Cl 1.27; Ef 3.17; Cl 3.16;J o 14.23). Assim, o reino da graçaé um reino invisível (Lc 17.20; cf.1 Pe 2.5: "casa espiritual"). Eleestá presente ali onde a Palavra éproclamada (Is 55.10,11). No entanto, podemos dizer que o reinoda graça é visível, quanto aos resultados que dele decorrem. Trataremos disto adiante, ao referirmos algumas conclusões.
A pamsia - O reino da glória
A glória que Cristo possui desdea eternidade (como Deus); a glória à qual sua natureza humanafoi exaltada pela ressurreição (Ap2.9), eis que Jesus Cristo a manifestará publicamente na parusia.
Parusia tem dois sentidos: presença e chegada. No período helenista, era usado para designar afestiva entrada na cidade dos soberanos. Em sentido religioso, erausado para descrever a presença,ou manifestação, de uma divindade .
Este sentido festivo de parusiaé usado por Paulo ao descrever oencontro dos resgatados com Cristo (1 Ts 4.14-18). Quando os tessalonicenses perguntaram sobre odestino dos seus mortos por ocasião da parusia de Cristo, o apóstolo traça um quadro cheio de vida,alegria e esperança sobre a vindade Cristo e o encontro com os seus,vivos e mortos. É o início do reinoda glória para os crentes. "Estaremos para sempre com o Senhor"(1 Ts 4.17). Na parusia Cristo estará visível em toda a sua glóría(Mt 25,31; Ap 1.7).
Em 1 Co 15 temos uma descricãomagistral da pamsia como o triunfo final e completo sobre a morte.É como um drama em três atos: oprimeiro, ato do triunfo sobre amorte, foi a ressurreição de Cristo:Adão causou a morte; Cristo causa o triunfo da vida (v. 22). O segundo ato será a ressurreição detodos os mortos e a transformacãodos vivos na imagem do Cristo ;essuscitado (v. 12,51,52). O terceiroato será o fim (v. 24-28), quandoterá chegado o clímax, o fim oumeta a que todas as coisas estãodestinadas e são conduzidas.
"Pois é necessário que ele reineaté que haja posto todos os inimigos debaixo dos seus pés" (v. 25),é o domínio de Cristo que começou com o "está consumado", adescida ao inferno, a ressurreição,e conseqüente libertação dos homens dos poderes demoníacos. Naparusia a vitória e o domínio deCristo serão manifestos publicamente; as potestades serão aprisionadas para sempre (Ap 22.10);a morte será aniquilada, deixaráde existir; e uma multidão queninguém pode enumerar (Ap 7.9)entrará para o reino da glória. Então se cumprirá o que diz o apóstolo: "Quando, porém, todas ascoisas lhe estiverem sujeitas, entãoo próprio Filho também se sujeitará aquele que todas as coisas lhesujeitou, para que Deus seja tudoem todos" (1 Co 15.28) .
É, sem dúvida, uma passagem difícil, na qual os exegetas encontramdificuldade em conciliar o conceitotrinitário de Deus, com a idéia deum membro da trindade sujeitar-seao outro. Devemos entender a passagem a partir da grande verdadepara a qual se encaminha toda his-
23
tória: "Deus seja tudo em todos"(" All in an" - "panta in pasin").Para que isto possa acontecer, istoé, o Deus triúno reinar na unidadedas três pessoas com toda glóriamanifesta em toda plenitude, o Filho encarnado realizou a obra dareconciliação: morreu, ressurgiu,controla os inimigos de Deus, temos inimigos sob seus pés, dominaas criaturas com seu poder, dirigea igreja com sua palavra. Isto sechama "reino" (v. 24). Na parusia,o Filho, por assim dizer, fará prestação pública de contas da sua obra,ao exercer o juízo derradeiro sobreos condenados e ao devolver a Deuscomo Deus tríúno a multidão dosresgatados. Aí termina literalmente a obra redentora de Cristo, coma entrega do resultado da obrarealizada. A partir daí Jesus Cristo reinará como Deus triúno, e nãomais se fala no reino de Cristo como pessoa. Aí Deus é "tudo e emtodos". É como dizemos no CredoNiceno: "Cujo reino não terá fim".
CONCLUSÃO
Qual o significado do senhoriode Jesus Cristo para a vida docristão?
1. No fato de Jesus Cristo serRei é que reside o fundamento doculto cristão. Sempre que a igrejase reúne para celebrar o culto, está proclamando o fim e o "fracasso" do mundo e dos poderes domundo. O mundo tem a pretensãode fornecer aos homens uma razão de vida, mas a igreja, quandose reúne em culto, renuncia aomundo, e porque ela é formada sódos batizados, afirma que a vidasó adquire sentido após a mortepara este mundo, o que acontece
24
pela ressurreição com Cristo no batismo (Rm 6.4) .18
O culto proclama que Jesus Cristo é Rei. Constata-se isto nas doxologias (Ap 5.12; 7.10); no Gloria Patri e no Gloria in Excelsis.Ora, quando o culto proclama que.Tesus Cristo é Rei, está com isto excluindo e eliminando todos os cultos não cristãos. Vale dizer, quemproclama e adora a Jesus Cristocomo Senhor e Rei, precisa renunciar à celebração dos cultos pagãos.É verdade que Cristo triunfou nacruz sobre os poderes demoníacos,mas estes mesmos poderes aindanão estão mortos, apesar de despoj ados de sua força. Brincar comeles, como por exenlplo no carnaval, onde pessoas se vestem comenfeites de figuras mitológicas, éuma espécie de nostalgia do tempoda servidão. A Bíblia chama istode adultério, mesmo que só com os01hos.19
Daí concluímos que o culto, fundamentado no fato que Jesus Cristo é Rei, não se resume ao que sepassa dentro da igreja. O cultoabrange também a vida nos demaisdias da semana, em que todo aquele que no templo confessou que.Tesus Cristo é Rei, agora o servecomo sacerdote (1 Pe 1.8,9) redescobrindo e proclamando a intençãoprimeira e última com que foramcriados os hnmens, a saber, a celebração da ",lória de Deus (1 Co15.28).
2. O fato de Jesus Cristo serHei, é o fundamento da celebração regular da santa ceia. Sempreque falamos na ressurreição de J esus Cristo procuramos comprová-Iacom as evidências documentadasnos evangelhos e no restante do NT.Mas, o principal argumento em fa-
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vor da ressurreicão de Jesus Cristo,bem como de q·ue ele é o Senhor(Fp 2.11), está naquilo que a igrej afaz (ou deveria fazer) cada domingo: a celebração da santa ceia.Quando a igreja se reúne para partir o pão, segundo o mandamentodo Senhor, ela não somente proclama sua morte, mas também dátestemunho de sua ressurreição (1Co 11.26: "anunciais a morte ... atéque ele venha"; d. Mt 26.29: "atéaquele dia ... no Reino de meuPai") .
A celebracão dominical da mortede um Senh~r que continuasse morto, não seria ocasião de alegria eações de graças. Lembrar simplesmente a noite tenebrosa em que elefoi traído, seria uma triste lembrança, pois foi justamente nestanoite que o Senhor tomou o pão edeu graças e falou de sua ressurreição (Mt 26.31,32). Isto se cumpriu de fato: "Fora por eles reconhecido no partir do pão" (Lc24.35).
A partir daí, os apóstolos "partiam o pão de casa em casa, tomavam as suas refeições com alegriae singeleza de coração, louvandoa Deus" (At 2.46) e "perseveravam ... no partir do pão" (At 2.42).
A Ílnportância da celebração dominical da santa ceia para o fatode Jesus Cristo ser Rei, reside noseguinte:
1) Na santa ceia a igreja faz"anámnese" (lembrança) de Cristo. Não se trata de uma meralembrança de fatos passados ocorridos na Galiléia e Jerusalém, eque envolveram a Jesus Cristo.Anámnese é a possibilidade de participar da história que se recorda.20É recordar um fato passado (mortee ressurreição de Cristo), cujos re-
sultados são presentes e dos quaisse participa.
Ao fazer na santa ceia anámnese de Jesus (Lc 22.19) proclama-sea morte de Jesus Cristo (1 Co11.26). Portanto, trata-se dumaanámnese da cruz. Em At 20.7 esta anámnese acontece, não no diaem que a morte se deu, mas nodomingo. Com isto se evidenciaque no NT não se lembra a mortede Cristo sem que se comemoretambém a sua ressurreição!
2) Sempre que um grupo decristãos, por menor que ele seja,se reúne para celebrar e participarda santa ceia, Cristo, como Rei,está presente com eles, não apenasatravés daquela presença geral prometida por ele após a ressurreição(Mt 28.20), mas também através dapresença real, quando seu corpo eseu sangue são recebidos pelo quecomunga.
Foge ao propósito do estudo adiscussão detalhada da doutrina dapresença real de Cristo na santaceia. Seja dito apenas que a presenca real não se fundamenta nafé de quem comunga, e sim, napalavra de Cristo antes de suamorte: "Isto é o meu corpo; istoé o meu sangue". Quando Moisésquis contornar a sarça ardente ever como funcionava a maravilhaque via, Deus o chamou à adoração, mostrando que a sarça nãoera objeto de curiosidade (f;x 3.2).Assim precisa aproximar-se dasanta ceia todo comungante, paraexperimentar e sentir "o quanto oSenhor é bom ".21
O quanto o Senhor é bom, ele omostrou naquela noite terrível emque foi trai do e condenado. Aoinstituir a santa ceia, "marcou um
no futuro com todos os
25
seÚs seguidores: "Aquele dia emque o hei de beber, novo, convoscono Reino de meu Pai" (Mt 26.29).
3) Isto faz com que a santa ceiatenha caráter escatológico. Ela proclama e torna presente não apenaso passado, mas também o futuro.Os cristãos sãoconclamados a desfrutar já agora aquilo que Cristoalcançou para eles com sua mortee ressurreição: perdão, vida e salvacão. As bêncãos do futuro sãoda~las aos que ócrêem já, aqui eagora. Na santa· ceia ·os fiéis recebem o sinal de sua participação noreino vindouro.
Diante disto tudo, deveríamosvoltar urgentemente aos dias emque a santa ceia era celebrada dominicalmente. Na igrej a primitiva não encontramos indício de umdomingo sem a santa ceia. "Umculto sem a eucaristia é como umministério de Jesus sem a sextafeira santa. A santa ceia não nosdá algo diverso do que a pregaçãodo evangelho. Ela nos dá o evangelho, e com ele a vida. Na pregação ouvimos que Jesus Cristo é Rei.Na eucaristia mostramos que oaceitmnos COlno Rei ".22
Assim, a melhor proclamação deque Jesus Cristo é Rei é a celebração e participação, domingo apósdomingo, da ceia do Senhor!
3. A confissão de que JesusCristo é Rei implica profundo zelo para com a mordomia e amissão. A ressurreicão de JesusCristo é o aconteeirrí'ento ao quala igrej a deve sua existêneÍa. Pelaressurreição, Cristo trouxe ao mundo presente a vida do mundo vindouro. Pela fé temos acesso a estavida. Ressuscitamos com Cristopara que andemos em novidade devida (Rm 6.24). Ou, como disse
'<26
Luteio: "para que eulhe pertençae o sirva ... assim como ele ressuscitou dos mortos, vive e reinaeternamente ".
A certeza de que Cristo vive dáao cristão o incentivo, a força, oestínnHo para colocar tudo a serviço do Rei. Ha um empenho emrestaurar todas as áreas da vida(tempo, capacidade, bens) para colocar tudo a serviço do seu legitimo Senhor, Jesus Cristo. Nestesentido, a mordomia cristã torna-seum trabalho feito para o Senhor,.oqual tem futuro, não sendo em vão,1 Co 15;58. E, há um galardão reservado para todo servo fiel; umgalardão que foge a qualquer expectativa de recompensa terrenaimediata, porque esta baseado nasoberania da graça, e precisa serencarado na perspectiva da eternidade (Mt 25.21) .23 Servir a Cristona vida de cada dia já traz em sia recompensa, pois a vida é vividaem comunhão com Cristo.
4. Confessar Jesus Cristo comoRei desperta o zelo e fervor paracom a missão. A soberania de Jesus Cristo se estende sobre toda acriacão. Todos se encontram sob odominio de Cristo, quer o reconheçam, quer não (reino do poder).A "multiforme sabedoria de Deus"(Ef 3.10) deseja que todos os homens conheçam "o evangelho dasinsondáveis riquezas de Cristo" (Ef3.8) para que sej am desta formatrazidos para o "reino do Filho doseu amor" (CI 1.13) - reino dagraca.c AÓ importâne.ia da missão reside,pois, no fato de que todos os queexperimentaram o amor de Cristo,investem tudo para que outros sejam trazidos a Cristo e o confessem como Senhor e ReL
Como será execu:2::: ",;missionária? Fala:.::l: cc=de igreja, deveria ';':' 2: C~l:
() culto litúrgico t,a~: __,,,menos por vezesl, cc ,,-~tuma liturgia voltada fSsão? Não será nos:" __ ,gico tradie.ional um ;:,i:' ':c _ .:
~onquistar outros? :t todo arranj o li túrglcuto de fornia que \ei a _,_vel aos que vêm a,- ,"-'~von Allmen chama Ci
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do culto. Mas não Sê'::,"'dele o instrumento missi:lJpreciso que o povo de D2-~tizados, se congreguen:;Jmente, celebrando (1 c.,:cipando da santanos demais dias da se=-.::::g
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de cada cristão. ,~::: ::lDeus se revela, cons..:.:--:::=,denção de todos os h,::::-==-~agora oferece a cais. ~~- imando pela obra do E7': ,::-ii
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,=, seu legíti~risto. Neste_C'lstã torna-se_: o Senhor, o"~Ildo em vão,
talardão re:':0 fiel; um11.wlquer ex::llSa terrena
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Como será executada esta tarefamissionária? Falando em termosde igrej a, deveria ser abandonadoo culto litúrgico tradicional (aomenos por vezes), e partir parauma liturgia voltada para a missão? Não será nosso culto litúrgico tradicional um empecilho paraconquistar outros? É evidente quetodo arranjo litúrgico deve ser feito de forma que seja compreensíveI aos que vêm ao culto. J _J .von Allmen chama a atencão aofato de que o culto é dirigido aDeus.24 Não tem, portanto, a finalidade de conquistar os homens para Cristo pela simples celebraçãodo culto. O culto reúne no primeiro dia da semana aqueles (batizados) que a igreja alcançou nosdemais dias da semana (testemunho pessoal). Ela os habilita pelapalavra e santa ceia, e os envia devolta ao mundo, para que se esforcem por atingi-Ia, indo à procura dele pelo esforço evangelístico, para trazê-Ia e reuni-Io em adoração, louvor e ação de graças noculto da igrej a. Chama-se isto adiástole da igreja que se volta para o mundo, e a sistole da igrejaque se volta para Deus.
É inegável o valor evangelísticodo culto. Mas não se deve fazerdele o instrumento missionário. Épreciso que o povo de Deus, os batizados, se congreguem dominicalmente, celebrando o culto e participando da santa ceia. Depois,nos demais dias da semana, mostreao mundo pelo testemunho pessoalde cada cristão, que em CristoDeus se revela, consumando a redenção de todos os homens, a qualagora oferece a cada um, transformando pela obra do Espírito Santo,a criação em nova criação," A FIM
DE SERMOS PARA LOUVOR DASUA GLóRIA" (Ef 1.12).
Assim, sempre mais línguas serão "desimpedidas" (Me 7.35) paraconfessarem e adorarem a JESUSCRISTO COMO SENHOR!
NOTA
JCitado por G. C. Berkouwer, A Pes.':0(1 de Cristo, trad. A. Zimmermann eP. G. I1olJandcrs. São Paulo, ASTE, 1964,j). 10.
2Battista lVIondin, "Rudolf Bultmann:Demitização da Revelação e TeologiaExish-neialista". Os Grandes Teólogosdo Século Vinte. Volume 2, trad. JoséFernandes. São Paulo, Edições Paulinas,1980. D. 131.
3BerÍwuwer. A Pessoa de Cristo, p. 15.4Livro de Concórdia. Trad. Arnaldo
SchüIcr. São Leopoldo, Editora Sinodal;Porto Alegre, Concórdia Ltda., 1980, p.6"12.
5I3erkouwer, A Pessoa de Cristo, p. 68.6LiuI'0 de Concórdia, p. 634.7Ibid., p. 634.8Ibid., p. 635.9Qtto A. Goerl. Cremos, Por Isso Tam
bém Falamos: Fórmula de Concórdia.Porto Alegre, Concórdia Ltda., 1977, p.3G.
lOLiuI'o de Concórdia, p. 644.llIbid., p. 653.12Mondin. Os Grandes Teólogos do Sé
culo Vinte, p. 12.13Lucien Cerfaux. Cristo na Teologia
de São Paulo. Trad. Monjas Beneditinasda Abadia de Santa Maria. São Paulo,Edições Paulinas, 1977, p. 71.
14Alan Richardson. Introdução à Teologia do Novo Testamento. Trad. JaciC. l\Iaraschin. São Paulo, ASTE, 1956,p. 200.
15Ibid., p. 211.16J. Kuerzinger. "Descida aos Infer
nos", in Dicionário de Teologia Bíblica.Ed. Johanncs B. Bauer, trad. HelmuthAIfredo Simon. São Paulo, Edições LoyoIa, 1972, L p. 520.
17John T. Mueller. Dogmática Cristã.Tradução de Martinho L. Hasse. PortoAlegre, Casa Publicadora Concórdia,1957, I, p. 307.
IBJ. J. von Allmen. O Culto Cristão.'Irad. Dil'son Glenio Vergara dos Santos.
27
A A:çÃO DE DEUS ENTRE OS HOMENS ATRAVÉSDO SEU ESPíRITO
São Pau1o, ASTE, 1968, p. 73.19Ibid., p. 84.20J. J. von Allmen. Estudo Sobre a
Ceia do Senhor. Trad. por uma equipede professores e alunos da Faculdadede Teologia da Igreja Metodista do Bra·silo São Paulo, Editora Duas Cidades,1968, p. 29.
Onde, como e por que o Espírito de Deus se manifesta na vida daigreja? Seriam os movimentos pentecostais e carismáticos verdadeirosfenômenos da atuação do Espírito?Não se assemelhariam mais a simples esforços humanos sob disfarcesreligiosos? Não se estaria procurando achar o Espírito Santo onde elenão pode ser encontrado? Neste artigo, queremos trazer mais clarezaao tema muitas vezes tão polêmico.Cremos e confessamos a doutrina doEspírito Santo.
O ESPÍRITO DE DEUS E AMISSÃO DA IGREJA
Deus sempre é e foi aquele quese revela em ação. Ao examinarmosa Escritura Sagrada, conhecemos oDeus que age: criando o mundo, chamando Abraão, libertando o povo daescravidão do Egito, guiando o povo de Israel pelo deserto à terra deCanaã, trazendo de volta os exilados da Babilônia, enviando seu Filho para salvar o mundo, ordenando proclamar o seu evangelho como "Ide" e "Sereis minhas testemunhas".
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21Ibid., p. 27.22J. J. von AlImen. O Culto Cristão,
j). 181.23T. A. Kantonen .• 4 Teologia da Mor
domia Cristã. Trad. João Bentes. SãoPaulo, Editora Luterana, 1965, p. 159.
24J. J. von Allmen. O Culto Cristão,p. 86.
Rubens SchwalembergPastor em Capanema, PR
Quão diferente é o nosso Deusem comparação com as divindadesdo mundo grego. As divindades sãoestáticas, alheias a este mundo; nãoconhecem este mundo porque o contato com o qUe é imperfeito lhesmacularia a santidade; o mundo éque precisa dirigir-se às divindades.Com Deus é diferente! Deus, o Deusúnico e verdadeiro cria, preserva esalva o mundo através da palavra.E esta ação de Deus nos homensrealiza-se através do Espírito. Oshomens tocados pelo Espírito confessam Jesus como Senhor. "Ninguém pode dizer Senhor Jesus senãopelo Espírito Santo" (1 Co 12.3).Assim o Espírito não age independentemente de Cristo. O Espíritopelo batismo incorpora os quecrêem, através de Cristo, no corpode Cristo; somos batizados para dentro de Cristo, tornando-nos seusmembros. E neste corpo vivo não hámembros mortos. Cristo diz: "Eusou a videira, vós os ramos. Quempermanece em mim, e eu nele, essedá muito fruto; porque sem mimnada podeis fazer" (Jo 15.5).
É Deus quem nos dá a vida. Éele quem nos envia o seu Espírito
Santo para crermos e:::::. se'i
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Santo para crermos em sua santapalavra. E é ainda ele quem determina as razões da atividade do Espírito no mundo e entre os homens.O Espírito de Deus não "desce" parase tornar posse da Igreja ou parasimplesmente excitar com dons extraordinários os sentimentos de alguns cristãos. Acima de tudo o Espírito, através da palavra e sacramentos, vem para ficar com a igreja na sua missão de anunciar o evangelho a todos os homens, de fazerdiscípulos de todas as gentes.
O ESFORÇO DO HOMEMPARA SE APOSSARDO CÉU
Em se tratando da ação do Espírito de Deus na vida da igreja edos cristãos, convém desde já apontar para a realidade de uma :"geração incrédula e perversa" que procura somente sinais miraculosos,que quer "sentir" Deus em suas vidas, rejeitando o maior sinal dapresença e atuação de Deus: a mensagem do Cristo crucificado e ressuscitado·.
Deseja-se ardentemente recebersinais visíveis da ação do Espíritopara se certificar da graça de Deusem sua vida. Querem provas "palpáveis". Demonstram com isso a índole dos pagãos que ensinam que ohomem pode, através do próprio esforço, desvendar o mistério de Deuse apossar-se do céu. No entanto, sealgum tipo de espírito é capaz de"descer" sob a influência dos desejos humanos e obras humanas, nãohaverá de ser o Espírito Santo. Oque existe na realidade é uma caricatura da obra do Espírito e que outra coisa não é do que o esforço doespírito humano sob um disfarce re-
ligioso. E, apesar de todo crescimento do pentecostismo, não se verifica na prática a presença dos verdadeiros frutos do Espírito. Provadisto é o insistir das seitas de que ohomem deve procurar o EspíritoSanto através da exacerbação dasemoções. Assim busca-se o Espíritoonde não é possível encontrá-Ia.Quando nos esquecemos de que nemsempre o Espírito opera a fé, senão só onde e quando a Deus aprouver, e acharmos que ele deve viratravés da nossa pregação; procurá10 em revelações particulares; recebê-Ia por meio de preparativos, pensamentos e obras próprias, sem a palavra externa do evangelho, é procurar o Espírito onde ele não querser encontrado.
OS DONS DO ESPÍRITO
O Espírito Santo deseja que oprocuremos na palavra e sacramentos. Ali ele se nos revela como Deus,verdadeiro Deus, doador da fé, santificado·r, capacitador de dons e dinamizador do trabalho da igreja. Eé isto que nós queremos. Que o Espírito nos faça confessar sempre Jesus como Senhor e Salvador; quenos faça perseverar na doutrina dosapóstolos, na comunhão, no partirdo pão e nas orações.
Poderíamos classificar os donsdo Espírito em dons gerais e particulares.
Confessar o nome de Jesus é umdom geral. Quando estudamos o termo bíblico "estar cheio do EspíritoSanto" vemos que se refere a umdom de Deus relacionado sempre denovo a alguém que demonstra suafé, que proclama o nome de Jesuscom uma ousadia toda especial.
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Trata-se da promessa' de Cristo deque receberíamos poder para testemunhar. Portanto, estar cheio doEspírito, em si, não quer dizer realizar obras miraculosas, mas é tera alegria, ousadia e plena convicçãono coração para testificar de Cristoe da nossa fé aonde estivermos, emmomentos favoráveis ou adversos,"Não podemos deixar de falar dascoisas que vimos e ouvimos" confessaram os apóstolos Pedro e João.Que Deus também nos aumente ofervor para cumprirmos o nosso dever de proclamar o seu evangelhopela pregação do mesmo e testemunho de boas obras. "Nós que conhecemos brilhante luz da fé, nas trevas deixaremos aquele qUe não. crê?Sem mais demora vamos falar-lhe doperdão, que por Jesus gozamos: aeterna salvação".
Com respeito aos dons particulares, o apóstolo Paulo nos falaacerca do assunto em 1 Co 12. Aliconsta uma série de dons particulares. Mas são só estes? Não. Tudo oque o cristão recebe de Deus, comoconforto da mensagem de Cristo, opróprio ofício do pastor, o ser salvodos perigos de morte poderiam também ser caracterizados como donsdivinos.
OS DONS PARTICULARES
Serviço (diaconia) - CristoJesus revoluciona o conceito de serviço.Cristo mesmo considera a suaatividade salvadora de serviço. Assim, todo serviço autêntico na igreja deve ser feito na intenção deCristo, a de servir. E isto pode serrealizado de muitas maneiras. "Masvós não sois assim; pelo contrário, omaior entre vós seja como o menor;
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e aquele que dirige como o que serve" (Lc 22.26).
Palavra da sabedoria e do conhecimento - seria tanto a sabedoria prática na vida cristã, como oprofundo conhecimento de Deus emsua palavra.
Fé - significa confiança naspromessas de Deus. Poderíamos falar de fé que Se apropria da salvação, e a fé como dom particular navida cristã, podendo se apresentarcom diversas intensidades. A fé é umdom continuamente exercido. pelopovo de Deus, não para espetáculos,e sim para o bem, a salvação domundo e dos homens. A fé a quese refere Paulo. acontece tambémnos dias de hoje. Na realidade, omundo é sustentado pela igreja deDeus, quer se reconheça isto ou não.
Dons de curar e operações demilagres - Este dom se manifestana eliminação do mal, na expulsãodos demônios, na restauração domundo. Também neste caso estesdons devem relacionar-se com o ministério de Cristo. Jesus, nos diasda carne, não eliminou a doença, ador e a morte. Esperar, simplesmente, que o Espírito de Deus nos cureas enfermidades corporais, como se,num ato de magia, descesse sobrenós em virtude de nossas insistentesorações, seria desvirtuar completamente o minitério de Cristo.. Os sinais por ele operados eram exemplares esporádicos daquilo que um diase ofereceria em toda plenitude, ouseja, a esperança de um mundo restaurado, a bem-aventurança eternaonde não haverá sofrimentos, nemdor, nem morte, nem prantos. Narealidade, a igreja e os cristãos têmos dons de operação de milagres ede cura quando repelem as trevas e
todo o mal, bem COlTcC' ::. ':'-::-:
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Discernimento do E~Na sua etimologia, signi:ic?.cidade de distinguir o ]:e=- iO dom ao que parece se 1:
apóstolo Se relaciona a se ,a qualidade da mensagem ]O nome de Deus é santif::3.inós quando a palavra de Desinada clara e puramer,·. e
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todO'o mal, bem como' a sentença demorte eterna da lei divina com amensagem do Cristo crucificado eressuscitado. E Lutero nos diz quea boa e misericordiosa vontade deDeus sucede quando ele desfaze impede por sua palavra todo mau conselho e vontade dos que não nos querem deixar santificar o seu nome,nem permitir que venha o seu reino, tais como a vontade do diabo, domundo e da nossa carne.
Profecia - Toda a proclamaçãodo plano da salvação de Deus é profética. Proclamamos aquilo queCristo Jesus fez e ainda fará pornós e pela sua igreja! Profetizamosda salvação obtida pelo cordeiro deDeus uma vez por todas; do futuroem que se aguarda com expectativaa sua segunda vinda, a ressurreiçãoda carne, o juízo e a restauração detodas as coisas. Esta é a mensagemda profecia; tudo que ultrapassa este limite não é de origem divina.
Discernimento do Espirito Na sua etimologia, significa a capacidade de distinguir b bem e o mal.O dom ao que parece se referir oapóstolo Se relaciona a se observara qualidade da mensagem pregada.O nome de Deus é santificado entrenós quando a palavra de Deus é ensinada clara e puramente.
variedade de linguas - O termo "línguas" aqui não designa idiomas falados ou estruturados. Mesmo assim, as seitas chegam ao cúmulo de comparar estas línguas (individuais, não destinadas, a transmitirmensagens a outros, necessitam dodom especial de interpretação) como que aconteceu no Pentecostes. Ledo engano. Lá aconteceu a divulgação da mensagem de Cristo nas línguas conhecidas dos povos, aqui o
inverso: Emsl1a· carta; o . apóstoloimpÕe muitas restrições· a este dom,chegando a confessar qUe preferiafalar na igreja cinco palavras como seu entendimento para instruiroutros, a falar dez mil palavras emoutras línguas (1 Co 14.19), Infelizmente, .o pentecostalismo trata deste dom como um sinal de se ter ounão a habilitação do Espírito Santo. Muito cuidado! Quando este .dompassa a ser ostentação como sinalde se receber o Espírito; quando levaà discórdia, ao egoísmo, ao espí~rito sectário; quando faz pensar quese é mais santo do que os outros,não mais se trata do dom do Espírito, mas de qualquer outro espírito L Vai se tornar perigo para a pregação do evangelho, pois será sinalde heresia e de um "espiritualismo"não bíblico!
O amor - O mais excelente dosdons - O maior dos dons. Transforma os demais dons em meios através dos quais servimos ao mundo naproclamação da mensagem salvíficade nosso Deus, Um dos meios a serviço do amor é o' dom de falar. Porisso, ainda que se fale em· línguasdos homens e dos anjos, se não tiver amor, as minhas palavras serãocorno o barulho do gongo ou o som,do sino. Se não. ,tiver amor, mesmoa fé, no exemplo daquele que tem opoder de transportar montes ou realizar feitos espetaculares, nãO beneficia ninguém, senão aquele que osrealiza. Se não tiver amor, mesmoo distribuir dos bens aos pobres pOrode evidenciar apenas a generosidade do doador do qUe visar ao bemestar dos beneficiados. Se não tivermos amor nada seremos, O amorprocura servir para o bem do próximo. É o maior dos dons É o pri-
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meiro a ser pracurada. lt a caminhasabremada excelente para a edificaçãa da igreja e das cristãas.
UMA PALAVRA FINAL
Quanda a igreja, quanda nós,servos de Cristo, pudermas dizer:"Senhor, nós te ha vemos glorificada, e não a nós mesmas; fizemas aabra que nas canfiaste, e não a quepracuramas para nós mesmos; nósmanifestamos a teu nome aas homens, e nãa a name de nassa igre-
ja" - entãa se tarnará realidade apramessa:
"Pedirei ao Pai e ele vos mandará o Consolador, a fim de que eleesteja para sempre convosco, o espírito da verdade, que o mundo nãopode receber, porque não o vê, nemo conhece; vós, porém, o cOnheceis,porque ele habita convosco e estaráem vós" (Jo 14.16,17).
Cremos no Espírito Santo. Cremos que Jesus é o Senhor.
LUTERO, 500 A
LCT
LUTERO E O ESPÍRITO SANTO
Porque nem tu nem eu jamais poderíamos saber algo a respeito de Cristo ou crer nele e conseguir que seja nosso Senhor, seo Espírito não no-lo oferecesse e presenteasse ao coração pela pregação do evangelho. A obra foi feita e está completada; poisCristo nos obteve e conquistou o tesouro por sua paixão, morte,ressurreição, etc. Se, porém, a obra ficasse oculta, de forma queninguém soubesse dela, seria vã € perdida. Ora, para que esse tesouro não ficasse sepulto, mas fosse aplicado e fruído, Deus envioue fez proclamar a palavra, e nela nos deu o Espírito Santo, a fimde fazer-nos ver tal t'esouro e redenção e torná-Io propriedade nossa.Santificar, por isso, outra coisa não é que conduzir ao SENHORJESUS, para receber esse bem, ao qual não poderíamos chegar pornós mesmos.
- Livro de Concórdia, 452
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Ao falar de Lutero C'~~'
sua importante contri:'~;2no de religião atra\'és decatecismos é logo lem"-:::-::.,porém, quer·emos corl~7 2,numa outra perspecti-.·s 'siderado o grande ÍL:::d::.d
cola pública municipa:..Lutero propôs que s:: 2
conventos católicos TOS:: C"1
das por um sistema de e7:,
cas que tivesse uma ed·...:.:3.,nista compulsória, i::c:~:~';gião. Suas idéias educ2,.::;tram-se espalhadas ;'7>dência que manteve cc~.mo Bugenhagen. _""~'7~:::""Brenz e Hesz. Este::::. ",,,"dor,es constantememe :::':"conselho de LuteI'o. t:: :2~,,,experiências. Nesce 2':'~_':::J_transcrever o que L'.:.~'":":,seu" Sermão aos Se~'.:-.::2=
ros de Todas as C:::::.:::es
LUTERO~ O EDUCADOR
__ : :-:-. ::.:-á realidade aI.~
- -. e ele vos man~ a fim de que ele
~:::::~~ convosco, o es=- ue o mundo não
"-~. ..:.enão o vê, nemx ,~~ o conheceis,
:c'm"osco e estará
=- ';:;'Lrito Santo. ere: : Senhor.
algo a res:" Senhor, se
",-:~:' pela pre- ,""~:2.da; pois
: ":~ão, morte,-~ :orma que'- : ~e esse te
=2U5 enviou':::.nto, a fim.~::2.denossa.
: SENHOR- :: :negar por
452
LUTERO, 500 ANOS
Ao falar de Lutero como educador,sua importante contribuição ao ensino de religião através de seus doiscatecismos é logo lembrada. Aqui,porém, quer·emos conhecer Luteronuma outra perspectiva. Ele é considerado o grande fundador da escola pública municipal.
Lutero propôs que as escolas dosconventos católicos fossem substituídas por um sistema de escolas públicas que tivesse uma educação humanista compulsória, inclusiv€ de religião. Suas idéias educacionais encontram-se espalhadas pela correspondência que manteve com líderes como Bugenhagen, Amsdorf, Jonas,Brenz e Hesz. Estes e outros educador·es constantemente procuraram oconselho de Lutero, trocando idéias eexperiências. Neste artigo, queremostranscrever o que Lutero falou emseu "Sermão 'aos Senhores Conselheiros de Todas .as Cidades e Terras
Ari GuethsPastor no Rio de Janeiro, RJ.
Alemãs, Para Que Criem EscolasCristãs e as Mantenham", sermãoproferido em 1524. Os textos que citamos são extraídos da obra O QueLutero Realmente Disse, de GottfriedFitzer (tradução de Ernesto J.Bernhoeft e Marcos Santarrita. Riode Janeiro, Civilização Brasileira S.A, 1971).
Em 1524, Amsdorf fundou a primeira escola lut·erana na cidade de Magdeburg. Iniciou-se, assim, a criaçãode uma série de escolas elementareqque contribuíram decisivamente parao sUcesso da Reforma na Alemanha.Porém os leigos da igr-eja não estavam convencidos de que valesse a pena despender grandes somas na educação. Por esta razão, Lutero partiuem defesa das escolas, dizendo:-. Há grandes receios de turcos, guerras e enchentes, pois nestes casos secompreende bem qual é o prejuízo eo .que dá lucro. O que, porém, o
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diabo tem em mente aqui, ninguémvê nem teme; e ele toma posse, silenciosamente. Seria bom e justo, dequalquer forma, que sempre que sedê um florim para a luta contra osturcos, se dêem cem para a educação.Mesmo que os turcos já estiv€ssemàs portas, devíamos ao menos dar educação a um rapaz, a fim de fazer deleum bom cristão, porque um bom cristão traz mais proveito do que todosos demais homens sobre a face daterra. Por esta razão, peço-vos, meusqueridos senhores e amigos, que peloamor de Deus e por esta pobre juventude, não menosprezeis este assunto, como fizeram tantos que nãopercebem o que o Príncipe das Trevas tem em mente. Pois se trata d,eum assunto de grande importância,pelo qual Cristo e todo o mundo muito se interessam - que se ajude àgente jovem e a acons·elhe. Comisto, também nós nos ajudamos.Amados senhores, já que precisamosdespender. anualmente, tanto com canhões, estradas, passagens, diques einúmeras outras coisas idênticas, para que a cidade goze, por algum tempo, de paz e não seja incomodada,por que não deveríamos despendermuito mais, ou pelo menos a mesmaimportância, em favor de nossa juventude necessitada, mantendo um oudois homens capazes como mestres?(pág. 165).
Havia bons professores e grandeparte das crianças não tinha umainstrução adequada. Por que nãoaproveitar estes dons que Deus concedeu à igreja e suprir necessidadestão pr·ementes? Lutero falou:
""'"Já que Deus tão ricamente nosagraciou, e nos deu um bom númerode homens idôneos para ensinar ànossa gente jovem e educá-Ia reta-
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mente, necessário se faz que não deixemos escapar, com o vento, tão maravilhosa graça de Deus, e que nãodeixemos o Senhor bater em vão ànossa porta. Ele está à porta, e benditos seremos se abrirmos. Ele nossaúda; bem-aventurados os que responderem. Se deixarmos passar estaoportunidade, quem poderá fazê-Ioretornar? " aproveitai a graça -e apalavra de Deus, já que estão acessíveis. Uma coisa deveis saber: apala vra e a graça de Deus são comoum aguaceiro, que não volta paraonde já caiu uma vez (pág. 166, 167).
Lutero -e seus colaboradores adaptaram os currículos das escolas humanistas de então às necessidadesespecíficas da Reforma. A escola foidividida em três níveis:
1Q nível - EJementarien - ondeo aluno ficava três anos estudando·especialmente o latim. Quase nãohavia instrução formal de gramática,mas o aluno sabia ler e escrever emlatim regularmente. Também decorava partes do Catecismo e algunsSalmos. Recebia alguma instruçãomusical.
2Q nível - Secunda - onde já -estudava autores latinos. ~nfase especial era dada à gramática, à composição em prosa e verso, e à música.
3Q nível - Summa - onde as principais disciplinas eram a composição,a oratória e a música.
Normalmente, os três níveis tinhamsuas aulas numa mesma sala. Asaulas iniciavam às 5h30min no verão e às 6h30min no inverno. Todoo ensino era em latim, sendo quemuito tempo era dedicado à instrução de religião. Havia um culto diário na igreja com a participação detodos os alunos. Também estudavase matemática e ciências.
Lut.ero sempre ' .. 'tância ao aprendi;:';."c:go e hebraico. O l~:::-:-, ,,:-:0 ,
internacion:ll da ==. =- =:]
tudavam com praze:' .. ::::::Iidiomas eram ensil'.2.:::o 2o.-cS
lúltimos anos da escol::: '.:,,:~: =~
disciplina essencial :'.: ~ :',·.:8w:l superior. Diz L.':::O:-:
V b' , "---._ amos arlr aC1u1 :::~=__.:-_~;graças a Deus pela fi::,~ .. ::rá-la bem, parapossa roubá-;a, e q~e .:- "~por sua maldade. Por: '.>:: ..::1
não podemos negar: ':'7:::-'evangelho só venha 2:-", --, o
't S t ....n o an o, '2 1,,'SO d:?:-:: :-:::2
qualquer forma vem pc,' :':'7igua, e por ela aumenE õ':: =o
da, e tem de ser ma:-:::i::=por ela ... Quanto mai" :::.::n
evangelho, tanto mS.i" :eater-nos às línguas. Po:" -:ivão qU2 Deus mando~ e::::-;Escritura somente em:"::,,o Velho Testamento erro ::-:Novo em grego. Essas ~:-:_~Deus não despreza, mas :'lema de todas as outra", :--'sde honrá-Ias perante _.. :..:mais ... E vamos gra''- ê..:' '::s-:foi dito: que o e:a:--:;:::::':::':será mantido sem as 1:
guas constituem a ba::~',: iqual se guarda a na','2.l:-."-:::::-:Santo. São o cofre 0:--:::::: s ==
a jóia. São como a ''-:0"._.,''guarda a bebida. São 2 .:-:-~:
de se guarda eSS2 c:::::::::::.isto, é certo: onde C.:'i. =-:':
rem as línguas, per;cl:':o-'"o evangelho (pág. le;
A escola luterana. ,,-l~::::::=em recursos humar:.c" 7 =.."seu currículo, procure'-,,: ::';3sempre da melhor :::==-=:aLutero insistiu eTI'l:: ,7 ::.0: ::
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:::, .::.um culto diá.'. :::'l'ticipação de
-=-: =-=-'-oémestudava-"_ '~=-_:las.
Lut-ero sempre deu muita importância ao aprendizado do latim, grego e hebraico. O latim era a línguaintemacion:Üda época. Todos o estudavam com prazer. Os dois outrosidiomas eram ensinados apenas nos\Últimosanos da escola pública e eramdisciplina essencial nos cursos de nív-eI superior. Diz Lutero:
_ Vamos abrir aqui os olhos, rendergraças a Deus pela fina jóia e segurá-Ia bem, para que ninguém nospossa roubá-;a, e que o diabo sofrapor sua maldade. Porque uma coisanão podemos negar: mesmo que oevangelho só venha através do Espírito Santo, -2 ic.'so diaricmente, dequalquer forma vem por meio da língua, e por ela aumenta sua influência, e tem de ser mantido em açãopor ela ... Quanto mais amarmos oevangelho, tanto mais deveremosater-nos às línguas. Pois não foi emvão que Deus mandou escrever suaEscritura somente em duas línguas,o Velho Testamento em hebraico e oNovo em grego. Essas línguas queDeus não despreza, mas elegeu acima de todas as outras, nós teremosde honrá-Ias perante todas as demais _.. E vamos gravar bem o quefoi dito: que o evangelho jamaisserá mantido sem as línguas. As línguas constituem a bainha dentro daqual se guarda a navalha do EspíritoSanto. São o cofre onde se depositaa jóia. São como a vasilha ondoeseguarda a bebida. São a despensa onde se guarda essa comida ... Poristo, é certo: onde não permanecerem as línguas, periclitará, por fim,o evangelho (pág. 169).
A escola luterana, além de investirem recursos humanos e aprimorar oseu currículo, procurou aparelhar-sesempre da melhor forma possível.Lutero insistiu em que as escolas ti-
vessem salas e materiais didáticosadequados. Falou também sobre anecessidad-e de terem bibliotecas.Ele afirmou:
c" Devemos dar atenção ainda, comtodos os que por isso sintam amor esatisfação, a que tais escolas sejamcriadas e mantidas ... sendo necessário não pouparmos trabalho e despesas, pois precisaremos de boas bibliotecas e livrarias, particularmentena:; grandes cidades, que para issopossuem recursos. Porque, se quisermos que o evangelho e as diversasciências sobr-evivam, livros e escritores têm de ser editados (pág. 171,172).
Lutero revolucionou o sistema educacional vigente em diversos aspectos. Um dos mais relevantes, talvez,foi sua ênfase na educação r-egularnão apenas de rapazes, mas tambémdas moças. Desde 1520, falou sobreo assunto apelando para que a educação delas não fosse negligenciada.Quando, em 1524, pregou sobre a necessidade da criação de escolas, disse:- Isso já constituiria motivo suficiente para criar as melhores escolas, tanto para rapazes como para moças, emtoda parte, a fim de que o mundo,para poder preservar melhor, exteriormente, seu -estado profano, suprasua necessidade de homens e mulheres capazes. Precisamos fazer alguma coisa para a boa educação e instrução dos rapazes e moças, a fim decons-2guirmos homens capazes de governar país e povo, e que as mulheresestejam aptas a assumir a responsabilidade da casa, dos filhos, dos empregados, da educação e da ori-entação(pág. 170).
As idéias educacionais de Luterolevaram tempo para serem assimiladas. Só em 1533 temos notícia da
35
DATAS HISTóRICAS DO SÉCULO DE LUTERO
criação de uma escola especial paramoças em Wittemberg. Esta -escolacaracterizou-se pelo tratamento cortês dedicado a elas, com puniçõesbem menos sev-eras que nas escolasdos rapazes.
Outro aspecto inédito das escolasque seguiram a orientação de Luteroé que, em algumas cidades, não semalguma resistência, os cofres públicos passaram a providenciar bolsasde -2studo para alunos carentes. Assim, a educação deixou de ser privilégio de uma minoria abastada.
Encontramos, porém, um outro aspecto singular no pensamento de Lutero como educador. Ele preocupousé '2m providenciar educação "doberço ao túmulo" para todos, ind'istintamente. Assim, preleções especiais para adultos foram criadas soba sua orientação. Estes cursos foramdados por advogados, médicos, pasto-
1483 10/11
1484
1488
1492
1497
1497 16/2
res, e tiveram grande aceitação. Foram recebidos sempr-e com muito entusiasmo.
O impacto do excelente sistemaeducacional que Lutero organizou foilogo sentido no grande crescimentodo movimento da Reforma. A liderança de leigos, senhoras, jovens ecrianças que passaram por suas escolas, resultou em congregações for··tes e hem enraizadas no evangelho.Lembremo-nos desta herança deixada por nosso Reformador ao discutirmos os muitos problemas que enfrentamos em nossas congregações.Lutero reconheceu na criança -em desenvolvimento o futuro homem adulto. Com o apoio de uma sólida educação cristã e secular recebida naescola luterana, esta criança passou aservir a seu Deus -e Salvador e tornou-se, depois, um cidadão que contribuiu significativamente para obem-estar de sua igreja e sua nação.
- Nascimento de 149929/5 - Nasce Catarina deLutero, em Eisleben,
Bora, .futura esposaAlemanha; pais:
de LuteroHans e Margarethe 150022/4 - Descobrimento do- Pais de Lutero
Brasil, por Pedramudam para
Alvares CabralMansfeld 1501maio- Lutero estuda em- Lutero entra na
Erfurt, 1<1contactoescola em Mansfeld
com a Bíblia- Descobrimento da
150229/9 - Lutero recebe oAmérica por
título de BacharelCristóvão Colombo
em Artes- Lutero, aos 14 anos,
15057/1 - Lutero recebe oestuda em
título de Mestre
Magdeburg
em Artes
- Nasce Filipe
15052/7 Lutero decide serMelanchthon,
mongeamigo e auxiliar de
150517/7 - Lutero entraLutero
no mosteiro dos
1507 2/4
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17/4
1521 18/4
saceri::::~ ":;,1~?- :'.!:=--~:.
Lut.e:r: =::-:::ProL e= .,~
- Lutero :.=-:~licões s:'::~
- Lute:'c -~':;'_~
- Lut~r: :e:~de Do::::: ~Teolcg';~
- Lute:r.: ,=-,-,-.5
SalnlCS
- Luter: ,o:c:;i
Roma::::- Luterc e:;:-:.
Gálat3.s
- LuterG f:;:~Hebre'.:.s
- Erasm: -õ±Novo 1"",,:',;;;Grego
- Lutem =:3~teses:: i!::::.,:Refor:::.,,-
- LutercHeidel":::",,:;
Luter: ::::.:;Dr . .t.c:: ,:
- Lutero s~jcarta. ê. ::,
Alemã
- Escre"';'e:: ~"Du Cs.:::·;''S:Babilôr .. : :-
- Queí=2.i"
b~~;,='~- Aber:~::; ~
de ",; c=-=-.:
- Lute:-: '=:::;::
Worrr..s
- r~t~·~;:2~:~imDer2.;:"= .~em w:::-::::::::;
- 2" 2.:::':'~".::::::Lute:: ~'O'
Diet::::'e ~
36
1531-45
1523 Pent.
1522 1-613
- Lutero deixa Worms- Lutero é "raptado"
e escondido nocastelo de Wartburg
- Lutero deixa ocastelo de Wartburge vai a Wittenberg
- Lutero edita o NovoTestamento emlíngua alemã.
- Lutero edita: "DaOrdem do Culto".
- Guerra dos colonos- Lutero casa com
Catarina de Bora- Lutero compõe o
hino "Castelo Forte"(1528? )
- Lutero edita, emjaneiro, o CatecismoMenor, e em abril, oCatecismo Maior
- Disputa comZwínglio
16/4-4/10 - Lutero em Coburg20/1-19/11 - Dieta de Augsburgo25/6 - Leitura da Confissão
de Augsburgo-- Lutero escreve o
comentário sobreGálatas
- Melanchthonescreve a Apologiada Confissão deAugsburgo
- Edição da Bíbliacompleta em. línguaalemã, tradução deLutero
- Lutero lança osArtigos deEsmalcalde
- Concílio de Trento- Morte de Lutero- Edição do Livro de
Concórdia, quecontém todas asConfissõesLuteranas;traduzido e lançadono Brasil em25/6/1980.
sei.
1534
1537
1546-63
1546 18/2
1580 25/6
1531
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1529 1-3/10
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1525 13/6
1522
1521 26/4
1521 4/5agostinianos emErfurt
- Lutero comosacerdote, oficia1'> MissaLutero torna-seProf. em Wittenberg
- Lutero inicia suaslições sobre a Biblia
- Lutero vai a Roma- Lutero recebe título
de Doutor emTeologia
- Lutero expõe osSalmos
- Lutero expõeRomanos
- Lutero expõeGálatas
- Lutero expõeHebreus
- Erasmo edita oNovo TestamentoGrego
- Lutero fixa as 95teses; inicio daReforma
- Lutero disputa emHeidelbergLutero disputa comDr. Eck, em Leipzig
- Lutero se dirige, emcarta, à NobrezaAlemã
- Escreve o tratado"Do CativeiroBabilônico"
- Queima da BUlapapal: "ExsurgeDomine"
- Abertura da Dietade Worms
- Lutero entra emWorms
- 1', audiência deLutero diante doimperador Carlos V,em Worms
- 2', audiência deLutero diante daDieta de Worms
H>21 18/4
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,·_:2 aceitação. Fo·:-~ com muito en-
- ~;3.sceCatarina de:::Jra, futura esposa:= Lutero:escobrimento do:::::-asil,por PedroL·;·ares Cabral
- :...:~ero estuda em:::~:':.1rt,lQ contacto:::-:1 a Bíblia:"-'::8ro recebe o:::·Jlo de Bacharel~=Artes:"'::8ro recebe o:: :wo de Mestre~=Artes:'-.::ero decide ser=.::1ge:".::ero entra~_:mosteiro dos
DE LUTERO
=:-:celente sistema=- .,,: =TO organizou foi~r.::.::de crescimento
?2forma. A lide,~::..c"-1oras,jovens e
0_: '_:s.m por suas es::mgregações for··
.. :,~.S no evangelho.::-s. herança deixa_: r:nador ao discu
-rJblemas que en: 35?-5 congregações.
r.?- criança em de-: _:.:ro homem adul::.~ '.:ma sólida edu
::'2 _:;ar recebida na-.:::: criança passou a
-= Salvador e tor--- cidadão que can-
o ----2-mente para a:~reja e sua nação.
ATUALIDADES
PROGRAMAÇAO IELBJ83
Sobre a programação nacional daIgreja Evangélica Luterana do Brasil(IELB) para 1983- ano do 59 centenário de nascimento de Lutero - alguns lembretes:
1 - Lema do Ano: "O justo viverápor fé" - Romanos 1.17
2 - Culto de Abertura: O iníciooficial das comemorações do "Ano deLutero" acontec-eu no dia 2 de janeiro/82, com um Culto Festivo em todas as congregações da !ELB.
3 - Concurso: O "Concurso 500Anos de Lutero" continuará ao longode 83, com as categorias: 1) Poesia;2) Crônica; 3) Ensaio.
4 - Livretos: No folheto "Lutero:500 Anos - Programa Nacional 1983"- que foi enviado a todos os pastorese professor·es, congregações e escolasda IELB - encontram-se amplas informações sobre o lema, Lutero, igreja, concílio, objetivos, metas, diretrizes do concurso, oferta especial, literatura e calendário das comemorações/83.
O folheto "Lutero: 500 AnosConcílio Nacional de Obreiros"
38
que foi enviado a todos os pastores eprofessores - apresenta as informações e agenda do encontro, qu·e acontecerá de 26 a 31 de maio de 1983,emFlorianópolis, SC. O folheto "Devoções Domésticas" fala sobre a necessidade e importância do culto no lar,como também apresenta uma série desugestões práticas para que o "emcada lar um altar" possa ser umarealidade,
5 - Culto de Encerramento: O encerramento oficial das comemoraçõesde 59 centenário de Lutero deveráacontecer, em todas as congregações,no dia 01 de janeiro de 1984.
6 - Convenção Nacional - Acontecerá em janeiroj84. Será o encerramento oficial das programações emtorno do 59centenário do Reformadorpela IELB. Os estudos doutrináriosterão por fundo as palavras do lema:"O justo viverá por fé".
7 - Informações: S.e você quer receber maiores detalhes sobre toda aprogramaçãoj83 da !ELB alusiva ao5'1centenário de Lutero, dirija-se aospastores -e professores das congregações e escolas, ou escreva para a
Comissão 3CC ;.":: =-;
Caixa Post~ ::_93.000- São L,:::_::I
OBJETIVOS E MEIAS DiIGREJA EM 83
A Igreja Evangélic.::. :L __
Brasil (!ELB) colocou.alguns objetivos gerais e =:e,cíficas neste ano do 5 <2':: - ',-=
nascimento de Lutem ~~(guintes:
Objetivos
1 - Conhec-er a obra q',:,::"-'lizou na igreja a::-~.,=0
tero2 - Analisar a histór-:::, :.;;
de ontem e hoje3 - Examinar a Pala','::-~:
exposta nos escrHc: =-E
e nas Confissões L.:~-:-::-;4 - Mostrar a urgência ::0
cumprir a ordem ::--~dora de Cristo
5 - Sublinhar a impoc~:',::-:da um investir do:c::.~3
vocações no reino:;:; :6 - Orientar o justific.::::
na prática da mal':':=:da oferta
7 - Buscar a participa~=': jprofessores e pastc::-::omica administra:i"~ ":nária da igreja
8 - Aperfeiçoar meios,:: '::::1
para levar o evange::'.to a todos brasile il:::
9 - Definir prioridads:: ::-,~de missão, educaçA- "';1
sistência soci~. :::i:-,=';municação
10 - Agradecer a,: 5;:;:-,:-.:::- dpelas bênção.s :-'2:;:;':::"
_ -: :~s os pastores eo:~:--_ta as informa
o _: :rJro, qu·e acon. o_aio de 1983,em
= :folheto "Devo-::::'. sobre a neces
=_io culto no lar,~~ ta uma série de_?ra que o "em
-cassa ser uma
=-~-:2 rramento: O en-:s comemorações--:-Lutero deverá
::: ?_scongregações,::2 1984.
'-'3.donal - AconSerá o enC€r
. :"Jgramações em_' do Reformador
. _:::-s doutrinários:<avras do lema:
::;~você quer re::-.-:-3 sobre toda a:ELB alusiva ao
=-_"~:J, dirija-se aos. -:-3 das congrega
s: ::2-;a para a
Comissão 500 Anos de LuteroCaixa Postal 20293.000-- São Leopoldo, RS
OBJETIVOS E METAS DAIGREJA EM 83
A Igreja Evangélica Luterana doBrasil (IELB) colocou diante de sialguns objetivos gerais e metas específicas neste ano do 59 centenário denascimento de Lutero. São os seguintes:
Objetivos
1 - Conhecer a obra que Deus realizou na igreja através de Lutero
2 - Analisar a história da igrejade ontem e hoje
3 - Examinar a Palavra de Deusexposta nos escritos de Luteroe nas Confissões Luteranas
4 - Mostrar a urgência de a igrejacumprir a ordem evangelizadora de Cristo
5 - Sublinhar a importância de cada um investir dons, talentos evocações no reino de Deus
6 - Orientar o justificado pela féna prática da mordomia cristãda oferta
7 - Buscar a participação de leigos,professores e pastores na dinâmica administrativa e missionária da igreja
8 - Aperfeiçoar meios e estratégiaspara levar o evangelho de Cristo a todos brasileiros
9 - Definir prioridades nas áreasd,emissão, educação, ensino, assistência social, finanças e comunicação
10 - Agradecer ao Senhor da igrejapela::; bênçãos recebidas.
M€'tas
1 - Devoções Domésticas em todasfamílias
2 - Cultos em todos templos, todosos domingos
3 - Estudos bíblicos em todas congregações
4 - Ensino religioso em todas escolas
5 - Todos obreiros no Concílio Nacional da Igreja
6 - Todas congr'egações formandoequipes de líderes
7 - Todos trazendo oferta especialem favor do projeto Obras deLutero em Português
8 - Todos jovens, senhoras e leigosparticipando dos congressos nacionais
9 - Bibliotecas em todas paróquias10 - Mensageiro Luterano em todos
lares.
CONCÍLIO NACIONAL DEOBREIROS
O primeiro Concílio Nacional deObreiros recebe um destaque muitopeculiar no Programa Nacional/83que a IELB estará desenvolvendo aolongo do ano em que o luteranismocomemora o 59 centenário do nascimento do Reformador .
É esperada a presença de todos osobreiros, isto é, pastores e prof€ssores, quer sejam ativos, aposentadosou licenciados temporariamente.
Acontecerá no Hotel Itaguaçu, Florianópolis, Santa Catarina, de 26 a31 de maio de 1983.
O Culto de Abertura será celebradoàs 16h do dia 26, quinta-feira; o Cultode Encerramento está previsto paraas llh do dia 31.
39
Será um encontro de análise e ava··liação, de reflexão e aconselhamento,de estímulo e fortalecimento, de informação e orientação, de oração emeditação, de louvor e gratidão peloque temos, somos e desejamos pelagraça de Deus.
Tendo por lema as palavras "O justo viverá por fé", sob a temática geral "Igreja e Ministério Hoje" serãodesenvolvidos os seguintes estudos:
h PARTE:O OBREIRO E SEU DEUS
1 .- O Ministério2 - O Ministro3 - O Homem
2~ PARTE:O OBREIRO E SUA IGREJA
1 - A Dinâmica Funcional da IELB2 - A Coordenação entre as Bases e
a Direção da IELB3 - Os Ofícios Religiosos4 - A Escola como Instrumento da
Igreja Através dos Tempos5 - Um Programa de Filosofia Cris
tã de Educação6 - A Ação Educacional na Con
gregação
3~ PARTE:O OBREIRO E SEU MUNDO
1 - A IELB no Contexto Religioso2 - A IELB no Contexto Político e
Econômico3 - A IELB e sua Presença na So
ciedadeL.
DEVOÇÕES DOMESTICAS
A Igreja Evangélica Luterana doBrasil (IELB), em sua 48" Convenção
AO
Nacional, realizada em janeiro de1982, resolveu:
"Promov·er uma campanha de cultono lar em toda a IELB, nos moldesde "Em cada lar um altar", utilizando e envolvendo especialmente os leigos que vão de casa em casa, commaterial e cartazes que proporcionamampla divulgação. A mesma iniciaráde imediato e será intensificada durante o 29 semestre de 1982. Em 1983teremos como alvo colocar um devocionário em cada lar da IELB e cadacongregação dará constante incentivonesse sentido a todos os seus membros, para que o assunto não morraou '2sfrie após a campanha."
A IELB preparou e enviou a todasas famíliasluteranas o folheto Devoções Domésticas, que apresenta a seguinte matéria:- Lutero e as Devoções Domésticas- A Igreja e as Devoções Domésticas- Devoções Domésticas em todos 03
Lares- Um Modelo de Devoções Domésti
cas- Livros para Devoções Domésticas.
A IELB (em co-edição com IECLB,coordenação da CIL), editou o devocionário Castelo ForteV83 com textosdevocionais de Lutero para que todasas famílias possam realizar seus cultos no lar.
A grande meta da IELB continuasendo: EM CADA LAR UM ALTAR.
39 ESTAGIARIOS EM TEOLOGIA
Um ano antes de sua formatura,todos os candidatos ao santo ministério fazem um ano de estágio. Apartir de 1983, todos os estagiáriostrabalham, em princípio, junto de um
dos 36 Conselheiros J,-'"".~;;j1983, a Faculdade de -=- e:: :minário Concórdia. ?=~= ."'..e
preparou o maior n',:;;.-:-.:sua história. São c;8 eO:.ê.;-;1
São os seguintes os :=.==s-stagiários e o local ce ::--:õ:' =.
1 . Gerson IurkErexim, RS
2. Amo Schmidt"Concórdia", Pcr:: --"
3. Natalício OsvaIdPato Bragado, PR
4. Gerson Luís Lin.c e=-.
Cascavel, PR5. Avelino Vorpage:
Vila Hauer, Curitic2. . .-6. Rudi Thoma
Joinville, SC7. Adolfo Neumann
Rincão dos Cabrais. 3,38 . Alcione Eidam
Dom Pedrito, RS9. Adalberto José Grüs.õ
Taquara, RS10. Eri Enar Borstmarc.
Assis Chateaubria:::'. -11. Sérgio Renato FIer
Ponta Grossa, PR12. Rubin Brehm
Itaguaçu, ES13. Amildo Adair SÓ;::.::':
Peabiru, PR14. Ricardo E. SandeI'
"São Paulo", Pore::'15. Egídio Valdir GrÜ..-.
Goiânia, GO16. Ingo Dieter Pietz.3c:-.
Caxias do Sul, RS17. Nereu Rui '\Veter
Campina Grande.18. Ari Grützmann
Mondai, SC19. Irving Ivo Hcpr:~
"Cristo", Portü .-=:"lee.e.20. Alindo Buss
Novo Hamburgo . __
c 2m janeiro de
'.o::-.Danha de culto=:::L3, nos moldes
. ,~: altar", utilizan-, : ,-;;::almente os lei
'c ,,, em casa, com:, '':'2 proporcionam.':"mesma iniciará:::tensificada du
:- :2 1982. Em 1983: )locar um devo
,~: da IELB e cada: :::stante incentivo, :::3 os seus mem:::'.lnto não morra: :.:npanha."
e enviou a todas-:, o folheto Devo= ~e apresenta a se-
. " . :ções Domésticas::::-"Jções Domésticas-- ,,:::cas em todos 03
~ =>,':oções Domésti-
::: :- . = ções Domésticas.
·:-:':ção com IECLB,:::=Li, editou o devoF:'rtej83 com textos
_ :2:'0 para que todas, '-:'. :ealizar seus cul-
:a IELB continuaLAR UM ALTAR.
.' ~ EM TEOLOGIA
::2 sua formatura,-:: ao santo minis-
- é..::l:} de estágio. A, : :05 os estagiários'.:. :ipio, junto de um
dos 36 Conselheiros Distritais. Para1983, a Faculdade de Teologia do Seminário Concórdia, Porto Alegre, RS,preparou o maior número de todasua história. São 39 estagiários.
São os seguintes os nomes dos estagiários e o local de trabalho:1. Gerson Iur'k
Erexim, RS2. Amo Schmidt
"Concórdia", Porto Alegre, RS3. Natalício Osvald
Pato Bragado, PR4. Gerson Luís Linden
Cascavel, PR5. Avelino Vorpagel
Vila Hauer, Curitiba, PR6. Rudi Thoma
Joinville, SC7. Adolfo Neumann
Rincão dos Cabrais, RS8. Alcione Eidam
Dom Pedrito, RS9. Adalberto José Gross
Taquara, RS10. Eri Enar Borstmann
Assis Chateaubriand, PR11. Sérgio Renato Flor
Ponta Grossa, PR12. Rubin Brehm
Itaguaçu, ES13. Amildo Adair Schmidt
Peabiru, PR14. Rical'do E. Sander
"São Paulo", Porto Alegre, RS15. Egídio Valdir GI1Ün
Goiânia, GO16. Ingo Dieter Pietzsch
Caxias do Sul, RS17. Nereu Rui Weber
Campina Grande, PB18. Ari Grützmann
Mondai, SC19. Irving Ivo Hoppe
"Cristo", Porto Alegre, RS20 . Alindo Buss
Novo Hamburgo, RS
21. Walter Daniel de OliveiraJoaçaba, SC
22. Ivan Otto MatterTrês Vendas, RS
23 . Dieter J oel J agnowVitória, ES
24 . Cleydes KlossRiozinho, RO
25. Emir WagnerCachoeirinha, RS
26. Cláudio KurtzVideira, SC
27. Martinho F. VossIpatinga, MG
28. Neuri Eliezer SengerLinhares, ES
29. Lauro Amo PietzschMontenegro, RS
30 . Celso W ottrichBelém, PA
31. Armindo MuchCuiabá, MT
32. Renato ReschkéRio Bonito, SP
33 . Alfredo BischoffPavão, ES
34. Günther Martinho Pfluck"São Paulo", Porto Alegre, RS
35. Vilmar Ric. WagnerSalvador, BA
36. Ilvo AugustinGiruá, RS
37. Lauro Pinz WilleDomingos Martins, ES
38. Luisivan Ve. StrelowGuarapuava, PR
39. Irmo Amaldo HübnerItaguai, RJ.
MAIS 24 NOVOS PASTORES
Além dos 39 estagiários, mais 24jovens concluíram seu Curso de Teologia na Faculdade de Teologia doSeminário Concórdia, Porto Alegre,RS. Portanto, são mais 63 mensagei-
41
ros d'eCristoque estarão anunciando a palavra de Deus ao povo brasileiro. São os seguintes os nomes dosnovos pastores e os lugares para ondeforam chamado1S~
Samuel TimmPiedade, SP
Dari Trish KnewitzVacaria, RS
Waldir Léo SahkaTubarão, se
José Júlio BauerCandelária, RS
Aldino BorthYpacaray, Paraguai
Guido Wanderlei TommAmambai; MS
Marcos SchmidtSão Borja,RS
Donato PfluckMoinho Velho, SP
Ronaldo M. ArndtBelo Hori:zonte, MG
Paulo Zenkner ~Guaianases, SP
Mário RostItuporanga, .SC
42
AldairGundDois Vizinhos, PR
Selson PotinFortaleza, CE
Jonas FlorItacibá, ES
ErniKrebsAlto Rolante, RS
Ronaldo HoldorffAracajú, SE
Cláudio Nicolau WiltkeriArabutã, SC
Martin Kre bsMundo Novo, MS
Herberto MuchBoa União, RS
Rudi SjlenderVilhena, RO"
Edgar ZügeLeme, SP
Abílio Dias de SouzaAIvorada, RS
Otomar Walier Schlender'Governador Valadares,. MG
Elmer Teodoro J agnowPorto. Lucena, RS.
L.
VOCÊ JA LEU LUTERO"
Estamos comemora,',:::nário de nascimento de :,::
Lutero (1483-1983). :;\2::::-'-=raçÕ'2S a doutrina, o hC:~:~,:c=-:las circunstâncias e ds]v c:,:
mentos indispensáveis "-:C=~.
teranismo estão ao se'" -'-::"
vés de nossas public2J;::2' ,cam obras acerca de L '-:-::'de autoria do próprio Fé'~
1.1 - Escritos de Lê",,?
LUTERO, M. D3 Lih",:-:'.",;:
(48 páginas 13x17 .5::--:', ~Um dos mais ",'." - =
tos do Reformadc' :-:-,'= - ~'.
peja fé, somos 1i,:::-:::: ::::
pelo amor somos ::2=-' ,'oEscrito em 1520.
LUTERO, M. Da Autor:d2d(80 páginas 13x175::-' -
3:hlender:,"s.ladares,.MG~,:Qnow
=,. RS.L.
VOCÊ JA LEU LUTERO?
Estamos comemorando o 59 centenário de nascimento do ReformadorLutero (1483-1983). Nessas comemoraçÔ2s a doutrina, o homem, a época,as circunstâncias e demais conhecimentos indispensáveis acerca do luteranismo estão ao seu alcance através de nossas publicações. Elas abarcam obras acerca de Lutero e obrasde autoria do próprio Reformador.
1 - OBRAS DISPONíVEIS
1.1 - Escritos de Lutero
LUTERO, M. Da Liberdade Cristã.(48 páginas 13x17,5cm) Cr$ 350,00
Um dos mais importantes escritos do Reformador, mostrando que,peja fé, somos livres de todos, maspelo amor somos servos de todos.Escrito em 1520.
LUTERO, M. Da Autoridade Secular.(80 páginas 13x17,5cm) Cr$ 525,00
VocêJáLeu?
o Reformador enfoca o tema sobtrês ângulos: A respeito do direitoda autoridade secular; sobre os limites da autoridade secular; a respeitodo desempenho cristão do encargoda autoridade secular. Escrito em1523.
LUTERO, M. Do Cativeiro Babilônicoda Igreja. (142 páginas 13x17,5cm)Cr$ 590,00
Lutero expõe a doutrina bíblicados santos sacramentos e refuta osensinos errôneos da igrej a romana..Escrito em 1520.
LUTERO, M. As 95 Teses de Lutero.(24 páginas 8xll,5cm) Cr$ 42,00
São as 95 proposições que Luteroafixou, em 31 de outubro de 1517, àporta da igr,eja de Wittenberg, contra os abusos das indulgências. É oinício da reforma luterana.
LUTERO, M. Catecismo Menor.(168 páginas llx15cm) Cr$ 530,00
Um livro que ensina através deperguntas e respostas. Escrito no ano
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de 1529, contém as partes principaisda doutrina cristã. Inclui, também,a exposição de Schwan. É o manualmais usado na instrução dos confirmandos.
LUTERO, M. Crescendo em Cristo.(296 páginas 15x20cm) Cr$ 1.200,00
Contém as seis partes principaisda doutrina cristã do Catecismo Menor. Apresenta também histórias eversículos bíblicos, bem como oraçõese um vocabulário de todas as palavras empregadas. Cada lição é ilustrada.
LUTERO, M. Noções Elementares doCatecismo. (104 páginas 11,5x16cm)
Apresenta, de forma concisa, osensinamentos básicos do CatecismoMenor, mais 40 histórias bíblicas,tanto do Antigo como do Novo Testamento.
LUTERO, M. Castelo Forte/83.O Castelo Forte/83 é uma edição
especial, em comemoração ao 59 centenário de Lutero. São 365 textos devocionais do Reformador. Cr$ 430,00.
1.2 - Biografia de Lutero
HASSE, R. Frei Martinho, Restaurador da Verdade. (142 páginas 13x21cm) Cr$ 480,00
Um livro que fala da vida e obrade Lutero, analisando o contexto histórico, religioso e político do séculoXVI. É a obra mais conhecida e divulgada nos meios luteranos.
MELANCHTHON, F. Lutero Vistopor um Amigo. (54 páginas 13x21cm)Cr$ 350,00
Amigo e principal colaboradorde Lutero, Melanchthon traça osprincipais dados biográficos, faz·endo,
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também, uma análise da atividade doReformador. É um documento histórico. É um escrito de alguém queviveu e lutou com Lutero. Muitasilustrações.
LESSA, V. T. LuteroTraz os principais dados sobre a
vida e a obra do Reformador, emlinguagem simples e clara. É umadas biografias mais completas emlíngua nacional.
LAU, F. Lutero. (116 páginas 15x21cm) Cr$ 880,00
Não é uma simples biografia deLutero. Além de fazer uma análisecriteriosa do mundo religioso na época da Reforma, o Autor comenta apropriedade das doutrinas ensinadaspor Lutero. É um estudo crítico.
TEITZEL, J.H. Um Homem de Grande Fé em Deus. (12 páginas 13x18cm) Cr$ 120,00
A vida e os ensinamentos deMartinho Lutero em quadrinhos coloridos. É próprio para as crianças.É um livreto muito lindo.HASSE, R. Quem é Lutero. (34 páginas 8xll,5cm) Cr$ 42,00
O Reformador e seus objetivos,suas lutas pela preservação da igrejacristã e sua sã doutrina .. É um livr·eto de fácil e agradável leitura.
HASSE, R. Lutero, Um Sinal Contraditado. (24 páginas 8xll,5cm)Cr$ 42,00
Apontando um único caminhopara a salvação do homem, Luterochocou-se com o papado da época,tornando-se um sinal contraditado. Éo homem de Deus que abalou o mundo com a palavra de Deus.
1.3 - Confissões Luteran"C"
Livro de Concórdia (6=-=
16,5x24cm) Cr$ 4.800,00Traz os credos ecumê:, . .:I
dos os documentos conI'2::::::Igreja Luterana, bem corr:: 3'
duções às mesmas. Foi 2='-t1580, traduzido e lançad:em 1980.
MELANCHTHOó, F. AI>:~;:Confissão de Augsburgo.nas 16x23cm) Cr$ 450,00
Texto da Apologia "'::: '::~gra, sem comentários.
1.4 - Estudos sobre LuteConfissões
MUELLER, J. Th. / REH?::=IL. As Confissões Luteranasginas llx18cm) Cr$ 280,'Y
Por que, quem, onde, ~';'como foram escritas as :±"-~C'j
fissões da igreja luteran" .fvro que deve ser lido :_,.~~:3Livro de Concórdia, pois :'"fundo histórico e uma ,,''';""T,
doutrinas de cada doc1..Lm::-:-_~3sional. A segunda pan:: ::::la importância e atualids::'::- fissões luteranas.
PREUS, R. / WARTE. :3BOHLMANN, R. Fórmu.l3Concórdia. (79 página:: ~':Cr$ 370,00
Apresenta três im;:::-:::::saios teológicos: "A Ba::'2 -:::.....córdia", "O Caminho ::s.:=.córdia", a "Celebraçã,=" .:,d· "Ia' .
HEIMANN, L. Ed. ConD<:<:b;;
perança. (194 páginas ~:::c:~2Cr$ 250,00
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. -:c: e clara. É uma. ~is completas em
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: ::apado da época,:.:.3.1contraditado. É
:;:le abalou o mun:.e Deus.
1.3 -' Confissões Luteranas
Livro de Conc,órdia (684 páginas16,5x24cm) Cr$ 4.800,00
Traz os credos ecumênicos e todos os documentos confessionais daIgreja Luterana, bem como as introduções às mesmas. Foi editado em1580, traduzido e lançado no Brasilem 1980.
MELANCHTHOó, F. Apologia daConfissão de Augsburg,o. (214 páginas 16x23cm) Cr$ 450,00
Texto da Apologia em sua íntegra, sem comentários.
1.4 - Estudos sobre Lutero IConfissões
MUELLER, J. Th. / REHFELDT, M.L. As Confissões Luteranas. (60 páginas llx18cm) Cr$ 280,00.
Por que, quem, onde, quando ecomo foram escritas as diversas confissões da igreja luterana? Ê um livro que deve ser lido junto com oLivro de Concórdia, pois apresenta ofundo histórico e uma súmula dasdoutrinas de cada documento confessiona1. A segunda parte fala sobrea importância e atualidade das confissões luteranas.
PREUS, R. / WARTH, M.C. IBOHLMANN, R. Fórmula para aConcórdia. (79 páginas 13x23cm)Cr$ 370,00
Apresenta três importantes ensaios teológicos: "A Base para a Concórdia", "O Caminho para a Concórdia", a "Celebração da Concórdia" .
HEIMANN, L. Ed. Confissão da Esperança. (194 páginas 16x22cm)Cr$ 250,00
Apresenta os textos dos 28 artigos da Confissão de Augsburgo e umestudo sobre cada um dos artigos.Considerando o fundo hi'stórico, osautores fazem uma aplicação para onosso século. Além da leitura individual, é apropriado para estudo nosdepartamentos da congregação. AConfissão de Augsburgo é documento que mostra o que crê, ensina econfessa a igreja luterana .
GOERL, O. A. Cremos, Por issoTambém Falamos. (120 páginas 16x23cm) Cr$ 500,00
Uma exposição doutrinária dosartigos da Fórmula de Concórdia.Também faz amplo e profundo estudo de todas as controvérsias teológicas do séc. XVI. Ê um dos melhoresestudos, sobre esta confissão de 1577.Também aponta para as "controvérsias" de nosso século.
HASSE, R. (Trad.) Sejamos Lutemnos Militantes. (8 páginas 8xll,5cm)Cr$ 25,00
A igr·eja luterana não é fruto deinovações e rebeldia. Lutero fundamentou todos seus ensinos na Sagrada Escritura. O privilégio de pertencermos a esta igreja nos chama à lutae ao testemunho.BOHLMANN, R. A. Princípios deInterpretação Bíblica nas ConfissõesLuteranas. (84 páginas 16x23cm)Cr$ 370,00
Mostra que as Confissões Luteranas não são um padrão doutrinárioao lado da Sagrada Escritura, massão aceitas e possuem autoridadeapenas porque são uma exposição esúmula da mesma.
BOUMANN, H. J. A. A Doutrina doMinistério Segundo as Confissões Lu-
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teranas (46 páginas 13,5x17,5cm)Cr$ 270,00
Uma pesquisa sobre o que Lutero escreveu e o que dizem as Confis-'sões Luteranas a respeito da doutrina do ministério pastoral.
MONTGOMERY, J. W. Hermenêutica Luterana. (66 páginas 13,5x17,5em) Cr$ 260,00
Obra que analisa a maneira correta de s·e interpretar as Escrituras;apresenta e comenta os grandes di·lémas de interpretação de textos bíblicos.
REHFELDT, M. L. O Desenvolvimento do Conceito de Igreja Luterana até 1521. (52 páginas 13,5x18cm)
O autor, como professor de história eclesiástica, traça o desenvolvimento' e a linha de transformação daigreja até 1521.
FORREL, G. Fé Ativa no Amor.(188 páginas 11,5x17,5cm) Cr$ 920,00
Trata da ética social de Lutero,o qual vivia sua fé em amor. O autor mostra a ética social de Luterocomo ·exemplo de conduta cristã eque, através do cristão, o evangelhopenetra na ordem social.
WARTH, M.C. A Justificação pela Fé(52 páginas 13x21cm) Cr$ 350,00
O autor faz um aprofundado estudo do IV Artigo da Apologia daConfissão de Augsburgo, apontandopara a capacidade teológica de Melanchthon, amigo e colaborador deLutero. Estudo, especialmente indicad'o neste ano do 59 centenário deLutero, quando a IELB escolheu como lema as palavras: "O justo viverápor fé" (Rm 1.17).
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Dificilmente haverá algum personagem do pensamento cristãoe da vida cristã em quem todo pensamento e fé não esteja orientadopara Jesus Cristo. Todo ser-cristão é confissão de Cristo, e aindaassim pode haver mundos a separar uma confissão de Cristo da
-outra. Quando se quer dizer por fIm,·e é necessário dizê-Io, queLutero em seu mais profundo íntimo estava é preocupado comJesus Cristo e sua justiça, precisa-se esclarecer como se quer dizerisso, ou seja, o que Cristo representava para Lutero eç<;>rp.oLuterose confessava para seu Senhor, Cristo. Lutero utiliza amplamenteuma expressão para nÓs não facilmente inteligível: extra, nos, forade nÓs. Com isso Lutero quer dizer: Cristo é aquele que realizouesse sofrimento ea redenção decorrente do seu sofrimento, e issosem a nossa participação. Não fomos nÓs que tivemos de sofrerpor nosso pecado, nem provocamos nenhum sofrirpento para compensar nosso pecado, mas ele sofreu solitário na cruz a fim de quenÓs tivéssell10spaz e alegria. A justiça cie Jesus Cristo é uma justiçaque ele vive perante Deus, e nÓs nos tornamos justos porque Deusnos considera justos por causa de Cristo. A grande opra da misericÓrdia divina se realizou' fora de nós, em Cristo. 'A' misericórdia
de Deus é fato, e não sem mais nem ,menos uma experiência. Oextra nos, o forad·e nÓs, se transforma'num pro nobis, um para nÓs."Fez isso tudo em nosso bem; vede quantoanior nos tem!", dizum hino de Natal de Lutem., Uma influente corrente da pesquisade Lutero coloca hoje todaêrifas-a no extra nos, ao qual naturalmentepertence o pro nobis; mas esse Último sÓ pode ser confessado com
muita reserva e precaução diante, de toda e qualquer identificaçãocom algo que pertencesse.<!: nÓs. Da fé Teal de ,Lutero em Cristo,porém, ainda faz parte o outro'lado: Esse Cristo que realizou suaobra de misericórdia em nós fora' de nós se torna todo nosso, nosso
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irmão, nossa posse, nossa salvação; Cristo também é um Cristoin nobis, em nós. Esse é o sentido da doutrina da Santa Ceia deLutero que hoje é de difícil compreensão para muitos. O fato deLutero ter-se agarrado tão teimosamente às palavras da instituição- "isto é meu corpo" -, sobretudo em Marburgo, aconteceu apenasporque ele queria e tinha que confessar que Cristo se dá inteiramente aos seus na Santa Ceia. O mesmo Cristo que por nós morreusolitário a morte salvífica em Gólgota, numa época que não é anossa, chega perto de nós, faz da sua época a nossa época, se tornacontemporâneo nosso e s€ associa intimamente conosco. Nesse sentido a fé de Lutero é fé em Cristo, e a confissão de Lutero é confissão em Cristo. É nesse sentido que Lutero se deparou com umapalavra que se encontra em lima de suas prédicas: "Nada deveajudar senão unicamente Cristo".
A história da vida de Lutero ainda precisaria ser completadaem vários aspectos. A teologia de Lutero naturalmente poderia serapresentada com muito mais minúcias. Mas sobre o tema Luteronada há a dizer que exceda o que acabamos de constatar.
- Franz Lau, Lutera, pág. 112, 13;Editora Sinodal
f N D I C E
APRESENTANDO
EDITORIAL
L- Concilio Nacional de Obreiros da Igreja I 1ESTUDOS
- ·Sinais" e ·Dons Carismáticos· I 5- O Otrclo Real de Jesus Cristo I 13- A Ação de Deus entre os Homens através de. seu
Espírito I, 28
LUTERO: 500 ANO - (18/11/1483 -18/0211546-
11 TRIMESTRE
1983IE
U1
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- Lutera, o Educador / 33- Datas Histórioas do Século de Lutero / 36
ATUALIDADES
- Programação IELB/83 / 38i-- Objetivos e Metas da Igreja em 83 / 39- Concílio Nacional de Obreiros I 39- Devoções Domésticas / 40- 39 Esagiários em Teologia I 40- Mais 24 Novos Pastores / 41
VOC~ JÁ LEU LUTERO? I 43
- Como invocar-iü ,
- Como ClddQ :E
- Como Oê),; ir
- Comu